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BIBLIOMETRIA: UMA ANÁLISE DOS ARTIGOS
CIENTÍFICOS PUBLICADOS NA REVISTA VÉRTICES
ENTRE 1997 A 2012
Luiz Fernando Rosa Mendes
(IFF)
Grazielle Almeida de Souza Silva
(IFF)
Letícia Ribeiro Machado
(IFF)
Resumo: Este estudo utiliza os conceitos da bibliometria como ferramenta para análise das publicações científicas
(artigos) desenvolvidas entre os anos de 1997 a 2012 da Revista Vértices pertencente à Essentia Editora do Instituto
Federal Fluminense com intuito de auxiliar na gestão da Revista. O trabalho teve como referência os estudos de
Francisco (2011) sobre a RAE-Eletrônica e a partir deste, o trabalho proposto realiza uma pesquisa exploratória dos
250 artigos científicos nos 14 volumes da Revista Vértices e foram verificadas: áreas do conhecimento de cada artigo;
área do conhecimento com maior índice de publicação; número de artigo presentes em cada edição da revista; estudos
referentes a publicações por autores; e endogenia dos artigos publicados. A pesquisa demonstra que 41% dos artigos
do Periódico pertencem à área de Ciências Humanas e 1/3 dos autores pertencentes a mesma Instituição da Revista e
denota que a endogenia tem um valor aceitável e desta forma, o Periódico apresenta pluralidade de autores/
Instituições e salutar troca de conhecimento com as demais Instituições de pesquisa e extensão.
Palavras-chaves: Bibliometria; Artigos científicos; Revista Vértices
ISSN 1984-9354
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1. INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas verifica-se um crescente desenvolvimento científico e tecnológico em
todas as áreas do conhecimento humano. A massificação dos meios de comunicação como a internet,
faz com que haja maior acesso à produção científica nacional e internacional por parte dos estudantes e
pesquisadores.
Para Macias-Chapula (1998) a Ciência é considerada um processo social. Ele ainda afirma que
os papéis da Ciência são de disseminar o conhecimento, assegurar a preservação de padrões e atribuir
créditos e reconhecimento para aqueles cujos trabalhos têm contribuído para o desenvolvimento das
ideias em diferentes campos.
Dentro deste processo social de difusão do conhecimento, Beuren e Souza (2008) afirmam que
a publicação de artigos em periódicos tem sido a forma mais utilizada para se realizar a comunicação
científica. Corroborando com esta ideia Ferreira (2010) afirma que “o periódico científico é um canal
de comunicação confiável, de periodicidade seriada e de publicação mais dinâmica que a de um livro”.
Neste contexto, a Essentia Editora do Instituto Federal Fluminense (IFF) foi criada em 2006,
com o objetivo principal de estimular a produção e disseminar o conhecimento científico que
expressem o trabalho de ensino, pesquisa e extensão do próprio Instituto, bem como obras de autores
nacionais e estrangeiros que se articulem com a produção acadêmica da Instituição, em todas as suas
áreas no país, por meio da publicação de obras que discutam temas ligados às principais questões
nacionais, com enfoque especial nas regiões Norte, Noroeste e Baixada litorânea do estado do Rio de
Janeiro por meio das revistas Vértices e Boletim do Observatório Ambiental Alberto Lamego.
A revista Vértices, foco deste estudo, constitui-se numa publicação periódica técnico-científica
quadrimestral interdisciplinar e com acesso livre, que tem por finalidade publicar trabalhos nas
diversas áreas do conhecimento humano, tais como Educação, Letras, Linguística, Engenharias,
Filosofia, Teologia, Psicologia, Sociologia, Serviço Social, Administração, Ciências Contábeis,
Turismo e Ciências Agrárias.
Atualmente a Vértices está indexada no Sistema Regional de Información en Línea para
Revistas Científicas de América Latina, el Caribe, Espanã y Portugal (LATINDEX), Directory Open
Access Journals (DOAJ) e o Instituto Brasileiro em Ciência e Tecnologia/ Sistema de Editoração
Eletrônico de Revistas (IBICT/ SEER) (Essentia Editora, 2014).
