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BOLETIM
EDITORIAL
Dezembro | 2018
Por Sergio Cimerman, PreSidenteda SoCiedade BraSileira de infeCtologia
a chegada de mais um ano
Mais um importante período da nossa gestão se passou e com toda a diretoria, comitês e demais médicos que sempre colaboraram com a Sociedade Brasileira de Infectologia, conquistamos muitas coisas e daqui adiante vamos construir ainda mais e juntos uma história de sucesso. O ano de 2019 promete muito para todos.
O ano que passou foi diferente, mas mesmo diante das dificuldades, turbulências políticas, nos dedicamos fortemente e estivemos atentos a muitos problemas e tomamos medidas efetivas em nome da saúde pública. Realizamos importantes eventos regionais, estivemos presentes no Ministério e em Secretarias da Saúde, enfrentamos epidemia de febre amarela e toxoplasmose, combatemos fake news de vacinação junto com outras entidades médicas, estivemos fortemente na mídia espontânea e nas nossas redes sociais e muito mais.
nossa sede e infecto 2019
Outro fato marcante e que vale a pena pontuar a todos é que nossa nova foi inaugurada em junho, em São Paulo (SP), e todos estão convidados a conhecer. Agora temos o nosso espaço, seja para reuniões, eventos etc. Em paralelo também, continuamos nossos cursos de educação continuada, voltados exclusivamente aos associados da SBI, fizemos parcerias internacionais e com a Rede Globo participamos do Bem Estar Global por
todo o Brasil, realizando doze mil diagnósticos (com o devido encaminhamento) de doenças infecciosas, mostrando nossa responsabilidade social junto das federadas e demais parceiros. Além disso, temos uma série de demandas diárias e muitas atividades para beneficiar nossos associados em todo o Brasil. Sempre queremos contar com todos e em 2019 não será diferente, isto é, vamos nos unir mais ainda para proporcionar saúde e promover uma melhor Infectologia em todo o Brasil.Contudo, dependemos de muito esforço de todos e de capacitação, qualificação e sobretudo comprometimento coletivo. Em nome disso, um fato vai marcar esse ano: o XXI Congresso Brasileiro de Infectologia, que será realizado de 10 a 13 de setembro, em Belém. O Infecto 2019 está em plena atividade e queremos que todos se programem, desde já, para participar conosco desse, que será um dos mais respeitados eventos da nossa especialidade em todo o mundo.um Infecto 2019 de grande sucesso.
Um abraço, Sergio Cimerman
SBI EM PAUTA
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Qual sua opinião sobre o Boletim SBI atualmente?
“Sempre leio o Boletim SBI e é uma forma muito efetiva de saber sobre as principais novidades da nossa sociedade e do que está acontecendo. Muito prático, útil e bem elaborado. Sempre que posso divido com colegas de outras especialidades também”
“Esse Boletim SBI é sempre bom para podermos nos atualizar. Hoje já esperamos por diferentes canais e tudo muito dinâmico e interessante. Temos informações em âmbito nacional e vejo essa publicação um marco e cada vez melhor”
“Recebo sempre o Boletim SBI e tem informações muito úteis e que me atualizam periodicamente. É sempre bom recebê-lo”
Clarice Vieirarecife (Pe)
luiz Patente reisBelo Horizonte (mg)
gabrielle muryribeirão Preto (SP)
Palavra do leItor
o que deve ser feito diante de acidentes com animais peçonhentos?Primeiramente, todo acidente com animal peçonhento é uma emergência médica, sem exceções. Não é algo corriqueiro, sobretudo em crianças até os dez anos de idade. Se não tomarmos as devidas providências, há riscos inclusive de morte, seja por picadas de escorpiões, serpentes, abelhas ou animais marinhos, por exemplo. Milhares de acidentes acontecem no Brasil anualmente e por uma questão de adaptação muitos animais adentram em residências (principalmente escorpiões) e acometem as pessoas, em especial no verão. Temos que ser ágeis e tomar as devidas providências, seja com o relato e o diagnóstico preciso até o uso imediato de medicamentos específicos para evitarmos importantes sequelas.
Benedito Barraviera – coordenador do Comitê de acidentes por animais Peçonhentos da Sociedade Brasileira de infectologia
Pergunte ao eSPecIalISta
As doenças infecciosas permanecem sendo responsáveis pelos altos índices de morbidade e mortalidade em países subdesenvolvidos. O Brazilian Journal of Infectious Diseases é uma publicação oficial da Sociedade Brasileira de Doenças Infecciosas e reconhecida como um dos principais periódicos da área. A revista recebeu quase 500 artigos para análise este ano e publicou mais de um terço das submissões.
