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Capítulo I
ORÁCULO
Anjo
Inocente Bebê Principiante perto desses contratempos meus. Pensamentos juntos
à vida via o tempo. Conversas paralelas. Investigações sobre mim. Tempo
perdido sem minha participação. Meu canto no meu corpo. É incrível. O que você
pensa de mim, outro pensa o mesmo sobre você. Isso é incrível. Eu estou indo.
Mas não agora. Um pouco mais. Se eu te valorizo.
Lembrei-me de você. Lembrei-me de arremessar meu intelecto contra as paredes
das mentiras. Sem maquiagens o mundo é tão seco. Não há outro caminho, que
não seja ser simples, ser sereno, ser poeta.
Eu joguei este jogo de tronos e você derramou uma lágrima em meu favor. Nesse
espaço reservado aos meus objetivos humildes como um missionário enviado
para curar as pessoas. Muitas linhas interceptam o corpo. Muitos insights
chamam o corpo. Muitas vontades se iludem no corpo.
Olhe o corpo como um criador de armadilhas que prendem sua consciência. O
toque de Midas é o meu toque, mas existe gente que possui o efeito contrário,
perde bilhões e devem bilhões aos bancos populares, bilhões da sua única
virtude.
Uma moeda, um papel e um tesouro, essa única virtude de muitos que possui um
poder admirável de poder abrir diversas pernas. É inacreditável. É necessário
fazer política do bem. Quero a voz dos anjos de novo. Desconfortável. Clichê.
Não repetirei tal divagação nas intempéries das reflexões polêmicas.
Não vivo sobre a condição de sempre ter que acusar alguém. Não mais. A vida
não é nada mais que um constrangimento. Então eu lhe peço perdão, por favor.
Minha força, agressividade, maldade, vingança e orgulho encontra mais razão no
amor.
Eu mudei de ideia tantas as vezes como tantas as vezes você me desperdiçou. Eu
não sou nenhum descartável ser. Sou infiel a minha probabilidade de não querer
considerar-te como uma mulher digna de solidão, digna de perdão e digna dos
meus cuidados.
Quando todos quiseram atirar pedras para te matar, como se fosses um mísero
animal selvagem, te salvei, você me deve. Eu lhe devo ainda mais. Minha ousadia
foi sem medidas. Essa é a parte II.
Eu estou enfrentando este monstro que eu não criei. Eu sou mesmo corajoso.
Deus eu não preciso de sua força por enquanto. Mas com a tua referência eu
consigo derrubar gigantes. Estratégico. As peças ainda estão no tabuleiro
imaginário. Eu ainda posso ver a cicatriz no rosto dos Gigantes. Eu sou mesmo
um fazedor de proezas.
Eu vejo o infinito sem fim no final das contas. Proibir a mim mesmo. Colocar
tropeços a mim mesmo. Auto-prejuízo para o meu bem, necessário.
Eu me quero num bem-estar sem fim. Arte da preservação de minha vida. Tudo
perdido, para posto feito o milagre se restituído, como as manhãs que se renovam
naturalmente. Escrevi na alma palavras indecifráveis. Adoro quando cercas meu
meio de sobrevida com o teu amor. Isso é mais que o bastante.
Vida contemplada pelos imortais. Ponto de vista, privilegiado. Voz angelical. Eu
procuro mais e mais. Rumo passo a passo ao inevitável. Eu prefiro estar assim do
que não estar. Sendo a vida obscura será uma obra obrigada a seguir os
mandamentos da perfeição se não vou ser esquecido.
A segunda parte é como uma virada, uma segunda casa. Um jeito de renascer de
algo que nunca existiu. Quem me criou? Ele pode me conduzir a isso. Meu
criador me deve algumas explicações. Ele merece isso. Por mim. Por nós. Pelo
que não aconteceu.
Isso mesmo pelo que não aconteceu. Isso que quero. Criação justificada. Criação
com função, sentido, significado e propósito. O propósito das perdas. Por
exemplo, eu perdi meu rumo numa certa estrada, eu perdi a minha vida. Deve
ser tudo por causa da analogia de Cristo. Perder a vida para se salvar.
Se salvar de que? Deveria ser algo muito dramático e drástico. Se salvar de uma
perdição verdadeira. Eu não sou a própria existência. Eu executei aquela maldita
poção do passado. Eu sei do que não posso criar. Eu conheço muito bem os meus
limites graças a tudo isso que aconteceu.
Graças a deus, descobri uma poção de coisas boas a parti do caos. O caos no fim
das contas é uma boa coisa. Uma benção disfarçada de uma dor, uma catástrofe,
uma tragédia, uma morte, uma traição, uma crucificação e uma morte...
Uma benção, uma salvação, uma redenção. Deus é amor. Assim como Cristo, que
coisa incrível. Os passos, as atitudes de Deus me emocionam. Estou feliz agora.
Adoro citações sobre a minha pessoa quando eles não estão convertidos ao meu
evangelho.
Crer no messias, ter a oportunidade de entrar no céu. Talvez. Um olhar, uma
palavra qualquer não me obriga a desfazer minha obra. O que aconteceu,
aconteceu não se pode mais voltar atrás. E o inevitável não pode se evitar. Os
momentos perfeitos são aqueles momentos em que as pessoas percebem que elas
não são imortais.
Boa oportunidade pra pela primeira vez se sentir LIVRE. Na essência dessa
palavra. Livre. Sim, certamente deve ser algo muito eloquente. Em outras pessoas
é que eu preciso perceber tal palavra. O que é ser livre? O que é se libertar?
Abolição da alma. Direitos sobre a alma. Universais formas de fazer o que quiser,
quando quiser do jeito que quiser. Liberdade, verdade.
Sem preocupações com performances, reputação ou fama. Isso é liberdade.
Melhor do que homem absurdo, super-homem ou homem extraordinário é o
homem ser livre. Não há nada comparável a liberdade. Liberdade é liberdade.
Ninguém gosta de ser superável. Mas eu gosto de ser insuperável.
Outro nível. Próximo estágio. Elevação. Eu amei e eu perdi. Frase arrebatadora.
Destruidora. Arrebatadora. Destruidora. Fazendo tarefas impossíveis. Trabalhos
de Hércules. Milagres de Jesus. Mãos de Midas, Braços de um Herói mitológico.
Agindo como se não houvesse amanhã e nem muito menos ontem. Situado na
existência.
Minha vontade está acima da vontade dos outros. Liberdade criativa. Eu posso
explorar o infinito espaço em um branco de um papel. Meu universo querido.
Meu silêncio incomoda mais do que o diabo. O tempo acabou, é hora de estar e
ficar triste, não olhes para mim. Eu cuido de você por isso mesmo. O tempo
simplesmente se esgotou. Talvez não houvesse tempo pra você. Você não tinha
tempo para o meu coração. Pendências, trabalhos a se fazer. Tarefas de casa. Vida
cheia de compromissos.
Pecados a se perdoar. Compromisso com Jesus. Sempre querendo ser alguém
melhor e mais produtivo. Errando sempre e nunca reconhecendo ser errado.
Senhora Perfeita que odeia caras errados. Você está certa. Todos rejeitaram
Lúcifer quando ele caiu do céu. Quando estamos por baixo ninguém nos ama.
Quando voltamos ao topo podemos desprezar quem nos desprezar. É verdade. O
amor acaba, por que o amor não existe.
Se eu nego, o que eu mais preciso é porque eu certamente tenho uma solução pra
isso. Tenho uma carta na manga, tenho um plano B, tenho um segredo, tenho um
trunfo e alguns outros segredos. Eu não acredito ainda que você se preocupa. Eu
não acredito. Luciferiana! Eu não acredito. Eu não creio. Sou ateu a ti. A fé morre
quando não é mais necessária.
Um pouco de agressividade as vezes é muito bem vinda. Ultraviolência talvez.
Salvar o mundo, salvar o “Rock N Roll”. Me movimentando inteligentemente
numa consciência pesada que não é a minha. Eu tenho sorte. Deus nos abençoe.
Libertos graças um presente dos céus. Nada é impossível. Creia.
Noite confidente, agora eu posso caminhar com pés descansados. Sem
sofrimentos procurados ou sofrimentos buscados. Eu sou salutar para o meu
bem. Sinto que cumpri a missão. Porém estou motivado. A de ser que naquela
bendita pele imaculada irei tocar.
Doce veneno que não envenena mas que apenas conquista. Me excita a lutar pelo
fogo que sua Fênix em sua sã epiderme não devolveu. Meu Deus. O que está
comigo? O que me move a estas extremas verdadeiras e sufocantes loucuras.
Estou preso a um infinito que envolve toda a minha carne, pele e espírito.
O poder mais poderoso de todos. É assim somos grandes para não sermos
extintos. Anjo, por que você chegou a este nível? Até onde ninguém jamais seria
capaz de chegar. Deusa.
Você me diz que eu sou um deus, onde será que eu poderei chegar ao meu
máximo? Me sinto invencível quando estou com você. Esse discurso salvou
minha vida. Eu escrevi isso, eu morri por isso. Hoje eu ressuscitei. Estou aqui
para você. Fenda ensanguentada de amor. Santo Gral.
A mesma sensação que Zeus sentiu ao perder os seus raios a custa de uma reles
mortal mulher. Esse é o fato mortal. Não podemos controlar a carne. Talvez
mortificá-la. Talvez.
Mas em processos contrários, encontramos os frutos desse jogo adorável, quando
mais somos amados a vida se torna uma brincadeira dos deuses pelo Néctar.
Jogos olímpicos quando somos odiados. Centro do Universo. Descansando no
Ouro.
Vida premiada pelo Criador. Um Verso impossível de ser dito. Uma noite com
sóis a amostra. Um pensamento obscuro em meio a uma solidão iluminada. E
uma frase pra fazer sorrir na alma quem é a pessoa mais triste do mundo. Isso se
chama oportunidade. Estamos vivos.
Anjo não temos outra opção. Fazer amor é um pecado irresistível. Ser positivo,
pelo nosso bem. Ser negativo é improvável para mim. Seja você negativa, pelo
seu mal, se assim desejar. Eu ofereço um fruto você deseja-o, você escolhe. Eu sou
o fruto proibido.
As paixões são amigas que operam em meu favor. Adoro caminhar sobre a
sufocação daqueles que são fornicadores. Risadas.
Estou no melhor do meu momento-eterno. Harmonia, enquanto espero a volta do
Criador. Eis que espero. Isso é que importa. Chamam-me de metódico, mas tais
princípios são mais do que necessários. Eu vejo somente ordem absoluta no
Universo. A mão Dele segura-me.
