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Optei pelos ”Contos Capitais”, sugerido pela Sónia, e naturalmente não o li totalmente, pois tem mais de 400 páginas, mas nem é suposto que se leia dessa forma. Na realidade trata-se de um livros de contos, em que 30 escritores foram convidados a escrever um conto que se passa no todo ou em parte numa capital de um país, escolhida pelo escritor. Não se trata assim de um “livro de viagens” no sentido habitual, mas um “livro em viagem”, pois todas as cidades são boas como suporte de uma “estória”, e ao lermos esse texto, alguma coisa da cidade fica colada nesse texto. Para além do texto o livro apresenta algumas boas fotos alusivas ao conto ou à cidade onde este se passa. As histórias são surpreendentes (algumas delas), e não são “turisticas”. Por exemplo Bruxelas é brindada com um conto que nos relata um ladrão de carteiras que vai a Bruxelas para burlar uma senhora que conheceu na internet e acaba “burlado” e tem de se dedicar à sua “profissão” nas ruas de Bruxelas para sobreviver. Ou a história de um treinador conhecido que é convidado para treinar a seleção de futebol de Cuba, mas que não pode treinar, mas apenas dar a sua cara, que ilustra a cidade de Havana. As cidades também podem ser reais ou não, pois um dos escritores escolheu Ashitueba, capital inexistente de um país imaginário, outro escolheu Palenque, capital de império Maia no México. Muito interessante e um livro para ler devagar numa “viagem” da literatura pelas cidades.

BMS_Contos capitais por Carlos Reis

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Optei pelos ”Contos Capitais”, sugerido pela Sónia, e naturalmente não o li totalmente, pois

tem mais de 400 páginas, mas nem é suposto que se leia dessa forma. Na realidade trata-se de

um livros de contos, em que 30 escritores foram convidados a escrever um conto que se passa

no todo ou em parte numa capital de um país, escolhida pelo escritor. Não se trata assim de

um “livro de viagens” no sentido habitual, mas um “livro em viagem”, pois todas as cidades são

boas como suporte de uma “estória”, e ao lermos esse texto, alguma coisa da cidade fica

colada nesse texto. Para além do texto o livro apresenta algumas boas fotos alusivas ao conto

ou à cidade onde este se passa.

As histórias são surpreendentes (algumas delas), e não são “turisticas”. Por exemplo Bruxelas

é brindada com um conto que nos relata um ladrão de carteiras que vai a Bruxelas para burlar

uma senhora que conheceu na internet e acaba “burlado” e tem de se dedicar à sua

“profissão” nas ruas de Bruxelas para sobreviver. Ou a história de um treinador conhecido que

é convidado para treinar a seleção de futebol de Cuba, mas que não pode treinar, mas apenas

dar a sua cara, que ilustra a cidade de Havana.

As cidades também podem ser reais ou não, pois um dos escritores escolheu Ashitueba, capital

inexistente de um país imaginário, outro escolheu Palenque, capital de império Maia no

México.

Muito interessante e um livro para ler devagar numa “viagem” da literatura pelas cidades.