Temos o orgulho de anunciar que nossa revista aumentou seu fator de impacto no ano passado. O sucesso da revista reflete-se no seu fator de impacto, que agora ultrapassou o índice 2,0. A qualidade da ciência publicada na revista é extraordinária, e nosso crescente Fator de Impacto também é uma prova da habilidade e dedicação de nossos revisores e editores associados. Para garantir a qualidade, todos os artigos foram submetidos ao processo regular de revisão por pares, sendo avaliados por um número de revisores talentosos do BJID especializados em diferentes áreas de pesquisa em doenças infecciosas.
Prevemos que a BJID continuará a crescer e figurar entre os periódicos mais importantes em doenças infecciosas em 2019. A chave para o sucesso deste periódico depende claramente de nossos autores, revisores e leitores. Nossa missão é desenvolver novas tecnologias para tornar a revisão por pares mais eficiente e transparente. Esperamos por suas valiosas contribuições em 2019 e trabalharemos arduamente para fazer tudo o que pudermos para otimizar a qualidade científica da revista. Aproveitamos também esta oportunidade para desejar a todos um próspero e feliz 2019.
luciano Z. goldanieditor Chefe – BJid
FelIZ ano novo, leItoreS da BJId!
BJID
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SBI EM PAUTA
Pela primeira vez, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) fez uma parceria para concessão de bolsas a cinco médicos brasileiros (sócios da SBI), que se candidataram e foram selecionados para participar do Programa Interna-cional de Educação Médica do Serviço de Doenças Infec-ciosas do Hospital de Curry Cabral com a colaboração cien-tífico do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CA do CHULC).
As atividades ocorreram de 3 a 14 de dezembro e o pro-grama contou com a presença da presidente do CA do CHULC, Ana Escoval, e do coordenador do Programa, Fer-nando Maltez, que também dirige a especialidade das do-enças infecciosas do CHULC.
Com duração de duas semanas permitiu aos participantes conhecerem a organização, a atividade e a realidade clíni-ca no manejo das doenças infecciosas, incluindo enferma-ria, isolamentos respiratórios, consultas, hospital-dia etc. Nesse período, os médicos puderam discutir a prática, a formação teórica e a troca de experiências, num modelo de estágio muito interativo.
“Foi muito importante para todos e sobretudo para com-partilharmos experiências entre o Brasil e Portugal junto da nossa especialidade. Todas as atividades foram devi-damente programadas e os médicos foram bem partici-pativos”, disse Sergio Cimerman, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.
Opinião dos participantesOs cinco médicos inscritos no primeiro programa interna-cional de doenças infecciosas reconheceram a importân-cia desse estágio em Portugal. Luciana Borges afirma: “a formação ministrada no CHULC foi a oportunidade per-feita para conhecimento do sistema de saúde português, realizar aprendizado em um serviço de referência europeu com uma realidade diferente da brasileira e troca de expe-riências entre especialistas”.
SBI FeZ ParcerIa InédIta em Portugal
Para Gorki Grinberg o programa constitui um marco no in-tercâmbio entre a Sociedade Portuguesa de Infecciologia e a Sociedade Brasileira de Infectologia. “Poder participar no programa é uma honra”, diz, pois isso permite “conhecer o maior serviço de infectologia de Portugal, o qual tem prepa-ro e plano de contingência para atendimento em situações emergentes, sendo referência no país, com estrutura de iso-lamentos de alta tecnologia, com capacidade para atender pacientes que possam necessitar de cuidados intensivos e procedimentos terapêuticos complexos. É um grande e im-portantíssimo aprendizado, ainda mais quando o serviço é de excelência na área de infectologia”, conclui.
Hélio Ranes de Menezes Filho afirma que “estar em Lisboa imbuído de um espírito de aprendizado que lhe permiti-rá levar informações da prática local e, ao mesmo tempo, trazer um pouco da realidade da região Centro-Oeste bra-sileira em que está inserido”.
“O Programa será muito importante para vivenciar a prática clínica e a realidade de outro país, aprimorando meus conhecimentos e impactando em um melhor aten-dimento clínico no meu serviço, com novas tecnologias, bem como realizar networking e troca de experiências, com uma importante interação entre médicos portugue-ses e brasileiros, permitindo outras experiências bilate-rais”, diz Camila Rodrigues.