Três dias. Uma espera. Uma volta e o grito de “Está feito”. Eles não estão
acostumados com a liberdade. Por isso se embriagam com os domingos e
momentos vazios de sentido. Talvez seja o ócio, talvez seja a falta de virtude
apenas.
A mão Dele segura-me. Três dias. Uma espera. Uma volta e o grito de “Está
feito”. Eu só quero saber de amar... você? Isso é uma forma de convidar-lhe.
Vejo como um peregrino. Até o céu que eu tanto almejo. Que peripécia. Eu
almejo. Céu. Céu. Céu. Céu. Céu. Céu. Ah! Meu penhor maior, que farei sem tal
novidade em minha alma.
Eu estou nisso. Uma jornada além das estrelas de Deus. São tantas coincidências
que eu me sinto inspirado. O que é isso? Deus proverá. Estou perdido. Ah!
Eu procurei e me perdi na procura. Pedras preciosas compraram para mim um
caminho por entre espinhos. Mas eu me curei. O amor é para poucos.
Verdadeiramente muitos são chamados e poucos são escolhidos.
A verdade sempre se sobressai. Falar muito e fazer pouco não são atitudes que
mostram a saída, mas um grande impedimento, uma grande barreira e uma
grande prisão.
Não é a toa, por exemplo, que Jesus Cristo representa Uma Grande Luz que
resplandeceu e resplandece entre um povo que vivia em meio a escuridão. Os
ignorantes necessitam dessa luz. Por isso prefiro me relacionar com aqueles que
descobriram o real valor do amor e da verdade. Os medíocres encontraram na
escuridão uma morada fixa.
Ninguém pode parar o conhecimento. Quanto melhor, nunca vi até hoje um
estudante adoecer porque adquiriu riquezas da ciência e do pensamento
humano. Medíocres sempre serão medíocres e eles não são dignos dessa luz. Meu
Deus como é linda a vida. Que doce e gracioso presente de Deus. Que
oportunidade ótima de compartilhar tais coisas celestiais!
Matar
Era inverno, Yosef David esperava o seu ônibus chegar, enquanto lia um resumo
da matéria de física que estudava em sua faculdade. Fazia um frio incômodo, a
neve caia como que poeira e orvalho, numa chuva branca delicada. Mas aquela
sensação gélida da espera e o clima deixavam Yosef desajeitado no banco.
As pessoas a sua esquerda, um velho com uma sacola com jornais e pães e uma
mulher de 30 anos com grandes cabelos loiros que se estendiam até a cintura,
vagavam seus olhares que as vezes focavam no rosto apreensivo e vazio de Yosef.
O “tempo” marcava cinco horas da tarde, naquele dia corrido e quase perdido em
Nova Atlântida. Os prédios pareciam que cresciam mais e mais aos olhos
inquietantes de Yosef. Parou de se perturbar em notar as expressões dos demais e
as imponências das construções urbanas e olhou pra dentro de si. Como num
susto, um despertar de um pesadelo.
Disse consigo mesmo em pensamento: “Preciso encontrar coisas concretas e
seguras para me agarrar a essa vida fria e vazia, eu nego essa vida, ela não é
minha, é dos outros, os outros são todos aqueles que eu não gosto”. Pensou,
pensou e decidiu mudar de rumo.
Yosef se levantou do banco, tocou “sem querer” nas mãos da mulher de 30 anos
que segurava relógios como quem segura estrelas, e pediu em seguidas nada
mais nada menos do que sinceras desculpas: “Ooops! Desculpe Senhora, rrran...,
foi mal eu realmente não estava prestando atenção e não percebi você aqui, não
foi minha intensão fazer você derrubar esses marcadores de tempo, seus relógios
ha ha...” a mulher reagiu imediatamente com um sorriso acessível em um batom
vermelho escarlate revelado.
Disse sorrindo, quase desdenhando: “Não meu amor, não, não se preocupe,
hehehe, coisas assim acontecem, você não é o primeiro a me incomodar e não será
o último, disso eu tenho certeza, hehehe”, no que Yosef bravo, porém
dissimulado retrucou: “Há há há, pois é temo eu que como que por assalto tivesse
roubado a atenção da senhora fazendo com que perde-se um tempo de tua
preciosa vida, com todo respeito, creio que sua beleza te garante bastantes
contratempos, sei é que você me entende, ran..., falo dos elogios, das cantadas,
das paqueras, rs”, a mulher rebate: “eu lhe compreendo, pode deixar, eu aceito
qualquer tentativa que seja, porém não sou o tipo de mulher que faz usufruto de
todos os presentes, você sabe, existem maças que são suculentas e deliciosas já
existem outras e essas são as mais comuns que no seu interior como armadilhas
com aparência de amor guarda os mais letais dos venenos e perdições...”.
Yosef fica por um momento boquiaberto, mais ou menos 30 segundos foram
gastos com o seu silêncio seguinte, como que se fosse um menino criança a
procura de algumas palavras idiotas para tentar impressionar uma adulta
superior na experiência, no talento e na inteligência. Ufá!
Eis a síntese do que é passar uma vergonha. Em resposta a situação de não ter
nenhuma resposta, Yosef passou a olhar pros cantos, pra neve que caia, enquanto
o silêncio mordia a sua consciência, como que numa hipnose mortal. A mulher de
30 anos tinha literalmente domado o ser de Yosef e aquilo tinha sido a maior das
derrotas de um homem na face da terra.
A mulher sorria de vagar, com um desprezo sábio e arrogante. Como sempre. Ela
sussurrou com voz mansa e jovem em direção a Yosef o seguinte: “Herege,
hummm, mais um herege, há, há ai ai... tempo perdido!”.
Yosef baixou a cabeça. Quis se esquivar das flechas percorridas pelo fogo.
Observou olhando um pouco quase que desinteressado para o momento em que
a mulher de 30 anos apanhava do chão o resto da dignidade dele. Os relógios
derrubados, menosprezados e esquecidos.
Olhou a hora no seu relógio de puxou, colocou um olhar sério e arrependido na
cara, ajeitou seu casado, cinza com detalhes pretos com marrom, recolheu seu
malote com materiais da faculdade e trabalho, e pegou o ônibus, mas não sei
antes olhar pra trás. Ele não se segurou. A vontade, o desejo indomável e sexual
não deixou ele quieto, por mais que estivesse com a alma ferida...Ele olhou
inquestionavelmente para trás. Não exatamente para trás, mas diretamente para
os olhos da mulher de trinta anos pela primeira vez!
Enquanto o ônibus passava a se movimentar e sair daquele ponto ele passava
seus olhos recém traídos pela vida, pelo corpo inteiro daquela bela senhora-deusa
de 30 anos. Os olhos azuis da mesma levavam Yosef embora num desdém
romântico. Um “eu não te quero porque eu não te quis”. E Yosef imaginava na
segunda janela do ônibus, o quão bom seria se certas fantasias não fossem
embora da gente. Por enquanto, o melhor a se fazer era evitar contatos sociais
hostis. Yosef David era um cara... frio.
Desprezar um jovem cheio de libido, na flor de suas incontroláveis pulsões
sexuais, pode ter sido uma das maiores delícias experimentadas por aquela
mulher de 30 anos. Mas Yosef sabia muito bem consigo mesmo, que ele não era
nenhum resconstruidor de carne, cirurgião plástico, esteticista ou um salvador de
medusas.
Ele não iria realmente gastar nenhuma gota de seu suor com aquele pedaço corpo
usado. Pelo qual já passaram mais de mil homens. Aquela mulher abriga em si
duas cidades: Sodoma e Gomorra. Quem riu por último aqui, riu melhor. Esse era
apenas mais uma febre e o seu consequente delírio, que evoca as mais vadias das
loucuras de se desejar a pior qualidade de amor que existe.
Pensando nisso. Yosef pediu pro motorista do ônibus parar o ônibus. “Por favor,
pare aqui, eu vou descer.” E Yosef a longa distância mais ou menos a um
quarteirão em direção à aquela mulher de 30 anos apontou sua arma, um
revólver calibre 78, e atirou. A bala foi certeira. A mira de Yosef realmente é boa.
A mulher morreu, com um tiro em sua boca que quebrou seus dentes e rasgou
seus lábios vermelhos.
A neve então caiu com mais violência, num assombro cruel. Naquela já noite de
inverno. Enquanto o chão do ponto de ônibus jaz em vermelho de sangue.
Eros
Questionam-me se meu templo está superabundando em graça, minha resposta é
sóbria e sobremodo outra pergunta. Enquanto os semelhantes nos temem e
tentam roubar a visão, as lágrimas fantasmas desenrolam o estudo dos mortos,
túnel dos fatos, tumultuado por uma fatalidade, bem verdade. Mas a sua voz
expulsa de mim todo o amor falso, nunca te revelei quem você ama meu Paraíso
Recuperado. As virtudes messiânicas ficaram. Trilharei sobre as suas pegadas
que mancharam de sangue a neve do seu desejado mundo, essa é a insolência.
Soframos igualmente e nossas almas descansem quando não são necessárias.
Talvez você não encontre a resposta em questão. Movendo a flecha num coração
escondido, porque talvez eu precise de você. Sua imponência não para, seus
ossos de vidro, que não ousei tocar. Enferma é a minha carne, curar-me é a sua
obsessão. Despertas o que é medicinal, ofereço-te o meu penhor para completar-
te em toda beleza dominadora. Porém sob o meu controle. Então miserável é o
homem, cujo prazer está sujeito à vontade dos outros. Só te peço que me ponha
em teus sonhos, um canto pra mim, o seu pesadelo lúcido, agora que já é claro
que eu estive lá. Você sente medo? Um feitiço, veio além por entre as suas veias,
rasgando, suplicando, desejando, o veneno. Frio, fogo e fome. Grandes terrores.
Eis que emergi das águas mais profundas. Acesso as obscuras memórias, te
encontrando continuamente num flagrante obsceno.
A razão que a sua paixão despida roubou, nos rios dos seres confidenciais. Uh. O
seu favo não voltará. Minhas correntes a perturbara, fala do que me interrompe a
vida e cala-me do que me é Esfinge. Ato gradiente e efêmero. Altos e baixos
dissimulados. Esta é a dama vestida de morte e a fada no mesmo corpo branco.
Não estou justificando os assassinatos. Oh! Que óbvio seria se escorregassem suas
justiças e elas curassem as vãs feridas das presas. Os desencontros nos trouxeram
aqui. Pois bem tenho tarefas, voz e asas. Aventuras. Acordei. Aconteceu. As
coisas me foram reveladas a noite. Sim, minhas paixões morreram. Persegui você
nas muitas florestas negras, por isso, não me é permitido continuar. Abandono à
colheita para me dissolver.
