39

B.Forest-A-Revista-Eletrônica-do-Setor-Florestal-Edição-07-Ano-02-N°-04-2015

Embed Size (px)

DESCRIPTION

revista do setor florestal

Citation preview

  • 1EXPEDIENTE B. FOREST

    Est chEgando uma Evoluo na florEsta.

    Em junho, aguardE.Novas sries de equipamentos John Deere de esteiras e pneus vo inovar o trabalho na floresta. Voc vai se surpreender com estes lanamentos.

    JohnDeere.com.br/Florestal

    AF_6292_Anuncio teaser mix 420x280mm.indd 1 07/04/15 18:21

  • 2 EXPEDIENTEB. FOREST 3EXPEDIENTE B. FORESTNOVASSKIDDERS525D, 545DE 555D.

    BAIXOS CUSTOS DE OPERAOEficincia operacional e economia na manuteno.

    PERFORMANCETransmisso com seis velocidades e conversor de

    torque lock-up, que aumenta a velocidade e o poder de trao.

    ESTABILIDADEDistribuio do peso e maior distncia entre os eixos.

    TEMPO DE CICLO MAIS RPIDOSSistema hidrulico multifuncional de alta performance.

    OPERAO LIMPA E REFRIGERADAA alta capacidade do sistema de arrefecimento e o

    ventilador reversvel, mantm a mquina rodando na temperatura apropriada e livre de detritos.

    BAIXO CUSTO EAUMENTO DAPRODUTIVIDADE.

    Fale com um consultor PESA.

    0800 940 7372

  • 4 EXPEDIENTEB. FOREST 5EXPEDIENTE B. FOREST

    Sempre gostei muito dos meus trabalhos juntos as Instituies de classe, de fazer parte do elo entre

    empresas e o setor como um todo

    Indce06

    09

    14

    28

    40

    50

    56

    66

    67

    68

    EDITORIAL

    ENTREVISTA

    PRINCIPAL

    ESPECIAL

    TRANSPORTE

    MOMENTO EMPRESARIAL

    NOTAS

    FOTOS

    VDEOS

    AGENDA

    Diretor Florestal da Eldorado Brasil

    Germano Aguiar Vieira

    Foto: Divulgao

  • 6 EXPEDIENTEB. FOREST 7EXPEDIENTE B. FOREST

    Expediente:Diretor Geral: Dr. Jorge R. Malinovski

    Diretor de Negcios: Dr. Rafael A. Malinovski

    Executiva Comercial: Josiana Camargo

    Editora: Giovana Massetto

    Jornalista: Amanda Scandelari

    Designer Responsvel: Vincius Vilela

    Financeiro: Jaqueline Mulik

    Conselho Tcnico:Aires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria), Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para Amrica do Norte e do Sul da Caterpillar), Csar

    Augusto Graeser (Diretor de Operaes Florestais da Suzano), Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas), Germano Aguiar

    (Diretor Florestal da Eldorado Brasil), Jos Totti (Diretor Florestal da Klabin), Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest),

    Mrio SantAnna Junior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau), Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal), Sergio da

    Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel), Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America).

    B.Forest - A Revista Eletrnica do Setor Florestal

    Edio 07 - Ano 02 - N 04 - Abril 2015

    Foto de Capa: John Deere

    Malinovski Florestal

    +55(41)3049-7888

    Rua Itupava, 1541, Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) CEP:80040-455

    www.malinovski.com.br / [email protected]

    Que o pas vive um momento econmico turbulento, no novidade. O interessante a soluo que as

    empresas dos mais diversos ramos encontram para superar as dificuldades. No setor florestal, no diferente.

    Quando o valor de um investimento gera custos elevados, como a aquisio das mquinas de colheita, uma

    das solues a ser estudada a extenso da vida til das mquinas por meio da manuteno. Na reportagem

    de capa, conhea a opinio dos especialistas sobre o assunto.

    Outro tema discutido, o futuro da cultura do pinus no Brasil. Afinal, a produo est estagnada? Quais

    so as alternativas que esto sendo praticadas pelo mercado para fortalecer o gnero no pas? Saiba quais so

    as solues encontradas.

    A infraestrutura tambm foi tema de destaque nesta edio. Conhea as diferenas tcnicas de aplicao

    entre: ponte tradicional, ponte mvel e passagens molhadas.

    Para fechar com chave de ouro, confira a entrevista exclusiva com um dos executivos florestais mais in-

    fluentes da atualidade, o diretor florestal da Eldorado Brasil, Germano Aguiar Vieira.

    Saudaes Florestais!

    Decises florestais!

    8 EDITORIALB. FOREST

    2015 Malinovski Florestal. Todos os Direitos Reservados.

    quando o assunto FoRequipamento

    FloRestal, Falecom a tRacbel!

    Conhecida por apresentar solues adequadas ao

    s mais variados desafios,

    a Tracbel possui toda linha de equipamentos flor

    estais.

    Confiabilidade e alta tecnologia adaptada s con

    dies brasileiras,

    fizeram dos equipamentos Tigercat e dos cabeo

    tes SP Maskiner,

    uma referncia no mercado florestal.

    Entre em contato agora mesmo com

    um dos nossos consultores e conhea

    nossas soluces!

  • 8 ENTREVISTAB. FOREST 9ENTREVISTA B. FOREST

    Foto

    : Div

    ulga

    o

    9ENTREVISTA B. FOREST

  • 10 ENTREVISTAB. FOREST 11ENTREVISTA B. FOREST

    Desafios promissoresGermano Aguiar Vieira Diretor Florestal da Eldorado Brasil

    O entrevistado desta edio, responde

    pela produo florestal da maior fbrica de

    celulose em linha do mundo, a Eldorado

    Brasil. Com mais de 30 anos de experincia,

    Germano Aguiar Vieira, acredita no cresci-

    mento do setor florestal aliado a tecnolo-

    gia e ao apoio das instituies de pesquisa

    e empresrios. Na entrevista exclusiva, ele

    conta como a empresa est se preparando

    para a ampliao produtiva e tambm quais

    so as tcnicas utilizadas para driblar a falta

    de mo de obra. Confira!

    Como comeou sua ligao com o setor

    florestal?

    Sempre quis ser engenheiro. Ainda jovem

    ouvi falar sobre ecologia e florestas. Foi

    nesta poca que decidi seguir um cami-

    nho diferente das engenharias eltrica ou

    civil, um caminho que unisse a engenharia

    com a ecologia. Hoje, tenho quase 30 anos

    de experincia como engenheiro florestal.

    Comecei trabalhando por muitos anos em

    uma empresa de energia, depois trabalhei

    em empresas produtoras de celulose e MDF.

    Tive experincias por todo o Brasil, no Sul

    com o plantio de pinus e agora no Centro-

    -Oeste com o eucalipto, na Eldorado Brasil.

    Quais as experincias mais marcantes

    na sua carreira?

    Tive a oportunidade de vivenciar

    momentos importantes do setor. Quando

    entrei na rea, a produo nacional era

    de cerca de 10 a 12 m de madeira por

    ha/ano, hoje a mdia de 40 chegando a

    60m em algumas regies. Nessa trajetria,

    pude vivenciar o avano do melhoramento

    gentico, do manejo silvicultural. Hoje,

    vejo um setor com tecnologia de ponta,

    que investe em biotecnologia. Vivi tambm

    a substituio do trabalho rstico do

    campo pelos empregos seguros, assim

    como a especializao de todas as etapas

    de produo nas empresas. O aspecto

    administrativo tambm passou por

    mudanas, nesse quesito tive que aprender

    a lidar com contingentes muito grandes de

    pessoas e fazer com que a empresa seja

    aceita na comunidade na qual est inserida.

    Outra experincia bastante importante

    foi a participao em associaes. Fui

    presidente da AMS (Associao Mineira

    de Silvicultura), vice-presidente da SBS

    11ENTREVISTA B. FOREST10 ENTREVISTAB. FOREST

    Foto: Divulgao

    Mecanizamos 85% das atividades silviculturais, contando o preparo de

    solo, o plantio, a irrigao e a adubao

    Germano Aguiar Vieira

  • 12 ENTREVISTAB. FOREST 13ENTREVISTA B. FOREST

    J estamos plantando a mais para abastecer uma

    nova linha de produo. Para as duas, teremos

    que plantar aproximadamente 350 mil ha

    so os resultados e desafios nesse pionei-

    rismo?

