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Valdester Cavalcante Pinto JúniorIlustrações de Elane Oliveira
Contos de CRIANÇAS
Volume 1 Ano 1
Um é um, dois é dois e um monte
é um monte
Fortaleza-CE 2016
Valdester Cavalcante Pinto JúniorIlustrações de Elane Oliveira
Contos de CRIANÇAS
Um é um, dois é dois e um monte
é um monte
Fortaleza-CE 2016
Copyright © 2016 by, Valdester Cavalcante Pinto JúniorIlustradora: Elane Oliveira
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
AutorValdester Cavalcante Pinto Júnior
IlustraçõesElane Maria Oliveira Pontes
Revisão de TextoVianney Mesquita
Projeto Gráfico e DiagramaçãoElane Maria Oliveira Pontes
Catalogação00000000 000000 000000
Minha mãe gosta de contar as aventuras dos netos. Assim, foi estimulando os de seu convívio a relatarem situações pitorescas dos pequenos protagonistas. Juntadas a essas narrativas, outras de filhos de amigos e de minha experiência como médico de crianças cardiopatas deram corpo a esta publicação, que revela os pontos de vista dessas crianças, em relação ao cotidiano. Pensando num presente para minha mãe, revisitei o arquivo dessas histórias e resolvi dar a elas a forma de livro de contos infantis. Outro desafio era dar feição aos personagens com um traço que marcasse expressões, valorizasse a escrita e instigasse à leitura. Proponho ao leitor uma obra baseada na leveza do pensamento infantil - inocência e sinceridade. Os direitos autorais foram transferidos ao InCor Criança, instituição sem fins lucrativos, que tem como missão cuidar de crianças e adolescentes carentes, portadoras de cardiopatias. Por meio do blog www.denascesca.com.br, reuniremos novas histórias que farão parte de novas edições.Divirtam-se!
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A mãe do Drigo indagou sobre o tamanho do seu amor por ela. O pequeno parou um pouco e falou: - do tamanho de um gigante, 1000 formiguinhas e infinitas centopeias!
Infinitas centopeias
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Era cedo da manhã, Drigo aproximou-se da mesa, banhado e vestido para a escola. Sentado, passava da altura da mesa o suficiente para, com esforço, a comida chegar à boca. Com um semblante pensativo e olhar fixado no infinito como se tivesse a refletir sobre o que teria passado a noite a pensar, saiu com a frase: - um é um, dois é dois e um monte é um monte.
Um é um
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Noções de Preço
Passava pouco de um quarto da primeira década de vida e já dominava alguns termos pouco educados para exprimir seus sentimentos. Foi com o pai, que, para a formatura da residência médica, pretendia comprar um par de sapatos. No braço do pai, acompanhados de um vendedor, contemplavam uma enormidade de modelos. Certa angústia cercava a escolha, pois não estavam à mostra os preços e era sabida a precariedade da conta bancária. O pai, ao indagar sobre o valor de um determinado modelo, leva um susto e olha para o filho, que verbaliza sua indignação. - P... M..., hein pai!
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O cirurgião recebeu, no consultório, mãe e filha, trinta dias após ter resolvido um defeito no coração, de nascença, daquela bela e até então carinhosa garotinha. Durante toda a consulta, ele tentou, sem sucesso, manter um diálogo com a menina. Por todo o tempo, o olhar fixo no médico e o semblante fechado, denotavam aborrecimento. O médico pediu para olhar a marca, abaixo da mama direita, deixada pela operação. Sem balbuciar nenhuma palavra e mantendo um olhar fuzilante, contornou a mesa, se posicionou a sua frente, levantou o vestido e deixou à mostra a cicatriz. Mais uma vez, o doutor tentou trocar algumas palavras quando da despedida, mas não recebeu atenção. Voltou à sua mesa, entendendo o trauma que causara na criança. Sem se esperar, a porta abriu e aquela bela e inocente criança com a face de raiva, desabafou: - eu odeio você!!! Viu?
Desabafo no consultório
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Bia, uma garota de três anos, foi à pediatra. Durante o exame, enquanto a doutora ouvia seu coração, a pequena não tirava os olhos do seu rosto. Não controlando a curiosidade, indagou à mãe posicionada na ponta da maca: - mãe, por que ela tem a cara toda amassada?
Médica amassada
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Final da tarde e ainda sem previsão para o término das operações, o jovem aprendiz recebeu a visita da mulher e do primogênito. Sem retirar a vestimenta, própria da profissão, foi ao encontro dos dois na porta do vestiário. Ao se aproximar, observou no garoto, de cabelos bem claros e olhos azuis, um ar de estranhamento. Durante todo o tempo, ficou perto da mãe, agarrado em suas pernas, sem carinhos com o pai, como era habitual. Passou aqueles poucos momentos sem falar e a olhar para o pai com certo espanto. Saindo do hospital e já a caminho de casa, quebrou o silêncio e perguntou: - meu pai usa saia, mãe?
