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Betim – MG, 14 de dezembro de 2015 Ao Município de Betim Secretaria Municipal de Finanças, Planejamento e Gestão - SEFPLAG Centro Administrativo João Paulo II Rua Pará de Minas, 640, Brasiléia, Betim - MG PROCEDIMENTO DE MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE Nº 01/2015 OBJETO: ESTUDOS DE VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICOS, VISANDO À MODERNIZAÇÃO E PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS RELACIONADOS AOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS, RESÍDUOS DE SAÚDE E RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL NO MUNICÍPIO DE BETIM, BEM COMO A LIMPEZA URBANA EM SUAS ÁREAS PÚBLICAS, PARQUES E JARDINS. Prezados Senhores, A VIASOLO ENGENHARIA AMBIENTAL S/A, com sede na Cidade de Betim/ MG, Avenida da Praia, nº. 100, Riacho das Areias, inscrita no CNPJ sob o nº. 00.292.081/0001-40, vem, por meio de seu representante legal, submeter à apreciação de V. Sas. sua PROPOSTA referente ao CADERNO III – MODELAGEM ECONÔMICA-FINACNEIRA do INSTRUMENTO DE MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE para execução do OBJETO. Frederico Zago Valente RG: MG-7.953.382 SSP/MG CPF: 047.071.596-05

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INTRODUÇÃO

Verificada a publicação no dia 05 de novembro de 2015 no Diário Oficial do município de

Betim, a VIASOLO ENGENHARIA AMBIENTAL S.A foi classificada para dar continuidade na

elaboração do estudos de viabilidade técnico-econômicos do Procedimento de

Manifestação de Interesse (PMI) visando a modernização e prestação de serviços

relacionados aos resíduos sólidos urbanos, resíduos de saúde e resíduos de construção

civil, no município de Betim, bem como a limpeza urbana em suas áreas públicas, parques e

jardins.

Este Caderno III consistirá na apresentação de forma detalhada dos investimentos a serem

realizados tanto para implantação como para operação dos serviços de coleta e tratamento

de resíduos e de limpeza urbana, propondo inclusive, um cronograma de investimentos a

ser realizado. Apresentará a projeção dos custos operacionais para cada um dos serviços a

serem realizados de forma detalhada, incluindo todas as despesas e custos operacionais

inclusive aqueles relativos a manutenção da infraestrutura. Também irá conter a estrutura

tarifária e estimativa de receitas para todo o período da concessão e será elaborada uma

planilha eletrônica (modelo econômico-financeiro) apresentando dentre outras

informações as Demonstrações de Resultado, projetada para 30 anos e o fluxo de caixa da

concessionária.

No Caderno IV será apresentado de forma detalhada o desenho e estruturação do modelo

jurídico proposto, as minutas de instrumentos licitatórios e demais documentos

necessários para implementação do projeto, a definição das garantias a serem exigidas na

licitação, indicação de critérios de qualificação dos licitantes, de julgamento e de

estratégias de negociação até a contratação, além dos mecanismos para disciplinar o

equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão.

Para melhor exposição da viabilidade econômica-finaceira, o presente caderno encontra-se

dividido em capítulos que abordam os estudos desenvolvidos pela VIASOLO, quais sejam:

Situação Atual dos Serviços Prestados

Value for Money

Considerações sobre o Fluxo de Pagamento e Garantia

Comprovação da Viabilidade Técnica do Economico-Financeiro

o Objetivo

o Metodologia

o Indicadores Financeiros

o Proposição da Taxa de Desconto

o Premissas Operacioanais

Resultados Encontrados

Considerações Gerais

Anexos

Os referidos capítulos têm seu desenvolvimento nos tópicos subsequentes do caderno ora

em mãos, conforme detalhado no índice apresentado a seguir.

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CADERNO III – MODELAGEM ECONÔMICA-FINANCEIRA

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 2

1. SITUAÇÃO ATUAL DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE BETIM .................................... 7

1.1. Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Betim .............................. 7

1.2. Caracterização Quantitativa do Muncípio ......................................................................... 7

1.3. Gestão Atual dos Serviços de Resíduos Sólidos ................................................................. 8

1.3.1. Serviços Realizados ............................................................................................................. 9

1.3.2. Gastos Atuais com Servícos de Gestão de Resíduos Sólidos no Município .................... 10

1.4. Necessidade de Adequação do Município ....................................................................... 11

1.5. Carências e Deficiências dos Serviços .............................................................................. 12

1.6. Metas para a Gestão de Resíduos Sólidos de Betim ....................................................... 13

1.6.1. Serviços Propostos ............................................................................................................ 14

1.6.2. Dos serviços e tipos de assistência a serem prestados ................................................... 15

1.6.3. Evolução dos serviços propostos ..................................................................................... 17

1.7. Estudo de Impacto da Receita Corrente Líquida ............................................................. 19

2. Value for Money ............................................................................................................... 23

2.1. Modelo de Avaliação da PPP ............................................................................................ 23

2.1.1. Vantagens e Benefícios no Modelo de PPP ..................................................................... 24

2.2. Comparativo das Soluções – Value for Money ................................................................ 25

2.2.1. Contratação dos Serviços pela Prefeitura ........................................................................ 25

2.2.2. Proposta de PPP ................................................................................................................ 26

2.2.3. Comparativo das Soluções ............................................................................................... 27

2.3. Conclusão .......................................................................................................................... 28

3. CONSIDERAÇÕES SOBRE O FLUXO DE PAGAMENTO E GARANTIA ............................................... 29

3. Considerações sobre o Fluxo de Pagamento e Garantia ................................................ 30

4. COMPROVAÇÃO DE VIABILIDADE TÉCNICA DO ECONÔMICO-FINANCEIRO ................................ 31

4. Comprovação de Viabilidade Técnica do Econômico-Financeiro ................................... 32

4.1. Objetivo ............................................................................................................................ 32

4.2. Premissas .......................................................................................................................... 32

4.2.1. Metodologia ..................................................................................................................... 32

4.2.2. Indicadores ....................................................................................................................... 32

4.3. Proposição da Taxa de Desconto ..................................................................................... 36

4.4. Premissas Operacionais ................................................................................................... 38

5. RESULTADOS ENCONTRADOS ........................................................................................................ 42

5. Resultados Encontrados ................................................................................................... 43

6. CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................................................... 44

6. Considerações Gerais ....................................................................................................... 45

7. ANEXOS .......................................................................................................................................... 46

7. Anexos .............................................................................................................................. 47

7.1. Demostrativo de Resultado do Exercício......................................................................... 47

7.2. Balanço Patrimonial ......................................................................................................... 48

7.3. Fluxo de Caixa ................................................................................................................... 49

7.4. Contraprestação ............................................................................................................... 50

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Gráficos

Gráfico 1 – Classificação do Tipo de Resíduo Coletado no Período de 1997 a 2014 ............................ 8

Gráfico 2 - Gastos com Gestão de Resíduos Sólidos de Betim ........................................................... 10

Gráfico 3 - Gastos com Manutenção de Praças, Parques e Jardins de Betim..................................... 11

Gráfico 4 – Realizado, previsão e estimativa da Receita Corrente de Betim ...................................... 19

Gráfico 5 – Realizado, previsão e estimativa da Receita Corrente Líquida de Betim ......................... 19

Gráfico 6 – Comparativo variação do PIB nacional, RC e RCL de Betim. ............................................ 20

Gráfico 7 – Expectativa de RCL do Município de Betim ...................................................................... 21

Gráfico 8 – Fluxo de Investimentos da Concessão .............................................................................. 38

Figuras

Figura 1 – Mapa de roteiro de coleta de resíduos em Betim ............................................................... 9

Figura 2 – Atendimento da coleta seletiva de Betim ............................................................................ 9

Figura 3- Comparativo entre as opções avaliadas para determinação do Value for Money .............. 24

Figura 4 – Modelo esquemático do fluxo de pagamentos/recebimentos da PPP .............................. 30

Quadros

Quadro 1- Classificação dos Resíduos ................................................................................................... 7

Quadro 2- Quantidade de resíduos sólidos urbanos gerados no Município de Betim - MG (Ton./ano)

.............................................................................................................................................................. 8

Quadro 4 – Comparativo dos serviços atuais e metas para a gestão de resíduos ............................. 12

Quadro 3 – Estimativa de Geração de Resíduos Sólidos de Betim ..................................................... 14

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1.1 SITUAÇÃO ATUAL DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE BETIM

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1. SITUAÇÃO ATUAL DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE BETIM

1.1. Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Betim

Visto o constante crescimento dos centros urbanos e da população nacional, tem-se

tornado cada vez mais necessário a ampliação dos serviços de gerenciamento de resíduos

sólidos, que já estão presentes em quase todo território nacional. Estimasse que no

período de 1979 e 1990, enquanto a população mundial aumentou em 18%, a produção de

lixo cresceu 25%, no mesmo período. Atualmente, no Brasil são gerados 210 mil toneladas

de lixo domiciliar diariamente, resultando em uma produção média de mais de 1 kg por

habitante/dia (ABRELPE,2013).

O crescimento da produção de lixo acima do crescimento da população gera um impacto

principalmente na destinação destes resíduos, que passam a ser despejadas diariamente

em lixões ou aterros sanitários, que apresentam cada vez mais uma vida útil reduzida.

Com o intuito de reduzir o problema de destinação inadequada dos resíduos sólidos, foi

indicada como alternativa pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) - Lei nº

12.305/10 - é a implantação de um Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos

(PGIRS), o qual define ações normativas, operacionais e financeiras ao responsável para a

gestão integrada dos resíduos sólidos produzidos.

Contudo, verificando o vasto território nacional e a dificuldade em atuar em todas regiões

de forma adequada, viu-se a necessidade de implementar a melhoria e manutenção dos

serviços de gestão de resíduos sólidos em regiões menores. Desta forma, foi definido que

cada município elabore seu plano de gestão de resíduos sólidos, que esteja alicerçada num

programa de abordagem sistêmica, que contemplem ações que possibilitem a sua efetiva

implementação no contexto da realidade do município.

Assim, em novembro de 2015 a Prefeitura do Município de Betim em conjunto com a

Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMMAD),

publicou o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Betim (PMRS), que

ter por objetivo principal o desenvolvimento das atividades voltadas para o manejo

adequado de resíduos em todo município, de modo a promover, ações de coleta,

transporte, reciclagem dos resíduos gerados; disposição final; gerenciamento integrado de

resíduos sólidos; gerenciamento do monitoramento ambiental; economia dos recursos

naturais; comunicação e informação dos resultados, visando preservar, controlar e

recuperar o meio ambiente natural e construído do município para a qualidade ambiental

propícia à vida, visando assegurar, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos

interesses municipais e à proteção da dignidade da vida humana.

1.2. Caracterização Quantitativa do Muncípio

Segundo o PMRS de Betim, de acordo com o crescimento populacional previsto do

município, estima-se uma quantidade de 230 t/dia de resíduos sólidos gerados, dos quais

são coletados e destinados por uma empresa terceirizada pela Prefeitura Municipal, e

estão classificados da seguinte forma:

Tipo de Resíduo %

Resíduos Domiciliar 98,43%

Resíduos de Serviço de Saúde 0,73%

Coleta Seletiva 0,83%

Total 100,00%

Quadro 1- Classificação dos Resíduos Fonte: Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Betim/2015

Atualmente, os resíduos coletados no município são destinados a Central de Tratamento e

Valorização Ambiental (CTVA) da Essencis MG Soluções Ambientais S/A – localizado no

Município.A tabela a seguir apresenta a quantidade e classificação dos resíduos destinados

para o antigo aterro sanitário do município e o atual entre os anos de 1997 e 2014.

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Ano CS RC RSS RP RD Total

1997 - 381 246 - 26.989 27.615

1998 - 886 258 - 35.886 37.031

1999 - 1.131 359 1.646 39.931 43.067

2000 319 924 416 688 43.857 46.204

2001 339 1.567 433 2.049 43.297 47.685

2002 280 3.128 586 1.099 48.880 53.973

2003 137 3.515 465 1.703 45.961 51.782

2004 96 3.624 538 1.457 47.520 53.235

2005 148 3.381 477 1.003 50.361 55.370

2006 78 3.764 464 2.521 53.414 60.240

2007 1.222 4.773 464 3.663 55.742 65.863

2008 1.084 6.210 485 3.973 59 71.140

2009 - 7.827 526 2.259 64.819 75.431

2010 - 5.699 589 707 70.027 77.022

2011 - - 649 803 70.545 71.997

2012 - - 618 - 80.843 81.461

2013 - - 592 - 82.318 82.910

2014 685 - 604 - 80.863 82.152

Total 4.390 46.808 8.768 23.571 1.000.641 1.084.178

CS = Coleta seletiva; RC = Resíduo comercial; RSS = Resíduo de serviços de saúde; RP = Resíduo público; RD = Resíduo domiciliar

Quadro 2- Quantidade de resíduos sólidos urbanos gerados no Município de Betim - MG (Ton./ano) Fonte: Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Betim/2015

Diante da tabela acima é possível analisar que com exceção do ano de 2003, todos os

outros anos obtiveram um aumento na quantidade de resíduos sólidos coletada em relação

ao ano anterior, o que pode nos mostrar uma tendência forte de aumento para os

próximos anos também, visto que a população do município tende a aumentar diante de

uma projeção de 2,12% ao ano, de acordo com os estudos realizados para a elaboração do

PMRS.

Os gráficos a seguir demostram mais detalhadamente, a abragencia dos serviços de coleta

em Betim:

Gráfico 1 – Classificação do Tipo de Resíduo Coletado no Período de 1997 a 2014 Fonte: Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Betim/2015

Como pode ser visto no gráfico acima, a maior quantidade de resíduos sólidos

coletados é a de resíduos domiciliares, o que mostra que a utilização de caminhões

coletores compactadores é o esforço mais exigido. Por outro lado, a coleta seletiva ainda é

pouco efetiva na cidade, não ultrapassando a faixa de 1%, requerendo maior atenção para

os próximos anos.

1.3. Gestão Atual dos Serviços de Resíduos Sólidos

O serviço de limpeza urbana do Município de Betim é regulamentado pela Código de

Posturas do município, Lei nº 909 de 30/10/1969, que define que execução dos serviços de

limpeza urbana era de responsabilidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente da

Prefeitura Municipal de Betim, a qual terceiriza o mesmo à iniciativa privada, sendo a

Viasolo Engenharia Ambiental S.A. a empresa responsável pela realização deste serviço.