    Esta iniciativa vem de encontro com

    a carncia de mo de obra da regio

    onde a empresa est instalada, por isto,

    mecanizamos o mximo possvel s

    operaes. Outra foi tornar a empresa

    atraente para os trabalhadores. Para

    isso, foi preciso investir em maquinrios

    e qualificao de mo de obra. Outro

    fator importante para a mecanizao

    foi a reduo de custos. A colheita j

    100% mecanizada, mas na silvicultura

    tivemos que trabalhar muito para criar

    um modelo prprio. Hoje, temos quatro

    engenheiros trabalhando unicamente no

    desenvolvimento de solues. Em parceria

    com pequenas e mdias empresas estamos

    fazendo adaptaes de equipamentos

    vindos da agricultura na atividade de

    silvicultura, graas a isso, j temos 85%

    da silvicultura mecanizada, contando o

    preparo de solo, o plantio, a irrigao e a

    adubao. No caso da adubao, temos

    uma tcnica chamada de adubao de

    cobertura, na qual usamos aeronaves

    especficas para fazer essa atividade cerca

    de seis meses aps o plantio.

    O tema mais discutido no momento a

    terceirizao. De que forma ela impactaria

    nas operaes da empresa?

    Desde 2013, a Eldorado primarizou todas

    as suas atividades. Entendemos que desta

    forma, h um domnio maior das operaes

    internas e temos muito cuidado com todos

    os nossos colaboradores. Seguiremos

    neste caminho, independente das decises

    polticas.

    Qual a sua avaliao do setor florestal bra-

    sileiro? Que entraves ainda teremos que

    superar?

    O setor tem um futuro excelente pela

    frente. As perspectivas so muito boas

    porque temos a maior competncia

    mundial para produzir biomassa e madeira.

    Contamos com condio ambiental

    favorvel, solo, clima e rea para plantar.

    Acredito tambm que o uso de energia

    renovvel o caminho do mundo. O

    Brasil tem hoje o maior banco gentico

    de eucalipto do mundo. Temos condies

    de produzir eucalipto de alta qualidade.

    Obviamente exitem alguns entraves que

    devem ser superados, o maior deles a

    infraestrutura. Precisamos ter mais estradas

    e modais eficientes. Outro fator de extrema

    importncia para o desenvolvimento

    do setor so as entidades de pesquisa,

    que so bastante fortes. O setor florestal

    cresce e vai continuar crescendo graas ao

    aporte institucional e aos empresrios que

    acreditam no desenvolvimento.

    (Associao Brasileira de Silvicultura) e da

    Ageflor (Associao Gacha de Empresas

    Florestais), tambm presidi a SIF (Sociedade

    de investigao Florestal) e, atualmente, sou

    presidente do Ipef (Instituto de Pesquisas e

    Estudos Florestais). Sempre gostei muito

    desse outro lado, de ser o elo de ligao

    entre empresas e setor como um todo.

    E a experincia com a Eldorado? Como

    est sendo participar do processo de im-

    plantao e crescimento da maior fbrica

    em linha do mundo?

    A empresa j nasceu com objetivo de

    ser grande. O projeto comeou em 2008

    com apoio de acionistas que acreditaram

    no setor e implantaram a fbrica sem que

    ela tivesse um suporte florestal completo.

    Meu principal desafio ao assumir o cargo

    foi suprir a demanda por madeira da fbrica

    por alguns anos, enquanto a floresta

    prpria no estava pronta. Em 2012, ela foi

    inaugurada, tornando-se a maior fbrica de

    celulose em linha do mundo. Ela se props

    a produzir 1,5 milho de toneladas por ano,

    este ano chegaremos a 1,650 milho de

    toneladas.

    A Eldorado tem um projeto de expanso

    para uma segunda linha de produo. Qual

    a meta de plantio anual para atingir a ca-

    pacidade produtiva?

    A demanda para a primeira linha girava

    em torno de 160 mil hectares, hoje temos

    200 mil plantadas. J estamos plantando a

    mais para abastecer uma nova linha. Para as

    duas, sero necessrios aproximadamente

    350 mil ha, ou seja, ainda faltam 150 mil.

    Como ns plantamos 50 mil ha por ano,

    em 3 anos completaremos toda a demanda

    florestal para atend-las, tendo assim

    em um total de produo de 4 milhes

    de toneladas. Esse o planejamento,

    obviamente isso est em anlise. O

    licenciamento ambiental para a duplicao

    da rea j foi obtido. Esse um projeto que

    est muito vivo dentro da organizao.

    A Eldorado vem se destacando em adotar

    prticas modernas na silvicultura. Quais

  • 14 PRINCIPALB. FOREST 15PRINCIPAL B. FOREST

    Em pocas de instabilidade econmica qualquer tipo de investimento pensado mais

    de uma vez. A manuteno das mquinas j adquiridas pela empresa pode ser uma solu-

    o. Mas at que ponto elas podem ser estendidas sem prejudicar a produo?

    Manuteno de mquinas florestais: produtividade por mais tempo

    Foto: Divulgao

    15PRINCIPAL B. FOREST

  • 16 PRINCIPALB. FOREST 17PRINCIPAL B. FOREST

    possvel estender algumas atividades antes feitas com base

    em intervalos de tempo pr-definidos (base horas) sem risco de destruio de componentes, o que geraria altos custos e perda

    de disponibilidade

    A mecanizao das operaes flo-

    restais fez com que o trabalho se

    tornasse mais rpido e produtivo.

    Algumas mquinas realizam mais de uma

    funo e hoje as grandes empresas de base

    florestal no podem sequer pensar em no

    utiliz-las no processo produtivo. Mas ter o

    equipamento necessrio e de qualidade no

    barato. E em momentos de instabilidade

    econmica os investimentos em novos ma-

    quinrios acabam ficando em segundo pla-

    no e a manuteno se torna a principal alia-

    da dos produtores.

    Jos Eduardo Paccola, consultor na ZDP

    Consultoria em gesto e manuteno de

    frotas e autor do livro Manuteno e Ope-

    rao de Equipamentos Mveis, explica que

    em mdia a vida til econmica de uma m-

    quina florestal gira em torno de 25 mil ho-

    ras. O que dependendo do turno trabalhado,

    equivale a 5 ou 6 anos de operao. Mas ele

    acrescenta que, se a mquina for bem cui-

    dada e a manuteno feita primorosamente,

    a vida til pode ser estendida entre 20% e

    30%. Existem empresas no Brasil que atingi-

    ram esse estgio e conseguem esticar para

    mais de 30 mil horas a utilizao dos equi-

    pamentos.

    Mas como elas chegam a isso? Paccola

    explica que existem trs nveis de manuten-

    o de mquinas florestais: manuteno de

    servio, manuteno preventiva e manuten-

    o de emergncia ou corretiva.

    Manuteno de servio - deve ser reali-

    zada diariamente, ou a cada turno, e consis-

    te em verificar nveis, abastecer, lubrificar e

    reapertar. O planejamento destas atividades

    deve constar do programa de trabalho da

    equipe e ser realizado rotineiramente e ser

    acompanhado pelos supervisores do cam-

    po.

    Manuteno preventiva - o planeja-

    mento da manuteno preventiva normal-

    mente realizado baseado no funciona-

    mento das mquinas. A medida que elas

    vo trabalhando deve haver um registro e

    somatrio destas horas trabalhadas que, no

    momento oportuno, disparada uma infor-

    mao para que determinadas tarefas cons-

    tantes nos Planos de Manuteno sejam

    realizadas. Conforme o tamanho da frota

    necessrio que se utilize de um software de

    gerenciamento destas informaes.

    Manuteno de emergncia - rea-

    lizada conforme necessidade, quando h

    ocorrncia de quebra ou reduo da funo.

    Para que as mquinas cheguem a ex- Foto: Divulgao

  • 18 PRINCIPALB. FOREST 19PRINCIPAL B. FORESTcelncia e durem mais que o esperado o

    consultor indica que o correto em uma boa

    gesto fazer todo um planejamento, o que

    significa fazer mais manutenes de servi-

    o e preventivas do que as de emergncia.

    Para isso necessrio ter uma equipe ca-

    pacitada para antecipar os problemas, me-

    diante inspees no equipamento.

    Indicao do fabricante

    A grande maioria das mquinas vendida

    acompanhada de um manual, no qual fica

    indicado o momento em que elas devem

    passar pela manuteno preventiva. Marcio

    Kirchmeyer Vieira, gerente geral de con-

    tratos de manuteno da Komatsu Forest,

    explica que as aes das mquinas da em-

    presa so planejadas conforme o Plano de

    Manuteno pr-estabelecido por modelo

    de equipamentos. Elas seguem orientao

    de nossa engenharia de produtos, o qual

    continuamente analisado e readequado

    quando necessrio com base em estudos de

    nossa engenharia de manuteno e confia-

    bilidade. O planejamento ocorre com base

    em hormetros e realizado em ciclos por

    complexidade e MTBF (sigla em ingls para

    Mean Time Between Failures), acrescenta.

