Bibliografia de Educação Do Campo

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    165ALVES, Gilberto Luiz. Discursos sobre educao no campo: ou de como a teoria podecolocar um pouco de luz num campo muito obscuro. In: ALVES, Gilberto Luiz (Org.).

    Educao no campo: recortes no tempo e no espao. Campinas, SP: Autores

    Associados, 2009. Cap. 4, p. 89-158.

    Um painel comparativo dos discursos sobre educao para o campo, em

    Mato Grosso do Sul, foi construdo para revelar as propostas correspondentes,

    suas justificativas, suas singularidades histricas e seus condicionamentos regionais

    e polticos. As fontes de dados foram: a) memrias de pecuaristas do Pantanal deNhecolndia, as mais significativas j transformadas em livros; b) dados secundrios

    retirados de dissertaes de mestrado referentes ao objeto; c) documentos oficiais

    da Secretaria de Educao de Mato Grosso do Sul, do Conselho Estadual de

    Educao, do Conselho Nacional de Educao e do Movimento dos Trabalhadores

    Rurais Sem Terra (MST) pertinentes educao no campo; d) entrevistas com

    dirigentes e educadores que atuam no mbito da educao rural nos municpios

    de Aquidauana, Miranda e Corumb. O captulo observa trs cortes temporais. No

    Primeiro tempo, discute-se a educao do pequeno proprietrio rural na segunda

    metade do sculo 19. No Segundo tempo, aborda-se a educao do grandeproprietrio de terras, na primeira metade do sculo 20, circunscrita s regies

    de Livramento (MT) e Nhecolndia, um distrito corumbaense cuja economia est

    fundada na pecuria. No Nosso tempo, so analisadas trs concepes de

    educao do campo: inicialmente, a preconizada pelo MST, em seguida, a da

    Em Aberto, Braslia, v. 24, n. 85, p. 165-177, abr. 2011

    Bibliografia comentada sobreEducao do CampoMnica Castagna MolinaHelana Clia de Abreu Freitas

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    Secretaria de Educao de Mato Grosso do Sul, e, por fim, as polticas municipais

    de educao rural.

    ANDRADE, Mrcia Regina de Oliveira et al. (Org.). A educao na reforma agrria

    em perspectiva: uma avaliao do Programa Nacional de Educao na Reforma

    Agrria. So Paulo: Ao Educativa; Braslia: Pronera, 2004.

    A primeira avaliao externa do Programa Nacional de Educao na Reforma

    Agrria (Pronera) foi realizada pela Ao Educativa, Assessoria, Pesquisa e Informao,

    que coordenou o trabalho de 24 pesquisadores em nove Estados brasileiros Par,

    Rondnia, Maranho, Rio Grande do Norte, Sergipe, Esprito Santo, Mato Grosso do

    Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Sul. Foram preenchidos 842 questionrios e

    realizadas dezenas de entrevistas com os(as) trabalhadores(as) rurais. O estudo levantauma srie de questes que podem contribuir para a qualificao e a eficcia das polticas

    pblicas voltadas para o campo e fomentar a articulao com os movimentos sociais.

    Ele evidencia tambm a demanda social pelo Pronera, que considerado por 80% dos

    alunos como adequado a sua realidade e por mais de 80% dos educadores em formao

    como contribuinte para o seu desenvolvimento como cidados e trabalhadores. H,

    ainda, uma srie de dados sobre como a precariedade em que ocorrem alguns cursos

    e a falta de polticas pblicas de sade e transporte influenciam negativamente o

    desenvolvimento dos educandos. Os ndices de evaso esto frequentemente ligados

    a demandas de trabalho, alta incidncia de deficincia visual, falta de infraestrutura

    adequada e dificuldade de acesso.

    ARROYO, Miguel Gonzalez. A educao bsica e o movimento social do campo. In:

    ARROYO, Miguel Gonzalez; CALDART, Roseli Salete; MOLINA, Mnica Castagna

    (Org.).Por uma educao do campo.3. ed. Petrpolis, RJ: Vozes, 2008. Cap. 2.

    A dimenso educativa dos movimentos sociais do campo tem origem nainquietao gerada pela falta de um projeto de educao em que haja valorizao

    dos diversos sujeitos que compem a identidade do campo. Uma proposta de

    Educao Bsica do Campo deve considerar uma nova concepo de escola em que

    haja a reinveno de tempos e espaos escolares.

    ARROYO, Miguel Gonzalez. Polticas de formao de educadores(as) do campo. Caderno

    Cedes, Campinas, v. 27, n. 72, p. 157-176, maio/ago. 2007. Disponvel em: . Acesso em: 29 ago. 2011.