Assim, a Viasolo é a responsável pela realização dos serviços de coleta domiciliar, onde

utiliza caminhões coletores compactadores, coleta seletiva de materiais recicláveis e

1% 4% 1% 2%

92%

Classificação do Tipo de Resíduo Coletado (1997-2014)

Coleta Seletiva

Resíduo Comercial

Resíduos de Serviço de Saúde

Resíduos Público

Resíduo Domiciliar

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orgânicos, que busca instruir a população a separar o lixo de forma adequada e coletar

estes resíduos de forma mais eficaz, coleta e tratamento de resíduos sólidos de serviços de

saúde, varrição de vias e logradouros públicos, sendo este feito de maneira manual, capina

manual e mecanizada, sendo esta realizada em toda a extensão de vias do município três

vezes por ano ou sob a solicitação de algum morador, roçada manual e mecanizada,

pinturas de meio fio, limpeza de bocas de lobo, etc.

Diante de uma grande demanda pela utilização dos serviços de limpeza urbana e recursos

financeiros escassos, sabe-se que nem toda a população de Betim é atendida. Como pode

ser visto na próxima figura muitos habitantes não têm acesso ao serviço de coleta

domiciliar, apenas 210 quilômetros das vias e logradouros são atendidos pelo serviço de

varrição diariamente.

Figura 1 – Mapa de roteiro de coleta de resíduos em Betim Fonte: Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Betim/2015

O sistema de coleta seletiva atinge apenas 45% da população como pode ser visto na

Figura 3 a seguir:

Figura 2 – Atendimento da coleta seletiva de Betim Fonte: Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Betim/2015

1.3.1. Serviços Realizados

Os principais serviços executados no município de Betim atualmente são os seguintes:

o Coleta domiciliar manual;

o Coleta seletiva de materiais recicláveis;

o Coleta dos resíduos sólidos de serviços de saúde;

o Tratamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde;

o Varrição manual de vias e logradouros públicos;

o Capina manual;

o Roçada manual e mecanizada;

o Pintura de meio fio;

o Limpeza de bocas de lobo;

o Campanha de educação ambiental;

o Plantio de grama;

o Construção de cerca em mourões de madeira imunizada e arame farpado;

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o Poda e supressão de árvores;

o Manutenção e produção de mudas em viveiro;

o Manutenção, conservação e recuperação de canteiros, praças, parques, jardins e

correlatos;

o Destoca e limpeza de leitos e margens de cursos d’água com recuperação de áreas

degradadas;

o Recomposição de matas ciliares;

o Capina química.

Também, Betim possui um grande número de indústrias divididas entre os setores

petroquímico, automobilístico, siderúrgico e metalúrcio, e a coleta de resíduos sólidos para

estas demandas é dividida da seguinte forma:

- Resíduos recicláveis são encaminhados para ASCAPEL;

- Resíduos orgânicos e industrial inerte e perigosos são encaminhados para o CTVA da

Essencis - MG.

1.3.2. Gastos Atuais com Servícos de Gestão de Resíduos Sólidos no Município

As informações que serão apresentadas a seguir, foram obtidas a partir do

Questionamento nº 3 e 4 protocolado pela Viasolo durante o Processo de Manifestação de

Interesse no dia 09 de novembro de 2015, o qual foi respondido pela Prefeitura Municipal

de Betim. Os valores que serão analisados na sequência, são importantes para as

avaliações e comparações das alternativas para implantação dos serviços de melhoria e

manutenção de resíduos sólidos por meio da contratação pela Prefeitura ou pelo modelo

de Parceria Público-Privada

O gráfico a seguir apresenta o gasto da Prefeitura de Betim com os serviços de gestão de

resíduos sólidos em 2014, e também uma estimativa para 2015.

Gráfico 2 - Gastos com Gestão de Resíduos Sólidos de Betim Fonte: Prefeitura Municipal de Betim

Pode-se analisar que em 2014 foram gastos mais de R$ 36,5 milhões com estes serviços e

são estimados pouco mais de R$ 36,6 milhões em 2015, ou seja, um acréscimo de apenas

0,38% comparado ao ano anterior.

Além dos gastos com a gestão de resíduos sólidos, a Prefeitura de Betim também informou

que foram empenhados valores para a manutenção de praças, parques e jardins, como

apresentados no gráfico a seguir:

36.554 36.692

2014 2015e

Gastos com Gestão de Resíduos Sólidos

0,38%

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Gráfico 3 - Gastos com Manutenção de Praças, Parques e Jardins de Betim Fonte: Prefeitura Municipal de Betim

O gráfico acima apresenta a informação transmitida pela Prefeitura Municipal de que a

estimativa para 2015 é de que a verba destinada para a manutenção de praças, parques e

jardins sofrerá um corte de 28,95%, chegando a um valor de aproximadamente R$ 1,4

milhões. Este corte no orçamento pode vir a ser prejucial para a implementação e/ou

melhoria de serviços de urbanismo e limpeza públicas nas áreas comuns do município.

Considerando o orçamento total do município ara a gestão de resíduos sólidos e da

manutenção de praças, parques e jardins, a estimativa da Prefeitura Municipal é que haja

uma redução de 3,08% no ano de 2015, totalizando R$ 40.162 milhões (estimativa).

1.4. Necessidade de Adequação do Município

Visto os atuais serviços prestados, o crescimento populacional e econômico do município,

entende-se que o aumento da geração de resíduos no município se tornará cada vez mais

agravante, tornando cada vez mais escassos locais que estejam dentro dos padrões da

legislação para receber os resíduos e rejeitos produzidos pelo município.

Diante destes fatores, de acordo com os conhecimentos e expertise da VIASOLO foram

elaboradas algumas metas a serem alcançadas pelo município gradativamente através da

realização de novos serviços, utilização de novas tecnologias e campanhas educacionais

para conscientização da população. Algumas das metas são as seguintes:

• Redução da geração de resíduos sólidos domiciliares por meio de campanhas

educacionais;

• Regularidade e ampliação da coleta seletiva;

• Implantar nova unidade de triagem de materiais recicláveis;

• Reutilização e reciclagem dos resíduos sólidos de construção civil;

• Criação de legislação específica para o manejo de resíduos sólidos de construção civil;

• Regularizar e cadastrar caçambeiros;

• Manter e ampliar as URPV’s;

• Iniciar a operação da usina de triagem e reciclagem de resíduos da construção civil;

• Licenciar e implantar local para disposição dos rejeitos da construção civil;

• Manter o tratamento e disposição dos resíduos de serviço de saúde gerados nas

unidades de saúdes públicas e privadas;

• Aumentar o quantitativo diário do total das vias públicas a serem varridas;

4.884

3.470

2014 2015e

Gastos com Manutenção de Praças, Parques e Jardins

41.437

40.162

2014 2015e

Gastos Totais

-28,95%

-3,08%

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• Implementar no município, ecopontos para coleta de materiais recicláveis e de resíduos

de logística reversa obrigatória;

• Manter a regularidade e frequências dos serviços de poda e supressão de árvores,

capina, roçada, pintura de meios-fios e recuperação de parques e jardins;

• Implantar taxa de cobrança para prestação dos serviços de resíduos sólidos urbanos;

• Expandir a atuação da educação ambiental, priorizando projetos de visem a redução,

reutilização e reciclagem de resíduos;

• Mecanizar parcialmente o sistema de coleta de resíduos domiciliares;

• Encerrar as atividades da antiga CTRS do Citrolândia.

A tabela a seguir apresenta um comparativo de alguns dos serviços do previsto nas metas

elaboradas, com os serviços que são realizados atualmente no município de Betim:

Indicadores Conforme Parcial Não Conforme

Coleta domiciliar x

Coleta seletiva x

Tratamento de RSS x

Varrição manual x

Varrição mecanizada X

Campanhas educacionais x

Central de triagem de materiais recicláveis x

Tratamento de RCC X

Legislação específica para manejo de RCC X

Ecopontos X

Taxa de cobrança para a prestação dos serviços de resíduos sólidos

X

Quadro 3 – Comparativo dos serviços atuais e metas para a gestão de resíduos

Fonte: Elaboração Própria

Nesse sentido, entende-se que é interessante a Prefeitura apresentar uma proposta

integrada para a prestação dos serviços de gestão de resíduos sólidos que atenda às metas

elaboradas e demais necessidades do município, a qual deve ser abrangente e permita um

completo gerenciamento desde a geração até a destinação final.

1.5. Carências e Deficiências dos Serviços

O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Betim com base nos

serviços realizados atualmente, determina algumas carências e deficiências do sistemas de

gestão, alguns de caráter orçamentário, de planejamento, de infraestrutura, de

gerenciamento e capital humano, sendo estes:

• Deficiência de divulgação dos horários de coleta de resíduos sólidos domiciliares e de

coleta seletiva ocasionando o lançamento de resíduos em cursos d’águas, terrenos

baldios e lotes vagos;

• Deficiência na abrangência territorial na realização dos serviços de varrição;

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• Deficiência na abrangência territorial na realização dos serviços de coleta seletiva e

falta decontrole quantitativo dos mesmo;

• Deficiência na frequência e abrangência na realização dos serviços de capina, roçada,

corte e podas de árvores e pintura de meios fio, e, falta de controle quantitativo dos

mesmo;

• Deficiência de local adequado e quantidade de locais insuficientes para recebimento de

resíduos volumosos e da construção civil de pequenos geradores;

• Carência de gestão e controle quali-quantitativa dos resíduos de construção e

demolição coletados por caçambeiros e pelo Poder Público do Município;

• Deficiência de local adequado para triagem e disposição dos resíduos de construção e

demolição coletados no Município;

• Deficiência de gestão e controle quali-quantitativa dos resíduos sólidos de serviços de

saúde gerados por unidades de saúde do Município;

• Deficiência de gestão e controle quali-quantitativa dos materiais recicláveis e rejeitos

gerados na unidade de triagem de resíduos da coleta seletiva do Município;

• Carência de manutenção de máquinas e equipamento de apoio da unidade de triagem

de resíduos da coleta seletiva do Município;

• Carência de coleta diferenciada e de tratamento de resíduos orgânicos gerados em

estabelecimentos hortifrutigranjeiros no Município;

• Carência de regularização ambiental de fechamento e uso futuro da CTRS Citrolândia;

• Carência em inserção dos agente ambientais (Catadores) não cooperados no processo

de coleta seletiva;

• Carência de gestão e controle quali-quantitativa dos resíduos de coleta seletiva

coletados por agente ambientais (Catadores) não cooperados e destinados aos

sucateiros não regularizados no Município;

• Deficiência de fiscalização pelo poder público nas áreas potenciais de descartes de

resíduos irregulares;

• Deficiência de abrangência de educação ambiental para população municipal;

• Deficiência de local público adequado e quantidade de locais insuficientes para

recebimento de pneumáticos;

• Carência de local público adequado para recebimento e destinação de resíduos

eletroeletrônicos;

• Carência de local público adequado para recebimento e destinação de pilhas e baterias

usadas;

• Carência de local público adequado para recebimento e destinação de lâmpadas;

• Carência de gestão e controle quali-quantitativa dos resíduos gerados em cemitérios do

Município;

Visto estes pontos de deficiência e carência do sistema de gestão de resíduos sólidos, o

município de Betim vem buscando implantar iniciativas que proporcionem a melhoria

contínua dos serviços e da qualidade de vida da população.

1.6. Metas para a Gestão de Resíduos Sólidos de Betim

Segundo os estudos apresentados no Plano Municipal de Betim, a projeção de aumento da

geração de resíduos sólidos para os próximos 30 anos deve seguir os números

apresentados na tabela a seguir, e neste intervalo de tempo as despesas da Prefeitura

Municipal podem aumentar significativamente, conforme estudo que se segue neste

material.

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Ano 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025

Geração estimada (t/ano) 97.012 99.064 101.159 103.299 105.484 107.716 109.994 112.321 114.697 117.123

Ano 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035

Geração estimada (t/ano) 119.601 122.131 124.714 127.352 130.046 132.797 135.607 138.475 141.404 144.396

Ano 2036 2037 2038 2039 2040 2041 2042 2043 2044 2045

Geração estimada (t/ano) 147.450 150.569 153.755 157.007 160.329 163.720 167.183 170.720 174.332 178.019

TOTAL ESTIMADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES GERADOS EM 30 ANOS 4.007.477

Quadro 4 – Estimativa de Geração de Resíduos Sólidos de Betim Fonte: Viasolo Engenharia Ambiental S.A.

Visto as condições atuais, as carências e deficiências dos serviços de resíduos sólidos

prestados atualmente no município de Betim, bem como o crescimento considerável da

geração de resíduos domiciliares apresentados acima, no Plano Municipal publicado em

novembro de 2015 foram definidas metas que permitirão a redução da geração e também

que visam a implementação de centros de tratamento e destinação adequados. Das quais:

Para a meta de redução de geração de resíduos:

• nos 02 (dois) primeiros anos a contar do inicio de operação do contrato programa a

meta será de 0% (zero por cento), em razão da fase pré-operacional;

• no 3º (terceiro) ano a contar do inicio de operação do contrato programa a meta será

de 1% (um por cento), da massa de resíduos sólidos urbanos;

• no 4º (quarto) ano a contar do inicio de operação do contrato programa a meta será de

2% (dois por cento), da massa de resíduos sólidos urbanos;

• no 5º (quinto) ano a contar do inicio de operação do contrato programa a meta será de

3% (três por cento), da massa de resíduos sólidos urbanos;

• Após este período, a meta será revista para os próximo 5 anos (2019 – 2024), sendo

sucessiva até o encerramento do contrato de programa assinado entre o Município e o

Estado que findará em 2043 .

Para meta de tratamento e destinação final

• Manter em 100% o tratamento e disposição dos resíduos de serviço de saúde gerados

nas unidades de saúdes públicas e privadas.

• Aumentar para 50% do total da vias públicas existente num período de 05 (cinco) anos,

o quantitativo diário de varrição das vias públicas do Município.

• Implementar no Município, ecopontos para coleta de materiais recicláveis e de resíduos

de logística reversa obrigatória.

• Manter a regularidade e frequências dos serviços de poda e supressão de árvores,

capina, roçada, pintura de meios-fios e recuperação de parques e jardins.