Por mil pecados baseados em medos e segredos inférteis, permaneço-me
momentaneamente inerte. Paredes de espinhos me envolvem. As paredes se
fecham lentamente, esperando alguém chegar. Refém do amor. Com um palpite
para a vida cheia de promessas num céu chovendo sangue. Sim, lágrimas
vermelhas no além. Lábios espalhados em estilhaços líquidos de escarlate. Gota a
gota, vítimas sobre vítimas. Alusões a poções de incenso macabro. Primeiro
minha mente, depois o meu corpo e finalmente minha alma, tomaram destino à
escuridão, nessa condição extrema. Aquelas trevas sensuais davam-me luz. Um
sinal dos tempos. Meus dedos já estão quase soltos dos seus. Só ouço agora a
sombra do seu ranger de dentes. Certo dia estive eternamente contigo, hoje
congelo-me em pranto, no vazio eterno. Uma estrela inspira-me esquecimento.
Caço aquele feixe de luz que tomaste solícita. Porque me embaraço nos braços
dessa tal qual Solitária Estrela da Manhã?
Piedade meu momento-corpo, calma doçura repugna mentiras, ora ditas com
torpes, pesadas e tramadas superfícies de astúcia. O porvir me entregou a sua
fortuna, três caminhos a levarão à Límpida Terra, no quarteto é lenda viva. Sete
chaves juraram-me sob o Peso da Luz. O seu erro é querer partir-me ao meio. Se
elevasse aos céus, juntando-se as cortes, escandalizando o resumo. Mostra
sapiência sutil, chora inocência e desfilas com o mal. Eu sou o silêncio de Deus.
Perpetuamente deslizando-se, sobre as ondas de afago. Eis a víbora contra a
lebre. Na mente, supostas intenções encantam as paisagens do orgulho.
Mantenha-me com os seus ais e liberte suas curvas.
Firmado em um rochedo, afirmo que jamais pudestes conhecer as faces por
detrás das máscaras dos reles miseráveis atores e atrizes em torno de ti.
Eles vão de interpretar em interpretar. No drama, almejaram alcançar a maçã de
ouro. A chama que queima o coração da Medusa. O mundo parece violento, mas
é dócil diante da minha glória. No tapete estão os crânios dos inimigos. As rosas
negras me usam, descalço nesses arsenais, eu vou. Uma rosa negra me noticia o
bem que me espera em satíricos consolos. Chorei com os teus frutos sagrados,
não noto mais os apelos, cito esferas e a fera interior em tipos de malmequer,
substância sob a presença minha. Oh! Fulminante vigília! Nunca negarei por
imaculada que seja a minha natureza, mas consumarei os meus mares e a Utopia,
o teu desejo oculto. Como um vulto, você soube mentir, dilacerando notícias
virgens. Serás castigada. Não farei círculos, nem deixarei ocultar a minha face.
Você é fato meu, esses sons e esses labirintos de signos são suas armas contra
mim, o indefeso. Tenho em mim um certo Eu que incendeia as embarcações que
se encontram nos porões da alma. Sou o próprio encantamento em vós, a
cachoeira de solidões edificantes. Eros, O imortal. Eu prometi. Poucas entram
aqui. Não sei confidenciar sem as chamas, nem andar sem caminho. Depois do
amor, nada mais. E a Observadora observa a dor. Observadora, obra serva do
amor. Símbolo articulador de luzes e serenidades, o seu lugar em nós o Infinito
Halo. Vênus foi apenas um sonho, suspenso no ar, imediato no espaço? Minhas
asas te cobrirão com a essência do Verbo amar. Esquadrinho em outros olhos, o
meu Eu completo. Perdoe-me se estou conforme a tua eloquência.
Rosas brancas no jardim carnívoro. Poesia imigrante. Essa é a cor da tristeza, a
textura do choro e o cheiro do pesar. Isso é comum em vós, em vão? Toda a voz
não degustada se torna opaca nesse riso de uma alma deprimida, e permito,
continue avante, eu só não quero ter que contemplar o fato estranho, em que tu
procuras notícias em bocas errantes. Notícias tristes. As estrelas caíram. Que
farei? Mantenho a elegância de jamais te esquecer, carrego os fardos da morte,
por assim dizer, o preço pago por alimentar uma esperança, a ambição da
luz. Pois enquanto em teu corpo me cederes espaços, me deleitarei fielmente, até
que sua alma fique nua. Meu corpo te anela, entrarei em teu santuário, para
executar qualquer sacrifício. Meu coração adormecido estava à espera,
afundando-me nas profundezas do inconsciente, eu me guardei. No íntimo
acordarei Psiquê, no romper da alva desnudarei a sua alma para lhe confessar
meu corpo. Ela tem a doçura nos lábios, uma canção no coração, resistir não
poderei.
Lavo as minhas mãos na inocência. A noite exala o devido perfume. Eis o
banquete do amor. Meus braços massacram as peças de composição, ao pé do
ouvido suas formas beijarão. Em Campos Elíseos, ela é a presa e eu sou o Leão. Se
você soubesse. Se você pudesse. Se você quisesse descer até os limites do
imponderável. Mil pétalas delirantes nos permeiam paralisando qualquer receio
visitante. Era como se todos os tambores, oboés e relâmpagos existentes
rompessem juntos em cada pedaço dentro da gente. Como uma laranja estende-
se os meus músculos em teu ser, como um tubarão que invade as profundezas do
oceano. Dentro de você.
Silêncio
Seu mundo estava prestes a se acabar, mas ela não sabia. Tudo ali era perigoso o
bastante para atingir pontos obscuros da alma dela. Qualquer coisa que viesse
dali poderia desencadear reações estupefatas. Ela sentou-se em seu algo sensível.
Ela desejou por fim. E só. Tinha um rifle guardado dentro de seu jeans azul. A
face dela com aparições de sangue tangia o companheiro que ela ansiava: O
Silenciador. Ele abriu orgulhosamente o jeans da delinquente adolescente. Já
eram amarela e negra as cores.
O rosto da assassina jubilava ao ver a sua potente arma na mão de menino do seu
possuidor. Sua espinha vertebral fazia movimentos ondulatórios ao compasso de
cada palavra torta que O Silenciador falava. Ele mordia um pouco a sua mão
esquerda, enquanto a direita ameaçava os civis com o rifle. O corpo deles era um.
Agiam perfeitamente. Eu tinha sempre a impressão que aquilo era um ensaio,
combinado segundo as vãs pulsações. Eu olhava e ela se virava pra mim. Ele era
eu e ela se encaixava nas minhas culpas. Nossos crimes eram compartilhados
com o suor.
Desfalecemos muita gente sem aviso prévio. Odiamos todos os outros
apaixonados. Eles adoram morrer em nossas mãos. Se O Silêncio acabar, eu vou
embora sem o teu sangue. Isso por lealdade a razão, o que é válido, se sempre me
dizes que minhas linhas li tocam em lugares deliciosos, suas partes secretas.
Amado
Do caos virá a ordem. As vezes o melhor a se fazer é esperar pelo pior, mas de
vez em quando as coisas vem do nada dum ponto de onde nunca pensaríamos
que poderia ser e nos surpreendem. Eu odeio regras sujas e detesto prisões e
cadeias.
Se as pessoas são como pássaros, quero que elas voem pra onde quiserem voar.
As vezes pássaros querem cantar em meu jardim.
Fênix, Águias, Gaivotas, Anjos, Esfinge, Canários, Íris, Pégaso. Essas espécies
aladas, volta e meia, deixam mensagens e suas almas em meu jardim.
Jardim secreto em forma de labirinto. Deus tenha misericórdia de nossas almas.
Almas nuas em meu jardim. Em meu jardim. Do caos virá a ordem.
Céu azul
Olhei pela janela e observei uma paisagem honestamente sincera: Um céu limpo e
um campo verde, uma linha no horizonte, mas algo fazia aquilo parecer um
quadro cinza. Senti um abraço preocupado e ao mesmo tempo umas mãos
cuidadosas apertando as minhas. Era a minha esposa. Ela me olhava com aqueles
seus olhos penetrantes e azuis.
Meu peito apertava por dentro, em saber que eu poderia deixar aqueles olhos
para sempre, dizer pra mim mesmo isso era mortífero. Uma lágrima escorreu
sobre um rosto que expressava um sorriso falso. Não me quis falar diretamente.
Ela deixou um bilhete sobre a minha escrivaninha e retirou-se do quarto e do
meu campo de vista sem pronunciar absolutamente nenhuma palavra. “Espero
poder abraça-lo novamente.”
Era o que estava escrito. Aquilo tocou a minha tristeza e meu coração pulsava em
zeros. Era a hora e partir, era o limite do limite, mas era a verdade. Caminhei
observando os cômodos da casa, recordando-me dos momentos, parte mim
estava em cada mobília. Beatriz estava sentada no velho banco de frente a casa,
onde nos conhecemos. Aquela casa era de sonhos, que eram apenas sonhos, mas
era tudo verdade.
Num suspiro demorado me dirigi a ela e sem dizer nada a fiz chorar com nossa
aliança de casamento. Eu não queria soltá-la nunca. Eu prometi voltar para casa,
eu prometi vencer a guerra. Era hora de honrar a minha Pátria. Então foi como se
eu estivesse entrando em um sono, como se estivesse dormindo acordado e eu só
queria acordar na hora certa, no campo de batalha, doando todo meu sangue pela
aliança.
Abri os meus olhos lentamente, desejando que a imagem que visse apenas
sumisse como neblina. Surpresa. Veio os estalos, os embalos, os barulhos. Tudo
tomava um pouco da minha força. Só minha vontade de fé no amor ressuscitado,
que já não machucava mais, podia me manter para continuar. Eu sempre tentei
ser um pouco mais mortal comigo mesmo só para cumprir promessas.
Ao sangrar, retirei a mão de um ferimento que havia na altura da barriga.
Homens do meu time de soldados corriam de um lado para outro, eles diziam
que estavam indo para a morte, porém felizes em saber que esse era o valor de
uma vida. Apenas relaxei e olhei para o céu, antes de tudo escurecer... eu morri,
mas o céu estava imaculado, como os belos olhos da mulher que eu amava a
única coisa que eu realmente amo e por causa disso eu retornei de volta aos
braços do meu anjo.
Máscara de prata
Yosef II era do tipo de gente que retinha as palavras. Ele se calava mesmo e
quando falava parecia que caia escombros da boca dele, era estranho...
Na Cidade dos Cegos, no Oriente Médio, todos odiavam gente calada, porque
isso simplesmente os irritavam, era algo como um comichão que dava no juízo
dos cegos.
