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A indústria naval Brasileira Bergantin s

Bergantins. A Importância da indústria naval A Indústria Naval, em todo o mundo, é considerada de importância estratégica para os países banhados por

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  • Bergantins
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  • A Importncia da indstria naval A Indstria Naval, em todo o mundo, considerada de importncia estratgica para os pases banhados por oceanos e apoiada e incentivada pelos governos. um projeto da sociedade por que representa a mobilizao de grandes contingentes de mo-de-obra e de vastos recursos financeiros.
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  • Histrico. A indstria da construo naval muito antiga no Brasil, vindo dos remotos tempos coloniais. Os portugueses, que na poca da Descoberta eram grandes construtores navais, logo perceberam as vantagens de construir navios aqui, aproveitando a abundncia e excelncia das madeiras e a mo-de-obra indgena. As primeiras embarcaes de tipo europeu construdas foram dois bergantins feitos no Rio de Janeiro em 1531.
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  • Muitos estaleiros foram fundados em vrios pontos do nosso litoral, porem, o mais importante at meados do Sculo XIX, foi o Arsenal de Marinha da Bahia, em Salvador, fundado por Thom de Souza, e que construiu dezenas de navios, inclusive grandes naus, que eram os maiores navios de guerra do seu tempo. Em 1763, funda-se o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, at hoje existente, e cuja primeira construo foi a nau S. Sebastio, de 1767. Entretanto, na rea do Rio de Janeiro, a grande faanha, foi por volta de 1670, a construo da nau Padre Eterno, dita como sendo o maior navio do seu tempo em todo mundo.
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  • Arsenal de Marinha RJ
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  • Na primeira metade do Sculo XIX, o Arsenal da Bahia foi o maior estaleiro construtor, sendo o Arsenal do Rio de Janeiro um centro de reparos navais, circunstncia essa que forou a sua modernizao, a partir de 1840, foi contnua a ampliao e modernizao do Arsenal do Rio, com a implantao de novas oficinas e com a vinda dos primeiros brasileiros formados em engenharia naval na Europa. Com isso, conseguiu o Arsenal pioneirismos notveis, como a construo do primeiro navio a hlice em 1852, o primeiro navio encouraado em 1865, e o primeiro de construo inteiramente metlica em 1883. Em 1890, foi construdo o cruzador Tamandar, de 4.537t, navio cujo porte s seria ultrapassado 72 anos depois, em 1962.
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  • A partir de 1890, o Arsenal do Rio estagnou, e, com isso entrou em um processo de decadncia, em uma poca de grande evoluo na indstria mundial, ficando assim, em pouco tempo, obsoleto e quase intil.
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  • Baro de Mau. Irineu Evangelista de Sousa, o Baro de Mau
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  • Em 11 de agosto de 1846, Irineu Evangelista de Sousa, o Baro de Mau, tornou-se proprietrio do Estabelecimento de Fundio e Estaleiros da Ponta d' Areia, em Niteri, Rio de Janeiro. Este considerado o empreendimento pioneiro na industrializao do Brasil. O Baro chamava o negcio de embrio daquilo que queria montar: uma fbrica ao estilo ingls, organizada e com grande produo.
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  • O estaleiro foi o primeiro a ser aberto na Amrica Latina. Quando a Guerra do Paraguai eclodiu quase um tero da frota naval brasileira havia sido construda na Ponta d' Areia. O estaleiro chegou a construir mais de 70 navios a vapor e a vela para navegao de cabotagem no pas. Em 1890, no entanto, suas atividades foram praticamente encerradas, e a frota que operava no Brasil era estrangeira em quase sua totalidade.
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  • Estaleiro Mau.
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  • Em 1905, o Estaleiro Mau foi integrado Companhia Comrcio e Navegao (CCN), que era especializada em construo e reparo naval. Na poca, a CCN era uma das maiores companhias de construo e reparos da Amrica Latina, em 1907, a CCN iniciou a construo de um dique seco no estaleiro Mau, inaugurada em 1911. Este dique era um dos maiores do mundo e superior em construo, se comparado a outros a poca. O primeiro navio construdo no Brasil, em termos industriais, foi o Ponta dAreia, lanado ao mar em 1961.
