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APOSTILA CAP. 3, PÁG. 53 A 72

Biomas brasileiros

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APOSTILA CAP. 3, PÁG. 53 A 72

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O Brasil é dono de uma das biodiversidades mais ricas do mundo. Possui as maiores reservas de água doce e um terço das florestas tropicais que ainda restam.

A biodiversidade brasileira é considerada uma “megadiversidade”. Aproximadamente 20% das espécies conhecidas no mundo são encontradas em território brasileiro.

...E ainda há muitas espécies a serem descritas e identificadas pelo homem...

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E qual a justificativa para esta grande biodiversidade?

O Brasil é um país de extensão continental, ocupando uma vasta área da América do Sul.

Possui uma grande variedade de ambientes.

As alterações climáticas , de relevo e do solo nas diversas regiões do país determinam grandes e significativas variações na composição da fauna e da flora.

Formação de sistemas ambientais com uma cobertura vegetal e uma fauna típica de cada região biogeográfica brasileira.

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1) Floresta Amazônica2) Mata Atlântica3) Mata de Araucárias4) Mata dos Cocais5) Caatinga6) Cerrado7) Pampas8) Pantanal9) Manguezais

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À direita: regiões biogeográficas naturaisÀ esquerda: áreas descaracterizadas pela ação do homem e os corredores ecológicos criados para proteger a fauna e a flora.

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Hiléia Amazônica. Maior floresta tropical do mundo. Ocupa aproximadamente 1/3 da América do Sul. Norte do Brasil:

Acre, Amazonas e Pará

Partes de Rondônia, Roraima, Amapá, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão Outros países: Suriname, Guiana, Guiana Francesa, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Clima equatorial , quente e úmido. Elevada Pluviosidade. Temperaturas médias anuais elevadas (24 e 26 0C) em 80% do território.

Verão: 40 0C

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A estratificação da floresta

cria diferentes microambientes,

com uma grande biodiversidade

animal e vegetal, que vive nas

copas e nas regiões

intermediárias das árvores e do

solo.

Cada nível de estratificação

vertical é habitado por diversas

comunidades diferentes.

Ex.: insetos (todos os níveis); aves e

macacos (níveis superiores); anfíbios,

roedores, animais rastejantes (níveis

mais baixos); felinos, pacas, tatus,

jabutis, antas (estrato terrestre).

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Maior bacia hidrográfica do mundo, cortada por vários rios.

Nos rios da Floresta Amazônica são encontrados mais de 1000 espécies de

peixes (ex: tucunarés, pirarucus, bagres).

Margens dos rios: ariranhas, capivaras, jacarés, sucuris.

Tucunaré

Pirarucu

Sucuri

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ATENÇÃO:

O solo é pobre, pouco profundo, constituído de argila e areia.

Os sais minerais e os nutrientes devolvidos ao solo pela ação

dos decompositores são rapidamente absorvidos pelas árvores

de grande porte, o que torna a reciclagem de nutrientes muito

curta e o solo pobre.

Densa cobertura vegetal que cai no solo (serrapilheira)

protege-o, impedindo que o húmus seja lavado pelas chuvas.

Desmatamento: aumento da lixiviação dos nutrientes, restando

apenas uma camada arenosa, o que facilita o processo de

desertificação.

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Dentro da Floresta podemos encontrar vários tipos de matas:

Matas de Terra Firme terrenos altos e nunca inundados; árvores de grande

porte, com copas densas; interior é úmido, escuro e pouco ventilado. Ex.: cedro,

guaraná, mogno, plantas epífitas, cipós.

Matas de Igapós próximas aos rios, permanentemente inundada, solo

alagado. Ex.: vitória-régia, aguapés.

Matas de Várzea Entre as matas de terra firme e as dos igapós. Inundadas

periodicamente, durante as cheias dos rios. Vegetação de porte médio. Ex:

seringueiras, cacaueiros, jatobás , palmeiras.

Vegetação arbórea, heterogênea, latifoliada e perene. Típica de clima

equatorial, quente e úmido.

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IMPORTÂNCIA DA AMAZÔNIA Enorme biodiversidade.

Possui um dos maiores bancos genéticos para a humanidade.

Grande fonte de recursos (medicamentos, óleos, essências, madeiras e minérios).