A Pequena Princesa Cega era uma menina muito simpática embora fosse
hedonista e sagaz ao extremo. Ela reinava pra valer na Cidade dos Cegos, que
não era qualquer cidade, mas sim, uma representação da alta Cúpula do Céu na
terra dos seres viventes. A Cidade dos Cegos se mostra crespa e suas casas
tinham gosto de cebola, sim isso mesmo, elas eram comestíveis. O caso
extraordinário em cidade dos cegos era a casa bem peculiar e raríssima de Yosef
Soir II que foi construída desde os alicerces até o teto com guloseimas, doces e
coisas de confeitaria. A grama da Casa Gentil como era conhecida era feita de
algodão doce e o chão da casa tinha uma cobertura de sorvete de chocolate com
brigadeiro. O príncipe estrangeiro adorava receber visitas, mas elas nunca
aconteciam, só porque os cegos detestavam o grande contraste em que enquanto
Yosef vivia com prazer, eles os cegos choravam em meio às cebolas existenciais.
Certo dia a Pequena Princesa Cega decide ver a doçura de Yosef... A
representação celestial da Cidade dos Cegos reprovou a ideia obrigando assim
que a Pequena Princesa Cega de cabelos loiros como ouro misturado cor de
caramelo e com olhos de leoa, se tornasse uma rebelde, e das más. A Princesinha
adorava possuir, na cabeça dela o mundo e as estrelas estavam na sua coleção de
joias brilhantes para fazer companhia ao seu coração destruído, possesso por
sentimentos superficiais e julgamentos injustos que ela bem que tentava
esquecer... Às escondidas a Princesinha saiu do Castelo do Desejo realizado e
disfarçada de zebra, saiu na madrugada castigante de uma noite sombria até
chegar à residência de Yosef Soir. "Toc... Toc... Toc..." Yosef ouve alguém bater
suavemente na porta de sua cara. É de estranhar como o fato de Yosef não se
permitir consumir todos aqueles e esses elementos contidos no texto, da
Princesa (pobre princesa) a Casa Gentil feita de gostosuras e doces em geral,
obviamente. Canibal por canibal, não adiantaria mesmo... Yosef abriu a porta e
após ficar 5 minutos sem acreditar no que viu pelo espelho mágico da porta.
Ficou nesse momento imaginando como deveria agir.
- Olá, Senhorita sobre a pele de zebra, que honra receber-te em meu doce lar,
doce morada!, O príncipe hesitava com a sua voz, ele estava sendo forçado.
- Ha, ha, ha, sabe o que é..., é... Senhor Doceiro Yosef, é que eu só queria te ver,
queria saber se você poderia abrir meus olhos com as suas poucas e desprezíveis
palavras...
Yosef se condoeu, mas dessa vez não hesitou.
- O doce aqui seria uma compensação então? É isso mesmo?
Yosef nesse momento sentia vontade de morrer, afinal estava sendo brutalmente
humilhado por uma leoazinha com pele de zebra, com jeito de presa, como o mel.
- Suas dores em forma de agradecimento, me fazem ver finalmente, eu
estou lisonjeada, Senhor Doceiro, querido Yosef Soir!
Neste momento ela ganha um sorriso jovial em seu rosto instantaneamente. Em
tudo dentro daquela casa deliciosa imediatamente parece estar ficando azul,
um azul morno, iluminado e velho.
- Senhorita, me perdoe, mas quero que sinta a minha fuga, eu já sou
intencionalmente um criminoso, só de pensar o que penso, agora, por favor,
entenda que você não está pronta pra abater nem ser abatida.
- Você está falando do meu corpo? Neste instante a Princesinha retira de si o
disfarce de zebra.
- Eu não posso acreditar que você tem uma esplendida visão e não consiga
quantificar as veredas da minha estrutura. Ela fica raivosa, porém com boas
intenções.
- Por favor... Quero que compreenda o quanto é difícil ser eu... e que se eu deixar
aparecer o que é invisível aos seus olhos, você fará desfalecer o que era
essencial...
Yosef finge que está preocupado e vai com certa calma pegar uma faca na
cozinha.
A Pequena Princesa Cega tinha uma doce pele amarelo-branca com sardas que
inspiravam o sexto elemento ou uma sinfonia da natureza. Será que o seu amor é
forte o bastante? Forte como um leão faminto? Forte como a lua orbitando a
terra? Forte como o mar furioso? Será que o seu amor é verdadeiro? Um amor pra
ficar marcado como uma cura. Um milagre ou um pão do céu... A tempestade
nesse dia estava num sono profundo. Não havia ninguém que soubesse
sabedoria. Todos dormiam felizes com a cegueira eterna. O ambiente era preto e
branco, com a luz da lua entrecortada. Yosef segurava uma faca com uma lâmina
cumprida e que com ímpeto lhe ameaça. Eu sou Yosef.
Brilhava com o estímulo da ameaça. Ele vinha caminhando bem de vagar,
enquanto eu admirava aquele corpo magro e esbelto deitado e curvado sobre
aquela tabula cheia de curvas indecentes de sua casa. Num sofá estranho.
Dava pra ver muito bem destacadas as costelas, não era nada haver com um caso
de anorexia, até porque a Pequena Princesa Cega era só um tanto vaidosa... Uma
linha, duas linhas, três linhas, quatro linhas, cinco linhas, seis linhas, sete linhas,
outras linhas, dois círculos e quatro meias voltas e pronto toda a roupa que vestia
a Pequena Princesa Cega estava cortada pela faca. A sinfonia então começou a
tocar.
A Pequena dizia coisas aos ouvidos adocicados, só Os Odes da Luxúria sabem o
que ela lhe confessava. E as coisas foram se tornando quebradiças... E derreteram-
se as doçuras para sempre... Derreteram-se as noites que não foram com inveja
dessa noite. Ensanguentada de azul morno e brilhante velho que sussurrava nada
mais nada menos que um letal e rude amor. Ela me olhava com aquela máscara
de prata, mas eu não sabia se era ela que me amava. Minha pena deixou-lhe
escrita por dentro e por fora.
Maçãs
Mais uma vez, o meu dia foi agridoce, dor de rachar a moleira, uma esnobe
tontura, que irritação! Eu não suportaria o suficiente, então deitei minha cabeça
no travesseiro, e rapidamente morri e tive um sonho, um laço: eu estava
carregando uma Náiade nos meus braços, todo o meu corpo era feito de uma
massa espessa, num tom bem agradável.
Eu estava seguindo ordens, passos, sobre as águas de um rio plácido e cintilante,
era para que o meu ser fosse o melhor possível, a imagem era embaçada e branca,
havia uma música tocando, era algo fac-símile com qualquer uma das músicas de
Juno Reactor, me aproximei de uma mesa de pedra, e com muito cuidado
coloquei todo aquele corpo mole da Náiade sobre ela, a Náiade estava
desmaiada, e um ser de cabelos brancos e vestes brancas, usando enfeites de ouro
extravagantes saiu de um santuário ao meu encontro, ele veio e me entregou uma
adaga, muito afiada e de aspecto prateado.
O ser que mais se parecia com uma mulher, tinha uma voz de chuva, de
relâmpago delicado e de ventania tranquila, posicionado a minha direita ele me
disse “o que tens que fazer, faça” e “tu não intentarás permanecer submisso a
uma vida desolada na prisão, mas certamente farás jus ao meu propósito,
buscando a ininterrupta volta a origem”, este é o meu único recurso: sonhar,
imaginei, aquelas palavras me viraram do avesso, senti imediatamente que seria
tragado por aqueles elementos do sonhos, quando tudo foi ficando azul e suave.
E no mais sincero e puro dos atos, eu cortei com a adaga todo o corpo daquela
linda e formosa criatura que habita as minhas águas profundas, e estava sobre a
mesa de pedra, na minha frente, totalmente exposta aos meus ataques mortais,
acabei me sujando completamente no sangue salubre e delicioso que saia das
aberturas em forma de bocas, a sua carne saborosa inoculava veneno pela sua
mordedura.
Novo céu
Era 4 da manhã, eu estava muito bem acordado com um pouco de ressaca laranja,
fui direto a sacada do Hotel Terceiro Dia, no milésimo segundo andar, onde eu
estava hospedado para ser mais preciso.
Chegando neste lugar, senti a brisa espiritual vindo de um além de mim
anunciando um futuro bem vindo. Meu Novo Céu me despertava e me dizia “eis
que vem vindo”. Já era 5 e meia da manhã e o sol vinha nascendo radiante no
novo horizonte, onde passavam um grupo de Águias e Fênix reluzentes.
Numa nova distribuição do tempo, numa nova era. Era o ano de 2829, no mês de
Junho e minha esposa vinha até a mim com aqueles seus cabelos negros
ondulantes deslizando no ar como um corpo das sereias celestes. Sua pele branca
era tudo o que eu queria para fazer par com meus Sóis. Eis a minha vida.
Me encontre na Bond Street
Meus olhos passearam pelo teu corpo. Sem hora pra chegar. Sozinho junto com
você eu existi. Isso é real e você sente isso. Existe um rumor sobre a pele. A vossa
e minha pele. Dá vontade de rir. Tô nem ai, mas você se importa. Na verdade eu
não olho mais pra você, porque eu encontrei uma coisa.
Era uma noite de outubro, chovia fraco numa neblina grotesca, era incômodo, era
sombrio, mas no fim, era romântico, aquele clima, aquela sensação de imersão no
desconhecido e misterioso espaço na terra. Estava sendo interceptado por luzes
azuis.
Londres e suas ruas antigas, belas e cheirando à floresta negra. Na Bond Street as
coisas acontecem. Eu sou forte o bastante pra agredir e não ser agredido. Agredir
e não ser agredido. Nenhuma fraqueza foi identificada em mim. Eu sou deus.
Meus golpes são mortais. Eu não perdoo. Eu sou impiedoso. Eu mato, eu destruo.
Todos os alvos que tive, acertei-os, sem nenhuma falha. Estou aqui agora, para
narrar a verdade.
De como eu matei mais um. Apenas mais um inimigo aniquilado. Eu estou além
do bem e do mal. Eles estão perdendo. Até porque me pagam pra isso. Eu lucro
em cima da miséria humana. Eu destruo simplesmente porque eu sou eu.
Supremo. Predador. Aniquilador. Matador. Deus.
A vida é o meu livro, onde eu pinto páginas vermelhas, de glórias e objetivos
alcançados. Eu derramei sangue. Sangue das presas. Quero deixar claro que a
minha habilidade principal é domar. Dominar. Deter. Aprisionar. Laçar. Eu sou a
minha prioridade máxima. Vontade Suprema Soberana sobre todos.
