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eonar o o

EclesiogénesisLas comunidadesde basereinventan

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ColecciónPresencia Teológica

2

ECLESIOGENESISLas comunidades de base

reinventan la Iglesia

LEONARDO BOFF

4.» EDICIÓN

EDITORIAL SAL TERRAEGuevara, 20 — SANTANDER

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Título del original portugués-brasileño:Eclesiogénese

Editora YOZES, Petrópolis

Traducción de: JUAN CARLOS RODRÍGUEZ HERRANZ

Portada de: JESÚS GARCÍA-ABRIL

© EDITORIAL SAL TERRAE - SANTANDER

Con las debidas ¡icenicas

Printed in Spain

I.S.B.N.: 84-293-0551-3 De pó sit o Leg al: SA. 188-1984

A. G. « R e s m a » - Prol . M. de la H e r m i d a , s/n. - S a n t a n d e r , 1984

Í N D I C E

P á g s .

1. La c o m u n i d a d de b a s e c o m o n u e v a e x p e r i e n c i a de

I g l e s i a 9

2. ¿ Q u é f u t u r o t i e n e la c o m u n i d a d ? 13

a ) La c o m u n i d a d c o m o un e s p í r i t u en la Ig le s ia y

c o m o a l t e r n a t i v a a la I g l e s i a i n s t i t u c i ó n .b ) C o e x i s t e n c i a p e r m a n e n t e de lo i n s t i t u c i o n a l y de

l o c o m u n i t a r i o en la Ig le s ia .

3. ¿La c o m u n i d a d de b a s e es I g l e s i a o sólo t iene e lem e n t o s e c l e s i a l e s ? 21

a ) E x i s t e a t o d o s los n i v e l e s d i v e r g e n c i a de opin i o n e s .

b) Profu ndiz a c ió n: p i s t a s pa ra una c o m p r e n s i ó n más

a m p l i a de la ecles ia l idad de las c o m u n i d a d e s de

b a s e .a a ) ¿ C ó m o e n t e n d e r lo u n i v e r s a l y lo p a r t i c u

l a r?bb) ¿ Cuál es la r e a l i d a d m í n i m a c o n s t i t u t i v a de

l a Ig le s ia Pa r t i c u la r?

ce ) El s a c r a m e n t o , u n i d a d e n t r e lo u n i v e r s a l y

l o p a r t i c u l a r .

4. C o m u n i d a d e s e c l e s i a l e s de b a s e y r e i n v e n c i ó n de la

I g l e s i a 37

5. ¿En qué p o d r á n c o n t r i b u i r las c o m u n i d a d e s de ba

s e a la s u p e r a c i ó n de la a c t u a l e s t r u c t u r a de la

I g l e s i a ? 47

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6» Características de una Iglesia encarnada en las clases oprimidas: notas teológicas de la Iglesia base ...

1. ¿Qué significa "características de la Iglesia" (Notas , propiedades)?

2. Característ icas de una Iglesia integrada en laclase hegemónica.

a) Cam po religioso-eclesiástico y modo de producción de la sociedad.b) La experiencia crist iana y su contenido de re

velación.c) Característ icas de la Iglesia en un modo di

simétrico de producción rel igiosa.3. Característ icas de una Iglesia integrada en las

clases oprimidas.I) Iglesia-Pueblo de Dios; 2) Iglesia de los pobres y débiles (reducidos a sub-hombres); 3)Iglesia de los expoliados (deshumanizados); 4)

Iglesia de los seglares; 5) Iglesia como koinoniade poder, 6) Igllesia toda ^lla ministerial; 7)Iglesia de diáspora; 8) Iglesia liberadora; 9) Iglesia que sacramental iza las l iberaciones concretas; 10) Iglesia que prolonga la gran tradición;II) Iglesia en comunión con la gran Iglesia;12) Iglesia que construye la unidad a part i r dela misión liberadora; 13) Iglesia con una nueva concreción de su catolicidad; 14) Iglesia toda ella apostólica; 15) Iglesia realizadora de unnuevo est i lo de santidad.

4. Conclusión: la credibilidad de la esperanza crist iana.

QUAESTIONES DISPUTATAE

7. ¿Quiso el Jesús histórico una única forma institucional de Iglesia?

I . Presupues tos hermenéuticos para una respuesta.

Págs.

I I . La imagen de Iglesia de un a teología sin problemas .

I I I . La intención úl t ima de Jesús no es la Iglesia,sino el Reino de Dios.

IV. ¿Qué predicó Jesú s, el Re ino de Dios o la

Iglesia?a) Contenido escatológico y universal del

Reino de Dios.b) Un signo escatológico: la constitución de

los Doce.c) Pedro-piedra. Fundamento de la fe des

pués de la Pascua.d) La última Cena, signo escatológico defi

ni t ivo.e) La escatología de Jesús es simultánea

mente presente y futura.V. La mu erte y la resurrección de Cristo, condi

ciones de posibilidad de la existencia de laIglesia.a) La Iglesia, en cuanto Iglesia de judíos y

genti les.b) Cristo, lazo de unión en tre la Iglesia y el

Reino de Dios.

VI. La Iglesia fundada por Cristo y por los apóstoles movidos por el Espíri tu Santo.

VII . Conclusión: por la Iglesia nos llega el Reino.

VIII . Consecuencias con vistas a una posible ecle-siogénesis.

8. El seglar y el poder de celebrar la Cena del Se ño r 97

I. Las hipótesis teológicamente posibles.

I I . Elaboración de una solución posible.

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131 sa c e rdo c io de l a mu je r y sus pos ib i l ida de s

I . E l s a c e r d o c i o d e l a m u j e r d e s d e e l h o r i z o n t ede su l ibe ra c ión .

I I . J e s ú s , l a v o z m a s c u l i n a e n d e f e n s a d e l am u j e r .

I I I . N o e x i s t e n a r g u m e n t o s t e o l ó g i c o s d e c i s i v o se n c ont r a de l a orde na c ión de l a muje r , s inoú n i c a m e n t e d i s c i p l i n a r e s .a ) Pr ime ra obje c ión: l a f ide l ida d h i s tór i c a :

J e s ú s f u e v a r ó n y n o m u j e r .b) Se gunda obje c ión: J e suc r i s to e sc ogió úni

c a m e n t e a h o m b r e s p a r a A p ó s t o l e s s u y o s .O Te rc e ra ob je c ión: Sa n Pa blo d i jo que l a s

muje re s de bía n e s ta r c a l l a da s e n l a Ig le s ia :¿ c ó m o e n t o n c e s p o d r á n p r e s i d i r l a P a l a b r ay l a E u c a r i s t í a ?

d) Cu a r ta ob je c ión: En l a t r a d ic i ón de l a Ig le s i a nunc a ha ha bido s a c e rdot i s a s ; n i s iqu ie r a l a V i rge n lo fue .

e ) Conc lus ión: s e t r a t a de l a pe rma ne nc ia deu n a c o s t u m b r e y n o d e u n a t r a d i c i ó n d o c t r i n a l .

IV . E l s a c e rdoc io de l a mu je r no pue d e s e r e l s a c e r d o c i o a c t u a l d e l o s h o m b r e s .

V . Pe r spe c t iv a s t e o lógic a s de un s a c e rdo c io dela muje r .a ) E l s a c e r d o c i o u n i v e r s a l d e l a s m u j e r e s .

b) Lo espe c í f i c o de l s a c e rdo c io mi ni s t e r i a l noe s p o d e r c o n s a g r a r , s i n o p o d e r s e r p r i n c i p i o d e u n i d a d e n l a c o m u n i d a d .

V I . C o n c l u s i ó n : L o h u m a n o e s " a n i m u s " y " a n i m a " , l o m i s m o q u e l o r e l i g i o s o .

VI I . La ú l t im a de c la ra c ión de l a Con gre ga c ió n pa r a l a Doc t r ina de l a Fe .

1 . LA COMUNIDAD DE BASE COMO NUEVAEXPERIENCIA DE IGLESIA

1. El surg ir de las com unid ades de base deb e ser considerado de nt ro de l c onte x to de l a soc ie da d mode rna . Es ta ha provoc a douna gra n a tomiz a c ión de l a e x i s t e nc ia y un a nonima to ge ne ra l i z a do

de l a s pe r sona s , pe rd ida s e n t r e los me c a ni smos de l a s ma c roorga -n iz a c ione s , de l a s buroc ra c ia s y de l a c ons iguie n te un i fo rmid a d delos c ompor ta mie ntos , c ua dros , hora r ios , e t c . F re n te a e s t e he c hose ha ido ar t iculando de forma lenta pero cada vez con más intens ida d , una r e a c c ión e n e l s e n t ido de forma r c omunida de s e n l a s quelas personas se conozcan y reconozcan, puedan l legar a ser e l lasmisma s e n su ind iv idua l ida d y t e nga n l a pos ib i l ida d de de c i r supa la bra , s e r a c ogida s y a c oge r e n nombre propio . De e s te modoha n ido surg ie ndo por toda s pa r t e s grupos y pe que ña s c omuni d a d e s .

2 . Las comunidades ec les ia les de base suponen un fenóme

no s imilar en e l seno de la Igles ia . En los úl t imos s iglos la Igles iase ha bía orga niz a do e n e l ma rc o de un fue r t e e sque ma je r á rquic oy de una comprensión jur ídica de las re lac iones entre los c r is t ianosque pre se nta ba indud a ble s a spec tos de me c a nic i smo y c os i f ic a c ión ."La Ig le s ia no s e r í a más que una gra n orga niz a c ión r e gula da poruna j e r a rquía que de te n ta e l pode r y c uya c l i e n te la n o t e n dr ías ino que observar sus reglas y seguir sus prác t icas . ¿Es es to unac a r ic a tura ? ¡Por supue s to qu e no ! (Cong a r , "Los grup os infor males en la Igles ia" , 144-145) . En contra de esa tendencia , hansurg ido l a s c omunida e s e c le s ia le s de ba se que r e pre se nta n unanue va e xpe r ie nc ia de Ig le s ia , de c omunida d , de f r a te rn ida d que s es i túa de nt ro de l a más l e g ít ima y a n t igu a t r a d ic ión . S up on dr í a unac ompre ns ión s impl i s t a y de sprovi s t a de pe rc e pt ib i l ida d de l s e n t ido

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10 ECLESIOGENESIS

his tór i c o , c onc e bi r a l a s c omunida de s de ba se c omo a lgo oc a s iona ly pasa jero. El las representan "una respuesta específ ica a una coyuntura h i s tór i c a v ige nte " (De mo-Ca ls ing , "Re la tór io da pe squi sasobre CEBs", 18-19) . Teológicamente s ignif ican una nueva exper iencia ec les iológica , un renacer de la misma Igles ia y por consiguiente una acc ión de l Espír i tu en e l hor izonte de las urgencias denue s t ro t i e mpo (Pa blo VI ) . De sde e s ta pe r spe c t iva l a s c omunida de s de ba se de be r ía n s e r c onte mpla da s , a c ogida s y a c ompa ña da s

con todo e l respeto que se debe a los acontec imientos sa lvíf icos .Ello no nos dispensa de la di l igencia necesar ia en la búsqueda dela luc idez y de los mejores caminos . Pero todo esfuerzo de comprensión se ins taura a l inter ior de es ta contemplac ión teológica de leminente va lor ec les ia l de las comunidades de base .

3. Además de es te cuadro de referencia más genera l , exis tentambién las motivac iones más específ icas refer idas a la misma s ituac ión de la Igles ia y a su nueva conciencia . Así e l surgir de lascomunidades de base se debe también a la c r is is ins t i tuc ional dela Igles ia . La fa l ta de minis tros ordenados que a tendieran a lasc omunida de s e s t imuló l a f a n ta s ía c r e a dora de los propios pa s tore s

que l legaron a confiar responsabil idades cada vez mayores a losseglares . Aun cuando la gran mayoría de e l las deba su or igen asacerdotes o re l igiosos , las comunidades de base const i tuyen fundamenta lmente un movimiento de seglares . Son e l los los que hacenavanzar la causa de l Evangelio y se const i tuyen en portadores dela rea l idad ec les ia l aun a l nive l de la capacidad de organizac ióny decis ión. Esta t ransposic ión de l e je ec les ia l enc ierra en germenun nue vo pr inc ip io de "ha c e r na c e r a l a Ig le s ia " , un " r e c ome nz a rde la Igles ia" (Congar , op. c i t . , 129-130) , una autént ica ec les iogé-nesis . No se t ra ta de la expansión de l s is tema ec les iás t ico vigente ,asentado sobre e l e je sacramenta l y c ler ica l , s ino de la emergenciade una forma dis t inta de ser Igles ia , basada sobre e l e je de laPalabra y de l seglar . Es previs ible que de es te movimiento que sees tá adueña ndo de la Igles ia univ ersa l sur ja un nuevo t ipo depre se nc ia ins t i tuc iona l de l c r i s t i a n i smo e n e l mundo.

4 . Cua lquie r f e nóme no n ue vo c re a su l e ngua je e ins ta u ra susc a te gor ía s propia s e n orde n a su a u toe xpre s ión . De l mismo modolas comun idad es de base es tán dan do or ig en a una nueva ec les io-log ía y formula ndo c onc e ptos nue vos e n t e o logía . Todo e s a únincipiente , es tá en proceso, no const i tuye una rea l idad acabada .Pero a l pas tor y a l teólogo se les puede hacer una advertencia :que respeten e l camino rec ién emprendido, que no quieran encua

drar inmedia tamente e l fenómeno en ca tegorías teológico-pastora les

1 . LA COMUNIDAD DE BASE 11

nacidas de otros contextos y de otras experiencias ec les ia les , quese pongan en la ac t i tud de quien desea ver , comprender y aprender , que mantengan la vigi lancia c r í t ica para poder dis t inguir loscaminos verdaderos de los fa lsos . La his tor ia de la Igles ia no s ignif ica exclus ivamente una ac tua l izac ión de formas ant iguas o re-pr i s t ina c ión de e xpe r ie nc ia s h i s tór i c a s pa sa da s . Es ve rda de ra h i s tor ia y por lo tanto es c reac ión de lo nuevo y aún no experimentado.El NT y la his tor ia de la Igles ia nos presentan una plur iforme en

carnación ins t i tuc ional de la fe . La Igles ia no va desde Cris to hasta la Parusía en l ínea rec ta , s ino que pasa a t ravés de var iac ioneshi s tór i c a s , t r a ns por t a ndo ' c ons igo a l mu ndo y of r endándolo aDios . Es posible que en la ac tua l idad nos encontremos en una fasede surgimiento de un nuevo t ipo ins t i tuc ional de Igles ia . Esto habráque comprenderlo a la luz de l Espír i tu Santo; urge , por tanto, hacer f rente a las res is tencias menta les , modif icar hábitos ec les ia les yma nte ne r se a b ie r tos pa ra no a hoga r a l Espí r i tu .

5. Exis te un e norme a ba nic o de proble ma s que va n impl ic a dos en e l tema de las comunidades de base . No pre tendemos tansiquiera enumerar los más candentes pero se lecc ionamos los quenos pa re c e n s ign i f i c a t ivos : —¿ Qué fu turo t i e ne l a c omunida d?—La Ec le s ia l ida d de l a s c omunida de s de ba se —Cont r ibuc ión delas comunidades de base a la superac ión de la es truc tura ac tua lde la Igles ia ; y t res "quest iones disputa tae" : e l Jesús his tór icoy las formas ins t i tuc ionales de la Igles ia ; la posibi l idad de que unseglar ce lebre la Cena de l Señor; y e l sacerdocio de la mujer ysus pos ib i l ida de s .

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2 . . ¿QUE FUTURO TIENE LA COM UNID AD?

1 . Re sul t a in te re sa nte obse rva r e l surg i r de l a s c omunida de sec les ia les de base en e l Bras i l (c fr . Marins , "Concil ium" 104, 22-25) . Su apar ic ión se debe a la preocupación evangelizadora y comuni ta r i a e xpl i c i t a da por me dio de los c a te qui s t a s popula re s deBa r ra do P i r a í , de l movimie nto de e duc a c ión c omuni ta r i a de ba secon su ca tequesis radiofónica (Nata l) , a las experiencias de apostolado seglar y a los esfuerzos de renovación parroquia l inscr i tose n un movimie nto de r e nova c ión na c iona l c odi f i c a do e n los p la ne sna c iona le s de pa s tora l (1962-1965) .

En 1956 Dom Agnelo Rossi inició el movimiento de evan-gelización con catequistas populares a fin de llegar hastaaquellas regiones no alcanzadas por los párrocos. Todo comenzó por la narración testimonial de una viejecita: "EnNatal las tres Iglesias protestantes estaban iluminadas y concurridas. Escuchábamos sus,cantos... y mientras tanto nuestra Iglesia católica estaba cerrada, en tinieblas... porque noconseguíamos un sacerdote". Quedaba en el aire una cues

tión : ¿Tiene que detenerse todo porque no haya sacerdotes?Dom Angelo en Barra do Piraí formó coordinadores decomunidades "que hacían todo cuanto un seglar puede hacer en la Iglesia de Dios dentro de la disciplina eclesiásticaactual. En su grado mínimo, el catequista reúne una vez porsemana al pueblo y lee una lección catequética. Normalmente realiza junto con ellos las preces diarias. Los domingos y días festivos reúne al pueblo que reside lejos dela Iglesia para celebrar el "domingo sin misa" o la "misasin sacerdote" o el "culto católico" haciendo que el puebloacompañe espiritualmente y colectivamente la misa que elpárroco está celebrando en la lejana iglesia madre. Rezajunto con el pueblo las oraciones de la mañana y de la noche, las novenas, letanías, meses de Mayo, Junio, etc....".En torno a la catequesis llegó a formarse una comunidadcon un responsable de la vida religiosa; en lugar de capí-

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14 ECLESIOGENESIS

Ha se construyeron salones de reunión que servían a suvez de escuela, lugar de catequesis, de enseñanza de cortey confección y de encuentros en los que resolver problemas comunitarios y aun económicos.

Con el fin de hacer frente a problemas humanos graves como el analfabetismo, las enfermedades endémicas, etcétera.... se crearon escuelas radiofónicas y el MEB (Movimiento de Educación de Base) en Natal, a cargo de laArchidiócesis. Con la ayuda de la radio se alfabetizaba,promovía y catequizaba. Los domingos la comunidad (sin

sacerdote se reunía en torno al aparato de radio atendiendoa la misa celebrada por el obispo y escuchando su palabra. En 1963 existían ya 1.410 escuelas radiofónicas. Elmovimiento se propagó a continuación por todo el Noroeste y Centro-Oeste.

El movimiento por un Mundo Mejor hizo surgir una atmósfera de renovación por todo el país. Un equipo de 15personas recorrió la nación durante cinco años dando 1.800cursos y poniendo en actividad a todos los estamentos dela vida eclesial: sacerdotes, obispos, religiosos, seglares ymovimientos. De esta animación fueron fruto el Plan deEmergencia de la CNBB y el Primer Plan de Pastoral deConjunto Nacional (1965-1970) en el que se decía: "Nuestras parroquias actuales están o deberían estar compuestas

por varias comunidades locales y por comunidades de base,dada su extensión, densidad demográfica y porcentaje debautizados que pertenecen a ellas por derecho. Será por consiguiente de gran importancia el emprender la renovaciónparroquial partiendo de la creación o dinamización de estas comunidades de base. La matriz llegará poco a poco aconvertirse en una de esas comunidades y el párroco presidirá todas las que se encuentren dentro de la porción delrebaño que le fue confiada". (Plan de Pastoral de Conjunto , 58).

2 . A part i r de Medell ín (1968) es ta nueva rea l idad se ganóel derecho de c iudadanía y hoy const i tuye s in lugar a dudas en e lmundo e n te ro uno de los gra nde s pr inc ip ios de r e nova c ión de l a

Igles ia (c fr . todo e l núm ero 10 4 de la revis ta "C onc il ium "4 (1975) ; Exhor ta c ión a pos tó l i c a "Eva nge l i i Nunt ia ndi" , n . 58 ;Sínodo de los Obispos de 1974) . Las comunidades ec les ia les debase suponen la "construcc ión de una Igles ia viva más que la mult ip l i c a c ión de l a s e s t ruc tura s ma te r i a l e s " (Ma r ins , "Conc i l ium"104, 27) ; una pa r t i c ipa c ión m ás v i t a l e ín t ima de los mie mb ros ,inse r tos e n una misma r e a l ida d más o me nos homogé ne a , v iv ie ndola esencia de l mensaje c r is t iano que es la universa l pa ternidad deDios , la f ra ternidad con todos los hombres , e l seguimiento de Jesucr is to muerto y resuci tado, la ce lebrac ión de la Resurrecc ión yde la Eucar is t ía y la construcc ión ya inic iada en la his tor ia de lReino de Dios que es e l de la l iberac ión de l hombre todo y detodos los hombre s .

2. ¿QUE FUTURO TIENE LA COMUNIDAD? 15

a) La comunidad como un espíritu en la Iglesia y no com oalternativa a la Iglesia-institución.

3 . La vida cr is t iana en las comunidades de base se carac ter iza por la ausencia de es truc turas a l ienantes , por las re lac ionesdirec tas , la rec iprocidad, la profunda fra ternidad, e l mutuo auxil io,la comunidad de idea les evangélicos y la igualdad entre los miemb r o s . Está ausente todo aquello que carac ter iza a las soc iedades:

r e g la me ntos r íg idos , j e r a rquía s , r e l a c ione s pre sc r i t a s de nt ro de uncuadro de dis t inc ión de funciones y a tr ibuciones . El entus iasmogenerado por la vivencia interpersonal de l nosotros y la exper iencia de saborear la a tmósfera planif icante de l Evangelio susc i tacon frecuencia un problema no desprovis to de gravedad. Los pastores han de es tar a tentos a é l para no caer en i lus iones . El problema se plantea as í : las comunidades ec les ia les de base const i tuyen una a l te rna t iva a toda la Igles ia ; o con menos osadía se c reey a l imenta la expecta t iva de ver a toda la Igles ia t ransformada enc omunida d . ¿ Qué gra do de ve rda d pue de t e ne r e s t a e xpe c ta t iva ?¿Podrá toda la Igles ia en su global idad transformarse en una comunida d a u té n t i c a ?