Influência no clima mundial.

Emissão ou retenção de gases

A evapotranspiração na Amazônia é tão grande que é responsável por cerca de 50% das chuvas que a floresta recebe.

Estudos indicam que o desmatamento completo causaria um aumento na temperatura do ar de até 20C e, uma redução de 10 a 20% nas chuvas da região.

Maior influência: retenção de gases do efeito estufa.

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AMAZÔNIA: PULMÃO DO MUNDO?

Quanto à emissão de oxigênio, ao contrário do que muitas vezes é dito, a

Amazônia não pode ser considerada o "pulmão do mundo". Durante o dia,

a vegetação produz oxigênio e absorve gás carbônico através da

fotossíntese. No entanto, simultaneamente ocorre o processo de

respiração, com a absorção de oxigênio e a liberação de gás carbônico. O

equilíbrio, porém, não é perfeito, e o saldo final - se haverá mais produção

do que absorção de CO2 e O2 - dependerá de outros processos, como as

queimadas e o reflorestamento. O reflorestamento resulta na absorção de

gás carbônico, pois a floresta em crescimento precisa do carbono presente

na molécula de CO2 para a constituição da matéria orgânica de que as

plantas são feitas. Já as queimadas liberam gás carbônico. Outras partes

do globo, como as regiões do oceano ricas em fitoplâncton, têm saldo final

mais significativo de produção de oxigênio.

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IMPACTOS AMBIENTAIS Queimadas

Exploração da madeira

Extração de minérios

Grandes projetos agropecuários (destruição fauna, flora,

assoreamento, contaminação por agrotóxicos, destruição de reservas

extrativistas)

Construção de hidrelétricas ( impacto cultural e sócio-econômico,

inundações de áreas florestais, agrícolas, vilas...)

Caça e pesca predatória

Biopirataria : apropriação de conhecimento e de recursos genéticos

de comunidades de agricultores, indígenas por indivíduos ou por

instituições, que procuram o controle exclusivo sobre esses recursos

Risco de Savanização (transformação do bioma em cerrado)

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Segunda maior extensão de floresta tropical do Brasil.

Exploração desde o século XVI.

Ecossistema mais bem protegido pela lei: restam apenas 7% de sua área original preservada.

Unidades de conservação: Reserva de Poço das Antas (RJ), Parque Estadual do Rio Doce (MG)...

Clima quente, úmido, com árvores latifoliadas e perenes.

Relevo de planaltos e serras.

Impedimento para a passagem de massas de ar, provocando chuvas constantes.

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Maior biodiversidade de plantas entre os ecossistemas terrestres.

Cerca de 25 mil espécies catalogadas

ex: pau-brasil, jacarandá, palmito, figueira, caviúna, ipê, embaúba, epífitas

Cobertura vegetal sofreu ao longo dos anos intensa exploração, com consequentes desmatamentos para a implantação da agricultura e da pecuária.

Extração predatória do pau-brasil, para fabricação de corantes e construções

Ciclo da cana-de-açúcar

Ciclo do café

Está entre as 25 regiões mais ricas em biodiversidade, mas também é uma das mais ameaçadas do mundo.

Muitas espécies de animais ameaçadas de extinção

Mico–leão, macaco-muriqui, lontra, tatu-canastra, onça-pintada, jacu, araponga, macuco etc...

Gambás, tamanduás, preguiças, antas, quatis, veados, cutias etc...

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Pau-brasil

JacarandáCaviúna

Ipê

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Araponga

Jacu

Lontra

Bicho preguiça

Mico leão dourado

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70% da população brasileira vive na região da Mata Atlântica.

Maiores pólos industriais, petroleiros e portuários do país.

ES: muitas árvores nativas derrubadas para a produção de papel e celulose, sendo substituídas gradativamente por plantações de

eucalipto

SP: pólo petroquímico em Cubatão, poluição urbana

Principais impactos ambientais:

Desmatamento para:

• Extração de madeira

• Moradia, construção de cidades

• Agricultura

• Industrialização

• Construção de rodovias

• Pesca predatória em seus rios

• Turismo desordenado

• Comércio ilegal de animais e plantas nativos

• Queimadas

• Fragmentação das áreas preservadas

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Ocorre na região Sul do país (Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina).