    A John Deere tambm oferece uma

    gama de solues para a manuteno de

    suas mquinas florestais. De acordo com

    Alexandre Chaves, gerente de ps-venda da

    empresa no Brasil, o objetivo sempre cus-

    tomiz-las para cada demanda e necessida-

    de do cliente. Atualmente, existem trs tipos

    principais de prestao de servio de ma-

    nuteno: atendimento aos equipamentos

    para diagnsticos - servio mais comum,

    no qual o cliente entra em contato com o

    departamento de ps-venda para solicitar

    um atendimento atravs de um mecnico;

    contratos customizados com durao pr-

    -determinada no qual so moldados con-

    tratos de acordo com a demanda do cliente

    e, assim, definida uma agenda que ser se-

    guida ao longo do ano; e contratos full-ser-

    vice realizada toda a manuteno nos

    equipamentos dos clientes e a empresa fica

    responsvel pela aplicao das peas.

    Em 2015, a Ponsse adotou uma nova es-

    tratgia em relao s atividades de manu-

    teno. Janne Loponen, gerente tcnico da

    Ponsse Latin Amrica, conta que com base

    no feedback dos clientes foram feitas algu-

    mas alteraes que facilitam o trabalho di-

    rio da equipe. Entre elas esto a facilidade

    de acesso aos principais componentes de

    checagem diria, como baterias, nveis de

    leos por meio de varetas, central eltrica,

    sistemas de lubrificao; abertura do cap

  • 20 PRINCIPALB. FOREST 21PRINCIPAL B. FORESTdiferenciada e levantamento eltrico padro, grade de proteo frontal opcional que pode

    ser utilizada como escada de servios; e bomba de ar comprimido padro em alguns mo-

    delos, podendo ser utilizada para higienizao da cabine, utilizao de ferramentas pneu-

    mticas, etc, esclarece.

    A Pesa, dealer da Caterpillar, oferece aos

    clientes basicamente dois tipos de manu-

    teno. A preventiva, que envolve a subs-

    tituio dos leos, filtros, etc. em perodo

    pr-determinados. E a preditivas/corretivas,

    aquelas de maior custo, como por exemplo,

    o reparo do motor diesel que so executa-

    das ou por tempo de trabalho da mquina

    ou quando o componente mostra sinais de

    problemas e isso varia conforme a estratgia

    de cada empresa.

    Momento certo

    Especialistas afirmam que existe uma in-

    dicao para o momento em que a manu-

    teno deve ser feita, mas como cada m-

    quina trabalha com materiais diferentes, em

    terrenos, ambientes e intensidades diferen-

    tes, cada caso deve ser observado para ver

    se os servios que as mantm funcionando

    no precisam ser feitos antes do previsto.

    MQUINAS FLORESTAIS

    MAIS MODERNAS E EFICIENTES

    O desenvolvimento dos novos modelos uma clara demonstrao da importante relao com os nossos clientes: foi atendendo aos pedidos dos nossos clientes que os novos modelos Ponsse apresentam solues que permitem uma colheita mais produtiva, confivel e ergonmica.

    O ponto inicial para o desenvolvimento da srie de modelos foi a ideia de uma mquina florestal mais moderna e eficiente em termos de capacidade de uso, produtividade e facilidades de manuteno da mquina. A estrutura do chassi da mquina ainda mais durvel e fizemos modificaes nos modelos de grua para melhorar a durabilidade e a facilidade na operao.

    A atualizao dos modelos PONSSE ir continuar por toda sua linha de produtos.

    Conhea as mquinas florestais do futuro!

    A melhor amiga do produtor florestalwww.ponsse.com

    PONSSE MODELOS 2015

    Ponsse Brasil Rua Joaquim Nabuco, 115 Mogi das Cruzes/ SP Tel: (11) 4795-4600

    Ponsse Bahia Rodovia BA 275, S/n - KM 24 Fazenda Brasilndia - Eunpolis / BA Brasil - 45820-970Tel.:+55 (73) 3291-1767

    Ponsse Minas Gerais Rodovia MG 758, S/n - KM 3 Perpetuo Socorro - Belo Oriente / MGBrasil - 35195-000Tel.: +55 (31) 3829-5992

    Ponsse Paran Rua Cavina,06 - Centro Lagoa Residencial da Klabin Florestal Telmaco Borba / PR Brasil - 84279-000

  • 23EXPEDIENTE B. FOREST22 PRINCIPALB. FORESTEduardo Paccola explica que identificar o

    momento ideal de troca ou reparo de algu-

    ma pea tarefa do gestor de frotas. Essa

    atividade fundamental para que seja poss-

    vel estender as atividades de manuteno e

    aumentar a vida til do equipamento.

    O consultor acredita que para que isso

    acontea dois fatores so determinantes:

    a qualidade da operao e da manuteno

    que se dedica a ele, e no somente s tare-

    fas de manuteno. A funo manuteno

    no a nica responsvel pelo desempenho

    de um equipamento. Primeiramente temos

    a operao do mesmo, que precisa fazer o

    seu papel corretamente. Afinal, a boa ma-

    nuteno comea com uma boa operao,

    destaca.

    Para ele, preciso que os operadores

    obedeam s especificaes dos equipa-

    mentos, no as ultrapassando. As velocida-

    des tm que ser respeitadas (velocidade de

    deslocamento, de movimentos dos braos,

    de acelerao e desacelerao); as capaci-

    dades e cargas no devem exceder o permi-

    tido; deve-se evitar batidas bruscas contra

    elementos slidos como rvores, carroce-

    rias, mesas; e deve-se amenizar, o quanto

    possvel, os impactos e solavancos ao ven-

    cer obstculos tipo buracos, barrancos e

    pedras.

    Para que tudo isso seja feito, Paccola ressal-

    ta que importante ter uma equipe de me-

    cnicos altamente capacitada. Estes devem

    executar os servios bsicos corretamente

    limpeza, lubrificao, fixao e evitar trincas

    e folgas , alm de efetuar as revises pre-

    ventivas conforme planejamento, sempre

    com cuidados redobrados para evitar a con-

    taminao dos componentes trabalhados.

    Importante ressaltar que no fcil montar

    uma equipe de operao e manuteno que

    tenha os cuidados j citados. Isto depende

    de muita capacitao e acompanhamento,

    alm de ferramentas e tcnicas de gesto

    diferenciadas. Uma equipe de alto desem-

    penho no se forma apenas atravs do de-

    sejo. preciso trabalho, salienta.

    Todo equipamento tem itens que somen-

    te so substitudos em caso de rupturas e fa-

    lhas e so descartados. No entanto, mesmo

    que essas operaes sejam realizadas con-

    forme o indicado, algumas peas tm vida

    til determinada e precisam ser trocadas.

    Podemos citar motores e bombas hidruli-

    cos, cilindros, material rodante, componen-

    tes mveis e que tm contato direto com os

    produtos, quer seja madeira ou solo, esteiras

    e vlvulas. Itens como filtros e lubrificantes

    em hiptese algum devem ser postergados

    alerta Janne Loponen da Ponsse.

    Itens como filtros e lubrificantes em

    hiptese algum devem ser postergados

    Foto: Divulgao

  • 25EXPEDIENTE B. FOREST24 PRINCIPALB. FORESTA Klabin desenvolveu um plano de ma-

    nuteno preventiva especfico para as m-

    quinas florestais. Esse acompanhamento

    constante e quando necessrio trocar pe-

    as do maquinrio, o procedimento feito

    sem afetar a rotina dos trabalhadores. As

    manutenes preventivas seguem rigorosa-

    mente o manual do fabricante e so realiza-

    das semanalmente, quinzenalmente e men-

    salmente, conta Jos Totti, diretor florestal

    da empresa. Para a manuteno corretiva,

    a companhia baseia-se no histrico da m-

    quina, na troca de experincias com outras

    empresas que possuem a mesma marca e

    modelo ou com o prprio fabricante. Alm

    disso, a Klabin mantm um estoque prprio

    de peas ou em lojas in company, para oti-

    mizar o tempo em uma eventual parada do

    equipamento, completa.