    Os movimentos sociais do campo colocaram na agenda poltica dos governos,

    da sociedade e dos cursos de formao dois pontos bsicos: o reconhecimento do

    direito dos diversos povos do campo educao e a urgncia de o Estado assumir

    Em Aberto, Braslia, v. 24, n. 85, p. 165-177, abr. 2011

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    polticas pblicas que garantam esse direito. Como reao a essa realidade, os

    movimentos sociais vm acumulando experincias de cursos de formao, em

    convnio com escolas normais e cursos de pedagogia, para formar educadoras e

    educadores capacitados a atuarem na especificidade social e cultural dos povos que

    vivem no campo. O autor conclui que as experincias de formao de educadoras e

    educadores do campo realizadas nos cursos de magistrio e de Pedagogia da Terra,

    na graduao e na ps-graduao, no conjunto de encontros, oficinas, estudos e

    reflexes sobre a prtica educativa dos movimentos fornecem indagaes instigantes

    que merecem ser consideradas na formulao das polticas pblicas.

    ARROYO, Miguel Gonzalez; FERNANDES, Bernardo Manano. A educao bsica e

    o movimento social do campo. Braslia, DF: Articulao Nacional por uma Educao

    Bsica do Campo, 1999. (Coleo Por uma educao do campo, n. 2).

    A primeira parte traz a palestra Educao bsica e movimentos sociais do

    campo, proferida por Miguel Arroyo na I Conferncia Nacional por uma Educao

    Bsica do Campo, em 1998, e, em seguida, as questes levantadas pelos participantes

    com as respostas dadas pelo conferencista. A segunda parte contm o texto intitulado

    Por uma Educao Bsica do Campo, de Bernardo Manano Fernandes, que discute

    as dificuldades e a importncia da agricultura familiar para um desenvolvimento

    rural sustentvel. No anexo, encontra-se o documento sntese do Seminrio da

    Articulao Nacional por uma Educao do Campo, realizado em 1999, em So Paulo.

    ARRUDA, lcia Esnarriaga; BRITO, Slvia Helena Andrade de. Anlise de uma

    proposta de escola especfica para o campo. In: ALVES, Gilberto Luiz (Org.).Educao

    no campo: recortes no tempo e no espao.Campinas, SP: Autores Associados, 2009.

    Cap. 2, p. 23-62.

    O discurso sobre a especificidade do rural presente no movimento da educaodo campo analisado a partir de documentos organizados pela Articulao Nacional

    pela Educao do Campo e de outros produzidos, especificamente, pelos gestores pblicos

    por exemplo, o Parecer n 36/2001 CNE/CEB, sobre as Diretrizes Operacionais para a

    Educao Bsica nas Escolas do Campo. Na viso das autoras, o discurso da especificidade

    serve para escamotear as semelhanas que identificam os trabalhadores enquanto classe,

    dissuadindo-os da necessidade de empreender uma luta conjunta contra o capital.

    Apoiadas em dados de diferentes fontes (Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclio,

    de 2001, e informaes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Ansio

    Teixeira, de 2004), as autoras afirmam que a dicotomia campo versuscidade foi superada,o que no significa dizer que o campo enquanto localidade est em extino, e concluem

    que a investigao da especificidade do campo e, consequentemente, uma escola

    diferente para o campo exige a apreenso da totalidade que, no caso, corresponde

    forma da sociedade dominante em nosso tempo: a sociedade capitalista.

    Em Aberto, Braslia, v. 24, n. 85, p. 165-177, abr. 2011

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    BENJAMIN, Csar; CALDART, Roseli Salete. Projeto popular e escolas do campo.

    Braslia, DF: Articulao Nacional por uma Educao Bsica do Campo, 2000.

    (Coleo: Por uma educao bsica do campo, n. 3). Disponvel em: . Acesso em: 29 ago. 2011.

    Csar Benjamin prope Um projeto popular para o Brasil e analisa as

    mudanas que devem ser feitas na poltica dominante para torn-lo possvel. Roseli

    Caldart trata da Escola do campo em movimento, situando a experincia concreta

    do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no contexto de luta por

    um projeto popular de Brasil e, nele, o do campo. No Anexo 1, encontra-se a Carta

    dos Sem Terrinha ao MST, elaborada no 3 Encontro Estadual dos Sem Terrinha do

    Rio Grande do Sul, em 1999, e, no Anexo 2, o Manifesto das Educadoras e Educadores

    da Reforma Agrria ao Povo Brasileiro, produzido no 1 Encontro Nacional deEducadoras e Educadores da Reforma Agrria, em 1997.

