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Artigo de Leonardo Sarmento sobre a utilização do BNDES
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BNDES patrocina ideologia partidria do Governo,
enriquece protagonistas do sistema e empobrece o
Brasil? Descortinando seu vu protetor!
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Publicado por Leonardo Sarmento - 4 horas atrs
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Trabalharemos com fatos poltico-sociais e
traremos questionamentos. No infirmaremos a
existncia de crimes, mas interpretaremos a partir
de fatos que demonstram a probabilidade de suas
existncias.
H diversos fatores que conjugados so capazes de
demonstrar o quo democrtico um Estado.
Sustentamos porm, que um fator distintivo denota
o que real e o segrega do que vendido pelo
sistema. Esse fator a transparncia das
instituies pblicas do Estado ou das
instituies que simplesmente recebem aporte de
http://leonardosarmento.jusbrasil.com.br/artigos/171125726/bndes-patrocina-ideologia-partidaria-do-governo-enriquece-protagonistas-do-sistema-e-empobrece-o-brasil-descortinando-seu-veu-protetor?ref=homehttp://leonardosarmento.jusbrasil.com.br/artigos/171125726/bndes-patrocina-ideologia-partidaria-do-governo-enriquece-protagonistas-do-sistema-e-empobrece-o-brasil-descortinando-seu-veu-protetor?ref=home#commentshttp://leonardosarmento.jusbrasil.com.br/artigos/171125726/bndes-patrocina-ideologia-partidaria-do-governo-enriquece-protagonistas-do-sistema-e-empobrece-o-brasil-descortinando-seu-veu-protetor?print=truehttp://leonardosarmento.jusbrasil.com.br/artigos/171125726/bndes-patrocina-ideologia-partidaria-do-governo-enriquece-protagonistas-do-sistema-e-empobrece-o-brasil-descortinando-seu-veu-protetor?ref=homehttp://leonardosarmento.jusbrasil.com.br/
dinheiro pblico em suas contabilidade. Iniciemos
o presente deste ponto.
No novidade para ningum que o Brasil tem
indeclinvel problema grave de infraestrutura.
Diante dessa questo, o que faz o Banco Nacional
de Desenvolvimento Econmico e Social (BNDES)?
Financia portos, estradas e ferrovias no
exatamente no Brasil.
Desde que Guido Mantega deixou a presidncia do
BNDES, em 2006, e se tornou Ministro da Fazenda, o
Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e
Social tornou-se pea chave no modelo de
desenvolvimento proposto pelo governo. Desde
ento, o total de emprstimos do Tesouro ao BNDES
saltou de R$ 9,9 bilhes 0,4% do PIB para R$
414 bilhes 8,4% do PIB.
Alguns desses emprstimos, aqueles destinados a
financiar atividades de empresas brasileiras no
exterior, eram considerados secretos pelo banco.
S foram revelados (pequena parcela) porque o
Ministrio Pblico Federal pediu justia a
liberao dessas informaes. Em agosto (2014), o
juiz Adverci Mendes de Abreu, da 20. Vara Federal
de Braslia, considerou que a divulgao dos dados
de operaes com empresas privadas no viola os
princpios que garantem o sigilo fiscal e
bancrio dos envolvidos. A partir dessa deciso,
o BNDES est obrigado a fornecer dados solicitados
pelo Tribunal de Contas da Unio, o Ministrio
Pblico Federal e a Controladoria-Geral da Unio
(CGU) solicitarem. Descobriu-se assim uma lista
com mais de 3.000 emprstimos concedidos pelo
banco para construo de usinas, portos, rodovias
e aeroportos no exterior.
A seleo dos recebedores destes investimentos,
porm, segue incerta: ningum sabe quais critrios
o BNDES usa para escolher os agraciados pelos
emprstimos. Boa parte das obras financiadas
ocorre em pases pouco expressivos para o Brasil
em termos de relaes comerciais, o que nos leva a
suspeita do carter poltico-ideolgico de suas
escolhas. A ausncia de transparncia uma das
principais hipteses de incidncia dos desvios de
finalidade, portanto razovel at aos que
carregam teoria garantista como verdadeiro
preceito de f advindo de uma ordem divina
inafastvel, sob pena de pecado.