    Manuteno mal feita

    Mas o que acontece se as orientaes

    dos fabricantes no forem seguidas corre-

    tamente? A Eldorado Brasil explica os efei-

    tos que uma manuteno mal executada ou

    mal planejada podem causar. Geralmente

    acontecem perdas de tempo na interven-

    o corretiva, custos elevados, tanto na

    produo quanto nas atividades corretivas,

    e grande possibilidade de retrabalhos, uma

    vez que a falta de planejamento, geralmen-

    te, leva a improvisaes ou servios incom-

    pletos, esclarece Fbio Costa Millei, geren-

    te de controle de ativos e mecanizao da

    O ponto timo de troca uma definio de cada empresa, em funo de critrios tcnicos e

    financeiros utilizados

    Foto: DivulgaoFoto: Divulgao

  • 27EXPEDIENTE B. FOREST26 PRINCIPALB. FORESTempresa. Para ele, a manuteno pode ser estendida desde que sejam usadas ferramentas

    de monitoramento de condio, que indicam o momento certo da interveno. Desta ma-

    neira, possvel estender algumas atividades antes feitas com base em intervalos de tempo

    pr-definidos (base horas) sem risco de destruio de componentes, o que geraria altos

    custos e perda de disponibilidade, acrescenta.

    Mas ento qual o momento ideal para substituir uma mquina? O ponto timo de troca

    uma definio de cada empresa, em funo de critrios tcnicos e financeiros utilizados,

    defende Paccola. Mas, em linhas gerais, ele acredita que o momento ideal de substituio

    quando houver queda na disponibilidade mecnica de mais de 10 pontos percentuais ou

    quando houver aumento de mais de 20% (descontada a inflao) no custo de manuteno

    quando comparado com o ano anterior, desde que as prticas de manuteno e operao

    sejam adequadamente estabelecidas e aplicadas.

    Em resumo, um correto planejamento de manuteno contribui para menor tempo de

    parada de mquina; aumento da produtividade; melhor aquisio de peas de reposio,

    pois se houver planejamento possvel negociar, se for emergncia preciso pagar o preo

    do balco; e gera menor nmero de acidentes, visto que se pode programar outros recur-

    sos necessrios e realizar o servio em tempo adequado. Estes aspectos juntos aumentam

    o tempo de uso da mquina, fazendo com que a empresa tenha lucros e no precise fazer

    outro investimento na compra de novas mquinas. Se no houver um bom planejamento

    perde-se produo, paga-se caro e podem ocorrer mais acidentes.

    Foto: Divulgao

  • 29PRINCIPAL B. FOREST28 ESPECIALB. FOREST

    Ao mesmo tempo em que o plantio do pinus tem sido substitudo pelo do eucalipto,

    sua madeira vem sendo valorizada a cada dia e aplicada na construo civil. Especialistas

    indicam que pequenos e mdios produtores invistam na produo de toras grandes, as

    quais devem ficar escassas no mercado em um futuro prximo.

    Pinus: qual o futuro do gnero no Brasil?

    Foto: Divulgao

    29ESPECIAL B. FOREST

  • 30 ESPECIALB. FOREST 31ESPECIAL B. FOREST

    O pinus uma espcie tolerante a

    baixas temperaturas e seu plantio

    pode ser feito em solos rasos e

    considerados pouco produtivos para agri-

    cultura. Dele se origina a celulose de fibra

    longa, resistente e ideal para a fabricao

    de alguns tipos de papis. Sua aplicao

    tambm indicada para a construo civil,

    serraria e produo de mveis. No entan-

    to, mesmo sendo uma madeira verstil, o

    cultivo do pinus est sofrendo um declnio

    bastante perceptvel. Ento, surgem dvi-

    das na mente do produtor no momento de

    decidir se ele inicia a plantao de pinus

    ou opta por outro gnero. Afinal, qual

    o futuro do pinus no Brasil? Como est o

    mercado e para onde a madeira pode ser

    destinada?

    De acordo com Marcelo Leoni Schmid,

    gerente florestal da Forest2Market do Brasil

    e diretor da Index Florestal, depois da cri-

    se mundial de 2008, o mercado de pinus

    no Brasil estava mal e foi gradativamente

    se recuperando. Aps atravessar um pe-

    rodo de incertezas ps-crise econmica

    houve uma tmida recuperao, entre 2010

    e 2012, um processo liderado por condi-

    es internas favorveis decorrentes do

    aquecimento da construo civil brasileira

    e da taxa de cmbio favorvel, esclarece.

    Mas no final de 2014, a partir da mudana

    na taxa de cmbio e com a recuperao

    de importantes players mundiais, o merca-

    do externo passou a liderar a recuperao

    econmica e deixar o Brasil para trs.

    Como consequncia disso, o setor flo-

    restal entrou em uma fase de estabilizao.

    Diria que o mercado de pinus est equili-

    brado. At esse momento a crise no nos

    atingiu, mas bem provvel que venha

    atingir em um futuro prximo, isso devido

    ao segmento da construo civil que j est

    sofrendo os impactos econmicos, alerta

    Edson Balloni, diretor da Valor Florestal.

    No entanto, a construo civil no foi

    a nica responsvel pela reduo do plan-

    tio do pinus. Balloni destaca que para que

    exista mercado para a madeira provenien-

    te desse gnero preciso primeiro ter de-

    manda. No Sul e no Sudeste quase no

    temos procura. Para ter uma ideia, tem

    madeira saindo daqui da regio Sul e indo

    para Manaus, Belm, para o Norte em ge-

    ral, comenta. Ele explica que quase toda a

    madeira de floresta plantada que abastece

    o Norte e o Nordeste proveniente do Sul.

    Assim, percebe-se que o mercado est l.

    No entanto, naquela regio no existe o

    plantio.

    Outro fator que influenciou diretamente

    as reas plantadas de pinus foi o eucalipto,

    que com ciclos mais curtos despertou o in-

    teresse dos produtores florestais. Enquanto

    o eucalipto j pode ser cortado com apro-

    ximadamente 7 anos, o pinus precisa de 12

    a 15 anos. O eucalipto tem sido preferido,

    Como os grandes produtores esto focados em plantar o

    mximo de rvores por m vai acabar diminuindo a oferta de

    madeira grossa. Abrindo, assim, oportunidade para os pequenos

    e mdios empresrios.

    Foto: Divulgao

  • 32 ESPECIALB. FOREST 33ESPECIAL B. FORESTmas a grande maioria dos produtores no

    tem viso de futuro, eles no tem conhe-

    cimento de mercado, alerta o diretor da

    Valor Florestal, que acredita que preciso

    difundir mais informaes sobre as carac-

    tersticas e as aplicaes das espcies ma-

    deireiras.

    Madeira aplicada

    unnime a avaliao de que a madeira

    de pinus tem como maior destino a cons-

    truo civil. Carlos Mendes, diretor execu-

    tivo da Apre (Associao Paranaense das

    Empresas de Base Florestal), explica que

    houve uma valorizao do gnero. Antiga-

    mente, o uso era somente em tbuas para

    caixaria de concreto. Agora j existem sis-

    temas construtivos, como o Wood Frame,

    o que fez o mercado melhorar, esclarece.

    Paulo Pupo, superintendente executivo

    da Abimci (Associao Brasileira da Inds-

    tria da Madeira Processada Mecanicamen-

    te) concorda a respeito da construo civil,

    mas destaca que o mercado brasileiro de

    produtos madeireiros de pinus processado

    mecanicamente pode ser dividido em al-

    guns setores levando em conta o volume da

    produo. Para ele, a produo macro bra-

    sileira envolvendo os principais segmentos

    madeireiros de pinus, como compensados,

    compensado plastificado, madeira serrada

    (de uso estrutural ou no), pisos, portas, kit

    porta pronta, molduras, forros, etc. esto

    dando uma pequena mostra de recupera-

    o nos ltimos anos, mas ainda de forma

    tmida e conservadora. Alguns segmen-

    tos possuem um desempenho melhor no

    quesito comercial, principalmente, aqueles

    produtos que possuem um mix importante

    de sua produo voltado para as exporta-

    es, explica.

    Molduras e compensados so exemplos

    de produtos que possuem um percentual

    de exportao bem desenvolvido e conso-

    lidado junto aos principais mercados com-

    pradores e consumidores do mundo. O que

    em poca de baixa demanda da economia

    nacional, como a que estamos presencian-

    do atualmente, vem ajudando e regulando

    o escoamento da produo nacional.

    Por outro lado, ele acredita que os pro-

    dutos madeireiros que possuem caracte-

    rsticas voltadas ao consumo no mercado

    interno esto sofrendo com o marasmo da

    economia brasileira e a falta de polticas

    claras do governo de incentivo indstria

    nacional e ao consumo em setores estra-

    tgicos para o setor madeireiro, como a

    construo civil. Temos o setor de mveis

    e de embalagens industriais, apenas para

    citar alguns exemplos, analisa.

    Essas so aplicaes que tm crescido

    ao longo dos anos. Mas em contrapartida,

    Carlos Mendes alerta que o pinus perdeu a

    utilizao na fabricao de mveis, sendo

    substitudo por chapas, MDP e MDF.