4. Para e laborar una respuesta a es to, la teología ha de presta r oídos a las conclus iones que las c iencias soc ia les han extra ídode su ref lexión acerca de la re lac ión exis tente entre e l aspecto comunitar io y e l soc ie tar io de la vida humana. En es te punto nosa tenemos a l es tudio de l soc iólogo Pedro Demo en un trabajo suyomuy c ompe te n te sobre los "proble ma s soc io lógic os de l a c omuni da d" ( "C omu nida de s : Igre ja na ba se " , 67-110) . La soc io logía a c tua l ha superado la contraposic ión, hecha c lás ica por F. Toennies ,e n t r e soc ie da d y c omun ida d . Comun ida d s e r í a a que l l a form a c iónsocia l en la que los hombres se or ientan por un sent imiento de re

c iproc ida d y pe r t e ne nc ia ; y soc ie da d a que l l a e n l a que pre domina nel anonimato y las re lac iones indirec tas . No se niega e l hecho deque formaciones soc ia les puedan vivir según re lac iones basadas enel espír i tu comunitar io: contac to ínt imo, direc to, confiado, informal , rec íproco, igual , y una a l te r idad máxima. Pero a la vez ensu concrec ión his tór ica toda formación socia l , a l margen de esosvalores , no e l imina las rasgos confl ic t ivos , los de l egoísmo, de l individual ismo, los de los intereses , de la urgencia de l orden, de laregla , de l es tablec imiento de metas y de la tenacidad en e l procesode a lcanzar las .

5. La c omunida d no ha c ons t i tu ido una forma c ión t íp ic a de

una fase de la humanidad o capaz de rea l izarse ac tua lmente en

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16 ECLESIOGENESIS

e s ta do puro . Conc re ta me nte , e x i s t e s i e mpre l a e s t ruc tura de pode r ,ya s e a e n su ve r s ión domina nte ya e n su ve r s ión so l ida r i a ; s e ma nt ienen en vigor las des igualdades y los papeles es tra t i f icados dentro de una esca la de va lores ; hay confl ic tos e intereses par t icular es . His tór i c a me nte l a s forma c ione s soc ia le s s e pre se nta n c omo e nt r a ma da s c on c a ra c te r í s t i c a s soc ie ta r i a s y c omuni ta r i a s . En e s tesentido no hay rea l ismo en la lucha por una soc iedad s in c lases ,to ta lme nte f r a te rna , s in c onf l i c tos , s ino que únic a me nte s e da rá

en la lucha por un t ipo de soc iabi l idad en la que sea menosdi f í c i l e l a mor y donde ha ya una me jor d i s t r ibuc ión de l pode r y dela pa r t i c ipa c ión . La c omunida d de be e n te nde r se c omo un e sp í r i tua crear , como una inspirac ión que a l imente e l esfuerzo por supera r c ont inua me nte l a s ba r r e ra s e n t r e l a s pe r sona s y por ge ne ra runa r e la c ión so l ida r i a y r e c íproc a .

6 . Con a c ie r to a f i rma De m o: "D e nt ro de l a c ont r a pos ic iónc omunida d/ soc ie da d s e pue de de c i r que l a c omunida d e s l a u top ía de l a soc ie da d" (110) . En o t r a s pa la bra s : l a c onvive nc ia humana s iempre es tará l lena de tensiones entre e l aspecto organiza

t ivo, impersonal y e l otro aspecto personal e ínt imo. Luchar porque pre domine l a d ime ns ión c omuni ta r i a impl ic a luc ha r pa ra quela s e s t ruc tura s y l a s orde na nz a s no s e sus ta n t ive n , s ino que a yuden a humanizar a l hombre y a hacer lo cada vez más cercano a lo t ro y a los va lore s e va ngé l i c os . E l p re dominio de lo c omuni ta r iosobre lo soc ie tar io se presenta con más fac i l idad en los pequeñosgrupos ; de a h í l a impor ta nc ia de l a s c omunida de s e c le s ia le s deba se e n c ua nto c omunida de s e x i s t e n te s de nt ro de l a soc ie da declesial.

7. Pa ra que se man teng a en su vigor renovad or e l espír i tu comu ni ta r io , ne c e s i t a s er c ons ta n te me nte a l ime nta d o e impu lsa do . N o

basta que los f ie les se junten para e jecutar a lgunas ta reas . Esolo pueden hacer también los c lubs y otras asociac iones s in quepor e l lo s e a n c ons ide ra da s c omo c omun ida de s . Lo que c ons t i tuyeun a grupa mie nto huma no c on c a ra c te r í s t i c a s c omuni ta r i a s e s suesfuerzo por c rear y mantener su contexto comunitar io como unideal , como un espír i tu que ha de ser recreado constantemente ,ve nc ie ndo lo ru t ina r io y e l a mbie nte ins t i tuc iona l i z a n te y n ive la do r: " la rea l izac ión re la t iva del espír i tu comu nitar io supo ne , po rta n to , norma lme nte a lgún t ipo de pre pa ra c ión ya que no todoslos miembros de la soc iedad genera l es tán dispuestos a l desprend imie nto pe r sona l e x ig ido por una in t imida d pa r t i c ipa da , por unac onvive nc ia mutua de dona c ión r e c íproc a , por una a c e pta c ión d esus colegas s in res tr icc ión egoís ta" (Demo, 79) . El c r is t ianismo, con

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sus va lore s funda me nta dos sobre e l a mor , e l pe rdón , l a f r a t e rn i dad, la renuncia a l poder opresor , la acogida de l otro, e tc . , seor ienta por su misma esencia a la c reac ión de l espír i tu comunitar io de nt ro de l a s e s t ruc tura s soc ie ta r i a s .

8 . S in e mba rgo , ha brá que a dve r t i r que l a ins ti tuc iona l i z a-c ión e s un f e nóme no ine vi t a b le a todo grupo que pre te nda pe r manecer y es tabi l izarse . Por e l lo surgirá una codif icac ión de aque

l las experiencias que hayan tenido éxi to y es por ahí por donde lac omunida d pue de ve r se a me na z a da . Pa ra que s e c onse rve e l e sp í r i tu c omuni ta r io e s pre c i so que s e dé una r e v i t a l i z a c ión c ont inua ;es ta ta rea se verá fac i l i tada s i los grupos se mantienen re la t ivamente pequeños y no se de jan absorber por la ins t i tuc ional izac ión.De mo de duc e de e s to una c onc lus ión impor ta n te pa ra nue s t r a r e f l e x ión: "Una orga niz a c ión ma yor pue de s e r r e nova da por l a c omunida d pe ro no pue de s e r t r a ns forma da e n una c omunida d" (93) . Ypros igue más a de la n te e n e sa ide a : "Es por c ons iguie n te va na l ae spe ra nz a de orga niz a r toda una Ig le s ia me dia n te una r e d c omunita r ia . Esto implicar ía en rea l idad ins t i tuc ional izar e l aspecto desins t i tuc iona l i z a n te propio de l a c omunida d . No quie re e s to de c i r

que su forma c ión no pue da s e r orga niz a da me dia n te e quipos e s pe c ia lme nte pre pa ra dos . Pe ro su v ive nc ia in te rna pa re c e r e v i t a l i -zarse cada día sólo s i bebe en sus propias fuentes . Y además es deahí de donde extrae su poder de contes tac ión y su a trac t ivo utópic o " (92) . Con o t r a s pa la bra s : l a s c omunida de s de ba se , e n l a me dida en que s ignif iquen la presencia de l e lemento comunitar io de lcr is t ianismo y dentro de la Igles ia , no pueden pre tender ser unaal te rna t iva global a la Igles ia ins t i tuc ión, s ino su permanente ferme nto r e nova dor .

b) Coexistencia permanente de lo institucional y de lo comunitario en la Iglesia.

9. Al a f irmar que las com unid ades ec les ia les de bas e no podrán pre tender ser una a l te rna t iva global a la Igles ia ins t i tuc ión noestamos desprec iando su rea l va lor renovador de la textura ec les ia l . Intentamos s i tuar su s ignif icado dentro de la Igles ia comoglobalidad. Ellas s ignif ican s in duda un aguijón capaz de movil izar los aspectos olvidados por la ins t i tuc ión Igles ia y representan una l lamada a una vivencia mayor de los va lores autént icame nte c omuni ta r ios de l me nsa je c r i s t i a no . Pode mos de c i r quetoda la predicac ión de Jesús consis t ió en reforza r e s tos asp ectos

c omuni ta r ios ; e n un s e n t ido hor iz onta l , l l a ma ndo a los hombre s

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al respeto mutuo, a la donación, a. la f ra ternidad, a la s implic idadde las re lac iones; en un sent ido ver t ica l , abr iendo a l hombre a lasinceridad de la relación filial para con Dios, a la sencillez de laora c ión humi lde y de l a mor ge ne roso ha c ia e l Pa dre . No se pre ocupó gran cosa de l aspecto ins t i tuc ional , s ino más bien de l espír i tuque debe ser vivido en todas las expres iones de la convivencia hum a n a .

10 . La Igles ia en su global idad es la coexis tencia concre tay vi ta l de la dimensión socie tar ia e ins t i tuc ional con la dimensióncomunitar ia . En e l la hay una organizac ión que transc iende las comu nida des par t ic ulares a tend iend o a la comunió n entre todas- e l las .Exis te una autor idad, s ímbolo de la unidad en e l mismo amory en la misma esperanza; hay un credo, expres ión de la mismafe fun dam enta l ; hay metas globales , com unes a todas las comunidades loca les . Las ref lexiones soc iológicas cobran re levancia parala teología porque e l iminan i lus iones y mantienen los té rminos ins-t i tuc ión/car isma sobre bases rea l is tas . Puede l legar a darse unainf i l t rac ión de vie jos errores his tór icos y ec les iológicos ba jo otrosnombres como, por e jemplo, la excesiva ins is tencia en la polar iza

c ión de los té rminos Igles ia de la Tradic ión/Igles ia de l Evangelio,Iglesia en la base y en la cumbre, eclesiogénesis y eclesiología.Puede producirse una verdadera renovación de los cuadros ins t i tuc ionales de la Igles ia producido por impulsos de las bases comunita r i as , s in que la Igles ia pierd a su identidad ni se pervie r ta ensu esencia his tór ica . La Iglesia que nace del pueblo es la mismaiglesia que nació de los Apóstoles. Lo que cambia en ella es suaparic ión soc iológica en e l mundo, sus formas de expres ión l i túrgica , canónica y organiza t iva ; no var ía la coexis tencia permanente de un aspecto más es tát ico, ins t i tuc ional , permanente , conotro más dinámico, car ismático y vi ta l . Pers is t i rá s iempre en laIgles ia —y eso es la fuente de su vi ta l idad— la indef ic iente vo

luntad de impregnar de espír i tu comunitar io e l aspecto ins t i tuc ional y organiza t iv o d e Ja Igles ia .

1 1 . El problema de la Igles ia no res ide c ier tamente en e l cont r a punto ins t i tuc ión/c omunida d . S ie mpre s e da rá l a pe r s i s t e nc ia dea mbos polos . El problema real consiste en el modo com o se vivetanto lo comun itario como lo institucional: o uno intenta absorber a l otro, reducir lo y l iquidar lo, o ambos se respetan y se abrenmutuamente en un constante de jarse cuest ionar . Esta úl t ima ac t i tudno permit irá que lo ins t i tuc ional asuma carac ter ís t icas necróf i lasl legando a hacerse predominante y tampoco de jará que lo comu

nita r io degenere en un puro utopismo pre tendiendo que la Igles ia

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globa l s e t r a ns forme e n una c omunida d . En l a Ig le s ia lo ins t i tuc iona l no pue de pre domina r sobre lo c omuni ta r io . Es to ú l t imo de bemantener s iempre la pr imacía ; e l otro e lemento vive en funciónde é l . Lo c omuni ta r io por su pa r t e de be rá e nc ont r a r s i e mpre sua de c ua da e xpre s ión ins t i tuc iona l .

12 . Actualmente , con la dinámica renovadora postconcil ia r yla l iberadora de después de Medell ín, se van des tacando ní t idamente

dos modelos ec les iológicos de la Igles ia única . Uno or ientado hac ia la gran Igles ia- ins t i tuc ión con todos los servic ios organizadosins t i tuc ionalmente en función de las necesidades de la Igles iauniversa l , de la diócesis y de las parroquias ; es te modelo deIgles ia t iene su centro soc iológico y cul tura l genera lmente en lossec tores opulentos de la soc iedad, goza de l poder soc ia l y const i tuye e l inter locutor exclus ivo con los poderes de la soc iedad. El otrose centra en la red de comunidades , dentro de los sec tores popularesy de las mayorías pobres , a l margen de l poder y de los medios decomunicac ión, viviendo más profundamente las re lac iones horizonta les de la f ra ternidad y de la corresponsabil idad.

La evolución de los úl t imos años ha demostrado que ni la gran

Igles ia- ins t i tuc ión exis te para s í y en s í misma, s ino como apoyoa las comunidades de base , confir iéndoles universa l idad y permit iéndoles una re l igac ión con e l pasado, ni la red de comunidades puedepresc indir de la gran Igles ia- ins t i tuc ión. Cada vez en mayor medidala ins t i tuc ión descubre su sent ido y la responsabil idad de crear ,apoyar y a l imentar esas comunidades . Evidentemente , es to ha l le vado a debil i ta r Su compromiso con los sec tores inf luyentes de lasociedad y de l Estado, en pro de una mayor pureza evangélica y dela cual idad profé t ica de su ac tuac ión. Las comunidades , por su parte , van comprendiendo cada vez más la necesidad de la gran Igles ia-ins t i tuc ión en orden a su continuidad y a su identidad ca tól icay a su unida d .

La convergencia de es tos dos modelos ec les iológicos , su inte racc ión dia léc t ica , ha contr ibuid o a que la Igles ia- como tota l idadhaya tomado profunda conciencia de su acc ión mis ionera , en part icular entre los pobres de es te mundo a cuya pas ión as is te y enla que par t ic ipa . A la gran Igles ia- ins t i tuc ión se le hace cada díamás ine ludible la opción s iguiente : o s igue manteniendo buenasre lac iones con e l Estado y las c lases r icas a las que representa , otoma en ser io la red de comunidades de base con las exigenciasque e l las implican en té rminos de jus t ic ia y de t ransformación soc ia l . En la pr imera opción la gran Igles ia- ins t i tuc ión t iene garant izada su seguridad personal y de ins t i tuc ión y puede contar con

apoyo para su ayuda as is tencia l , pero ha de renunciar a evangeli-

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z a r e f i c a z me nte a l a s gra nde s ma yor ía s pobre s . En l a s e gundaopc ión r e c upe ra rá su mis ión profé t i c a , r e pre se nta rá l a s r e c la ma c ione s jus ta s que na c e n de l c ora z ón de l a t i e r r a y l l e ga n ha s taDios , pe ro ha brá de c onta r c on l a inse gur ida d , l a d i f a ma c ión of i c ia l y la suer te de los disc ípulos de Jesús .

13 . ¿ Qué fu turo t i e ne l a c omunida d de ba se ? Es lo quenos pre guntába mos a r r iba . Con los da tos r e c ogidos c re e mos pode r

re sponde r : t i e ne un fu turo pe rma ne nte e n t a n to e n c ua nto s e pac ompre nde r se c omo c ont r a punto a l a ins t i tuc ión de l a Ig le s ia . Nodeberá pre tender e l imposible utopismo de agotar en s í e l conc e pto de c omunida d de t a l ma ne ra que no pue da e x i s t i r n ingúnot ro grupo o forma c ión , p re se ntándose e l l a c omo la ún ic a formade ser Igles ia hoy. Como veremos más adelante , e l la s ignif ica unmanantia l muy r ico de renovación de los te j idos de l cuerpo ec le-s ia l y una exigencia de evangelic idad de las ins t i tuc iones ec les ia-l e s e n ma rc ha ha c ia una ma yor a proxima c ión a lo c omuni ta r iou tópic o .

Este e lemento nunca l legó a perderse en la Igles ia aunqueha ya que da Jo l a t e n te c omo la s bra sa s ba jo l a c e n iz a ; a hora , de una

ma nera s in precedentes , se es tá re in s tau rand o e l fe rmento renovador de los idea les evangélicos de la f ra ternidad, de la comunidadde hermanos, de la vivencia senci l la de la misma fe y de l cul toespontáneo a Cris to entre los hombres , de l servic io des interesadov de l a pre oc upa c ión por l a s ne c e s ida de s de c a da mie mbro . Nunc afeneció en la Igles ia la utopía de l Reino que se ant ic ipa en lac omunida d de los f i e l e s me dia n te l a z os más huma nos , una f e másviva y unas re lac iones más fra ternas . La comunidad ec les ia l deba se , s i qu ie re ma nte ne r su e sp í r i tu c omuni ta r io , nunc a de be ráin te n ta r sus t i tu i r a l a pa r roquia ; ha brá de s e gui r s i e ndo pe que ña para evi ta r la burocra t izac ión y fac i l i ta r e l encuentro cara a

c a ra de sus mie mbros ; de be rá a br i r s e a l a c omunión c on l a Ig le s iaglobal , con sus ins t i tuc iones y formas soc ie tar ias y, a la vez , mantenerse en tensión dia léc t ica con e l la para no de jarse absorber . Deeste modo no degenerará ni en un grupo fanát ico futur is ta nie n un grupo r e t rógra do a n t i c ua do , s ino que pe rma ne c e rá c omoc ons ta n te f e rme nto pa ra toda l a Ig le s ia .

3. LA CO MU NIDA D DE BASE,. ¿ES IGLESIA O SOLOTIENE ELEMENTOS ECLESIALES?

1. Ante s de que a borde m os e s ta c ue s t ión , c onvie ne de ja r e nc la ro l a c a ra c te r í s t i c a funda me nta l de e s ta forma de c omunida d .Exi s te n muc ha s forma s de c omunida d; s i é s t a s e de nomina " e c le s ia l" es porque su ec les ia l idad la dis t ingue de las demás. Lo"ecles ia l" aparece aquí como adje t ivo ca l if ica t ivo de l substant ivo

"c omunida d" . Y s in e mba rgo , e n una pe r spe c t iva e c le s io lógic a fundamenta l , e l adje t ivo (ec les ia l) es más importante que e l substant ivo ( c omunida d) , ya que e s e l p r inc ip io c ons t i tuye nte y e s t ruc tur a n te de l a c omunida d . La c omunida d e c le s ia l s e c ons t i tuye c omorespuesta a la fe c r is t iana y como resul tado de la l lamada evangél ica a la convers ión y a la sa lvac ión. La inspirac ión re l igiosa ycr is t iana aglut ina a l grupo y confiere a todos sus obje t ivos , también a los soc ia les y l iberadores , carac ter ís t icas evangelizadoras .La comunidad ec les ia l se ent iende como presencia de Igles ia , comovive nc ia c omuni ta r i a de l Eva nge l io y c omo orga ni smo y orga ni z a c ión de s a lva c ión/ l ibe ra c ión e n e l mundo; no s e e n t i e nde a s ímisma a l a ma ne ra de c ua lquie r o t r a c omunida d de dic a da a c u l t ivar c ier tos va lores humanos como e l deporte , e l a r te , la música ,e l folklore , e l consumo, la defensa de los derechos humanos, e tc .La consc iencia y la explic i tac ión cr is t iana const i tuyen, por consiguiente , la carac ter ís t ica de la comunidad y e l e lemento de discern imie nto f r e n te a o t ros t ipos de c om unida d . Es ta c ons ide ra c iónnos parece profundamente necesar ia a la vez que incuest ionable .

2 . No que re mos , s in e mba rgo , oc ul t a r o t ro t ipo de proble mát ica susc i tada por a lgunos grupos . Piensan és tos que toda comunida d a u té n t i c a ge ne ra dora de ve rda de ro a mor , dona c ión y a yudamutua , por e l mero hecho de ser lo que es , ya debe ser conside

rada ec les ia l . El la rea l iza va lores c r is t ianos y concre t iza la causa

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de Jesucr is to en la his t or ia : po r lo tant o, se manif ies ta comoecles ia l . Esta a f irmación es correc ta pero habrá de ser explicadade una manera diferenciada . Es correc ta en e l sent ido s iguiente :en cuanto que la rea l idad teológica de la Igles ia (verdadera f ra ternidad, superac ión de l egoísmo, mutua donación) no se reduce a losl ímites vis ibles de la Igles ia . Exis te , por consiguiente , una Igles iamayor que la " Igles ia" aunque no tenga conciencia de e l lo ni seor iente por los cuadros referencia les de la conciencia cr is t iana exp l í c i t a . Toda v i s ión ve rda de ra me nte t e o lógic a y c onte mpla t iva de l

mundo (vis ión his tór ico-sa lvíf ica) no de jará de reconocer que lagrac ia , la sa lvac ión y la ac tuac ión de l Resuci tado inc iden sobre e lmundo y no únic a me nte sobre l a pa r t e c onsc ie n te me nte c r i s t i a na deé l que es la Igles ia . Esta ref lexión forma par te de la t radic ión dela misma Igles ia .

Pero resul ta que la Igles ia se const i tuye como Igles ia cuandolos hombres se perca tan de la l lamada sa lvadora acontec ida enJesucr is to y se reúnen en comunidad, profesan la misma fe ,ce lebran la misma l iberac ión esca tológica e intentan vivir e l seguimiento de Jesucr is to. Sólo podemos hablar "en un sent idopropio" de Igles ia cuando emerge es ta conciencia ec les ia l . De ahí

la importancia dec is iva de la explic i tac ión de la motivac ión cr is t iana . Estamos reunidos y perseguimos obje t ivos soc ia les y l iber a dore s "porque " he mos r e a c c iona do a n te l a l l a ma da de Cr i s toy de l a s de más c omunida de s que nos ha n t r a nsmi t ido e sa l l a ma day nos precedieron en la vivencia de la misma fe comunitar ia . Poreso sólo podremos l lamar "ec les ia l" a una comunidad s i presentaesa explic i tac ión re l igiosa y cr is t iana . En caso contrar io, será una .c omunida d d i f e re n te a unque r e a l i c e va lore s t a mbié n pe r se guidospor la Igles ia , aunque para un cr is t iano autént ico y penetrante real ice ontológicamente también la esencia de la Igles ia ; pero nobasta la presencia de la rea l idad óntico-ec les ia l . Para ser discernidacomo Igles ia se hace necesar ia la conciencia de es ta rea l idad, la

profes ión de fe explíc i ta en Jesucr is to muerto y resuci tado. Aclar a do e s te punto , pa se mos a o t ro ve rda de ra me nte impor ta n te .

a) Existe a todos los niveles divergencia de opiniones.

3 . ¿Son las comunidades ec les ia les de base verdadera Igles iao sólo presentan elementos eclesiales?

Esta cuest ión se ve sometida a muchas opiniones diferentespero no por e l lo de ja de ser importante tanto para la misma ec le-s io logía c omo p a ra los mie mbros m ismos de l a s c omu nida de s deba se .

