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Biotecnologia - Dossier (pág. 1) Biotecnologia - Dossier Definição Biotecnologia é a ciência que faz uso de organismos vivos ou parte deles, para a produção de bens e serviços. Nesta definição enquadram-se um conjunto de atividades que o homem vem desenvolvendo há milhares de anos, como a produção de alimentos fermentados (pão, vinho, iogurte, cerveja, e outros). Por outro lado a biotecnologia moderna considera-se aquela que faz uso da informação genética, incorporando técnicas de DNA recombinante. A biotecnologia combina disciplinas tais como genética, biologia molecular, bioquímica, embriologia e biologia celular, com a engenharia química, tecnologia da informação, robótica, bioética e o biodireito, entre outras. Biotecnologia em Portugal A Investigação em Biotecnologia desenvolve-se um pouco por todo o país e Regiões Autónomas, tendo sido já constituídos diversos agrupamentos de unidades científicas de investigação aplicada e empresas especializadas, entre as quais se contam um Parque Tecnológico dedicado à biotecnologia, Institutos integrados de investigação multidisciplinar reconhecidos a nível Europeu. O processo de desenvolvimento da Biotecnologia em Portugal teve o seu início formal em 1989 com a criação da primeira das organizações de investigação especializadas em Biotecnologia. As áreas tecnológicas com desenvolvimento mais significativo incluem as Ciências da Vida, (designadamente doenças genéticas, doenças infeciosas e imunologia, neurociências, stress e biologia estrutural), os Biomateriais, os Materiais Biodegradáveis e Biomiméticos Futuro Em termos industriais, tem-se assistido à criação de diversas empresas, resultantes, na sua maior parte, de processos de empresarialização de resultados académicos e científicos, tendo sido criada 1998 a APbio (Associação Portuguesa de Bioindústrias) que atualmente conta entre os seus associados mais de 30 empresas e diversos centros de Investigação e Incubação. Um dos problemas desta área empresarial é o tempo até ao mercado que varia normalmente entre 8 e 15 anos, exigindo grandes investimentos até os produtos chegarem aos consumidores. A falta de empresas de capital de risco especializadas e com recursos suficientes para suportar o esforço necessário ao processo de desenvolvimento, certificação, testes e aprovação é a principal ameaça ao sucesso desta área tecnológica em Portugal.

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Biotecnologia - Dossier (pág. 1)

Biotecnologia - Dossier

Definição

Biotecnologia é a ciência que faz uso de organismos vivos ou parte deles, para a produção de bens e serviços. Nesta

definição enquadram-se um conjunto de atividades que o homem vem desenvolvendo há milhares de anos, como a

produção de alimentos fermentados (pão, vinho, iogurte, cerveja, e outros). Por outro lado a biotecnologia moderna

considera-se aquela que faz uso da informação genética, incorporando técnicas de DNA recombinante.

A biotecnologia combina disciplinas tais como genética, biologia molecular, bioquímica, embriologia e biologia celular,

com a engenharia química, tecnologia da informação, robótica, bioética e o biodireito, entre outras.

Biotecnologia em Portugal

A Investigação em Biotecnologia desenvolve-se um pouco por todo o país e Regiões Autónomas, tendo sido já

constituídos diversos agrupamentos de unidades científicas de investigação aplicada e empresas especializadas, entre

as quais se contam um Parque Tecnológico dedicado à biotecnologia, Institutos integrados de investigação

multidisciplinar reconhecidos a nível Europeu.

O processo de desenvolvimento da Biotecnologia em Portugal teve o seu início formal em 1989 com a criação da

primeira das organizações de investigação especializadas em Biotecnologia.

As áreas tecnológicas com desenvolvimento mais significativo incluem as Ciências da Vida, (designadamente doenças

genéticas, doenças infeciosas e imunologia, neurociências, stress e biologia estrutural), os Biomateriais, os Materiais

Biodegradáveis e Biomiméticos

Futuro

Em termos industriais, tem-se assistido à criação de diversas empresas, resultantes, na sua maior parte, de processos

de empresarialização de resultados académicos e científicos, tendo sido criada 1998 a APbio (Associação Portuguesa

de Bioindústrias) que atualmente conta entre os seus associados mais de 30 empresas e diversos centros de

Investigação e Incubação.

Um dos problemas desta área empresarial é o tempo até ao mercado que varia normalmente entre 8 e 15 anos,

exigindo grandes investimentos até os produtos chegarem aos consumidores. A falta de empresas de capital de risco

especializadas e com recursos suficientes para suportar o esforço necessário ao processo de desenvolvimento,

certificação, testes e aprovação é a principal ameaça ao sucesso desta área tecnológica em Portugal.

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Biotecnologia - Dossier (pág. 2)

Biotecnologia - Pesquisa

Âmbito

Os documentos que se seguem pretendem servir de apoio à compreensão do posicionamento de Portugal no cluster

tecnológico em debate, servir de base à discussão das principais tendências de evolução tecnológica e áreas de

especialização com potencial de crescimento para geração de novos negócios, com produtos e serviços de elevado

valor acrescentado.

Documento 1 - Lixo: a fonte mais promissora da segunda geração de biocombustíveis,

segundo a própria indústria

“O lixo que produzimos em casa ou no escritório é a mais promissora fonte da a segunda geração de biocombustíveis,

segundo a conferência World Biofuels Markets, que decorre até amanhã em Roterdão, Holanda.

Segundo os produtores de biocombustíveis, a indústria está a procurar uma forma alternativa de produzir combustível

verde, até porque as críticas à transformação de comida em gasolina não param de crescer.

Assim, o lixo pode ser uma alternativa muito interessante, com duas vertentes. Uma passa por desenterrar –

literalmente – todo o lixo das lixeiras, uma técnica que está já a ser desenvolvida em alguns projectos. A outra é mais

simples e tem por base todo o lixo que fazemos nas nossas casas e escritórios.

Quando questionados sobre qual será a fonte de biocombustíveis mais promissora para 2012, cerca de 100 executivos

da indústria apontaram o lixo municipal (26%), as culturas não-alimentares (24%), as algas (21%) e os materiais de

celuloses (16%).

(…)

Mais: o preço dos combustíveis fósseis irá levar ao forte desenvolvimento das tecnologias de biocombustíveis… sem

ajudas estatais, ou seja, será uma evolução orgânica da própria indústria. E isso só pode representar boas notícias para

o desenvolvimento sustentável e economia verde (desde que não transformem comida e alimentos em combustíveis,

claro).”