  • 34 ESPECIALB. FOREST 35ESPECIAL B. FORESTIncentivo necessrio

    Tambm de concordncia geral que

    para o Brasil superar o difcil momento

    econmico e voltar a crescer necessrio

    investimento do governo. O mercado de

    pinus faz parte da mesma situao. Balloni

    acredita que falta incentivo ao pequeno e

    mdio produtor florestal. O pinus uma

    espcie muito barata para plantar. Pode ser

    instalado em reas marginais, em que o

    solo no to produtivo. Porm o produtor

    deve ter, pelo menos, um pequeno custeio

    florestal, assim como existe na agricultura,

    defende. Esse subsdio seria utilizado para

    a realizao do desbaste, que segundo

    Balloni uma operao muito cara. Carlos-

    Mendes concorda e completa dizendo que

    os programas j existentes, como o Pronaf

    (Programa Nacional de Fortalecimento da

    Agricultura Familiar) e o Proflora, precisam

    ser adaptados realidade florestal. Porque,

    segundo ele, mesmo tendo juros adequa-

    dos, o tempo de pagamento muito curto.

    So oito anos de carncia somados a mais

    quatro para o trmino do pagamento. Com

    o pinus no possvel realizar o pagamen-

    to com 12 anos, o manejo leva mais tempo

    que isso, explica.

    Seguindo o processo, outro ponto im-

    portante que os especialistas destacam

    o incentivo indstria que utiliza a ma-

    deira de pinus. Eles acreditam que o uso

    da madeira na construo civil deve ser

    estimulado pelo governo. Certamente a

    Foto: Divulgao

  • 36 ESPECIALB. FOREST 37ESPECIAL B. FORESToficializao e o desenvolvimento do sis-

    tema construtivo em casas de madeira no

    Brasil uma das principais vertentes e op-

    es para o aumento do consumo e uso

    de madeira, principalmente para as esp-

    cies provenientes de florestas plantadas,

    argumenta Paulo Pupo. Ele acredita que

    so necessrias vrias aes para que isso

    se torne realidade, a confeco e estrutu-

    rao de uma norma tcnica brasileira para

    esse sistema a primeira delas, para que

    assim se possa gerar escala de produo

    em nvel nacional. A incluso de casas de

    madeira no escopo de financiamento pe-

    los bancos oficiais, os de varejo e os de fo-

    mento e, principalmente, uma poltica go-

    vernamental clara e objetiva de habitao

    para atender a enorme demanda nacional

    com aes focadas e financiamento pbli-

    co, tambm so importantes.

    O superintendente da Abimci destaca

    que outra ferramenta fundamental para a

    competitividade do setor so as desone-

    raes fiscais para produtos de madeira,

    como a incluso do setor no Plano Brasil

    Maior que desonera a folha de pagamento

    das empresas, a incluso de mais produtos

    madeireiros na cesta bsica da construo

    civil, a eliminao de alguns tributos em

    cascata que oneram o custo das expor-

    taes, o investimento em infraestrutura

    para um melhor escoamento da produo

    destinada exportao e programas de

    incentivo fiscais pelo governo para o au-

    mento da rea plantada no pas. Esses so

    mecanismos que iro contribuir para a sus-

    tentabilidade e perenidade das empresas

    e do setor madeireiro no Brasil e, conse-

    quentemente, o aumento do consumo de

    madeira pela populao, acredita.

    Outra vertente importante o avano

    dos programas de qualidade e de certifi-

    cao tcnica no pas, que possibilitam s

    empresas produtoras ofertar ao mercado

    consumidor produtos certificados e con-

    formes, atendendo e contemplando as

    exigncias tcnicas e legais do mercado,

    garantindo assim a execuo de obras de

    forma mais constante e atualizada, acres-

    centa Pupo.

    Futuro quase incerto

    Tendo como base as aes atuais, di-

    fcil fazer previses sobre o mercado para

    os prximos anos. Paulo Pupo explica, que

    para uma grande parcela das indstrias

    madeireiras, principalmente composta por

    pequenas e mdias empresas, tendncias

    futuras e perspectivas comerciais e de

    consumo passam pela necessria recupe-

    rao da economia nacional e do poder de

    compra do consumidor que, como sabe-

    mos, esto em baixa e com uma sensao

    de insegurana pela maioria, constata.

    Outro fator importante para definirmos

    qualquer tendncia o nvel de oferta de Foto: Divulgao

    A oficializao e o desenvolvimento do sistema construtivo em casas de madeira no Brasil uma das principais vertentes e opes para o

    aumento do consumo e uso de madeira.

  • 38 ESPECIALB. FOREST 39ESPECIAL B. FORESTcrdito oficial no Brasil, tanto para as em-

    presas conseguirem melhorar o seu parque

    fabril, quanto para pessoas fsicas poderem

    adquirir casas, mveis, etc. O acesso ao

    crdito hoje est escasso e muito caro, tor-

    nando quase que impraticvel essas prti-

    cas pelas empresas. Basicamente esse o

    cenrio atual para o mercado interno, ava-

    lia.

    Mas, de acordo com Edson Balloni, o

    que se pode supor que, levando em con-

    siderao o atual cenrio marcadolgico,

    vai haver uma valorizao da madeira de

    pinus e devido a pouca produo nacional

    ser necessrio importar madeira da Ar-

    gentina e Uruguai para abastecer o mer-

    cado interno.

    O que ele sugere para os pequenos e

    mdios produtores que invistam em plan-

    tios com ciclos mais longos, que produ-

    zam toras de grandes dimenses. Como

    os grandes produtores esto focados em

    plantar o mximo de rvores por m, des-

    tinando seu produto para papeleiras e ge-

    radores de energia, vai acabar diminuindo

    a oferta de madeira grossa. Abrindo, assim,

    oportunidade para os pequenos e mdios

    empresrios, afirma Balloni.

    Ao analisar o mercado com uma viso

    econmica possvel perceber que essa

    uma linha que deve ser rentvel para quem

    escolher segui-la. De acordo com Marce-

    lo Schmid, a madeira grossa est bastante

    valorizada e deve continuar pelos prximos

    anos. Como ela est cada vez mais escas-

    sa o valor sobe cada vez mais, justifica.

    Making more out of wood

    LIGNA 2015Inovaes Solues Eficincia

    O mais importante evento para a indstria do mundo. So mais de 1.500 expositores de quase 50 pases.

    Conhea as ltimas novidades tecnolgicas do setor industrial madeireiro.

    No perca! Garanta seu ingresso agora.

    11 15 Maio de 2015 Hannover Germanyligna.de

    Foto: Divulgao

  • 40 ESPECIALB. FOREST 41ESPECIAL B. FOREST

    A forma da travessia de rios, vales e outros obstculos uma parte importante das obras

    de infraestrutura de uma empresa. Por ser uma operao que requer investimento, deve

    ser bem pensada. Entre as opes a serem escolhidas esto as pontes, pontes mveis e

    passagens molhadas, basta um estudo de viabilidade para decidir qual a mais indicada.

    Ultrapassando obstculos

    Foto: Divulgao

    41TRANSPORTE B. FOREST

    Foto: Divulgao

  • 43TECNOLOGIA B. FOREST42 TRANSPORTEB. FOREST

    A construo de pontes sempre foi

    um importante indicativo do pro-

    gresso de uma sociedade. Sua prin-

    cipal funo transpor obstculos e ligar

    regies, mas elas tambm ajudam no de-

    senvolvimento social e estreitam relaes

    comerciais. Conceitualmente, pontes so

    estruturas construdas para interligar dois la-

    dos separados por rios, vales, ou outros obs-

    tculos naturais ou artificiais.

    No processo de transporte florestal elas

    so de grande valia, porque muitas vezes a

    floresta plantada fica em regies mais afas-

    tadas e com transposio de rios no cami-

    nho.

    Mas no so somente essas estruturas

    que podem ser construdas para possibilitar

    a passagem de carga. Alm das pontes am-

    plamente conhecidas, existem as passagens

    molhadas e pontes mveis. A escolha da es-

    trutura ideal deve ser bem pensada, pois sua

    construo requer grande investimento em

    infraestrutura. Para saber qual a mais indi-

    cada para cada caso necessrio conhecer

    todas.