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  • Os 47 anos seguintes foram de decadncia e quase total paralisao da construo naval brasileira. Mesmo assim, contam-se nesse perodo, algumas tentativas de reativao, como a construo em 1919/22, de trs navios mercantes no estaleiro Henrique Lage, na Ilha do Viana; dois desses navios tinham 3.500 t. Outro fato interessante foi a construo, nesse mesmo estaleiro, do pequeno petroleiro 340-B, de 1.500 t, por encomenda do governo argentino, tendo sido assim o primeiro navio construdo para exportao.
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  • Antigo Henrique Lage. Hoje Enavi Renavi. Ilha do Viana.
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  • A primeira retomada. A partir de 1958, com a criao do Fundo de Marinha Mercante e depois a organizao do GEICON (Grupo Executivo da Indstria de Construo Naval), e da Comisso de Marinha Mercante, que faziam parte do Plano de Metas do Governo Juscelino Kubitscheck, deu-se o renascimento da grande construo naval mercante no Brasil. Fundaram-se dois grandes estaleiros Caneco e Ishibras foram feitas a ampliao e modernizao de outros estaleiros, com um investimento total de US$ 40 milhes. O primeiro navio construdo dentro desse programa foi o pequeno cargueiro Ponta d'Areia, de 1.550 t, em 1961, no Estaleiro Mau.
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  • Estaleiro Ishibras. Estaleiro Caneco.
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  • Com o incio desta nova fase, o progresso foi contnuo e notvel at 1979, com a construo de um nmero cada vez maior de navios, no s de maior porte, como mais diversificados e mais sofisticados. Em 1962, com o cargueiro Henrique Lage, de 10.500 t, ultrapassava-se, pela primeira vez, o porte do velho cruzador Tamandar, de 1890 ! E o aumento de tonelagem unitria prosseguia, chegando-se afinal, em 1986, aos graneleiros Docefjord e Tijuca, dois gigantes de 305.000 t, com 332 m de comprimento, que foram, na ocasio, recorde mundial de navios de sua classe.
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  • Infelizmente, em 1979, teve incio uma grave crise em nossa indstria de construo naval, que trs reflexos at hoje. Foram muitas as causas dessa crise, no sendo possvel assim analis-las aqui. No auge da industria, em 1979, chegamos a construir 50 navios, totalizando 1.394.980 t, sendo nove navios para exportao; a indstria tinha nesse ano quase 40.000 empregados diretos apenas no Rio de Janeiro. Nos anos seguintes, esses nmeros despencaram drasticamente, e muitos estaleiros se fecharam.
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  • A nova indstria naval Brasileira
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  • A indstria da construo naval brasileira contempornea tem seus plos distribudos em Estados de diversas regies do Pas (Amazonas, Par, Cear, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Esprito Santo, Rio de Janeiro, So Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Os ncleos tecnolgicos esto instalados no Rio de Janeiro e em So Paulo. Dois novos ncleos esto em implantao em Pernambuco e no Rio Grande do Sul. Os trs principais plos da construo naval brasileira, considerando a tonelagem construda e o emprego direto gerado, esto no Rio de Janeiro, em Pernambuco e no Rio Grande do Sul..
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  • O Brasil aparece novamente nas estatsticas internacionais da construo naval. Uma participao modesta em relao aos 7.500 navios em construo no mundo, com entregas anuais de superiores a 100 milhes de TPB. O Brasil se destaca na construo de petroleiros, na construo de plataformas de petrleo e de navios de apoio martimo. A frota mundial de navios estimada em 1,3 bilho de TPB e a carga transportada atravs dos oceanos atingiu 8 bilhes de toneladas, em 2010, em expanso para 10 bilhes de toneladas, em 2020.
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  • Os segmentos que a construo naval trabalha para atender : Apoio porturio construo de rebocadores para manobras de atracamento de navios em portos e terminais martimos especializados; Prorefam Programa de Renovao da Frota de Apoio Martimo; Promef Programa de Modernizao e Expanso da Frota da Transpetro; EBN programa Empresa Brasileira de Navegao; a Petrobras selecionou armadores para a construo no Brasil de 39 petroleiros;
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  • Offshore Construo de plataformas de produo de petrleo e sondas de perfurao; Cabotagem Construo de navios porta contineres e graneleiros para transporte de mercadorias na ampla costa brasileira; Navegao fluvial e interior construo de comboios, balsas, empurradores, ferry boats e navios de passageiros para transporte em rios e travessias de baas e lagoas. Embarcaes militares construo, para a Marinha do Brasil, de navios de navios patrulha, navios de escolta e uma frota de cinco submarinos, com a construo, em Itagua (RJ), de um estaleiro da Marinha do Brasil especializado para a construo de submarinos e base de apoio e, tambm, para manuteno da frota.
