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    FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA

    METODOLOGIA DO ENSINO DA BIOLOGIA I

    Silvana Martins Dourado

    FORTALEZAEDITORA FGF

    2007

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    Copyright 2007 by Editora FGFEsta obra ou parte dela no pode ser reproduzida por qualquer meio sem a

    autorizao do Editor.

    FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZADiretora Geral

    Renata Peluso de Oliveira

    Diretora do Ncleo de Educao a Distncia (NEAD)Marina Abifadel Barrozo

    Direo AcadmicaPaulo Roberto Melo de Castro Nogueira

    Coordenao Pedaggica doNcleo de Educao a Distncia

    Joo Jos Saraiva da FonsecaSnia Maria Henrique Pereira da Fonseca

    Editora ResponsvelRenata Peluso de Oliveira

    Coordenao de Divulgao AcadmicaMaria das Graas Freire de Oliveira

    CapaClio Gomes Vieira

    EDITORA GRANDE FORTALEZA - FGFAv. Porto Velho, 401 - Joo XXIII-Fortaleza/CE - CEP. 60510040

    Tel.(85)3299-990/Fax.(85)3496-4384 [email protected]

    Catalogao de Publicao: Biblioteca CentralProf.Antonieta Cals de Oliveira FGF

    METODOLOGIA DO ENSINO DA BIOLOGIA IDourado, Silvana Martins.

    Fortaleza: Editora Grande Fortaleza FGF, 200774p; 21 cm.

    Palavras-chave: 1. Metodologia2. Biologia 3. PCNs 4.Sala de Aula

    CDD.

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    Sumrio

    METODOLOGIA DO ENSINO DA BIOLOGIA IObjetivo do Mdulo........................................................................... 7

    UNIDADE 1Objetivos da Unidade ....................................................................... 8Introduo ........................................................................................ 9

    UNIDADE I TEMA 1 O Ensino da Biologia na formao do educando

    Objetivo ............................................................................................ 10

    1.1 Introduo................................................................................... 111.2 Das videntes da Idade Mdia aos professores visionrios.......... 111.3 Aprendizagem significativa ......................................................... 131.4 Interferncia Naturalista.............................................................. 141.5 Resumo...................................................................................... 171.6 Auto-avaliao............................................................................ 171.7 Bibliografia.................................................................................. 17

    UNIDADE I TEMA 2 Aulas expositivas, Trabalhos em grupoObjetivo ........................................................................................... 19

    2.1 Aulas expositivas Conceitos .................................................... 202.2 Trabalhos em Grupo................................................................... 242.3 Resumo...................................................................................... 262.4 Auto-avaliao............................................................................ 262.5 Bibliografia.................................................................................. 26

    UNIDADE I TEMA 3 Leitura de textos

    Objetivo ............................................................................................ 28

    3.1Introduo.................................................................................... 293.2 O modo do texto na sala de aula ................................................ 293.3 Descoberta de Materiais............................................................. 293.4 Sugesto de trabalho com texto em sala de aula........................ 303.5 Conduo da leitura do texto ..................................................... 313.6 Resumo...................................................................................... 323.7 Auto-avaliao............................................................................ 323.8 Bibliografia.................................................................................. 32

    UNIDADE I TEMA 4 O uso de recursos diferenciados no Ensino da BiologiaObjetivo ............................................................................................ 34

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    4.1 O ensino da biologia nos Parmetros Curriculares Nacionais..... 354.2 Resumo...................................................................................... 374.3 Auto-avaliao............................................................................ 374.4 Bibliografia.................................................................................. 37

    UNIDADE I TEMA 5 Comentrios Os PCNs de BiologiaObjetivo ............................................................................................ 40

    5.1 Introduo................................................................................... 415.2 Os PCNs .................................................................................... 415.3 As competncias em Biologia .................................................... 425.4 As competncias e Habilidades a serem desenvolvidas em Biologia......................................................................................................... 435.5 Outras percepes ..................................................................... 445.6 Resumo...................................................................................... 45

    5.6 Auto-avaliao............................................................................ 455.7 Bibliografia.................................................................................. 45

    UNIDADE II Ensino da Biologia e o CotidianoObjetivos da unidade........................................................................ 46

    UNIDADE II TEMA 1 Associao de Tpicos de EnsinoObjetivo ............................................................................................ 48

    1.1 O sentido do aprendizado de Biologia ........................................ 49

    1.2 Interdisciplinaridade de Conhecimentos...................................... 511.3 Resumo...................................................................................... 521.4 Auto-avaliao............................................................................ 521.5 Bibliografia.................................................................................. 52

    UNIDADE II TEMA 2 Despertar o interesse dos alunos pela observao docotidiano

    Objetivo ............................................................................................ 54

    2.1 como melhorar a observao dos alunos.................................... 552.2 Resumo...................................................................................... 58

    2.3 Auto-avaliao............................................................................ 582.4 Bibliografia.................................................................................. 58

    UNIDADE II TEMA 3 Estratgias e Prticas para o ensino da BiologiaObjetivos .......................................................................................... 60

    3.1 Importncia do conceito de objetivos.......................................... 613.2 Estratgias.................................................................................. 613.3 Tcnicas ..................................................................................... 623.4Resumo....................................................................................... 633.5 Auto-avaliao............................................................................ 633.6 Bibliografia.................................................................................. 63

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    UNIDADE II TEMA 4 Tcnicas e seqncias institucionaisObjetivos .......................................................................................... 64

    4.1 Tcnicas de redescoberta........................................................... 654.2 Tcnicas e problemas................................................................. 664.3 Tcnicas de projetos................................................................... 664.4 Instrues................................................................................... 674.5 resultados instrucionais .............................................................. 674.6 Sumrio ...................................................................................... 684.7 Auto-avaliao............................................................................ 684.8 Bibliografia.................................................................................. 68

    UNIDADE II TEMA 5 Preparo de exerccios e execuo de avaliaesObjetivos .......................................................................................... 69

    5.1 Os exerccios como instrumento de medida ............................... 705.2Importncia da avaliao no processo de aprendizagem............. 705.3 Provas objetivas ......................................................................... 725.4Questes dissertativas................................................................. 725.5 Sumrio ...................................................................................... 735.6 Auto-avaliao............................................................................ 745.7 Bibliografia.................................................................................. 75

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    Objetivo Geral

    Oferecer ao aluno condies de reconhecer e adequar-se ao contexto deensino no qual desenvolver sua prtica pedaggica.

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    UNIDADE I

    MTODOS E TCNICAS DE ENSINO

    Objetivo

    Expor diferentes formas de praticar o ensino da biologia, buscando formarprofessores participativos, criativos e fundamentalmente reflexivos.

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    Introduo

    Faa como os passarinhos. Comece o dia cantando. A msica o alimento parao esprito. Cante qualquer coisa, cante desafinado, mas cante! Cantar dilata ospulmes e abre a alma para tudo de bom que a vida tem por oferecer. Se insistirem no cantar, ao menos oua muita msica e deixe-se absorver por ela. Ria davida. Ria dos problemas. Ria de voc mesmo. Ria das coisas boas que lheacontecem. Ria das besteiras que fez. Ria abertamente para que todos possamse contagiar com a sua alegria. No se deixe abater pelos problemas. Se vocse convencer de que est bem, vai acabar acreditando e se sentindo bem. Obom humor, assim como o mau humor, contagiante. Qual deles voc escolhe?Leia coisas positivas. Leia bons livros, poesias, pois a poesia a arte de aceitara alma. Pratique algum esporte. O peso da cabea muito grande e tem que ser

    contrabalanado com alguma coisa. Voc certamente vai se sentir bem disposta,mais animada e mais jovem. Encare suas obrigaes com satisfao. maravilhoso quando se gosta do que faz. Ponha amor em tudo o que estiver aoseu alcance. Quando for fazer alguma coisa, mergulhe de cabea. No vivaemoes mornas, prprias de pessoas mornas. No deixe as oportunidades quea vida oferece. Elas no voltam. Nenhuma barreira intransponvel se vocestiver disposto a lutar. No deixe que os problemas acumulem. Resolva-oslogo! Fale. Converse. Escute. Brigue. O que mata o silncio e o rancor.Exteriorize tudo, deixe que as pessoas saibam que voc as estima, as ama,precisa delas, principalmente em famlia. Amar no vergonha.

    (Mensagem extrada de um texto escrito por Benjamin Franklin)

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    UNIDADE I

    TEMA 1O ENSINO DA BIOLOGIA NA FORMAO DO EDUCANDO

    Objetivo Especfico

    Estudar a importncia do ensino da biologia para o educando, enfocando opapel do professor de biologia e a importncia da aprendizagem significativae a teoria das Inteligncias Mltiplas, em especial a Inteligncia Naturalista.

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    1.1 Introduo

    Ser professor nos dias atuais sem dvida um desafio. Um desafio Maravilhoso!E ser que existe uma forma ideal de motivar os alunos para as aulas, emespecial para as de biologia? Temos vrias respostas para essa pergunta; namaioria delas, podemos verificar as duas mais comuns: Primeiro, a importnciada relao professor aluno e, em seguida, do ensino contextualizado com aspeculiaridades dos alunos.

    Essas duas aes educativas acrescidas de temas como educao ambiental emeio ambiente estimulam a capacidade dos alunos de pensar e agir de formaresponsvel, estimulando sua inteligncia ecolgica, mantendo um dilogoconstante com a comunidade. o ensino para a vida! Vamos iniciar os estudos!

    1.2 Das Videntes da Idade Mdia aos Professores Visionrios

    Na hora de definir a melhor estratgia para um plano de aula de Biologia surgeminmeras perguntas cujas respostas no se encontram em bolas de cristal.

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    de conhecimento popular que toda vidente que se preza tem a sua bola decristal. Desde a antiguidade, o homem procura enxergar o futuro atravs deuma bola feita do mais puro cristal. A bola em si nada mostra, porm a vidente(pessoa que manipula a bola) concentrada relata que v reflexos do que vir aacontecer.

    As mais conceituadas videntes so bastante criteriosas com a escolha de suasbolas. Para elas, as bolas devem ser de cristal autntico, com uma matriz azulou prpura com cerca de 7 cm de dimetro, no mnimo. Os cristais maioresampliam o tamanho da imagem e so mais apropriados, por fatigarem menos aviso.