A interdisciplinaridade da revista traz consigo algumas questões referentes à gestão estratégica
do ponto de vista de sua qualificação junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES), pois para Pinheiro, Brascher e Burnier (2005) a existência, sobrevivência e
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consolidação de um periódico dependem da produção científica no campo do conhecimento que
abrange.
2. Objetivo
Esse trabalho visa desenvolver um estudo bibliométrico dos artigos científicos da revista
Vértice entre os anos 1997 a 2012 com intuito de auxiliar a Essentia Editora na gestão estratégica e na
tomada de decisão quanto ao quanto ao perfil do periódico.
3. Revisão de Literatura
3.1 Bibliometria
O termo bibliometria foi utilizado pela primeira vez por Paul Otlet em sua obra intitulada
Traitéde documentatión, de 1934. E em 1969, Alan Pritchard popularizou o uso da palavra
“bibliometria”, quando sugeriu que esta deveria substituir o termo “bibliografia estatística”, que vinha
sendo utilizado desde 1922 por Edward Wyndham Hulme em uma conferência na Universidade de
Cambridge, reportando-se a um estudo pioneiro de Cole e Eales de 1917 (VANTI, 2002).
Machado (2007) demonstra que Paul Otlet conceituou a Bibliometria como sendo “o meio de
quantificar a ciência, utilizando-se da aplicação estatística nas fontes de informações”. Já para
Guedes e Borschiver (2005) a Bibliometria é um conjunto de leis e princípios empíricos que
contribuem para estabelecer os fundamentos teóricos da Ciência da Informação.
Fonseca (1986) divide o estudo da bibliometria em macrobibliométricos e microbibliométricos,
sendo que, os macrobibliométricos analisam estatisticamente a produção bibliográfica de uma nação e
os microbibliométricos restringe-se a análise estatística de uma determinada área do conhecimento
científico e humano.
De acordo com os conceitos apresentados pelos autores pode-se verificar que a Bibliometria
consiste em uma área da ciência da informação destinada a aplicar leis e métodos estatísticos para
quantificar e também qualificar as ciências a partir de fontes de informação. Por este aspecto, verifica-
se que a Bibliometria pode ser aplicada ao estudo das publicações científicas de um periódico e
contribuir para quantificação e qualificação do mesmo.
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3.2 Áreas do Conhecimento Científico
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) classifica o
conhecimento científico em Áreas. Estas Áreas do Conhecimento têm o objetivo de sintetizar as
informações concernentes a projetos de pesquisa e recursos humanos aos órgãos gestores da área de
ciência e tecnologia, proporcionando-lhes agilidade e praticidade.
Segundo a CAPES (2014a), as Áreas do Conhecimento estão organizadas em quatro níveis de
hierarquização, distribuídas em:
1º nível – Grandes Áreas: aglomeração de diversas áreas do conhecimento, em virtude da
afinidade de seus objetos, métodos cognitivos e recursos instrumentais refletindo contextos
sociopolíticos específicos;
2º nível – Área do Conhecimento (Área Básica): conjunto de conhecimentos inter-
relacionados, coletivamente construído, reunido segundo a natureza do objeto de investigação com
finalidades de ensino, pesquisa e aplicações práticas;
3º nível - Subárea: segmentação da área do conhecimento (ou área básica) estabelecida em
função do objeto de estudo e de procedimentos metodológicos reconhecidos e amplamente
utilizados;
4º nível - Especialidade: caracterização temática da atividade de pesquisa e ensino. Uma
mesma especialidade pode ser enquadrada em diferentes grandes áreas, áreas básicas e subáreas.
Sendo, agrupadas em nove Grandes Áreas nas quais se distribuem as 48 áreas de avaliação da
mesma. Estas áreas de avaliação, por sua vez, agrupam áreas básicas (ou áreas do conhecimento),
subdivididas em subáreas e especialidades (CAPES, 2014a).