Meu pai usa saia
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A mãe, desesperada com o filho, Gui, que acabara de engolir uma moeda, se voltou para o outro, André, nem tão mais novo, e disse que seu irmão tinha engolido uma moeda e iria levá-lo na emergência para fazer um exame. André chorou, esperneou e gritou: - eu também quero fazer o exame! A mãe, sem muita paciência, disse, brava: - mas você nem engoliu nada! O menino parou o choro e saiu em disparada até o seu quarto. Voltou como um raio com os olhos esbugalhados e exclamou: - pronto, mãe! Engoli uma moeda.
Engoli a moeda!
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Pedrinho, desde bebê, frequentava a festa anual das crianças operadas do coração, e suas irmãs sempre o acompanhavam. Num determinado ano, começou a reclamar que a festa era dele e que Maria e Bele não tinham que ir, já que elas não tinham nada a ver com a festa. Sem acordo, a mãe tentou convencê-lo de que elas poderiam ir, já que eram irmãs. Ele olhou para a mãe, com um ar irado, e disse: - elas não são nem cardiopatas!!!
Sou cardiopata
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A mãe, antes de sair para o trabalho, apresentou ao caçula sua nova babá. O menino, incomodado, saiu e ficou no quarto por um tempo e, ao retornar, se postou na porta da cozinha e determinou a posição de cada morador da casa. - Aqui quem manda é meu pai, depois minha mãe, depois meu irmão, depois EU. E você, Neide, aqui você não manda nada!
Hierarquia infantil
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A mãe ouviu lá da cozinha um grito do irmão mais velho: - vem ver, mãe, o que ele está fazendo! Quando já não aguentava de tanto barulho, se dirigiu ao quarto e encontrou o pequeno, no auge dos seus quatro anos, deitado de pernas cruzadas, olhando uma revista Playboy, que um amigo deixara após sua estada em casa. Nesse momento, o maior exclamou: - olhe, mãe, ele está vendo revista de mulher nua! Sem saber o que dizer diante daquela cena, tentou contornar: - besteira, menino, ele está cansado de me ver nua. Sem tirar os olhos da revista, retrucou: - não nessas poses, minha filha!
Não nessas poses
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Entraram no elevador mãe e filho e depararam um senhor bem vestido que cumprimentou os dois com um educado bom- dia. Nos segundos que se seguiram, o senhor trocou conversa com o garoto, quando, um cheiro insuportável contaminou o ambiente. Kim, olhou para mãe com um ar indignado e reclamou: - não fui eu, viu mãe!
Pum no elevador
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O brinco do bombado
Na tentativa de evitar o uso de brincos pelos filhos, o pai vivia a discursar que o adereço era coisa de baitola. Num dia, cedo, indo levar o filho para a escola, ao entrarem no elevador, depararam um grandalhão musculoso. O silêncio é quebrado com a fala do filho: - olha pai, ele usa brinco. O pavor ficou estampado na cara do pai, ao imaginar o que viria depois, e o filho continuou: - tu não falou que homem que usa brinco é baitola? O alívio só veio quando a porta se abriu e o pai arrastou o pequeno que saiu aos gritos: - pai não é aquiiii!!!
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No meio da tarde, após inúmeros pacientes, entrou no consultório uma menina espilicute, acompanhada de sua mãe. Interrompeu a conversa da médica com sua mãe e relatou seu caso: - sabe, doutora, a minha cabeça estava coçando e minha mãe quando olhou viu o piolho macho fazendo sexo com a piolho fêmea.
Sexo dos piolhos
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A avó, já sem paciência com tantos netos, agia em determinados momentos com aborrecimento no trato com os pequenos. Alê, após um tratamento para desenrolar a fala, pois já passava dos três anos e a comunicação se fazia por gestos e um dialeto próprio, estava “reinando” na casa da avó que reclamava sem parar das brincadeiras do pivete. A avó, irada, se dirigiu a ele e disse: - ou pára com isso ou vou dar umas palmadas. Ele, com uma cara de desprezo e enfrentamento, exclamou: - vou dizer ao meu pai, viu? Agora sei falar!
Agora sei falar
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A pequena e meiga menina, na plenitude dos seus seis anos, sentada no chão da sala, assistia à tv com a tia, que beirava os 50 e ainda era solteira. Percebeu a tia calada, meio triste, diferente do habitual, e perguntou: - o que foi, tia? Sem mudar as feições, largada no sofá, respondeu: - cansada, amor, cansada dessa vida. Referia-se ao trabalho exaustivo de pediatra. A miúda, querendo confortar a malcontente, falou: - tão só, né tia, sem ninguém, sem marido...!
