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BLINDFOLDED – LIVRO 1: REAÇÃO

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MIRE-SE BEM. PORQUE VOCÊ PODE ESTAR COM OS OLHOS VENDADOS. “Não descansarei enquanto existir uma única antena HAARP enviando os seus feixes de ondas hipnóticas para os bilhões de humanos robotizados. Aviso ao Chefe do Governo Mundial para guardar na memória os rostos dos seus colegas da LUZ, pois vou conferir o óbito de cada um deles. Meu nome é Brenda Slava, e eu recebo salário da morte para fazer isso.” Autor J. MARINS nasceu em 4 de julho de 1965. Além de escritor, é magistrado e ambientalista. Divide a sua paixão pela mulher e pelo filho, também escritores, com enredos e roteiros criativos que misturam fatos reais com ficção. Filho de um ex-combatente e herói da Segunda Guerra Mundial, o autor é fascinado pelo estudo da história, da economia e da política global.

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BLINDFOLDED

Reação

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São Paulo 2012

J. MARINS

BLINDFOLDED

Reação

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Índices para catálogo sistemático:1. Ficção : Literatura brasileira 869.93

Copyright © 2012 by J. Marins

Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (Decreto Legislativo nº 54, de 1995)

Coordenação Editorial

Diagramação e Capa

Ilustrações

Preparação de Texto

Revisão

Filipe Nassar Larêdo

Adriano de Souza

Marina Cervine

Maria Clara Dunck

Ana Claudia de Mauro

Equipe Novo Século

Marins, J.Blindfolded : (olhos vendados) : livro um : reação / J. Marins. -- Barueri, SP : Novo Século Editora, 2012.

1. Ficção brasileira I. Título.

12-12220 CDD-869.93

2012IMPRESSO NO BRASILPRINTED IN BRAZIL

DIREITOS CEDIDOS PARA ESTA EDIÇÃO ÀNOVO SÉCULO EDITORA LTDA.

CEA – Centro Empresarial Araguaia IIAlameda Araguaia 2190 – 11º Andar

Bloco A – Conjunto 1111CEP 06455 -000 – Alphaville Industrial – SP

Tel. (11) 3699 -7107 – Fax (11) 2321 -5099www.novoseculo.com.br

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Este livro é dedicado à Renata e ao Renato, simplesmente.

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Agradeço o empenho, a colaboração e o entusiasmo da minha agente literária, Diana Lima, o pessoal do Projeto Jovem Leitor, e o profissionalismo de Thais

Riotto e Marina Cervini. Agradeço também ao amigo e magistrado Baltazar Miranda Saraiva, pelo apoio, e também, agradeço o esmero de Filipe Nassar, da

Novo Século, e a visão de Cleber Vasconcelos, editor e fraterno irmão.

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FATO UM

Todas as citações feitas nesta obra referentes aos efeitos sobre o controle mental dos humanos por emissão de ondas de luz ou de ondas eletromagnéticas sob a forma de energia, especialmente em baixa frequência, podem ser perfeitamente consultadas nos web-sites oficiais da Nasa e do Comando Aéreo dos Estados Unidos, assim como no Sistema Integrado de Defesa da Organização das Nações Unidas.

As ondas HAARP constituem parte do Projeto Militar de Defesa dos Estados Unidos, e os seus laboratórios principais estão situados no Alasca.

Em 1993, começou a funcionar o projeto sobre a ionosfera ter-restre. O HAARP, ou Programa de Investigação de Aurora Ativa de Alta Frequência, objetivava compreender o funcionamento das transmissões de ondas de rádio e feixes de luz na faixa da ionosfera.

O projeto tinha como objetivo preponderante ampliar o conheci-mento sobre as propriedades físicas e elétricas da ionosfera terres-tre, facilitando o funcionamento de vários sistemas de comunicação e navegação, tanto civis quanto militares.

A possibilidade das ondas refletirem na atmosfera, descendo sob a forma de feixes luminosos e atingirem os cérebros humanos, alte-rando-lhes a frequência e a estabilidade, é, segundo os estudiosos, plenamente possível, com efeitos ainda não totalmente compre-endidos, sendo efetivamente crível que as ondas possam modificar

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os sistemas de comandos neurais, abrindo portas para o controle mental de populações inteiras.

Isso não é simplesmente teoria da conspiração. É fato. Resta saber quais serão as finalidades práticas e os efeitos de um projeto tão audacioso.