A Tabela 1 demonstra um trecho referente às Áreas do Conhecimento hierarquizadas pela
CAPES. A título de exemplificação, tomou-se um trecho da Tabela da CAPES referente ao objeto de
estudo deste trabalho, ou seja, as Ciências Sociais Aplicadas (Grande Área), Ciência da Informação
(Área Básica), Biblioteconomia (Subárea) e por fim, a localização dos Métodos Quantitativos/
Bibliometria (Especialidade) dentro da tabela de Área de Conhecimento da CAPES.
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Tabela 1 – Trecho da tabela de hierarquização das Áreas do Conhecimento segundo a CAPES
6.00.00.00-7 Ciências Sociais Aplicadas
6.07.00.00-9 Ciência da Informação
6.07.01.00-5 Teoria da Informação
6.07.01.01-3 Teoria Geral da Informação
6.07.01.02-1 Processos de Comunicação
6.07.01.03-0 Representação da Informação
6.07.02.00-1 Biblioteconomia
6.07.02.01-0 Teoria da Classificação
6.07.02.02-8 Métodos Quantitativos. Bibliometria
6.07.02.03-6 Técnicas de Recuperação de Informação
6.07.02.04-4 Processos de Disseminação da Informação
Fonte: CAPES (2014a).
3.3 Classificação de periódicos: Qualis CAPES
As revistas científicas surgem a partir das cartas científicas do século XVII. Estas cartas eram
enviadas para as sociedades científicas, divulgando-as para a comunidade, como foi o caso da Royal
Society of London. A partir de 1850 as revistas científicas começam a assumir a funcionalidade que
elas têm atualmente (MUSTAFA e TERRA, 2000).
De acordo com a CAPES (2014b) periódico consiste em: “...uma publicação seriada, arbitrada
e dirigida prioritariamente à comunidade acadêmico-científica”.
A CAPES classifica os periódicos de acordo com um conjunto de procedimentos com o
objetivo de estratificar a qualidade da produção intelectual dos programas de pós-graduação brasileiro.
Este processo foi criado para atender as necessidades específicas do sistema de avaliação e está
baseado nas informações fornecidas por meio um aplicativo de coleta de dados conhecido como
WebQualis (CAPES, 2014c).
No WebQualis é disponibilizada uma lista com a classificação dos veículos utilizados pelos
programas de pós-graduação para a divulgação da sua produção. Esta classificação é feita através da
análise da qualidade dos artigos e produções textuais em geral nos veículos de divulgação, os quais
podem ser periódicos científicos e anais de eventos (CAPES, 2014).
Assim, esses veículos de divulgação científica são enquadrados em estratos indicativos da
qualidade – A1 (nível elevado); A2; B1; B2; B3; B4; B5; C (com peso zero). Vale ressaltar que uma
mesma revista pode possuir mais de uma categoria, já que ela pode ser classificada em duas ou mais
áreas distintas, recebendo diferentes avaliações, por isso, essa classificação não é uma forma absoluta
de qualificar os journals (CAPES 2014).
Como exemplificação pode-se verificar a própria revista Vértices, alvo deste estudo. Ela
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contém o International Standard Serial Number (ISSN) 1809-2667 na versão eletrônica e ISSN 1415-
2843 na versão impressa e estratificada pela Qualis CAPES conforme a Tabela 2.
Tabela 2 – Estratificação de qualidade da Revista Vértices versão impressa e eletrônica segundo o
Qualis CAPES.
ISSN Estrato Área de Avaliação
1415-2843
B3 Planejamento Urbano e
Regional / Demografia
B4
Interdisciplinar
Letras / Linguística
Educação
B5
Arquitetura e Urbanismo
Engenharias I
Engenharias III
Serviço Social
Sociologia
Biodiversidade
Ciências Agrárias I
Farmácia
Psicologia
C
Ciências de Alimentos
Filosofia/Teologia:
subcomissão Filosofia
1809-2667
B4 Interdisciplinar
B5 Engenharias I
Biodiversidade
Fonte: Qualis CAPES (2014).
4. Metodologia
Este estudo teve como origem a necessidade da Essentia Editora em aprimorar a gestão da
Revista Vértices. A partir desta demanda o trabalho proposto teve como referência os estudos de
Francisco (2011).