Eu sei o que você quer. De mim. Eu sei o que eu preciso. De mim. Eu sei o que
nós estamos fazendo. Isso não é amor. Você se submete ás minhas ordens?
Eu caminhei e estou relatando, depois da Bond Street esbarrei numa moça de
olhos verde e sardas no rosto, ela me pediu desculpas e eu agradeci a Deus pelo
presente. Seus cabelos eram vermelhos e seus lábios de escarlate. Era a minha
noite, a noite do vampiro.
Capítulo II
PROMETEUS
Caráter Libertador do Conhecimento
O conhecimento é uma via de mudança, somente o conhecimento pode nos livrar
do preconceito. Desde quando, ter uma coloração mais escura na pele pode afetar
seu ser interior? E desde quando for negro é ser um monstro, um ignorante?
Essas questões são respondidas e bem explicadas quanto ao contato com a
revelação conhecimentos humanas, como biologia, antropologia e história.
Contudo em muitos casos não são os “brancos” que fazem preconceito com os
“negros” e sim os próprio “negros”.
A valorização do conhecimento, através do estudo e leitura de livros, provoca nas
pessoas uma expansão de visão sobre muitos aspectos o que gera a extinção de
comportamentos preconceituosos, medíocres e mesquinhos.
O conhecimento molda o ser humano pra melhor, obviamente se bem usado e
trabalhado. Mas a tendência geral em meio acadêmicos abertos a todos os
públicos e igualitário a todas as tribos culturais é que as pessoas possam evoluir
intelectualmente e contribuir também para a sociedade.
Acontecendo isso o mundo irá caminhar para melhor. O conhecimento, a base de
tudo, sem ele ainda estaríamos lá nas cavernas ou talvez como orangotangos nas
arvores. Vendo isso, podemos dizer que a falta de conhecimento é o que nos
prende em conceitos absurdos e inúteis ao mundo exterior.
Essa certeza de que é garantido as aproximações, o respeito e o desenvolvimento
humano a partir do contato íntimo com o conhecimento, faz com que nos
motivemos a estimular o pensamento consciente sobre os direitos humanos e
dignidade humana.
Ninguém pode parar o conhecimento. Ninguém pode privar alguém da
liberdade ser uma pessoa melhor, em qualquer que seja a cultura e o ambiente
em que a pessoa interage.
O impacto é inegável. É insuperável o argumento que sustenta essa verdade em
sociedade.
Os túneis da visão me levam a acreditar que o conhecimento liberta as pessoas
dos preconceitos. É um avanço, é um alcance bem-sucedido da racionalidade.
Os tempos da Revolução Francesa marcante na história representou e representa
algo significativo que move espíritos iluminados que proporcionam a nós
humanos inovação, invenção e progresso extremamente úteis.
Portanto concluímos que todos os preconceitos e tolos julgamentos a respeito das
outras pessoas, quantos as diferenças físicas, culturais e ideológicas são
totalmente repudiáveis e dignas de punição pela justiça sobre consentimento
daqueles que são conscientes dos seus direitos humanos.
Quebrando barreiras, paradigmas e ultrapassando fronteiras
A sociedade contemporânea é permeada por um estigma que conhecemos por
segregação social. Encontramos a evidência disso principalmente em países como
o Brasil, que em certa parte de sua história teve que conviver com certa
“normalidade” com a escravidão dos negros trazidos da África, e o consequente
racismo já pré-existente por parte de uma sociedade temerosa a respeito do
desconhecido, preconceituosa a respeito de outras culturas e ignorantes a respeito
da biologia e fisiologia dos corpos humanos.
Por esses fatores até hoje os afrodescendentes vem sendo tratados como uma
exceção que incomoda a “elite” do Brasil. Elite essa que parece ou pelo menos
finge ignorar essa realidade. Entretanto, mesmo tentando ignorar ou esconder
esse fato, ele ainda é constante em nossa sociedade pós-moderna. Esse tratamento
ganha força tanto pelos racistas como até pelos próprios afrodescendentes,
através principalmente do auto-preconceito, auto-vitimização e desvalorização de
suas origens culturais.
Por parte dos segregados socialmente que na sua maioria como já enfatizados são
afrodescendentes existe a oferta, mesmo que envolvida em polêmicas como as da
implementação das cotas sociais nos processos seletivos das instituições
brasileiras de ensino, oferta de educação e algumas oportunidades de acesso ao
conhecimento vasto que se encontra principalmente em livros. Diante desta
circunstância percebe-se, nota-se, constata-se e destaca-se o grandioso papel
libertário do conhecimento do conhecimento na vida dos “herdeiros” do estigma
social.
Os elementos simbólicos, profundos, extremamente importantes para a
constituição e construção da identidade negra no Brasil carecem de espaços, de
exposição, de glória e de brilho, afinal como verdadeiros seguidores do exemplo
do herói mitológico Prometeus que é seguido por seu impulso revolucionário não
temeu a nenhuma das consequências que se sucederiam após ele ter roubado
magnificamente o fogo dos deuses, dando-o aos seres humanos como quem tem
o mais belo amor pelo próximo. Sendo assim essas pessoas que não condenam a
si mesmas por possuírem uma concentração maior de melanina na pele avançam
sem temor aos mais altos dos altos montes que na vida espiritual, intelectual e
social pode se alcançar.
Verdadeiramente não há limites para os seres humanos quando o esclarecimento
reina na mente deles, somos iguais, mas somos diferentes. As nossas diferenças,
no entanto, não nos fazem melhores existencialmente do que os outros, ou seja,
não podemos querer diminuir ninguém por qualquer que seja o fator. É nisso que
podemos contemplar a real beleza da vida mesmo quando se valoriza a sua
origem e sua identidade. Se o motivo de tantos problemas existenciais for o
pigmento de uma pele, o indivíduo portador de tal coisa poderá discernir e
escolher entre a virtude e a luz da liberdade ou a mediocridade e a escuridão da
prisão intelectual.
Se sentir LIVRE. Na essência dessa palavra. Livre. Em outras pessoas é que eu
preciso perceber tal palavra. O que é ser livre? O que é se libertar? Abolição da
alma. Direitos sobre a alma. Universais formas de fazer o que quiser, quando
quiser do jeito que quiser. Liberdade, verdade.
Sem preocupações com performances, reputação ou fama. Isso é liberdade.
Melhor do que homem absurdo, super-homem ou homem extraordinário é o
homem ser livre. Não há nada comparável a liberdade. Liberdade é liberdade.
O negro hoje no Brasil tem vez, tem valor. Muitos paradigmas são e serão
quebrados por causa de mentes criadoras, revolucionárias, rebeldes e ambiciosas
que ousam sem parar, abrindo caminhos, vencendo obstáculos e facilitando os
acessos, acima de tudo à uma educação de igualitária de qualidade que ensina as
pessoas a pensar e agir mundo o estado das coisas. Isso é essencial, pois
vencemos e ensinamos os prejudicados pelo “sistema” a vencer por apesar de
tudo hoje as pessoas como assinala *Albert Camus “Como no tempo de
Prometeu, alimentam em si cegas esperanças. Precisam que lhes mostrem o
caminho...”.
*Pg. 123, in: O mito de Sísifo.
Capítulo III
TITANOMAQUIA
O Discurso de Ares
Está feito ou consumado. Aquela coisa espiritual está completamente nua. Está ai.
Aquela coisa invisível está levemente aberta a diálogos. Eu sou. “Abstração
mercurial e sonhos concretos” vocês acontecem porque um dia deixarão de ser.
Digo à matéria que não nasci ou morri, ela me responde: somos. Não tem como
escapar. Não há o que fazer. Não há o que pensar. É fato eterno. Vocês são um
fato repetitivo e limitado. Amor versus egoísmo, quem ganhará? O amor é o
dinheiro na linguagem deles. Dá no mesmo, dinheiro é qualquer coisa e mais um
acréscimo de óbvios. Está decidido, mas no vosso meio geral as coisas podem ser
modificadas. Vocês correm, giram, tentam, escorregam, evoluem e morrem. E
morrem.
Sempre. Prestem muita atenção na imagem. Não é narcisismo. Sejam
semelhantes. O holocausto, porém acontece. Eu imaginei Este livro, como uma
bíblia baseada em resultados autobiográficos. Com a parte trágica da vida
fotografada e manipulada com lítio. “Examinai as escrituras”, dizia Jesus Cristo.
É que o trágico não é tão trágico assim. O meio de expressão é uma maneira de
modificar as coisas ao seu redor. Com este livro, pode-se após lê-lo, querer odiar
ao extremo e amar ao extremo. Quem é “O Inimigo”? Existem inimigos? Ou são
todos Inocentes? Isso é tudo que vocês têm. Vocês supervalorizam a brevidade e
desprezam a eternidade. Olhe esse rosto, eu não tenho preocupações.
Eu sou o “Hermes dos Versos”, um mensageiro, um soldado, um guardião. Cada
linha revela uma asa. Este livro é como A Árvore do Bem e do Mal ou A Árvore
da Vida. Larguei tudo pelo amor de Deus, sim, por aquela imensa entrega. Esse
amor é o meu chão, meu teto e minhas paredes. Prisão do amor. Carne de Deus.
Costela de Adão. A arte caminha junto comigo. Vejo as curvaturas, pra dentro e
pra fora. Pontos de origem. Eu sou o essencial do essencial. Uma humanidade
num prato, se mexendo graças às cusparadas de Deus. Eu cuspo junto com Deus.
Poesia marginal. O positivo e o negativo, ambos positivos. A ternura, a
monarquia do amor, a inocência, o orgulho, a brutalidade, a virilidade, o
assassínio, a extravagância, ambos são positivos. E detesto a “igreja”, berço de
hipócritas. Só têm hipócritas lá, os mais santos são talvez os mais sujos. Odeio os
apelos e as apelações emocionais e socioeconômicas. Pecadores purificai vossos
corações e lavai suas mãos com a autocrítica. O real está em ascensão.
Esses tolos querem unir, mas unir gente para celebrar a imagem deles. Esses tolos
são separatistas. Tolos contraditórios. Religião e o falso cristianismo são
fraquezas, mas eles não são fraquezas, eles são marasmo mesmo. Esses tolos são
contra aquilo que eles mesmos são. Eu digo que esse grande matadouro chamado
mundo é o lugar perfeito para esses tolos viverem-morrerem. Eles são fracos.