• Expandir a todos os munícipes betinenses num período de 05 (cinco) anos, atuação da

educação ambiental, priorizando projetos de visem a redução, reutilização e reciclagem

de resíduos.

• Mecanizar parcialmente o sistema de coleta de resíduos domiciliares em 05 (cinco)

anos, priorizando a área central da cidade.

• Encerrar as atividades da antiga CTRS do Citrolândia em no máximo 05 (cinco) anos.

De acordo com a metas estabelecidas pela Prefeitura de Betim em conjunto com a

SEMMAD, e descritas no Plano Municipal de Betim, nota-se a urgência de adequação dos

serviços realizados no município. Por isso, no item a seguir serão apresentados os serviços

propostos pela Viasolo para o projeto a modernização e prestação de serviços relacionados

aos resíduos urbanos, resíduos de saúde e resíduos de construção civil, no município de

Betim, bem como a limpeza urbana em suas áreas públicas, parques e jardins, na

modalidade de Parceria Público-Privada.

1.6.1. Serviços Propostos

Desta forma, para atender às diretrizes descritas pela Prefeitura Municipal de Betim, foi

estruturado um modelo de concessão dividido em cinco frentes, sendo estas:

• Recuperação Ambiental do antigo aterro municipal em Citrolândia;

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• Implantação de um Ecoparque – Central de Valorização dos Resíduos;

• Implantação de Unidade de Recebimento e Transbordo de Resíduos Inertes;

• Realização de Serviços de Limpeza de Vias e Logradouros – Cidade Limpa; e

• Serviços de Fiscalização e Monitoramento.

1.6.2. Dos serviços e tipos de assistência a serem prestados

Nesta seção, serão apresentados os serviços que compõem as cinco frentes propostas para

o modelo de concessão para a gestão de resíduos sólidos:

• Recuperação Ambiental do antigo aterro municipal em Citrolândia

- Implantação, Manutenção e Operação de Sistema de Captação de Biogás no

Aterro Sanitário do Citrolândia.

- Encerramento, Monitoramento e Manutenção do Aterro Sanitário do

Citrolândia.

- Operação e Manutenção da Unidade de Triagem de RCC do Aterro Sanitário

Citrolândia.

- Destinação Final de Resíduos Sólidos Urbanos em Aterro Classe I.

- Destinação Final de Resíduos Sólidos Urbanos em Aterro Classe IIB.

• Implantação de um Ecoparque – Central de Valorização dos Resíduos

- Implantação, Operação e Manutenção de nova Unidade de Triagem de RCC.

- Implantação, Operação e Manutenção de nova Unidade de Destinação Final

de Rejeitos da Unidade de Triagem de RCC – Classe IIB.

- Implantação, Manutenção e Operação de Nova Fábrica de Pré-moldados

com utilização de Resíduos da Unidade de Triagem de RCC.

- Implantação, Operação e Manutenção de Unidade de Triagem

Semiautomática para Seleção de Material Reciclável.

- Implantação, Operação e Manutenção de nova Unidade de Compostagem

de Resíduos da Coleta Diferenciada.

- Implantação, Operação e Manutenção de Unidade de Tratamento de RSS.

• Implantação de Unidade de Recebimento e Transbordo de Resíduos Inertes

- Implantação de URTRI - Unidade de Recebimento e Transbordo de Resíduos

Inertes.

- Operação e Manutenção de URTRI - Unidade de Recebimento e Transbordo

de Resíduos Inertes.

- Coleta e Transporte de Resíduos da URTRI para a Unidade de Triagem de

RCC.

- Fornecimento de Equipe para Recolhimento de Resíduos Inertes Dispostos

em Locais Irregulares.

• Realização de Serviços de Limpeza de Vias e Logradouros – Cidade Limpa

- Varrição Manual de Vias e Logradouros Públicos.

- Varrição Mecanizada de Vias e Logradouros Públicos.

- Coleta Mecanizada e Transporte de Resíduos Sólidos Urbanos, Comerciais e

de Varrição - Coleta Domiciliar Conteinerizada Traseira.

- Coleta Mecanizada e Transporte de Resíduos Sólidos Urbanos, Comerciais e

de Varrição - Coleta Domiciliar Conteinerizada Lateral.

- Coleta Manual e Transporte de Resíduos Sólidos Urbanos, Comerciais e de

Varrição - Coleta Domiciliar.

- Fornecimento de Equipe para Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos em Locais

de Difícil Acesso.

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- Coleta Seletiva Mecanizada e Transporte de Resíduos Recicláveis para

Unidade de Triagem.

- Coleta Seletiva Manual e Transporte de Resíduos Recicláveis para Unidade

de Triagem.

- Coleta Mecanizada e Transporte de Resíduos Orgânicos para Compostagem

- Coleta Diferenciada.

- Coleta Manual e Transporte de RSS - Resíduos Sépticos de Serviços de

Saúde.

- Fornecimento de equipe para Lavagem Manual de Vias e Logradouros

Públicos.

- Fornecimento de Equipe de Poda de Árvores - Poda Ornamental, Superficial

e Estrutural.

- Fornecimento de Equipe de Manutenção de Praças, Parques e Jardins.

- Fornecimento de Equipe de Manutenção e Operação do Viveiro de Mudas

Municipal.

- Fornecimento de Equipe de Capina, Roçagem, Limpeza de Margem de

Córregos e Pintura de Meio Fio.

- Fornecimento de Equipe de Roçagem Mecanizada de Margem de Córregos e

Parques. Fornecimento de Equipe para Limpeza Manual de Bocas de Lobo e

Galerias.

- Fornecimento de Equipe para Limpeza Mecanizada de Bocas de Lobo e

Galerias.

- Tratamento de RSS - Resíduos Sépticos de Serviços de Saúde.

- Destinação Final de Resíduos Sólidos Urbanos em Aterro Sanitário.

- Campanhas de Educação Ambiental Física e Digital

• Serviços de Fiscalização e Monitoramento

- Implantação, operação e manutenção de sistema de monitoramento e

rastreamento dos veículos on line.

- Implantação, operação e manutenção de sistema de rastreamento dos RSS.

- Implantação, operação e manutenção de sistema de rastreamento dos RCC.

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1.6.3. Evolução dos serviços propostos

Visando entender quando os serviços propostos serão inicializados ou encerrados durante o

prazo de 30 anos da concessão, a seguir estão apresentados os cronogramas de cada uma

das 5 frentes estabelecidas para atendimento das necessidades do município para a gestão

dos resíduos sólidos.

DESCRIÇÃO DO OBJETO

1.0 ATERRO SANITÁRIO DO CITROLÂNDIA - ANTIGO ATERRO MUNICIPAL 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º 21º 22º 23º 24º 25º 26º 27º 28º 29º 30º

1.1 Implantação, Manutenção e Operação de Sistema de Captação de Biogás no Aterro Sanitário do Citrolândia

1.2 Encerramento, Monitoramento e Manutenção de Aterro Sanitário do Citrolândia

1.3 Operação e Manutenção de Unidade de Triagem de RCC do Aterro Sanitário Citrolândia

1.4 Destinação Final de Resíduos Sólidos Urbanos em Aterro Classe I.

1.5 Destinação Final de Resíduos Sólidos Urbanos em Aterro Classe IIB.

ITEM ANO 01 À 05 ANO 06 À 10 ANO 11 À 15 ANO 16 À 20 ANO 21 À 25 ANO 26 À 30

SISTEMA DE RECUPERAÇÃO

AMBIENTAL

DESCRIÇÃO DO OBJETO

2.0 ECOPARQUE - CENTRAL DE TRATAMENTO E VALORIZAÇÃO DE RESÍDUOS 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º 21º 22º 23º 24º 25º 26º 27º 28º 29º 30º

2.1 Implantação, Operação e Manutenção de nova Unidade de Triagem de RCC.

2.2 Implantação, Operação e Manutenção de nova Unidade de Destinação Final de Rejeitos da Unidade de Triagem de RCC - Aterro Classe II-B.

2.3 Implantação, Operação e Manutenção da Pré-moldados com utilização de Resíduos da Unidade de Triagem de RCC.

2.4 Implantação, Operação e Manutenção de Unidade de Triagem Semi-Automática para Seleção de Material Reciclável.

2.5 Implantação, Operação e Manutenção de nova Unidade de Compostagem de Resíduos da Coleta Diferenciada.

2.6 Implantação, Operação e Manutenção de Unidade de Tratamento de RSS.

ANO 26 À 30ANO 01 À 05 ANO 06 À 10 ANO 11 À 15 ANO 16 À 20 ANO 21 À 25

ECOPARQUE CENTRAL DE

VALORIZAÇÃO DE RESÍDUOS

ITEM

DESCRIÇÃO DO OBJETO

3.0 UNIDADE DE RECEBIMENTO E TRANSBORDOS DE RESÍDUOS INERTES 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º 21º 22º 23º 24º 25º 26º 27º 28º 29º 30º

3.1 Implantação de URTRI - Unidade de Recebimento e Transbordo de Resíduos Inertes.

3.2 Operação e Manutenção de URTRI - Unidade de Recebimento e Transbordo de Resíduos Inertes.

3.3 Coleta e Transporte de Resíduos da URTRI para a Unidade de Triagem de RCC.

3.4 Fornecimento de Equipe para Recolhimento de Resíduos Inertes Dispostos em Locais Irregulares.

ITEM ANO 01 À 05 ANO 06 À 10 ANO 11 À 15 ANO 16 À 20 ANO 21 À 25 ANO 26 À 30

TRANSBORDO DE RESÍDUOS

INERTES

DESCRIÇÃO DO OBJETO

4.0 SERVIÇOS DE LIMPEZA DE VIAS E LOGRADOUROS - CIDADE LIMPA 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º 21º 22º 23º 24º 25º 26º 27º 28º 29º 30º

4.1 Varrição Manual de Vias e Logradouros Públicos.

4.2 Varrição Mecanizada de Vias e Logradouros Públicos.

4.3 Coleta Mecanizada e Transporte de Resíduos Sólidos Urbanos, Comerciais e de Varrição - Coleta Domiciliar Conteinerizada Traseira.

4.4 Coleta Mecanizada e Transporte de Resíduos Sólidos Urbanos, Comerciais e de Varrição - Coleta Domiciliar Conteinerizada Lateral.

4.5 Coleta Manual e Transporte de Resíduos Sólidos Urbanos, Comerciais e de Varrição - Coleta Domiciliar.

4.6 Fornecimento de Equipe para Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos em Locais de Difícil Acesso.

4.7 Coleta Seletiva Mecanizada e Transporte de Resíduos Recicláveis para Unidade de Triagem.

4.8 Coleta Seletiva Manual e Transporte de Resíduos Recicláveis para Unidade de Triagem.

4.9 Coleta Mecanizada e Transporte de Resíduos Orgânicos para Compostagem - Coleta Diferenciada.

4.10 Coleta Manual e Transporte de RSS - Resíduos Sépticos de Serviços de Saúde.

4.11 Fornecimento de equipe para Lavagem Manual de Vias e Logradouros Públicos.

4.12 Fornecimento de Equipe de Poda de Árvores - Poda Ornamental, Superficial e Estrutural.

4.13 Fornecimento de Equipe de Manutenção de Praças, Parques e Jardins.

4.14 Fornecimento de Equipe de Manutenção e Operação do Viveiro de Mudas Municipal.

4.15 Fornecimento de Equipe de Capina, Roçagem, Limpeza de Margem de Córregos e Pintura de Meio Fio.

4.16 Fornecimento de Equipe de Roçagem Mecanizada de Margem de Córregos e Parques.

4.17 Fornecimento de Equipe para Limpeza Manual de Bocas de Lobo e Galerias.

4.18 Fornecimento de Equipe para Limpeza Mecanizada de Bocas de Lobo e Galerias.

4.19 Tratamento de RSS - Resíduos Sépticos de Serviços de Saúde.

4.20 Destinação Final de Resíduos Sólidos Urbanos em Aterro Sanitário.

4.21 Campanhas de Educação Ambiental Física e Digital

ANO 26 À 30ANO 01 À 05 ANO 06 À 10 ANO 11 À 15 ANO 16 À 20 ANO 21 À 25

CIDADE LIMPA

ITEM

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DESCRIÇÃO DO OBJETO

5.0 SERVIÇOS DE FISCALIZAÇÃO E MONITORAMENTO 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º 21º 22º 23º 24º 25º 26º 27º 28º 29º 30º

5.1 Implantação, operação e manutenção de sistema de monitoramento e rastreamento dos veículos on line

5.2 Implantação, operação e manutenção de sistema de rastreamento dos RSS.

5.3 Implantação, operação e manutenção de sistema de rastreamento dos RCC.

ITEM ANO 01 À 05 ANO 06 À 10 ANO 11 À 15 ANO 16 À 20 ANO 21 À 25 ANO 26 À 30

TECNOLOGIA AMBIENTAL

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1.7. Estudo de Impacto da Receita Corrente Líquida

A Receita Corrente (RC) é composta pelas receitas tributárias, de contribuições, entre

outras. O gráfico apresentado abaixo exibe a RC realizada da Prefeitura de Betim durante o

período entre 2009 a 2014, a receitas apresentada para o ano de 2015 é uma previsão

fornecida pela Prefeitura Municipal de Betim (indicada pela letra “p” nos dois gráficos a

seguir) e as receitas de 2016 a 2020 foram estimadas com base no Compound Annual

Growth Rate (CAGR)1, indicados pela letra “e” nos gráficos a seguir. A Receita Corrente de

Betim obteve um CAGR de 3,32% ao ano no período de 2009 a 2014. Vale lembrar que a

análise do crescimento apresentada é real, ou seja, foi descontado o efeito da inflação do

período.

Gráfico 4 – Realizado, previsão e estimativa da Receita Corrente de Betim Fonte: Portal da Transparência da Prefeitura de Betim; Elaboração Própria

1 CAGR = (Valor final / Valor inicial) ^ (1/qtd anos) -1

O gráfico a seguir, mostra a Receita Corrente Líquida de Betim entre 2009 e 2020. Para

calculá-la, subtraíram-se, da Receita Corrente, as contribuições dos servidores para o

sistema próprio de previdência2. A Receita Corrente Líquida obteve um crescimento real

médio, no período, de 3,01% ao ano. Esta taxa de crescimento foi obtida a partir do cálculo

de CAGR considerando o período de 2009 a 2014, assim como no realizado para a RC

apresentada acima.