“É uma grande satisfação e uma oportunidade singular poder participar do Programa”, diz Luís Galan. “O CHULC é uma instituição de qualidade e de referência internacio-nal no manejo de enfermidades infectocontagiosas, per-mitindo-me vislumbrar uma realidade diferente do ma-nuseio de patologias que fazem parte do meu cotidiano no Brasil, e, por outro lado, poder compartilhar algumas experiências vivenciadas como médico da região ama-zônica. Além de aprimorar meus conhecimentos e meu desempenho profissional, esta prática será determinante para continuar meus estudos de pós-graduação”, conclui.
No dia 8 de dezembro ocorreu, em São Paulo, encontro de especialistas da diretoria da Sociedade Brasileira de Infectologia, de representantes do Pará, de vários comitês e das comissões Organizadora e Científica do XXI Congresso Brasileiro de Infectologia (Infecto 2019). Ao logo de todo o dia, foram intensas discussões para debater, detalhadamente, toda a programação científica do evento, que será realizado em Belém, de 10 a 13 de setembro de 2019.
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reunIão cIentíFIca Para o InFecto 2019
SBI EM PAUTA
Foram definidos todas as áreas e temas a serem explorados por especialistas nacionais e internacionais e o objetivo foi contemplar, de forma bastante objetiva e coerente, as principais novidades e atualizações dentro das subespecialidades da Infectologia. “Essa atividade foi muito produtiva e todos puderam participar e interagir para definirmos tudo e termos uma programação de alto nível e que atenda todas as nossas necessidades”, disse Clovis Arns da Cunha, coordenador científico do Infecto 2019.
Em 2018, a última cidade a receber o Bem Estar Global foi Ribeirão Preto, no interior paulista. Com um dos maiores públicos, no dia 12 de dezembro, no Parque Luiz Carlos Raya, doze mil pessoas compareceram ao evento para realização de exames e testes rápidos de saúde assim como orientações de profissionais especializados e demais atrações ao longo de toda a manhã desse dia. Esse evento é uma iniciativa do Sesi e da Rede Globo voltada para atendimentos gratuitos em saúde ocorreu das 8h às 13h.
Novamente, as tendas da Sociedade Brasileira de Infectologia, uma das mais procuradas, fizeram 460 atendimentos e foram feitos 320 testes rápidos de HIV e sífilis e 141 pessoas foram vacinas contra gripe, tétano e hepatite B. Foram feitos os devidos aconselhamentos e dados os acompanhamentos médicos. Nessa edição, a SBI contou com parcerias, incluindo Secretarias de Saúde e Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, ligas de Infectologia, além de testadores e voluntários. “Foi uma experiência muito importante e uma procura surpreendente. Nessas ações vemos como é fundamental atuarmos com saúde pública e o público é sempre muito interessado”, disse a infectologista Karen Morejon, que coordenou toda a logística do evento.
Todas as pessoas com diagnóstico positivo obtiveram as orientações de profissionais de saúde e foram direcionados a centros de referência locais. Esse evento teve 30 profissionais treinados, além de médico e equipe de apoio. “Atuar diretamente com saúde pública é a meta da nossa especialidade. Em ações como essa expressamos nossa responsabilidade e vemos como as infecções sexualmente transmissíveis, por exemplo, representam um problema muito significativo”, diz Sergio Cimerman, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.
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rIBeIrão Preto leva 12 mIl PeSSoaS ao Bem eStar gloBal
SBI EM PAUTA
NOVIDADES
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Nos 30 anos de luta diária contra a Aids, data instituída em 27 de outubro de 1988 pela Assembleia Geral da ONU e a Organização Mundial de Saúde, ainda não temos a cura do HIV, mas efetivas conquistas e desafios apontam os rumos para novas terapêuticas junto ao HIV. Nesse tempo todo a Infectologia caminha lado a lado para pesquisar, assistir e oferecer o que há de melhor a tantos pacientes.
Durante esse tempo todo, muito foi feito e o programa brasileiro é referência os números atuais apresentam dados importantes para a sua sustentação e melhorias.
BrasilO Boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que, em quatro anos, houve queda de 16,5% na taxa de mortalidade pela doença, passando de 5,7 por 100 mil habitantes em 2014 para 4,8 óbitos por 100 mil habitantes em 2017. O cenário atual mostra que no país a taxa de mortes por Aids teve queda de 16% desde 2014, um ano depois do Ministério da Saúde passar a distribuir medicamentos a todas as pessoas infectadas pelo HIV.