Fonte:

http://www.greensavers.pt/2012/03/14/lixo-a-fonte-mais-promissora-da-segunda-geracao-de-biocombustiveis-segundo-a-propria-industria/

Documento 2 - Estudo sobre Biotecnologia (2005)

“Realizado em 2005 por uma equipa do IN+, o Estudo sobre Biotecnologia pretendeu analisar o potencial da

biotecnologia como ferramenta de apoio à inovação empresarial e à competitividade de alguns dos sectores da

economia nacional e, avaliar, em particular, as necessidades biotecnológicas desses sectores e a capacidade do

sistema científico e tecnológico nacional e das PME inovadoras para as satisfazer, ajudando a responder aos desafios e

oportunidades com que todo o tecido industrial se deparará num futuro próximo.

A realização do estudo “Biotecnologia e Inovação na Indústria Portuguesa: Estudo de Oportunidades Tecnológicas e de

Mercado” decorreu da assinatura, a dia 21 de Junho de 2005, de um protocolo entre a COTEC Portugal e o Instituto

Superior Técnico.

Este estudo foi uma iniciativa conjunta da Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento e da COTEC Portugal,

tendo sido coordenado pelo Doutor Nuno Arantes e Oliveira, do IN+ (Centro de Estudos em Inovação, Tecnologia e

Políticas de Desenvolvimento, do Instituto Superior Técnico). O Estudo contou com o apoio das seguintes associadas

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Biotecnologia - Dossier (pág. 3)

da COTEC Portugal: Efacec, Energias de Portugal (EDP), Galp Energia, Grupo Amorim, Grupo Portucel Soporcel,

Lameirinho, Têxtil Manuel Gonçalves e Unicer.”

Fonte:

http://www.cotecportugal.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=186&Itemid=281

Links úteis:

http://www.cotecportugal.pt/images/stories/iniciativas/Biotecnologia/docs/relatorio_viabio.pdf

Documento 3 - Falhas graves no capital de risco público ameaçam negócios promissores

“As empresas nacionais de biotecnologia são uma promessa potencial para a economia portuguesa, mas enfrentam

sérios riscos causados pelo principal accionista: o Estado.

Falhas graves no funcionamento da InovCapital, a sociedade de capital de risco do Ministério da Economia, ameaçam o

desenvolvimento e a sobrevivência do negócio da biotecnologia em Portugal, uma aposta recente numa indústria que

liga investigação científica às empresas e que é apontada por economistas e políticos como um exemplo de evolução

potencial da economia. Os líderes de cinco empresas do sector sublinham ao i, sob condição de anonimato, a relação

difícil que mantêm com o accionista Estado através da InovCapital. Fonte do governo confirma ao i a existência de

problemas. Estes não se cingem apenas à biotecnologia, abrangendo outros sectores nascentes ligados às tecnologias.

“O primeiro problema é a InovCapital ser gerida por pessoas com uma completa falta de entendimento do negócio da

biotecnologia, entre outros. Saliento que não se trata de não compreender a base científica ou tecnológica, mas de não

discernir o negócio em que entraram”, afirma o presidente de uma empresa do sector, numa crítica feita por todos os

contactados. (…)”

Fonte:

http://www.ionline.pt/dinheiro/falhas-graves-no-capital-risco-publico-ameacam-negocios-promissores

Documento 4 - Investigadores portugueses criam plantas recorrendo à biotecnologia

“Três alunos de doutoramento e pós-doutoramento da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto apresentaram

com sucesso o seu projecto da criação de plantas in vitro que sirvam as indústrias alimentar e farmacêutica.

Com o projecto intitulado «Inphytro» a equipa ganhou o prémio Star-Now no concurso de «Realize o Seu Sonho»,

promovido pela associação Acredita Portugal. Já tinha vencido uma menção honrosa no «iUP25k - Concurso de Ideias

de Negócio da Universidade do Porto».

Em declarações ao «Ciência Hoje», David Pereira, um dos investigadores, além de João Fernandes e Henrique

Nascimento, explicou que já trabalhava nesta área das plantas.

“Aliar a biotecnologia à agricultura de forma a valorizar a flora portuguesa, apostando numa área estratégica para o

país” é a ideia central do «InPhytro». “Queremos produzir plantas aromáticas e medicinais para servirem de matéria-

prima para a indústria alimentar e farmacêutica, mas não recorrendo à agricultura tradicional”, diz.

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Biotecnologia - Dossier (pág. 4)

Através da biotecnologia, pretende-se aumentar o rendimento das potencialidades das plantas. “É bom frisar que não

vamos usar organismos geneticamente modificados”, sublinha o investigador.

A potencialização das características das plantas é feita in vitro, através com controlo químico e biológico. No próximo

ano, os investigadores querem avançar para a criação de uma empresa, que está já a ser incubada”.

Fonte:

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=51898&op=all

Links úteis:

http://p3.publico.pt/actualidade/ciencia/1805/tres-jovens-criam-plantas-medicinais-vitro-e-foram-premiados-por-isso

Documento 5 - Biotechnology: Industry Statistics

“Portugal is home to a young and emerging biotechnology and medical devices sector.

(…)

According to the OECD 2009 Biotechnology Statistics 20091, there were 52 biotechnology companies in Portugal in

2005 with an estimated 5,258 employees. Twenty of these companies were considered to be dedicated biotechnology

firms, which meant that an estimated 75% or more of their total research and development (R&D) expenditure was on

biotechnology research. Thirty of these firms had 50 employees or less (58% of all companies), 14 had 50 – 249

employees, and 8 had 250 or more employees. In 2005, the Portuguese biotechnology industry invested an estimated

USD $34.5 million Purchasing Power Parity (PPP) in R&D, with the USD $13.1 million PPP being spent by the 20

dedicated biotechnology R&D companies.

The majority of Portuguese biotechnology companies are in the Healthcare & Medical sector, followed by Ag-

biotechnology and Environmental Biotechnology and Bioinformatics. There are also several biotechnology service firms

in Portugal.

(…)

In addition to new public policies aimed at creating an environment conducive to life sciences industry development, a

significant amount of private and public investment R&D has been made over the past decade in Portugal. There are

over 25 biotechnology industry related Research Institutes and Incubators in the country. Another significant piece of the

biotechnology infrastructure is BIOCANT Park, Portugal’s first Biotechnology Industry business park. (…)”

Fonte:

http://www.canada-portugal.com/output/uploads/Industry%20-%20Biotech%281%29.pdf

Documento 6 - Formação de professores é a chave para ensino da Biotecnologia

“Um estudo desenvolvido por investigadores da Universidade do Porto acerca das percepções de professores de

Biologia em relação ao ensino destas temáticas revela que a chave para melhorar a literacia científica dos alunos pode

residir na formação de professores especificamente focada na selecção e adaptação de recursos educativos.

Os professores de Biologia do ensino secundário estão bem preparados para leccionar assuntos ligados à

Biotecnologia, que abrange grande parte do currículo do 12º ano. No entanto, a escassez de recursos educativos tem

sido um dos principais problemas com que os professores se têm deparado.