    BEZERRA NETO, Luiz. A educao rural no contexto das lutas do MST. In: ALVES,

    Gilberto Luiz (Org.). Educao no campo: recortes no tempo e no espao.Campinas,

    SP: Autores Associados, 2009. Cap. 1, p. 1-21.

    A luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no recente,

    assim como no recente a luta por uma educao pblica, gratuita e de boa

    qualidade. Por um lado, o autor reconhece as conquistas no campo educativo trazidas

    pelo MST, que coloca no mesmo patamar a necessidade de se fazer a reforma agrria

    e de se investir em educao. Por outro lado, considera que o MST acaba assumindo

    posturas conservadoras, no que se refere educao, ao atribuir a ela uma funo

    redentora dos males vividos pela sociedade atual. A busca do MST por uma educao

    focada no homem do campo criticada como um retorno ao ruralismo pedaggico.

    BRASIL. Conselho Nacional de Educao (CNE). Cmara de Educao Bsica (CEB).

    Resoluo CNE/CEB 1, de 3 de abril de 2002. Institui diretrizes operacionais para a

    educao bsica nas escolas do campo. Dirio Oficial da Unio, Braslia, Seo 1, p.

    32, 9 abr. 2002. Disponvel em: . Acesso em: 29 ago. 2011.

    As Diretrizes Operacionais para a Educao Bsica nas Escolas do Campo

    refletem um conjunto de preocupaes conceituais e estruturais presentes

    historicamente nas reivindicaes dos movimentos sociais, entre elas: oreconhecimento e a valorizao da diversidade dos povos do campo; a formao

    diferenciada de professores; a possibilidade de diferentes formas de organizao da

    escola; a adequao dos contedos s peculiaridades locais; o uso de prticas

    pedaggicas contextualizadas; a gesto democrtica; a considerao dos tempos

    Em Aberto, Braslia, v. 24, n. 85, p. 165-177, abr. 2011

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    pedaggicos diferenciados; e a promoo, por meio da escola, do desenvolvimento

    sustentvel e do acesso aos bens econmicos, sociais e culturais.

    BRASIL. Ministrio da Educao (MEC). Grupo Permanente de Trabalho de Educao

    do Campo. Referncias para uma poltica nacional de educao do campo.2. ed.

    Braslia, 2005.

    Apresenta um conjunto de informaes e de reflexes que visam subsidiar a

    formulao de polticas de educao do campo em mbito nacional respaldadas em

    diagnstico do setor educacional, nos interesses e anseios dos sujeitos que vivem

    no campo e nas demandas dos movimentos sociais. Pretende-se, por meio deste

    documento, ampliar as discusses sobre a educao do campo com os diversos

    Ministrios, diferentes rgos pblicos, movimentos sociais e organizaes nogovernamentais, com vistas formulao e implementao de polticas de educao

    e de desenvolvimento sustentvel do campo. Na parte 1, apresenta-se o diagnstico

    da escolarizao do campo no Brasil, com informaes sobre situao socioeconmica

    da populao que reside no meio rural, acesso, qualidade da educao, perfil da rede

    de ensino, condies de funcionamento das escolas e situao dos professores do

    meio rural. Na parte 2, h reflexes e elementos para a elaborao de uma poltica

    de educao articulados a um projeto de desenvolvimento sustentvel do campo,

    alm de propostas polticas de atuao e uma agenda mnima visando implementao

    das Diretrizes Operacionais para a Educao Bsica nas Escolas do Campo.

    CALAZANS, Maria Julieta Costa. Para compreender a educao do Estado no meio

    rural: traos de uma trajetria. In: THERRIEN, Jacques; DAMASCENO, Maria Nobre

    (Org.). Educao e escola no campo.Campinas: Papirus, 1993. p. 15-42.

    A educao rural no Brasil analisada desde o sculo 19, tendo como aspectos

    centrais a trajetria da escola pblica nesse meio. O texto retrata a produo deprojetos e programas especiais integrados no meio rural com propostas educacionais

    explcitas. Registra as aes educativas e culturais (programas e projetos), com

    indicaes de suas particularidades e de seus desdobramentos, e foi elaborado com

    base em informaes armazenadas nos relatrios do Estudo Retrospectivo da

    Educao Rural no Brasil: 1975-1983, coordenado pela autora.

    CALDART, Roseli Salete. A escola do campo em movimento. In: ARROYO, Miguel

    Gonzalez; CALDART, Roseli Salete; MOLINA, Mnica Castagna (Org.). Por umaeducao do campo. 3. ed. Petrpolis, RJ: Vozes, 2008. Cap. 3.