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FATO DOIS

As citações nesta obra relacionadas ao Clube de Bilderberg são factuais. Fundado em 1954 pelo príncipe da Holanda, Bernhard, pelo primeiro-ministro belga, Paul Van Zeeland, pelo conselheiro político, Joseph Retinger, e pelo presidente da multinacional Unilever, o Clube tem como princípio promover o intercâmbio de interesses comuns e debater assuntos relevantes em nível mundial.

Suas reuniões ocorrem anualmente desde sua criação. O nome Bilderberg é inspirado no hotel holandês que abrigou

a primeira reunião. Atualmente, os encontros do Clube reúnem cerca de 120 personalidades influentes na política, na economia, na indústria, nos esportes, nos meios acadêmicos e na mídia.

Também são factuais as informações relativas ao clube privado Bohemian Grove, existente em Monte Rio, na Califórnia.

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A guerra exauria o planeta e levava os dois lados à ruína,

com as velhas nações poderosasmantendo as suas populações alheias à

realidade,sob ilusão, assim como tudo em suas vidas.

Eu vim para lutar contra esse sistema. E, quem souber de tudo isso, mire-se bem nos

espelhoscertificando-se sobre quem realmente é,

sobre o que faz, e porque faz.Pois, como quase todos os do meu tempo,

poderá estar com os olhos vendados.

Brenda Slava

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PRÓLOGO

Zona 1, Antiga Cidade do Vaticano, Sede do Governo Mundial, 2072 d.C.

a apaRência de emanuello Von TüdeR conTRasTaVa com o peRigo de morte que sua vida corria. Ele nem parecia incomodado

com a arma apontada para sua cabeça. Muito pelo contrário, como avaliou aquele que o mantinha sob a mira.

Apesar da idade, Emanuello gabava-se pelo poder que tinha de controlar as próprias emoções. Conhecido como Chefe, e estando à frente da Luz (a instituição que comandava o Governo Mundial), levava ao extremo todas as possibilidades antes de se dar por ven-cido. Seu gosto pela aventura e pelo risco era conhecido e divul-gado. Adorava ser tratado como um destemido, afinal, como sem-pre dizia a quem o procurava, ele liderava a Luz do Mundo, que trouxe paz, prosperidade e segurança de forma definitiva para a raça humana.

– Ainda vai atirar em mim ou pretende ficar aí parado feito um imbecil, coronel Duban? O que quer de mim, além das senhas? – perguntou rindo cinicamente, olhando de lado para o homem, que tinha cara de rapaz e empunhava a pistola de laser T-Vexe como quem segurava uma cobra pela cabeça.

Emanuello manteve o riso e prosseguiu no mesmo tom irônico:– A ordem estabelecida é invencível, não há como recusar o seu

domínio. Mais dia, menos dia, os muros da sua capital ruirão de dentro pra fora, e vocês glorificarão o poder da Luz. Não é assim que deve ser para que se cumpram os tempos?

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Duban ajeitou o par de óculos refletores e o capacete, firmando a arma na têmpora do ancião, enquanto observava, pela janela, as silhuetas das meganaves se aproximando.

– Creio que o seu tempo é que está se esgotando, chefe. Não é mesmo, general Slava? – disse, procurando sua companheira de ação.

Ele gelou e estremeceu com o clique que escutou em seguida.– Acho que o seu é que está esgotado, coronel – disse inespera-

damente uma voz feminina e firme, colando a ponta de sua arma elétrica no pescoço de Duban.

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PARTE UM

Eis a luz do mundo: não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte.

Dá luz a todos que a mereçam. Assim resplandeça a luz diante dos homens,

para que vejam as boas obras e glorifiquem na terra e no céu.

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CAPÍTULO 1

Área central da América do Sul, próxima dos Andes, alguns meses antes

aquele eRa o inVeRno mais fRio dos úlTimos TRinTa anos. nuVens densas escondiam a Cidade da Liberdade e as aldeias do inte-

rior. Até mesmo as vilas escondidas no interior das montanhas estavam isoladas pela neve, e os rios que as abasteciam tinham congelado.

Com sua bicicleta de rotação quádrupla, Gorik percorria apres-sado e cansado a distância que separava a entrada da praça do edifício do grande salão, fazendo o possível para não embaraçar-se nas próprias vestimentas, ciente de que seu atraso era superior às 24 horas que o Vizir tinha lhe dado para ultimar os preparativos daquilo que sabia ser a oportunidade de êxito contra o inimigo.