Em conversa com o «Ciência Hoje», a investigadora Maria João Fonseca, do Instituto de Biologia Molecular e Celular

(IBMC), uma das autoras do estudo agora publicado no «Teaching and Teacher Education», explica que nos cursos

superiores de professores de Biologia está incluída a área de biologia molecular. No entanto, “são raros os cursos de

formação complementar na área da biotecnologia”.

A investigadora Maria João Fonseca adianta que estão já ser feitos esforços para combater as falhas. Um das soluções

é apostar em “protocolos alternativos que utilizem materiais fáceis de obter e pouco dispendiosos”. (…)”

Fonte:

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=52539&op=all

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Biotecnologia - Dossier (pág. 5)

Links úteis:

http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0742051X11001405

Documento 7 - A case study on obstacles to the growth of biotechnology

“Biotechnology has been increasingly recognized as a crucial element for the economic growth of countries and regions,

regardless of their stage of development. The horizontal character of biotech allows it to bring innovative solutions to

numerous industries, including the pharmaceutical and health sectors, agriculture, protection of the environment, and

many other areas. However, the emergence of biotechnology as a major economic force has been deeply asymmetric

across the globe, and even among the most industrialized nations.

(…)

In most of Europe and Asia, on the other hand, the absence of quite such a favorable set of conditions has kept

biotechnology at a somewhat less advanced stage of development, a fact which has prompted most governments to take

measures with the intent of fostering the growth of the sector. In the process, the development of biotechnology in these

regions has become largely policy-dependent, and it is becoming increasingly crucial for national and regional

governments to understand exactly what measures to take in order to make their biotech industries competitive.

(…)

It may be particularly useful to take a closer look at countries in which a strong biotech sector has yet failed to emerge,

despite the existence of some conditions which would, in principle, favor the industry. Using Portugal as an example, it

should be possible to identify critical factors that should be taken into account by government policies, as well as by

entrepreneurs and investors, in countries that intend to boost their life science industries.

In this paper I reflect on a limited group of conditions and policies that are in place in different countries, and on how the

comparison between them may help explain Portugal’s relative failure – and possibly that of a few other countries as

well. (…)”

Fonte:

http://w3.ualg.pt/~sraposo/documentos/PMBB_09/Biotec%20Port.pdf

Documento 8 - Porque é que a biotecnologia é importante para Portugal?

“Sendo uma actividade que implica um investimento inicial avultado e a coordenação de pessoas com níveis de

formação elevados, é razoável questionar se Portugal, sendo um país de recursos restritos, pode fazer um investimento

selectivo na Biotecnologia. Do meu ponto de vista é precisamente por os recursos serem escassos e a nossa de

competitividade reduzida que devemos investir em Biotecnologia.

A questão é que esta actividade permite rentabilizar diversas componentes que à partida não são tangíveis como o

conhecimento, a inventividade e a diversidade biológica disponível.

(…)

É neste contexto que a Biotecnologia deve ser encarada: uma forma mais precisa de utilizar os seres vivos para melhor

produzirem aquilo de que necessitamos. E não valerá a pena fugir ao essencial: a resposta às faltas não é dizer que se

deve redistribuir melhor. Biologicamente, mas também socialmente será fácil compreender que tal não acontecerá nos

próximos tempos.

Resta portanto produzir mais, e de melhor qualidade com menos recursos. Localmente. Voltamos assim a Portugal –

parece inevitável utilizar os nossos conhecimentos para garantir o nosso futuro. Futuro que passa pela preservação dos

nossos recursos naturais, mas passa também pela sua utilização eficiente, num planeta em mudança e cheio de novas

ameaças (vejam-se as perspectivas de desertificação no nosso País) essas bem reais.”

Fonte:

http://www.ordembiologos.pt/Arquivo/Pedro%20Fevereiro2.html

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Documento 9 - Portugal no topo da biotecnologia

“Num ranking elaborado pela revista "Scientif American", Portugal, Espanha, República Checa e Brasil são dos países

que registaram maiores avanços na área da biotecnologia.

O ranking elaborado desde 2009 pela revista "Scientif American" foi apresentado na convenção BIO International, que

decorreu em Washington, nos EUA, e "reflecte a força, o potencial e os desafios que cada país precisa de superar para

melhorar a sua capacidade de inovar na área da biotecnologia".

Para o editor chefe da revista norte-americana, Jeremy Abbate, "é fascinante ver países que vivem em climas

desfavoráveis [em termos de capacidade de inovação], mostrarem um crescimento consistente no nosso índice", ao

referir-se à posição destacada ocupada por países que, como Portugal e Espanha, enfrentam, atualmente, fortes

desafios económicos e financeiros.

"Alguns dos progressos mais notáveis registam-se em Portugal e Espanha. Estes países têm evoluído

consistentemente na sua pontuação geral desde que começamos a elaborar este ranking em 2009", acrescentou.

"No caso de Portugal, a educação e a mão-de-obra [especializada] aumentaram quase 40 por cento desde 2009",

sublinhou ainda Jeremy Abbate.

O editor da "Scientific American" destacou ainda o exemplo de países como o Brasil, que tem conseguido com sucesso

aumentar a sua capacidade de captação de cérebros no país, e do México e da República Checa, dois países que

também têm aumentado as suas pontuações no ranking desde a sua publicação inaugural.”

Fonte:

http://www.cortegaca.pt/pt/ciencias/522-portugal-no-topo-da-biotecnologia

Links úteis :

http://www.saworldview.com/ http://www.boasnoticias.clix.pt/noticias_Biotecnologia-Portugal-dos-pa%C3%ADses-com-mais-

avan%C3%A7os_7275.html

Documento 10 - Empresa portuguesa no desenvolvimento da primeira vacina conjugada

contra a tifóide

“O mundo da biotecnologia constrói-se de passos muito pequenos. Em Portugal, uma empresa do Instituto de Biologia

Experimental e Tecnológica deu um gigante ao produzir a primeira vacina conjugada contra a febre tifóide. A “inovação

científica genuína” da GenIBET foi “construir um processo de fabrico para a vacina em larga escala”, explicou o

presidente executivo, António Duarte. Ou seja, passar de uma “escala de dois litros”, no laboratório, para uma “escala

de 50 litros”, que permita iniciar a produção industrial de um medicamento.

“Aquilo que funciona na bancada não funciona necessariamente numa escala maior, e se não funciona numa escala

maior não há vacina. Se fizéssemos só dois litros de cada vez, não havia maneira de colocar esse produto no mercado.

Nem sequer é uma questão de rentabilidade, é uma questão de exequibilidade”, clarificou.

Criada em 2006, a GenIBET centra a sua actividade na produção de biofármacos – medicamentos produzidos por

biotecnologia – para ensaios clínicos, permitindo que a investigação laboratorial possa ser testada em humanos no

longo processo de ensaios que tem de atravessar um medicamento antes de ser comercializado.