    A autora faz uma reflexo do papel da escola como movimento pedaggico

    na formao dos sujeitos de forma coletiva. Atribui ao Movimento dos Trabalhadores

    Em Aberto, Braslia, v. 24, n. 85, p. 165-177, abr. 2011

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    Rurais Sem Terra (MST) um novo jeito de se fazer a pedagogia, com luta por terra,

    trabalho, produo, relaes de alternncia escola/comunidade e a escola como

    possvel agente na formao de conscincia de um movimento de transformao da

    realidade do sujeito do campo.

    CALDART, Roseli Salete. Por uma educao do campo: traos de uma identidade em

    construo. In: ARROYO, Miguel Gonzalez; CALDART, Roseli Salete; MOLINA, Mnica

    Castagna (Org.). Por uma educao do campo.3. ed. Petrpolis, RJ: Vozes, 2008.

    Cap. 5.

    A identidade que vem sendo construda pelos sujeitos que se juntam em

    favor de uma educao do campo caracteriza-se pelos seguintes aspectos: 1)

    luta por polticas pblicas que garantam o direito a uma educao que seja noe do campo; 2) os sujeitos do campo querem aprender a pensar sobre a educao

    que lhes interessa enquanto seres humanos provenientes de diferentes culturas,

    constituintes de uma classe trabalhadora do campo, sujeitos de transformaes

    necessrias, cidados do mundo; 3) a educao do campo se faz vinculada s

    lutas sociais do campo, uma realidade de injustia, desigualdade e opresso que

    exige transformaes urgentes; 4) a educao do campo se faz no dilogo entre

    seus diferentes sujeitos: pequenos agricultores, quilombolas, povos indgenas,

    pescadores, camponeses, assentados, reassentados, ribeirinhos, povos da

    floresta, caipiras, lavradores, roceiros, sem-terra, agregados, caboclos, meeiros,

    boias-frias etc.; 5) a expresso educao do campo identifica, tambm, uma

    reflexo pedaggica que nasce das diversas prticas educativas desenvolvidas

    no campo e/ou pelos sujeitos do campo; 6) nas escolas do campo deve-se estudar

    para se viver no campo; nessas escolas, crianas e jovens devem preparar-se

    para, coletivamente, enfrentarem os problemas que existem no campo; 7)

    valorizao da tarefa especfica das educadoras e educadores, conceituados como

    aqueles cujo trabalho principal o de fazer e pensar a formao humana na

    escola, na famlia, na comunidade ou no movimento social. Palestra apresentadano Seminrio Nacional por uma Educao do Campo, realizado em Braslia, em

    2002.

    CALDART, Roseli Salete. Pedagogia do Movimento Sem Terra.So Paulo: Expresso

    Popular, 2004.

    O livro produto de uma pesquisa de doutorado que busca compreender a

    experincia de formao dos sujeitos do Movimento dos Trabalhadores Rurais SemTerra (MST) e apresenta os sem-terra, seu movimento, sua pedagogia e a sua

    experincia de educao e de escola. O sujeito educador principal o MST, que educa

    os sem-terra enraizando-osem uma coletividade forte e pondo-os em movimento

    na luta pela prpria humanidade. A autora descreve o processo que constitui a

    Em Aberto, Braslia, v. 24, n. 85, p. 165-177, abr. 2011

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    Pedagogia do Movimentoe como a escola acaba sendo ocupada pela intencionalidade

    pedaggica do MST.

    CAMINI, Isabela. Escola itinerante: na fronteira de uma nova escola. So Paulo:

    Expresso Popular, 2009.

    O livro, resultado da tese de doutorado da autora, focaliza as atividades

    pedaggicas desenvolvidas pela Escola Itinerante dos Acampamentos do Movimento

    dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. O objetivo geral foi apreender os principais aspectos/

    elementos que podem ser tomados como evidncia de que a prtica da escola itinerante

    dos acampamentos uma proposta capaz de transformar a escola capitalista e se

    aproximar da escola socialista. Por isso, as categorias atualidade e auto-organizao

    dos educandos, que fundamentam a escola socialista, apresentam um papel central noestudo, que envolveu a coleta de dados e a devida reflexo sobre o contexto histrico

    dos ltimos 12 anos, perodo em que se concretizaram as atividades pedaggicas das

    escolas itinerantes nos Estados do Rio Grande do Sul e do Paran.

    CORRA, Srgio Roberto Moraes. Educao popular do campo e desenvolvimento

    territorial rural na Amaznia: uma leitura a partir da Pedagogia do Movimento dos

    Atingidos por Barragem. 2007. 375 p. Dissertao (Mestrado em Educao)

    Universidade Federal da Paraba (UFPB), Joo Pessoa, 2007.