Clima temperado subtropical ( ameno e úmido), com 2 estações bem definidas:

Verões úmidos e quentes (áreas mais baixas);

Inverno rigoroso, nos pontos mais altos, podendo inclusive nevar.

Chuvas regulares (1500 mm média anual).

Solo naturalmente fértil .

Vegetação

Arbórea: Araucárias (pinheiro-do-paraná), com folhas aciculares; erva mate.

Arbustiva: Samambaias arborescentes, popular xaxim;

Herbácea: Gramíneas.

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Fauna pouco variada.

Ex: serelepe (pequeno roedor), quati, gato-do-mato, gralha-azul, pica-pau etc...

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Zona de transição entre as florestas úmidas da bacia Amazônica e o sertão semiárido nordestino (caatinga).

Estados do Maranhão, Piauí, pequena parte do Ceará e norte de Tocantins

Formação vegetal secundária, resultante da degradação de uma formação vegetal primária, no caso, a Floresta Amazônica.

Desmatamentos, queimadas: destruição da mata original. Espécies resistentes brotam após meses, formando a cobertura vegetal característica da mata de cocais.

Clima: quente (seco a úmido).

Índice elevado de chuvas .

Temperatura média anual de 260C.

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Vegetação

Palmeiras como o babaçú, a carnaúba, o buriti e a oiticica (Palmáceas).

No extrato mais baixo da mata, encontram-se diversas espécies de arbustos e vegetações de pequeno porte.

As folhas das palmáceas caracterizam-se por serem grandes e finas.

Importância econômica Óleo de babaçú (culinária, cosméticos) Fibras e folhas do babaçú (artesanato) Carnaúba (cera usada na fabricação de cosméticos, sabão e lubrificantes, plásticos e adesivos

Ampliação de áreas de pasto para a pecuária é a principal ameaça

Fauna

Ratos, preás, cobras, lagartos, corujas, gaviões, cachorros-do-mato

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Carnaúba

BabaçúBuriti

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“Mata Branca” – linguagem indígena.

Sertão Nordestino ou Agreste: Norte de Minas, interior da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí.

Ocupa 11% do território brasileiro.

Clima tropical semiárido, elevadas temperaturas e baixa umidade.

Chuvas mal distribuídas durante o ano (normalmente no inverno).

Longos períodos de seca (verão).

Temperatura do solo: até 600C

Evaporação águas, lagoas secam

Rios São Francisco e Parnaíba (únicos que permanecem)

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Solo raso, pedregoso, ácido e não armazena a chuva que cai.

Altas temperaturas causam uma evaporação intensa e a salinização do solo.

Vegetação rala e de plantas xerófitas (adaptadas ao clima seco).

Estratos arbóreos, arbustivos e herbáceos

Ex: Cactáceas de tamanhos diversos, mandacaru, aroeira, xique-xique, broméliáceas , facheiro, juazeiro, umbu etc...

Adaptações das plantas ao clima seco:

Raízes próximas à superfície do solo, para absorver o máximo da água das chuvas;

Folhas caducas (caem na época das secas);

Folhas reduzidas ou transformadas em espinhos;

Folhas com poucos estômatos e com fechamento rápido;

Folhas com cutícula impermeável e espessa;

Vegetais suculentos (armazenam água em seus caules). Ex: cactos, bromélias.

Fauna pouco rica

Ex: cascavéis, cotia, preás, tatu-peba, veado-catingueiro (ameaçado de extinção), gambá, calango, ararinha-azul (ameaçada de extinção), carcará, asa-branca.

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Xique-XiqueMandacaru

Juazeiro

Aroeira

Umbu

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Savana mais rica em biodiversidade do mundo .

Ocupa aproximadamente 25% do território brasileiro.

Região centro-oeste: Goiás, Mato- Grosso, Mato-Grosso do Sul e Minas Gerais , Bahia, Distrito Federal.

Há outras áreas de Cerrado, chamadas periféricas ou ecótonos, que são transições com os biomas Amazônia, Mata Atlântica e Caatinga.

Clima quente, temperatura média anual (260C).

Seis meses de seca e chuva ao longo do ano.