Gráfico 5 – Realizado, previsão e estimativa da Receita Corrente Líquida de Betim Fonte: Portal da Transparência da Prefeitura de Betim; Elaboração Própria

A partir dos dados apresentados, nota-se que as receitas do município estão em um

cenário de expansão. Além do cenário atual, a Prefeitura Municipal prevê que o

crescimento da RCL do município seja possível em virtude de alguns fatores, conforme

2 Prefeitura Municipal de Betim

R$1.230.431

R$1.368.644 R$1.416.993

R$1.503.525 R$1.445.860

R$1.496.890

R$1.625.028 R$1.678.996

R$1.734.756 R$1.792.368

R$1.851.893 R$1.913.395

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1.400.000

1.600.000

1.800.000

2.000.000

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015p 2016e 2017e 2018e 2019e 2020e

Receita Corrente (em R$ mil)

R$1.189.848

R$1.326.546 R$1.347.890

R$1.445.715

R$1.368.031 R$1.421.962

R$1.550.293 R$1.597.030

R$1.645.176 R$1.694.774

R$1.745.867 R$1.798.501

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1.400.000

1.600.000

1.800.000

2.000.000

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015p 2016e 2017e 2018e 2019e 2020e

Receita Corrente Líquida (em R$ mil)

Estimativa

CAGR: 3,32%

Estimativa

CAGR: 3,01%

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publicado como resposta ao Questionamento nº 02 protocolado no dia 09 de novembro de

2015, sendo os seguintes:

o Instituição da Taxa de Serviços de Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos doMunicípio

de Betim, sancionada em 18 de setembro de 2015;

o Instituição da Taxa de Fiscalização de Estabelecimento – TFE, sancionada em 18 de

setembro de 2015, por meio da Lei Municipal nº 5.950/15;

o Revisão de alíquotas e cobranças de impostos;

o Financiamento por meio Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social –

BNDES, com o Programa de Modernização da Administração Tributária e de Gestão

de Setores Sociais Básicos Automáticos – BNDES PMAT Automático, no importe de

R$ 17.184.784,58 (dezessete milhões, cento e oitenta e quatro mil, setecentos e

oitenta e quatro reais e cinqüenta e oito centavos). Por meio deste financiamento a

Prefeitura poderá fazer a modernização de todo o seu sistema de informação,

atualização da sua base de cadastro que resultará no amento da sua arrecadação;

o Em busca da atração de novos investimentos para o município, a prefeitura vem

realizando estudos e levantamento de dados visando à elaboração de uma lei geral

de incentivos.Tal legislação possibilitará a concessão de incentivos tributários e não

tributários para empreendimentos que se instalarem ou empreendimentos já

instalados e que realizarem ampliações no município. A atividade tem como

premissa a atração de investimentos possibilitando maior desenvolvimento

econômico e ampliação de receitas para o município.

Se tal cenário for mantido, poderá contribuir para aumentar a capacidade da Prefeitura em

arcar com os valores de Contraprestação Pecuniária do presente projeto.

Comparando estes valores com o panorama atual da economia brasileira, pode-se notar

que diferentemente do crescimento real do PIB (Produto Interno Bruto)3 do país, as

receitas correntes do município de Betim apresentam uma estabilidade em seu

3 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

crescimento ano a ano, mesmo em um cenário de retração da economia nacional. Vale

ressaltar que as séries apresentadas são reais, ou seja, não contemplam a inflação do

período. Estes pontos podem ser verificados no gráfico abaixo:

Gráfico 6 – Comparativo variação do PIB nacional, RC e RCL de Betim. Fonte: Portal da Transparência da Prefeitura de Betim/IBGE (PIB); Elaboração Própria

De acordo com o artigo 28 da Lei de PPP, na hipótese de alocação de mais de 5% (cinco por

cento) da Receita Corrente Líquida (RCL) anual, em despesas de caráter continuado

oriundos de contratos de PPP ou se as despesas anuais dos contratos vigentes nos 10 (dez)

anos subsequentes excederem a 5% (cinco por cento) da Receita Corrente Líquida

projetada para os respectivos exercícios, o município ficará impedido de receber

transferências voluntárias de recursos da União Federal, ou seja, considerando a

inexistência de projetos de PPP já contratados pelo município até a presente data, estariam

disponíveis até 5% da RCL para serem utilizados na PPP objeto de análise.

Assim sendo, para que seja avaliada a disponibilidade de recursos via RCL abaixo estão

apresentados os valores de 2015 a 2020. Lembrando que os valores de RC e RCL de 2015

são uma previsão fornecida pela administração da Prefeitura Municipal de Betim. Para os

-0,23%

7,57%

3,92%

1,76%

2,74%

0,15%

-1,47%

0,57%

1,76% 2,24% 2,45%

2,15%

-2,00%

-1,00%

0,00%

1,00%

2,00%

3,00%

4,00%

5,00%

6,00%

7,00%

8,00%

9,00%

-

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015p 2016e 2017e 2018e 2019e 2020e

RCL RC PIB Brasil

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anos de 2016 a 2020 os valores de RCL foram estimados com base no crescimento real

médio apresentado anteriormente conforme demonstrado no gráfico a seguir:

Gráfico 7 – Expectativa de RCL do Município de Betim Fonte: Portal da Transparência da Prefeitura de Betim; Elaboração Própria

Com base nos dados do gráfico acima, estariam disponíveis da parcela dos 5% da RCL no

ano de 2016 R$ 79,8 milhões.

Outra informação relevante para a análise do impacto da RCL devido ao pagamento da

contraprestação estimada neste estudo é o fato de a Prefeitura de Betim possuir

atualmente um contrato com um parceiro privado para prestação dos serviços de limpeza

urbana no valor aproximado de R$ 3,0 milhões4 ao mês, totalizando gastos correntes de R$

36,8 milhões ao ano.

4 Informação interna da Viasolo, porém por se tratar de um contrato de terceirização para um órgão púbico, a mesma informação poderia ser obtida com

a Prefeitura de Betim.

A partir das análises de recursos consideradas, fica claro que o montante gasto atualmente

com a gestão de resíduos sólidos não é suficiente para fazer frente à necessidades futuras

para a melhoria e ampliação dos serviços. Deste modo, considerou-se que este valor será

complementado com um percentual da RCL com o limite de 5%, visto os custos, despesas e

investimentos necessários para esta adequação. O gráfico a seguir apresenta a composição

da contraprestação e estimativa de comprometimento da RCL nos cinco primeiros anos de

contrato.

Gráfico 8 – Comprometimento da RCL do Município de Betim

Como indicado acima, a contraprestação sofrerá acréscimos anuais devido o crescimento

da população do município. Desta forma, nota-se que o comprometimento da RCL também

acompanha esta elevação dos custos, visto que a expectativa de crescimento RCL de Betim.

Com base no gráfico acima, nota-se que o comprometimento da RCL em 2016 é de 1,35%

chegando a 1,70% em 2020, no período dos cinco primeiros anos da concessão, o limite de

5% da RCL destinado para projetos de PPP não é ultrapassado.

Desta forma, entende-se que a prefeitura conseguirá fazer frente às necessidades de

contraprestação ao longo do período de concessão, dentro do limite de 5% de

comprometimento da RCL, atendendo desta forma as exigências legais respectivas.

R$1.550.293 R$1.597.030

R$1.645.176 R$1.694.774

R$1.745.867 R$1.798.501

R$77.515 R$79.851 R$82.259 R$84.739 R$87.293 R$89.925

2015p 2016e 2017e 2018e 2019e 2020e

Expectativa de RCL (em R$ mil)

RCL 5% da RCL

1,35% 1,44% 1,53% 1,62% 1,70%

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2. VALUE FOR MONEY

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2. Value for Money

2.1. Modelo de Avaliação da PPP

No Brasil, a Lei n.º 11.079/04 fixou as prescrições gerais atinentes à PPP. Segundo a Lei, a

formação de uma parceria entre um ente público e um ente privado somente terá lugar

caso os fundamentos invocados para a sua implantação estejam, claramente, fixados por

estudos técnicos específicos, os quais deverão consignar, com bastante nitidez, as razões

pelas quais a Administração Pública está disposta a adotar tal modelo de empreendimento.

O ponto central a ser expressamente consignado - tanto no estudo técnico, quanto na

justificativa da Administração Pública - é deixar à sociedade que a parceria é, efetivamente,

a melhor opção para o projeto do ponto de vista econômico e social.

No entanto, a Lei n.º 11.079/2004 apesar de condicionar fundamentação a estudo técnico,

apenas indica que o estudo deva demonstrar a conveniência e oportunidade da

contratação, mediante as razões que justifiquem a opção pela forma de PPP. Neste

sentido, não foi definido um modelo único e objetivo de análise de conveniência e

oportunidade da PPP aplicado às particularidades nacionais.

Este fato acaba gerando incertezas a todos os agentes envolvidos no processo de análise e

aprovação da PPP. A falta de uma matriz única de análise customizada para a realidade

brasileira acaba dificultando a análise de que as decisões de investimento não estejam

distorcidas para favorecer o financiamento privado do projeto, bem como impede a

consolidação de um procedimento uniforme e padronizado para a análise e decisão das

alternativas de investimentos através de PPPs.

A ASSEC (Assessoria Econômica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão),

como núcleo de conhecimento de Parcerias Público-Privadas e órgão disseminador de

melhores práticas, detectou a necessidade de desenvolver uma metodologia de avaliação

de projetos, que permita à Administração Pública avaliar se a opção de PPP é mais eficiente

do que a contratação tradicional, analisando de forma customizada os aspectos

qualitativos e quantitativos relacionados à implantação de cada projeto.

Uma das principais formas de avaliar uma PPP é a utilização do conceito de Value for

Money. Segundo Borges e Neves, Value for Money é definido como a mensuração da

diferença apurada entre o que seria fazer o mesmo projeto (incluindo obra e prestação de

serviço) através da Administração Pública ou de um particular contratado para assumir

riscos e custos.

De acordo com o Departamento de Finanças e Administração do Governo da Austrália, o

Value for Money pode se manifestar como: (i) entrega dos serviços e da obra a um custo

menor; (ii) aumento dos benefícios de utilização do serviço ao usuário final através do foco

na realização do serviço ao invés da obtenção do ativo; e (iii) certeza do retorno financeiro

devido a menor exposição ao risco.

O quadro a seguir ilustra o comparativo entre as opções avaliadas para determinação do

Value for Money. A sigla PSC significa Public Sector Comparator e representa o custo da

opção do empreendimento sendo construído e operado através de contratos públicos

tradicionais. A opção PPP representa a opção do projeto sendo construído e operado pela

iniciativa privada, através de concessão.

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Figura 3- Comparativo entre as opções avaliadas para determinação do Value for Money

O conceito de Value for Money geralmente também é definido como três E’s – Economia,

Eficiência e Eficácia. Cada um dos E’s pode ser definido como:

• Economia: o uso dos recursos para economizar, custo/despesas, tempo e esforços;

• Eficiência: entregar o mesmo nível de serviço por um custo/despesa, tempo, ou esforço

menor; e

• Eficácia: entregar um serviço melhor ou obter um melhor retorno, aplicando o mesmo

tempo, nível de custo/despesa ou esforço.

2.1.1. Vantagens e Benefícios no Modelo de PPP

Neste sentido, o conceito mais amplo de Value for Money - que engloba a mensuração

quantitativa e qualitativa de riscos assumidos e transferidos, benefícios socioeconômicos e

retornos financeiros - foi bem definido pela Unidade de PPP do Estado de Minas Gerais.

Segundo este órgão, “o Value for Money refere-se às vantagens socioeconômicas para a

sociedade (benefícios tangíveis e intangíveis) obtidas por meio do fornecimento de

determinado serviço por parceiro privado, em determinada qualidade, vis-à-vis os custos -

tangíveis e intangíveis - para tornar tal serviço disponível por meio do método tradicional

de contratação, ou pela prestação direta pelo Estado”.

Isto posto, há de se levar em conta as vantagens que a cooperação com o setor privado,

sob a forma de contratação via PPP é capaz de oferecer:

• Oferece possibilidade de maior integração de todas as etapas de implantação e de

gestão, viabilizando as diretrizes básicas do projeto;

• É um processo de implantação mais rápido e menos oneroso para o Governo,

considerando custo benefício no longo prazo;

• Uma única empresa ou consórcio fica responsável pela elaboração dos projetos e

execução da obra civil. Com essa modalidade de gestão evita-se ocorrência de conflitos

de responsabilidade para efetuação dos reparos gerados por desgaste físico, tempo de

uso, uso indevido ou erros de execução que comprometeriam a qualidade do

atendimento;

• O vencedor de uma licitação única terá obrigatoriamente de compatibilizar os prazos

dessas diversas etapas;

• Menor custo para a Administração Pública na fase de implantação, uma vez que os

dispêndios serão diluídos ao longo do contrato;

• O parceiro privado assume os riscos construtivos;

• O ente privado obtém os recursos para o investimento;

• Existência de uma estrutura de garantia;

• Segurança jurídica do modelo de contratação.

• Caso haja inadimplência contratual, haverá penalização, podendo ocorrer a

transferência do controle da SPE para assegurar a continuidade da prestação dos

serviços;

• No término do contrato, o Ativo torna-se propriedade do Poder Público.