    Videntes, sem suas bolas de cristal, nada fazem. A bola sua principalferramenta de trabalho e as imagens originadas nelas so interpretadasvulneravelmente de acordo com cada pessoa que a ela solicite ajuda. No bem assim. atravs da relao que ela estabelece com a pessoa (vamoschamar de cliente) que a vidente pode julgar as imagens surgidas na bola.

    A estratgia da vidente realizar uma interpretao individualizada, de acordocom o contexto de vida do cliente. E quando a estratgia d certo, ou melhor,quando ela d uma informao do que aconteceu, o cliente guarda na memriaa informao e ativar imediatamente uma emoo positiva do trabalho davidente. O cliente fica motivado a buscar sempre as observaes da vidente.

    Qual a relao que podemos fazer das videntes da Idade Mdia com suas bolasde cristale os professores? Que interpretaes podem os professores fazer dasvises que surgem da bola de cristal?

    Bons professores tambm agem como as videntes, procuram atravs da relaocom seus clientes (alunos) a melhor forma de tornar suas aulas atraentes, queseja uma prtica democrtica e participativa e que seu ambiente favorea aaprendizagem. O professor tem seus sentidos bastante aguados parainterpretar os desejos e as necessidades dos alunos.

    O ensino tradicional, influenciado pela cincia clssica, nos levou a um processode alienao de viso fragmentada e desvinculada. Por seqncia, nossa culturatornou-se dividida, os valores, cada vez mais individualizados, e os estilos devida mais patolgicos. Pessoas com excelente raciocnio tcnico se tornaramvazias de corao e profundamente infelizes.

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    Com a experincia das videntes podemos comparar a teoria humanista propostapor Rogers; nela, o processo educativo depende do clima emocional emque se

    desenvolve; um clima de cordialidade, de apoio e aceitao para que aeducao se processe centrada no aluno. Para Rogers, atravs da empatia(entender como o mundo do aluno se articula) que se promovem as profundasmudanas na pessoa.

    A vidente tambm, sabiamente, promove um clima amistoso. O seu ambiente detrabalho criteriosamente decorado para manter seu cliente estimulado a contarsuas inquietaes e sentir-se aceito e acolhido. A vidente o escutaatenciosamente, avalia os comportamentos do seu cliente e o aceita.

    E nossa sala de aula, ela est receptiva aprendizagem? E ns, professores,estamos estimulando nossos alunos a valorizarem o seu ambiente deaprendizagem?

    A bola de cristal do professor reflete a necessidade urgente de elaborar umplano de ao possvel de construir uma proposta eficaz, que atenda aosanseios da sociedade e s necessidades de aprendizagem dos alunos.

    1.3 Aprendizagem Significativa

    O processo de aprendizagem prprio dos seres humanos e envolve todo onosso corpo e sentidos. Aprender significa assimilar, conhecer, construir,edificar... Aprender um ato mgico em que o individuo de forma ativa assimilaas experincias socialmente conhecidas e necessrias para a suasobrevivncia.

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    O indivduo para aprender precisa de interao contnua, ativa entre os sereshumanos, trocando experincias e significados de vida. No ato de aprender,exercitamos o verbo TROCAR, pois trocamos intensamente com os outrosnossos valores, experincias, julgamentos, etc.

    Assim, no podemos conceber o ato de aprender desvinculado da nossasociedade, pois nosso objetivo melhorar nossas relaes, desenvolver nossaautonomia, e crescer como cidado.

    O nosso contexto scio-cultural tem forte influncia na determinao de nossaaprendizagem. O contexto scio histrico - cultural nos exige determinadostipos de conhecimentos, absolutamente urgentes para serem aplicados.

    O sentido da nossa existncia est na nossa capacidade de compartilhar,compreender e de sermos compreendidos pelo outro. viver em sociedade.

    1.4 Inteligncia Naturalista

    O psiclogo Howard Gardner apresentousua Teoria de Inteligncias Mltiplas,em 1983, no seu livro Estruturas daMente. As concepes de Gardner sobre

    a inteligncia humana se opem sdefinies tradicionais que acreditavamna perspectiva da inteligncia, enquantocapacidade geral, nica, quantificvel eunitria.

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    Gardner define inteligncia de diferentes formas:

    A capacidade para resolver problemas encontrados na vida real;

    A capacidade para gerar novos problemas a serem resolvidos; A capacidade para fazer algo ou oferecer um servio que valorizado em

    sua prpria cultura.

    A teoria das Inteligncias Mltiplas acima citada nos faz refletir sobre a restriodos programas educacionais com o predomnio das inteligncias lingsticas ematemticas, minimizando as outras reas de conhecimento. A escola podetrabalhar com as diversas inteligncias para que o aluno possa construirsignificados e desenvolver seu raciocnio para a aplicabilidade do conhecimento.

    Na Teoria das Inteligncias Mltiplas so apresentados oito tipos de inteligncia,

    conceituados a seguir:

    Inteligncia lingstica-habilidade em aprender novas lnguas e us-las tantona forma falada como na escrita;

    Inteligncia lgica matemtica competncia em desempenhar operaesmatemticas e analisar problemas com lgica;

    Inteligncia espacial disposio em reconhecer e manusear uma situaoespacial;

    Inteligncia cinestsico-corporal-potencialidade para utilizar o corpo pararesolver problemas ou produzir uma obra;

    Inteligncia musical aptido na atuao, apreciao e composio depadres musicais;

    Inteligncia interpessoal capacidade de compreender os desejos dos outrose, conseqentemente, de se relacionar bem com eles;

    Inteligncia intrapessoal capacidade de se conhecer, manter seu equilbrio

    interior;Inteligncia naturalista capacidade em reconhecer e preservar a natureza.

    Como podemos utilizar a Inteligncia Naturalista nos sistemas educacionais?

    Ao nascermos somos todos naturalistas vidos para conhecer e explorar omundo atravs dos nossos sentidos. A nossa forma de conhecer o mundo se datravs das experimentaes, por intermdio das percepes sensoriais, dasobservaes ativas e das reflexes sobre as experimentaes.

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    importante nas aulas de biologia desenvolver a inteligncia naturalista noseducandos. Como podemos fazer isto? Eis algumas respostas:

    1. Explore os ambientes humano e natural com interesse e entusiasmo;2. Procure oportunidades para observar, identificar, interagir ou cuidar deobjetos, plantas ou animais;

    3. Categorize ou classifique os objetos segundo suas caractersticas;

    4. Reconhea padres entre os membros de uma espcie ou classe de objetos;

    5. Procure aprender sobre os ciclos de vida da flora ou da fauna ou sobre aproduo de objetos feitos pelo homem;

    6. Queira entender como as coisas funcionam;

    7. Seja interessada em saber como os sistemas mudam e se desenvolvem;

    8. Mostre interesse no relacionamento entre as espcies e /ou nainterdependncia dos sistemas natural e feito pelo homem;

    9. Use instrumentos como microscpios, binculos, telescpios, cadernos deobservao e computadores para estudar organismos ou sistemas;

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    10. Aprenda taxonomias para plantas e animais ou outros sistemas declassificao para estruturas lingsticas ou padres matemticos;

    11. Mostre interesse em profisses como biologia, ecologia, qumica, zoologia,silvicultura ou botnica;

    12. Desenvolva novas taxonomias, teorias dos ciclos de vida, ou revele novospadres e interconexes entre objetivos ou sistemas.

    1.5 Resumo

    O processo de aprendizagem nos seres humanos envolve todo o nosso corpo esentidos e tem por objetivo melhorar nossas relaes, desenvolver nossaautonomia e assim nos fazer crescer como cidados.

    As idias do psiclogo Howard Gardner sobre A Teoria das IntelignciasMltiplas nos leva a refletir sobre a importncia de desenvolver a inteligncianaturalista nos educandos atravs das aulas de Biologia.

    1.6 Auto-Avaliao

    O que voc entendeu sobre a Teoria das Inteligncias Mltiplas?

    Pesquise sobre a Inteligncia Naturalista. Comente como ela pode serdesenvolvida na prtica docente, estimulando os jovens atravs das aulas deBiologia, na perspectiva da aprendizagem significativa?

    Como voc compreende a importncia do ensino da biologia na formao deseu aluno?

    1.7 Bibliografia

    DISNEY, W. Biblioteca do Escoteiro Mirim. So Paulo: Abril S. A. Cultural,1985.

    ANTUNES, C. Jogos para a estimulao das Mltiplas Inteligncias.

    8 ed. Petrpolis RJ: Vozes, 2000.

    ROGERS, C. R. Liberdade para Aprender. 4 ed. Belo Horizonte: 1970.

    CAMPBELL, L., CAMPBELL, B & DICKINSON, D. Ensino e aprendizagempor meio das Inteligncias Mltiplas. 2 ed. Porto Alegre: Artes MdicasSul, 2 000.

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    ALVES, R. Conversas com quem gosta de ensinar. Campinas-So Paulo:Papirus, 2000.

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    UNIDADE I

    TEMA 2AULAS EXPOSITIVAS, TRABALHOS EM GRUPOS

    Objetivo Especfico

    Oportunizar a reflexo sobre as vantagens e desvantagens dessas tcnicasamplamente usadas na educao, procurando explorar cada vez mais oamplo potencial de cada uma.

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    2.1 Aulas Expositivas - Conceitos

    A aula expositiva considerada como a tcnica pedaggica mais antiga e maisdifundida na educao do nvel mdio. A transmisso de conhecimentos a suaprincipal empregabilidade, embora ela tenha uma ampla gama de possibilidadesde aplicao.

    Esta tcnica de ensino tem sido alvo freqente de crticas por favorecer atransmisso do tipo reprodutiva.Desta forma a aula expositiva no contribuiria para o desenvolvimento dashabilidades intelectuais de anlise, sntese e julgamento. Para Lauro de OliveiraLima (apud RUSSO) a aula expositiva torna-se quase um desestmulo criatividade.

    No mbito pedaggico conhecida como uma transmisso de contedospassiva e tradicional. No entanto podemos identificar diversas formas de seobter uma oportunidade de aprendizagem significativa para os alunos.