La s opin ione s va r í a n c onforme a l a pos ic ión q ue l a pe r sonaocupa en la es truc tura de la Igles ia y de acuerdo con los modelosde Igles ia adoptados como c lave interpre ta t iva de la tota l idad dela rea l idad ec les ia l . Así , los que se s i túan en e l inter ior de lasc omunida de s de ba se t i e nde n e v ide nte me nte a c ons ide ra r Ig le s ia alas diversas comunidades; los que se or ientan a par t i r de las Igles ias his tór icamente es tablec idas confieren únicamente a la parroquia la base mínima a par t i r de la cual se puede hablar de Igles ia ;la je rarquía , ta l como quedó pa tente en e l Concil io, def inió a laIgles ia par t icular teniendo en cuenta la rea l idad diocesana con e lobispo y la eucar is t ía . Vamos a considerar las diversas opinionesy su peso teológico propio.

4 . Ve a mos , e n pr ime r luga r , lo que d ic e l a misma c omunida dde base . Exis te una encuesta e fec tuada por e l CERIS ( 1 9 7 1 : "Da tos pre l iminares sobre experiencias de CEBs no Bras i l" , en A. Gre-gory , "Comunida de s Ec le s ia i s de Ba se : u topia ou r e a l ida de " , 47-100, espe . 53s) . El P. Alfonso Gregory, recapitulando las diversasrespuestas acerca de la ec les ia l idad de las var ias experiencias , encontró las razones s iguientes : La comunidad ec les ia l de base es

Ig le s ia porque :

a) "Su bas e es la fe común y los obje t ivos se re lac ionan conla profundizac ión y e l c rec imiento de esa fe y todo lo demás queel la implica" .

b) "Exis te una re l igac ión direc ta con los cuad ros ec les iás t i c o s : se n t ido de Ig le s ia -pue blo" o , c onforme a o t ro t e s t imonio : " e sec les ia l por sent ir la unidad con la parroquia , la diócesis y laIgles ia Universa l" .

c ) "En e l área re l igiosa únicam ente par t ic ip an los ca tól icos ,

y en otras ac t ividades (soc ioeconómicas) es ecuménica"; a es tere spec to se pue de a ña di r lo que d ice o t ro in form a do r : " t r a t ándosede comunidad ec les ia l no se puede trabajar cuando los motivos rel igiosos son diferentes u opuestos" .

d) "Las ac t ividades es tr ic tam ente re l igio sas son fundamen ta lesy todas las demás son consecuencia de la aceptac ión de la pa labrade D ios " ; e n o t r a r e spue s ta s e l e e : " c r i s t i a n i smo e s actuar el huma nismo in te gra l " .

e ) "Es ta mos cons t ruye ndo l a ba se pa ra l a c omunión e n la fe

por me dio de l a huma niz a c ión" .

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f ) "N o son ec les ia les (a lgu nos dicen qu e son ec les iales " iuxt amodum") porque a pe sa r de l a pre se nc ia de s a c e rdote s o r e l ig iosa sson toda vía muy inc ip ie n te s , o porque sus a c t iv ida de s va n or i e n ta da s c onsc ie n te y pr imordia lme nte ha c ia e l á r e a soc ia l " .

5 . Como se de duc e , e n su gra n ma yor ía los r e sponsa ble s delas experiencias s ienten que es tán en contac to con la verdaderaIgles ia y no únicamente con e lementos ec les ia les o comunidades pa-r a e c le s ia le s . José Ma r ins , uno de los pro ta goni s t a s de pr ime ra horae n a suntos de l a s c omunida de s de ba se , d ic e c on a c ie r to t r a duc ie ndo lo que p ie nsa n l a s misma s ba se s : "Pa ra nosot ros l a s c omuni dades ec les ia les de base son la misma Igles ia , sacramento universa lde sa lvac ión, que continúa la mis ión de Cris to profe ta , sacerdote ,pas tor y por lo tanto es comunidad de fe , cul to y amor. Su mis iónse explíc i ta a nive l universa l , diocesano y loca l (de base)" ("Con-c i l ium" 104 , 20) . En o t ro luga r ins i s t e e n que l a c omunida d deba se e s ve rda de ra Ig le s ia porque pose e " l a s misma s me ta s " de l aIg le s ia un ive r sa l : " c onduc i r a todos los hombre s a l a p le na c omunión de v ida c on e l Pa dre y e n t r e e l los mismos , por me dio deJesucr is to, en e l don de l Espír i tu Santo y a t ravés de la acc ión

me d ia dora de l a Ig le s ia " . Pode m os a f i rma r s in a duc i r u na m a yordoc ume nta c ión b ib l iográf i c a , que l a inme nsa ma yor ía de los pa s tores que ac túan en las comunidades de base y de los teólogosque r e f l e x iona n d i r e c ta me nte sobre e s ta s e xpe r ie nc ia s , pa r t i c u la r me nte e n Amé r ic a La t ina , c ons ide ra n que l a s c omunida de s e c le s ia les de base son presencia verdadera y autént ica de la Igles ia Catól ica .

Poblac iones de l inter ior de nuestros pa íses perdidas en la soledad de la se lva , desperdigadas por la inmensidad de nuestros espacios vac íos , se reunían en otras épocas únicamente cuando e lsacerdote l legaba has ta e l l fs (una vez a l año o cada se is meses) ;sólo en ese breve momento se sent ían Igles ia viva , reunida por la

Pa la bra , a l l a do de l min i s t ro orde na do, e n torno a l mismo a l t a r ,ce lebrando y ofrec iendo la misma sagrada víc t ima. Grac ias a lasc omunida de s de ba se c ome nz a ron a r e uni r s e s e ma na lme nte (muchos dos veces por semana; otros , todos los días) para ce lebrar lapresencia de l Resuci tado y de su Espír i tu, para escuchar y meditarsu Pa la bra y pa ra c omprome te r se e n una opc ión l ibe ra dora , un idosa los d i r ige nte s que son pr inc ip io de unida d y c omunión c on o t r a sc omunida de s de ba se y c on l a c omunida d pa r roquia l y d ioc e sa na .¿Vamos a dec ir les que no son Igles ia? , ¿que poseen e lementosec les ia les pero que no l legan a rea l izar la esencia de la Igles ia?

Pre g unta mo s : ¿ no son ba ut i z a dos? , ¿ no ti e nen la misma f e ,

e l mismo a mor , l a misma e spe ra nz a ? , ¿ no l e e n l a s misma s e sc r i -

tu ra s? , ¿ no v ive n l a misma pra x i s c r i s t i a na ? , ¿ no e s tán unidosplenamente a Cris to y no es tá en e l los e l Cuerpo de Cris to? No set r a ta ún ic a me nte de un proble ma se n t ime nta l . Es ta mos obje t iva me nte f rente a un verdadero problema ec les iológico. Para l legar a e laborar una nueva ec les iología , más que de la perspicac ia teológicay de l a e rudic ión h i s tór i c o-dogmát ic a ne c e s i t a mos c onf ronta rnoscon las nuevas experiencias de Igles ia . En e l Bras i l y en AméricaLatina es tamos ante una nueva concre t izác ión de Igles ia s in presenc ia de mini s t ros c onsa gra dos y s in l a c e le bra c ión e uc a r í s t i c a . Y noporque no se s ienta y no se sufra su ausencia , s ino porque s imple me nte no ha y mini s t ros e n núme ro suf i c ie n te . Es te c ondic iona miento his tór ico no hace que la Igles ia desaparezca . El la pers is teen e l pueblo de Dios en la medida en que és te se reúne convocadopor la Pa labra y por e l seguimiento de Jesucr is to. Y a lgo nuevobro ta : una Ig le s ia de Cr i s to nue va .

6. Po r eso, aun aquellos teólogos qu e def inen como Igles iasólo a aquella comunidad que presenta los e lementos esencia lesconst i tut ivos de Igles ia como la Palabra , e l Sacramento, la presenc ia de l Obispo y la comunión con todas las demás Igles ias y que

e n c onse c ue nc ia a f i rma n que l a s c omunida de s e c le s ia le s de ba seno son p le na me nte Ig le s ia , a c a ba n c onc luye ndo: "de sde e l puntode v i s t a pa s tora l e s tos grupos o c omunida de s de ba se de be n s e rconsiderados autént ica rea l idad ec les ia l , carente s in duda de desa r ro l lo , pe ro in te gra da ya e n l a ún ic a c omunión c on e l Pa dre , e nCr i s to , por e l Espí r i tu Sa nto" (A lbe r to Antonia z z i , "Re f le x ione ste o lógic a s sobre l a s Comunida de s Ec le s ia le s de Ba se " , 130) .

7. El problem a teológico de l cará c ter de Igles ia de las comunida de s de be s e r c onte mpla do de nt ro de l p roc e so de r e c upe rac ión de la verdadera dimensión ec les iológica , aún en curso, dela s d ive r sa s c omunida de s c r i s t i a na s . Sa be mos que a pa r t i r de l p re dominio de l Pa pa do e n e l s ig lo IX , a c e ntua do toda vía más por l aideología absolut is ta de la re forma gregoriana de l s iglo XI, enIrnse a las polémicas en torno a l conci l ia r ismo, a l ga l icanismo y a lcpiscopalismo y en razón de l desarrol lo de la ec les iología ul t ra monta na y de su t r iunfo ba jo P ío IX , s e ins ta uró l a orga niz a c iónunitar ia de la Igles ia como s i se t ra tase de una gran diócesis mundia l , con una única l i turgia , y un solo je fe vis ible y una sola corpora c ión . "E l r e su l t a do de e s ta e voluc ión de l a t e o logía mode rnafue un verdadero desconocimiento de la cual idad ec les ia l de lasIgles ias loca les (diócesis) : és tas ser ían "sociedades imperfec tas"que carecen de los medios necesar ios para rea l izar su f in que es la

milvac ión e terna de l hombre" (cfr . L. Bil lot , "De Eccles ia Chris t i" ,

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26ECLESIOGENESIS

Roma 1927, 451; Ch. Journe t , "Te ología de l a Ig le s ia " , I I , 485;vé a se l a c r í t i c a : Conga r , Y . , "Mys te r ium Sa lu t i s " , IV /3 , no ta , 83) .El Vaticano II superó es ta s i tuac ión reconociendo como verdaderaIgles ia a la Igles ia loca l o par t icular . Sin embargo, e l Vaticano IIno e laboró una teología comple ta de la Igles ia loca l . Representa ,es verdad, un paso importante en e l proceso de def inic ión de loque se haya de entender por Igles ia par t icular o loca l , recuperandosu va lor propio .

8. El Vatica no II def ine de es te mod o a la Igles ia par t icu lar :"es la porc ión de l pueblo de Dios confiada a un Obispo ( . . . ) , queadhir iéndose a su pas tor y por é l congregada en e l Espír i tu Santo,mediante e l Evangelio y la Eucar is t ía , const i tuye una Igles ia part icular . En e l la verdaderamente res ide y opera la Una, Santa ,Ca tó l i c a y Apos tó l i c a Ig le s ia de Cr i s to" ( "Chr i s tus Dominus" 11) .La Igles ia par t icular queda , por lo tanto, def inida en té rminos dediócesis , en la que es tá asegurada la unidad por la presencia de lObispo y por la rea l izac ión de la Eucar is t ía . Con todo, e l poderde representar a la Igles ia universa l no queda reservado únicamente a la diócesis reunida en la Eucar is t ía y en torno a l Obispo.

Según la "Lumen Gentium" (n. 26) . " la Igles ia de Cris to es tápresente en todas las agrupaciones legí t imas de f ie les unidos a suspastores" ; los f ie les "es tán a l l í reunidos por la predicac ión de lEvangelio y por e l mis ter io de la Cena de l Señor" . Por ínt imas ypobres que sean, Cris to es tá presente en esas comunidades en "virtud de las cuales la Igles ia se const i tuye en Una, Santa , Catól ica yApostól ica" . Sea como fuere , e l e je a r t iculador de la Igles ia part icular será s iempre , para e l Concil io, e l Evangelio, la Eucar is t íay la presencia-de la sucesión apostól ica en la persona de l Obispo(cfr . B. Neunheuser , en " la Igles ia de l Vaticano II" , 650-674;Lanne. E. , "L'Eglise lóca le e t l 'Eglise universe l le" , en "Irénikon"

1970, 418s ) .9. Medell ín (196 8) , tes t im onian do ya una evolución de la ex

per iencia ec les ia l en é l postconcil io con e l surgir por todo e l cont ine nte de l a s c omunida de s de ba se , podía de c i r : " l a c omunida dcris t iana de base es e l primero y fundamental núcleo eclesial q u e ,a l nive l que le es propio, debe responsabil izarse de la r iquezay expansión de la fe , como también de l cul to y de su expres ión.Es por tanto la célula inicial de la es truc turac ión ec les ia l y focode evangelizac ión, y ac tua lmente fac tor pr imordia l de promociónhumana y desarrol lo. Elemento capita l para la exis tencia de comunidades cr is t ianas son sus l íderes o dir igentes . Estos pueden ser

sa c e rdote s , d i ác onos , r e l ig iosos , r e l ig iosa s o s e g la re s " ( "Pa s tora l

de Conjunto" , nn . 10-11) . Aquí ya s e r e nunc ia a l a e nume ra c iónde e lementos super iores como e l Obispo y la Eucar is t ía . No sepiensa en la Igles ia a par t i r de la cumbre , s ino par t iendo de abajo,es dec ir , desde la base . La "famil ia de Dios" ( Igles ia) , queda conc re ta da ya "por me dio de un núc le o , a un pe que ño, que c ons t i tuyauna c omunida d de f e , e spe ra nz a y c a r ida d" ( "Pa s tora l de Conjunt o " , n. 10) . Es un paso más a l lá en la comprensión de la dimensiónde Ig le s ia que t i e ne n l a s c omunida de s de ba se .

10 . Esta nueva ref lexión acerca de los nuevos hechos ec le-s ia les acontec idos en las bases de la Igles ia no de jó de repercutiren e l Sínodo de los Obispos (1974) . El grupo B de lengua francesa( inc luyendo a los pa tr ia rcas de las Igles ias or ienta les , obispos delas igles ias t radic ionales de Europa y de las igles ias jóvenes deAsia y Áfr ica) , por medio de los re la tores R. P. Lecuyer y DomMa ta gr in , p ropuso una de f in ic ión más a mpl ia de Ig le s ia loc a l :"parece mejor , por razones pas tora les , no l imitar la expres ión deIgles ia par t icular a una diócesis (c fr . "Lumen Gentium", nn. 23 y27) , s ino más bien des ignar as í a toda la Igles ia que e jerza e ls e rv ic io de l Eva nge l io e n una c omunida d huma na pa r t i c u la r , e n

comunión con todas las Igles ias par t iculares que const i tuyen laIgles ia universa l" (c fr . "La notion d'Eglise par t icul ie re" , en "Sy-nodus E pi sc oporum - c omi ta to pe r l 'i n forma z ione " , c omu nic a dos 11y 16, Roma, oc tubre 1974) . Ahora bien, es ta ampliac ión toca exacta me nte a nue s t ro proble ma de l r e c onoc imie nto de ve rda de ra Ig le s ia a las comunidades ec les ia les de base .

Queremos ahora ofrecer una ref lexión ec les iológica fundamenta l , e n e l in te n to de c ompre nde r más a de c ua da me nte e l c a rác te rec les ia l de las comunidades de base . Lo hacemos ut i l izando unacategoría c lave de la ec les iología de l Vaticano II , la de la Igles iac omo sa c ra me nto unive r sa l de s a lva c ión , in te grándola de nt ro de l aproble mát ic a Ig le s ia pa r t i c u la r / Ig le s ia un ive r sa l .

b) Profundizarían: pistas para una comprensión más ampliade la eclesiaLidad de las comunidades de base.

11 . No pre te nde mos e n t r a r e n l a d i s c us ión t e rminológic aIg le s ia loc a l / Ig le s ia pa r t i c u la r o Ig le s ia c a tó l i c a / Ig le s ia un ive r sa l .El cardenal Baggio desear ía reservar la expres ión Igles ia par t icular para las diócesis y la de Igles ia loca l para las comunidades in-f r a d ioc e sa na s (pa r roquia s , c omunida de s de ba se y c omunida de s r e l ig iosa s ; "De a c c ura t iore usu ve rb i Ec c le s ia e "pa r t i c u la r i s " e t " lo-

c a l i s " , p ro ma nusc r i to , Roma 1974) . Ya H. de Lubac da a la s

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pa la bra s un s e n t ido d i f e re n te a l de l c a rde na l Ba ggio ; pa ra é lla Igles ia loca l se r ige por c r i te r ios de orden sociocultura l (c fr . "AdGe nte s " 22 , 2 ) y e ngloba va r i a s Ig le s ia s pa r t i c u la re s inse r t a s de ntro de un mismo espacio geográf ico, soc ia l y cul tura l . Igles ia part i c u la r s e r í a l a d ióc e s i s ; c omo d ic e l a "Lume n Ge nt ium" , " l a c omunida d de l a l t a r ba jo e l s a gra do mini s t e r io de l Obispo" ( c ommu-nitas a l ta r is sub episcopi sacro minis ter io) . Está por lo tanto det e rmina da por un c r i t e r io e se nc ia lme nte t e o lógic o ( "La s Ig le s ia spar t iculares en la Igles ia universa l" , 45-48) . Algo semejante ocur r i r í a c on l a s e xpre s ione s Ig le s ia un ive r sa l / Ig le s ia c a tó l i c a . La pr i mera expres ión (Igles ia universa l) a tendería más a un aspecto dee xte ns ión c ua nt i t a t iva y ge ográf i c a ( "Ec c le s ia pe r to tum ' orbe mterrarum diffusa") ; en cuanto a la segunda (Igles ia ca tól ica) a tende r ía más a l a ide a de una r e a l ida d no d i spe r sa , o r i e n ta da ha c iaun centro que asegura su unidad, sea cual fuere su extensión enel espacio o su diferenciac ión interna . Catól ica es una cual idad detoda Igles ia par t icular en cuanto es tá en comunión con Dios y conCris to y mantiene lazos de rec iprocidad con las demás Igles ias (c fr .H. de Lubac , op. c i t . , 31-43) . El Vaticano II emplea es tos epí te tosindi f e re n te me nte , ya uno ya o t ro . Lo impor ta n te no son l a s pa la

bras , s ino la rec ta comprensión teológica de e l las . Por eso de jamosabier ta es ta cuest ión te rminológica .

aa ) ¿Cómo entender lo universal y lo particular?

12 . Tra s e s ta formula c ión s e e sc onde un gra ve proble ma he r -me né ut i c o . E l proble ma de lo un ive r sa l y de lo pa r t i c u la r no e spropiamente una cuest ión ec les iológica , s ino una cuest ión fundame nta l a todo pe nsa mie nto , e xpl i c i t a da ya de sde los or íge ne s de lpe nsa mie nto gr i e go y que l l ega ha s ta nue s t ros d ía s : ¿ c ómo e nte nder lo uno y lo múlt iple? A lo que parece , sobre es ta cuest ión nose ref lexiona lo suf ic iente dentro de la ec les iología ; se sus t i tuyela ref lexión por la c i ta de textos y la constancia de hechos . Unhecho que se consta ta , por e jemplo, es e l s iguiente : e l NT presentados t ipos de a f i rma c ione s :

— Pr ime ro , l a Ig le s ia e s una : a s í c omo ha y un so lo Pa dre , unsolo Señor , un solo Espír i tu, un solo pan, un solo bautismo, unasola fe , también hay una sola Igles ia (c fr . Ef 4, 4-6) . Esta Igles iaes universa l y agrupa a todos los f ie les , cua lquiera que sea su or igen, raza , nac ión o cul tura .

— Se gund o, l a Ig le s ia e s mú l t ip le : e s tá forma da por una mul t ip l i c ida d de c omunida de s d i f e re nc ia da s s e gún l a c iuda d o l a pro

v inc ia y por c ondic iona mie ntos loc a le s y s ingula r ida de s soc ioc ul -

tura le s (1 Te s 2 , 14 ; 1 Cor 1 , 19 ; 2 Cor 8 , 1 ; He c h 15 , 4 1 ;16, 5 ; 1 8 , 22) .

1 3. ¿Cómo pensar la re lac ión entre la Igles ia una y la Igles iamúl t ip le ? ; o b ie n , a n te s que na da , ¿ qué e s Ig le s ia una (unive r sa l )y qué es Igles ia par t icular (múlt iple)? La Igles ia una y universa l ,para Pablo, por e jemplo, consis te en e l mis ter io de sa lvac ión deDios Padre , rea l izado por e l Hijo en la fuerza de l Espír i tu Santo,a c tua ndo de nt ro de l a h i s tor i a y a lc a nz a ndo a todos los hombre s .Es te mis te r io e s uno y únic o porque D ios e s uno y únic o ; e s un i versa l porq ue a tañe a cada uno y a todos los hom bres ("Eccles iac a thol i c a qua e una e s t " : S . C ipr i a no , "Epi s t . " , 65 , c. 4 ) . La uni versa l idad de la Igles ia res ide en la universa l idad de l ofrec imientosa lvíf ico de Dios . El mis ter io sa lvíf ico universa l se manif ies ta enel espacio y en e l t iempo y, a l revelarse , asume las par t icular idadesde épocas y lugares . Así surge la Igles ia par t icular . Esta es laIgles ia universa l en cuanto manifes tada , concre t izada , his tor if ica-da : " e s l a Ig le s ia un ive r sa l a c onte c ida " (L iba nio , J . B . , "E la bora -cao do concei to de Igre ja par t icular" , 37) . Como ref lexionaba conpropie da d e l P . H . Va z :

"La Iglesia universal no es un todo del que las Iglesias particulares sean partes: extrinsecismo cuantitativo; laIglesia universal no existe a modo de una substancia de laque las Iglesias particulares sean como accidentes: extrinsecismo substancialista.

La Iglesia universal no existe como todo potencial (potestativo) del que las Iglesias particulares serían actualizaciones "aquí y ahora": extrinsecismo cualitativo... La Iglesia universal está toda en las iglesias particulares y tieneen ellas su realidad fenoménica o refleja. Todo lo que seatribuye a la Iglesia universal se atribuye a la Iglesia particular... Existe la Iglesia universal que se diferencia intrínsecamente o se manifiesta en la particularidad de lasIglesias locales (también la Iglesia de Roma es una Iglesiaparticular)". ("Fundamentos filosóficos, históricos y antropológicos de la noción de Iglesia particular", 168).

"La catolicidad, por consiguiente, no es un concepto geográfico: una Iglesia presente en todas las partes del mundo ; tampoco es un concepto estadístico: la Iglesia cuantitativamente más numerosa; ni es un concepto sociológico:una Iglesia inserta en cada cultura; ni un concepto histórico: una Iglesia que conserva su identidad a lo largo delos siglos. Para ser católica ha de conservar su identidadverdadera (y no cualquier identidad) siempre y en todaspartes (cfr. H. Küng, "La Iglesia"). Y esa identidad consiste en la unicidad de su fe en Dios Padre que envió a suHijo para, en la fuerza del Espíritu Santo, salvar a todoslos hombres; fe ésta mediada por la Iglesia, sacramento

universal de salvación".