Inverno seco, verão chuvoso Solo profundo, muito ácido e rico em alumínio: tóxico para a vegetação

Lençóis freáticos permanentes.

Longas raízes das árvores chegam até eles, garantindo a sobrevivência nos períodos de seca

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Vegetação

Árvores espaçadas, entremeadas por gramíneas e pequenos arbustos. Ex: capim-flecha, capim barba-de-bode, capim-gordura, gabiroba

Árvores de porte médio, com troncos e galhos retorcidos, copas irregulares, casca espessa e folhas grandes e duras. Ex: pequi, ipê, caviúna, pau-terra

Vegetação com Falso xeromorfismo ou xeromorfismo aparente como adaptação às condições do ambiente, especialmente as condições do solo:

Excesso de alumínio no solo: formação de árvores pequenas, de caules tortuosos, casca espessa e folhas coriáceas, que dificultam a perda de água nos períodos de seca;

Os troncos tortos podem ser considerados como um efeito do fogo (oriundo de constantes incêndios) no crescimento dos caules, impedindo-os de se tornarem retilíneos. Pelas mortes de sucessivas gemas terminais e brotamento de gemas laterais, o caule acaba tomando uma aparência tortuosa.

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Fauna

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Estações bem definidas:

Inverno (10 a 140C)

Verão (20 a 230C)

Solo fértil: agricultura e criação de gado leiteiro e de corte.

Vegetação campestre, rica em gramíneas.

Vegetação arbustiva e arbórea muito rara, encontrada próxima a cursos d’água, formando matas ciliares.

= Planície, na linguagem indígena (povos andinos).

Campos temperados (pradarias) , localizados ao Sul do Brasil.

Também na Argentina e no Uruguai.

Clima subtropical, temperaturas amenas e chuvas constantes.

Fauna: ratos , preás, cobras, lagartos, codornas e perdizes

Cará (peixe endêmico da região)

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Pantanal Mato-grossense.

Maior planície inundável do planeta.

Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, também estendendo-se pela Bolívia e pelo Paraguai.

Não é um pântano!!!

Superfície não está constantemente alagada.

Reconhecido pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade.

Vegetação do “Complexo Pantanal”: plantas do cerrado, da floresta tropical, palmeiras e espécies típicas de terrenos alagados. Matas ciliares nas margens.

Equilíbrio do ecossistema depende do fluxo de entrada e de saída das águas (enchentes), diretamente relacionado com a pluviosidade regional.

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Clima tropical, semi-úmido.

Chuvas (Outubro a Março)

Rios da Bacia do Paraguai transbordam

Vazante (a partir de Maio)

Quando o terreno começa a secar, no período da vazante, permanece sobre a superfície uma fina camada de lama humífera (areia, matéria orgânica, húmus) , propiciando grande fertilidade ao solo.

Neste período muitos peixes ficam retidos em lagoas ou baías, não conseguindo retornar aos rios: farto banquete para várias espécies de aves a animais carnívoros, como jacarés e ariranhas.

Aves migratórias, fugindo do frio, fazem uma parada obrigatória nesta região, em busca de alimentos da época das vazantes.

Piracema

Período de desova dos peixes na bacia hidrográfica do rio Paraguai.

Ocorre entre outubro e março, quando os peixes nadam contra a corrente para realizar a desova, de modo a poderem reproduzir-se. Tal evento é fundamental para a preservação da abundância de peixes nas águas de rios e de lagoas.

Neste período é proibida a pesca nos dois estados!!!

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Biodiversidade

Xaxim ou samabaia-açu

Aguapé

Manacá-da-serra

Bromélias Piúva ou ipê roxo

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Tuiuiú

Cervo do pantanal

Pintado

Piranha

Iguana

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Impactos Ambientais

Caça e pesca predatória (peixes, jacarés, aves)

Desmatamento

Queimadas

Garimpo (contaminação as águas e do solo por metais pesados)

Turismo e migração desordenada

Estabelecimento de hotéis e pousadas nas margens dos rios, lançamentos de esgotos, lixo

Aproveitamento do cerrado

O manejo agrícola inadequado de lavouras, resultando em erosão dos solos, o que aumentou significativamente o sedimento de vários rios que deságuam no Pantanal; contaminação dos rios com fertilizantes, agrotóxicos