Tia solteirona
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Kinho, três anos, frequentava com o avô, empresário endinheirado, almoços em restaurantes finos da cidade. Num domingo, abordou o pai se não sairiam para almoçar. O pai, que passava por limitação financeira, disse que ficariam em casa. Indignado, o garoto reclamou que queria almoçar num determinado restaurante. O pai tentou encerrar a conversa, dizendo que a vida não era dessa forma, como ele pensava. A resposta veio sem demora: - a sua pode não ser, mas a minha vida é assim!
Minha vida é assim
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O sofrimento do ciúme da mãe era percebido em atitudes e olhares de Pedrinho. Um dia, o pai de Pedrinho entrou no banheiro para o banho onde a mãe já estava. O pai, ao entrar, trancou a porta e o menino ficou do lado de fora a chamá-los e a bater a porta querendo entrar. Perguntava com insistência e voz de aflição: - o que vocês estão fazendo? A resposta era sempre a mesma: - tomando banho, menino. Pedrinho ficou plantado na porta até o final e, quando os dois saíram, perguntou, angustiado: - diga mãe, era só banho, era?
Era só banho?
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O garoto foi à solenidade de formatura do pai que acabara de concluir a especialização médica. O ambiente era formal e o que se ouvia era apenas os nomes dos formandos, chamados à frente para receber seus diplomas. Quando o locutor chamou seu pai e este foi em direção ao presidente do hospital e chefe do serviço, para receber seu canudo, o pequeno alardeou: - eh, eh, esse é meu pai! Os convidados quebraram o protocolo e se desmancharam em gargalhadas.
Esse é o meu pai
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Ao saírem de casa, em direção à escola, Lucas indagou: - pai, quanto você ganha por cirurgia? O pai, sem surpresa, já que era próprio do garoto este tipo de preocupação, respondeu: - R$ 50,00 reais. É o que ganho para operar uma criança pelo SUS. E continuou: - e quantas cirurgias faz por dia? - Duas. Uma pausa e nova pergunta: - quanto é uma consulta de convênio, pai? - R$ 20,00. - Quantas consultas minha mãe faz por dia? - Acho, que umas 30 consultas. O garoto, com um ar de perplexidade, exclama: - TÚ TÁ MAL, HEIN PAI!
O salário do pai
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O pai, antes de sair para o trabalho, retornou ao quarto de Serginho e insistiu que ele levantasse para estudar, já que a época era de avaliações na escola. Passou pela cozinha e recomendou a Maria: - veja se Serginho se levantou, coloque o café dele e mande ele estudar! Meia hora depois, Van, o pai, ligou para Maria e perguntou: - Serginho já está estudando? Maria, respondeu: - não, seu Van, ele ainda está dormindo. - Chame ele aí (o tom de voz já era de insatisfação). Serginho veio ao telefone e com a voz rouca, perguntou: - oi pai, o que foi? - O que foi Serginho, você ainda pergunta? Semana de provas, suas notas ruins e você dormindo! Acabe com esse sono, menino! Exclamou o pai, agora com irritação. Desligou e foi atender seus pacientes do posto de saúde. Duas horas após, voltou a ligar, na certeza de que Serginho tivesse dado conta de todos os estudos para a prova da tarde. Maria atendeu ao telefone e o patrão voltou a perguntar: - Serginho está estudando? Maria, meio sem jeito, falou baixinho: - não, seu Van, ele continua dormindo. - Como é? Esse Serginho não tem jeito! Esbravejou. Chame esse menino, já! Serginho, parecendo que estava carregando o mundo nas costas, com os olhos grudados e inchados, os cabelos assanhados, pegou o telefone lentamente e, com a voz quase incompreensível, balbuciou: - oi pai, o que foi dessa vez? O pai, irado, gritou: - já não disse para acabar com esse sono e estudar, seu preguiçoso? - Pois é, pai, eu estava acabando com o sono!
Acabando com o sono
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A mãe de João saiu do consultório às pressas preocupada com o filho menor que estava a sua espera há mais de duas horas na escola. Já estava escuro, o trânsito pesado e parecia que não chegava nunca. Uma angústia! Chegou próximo ao portão da escola e de longe viu Joãozinho sentado na escada, a cabeça encostada nos joelhos, com a mochila e lancheira ao seu lado. Com ele estava o vigia da escola, e só. Saiu do carro, aflita, e, quando ele a viu, correu e, aos prantos, agarrou-se às sua pernas. O coração daquela jovem mãe quase se partiu ao ver o sofrimento que causara no filho. Entraram no carro, ele no banco traseiro e ela, na tentativa de amenizar o sentimento de abandono do filho, passou a explicar o ocorrido: - filho, hoje foi um dia de muitos pacientes e quando já estava de saída para te buscar uma paciente do interior chegou e tive que atendê-la. Mas quando chegarmos em casa você vai assistir ao cartoon que instalaram pra você. Sem dar importância ao agrado, desabafou em meio ao choro e, aos soluços: - olhe mãe, você diga para as ra..., as quen..., as pu... das suas pacientes que você tem filho, viu? A mãe, horrorizada com tamanha diversidade de adjetivos, falou alto: - basta, João! Já estamos indo para casa, e não quero mais nenhuma reclamação. Acabou! O menino, engolindo o choro com o rosto molhado, ficou quieto. No outro dia, como de costume, estavam à mesa, ele e a mãe, quando chegou o pai, já sabendo do ocorrido e, querendo aliviar o clima, perguntou para o menino, ainda de cara trancada: - e aí filho, gostou do cartoon? - O menino levantou a vista e iniciou sua fala: - você sabia, pai, que ontem minha mãe.... Nesse momento a mãe interveio: - Joãozinho....... Apenas o ruído dos talheres foram ouvidos até o final da refeição.