    O estudo aborda a pedagogia do Movimento dos Atingidos por Barragem

    (MAB) da Regional Norte (MAB-norte), no municpio de Tucuru, no Estado do Par,

    que desenvolve a alfabetizao de pessoas jovens e adultas atingidas pela Usina

    Hidreltrica de Tucuru (UHT). O objetivo foi identificar e analisar as noes de

    educao e desenvolvimento do campo na Amaznia expressas por essa pedagogia.

    Ao situar o entendimento do MAB e da sua prxis poltico-pedaggica no terreno

    dos conflitos e das contradies, identifica uma territorialidade do campo na regioAmaznica no somente dominada pela lgica insustentvel, mas tambm uma

    outra protagonizada pelos movimentos sociais do campo.

    FERNANDES, Bernardo Manano. Diretrizes de uma caminhada. In: ARROYO, Miguel

    Gonzalez; CALDART, Roseli Salete; MOLINA, Mnica Castagna (Org.). Por uma

    educao do campo.3. ed. Petrpolis, RJ: Vozes, 2008. Cap. 4.

    O autor afirma a luta pela terra como resistncia, com forte relao com aeducao bsica do campo, pois um dos seus objetivos superar a dominao e

    construir o conhecimento do sujeito do campo a partir de sua realidade. A aprovao

    das Diretrizes Operacionais para a Educao Bsica nas Escolas do Campo uma

    conquista de fundamental importncia para essa construo.

    Em Aberto, Braslia, v. 24, n. 85, p. 165-177, abr. 2011

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    FERNANDES, Bernardo Manano. Os campos da pesquisa em educao do campo:

    espao e territrio como categorias essenciais. MOLINA, Mnica Castagna (Org.).

    Educao do campo e pesquisa: questes para reflexo. Braslia: Ministrio do

    Desenvolvimento Agrrio, 2006. p. 27-39.

    Comunicao apresentada na mesa redonda O campo da educao do campo,

    durante o I Encontro Nacional de Pesquisa em Educao do Campo, de 19 a 21 de

    setembro de 2005, em Braslia. analisado o conceito de educao do campo e

    aprofundada a discusso a respeito dos conceitos de espao e territrio para se

    compreender a educao e o campo como territrios materiais e imateriais. A pesquisa

    em educao do campo ou em educao rural parte de dois referenciais tericos: o

    paradigma da questo agrria (PQA) e o paradigma do capitalismo agrrio (PCA), que

    se diferenciam quanto perspectiva de superao do capitalismo. Nesse sentido, a

    educao do campo est contida nos princpios do PQA e a educao rural nos do PCA.

    FERNANDES, Bernardo Manano; CERIOLI, Paulo Ricardo; CALDART, Roseli Salete.

    Primeira Conferncia Nacional Por uma Educao Bsica do Campo. In: ARROYO,

    Miguel Gonzalez; CALDART, Roseli Salete; MOLINA, Mnica Castagna (Org.). Por

    uma educao do campo. 3. ed. Petrpolis, RJ: Vozes, 2008. Cap. 1.

    Apresenta a educao no campo, e no do campo, como proposta de denncia

    da realidade de escolas rurais, em um modelo de dominao do urbano, de

    marginalizao do agricultor e de submisso do campo cidade. A seguir, prope o

    compromisso de construo de uma educao bsica do campo, com carter de

    interveno social e valorizao cultural em constante debate poltico.

    FOERSTE, Erineu; SCHUTZ-FOERSTE, Gerda Margit; DUARTE, Laura Maria Schneider

    (Org.). Projeto poltico-pedaggico da educao do campo: 1 Encontro do Pronera

    da Regio Sudeste. Vitria, ES: Programa de Ps-Graduao em Educao daUniversidade Federal do Esprito Santo (UFES), 2008. (Coleo Por uma educao do

    campo, n. 6).

    Contm os textos apresentados no I Encontro do Programa Nacional de

    Educao na Reforma Agrria na Regio Sudeste, realizado em 2004, seguindo a

    mesma sequncia das exposies durante o evento. A primeira parte composta

    pela avaliao das pesquisas: Assentamentos rurais e perspectivas da reforma

    agrria no Brasil e Pesquisa de avaliao externa do Programa Nacional de Educao

    na Reforma Agrria. A segunda parte apresenta dois textos sobre a construo doprojeto poltico-pedaggico da educao do campo. A terceira parte formada por

    trs textos que discutem o campo da educao do campo, tendo como foco a disputa

    de projetos de desenvolvimento para o meio rural. A quarta parte rene a socializao

    e a discusso das experincias apresentadas no Encontro.

    Em Aberto, Braslia, v. 24, n. 85, p. 165-177, abr. 2011

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    KOLLING, Edgar Jorge; NRY [Irmo]; MOLINA, Mnica Castagna. Por uma educao

    bsica do campo. Braslia: Ed. Universidade de Braslia, 1999. (Coleo Por uma

    educao do campo, n. 1).