    Pontes

    Basicamente, a utilizao de pontes est

    diretamente relacionada com a vazo de um

    curso da gua, ou seja, para a construo

    das mesmas deve-se levar em considerao

    o fluxo constante de gua e a rea de con-

    tribuio da bacia hidrogrfica. As tcnicas

    para construo de pontes devem sempre

    levar em considerao o tipo de veculo que

    trafegar sobre as mesmas (peso bruto to-

    tal com carga). O comprimento da ponte e,

    consequentemente, o material utilizado na

    construo esto diretamente relacionados

    com a vazo do local da construo. O en-

    genheiro civil Marco Antnio Camargo ex-

    plica que as pontes convencionais so indi-

    cadas para situaes em que haver um alto

    fluxo de transporte. Em casos nos quais

    necessrio fazer o acompanhamento da flo-

    resta plantada, realizar visitas peridicas

    rea e alto volume de escoamento de ma-

    deira, a construo de pontes o mais indi-

    cado, afirma. Ele salienta que a viabilidade

    da construo de pontes est diretamen-

    te ligada ao retorno que ela proporcionar.

    Muitas vezes esse retorno no financeiro,

    mas social. Levando em conta o bem que

    a estrutura acarretar para as comunidades

    prximas, completa.

    Passagens molhadas

    Outra alternativa para transpor um rio ou

    crrego so as passagens molhadas, que

    consistem em pequenos barramentos cons-

    inconcebvel para todas as empresas srias que investem alto na segurana de seus

    colaboradores, no investirem em projetos para suas pontes e em programas de manuteno.

    Foto: Divulgao

  • 45TECNOLOGIA B. FOREST44 TRANSPORTEB. FORESTtrudos com a finalidade de proporcionar tra-

    vessias. Marcos De Brito Bezerra, especialista

    em anlise geoambiental, destaca que uma

    das principais diferenas entre as pontes co-

    muns e as passagens molhadas, que nesta

    ltima a gua passa por cima da estrutura de

    concreto, no sendo, portanto, suspensa do

    cho como as pontes que so sustentadas

    por colunas.

    Para que no barre o rio totalmente, per-

    mitindo assim, escoamento, as passagens

    molhadas possuem canalizaes na parte

    inferior, variando quanto s caractersticas

    fsicas hidrulicas, quantidade e distribuio

    espacial ao longo das mesmas. Esses fato-

    res associados aos tipos existentes iro in-

    fluenciar com maior ou menor intensidade

    na dinmica dos processos desenvolvidos no

    trecho do rio ocupado pela construo da

    passagem molhada. Isso faz com que elas

    sejam uma soluo que reduz significativa-

    mente o impacto ambiental.

    Elas no tm como caracterstica o barra-

    mento completo do curso da gua. Contu-

    do, inevitvel a formao de um pequeno

    represamento da gua do rio, uma vez que

    sua base encontra-se assentada no leito do

    canal e no possui canalizaes suficientes

    Oferecemos para todo o Brasil servios

    especializados em Sade e Segurana do Trabalho

    e Higiene Ocupacional.

    A conexo certa para quem acredita que so

    as pessoas que movem uma

    empresa.

    Consulte:www.elos-sst.com.br

    Tels.: 11 4721-3424 | 11 2312-7637

    Programas (PPRA, PGR, PCMSO, PPR, PCA)

    Laudos (LTCAT, Insalubridade, Periculosidade)

    Anlise Ergonmica do Trabalho

    Mapeamento de Perigos e Riscos

    Treinamentos diversos

    Avaliao de agentes ambientais (Rudo, Vibrao, Calor, Qumicos e Bilogicos)

    Foto: Divulgao

  • 47TECNOLOGIA B. FOREST46 TRANSPORTEB. FORESTque atendam vazo do rio.

    Marco Antnio ressalta que o uso de pas-

    sagens molhadas indicado quando no

    existe a necessidade de fazer a travessia em

    dias de chuva ou quando a vaso do rio es-

    tiver alta. Nesse caso o transporte deve ser

    adiado ou realizado pelo outro lado da rea,

    completa.

    Pontes mveis

    O engenheiro civil acredita que essas es-

    truturas no so muito utilizadas. So pontes

    que no tem toda a estrutura e fundao das

    convencionais, ento o uso mais pontu-

    al e com menor custo. indicado para um

    transporte nico, no qual feita a travessia

    e no tem mais a necessidade de retorno

    quela rea. Mas se for preciso acompanhar

    o crescimento do plantio e fazer visitas cons-

    tantes essa estrutura no indicada, analisa.

    Manuteno

    Para decidir qual a melhor opo, Marco

    Antnio comenta, que preciso fazer um

    estudo de viabilidade tcnico-econmica. A

    viabilidade compara o custo com o retorno.

    Guilherme Corra Stamato, scio da Stama-

    de Projeto e Consultoria em Madeira LTDA,

    ressalta que o custo que deve ser levado em

    considerao no somente o da constru-

    o, mas tambm o da manuteno, o que

    varia de acordo com o material que usado.

    A estrutura que tem maior variedade de ma-

    teriais para construo a ponte, que pode

    ser de madeira, concreto ou ao.

    Guilherme esclarece que a periodicidade

    e o tipo de manuteno variam de acordo

    com a matria-prima da ponte. Um bom

    projeto de uma estrutura, seja de madei-

    ra, de concreto ou de ao, prev patologias

    que podem acontecer e tentam minimizar

    os custos de manuteno e os riscos de ru-

    na. Cada material tem suas patologias es-

    pecficas, mas ntido que a exposio s

    intempries acelera a degradao de todos

    os materiais. Sendo assim, ele afirma, que

    a proteo da estrutura primordial para a

    durabilidade. Deve ser evitado o acmulo

    de gua, permitindo a ventilao das peas e

    mantendo os cobrimentos das armaduras no

    caso do concreto, a proteo contra a corro-

    so para o ao e o revestimento qumico ou

    mecnico para a madeira, completa.

    Guilherme ainda salienta que um bom

    projeto pode aumentar o intervalo entre as

    manutenes, enquanto projetos mal feitos

    ou ausncia de projetos levam manuten-

    o constante e cara.

    E se a manuteno ou o projeto no fo-

    rem feitos corretamente? Nesse caso, Mar-

  • 49EXPEDIENTE B. FOREST48 TRANSPORTEB. FORESTco Antnio e Guilherme concordam que as

    consequncias podem ser srias. O princi-

    pal e mais preocupante o dano vida, o

    colapso de uma ponte durante a passagem

    de um veculo pode ferir ou at matar. in-

    concebvel para todas as empresas srias

    que investem alto na segurana de seus

    colaboradores, no investirem em projetos

    para suas pontes e em programas de manu-

    teno, defende o scio da Stamade. Alm

    do risco do motorista se machucar, Marco

    Antnio frisa que a carga pode ser prejudi-

    cada e cria dificuldades na logstica da em-

    presa, sendo necessrio fazer desvios, o que

    diminui a produtividade.

    A manuteno de qualquer tipo de ponte

    to necessria quanto dos outros equipa-

    mentos da indstria, e deve ser includa no

    programa de manuteno preventiva. Essa

    manuteno preventiva certamente muito

    mais econmica do que a substituio peri-

    dica de pontes.

    EQUIPAMENTOS ROBUSTOS PARA MANUSEIO DE MATERIAIS

    Produtividade, Robustez e Disponibilidade MecnicaContate-nos para conversar sobre as suas operaes florestais

    (41) 8852-5999/[email protected]

    /rotobecdobrasil

    No discutimos mais sobre o fornecedor de garras. Tem de ser

    Rotobec. Queremos comprar solues e no problemas.

    Jean Pires TM FlorestalMartinho Campos - MG

    GARRAS DE CARREGAMENTO ROTOBEC

  • 50 TECNOLOGIAB. FOREST 51TECNOLOGIA B. FOREST

    Presente no Brasil, Estados Unidos e Europa, Tyri utiliza a experincia de mais de 30

    anos para oferecer solues personalizadas de iluminao.

    Caminhos Iluminados

    50 MOMENTO EMPRESARIALB. FOREST

    Foto: John Deere

  • 52 MOMENTO EMPRESARIALB. FOREST 53MOMENTO EMPRESARIAL B. FOREST

    As mquinas e equipamentos flo-

    restais tm se mostrado cada

    vez mais tecnolgicos. A cada

    lanamento novas funes e dispositi-

    vos so apresentados. Muitos deles, in-

    clusive, tem capacidade para trabalhar

    24 horas por dia. Mas de nada adianta

    proporcionar horas seguidas de traba-

    lho se a iluminao utilizada no for de

    qualidade e no atender s necessidades

    da operao. Fabiano Lima, gerente co-

    mercial da Tyri Brasil, explica que cada

    trabalho composto de muitas variveis,

    como terreno, clima, ambiente, etc. Por

    este motivo, cada um tem uma neces-

    sidade diferente e no pode existir um

    padro de iluminao para todas as m-

    quinas.

    Foi pensando dessa forma que nas-

    ceu a Tyri Lights. Ela resultado de uma

    iniciativa de trs empresas parceiras e

    com ampla experincia em iluminao.