    Vrios conceitos sobre aulas expositivas podem ser estudados:

    ... Um tempo de ensino ocupado inteiramente ou principalmente pela exposiocontnua de um conferencista. Os estudantes podem ter a oportunidade deperguntar ou de participar numa pequena discusso, mas em geral no fazemmais do que ouvir e tomar apontamentos Relatrio Hale Report (MOREIRA,

    2003).

    Uma exposio consiste numa pessoa que fala para muitos sobre um tpico outema. A fala pode ser complementada pelo uso de recursos audiovisuais e porperguntas ocasionais- (RUSSO).

    O mesmo autor refere que os principais objetivos das aulas expositivas so: atransmisso de informaes e a gerao de conhecimentos, estimulando ointeresse do alunado.

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    Ainda recomendado por este autor que o estilo do professor deve adaptar-seaos assuntos a serem trabalhados referindo tambm que o professor poderlanar mo da contextualizao do tema, utilizando a sua aplicabilidade para a

    exposio oral e um planejamento de aula adequado, que venha a despertarinteresse e motivao do aluno pelo tema proposto.

    2.1.1 - Caractersticas Fundamentais

    No intuito de identificar os principais aspectos encontrados na aula expositiva,BROWN (apud MOREIRA) sugere trs caractersticas fundamentaisrelacionadas aos objetivos que busca atingir e aos processos que utilizavisando transmisso e recepo das informaes por ela veiculadas.

    A transmisso a maneira mais usada no cotidiano de sala de aula, atendendoa uma variedade de interesses, com o intuito da aquisio de conhecimentossignificativos e interessantes para o aluno.

    Na prtica, a aula expositiva pode ser bastante eficaz para introduzir e estimularos novos contedos para os alunos, investigando o desenvolvimento de atitudesfavorveis para as aprendizagens futuras.

    Uma apresentao ordenada, lgica e clara dos contedos propostos,direcionando o foco de ateno dos alunos para os pontos fundamentais datemtica em questo de forma sinttica tambm importante. Esta sntese

    oportunizada pela aula expositiva til para as praticas de trabalho em grupo.

    importante lembrar que, quando o professor identifica a dificuldade em algumponto do estudo em grupo, ele poder utilizar-se da exposio oral, para integraros aspectos relevantes que se encontravam envolvidos no processo dediscusso.

    A motivao extrnseca (ou seja, que ocorre por meio externo) tambm umimportante fator para a aprendizagem do aluno. O professor, atravs daexposio oral, pode despertar o aluno para o assunto que est sendo estudado.

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    E assim, quanto mais recursos poderem ser usados para atrair a ateno doaluno, maior a possibilidade do aluno ficar interessado em aprender.

    O esclarecimento de conceitos e princpios pode ser feito sem restries pelaexposio oral. importante ressaltar a interao da exposio oral comperguntas dirigidas a classe ou na promoo de um debate, sobre o assunto emfoco. tambm uma forma de oportunizar ao aluno as informaes de difcilacesso.

    O professor tem na exposio oral ainda uma oportunidade de integrarcontedos e esclarecer as eventuais dvidas, propiciando condiesfacilitadoras para o processo de aprendizagem.

    Durante a exposio o professor pode exemplificar com experincias de cunho

    pessoal, a fim de trocar experincias, opinies e questionamentos entre osalunos.

    2.1.2 Vantagens e Desvantagens

    Podemos identificar como principais vantagensda exposio oral as seguintes situaes:

    a) Facilita a preparao, possibilitando atransmisso de muitos contedos em breve

    perodo de tempo;

    b) Torna mais acessvel o contedo aos alunos;

    c) Promove viso sinttica do novo campo deconhecimento;

    d) Faz-se necessrio quando existem quantidades amplas de bibliografias sobreo assunto ou, ao contrario, quando existem muito poucas;

    e) til para uso com alunos que aprendem mais ouvindo do que lendo.

    Em relao s desvantagens podem ser citadas:

    a) Permite a pratica do dogmatismo e de excessivo verbalismo muitoquestionados na atualidade;

    b) Torna o aluno passivo e dependente da figura do professor, restringindo seuestudo apenas nas s anotaes em sala de aula;

    c) Depende do exerccio de escuta do aluno;

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    d) No favorece ao desenvolvimento das habilidades intelectuais maiscomplexas (aplicao, anlise, sntese e julgamento) possibilitando a reflexo

    sobre os contedos.2.1.3 - Exposio com Prtica Transformadora

    Para PERRENOUD a prtica educativa promovida pelo professor deve ser umexerccio constante de atitude reflexiva, ou seja, ele deve ser capaz de observar,analisar, tirar proveito das experincias, promover debates, atividades depesquisa e questionamentos.Em seu livro Pais brilhantes, Professores Fascinantes, Augusto Cury destacacaractersticas da escola de nossos sonhos; entre elas podemos destacar aExposio Interrogada e a Dialogada. Nesta, o autor sugere a criao de um

    estresse positivo, que, segundo ele, provoca a superao de obstculos emotiva o aluno a descobertas; educar provocar a inteligncia, a arte dosdesafios.

    Para ele no existe aprendizagem sem a formao deum ambiente de desafio, de questionamentos. Aexposio interrogada (prtica de questionamentoscriativos sobre o tema proposto) gera dvidas, e assimpromove um estresse positivo que promove aaprendizagem.A exposio interrogada modifica as relaes de

    processamento de informaes: o aluno passa deouvinte passivo, robotizado a questionador de si e domundo.A exposio dialogada completa a interrogada: na exposio interrogada, oprofessor questiona o conhecimento sem perguntar; na exposio dialogadaelefaz inmeras perguntas aos alunos. atravs da arte da pergunta que oprofessor promove a estimulao do estresse positivo da dvida, desenvolvendoa conscincia crtica, a promoo do debate de idias e estimulao de umaproposta de educao participativa.

    2.1.4 Momentos de uma Aula Expositiva

    A aula expositiva formada pelas seguintes momentos: a introduo,desenvolvimento e concluso.A introduo o momento de preparao para o assunto a ser desenvolvido.Devem ser apresentados os objetivos da aula, relacionando-os com o contedoa ser desenvolvido. neste momento que o professor deve buscar motivar aateno do aluno para a temtica a ser apresentada, estabelecendo umavinculao importante do tema com a vida cotidiana.

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    Para o desenvolvimento, o professordeve procurar orientar a escuta do alunoatravs da exposio verbal do contedo.

    Para MOREIRA, em uma boaorganizao seqencial da aula, ocontedo deve ser discriminado peloprofessor, em suas partes essenciais:princpios bsicos e fundamentais,conceitos-chave, fatos especficos eexemplos concretos.Assim, cabe ao professor optar porapresentar o contedo diante de um enfoque dedutivo ou indutivo. No dedutivo,deve-se partir dos princpios e idias gerais, para depois expor os conceitos

    principais, at chegar aos fatos mais simples, concretos que devero serilustrados por exemplos. No caso da exposio indutiva, o caminho ser oinverso, iniciando com as exemplificaes at os princpios gerais.Ainda em relao ao desenvolvimento da aula, o professor pode dinamizarutilizando questionamentos e debates. O uso de recursos udios-visuais teispara a apresentao de grficos, tabelas, esquemas explicativos etc. e assimacompanhar melhor a explicao.A distribuio de resumos sobre os aspectos mais importantes do tematrabalhado, com a referida indicao bibliogrfica, possibilita a interao doaluno na sala de aula e o deixa mais liberado para assistir exposio verbal.Aps a apresentao do contedo, chegado o momento de concluso ou

    fechamento. Nela o professor tem oportunidade de realizar atividades, debates,resumos, contextualizaes, etc, direcionado para a consolidao dos principaisaspectos apresentados. desejvel fornecer indicao bibliogrfica para o aprofundamento dos estudose sugesto de sites da internet.

    2.2 Trabalhos em Grupos

    Os trabalhos em grupo so geralmente bem aceitospelos alunos, pois a interao grupal desperta ointeresse e o estimula a expressar suas idias deforma coerente e lgica. pelo exerccio grupal queo aluno desenvolve sua habilidade derelacionamento interpessoal, aprendendo arespeitar a opinio do outro e defender seu pontode vista com clareza.Para Lauro de Oliveira Lima, (apud RUSSO) oaluno, em experincia grupal, constri o sentimentode solidariedade, responsabilidade, criatividade e apreservao de sua individualidade.

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    O ensino em grupos tambm conhecido como aprendizagem cooperativa etem sido utilizado como uma alternativa s aulas expositivas.

    Os trabalhos grupais apresentam as seguintes vantagens:Socializao entre os alunos;Desenvolvimento de habilidade de estudo compartilhado;Desenvolvimento da iniciativa, capacidade reflexiva e senso crtico;Ampliao da criatividade;Respeito, solidariedade e capacidade de aceitar diferentes pontos de

    vista.

    2.2.1 Tcnicas de Ensino em Grupos

    enorme a quantidade de tcnicas de ensino grupal que podem ser utilizadas

    em salas de ensino mdio. Iremos destacar dois tipos de formas de trabalhosgrupais, propostas por RUSSO para o cotidiano escolar. Vamos conhec-las?

    Trabalho de grupo tipo 01: todos estudando mesmo tema.

    Inicialmente o professor apresenta o assunto a ser trabalhado, comenta asidias mais importantes ou se utiliza de imagens udio-visuais (slides, filmes,gravuras, etc);Em grupo de alunos (de 03 a 05 membros), o professor distribui o texto e oroteiro para estudo;Aps uma leitura silenciosa, os grupos comeam a discutir a temtica, enquantoo relator registra as concluses que sero apresentadas aos demais grupos deestudo;O relator de cada grupo convidado para compor um novo grupo em que seroapresentados os resultados das discusses para os demais grupos.

    Trabalho de grupo tipo 02: o grupo de alunos dividido em dois grandesgrupos.