É a única “empresa de biotecnologia farmacêutica em Portugal, com produção de biofármacos que já foram testados em

seres humanos com sucesso” e esta capacidade de transformar o produto de investigação laboratorial em material

susceptível de ser submetido a ensaios clínicos é, segundo António Duarte, “uma ferramenta incontornável para o

desenvolvimento da biotecnologia” no país. (…)”

Fonte:

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=43645&op=all

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Biotecnologia - Dossier (pág. 7)

Documento 11 - Plantas Provetas

“As plantas geneticamente modificadas são mais conhecidas pela sua controvérsia do que por aquilo que se sabe sobre

elas: dois em cada cinco portugueses admitem desconhecer o assunto por completo. Foi essa lacuna que levou o

biólogo Jorge Canhoto a publicar um livro que procura explicar os avanços técnicos que estão ao dispor da

biotecnologia vegetal e “desarmar” alguns dos argumentos de quem se lhe opõe.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), em 2009 mais de mil milhões de

pessoas passaram fome, isto para uma população mundial de 6,7 mil milhões de habitantes. Os números assustam, e

acabam por ser tornar mais dramáticos quando comparados com os dados de 2006, altura em que se registavam 800

milhões de pessoas nestas condições de privação. Ou seja, há mais crianças e adultos a sobreviver com fome.

(…)

A área agrícola destinada às PGM atingiu em 2008, a nível mundial, os 140 milhões de hectares (uma área 15 vezes

maior do que Portugal). Os Estados Unidos lideram, com 70% da área ocupada, seguidos da Argentina, com 23%. As

PGM mais produzidas são o milho, a soja, o algodão e a colza. Em Portugal, e para o mesmo ano, a área agrícola

destinada às PGM [plantas geneticamente modificadas] foi de 4,8 mil hectares, essencialmente com milho. A tendência,

a nível global, é para o aumento destas áreas agrícolas.

Todavia, a aplicação das tecnologias biológicas ainda está longe de ser consensual junto da população em geral, tanto

na Europa como em Portugal. Segundo o Eurobarómetro de 2010 relativo à área da biotecnologia, pouco mais de

metade dos europeus (53%) acreditam que estas possam trazer efeitos positivos para o futuro. Em Portugal, o valor

desce ligeiramente, para os 46%. Quando confrontados somente com os OGM [organismos geneticamente modificados]

(PGM incluídas), as opiniões, tanto a nível europeu como nacional, demonstram um enorme cepticismo. (…)”

Fonte:

http://www.superinteressante.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=553:plantas-de-proveta&catid=18:artigos&Itemid=98

Documento 12 - Cell2B wins the life sciences track at “BES Inovação” with the project

ImmuneSafe

“Cell2B, a biotechnology-based start-up founded by students from the MIT Portugal Program, is the 2011 winner of BES

National Innovation Contest at Health Technology and Biotechnology track. Cell2B received the award for their project

ImmuneSafe, the first product that Cell2B intends to launch to the market.

“ImmuneSafe is a cell therapy designed for patients who have shown signs of rejection after bone marrow transplantation

and allows the modeling of the immune system in cases of acute rejection” explains David Malta, CEO of Cell2B.

So far the ImmuneSafe therapy has been successfully administered to seven patients at the Portuguese Institute of

Oncology Francisco Gentil (IPO). David adds that “First we intend to validate the treatment of therapy-resistant severe

acute graft-versus-host disease, that affects patients after a bone marrow transplant and, in severe cases, can to the

patient’s death”. (…)”

Fonte:

http://biotecnologiaportugal.com/?p=1580

Links úteis:

http://www.cell2b.com/

Documento 13 - Portugal está “muito bem posicionado” no futuro das biotecnologias

“A biotecnologia é um campo muito vasto que inclui a parte industrial, ambiental, alimentar e de saúde. Estes sectores

“são diferentes” mas “em todos existem potencialidades”, afirmou Joaquim Sampaio Cabral, que apresentou ontem,

durante a II edição da Conferência OeirasBioTech, os «Avanços da Biotecnologia em Portugal».

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Biotecnologia - Dossier (pág. 8)

Ao Ciência Hoje, o director do laboratório de Bioengenharia de Células Estaminais e Medicina Regenerativa do IST –

Campus Taguspark explicou que, no país, a biotecnologia alimentar é “extremamente importante” pelo que “há muito

desenvolvimento, nomeadamente em vários pólos de competência, quer universitários quer de investigação, no Norte”.

No que respeita à parte de biotecnologia ambiental, esta “tem um impacto bastante grande junto das empresas e das

indústrias”. E a parte industrial “é um pouco mais debilitada porque só temos dois ou três exemplos de grandes

companhias “, continuou. Finalmente, a biotecnologia de saúde é uma nova área emergente, particularmente no que

respeita à medicina regenerativa e medicina personalizada”, que é aquela sobre a qual o laboratório deste investigador

se centra.

(…)

No entanto, o engenheiro considera que Portugal está “muito bem posicionado” em relação ao futuro das biotecnologias

“uma vez que temos interacção com grandes grupos, somos reconhecidos internacionalmente, participamos em várias

conferências e organizamos encontros internacionais”, exemplificou. (…)”

Fonte:

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=53653&op=all

Documento 14 - Portuguesa que cria osso sintético premiada

“Claudia Ranito, fundadora da start-up de biotecnologia Medbone - Medical Devices conquistou o 12º Prémio do Jovem

Empreendedor, iniciativa promovida pela Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) com o apoio do IEFP. A

portuguesa de 31 anos ganhou graças ao projeto da sua empresa, que se dedica à produção de substitutos ósseos para

cirurgia ortopédica, dentária e veterinária.

Em comunicado, a ANJE salienta que "os produtos fabricados por esta inovadora start-up têm propriedades

semelhantes às do osso natural, possibilitando melhor qualidade de vida aos pacientes".

Este facto levou à distinção da criadora da Medbone, cujos substitutos ósseos já chegaram a vários países de todo o

mundo, como Espanha, Dinamarca, Polónia, Kuwait, Camboja, Hong Kong, Colômbia, África do Sul e Moçambique.

O projeto de Claudia Ranito foi escolhido entre o grupo de seis finalistas, no qual o setor mais representado foi, à

semelhança do que aconteceu na última edição do prémio, o da saúde.

(…)

A propósito da vitória, a empreendedora portuguesa disse ao semanário Expresso que "é importante sentir que o país

valoriza e se orgulha de ter uma empresa como a Medbone, que está a conseguir chegar a todos os pontos do mundo".

(…)”

Fonte:

http://boasnoticias.clix.pt/noticias_Portuguesa-que-cria-osso-sint%C3%A9tico-premiada_10166.html

Documento 15 - Biotecnologia: Empresa portuguesa na bolsa de Frankfurt

“A Biopremier é a primeira empresa de biotecnologia portuguesa a estrear-se em bolsa e a segunda firma nacional –

depois da Ydreams - a entrar no mercado de Frankfurt. No seu dia de estreia em bolsa, na quinta-feira passada, as

ações da Biopremier fecharam nos 4,10 euros, o que significa mais 2,5 por cento do que o valor com que se iniciou no

mercado.