Outra questo polmica so os juros abaixo do
mercado que o banco (BNDES) concede s empresas.
Ao subsidiar os emprstimos, o BNDES funciona como
umaBolsa Famlia invertida, um motor de
desigualdade: tira dos pobres para dar aos ricos.
Explicando, capta dinheiro emitindo ttulos
pblicos, com base na taxa Selic (11% ao ano), e
empresta a 6%. Isso significa que ele arca com 5%
de todo o dinheiro emprestado. Dos R$ 414 bilhes
emprestados no ano de 2014, R$ 20,7 bilhes so
pagos pelo banco. um valor similar aos R$ 25
bilhes gastos pelo governo noprograma Bolsa
Famlia, que atinge 36 milhes de brasileiros.
Seguem exemplos de investimentos que o banco
considerou estarem aptos a receberem investimentos
financiados por recursos brasileiros:
Porto de Mariel (Cuba): Valor da obra US$ 957
milhes (US$ 682 milhes por parte do BNDES).
Empresa responsvel Odebrecht.
Hidreltrica de San Francisco (Equador): Valor da
obra US$ 243 milhes. Empresa responsvel
Odebrecht. Aps a concluso da obra, o governo
equatoriano questionou a empresa brasileira sobre
defeitos apresentados pela planta. A Odebrecht foi
expulsa do Equador e o presidente equatoriano
ameaou dar calote no BNDES.
Hideltrica Manduruacu (Equador): Valor da obra
US$ 124,8 milhes (US$ 90 milhes por parte do
BNDES). Empresa responsvel Odebrecht. Aps 3
anos, os dois pases reatam relaes, e apesar
da ameaa de calote, o Brasil concede novo
emprstimo ao Equador.
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/97981/lei-de-criacao-do-programa-bolsa-fam%C3%ADlia-lei-10836-04http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/97981/lei-de-criacao-do-programa-bolsa-fam%C3%ADlia-lei-10836-04http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/97981/lei-de-criacao-do-programa-bolsa-fam%C3%ADlia-lei-10836-04
Hidreltrica de Cheglla (Peru): Valor da obra
US$ 1,2 bilhes (US$ 320 milhes por parte do
BNDES). Empresa responsvel Odebrecht.
Metr Cidade do Panam (Panam): Valor da obra
US$ 1 bilho. Empresa responsvel Odebrecht.
Autopista Madden-Coln (Panam): Valor da obra
US$ 152,8 milhes. Empresa responsvel
Odebrecht.
Aqueduto de Chaco (Argentina): Valor da obra US$
180 milhes do BNDES. Empresa responsvel OAS
Soterramento do Ferrocarril Sarmiento
(Argentina): Valor US$ 1,5 bilhes do BNDES.
Empresa responsvel Odebrecht.
Linhas 3 e 4 do Metr de Caracas
(Venezuela): Valor da obra US$ 732 milhes.
Empresa responsvel Odebrecht.
Segunda ponte sobre o Rio Orinoco
(Venezuela): Valor da obra US$ 1,2 bilhes (US$
300 milhes por parte do BNDES). Empresa
responsvel Odebrecht.
Barragem de Moamba Major (Mocambique): Valor da
obra US$ 460 milhes (US$ 350 milhes por parte
do BNDES). Empresa responsvel Andrade
Gutierrez.
Aeroporto de Nacala (Moambique): Valor da obra
US$ 200 milhes ($125 milhes por parte do BNDES).
Empresa responsvel Odebrecht.
BRT da capita Maputo (Moambique): Valor da obra
US$ 220 milhes (US$ 180 milhes por parte do
BNDES). Empresa responsvel Odebrecht.
Hidreltrica Tumarm (Nicargua): Valor da obra
US$ 1,1 bilho (US$ 343 milhes). Empresa
responsvel Queiroz Galvo.