Ele realizou um estudo exploratório do acervo completo da RAE-eletrônica que constava de
240 artigos científicos em 18 edições publicadas entre os anos de 2002 a 2010, por meio de técnicas de
bibliometria, análise de redes sociais e análise geográfica.
Adotando como referência o estudo desenvolvido na RAE-eletrônica, a metodologia proposta
para este trabalho constou, no primeiro momento, de uma pesquisa exploratória dos 250 artigos
científicos nos 14 volumes da Revista Vértices publicados a partir desde 1997, ano de início da revista,
até 2012.
A pesquisa exploratória baseou-se nos conceitos bibliométricos para a sua execução e desta
maneira, foram verificadas:
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As áreas do Conhecimento de cada artigo – separados de acordo com a tabela de áreas do
conhecimento da CAPES, utilizando da leitura do título, resumo e palavras-chave para realizar
a identificação por área.
A área do conhecimento com maior índice de publicação de artigos científicos;
O número de artigo presentes em cada edição da revista;
Estudos referentes a publicações por autores – maior número de publicação, evolução da
publicação e área de publicação;
Endogenia1 dos artigos científicos publicados na revista.
Após o estudo exploratório, o trabalho realizou observações de cunho quantitativo e qualitativo
dos artigos pesquisados e da Revista Vértices a fim de auxiliar a Essentia Editora.
A Figura 1 representa o processo realizado para a exploração dos 250 artigos científicos nos 14
volumes publicados.
Figura 1 – Processo de exploração dos 250 artigos científicos nos 14 volumes publicados na Revista
Vértices entre os anos de 1997 a 2012. Fonte: elaboração própria.
1 Endogenia (Endôgeno) – segundo o Dicionário da Língua portuguesa Aurélio: “adj. Originado no interior do organismo,
ou por fatores internos”. Ou seja, para o caso de publicação de artigos na Revista Vértices, quantos artigos tem origem de professores, pesquisadores e alunos do IF Fluminense.
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5. Resultados e Discussões
Após a verificação dos 250 artigos científicos compostos nos 14 volumes da Revista Vértices
entre os anos de 1997 a 2012 conforme a metodologia proposta, foram analisados alguns aspectos
quantitativos e qualitativos.
A Tabela 2 representada a divisão dos 250 artigos publicados pela Revista Vértices por área de
conhecimento segundo a CAPES (2014). Nota-se que a área de Ciências Humanas obteve o maior
número de artigos publicados com 102 artigos e logo em seguida, as Ciências Sociais Aplicadas com
41 artigos. A área com menor predominância foi o das Ciências Agrárias com apenas uma publicação.
Tabela 2 – Número de artigos por Área do Conhecimento
Fonte: elaborado pelos autores a partir de dados da Revista Vértices
Quanto ao número de artigos publicados por edição, a Tabela 3 demonstra que entre os anos de
1997 a 2012 foram publicados 250 em 14 volumes. Com isso, a Revista teve uma média de 17,86
artigos por cada Volume, sendo que no volume 14 – número 1 Especial, foi publicado a maior
quantidade de artigos de toda a história do Periódico.
Nota-se também pela Tabela 3 que o volume um, número dois de 1998 e o volume dois, edição
Especial de 1999 têm o menor número de artigos por número de edição.
Áreas de Conhecimento Número de Artigos
Ciências Humanas 102
Ciências Sociais Aplicadas 41
Ciências Exatas e da Terra 31
Engenharias 25
Linguísticas, Letras e Artes 20
Multidisciplinar 17
Ciências Biológicas 9
Ciências da Saúde 4
Ciências Agrárias 1
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Tabela 3 – Número de artigos por edição da Revista Vértices entre 1997 a 2012.