Isso é o meu livro, isso não é o universo, isso é o eu-verso, isso é unique. Quem é o
juiz sobre a sua vida? As religiões formam um lençol sobre a sociedade,
tornando os indivíduos inferiorizados e não resistentes ao processo de
escravização mental. Eu tenho a oportunidade: chegar a o auge. Um estímulo,
uma força, um impulso. Descartar o lençol. Dar visão aos cegos. Cegar os que
possuem a visão. Nenhum ódio, nenhum amor, nenhuma paixão. Sem tese
absoluta, sem ídolos, sem deuses, sem adoração. Eu estou falando sobre
ressurreição. Eu criei nichos sociais. É incrível isso. Nesses últimos anos eu estou
pensando como Deus pensa. Mais ou menos assim: pra mim o pouco já é o
suficiente, pois com esse pouco eu posso impactar espaços vazios, criar
maravilhas e surpreender minhas criaturas e criações. Eu dou dezenas de sustos
nos nervos alheios. O fato de que um peregrino se ache “grande” e “magnífico”
ao nível de “nunca antes visto” é um bom pretexto para certas exortações neste
indivíduo, da seguinte maneira: usando exatamente as coisas mais desprezíveis
que os semelhantes peregrinos soberbos e arrogantes mais ignoram,
menosprezam e reputam por insignificante. O que é pouco é muito.
Lembre-se daquela pequena pedrinha no meio do caminho. Lembre-se daquele
pequeno livro na mão do Anjo. Lembre-se das suas pequenas palavras jogadas ao
vento sem preocupações alguma. Lembre-se. Pois é justamente nas pequenas
palavras que você tropeça, se quebra e morre. As palavras são um registro, um
código crucial confessional e delicado do intelecto e da alma humana. Eis o
tropeço que Deus colocou aos homens que desprezam. Os sonhos da gente
gostam de trazer a memória o que as pequenas palavras podem causar e fazer
existir em certas dimensões e oportunidades. Muita espiritualidade e realidade
em poucos caracteres algo como “Haja Luz!” ou “Amai aos vossos inimigos”. Isso
é lindo. Davi derrubou o gigante assim como eu.
Para os peregrinos a alma é sempre o primeiro recurso. Se ela é doente, eles se
contorcem, mas a alma sempre estará lá. Nos momentos terríveis a alma tenta até
sair do corpo e às vezes acaba se diluindo nas mãos desses peregrinos sofredores
através de suas lágrimas. Humanos em geral são frágeis.
É a verdade descarada, a carne como dizem é suscetível ao pecado e reconhecer
tal fraqueza como um mísero humano é uma coisa não automática. A vida vai
ensinando as pessoas. Existem algumas que procuram escalar o céu com prédios
enormes de fazer inveja à torre de Babel. São coisas como um totem capitalista
que está tentando chegar à divindade por meios artificiais. Desafiar a Deus e se
aventurar radicalmente são coisas que só os todo-poderosos humanos, felizes e
famosos podem fazer. Hoje em dia não deixam de surgir igrejas evangélicas com
suas teologias hedonistas. Hoje se ouve o evangelho narcisista e blá, blá, blá...
As pessoas pedem transformadores da história, revolucionários da última hora e
pensadores de plantão, mas nunca querem ou tentam serem eles. Todo mundo
quer comentar, citar e compartilhar sobre a guerra, mas ninguém quer correr o
risco de morrer nas batalhas defendendo a sua pátria. Percebi isso quando tentei
escrever “Como Vencer Uma Guerra”, um outro livro.
O que elas realmente pensam? O que pensaram essa gente? O que imaginam de
minhas coisas deixadas no meio do caminho? Certamente eu deixei várias pedras
no meio do caminho de várias pessoas. Onde elas estão? Onde elas se perderam?
Perderam-se delas ou se perderam de mim? Eu sou alguém de sorte. Uma certa
sorte. Uma sorte infinitamente sortuda. A sorte de não ter a obrigação de me
sujeitar a desejos de outros. Eu sou um sobrevivente. Algo aconteceu. Foi grave.
Isso mexeu comigo e abalou elas. Elas ainda não se tocaram. Isso é apenas uma
passagem. Falo do fogo e do gelo. Eu sou um deus. Eu não preciso de motivação,
eu sou o motivo em si. O poder em si. Sim.
Um novo reino está nascendo. Um novo sentido. As coisas realmente estão
mudando. Uma grande luz está vindo sobre as trevas. Luz nos olhos daqueles
que antes andavam com a cegueira. Justiça. Transparência. Igualdade.
Oportunidade. Convite ao crescimento. Os iluminados serão chamados e
escolhidos. Vamos à luta pelo raiar deste dia. Não encontrei nada além do que
uma transformação. As barreiras do medo foram derrubadas pelo poder da
liberdade popular. Não é permitido dizer não a um presente divino. Uma
imensidão de conhecimento nos espera. Um universo cheio de estrelas para
explorarmos. Como é bom poder ler esses astros celestiais. Somos enviados à
pesquisar sobre nós. Descobrir coisas como quem sonha acordado. Participando
nos processos construtivos sobre nossa sociedade. Lidando com a chance, a
ordem e o direito. Não é só o “ir” ou o “vir”, mas o agir e o progredir. Estamos
seguindo em frente. Passos históricos. Avanços lendários. É incrível. Maravilhosa
sensação. Graça. Conscientes sobre a força ressurgente da nossa união vibramos
com a certeza de que não fugiremos.
Encobertamento de desejos! Onde está você? Eu preciso expressar o meu Deus
interior! Supremacia! É hora de caminhar. Na estrada. Sem direito de olhar pra
trás. Sem permissão pra dar ouvidos a qualquer pensamento contrário.
Estou chegando, estou à caminho. Meus versos falhos não conseguem prever
meus cruéis pensamentos. Sobre o campo de batalha destilo meus infalíveis
golpes.
Cruel. Cruel. Cruel. Perverso e maligno mundo. Tais escuridões fazem Macbeth e
Lúcifer parecerem apenas crianças irritadiças. O mundo não tem salvação. Eu
lucro em cima da corrupção humana.
Que maldade. Que crueldade. Vejam só até onde é tratada como loucura a
natureza humana e até onde ela pode chegar. ANTICRISTO! Uma atitude mais
do que revolucionário. Que é tratada como algo horripilante, digna de espanto
dos mais cruéis dos traidores, Judas e dos mais cruéis dos algozes Zeus, Ares,
Apolo e Odin.... Vários daqueles que um dia pensaram ou almejaram alcançar a
Soberania máxima sobre diversos reinos. Eis que eles foram superados. Sim
foram superados por um cara negro. Um diamante pintado de obscuridade, luz,
virtude e poesia. Ele sim, este sim, é um herói. Maior que Hércules.
Foi lançado o desafio, quem daqueles que vivem sobre a Ordem do Supremo
Criador, subirá até os céus para combater e levar consigo a lendária Coroa de
Ouro e herdar do Altíssimo um Trono de Glória? Eis que Yosef David, Rei
Supremo na Terra, incrível em amor e destemido em bravura e impiedade contra
adversários se propôs a combater.
- Yosef, te dei um nome, te dei uma família, com fogo e fúria, nos infernos contra
feras e titãs fostes provado, derrotastes gigantes e dilacerastes gargantas dos
deuses. Correstes a corrida que lhe propus e não voltastes para trás, visto que
foste aprovado segundo o conselho daquele que Governa Os Céus e a Terra, O
General Supremo dos Exércitos e Guerreiros Celestiais. Dar-te-ei como Prêmio a
Espada de Luz, fagulha de glória e imponência daquele Que Reina Para Sempre,
para poderes exterminar todo e qualquer besta que emergir dos abismos
humanos e alcançares o Trono de qualquer reino na terra, foste posto agora como
ferramenta nas mãos do Engenheiro Supremo, EIS QUE TE PONHO COMO UM
EXÉRCITO DE DEZ MIL HOMENS E COMO UM ESTANDARTE MULTIFACES
SOBRE OS MEUS DESÍGNIOS. Yosef David, NÃO HÁ QUEM POSSA SE FAZER
ESCAPAR DAS MINHAS MÃOS. Eu sou antes da fundação do mundo. Seja tu
conforme meus planos, trilharás o teu caminho sendo fiel ao sangue que foi
derramado, para honrares as promessas. RECEBA ESTRELAS EM TUA ALMA,
DONS E TALENTOS NAS REGIÕES ESPIRITUAIS, DEUS TE CONSTITUI
AGORA COMO GUERREIRO CELESTIAL NA TERRA. Não temas, eis que
minha mão te sustenta. Não sou Eu o Teu Deus? Levanta-te vai de pressa! VÁ E
FAÇA! Yosef liberou as passagens psíquicas, estendeu ao infinito o potencial de
sua mente.
Compaixão
É muito melhor seguir os nossos sonhos do que as expectativas dos outros. As
pessoas conseguem curar as si mesmas, quando a ferida delas não foi eu que fiz.
Não quero ser a atadura das chagas que eu não abri. Não emito opinião sobre
certas dores que eu não magoei. Eu não dependo dos resmungos sofríveis
daqueles que se autodestroem.
Ela é uma carta endereçada a um hospital que não sou eu. Eu não sou médico
dessas causas específicas. Vou deixar a água rolar. Não é da minha conta. O que
eu fiz antes posso me arrepender. Mas agora cada ato meu será um ataque
mortal. Reações pela minha sobrevivência.
Eu conheço todas as habilidades dos meus adversários, fingir está sofrendo, é a
mais ardil delas. As piores cobras são aquelas que se camuflam mais. Pessoas
duas-caras não conseguem manter uma relação de fidelidade comigo. Sou a
espada da verdade. Eu revelo o pecado dos outros.
Posso trabalhar em meio a um ninho de cobras, posso ir à casa do ladrão e roubar
os seus tesouros, posso matar Golias com a sua própria espada. Sou ousado,
pratico aquilo que me dará sucesso. O triunfo é o meu único destino. Eles só
podem contribuir com isso. Deles só espero o que é inerente e natural aos seres
humanos a maldade. Isso é excitante.
Se os meus inimigos precisarem de uma mão, eu a darei, se precisarem de água,
eu providenciarei. Se eles caírem eu mesmo, vou ajuda-los a se levantarem. Eu
sou diferente, da imagem de arqui-inimigos que eles criaram.
Sou um diabo diferente do diabo que eles temem... Estou constantemente
vencendo... Sem olhar pra trás, sem dar atenção ao retrocesso... Embora eu ainda
tenha algum de tipo de compaixão, eu sigo o exemplo de Jesus, eu sou amor mas
também sou Justiça.
O desprezo é o elogio que eu dou às pessoas que são órfãos de sentido em suas
vidas. Elas sempre estão procurando e buscando um novo horizonte, uma nova
migalha, pra sobreviver e resistir à opressão do sucesso daqueles recebem honra
ao mérito, como eu. Eu produzi o bastante para obter meus troféus.