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14 . La Igles ia universa l posee , por consiguiente , e l carác terde mis te r io , de t r a nsc e nde nc ia d iv ina , de un ive r sa l ida d; e s , c omode c ía n los Sa ntos Pa dre s , l a "pr ima novi s s ima " , " a b a e te rn i t a t e " .No exis te como exis ten las cosas y las Igles ias par t iculares , l imitadas a un espacio y a un t iempo y en la s ingular idad de sus manifes tac iones . Exis te en la forma del mis ter io que es e l modo deexis tencia de Dios: más a l lá de todos los l ímites y de terminaciones .Por eso dec ía L. Bouyer: " la Igles ia una y universa l no t ieneexis tencia concre ta , propiamente hablando, s i no es en las Igles ias

loc a le s " ( " Ig le s ia de D ios" , 488) .

15 . Pa ra r e ma c ha r b ie n l a ide a d iga mos lo que la Iglesiaparticular no es:

— No e s pa r t e de un todo supue s ta me nte e x i s t e n te por s ímismo y de forma f ís ica , la Igles ia universa l . Esta no se confundecon Roma. Roma es una loca l idad y a l l í hay una Igles ia loca l ,aunque pueda ser la Igles ia encargada de ser s igno de la unidadde la Igles ia universa l presente en todas las Igles ias par t iculares .Si fuese par te de un todo, eso implicar ía una a tomización de l espac io ec les ia l . La Igles ia universa l aparecer ía como la suma de las

par tes . Ser ía un resul tado poster ior mientras que la Igles ia unive r sa l e s s i e mpre l a "pr ime ra novi s s ima " , e l p r inc ip io e s t ruc tura n tey or ig ina nte de todo .

— No es una agencia loca l de un cuerpo adminis tra t ivo másamplio. El NT nunca habla de la Igles ia par t icular como una par tede un todo. Las imágenes de cuerpo y miembros o de la cabeza y delos miembros representan la re lac ión entre Cris to y la Igles ia yno las re lac iones entre Igles ia universa l e Igles ia loca l . No es unapa r te de un todo , s ino una porc ión (por t io e n ve z de pa r s : "Chr i s -tus Dom inu s" , 11) , en orden a un todo (cfr . Legrand , H-M., "Leminis tére episcopal: au service de l 'Eglise lóca le e t au service del 'Egl i s e un ive r se l l e " , e n "Doc ume nts -Epi sc opa t" , Pa r í s , n . 1 , e ne ro

1 9 7 5 ; toda la segunda par te sobre "La na ture de l 'Eglise lóca le") .—• No es tá form ada por los e lementos que no son co mu nes

entre las diversas Igles ias par t iculares y que , por eso mismo, sonpa r t i c u la re s . S in e mba rgo , lo c omún no e s toda vía lo un ive r sa l ,porque lo común es un e lemento par t icular que se encuentra envarias Igles ias par t iculares . Lo universa l de la Igles ia es aquello( la voluntad sa lvíf ica) que , en la diferencia y dentro de la diferenc ia pa r t i c u la r , s e ma nt ie ne idé nt i c o .

— No e s un e le me nto o una e n t ida d de una c onfe de ra c ión . Enla confederac ión cada uno se const i tuye por separado y sólo poster iorme nte e n t r a e n r e la c ión y s e une , s i e ndo e n tonc e s , por lo t a n to ,la Igles ia universa l resul tado y consecuencia .

16 . Re sumie ndo los e l e me ntos a n te r iore s , d iga mos lo que laIglesia particular es:

— Es la Igles ia universa l (voluntad sa lvíf ica de Dios en Cristo por e l Espír i tu) en su apar ic ión fenoménica o sacramenta l .

— Es la Igles ia universa l que se hace vis ible en los parámet ros de un t i e mpo y un luga r , de un me dio y de una c u l tura .

— Es la Igles ia universa l que se concre t iza y, a l concre t izarse ,se encarna y, a l encarnarse , asume los l ímites de l lugar , de l t iempo,

de la cul tura , de los hombres .— La Igles ia par t icular es e l todo de l mis ter io de la sa lvac iónen Cris to ( Igles ia universa l) en la his tor ia , pero no es la tota l idadde la his tor ia de l mis ter io de la sa lvac ión en Cris to, porque cadauna es en s í misma l imitada y par t icular . Por eso cada Igles iapar t icular debe es tar abier ta a las otras que también dentro de sumanera propia concre t izan y manif ies tan e l mismo mis ter io sa lví-f ico universa l o, lo que es lo mismo, la Igles ia universa l .

— La Igles ia par t icular es la Igles ia toda , pero no toda laIgles ia . Es la Iglesia toda porque e n c a da Ig le s ia pa r t i c u la r e s t átota lmente e l mis ter io de sa lvac ión; pero no es toda la Iglesiaporque n inguna Ig le s ia pa r t i c u la r a gota por s í so la toda l a r ique z a

del mis ter io de sa lvac ión. Este puede y debe expresarse en otrasIgles ias par t iculares y ba jo formas diferentes y propias . La ident i f icac ión de la Igles ia universa l con una Igles ia par t icular (conla Igles ia de Roma) es un momento y una concre t izac ión de la histor ia de la propia Igles ia universa l que as í se revela y se his tor i-f ica en e l te rreno de lo igual y de lo homogéneo (una lengua , unal i tu rg ia , un áo lo c ódigo de de re c ho c a nónic o , una ma ne ra únic ade hacer teología) , logrando la universa l izac ión de un e lemento part icular (e l de la Igles ia loca l de Roma). La Igles ia par t icular deRoma , h i s tór i c a me nte , s e impuso unive r sa lme nte a toda s l a s de másIgles ias par t iculares . Pero no por e l lo de ja de ser una Igles iapar t icular . Lo universa l no es la unif icac ión y la homogeneizac ión.

Lo universa l es la aper tura en todas direcc iones y en especia l hac iae l mis ter io sa lvíf ico que se manif ies ta en cada Igles ia par t icular .S in e sa a pe r tura y "koinonia " l a Ig le s ia pa r t i c u la r de ja de s e rIgles ia porque de ja de ser universa l .

bb ) ¿Cuál es la realidad mínima constitutiva de la Iglesiaparticular?

17 . Hemos vis to cómo la Igles ia universa l (mis ter io de sa lvac ión) , la "ecc les ia deorsum", posee la pr imacía por ser e l la la

que exis te en las Igles ias par t iculares . ¿Cómo surge en concre to

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en medio de los hombre s? La Ig le s ia pa r t i c u la r no e s só lo donde lo a lto (un ive r sa l ) ; e s t a mbié n e s fue rzo hum a no (pa r t i c u la r ) .Es ofrec imiento sa lvíf ico de Dios y s imultáneamente aceptac iónhumi lde de l hombre . La f e e s e l a c to por e l que e l hombre s e a brea Dios y acoge en su vida la sa lvac ión, e l perdón y la inhabitac iónde l Dios Trino. La fe , en es te sent ido, es anter ior a la Igles ia part i c u la r , c onc re ta e ins t i tuc iona l i z a da ( c f r . Conga r , Y . , "Los gruposinformales en la Igles ia" , 142) . El la const i tuye e l pr inc ipio inic iadory es truc turador de la Igles ia par t icular . Esta , en un sent ido funda

me nta l , s e de f ine c omo "c ommuni ta s f ide l ium" , c omunida d de losque creen, asamblea que se reúne por causa de la fe . La fe, porconsiguiente, constituye la realidad mínima constitutiva de la Iglesia particular.

18 . La fe se presenta esencia lmente como comunión, s iendopor e l lo l a Ig le s ia pa r t i c u la r t a mbié n e se nc ia lme nte c omunión . Cre yendo en Jesucr is to sa lvador se es tablece una comunidad con El ,que e s t á s e n ta do a l a de re c ha de l Pa dre y c ont inúa a c tua ndo e n l afuerza de su Espír i tu. La fe concre ta se da en la mediac ión dea que l l a s ins ta nc ia s que pre se nta n a J e sús a n te e l mundo y c onse r

van su memoria viva a lo la rgo de la his tor ia ; la fe es tablece comunión con las Igles ias par t iculares que viven e l mensaje de Jesúsen la f ide l idad de la sucesión apostól ica . Por lo tanto, la fe es tablece una comunión ver t ica l con Dios y con Jesucr is to resuci tadoque s e proye c ta e n una c omunión hor iz onta l c on los he rma nos e n l amisma fe . En la fe c r is t iana en Jesucr is to sa lvador , cuya sa lvac ióncomienza a rea l izarse ya ahora dentro de la vida presente , es tá enge rme n l a to ta l ida d de l mis te r io c r i s t i a no . No ha y muc hos mis te r ios e n e l c r i s t i a n i smo, s ino funda me nta lme nte un so lo , g ra nde yúnico mis ter io, e l de l Dios Trino que se autocomunicó a los hombres de forma def inida y esca tológica en Jesucr is to y s igue au-toc omunic ándose por l a pre se nc ia de l Espí r i tu Sa nto . Los mis te r ios (en plura l) son especif icac iones de es te "myster ium s implic i ta -t i s " , pa ra e mple a r una e xpre s ión de l már t i r Spe ra tus a l c ónsulSaturnino (cfr . Rahner , K. , en "Escr i tos Teológicos" IV, 51-59) .

19. Estas ref lexiones l levan a la conclus ión de que debemosa d m i t i r q u e el fiel, en razón de su fe-comunidad, es ya presenciade la iglesia universal. Es ve rda d que e xpre sa e n pe que ña me didaa la Igles ia universa l , pero rea lmente la expresa . Ésa expres ión sevuelve más perceptible cuando los f ie les se reúnen en la fe , ce lebran la sa lvac ión y se disponen a l servic io de la sa lvac ión. Todavíaserá mayor la expres ión vis ible cuando ya dispongan en su seno

de un je fe , s ímbolo de la uni dad entr e s í , y con otras c om unid ades

y c ua ndo pue de n c e le bra r s a c ra me nta lme nte l a pre se nc ia e uc a r í s -t i c a de l Se ñor . F ina lme nte , l a e xpre s ión s a c ra me nta l (v i s ib le ) pue dea ume nta r a ún más e n c omunida de s ma yore s ya que e l l a s podránexplic i ta r toda la r iqueza contenida en e l mis ter io de la sa lvac iónsea a nive l soc ia l , l i túrgico, teológico, canónico, e tc . Todas es tasexpres iones , por muy diferentes que sean, concre t izan a su modoe l mismo y únic o mis te r io , l a misma y únic a Ig le s ia un ive r sa l .

2 0 . Sa n Pa blo e mple a l a misma e xpre s ión " Ig le s ia " pa ra l a s

var i as formas de vis ibi l izac ió n: a l nive l de la famil ia ( la Igles iaque s e r e úne e n c a sa de Pr i s c a y Aqui la : Rom 16 , 3 . 5 ; Col 4 , 15 ;Fil 2; 1 Cor 16, 19) , a nive l de c iudad ( la Igles ia que es tá enCo rin to: 1 Cor 1, 2 ; 2 Cor 1, 1; c fr . Apo c 2, 8 ; 3, 7: laIgles ia que es tá en Esmirna , en Fi ladelf ia ) , a l nive l de una provinc ia ( la Igles ia que es tá en Galac ia : 1 Cor 14, 34; en Macedonia :2 Cor 8, 1; en Asia : 1 Cor 16, 19) o a l nive l de la Igles ia difund ida por l a s d ive r sa s r e g ione s de l impe r io (Rom 16 , 2 3 ; 16 , 16 ;Col 1, 24) . Las formas de vis ibi l idad se explic i tan cada vez másy s in embargo a todas se las l lama por igual Igles ia . Con otraspalabras : la Igles ia universa l , la Igles ia de l Dios vivo (1 Tim3, 15) que es e l cuerpo de Cris to (Ef 1, 22) s iendo é l su cabeza(Col 1, 18) se manif ies ta , emerge fenomenológicamente y se real iza concre tamente en las diversas Igles ias par t iculares en las quelos f ie les se reúnen para expresar su fe , ce lebrar la presencia de lEspí r i tu y c omulga r c on los he rma nos . Como n inguna a gota todala r iqueza de l mis ter io sa lvíf ico, cada una debe es tar abier ta a laotra y todas a la Igles ia de la glor ia , donde solamente la Igles ial l e ga rá a su p le n i tud . N inguna Ig le s ia pa r t i c u la r (d ioc e sa na , roma na o cualquier otra , cé lebre por su t radic ión apostól ica , por sul i turgia o por sus santos y maestros) puede cerrarse en s í mismao impone r se a l a s de más ha c ie ndo a c e pta r sus pa r t i c u la r ida de s . Nosólo ha de es tar abier ta a las Igles ias hermanas , s ino también a la

Igles ia esca tológica . Está en camino, todavía es imperfec ta , santay a la vez dob lada ba jo sus pecado s , y hab rá de ser aún comp le tadac ua ndo e l Se ñor ve nga de f in i t iva me nte .

2 1 . Si admit imos que es tas re f lexiones son coherentes y conc lus ivas podremos decir que las comunidades ec les ia les de base son,con toda correcc ión teológica , verdadera Igles ia universa l concretada a es te nive l de pequeños grupos . Tal como se la descr ibió enel seminar io sobre la comunidad ec les ia l de base de Maringá es"un grupo o c onjunto de grupos de pe r sona s e n los que e x i s t e unare lac ión pr imaria , f ra terna y personal , y que vive la tota l idad de lavida de la Igles ia , expresada en e l servic io, en la ce lebrac ión y en

la evangelizac ión" (cfr . A. Gregory, op. c i t . , 85) .

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ce ) El sacramento, unidad entre lo universal y lo particular.

22 . ¿ Cómo e xpre sa r , e n una pa la bra , l a un ida d de l a Ig le s iauniversa l con las Igles ias par t iculares? ¿Cómo pensar lo uno y lomúl t ip le ? La t r a d ic ión e nc ont ró a e s t e r e spe c to una c a te gor ía quefue of ic ia l izada por e l Vaticano II y difundida por la teología : lade la Igles ia como sacramento universa l de unidad y de sa lvac ión.Sa c ra me nto e s l a t r a duc c ión l a t ina de l "mys te r ion" gr i e go . Mis te r ioo sacramento, apl icado a la Igles ia (ac lara of ic ia lmente e l Concil io)

"no indica s implemente a lgo abstruso, s ino que , como "reconocenhoy muchos, des igna la rea l idad divina t ranscendente y sa lvíf icaque de una manera propia se revela y se manif ies ta de modo vis ible . Por eso e l vocablo se presenta como muy bíbl ico y apto paradesignar a la Igles ia" ("Schema Const i tut ionis de Eccles ia" , TPV1964, 18) . La dec larac ión explica t iva de l Concil io avanza todavíamá s y asegu ra : "El mis ter io d e la Igles ia es tá presente y se man if ies ta en la soc iedad. La comunidad vis ible y e l e lemento espir i tua lno son dos cosas ( res) , s ino una rea l idad comple ja que abarca lodivino y lo humano, los medios de la sa lvac ión y los f rutos de lasa lvac ión. . . Esta Igles ia empír ica revela e l mis ter io" ( Id. 23) . Porc ons iguie n te , e l s a c ra me nto-mis te r io e xpre sa e xa c ta me nte l a un ida dde la Igles ia universa l con las Igles ias par t iculares ; es s iempre laIgles ia universa l la que (como mis ter io de sa lvac ión, como designiosa lvíf ico de Dios) se manif ies ta en las diferencias de la his tor iade los hombre s .

2 3 . La grac ia y la sa lvac ión s iempre se expresan de una forma sa c ra me nta l ; no c a e n c omo un r a yo de l c i e lo , s ino que e nc ue ntran su camino hasta e l corazón de los hombres a t ravés de todasue r te de me dia c ione s . La s me dia c ione s pue de n c a mbia r , pe ro nola grac ia y la fe ("muta ta sunt sacramenta , sed ñon f ides" , dicerepet idas veces San Agust ín) . Cuando e l Concil io habla de la Igle

s i a c omo sa c ra me nto unive r sa l de s a lva c ión , p ie nsa e n t é rminoshis tór ico-sa lv íf icos: la rea l idad ín t ima d e la Igles ia vis ible e histór ica ( las Igles ias par t iculares) a lcanza más a l lá de e l las (e l miste r io, la Igles ia universa l) y l lega a todos los hombres de forma vis ible desde e l jus to Abel has ta e l úl t imo e legido ("Lumen Gen-t ium" 2) . Es ta v i s ib i l ida d va r í a y pue de t e ne r l a s más d ive r sa s de ns ida de s . Comie nz a e n e l a t e o de bue na volunta d que busc a e l b ie ny l a ve rda d ( "Lume n Ge nt ium" 16) , c obra ma yor v i s ib i l ida d e nlos no-evangelizados que viven en sus re l igiones; se adensa enlos jud íos y e n todos c ua ntos v ive n e l monote í smo; t i e ne un nombre e n los c r i s t i a nos ba ut i z a dos a un c ua ndo no v iva n de nt ro dela Ig le s ia c a tó l i c a roma na ; a pa re c e c on toda l a r ique z a s a c ra me n-

ta l y vis ible en la Igles ia apostól ica romana y se plenif ica en laIgles ia de la glor ia . Toda es ta rea l idad comple ta e l sacramento universa l de sa lvac ión. La Igles ia , s in embargo, no es una rea l idadc ompa c ta , s ino c omple ja , c omo d ic e e l Conc i l io ( "Lume n Ge nt ium" . 8) . Conse rva ndo su unida d (pre se nc ia de s a lva c ión) , lose lementos vis ibles pueden var iar s in que por eso se des truya lac o m u n i ó n .

2 4 . Si la Igles ia- sacramento conoce var ios t ipos de concre t i-zac iones , aun más a l lá de los l ímites de la Igles ia Catól ica romana,c on muc ha más r a z ón lo ha rá de nt ro de e l l a misma . As í que pode mos de c i r que l a c omunida d de ba se s e c ons t i tuye e n ve rda de raIgles ia-sacramento: his tor if ica , hace s igno e ins trumento de sa lvac ión a la Igles ia universa l en e l lugar y en la s i tuac ión cul tura le n que s e e nra iz a . Re pre se nta un t ipo propio de s a c ra me nta l ida d(de vis ibi l idad); pero en esa vis ibi l idad concre ta , abier ta a evoluc iona r y a pa te n t i z a r muc ho más de lo que mue s t r a de l mis te r ioescondido en e l la , es tá toda la Igles ia universa l .

2 5 . La Ig le s ia - s a c ra me nto e s un mis te r io de c omunión , de

Dios para con los hombres y viceversa y de los hombres entre s í .Porque s i ha y c omunión c on D ios , ha y c omunión c on los o t ros(cfr. 1 Jn 1,3.6-7). Es ta c omunión pue de e xpre sa r se c on más ome nos s ímbolos , pue de t e ne r forma s d i f e re n te s de v i s ib i l ida d , pe rodebe es tar presente en las Igles ias ; s in e l la no ser ían Igles ias . Po reso la comunión es una realidad indivisible: o se tiene o no setiene. La comunión entre todas las Igles ias se expresa por s ímbolos que traducen y for ta lecen esa unión. Los dir igentes de las Igles i a s loc a le s , a de más de pr inc ip io de unida d in te rna , c ons t i tuye n e lpr inc ip io de unida d c on l a s de más Ig le s ia s he rma na s : e l j e f e dela c omunida d de ba se , e l pár roc o e n l a pa r roquia , e l ob i spo pa rala diócesis y e l Papa para con toda la Igles ia ; e l mismo credo,

l a s misma s e s t ruc tura s bás ic a s de l i tu rg ia , d e orde na c ión jur íd ic a ,de c ompre ns ión t e o lógic a , forma n l a s ins ta nc ia s de e xpre s ión dela unidad de todas las Igles ias . Estas ins tancias no const i tuyen laIgles ia universa l . Esta únicamente exis te en las Igles ias loca lesque mediante e l las a r t iculan su comunión entre s í y con e l DiosTrino (cfr . las diversas expres iones de comunión entre las Igles ias ,e l a bora da s por l a Tra dic ión , c omo la s " l i t t e r a e c ommunic a tor i a e " ,e l " f e rme ntum" , l a c onc e le bra c ión pa ra l a c onsa gra c ión de un nue vo obi spo: Conga r , Y . , "Mys te r ium Sa lu t i s " IV /3 , 45-49) .

26 . En Pe nte c os té s e l Espí r i tu de sc e ndió sobre todos los pre

sentes e hizo que cada uno escuchase e l mismo mensaje en la di-

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vers idad de sus lenguas . No hizo que todos hablasen la misma lengua , s ino que todos oyesen e l mismo mensaje (cfr . "Ad Gentes" 4)Esto es la pref igurac ión de la "una Catholica" , de la unidad y dela ca tol ic idad de la Igles ia : la misma y única Igles ia universa lconcre t izándose en múlt iples Igles ias par t iculares . El des t ino de laIgles ia en e l mundo es c recer has ta poder hablar todas las lenguasque exis ten ba jo e l c ie lo, expresando la misma experiencia de sa lvac ión de Dios Padre por su Hijo Jesucr is to en la vir tud de l Espír i tu San to. A su mane ra pecu lia r las comu nidades" ec les ia les de

base encarnan es ta experiencia de sa lvac ión. Por eso son, en verdad, autént ica Igles ia universa l rea l izada en la base .

4. COM UNID ADE S ECLESIALES DE BASE YREINVENCION DE LA IGLESIA

1. El surgir de las com unid aes de base y la prax is que ene l l a s pre domina pose e n un inne ga ble va lor c ue s t iona nte de l a formavigente de ser-Igles ia . Nacen de e lementos mínimos como la fe , lal e c tura y me di ta c ión de l a Pa la bra , e l a uxi l io mutuo e n toda s l a s

d ime ns ione s huma na s . Como he mos v i s to , son ve rda de ra Ig le s ia .En e l l a s a pa re c e n muc ha s func ione s , ve rda de ros nue vos mini s t e r ios :de c oord ina r l a c omunida d , de c a te quiz a r , de orga niz a r l a l i tu rg ia ,de cuidar a los enfermos, de a lfabet izar , de preocuparse por lospobres , e tc . Todo eso se rea l iza dentro de un profundo espír i tu f rat e rno , c on un s e n t ido de c or re sponsa bi l ida d y de c onc ie nc ia dee s ta r c ons t ruye ndo y v iv ie ndo l a Ig le s ia . E l t é rmino que me jorexpresa es ta experiencia es e l empleado frecuentemente en es te cont e x t o : reinvención de la Iglesia. La Igles ia comienza a nacer desde las bases , desde e l corazón de l Pueblo de Dios . Esta experienc ia cuest iona e l mo do com ún de entender la Igles ia . Perm ite descubr i r l a ve rda de ra fue nte que pe rma ne nte me nte ha c e na c e r y c re a a

la Igles ia : e l Espír i tu Santo.