Outro aspecto importante apontado nesse Boletim aponta para a diminuição da transmissão vertical. A taxa de detecção de HIV em bebês reduziu em 43% entre 2007 e 2017, caindo de 3,5 casos para 2 por cada 100 mil habitantes. O aumento de testes realizados na Rede Cegonha contribuiu para a identificação de novos casos em gestantes. Em 2017, a taxa de detecção foi de 2,8 casos por 100 mil habitantes.
reduçãoNos últimos sete anos, houve ainda redução de 56% de infecções de HIV em crianças expostas ao vírus após 18 meses de acompanhamento. Os dados ainda mostram que 73% das novas infecções de HIV ocorrem no sexo masculino, sendo que 70% dos casos entre homens estão na faixa de 15 a 39 anos.
De 1980 a junho de 2018, o Brasil registrou 926.742 casos de Aids, uma média de 40 mil novos casos por ano. O número anual de casos de Aids vem diminuindo
BoletIm aPonta Queda de 16% no número de detecçõeS de aIdS
desde 2013, quando atingiu 43.269 casos; em 2017 foram registrados 37.791 casos.De acordo com esse Boletim, estima-se que 84% das pessoas infectadas pelo vírus no país, estão diagnosticadas e, portanto, têm conhecimento do estado sorológico. Embora essa taxa tenha se mantido de 2016 para 2017, o índice de pessoas em tratamento cresceu, indo de 60% para 75%. Até setembro de 2018, 585 mil pessoas estavam em tratamento para Aids no Brasil. Destes, 87% estão fazendo tratamento com o remédio Dolutegravir.
“O protocolo de tratamento da infecção pelo HIV no Brasil é muito bom e está alinhado com as principais diretrizes internacionais, colocando o Brasil em situação semelhante a de países ricos da Europa e também dos Estados Unidos da América. Com a disponibilização dos melhores medicamentos existentes fica mais fácil os pacientes utilizarem os medicamentos de forma correta (boa adesão) e conseguirem controlar a infecção. Diminuindo inclusive a transmissão do HIV e contribuindo para o controle da epidemia”, diz Valdez Madruga, coordenador do Comitê de HIV/.Aids da Sociedade Brasileira de Infectologia
meta para 2020A meta da Organização das Nações Unidas (ONU) para 2020 é que o percentual de diagnosticados chega a 90%. Destes, espera-se que 90% façam tratamento e que 90% também cheguem ao nível indetectável de HIV no sangue — estado de tamanha baixa na concentração do vírus que a chance de transmissão do vírus é quase nula.
Atualmente, o Brasil tem 866 mil pessoas portadoras do HIV ou com Aids, segundo estimativa o Ministério da Saúde. Destas, 92% estão com o vírus indetectável.
Outro ponto a destacar é acesso e a ampliação à testagem e a redução do tempo entre o diagnóstico e o começo do tratamento. De acordo com o Ministério da Saúde são razões para essa importante queda. Veja aQUi.
Fonte: Ministério da Saúde
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NOVIDADES
Os casos relatados abaixo são da cidade do Rio de Janeiro, uma das capitais mais importantes do país. O Brasil, como um todo está numa situação deplorável na saúde, mas o Rio sofre de um abandono e um descaso criminosos. Estamos sem medicamentos, sem leitos hospitalares, com um déficit enorme de profissionais. Tudo se desmontando progressivamente e de uma forma que nem com toda a competência, dedicação e amor pelos pacientes conseguimos transpor. Há alguns meses temos um grupo com mais de 200 infectologistas do Rio, além de enfermeiros e farmacêuticos que trabalham na infectologia. Desta forma, passamos a saber em tempo real das mazelas com que todos convivemos. Há meses enviamos uma carta ao Secretário Estadual de Saúde denunciando e solicitando providências pela falta de inúmeros medicamentos para tratamento de infecções oportunistas. Não obtivemos resposta, mesmo após uma segunda solicitação de retorno (carta pública no site da SIERJ). A tragédia foi anunciada.