A empresa portuguesa de biotecnologia fechou assim a valer mais 10 cêntimos do que o valor a que iniciou

a negociação. De acordo com dados da Bloomberg, os títulos fecharam a valer 4,10 euros, o que atribui à empresa um

valor de mercado de 3,75 milhões de euros.

Foram admitidas à negociação 915.500 acções, representando cerca de 90% do capital da empresa (sendo que o

restante pertence aos administradores, estando estas sob “lock up”).

A Biopremier foi fundada em 2003 e é especializada em testes de biologia molecular, aplicados a amostras alimentares,

clínicas, veterinárias e ambientais. Neste momento, a Biopremier tem clientes como a Makro ou o Lidl. O administrador

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Biotecnologia - Dossier (pág. 9)

da Biopremier, Mário Gadanho, foi um dos oradores da 2ª edição dos Nutrition Awards, na segunda-feira da semana

passada.

Nessa altura, e numa apresentação denominada CSI (Comida sob Investigação), o responsável explicou como pode a

genética forense ajudar-nos a responder a várias perguntas, sendo uma importante ajuda no controlo a compostos que

possam provocar alergias, entre outros problemas de saúde.”

Fonte:

http://boasnoticias.clix.pt/noticias_Biotecnologia-Empresa-portuguesa-na-bolsa-de-Frankfurt_8182.html

Documento 16 - Análise dos Fatores Internos e Externos Capazes de Influenciar a

Liderança em Empreendimentos de Biotecnologia Portugueses (Dissertação)

“Essa dissertação tem como conjuntura a análise do processo de liderança criativa enquanto capaz de influenciar o

desempenho dos colaboradores, assim como de ser influenciada por diferentes aspetos e fatores. O estudo das

interações entre liderança, criatividade e biotecnologia é recente.

Neste sentido, o presente trabalho busca fornecer compreensão teórica, mas também prática, ao considerar a ausência

de estudos e conhecimentos empíricos focalizados no contexto da biotecnologia portuguesa. Os resultados atingidos, a

partir do uso de uma metodologia inovadora em três empreendimentos do setor, indicam principalmente que a criação

de valores criativos, diante da identificação de prováveis pressionadores e facilitadores, assim como de fatores positivos

e negativos em um ambiente mais específico de cada empresa, está a ser desfavorecida. É necessário o

aprofundamento da perceção sobre a influência dos gaps da biotecnologia diante do processo de liderança. Um

marcante caráter exploratório ainda permanece e pesquisas futuras são de considerar.

(…)

O reconhecimento de que a análise pessoal dos líderes é principalmente marcada pelos perfis Imagine e Incubate de

criatividade, enquanto que diferentes resultados (metas, práticas, esforços de liderança criativa, variáveis de liderança e

de performance) reflectem também outras intenções e dinâmicas, é motivador para que a liderança em biotecnologia,

enquanto processo que influencia e é influenciável, seja melhor compreendido no contexto português e em outras

nações. (…)”

Fonte:

http://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/2299/3/DM_20341.pdf

Documento 17 - A Biotecnologia na esfera pública (Dissertação)

Este trabalho foca o envolvimento de cidadãos ligados à agricultura, à I&D agronómica e ao meio rural em assuntos de

inovação na agricultura, tomando como caso de estudo ‘a biotecnologia na agricultura’ designada por agrobiotecnologia

ou biotecnologia verde, na qual se incluem os organismos geneticamente modificados (‘OGM’) ou transgénicos.

O seu uso na agricultura tem gerado desacordo entre os seus adeptos e os seus opositores, incluindo-se nestes dois

grupos diversos actores.

(…)

A persistência, por mais de uma década, da polarização sobre este assunto, que mobilizou, entre outros actores, alguns

cientistas, associada ao facto de existirem diferentes percepções de risco e benefício ligadas a várias aplicações, não

só em diferentes países e culturas, mas também entre os indivíduos de um dado país, e nestes indivíduos em

momentos e contextos diferentes, indiciam que a abordagem deste assunto em termos estritamente científicos e que

exclui as preocupações existentes tenderá a perpetuar a polarização e a estagnação.

(…)

O envolvimento neste assunto de jovens do ensino profissional agrícola, num projecto piloto educativo, e de

agricultores, cientistas e outros actores ligados ao sector agrícola, em processos participativos de tipo focus grupos,

permite uma partilha de informação e uma clarificação das suas preocupações, de potencial utilidade ao delinear de

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Biotecnologia - Dossier (pág. 10)

futuras linhas de I&D e políticas neste âmbito, sobretudo quando a nível nacional é inexistente uma estratégia clara para

a biotecnologia na agricultura, constituindo estas iniciativas de envolvimento dos cidadãos um contributo para o

desenvolvimento de capital social neste âmbito. (…)”

Fonte:

http://run.unl.pt/handle/10362/1676

Links úteis:

http://run.unl.pt/bitstream/10362/1676/1/Lima_2007.pdf

Documento 18 - Sucess Story - Portugueses criam película comestível para alimentos

“Uma película comestível, invisível e que permite embalar os alimentos, preservando a sua conservação, promete

revolucionar a indústria alimentar. É uma das mais recentes inovações do Instituto para a Biotecnologia e Bioengenharia

(IBB) da Universidade do Minho (UM).

O Nanopacksafer, nome atribuído ao projeto do IBB, surgiu da necessidade de desenvolver uma “embalagem que

permitisse a conservação dos alimentos e que ao mesmo tempo fosse comestível e biodegradável”, explica ao Boas

Notícias, José Teixeira, investigador da UM, que coordena a equipa de cinco pessoas que desenvolveu esta inovação.

A equipa da UM iniciou o projeto em 2005, através da pesquisa de materiais que “pudessem ser usados como base”

para a criação de uma película capaz de melhorar a conservação dos alimentos mas evitando os problemas típicos da

"utilização das embalagens sintéticas para alimentos”.

Da investigação nasceu o Nanopacksafer: uma solução líquida que cobre os alimentos. A película contém uma

nanopartícula que, depois de seca, cria um revestimento protetor, impedindo que microrganismos contaminem os

alimentos.