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  • Carteira dos estaleiros j existentes.
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  • Evoluo dos postos de trabalho nas atividades da indstria de construo naval Brasil, 2006 a 2009 Fonte: Dieese
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  • Distribuio dos postos de trabalho nas atividades da indstria da construo naval por estados Brasil, 31 de dezembro de 2009 UFTotal% Rio de Janeiro22.79656 So Paulo6.33415 Pernambuco3.6529 Santa Catarina3.0978 Amazonas1.4564 Rio Grande do Sul, Cear e Par2.1215 Paran, Bahia e Sergipe9262 Outros5751 Total40.957100 Fonte: Dieese
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  • Distribuio dos postos de trabalho nas atividades da indstria de construo naval, segundo o sexo da pessoa ocupada Brasil, 31 de dezembro de 2009 Fonte: MTE. RAIS, 2009.
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  • Distribuio dos postos de trabalho nas atividades da indstria de construo naval por faixa etria Brasil, 31 de dezembro de 2009 Fonte: MTE. RAIS, 2009.
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  • Distribuio dos postos de trabalho nas atividades da indstria de construo naval por grau de instruo Brasil, 31 de dezembro de 2009 Fonte: MTE. RAIS, 2009
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  • Distribuio dos postos de trabalho nas atividades da indstria de construo naval por tipo de vnculo Brasil, 31 de dezembro de 2009 Fonte: MTE. RAIS, 2009
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  • Distribuio dos postos de trabalho nas atividades da indstria de construo naval por tipo de admisso Brasil, 31 de dezembro de 2009 Fonte: MTE. RAIS, 2009
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  • Postos de trabalho nas atividades da indstria naval, segundo o tempo no emprego Brasil, 31 de dezembro de 2009 Fonte: MTE. RAIS, 2009
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  • Distribuio dos postos de trabalho nas atividades da indstria de construo naval por classes de remunerao Brasil, 31 de dezembro de 2009 Fonte: MTE. RAIS, 2009
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  • Movimento sindical metalrgico entre os 10 municpios com maior participao nas atividades da indstria de construo naval
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  • Fonte: MTE. Cadastro Nacional de Entidades Sindicais
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  • Os novos estaleiros previstos no Brasil so: Estaleiro Corema (BA) O Estaleiro Corema, de Salvador (BA), em operao desde 1968, tem prioridade de financiamento concedida no FMM para a implantao do Estaleiro Corema Aratu (no valor de R$ 107 milhes). O novo estaleiro ser no municpio de Simes Filho, na enseada de Aratu, na Baa de Todos os Santos, em terreno de 176 mil metros quadrados. J foi obtida a licena ambiental de instalao industrial. O acionista o Grupo Mata Virgem. CTB
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  • Aliana Offshore (RJ) As obras esto em curso no terreno de 45 mil metros quadrados em Guaxindiba, So Gonalo. Incio de operaes previstas no final de 2011. O empreendimento uma unidade de processamento de ao (corte, dobra, solda, submontagem de blocos e pipe shop) para o programa de construo naval do Estaleiro Aliana (tambm em expanso), em Niteri. O acionista principal a CBO / Grupo Fischer. FORA SINDICAL.
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  • Estaleiro Alusa Galvo (RJ) O consrcio Alusa/ Galvo ir investir US$ 400 milhes na construo de seu estaleiro, em Barra do Furado (RJ), caso seja declarado vencedor da licitao da Petrobras para a construo de sete navios sonda de perfurao (do total de 28 licitadas). Na abertura preliminar das propostas de preo, o consrcio ficou em segundo lugar. FORA SINDICAL.
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  • EBR Estaleiros do Brasil S/A (RS) A Estaleiros do Brasil (EBR), subsidiria da Setal leo e Gs (SOG), assinou, em novembro de 2010, protocolo de intenes com o governo do Rio Grande do Sul para construir um estaleiro em So Jos do Norte, municpio situado ao norte do canal de sada da Lagoa dos Patos para o Oceano Atlntico, no sul do Estado. Previsto para iniciar operaes no final de 2012, deve gerar cerca de 5 mil empregos diretos. Forma, com o estaleiro Engevix, e o futuro Estaleiro Wilson, Sons, o polo naval da regio. CTB
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  • EISA Alagoas (AL) O empresrio German Efromovich, controlador do Grupo Synergy (estaleiros EISA e Mau, no RJ) afirma que o Eisa Alagoas uma necessidade para a expanso do grupo na rea naval, independentemente de vencer ou no a licitao da Petrobras para construo de sete navios sonda. O investimento previsto superior a R$ 1 bilho, na regio de Coruripe. ?????