Dia 24 de Dezembro recebemos no grupo uma solicitação de Sulfametoxazol/Trimetoprima EV feito por uma colega de plantão num hospital particular do Rio. Estava com uma paciente HIV positiva, gravemente doente, tratando neurotoxoplasmose com sulfadiazina e pirimetamina. Evoluiu com quadro pulmonar compatível com pneumonia por P. jirovesi. Devido à escassez de SMX-TMP no mercado, não havia a medicação no estoque do hospital e a farmácia não conseguiu nem compra, nem empréstimo. A alternativa de segunda linha é clindamicina com primaquina, mas tiveram dificuldade em conseguir primaquina. Todos se mobilizaram e a primaquina tem sido emprestada dia a dia. A paciente continua viva, mas ainda hipoxêmica. Isso não é um crime? Quantos outros estarão na mesma situação Brasil a fora? Podem imaginar, além do sofrimento da paciente, o dos médicos que a assistem?
Hoje mais uma tragédia anunciada. Morreu um paciente com leptospirose num grande atendimento de urgência do Rio porque não conseguiram transferência para UTI. Sem ar condicionado, sem aparelho de pressão, segundo áudio recebido da família. No dia 25 de Dezembro essa família chorou a morte do seu filho. Mais um óbito por esse sistema de saúde precário e incompatível com a carga tributária imposta. Triste ver essa desassistência.
Temos lutado com todas as nossas armas no combate a esses crimes diários contra nossa população. Não podemos ficar quietos e banalizar esses assassinatos, como já vimos fazendo com as outras situações de violência do Rio. Nossa indignação pública tem o objetivo de mobilizar cada cidadão. Cada um de nós ou nossa família poderá ser a próxima vítima.
SItuação da Saúde PúBlIca no rIo de JaneIroTânia Vergara Presidente da Sociedade de Infectologia do Estado do Rio de |Janeiro (SIERJ)
No Brasil, existe desde 1993 a obrigatoriedade da triagem sorológica para o HTLV 1/2 em bancos de sangue. Em alguns raros municípios do nosso país estão fazendo esta triagem em Serviços de obstetrícia, no sentido de evitar a transmissão do vírus por esta porta de entrada que é a via vertical e representa 7% a 42% dos casos, constituindo assim um dos pilares de manutenção da endemia. A prevalência do HTLV 1/2 em gestantes nos diversos estados do Brasil varia de 0,1 a 1,3%.
O teste sorológico utilizado no pré-natal evitaria a transmissão do vírus para a criança e reduziria de sobremaneira a cadeia transmissora, no entanto no Brasil a rede pública de saúde (SUS) não contempla este exame, permanecendo assim esta importante via de transmissão descoberta e sem atenção pela política pública de saúde.
Faz-se necessária uma ampla divulgação e esclarecimentos cerca dessa virose em Serviços de pré natal , pública ou particular, provendo a gestante de informações por escrito (por exemplo, por meio de folhetos ou folders) em linguagem clara e acessível. Por outro lado, os profissionais da saúde necessitam também de mais informações acerca da infecção/doença HTLV 1/2 , permitindo assim aos pacientes uma orientação segura e pertinente ao caso.
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Prevenção da InFecção Por Htlv em geStanteS
NOVIDADES
Graça Viana Coordenadora do Comitê de HTLV da Sociedade Brasileira de Infectologia
no dia 30 de janeiro ocorreu a possa da nova diretoria da SBi presidida por Sergio Cimerman,
reeleito para o cargo até o final de 2019
Lançamento do logotipo do Infecto 2019realização do Bem estar global, na cidade de Betim (MG)
Surto de febre amarela no Brasil, principalmente na região Sudeste (São Paulo, rio de Janeiro
e minas gerais)
ii Congresso de infectologia do Centro-oeste, realizado em Campo grande (mS)
infectorio 2018
realização do Bem estar global, na cidade de Salvador (Ba)
evento a respeito da importância da cobertura vacinal de febre amarela no Brasil. a SBi juntamente
com a Sociedade Brasileira de imunizações (SBim), medicina tropical (SBtm), reumatologia (SBr) e
Pediatria (SBP) – e publicação de Carta aberta e uma nota técnica sobre o tema
Visita da diretoria da SBi a Belém para o infecto 2019
realização do Bem estar global, na cidade de fortaleza (Ce)
SBi realiza ação para comemorar o dia do infectologista por meio das redes
sociais da entidade
início do surto de toxoplasmose em Santa maria (rS)
Realização do Meeting The Experts – Doenças Infecciosas e Hepatites
Definidos temas principais do Infecto 2019 pela comissão científica do evento
mesa redonda da SBi no id Week, em São francisco (estados Unidos)
mesa redonda da SBi no 11º Congresso Paulista de infectologia, em São Paulo (SP)
infectoSul, ii Congresso Sul Brasileiro de infectologia, realizado em Porto alegre (rS)
realização do Bem estar global, na cidade de goiânia (go)
realização do Bem estar global, na cidade de recife (mg)
Vii Congresso norte-nordeste de infectologia, realizado em João Pessoa (PB)
inauguração da sede própria da Sociedade Brasileira de infectologia, em São Paulo (SP)
realização do Bem estar global, na cidade de ribeirão Preto (SP)
No Facebook atingimos 42.556 seguidores
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LINHA DO TEMPO 2018
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• Genotipagem pré-tratamento Tânia R. C. Vergara
• Manejo das principais doenças neurológicas oportunistas da aidS José Vidal
• Podemos falar da cura do HIV? Estamos perto? Ricardo Diaz
• Avaliação
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EM FOCO
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assista ao depoimento do presidente da Sociedade Brasileira de infectologia, dr. Sergio Cimerman, sobre o novo Programa de Educação Continuada.