Descontrole emocional
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Após chegar de um final de semana com amiguinhos de uma casa de praia, Lu estava agoniado com a coceira que tomava suas pernas e a bunda. A mãe, vendo aquele estado, não querendo decidir sozinha, l igou para a colega dermatologista e resolveram tratar a doença com medicação sistêmica, via oral, haja vista a gravidade da infestação. Horas após a ingestão da droga, o menino abriu um quadro gastrointestinal que o deixou boa parte da noite sentado ao “trono”. A mãe, preocupada, mas ciente do que estava acontecendo, explicou: - filho isso é só efeito colateral do remédio, logo você melhora. Tudo se resolveu, a larva migrans e o efeito colateral. Tempos depois, o garoto apareceu com uma alergia. A mãe foi à farmácia, trouxe um remédio e, chegando ao quarto, falou: - Lu, tome, é para alergia. O menino, assustado, perguntou: - esse aí tem efeito colateral?
Efeito colateral
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O médico, afeito a cuidar dos corações das crianças, recebeu no consultório, um garoto de mais ou menos sete anos acompanhado da mãe e do pai. O doutor, medindo cada palavra, passou a relatar sobre a doença, o tipo de cirurgia que pretendia fazer, por onde ia chegar ao coração e as possíveis complicações que sua arte poderia provocar no miúdo. Ao longo da conversa passava o olhar pelo garoto e via que continuava brincando com um carrinho que pedira ao médico logo no início da consulta. Achando que não estava atento ou mesmo compreendendo o que estava a se passar, transmitiu as informações que entendia ser importantes e tirou todas as dúvidas dos pais. O doutor deu uma pausa e perguntou: - tudo resolvido, podemos marcar? Antes que qualquer pessoa se pronunciasse, o garoto largou o brinquedo, olhou para os presentes e determinou: - só quero dizer para vocês que não vou me operar!
Atitude no consultório
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A mãe de Mateus chamou para visitar a avó. O menino, de quatro anos, vidrado em jogos de aparelho celular, disse que não queria ir, pois estava muito ocupado. Depois de gastar um bom tempo para convencê-lo, foram até a casa da avó. Ao chegarem, o mal-humorado garoto, agarrado ao celular, sentou-se no sofá e, depois de algum tempo, reclamou: - não estou me conectando! Continuou a mexer no aparelho e, sem muita demora, voltou a se queixar: - não sei como se faz uma casa sem Wi-Fi!
Wi-Fi
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Médico, cirurgião cardiovascular pediátrico, alagoano de
Palmeira dos Índios, reside em Fortaleza-Ceará, desde
1992. Ex-Presidente da Sociedade Norte-Nordeste de
Cirurgia Cardiovascular. Fundador e 1º presidente do
Departamento de Cirurgia Cardiovascular Pediátrica /
SBCCV e do Instituto do Coração da Criança e do
Adolescente / InCor Criança-CE. Mestre em Avaliação
de Políticas Públicas pela Universidade Federal do Ceará /
UFC, MBA em Executivo em Saúde pela Fundação Getúlio
Vargas e doutorando em Biotecnologia - Renorbio -
Universidade Estadual do Ceará/UECE. Atualmente
exerce suas atividades de cirurgião cardiovascular
pediátrico no Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto
Studart- SESA-CE e no InCor Criança-CE. Editor cirúrgico
do livro Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular Pediátrica
2008 - 2ª Ed. 2013. Autor dos livros: DENASCENÇA -
2014; Cardiopa�as Congênitas/Redes de Atenção à
Saúde - 2015; O pa�nho feio e a diversidade - 2016.
Sobre o autor
Situações pitorescas de pequenos protagonistas, em suas aventuras, revelam os pontos de vista das crianças, em relação ao cotidiano. Esta obra é baseada na leveza do
pensamento infantil - inocência e sinceridade que fazem sorrir nossos corações.