    Inicialmente o professorapresenta o assunto a ser

    trabalhado, comenta as idiasmais importantes ou se utiliza deimagens udio-visuais (slides,filmes, gravuras, etc);

    Os alunos se dividiro em doisgrupos grandes grupos para oestudo de texto;

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    Aps a leitura silenciosa os grupos comeam a discusso do texto. Orelator registra os principais pontos que sero apresentados para todos osalunos;

    Em seguida, os dois grandes grupos se separam novamente formandoum grande crculo; os dois relatores ficaro sentados nas duas cadeirasque devero estar localizadas em frente ao circulo da sala de aula;

    Na ocasio os relatores discutem as concluses dos grupos fazendo osquestionamentos necessrios; os demais alunos devem assistir aapresentao dos relatores, registrando os pontos mais relevantes quesero discutidos aps a apresentao dos relatores;

    Para finalizar aberta a discusso entre todos os alunos envolvidos nos

    grupos.

    2.3 Resumo

    As duas tcnicas apresentadas (aula expositiva e trabalhos em grupos) so desuma importncia para o processo de ensino, desde que proponham aos alunosoportunidades de refletir independentemente da figura do professor, propiciadopor um clima democrtico favorecedor na sala de aula e de forma a motivar osalunos a expressar suas opinies e a ter integrao nas atividades escolares.

    2.4 Auto-avaliao

    Comente as vantagens e desvantagens da aula expositiva;

    Em relao s tcnicas de aula expositiva e trabalho grupal, Jean Piaget diz:aprender no consiste em incorporar informaes j constitudas e, sim, emredescobri-las e reinvent-las atravs da prpria atividade do sujeito. O quevoc pensa a respeito desta afirmativa?

    Voc seria capaz de elaborar um plano de uma aula de biologia, utilizando as

    duas tcnicas propostas? Tente.2.5 Bibliografia

    RUSSO, M. A. Didtica: uma proposta reflexiva. Fortaleza: Edies Livrotcnico e Premius Editora, 2001.

    LIMA, L.O. Escola do Futuro. Jos Olympio, 1974.

    MOREIRA, D. A. (org). Didtica do Ensino Superior. Tcnicas eTendncias. Sao Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.

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    PERRENOUD, P. Novas Competncias para Ensinar. Porto Alegre: Artes

    Mdicas, 2000.

    CURY, A. Pais Brilhantes, professores fascinantes. 7 ed. Rio de Janeiro;Sextante, 2003.

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    UNIDADE I

    TEMA 3LEITURA DE TEXTOS

    Objetivo

    Refletir sobre a tcnica da leitura e a sua relao com a aprendizagemhumana. Apresentar sugestes de direcionamento de leituras e trabalhoscom textos de biologia, em sala de aula.

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    3.1 Introduo

    Na escola, a leitura de textos sempre teveum lugar privilegiado para o processo deaquisio de novos conhecimentos. Afinal,eram tais conhecimentos exigidos nasprovas e em outras atividades avaliativas.Com base em estudos e observaescotidianas, pde se identificar que a leiturade forma obrigatria era na verdade umainimiga do processo de aprendizagem.Como podemos ento, levar a tcnica deleitura de textos para a sala de aula, de forma a promover uma aprendizagem

    significativa?Vamos refletir mais profundamente sobre esta tcnica e tentar maximizar seusproveitos.

    3.2 O Uso de Texto na Sala de Aula

    As salas de aula, sem exceo, devem ser ambientes ricos em comunicaesverbais, escritas e lidas, nas quais os alunos so estimulados a serem curiosose imaginativos com liberdade para expressar suas opinies, desejos enecessidades. Deve tambm desenvolver a habilidade de pensar com palavras,

    possibilitando lembrar, analisar, resolver problemas, planejar o futuro e criar.(CAMPBELL, 2000).

    3.3 Descoberta de Materiais

    A busca de novos materiais de leitura deve ser uma constante para o professorde biologia, buscando assim enriquecer e complementar as informaes do livrodidtico utilizado.

    Sugere-se a formao de uma mini-biblioteca cientfica na sala de aula:

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    Envolvendo pais e alunos no processo de doao de livros e revistas deiniciao a cincia (ex: revista Cincia Hoje para Crianas);

    Formando parcerias com empresas locais para o recebimento de jornais;

    Criando um grupo de leitura composto de alunos;

    Apresentando aos alunos pesquisa de dados disponveis pela internet deinteresse cientfico.

    3.4 Sugesto de Trabalho com Texto em Sala de Aula

    (Adaptada da proposta de MOFFETT apud CAMPBELL)

    Solicite aos alunos realizarem uma discusso interativa em pequenos grupossobre o texto lido previamente. Em seguida, sugira a criao de umadramatizao para dar mais vida ao texto proposto. Essa atividade favorecea sntese e comunicao do material lido ocorrendo, assim, umaaprendizagem significativa;

    Leia textos em sala de aula e,para reforar a motivao,faa questionamentos sobre oque ser lido no texto.Oferea oportunidade para oaluno expressar livrementesua opinio;

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    3. Leitura oral:

    o fechamento do trabalho interpretativo, preparando o aluno para as atividades

    seguintes. Posteriormente pode-se sugerir: comentrios de determinado trecho;definio de objetivos, idias principais e secundrias; dramatizao; criao deuma historia etc.

    4. Atividades relacionadas com o texto:

    O professor, neste momento, pode utilizar as atividades relatadas acima e nodeixar de proporcionar a interao com as outras disciplinas.

    3.6 Resumo

    O estudo de texto uma das tcnicas de ensino bastante eficientes, tendosempre um lugar de destaque no processo de aquisio de novosconhecimentos.

    Propostas de utilizao da tcnica da leitura e sugestes de direcionamentopara trabalhos com textos em sala de aula foram apresentadas, de maneira aproporcionar uma aprendizagem significativa, buscando reforar o poder decrtica dos alunos.

    3.7 Auto-avaliao

    1. Como professor, que sugesto inovadora posso utilizar no estudo com textos,para motivar cada vez mais meus alunos de biologia na busca daaprendizagem?

    2. Pesquise na internet textos interessantes sobre o ensino da biologia no ensinomdio, para compartilhar com seus colegas de turma.

    3.8 - Bibliografia

    CAMPBELL, L., CAMPBELL, B & DICKINSON, D. Ensino e aprendizagempor meio das Inteligncias Mltiplas. 2ed. Porto Alegre: Artes MdicasSul, 2 000.

    ANTUNES, C. Jogos para a estimulao das Mltiplas Inteligncias.

    8 ed. Petrpolis RJ: Vozes, 2000.

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    LIMA, L.O. Escola do Futuro. Jos Olympio, 1974.

    RUSSO, M. A. Didtica: uma proposta reflexiva. Fortaleza: Edies Livro

    tcnico e Premius Editora, 2001.

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    UNIDADE I

    TEMA 4O USO DE RECURSOS DIFERENCIADOS NO ENSINO DE BIOLOGIA

    Objetivo

    Apresentar o uso de recursos diferenciados na prtica de ensino de biologialevando em considerao suas peculiaridades para o ensino mdio efavorecendo o desenvolvimento de uma postura cientfica e crtica diante doscontedos propostos pelos materiais didticos usados na escola.

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    4.1 O Ensino de Biologia nos Parmetros Curriculares Nacionais

    A seguir, apresentaremos algumascompetncias e habilidades presentesnos Parmetros Curriculares Nacionaispara o Ensino Mdio, volume 3, Cinciasda Natureza, Matemtica e suasTecnologias:"Identificar variveis relevantes eselecionar os procedimentos necessriospara a produo, anlise e interpretaode resultados de processos eexperimentos cientficos e tecnolgicos".

    "Desenvolver a capacidade de questionar processos naturais e tecnolgicos,identificando regularidades, apresentando interpretaes e prevendo evolues".

    "Formular hipteses e prever resultados".

    "Entender e aplicar mtodos e procedimentos prprios das Cincias Naturais".

    "Compreender e utilizar a cincia, como elemento de interpretao, e atecnologia como conhecimento sistemtico de sentido prtico".

    "Reconhecer o sentido histrico da cincia e da tecnologia, percebendo seupapel na vida humana em diferentes pocas e na capacidade humana detransformar o meio".

    Diante dessas competncias e habilidades propostas nos ParmetrosCurriculares Nacionais para o Ensino Mdio, sugerem-se os seguintes recursosdiferenciados para o ensino de biologia:

    4.1.1 Biografias Cientficas

    uma atividade de sala de aula em que o aluno estuda a histria de vida de umrenomado cientista, tendo como objetivo conhecer seu trabalho na construode conhecimentos e sua relevncia para a humanidade.

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    Eis alguns exemplos de pesquisas biogrficas (www.educarede.com.br)

    Galileu Galilei (1564-1642) e as observaes do cu com uma luneta.

    Isaac Newton (1642-1727) e as trs leis do movimento, presentes nolivro Princpios Matemticos de Filosofia Natural.

    Gregor Mendel (1822-1884): as origens da gentica e o estabelecimentode suas leis da herana biolgica.

    Charles Darwin (1809-1882): a viagem de navio ao redor do mundo quepossibilitou a ele escrever o livro A origem das espcies.

    Louis Pasteur (1822-1895): a refutao da hiptese da geraoespontnea e a inveno do processo de pasteurizao.

    Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794): a conservao da matria nastransformaes qumicas e o prprio estabelecimento da qumica comodisciplina cientfica.

    Nessa atividade o aluno deve pesquisar o modo como os cientistas conseguiram

    produzir seus trabalhos.

    importante deixar claro ao aluno a no existncia de um mtodo para produzircincia, mas apenas um mtodo para testar as hipteses cientficas e daimportncia da problematizao das descobertas cientficas (www. educarede.com.br).

    4.1.2 Museu de Classe (CAMPBELL, 2000)

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    Para o dicionrio da lngua portuguesa, Museu significa coleo de objetos dearte, cultura, cincias naturais, etnologia, historia, tcnica, etc.; lugar destinadoao estudo e principalmente reunio desses objetos. Casa que contm muitas

    obras de arte. Reunio de musas.A palavra museu surgiu a partir do mito grego das nove Musas. Segundo omito, as musas eram possuidoras de todos os conhecimentos da humanidade ecategorizaram nos nas artes e nas cincias. Diante do exposto, Museurepresentaria originalmente um local de inspirao e estudo.