A matéria-prima biológica: A principal matéria-prima que está na origem da película tem base biológica, sendo extraída

da biomassa. “Os principais materiais usados são os polissacarídeos, tais como galactomananos extraídos de sementes

de leguminosas (ex: semente de alfarroba), carragenanas, agaranas extraídas de algas, e também quitosano obtido da

carapaça dos crustáceos”, explica José Teixeira. (…)”

Fonte:

http://boasnoticias.clix.pt/noticias_Portugueses-criam-pel%C3%ADcula-comest%C3%ADvel-para-alimentos_7905.html

Documento 19 - Redes sociais e empreendedorismo em biotecnologia. O processo de

aglomeração em torno de núcleos de produção de conhecimento

“Este artigo aborda a aglomeração de novas empresas de biotecnologia em torno de núcleos de produção de

conhecimento, centrando-se no papel das redes sociais no acesso ao conhecimento científico e tecnológico. A

abordagem toma em consideração o impacto de várias formas de proximidade – geográfica, social, cognitiva e

organizacional – no desenvolvimento de relações chave e na sua utilização para obter conhecimento científico e

tecnológico. Tal permite aferir a importância relativa de fontes de conhecimento próximas e distantes e explicar as

decisões tomadas pelos empreendedores em termos de mobilização das redes que lhes dão acesso. Na exploração

empírica recorre-se a uma metodologia para reconstruir as redes sociais e medir os diferentes tipos de proximidade.

(…)

O caso das novas empresas de biotecnologia em Portugal – enquanto exemplo de contexto onde existe uma base de

conhecimento razoavelmente desenvolvida e se verifica um número crescente de iniciativas empreendedoras neste

domínio, embora esteja longe de se poder considerar um importante cluster de biotecnologia – suscita algumas

questões, sobre as estratégias de localização e sua relação com as estratégias de acesso ao conhecimento. Essas

questões estão também reflectidas na literatura sobre este sector, que ora aponta para uma tendência para a

aglomeração à volta dos principais centros de conhecimento e negócio, realçando o papel da proximidade geográfica,

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Biotecnologia - Dossier (pág. 11)

ora chama a atenção para o facto de as empresas tenderem a desenvolver um leque extenso de relações

geograficamente distantes. (…)”

Fonte:

http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/fin/n88/n88a07.pdf

Documento 20 - Biotecnologia marinha: o desafio do século XXI

“A biotecnologia tem sido definida como a aplicação de organismos vivos, ou porções deles, na obtenção de produtos e

processos úteis ou convenientes para a humanidade. Trata-se, em suma, da utilização de tecidos ou células viáveis –

ou apenas componentes activos destas, como sejam os enzimas, para a realização de reacções químicas (isoladas ou

em cadeia) conducentes a metabolitos ou produtos com valor de mercado – numa ampla gama que cobre desde os

biocombustíveis até aos fármacos. As ferramentas da biotecnologia têm vindo a ser amplamente aplicadas ao longo de

toda a cadeia de valor e nos mais diversos sectores de actividade – desde a produção agropecuária (biotecnologia

verde), passando pela transformação industrial (biotecnologia branca), até aos produtos para consumo e tratamento

humano (biotecnologia vermelha), e, mais recentemente, englobando também os recursos dos habitats aquáticos

(biotecnologia azul).

Nos últimos anos, com a exaustão dos recursos disponíveis em terra e a sua sobreocupação por uma população

crescente, tem-se assistido ao redireccionar das atenções para os oceanos – que, no seu conjunto, ocupam ca. 4/5 da

superfície do nosso planeta, e encerram a maior parte da biodiversidade existente.

(…)

Com o valor mais elevado na Europa para o rácio de área marítima exclusiva para a área terreste (devido sobretudo ao

contributo dos Açores), e à riqueza dos habitats marinhos que vão deste as plataformas costeiras arenosas até aos

fundos abissais vulcânicos, Portugal tem no mar uma das suas maiores vantagens competitivas, e por isso um sem

número de oportunidades para a criação de valor – sendo necessário, desde logo, contar com os contributos do

conhecimento existente e a desenvolver nas áreas da biotecnologia azul, e sobretudo tomando partido do riquíssimo

capital humano já disponível possuindo formação avançada nestas áreas e afins, a par de um mercado global crescente

para produtos obtidos por recurso a cianobactérias e microalgas.”

Fonte:

http://www.pontosdevista.com.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=799:biotecnologia-marinha-o-desafio-do-seculo-xxi&catid=51:palavra-a&Itemid=83

Documento 21 - Bioengenharia: Área é promissora mas Portugal não investe

“O mestrado integrado em Bioengenharia da Universidade do Porto é uma das referências nacionais no setor da

engenharia biomédica e biológica. Mas a falta de investimento nacional neste ramo levanta muitas dúvidas quanto ao

futuro desta atividade, em Portugal.

(…)

O facto de o curso ainda ter poucos anos de vida faz com que ainda haja muitas incertezas relativamente à existência

de emprego para os futuros bioengenheiros. Apesar da Bioengenharia ser uma área em expansão à escala global,

nenhum aluno se arrisca a dizer que terá espaço no mercado de trabalho e quase todos apostam em trabalhar no

estrangeiro, para combater a falta de investimento neste ramo, em Portugal.

"Já ouvi dizer que dificilmente vamos arranjar trabalho em Portugal", lamenta Francisco Coelho, que não descarta a

ideia de trabalhar fora do país. Nuno Leitão, finalista do mestrado, no ramo de Biotecnologia Molecular, também

concorda que Portugal se encontra atrasado nesta área. "Eu vejo imensas empresas de biotecnologia molecular, mas

pouquíssimas no nosso país", refere o estudante, que destaca a Suécia, a Noruega, a Dinamarca e a Alemanha como

os países mais promissores. (…)”

Fonte:

http://jpn.icicom.up.pt/2012/04/10/bioengenharia_area_e_promissora_mas_portugal_nao_investe.html

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Biotecnologia - Dossier (pág. 12)

Documento 22 - O BIOCANT e a Inovação no Vinho e na Vinha

“O Biocant é um dos co-promotores do projeto InovWine que associa a Biotecnologia e as tecnologias da informação e

comunicação ao setor vitivinícola.

Este projeto inovador e dinamizador, cujos resultados poderão revolucionar a forma de ação na vinha, visa

essencialmente aumentar a competitividade das empresas deste setor através do desenvolvimento de novos produtos e

serviços para a fileira do vinho e da vinha.

É uma parceria entre o BIOCANT, a Adega Cooperativa de Cantanhede, o Instituto Pedro Nunes e os Viveiros Vitícolas

Pierre Boyer, inserida no InovCluster - Cluster Agro-Industrial do Centro, e um projeto apoiado pelo SI&DT – Projetos

em Co-promoção, financiado pelo FEDER, através do programa COMPETE.”

Fonte:

http://www.biocant.pt/show.aspx?contentID=230

Links úteis :

http://www.biocant.pt/default.aspx http://inovwine.com/

http://www.pofc.qren.pt/media/noticias/entity/inovwine--projecto-que-associa-a-area-da-biotecnologia--e-as-tecnologias-da-informacao-e-comunicacao-num-setor-tradicional

Documento 23 - BIOCANT PARK

“O BIOCANT Park é o primeiro parque de biotecnologia em Portugal, cujo objectivo é patrocinar, desenvolver e aplicar o

conhecimento avançado na área das ciências da vida, apoiando iniciativas empresariais de elevado potencial.