Projeto Hacia El Norte Rurrenabaque-El-Chorro
(Bolvia): Valor da obra US$ 199 milhes.
Empresa responsvel Queiroz Galvo.
Abastecimento de gua da capital peruana Projeto
Bayovar (Peru): Valor no conhecido. Empresa
responsvel Andrade Gutierrez.
Renovao da rede de gasoduto em Montevideo
(Uruguai): Valor no informado. Empresa
responsvel - OAS.
Existem mais 3000 (trs mil) emprstimos
concedidos via BNDES apenas no perodo entre 2009
e 2014, porm nem o BNDES nem e o Governo Federal
fornecem valores.
Importante refirmar que, o banco est sujeito
Lei de acesso a informaes pblicas e que os
contratos da instituio no so protegidos por
sigilo fiscal ou bancrio porque envolvem recursos
pblicos. Isso precisa ser colocado, pois, o
BNDES, como mencionamos, alegou a necessidade de
preservao da privacidade dos atos referentes
gesto bancria, argumento absolutamente risvel e
tosco e no amparado pelo ordenamento. Hoje, o
BNDES s revela os beneficirios de 18% dos
emprstimos. Aqui, alm dos robustos indcios,
teria cabida o uso do brocado de onde h fumaa
h fogo?
O pas hoje vive uma das maiores crises de sua
histria. Sem credibilidade alguma entre os
investidores internacionais, desacreditado por sua
forma nada transparente de fazer poltica e
gesto, sempre apto a perpetrar desvios de
finalidade e locupletamentos ilcitos aos
participantes do sistema (fatos!). Um pas sem
infraestrutura alguma para crescer, sem dinheiro
para investir no prprio pas para alm das
inchadas remuneraes dos agentes polticos do
Estado, que onera a sociedade com uma carga
tributria confiscatria crescente (fatos!) e
procura educar nos passando que roubar normal
(roubar em seu sentido popular, juridicamente
atcnico), faz parte...
Contratos superfaturados onde h consabido conluio
entre os prestadores de servios para o Estado,
como so as empreiteiras, com bilhes do errio
pblico sendo desviados para contas fantasmas no
exterior em benefcio de agentes polticos,
intermedirios e empreiteiras. Estas e outras
prticas transformam o pas, lamentavelmente, em
uma das mais insinuantes latrinas do mundo, onde
ficam os dejetos e saem s riquezas (fatos de
cunho reflexivos).
O Ministrio Pblico Federal conhece grande parte
dos autores, do modus operandide conluios dos
esquemas, enfim, da putrefao do sistema como um
todo. Apesar de sua independncia devidamente
constitucionalizada recebe uma presso poltica
para manter-se inerte verdadeiramente inspita. A
PF, sem a independncia do MP, controlada pelo
Ministrio da Justia, leia-se, Governo Federal,
pouco podem fazer alm do que j fazem,
lamentavelmente (fatos!).
Da forma que est o sistema, com o aparelhamento
escrachado de Estado, aproximado aos vistos em
ditaduras militares, com uma sociedade pouco
esclarecida em sua maior poro, e contando que a
exceo mais esclarecida no tem acesso s
verdadeiras informaes (ocultadas), preocupadas
ainda na manuteno diria de suas dignidades
familiares de subsistncia, a poltica torna-se o
paraso para se perpetrar o inferno. H sempre um
cego incapacitado na cena do crime! (Fatos!).
Princpios constitucionais que nos termos do
Diploma Constitucional formariam as vigas da
Administrao Pblica, do Estado, restam
achincalhados pelo sistema. Moralidade,
eficincia, transparncia/publicidade, legalidade
e impessoalidade, princpios insculpidos no art.
37 da Carta que no apresentam efetividade mnima
afervel. Como disse Ferdinand Lassale, quando
podemos vestir a carapua, umaconstituio escrita
s ser boa quando corresponder a real, do
contrrio teremos apenas uma folha de papel.