    Geralmente pensamos nos museus como possuidores de raras obras de artes evaliosos documentos, porm sugerimos a criao de museus em sala de aulapara desenvolver nos alunos as capacidades de classificar e categorizar os

    objetos e observar, identificar e interagir com objetos, plantas ou animais.Para criar um museu de Classe (adaptada da proposta de CAMPBELL,2000).

    1. Escolha com os alunos um conceito importante da biologia que tenhamestudado;

    2. Delegue aos alunos a criao de exposies que demonstrem o entendimentodo conceito proposto;

    3. Estabelea os critrios de contedo da apresentao:4. Definio;3 ou mais exemplos da definio em forma de desenho, texto ou fotografia;

    Uma breve explicao sobre o como e o porqu a definio funciona damaneira que funciona;

    Uma descrio dos aspectos em que a definio diferente ousemelhante aos outros conceitos estudados;

    Uma explicao sobre a importncia do conceito na vida dos alunos;Um folheto ou gravao breve que oriente o expectador ao longo da

    exposio.

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    4. Especificao dos critrios visuais da exposio:

    A capacidade da exposio de comunicar o conceito;Apelo visual e interesse;Seleo adequada e seqncia lgica dos itens.

    5. Responsabilize aos alunos da coleta pesquisa e criao de suas exposies.

    6. Organize o espao determinado para a exposio; assim como horrio,durao e a definio do curador da cada grupo;

    4.2 Resumo

    Neste tema estudamos o uso dos recursos diferenciados no ensino da biologia,como proposta de transformao da prtica do ensino de biologia atravs detcnicas de como criar um museu de classe e as atividades de biografiascientficas.

    4.3 Auto-avaliao

    1. Faa um comentrio critico acerca da utilizao da tcnica biografiascientficas. Relacione os pontos positivos e negativos para sua aplicabilidadeem sua sala de aula.

    2. Comente a seguinte afirmao:

    claro que o alcance dos museus e centros de cincias no pode sercomparada aos meios de comunicao de massa, embora em alguns pasesdesenvolvidos ele j seja considervel; mas o impacto de sua atuao e acredibilidade de suas propostas pode compensar essa aparente desvantagem,alm da possibilidade de influir direta ou indiretamente nesses meios decomunicao. H, ainda, muito por saber a respeito destas instituies: seusobjetivos, sua contribuio para a aprendizagem de cincias, a fundamentaopedaggica que orienta suas atividades educacionais, a avaliao dessasatividades; so exemplos que merecem maior estudo.

    3. Como posso utilizar filmes em recursos didticos de biologia?

    4.4 Bibliografia

    ANTUNES, C. Jogos para a estimulao das Mltiplas Inteligncias.8 ed. Petrpolis RJ: Vozes, 2000.

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    CAMPBELL, L., CAMPBELL, B & DICKINSON, D. Ensino e aprendizagempor meio das Inteligncias Mltiplas. 2 ed. Porto Alegre: Artes MdicasSul, 2000.

    BRASIL, MINISTERIO DA EDUCAO E DO DESPORTO. Secretaria daEducao Mdia Tecnolgica. Parmetros Curriculares Nacionais Ensino Mdio: Cincias da Natureza, Matemtica e suas Tecnologias.Braslia: MEC, 1999.

    PERRENOUD, P. Novas Competncias para Ensinar. Porto Alegre: ArtesMdicas, 2000.

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    UNIDADE I

    TEMA 5COMENTRIOS AOS PCNs DE BIOLOGIA

    Objetivo Especfico

    Compreender os PCNs para o ensino de Biologia, facilitando sua aplicaoem sala de aula.

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    5.1 Introduo

    Os Parmetros Curriculares Nacionais tm se tornado um valioso instrumento detrabalho para professores, pois eles representam as propostas do Ministrio daEducao para o ensino brasileiro.Neste tema vamos estabelecer alguns comentrios sobre os ParmetrosCurriculares Nacionais para o ensino de Biologia no Ensino Mdio e desta formafacilitar sua compreenso e posterior aplicabilidade em sala de aula. Boa sorte!!

    5.2 Os Parmetros Curriculares Nacionais

    Os meios de comunicao veiculamdiariamente uma grande quantidade deinformaes que para serem processadasnecessitam de algum conhecimento cientificoprvio. Os conhecimentos cientficos maisdivulgados so, por exemplo, os seguintes:DNA, cromossomo, genoma, clonagem,transgnico etc, que no so plenamentedesconhecidos pela populao leiga.

    As finalidades dos conhecimentos biolgicosno mbito escolar so tornar o mundocompreensvel para os alunos. No importante para a escola apresentar umadescrio esttica sobre o ser humano e sua historia evolutiva, a origem, suareproduo, a evoluo da vida e a vida em toda sua diversidade deorganizao e interao etc.

    Ao contrrio, necessrio mostrar que o mundo dinmico e passvel deintensas transformaes e evolues. Representam tambm uma maneira deenfrentar as questes com o sentido prtico com que a humanidade tem secolocado, desde sempre, visando manuteno da prpria existncia e quedizem respeito sade, produo de alimentos, produo tecnolgica,enfim, ao modo como interage com o ambiente para dele extrair suasobrevivncia.

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    5.3 As Competncias em Biologia

    Ensino por competncias,

    definidos pelos PCNs, refere-se ssituaes de aprendizagem quesejam significativas para o aluno,possibilitando a aquisio deinstrumental de conhecimentoscapazes de contribuir para acompreenso do mundo e dassituaes cotidianas. Oconhecimento biolgico deve estarsempre contextualizado com arealidade, ampliando as

    percepes e interpretaes dosfenmenos biolgicos.

    A proposta dos PCNs demonstra claramente o compromisso da escola emfavorecer aos alunos diretrizes fundamentais para o conhecimento cientficorelacionados ao cotidiano. Diante dessa postura, os alunos tero uma amplacompreenso da realidade. O conhecimento de Biologia deve subsidiar ojulgamento de questes polmicas, que dizem respeito ao desenvolvimento, aoaproveitamento de recursos naturais e utilizao de tecnologias que implicamintensa interveno humana no ambiente, cuja avaliao deve levar em conta adinmica dos ecossistemas, dos organismos, enfim, o modo como a natureza se

    comporta e a vida se processa.

    Para o ensino de Biologia fundamental o desenvolvimento de posturas evalores importantes nas relaes entre os seres humanos, entre eles e o meio,entre o ser humano e o conhecimento, contribuindo para uma educao queformar indivduos sensveis e solidrios, cidados conscientes dos processos eregularidades do mundo e da vida, capazes assim de realizar aes prticas, defazer julgamentos e de tomar decises.

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    5.4 Competncias e Habilidades a seremDesenvolvidas em Biologia

    Representao e comunicao

    Descrever processos e caractersticas do ambiente ou de seres vivos,observados em microscpio ou a olho nu;

    Perceber e utilizar os cdigos intrnsecos da Biologia; Apresentar suposies e hipteses acerca dos fenmenos biolgicos em

    estudo; Apresentar, de forma organizada, o conhecimento biolgico apreendido,

    atravs de textos, desenhos, esquemas, grficos, tabelas, maquetes etc.; Conhecer diferentes formas de obter informaes (observao, experimento,

    leitura de texto e imagem, entrevista), selecionando aquelas pertinentes aotema biolgico em estudo;

    Expressar dvidas, idias e concluses acerca dos fenmenos biolgicos.

    Investigao e compreenso

    Relacionar fenmenos, fatos, processos e idias em Biologia, elaborandoconceitos, identificando regularidades e diferenas, construindogeneralizaes;

    Utilizar critrios cientficos para realizar classificaes de animais, vegetaisetc.;

    Relacionar os diversos contedos conceituais de Biologia (lgica interna) nacompreenso de fenmenos;

    Estabelecer relaes entre parte e todo de um fenmeno ou processobiolgico;

    Selecionar e utilizar metodologias cientficas adequadas para a resoluo deproblemas, fazendo uso, quando for o caso, de tratamento estatstico naanlise de dados coletados;

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    Formular questes, diagnsticos e propor solues para problemasapresentados, utilizando elementos da Biologia;

    Utilizar noes e conceitos da Biologia em novas situaes de aprendizado

    (existencial ou escolar); Relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o entendimento de

    fatos ou processos biolgicos (lgica externa).

    Contextualizao scio-cultural

    Reconhecer a Biologia como um fazer humano e, portanto, histrico, fruto daconjuno de fatores sociais, polticos, econmicos, culturais, religiosos etecnolgicos;

    Identificar a interferncia de aspectos msticos e culturais nos conhecimentosdo senso comum relacionados a aspectos biolgicos;

    Reconhecer o ser humano como agente e paciente de transformaesintencionais por ele produzidas no seu ambiente;

    Julgar aes de interveno, identificando aquelas que visam preservaoe implementao da sade individual, coletiva e do ambiente;

    Identificar as relaes entre o conhecimento cientfico e o desenvolvimentotecnolgico, considerando a preservao da vida, as condies de vida e asconcepes de desenvolvimento sustentvel.

    5.5 Outras Percepes

    Os Parmetros Curriculares Nacionais(PCNs) para o ensino mdio em Biologiaforam desenvolvidos com o intuito deoferecer subsdios ao professor a fim deampliar os conhecimentos dos alunos emvirtude de preparao para asnecessidades do mundo.

    O grande desafio cabe mudana de foco dos professores de Biologia doEnsino Mdio sobre o conceito e a abordagem do cotidiano na prticapedaggica.A abordagem do cotidiano bastante enfatizada nos PCNs, e nos outrosdocumentos oficiais; para tal, o professor deve perceber a urgente necessidadede se aperfeioar para atender s exigncias educacionais e sociais para acompreenso de mundo.O estudo permanente deve garantir a reflexo de sua atuao, contemplandoaos PCNs para evitar a idia equivocada do professor de que, ao discutirsituaes cotidianas, esto deixando de lado o desenvolvimento doconhecimento cientfico em sala de aula.