Através de um arrojado investimento por parte da Câmara Municipal de Cantanhede e do Centro de Neurociências e

Biologia Celular da Universidade de Coimbra, e tomando partido do investimento nacional na área das ciências da vida

ocorrido nos últimos anos, foi possível estabelecer uma estratégia de desenvolvimento que promove, simultaneamente,

o empreendedorismo e o crescimento económico.

O núcleo do Parque é o centro de investigação e desenvolvimento (I&D) – BIOCANT, Centro de Inovação em

Biotecnologia – com um quadro próprio de investigadores e alicerçado na forte tradição científica dos centros de

investigação de excelência da Universidade de Coimbra e da Universidade de Aveiro. As unidades laboratoriais são

dotadas de profissionais dedicados e tecnologia de ponta com uma forte componente de automação em condições

ímpares.”

Fonte:

http://www.biocant.pt/apresentacao.aspx

Documento 24 - Biomode: Biotecnologia a caminho dos EUA

“Para o cientista, a "hibridação fluorescente in situ" é fascinante, mas só poderia tornar-se negócio quando o gestor da

antiga spin-off da Universidade do Minho DNA Mimics o apresentou à Cotec. Em dezembro de 2010 nasceu a Biomode,

dedicada ao diagnóstico bacteriológico e financiada por capital de risco (300 mil euros) nos primeiros dois anos.

Os quatro promotores/fundadores, das universidade do Minho e do Porto - Nuno Azevedo, 34 anos, Carina Almeida,

28, Laura Cerqueira, 32, e Maria João Vieira, 44 - admitem que "são só cientistas" e não estavam "preparados para lidar

com as burocracias de uma empresa". Mas com o administrador Pedro Vilarinho todos os pormenores de registo de

patentes, certificação para a Europa e os EUA são assegurados antes de lançar os produtos no mercado. "Se não fosse

a Cotec, teríamos emigrado ou desistido", asseguram.

A tecnologia em causa baseia-se num teste molecular extremamente fiável que permite identificar bactérias no sangue

em apenas algumas horas, em vez de dias. (…)”

Fonte:

http://www.dinheirovivo.pt/Faz/Artigo/CIECO033647.html?page=0

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Biotecnologia - Dossier (pág. 13)

Documento 25 - Biotecnologia industrial para uma economia sustentável

“A Biotrend desenvolveu um processo biotecnológico inovador para a produção de beta caroteno por via natural. Este

composto, com um mercado de 250 milhões de euros por ano, é utilizado como corante e antioxidante nas indústrias

alimentar, cosmética e farmacêutica.

Fundada em 2000 por investigadores do Instituto Superior Técnico, incluindo dois dos actuais administradores, Bruno

Sommer Ferreira e Frederik van Keulen, a Biotrend iniciou as suas actividades através do desenvolvimento de

bioprocessos para terceiros realizando investigação por contrato. Os bioprocessos, desenvolvidos no Biocant Park em

Cantanhede, são inovadores do ponto de vista económico e ambientalmente mais sustentáveis que os processos

químicos actuais. São também um bom exemplo da receptividade que o mercado está dar aos produtos naturais.

Como surgiu a ideia do projecto? É totalmente inovador ou inspirado numa solução já existente?

A Biotrend desenvolveu um processo biotecnológico inovador para a produção de beta caroteno por via natural,

entretanto patenteado. Este composto, com um mercado de 250 milhões de euros por ano, é utilizado como corante e

antioxidante nas indústrias alimentar, cosmética e farmacêutica. Em paralelo, consolidou competências no

desenvolvimento de processos de biotecnologia industrial, hoje aplicadas a diversas áreas, como a produção de

bioplásticos. (…)”

Fonte:

http://www.oje.pt/gente-e-negocios/casos-de-sucesso/biotecnologia-industrial-para-uma-economia-sustentavel

Documento 26 - Biotecnologia: o sector líder do momento

“Muitos associarão a palavra biotecnologia à última fase da bolha da internet, algures no ano 2000. Nessa altura, a

Celera Genomics dedicava-se a construir o mapa do genoma humano que permitiria combater dezenas de doenças

sem cura. Como acontece sempre que se exagera o entusiasmo, pouco depois a empresa caiu em descrédito. Mas o

que ali se fazia era real. E hoje começou a materializar-se essa realidade e os preços de algumas ações.

Vamos à pergunta mais óbvia e básica: Como tem andado o índice biotecnológico? A resposta não deixa margem para

dúvidas: é um dos sectores que está a alimentar a subida do Nasdaq há várias semanas.

Há três participantes de grande importância que merecem referência. Em primeiro lugar, a Amgen, o colosso do sector,

com uma capitalização bolsista de 55 mil milhões de dólares (42 mil milhões de euros). O que faz? Tudo. Inventa,

desenvolve, produz e comercializa elementos terapêuticos baseados em biologia celular e molecular. Mas aparte disto,

com o seu tamanho, dedica-se a comprar todas as empresas prometedoras do sector.

(…)

O objetivo desta crónica é trazer à luz um sector que talvez tenha andado esquecido mas que está a mover-se com uma

potência que promete continuar a acelerar.”

Fonte:

http://www.dinheirovivo.pt/Mercados/Artigo/CIECO033800.html?page=0

Links úteis:

http://www.cartafinanciera.com/wp-content/uploads/2012/02/Carta-Financiera_Biotecnology-Index1.gif

Documento 27 – Produção Científica Portuguesa 1990-2010: Séries Estatísticas

“A presente publicação actualiza e divulga alguns dos principais indicadores estatísticos sobre a produção científica.

A segunda parte da publicação apresenta a evolução da produção científica em Portugal entre 1990 a 2010, com base

nos dados do InCitesTM (da Thomson Reuters). Esta base de dados é constituída a partir da informação disponível na

Web of Science e contém todos os registos bibliográficos publicados em revistas científicas de referência internacional

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Biotecnologia - Dossier (pág. 14)

indexadas pela Thomson Reuteurs, que possuam pelo menos um autor com endereço de uma instituição portuguesa.

(…)”

Fonte:

http://www.gpeari.mctes.pt/archive/doc/Producao_Cientifica_Portuguesa__1990-2010_Series_Estatisticas.pdf

Documento 28 - A Portuguese Farmer’s Request for the Freedom to Choose Technology

That Helps Feed the World and Science-Based Decisions by the European Commission

“Podemos comprar, mas não podemos produzir. É a loucura a que se chegou no que toca às políticas da União

Europeia sobre os alimentos biotecnológicos. Os decisores políticos permitem-nos produzir rações com plantas

geneticamente modificadas, mas apenas se essas culturas forem produzidas fora da União Europeia. Não nos é

permitido produzir essas mesmas plantas nas nossas explorações agrícolas.