    Apresenta as principais reflexes desenvolvidas durante a I Conferncia

    Nacional por uma Educao Bsica do Campo, realizada em Luzinia (GO), em 1998,

    que teve como entidades promotoras a Conferncia Nacional dos Bispos do Brasil

    (CNBB), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Fundo das Naes

    Unidas para a Infncia (Unicef), a Organizao das Naes Unidas para a Educao,

    Cincia e Cultura (Unesco) e a Universidade de Braslia (UnB). O primeiro captulo

    traz um breve histrico da preparao da Conferncia; o segundo, o texto-base

    debatido; e o terceiro, as concluses.

    KOLLING, Edgar Jorge; CERIOLI, Paulo Ricardo; CALDART, Roseli Salete (Org.).

    Educao do campo: identidade e polticas pblicas. Braslia, DF: Articulao Nacional

    por uma Educao bsica do Campo, 2002. (Coleo: Por uma educao do campo,

    n. 4). Disponvel em: . Acesso em: 29 ago. 2011.

    A primeira parte constituda pela declarao resultante do Seminrio

    Nacional por uma Educao do Campo, realizado em 2002, na Universidade de

    Braslia, pelo texto Por uma educao do campo: traos de uma identidade em

    construo, de Roseli Caldart, e pelos 13 desafios para os educadores e as

    educadoras do campo, de Mnica Castagna Molina. A segunda parte composta

    por quatro textos importantes na perspectiva da luta por polticas pblicas: as

    Diretrizes operacionais para a educao bsica nas escolas do campo, Parecer CNE/

    CEB n 36/2001 e Resoluo CNE/CEB n 01/2002; as Diretrizes de uma caminhada,

    de Bernardo Manano Fernandes, que comenta os documentos do CNE/CEB; as

    Diretrizes Nacionais para o Funcionamento das Escolas Indgenas, Resoluo CNE/

    CEB n 3/1999; e as Diretrizes Operacionais para a Educao Bsica nas Escolasdo Campo: uma leitura comparativa a partir da temtica da educao escolar

    indgena, de Rosa Helena Dias da Silva. H, ainda, trs anexos: o programa do

    Seminrio Nacional; o texto Educao do Campo e Educao Indgena: duas lutas

    irms, do Conselho Indigenista Missionrio; e o declogo Ser educador do povo

    do campo, de Roseli Salete Caldart, preparado para auxiliar na reflexo dos encontros

    estaduais realizados ao longo de 2002.

    LUNAS, Alessandra da Costa; ROCHA, Eliene Novaes. Histrico e luta do MSTTRpela construo de polticas pblicas de educao do campo. In: LUNAS, Alessandra

    da Costa; ROCHA, Eliene Novaes (Orgs.). Prticas pedaggicas e formao de

    educadores do campo: caderno pedaggico de educao do campo. Braslia, DF:

    Dupligrfica, 2009.

    Em Aberto, Braslia, v. 24, n. 85, p. 165-177, abr. 2011

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    Analisa a contribuio do Movimento Sindical dos Trabalhadores e

    Trabalhadoras Rurais (MSTTR) para a educao popular, no formal, voltada para a

    formao dos seus quadros polticos e lideranas de base. O amadurecimento poltico-

    pedaggico resultante dos processos formativos do MSTTR tem favorecido a definio

    da concepo, princpios, contedos e metodologias que fundamentam a bandeira

    de luta por uma poltica de educao do campo num processo contnuo de formao

    e qualificao de trabalhadores e trabalhadoras rurais, dirigentes, lderes e

    tcnicos(as), tendo em vista a atuao poltica na luta em prol de polticas pblicas.

    MOLINA, Mnica Castagna; JESUS, Snia Meire Santos Azevedo de (Org.).

    Contribuies para a construo de um projeto de educao do campo.Braslia, DF:

    Articulao Nacional por uma Educao do Campo, 2004. (Coleo Por uma educao

    do campo, n. 5).