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    5.6 Resumo

    Os meios de comunicao veiculam grande quantidade de informaes quenecessitam de algum conhecimento cientfico prvio, mas que no soplenamente desconhecidos pela populao leiga.No mbito escolar os conhecimentos biolgicos devem oportunizar acompreenso de mundo para os alunos de forma a ampliar-lhes os horizontes,preparando-os para sua melhor compreenso, participao nas discussessociais, provendo vivncia cidad no mundo atual.

    5.7 Auto-avaliao

    1. Realize um resumo contendo as principais questes apresentadas nestetema.

    2. O que so os PCNs (ensino mdio para Biologia)? Para que servem?

    5.8 Bibliografia

    BRASIL, MINISTERIO DA EDUCAO E DO DESPORTO. Secretaria daEducao Mdia Tecnolgica. Parmetros Curriculares Nacionais Ensino Mdio: Cincias da Natureza, Matemtica e suas Tecnologias.Braslia: MEC, 1999.

    PAULINO, W. R. Biologia. Srie Novo Ensino Mdio. So Paulo: ed. tica,2002.

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    UNIDADE IIENSINO DA BIOLOGIA E O COTIDIANO

    Objetivo

    Apresentar sugestes para associar o ensino da Biologia com o cotidiano doaluno, despertando seu interesse pelas descobertas cientficas, mtodos,tcnicas e prticas da cincia.

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    Introduo

    A sombra e a luz separam esses doismundos de encanto, carinho, desejosrecprocos e espera. Por isso a mulheratleta soube ter pacincia para vencer opreconceito, mostrar que a fora tem tantossentidos quanto compreenso perdida.No apenas msculos, mas vontade,intuio, disciplina.

    Ser forte no se ope a ser sensvel. A coragem de levar no corpo outra vida, eainda assim viver desafios seus. Ser mulher uma permisso momentnea derepetir Deus e recriar a existncia. E na prpria vida ser exemplo dirio deperseverana. Por isso, olhar assim a mistura destes gestos tem tantossignificados que eles parecem recriar mistrios anteriores. Mistrios do teroque oferece humanidade a chance de continuar. Porque os homens soguerreiros momentneos que elas mesmas criam. Elas, mulheres, para quem avida uma luta contnua.

    Ao homem cabe uma luta menor,que termina dentro das arenas commedalhas ou desiluso. A mulher

    no se permite sensao daderrota. Lgrimas sim, porqueassim podem ensinar ao mundoque nenhuma dor ser maior que asua. Uma dor que acaba em choroe alegria. Uma dor que tira dasombra a luz que se anuncia. Porisso qualquer derrota para ela passageira. E a vitria, a eternabno que o mundo tem orgulhode aplaudir".

    Joo Pedro Paes Leme

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    UNIDADE II

    TEMA I

    ASSOCIAO DE TPICOS DE ENSINO

    COM O COTIDIANO DO EDUCANDO

    Objetivo Especfico

    Atendendo necessidade de dar sentido prtico ao contedo cientficoescolar, de acordo com o texto da nova LDB-96, o tema se prope a associaros tpicos de biologia ao cotidiano dos alunos, promovendo tambm umdebate sobre a ao das cincias e das tecnologias na sociedadecontempornea.

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    1.1 O Sentido do Aprendizado de Biologia (proposta dos PCNs)

    Para a compreenso sobre o ensino de Biologia, convm citar o papel daLDB/96 e a Resoluo CNE/98, no intuito de conhecer as Diretrizes CurricularesNacionais para o Ensino Mdio, que tratam da complementao e doaprofundamento dos contedos iniciados no nvel fundamental, levando emconta as concepes cientficas da Biologia.Os PCNs ressaltam a importncia de contextualizar o aprendizado do aluno doensino mdio, pois este encontrase, de acordo com Piaget, na fase operatriaformal na qual o interesse do jovem se volta para a integrao social, amplitudede compresso da realidade e possibilidade de compromisso com a cidadania,desenvolvendo a conscincia de suas responsabilidades e direitosDesta forma a proposta dos PCNs envolve o aprofundamento dos saberesdisciplinares de Biologia, seus procedimentos cientficos pertinentes aos seusobjetos de estudo, metas formativas particulares e tambm os tratamentosdidticos especficos.Por outro lado, incluem o envolvimento interdisciplinar do saber da Biologia comoutros saberes, propiciada por vrias circunstncias, dentre as quais sedestacam os contedos tecnolgicos e prticos, j presentes junto a cadadisciplina, mas particularmente apropriados para serem tratados desde umaperspectiva integradora.Ainda nestes parmetros so definidos os objetivos do Ensino Mdio como: o

    desenvolvimento de conhecimentos prticos, contextualizados, que respondams necessidades da vida contempornea, e o desenvolvimento deconhecimentos mais amplos e abstratos, que correspondam a uma cultura gerale a uma viso de mundo.A denominao no apenas de Cincias e Matemtica, mas tambm de suasTecnologias, evidencia-se que, do conhecimento especifico das disciplinas,objetiva-se tambm a formao de competncias e habilidades teis para que oaluno torne-se capaz de discutir e opinar sobre tais fatos cientficos tecnolgicos,de um significado amplo para a cidadania e tambm para a vida profissional.

    Uma concepo assim ambiciosa doaprendizado cientfico-tecnolgico no

    Ensino Mdio, diferente daquela hojepraticada na maioria de nossas escolas,no uma utopia e pode ser efetivamenteposta em prtica no ensino da Biologia, daFsica, da Qumica e da Matemtica, e dastecnologias correlatas a essas cincias.Contudo, toda a escola e sua comunidade,no s o professor e o sistema escolar,precisam se mobilizar e se envolver paraproduzir as novas condies de trabalho,

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    de modo a promover a transformaoeducacional pretendida.

    notrio que as orientaes propostas pelos PCNs se fundamentam naimportncia de aproximar o que se ensina na sala de aula realidade scio-cultural dos dias de hoje. O conhecimento cientfico no ensino mdio refere-se promoo de uma compreenso bsica das tcnicas e dos princpios cientficosde forma interdisciplinar, garantindo a viso sistmica entre as disciplinas desaber.

    O aprendizado disciplinar em Biologia,cujo cenrio, a biosfera, um todoarticulado, inseparvel das demaiscincias. A prpria compreenso dosurgimento e da evoluo da vida nas suasdiversas formas de manifestao demandauma compreenso das condiesgeolgicas e ambientais reinantes noplaneta primitivo. O entendimento dosecossistemas atuais implica umconhecimento da interveno humana, decarter social e econmico, assim comodos ciclos de materiais e fluxos de energia.A percepo da profunda unidade da vida,diante da sua vasta diversidade, de uma

    complexidade sem paralelo em toda acincia e tambm demanda umacompreenso dos mecanismos decodificao gentica, que so a um stempo uma estereoqumica e uma fsica daorganizao molecular da vida.

    Ter uma noo de como operam essesnveis submicroscpicos da Biologia no um luxo acadmico, mas sim umpressuposto para uma compreensomnima dos mecanismos dehereditariedade e mesmo da biotecnologiacontempornea, sem os quais no se podeentender e emitir julgamento sobre testesde paternidade pela anlise do DNA, aclonagem de animais ou a forma comocertos vrus produzem imunodeficincias.

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    1.2 Interdisciplinaridade de Conhecimentos

    Paradigma foi um termo criado por Thomas Kuhm e significa a constelao decrenas, valores e tcnicas partilhadas pelos membros de uma comunidadecientfica. Moldura, padres compartilhados que permitem a especificao decertos aspectos da realidade (Thomas Kuhm, filsofo e historiador da cincia).No caso da Biologia, ela influenciada por uma certa idia, acerca da diferenaentre o que se encontra vivo ou no. Tal como em outras situaes evidencia-sea contestao e, portanto, a deciso, em geral, consciente ou no pela qualescolhemos valorizar a diferena e no a semelhana. Em nossa cultura, porexemplo, definimos uma fronteira quase to grande entre o animal e o vegetal,quanto entre o ser vivo e o no-ser vivo. Alis, essa divisria deixou os seustraos na Biologia em distino entre Botnica e Zoologia. Esses elementos

    culturais esto na base da disciplina que se denomina Biologia; fazem parte deseu Paradigma.Em termos educacionais, a interdisciplinaridade tem importncia fundamental nametodologia, pois ela exige uma nova pedagogia que demanda, essencialmente,um novo processo de comunicao/ aprendizagem. Implicam integrao, o que,em termos organizacionais, leva as disciplinas sua real concretizao.

    Por fim importante ressaltar que a prtica da abordagem interdisciplinar no

    mbito escolar tem apresentado uma relao entre a educao e a cidadania.Para ilustrar vamos conhecer um trecho da entrevista de Philippe Perrnoud paraa revista Nova Escola (edio 177; novembro, 2004). Quando perguntado sobreo desafio de transpor a linguagem cientfica e tecnolgica para a linguagem daescola ele responde o seguinte:

    esse problema no novo, mas estganhando importncia medida que acultura cientfica se expande. Todadisciplina escolar exige um trabalho detransposio, ou seja, deve tornar-se

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    acessvel a um pblico que no compostode pesquisadores ou produtores do saber.Traduzir responsabilidade do professor.

    No basta saber, seno todos nspoderamos lecionar. necessrio ter acompetncia para ser um tradutor deconhecimento.

    1.3 Resumo

    A contextualizao dos contedos dos tpicos de ensino com o cotidiano doaluno uma prtica que oportuniza o encontro do professor, aluno e o mundo.A associao de tpicos de ensino com o cotidiano dos alunos torna o trabalhodocente mais interessante e produtivo. Para tal, necessrio ter o conhecimentoda realidade do aluno e a compreenso da interdisciplinaridade como umfacilitador do processo de descoberta cientfica.

    1.4 Auto-avaliao

    1. Elabore outro plano de aula de Biologia. Este agora dever enfatizar acontextualizao da temtica abordada e sua relao interdisciplinar.

    2. Que tal contar histrias sobre as descobertas da Biologia e relacion-las comaplicaes prticas do cotidiano? Proponha leitura de temas pertinentes.

    1.5 Bibliografia

    BRASIL, MINISTERIO DA EDUCAO E DO DESPORTO. Secretaria da

    Educao Mdia Tecnolgica. Parmetros Curriculares Nacionais

    Ensino Mdio: Cincias da Natureza, Matemtica e suas Tecnologias.