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  • Estaleiro Enseada do Paraguau (BA) O empreendimento, que tem como acionistas a Odebrecht, a OAS e a UTC. O objetivo do estaleiro a construo de sete navios sonda para a Petrobras. A Odebrecht participa do Consrcio Rio Paraguau, com a UTC e a Galvo, construindo as sondas de perfurao tipo autoelevatrias (jack up) P 59 e P 60. CTB
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  • Estaleiro Jurong (ES) A Jurong, empresa do Grupo SEMB Marine de Cingapura, confirmou sua inteno de implantar o estaleiro em Barra do Sauhy, Aracruz, no Litoral Norte do Esprito Santo. O investimento de R$ 800 milhes. O Estaleiro Jurong de Cingapura venceu a licitao internacional para a converso de um petroleiro no navio plataforma de produo tipo FPSO, P 62. ?????
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  • Estaleiro Inhama (RJ) A Petrobras arrendou a rea industrial do dique seco de 160 metros de comprimento do antigo Estaleiro Ishibras, no bairro do Caju, Rio de Janeiro (RJ). Vai investir na recuperao dos equipamentos para utilizar o estaleiro para converso de cascos de petroleiros em plataformas de produo tipo FPSO. Estaleiro OSX (RJ) O Estaleiro OSX, de Eike Batista, ser instalado na rea industrial do Porto de Au, no norte do Estado do Rio de Janeiro. O objetivo do estaleiro a construo de plataformas de produo para a OGX, a petroleira do grupo EBX. A OGX informa a demanda de 48 plataformas de produo de petrleo at 2018. O novo estaleiro tem a sul coreana Hyundai Heavy Industries como scio minoritrio. FORA SINDICAL. CTB.
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  • Estaleiro Promar (PE) O Estaleiro Promar informa que vai comear as suas obras civis em janeiro de 2011. O investimento ser de R$ 300 milhes em terreno no Complexo Industrial e Porturio de Suape, onde j se encontra o Estaleiro Atlntico Sul (EAS). O acionista do Estaleiro Promar a PJMR, associada ao STX Brasil Offshore. O Estaleiro Promar nasce para a construo de oito navios gaseiros para a Transpetro (Promef), encomenda no valor de R$ 911,2 milhes. CUT
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  • Estaleiro de Submarinos (RJ) A Odebrecht vai construir em Itagua, sul do Estado do Rio de Janeiro, o estaleiro que ir construir a nova gerao da frota de submarinos para a Marinha do Brasil, alm de uma base de submarinos. Em Itagua, a Odebrecht ir implantar, junto ao estaleiro, a Unidade de Fabricao de Estruturas Metlicas (Ufem), A rea tem um milho de metros quadrados e dispor de dois cais de 150 metros cada e trs docas cobertas.. CTB
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  • Estaleiro Rio Tiet (SP) O novo estaleiro, com investimentos de R$ 25 milhes, um empreendimento do Estaleiro Rio Maguari, de Belm (PA), em Araatuba (SP), a 527 quilmetros da cidade de So Paulo. O objetivo construir 20 empurradores e 80 barcaas para a Transpetro (Promef Hidrovias) por US$ 240 milhes, para o transporte de etanol na hidrovia Tiet Paran.
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  • Estaleiro Wilson, Sons Rio Grande (RS); O novo estaleiro ser instalado no municpio de Rio Grande (RS) com investimento de US$ 140 milhes do Fundo da Marinha Mercante (FMM). A rea de 200 mil m metros quadrados. A meta para construir at quatro embarcaes dos tipos PSV e AHTS por ano. Ser implantado um centro de treinamento de recursos humanos para atender demanda do estaleiro. Fonte: SINAVAL SINDICATO NACIONAL DA INDSTRIA DA CONSTRUO E REPARAO NAVAL E OFFSHORE
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  • AGRADECIMENTOS. Sindimetal Rio(sindicato dos metalrgicos do RJ) www.metalurgicosrj.org.br Sinaval (sindicato nacional da industria naval) www.sinaval.org.br Transpetro. www.transpetro.com.br Dieese. www.dieese.org.br