    Os quatro textos que compem esta coletnea tm por objetivo socializar as

    anlises sobre as referncias tericas que esto sendo construdas por diferentes

    sujeitos, ao analisar o prprio campo e o projeto poltico e pedaggico de educao

    do campo. O primeiro, Elementos para a construo de um projeto poltico e

    pedaggico da educao do campo, de Roseli Caldart, destaca a identidade dessa

    educao a partir de seus sujeitos, da cultura, do trabalho, das lutas sociais e dos

    modos de vida dos camponeses. O segundo, O campo da educao do campo, de

    Mnica Molina e Bernardo Manano Fernandes, busca ampliar a compreenso do

    campo e as mltiplas faces do desenvolvimento capitalista, explicitando a existncia

    de diferentes paradigmas de desenvolvimento em confronto nesse territrio. O

    terceiro, Por um tratamento pblico da educao do campo, de Miguel Arroyo,

    discute o avano da trajetria dos movimentos sociais do campo na conscincia por

    uma educao como direito pblico, que se contrape a uma educao rural, que

    reproduz o uso privado do que pblico e atrela a educao ao mercado. O quarto,

    Questes paradigmticas da construo de um projeto poltico da educao do

    campo, de Snia Meire Santos Azevedo de Jesus, discute a necessidade de seconstruirem novas relaes entre os sujeitos da educao e os seus conhecimentos

    e saberes e, tambm, novos pactos entre Estado, escola e sociedade.

    MOURA, Glria. Aprendizado nas comunidades: currculo invisvel. In: BRAGA, Maria

    Lcia de Santana; SOUSA, Edileuza Penha de; PINTO, Ana Flvia Magalhes (Org.).

    Dimenses da incluso no ensino mdio: mercado de trabalho, religiosidade e

    educao quilombola. Braslia: MEC, Secretaria de Educao Continuada,

    Alfabetizao e Diversidade, 2006. (Coleo Educao para todos, n. 9).

    Analisa a contribuio das festas dos quilombolas contemporneos como fator

    formador e (re)criador de identidade, pois elas propiciam um saber que vai sendo

    transmitido e assimilado. Dada a importncia do sentido didtico da realizao das

    Em Aberto, Braslia, v. 24, n. 85, p. 165-177, abr. 2011

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    festas, a escola deve respeitar as matrizes culturais a partir das quais a identidade

    dos alunos se constri com tudo aquilo que possa resgatar suas origens e sua histria.

    QUEIROZ, Joo Batista Pereira de. Construo das Escolas Famlias Agrcolas no

    Brasil: ensino mdio e educao profissional.2004. Tese (Doutorado em Sociologia)

    Universidade de Braslia (UnB), Braslia, 2004.

    Anlise scio-histrica do surgimento e desenvolvimento das Escolas Famlias

    Agrcolas de Ensino Mdio e Educao Profissional (EFAs de EM e EP), que surgiram

    no Brasil no final da dcada de 1960, no Estado do Esprito Santo, trabalhando com

    a escolaridade em nvel fundamental. Desde o seu surgimento at o ano de 2001,

    as EFAs de EM e EP haviam formado 88 turmas, num total de 1.977 tcnicos em

    agropecuria. Para situar a implantao da Pedagogia da Alternncia no Brasil, pormeio do nascimento dos Centros Familiares de Formao por Alternncia (CEFFAs),

    apresenta-se uma contextualizao da relao entre agricultura familiar, educao

    e o movimento de articulao por uma educao do campo. Conclui que as EFAs de

    EM e EP so escolas vivas em construo, que inauguram no Brasil a formao dos

    jovens agricultores familiares em alternncia, de maneira integrada e unitria,

    contando com uma crescente participao e responsabilidade dos agricultores

    familiares e contribuindo para o fortalecimento e o desenvolvimento da agricultura

    familiar. Assim participam da construo da educao do campo e fazem parte de

    um conjunto maior de movimentos e organizaes que, historicamente, tm lutado

    contra a concentrao da terra, do poder e do saber no Brasil e em prol da reforma

    agrria, da democracia e da cidadania.

    SANTOS, Clarice Aparecida dos (Org.). Educao do campo: campo, polticas pblicas,

    educao. Braslia/DF: Incra, MDA, 2008. (Coleo Por uma educao do campo, n.

    7). Disponvel em: http://www.mda.gov.br/portal/nead/nead-especial/download_orig_

    file?pageflip_id=5813558

    Apresenta as reflexes e os debates ocorridos durante o III Seminrio Nacional

    do Programa Nacional de Educao na Reforma Agrria (Pronera), realizado em 2007.

    No primeiro captulo, Csar Jos de Oliveira e Clarice Aparecida dos Santos discutem a

    relao entre a educao do campo e a perspectiva de construo de um novo modelo

    de desenvolvimento na reforma agrria. Mnica Castagna Molina e Clarice Seixas Duarte,

    autoras do segundo e do terceiro captulos, respectivamente, focalizam a discusso da

    constitucionalidade do direito educao dos povos do campo. No quarto captulo,

    Bernardo Manano Fernandes debate a relao entre a educao do campo e o territriocampons. Roseli Salete Caldart aborda, no quinto captulo, os desafios da trajetria da

    educao do campo. Fernando Michelotti, no sexto, analisa os desafios atuais da educao

    do campo a partir da trade: produo, cidadania e pesquisa. Por fim, so apresentados

    o balano poltico e as linhas de ao do Pronera rumo aos 10 anos.