    Braslia: MEC, 1999.

    SANTOS, B. Introduo a uma cincia ps-moderna. So Paulo: Ed.

    Graal,1989.

    TRISTAO, Martha. A educao ambiental na formao de professores:

    rede de saberes. So Paulo: Annblume, 2004.

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    MORAES, M.C. O paradigma Educacional Emergente. 7 ed. Campinas:

    Papirus,2001.

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    UNIDADE II

    TEMA 2

    DESPERTAR O INTERESSE DOS ALUNOS

    PELA OBSERVAO DO COTIDIANO

    Objetivo

    Despertar o interesse do aluno pela prtica da observao diria, atravs dealguns exemplos de atividades a serem realizadas. Com isto pretende-seaprimorar sua capacidade de compreenso dos mtodos cientficos.

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    2.1 Como Melhorar a

    Observao dos Alunos

    Agora iremos conhecer algumas propostas deCampbell, sobre como aprimorar aobservao dos alunos.

    Exemplos de atividades:

    Atividade 01: uma caminhada de olhos vendados

    Procure um recinto para realizar caminhadas breves, de olhos vendados, poraproximadamente 5 minutos. Escolha local ao ar livre, podendo ser inclusive optio da escola ou a rea externa. Na ausncia dessas possibilidades, improvisena sua sala se aula ou no corredor.Divida os alunos em pares e d a cada par uma venda. Escolha um aluno paraser o lder, e o outro, de olhos vendados, para ser o seguidor. Os papis serotrocados para que todos tenham a oportunidade de viver a experincia das duaspossibilidades.Espalhe objetos dentro do recinto selecionado e pea que cada par de alunos

    observe, pelo menos, trs diferentes objetos.Quando estiverem todos no local determinado, um de cada par deve estar comseus olhos vendados. O lder, cuidadosamente, guia o aluno vendado ao longodo caminho. O seguidor (vendado) usa de todos os seus sentidos para observaro ambiente. De volta ao ponto de partida, os papis sero trocados. Quandotodos tiverem vivenciados os dois papis, abra para um relato sobre aexperincia.

    Inclua as seguintes perguntas:

    Quais foram s reaes a esta atividade?

    Quais os sentidos mais utilizados para reunir dados do objeto? O que eles observaram que poderia ter passado despercebido se tivessem

    se baseado na viso? Quantos tipos diferentes de objetos eles encontraram? Eles conseguiram descrever as caractersticas do objeto?

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    Atividade 02:sacos de mistrio

    Rena diversos tipos de materiais naturais como frutas, conchas, pena, flor, etc.e os coloque um a um em um saco de papel, de forma a impedir a visualizao.Escolha um saco para a primeira rodada de perguntas.Divida os alunos em grupos de trs ou quatro membros e defina um observadorpara cada grupo. Os observadores vo at a frente da sala e, em silncio, olhamdentro do saco sem revelar o contedo.Os observadores retornam aos seus grupos e os demais membros tentamadivinhar o contedo do saco, fazendo perguntas ao observador cuja resposta

    poder ser apenas SIM ou NO. Depois que adivinharem, imediatamente umoutro saco fornecido.Aps a serie de adivinhaes, promova uma rodada de debates sobre aexperincia.

    Inclua perguntas tais como estas:

    Que perguntas foram teis para desvendar o objeto? Quais as perguntas menos teis? Que caractersticas ajudaram a identificar o objeto? O que voc aprendeu de novo sobre o objeto?

    As habilidades cognitivas que foram trabalhadas na atividade incluem:reconhecimento de padres, identificao de caractersticas do objeto,dedues, formulao de hipteses, alm de estimular a criatividade e acapacidade imaginativa.Use sua criatividade e modifique as atividades, de acordo com os objetivosdefinidos para o contedo.

    Atividade 03: desenvolver habilidades

    para o estudo do meio ambiente(proposta da UECE disciplina de prtica

    de ensino de Biologia)

    Objetivos:

    Ampliar a viso para a percepo dascores e formas dos seres vivos;

    Ampliar o olfato para discriminar osdiversos odores;

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    Utilizar o paladar para diferenciar os diversos sabores dos alimentos; Perceber as diferenas pelo tato; Diferenciar os tipos de sons.

    Procedimentos:

    Essas sugestes so fundamentais como preparao para as aulas de campo,devendo ser realizadas concomitantes apresentao do contedo em sala deaula.O aluno deve ser despertado a utilizar os sentidos para compreender osprocessos da natureza.

    Para o sentido da viso:

    dada a orientao ao aluno a observar, listar, desenhar, representar as corese formas dos seres vivos que podem ser observados da janela da sala de aulaou no ptio da escola.

    Para o sentido do olfato:

    O aluno estimulado a observar e registrar todos os diferentes tipos de odoresencontrados nas plantas, no ar e nos animais. Cabe ao professor conduzir estaatividade, no sentido de distinguir os diferentes odores encontrados na naturezae as agresses provocadas pelo homem.

    Para o paladar:

    Nesta atividade o aluno conduzido a experimentar frutas verdes e maduras.Pode-se discutir com os alunos as razes da alterao do gosto pela maturaodo fruto; sabores fortes como tamarindo, hortel, etc. podem serexperimentados;

    Para o tato:

    Proporcione atividades para o aluno conhecer diferentes tipos de materiaisbiolgicos, para que o aluno perceba, de olhos vendados, diferentes materiais.Assim cada objeto ser tateado e dever ser descrito oralmente ou atravs deum texto elaborado.

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    Para a audio:

    O aluno conduzido a se concentrar nos diferentes tipos de sons, tentandodefinir suas fontes. Aps o trabalho, o professor solicita aos alunos que semantenham de olhos fechados e imaginem-se numa floresta ouvindo os sons danatureza. Estes podem ouvir atravs de um CD.

    2.2 Resumo

    O aprendizado de cincias, em especial da Biologia, depende dos fenmenosobservados pelos sentidos, e atravs do conhecimento devemos encontrarnossas explicaes.Alguns exemplos de atividades foram selecionados, para que possam serpraticadas pelos alunos e assim aprimorar sua capacidade de observao dodia-a-dia.

    2.3 Auto-avaliao

    1. Relate as idias importantes que voc assimilou com a leitura deste texto;2. Cite mais outras duas tcnicas que possam despertar o interesse dos alunospela observao de situaes do cotidiano. No esquea de descreverdetalhadamente os seus objetivos, aplicabilidade, recursos necessrios e

    metodologia. 2.4 Bibliografia

    ANTUNES, C. Jogos para a estimulao das Mltiplas Inteligncias. 8

    ed. Petrpolis RJ: Vozes, 2000.

    DELIZOICOV, D. & ANGOTTI, J.A. Metodologia do ensino de cincias.

    So Paulo: Cortez, 1990.

    ______________________ Ensino de Cincias: fundamentos e mtodos.

    So Paulo: Cortez, 2003.

    FREIRE, P. Educao como Pratica da Liberdade. Rio de Janeiro: Paz e

    Terra, 1980.

    HENNING, G.J. Metodologia do ensino de Cincias. Porto Alegre:

    Mercado Aberto, 1998.

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    CAMPBELL, L., CAMPBELL, B & DICKINSON, D. Ensino e aprendizagem

    pormeio das Inteligncias Mltiplas. 2a. Ed. Porto Alegre: Artes Mdicas

    Sul, 2 000. Universidade Estadual do Cear. Centro de Educao CED.Programa

    Especial de Formao Pedaggica. Prtica de ensino de biologia, 2005.

    RODRIGO, M.J. & ARNAY, J. (org). Conhecimento Cotidiano, Escolar e

    Cientifico: Representao e mudana. So Paulo: Ed. tica.

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    UNIDADE II

    TEMA 3

    ESTRATGIAS E TTICAS PARA O ENSINO DA BIOLOGIA

    Objetivo

    Apresentar direcionamentos bsicos importantes no processo ensino-aprendizagem para a atuao do docente em sala de aula.

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    3.1 Importncia do Conceito de Objetivos

    Quando tratamos de objetivos, sabemos que seudetalhamento de suma importncia naeducao, assim como em qualquer ramo deatividade humana.Mas, o que significam OBJETIVOS?Os objetivos so as metas que queremosalcanar com o trabalho; responde a pergunta:para que fazer?Eles so responsveis por especificar com nitidezque o trabalho ser realizado, ou seja, que

    desempenho esperado pelo aluno, quais assuas condies e sob quais critrios ele seravaliado.Os objetivos incluem: o desempenho + condies

    + critrios de avaliao.Obs: Desempenhorefere-se ao comportamento esperado pelo aluno no final doprocesso de instruo. J as condies incluem a definio dos tipos deestmulos aos quais o aluno responder, e os critriosso as descries dospadres dos avaliativos.

    Para que o objetivo se concretize, o professor dever definir a estratgia que

    ser usada e quais as tticasque sero empregadas nos diferentes momentosda instruo.

    3.2 - Estratgia

    O termo estratgia segundo HERRING significa formas de implementar oprocesso de instruo que visa aos desempenhos pretendidos para o ensino deCincias e que possibilita que os propostos (objetivos) sejam alcanados.Para o referido autor, implementar significa a definio de elementos bsicospara a efetivao de um determinado evento, incluindo todas as condies deexecuo e suas referidas fases. So todas providncias concretas. Ou seja,implementar representa o levantamento de etapas e as aes constituintes deum determinado evento. Respondem a perguntas de como fazer, do quepreciso?.

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    Para o ensino de Biologia o uso de estratgias representa uma forma peculiar

    de implementar a situao de instruo que envolve um conjuntointerrelacionado de atividades (de instruo), cada um servindo a umdeterminado fim e todas convergindo a um determinado propsito objetivo dainstruo.As atividades de instruo envolvem as seguintes situaes: Os procedimentos (mtodos, tcnicas e processos) so escolhidos de acordo

    com os objetivos; Os meios (equipamentos, materiais e instrumentos) so previstos de acordo

    com dos temas de trabalho; Eventos (acontecimentos, momentos e fatos).