Além das vantagens citadas ao realizar uma parceria com o privado para a prestação de

serviços, também existem potenciais benefícios a serem gerados, sendo importante

destacar os seguintes:

i. Prazo de prestação de serviços

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Com a contratação de uma PPP, é assegurada a continuidade da prestação de serviços no

longo prazo, permitindo que o concessionário realize investimentos para manter os

padrões de qualidade exigidos ao longo da concessão.

ii. Melhor desempenho e otimização dos recursos

Dentro do contrato de PPP, haja vista as metas de qualidade e prestação de serviços, o

concessionário será incentivado a otimizar os recursos através de constantes atualizações

tecnológicas. Os recursos disponíveis serão alocados para atingir a qualidade, segurança e

produtividade, diminuindo acidentes e passivos trabalhistas.

iii. Compartilhamento de risco

Em um processo de PPP, os riscos são compartilhados de acordo com a capacidade de cada

parte administrá-los. Normalmente o parceiro privado assume os riscos de projeto,

operação, investimentos e financiamentos, enquanto o parceiro público pode assumir os

riscos de desapropriação, passivos ambientais e outros que venham a ser previamente

acordados.

iv. Concorrência que gera eficiência e redução de custos

Ao iniciar um processo de concessão via PPP, a administração pública transfere a para a

iniciativa privada a responsabilidade de desenvolver projetos e soluções inovadoras para

atendimento da concessão contra o pagamento de contraprestação máxima. Em outas

formas de contratação, a implantação de medidas inovadoras usualmente requer

dispêndios elevados e no curto prazo por parte dos órgãos de governo. Por meio da PPP o

benefício é gerado para a população sem que haja dispêndios proporcionais por parte da

prefeitura. Como há frisado, os valores serão pagos ao longo do prazo de concessão por

meio de contraprestação. Ademais, no processo de concorrência, vencerá a instituição que

oferecer a melhor solução pelo menor custo ou contraprestação pública.

v. Ganhos Ambientais

Os ganhos ambientais serão provenientes do gerenciamento das fontes poluidoras. Ao

optar pela modalidade de PPP, o parceiro público poderá exigir da futura concessionária

indicadores de desempenho referentes as questões ambientais passando a atuar como

agente fiscalizador do processo.

Outros benefícios que podem ser destacados relativos ao modelo proposto são:

• Diminuição da exploração de recursos naturais e o consumo de energia;

• Diminuição da poluição do solo, água e ar;

• Melhoraria da limpeza da cidade e da qualidade de vida da população;

• Diminuição de materiais a serem coletados e dispostos, aumentando a vida útil dos

aterros sanitários;

• Melhorada qualidade dos compostos orgânicos gerados;

• Geração de empregos para a população não qualificada;

• Potencial geração de receitas acessórias;

• Estimulo a concorrência, uma vez que produtos gerados a partir de reciclados são

comercializados, em paralelo, àqueles gerados a partir de matérias-primas virgens;

• Valorização da limpeza pública e para formar uma consciência ecológica;

• Diminui a proliferação de doenças e os gastos com saúde.

E sobretudo, conforme já destacado, o conceito aqui apresentado terá como o foco a

mudança de cultura da população sempre com o foco de se gerar e se sujar menos,

conceito fundamental para o desenvolvimento de uma Cidade Limpa.

2.2. Comparativo das Soluções – Value for Money

2.2.1. Contratação dos Serviços pela Prefeitura

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Considerando-se a necessidade de contratação dos serviços de mão-de-obra, fornecimento

de equipamentos e materiais e construção civil visando a adequação ao previsto no PMRS,

foi elaborado o cenário a seguir.

Entendendo que o prazo de contratos de serviços são de 5 anos, e que a Prefeitura tenha

que recontratar estes ao final de cada período, neste estudo foram considerados 30 anos

de projeção dos serviços.

Para os custos foi considerado como base o valor do atual contrato da Prefeitura com a

Viasolo no valor R$ 36,8 milhões para o primeiro ano, a partir do segundo foi considerado

uma variação dos custos, em média 2% ao ano. Foram consideradas despesas

administrativas para a realização destes serviços pela Prefeitura. Os custos e despesas

varaiam de acordo com o previsto para o projeto de PPP

Por fim, será considerado um cronograma de investimentos e reinvestimentos similar ao

previsto para o projeto de PPP que será descrito no próximo item deste relatório. É

importante ressaltar que todos os valores levam em conta BDI e despesas administrativas.

A seguir estão dispostos os valores estimados de custos, despesas e investimentos,

considerando a contratação dos serviços pela Prefeitura:

Descrição Ano 01 a Ano 05 Ano 06 a Ano 30

Custos R$ 303.878.226,36 R$ 2.036.510.296,30

Despesas R$ 12.977.568,11 R$ 85.929.772,55

Investimentos R$ 50.147.488,94 R$ 180.639.554,19

Quadro 5 – Relação de Custos, Despesas e Investimento para Contratação pela Prefeitura

Abaixo, está representado o fluxo de dispêndios da Administração Pública para os

próximos 30 anos (valores em R$ mil e data base deNovembro/2015):

Gráfico 9 – Fluxo de Dispêndios da Contratação pela Prefeitura

2.2.2. Proposta de PPP

A alternativa proposta para a Parceria Público-Privada consiste na adequação dos serviços

atualmente prestados de operação, além de investimentos em centrais de tratamento

visando adequar o município ao previsto no PMRS. Os serviços e cronograma de

investimentos que compreende a proposta de PPP está descrito no item 1.6.1 deste

relatório.

Abaixo, está representado o fluxo de dispêndios da Administração Pública, proposto na

Modalidade de PPP para os próximos 30 anos considerando a Parceria Público Privada

(valores em R$ mil e data base de Novembro/2015).

Gráfico 10 – Dispêndio do Poder Público com o projeto de PPP

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Visto isso, percebe-se que o modelo de PPP apresenta um dispêndio, apesar de crescente,

constante comparado ao da alternativa apresentada anteriormente, no qual a Prefeitura

teria, já no primeiro ano, mais de R$ 70 milhões de dispêndios com a contratação dos

serviços de manejo e destinação de resíduos sólidos do município.

O crescimento previsto na proposta de PPP para os custos dos serviços, acompanha o

raciocínio de aumento vegetativo do município e consequente elevação da geração de

resíduos.

2.2.3. Comparativo das Soluções

Conforme disposto na metodologia no principio deste capítulo, foi realizado um

comparativo a Valor Presente Liquido (VPL) do fluxo de dispêndios do poder público ao

longo dos 30 anos sob as duas formas de contratação (PPP ou Contratação Direta). Estes

fluxos foram descontados a uma taxa de 9,8%a.a. e o resultado está apresentado no

gráfico a seguir (valores em R$ mil e data base de Novembro/2015):

Gráfico 11 – Comparativo das Alternativas – Prefeitura x PPP

Neste contexto, a análise dos VPLs da contratação direta e da PPP apresentam um

benefício econômico de aproximadamente R$ 47,7 milhões para o poder público, na

modalidade de PPP, durante o período de 30 anos, conforme demostrado no gráfico acima.

Assim, a alternativa de contratação da PPP apresentada neste estudo, apresenta um

benefício econômico quando comparado a contratação dos serviços por outras

modalidades pela Prefeitura.

Avaliando todas as premissas, considerações, comparações e valores apresentados no

estudo, nota-se que a contratação na modalidade de PPP apresenta não apenas um

benefício econômico, mas também vantagens qualitativas de otimização dos serviços

prestados, e assim possibilitará a prefeitura a fazer frente às necessidades da população e

meio ambiente do município.

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2.3. Conclusão

Considerando-se a análise comparativa apresentada, observa-se que a Modalidade de PPP

proposta apresenta benefícios para a Prefeitura, tanto do ponto de vista quantitativo

quanto do ponto de vista qualitativo, no qual podemos observar principalmente:

Melhor desempenho e otimização;

Apropriação dos riscos de operação ao parceiro privado;

Ganho de eficiência;

Ganhos ambientais; e

Adequação ao Plano Municipal de Saneamento Básico no que tange a destinação de

resíduos sólidos.

É importante ressaltar que ao contratar em uma modalidade de PPP, a administração

pública passa o gerenciamento e operação da destinação dos resíduos sólidos ao parceiro

privado, podendo assim focar sua atenção em outras áreas tais como saúde, educação,

mobilidade urbana, entre outros.

Quando avaliado os aspectos quantitativos, verificou-se no estudo, através de metodologia

do Value for Money que a contratação via modalidade de PPP geraria benefícios na ordem

de R$ 47,7 milhões, quando comparada à alternativa de contratação por outras

modalidades por parte da Prefeitura.

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3. CONSIDERAÇÕES SOBRE O FLUXO DE PAGAMENTO E GARANTIA

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3. Considerações sobre o Fluxo de Pagamento e Garantia

Com objetivo de garantir a realização do presente projeto, deverá ser considerada uma

sólida estrutura para o fluxo de pagamento e de garantias a fim de prover segurança ao

projeto objeto de estudo. A Administração Pública deverá ser assegurada de que os

recursos que empregará serão convertidos em benefícios para a sociedade, enquanto que

a parte privada deverá ser assegurada de que os recursos serão disponibilizados pelo setor

público, via contraprestação.

Tendo isso em mente e sabendo que a parte privada desejará captar recursos na

modalidade project finance, considerando seu risco de crédito do projeto avaliado pelo

mercado financeiro, propõe-se um esquema de centralização de receitas para circulação

em circuito de contas-correntes abertas e mantidas junto a agente fiduciário. Este arranjo

tem objetivo exclusivo oferecer segurança jurídica e pouca possibilidade de interferência

e/ou manobra no pagamento dos Dispêndios Públicos na forma prevista no Contrato de

PPP, tudo de forma a apenas honrar os compromissos do Poder Público oferecendo o

menor risco de inadimplência, e por consequência, aumentar a financiabilidade do Projeto.

Adicionalmente, é fundamental que se preveja mecanismos suficientes de garantia dos

recebimentos do projeto, no caso as contraprestações pecuniárias. Deste modo sugere-se

a vinculação de recursos da Taxa de Serviços de Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos do

Município de Betim, que foi instituída no dia 18 de setembro de 2015, da qual a Prefeitura

de Betim prevê um recebimento entre R$ 30 e R$ 40 milhões para o exercício de 2016,. A

Prefeitura considera este intervalo considerável em virtude da atualização do banco de

dados e do percentual de inadimplência em função da atual situação econômica do país.

Na estrutura proposta, este montante terá por finalidade garantir os pagamentos devidos

nos termos futuros do contrato de concessão por meio de arranjo legal e contratual.

Propõe-se que seja constituído um colchão de liquidez (com os recursos da Taxa de

Serviços de Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos) correspondente a no mínimo 3 (três)

vezes o valor da contraprestação mensal prevista no projeto. Ademais, visto que a Taxa de

Serviços de Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos anual não contempla, já no primeiro ano

de concessão, o montante total das contraprestações indicadas como garantia mínima,

sugere-se que o Fundo de Participação dos Municípios (“FPM’) seja considerado como

garantia complementar até que o colchão de liquidez proposto seja estabelecido. De

acordo com o Tesouro Nacional, o FPM do Município de Betim apresentou valor de R$ 52,4

milhões em 2014. Deste modo, havendo algum descumprimento das obrigações das Fontes

Pagadoras e/ou Poder Concedente, os recursos da Conta Vinculada serão utilizados para

pagamento da concessionária automaticamente. Por outro lado, não havendo

inadimplência por parte da prefeitura, após preenchimento do colchão, os recursos

restantes serão liberados para livre utilização da Prefeitura de Betim.

A figura a seguir apresenta de forma esquemática o modelo proposto:

Figura 4 – Modelo esquemático do fluxo de pagamentos/recebimentos da PPP Fonte: Elaboração Própria

Ressalta-se que a estrutura proposta é apenas uma sugestão para o estudo apresentado,

não sendo este o único mecanismo de garantia possível.

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4. COMPROVAÇÃO DE VIABILIDADE TÉCNICA DO ECONÔMICO-FINANCEIRO

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n

jj

j

i

FC

0 )1(

4. Comprovação de Viabilidade Técnica do Econômico-Financeiro

4.1. Objetivo

O objetivo desta etapa do trabalho é realizar uma análise de viabilidade econômico-

financeira do presente projeto e, a partir dos resultados encontrados, propor um arranjo

que aperfeiçoe os serviços relacionados aos resíduos urbanos, resíduos de saúde e resíduos

de construção civil, no município de Betim, bem como a limpeza urbana em suas áreas

públicas, parques e jardins.

Todas as premissas e os resultados estão baseados em um horizonte de trinta anos de

concessão, contados a partir da data de assinatura do contrato. O regime tributário

adotado é a apuração pelo Regime de Lucro Real, em moeda constante. A data base do

trabalho é 31 de novembro de 2015.

Foram projetados os valores de investimentos, custos e despesas operacionais, impostos

diretos e indiretos, depreciação e, por fim, estimou-se um valor de Contraprestação, que

será devido como contrapartida aos serviços prestados pela SPE. A partir das premissas

descritas neste capítulo, foram projetados, para o período de concessão, fluxo de caixa,

demonstração de resultados do exercício e balanço patrimonial.

A metodologia e os resultados deste projeto são demonstrados ao longo deste capítulo.

4.2. Premissas

4.2.1. Metodologia

A escolha de metodologia de análise de empreendimentos não possui regras definidas.

Acadêmicos e profissionais de mercado, entretanto, têm desenvolvido abordagens e

metodologias de avaliação usualmente aceitas. Desta forma, as abordagens de análise

devem ser criteriosamente escolhidas de acordo com a natureza e características do

negócio a ser avaliado, dependendo também da finalidade do exercício de análise.

Para a análise de viabilidade econômico-financeira do projeto foi adotada a metodologia

do Fluxo de Caixa Descontado (FCD). Isto, porque este método é reconhecido como o que

mais apropriadamente traduz o valor econômico de um empreendimento, seja ele uma

empresa ou um negócio integrante, esteja em fase operacional ou de projeto. Ademais,

por sua praticidade, este método é também aplicado em larga escala por instituições de

fomento e organismos governamentais para avaliação dos benefícios econômicos de

projetos de natureza semelhante ao projeto em questão.

4.2.2. Indicadores

Valor Presente Líquido (VPL)

O VPL é a soma do valor presente de cada fluxo de caixa descontado que ocorre ao longo

da vida estimada para determinado projeto, sejam eles positivos ou negativos.

A equação geral de cálculo do Valor Presente Líquido é a seguinte:

ou

Onde:

jFC = Fluxo de caixa no período nj ;0 ;

i = Taxa de desconto utilizada; e,

n = Tempo estimado de vida do projeto.

n n

i

FC

i

FC

i

FC FC

) 1 ( ...

) 1 ( ) 1 ( 2

2 1

1 0

= VPL

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Taxa de Desconto

Para o presente trabalho se adotou o Custo Médio Ponderado do Capital (Weighted

Average Cost of Capital – WACC), metodologia esta que é utilizada em larga escala em

projetos desta natureza.

Por este método, o custo do capital é obtido por meio da ponderação entre o custo do

capital próprio dos acionistas e o custo da dívida, levando em consideração a relação entre

capital próprio e capital de terceiros.