2 . Se pue de pe nsa r a l a Ig le s ia pa r t i e ndo de muc hos puntosde vis ta . En rea l idad exis ten tantas ec les iologías cuantas es truc turas ec les ia les fundamenta les . Hay quienes e laboran la comprensiónde Ig le sia a pa r t i r de l a e s t ruc tura pre sb i t e r a l - e p i s c op a l -pa pa l ; e lr e su l t a do e s me nos una e c le s io logía que una j e r a rc o logía . Ha yquie ne s l a p ie nsa n a pa r t i r de l a e s t ruc tura Pa la bra -Sa c ra me nto , yre su l t a r á una Ig le s ia e mine nte me nte profé t i c o-c ú l t i c a . Ha y quie ne sla a r t iculan a par t i r de la f igura Pueblo de Dios en marcha , y dee l lo surge una v i s ión e mine nte me nte h i s tór i c o- sa lv í f i c a . . . y o t r a s

muchas más. Todas es tas ec les iologías t ienen su sent ido pero cada

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una es l imitada en s í misma y t iene que es tar abier ta a otras formas de tota l izac ión teór ica de l mis ter io de la Igles ia . En caso cont r a r io s e e s t á imponie ndo una ide ologiz a c ión opre sora de una sca tegorías contra otras , con daño para la comunidad de fe .

3 . Las comunidades de base vienen a ayudar a toda la Igles ia a superar un l ímite interno que se había impuesto durante s iglos , impidiendo ver la r iqueza más abundante de l mis ter io de laIgles ia . La Igles ia , en e l occ idente la t ino, fue pensada según e l e je

Cris to-Igles ia , dentro de una vis ión jur ídica . Las re lac iones Cris to-Igles ia fueron formuladas conforme a l modelo de las re lac iones queuna sociedad t iene con su fundador . Cris to t ransmite todo e l podera los Doce . Y és tos a sus sucesores , los obispos y e l Papa . Ellosfueron considerados como los únicos deposi ta r ios de todas lasresponsabil idades , acumulando en s í todos los poderes exis tentesen la Igles ia de ta l forma que se s i tuaban s iempre en contraposic ióna l a c omunida d , d iv id ida e n t r e gobe rna nte s y gobe rna dos , c e le bra n te s y a s i s t e n te s , p roduc tore s y c onsumidore s de s a c ra me ntos .En una s is tematizac ión semejante la je rarquía const i tuye la únicarepresentante de la Igles ia universa l y de la Igles ia par t icular . Estaimagen puso un freno a aquella otra de la Igles ia como comunidadde fe ("communitas f ide l ium") , toda e l la corresponsable en todaslas cosas de la Igles ia . Además se par te de unos pas tores que es táne n búsque da de un r e ba ño . Se inv i r t ió la r e la c ión na tur a l : p r ime roexiste el rebaño y luego, en función de él, existe el pastor. La junción jerárquica en la Iglesia es esencial; pero no subsiste en símisma y para sí misma. Se la debe entender (y ta l es la comprens ión s imple y na tura l de las cosas) dentro de la comunidad de fey a su servic io, ya sea representando a todas las demás Igles ias antesu Igles ia par t icular (verdadera dimensión de la confrontac ión conla comunidad que se produce en todo dir igente) , ya sea comoprinc ipio de unidad dentro de la Igles ia loca l de la que e l je rarcaes miembro. Pero es que además de es to, es ta comprensión de laIgles ia ca lcada sobre c ier ta c r is tología , considera a l Cris to resucitado con las t ransformaciones que se operaron en é l por la resur r e c c ión: ub ic u ida d c ósmic a , na tura le z a pne umát ic a de su c ue rpo(cfr . 1 Cor 15, 44) , e tc . Esta considerac ión har ía más f lexible a lains t i tuc ión de la Igles ia y re introducir ía junto a l e lemento cr is toló-gico, e l e lemento pneumático. La Iglesia no nació sólo del costadoabierto de Cristo, sino también, del Espíritu Santo en el día dePentecostés. La unidad entre los dos e lementos se encuentra en e lmismo Je sús , e l C r i s to , mue r to y r e suc i t a do , e n c ua nto máximapresencia de l Espír i tu Santo en e l mundo, de ta l forma que pode mos de c i r : E l J e sús s e gún l a c a rne c ons t i tuyó l a máxima pre -

sencia de l Espír i tu Santo en e l mundo, y e l Espír i tu Santo en laIgles ia es ya presencia en la his tor ia de l Cris to resuci tado (cfr .Boff, L. , "A Igre ja , s a c ra me nto do Espi r i to Sa nto" , e n "O Espi r i to Sa nto" , Pe t rópol i s 1973, 108-125) .

4 . Las comunidades ec les ia les de base ayudan a la Igles iatoda a considerarse a par t i r de la rea l idad más fundamenta l , s inla cual no exis te Igles ia : la fe en la presencia ac t iva de l Resuci tadoy de su Espír i tu en e l seno de toda la comunidad humana, hac iendoque és ta viva los va lores esencia les s in los cuales no hay humanidad; se abra a l Absoluto s in e l cua l no hay dignidad ni sa lvac ión.Esta acc ión divina se condensa en la Igles ia pero no excluye a ninguno de los hombres . Esta vis ión contempla t iva modif ica la manera de ser de la Igles ia . El c lé r igo se dir ige a l centro de l pueblo,donde se va a encontrar con a lguien ya ac t ivado por la acc ión de lEspír i tu quien, antes de la l legada de la Igles ia ins t i tuida , ya es tabaformando una Igles ia anónima con su grac ia y su perdón. De ahíque no s e t r a t e de duc t iva me nte de " t r a nsp la n ta r " Ig le s ia , s ino induc t iva me nte de " impla nta r " Ig le s ia . Como de c ía e l c a rde na l Da r -mojuwono, pres idente de la Conferencia episcopal de Indonesia , en

e l Sínodo de 197 4: " Im pla nta r la Igles ia es ent rar en diálogo conla cul tura y las re l igiones de l pa ís . Este diálogo t iene por obje tohacer cada vez más explíc i ta y consc iente la presencia de l Espír i tude D ios que t r a ns forma y pe ne t r a l a v ida de los hombre s" ( "DeEc c le s ia pa r t i c u la r i e iusque f ide i t e s t imonio" , p ro ma nusc r i to ,Roma , oc tubre 1974; r e sume n e n "Prospe c t iva " , Bruse la s 1975:"Egl i s e " 504/1975) . La Ig le s ia que s e impla nta e xpl í c i t a , pur i f i c a yprolonga a la Igles ia la tente ya preexis tente . Las comunidades debase nacen de es te Espír i tu que se manif ies ta y se organiza enmedio de l Pueblo de Dios . Reconocer es ta presencia de l Resucitado y de l Espír i tu en e l corazón de los hombres l leva a concebira la Igles ia más a par t i r de la base que a par t i r de la cumbre;

es aceptar la corresponsabil idad de todos en la edif icac ión de laIgles ia , y no únicamente de a lgunos per tenecientes a la ins t i tuc ióncler ica l .

5 . Si qu i s i é ra mos r e pre se nta r grá f i c a me nte l a s dos c onc e pc iones de Igles ia , resul ta r ía e l s iguiente esquema:

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Pueblode

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DiosCristo-Espíritu

C r i s t o O v \ I ^ O

Q Cristo-Espíritu QpóstolesObispos "% . v. ¿

Sacerdotes Q - ^ •• * ^ -^

F i e l e s 0̂«00Í,Qcom unidad

6 . En l a pr im e ra r e pre se nta ción l a c a te gor ía Pue blo de D iossurge c omo re su l t a do de una orga niz a c ión pre v ia . En e sa orga niz a c ión e l poder se concentra en e l e je obispo-sacerdote ; e l seglar sólo

re c ibe , no produc e e n t é rminos de orga niz a c ión y e s t ruc tura , s inoúnicamente en té rminos de refuerzo de la es truc tura . Uno se pregu nta : ¿es la organizac ión la que crea a la Igles ia? ¿O la organizac ión surge c omo a c to s e gundo porque pre v ia me nte e x i s t e , c omoa c to pr ime ro , l a c omunida d-Pue blo de D ios? Cre e mos que l a s e gunda pre gunta e s l a a c e r t a da ; l a pr ime ra c ons t i tu i r í a l a ide ologíade la c lase dominante que pre tendía ver resguardados sus derechos . Además esa concepción ec les iológica se or ienta en funciónde la ca tegoría de "poder" . Según e l la Cris to y e l Espír i tu no poseen una inmanencia inmedia ta , s ino sólo media t izada por e l minis te r io ordenado. De ahí que la je rarquía ocupe e l centro de l interés y no tanto e l Resuci tado y e l Espír i tu con sus car ismas. Estosque da n c omo fue ra y son in t roduc idos e n l a c omunida d gra c ia s ala función representa t iva y sacramenta l de la je rarquía . La re lac iónCris to-Espír i tu-Igles ia se presenta , no en un entramado vi ta l , s inoen una exter ior idad a la manera de la que se da entre una ins t i tuc ión y su fundador . Esta concepción es poco teológica y muy jur ídica ; e l poder es divino sólo por su or igen; en su e jerc ic io s iguelos me c a ni smos de todo pode r profa no , me c a ni smos de c oe rc ión ,de a u tose gur ida d y de c ont ro l .

7 . En la segunda representac ión, la rea l idad Pueblo de Diose me rge c omo ins ta nc ia pr ime ra y l a orga niz a c ión c omo se gunda ,

der ivada y a l servic io de la pr imera . El poder dé Cris to (exousia)

no es tá sólo en a lgunos miembros , s ino que es tá en la tota l idad de lPue blo de D ios , por ta dor de l t r ip le s e rv ic io de Cr i s to : t e s t imonio ,unidad y cul to. Este poder de Cris to se divers if ica de acuerdo conlas funciones específ icas pero no excluye a nadie . El seglar des tacacomo creador de va lores ec les iológicos . En es te sent ido, e l decre tosobre la ac t ividad mis ionera de la Igles ia de l Vaticano II ("Ad Gent e s " , n. 21) t iene razón cuando dice : "La Igles ia no se ha l la verda de ra me n te forma da , no v ive p le na me nte , no e s un s igno pe r fec to de Cris to entre los hombres , s i en ese lugar no exis te un

la ic a do r e a lme nte s ign i f i c a t ivo que t r a ba je c on l a j e r a rquía " . Antes de hacerse vis ibles a t ravés de las mediac iones humanas (obisp o , sacerdote , diácono, e tc . ) , e l Resuci tado y e l Espír i tu t ienen unapre se nc ia e n l a c omunida d . Ha y una inma ne nc ia c ons ta n te y pe r ma ne nte de l Espí r i tu y de l Se ñor r e suc i t a do e n l a huma nida d y ,de forma cual if icada , en la comunidad de los f ie les . Son e l los losque congregan a la Igles ia y la const i tuyen esencia lmente . La jerarquía se sitúa en una función sacramental de organización y deservicio a una realidad que ella no creó, sino que encontró y dentro de la cual se encontró a sí misma. El e lemento teológico-mís t icot i e ne s i e mpre l a pr ima c ía sobre e l ju r íd ic o . En e s te c onte x to noresul ta dif íc i l entender la ec les ia l idad de las comunidades de basey va lorar teológicamente como manifes tac iones de l Espír i tu losd ive r sos s e rv ic ios que va n surg ie ndo a l in te r ior de l a c omunida d .

8. De lo qu e hemos ref lexionado se desp rend e qu e e l problema de los minis ter ios va l igado a l modelo de Igles ia que se tengacon anter ior idad. Sobre es te modelo debe inc idir e l anál is is y lacr í t ica . Las comunidades de base concre t izan una concepción deIgles ia f ra terna l , de Igles ia-comunidad, Igles ia-Cuerpo de Cris to,Igles ia-Pueblo de Dios .

En un pr ime r mome nto , e l da to domina nte e s una igua lda d fun

damenta l de todos , por la fe y por e l bautismo todos es tán inser tos direc tamente en Cris to; e l Espír i tu se hace presente en todos c re a ndo una c omunida d y una ve rda de ra f r a te rn ida d e n l a quelas diferencias de sexo, de nac ión, de inte l igencia , de posic ión soc ia l no cuentan (Gal 3, 28) porque " todos son uno en Cris to"(Ga l 3 , 28) . En l a c omunida d todos son e nvia dos , no só lo a lgunos ;todos son responsables de la Igles ia , no sólo a lgunos; todos debendar tes t imonio profé t ico, no sólo a lgunos; todos se deben sant if icar , no sólo a lgunos .

En un s e gundo mome nto , surge n l a s d i f e re nc ia s y j e r a rquía sde nt ro de l a un ida d y e n func ión de l a c omunida d . Todos son igua

les pero no todos hacen todas las cosas . Se presentan muchas nece-

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s idades que han de ser a tendidas . Hay encargos , funciones y servic ios (cfr . Rom 12 y 1 Cor 12) . Como dice acer tadamente e l Vat i c a no I I : "Ha y e n t r e los mie mbros de l a Ig le s ia una d ive r s ida d yasea de of ic ios , puesto que a lgunos e jercen e l sagrado minis ter io par a b ie n de sus he rma nos , ya s e a de c ondic ión y modo de v ida ,puesto que muchos en e l es tado re l igioso, teniendo a la sant idadpor un camino más es trecho, es t imulan a los hermanos con sue je mplo" ( "Lume n Ge nt ium" , n . 13) .

9. En lenguaje pau lino se dice qu e en la Igles ia-Cuerp o de lSe ñor e x i s t e n muc hos c a r i sma s . E l c a r i sma no s e r e duc e únic a me nte a l a s ma ni fe s ta c ione s e x t r a ord ina r i a s de l Espí r i tu , s ino quese rea l iza en lo más cot idiano como en e l amor que es e l car ismamás excelente (1 Cor 12, 37) . Cada bautizado de la comunidade s un c a r i smát ic o porque c a da uno t i e ne su luga r y su func ión:"c a da uno r e c ibe de D ios su propio c a r i sma , unos de un modo yotros de otro" (1 Cor 7, 7) ; "a cada uno le es dada la manifes tac ión de l Espír i tu para la ut i l idad común" (1 Cor 12, 7; c fr . 1 Pe4 , 10) . Nad ie es inút i l u oc ioso : " Ca da m iem bro es tá a l servic iode l o t ro" (Rom 12 , 5) .

10. El car isma puede , por lo tanto, ser def inido como la func ión propia de c a da uno , c omo una form a d e ma ni fes ta c ión de lEspí r i tu d e nt ro de l a c om unida d y pa ra e l b ie n de e l la . Ca r i sma ,según la def inic ión de H. Küng, "es e l l lamamiento que Dios dir ige a c a da uno pa ra un de te rmina do se rv ic io e n l a c omunida d ,ha c ié ndolo s imul táne a me nte a p to pa ra e se mismo se rv ic io" ( "Con-c i l ium", abr i l 1965, 44) , o según otro gran especia l is ta de l tema:"car isma es e l l lamamiento concre to Tecibido a t ravés de l acontecer sa lvíf ico, e je rc ido en la comunidad, que la const i tuye permane nte me nte y l a c ons t ruye y que s i rve a los hombre s e n e l a mor"(G . Ha se nhüt t l , "Cha r i sma , Ordnungspr inz ip de r K i rc he " , 238) . E l

car isma, en es ta acepción, no es a lgo acc identa l a la Igles ia , a lgoqu e podrí a fa l ta r ; no, s ino que es a lgo const i tut ivo de la Igles ia-c omunida d . La c omunida d s e pre se nta s i e mpre orga niz a da a unc ua ndo l a orga niz a c ión s e ha ga de nt ro de l a c omunida d y s e aya una subde te rmina c ión de l a misma c omunida d que e s a n te r iora l a orga niz a c ión .

1 1 . En es te sent ido debemos decir que Jesús no escogió alos Doce para que fueran los fundadores de futuras Igles ias , s inoq u e constituyó a los Doce como comunidad, como Iglesia mesiá-nica y escatológica. Los Apóstoles no deben ser considerados en

un se n t ido pr ime ro y funda me nta l c omo individuos, c a d a u n o p a r a

s í, s ino c omo Doce, e s de c i r , c omo c omunida d me s ián ic a e n tornoa J e sús y a su Espí r i tu . Es ta c omunida d s e a mpl ió y d io or ige na o t r a s c omunida de s a pos tó l i c a s .

12 . Al presentar a la Igles ia como comunidad de fe con var i e da d de func ione s , s e rv ic ios y e nc a rgos , surge de inme dia to e lproble ma s igu ie n te : ¿ quié n s e e nc a rg a de l a un ida d de l todo , de lorde n y a rmonía e n t r e los c a r i sma s , de sue r t e que todo c o la bore

a l a c ons t ruc c ión de un mismo c ue rpo? Es a quí donde surge uncar isma específ ico con la función de ser e l pr inc ipio de unidadentre todos los car ismas: e l car isma de la as is tencia , de la direcc ióny de l gobierno (1 Cor 12, 28) o también e l car isma de los que pres iden y a t ienden a la unidad (1 Tes 5, 12; Rom 12, 8; 1 Tim 5,17) , Su especificidad no consiste en acumular y absorber, sino enintegrar y coordinar. Es un car isma que no es tá fuera , s ino dentrode l a c omunida d , no sobre l a c omunida d , s ino pa ra b ie n de l ac omunida d . E l moni tor de l a c omunida d de ba se , e l p re sb í t e ro e nla parroquia , e l obispo en la diócesis , e l papa en la Igles ia todose l los son pr inc ipios de unidad hacia dentro de la Igles ia par t iculary loca l y hac ia fuera para con las Igles ias hermanas . El servic io

de l a un ida d , ya s e a c omo moni tor o c omo pa pa , no c ons t i tuye unpoder autocrát ico sobre la Igles ia , s ino en e l seno de e l la y enfunción de e l la . Como decía San Agust ín: "s iendo obispo para vosotros soy cr is t iano con vosotros" . No exis te la ordenación absoluta para la función de direcc ión; no exis te un monitor s in sucomunidad; por eso los concil ios de Nicea (325) y de Calcedon ia (451) c ons ide ra n nula s l a s orde na c ione s " a bsolu ta s " ( c f r . A l -be r igo , J . , "Conc i l io rum Oe c ume nic orum De c re ta " , 90) y hoytodos los obispos son, a l menos f ic t ic iamente , obispos t i tulares dea lguna Ig le s ia pa r t i c u la r de l pa sa do . Pa ra c ons t ru i r e sa un ida d e lque pre s ide e s do ta do de una gra c ia e spe c ia l porque l a un ida dde l a Ig le s ia no s ign i f i c a ún ic a me nte una gra nde z a inma ne nte , s inouna grandeza teológica : unidad con las diversas Igles ias y con lade Roma que "pre s ide a toda s e n l a c a r ida d" (Sa n Igna c io deAn tioq uía : f 110) y uni dad entr e la Igles ia par t icu lar y la Igles iauniversa l . El carác ter de servic io de l minis ter io de la unidad implica , por consiguiente , un carác ter ontológico (una grac ia especia l)pe rma ne nte porque a t i e nde a una ne c e s ida d pe rma ne nte de l a c om u n i d a d .

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13 . Repr esen t ando g r á f i camen te es t e mode lo de I g l es i a - co mun idad de se r v i c ios , r e su l t a l o s igu i en t e :

DiosX

C r i s t o - E s p í r i t ul

0 m u n i c f fl d

14. En este esquema, con todo el pel igro qu e conl levan losesquemat i smos , queda c l a r o que t odos l o s se r v i c ios su r gen den t r ode l a comunidad y pa r a l a comunidad . E n concr e to , i nd i ca cómof unc ionan l a s comunidades de base y cómo a pa r t i r de e l l a s sepuede r ecuper a r un sen t ido de I g l es i a más evangé l i co pa r a nues t r osd í a s , pues nos pa r ece que co r r esponde mejo r a l o s i dea l es p r ed i cados y v iv idos po r Jesucr i s to . Sabemos que e l NT p r esen t a va r iosmodelos de Iglesia , uno más piramidal pero con fuer te acentof r a t e r no ( S . Mateo ) , o t r o más c i r cu l a r , comuni t a r io y ca r i smá t i co( S . Pab lo ) , o t r o o r i en t ado más b i en po r l a s f unc iones pe r manen tes

de los presbí teros y epíscopos (Epístolas catól icas) . En los Doce,

Jesús no t uvo ún i camen te como meta a l a sag r a da j e r a r qu í a ; apuntaba a la Iglesia , pues fue de la comunidad de los discípulos dedonde sacó a l o s Doce . Hacemos nues t r a l a a f i r mac ión de l P . Con-gar : " Jesús i n s t i t uyó una comunidad es t r uc tu r ada , una comunidadtoda e l l a san t a , sace r do ta l , p r o f é t i ca , m i s ioner a , apos tó l i ca , conmin i s t e r io s en su seno : unos l i b r emen te susc i t ados po r e l E sp í r i t u ,o t r os l i gados po r l a impos i c ión de l a s manos a l a i n s t i t uc ión ymisión de los Doce. Es preciso, por tanto, sust i tui r el esquema l i

nea l po r un esquema en e l que l a comunidad apar ezca como l areal idad envolvente dentro de la cual los minister ios, aun los inst i t u idos y sac r amen ta l es , se p l an t een como se r v i c ios a aque l lo mi smoque l a comunidad es t á l l amada a se r y hace r " ( "Min i s t e r io s y co mun ión ec l es i a l " , 19 ; c f r . t ambién A. An ton iazz i , "Os min i s t e r io sna I g r e j a ho j e" , Pe t r ópo l i s 1975 , 11 - 24) .