Sobre a vigilância
Todos em algum momento como dizia o sábio, vamos querer nossos poucos 15
minutos de fama. As redes sociais estão ai pra comprovar isso. Mas a obsessão
que as pessoas sentem pela vida alheia, pelo interesse dos outros é mais forte que
o desejo que elas sentem para serem felizes. Existe a preferência pela infelicidade.
O talento incomoda, é natural, é dinâmica feroz da vida. O brilho de um causa a
infelicidade de outros, é uma lei universal, digna de desprezo.
O brilho, o destaque e a fama causam controvérsias diversas. É um ingrediente
que promove a maioria das guerras e confrontos entre humanos. Quanto maior
for a estrela da pessoa, maior será a vigilância dos invejosos sobre ele. Por mais
que a inveja seja o sentimento mais negado pelas pessoas, é justamente ele que
mais é cultivado por elas.
É natural. É carnal eu diria. Mas também tenho que destacar que o medo também
é um motor da vigilância das pessoas a respeito de outras. Como George Orwell
retratou no seu livro 1984, a tirania que deseja se meter na vida privada dos
outros, faz isso por causa do medo de ver as pessoas serem livres e tomarem
atitudes que não são bem-vindas, como a de obter sucesso na vida.
A expressão “O Grande Irmão está vigiando você” não se aplica só às
organizações secretas ou governos, mas também a qualquer um de nós.
Queremos constantemente viver a vida dos outros, seguir o roteiro dos outros,
somos covardes, mesquinhos e infantis. Porém as vezes é muito bom estar no
centro do furacão. Ser o centro das atenções pode ser excitante. Isso nos adiciona
algum tipo de status. Pode ser ridículo, mas é assim que é a vida.
Como desaparecer completamente
Seu amigo comentou sobre mim, ele me chamou de assimétrico. Ele acertou
porém errou o alvo. Na verdade sou sim assimétrico, com amor. Sou um anjo
imperfeito. Eis que estou aqui pra ser. Você está ai pra me oferecer o teu corpo.
Eu sou esse vampiro, caçador de ti. Eu caço tudo de ti, até as tuas coisas que me
agridem vorazmente. Me sinto um tubarão comendo todas as tuas carnes, em um
mar que só existem como seres vivos, eu e você. Com fervor e temor. Um terror,
esse amor.
Essas coisas que vão, essa noite que passa. Esse corpo que cai. Eu sobrevivo. Criei
algumas histórias e as outras fiz uma nova versão. Quero ser uma nova aliança.
Sou deformado primeiro por Deus, para depois ser reformado pelas mãos
delicadas de uma amante. Prefiro a escuridão, onde eu encontro a minha glória.
Prefiro abandonar a ser abandonado. Só posso olhar pra frente, não consigo viver
um retrocesso. Meus sentimentos não me enganam, eu preciso que você prove da
morte, só mais um instante.
Eu estou além das paixões profanas, que enganam, que matam, que iludem, que
mentem e novamente enganam. Essa serpente falando, gritando, revelando
mentiras, com uma voz gentil escondendo atrás de si mais de mil armadilhas. Eis
a perdição na casa de Dalila, no leito da Medusa, esse seu corpo de mentiras. Eis
o fruto da paixão: a morte. Não caio mais nessa, ninguém vai tirar as minhas
forças, ninguém vai sugar o meu tempo e me deixar na solidão como meu prêmio
único a receber. Prefiro ser assimétrico e eternamente poeticamente belo, do que
ser ignorante da beleza que o mundo nos esconde. Eu tenho uma dúvida, que
ninguém jamais poderá me responder.
Tantos dos outros infinitos problemas, somente o dinheiro pode resolver, falou e
disse, sem regras para a estupidez, eles preparam a própria cova deles. O vício na
tara pelo dinheiro pode matar, mas verdadeiramente a inteligência em
administrá-lo salvará inúmeras vidas. E assim uso este mundo com a minha
sombra negra. Tempestade. Sonho. Positividade. Prazer. Eu. Eu compreendi a
arte de como desaparecer completamente. Finalmente, cheguei à fase adulta, a
idade da razão, tempo de saber brincar com as durezas da vida e levar a sério as
brincadeiras que ainda restam. Eu sei...
A glória
O mundo não tem salvação. Eu lucro em cima da corrupção humana. A beleza
encontra milagres para que possa existir por aqui. Tenho meus sonhos como
prioridade máxima. O mundo não sonha comigo.
Morfeus não se junta a Hades. Pobre do Homem que é dominado pela sua
miséria. Estúpido! Você está na vida e não num parque de diversões só seu, você
é um ser social, você não pode impedir a merda dos outros. As pessoas ainda são
livres para ser a desgraça e convenhamos, o mundo é o maior desgraçado do
universo. É a torre de Babel novamente sendo levantada por eles para mais uma
vez ser derrubada.
O que é que eles querem mesmo a não ser Pão e Circo? Alimentai o povo,
multiplicai os pães, examinai as escrituras, justificai os aplausos e perdoai os
palhaços do grande circo da vida, teatro dos pecadores.
Se este povo quiser a beleza conhecer, que sigam os meus passos, sigam o líder.
Imitem-me. Os anjos de Lúcifer guerrearam contra os anjos de Miguel, mas não
prevaleceram.
Eu todavia, rumo para qualquer vitória, não preciso estar me escorando em
ombros de gigantes, eu não preciso me esconder atrás dos outros pois eis que eu
sou um exército de dez mil homens armados com a ira de Deus.
A glória de um homem é conhecida pela diversidade de adversários que ele
sucinta. Nas relações sociais, sempre um espírito de luz provocou os espíritos de
porcos, a inveja deles em todo caso é um tributo à grandiosidade divina, como
dizia o poeta.
Capítulo V
ESCAPATORIUM
ESCAPISTA A MORTE É DOCE
ESCAPISTA LA MUERTE ES DULCE
ESCAPIST DEATH IS SWEET
현실도피의
죽음은 달콤
ESCAPISTA A MORTE É DOCE
kikapcsolódást keresó death és édes
ESCAPISTA LA MUERTE ES DULCE
現実逃避の
死は甘いです
ESCAPIST DEATH IS SWEET
ESCAPISTA A MORTE É DOCE
ESCAPIST LA MORT EST DOUCE
kikapcsolódást keresó death és édes
缺点:
死亡是甜的
현실도피의
죽음은 달콤
Бегајќи од реалноста СмрттаеСЛАА
اإلن هزاميوم ال ح لو هو ال ت
hindi humaharap sa katotohanan
kamatayan ay matamis
ESCAPISTA A MORTE É DOCE
IDENTITY BECAUSE LIFE CONTINUES
זהות ממשיכים החיים כי
IDENTITEIT DOOD IS SWEET
Caminhos do corpo
Sabe, as vezes eu me sinto vazio ,
as vezes que eu tenho que seguir os seus caminhos,
os caminhos de teu corpo, eu me sinto perdido, vazio,
quero segurar na tua mão, quero segurar no teu corpo inteiro,
indo até o teu interior...
juntos, isso é como um parque de diversões,
miscelâneos de emoções, meu amor é um sorriso em meio a dor,
eu quero lhe dizer coisas que o meu corpo não pode calar,
se estou iludido eu não sei, mas eu estou nisso,
me abrace como num grande finale,
a luz entre nós, num entardecer final,
uma frase, uma postura sobre o amor,
o amor é o meu background e o meu modus operandi
Predador
Desmanchando a bailarina no passional
ardor, especial praga dos tempos com tempero,
contemporânea coisa que nunca fiz,
envenenamento do eu hipnótico,
automóbile substituição pelo coletivo,
órgãos do amor no meu estômago,
tenho vontade, quero cortar o mundo,
essas coisas parecem mastigáveis,
vou comer a imagem toda, degustar o rosário de inchaços,
à véspera do escarlate, eu desguardo-me na chuva,
pigmentos sanguinolentos me identificam, sangue-alma
Maçãs II
Maçãs: Rastros nas veias,
astros nocivos enraizados no coração,
é a floresta, eu esfaqueado
Confissões do corpo
Corpo-a-corpo, lance seus olhos ao meus olhos, economize palavras, aos seus
olhos dizeis “criem”, você paga, pois não confunde proteções com máscaras,
andar perdido, onde cristais são úteis, e prolongam a relatividade da doença,
do amor ao invisível amor do anjo da música, documento o belo que suja as
nações,
indo participar, aprender carnificina as vezes sou um tigre, as vezes sou um
louva-deus,
Se devoro sozinho, devoro, com liberdade Corpos do Japão, brisa seca me bateu
na razão,
documento o azul que se encaixou em olhos, vermelhos e lacrimosos,
na minha boca vou quebrando as castanhas, vou sentindo breve minha costelas
estralando,
cortado bem ao meio, te asso em pele e exoesqueleto,
armada branca, gravada na luz escrita, flama e fala sobre razões,
cercada de fúrias, línguas em meu objeto, eu estou completo, em estrados e com
estacas a trabalhar, queime a luta, diminua a contagem,
relâmpagos como palavras de orações, eu preciso,
não pare, eu quero dizer: a não piedade-incêndio,
tocar-me e levar-te, lago de fogo,
ler para os meios, lento e amargo, ouvindo também no destino,
flocos de um conjunto a lote, em viver com você,
morda o fogo, o guardião que eu sou, por ficar no meu tudo,
olhe para as minhas mãos, a sua feriu-as,
Pyro, uma bênção, de um cozinhar esquecido,
a voz estabelecida a tomar na minha imaginação,
trabalhar com isso, fazer sentir sem fazer doer,
vendar filmagens falsas, em chamas,
o inocente faz com que os ataques,
esmaguem um relógio em cinzas, nuvens de sóis avolumam e incham isso,
corte o caos, seu pé adentra no meu inferno,
não um, eu não, eu tenho um corpo no meu corpo,
através de um sonho no meu sonho, a presença contínua na vida,
a um gole da morte, se foram e decaíram, o que restou, o tempo precioso,
não tenho corrompido essa simultaneidade, eu temo estuprar a harmonia,
quase nada, porém encarnados, eu venho em imortalidades, mas a vida passa,
duas realidades e piedade, eu tenho um morto no seu rosto,
ser o desgosto do desgosto? com dez dedos ordinários, contigo meus dez dedos
metálicos,
delírio, delito, abrandado, perturbante, dez vezes desvio,
meche-se, me ilude e rompe, atravesso seu sangue,
em sua corrente sou um nervo frenético,
desjejum meu de articulações, dejavú seu, edaz me distrai,
perto demais, Éden de miragens,
atormento eu, tento eu, perfuro eu,
imagina seus dez dedos combinando, balanço, manco,
uma mancha negra, necessário, esses lábios, esses lacres,
uma flor dentro de uma flor,
que está ligada a outra flor, a sua violenta tímida,
fios tomam exílio de mim, encorpam, recortam,
em cápsulas vermelhas ela ameaça, seu ouro cai e eu lhe vendo pedaços meus,
uma ferida aberta, saindo sangue
sua pele dolorida e latejante, no falar no tocar,
minha áspide puxa, a sua pantera dá,
ferocíssimos golpes formamos, na sua circunjacente mesa,
despida do caule ao meu opíparo, encravo-lhe
Conhecimentos sobre o corpo
Seu olhar preso a uma ideia,
seu olhar magnético. Preso em mim.