A equação do modelo WACC é a seguinte:

Onde:

E = Montante de Capital Próprio

D = Montante de Capital de Terceiros;

ER = Custo do Capital Próprio; e

DR = Custo do Capital de Terceiros.

O custo de capital de terceiros mensura o valor dos empréstimos de uma empresa para o

financiamento de seus projetos. Em termos gerais, é determinado pelas seguintes

variáveis:

O nível atual das taxas de juros;

O risco de inadimplemento das empresas; e

Os benefícios fiscais associados ao financiamento (endividamento).

A alíquota marginal de imposto de renda e contribuição social tem impacto direto no custo

de endividamento, uma vez que tais pagamentos são dedutíveis para fins fiscais.

Assim, tem-se o custo de endividamento final através da fórmula:

RD = RB *(1 - T),

Onde:

RD = Custo de Capital de Terceiros;

RB = Taxa real da dívida; e

T = Alíquota de imposto de renda e contribuição social.

Modelo de Precificação de Ativos (CAPM)

O custo de capital foi estimado pelo Modelo de Precificação de Ativos Financeiros (Capital

Asset Pricing Model – CAPM), onde a taxa de retorno de um ativo específico varia

proporcionalmente com o diferencial de risco que ele oferece em relação à média de

mercado menos o retorno de um ativo livre de risco. Para a estimativa do custo de

financiamento através do capital próprio, foi utilizada a seguinte formulação:

RE = RF + β* [E(RM) – RF] + α BR + Sp

Onde:

RF = Taxa de retorno de um ativo livre de riscos;

β = Risco sistêmico em relação a empresas semelhantes;

[E (RM) - RF] = Diferença entre a taxa de retorno esperada da carteira de mercado e a taxa

de retorno de um ativo livre de riscos;

α BR = Risco Brasil; e

Sp = Prêmio de Tamanho (Liquidez).

DE R

DE

DR

DE

EWACC **

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Para definir o Beta, adota-se o seguinte procedimento:

Identificação e seleção de empresas semelhantes (quando não for possível obter

um Beta significativo da empresa avaliada);

Determinação de suas correlações com os respectivos mercados de capitais; e

Cálculo do Beta ponderado, que será utilizado para determinar o risco da empresa.

É importante notar que os Betas observados nos mercados de capitais para empresas

comparáveis incluem diferentes graus de alavancagem. Assim, é necessário extrair o fator

de alavancagem para calcular o fator de risco determinado pelo mercado sobre os riscos

operacionais inerentes ao negócio.

Desta forma, aplica-se a seguinte fórmula para o cálculo do Beta desalavancado:

Onde:

d = Beta Desalavancado – risco de ações de empresas comparáveis, sem considerar a

alavancagem de cada uma delas;

= Beta alavancado – risco de ações de empresas comparáveis, acrescido da alavancagem

de cada uma delas;

T = Alíquotas de Imposto de Renda e Contribuição Social para cada empresa comparável; e

E

D

= Dívida/Patrimônio Líquido de cada empresa comparável.

Definida a estrutura de capital para o projeto, o novo Beta deverá ser calculado, agora

realavancado, com base na seguinte fórmula:

Onde:

r = Beta Realavancado – a ser usado como base para o cálculo do custo de financiamento

(fornecido por suas próprias fontes);

d = Beta Desalavancado – risco de ações de empresas comparáveis, sem considerar a

alavancagem de cada uma delas;

T = Alíquotas de Imposto de Renda e Contribuição Social, conforme alíquota efetiva da

empresa analisada; e

E

D

= Dívida/Patrimônio Líquido da empresa sob análise.

Taxa Interna de Retorno (TIR)

A TIR representa a rentabilidade interna de um investimento, devendo esta ser comparada

com a Taxa Mínima de Atratividade ou, no caso do presente estudo, ao WACC. Também é a

taxa ao qual o VPL dos fluxos de caixa do empreendimento, positivos e negativos, durante

todo o período projetado, é equivalente à zero.

A TIR obedece à seguinte fórmula:

Onde:

i = Taxa de Retorno, ou TIR;

jFC = Fluxo de Caixa qualquer, genérico, para nj ;0 .

E

DT

d

*11

E

DTdr *11*

0

1

1

0

jn

j

ji

FC

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Esta taxa deve ser analisada em conjunto com o valor da empresa, uma vez que se trata de

um indicador relativo ao volume de investimentos realizados, não apontando, em termos

monetários, o ganho esperado para o empreendimento.

Porém, visto isoladamente, quanto maior este indicador se apresentar, melhor será a

atratividade do empreendimento aos seus investidores. As vantagens de se utilizar a TIR

são: a facilidade de interpretação dos resultados e a condição de não ser necessária a

fixação de uma taxa de desconto.

Alguns dos pontos críticos na utilização da TIR como metodologia de análise de viabilidade

são:

A ausência de noção do volume de capitais envolvidos, já que o indicador fornece

apenas uma taxa de retorno, sem oferecer análise em termos de valores absolutos.

Neste caso, a TIR não fornece o montante de lucros, investimentos ou outros

valores financeiros importantes na análise do projeto;

Há casos em que ocorrem mais de uma TIR para o mesmo projeto; fato que decorre

da existência de mais de uma inversão de sinal nos fluxos de caixa da empresa; e

Podem ocorrer casos em que haja mais de um Custo de Oportunidade. Quando um

projeto é muito longo, as taxas de juros de curto prazo podem ser diferentes. Desta

maneira há controvérsia com relação a qual taxa utilizar como custo de

oportunidade no momento de compará-la com a TIR para se verificar a viabilidade

do projeto.

Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (ICSD)

A fim de determinar a capacidade de pagamento da dívida, será utilizada a metodologia

ICSD. O índice ICSD mede o risco de inadimplência em relação à dívida, estabelecendo

quando esse risco é maior.

De acordo com o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), o Índice de Cobertura do

Serviço da Dívida (ICSD) é calculado pela divisão da geração de caixa operacional pelo

serviço da dívida, com base em informações registradas nas Demonstrações Financeiras,

em um determinado período.

Se o ICSD for maior que 1 (hum), a empresa terá capacidade de pagar todas as despesas e

serviços da dívida com excedente de caixa. Por outro lado, um ICSD menor que 1 (hum)

indica que a empresa não será capaz de saldar todas as suas obrigações.

Além disso, durante o prazo de pagamento do empréstimo, é importante analisar duas

perspectivas do ICSD, o médio e o mínimo. O ICSD médio indica a capacidade de pagar a

dívida considerando que um excedente de caixa relativo a um período pode ser utilizado

para cobrir um déficit em outro período, ou seja, o risco de inadimplência geral do projeto.

Da mesma forma, o ICSD mínimo aponta quando a empresa pode ter um déficit de caixa.

O ICSD obedece à seguinte fórmula:

Onde:

ICSD = Índice de Cobertura da Dívida

Geração de Caixa = EBITDA – Impostos (+/-) Variação de Capital de Giro

Serviço da Dívida = Amortização do Principal + Pagamento de Juros

Vale ressaltar que a definição para a variação de capital de giro, exposta no cálculo acima,

corresponde à necessidade de capital de giro a um período de 12 meses menos a

necessidade de capital de giro do período imediatamente anterior. E, por fim, ao constatar

que o resultado da variação de capital de giro será negativo, deverá somá-lo ao cálculo da

geração de caixa operacional.

𝐼𝐶𝑆𝐷 =𝐺𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑖𝑥𝑎 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙

𝑆𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜 𝑑𝑎 𝐷í𝑣𝑖𝑑𝑎

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4.3. Proposição da Taxa de Desconto

Taxa Livre de Risco (Rf)

Um dos alicerces da metodologia para cálculo da taxa de desconto é a mensuração da taxa

de retorno livre de risco para o investidor. Como base, foi utilizada a taxa dos títulos

soberanos emitidos pelo Governo dos Estados Unidos como referência de ativo livre de

risco. Abaixo são apresentados os itens que compõem o cálculo da taxa livre de risco.

Descrição Fonte Parâmetros

Taxa Livre de Risco Norte-Americana (Nominal) a Capital IQ 2,71%

Inflação Norte-Americana – CPI b BLS 2,10%

a. T-Bond 20 anos: média histórica 3 meses (Capital IQ); b. Inflação Norte-Americana – Média Projetada até 2040 (Bureau of Labor Statistics - USA).

Tabela 1- Componentes do Cálculo da Taxa Livre de Risco

Estimativa do Beta

Cálculo do Beta Desalavancado do Setor

Para formar uma visão de um Beta apropriado, foram selecionadas empresas envolvidas no

setor de gestão de resíduos sólidos, a fim de formar uma amostragem de empresas

comparáveis e, após a seleção de empresas que encaixem nesse escopo, o cálculo de um

Beta comum ao setor.

A tabela abaixo apresenta o cálculo do Beta do setor usado no cálculo de um dos

elementos que compõem a taxa de desconto:

Empresas Beta

Alavancado Alavancag

em Tributos

Beta Desalavancado

Casella Waste Systems Inc. 0,34 286,5% 35,0% 0,12 Progressive Waste Solutions Ltd. 0,27 69,1% 15,0% 0,17

Republic Services, Inc. 0,25 74,0% 34,5% 0,17 Shanks Group plc 0,24 79,6% 21,0% 0,15

Waste Management, Inc. 0,23 57,0% 34,6% 0,17 Beta Desalavancado Médio 0,15

Tabela 2 – Comparáveis do Setor para Definição da Taxa de Desconto Fonte: Capital IQ/Bloomberg

Beta Alavancado

Para calcular o Beta realavancado, foi utilizada a alavancagem (D/E) com 30% dívida e 70%

capital próprio baseado nas informações de projetos/empresas comparáveis.

Adicionalmente, foi utilizada a alíquota de impostos de 34%, pelo fato da empresa estar em

um regime de tributação que utiliza esse valor. A partir dessas premissas e com base na

fórmula abaixo se chegou ao Beta realavancado de 0,20.

Prêmios

Conforme descrito no item de metodologia, a mensuração do custo de capital próprio

considera a adição de prêmios ao investidor privado a fim de dimensionar os riscos

assumidos por ele.

Prêmios de Risco são considerados na composição da taxa de desconto do projeto haja

vista a existência de outros fatores de risco relacionados aos investimentos que explicam

retornos médios de investimentos no mercado. De acordo com Fama e French5 (1993), há

cinco fatores comuns de risco que compõem: risco geral de mercado, risco relacionado ao

tamanho do empreendimento, risco entre a relação de valor contábil e o valor de mercado

do investimento, risco de maturidade dos títulos e, por fim, risco de inadimplência.

5 FAMA, Eugene F. e FRENCH, Kenneth R. – Common Risk Factors in the Returns on Stocks and Bonds, University of Chicago, 1993

E

DTdr *11*

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Ademais, a lógica de investimentos em infraestrutura, na qual são exigidos grandes

volumes de capital, associados a uma expectativa de retorno de longo prazo, traz à tona

um cenário de não somente grandes riscos, como também, incertezas6 ao investidor.

Portanto, sob a hipótese inerente do modelo do CAPM de precificação do custo do capital

do acionista de que quanto maior o risco esperado proporcionalmente será maior o

retorno exigido pelo acionista, foi considerado como prêmio de risco neste projeto o risco

relacionado à baixa liquidez7 do ativo, o risco geral de mercado e risco país (EMBI+). Em

relação ao primeiro fator (baixa liquidez) existe um consenso que investidores exigem

maiores retornos quando investem em ativos menos líquidos. Para se estimar uma taxa

prêmio para baixa liquidez dos ativos em foco, foi realizado um paralelo de baixa liquidez

com o tamanho de empresa. Damodaran5 afirma que o prêmio de baixa liquidez deve ser

maior em empresas menores.

O fato de empresas menores exigirem retornos maiores está relacionado principalmente

ao fato do risco de liquidez desses investimentos. O mercado restrito para investimento de

pequeno porte se traduz em menor liquidez destes ativos, portanto é consensual o fato de

investidores precificarem o risco da impossibilidade de se desfazerem do investimento em

virtude do tamanho do ativo. A situação da baixa liquidez do ativo tem sua situação

agravada no caso de projetos de infraestrutura sob o escopo de uma PPP. Em virtude do

ambiente fortemente regulado pelo Estado, os investimentos realizados por meio de uma

concessão ou PPP são objetos de regras específicas às quais visam preservar o interesse

público em relação à prestação de serviços essenciais. Diante deste contexto, os ativos

provenientes de investimentos desta natureza tendem a ter regras rígidas sobre uma

eventual alteração do controle acionário as quais limitam ainda mais a capacidade do

investidor se desfazer do ativo prontamente.

6 Neste contexto, entende-se como “incerteza” a ocorrência de eventos imprevisíveis. 7 (Ross S. A., 2001) entende-se por liquidez “a velocidade e facilidade com a qual um ativo pode ser convertido em caixa”. (Damodaran, Marketability and Value: Measuring the Illiquidity Discount, 2005) dispõe que “quando você compra uma ação, um título, ativo real ou um negócio, muitas vezes ocorre um arrependimento do comprador onde ele desejará se desfazer do ativo comprado. O custo da iliquidez é o custo deste arrependimento.” Damodaran, no mesmo artigo, ainda dispõe que este custo é maior para ativos reais do que para ativos financeiros. No caso de concessões de infraestrutura praticamente não existe a possibilidade de venda dos ativos incorporados. Os contratos são longos (25 – 30 anos) e as normas dificultam que as empresas vencedoras de um certame licitatório se desfaçam ou vendam os ativos por determinado período de tempo. Ou seja, não há espaço para o arrependimento.

Com a intenção de mensurar o prêmio de risco por tamanho da empresa buscou-se

classificar a SPE de acordo com a escala apresentada no Ibbotson para estimar o prêmio de

risco por tamanho adicionado ao CAPM, a fim de ajustar o retorno do acionista à média de

mercado para investimentos de mesma natureza. A tabela em questão é apresentada a

seguir:

Prêmio por Tamanho - Ibbotson

Escala Menor Empresa (US$ milhões)

Maior Empresa (US$ milhões)

Prêmio por Tamanho (%)

1 – Maior 21.753,41 428.699,80 -0,37%

2 9.196,66 21.739,01 0,75%

3 5.572,65 9.196,48 0,86%

4 3.581,55 5.569,84 1,16%

5 2.432,89 3.573,08 1,75%

6 1.626,39 2.431,23 1,86%

7 1.056,20 1.621,79 1,94%

8 636,75 1.055,32 2,36%

9 339,99 632,77 2,81%

10 – Menor 2,40 338,83 5,99%

Tabela 3 – Valores Prêmio por Tamanho Fonte: Ibbotson

De acordo com a tabela apresentada anteriormente, é possível classificar o presente

empreendimento na escala 9, a qual tem como limite máximo empresas que faturam entre

US$339,99 milhões US$632,77 milhões. Diante disto, é aplicável a título de prêmio de risco

por tamanho de 2,81%.