    3.3 Tticas

    Elas representam a forma de ao que o professor pode se utilizar para atuarem determinado momento da instruo. Refere-se a unidades decomportamento usadas em seu desempenho nos vrios papis instrucionaisque deve exercer.Faz referncia aos comportamentos profissionais, oportunizando que professor,alunos e as matrias interatuem no desenvolvimento da estratgia.Assim vrios elementos tticos esto presentes e formam um ciclo contnuo.

    So elementos tticos os seguintes pontos:

    A observao;

    A interpretao;

    O diagnstico;

    Comportamento influenciador;

    Comportamento influenciado.

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    So atravs desses elementos que a estratgia de ao, anteriormente prevista,chega a ser concretizada e, por fim, avaliada sua validade.

    3.4 Resumo

    Os objetivos so as metas que queremos alcanar com o trabalho. Responde apergunta: para que fazer?Eles especificam com nitidez qual o desempenhoesperado pelo aluno, quais as suas condies e sob quais critrios ele seravaliado.Para que o objetivo se efetive, dever ser determinada uma estratgia a serusada e quais as tticas que sero empregadas nos diferentes momentos dainstruo.

    Estratgia se refere aos passos para implementar o processo de instruo, quese propem aos desempenhos aspirados para o ensino de Cincias e quepossibilitam que os objetivos sejam alcanados.As tticas representam o formato de ao que o professor pode se utilizar paraoperar em determinado momento da instruo. Faz referncia aoscomportamentos profissionais, oportunizando que professor, alunos e asmatrias interatuem no desenvolvimento da estratgia.

    3.5 Auto-avaliao

    1. Comente sobre como voc poder aplicar o contedo deste tema, nas suasaulas de Biologia.2. Conceitue objetivos, estratgias e tticas de ensino.

    3.6 - Bibliografia

    DELIZOICOV, D. & ANGOTTI, J.A. Metodologia do ensino de cincias.

    So Paulo: Cortez, 1990.

    ______________________ Ensino de Cincias: fundamentos e mtodos.

    So Paulo: Cortez, 2003.

    HENNING, G.J. Metodologia do ensino de Cincias. Porto Alegre:

    Mercado Aberto, 1998.

    BORDENAVE, J. & PEREIRA, M. Estratgia de ensino aprendizagem. 22

    ed. Petrpolis: Vozes, 2001.

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    4.1 Tcnica da Redescoberta

    um recurso pedaggico em que oprofessor prope aos alunos a realizao deatividades prticas cotidianas e que, porintermdio do desenvolvimento experimental,os conduza observao e interpretao deresultados, promovendo o alcance das suasprprias concluses.Nesta tcnica os alunos no so,inicialmente, informados dos objetivos finais a serem atingidos. Eles somentecompreendero os objetivos ao alcanarem determinada fase da atividade ou

    mesmo na sua finalizao, redescobrindo.

    Seqncias instrucionais:

    Prtica da redescoberta proposio aluno, de acordo com HERRING:1. Instrues para o desenvolvimento do trabalho:Voc ir acompanhar o desenvolvimento de uma srie de tarefas realizadas peloprofessor, durante as quais voc deve fazer apontamentos em fichas que lhesero entregues, tais como:

    Anotar o nmero da tarefa; Relacionar o material manuseado; Observar atentamente o desenrolar da tarefa destacando a idia central;

    solicitando esclarecimentos; anotando observaes em torno da mesma; Interpretar os dados anotados; Concluir de acordo com o trabalho realizado, usando seu raciocnio e sua

    linguagem na formao dos conceitos; Anotar o ttulo da tarefa (objetivo); No prosseguir em nova tarefa sem antes ter compreendido

    satisfatoriamente a que foi realizada; Manter-se atento durante a realizao das experincias, procurando dar sua

    colaborao na elaborao e formulao das concluses.

    ATENO:

    medida que as experincias forem sendo demonstradas pelo professor, vocir elaborando concluses para as mesmas.As concluses parciais, que devero ser apontadas conduziro a uma conclusofinal que tambm dever ser registrada.

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    4.2 Tcnica de Problemas

    um recurso pedaggico que prope situaesproblemticas que os alunos devero solucionar.E o que significa problema? uma situao que geraconflito, dvida, tenso psicolgica capaz de estimular acuriosidade, o pensamento reflexivo e,conseqentemente, definir sua ao procura desoluo. O surgimento do problema se d atravs dacuriosidade das pessoas em saber o como e o por quedo funcionamento dos fatos.A conduo para a ao depende do fato para despertar

    uma curiosidade e do modo de se tratar de um problema. S se compreende

    como problema uma dvida (tenso psicolgica) capaz de levar a uma aoorganizada para sua soluo.Para HERRING, a ao neste caso s conseguida quando o problema atingiros impulsos fundamentais do indivduo, ou seja, a curiosidade, o interesse e avontade, provocando uma habilidade experimental ou a combinao de vriascapacidades.O papel do professor de selecionar os problemas que se relacionam com amatria, as necessidades dos alunos no que se refere ao seu embasamentocultural, perfil psicolgico, seus antecedentes experimentais, sua habilidade einteresses pessoais.

    4.3 Tcnica de Projetos

    Encontra-se relacionada com a soluo de problemas. No entanto, o problematem sua origem no aluno. Pois, geralmente, o professor desconhece a soluodo problema. A investigao dos alunos semelhante dos cientistas para oencontro das solues dos problemas.

    Nesta tcnica o professor co-investigador do aluno. Isto significa que a tcnicase encontra baseada nos princpios da nodiretividade, pois o aluno encontra-se livre para definir sua estratgia de investigao.

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    4.4 Instruo

    o processo em que o ambiente manipulado a fim de capacit-lo a aprender,a engajar-se em desempenhos especficos como respostas a situaespredeterminadas (estratgias e tticas do professor).Esquema da instruo:

    Os elementos essenciais da instruo so definidos a partir da inter-relaoentre os trs diferentes tpicos:

    4.5 Resultados Instrucionais

    Eles referem-se s conseqncias de todo o processo deinstruo e sinalizam at que ponto os objetivos foramalcanados.A anlise dos resultados realizada tendo como ponto departida os dados, informaes, evidncias coletadasatravs dos instrumentos mais diversos.Em conseqncia da anlise e interpretao deresultados ser possvel determinar a eficincia da

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    instruo (objetivos, estratgias e tticas) e realizar as adequaesindispensveis.

    4.6 Resumo

    Estudando as tcnicas de ensino, como: Tcnica da redescoberta, Tcnica deproblemas e a Tcnica de projetos, observa-se como elas referem-se sconseqncias de todo o processo de instruo e sinalizam at que ponto osobjetivos foram alcanados.A anlise dos resultados realizada tendo como ponto de partida os dados,informaes, evidncias coletadas atravs dos instrumentos mais diversos.

    Em conseqncia da anlise e interpretao de resultados ser possveldeterminar a eficincia da instruo (objetivos, estratgias e tticas) e realizar asadequaes indispensveis.

    4.7 Auto-avaliao

    1. Elabore um resumo com as principais idias apresentadas neste tema.

    4.8 Bibliografia

    DELIZOICOV, D. & ANGOTTI, J.A. Metodologia do ensino de cincias.

    So Paulo: Cortez, 1990.

    HENNING, G.J. Metodologia do ensino de Cincias. Porto Alegre:

    Mercado Aberto, 1998.

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    UNIDADE II

    TEMA 5

    PREPARO DE EXERCCIOS E EXECUO DAS AVALIAES

    Objetivo

    Estudar dois elementos diagnsticos da aprendizagem do aluno, osexerccios e as avaliaes, para assim, atravs dos resultados destasinformaes, poder organizar e dirigir as vrias situaes de aprendizagem.

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    5.1 Os Exerccios como Instrumentos de Medida

    Os exerccios so usados na prtica pedaggica como umelemento de importncia fundamental para o processo deaprendizagem. Assim como a avaliao, o exerccio uminstrumento de medida da rea da educao, que verifica aexistncia de determinados comportamentos no indivduo emedem o grau qualidade e quantidade, em que se encontram.As medidas tm duas funes principais:

    1. Medida do processo de aprendizagem - exerccios, provas,

    testes; quando bem elaborados so, fundamentalmente, procedimentosdidticos de acompanhamento da aprendizagem, do diagnstico e do controle;2. Medida na seleo e classificao dos alunos tem tambm a funo deselecionar e classificar os alunos, principalmente quando se refere a detectar osconhecimentos adquiridos e assim conseguir a passagem para umaaprendizagem mais avanada.

    5.2 Importncia da Avaliao

    no Processo de Aprendizagem

    No dicionrio Aurlio, avaliar significa: determinar a valia ou o valor de apreciar;estimar o merecimento de determinar a valia ou o valor, o preo, o merecimento;calcular; estimar; fazer a apreciao; ajuizar.No entanto, atualmente, as propostas curriculares atribuem avaliao umpapel importante de elemento diagnstico no processo ensino aprendizagem.Para tanto a avaliao deve ser contnua, formativa e personalizada, e nospossibilite apreciar as aes didticas e, por conseguinte, aprimor-las.

    A avaliao classificatria ainda faz parte do cotidiano escolar, com o intuitode constatar a aprendizagem, com a utilizao de medidas, de quantificaes.

    Dentre as diversas falhas da avaliao classificatria, podemos destacar a quedesconsidera as mudanas individuais no ritmo e no desenvolvimento daaprendizagem.A avaliao formativa, por outro lado, considera como fundamental oestabelecimento de um diagnstico individual e, assim, pode detectar assituaes de falhas e/ou dificuldades propondo uma maior qualificao daaprendizagem. Este tipo de avaliao fundamenta-se nos processos deaprendizagem de forma global, que incluem os aspectos cognitivos, afetivos erelacionais de cada aluno, e se baseia nas aprendizagens significativas efuncionais, no modo como ela se converte em uma ferramenta pedaggica, emelhora a aprendizagem do aluno e a qualidade do ensino.

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    Assim, neste contexto que podemos falar em avaliao inicial (avaliar paraconhecer melhor o aluno e ensinar melhor) e avaliao final (avaliar ao finalizarum determinado processo didtico). Analisemos o grfico

    (www.centroreferenciaeducao.com.br):

    O sentido e a finalidade da avaliao completam o co