15 . E ste p r ob lema susc i t a o t r o d i s t i n to : ¿qué t i po de o r ga nización quiso Jesús para su Iglesia? Acerca de esto reina hoy enla teología catól ica y ecuménica una gran divergencia de opiniones.T r a t a r emos de e l l o b r evemen te a l f i na l de es t e t r aba jo . L os Hechosde los Apóstoles (6 , 1-6) nos sugieren que la Iglesia se creó los

min i s t e r io s de que neces i t aba den t r o de l mar co de su apos to l i c idadesencial . En el fondo debemos decir que la comunidad ha de equipararse (cf r . Ef . 4 , 12) con aquel los servicios, est ructuras y func iones que se hagan necesa r ios a l ob j e to de hace r p r esen t e a l Resuc i t ado , su mensa j e y su E sp í r i t u en med io de l o s hombr es , det a l maner a que sea pa r a és tos una au t én t i ca Buena Nueva , e spe c i a lmen te pa r a l o s pobr es . Cr eemos que l a ex i s t enc i a y f unc ionamien to de l a s comunidades de base pe r mi t e r e s i t ua r en t é r minosmás senc i l l o s y r ea l i s t a s t oda l a p r ob l emá t i ca de l o s min i s t e r io s encuan to subde t e r minac iones de un mode lo v iv ido de I g l es i a , e l deuna I g l es i a comunidad f r a t e r na , sac r amen to de l i be r ac ión in t eg r a len e l mundo , do t ada de mul t i p l i c idad de ca r i smas . Una l ec tu r at eo lóg i ca nos pe r mi t e acoger como ver dader os min i s t e r io s l o s d i ve r sos se r v i c ios que se dan en l a comunidad , a lgunos pe r manen tespor que a t i enden a neces idades pe r manen tes , o t r os pasa j e r os po restar l igados a personas con un car isma especial . Los diversos ser v i c ios cons t i t uyen d ive r sos modos de hace r se p r esen t e e l E sp í r i t uy ac tua r en l a comunidad .

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5. ¿EN QUE PODRAN CONTRIBUIR LAS COM UNIDAD ESDE BASE A LA SUPERACIÓN DE LA ACTUAL

ESTRUCTURA DE LA IGLESIA?

1 . L a f o r ma de o r gan iz a r se l a s comu nidades de base y l ap r ax i s que se a r t i cu l a en e l l a s co l abor an en l a super ac ión de un

obs t ácu lo fundam en ta l de l a v ida com uni t a r i a : l a e s t r uc tu r a depar t i c ipac ión en l a I g l es i a . E s t a se e s t r uc tu r a en una f o r ma bast an t e e squemat i zada y r í g ida , como ya esbozamos a r r i ba :

Obispo

Isacerdo te

< »

La par t icipación del f iel en términos de decisión queda to t a l men te mut i l ada po r r e s t r i ng i r se a l e j e Papa- Obi spo- Sacer do te . Unacomunidad en l a que se co r t an l o s caminos de l a pa r t i c ipac ión entodos l o s sen t idos no puede l l amar se comunidad , en l a que , comoya ins i s t imos ha de p r edominar l a i gua ldad , l a f r a t e r n idad y e l ca r aa ca r a de l o s miem br os . Pe r o ex i s t e aú n o t r o ag r av an te : e sa es t ruc tu r a l i nea l f ue r ep r oduc ida y con sag r ada dogm át i cam en te ; f uesoc i a l i zada po r l a t eo log í a e i n t e r io r i zada en l o s mi smos min i s t r osqu ienes , a l r e l ac ionar se , l o hacen en e l mar co de l a e s t r uc tu r ac iónvigente, perpetuando el problema. En este t ipo de relación, por

ejemplo, el obispo no entra en contacto di recto con el f iel , única-

f iel

48 ECLESIOGENESIS 5. ¿EN QUE PODRAN CONTRIBUIR LAS COM UNIDAD ES.. . 49

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me nte c on e l s a c e rdote . E l núme ro 28 de l a "Lume n Ge nt ium" d ic ee x p r e s a m e n t e :

"En cada comunidad local de fieles los presbíteros hacen en cierta manera presente al Obispo al que se asocian con espíritu fiel y magnánimo. Toman como suyas lasfunciones y la solicitud del Obispo y ejercen la cura pastoral diaria. Bajo la autoridad del Obispo santifican y rigen la porción del rebaño del Señor que les es confiada".

2 . C. A. de Medina y Pedro A. Ribeiro de Olive ira , soc iólogos de l CERIS (Centro de Esta t ís t ica Religiosa e Invest igagoes So-c ia is) han anal izado con agudeza e l funcionamiento de es ta estruc tura l inea l y descendente en la Igles ia de l Bras i l . Este anál is ises vál ido para toda la Igles ia ya que la Igles ia de l Bras i l reproduce e l s is tema vigente de modo uniforme y universa l en toda laIgles ia (c fr . "Autor idade e Par t ic ipacao. Estudo sociológico daIgre ja Catól ica" , Pe trópolis 1973; c fr . igualmente Medina , C. A. ,"A Igre ja Catól ica no Bras i l : urna perspect iva soc iológica" , enREB (1973) 72-91) . En e l la los roles de cada agente es tán def inidos resul tando que e l f ie l , en cuanto a participación en las deci

siones, queda excluido; no es por tador de rea l idad ec les iológica dec isor ia . Por mucho que se renueven los cuadros de la Igles ia y sehaga que los seglares par t ic ipen en ac t ividades ec les ia les y ec les iást icas , la s i tuac ión l lega a un punto muerto, en función de la estruc tura de l poder en la Igles ia , cuando los seglares pre tendeninfluir en las decisiones. Negada al fiel, en el seno de la Iglesiapar t icular , su capacidad de dec is ión y de creac ión de contenido rel igioso, no le queda más recurso que ser c reador en una esferama rgina l c omo e s e l Ca to l i c i smo popula r ( c f r . "Autor ida de e Pa r t i -c ipagao" , op. c i t . , 59-132) .

3 . "La única sa l ida" , confiesan Medina y Ribeiro, "es tá en la

comprensión de l seglar como uno de los té rminos de la es truc tura ,par t ic ipando, por lo tanto, de l poder de dec idir en lo referente a losobje t ivos específ icos de su Igles ia . Pero para eso es indispensableque é l exis ta concre tamente como portador de va lores re l igiosos ensu vida . Sin embargo, e l a lcanzar es to es a l te rar la es truc turac iónen e je que es tá vigente , es un presentarse la Igles ia a una de terminada poblac ión como una tota l idad en la que sus e lementos const i tut ivos t ienen todos una función diferenciada de acuerdo conuna posic ión de idéntico va lor en la es truc tura . Aceptar esa sa l idaes aceptar por igual a l te rac iones a nive l de l mundo c ler ica l (obispo-sacerdote) , redef iniéndoles su carác ter y función. Y en todo esto asum e e l papel de may or re lev ancia e l procesó de soc ia l izac ión

del seglar . La a l te rac ión de l mecanismo de soc ia l izac ión re l igiosaser ía uno de los componentes bás icos de l funcionamiento de unaIgles ia ya renovada , con una nueva identidad. Esta sa l ida no a l te rar ía e l carác ter se lec t ivo de la Igles ia ; seguirá es tando diferenciada pero conteniendo como dato a l seglar en dimensión ac t iva , portador de va lores re l igiosos y capaz de inspirar la construcc ión dela c iuda d t e r r e na " (Autor ida de e Pa r t i c ipa c a o" , op . c i t . , 180-181) .

4 . No se t ra ta , por lo tanto, de des t i tuir en un proceso erróneamente l iberador , la función episcopal y presbi te ra l . Se t ra ta deasumir nuevas ta reas dentro de una nueva disposic ión de las re lac iones exis tentes entre los té rminos obispo, sacerdote , seglar . Lateología de l Vaticano II e laborada en la "Lumen Gentium" y enla "Apostol icam Actuosi ta tem" sobre e l apostolado de los seglares ,supera la concepción l inea l sus t i tuyéndola por una tr iangular en laque c a da t é rmino c obra un pe so propio y e s por ta dor de subs ta nc iaec les ia l (c fr . Medina-Ribeiro de Olive ira) :

Papai

mun do clerical ObispoJ .

Sacerdo te

esfera secula r Fiel

Los tres té rminos es tablecen una red de re lac iones entre s í enuna c ircular idad envolvente . Como dice e l decre to "Ad gentes"(n. 21) , "no se ha fundado la Igles ia . . . s i en ese lugar no exis teun la icado de verdadera expres ión" . Los t res son responsables detoda la rea l idad de la Igles ia . La colegia l idad no s igue s iendo unacarac ter ís t ica exclus iva de l episcopado y de l presbi te rado; es de

todo e l pueblo de Dios .

5. Las comunidades ec les ia les de base funcionan dentro de lesquema tr iangular . Han creado un nuevo es t i lo de presbí te ro yde obispo en medio de l pueblo como pr inc ipios de animación, deunidad y de universa l idad. Por otro lado, han hecho emerger a lseglar como portador de va lores ec les iológicos , ya sea como coordina dor o moni tor de l a c omunida d , ya de se mpe ña ndo los d ive r sosservic ios comunitar ios . En su ámbito propio e l seglar asume lacausa de Cris to y par t ic ipa en las dec is iones de su Igles ia loca l . Lascomunidades de base ayudan a toda la Igles ia en e l proceso de

desc ler ica l izac ión devolviendo a l Pueblo de Dios de los f ie les aque-

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l íos derechos de que se le pr ivaba en la es truc turac ión l inea l . Teór icamente , a nive l teológico, ya se ha producido la superac ión de lad i spos ic ión a n te r ior . Sin embargo no basta saberlo; hay que llevara efecto una nueva praxis. Y ésta la es tán poniendo en prác t ica lascomunidades de base ; con e l lo ayudan a toda la Igles ia a re inven-tarse desde la base ; la experiencia va lentamente confirmando lateor ía y dando confianza a la misma Igles ia- ins t i tuc ión acerca dela viabi l idad de una nueva forma de ser-Igles ia en e l mundo de

hoy.

6 . La s c omun ida de s de ba se e s t án pre f igura ndo u na nue vaestruc turac ión soc ia l de la Igles ia . Evidentemente que no habráúnic a me n te c omunida d e s de ba s e ; c omo ya de c ía mos e n "el punto 2. , const i tuyen un fermento de renovación dentro de la Igles iacomo tota l idad y no una a l te rna t iva global a la tota l idad de laIgles ia . Según J . Comblin, probablemente habrá en la c iudad tresnive les de per tenencia y t res t ipos de comunidades .

Primero, las comunidades de base con toda seguridad van ains t i tuc ional izarse , a difundirse y a unlversa l izarse : "as í como en

la Eda d Me dia e l e sque ma pa r roquia l e n t ró progre s iva me nte ( s i glos XII a XIV) y l legó a sus t i tuir a l ant iguo régimen de la ant igüe da d c r i s t i a na , a s í t a mbié n l a forma c ión de c omunida de s deba se s e rá progre s iva " ( "Proc e so de e voluga o pa ra urna c omu-nida de c r i s t a urba na " , e n REB 30 (1970) , 819-828; o e n A . Gre -gory, "Comunidades Ecles ia is de Base" , op. c i t . , 174) .

Segundo, se caminará hac ia e l grupo especia l izado de acc ión,nac ido de los ins t i tutos re l igiosos y de los movimientos de apostolado seglar : equipos sacerdota les , formación de equipos de est u d i o , centros re l igiosos de animación espir i tua l , movimientos de

c onve r s ión de l t ipo de l Re a rme mora l , g rupos mis ione ros , e mple ode los "ma ss me dia " c omo la TV o l a r a d io .

Tercero, se c a mina rá ha c ia e l Ce nt ro Pa s tora l Urba no quevendrá a sus t i tuir a la ant igua cur ia diocesana . Será un órganode c oord ina c ión g loba l de l a s c omunida de s .

7 . Todos e s tos t ipos de c omunida d ya e x i s t e n a unque toda víasea en fase embrional , pero ya hacen prenunciar la f igura de laIgles ia de l porvenir . Las ac tua les comunidades ec les ia les de baseencierran en su ser una profec ía ; la rea l izac ión progres iva t ransforma la promesa en rea l idad his tór ica de una Igles ia nueva , na

c ida de la fe que a l imenta a l Pueblo de Dios .

6. CARACTERÍSTICAS DE UNA IGLESIA ENCARNADA

EN LAS CLASES OPRIMIDAS:

NOTAS TEOLÓGICAS DE LA IGLESIA DE BASE

En es ta ref lexión tra tamos de identif icar las pr inc ipa les caracter ís t icas de la Igles ia que se rea l iza en la base . Intentamos presentar e l ros tro nuevo de la Igles ia que , a su vez , dibuja los nuevos

trazos de l ros tro de Cris to en cuanto que la Igles ia se proponeser e l sacramento de Cris to. Estas carac ter ís icas quedan de re l ieveen las comunidades ec les ia les de base según las re lac iones enviadaspor e l las a l I I I Encuentro Interec les ia l de Joao Pessoa (Para iba) .

La preocupación concerniente a las carac ter ís t icas de la Igles ia(en ec les iología se habla de notas y de propiedades) es ant iquís imay es tá a tes t iguada en S. Epifanio (315-403) y en S. Cir i lo de Je-rusa lén (313-386) que inf luyeron en la e laborac ión de l Credo de lI Concil io de Constant inopla (381) (1) que aún hoy se rec i ta enla Igles ia . En ese Credo se enumeran cuatro notas (carac ter ís t icas)bás icas de la Igles ia : "Creo en la Igles ia , una , santa , ca tól ica yapostól ica" . Por medio de es tas carac ter ís t icas (notas) se pre tendía

ofrecer los c r i te r ios para discernir la verdadera Igles ia de Cris to.

1. ¿Qué significa "características de la Iglesia" (notas,propiedades) ?

La voluntad de es tablecer c r i te r ios de la verdadera Igles ia nacede un contexto de polémicas y de una autént ica competi t ividadconfes io nal : ¿en qué grup o se rea l iza la verdadera Igles ia de Cris-

(1) Sobre la problemática de las "not as", véase CON GAR , "My s-terium Salutis" 1V/3, 6-9.

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to? ¿Cómo discernir la verdadera Igles ia de la fa lsa? Esta cuest iónvolvió a ser c ruc ia l en e l s iglo XVI con motivo de las controvers iasec les iológicas contra Huss y Lutero. Académicamente los teólogosdi s t inguía n e n t r e no ta s y propie da de s (2) . La s "nota s " , c omo lamisma pa la bra ind ic a ( lo que ha c e nota b le , pe rc e pt ib le ) , s e r í a naquellas cual idades de la Igles ia que a) fuesen accesibles a todoslos espír i tus (aun los más rudos) ; b) por eso deber ían ser másconocidas que la misma Igles ia y aptas para dar a conocer la verdadera Igles ia ; c ) deber ían ser inseparables de la Igles ia verdadera

hasta e l punto de que no se pudieran encontrar (en su conjunto)fuera de e l la . Las "propiedades" ser ían aquellas cual idades de laIgles ia que per tenecen s in lugar a dudas a e l la , pero que no permiten conocer a la verdadera Igles ia a pr imera vis ta o por par te deaquellos que se encontrasen fuera de e l la . Así por e jemplo, lacual idad de indefec t ibi l idad, de ser necesar ia para la sa lvac ión, e tc .La s nota s s e r í a n l a s c ua t ro ya ind ic a da s a r r iba : un ida d , s a n t ida d ,ca tol ic idad y apostol ic idad. Poster iormente , y en especia l a par t i rde las polém icas contra los here jes va ldenses en el s iglo XIII (ba joe l Papa Inocenc io I I I : DS 792) y con todo énfas is entre los ec le-s iólogos de f ina les de l s iglo XIX (Pasaglia , Mazzela , Perrone) sea ña dió toda vía una quin ta : l a roma nida d . La Ig le s ia e s una , s a n ta ,

ca tól ica , apostól ica y romana.El resul tado demostra t ivo por e l camino de las notas (per viam

notarum) fue cas i nulo debido a la dif icul tad de comprobar queel las se rea l izaron exclus ivamente en la Igles ia ca tól ica romana (3) .A f in de cuentas , todo se concentraba en la nota más fác i lmented i sc e rn ib le : l a roma nida d . Pe ro n i é s t a c onse guía ga ra n t i z a r pors í sola a la verdadera Igles ia , pues daba la impres ión de que setra taba de una Igles ia dis t inta .

Nuestra intención a l t ra tar esa cuesión de las carac ter ís t icasde la Igles ia no pre tende en modo a lguno ser polémica; no intenta mos de mos t r a r que l a s c omunida de s de ba se c ompone n l a ve rda

dera Igles ia de Cris to porque par t imos de la aceptac ión de l hechode que e l las son, verdaderamente , la Igles ia de Cris to y de losApóstoles rea l izada en la base . Ni tampoco queremos rea l izar ladis t inc ión, por lo demás académica y es tér i l , entre notas y propieda de s . Hablaremos s implemente de carac ter ís t icas de Igles ia , esdecir , de cual idades que revelan los rasgos de la Igles ia que nacedel pueblo por obra de l Espír i tu de Dios y que le confieren concrec ión his tór ica en medio de la rea l idad soc ia l . Nos s i tuamos en la

(2) Para tod o este problema sigue siendo básica la obra de THILS"Les notes de l'Eglise dans l'apologetique catholique depuis la Reforme".

(3) Cfr. GRIVEC. "De via empírica notarum Ecclesiae", en Antonia-num 36 (1961) 395-400.

t r a d ic ión de los pr ime ros e la bora dore s me die va le s de l t r a t a do sobre l a Ig le s ia que ha bla ba n de " c ondi t ione s e c c le s ia e " , c ondic ione sconcre tas de la Igles ia . Quien observe con ojos de fe y con s impat ía es te acontec imiento ec les ia l (ec les iogénesis) ¿qué trazos re leva nte s pe rc ibe ? ¿ Cómo nos t r a duc e n l a s c a ra c te r í s t i c a s de l a s c omunidades ec les ia les de base las carac ter ís t icas de Jesucr is to y desu mensaje? A f in d e cuentas ésa es la función d e la Igles ia : hacer vis ible e his tór ico e l s ignif icado sa lvíf ico de Jesucr is to y desu mis ión y, a l hacer lo, convert i rse en sacramento-s igno y en sa

c ra me nto- ins t rume nto de l ibe ra c ión .Antes de abordar es ta cuest ión importa s i tuar a la Igles ia den

t ro de l mundo t a l c omo é s te s e e nc ue nt r a orga niz a do soc ia lme nte .De sde e l mome nto e n que he mos toma do c onc ie nc ia ( l a "Ga udiumet Spes" canonizó es ta postura) de que la Igles ia es tá dentro de lmundo y no e l mundo dentro de la Igles ia , es ta cuest ión se havuelto fundamenta l . Su omisión (como ocurre en cas i todos losl ibros de ec les iología , inc luidos los rec ientes como "La Igles ia"de Ha ns Küng) (4) , impide e n te nde r c onc re ta me nte a l a Ig le s ia yabre paso a un idea l ismo que oculta la comple ja rea l idad ec les ia l .La pre gunta que ha bre mos de a borda r , por más que bre ve me nte ,

es la s igu iente : ¿cóm o entender a la Igles ia dentr o de una soc iedad de c lases? Las carac ter ís t icas de la Igles ia dependerán de laforma c omo p la n te e mos e s te proble ma . Pa ra una Ig le s ia que na c edel pueblo es ta cuest ión es ine ludible . El no plantear la es incapac i ta rse para entender aquello de lo que rea lmente se t ra ta a propós i to de las comunidades ec les ia les de base .

2. Características de una Iglesia integrada en la clasehegemónica.

Hemos de acer tar con e l planteamiento exacto de l proble

ma (5) . En la Igles ia de tec tamos dos dimensiones , cada cual conuna na tura le z a propia pe ro mutua me nte r e la c iona da s : l a Ig le s ia e ncuanto campo re l igioso-ec les iás t ico ( ins t i tuc ión) y la Igles ia encuanto campo ec les ia l-sacramenta l (sacramento, s igno e ins trumen-

(4) Obra llena de méritos pero muy insignificante en lo relacionadocon el tema Iglesia-Mundo. Estudia la Iglesia en sí misma, como subsistente en sí, prescindiendo de la situación económica, política, social de lasociedad y de sus peculiares modos de producción.

(5) En toda esta parte somos deudores de CL . BOFF, "Comunidadeeclesial-comunidade política"; BOURDIEU, "A economía das trocas simbó

licas"; MADURO, "Campo religioso y conflictos sociales".

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to de sa lva c ión) . Por c a mpo re l ig ioso-e c le s iás t i c o e n te nde mos el

c omple jo de ins t i tuc iones ec les iás t icas y el c onjunto de los a c tua ntes re l igiosos en in te ra c c ión e n t r e sí y con las ins t i tuc ione s (6).

P o r ser dime ns ione s de la m i s m a y única Igles ia hay que formular las bien para evi ta r todo para le l ismo rea l y l ingüí s t i c o . La afirma c ión bás ic a c ons i s t e en sos te ne r que el campo ec les iás t ico es el

sopor te del c a mpo sa c ra me nta l - e c le s ia l ; la ins t i tuc ión es el vehículo del s a c r a m e n t o ; la vis ibi l idad soc ia l de la Ig le s ia ha c e pa lpa blela grac ia y el Re ino de D i o s .

P a r a lo que nos interesa ( identif icar las c a ra c te r í s t i c a s de la

Igles ia) lo que e n t r a en cuest ión es el campo re l igioso-ec les iás t ico.¿ E n qué m e d i d a las carac ter ís t icas vis ibles de la Igles ia revelanlas carac ter ís t icas invis ibles de la sa lvac ión del evangelio y de

l a pe r sona de Je suc r i s to? Aquí ya a pa re c e n a r t i c u la da s las dos

dime ns ione s . De te ngámonos en el anál is is suc into del campo re l i gioso-ec les iás t ico.

El campo re l igioso-ec les iás t ico no es un c onjunto da do y es

t r u c t u r a d o de prác t icas , ac tores , ins t i tuc iones y discursos refer idos a Dios, Cris to y la Ig le s ia - s a c ra me nto . Es el r e su l t a do de un

proc e so de p r o d u c c i ó n , el p r o d u c t o de un t r a ba jo de e s t ruc tura c ión

que t i e ne dos fue rz a s produc t iva s : la sociedad con su m o d o deproduc c ión de te rmina do y la e xpe r ie nc ia c r i s t i a na con su conten i d o de r e ve la c ión . En o t r a s p a l a b r a s : la Igles ia- ins t i tuc ión no

na c e a c a ba da ba ja ndo del c ie lo ; es t a mbié n f ru to de una de te rmi na da h i s tor i a y, al mismo t i e mpo, produc to de la fe que a s imi laa su m o d o las inc ide nc ia s de la his tor i a . Ve a mos r áp ida me nte c a dau n a de estas fuerzas productivas .

a) Campo religioso-eclesiástico y modo de producción de (a

sociedad.