J para Hesse, a Constituio no e no deve ser
um subproduto mecanicamente derivado das relaes
de poder dominantes, ao contrrio do que sustenta
Lassale, ou seja, sua fora normativa no deriva
unicamente de uma adaptao realidade, mas,
antes, de uma vontade de constituio. quando o
ser se distancia do dever ser.
Hesse faz com que o leitor questione sobre o papel
da Constituio, em seu sentido mais sublime,
inclusive em momentos de sua maior prova: quando
da necessidade e crise extrema. Ele o faz na
medida em que abre um caminho conciliador entre as
radicais posies, quais sejam: normativa de um
lado, e de outro diametralmente oposto, espelho
das relaes entre os fatores reais de poder. Tal
como afirmado por Hesse, a Constituio somente se
converter em fora ativa quando se fizer
presente, na conscincia dos principais
responsveis pela ordem constitucional, no s a
vontade de poder, mas tambm a vontade
de constituio.
Lassale e Hesse nos so teis para refletir.
Finalizamos o presente lembrando que o
Art. 3 da Constituio da Republica Federativa do
Brasil, em seu inciso II, normatiza ser um de seus
objetivos fundamentais garantir o desenvolvimento
nacional. Em momento algum menciona ser objetivo
garantir o desenvolvimento de outros pases de
mesma ideologia partidria, deixemos assentado! O
art. 4 pargrafo nico anuncia que a Repblica
Federativa do Brasil buscar a integrao
econmica, poltica, social e cultural dos povos
da Amrica Latina, visando formao de uma
comunidade latino-americana de naes. Em momento
algum menciona garantir o desenvolvimento da
comunidade latino-americana. H neste particular
inconstitucionalidade pelo desvio de finalidade
dos investimentos realizados pelo Governo Federal,
que deixa de priorizar o desenvolvimento nacional,
o interesse pblico nacional, com seus parcos
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641719/artigo-3-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
investimentos em infraestrutura que impede o pas
de crescer, para investir em pases vizinhos. O
art. 3, II da Carta Republicana que mencionamos,
nos impele por esta melhor hermenutica
constitucional (nossa interpretao).
O Governo Federal, na figura da Presidente Dilma
Rousseff garantiu em encontro presidente Mujica do
Uruguai, aos 45 minutos do 2 tempo, no ano
passado (2014), que o BNDES financiar um porto em
seu pas orado em 1 bilho de dlares. Enquanto
isso no Brasil... (Fatos!).
Emprstimos de dinheiro pblico para o exterior
sem que se perpetre qualquer controle nem do
Estado-Juiz, nem do Congresso Nacional. A teoria
do checks and balance, idealmente aplicvel ao
caso, no informa nossa realidade, que resta
avessa a maiores controles.
No so apenas emprstimos internacionais a
jurus baixos ou que no retornam feitos para
financiar investimentos de pases vizinhos, no
Brasil no faltam casos, diramos, interessantes
para estudos... A JBS/Friboi tornou-se a gigante
das carnes no pas com 10 bilhes do BNDES. Alis,
um dos emprstimos no valor de 8 bilhes o BNDES
obstruiu auditoria que seria feita pelo TCU.
Eike Batista, de quem j se articulou, foi outro
grande beneficirio do BNDES. Hoje completamente
quebrado j pegou bilhes (no sabemos precisar
quanto) em emprstimos, a juros de 5%, quando o
BNDES para emprest-lo pagava juros de 11%
poca. Fato que o banco passou a se abastecer
com dinheiro do Tesouro: foram R$ 450 bilhes nos
ltimos cinco anos (at 2014), sendo que os
recursos do Tesouro so pagos taxa Selic, que
estava em 11% ao ano, enquanto o BNDES cobrava
mdicos 5% para emprest-lo aos protegidos do
sistema. Foram R$ 30 bilhes de subsdio/ano.
Crescimento Brasil e PIB so alguns reflexos
desses desacertos, que diramos minimamente de
fundo tico...