Edição Número de Artigos
Volume Número Ano
1 1 1997 6
1 2 1998 5
2 1 1999 7
2 Edição especial 1999 5
3 1 2001 6
4 1 2002 8
5 1 2003 6
5 2 2003 9
5 3 2003 9
6 1 2004 7
6 2 2004 7
6 3 2004 6
7 1 2005 13
8 1 2006 10
9 1 (Edição comemorativa – 10 anos) 2007 11
10 1 2008 13
11 1 2009 10
12 1 2010 8
12 2 2010 9
12 3 2010 13
13 1 2011 10
13 2 2011 11
13 3 2011 13
14 1 2012 10
14 2 2012 12
14 1 (Edição especial) 2012 17
14 3 2012 9
Total 250
Média por Volume 17,86
Fonte: elaborado pelos autores a partir de dados da Revista Vértices
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Estes dois extremos podem ser analisados e entendidos a partir das seguintes situações:
Menor número de publicação entre os anos de 1997 a 2004:
Início do funcionamento da Revista (1997) e consequentemente, pouco
reconhecimento ou falta de interesse dos pesquisadores em publicar seus
trabalhos na revista;
Período de transformação da Escola Técnica Federal de Campos em
Centro Federal de Educação Tecnológica de Campos (1997 a 1999);
Menor número de professor com titulações de pós-graduação no quadro
efetivo da Instituição;
Menor número de cursos de pós-graduação nas regiões Norte, Noroeste
fluminense e lagos.
Maior número de publicações entre os anos de 2005 a 2012:
Maior reconhecimento da Revista Vértices como agente difusor do
conhecimento científico na região e nacional;
Período de transformação do Centro Federal de Educação Tecnológica de
Campos em Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
Fluminense (1997 a 2012);
Maior número de professor com titulação de Mestrado e Doutorado no
quadro efetivo da Instituição;
Maior número de cursos de pós-graduação nas regiões Norte, Noroeste
Fluminense e lagos.
Outro ponto analisado foi a média de autores por ano, em torno de dois por artigo (autor e
coautor), um conforme a Tabela 4.
Tabela 4 – Média de autores por ano
Ano Média de autores
1997 1,50
1998 1,20
1999 1,39
2001 1,33
2002 1,50
2003 1,44
2004 1,76
2005 1,50
2006 1,89
2007 2,20
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2008 2,08
2009 2,30
2010 1,97
2011 2,15
2012 2,26
Média Total 1,76
Fonte: elaborado pelos autores a partir de dados da Revista Vértices
Relacionando o número de autores por Instituição de origem (filiação apresentada nos artigos),
tem-se um total de 472 autores, sendo que o IF Fluminense acumulou 152 autores. Esta quantidade
demonstra que 32,2% dos autores são pertencentes a mesma Instituição da Revista. Logo em seguida,
com 96 autores se apresenta a UENF e com 65 autores a UFF (Tabela 5).
Além disso, na Tabela 5 observa-se a presença de autores de outras Instituições de ensino e
pesquisas privadas e públicas de vários estados do território brasileiro e também de Instituições da
América Central e Europa.
Tabela 5 – Número de autores por instituições e suas respectivas regiões.