No que tange ao segundo fator de risco considerado na precificação, o de risco geral de

mercado, tomou-se como referência, as análises realizadas pela empresa de consultoria EY

que estima o prêmio de mercado de 6,50% adicionais à expectativa de retorno ao ativo

livre de risco.

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Por fim, foi adicionado o spread pago pelos títulos brasileiros representados pelo EMBI+

divulgado periodicamente pelo banco J.P. Morgan.

A tabela abaixo resume os prêmios de risco considerados no cálculo do CAPM.

Descrição Fonte Parâmetros

Prêmio de Risco de Mercado EY 6,50%

Prêmio por Tamanho Ibbotson 2,81%

Risco Brasil EMBI+ Reuters 3,41%

Tabela 4 – Consideração para o Cálculo do CAPM

Capital de Terceiros

Como premissa de Capital de Terceiros foi considerada a relação D / (D+E) = 30% e um

custo de dívida de 2,65% a.a. em termos reais. Este valor foi baseado em consultas iniciais

a agentes financiadores utilizando o financiamento do BNDES – Saneamento Ambiental.

Cálculo WACC

WACC 9,8%

Capital Próprio 70,00%

Custo de Capital Próprio 12,88%

Capital de Terceiros 30,00%

Custo de Capital de Terceiros8 2,65%

Tabela 5 – Premissas WACC

É importante ressaltar que a taxa de desconto encontrada é compatível com projetos de

PPP no Brasil. Um exemplo é o recente Procedimento de Manifestação de Interesse

publicado pelo Estado do Espírito Santo para construção e operação de serviços não

pedagógicos em escolas estaduais que estabeleceu uma TIR de 10,00% a.a. em termos

reais para o projeto.

8 Custo de Capital de Terceiros após impostos diretos, o Custo Efetivo de Capital de Terceiros é de 4,04%

4.4. Premissas Operacionais

Investimentos

Os investimentos necessários para a implantação do centro de valorização dos resíduos

sólidos de Betim estão previstos para ter seu início em 2016. Estão previstos investimentos

de aproximadamente R$ 37,1 milhões ao longo dos cinco primeiros anos da PPP e outros

R$ 133,8 milhões até o final do contrato. Parte das operações de gestão de resíduos sólidos

terá início ao primeiro dia de contrato, isto é, desde o princípio da PPP será devida

contraprestação, por parte do poder público, à concessionária em função dos serviços

prestados.

O gráfico abaixo apresenta o montante a ser investido ao longo da concessão:

Gráfico 12 – Fluxo de Investimentos da Concessão Fonte: Elaboração Própria

É importante ressaltar que o projeto em questão prevê a necessidade de desembolsos ao

longo de todo o período de concessão a título de reinvestimentos, uma vez que as

principais máquinas e equipamentos possuem vida útil inferior a vinte e quinze anos.

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Depreciação

De acordo com a Receita Federal do Brasil, a depreciação de bens do ativo imobilizado

corresponde à diminuição do valor dos elementos classificados nessa conta, resultante do

desgaste pelo uso, ação da natureza ou obsolescência normal.

A Receita Federal do Brasil determina ainda que a referida perda de valor desses ativos,

seja registrada periodicamente nas contas de custo ou despesa (encargos de depreciação

do período de apuração) e que tenham como contrapartida, contas de registro da

depreciação acumulada, classificadas como contas retificadoras do ativo permanente,

conforme consta no Regulamento do Imposto de Renda (RIR/1999, art. 305).

A forma de quantificar a depreciação depende dos métodos estipulados pela legislação

vigente com o objetivo de refletir, da forma mais real possível, a perda de capacidade de

gerar benefício econômico futuro de determinado ativo para a entidade detentora do bem.

Até a edição da Lei n°. 11.638/2007 a grande maioria das empresas reconhecia

contabilmente a depreciação de seu ativo imobilizado de acordo com as taxas de vida útil

divulgadas pela Receita Federal do Brasil. Assim, a contabilidade e a tributação eram

convergentes no reconhecimento e dedução fiscal das cotas de depreciação. No entanto,

as concessionárias de serviço público a partir da mudança das normas contábeis passaram

a não contabilizar mais os ativos como imobilizado, por não serem proprietárias do bem, e

sim, de acordo com o estabelecido no CPC 01, ou seja, em alguns casos como ativo

intangível e outros como ativo financeiro. De acordo com as disposições contidas na Lei n°.

11.638/2007 e 11.941/2009 os efeitos decorrentes dessa mudança não surtiram efeitos

fiscais, prevalecendo os de acordo com os métodos e critérios contábeis vigentes até 31 de

dezembro de 2007. Esse mecanismo foi denominado Regime Tributário Transitório e estava

em vigor desde 2008.

Contudo, em 13 de maio de 2014, foi promulgada a Lei n°. 12.973/2014, que teve como

conversão a Medida Provisória n° 627/2014, no qual houve revogação do Regime

Tributário Transitório (RTT), desta forma, as normas contábeis brasileiras ficaram mais

próximas das internacionais das IFRSs. Assim, a partir de 1º de janeiro de 2015 a apuração

do IRPJ e da CSLL é tomada a partir das demonstrações financeiras elaboradas de acordo

com as disposições da Lei n°. 11.638/2007. Deste modo, para o presente relatório foram

adotadas as práticas previstas na legislação vigente das normas contábeis brasileiras.

Custos e Despesas

Foram considerados como custos os valores relativos à operação e manutenção do

negócio, como por exemplo, mão de obra, combustível e manutenção, além dos seguros e

garantias. Já como despesas, foram considerados os valores despendidos com a

administração local e central, sendo calculadas como uma porcentagem dos custos

operacionais. A curva de desembolsos de custos e despesas apresenta um comportamento

variável ao longo dos trinta anos de concessão, uma vez que considera o aumento

vegetativo da população, e consequente elevação da geração de resíduos, o que induz ao

aumento de equipes para atender adequadamente os municípies. Durante toda a

concessão o montante totalizará aproximadamente R$ 1.979,6 milhões conforme

demonstrado na tabela abaixo:

Custos/Despesas (R$ Milhões) 1° ao 5° ano 6° ao 30° ano Total

Custos de Operação e Manutenção 218,0 1.529,3 1.747,3

Despesas 29,7 202,6 232,3

Total 247,7 1.731,9 1.979,6

Tabela 6 – Relação de Custos e Despesas da Concessão Fonte: Elaboração Própria

Capital de Giro

O Capital de Giro (CDG) é o recurso utilizado para sustentar as operações do dia-a-dia da

companhia, ou seja, é o capital disponível para condução normal dos negócios da empresa.

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Para a estimativa do volume de capital de giro necessário a operação foi utilizada a

metodologia do prazo médio para pagamentos e recebimentos da empresa. Para o cálculo

destes índices de prazo médio de pagamentos e recebimentos, baseou-se nos prazos

verificados em mercado.

A tabela abaixo descreve a estrutura usada, sendo as contas de Contas a Receber e

Impostos a Receber parte de usos e as contas de Fornecedores e Impostos a Pagar parte

das fontes.

Capital de Giro Dias

Contas a Receber 60

Impostos a Receber 60

Fornecedores 45

Impostos a Pagar 45

Tabela 7 – Estrutura do Capital de Giro Fonte: Viasolo

Estrutura de Financiamento

A partir de interações iniciais com os agentes financeiros e com base nas respectivas linhas

de financiamento disponíveis no mercado, foi adotada uma estrutura de capital próprio e

de capital de terceiros para o projeto. De maneira resumida, as premissas de

financiamento de longo prazo são apresentada abaixo, sendo que foram consideradas as

mesmas condições, tanto para o financiamento quanto para o refinanciamento.

Financiamento Longo Prazo BNDES Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos

Spread 4,04% a.a.

Indexador IPCA

Carência9 2 anos

Prazo de Pagamentos5 10 anos

Sistema Amortização SAC

Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (ICSD) mínimo 1,2

Tabela 8 – Condições de Finaciamento BNDES Fonte: BNDES

Adicionalmente, tendo em vista os prazos necessários para aprovação dos créditos de

longo prazo junto aos agentes financiadores, foi considerada uma linha de empréstimo

ponte, visando cobrir as necessidades de capital no primeiro ano de concessão. As

premissas consideradas pelo empréstimo ponte são:

Empréstimo Ponte

Spread 4,0% a.a.

Indexador Selic

Carência 1 ano

Prazo de Pagamentos 1 ano

Sistema Amortização Bullet

Tabela 9 – Condições de Financiamento Ponte

Impostos

A tributação do projeto levou em conta a apuração dos tributos pelo regime de Lucro Real.

As premissas refletem a legislação vigente e são resumidas a seguir:

9 Os períodos de carência e amortização são estimados, uma vez que devem ser validados com os agentes financiadores, de acordo com as premissas do projeto.

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n

jj

j

i

FC

0 )1(

n n

i

FC

i

FC

i

FC FC

) 1 ( ...

) 1 ( ) 1 ( 2

2 1

1 0

Impostos Indiretos Impostos Diretos

Alíquota PIS 1,65% Imposto de Renda 15,00%

Alíquota COFINS 7,60% Imposto de Renda Adicional 10,00%

Alíquota ISS 2,50% Imposto de Renda Adicional - Valor R$ 240 mil

Alíquota ICMS 0,00% Contribuição Social 9,00%

Tabela 10 – Alíquotas de Impostos Indiretos e Diretos Fonte: Secretaria da Fazenda

Contraprestação

A contrapartida do poder público é uma fonte de receita que se torna necessária quando

um projeto público, implantado e operacionalizado pela iniciativa privada, por si só, não se

viabiliza financeiramente. Como mencionado anteriormente, o presente projeto trata de

uma PPP Administrativa cuja fonte de receita não pressupõe a cobrança de tarifa do

usuário final.

Critério para o Cálculo da Remuneração (VPL = 0)

O objetivo da presente análise será estimar um valor de contraprestação a partir das

premissas operacionais estimadas. Para tanto, este cálculo foi realizado por um método

interativo, no qual se buscou um valor de contraprestação, descontada à WACC

previamente calculada, que fosse capaz de igualar o Valor Presente Líquido a zero. A

equação geral de cálculo do Valor Presente Líquido é a seguinte:

ou

Onde:

jFC= Fluxo de caixa no período nj ;0 ;

i = Taxa de desconto utilizada; e,

n = Tempo estimado de vida do projeto.

= 0

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5. RESULTADOS ENCONTRADOS

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5. Resultados Encontrados

Adicionalmente à metodologia apresentada anteriormente foi considerado o impacto do

valor da contraprestação nas contas públicas do município. Deste modo, adotou-se uma

contraprestação variável partindo de 52% no primeiro, sendo acrescida de uma taxa média

de 2% ao ano, chegando a 100% no vigésimo quinto ano (ano 25) e permanecendo desta

forma até o final da concessão, conforme apresentado na tabela a seguir:

Premissa Anual Mensal

Ano 1 52% 58.328 4.861

Ano 5 60% 67.301 5.608

Ano 10 70% 78.518 6.543

Ano 15 80% 89.735 7.478

Ano 20 90% 100.952 8.413

Ano 25 100% 112.169 9.347

Ano 30 100% 112.169 9.347

Quadro 6 – Cronograma de Contraprestações do projeto de PPP

A seguir é apresentado um quadro resumo com os resultados do projeto em termos reais

(sem o impacto dos índices de correção ao longo do tempo) e o fluxo de desembolsos do

governo:

Resultados

TIR Projeto

9,8% a.a.

VPL

0

Contraprestação Total

R$ 2,7 bilhões

Índice de Cobertura do Serviço da Dívida Mínimo

1,20

Quadro 7 – Resultados do Projeto de PPP

Gráfico 13 – Curva da Contraprestação Anual do Projeto de PPP

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6. CONSIDERAÇÕES GERAIS

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6. Considerações Gerais

Ao longo do trabalho de modelagem financeira foram desenvolvidos cenários com o

objetivo de comprovar a viabilidade econômico-financeira da Parceria Público Privada para

prestação dos serviços de modernização e prestação de serviços relacionados aos resíduos

sólidos urbanos, resíduos de saúde e resíduos de construção civil, no município de Betim,

bem como a limpeza urbana em suas áreas públicas, parques e jardins.

O período do contrato foi estipulado em 30 anos, dentre outros fatores, por se tratar de

um projeto com pouca capacidade de alavancagem financeira, deste modo, nos períodos

com ocorrência de investimentos será exigido aportes adicionais de capital pelo ente

privado, o que resulta em uma necessidade maior de prazo para amortização e retorno do

capital empregado.

Isto posto, foram definidos os valores de contraprestação a serem pagas ao parceiro

privado ao longo da concessão, a partir das premissas de investimentos e dos custos

operacionais necessários para a prestação destes serviços.

Adicionalmente, foi elaborada uma análise a respeito do impacto orçamentário-financeiro

para o cumprimento das obrigações assumidas pela Administração Pública com o contrato

de PPP, abrangendo todo o período de vigência da concessão.

Durante o trabalho, também foi demonstrado que o dispêndio atual de recursos públicos

para o manejo e destinação dos resíduos sólidos não é suficiente para fazer frente às

necessidades e exigências do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de

Betim. Deste modo, foi proposto que as contraprestações sejam pagas pela Prefeitura

levando-se também em conta a disponibilidade da Receita Corrente Líquida do município,

limitada a 5% do valor total.

Em síntese, o presente item apresentou os principais resultados da modelagem financeira,

bem como alternativas de fontes de recursos públicos para o cumprimento das obrigações

contraídas na PPP.

É digno de nota que, além das análises apresentadas no presente capítulo, será necessário,

como indicado no item 3, um arranjo de garantias que seja capaz de dar conforto aos

acionistas e aos agentes financiadores ao longo do período de concessão.