faZer login Para ter aCeSSo ComPleto
Valores expressos em reais
Atenção:Para as categorias de estudantes, será imprescindível encaminhar comprovante de categoria por meio de:E-mail: [email protected] ou Fax: (51) 3086 9101Obs: Serão aceitos os seguintes comprovantes de categoria: • Carteirinha de estudante (frente e verso); • Declaração de matricula ou frequência assinada e carimbada pela instituição de ensino ou trabalho; • Boleto quitado de mensalidade do semestre vigente da instituição de ensino. Mais informações e pagamento AQUI.
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INSCRIÇÕES
EM FOCO
Confira as matérias divulgadas na imprensa com consultores da Sociedade Brasileira de Infectologia durante o mês de dezembro/2018!
SBI na ImPrenSa
EM FOCO
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VEJA AqUI
Aids – sintomais iniciais da infecção por HIV
VEJA AqUI
Proteção contra o HIV
VEJA AqUI
Tratamento do HIV no Brasil
VEJA AqUI
Sífilis no Brasil
VEJA AqUI
Situação atual da sífilis
VEJA AqUI
Formas de proteção contra o HIV
VEJA AqUI
Medicina do Viajante
VEJA AqUI
Ebola
VEJA AqUI
Desafios do HIV
VEJA AqUI
Dengue
VEJA AqUI
Imunização para viajantes
EXPEDIENTE
Sociedade Brasileira de infectologia (SBi)Rua Teixeira da Silva - cj. 42 - Paraíso - 04002-033 (11) 5572-8958 / (11) 5575-5647e-mail: [email protected]
Presidente: Sergio CimermanVice-presidente: J. Samuel Kierszenbaum1ª Secretário: José David Urbaéz Brito 2º Secretário: Alberto Chebabo 1º tesoureiro: Marcos Antônio Cyrillo2º tesoureira: Maria do Perpétuo Socorro Costa Corrêa Coordenador Científico: Clovis Arns da Cunha Coordenador de Informática: Kleber Giovanni LuzCoordenadora de Comunicação: Lessandra Michelin
assessor da Presidência: Leonardo WeissmannSecretária: Givalda Guanás
Produção do Boletim SBI: Primeira Letra - Gestão de Conteúdo
Contato: [email protected]
Jornalista responsável: Danilo Tovo - Mtb. 24585/SP
revisores: Alexandre Naime Barbosa e Priscila Rosalba Domingos de Oliveira
Design Gráfico e Diagramação: Juliana Tavares Geraldo
aPoIo
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SBI no FaceBooK e InStagramSIGA, CURTA, COMPARTILHE, INTERAJA!
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No dia 11 de dezembro, faleceu o primeiro médico residente em Infectologia no Brasil e professor emérito da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Vicente Amato Neto morreu aos 91 anos, na capital paulista. Amato foi chefe da Clínica de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da FMUSP, de 1976 a 1997, superintendente do Hospital das Clínicas (HC), entre 1987 e 1992, e secretário de Estado da Saúde de São Paulo, em 1992 e 1993. Enquanto pesquisador, contribuiu no campo da medicina tropical, como a caracterização da forma aguda e da transmissão da doença de Chagas por transfusão, a caracterização clínica da toxoplasmose adquirida e o aprofundamento de aspectos diagnósticos e terapêuticos das enteroparasitoses e das imunizações. Publicou 348 artigos científicos e seis livros didáticos.
morre vIcente amato