Nome da Instituição Estado País Número de
autores
IFF RJ Brasil 152
UENF RJ Brasil 96
UFF RJ Brasil 65
FMC RJ Brasil 15
UCAM RJ Brasil 13
UFSJ MG Brasil 10
UFRJ RJ Brasil 9
UFV MG Brasil 8
UNIFLU/ FAFIC RJ Brasil 5
UNIT SE Brasil 5
IFCE CE Brasil 4
IME RJ Brasil 4
PUC RJ Brasil 4
UNICAMP SP Brasil 4
USP SP Brasil 4
UTFPR PR Brasil 4
UFPI PI Brasil 4
Instituto Tecnológico Autônomo do México - México 3
FIOCRUZ RJ Brasil 3
ISECENSA RJ Brasil 3
UFES ES Brasil 3
UFMG MG Brasil 3
UFRRJ RJ Brasil 3
UFS SE Brasil 3
Universidade Pontíficia de Salamanca - Espanha 3
Universidade Castelo Branco RJ Brasil 3
FAETEC RJ Brasil 2
FASETE BA Brasil 2
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IFES ES Brasil 2
DELACUFSJ MG Brasil 2
UFPE PE Brasil 2
UFRS RS Brasil 2
Universidade Estácio de Sá RJ Brasil 2
Universidade Veiga de Almeida RJ Brasil 2
UNIVERSO RJ Brasil 2
Universidade Pedagógica Nacional -- Colômbia 1
CBPF RJ Brasil 1
CETEM RJ Brasil 1
FENORTE RJ Brasil 1
Ibmec RJ Brasil 1
IFMG MG Brasil 1
IFMT MT Brasil 1
IFSC SC Brasil 1
IFSP SP Brasil 1
Instituto de Estudos do Mar Almirante
Paulo Moreira RJ Brasil 1
IPPUR RJ Brasil 1
ISEPAM RJ Brasil 1
Liceu de Humanidade de Campos RJ Brasil 1
PUC SP Brasil 1
UEG GO Brasil 1
UFSCar SP Brasil 1
UNB DF Brasil 1
Unesp SP Brasil 1
UNIFESO RJ Brasil 1
UNIFOA RJ Brasil 1
Universidade Santa Úrsula RJ Brasil 1
Fonte: elaborado pelos autores a partir de dados da Revista Vértices
Nota-se que as instituições com maior número de artigos publicados no período de 1997 a 2012
são da região Norte Fluminense.
Neste estudo verifica-se também que aproximadamente 88% dos artigos pesquisados são
compostos de um a três autores, conforme Tabela 6.
Tabela 6 – Número de autores por artigos
Número de autores Número de Artigos
1 121
2 72
3 28
4 11
5 11
6 ou mais 7
Total 250
Fonte: elaborado pelos autores a partir de dados da Revista Vértices
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6. Considerações finais
As análises mostraram que a Revista Vértices vem cumprindo com o seu papel de agente
promotora do conhecimento no país e em especial nas regiões Norte, Noroeste e Lagos do Estado do
Rio de Janeiro, com o elevado número de publicações científicas que discutem os problemas destas
regiões.
O Periódico pertencente ao Instituto Federal Fluminense, demonstra que aproximadamente
41% dos artigos pertencem à área de Ciências Humanas, um fato interessante que merece um
aprofundamento posterior e mais detalhado já que a Instituição em sua essência é voltada para o ensino
e pesquisa em ciência e tecnologia.
Este fato pode ser visto pelo lado positivo porque o IF Fluminense não está restrito ao seu pilar
técnico-científico e consegue abranger trabalhos também das áreas humanas. Porém, deve ser feito um
questionamento do lado negativo quanto a variedade de cursos de graduação e pós-graduação nas
Ciências Exatas e da Terra e Engenharias nesta Instituição e nas demais instaladas na região.
O número de autores pertencentes a mesma Instituição da Revista corresponde a 1/3 do total de
autores. Isso demonstra que a endogenia da Revista está em um valor aceitável, e desta forma a
Vértices apresenta pluralidade de autores/ Instituições e salutar troca de conhecimento com as demais
Instituições de pesquisa e extensão.
De acordo com o verificado, a Essentia Editora de forma geral deve continuar neste ritmo
evolutivo da quantidade e qualidade dos trabalhos publicados na Revista Vértice e deve buscar a
indexação da mesma em outras bases como Scielo e SCOPUS para pleitear melhores estratificações
junto a Qualis CAPES.
Do ponto de vista das áreas de conhecimento, a Revista Vértices poderia intensificar as
publicações nas áreas de Ciências Exatas e da Terra e Engenharias por meio de convites aos
pesquisadores e divulgação em outras Instituições de ensino e pesquisa e desta forma, aumentar a
quantidade e qualidade das publicações nestas áreas e debater temas relacionados a estas áreas tão
essenciais para nossa região Norte, Noroeste e Lagos, tendo em vista as perspectivas de crescimento
destas regiões.
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7. Referência bibliográfica
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<http://www.capes.gov.br/avaliacao/instrumentos-de-apoio/classificacao-da-producao-intelectual>. Acesso em: 11 de abril de 2014.
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