Com a bilionria evaso de dinheiro pblico da
Petrobras lembremos que em 2009, por exemplo, o
BNDES investiu 25 bilhes para apoio no programa
de investimentos da Petrobras, quando
perguntamos: Onde foram parar esses 25 bilhes?
Nas mos de doleiros? Demonstre BNDES.
A Sete Brasil pode estar perto de receber um
emprstimo-ponte de 800 milhes de reais de um
consrcio de bancos comerciais liderado pelo Banco
do Brasil, enquanto aguarda um aporte bilionrio
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e
Social (BNDES) em torno de 3,1 bilhes de reais,
informaram duas fontes agnciaReuters. O
objetivo aliviar o caixa da maior fornecedora de
sondas para a Petrobras no pr-sal, que precisa
honrar compromissos financeiros equivalentes a 4
bilhes de dlares nos prximos meses. Quem ir
controlar, fiscalizar para onde ir esse
bilionrio aporte de dinheiro do Tesouro Nacional?
Se tudo continuar na forma que est ningum, o TCU
encontra-se politicamente impedido.
Explicando melhor: Para apoiar o BNDES, o Tesouro
emite ttulos da dvida pblica remunerados pela
taxa bsica de juros (a Selic, atualmente em
12,25% ao ano) e aporta a quantia no banco. Este,
por sua vez, ao receber esses recursos,
compromete-se a quitar a dvida com o governo no
em conformidade com as taxas de mercado, mas sim a
valores inferiores. Em resumo, o Tesouro tem
prejuzo neste tipo especfico de transao e a
manuteno desse subsdio implica aumento do gasto
pblico. O governo tenta esconder generosos
subsdios concedidos a empresas mediante o
suprimento de recursos pblicos ao BNDES.
Lembramos que, quando se fala de dinheiro pblico,
inafastvel o completo atendimento ao princpio
da Transparncia, e no defenestr-lo como se tem
feito nos ltimos anos.
Nos termos que relatamos quando abrirmos a caixa
de pandora do BNDES, quando investigarmos as
operaes das empreiteiras que trabalham para o
Governo Federal, a fundo, perceberemos que
notveis brasileiros possuem mais riquezas em
contas fantasmas em parasos fiscais que o prprio
tesouro Brasil com a sua sobra... (Como os fatos e
a ausncia de transparncia nos facultado
racionalmente conjecturar com as probabilidades).
Daqui a algumas dcadas, caso os livros de
histria tenham a oportunidade de retratar a
nossa realidade desta ltima dcada, realidade que
se protrair no tempo enquanto dominados pelo
atual sistema, veremos que o Brasil voltou a ser
uma colnia de explorao, apenas mais sofisticada
que o modelo portugus de 1500 (aqui fizemos um
exerccio de futurologia pautado em fatos e nas
experincias da vida).
Vale notar que o Governo mantm Luciano Coutinho
frente do BNDES e gestores alinhavados poltica
ideolgica do Governo na Caixa (CEF) e no Banco do
Brasil (BB), passando-nos a mensagem de que nada
pode mudar.
Enfim, o papel desenvolvimentista do BNDES, como
observou Giambiagi (2009) est envolto em
controvrsias/polmicas, muitas vezes contaminadas
pelo vis ideolgico dos debatedores. O tema tem
sido muito pouco discutido em profundidade
contam-se nos dedos as teses acadmicas sobre o
assunto pelo fato de o BNDES fechar-se em copas
como verdadeira caixa de pandora. Desta
perspectiva, seria interessante investigar em
profundidade esse excesso de autonomia da
Instituio para cobrar do empresariado eleito
metas de desempenho e cumprimento das regras
contratuais estipuladas (mormente se o negcio der
errado). Dinheiro pblico, contratos
transparentes! A ao deve ser daqui em diante e
para o passado!
O Brasil precisa voltar a ter a corrupo como uma
exceo que promova indistintas punies e no
mais como a regra imbricadora de certeiras
impunidades.