    Estas empresas globais, DMK (USA) KLE

    (Sucia) e PA Throrpe (UK), se uniram

    para desenvolver e produzir uma varie-

    dade de luzes para diversas aplicaes,

    entre elas, a florestal. As trs empresas

    so responsveis pelo desenvolvimento

    tcnico e comercial da marca Tyri pelo

    mundo. Para elas o conceito principal de

    trabalho da nova empresa a ser formada

    era, e continua sendo, oferecer solues

    em iluminao, no apenas faris.

    Solues inteligentes

    Para Fabiano, como a misso da Tyri

    Lights oferecer solues inteligentes

    em iluminao, o servio prestado deve

    aplicar a quantidade exata e necessria

    de luz, capacitando a realizao de tra-

    balhos at mesmo nas piores condies.

    Dessa forma, para conseguir estabelecer

    qual a melhor opo de iluminao para

    cada cliente, a Tyri precisa saber qual

    a real necessidade das mquinas. Para

    isso, fazemos uma simulao de ilumi-

    nao utilizando um modelo em 3D do

    equipamento que receber os faris,

    conta o gerente comercial. No projeto

    feita uma renderizao utilizando as in-

    formaes tcnicas e exatas da mquina

    e do ambiente no qual ela funcionar.

    Com isso, possvel definir os locais em

    que os faris sero instalados, a intensi-

    dade, o alcance, a cor e direo da luz.

    Empresa global

    Com mais de 30 anos de experincia,

    a Tyri ainda nova no Brasil. Mas tam-

    bm se faz presente em outros pases:

    Simulao de reas iluminadas pelo sistema de iluminao da Tyri Lights em um Feller Buncher Simulao de intensidade de luz em um Feller Buncher

  • 55TECNOLOGIA B. FOREST54 MOMENTO EMPRESARIALB. FORESTSucia, Finlndia, Estados Unidos, Ca-

    nad e Inglaterra so exemplos de mer-

    cados exigentes, nos quais a empresa

    j disponibiliza produtos e servios. A

    presena em vrios pases permite que

    nos adaptemos s necessidades locais e

    assim saibamos o que nosso cliente pre-

    cisa, afirma Fabiano. Ele estima que, ao

    todo, a empresa tenha mais de 200 tra-

    balhadores diretos. O que nos possibili-

    ta garantir entregas rpidas de produtos

    de qualidade, completa.

    Como resultado, a Tyri tem clien-

    tes de renome nas reas da construo,

    agricultura, minerao, florestal, entre

    outros, por todo o mundo. Entre os que

    se destacam esto: John Deere, Komat-

    su, AGCO, Nacco e Unicarriers.

    Mais informaes:

    http://www.tyrilights.com

  • 56 NOTASB. FOREST 57NOTAS B. FOREST

    A New Holland apresentou, durante a 55 Expolondrina 2015, a nova escavadeira

    hidrulica E215C. A mquina tem boa estabilidade para que o operador consiga utilizar a

    mxima capacidade. Alm disso, ela possui maior potncia que as verses anteriores e faci-

    lidades de manuteno. A E215C faz parte dos lanamentos da marca para 2015.

    Essa escavadeira indicada na execuo de curva de nvel e obras de drenagem em

    estradas e grandes plantaes. Com o equipamento de construo adequado, mais fcil

    padronizar o tamanho dos talhes, a largura dos carreadores, as reas de carregamento e

    os modelos de curva de nvel a serem adotados, afirma Marcos Rocha, gerente de marke-

    ting de produto da New Holland Construction.

    Mais informaes: http://www.newholland.com.br/

    Nova escavadeira hidrulica

    Foto: Divulgao New Holland

    O senador paranaense lvaro Dias protocolou um Projeto de Lei do Senado em 2015

    pedindo a retirada da silvicultura da lista de atividades potencialmente poluidoras. O pro-

    jeto Modifica o Cdigo 20 do Anexo VIII da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, acres-

    cido pela Lei no 10.165, de 27 de dezembro de 2000, para excluir a silvicultura do rol de

    atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais.

    O Projeto de Lei afirma que o setor florestal trata-se, portanto, de um setor pujante da

    agricultura brasileira, que contribui com gerao de emprego e renda, produo de diver-

    sos benefcios ambientais, que no deveria ser mantida como com o rtulo de atividade

    poluidora e submetida a licenciamento ambiental burocrtico e dispendioso.

    Projeto de Lei quer tirar a silvicultura da lista de atividades potencialmente poluidoras

    Foto: Divulgao

  • 58 NOTASB. FOREST 59NOTAS B. FOREST

    O prazo para fazer o CAR (Cadastro Ambiental Rural) vai at o dia 06 de maio de 2015.

    Os produtores que no se cadastrarem at esta data perdero o benefcio de converso

    de multas. Alm disto, as atividades realizadas por eles podem ser embargadas, o proprie-

    trio pode ser processado por crime ambiental, sendo condenado a pagar multa de R$ 5

    mil por hectare. Os produtores irregulares no tero acesso ao crdito agrcola concedido

    por bancos.

    O CAR um registro eletrnico, obrigatrio para todos os imveis rurais, que tem por

    finalidade integrar informaes ambientais, criando assim, um banco de dados nacional

    para planejamento ambiental e econmico. Ao realizar o CAR, o produtor rural consegue

    identificar os remanescentes de vegetao nativa, as reas de uso restrito e as reas con-

    solidadas das propriedades e posses rurais.

    Prazo final para o CAR

    A dcima terceira edio da DEMO International, um dos principais eventos flores-

    tais do mundo, ser realizada em Maple Ridge, British Columbia, no Canad, entre os

    dias 22 e 24 de setembro de 2016. A expectativa dos organizadores contar com mais

    de 150 expositores, apresentando as ltimas tecnologias em equipamentos, produtos e

    servios que cobrem todos os aspectos das operaes de florestais. Mostras passadas

    receberam cerca de 16 mil profissionais de todo o mundo.

    Mais informaes: http://www.demointernational.com

    DEMO International

    Foto: Divulgao /Demo Intenational

  • 60 NOTASB. FOREST 61NOTAS B. FOREST

    A Suzano Papel e Celulose informou que a CTNBio (Comisso Tcnica Nacional de

    Biossegurana) aprovou, por meio da FuturaGene Brasil, o uso comercial do eucalipto

    geneticamente modificado H421, com foco no aumento da produtividade. De acordo

    com a empresa, a deciso ainda est sujeita a eventuais recursos, na forma da legislao

    pertinente.

    No dia 05 de maro, a rea de pesquisa da FuturaGene, em Itapetininga (SP), foi inva-

    dida pelo MST (Movimento dos Sem-Terra), que era contrrio liberao por alegarem

    que as novas mudas causariam males ao meio ambiente. Os integrantes do movimento

    vandalizaram e destruram as mudas de eucalipto. No mesmo dia, o MST tambm invadiu

    a reunio da CTNBio em Braslia, que tinha na pauta a aprovao do uso da pesquisa.

    No dia da invaso, o presidente da Suzano, Walter Schalka, ressaltou que a pesquisa re-

    duz reas necessrias para o plantio do eucalipto, liberando reas para outras atividades,

    alm de reduzir a emisso de CO2 no transporte e o raio mdio da colheita.

    Modificao gentica aprovada

    Foto: Divulgao

  • 62 NOTASB. FOREST 63NOTAS B. FOREST

    A aprovao da terceirizao para atividades-fim est sendo discutida no Congresso

    Nacional. O Projeto de Lei 4330/2004 uma proposta para regulamentar a terceirizao

    de trabalhadores nas empresas brasileiras. Polmico, ele j corre na Cmara dos Deputa-

    dos desde 2004 e vem sendo debatido e modificado desde ento.

    Um dos pontos que mais gera discusso a liberao de terceirizados para executar

    atividades-fim nas empresas brasileiras. At ento, s era permitido terceirizar atividades-

    -meio, como limpeza, segurana e alimentao dos funcionrios.

    Os empresrios alegam que complexo definir o que atividade-fim e o que ativi-

    dade-meio, assim como modernizar a atividade econmica sem facilitar a terceirizao.

    Depois de longas negociaes que envolveram o ministro da Fazenda, o secretrio

    da Receita Federal e o presidente da Cmara dos Deputados -, o projeto foi aprovado em

    votao simblica na Cmara em 08 de abril. Contudo, as emendas ao projeto comea-

    ram a ser discutidas na semana seguinte. Ainda no est nada definido, a votao marcada

    para o dia 15 de abril foi adiada para o dia 22.