    Em Aberto, Braslia, v. 24, n. 85, p. 165-177, abr. 2011

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    SILVA, Gisele Rose da. O Movimento dos Atingidos por Barragens e a educao de

    jovens e adultos. In: SEMINRIO DE EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS DA PUC-

    RIO (Seeja), [online], 2010. Disponvel em: . Acesso em: 29 ago. 2011.

    Mostra o trabalho desenvolvido pelo Movimento dos Atingidos por Barragens,

    que possui como uma de suas bandeiras de luta a alfabetizao de seus militantes,

    resgatando as experincias de cada sujeito. A educao de jovens e adultos abordada

    como um desdobramento da educao popular, que pode ser aplicada em vrias

    circunstncias e, no caso deste trabalho, o foco um movimento social.

    SILVA, Lourdes Helena da. As experincias de formao de jovens do campo:alternncia ou alternncias?Viosa: UFV, 2003.

    Livro resultante da tese de doutorado que analisou a problemtica das relaes

    construdas entre o meio escolar e o meio familiar no universo das experincias

    brasileiras de formao em alternncia. Ao apresentarem uma nova dinmica de

    formao, essas experincias tambm propuseram uma transformao substancial

    das relaes entre os atores do meio escolar e do meio familiar. Buscou-se compreender

    a natureza da relao educativa escola-famlia que vem sendo implementada no interior

    das experincias de alternncia em nossa sociedade. Ao final, aponta alguns dos

    desafios existentes na construo de verdadeiras relaes de parceria. O estudo, de

    cunho qualitativo, envolveu um caso representativo de cada uma das vertentes das

    experincias educativas de formao em alternncia no Brasil: as Escolas Famlia

    Agrcola (EFAs) e as Casas Familiares Rurais (CFRs), cujas origens se encontram

    vinculadas ao Movimento das Maisons Familiales Rurales, da Frana.

    SOUZA, Maria Antnia de. Educao do campo: polticas, prticas pedaggicas eproduo cientfica. Educao e Sociedade, Campinas, v. 29, n. 105, p. 1089-1111,

    set./dez. 2008. Disponvel em: .

    Na ltima dcada, alm de estar inserida na agenda poltica das instncias

    municipal, estadual e federal, a educao do campo passou a expressar uma nova

    concepo de campo, campons ou trabalhador rural, fortalecendo o carter de classe

    nas lutas em torno da educao. O texto apresenta os resultados de uma pesquisa

    que teve como foco a anlise do contedo das teses e das dissertaes que discutiram

    educao e/no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

    SOUZA, Maria Antnia de. Educao do Campo: propostas e prticas pedaggicas

    do MST. Petrpolis, RJ: Vozes, 2006.

    Em Aberto, Braslia, v. 24, n. 85, p. 165-177, abr. 2011

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    Apresenta os resultados da pesquisa Educao do campo: propostas e prticas

    pedaggicas empreendidas nos assentamentos organizados no Movimento dos

    Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), desenvolvida de maro de 2002 a fevereiro

    de 2005, com caractersticas qualitativas tanto no processo de coleta e anlise dos

    dados quanto na problematizao da temtica. Os objetivos foram: a identificao

    das caractersticas de uma proposta alternativa de educao do campo; a descrio

    e a anlise dos materiais pedaggicos produzidos pelo MST, desde a dcada de 1980;

    a identificao dos convnios estabelecidos entre o movimento social e as

    universidades, especificamente no que se refere formao de educadores para os

    assentamentos; por fim, a investigao das caractersticas da prtica pedaggica

    nas escolas de assentamentos da reforma agrria, organizados no MST, no Estado

    do Paran. Os resultados obtidos na pesquisa so apresentados em trs eixos

    temticos: movimentos sociais do campo, com nfase no MST, educao do campo

    e prticas pedaggicas.

    VENDRAMINI, Clia Regina. Terra, trabalho e educao: experincias scio-

    educativas em assentamentos do MST. Iju, RS: Ed. Uniju, 2000.

    Analisa a natureza do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST),

    suas principais caractersticas e seu possvel carter de originalidade a partir das

    experincias socioeducativas dos assentados que passaram por um processo de luta

    e de conquista da terra. A pesquisa de doutorado que originou o livro foi desenvolvida

    em trs assentamentos de Santa Catarina e abordou a problemtica terica da

    conscincia de classe e das classes sociais, a fim de compreender a presena e as

    aes dos sem-terra no meio rural brasileiro.