Não faz qualquer sentido e a hostilidade ilógica da Europa contra a utilização da tecnologia agrícola custa-nos caro.

Em Janeiro, a BASF – a maior empresa de químicos do mundo, sedeada na Alemanha – declarou que as suas

actividades de investigação em plantas iriam mudar para Raleigh, na Carolina do Norte. Essas são grandes notícias

para as pessoas nos Estados Unidos da América, que irão receber todos os benefícios da criação de novos postos de

trabalho que terão origem no crescimento económico.

(…)

Até que a Europa decida parar de virar as costas ao futuro da produção de alimentos, à inovação e ao

empreendedorismo as empresa vão continuar a fugir.

O caso das culturas biotecnológicas é claro: produzem maiores rendimentos, necessitam de menos água e menos

químicos e trazem mais benefícios ambientais. Sei-o por experiência pessoal, porque cultivo milho Bt em Portugal

desde 2006. É o único tipo de cultura biotecnológica que posso utilizar – e quero ter liberdade para escolher outras

variedades, como acontece com os agricultores dos Estados Unidos da América, do Canadá, do Brasil, da Argentina e

muitos outros países.

(…)

Os agricultores Europeus contaram apenas com uma pequena fracção do total – tão poucos que foram irrelevantes.

Nações como Burkina Faso, Myanmar e Uruguai aceitam melhor a biotecnologia do que a maioria dos países mais

avançados da Europa.”

Fonte:

http://cibpt.wordpress.com/2012/03/20/agricultora-portuguesa-pede-liberdade-de-escolha-de-tecnologia-na-europa/

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Biotecnologia - Dossier (pág. 15)

Links úteis :

http://www.truthabouttrade.org/2012/03/15/a-portuguese-farmers-request-for-the-freedom-to-choose-technology-that-helps-feed-the-world-and-science-based-decisions-by-the-european-commission/

Documento 29 - Biotechnology and Health Care in Portugal

“Biotechnology companies evolution”

Fonte:

http://www.portugalglobal.pt/en/general/documents/biotechnologyhealthcare2nddecember.pdf

Documento 30 - Diagnóstico do Sector da Biotecnologia na Euro-região Galiza-Norte de

Portugal

“O Diagnóstico do Sector da Biotecnologia na Euro-região Galiza-Norte de Portugal constitui um estudo de análise sobre

o contexto empresarial actual do sector, que pretende também fornecer informação às iniciativas empresariais

biotecnológicas e identificar as potencialidades do território, explorando oportunidades de bio-negócios.

(…)

Em relação às empresas, foi possível constatar que desenvolvem e prestam serviços e comercializam produtos

fundamentalmente em dois sectores: Saúde e Agro-alimentar direccionando-se em alguns casos uma mesma empresa

para vários sectores de actividade. Um terceiro sector a destacar correspondeu ao Ambiental e, finalmente, com uma

importância menor, apresentou-se o sector da Energia, sinalizando-se algumas empresas com actividades no subsector

da Aquicultura. As empresas analisadas apresentam uma trajectória empresarial curta, uma vez que a grande maioria

tem menos de sete anos de actividade. Estes dados indicam que o sector da Biotecnologia se encontra num processo

de criação e crescimento, com um tecido empresarial pouco amadurecido.

(…)

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Biotecnologia - Dossier (pág. 16)

Também devido à sua falta de maturidade, as empresas de Biotecnologia direccionam-se maioritariamente para o

mercado nacional, sendo poucas as que abordam mercados internacionais.

(…)

Por último, salienta-se que o índice de pedidos de patenteamento de produtos e serviços é relativamente baixo nestas

empresas. Entre as empresas que apostaram neste domínio, existe um equilíbrio entre a decisão de patentear a nível

nacional e a nível internacional, o que revela uma tendência para internacionalização, ainda que pouco significativa.

(…)”

Fonte: http://www.bioemprende.eu/files/2011/Diagnostico/Diagnostico_port.pdf

Documento 31 - Diagnóstico do Sector da Biotecnologia na Euro-região Galiza-Norte de

Portugal (Conclusões e Recomendações)

“A Biotecnologia é reconhecida de forma unânime como uma ferramenta para o surgimento de uma nova economia,

com capacidade para actuar como vector de crescimento económico e social nas regiões, países e empresas que

promovam o seu desenvolvimento.

Afirma-se como uma área de conhecimento que, aplicada a diversas actividades e sectores empresariais, pode gerar

empresas de base tecnológica, com uma carteira de serviços e produtos de alto valor acrescentado e emprego

qualificado.

(…)

A conjugação dos resultados obtidos e a sua interpretação, permitem não só realizar um Diagnóstico do Sector da

Biotecnologia na Euro-região Galiza-Norte de Portugal, como também elaborar um conjunto de recomendações sobre

áreas de intervenção que podem potenciar o desenvolvimento e a criação de novas empresas e linhas de negócio, bem

como a cooperação e colaboração entre os diferentes agentes.

As principais recomendações que se podem realizar como base nos resultados obtidos durante o Diagnóstico são as

seguintes:

- Definição de uma estratégia concertada dentro dos centros de saber e universidades para a transferência de

tecnologia;

- Definição de uma estratégia concertada para a criação de Biopólos (incluindo bioincubadoras) sectorialmente

especializados e especificamente dedicados a empresas de base biotecnológica;

- Criação de redes de cooperação e divulgação do conhecimento para a partilha de experiências e a promoção da

cooperação entre os diversos agentes económicos dos sectores de aplicação da Biotecnologia;

- Criação de cursos específicos de empreendedorismo tecnológico para a formação de empreendedores com elevado

nível de qualificação;

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Biotecnologia - Dossier (pág. 17)

Em conclusão, e após tudo o que foi exposto neste Diagnóstico, o projecto Bioemprende afirma-se como uma

ferramenta poderosa de promoção do empreendimento biotecnológico, que desenvolve, ao longo da sua

implementação, acções que pretendem potenciar as vantagens desta zona geográfica e minimizar o impacto das suas

desvantagens.”

Fonte: http://www.bioemprende.eu/files/2011/Diagnostico/Diagnostico_port.pdf

Documento 32 - Europeans and Biotechnology in 2010

“Winds of change? The latest Eurobarometer survey on the Life Sciences and Biotechnology, based on representative

samples from 32 European countries and conducted in February 2010, points to a new era in the relations between

science and society.

A majority of Europeans are optimistic about biotechnology (53 per cent optimistic; 20 per cent say ‘don’t know’). In

comparison, they are more optimistic about brain and cognitive enhancement (59; 20), computers and information

technology (77; 6), wind energy (84; 6) and solar energy (87; 4), but are less optimistic about space exploration (47; 12),

nanotechnology (41; 40) and nuclear energy (39; 13). (…)”

Fonte: http://ec.europa.eu/public_opinion/archives/ebs/ebs_341_winds_en.pdf