La Igles ia no t r a ba ja en un c a mpo de soc upa do, s ino en una

soc ie da d h i s tór i c a me nte s i tua da . Es to s ign i f i c a que la Igles ia ,qu ié ra lo o no, se e nc ue nt r a or i e n ta da y l imi ta da por el contextosocia l y con una pobla c ión y unos r e c ur sos l imi ta dos y estruc tur a dos de nt ro de una de te rmina da forma . El campo re l ie ioso-ec le-s iás t ico es una porc ión del campo socia l ; és te inf luye sobre aquéld ia lé c t i c a me nte y no me c ánic a me nte . Da mos por a c e pta do , sin que

p o d a m o s f u n d a m e n t a r y jus t i f icar en e s te mome nto la opc ión ,pues exigir ía un t r a t a mie nto e spe c í f i c o , que el eje o r g a n i z a d o r de

una soc ie da d c ons i s t e en su m o d o de produc c ión pe c ul i a r . Por

(6) BOURDIEU, op. cit., 27-28; MADURO, op. cit., 47, 111.

m o d o de produc c ión e n te nde mos la f o r m a c ó m o una d e t e r m i n a d apobla c ión se orga niz a en re lac ión a los r e c ur sos ma te r i a l e s d i sponibles a fin de e la bora r los bienes que pe rmi te n su subs i s t e nc ia y

r e produc c ión , ya sea bio lógic a ya cultura l . Esta ac t ividad es infra-e s t ruc tura l y sobre e l la se c ons t ruye todo el res to de la s o c i e d a d ;ella es constante p o r q u e a t i e n d e a ne c e s ida de s s i e mpre pre se nte s y

es universal p o r q u e es c o m ú n a toda s las soc ie da de s y a todoslos t iempos y a la vez es fundamental porque c ons t i tuye la c ondi c ión de pos ib i l ida d , en úl t ima ins ta nc ia , de c ua lquie r o t r a in ic ia t iva . Ta mbié n la Ig le s ia e s t á c ondic iona da , l imi ta da y or ie n ta dapo r el m o d o de producción específ ico. En ot ra s pa la bra s , el m o d ode produc c ión c ondic iona qué t ipo de acciones re l igioso-ec les iás t i c a s son imposibles , indeseables , tolerables , aceptables , conveniente s y p r i m o r d i a l e s , es decir , confiere carac ter ís t icas propias a la

Igles ia (7). No es que las acciones re l igioso-ec les iás t icas sean me

ros produc tos soc ia le s pue s tos ba jo un c ódigo r e l ig ioso ; pose e nsu especif ic idad propia , pero al e xpre sa r se soc ia lme nte que da nt r a ns ida s , l imi ta da s y or ie n ta da s por el m o d o de produc c ión pe c ul ia r de un t ipo de te rmina do de soc ie da d .

Exi s te n va r ios modos de produc c ión , a lgunos más s imé t r i c os y

ot ros más a s imé t r i c os . En nue s t ro c a so , en Oc c ide nte y en A m é r i c aLa t ina , t e ne mos una soc ie da d orga niz a da por un modo de producción disimétrico, el capita l is ta , que se c a ra c te r i z a por la a propia c iónp r i v a d a de los m e d i o s de produc c ión por p a r t e de una minor ía pe r ma ne nte , por la dis tr ibución •des igual de la c a pa c ida d de t r a ba jo(ha y quie ne s no e je rc e n n inguna func ión produc t iva ) y por la dist r ibuc ión de s igua l de los produc tos f ina le s de? t r a ba jo . Es te mododis imé t r i c o de produc c ión or ig ina una sociedad de clases con el

pode r d i s imé t r i c a me nte d i s t r ibu ido , con re lac iones de domina c ióne nt r e las clases y con in te re se s d ive rge nte s . Se verif ica una nota b lede s igua lda d en la a l ime nta c ión , el v e s t i d o , la ha bi t a c ión , las cond ic ione s s a n i t a r i a s , el e mple o , el oc io , etc.

Se me ja nte e s t ruc tura de clases l imita y orienta , como se p u e d einfer ir , todas las a c t iv ida de s , inde pe ndie n te me nte de las pe r sona sy sus volunta de s , inc luye ndo la act ividad re l igioso-ec les iás t ica . Los

f ie les ocupan obje t ivamente dis t intos lugares soc ia les de a c ue rdoa su s i tuac ión de clase . Esta s i tuac ión los lleva a pe rc ib i r la rea l id ad de una ma ne ra c or re spondie n te a su condic ión soc ia l , les ha c ein te rpre ta r y vivir el mensaje evangélico de a c ue rdo con su func ión de clase porque cada c lase t iene necesidades , intereses , hábitos, pa t rone s de c ompor ta mie nto propios , etc. De una clase a ot ra

(7) MADURO, op. cit., 51-54. Cfr. TOURAINE, "Production de la so-

cieté", 145 ss.

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varían las acc iones , posibles o imposibles , tolerables o recomendables , ne c e sa r i a s o urge nte s . No de be mos , s in e mba rgo , ima gina r quelas acc iones de c lase sean mecánicas y es tát icas . La c lase se ha l lacontinuamente en un proceso de construcc ión (o desconstrucc ión)de acuerdo con su posic ión en la divis ión soc ia l de l t rabajo, conla coyuntura concre ta y la es tra tegia específ ica que e l la se impone.Como e l modo de produc c ión e s a s imé t r i c o , t a mbié n e s a s imé t r i c ala dinámica de las c lases , es dec ir , es confl ic t iva y des igual , confuerzas des iguales en lucha ( independientemente de las voluntades

y como dinámica inherente a la posic ión obje t iva que cada ac tuante ocupa en la es truc tura de c lases) .

En una soc iedad de c lases exis te s iempre una c lase dominante(o un bloque de c lases) responsable de la ges t ión de toda la soc ieda d . Es ta proc ura s i e mpre c onso l ida r , p rofundiz a r y" a mpl ia r supode r , pe r sua die ndo a los mismos domina dos a que a c e pte n l adominación, logrando de e l los un consenso ideológico (8) . De es temodo la c lase logra la hegemonía , es dec ir , un consenso genera lde su dominio, c reando, en e l lenguaje de A. Gramsci , un bloquehi s tór i c o (9) . Pe ro r e su l t a que l a domina c ión nunc a e s c omple ta ;como se l leva a cabo en un proceso más o menos la rgo, s iempre

subsis ten las res is tencias de los dominados y sus es tra tegias de supervivencia y de refuerzo de su poder secuestrado. Pervive un permanente confl ic to abier to o la tente , según las coyunturas his tór i c a s , e n t r e domina dos y domina dore s . Es ta r e s i s t e nc ia impone alas c lases hegemónicas l ímites y or ientac iones propias , pues lasc la se s opr imida s pue de n t r a ns forma rse e n c la se s r e voluc iona r ia s .

Las c lases dominantes en su es tra tegia hegemónica intentaránincorporar a la Igles ia en e l servic io de ampliac ión, consolidac ióny legi t imación de su dominación, en especia l en orden a conseguirla aceptac ión de la hegemonía por par te de todos los individuos ygrupos soc ia les . El campo re l igioso-ec les iás t ico se ve fuer tementepres ionado a organizarse de ta l manera que se a jus te a los intereses

de las c lases hegemónicas , mediante diversos t ipos de es tra tegias :económicas , jur ídico-polí t icas , cul tura les y has ta repres ivas . LaIg le s ia de se mpe ña e n tonc e s l a func ión c onse rva dora y l e g i t ima dorade l b loque h i s tór i c o impe ra nte .

Con todo, no es algo fatal el que la Iglesia se alie con el bloque his tór ico hegemónico. Las c lases oprimidas , a su vez , sol ic i tana la Igles ia en su es tra tegia por lograr más poder y autonomíafrente a las dominaciones que sufren. La Igles ia puede apoyar

(8) Cfr. HOORNAERT, "Comunidades de base: dez anos de experiencia" 475-479; y en SEDOC, 118 (1979) 710-732.

(9) Cfr. PORTELLI, "Gramsci y el bloque histórico", 65-92.

y jus t i f icar la ruptura de l bloque his tór ico y pres tarse a un servic iorevolucionar io. Los f ie les es tán presentes tanto en un lado comoen e l otro; la Igles ia se ve a travesada , inevitablemente , por losconfl ic tos de c lase y puede asumir una eventual función revoluc iona r ia lo mismo que una func ión for t a l e c e dora de l b loque he ge mónico. Estas dos posibi l idades no son obje to de golpes de volunta d o de opc ione s que a lguie n pue da toma r " a d l ib i tum" . De pende de l t ipo de re l igac ión que en e l proceso his tór ico-socia l , hayaestablec ido e l campo re l igioso :ecles iás t ico con las diversas c lases .

Puede ocurr ir que en e l proceso refer ido la Igles ia haya reproduc ido paula t inamente en su cuerpo la es truc tura de l bloque hegemónico. El campo re l igioso-ec les iás t ico se ha es truc turado tambiénde forma dis imétr ica , re f le jando de ese modo e l campo socia l hege mónic o . Evide nte me nte , no s e t r a t a de una r e produc c ión me c ánica porque s iempre queda a sa lvo la autonomía relativa del campore l igioso-ec les iás t ico. Pero a l dec ir que es re la t ivamente autónomoa f i rma mos que no e s tá to ta lme nte de te rmina do por e l c a mpo soc ia l , pe ro que t a mpoc o e s de l todo inde pe ndie n te ; pa r t i e ndo desu especif ic idad ir reductible ( la experiencia c r is t iana , su expres iónobje t iva en discursos y prác t icas , e l carác ter ins t i tuc ional mediantee l que se reproduce , conserva , difunde , en par t icular grac ias a uncuerpo de per i tos y je rarcas) as imila inmediatamente y r e e la boralas inf luencias soc ia les .

Veamos rápidamente de qué manera la Igles ia se ha re l igadoen unos casos con e l bloque hegemónico y en otros con las c lasesopr imida s . E l modo de produc c ión d i s imé t r i c o que fue l e n ta me ntea pode rándose de una forma c ión soc ia l , a l impone r se un proc e sode expropiac ión de los medios de producción mater ia l y s imbólica ,a c a bó pre dom ina ndo t a mbié n de nt ro de l a Ig le s ia ; e n un l a rgoproceso his tór ico qu e puede seguirse (10) , se fue ope rand o un m ododis imé tr ico de produ cción re l ig iosa ; también se ver if icó, por dec ir lo en un lenguaje anal í t ico (s in pre tender connotac iones mora

les), un proceso de expropiac ión de los medios de producción rel igiosa por par te de l c le ro en contra de l pueblo cr is t iano. Pr imit ivamente e l pueblo cr is t iano par t ic ipaba de l poder de la Igles ia enlas dec is iones , en la e lecc ión de sus minis tros ; más adelante comenzó a ser únicamente consultado y f ina lmente , en té rminos de poder ,to ta lme nte ma rg ina do y e xpropia do de una c a pa c ida d que de te ntaba . Así como había una divis ión soc ia l de l t rabajo, también seintrodujo una divis ión ec les iás t ica de l t rabajo re l igioso. Se creó

(10) Cfr. FAIVRE, "Naissance d'une hierarchie: les premieres étapesdu cursus clerical", en Theol. Hist. 40 (1977); W EBER, "Macht, Dienst,

Herrscraft in Kirche und Gesellschaft";TÜRK,

"Autorit3t".

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un c ue rpo de func iona r ios y pe r i tos e nc a rga dos de a te nde r a l in te r é s r e l ig ioso de todos me dia n te l a produc c ión e xc lus iva por pa r t ede e l los de bienes s imbólicos que habían de ser consumidos por e lpue blo a hora e xpropia do . No que re mos e n t r a r e n los c onf l i c tosinternos de l poder re l igioso ( je rarquía-seglares , ba jo c lero - a l toc lero, e tc . ) , ni en las formas de consenso ideológico creado a lolargo de los s iglos has ta e l punto de que hoy e l cuerpo de funcionar ios ec les iás t icos (en lenguaje anal í t ico y no teológico) de tentanel monopolio de l e je rc ic io legí t imo del poder re l igioso (11) . Evi

de nte me nte una Ig le s ia t a n d i s imé t r i c a me nte e s t ruc tura da e n t r a e nfác i l a rmonía con e l campo socia l que posee e l mismo modo deproduc c ión d i s imé t r i c o . La Ig le s ia a pa re c ía obvia me nte c omo laide ología r e l ig iosa l e g i t ima dora de l o rde n impe ra nte . En Amé r ic aLatina has ta Medell ín (1968) funcionó es te t ipo de ar t iculac iónIgles ia-sociedad c ivi l-Estado (12) , dando or igen a l régimen de cr is t i a n d a d .

Dejemos para más adelante la manera como la Igles ia se re l igócon las c lases oprimidas puesto que ahí ya entrar íamos en e l temade las comunidades ec les ia les de base .

b) La experiencia cristiana y su contenido de revelación.

La otra fuerza productiva de l campo re l igioso-ec les iás t ico esla experiencia c r is t iana y su contenido de revelac ión. No nos quere mos de te ne r e n e s te pa r t i c u la r porque s e t r a t a de ma te r i a a mpl i a me nte c onoc ida . Que re mos a f i rma r l a i r r e duc t ib i l ida d de l aexperiencia de fe c r is t iana tes t imoniada y conservada por los textos fundacionales que son las Escr i turas c r is t ianas le ídas y re le ídasa lo la rgo de la his tor ia (Tradic ión) . En e l las se narra la his tor iade un Viviente en e l que los Apóstoles desc ifraron e l sent ido def ini t ivo de l hombre y de l mundo (sa lvac ión) . Los pi la res que sus

tentan la fe c r is t iana y const i tuyen la fuente de inspirac ión para laIgles ia son e l hecho de Jesús muerto y resuci tado y su mensajede amor, de esperanza , de f ra ternidad, de servic io entre los hombr es , de entrega confiada a l Padre . Tales contenidos const i tuyenla pos i t iv ida d de l a f e , no un " in te r pre ta n dum " , s ino c r i t e r ios qu ejuzgan permanentemente a la Igles ia , sus prác t icas , sus discursosy su mo do de produc c ión r e l ig iosa .

Como queda de manif ies to, e l campo re l igioso-ec les iás t ico en-

(11) Par a toda esta parte, véase MADURO, op. cit., 104-122.(12) Cfr. RICHARD, "Mort des chrétientés et naissance de l'Eglise",

Centre Lebret, 1978.

c ie r r a e n s í una inne ga ble c ont r a d ic c ión: por un l a do s e r e a l i z ah i s tór i c a me nte e n los c ua dros de un mundo d i s imé t r i c o de produc c ión s imbólica , hac iendo de acóli to de la soc iedad capita l is ta , poro t ro su ide a r io bás ic o c onvoc a ha c ia un mundo de produc c ións imé t r i c a , pa r t i c ipa nte y f r a te rno . Porque l a Ig le s ia v ive e s tacontradicc ión, s iempre es posible en e l la la i r rupción de l profe tay de l espír i tu l ibre que la hace encaminarse en direcc ión a aquellosgrupos que busc a n r e la c ione s más jus ta s e n l a h i s tor i a y s e orga n iz a n e n e l ma rc o de una prác t i c a r e voluc iona r ia . Es lo que oc ur re

en la ac tua l idad con la Igles ia de base .

c) Características de la Iglesia en un modo disimétrico deproducción religiosa.

La Igles ia de América Latina es tuvo presente en e l procesode c onsol ida c ión de l b loque he ge mónic o , a c tua ndo, c omo te nde nc ia , e n c ua nto a ge nte c onse rva dor y l e g i t ima dor ; forma un c a mpore l igioso-ec les iás t ico polic las is ta , re f le jando en su inter ior los conf l ic tos que a traviesan e l entramado socia l , pero formando su propio

bloque hegemónico ec les iás t ico con todo e l poder en manos de lare lac ión Papa-obispos-sacerdotes . En es te modo de producción ec les i ás t i c a d i s imé t r i c o a pa re c e n a lguna s c a ra c te r í s t i c a s c or re spondie ntes. Ve a mos c ómo se c onc re t i z a n l a s c ua t ro nota s bás ic a s (he ur í s t icas) de la Igles ia : la unidad, sant idad, ca tol ic idad y apostol i-c ida d .

La unidad se pre se nta rá de forma monol í t i c a c omo uni formi da d de una misma doc t r ina , de un mismo d i s c ur so , de una mismal i tu rg ia , de una misma orde na c ión e c le s i ás t i c a (de re c ho c a nónic o) ,de una misma moral y, a ser posible , de una misma lengua (e lla t ín) . La unif icac ión de l orden s imbólico reproduce la cohesióndel bloque his tór ico-socia l , ocultando y t ransf igurando los confl ic

tos soc ia les e intraec les iás t icos . La unidad de la Igles ia es def inidac omo c omunión de l pue blo c on l a j e r a rquía , pe ro c a s i nunc a s eformula a l a inve r sa , l a c omunión de l a j e r a rquía c on e l pue blo .El discurso será un discurso unitario y ambiguo: uni ta r io , oc ul tando los confl ic tos que de por s í generar ían divers idad de disc ur sos ; a m biguo, a t e ndie ndo a l a s d ive r sa s de ma nda s y c onse rva n do de e s te modo l a c ohe s ión de l b loque ; un d i s c ur so pa rc ia l i z a dointroducir ía la posibi l idad de manifes tac ión de l confl ic to. Este disc ur so uni t a r io y a mbiguo ge ne ra lme nte s e c onc e nt r a e n t e ma s noconfl ic t ivos , pr ivi legia la a rmonía , niega explíc i tamente la exis tenc ia o la importancia de la divis ión de c lases o niega la legi t imidadde las luchas de los dominados en busca de su l iber tad secuestra-

60 ECLESIOGENESIS 6. CARACTE RÍSTICAS DE UNA IGLESIA ENCARN ADA 61

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da, genera una inf lac ión de l lamadas a lo sobrenatura l y a la obse rva nc ia mora l . La uni f i c a c ión de l a s c l a se s de nt ro de una mismaIgles ia es meramente s imbólica , con la función de favorecer soc io-polí t icamente a las c lases dominantes .

La santidad aparece como carac ter ís t ica de es ta Igles ia quet iene un modo dis imétr ico de producción re l igiosa , en la medidaen que e l f ie l se inser ta en e l la y cumple f ie lmente e l "e thos" de lbloque his tór ico-re l igioso ba jo la hegemonía de la je rarquía . Lasgrandes vir tudes de l santo ca tól ico son la obediencia , la sumisión

ecles iás t ica , la humildad, la re ferencia tota l a la Igles ia (se esbautizado o re l igioso para servir a la Igles ia) . Por eso cas i latota l idad de los santos modernos (en los que se rea l izó plenamentee l monopolio je rárquico) son santos de l s is tema: sacerdotes , obispos , re l igiosos; pocos son los seglares y ésos , capturados por e lpode r he ge mónic o c e nt r a l ( a na l í t i c a me nte ha bla ndo) . E l p rofe ta ,e l re formador que , en nombre de la posi t ividad de la fe , c r i t ica opostula una movil izac ión en las re lac iones de poder de la Igles ia ,se ve suje to a todo t ipo de violencia s imbólica (proceso canónico,e xc omunión) y j a más e s caracterizador de la sant idad de la Igles ia .

La apostolicidad ei. una Ig le s ia d i s imé t r i c a me nte e s t ruc tura da ,

se adjudica únicamente a una c lase (a los obispos , sucesores de losApóstoles) , y no es considerada como una carac ter ís t ica de toda laIgles ia . La sucesión apostól ica se ve cada vez más reducida a lasucesión de l poder apostól ico y menos a la doctr ina apostól icacomo lo era en su sent ido or iginar io. Se oculta e l hecho de que"e l seglar como e l obispo es un sucesor de los Apóstoles (Pablo VI) (13) .

L a catolicidad se r e l iga e s t r e c ha me nte a l a un ida d (uni formi dad) pr ivi legiando e l aspecto cuanti ta t ivo: la misma Igles ia prese n te e n e l mundo e n te ro ( "pe r to tum orbe m te r r a rum di f fusa " ) .La ca tol ic idad no se def ine por sus e lementos concre tos (encarnac ión en las diversas cul turas e igles ias loca les) , s ino por sus e le

me ntos a bs t r a c tos ( l a misma j e ra rquía , los mismos s a c ra me ntos , l amisma t e o logía ) .En es te punto cabría hacer un enjuic iamiento teológico acerca

de es ta es truc tu rac ión d is imétr ic a de la Igles ia : ¿has ta qué puntovis ibi l iza y vehicula la experiencia revelante de Jesucr is to y delos Apóstoles y s irve de t ransmisora de los idea les de f ra ternidad,par t ic ipac ión y comunión presentes en las prác t icas y en e l mensa je de J e sús? No pode mos , por r a z one s de bre ve da d , a borda r e s t ac ue s t ión . Únic a me nte que re mos de s ta c a r su impor ta nc ia y da rcuenta de l sent imiento genera l izado por e l nive l de conciencia di-

(13) Cfr. GUITTON, "Diálogos con Pablo VI", 382.

fundido por todo e l cuerpo ec les ia l , según e l cua l se perc ibe enme dida c a da ve z ma yor l a c ont r a d ic c ión (pa ra a lgunos c a s i insoportable) , entre un campo re l igioso-ec les iás t ico dis imétr icamente estruc turado y la f igura y mensaje de Cris to y de los Apóstoles ; todoe s tá l l a ma ndo y c onvoc a ndo a una r e s t ruc tura c ión in te rna de l aIgles ia a f in de que pueda ser más f ie l a los or ígenes y pueda desempeñar mejor su mis ión específ ica que es de orden teológico, med ia n te l a c r e a c ión de me dia c ione s de pode r más pa r t i c ipa da s , máss imé t r i c a s y por t a n to más jus ta s .

3 . Características de una Iglesia integrada en las clasesoprimidas.

La Igles ia no desempeña fa ta lmente una función conservadora(ma rxi smo or todoxo) ; por su ide a r io y or íge ne s ( l a me mor ia pe l i grosa y subvers iva de Jesús de Nazare t c ruc if icado ba jo PoncioPilato)- es más bien revolucionar ia . Por eso depende de de terminadas condic iones soc ia les y de su propia s i tuac ión interna . Dadoalgún grado de ruptura en e l bloque his tór ico, la Igles ia puedeasumir un c ier to papel a l lado de las c lases oprimidas en sus luchas contra la dominación, especia lmente entre aquellos grupos so

c ia les que se or ientan según una vis ión re l igiosa de l mundo, comoes e l caso de nuestro pueblo la t ino-americano. Estos grupos t iendena c re a r una " e s t r a te g ia de l ibe ra c ión" , c ome nz a ndo por e l a bora runa v i s ión inde pe ndie n te y a l t e rna t iva de l mundo, c ont r a pue s ta ala de las c lases hegemónicas . Esta condic ión previa es indispensablepara crear las condic iones obje t ivas de t ransformación de su exist e nc ia opr imida .