    Terceirizao em anlise Entenda as mudanas no Projeto de Lei:

    Como :

    - No h uma lei que regulamente a

    contratao de terceirizados no Brasil;

    - Por falta de legislao, empresrios se

    baseiam na smula 331 do TST, que veda

    a contratao de terceirizados para ativida-

    des-fim;

    - As empresas contratantes de terceiri-

    zados no recolhem impostos e contribui-

    es federais dos funcionrios;

    - Os trabalhadores terceirizados so re-

    presentados pelos sindicatos de funcion-

    rios terceirizados.

    Como fica:

    - O Projeto de Lei 4330 considerado

    por empresrios como marco regulatrio

    da terceirizao;

    - O Projeto de Lei permite a atuao de

    terceirizados para atividades-fim e no so-

    mente para atividades-meio;

    - Apenas as empresas especializadas

    podero prestar servio terceirizado;

    - Familiares de empresas contratantes

    no podero criar empresa para oferecer

    servio terceirizado;

    - As companhias contratantes devero

    recolher uma parte do que for devido pela

    empresa terceirizada em impostos e con-

    tribuies, como PIS/Cofins e CSLL. Em

    relao ao FGTS, as empresas contratantes

    devero apenas fiscalizar que o valor pela

    contratada;

    - Os trabalhadores terceirizados so-

    mente podero cobrar os seus direitos da

    empresa tomadora de servios depois de

    esgotados os bens das empresas que ter-

    ceirizam;

    - As empresas contratadas devem pagar

    4% do valor do contrato para um seguro

    que ir abastecer um fundo para pagamen-

    to de indenizaes trabalhistas.

    Implicaes florestais

    A terceirizao de servios j acontece

    h algum tempo no setor, mas foi s par-

    tir da dcada de 90 que ganhou relevncia

    nacional. Os benefcios bsicos podem ser

    considerados como especializao da ca-

    pacidade tcnica, gerenciamento focado

    nas competncias e estratgias, na reduo

    de custos e maior agilidade no processo.

    Atualmente, o MPF (Ministrio Pblico

    Federal) aplica a lei vigente. Dessa forma,

    j autuou e multou empresas florestais, fa-

    zendo com que muitas delas assinassem o

    TAC (Termo de Ajuste de Conduta), no qual

    elas se comprometem a regularizar a situa-

    o, por meio da primarizao, at um pra-Foto: TMO

  • 64 NOTASB. FOREST 65NOTAS B. FORESTzo estabelecido.

    A discusso sobre o tema vlida. Alguns agentes do setor enxergam a terceirizao

    como uma maneira moderna de gerenciamento, uma ferramenta til que permite s em-

    presas dedicarem-se aos produtos finais. Os empresrios tm recorrido a essa estratgia

    para atender alguns quesitos: produtividade, qualidade e competitividade no mercado,

    frente ao cenrio das incertezas e constantes mudanas econmicas.

    Por outro lado, os sindicatos sustentam a argumentao de que a terceirizao preca-

    riza as condies de trabalho, pois abriria a possibilidade de contratao de funcionrios

    terceirizados para prestao de servios sem a cobertura da CLT (Consolidao das Leis

    Trabalhistas).

    O importante, a livre escolha. As empresas devem optar pela gesto mais adequada,

    levando em considerao seus princpios e os valores disponveis para o investimento

    nas atividades operacionais. E principalmente, atuar dentro da legalidade do pas. Vrios

    pases usam a terceirizao de forma bastante atuante, onde se pode citar o Chile, pases

    da Europa e Escandinvia.

    Foto: Divulgao

  • 67NOTAS B. FOREST66 EXPEDIENTEB. FOREST 66 FOTOSB. FOREST 67VDEOS B. FOREST

  • 68 NOTASB. FOREST 69NOTAS B. FOREST

  • 70 AGENDAB. FOREST 71AGENDA B. FOREST2015

    2015

    ABR

    MAI

    21

    11

    MAIO

    Ligna

    Quando: 11 a 15 de Maio de 2015

    Onde: Hannover (Alemanha).

    Informaes: www.ligna.de

    ABRIL

    Forest Machine Technology Conference

    Quando: 21 a 23 de Abril de 2015

    Onde: Montreal (Canad).

    Informaes: http://fmtc.fpinnovations.ca/

    2015

    MAI

    12MAIO

    5 Feira da Floresta

    Quando: 12 a 14 de Maio de 2015

    Onde: Nova Prata (RS)

    Informaes: www.feiradafloresta.com.br

    2015

    2015

    MAI

    MAI

    21

    26

    MAIO

    1 Encontro Brasileiro de Segurana Florestal

    Quando: 21 e 22 de Maio de 2015

    Onde: Curitiba (PR).

    Informaes: www.malinovski.com.br

    MAIO

    7th ICEP International Colloquium on Eucalyptus Pulp

    Quando: 26 a 29 de Maio de 2015

    Onde: Vitria (ES).

    Informaes: www.7thicep.com.br

    2015

    MAI

    28

    MAIO

    IV Workshop sobre Restaurao Florestal

    Quando: 28 a 30 de Maio de 2015

    Onde: Piracicaba (SP)

    Informaes: http:fealq.org.br/informacoes-do-evento/?id=187

    2015

    JUN

    02JUNHO

    2 Trs Lagoas Florestal

    Quando: 02 a 04 de Junho de 2015

    Onde: Trs Lagoas (MS).

    Informaes: www.painelflorestal.com.br

    2015

    JUN

    01

    JUNHO

    23rd European Biomass Conference and Exhibition

    Quando: 01 a 04 de Junho de 2015

    Onde: Viena (ustria).

    Informaes: www.eubce.com

    2015

    JUN

    11

    JUNHO

    1 Curso de Aperfeioamento Tcnico em Manejo Florestal para Produtos

    Slidos e Qualidade da Madeira

    Quando: 11 e 12 de Junho de 2015

    Onde: Curitiba (PR).

    Informaes: www.malinovski.com.br

    2015

    JUN

    18

    JUNHO

    2 Curso de Aperfeioamento Tcnico de Gesto Socioeconmica e

    Ambiental em Atividades Florestais

    Quando: 18 e 19 de Junho de 2015

    Onde: Curitiba (PR).

    Informaes: www.malinovski.com.br

  • 72 AGENDAB. FOREST 73AGENDA B. FOREST2015

    2015

    2015

    JUL

    AGO

    SET

    06

    20

    07

    AGOSTO

    4 Curso de Aperfeioamento Tcnico em Custos Florestais

    Quando: 20 e 21 de Agosto de 2015

    Onde: Curitiba (PR).

    Informaes: www.malinovski.com.br

    SETEMBRO

    XIV Congresso Florestal Mundial

    Quando: 07 a 11 de Setembro de 2015

    Onde: Durban (frica do Sul).

    Informaes: www.fao.org/forestry/wfc

    JULHO

    4th International Conference on Forests and Water in a

    Changing Environment

    Quando: 06 a 09 de Julho de 2015

    Onde: Kelowna (Canad).

    Informaes: www.forestandwater2015.com

    2015

    SET

    21

    SETEMBRO

    2 Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal

    Quando: 21 a 23 de Setembro de 2015

    Onde: Curitiba (PR).

    Informaes: www.malinovski.com.br

    2015

    OUT

    04

    OUTUBRO

    48th International Symposium on Forestry Mechanization

    Quando: 04 a 08 de Outubro de 2015

    Onde: Linz (ustria).

    Informaes: www.formec.org

    2015

    2015

    OUT

    OUT

    06

    06

    OUTUBRO

    V Congresso Florestal Paranaense

    Quando: 06 a 08 de Outubro de 2015

    Onde: Curitiba (PR).

    Informaes: www.apreflorestas.com.br

    OUTUBRO

    Austrofoma

    Quando: 06 a 08 de Outubro de 2015

    Onde: Hochficht (ustria).

    Informaes: www.austrofoma.at

    2015

    OUT

    22

    OUTUBRO

    5 Curso de Aperfeioamento Tcnico em Gesto de Manuteno de Mqui-

    nas Florestais

    Quando: 22 e 23 de Outubro de 2015

    Onde: Curitiba (PR).

    Informaes: www.malinovski.com.br

    2015

    NOV

    06

    NOVEMBRO

    Expocorma 2015

    Quando: 06 a 08 de Novembro de 2015

    Onde: Concepcin (Chile).

    Informaes: www.expocorma.cl

    2015

    NOV

    19

    NOVEMBRO

    3 Curso de Aperfeioamento Tcnico em Silvicultura de

    Florestas Plantadas

    Quando: 19 e 20 de Novembro de 2015

    Onde: Curitiba (PR).

    Informaes: www.malinovski.com.br

  • 74 AGENDAB. FOREST