Eu preso em você. Você com esses olhos.
Teus olhos magníficos assim,
Você.
Te quero mais que tudo...
Te desejo mais que tudo...
Mais que tudo...
Correríamos o risco de morte...
Posso ler os teus pensamentos...
Conhecimento sobre o corpo...
Momento do Amor...
Soco Na Cara
Finalmente Livre,
Estou no estado de Deus, a graça,
Criar o que quero, escrever no meu livro,
A vida, realização,
eu sei o que eu estou sendo,
a natureza natural, o bem,
seu amor quente, sua emoção,
quero isso para sempre,
que nunca acabe mesmo,
minha noção de tempo já cedeu
seus limites,
eu chamo você,
mando mensagens,
tal é a bondade de Deus,
essa é a diferença,
esse é o amor que eu preciso.
Acendi a luz para registrar um sonho
Meu silêncio é tão sensual,
essa particular forma de autoadmiração,
i love myself,
Certas coisas me animam...
sabe? quando não há forças em meu músculos e minhas articulações,
me sinto vazio, ai vem um fluído, cativando meu sinais elétricos,
isso me levanta e não é espontâneo de minha parte,
Não é por mim... eu não tenho olhos verdes, sou diferente mesmo,
sou alguém que você não ama, todo o amor é falso...
Quando não tenho nada pra fazer, eu amo,
meu calcanhar de Aquiles é o amor,
eu não sei o que fazer, estendido sobre o sol,
eu sonho eu durmo, eu amo
Você amava, você foi amada, eu te amo,
isso é uma paz, uma piada, dinheiro na minha mente,
sem nenhuma apologia, voz sussurrada no ouvido de Deus,
eu te odeio, minha existência não tem sentido, só tem amor,
amor escreveram na minha vida, que porra é essa?
Eles sabem, eles sabem,
o real está em ascensão, eu sou Deus,
amor, amor, amor, amor...
agora... sim eu vou...
coloquei “mute” em meu controle,
disse adeus e não disse nada,
tenho medo de ser, e sou,
Meu efeito é não-ser
estou perdido em teus caprichos
e apaixonado pelas suas seduções!!!!!!!
eu detesto ser observado, eu adoro quando sou vítima de preconceito,
me perdoe pelo dano cerebral causado em você!
ah!
Entre Chamas Eles continuam do mesmo jeito, eles vão continuar assim, é o jeito deles, pendem pra baixo, eles são assim, eles não sabem, não sabem nada sobre nós, amém, eles não me conhecem, não sabem nada sobre mim, eles não conhecem você... Eu conheço o seu coração... Eu conheço o seu coração... Só eu e você podemos viver isso... A felicidade... eu estou com você... na vida, o amor é a única coisa que posso obter... A verdade... Sempre foi assim... Olhe só para eles... Porque eu me juntaria a eles...? Eu vou é me juntar ao seu corpo... É o que nos interessa... Estou com você e você mora em mim... A vida me mostra a cada dia... que o amor é a minha única estrada... A única coisa que eu vivi... O mundo pode nunca mudar... que seja assim... Mas o meu amor, em você, a única coisa de realmente imutável... Porque eu sei que eles não mudam... Eles não vão mudar... Eles não sabem, não sabem nada sobre nós, eles não me conhecem,
não sabem nada sobre mim, eles não conhecem você, Eu conheço o seu coração... Eu conheço o seu coração... Só eu e você podemos viver isso... A plenitude... Eu estou com você... Sou seu verdadeiro amor... Sei que você está esperando por mim... Eles não conseguem entender esse amor alienígena... Como é bom ser desconhecido, misterioso, ser um segredo, Meu amor é superior ao mundo, Ainda bem, você e eu sabemos porque... Porque eles não mudam... Eles não vão se transformar... Muitos são chamados e poucos escolhidos... Eles continuam do mesmo jeito... Contemplando o trono... Se sujeitando ao meu poder... Porque Eu conheço o seu coração... Eu conheço o seu coração... Só eu e você podemos viver isso... A plenitude... Eu estou com você... Sou seu verdadeiro amor... Sei que você está esperando por mim...
Anexo I
Visões sobre o mito de Sísifo Albert Camus leva o leitor às mais amargosas e duras reflexões a respeito do absurdo do existir, ser e lidar com a realidade existencial humana: maldade, corrupção e resquícios de eternidades e belezas. Grandes filósofos e escritores encontraram nos momentos mais tenebrosos da história da humanidade (Primeira e Segunda Guerra Mundial) uma oportunidade para mergulhar no poço profundo da reflexão na alma humana. Albert Camus, não foge a regra. O filósofo concentrou muito de seu trabalho árduo de pensamento absurdo justamente nessa época macabra de guerra, onde o ser humano ficou transpassado pelo dilema do existir, onde a paz é difícil de se manter e a fúria, a hostilidade e a rivalidade acabam se tornando meios fáceis de se seguir. A fé na humanidade é sustentada nos melhores casos por uma frágil estrutura. O livro "O mito de Sísifo" emociona o leitor nas mais variantes formas de se entristecer, se deprimir e lamentar. Faz bem para a alma. Afinal esse o sentimento filosófico e natural do absurdo, que na maioria das vezes ninguém sabe ao certo definir o que é, provoca essas coisas. É verdade que somos homens absurdos quando nos tornamos conscientes das nossas capacidades. Principalmente as negativas, pois até as positivas possuem em última análise os seus aspectos cruéis e impiedosos. Todo homem é obrigado a carregar fardos que não são dele enquanto que simultaneamente equilibra o peso da sua própria existência e responsabilidade com os seus atos. Mas nem sempre existe uma correspondência por parte dos semelhantes. A tendência normal em todos nós é o descontrole, a distorção e agressividade. Se não for assim, na luta, na força ou na disputa não se conhece nossos limites outrora ocultados da face dos sobreviventes das inúmeras pressões cuja vida nos oferece. Conquistar melhorias de vida, manter certo padrão de vida ou sustentar a si mesmo. Corriqueiras preocupações que vão se somando a surpreendentes imprevistos contra a nossa vontade de felicidade e normalidade. São os choques de existências e os pesos na consciência que nos abrem os olhos. Para ver melhor a morte e suas consequências, a vida e os seus limites, a liberdade e as suas contrariedades, enfim uma imensa teia de complexidades que vão sempre se expandindo no decorrer do nosso tempo de vida. Se por um lado há uma estagnação na motivação de se viver, por outro, a vantagem desesperante de se conhecer a novidade do amanhã, que guarda surpresas e felicidades talvez superiores a aquelas que já poderíamos ter vivido
na infância, adolescência ou fase adulta. A vida é mesmo terrível e ao mesmo tempo delicada e deliciosa. Talvez na verdade seja apenas um sonho feroz onde pesadelos também ganham espaços para se transformarem em jardins. "O mito de Sísifo" sugere ao leitor o caminho da virtude do reconhecer que a nossa vida pode ser eterna, mas nem tudo nela será eterno, pois em muitos momentos certamente grandes ilusões e percas de tempo, farão de todos nós meros tolos que se sentem enganados e traídos. Uma divina comédia do existir. Mas um dia se conquista por vez. Até o fim. Quando a resposta final nos será dada, se o eterno nos abraçará ou o silêncio ininterrupto do nada nos reduzirá ao esquecimento poético.
Anexo II
A real face da metamorfose
Franz Kafka nos faz um convite a um mergulho no pensamento tempestuoso do absurdo revolucionário. Isso pode ser bom, triste e na maioria das vezes pode significar apenas uma outra tragédia. O mundo não foi feito pra ser compreendido. Nele sempre estamos cheios de dúvidas e angústias a respeito do porvir e do nosso estado atual. Gregor Samsa nós seres humanos, meros mortais fadados a carregar inúmeros fardos numa sociedade que pressiona cada vez mais e mais os operários, proletários e funcionários de empresas e instituições para produzir mais e com eficiência. "A Metamorfose" trata mesmo de assuntos eternos enquanto os seres humanos viverem sobre a face da terra. Gregor Samsa sente na pele, o peso do mundo e a dor da cobrança. Se sente um inseto inútil desprovido de "humanidade", uma pessoa sem apego as coisas espirituais e as sensibilidades emocionais. Ele desperta da sua maldita vida onde somente o ter e não o ser faz dele um homem de bem e de respeito aos olhos interesseiros da sociedade contemporânea a nossa. Gregor Samsa acorda, e vive o absurdo e o surreal como se fossem coisas desejáveis e benignamente normais. A situação se torna insustentável. Mas ele ainda luta mesmo sabendo que a luta pode ser impossível de se vencer. Tudo isso se absorve nas tentativas de se entender o incompreensível. A vida é uma comédia. E os processos de supressas e momentos apocalípticos não findam em suas metamorfoses ao se elevar de percepções sobre sua irmã, mãe e mundo capitalista. Um incesto é sugerido de forma inacreditável e inaceitável para a maioria moralmente pura da sociedade e não menos também para ele. Esse tema que foi muito bem abordado na tragédia “Edipo Rei” de Sófocles. O homem não consegue fugir do destino que ele mesmo constrói. Por isso Gregor Samsa é o nosso herói mitológico, um homem absurdo que é rebelde contra as paredes que o cercam e tentam o oprimir todos os dias. Chega ser realmente um tormento. Mas tudo tem o seu fim. Se por um momento Gregor Samsa pode parecer apenas uma vítima perturbada existencialmente e acomodada com sua situação absurda de dura humilhação, por outro ele tem uma certa liberdade, ao se tornar consciente de seu estado. Ele não só tem o direito como o dever de se libertar. Fica a sugestão aos leitores. Franz Kafka escreveu uma obra-prima sem limites com Insights que nos inspiram a romper com as barreiras psicológicas e ridicularizar as pressões sociais impostas pelos desconhecidos. Vale muito a pena a leitura, o estudo e a absorção dos cernes demonstrados em "A Metamorfose".