Era muito difícil saber sua idade. Uns diziam que suas franjas grisalhas e seu porte musculoso, com aquele corpo vigoroso e qua-drado, retiravam mais de uma dezena de anos da conta de sua vida. Mesmo dono de um rosto expressivo e sem traços que mostrassem o tempo, Gorik exibia no olhar todo o peso dos anos. Talvez um pouco mais, principalmente pelo fato de ter saído das linhas de batalha há algum tempo para dedicar-se aos seus experimentos e invenções.

– Sub-conselheiro Gorik – disse um dos dois guardiões que o recebeu à porta, abaixando a arma laser, ajeitando os óculos refle-tores e a roupa brilhosa. – O Vizir o aguarda ansioso.

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Ele não respondeu, entregando a bicicleta para o outro guardião, que a conduziu desleixadamente pelo pátio sob um olhar de censura do recém-chegado.

“Mais essa”, pensou Gorik.– Alguma recomendação especial? – perguntou aquele que o

recebera.Com um aceno, Gorik disse que não, retirando seus óculos e

girando o corpo para contemplar os prédios em redor e, abaixo, a paisagem que tanto admirava. O azul das montanhas, os vales e o curso estreito dos rios. Tudo invadido pelo branco ofuscante gerado pela neblina, que parecia disposta a encobrir a Cidade da Liberdade.

“O efeito HAARP. Querem nos destruir pelo clima”, pensou. A cidade não tinha o aspecto da capital de um país em guerra.

Havia alguns indícios, como ele observou mentalmente: sacos de areia diante dos prédios; entrada de abrigos para os espaços sub-terrâneos; cartazes com propaganda sobre a evacuação de áreas e precauções com ataques aéreos; várias antenas gigantes de emis-são de raios defletores para combater os efeitos hipnotizantes das ondas HAARP e proteção, como campo de força, contra bombar-deios e ataques aéreos.

“Felizmente consegui miniaturar o sistema das antenas defletoras em microchips e funcionalizá-lo nas meganaves”, refletiu, cheio de medidas, recordando-se dos recentes e numerosos voos dos aviões do inimigo – o Governo Mundial – carregados com bombas isoní-micas e aparelhos HAARP, que Gorik e seus pares tanto temiam.

Ele pediu licença e se afastou, penetrando no edifício. O grande salão que se abriu para ele, naquele momento, estava com as luzes todas ligadas, fazendo reluzir sua silhueta no piso, serpenteando sua enorme figura, enquanto deslizava até a mesa de reuniões. O Vizir o aguardava. Estava quieto, sentado na última poltrona antes do jane-lão, que estava aberto, e por onde uma fria corrente de ar entrava.

Gorik começou a transpirar à medida que se aproximava do líder da Cidade da Liberdade. A voz que escutou logo depois que cessou a caminhada fez congelar todas as suas reações.

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– Atrasado, Gorik – repreendeu-lhe o Vizir, num tom educado, através de uma boca perdida num rosto sem emoções.

– Meu Senhor, como vê, estou aqui.O Vizir juntou as mãos sobre a mesa. Seu rosto assemelhava-se

a um livro fechado e, em seus olhos, inexistia brilho.– Esqueceu que sou cego, Gorik?Gorik desconcertou-se. O Vizir prosseguiu:– A decisão está tomada. Convenci o Conselho, que acatou a sua

sugestão. Usaremos o seu experimento defletor no grupamento da general Slava.

Gorik aproximou-se, preocupado, colando o corpanzil na mesa.– Slava? Não pensei nessa hipótese, meu Líder. Ela é a nossa

melhor combatente. Sem sua liderança, nós estaremos vulneráveis. Pensei em utilizar seu grupo para conduzir as meganaves durante as etapas seguintes da missão. Creio que deveríamos utilizar outro grupamento e...

O Vizir ergueu uma das mãos delicadamente.– Por isso mesmo. Se o seu invento é realmente a porta para

invadirmos o corpo do inimigo, por que não enviar o que temos de melhor? – disse.

Gorik estava paralisado, impressionado demais para reagir.– A general Slava e o seu destacamento são os mais capazes

para a missão – disse o líder meneando a cabeça.– Slava não é somente a melhor oficial que temos. Ela é uma

máquina de matar. É um símbolo da resistência. Quando ela estiver fora dos nossos domínios estará sujeita ao poder da Luz e...