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7. ANEXOS

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7. Anexos

7.1. Demostrativo de Resultado do Exercício

DRE (R$ 000) Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 Ano 06 Ano 07 Ano 08 Ano 09 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15

Receita Bruta 58.328 60.571 62.814 65.058 67.301 69.545 71.788 74.031 76.275 78.518 80.761 83.005 85.248 87.492 89.735

Impostos Indiretos (6.854) (7.117) (7.381) (7.644) (7.908) (8.171) (8.435) (8.699) (8.962) (9.226) (9.489) (9.753) (10.017) (10.280) (10.544)

Receita Líquida 51.474 53.454 55.434 57.414 59.393 61.373 63.353 65.333 67.312 69.292 71.272 73.252 75.231 77.211 79.191

Custos (37.473) (37.787) (46.778) (47.163) (48.740) (50.671) (51.668) (51.590) (51.675) (51.761) (57.902) (57.989) (58.374) (58.463) (58.892)

Lucro Bruto 14.002 15.667 8.655 10.250 10.653 10.702 11.685 13.742 15.637 17.531 13.369 15.262 16.857 18.748 20.299

Despesas (4.763) (5.112) (6.528) (6.524) (6.789) (6.641) (6.840) (6.808) (6.819) (6.830) (7.680) (7.691) (7.744) (7.756) (7.816)

EBITDA 9.239 10.555 2.127 3.727 3.864 4.061 4.845 6.935 8.818 10.701 5.690 7.571 9.113 10.992 12.483

EBIT 7.892 8.956 56 1.637 954 (203) 109 1.714 3.577 5.358 225 1.875 3.417 5.280 6.820

EBT 7.396 8.709 (261) 1.317 431 (901) (626) 958 2.894 4.740 (512) 1.155 2.719 4.688 6.281

Lucro Líquido 6.079 7.935 (1.657) 134 (1.765) (3.389) (2.874) (1.372) 821 2.702 (3.715) (1.767) (288) 1.899 3.405

DRE cont. (R$ 000) Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26 Ano 27 Ano 28 Ano 29 Ano 30

Receita Bruta 91.978 94.222 96.465 98.708 100.952 103.195 105.439 107.682 109.925 112.169 112.169 112.169 112.169 112.169 112.169

Impostos Indiretos (10.807) (11.071) (11.335) (11.598) (11.862) (12.125) (12.389) (12.653) (12.916) (13.180) (13.180) (13.180) (13.180) (13.180) (13.180)

Receita Líquida 81.171 83.151 85.130 87.110 89.090 91.070 93.049 95.029 97.009 98.989 98.989 98.989 98.989 98.989 98.989

Custos (59.674) (59.764) (59.856) (59.948) (60.042) (66.682) (66.776) (66.872) (66.968) (67.065) (69.079) (69.161) (69.244) (69.329) (69.414)

Lucro Bruto 21.497 23.386 25.274 27.162 29.048 24.388 26.273 28.157 30.041 31.924 29.910 29.828 29.744 29.660 29.575

Despesas (7.896) (7.908) (7.920) (7.932) (7.945) (8.859) (8.871) (8.884) (8.897) (8.910) (9.170) (9.184) (9.197) (9.211) (9.225)

EBITDA 13.602 15.479 17.355 19.230 21.104 15.529 17.402 19.273 21.144 23.013 20.740 20.644 20.547 20.449 20.350

EBIT 7.830 9.707 11.566 13.441 15.273 9.484 11.277 13.030 14.848 16.527 12.405 11.602 10.332 10.155 10.484

EBT 7.174 9.077 10.941 12.891 14.781 8.829 10.626 12.388 14.280 15.997 11.711 10.920 9.658 9.562 9.973

Lucro Líquido 3.596 5.959 7.911 10.302 12.422 5.360 7.746 9.677 12.046 13.975 8.965 8.865 7.786 8.189 8.920

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7.2. Balanço Patrimonial

Balanço Patrimonial (R$ 000) Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 Ano 06 Ano 07 Ano 08 Ano 09 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15

Ativos 22.682 31.582 28.845 26.668 38.553 48.675 49.012 49.226 48.099 45.463 49.985 49.562 48.962 48.691 46.240

Ativo circulante 9.805 17.785 12.378 12.103 11.424 11.841 12.170 12.553 16.464 18.003 13.802 14.125 14.508 19.487 19.839

Caixa - 7.701 1.823 1.214 - - - - 3.585 4.761 - - - 4.647 4.615

Contas a receber 8.462 8.787 9.112 9.438 9.763 10.089 10.414 10.740 11.065 11.390 11.716 12.041 12.367 12.692 13.018

Impostos a recuperar 1.343 1.297 1.443 1.451 1.661 1.752 1.756 1.813 1.814 1.852 2.087 2.084 2.141 2.148 2.206

Ativo não circulante - - - - - - - - - - - - - - -

Contas a Receber - LP - - - - - - - - - - - - - - -

Imobilizado líquido 12.877 13.797 16.467 14.566 27.129 36.834 36.841 36.673 31.635 27.460 36.183 35.437 34.454 29.204 26.402

Imobilizado bruto 14.225 16.744 21.485 21.673 37.146 51.115 55.858 60.911 61.114 62.283 76.469 81.419 86.132 86.594 89.455

Depreciação acumulada (1.347) (2.946) (5.018) (7.108) (10.018) (14.281) (19.017) (24.238) (29.479) (34.822) (40.286) (45.982) (51.678) (57.390) (63.053)

Passivo 22.682 31.582 28.845 26.668 38.553 48.675 49.012 49.226 48.099 45.463 49.985 49.562 48.962 48.691 46.240

Passivo circulante 11.396 6.262 8.264 8.490 8.881 9.733 10.392 10.594 10.791 10.838 11.919 12.446 12.113 12.130 12.244

Empréstimos e financiamentos 5.181 - 610 783 789 1.353 1.862 2.035 2.219 2.226 2.269 2.785 2.356 2.355 2.365

Fornecedores 5.207 5.289 6.572 6.619 6.846 7.066 7.213 7.200 7.212 7.224 8.086 8.098 8.152 8.164 8.224

Impostos a pagar 1.007 973 1.082 1.088 1.246 1.314 1.317 1.360 1.361 1.389 1.565 1.563 1.606 1.611 1.655

Passivo não circulante - 6.099 7.216 6.502 11.348 15.084 14.949 14.755 12.610 10.810 13.709 12.727 12.087 9.901 8.578

Empréstimos e financiamentos - 6.099 7.216 6.502 11.348 15.084 14.949 14.755 12.610 10.810 13.709 12.727 12.087 9.901 8.578

Patrimônio líquido 11.286 19.222 13.365 11.676 18.323 23.858 23.670 23.876 24.698 23.815 24.357 24.390 24.761 26.661 25.419

Capital social 5.207 5.207 5.207 5.207 13.619 22.543 25.228 26.806 26.806 26.806 31.064 32.864 33.523 33.523 33.523

Lucros acumulados 6.079 14.015 8.158 6.470 4.704 1.315 (1.558) (2.930) (2.109) (2.992) (6.707) (8.474) (8.762) (6.863) (8.105)

Balanço Patrimonial cont. (R$ 000) Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26 Ano 27 Ano 28 Ano 29 Ano 30

Ativos 48.330 54.088 57.793 57.906 55.176 50.489 58.091 59.345 58.951 56.267 53.313 56.810 51.351 53.484 8.714

Ativo circulante 13.292 20.111 24.688 30.391 32.160 17.198 25.972 28.756 34.160 35.100 23.900 31.728 31.550 43.778 8.714

Caixa (2.416) 4.110 8.332 13.739 15.178 (336) 8.166 10.609 15.723 16.328 5.010 12.952 12.804 25.114 (2.736)

Contas a receber 13.343 13.669 13.994 14.319 14.645 14.970 15.296 15.621 15.947 16.272 16.272 16.272 16.272 16.272 9.110

Impostos a recuperar 2.365 2.332 2.361 2.332 2.338 2.563 2.510 2.526 2.490 2.499 2.618 2.504 2.474 2.392 2.340

Ativo não circulante - - - - - - - - - - - - - - -

Contas a Receber - LP - - - - - - - - - - - - - - -

Imobilizado líquido 35.038 33.977 33.105 27.515 23.016 33.291 32.119 30.589 24.791 21.168 29.412 25.082 19.801 9.705 -

Imobilizado bruto 103.863 108.574 113.491 113.689 115.021 131.341 136.294 141.008 141.505 144.368 160.948 165.659 170.594 170.792 170.953

Depreciação acumulada (68.825) (74.597) (80.386) (86.174) (92.005) (98.050) (104.175) (110.419) (116.714) (123.201) (131.536) (140.577) (150.792) (161.087) (170.953)

Passivo 48.330 54.088 57.793 57.906 55.176 50.489 58.091 59.345 58.951 56.267 53.313 56.810 51.351 53.484 8.714

Passivo circulante 12.009 12.014 12.047 12.033 12.050 13.157 13.208 13.233 13.220 13.241 13.611 13.617 13.606 13.557 11.450

Empréstimos e financiamentos 1.905 1.921 1.920 1.915 1.915 1.921 1.999 1.999 1.999 2.000 2.000 2.079 2.079 2.080 -

Fornecedores 8.330 8.343 8.356 8.369 8.382 9.313 9.326 9.340 9.353 9.367 9.647 9.659 9.671 9.683 9.695

Impostos a pagar 1.774 1.749 1.771 1.749 1.753 1.923 1.883 1.894 1.868 1.874 1.963 1.878 1.856 1.794 1.755

Passivo não circulante 11.921 11.716 11.586 9.744 8.314 12.337 12.143 11.861 10.043 9.086 13.125 12.761 12.479 10.472 -

Empréstimos e financiamentos 11.921 11.716 11.586 9.744 8.314 12.337 12.143 11.861 10.043 9.086 13.125 12.761 12.479 10.472 -

Patrimônio líquido 24.400 30.359 34.159 36.129 34.812 24.995 32.741 34.251 35.688 33.940 26.577 30.432 25.266 29.455 (2.736)

Capital social 33.523 33.523 33.523 33.523 33.523 33.523 33.523 33.523 33.523 33.523 33.523 33.523 33.523 33.523 33.523

Lucros acumulados (9.124) (3.164) 636 2.606 1.289 (8.529) (783) 728 2.165 417 (6.946) (3.091) (8.257) (4.069) (36.260)

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7.3. Fluxo de Caixa

Fluxo de Caixa (R$ 000) Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 Ano 06 Ano 07 Ano 08 Ano 09 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15

Fluxo de Caixa Operacional 4.164 9.465 1.544 2.155 1.339 1.206 2.169 3.995 6.199 8.130 2.713 4.091 5.583 7.687 9.144

(+) EBITDA 9.239 10.555 2.127 3.727 3.864 4.061 4.845 6.935 8.818 10.701 5.690 7.571 9.113 10.992 12.483

(-) Imposto FCFF (1.485) (858) (1.504) (1.291) (2.374) (2.726) (2.497) (2.587) (2.305) (2.248) (3.454) (3.167) (3.244) (2.990) (3.060)

(+/-) Variação no capital de giro (3.590) (232) 921 (281) (151) (128) (179) (353) (314) (323) 478 (313) (286) (315) (280)

Fluxo de Caixa das Atividades de

Investimento(14.225) (2.519) (4.741) (189) (15.473) (13.969) (4.743) (5.053) (203) (1.169) (14.187) (4.950) (4.713) (462) (2.861)

Fluxo de Caixa Livre do Projeto (10.061) 6.946 (3.197) 1.966 (14.134) (12.763) (2.574) (1.058) 5.997 6.962 (11.474) (859) 870 7.225 6.283

Fluxo de Caixa cont. (R$ 000) Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20 Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24 Ano 25 Ano 26 Ano 27 Ano 28 Ano 29 Ano 30

Fluxo de Caixa Operacional 9.541 11.842 13.792 16.149 18.264 12.387 14.001 16.028 18.413 20.497 18.009 18.397 18.465 18.907 26.311

(+) EBITDA 13.602 15.479 17.355 19.230 21.104 15.529 17.402 19.273 21.144 23.013 20.740 20.644 20.547 20.449 20.350

(-) Imposto FCFF (3.801) (3.332) (3.243) (2.776) (2.526) (3.692) (3.102) (2.929) (2.427) (2.202) (2.982) (2.287) (2.102) (1.575) (1.227)

(+/-) Variação no capital de giro (259) (305) (320) (305) (314) 549 (299) (316) (303) (314) 251 40 19 33 7.187

Fluxo de Caixa das Atividades de

Investimento(14.407) (4.711) (4.916) (199) (1.332) (16.320) (4.953) (4.714) (497) (2.863) (16.580) (4.711) (4.935) (199) (161)

Fluxo de Caixa Livre do Projeto (4.866) 7.131 8.875 15.950 16.932 (3.933) 9.048 11.314 17.916 17.634 1.429 13.686 13.530 18.708 26.150

TIR Projeto (Real) 9,8%

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7.4. Contraprestação

Premissa CP Anual CP Mensal

Ano 1 52% 58.328 4.861

Ano 2 54% 60.571 5.048

Ano 3 56% 62.814 5.235

Ano 4 58% 65.058 5.421

Ano 5 60% 67.301 5.608

Ano 6 62% 69.545 5.795

Ano 7 64% 71.788 5.982

Ano 8 66% 74.031 6.169

Ano 9 68% 76.275 6.356

Ano 10 70% 78.518 6.543

Ano 11 72% 80.761 6.730

Ano 12 74% 83.005 6.917

Ano 13 76% 85.248 7.104

Ano 14 78% 87.492 7.291

Ano 15 80% 89.735 7.478

Ano 16 82% 91.978 7.665

Ano 17 84% 94.222 7.852

Ano 18 86% 96.465 8.039

Ano 19 88% 98.708 8.226

Ano 20 90% 100.952 8.413

Ano 21 92% 103.195 8.600

Ano 22 94% 105.439 8.787

Ano 23 96% 107.682 8.973

Ano 24 98% 109.925 9.160

Ano 25 100% 112.169 9.347

Ano 26 100% 112.169 9.347

Ano 27 100% 112.169 9.347

Ano 28 100% 112.169 9.347

Ano 29 100% 112.169 9.347

Ano 30 100% 112.169 9.347