– Sei disso – observou o Vizir, interrompendo-o.O Vizir elevou as sobrancelhas.– Por isso o seu invento. Ele protegerá a ela e a todos os dela,

criando um campo de proteção em redor deles, como fazem as nossas antenas. Não foi isso que demonstrou a mim e ao Conselho há alguns meses? Não nos convenceu de que, mesmo nas cidades do Governo Mundial, a sua invenção neutralizará os efeitos da Luz?

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– Sim. Deverá ser assim. Talvez não dê certo – ponderou Gorik. – Os microchips podem falhar e, mesmo que não falhem, os efei-tos necessitam de certo tempo para atingirem 100%. E se não der certo, teremos entregado ao inimigo o nosso maior trunfo militar: Slava e o seu grupo de elite. Não seria melhor adiarmos a missão?

O Vizir levantou-se e caminhou com as mãos pra trás, fazendo Gorik imaginar como era possível que, mesmo cego, pudesse cami-nhar como se não existissem obstáculos diante dele.

– Gorik, meu caro, compreendo suas preocupações – disse encostando os dedos na janela. – Entretanto, não podemos adiar. As fronteiras do Governo Mundial nunca estiveram tão flexíveis, inseguras e nervosas; apesar de saber que, dia após dia, os ataques do inimigo enfraquecem as nossas defesas. Sim, eu tenho notícias que, em razão da diminuição dos campos de ação dos nossos defle-tores, pessoas de muitas das nossas cidades ficaram suscetíveis aos efeitos HAARP.

Ele pensou um instante.– Sim. Esse é o momento da reação – disse com uma das mãos

no queixo.– Senhor, as notícias que tenho são diferentes, se me permite...– Gorik – disse o Vizir num tom senhorial –, você confia ou não

em seu experimento? Ele funcionará como espera ou deixará vul-neráveis os integrantes da missão e as meganaves que serão usadas em seguida?

O sub-conselheiro silenciou no ato, repassando mentalmente os eventos. Ele tinha sido o grande mentor de todas as novas estraté-gias de defesa e ataque da Cidade da Liberdade. Teve opinião deci-siva na planificação do projeto Troia, participando ativamente da elaboração dos planos das meganaves – gigantescos bombardeiros de propulsão nuclear, com enormes canhões T-Vexe, construídos no interior das montanhas, nos quais seriam usados os mesmos princípios de deflexão utilizados nas antenas defletoras, que guar-neciam as zonas sob a proteção do Conselho.

– Confio, senhor – disse, enfim.

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– Certa vez, nós dois conversamos a respeito da defesa e do ataque. Recorda-se?

Gorik confirmou balançando a cabeça.– Pois é. Então, está lembrado de que quem está na defesa fica

mais robusto e pode revidar no momento certo. É o que ocorre conosco. Após esses anos, avançamos tecnologicamente. Temos armamentos mais criativos que os de nossos agressores. Por que não partir para o revide?

– Talvez porque nossa tecnologia ainda não esteja totalmente testada.

– Você é o Einstein dos nossos tempos, Gorik. Não se menospreze.– Se me permite... O Vizir inspirou profundamente – com a expressão impassível –

antes de continuar:– Não, Gorik – disse com jeito de que gostaria de encerrar a reunião. O sub-conselheiro calou-se novamente, pensativo.– O momento é este – continuou o Vizir. – Estou velho e esses

últimos anos, tocando os interesses da nossa cidade, foram mais do que suficientes para compreender a hora exata de dar o golpe decisivo.

– Destruir a fonte central da Luz e aniquilar o grupo que dirige o Governo Mundial – disse Gorik, num tom baixo, remoendo-se internamente.

O Vizir silenciou-se.– Se Brenda Slava não conseguir fazer tudo dentro do tempo

planejado, poderá ser cooptada para o lado deles – disse Gori, com o semblante carregado. – Ou morta...

O Vizir sorriu discretamente, permitindo a Gorik admirar a sua dentição reta e clara.

– Já a comunicou? – perguntou o inventor.O líder virou-se no mesmo instante, apontando para a porta late-

ral, de onde surgia uma mulher alta e de corpo elegante e rígido. – Alguém disse, nos tempos antigos, que é impossível servir a

dois senhores – disse olhando a dúvida fixa na face de Gorik. – Ela conseguirá. Estou certo disso.

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