Es aquí donde cobra re levancia e l campo re l igioso-ec les iás t ico.Si contr ibuye a e laborar una vis ión re l igiosa de l mundo que sea jus te a sus intereses de l iber tad y se oponga a las c lases dominantes, l levará a cabo una función revolucionar ia . El interés re l igioso

de la base consis te en autolegi t imar su búsqueda de l iberac ión yprivar de legi t imación y desnatura l izar la dominación que sufre .El campo ec les iás t ico puede ofrecer esa legi t imación, dadas de termina da s c ondic ione s c onc re ta s in te rna s y e x te rna s , ya s e a porquecomprenda la jus t ic ia de sus luchas , ya porque las perc iba en conformidad con e l idear io evangélico.

Genera lmente en e l modo de producción capita l is ta no es lare l igión la ins tancia reproductora pr inc ipa l de las re lac iones soc i a l es . Pero en e l caso de América Latina , debido a la cosmovis iónre l igiosa predominante entre e l pueblo, la Igles ia desempeña unare le va nte func ión r e produc tora o c onte s ta ta r i a . Ent r e los grupo»opr imidos pre domina nte me nte r e l ig iosos , l a e l a bora c ión de una

62 ECLESIOGENESIS

vis ión c r i s t i a na inde pe ndie n te , a l t e rna t iva y opue s ta a l a c l a se

6. CARACTERÍSTICAS DE UNA IGLESIA ENCARNADA 63

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he ge mónic a , s ign i f i c a e l l a nz a mie nto de su proc e so l ibe ra dor queten drá éx i to his tór ico a cond ic ión de qu e se a lcance un c ie r togrado de conciencia , de organizac ión y movil izac ión de c lase . Teológic a me nte s e r e c upe ra l a f igura h i s tór i c a de J e sús de Na z a re t quepr iv i l e g ia ba a los pobre s y los e n te ndía c omo los pr ime ros de s t ina tar ios y benef ic iar ios de l Reino de Dios; se recupera e l sent idoor ig ina r io de su v ida y mue r te e n c ua nto v ida c ompre ndida c onla causa de los humil lados en los que se f rus traba la causa de Dios ,

c omo mue r te c a usa da por un c onf l i c to promovido por l a s c l a se s dominantes de la época . En es ta l ínea se re interpre tan los pr inc ipa less ímbolos de la fe y se desvelan las dimensiones l iberadoras obje t i va me nte pre se nte s e n e l los pe ro a p la s ta da s por una e s t ruc tura c iónde de nomina c ión r e l ig iosa in te gra da e n l a c l a se he ge mónic a soc ia l .

Evide nte me nte , una t a l r e c upe ra c ión de l s e n t ido or ig ina r io de lcr is t ianismo no se hace s in una ruptura con las t radic iones ec les i ás t i c a s he ge mónic a s . Norma lme nte l e e s pos ib le a l intelectual orgánico religioso proc e de r a r e c ompone r de nue vo e sa rup tura . Porun lado, mediante su vinculac ión a las c lases oprimidas , ayuda ape rc ib i r , s i s t e ma t iz a r y e xpre sa r sus gra nde s a nhe los de l ibe ra c ión ,y por otro, los asume dentro de l proyecto re l igioso ( teológico) y

mue s t r a su c ohe re nc ia c on e l ide a r io funda me nta l de J e sús y delos Apóstoles . En base a es te desbloqueo, f racc iones importantesde la ins t i tuc ión ec les iás t ica pueden a l ia rse con las c lases oprimida s y pos ib i l i t a r l a e me rge nc ia de una Ig le s ia popula r c on c a ra c te r í s t i c a s popula re s .

Creemos que con las comunidades ec les ia les de base se produc e e xa c ta ne mte s e me ja nte f e nóme no: s e t r a t a de una ve rda de raec les iogénesis (génesis de una nueva Igles ia aunque no diversa dela de los Apóstoles y de la Tradic ión) que se rea l iza en las basesde la Igles ia y en las bases de la soc iedad, es dec ir , entre las c lase^ opr imida s , de pote nc ia da s r e l ig iosa me nte ( s in pode r r e l ig ioso)

y soc ia lme nte ( s in pode r soc ia l ) . Ana l í t i c a me nte e s impor ta n te c a pta r b ie n la nove da d : e s ta s c omun ida de s s ign i f ic a n un a ruptu ra c onel monopolio de l poder soc ia l y re l igioso y la inaugurac ión de unnuevo proceso re l igioso y soc ia l de es truc turac ión de la Igles ia yde la soc iedad, con una divis ión soc ia l dis t inta de l t rabajo as ícomo con una divis ión re l igiosa diferente de l t rabajo ec les iás t ico.

Veamos a lgunas carac ter ís t icas de la Igles ia de base . A nuestro parecer , la Igles ia encarnada en las c lases oprimidas presenta 15carac ter ís t icas ; S. Roberto Belarmino, famoso ec les iólogo de laIg le s ia e nc a rna da e n l a c l a se he ge mónic a pre se nta ba t a mbié n 15 notas de la Igles ia (en 1591); la coinc idencia no de ja de tener sus igni f i c a do .

1) Iglesia - Pueblo de Dios.

Toma mos l a c a te gor ía pue blo , no e n e l s e n t ido de na c ión quee ngloba ind i s t in ta me nte a todos oc ul t a ndo l a s d i s ime t r í a s in te rna s ,s ino en e l sent ido de pueblo-c lase oprimida que se def ine por suexclus ión de la par t ic ipac ión y su reducción a un proceso de masi-f i c a c ión ( c os i f i c a c ión) . Pue blo c ons t i tuye una c a te gor ía a na l í t i c ay a la vez una ca tegoría axiológica ; ana l í t icamente def ine un grupopor c ont r a pos ic ión a o t ro ; a x io lógic a me nte propone un va lor queha de s e r v iv ido por todos . En o t r a s pa la bra s , todos e s t án l l a ma dosa ser pueblo y no sólo la c lase oprimida; és ta rea l iza a l pueblo enla me dida e n que por me dia c ión de l a s c omunida de s (14) de ja deser masa , e labora la conciencia de s í misma, bosqueja un proyectohi s tór i c o de jus t i c i a y pa r t i c ipa c ión pa ra todos y no só lo pa ra s ímisma , y e nsa ya prác t i c a s que a punta n a l a r e a l i z a c ión a proxima dade esa utopía . La es tra tegia de l iberac ión de l pueblo se or ientahacia la superac ión de la ac tua l es truc tura monopolis ta , sea de l poder c ivi l , sea de l poder sagrado, en direcc ión hac ia una soc iedadlo más pa r t i c ipa da pos ib le . Es te pue blo s e c onvie r t e e n pue blo deDios e n l a me dida e n que , forma ndo c omunida de s de ba ut i z a dos ,

de f e , e spe ra nz a y a mor , a n ima dos por e l me nsa je de a bso lu taf r a te rn ida d de J e suc r i s to , s e propone , h i s tór i c a me nte , c onc re t i z a run pue blo de pe r sona s l ib re s , f r a t e rna s y pa r t i c ipa nte s . Es ta r e a l i da d h i s tór i c a no c ons t i tuye únic a me nte e l p roduc to de un proc e sosocia l s imétr ico, s ino que teológicamente s ignif ica la ant ic ipac ión ypreparac ión de l Reino de Dios y de l Pueblo de Dios esca tológico.

La s c omu nida de s de ba se forma n e se pue blo e n ma rc ha ; suexis tencia lanza un desaf ío a la je rarquía que monopolizó en susma nos todo e l pode r s a gra do , a f in de que é s ta s s e e n t i e nda n c omoservic io y no como poder que se e jerce a par t i r de l propio pode r (1 5) ; a de m ás a c túa c omo me dia c ión de l a jus t i c i a , l a f r a t e r n ida d y l a c oord ina c ión de l pue blo , no pe rmi t i e ndo que s e c re e ne s t ruc tura s monopol i s t a s n i s e de n e n su s e no ma rgina c ione s . E lhe c ho de que e x i s t a n por una pa r t e una va s ta r e d de c omunida de se c le s ia le s de ba se y por o t r a una e s t ruc tura pa r roquia l y d ioc e sa na; por un lado una Igles ia de seglares y por otro una Igles iadir igida exclus ivamente por c lér igos nos revela la tens ión exis tentey pers is tente dentro de la Igles ia ; se pueden l legar a generar re lac ione s más e c uánime s propic ia ndo una ma yor pa r t i c ipa c ión detodos en la producción y benef ic io de los bienes re l igiosos .

(14) CLAR, "Pueblo de Dios y comunidad liberadora" (Documento 33).

(15) SOBRINO, "Resurrección de una Iglesia popular" (multicopiado).

64 ECLESIOGENESIS 6. CARACTERÍSTICAS DE UNA IGLESIA ENCARNADA 65

La s c omunida de s e c le s ia le s de ba se c ons t i tuye n , a nue s t ro

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2) Iglesia de los pobres y débiles (reducidos a sub-hombres).

La ma yor pa r t e y l a c a s i ma yor ía a bso lu ta de los mie mbros delas comunidades de base son pobres y f ís icamente débiles a causade la dura expropiac ión de su t rabajo a que es tán sometidos . Lasc omunida de s d i spone n de me dios pa rc os , lo que da oc a s ión a queponga n e n c omún la fue rz a de t r a ba jo de sus mie mbros e n obra sde c o la bora c ión y o t r a s in ic ia t iva s c omuni ta r i a s .

E l he c ho de s e r pobre y dé bi l no c ons t i tuye únic a me nte undato soc iológico; a los ojos de la fe const i tuye un acontec imientoteológico; e l pobre , evangélicamente , s ignif ica una epifanía de lSeñor; su exis tencia es un desaf ío lanzado a Dios mismo, quienun día resolvió intervenir para res tablecer la jus t ic ia , porque lapobreza de expres ión a una quiebra de la jus t ic ia ya que e l la nose ge ne ra e spontáne a me nte , s ino me dia n te un modo de produc c ióne xplo ta dor . Son los pobre s los na tura le s por ta dore s de l a u topía de lReino de Dios; son e l los los que l levan la esperanza y a e l los debepertenecer e l futuro.

3) Iglesia de los expoliados (deshumanizados).

La inme nsa ma yor ía de l a s c omunida de s e c le s ia le s de ba se(basta leer sus referencias) , es tán enredadas en problemas de t ie rrasde l a s que son e xpul sa dos sus mie mbros o a me na z a dos de e xpul s ión, en problemas de sa lar ios , t rabajo, sa lud, casa , escuela , s indic a to . Sin dif icul tad se perc ibe que nuestro t ipo de soc iedad de moldes capita l is tas , dependiente , asociada , e l i t is ta , no se hizo parae l los ; nada funciona en razón de e l los , ni las leyes , ni los jueces ,ni e l apara to polic ia l , ni los medios de comunicac ión. Son rea lme nte e xpol i a dos ; ha s ta ha c e poc o e ra n obje to de l a mise r i c ord iade la Igles ia y de la soc iedad. No contaban posi t ivamente s i no

e ra c omo ma te r i a l de ma niobra s po l í t i c a s y c omo núme ro e n orde na engrosar las f ies tas populares .Ahora s e r e úne n , forma n c omunida de s , a c umula n una c on

c iencia cr í t ica y t ransformadora en re lac ión a la Igles ia y a lasociedad; se hacen suje tos de la his tor ia . La comunidad ec les ia les pr inc ipio de descubrimiento de la dignidad inherente a la persona huma na , e nvi l e c ida por l a s c l a se s domina nte s (de re c hos delos pobres) . Se descubren como suje tos de derechos y deberes (c iuda da nos ) , imáge ne s y s e me ja nz a s de D ios , h i jos de l Pa dre , t e mplos de l Espír i tu y des t inados a la tota l personalizac ión cuandoacontezca la culminación de la his tor ia , pero también a ant ic ipar laya a hora por me dio de prác t i c a s de l ibe r t a d .

modo de ve r , l a forma a de c ua da de Ig le s ia pa ra l a s v íc t ima s de l aa c umula c ión c a pi t a l i s t a , e n c ont r a pos ic ión a l a Ig le s ia t r a d ic iona l ,j e r a rquiz a da , c on sus a soc ia c ione s c l ás ic a s (Apos to la do , V ic e nt i -nos . . . ) y mode rn iz a nte s (Curs i l los , TLC, MFC, Re nova c ión c a r i s -mát ic a ) , pe ro a de c ua da s a una soc ie da d de c la se s , in te gra da s e n e lproyecto de las c lases hegemónicas .

4) Iglesia de los seglares.

La ic o , e n su s e n t ido or ig ina l g r i e go , s ign i f i c a mie mbro de lpueblo de Dios . En es ta acepción también e l sacerdote , e l obispo ye l papa son la icos . Sin embargo, en la divis ión ec les iás t ica de l t ra ba jo , l a i c o e s todo a que l que no pa r t i c ipa de l pode r s a gra do . Poreso no era considerado portador de ec les ia l idad en sent ido de poderta mbié n produc i r b ie ne s s imból ic os y s e r c r e a dor de c omunida decles ia l ; e ra un mero benefic iar io de lo que e l cuerpo de func iona r ios s a gra dos produc ía y un e je c u tor de sus de c i s ione s . Enlas comunidades de base , const i tuidas cas i exc lus ivamente por seglares , se ve que son verdaderos creadores de rea l idad ec les ia l , dete s t imonio c omuni ta r io , de orga niz a c ión y de r e sponsa bi l ida d mi s ionera . Poseen la pa labra , c rean s ímbolos y r i tos y re inventan ala Igles ia con los mater ia les de las bases

5) Iglesia como koinonía de poder.

La c omunida d s e c ons ide ra l a de pos i t a r í a de l pode r s a gra doy no sólo unos pocos dentro de e l la . No se manif ies ta anárquica , ene l s e n t ido de pre te nde r pre sc indi r de todo pode r y orga niz a c ión ,s ino c ont r a r i a a l p r inc ip io de monopol iz a c ión de l pode r e n ma nosde un cuerpo de especia l is tas por encima y fuera de la comunidad.Pre domina l a c i r c u la c ión de los ro le s de c oord ina c ión y a n ima c ión ,

s i e ndo e l pode r func ión de l a c omunida d y no de una pe r sona ;lo que se rechaza no es e l poder en s í , s ino su monopolio queimplica expropiac ión en benef ic io de una é l i te . No son pocas lasc omunida de s que , a c a usa de e s ta pos tura bás ic a , ma nt i e ne n unc l ima de sospe c ha c ont r a todo voc a bula r io que de note a u tor i t a r i s mo y c onc e nt r a c ión de pode r (d i r ige nte , a n ima dor , j e f e , c oord i n a d o r ) .

6) Iglesia, toda ella ministerial.

Las comunidades ec les ia les de base , por su carác ter más comuni ta r io que soc ie ta r io , f a c i l i t a n l a c i r c u la c ión de l pode r . Los

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diversos servic ios no son previos , como perpetuación de una es

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t ruc tura pre e xi s t e n te , s ino que son r e spue s ta a l a ne c e s ida d quesurge . Toda l a c omunida d e s min i s t e r i a l , no só lo a lgunos mie mb r o s ; se supera de es ta forma la r igidez de la divis ión de l t rabajore l ig ioso : j e r a rquía /d i r e c c ión , l a i c a do/e je c uc ión . Te ológic a me nteha bla ndo ha brá que de c i r que , e n pr ime r p la no , l a Ig le s ia e s r e pre se nta n te de Cr i s to y los min i s t ros r e pre se nta n te s de l a Ig le s ia ;son también representantes de Cris to en la medida en que sonIgles ia ; y as í se deberá pensar e l poder como deposi tado en la

c omunida d por e n te ro ; a pa r t i r de e l l a s e de ta l l a r á e n d ive r sa s for mas de acuerdo a las exigencias de las necesidades , inc luido e l supre mo pont i f i c a do . De e s te modo los s e rv ic ios nunc a e s t án porencima o fuera de la Igles ia , s ino dentro de e l la como expres ión de lsacramento de la Igles ia y en función de toda la comunidad ec le-s ia l .

7) Iglesia de diáspora.

La s c omunida de s de ba se r e pre se nta n e n t é rminos h i s tór i c o-socia les la pr imera experiencia con éxi to de la Igles ia fuera de los

c ua dros de l a c r i s t i a nda d y c on r a íc e s popula re s . La c r i s t i a nda d ,ta l como rec ientemente se ha anal izado con c ier to de ta l le (16) , s ignif ica una ar t iculac ión peculia r entre la Igles ia y la soc iedad c ivi lmediante e l Estado y las es truc turas soc ia les y cul tura les hegemónicas de un pa ís ; la Igles ia par t ic ipa de l bloque his tór ico y se lasarregla con las c lases dominantes para poder e jercer su poder enla soc iedad c ivi l . Este ensayo se agotó his tór icamente por las misma s muta c ione s inhe re n te s a l b loque h i s tór i c o , some t ido a l c a p i t a l i smo mul t ina c iona l que ge ne ra de pe nde nc ia y subde sa r ro l lo . A pa r t i r de 1960 ha n a pa re c ido l a s c ondic ione s h i s tór i c a s pa ra una Ig le s ia que nazca de l pueblo, de las c lases dominadas . La oposic ión quese nota ac tua lmente (conviene que lo entendamos bien) no se establece entre una Igles ia of ic ia l y una Igles ia popular , s ino entrela c r is iandad (Igles ia encarnada en las c lases hegemónicas) y laIgles ia popular . Esta Igles ia se re l iga con la Igles ia je rárquica peroe s ta b le c e un a n ta goni smo a l p roye c to de una nue va c r i s t i a nda d quein te n ta r í a , c omo se pe rc ibe e n e l doc ume nto de c onsul t a pre pa ra tor io a l a I I I Confe re nc ia Epi sc opa l La t inoa me r ic a na de Pue bla ,subordinar la acc ión pas tora l de la Igles ia a su ar t iculac ión con lasc la se s he ge mónic a s .

Lo que ve mos r e a l i z a do por l a s c omunida de s de ba se e s l a

(16) RICHARD, op. cit.: es la tesis central de todo este trabajo.

Igles ia dentro de la soc iedad (preferentemente en las c lases oprimidas) y no la soc iedad dentro de la Igles ia ; e l las s ignif ican unadiáspora c r i s t i a na d i s e mina da de nt ro de l t e j ido soc ia l . Más a l l á desu va lor ec les iás t ico ( teológico) implican un eminente va lor pol ít i c o : a yuda n a c ons t ru i r c e lu la rme nte l a soc ie da d c iv i l c ont inua mente rota y a tomizada por la divis ión de c lases y por los a taquesde l a c l a se he ge mónic a y a n t ipopula r . Ge ne ra n una mís t i c a dea yuda mutua , e nsa ya n e n c onc re to una pra x i s c omuni ta r i a y so l i da r i a que a n t i c ipa y pre pa ra una nue va forma de c onvive nc iasoc ia l e n c ont r a pos ic ión a l a soc ie da d burgue sa .

8) Iglesia liberadora.

A e s te propós i to ha c e mos r e fe re nc ia a lo e sc r i to más a r r iba a lref lexionar sobre la a r t iculac ión exis tente entre Igles ia y c lasesopr imida s ; l a c omunida d c r i s t i a na pue de s ign i f i c a r l a pue r ta deentrada (desde e l punto de vis ta de l pueblo) a la pol í t ica comoc ompromiso y prác t i c a e n búsque da de l b ie n c omún y de l a jus t i c i asocia l . El c r is t ianismo es la re l igión de l pueblo; todo lo ent iende

y lo organiza a par t i r de e l lo; un cr is t ianismo que se re l iga a lase xpe c ta t iva s y de ma nda s de los opr imidos e me rge c omo l ibe ra dor yla c omunida d de ba se c omo l ibe ra dora . Se pe rc ibe que e n l a s c omunidades , e l capi ta l s imbólico de la fe const i tuye la fuente , cas iúnic a , de mot iva c ione s e n orde n a l c ompromiso pol í t i c o ; e l e va ngel io y la vida de Jesús l levan a la l iberac ión de las injus t ic ias .Convie ne , s in e mba rgo , a dve r t i r que s e t r a t a ún ic a me nte de unprimer paso; de trás de é l vendrá e l paso anal í t ico y entonces lapol í t i c a a pa re c e rá c omo c a mpo e n su a u tonomía r e la t iva ; no s ehace dimis ión de la fe , s ino que és ta adquiere su verdadera dimens ión de mís t i c a de a n ima c ión que a punta a una l ibe ra c ión que t r a s c ie nde l a h i s tor i a y pe rmi te ve r l a ya a n t i c ipa da h i s tór i c a me nte e n

el proceso l iberador de la soc iedad que ges ta formas menos inicuasde c onvive nc ia .

9) Iglesia que sacramentaliza las liberaciones concretas.

La comunidad ec les ia l de base no ce lebra únicamente la Pa labra de Dios o los sacramentos (cuando puede tener los) , s ino quecelebra a la luz de la fe la misma vida , las conquis tas de todo e lgrupo y sus e nc ue nt ros . Sa be dra ma t iz a r sus proble ma s y sus soluc ione s ; l i tu rg iz a lo popula r y popula r i z a lo l i tú rg ic o ; a pre nde a

descubrir a Dios en la vida , en los acontec imientos , en sus luchas;

68 ECLESIOGENESIS 6. CARACT ERÍSTICAS DE UNA IGLESIA ENCARNA DA 69

En Brasi l y por lo genera l en América Latina se perc ibe una nota

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de es te modo se recobra de la amnesia sacramenta l a que fue reduc ida toda la Igles ia por la l imitac ión, en e l Concil io de Trento, detoda la es truc tura sacramenta l a los s ie te sacramentos (17) .

10 ) Iglesia que prolonga la gran tradición.

Je sús , los Após to le s y l a s pr ime ra s c om unida de s c r i s t i a na s e ra ngente de l pueblo, pobres y miembros de las c lases sometidas . Nun

ca en la Igles ia se perdió la memoria de esos or ígenes humildes;pero con la construcc ión de un régimen de cr is t iandad esos or ígene s humi lde s fue ron mi t i f i c a dos ; e l me nsa je l ibe ra dor de J e sússufr ió un secuestro por par te de los grupos dominantes en funciónde sus intereses . Las comunidades ec les ia les de base se s ienten enprofunda s intonía con la Igles ia de los Hechos de los Apóstoles ,con la Igles ia de los márt i res , con los movimientos profé t icos queen la Igles ia volvieron una y otra vez a asumir la dimensión evangél ica de la pobreza , de l servic io, de la renuncia a toda pompa ydomina c ión y de l a inse rc ión e n t r e los ma rg ina dos . Es ta Ig le s iade l pue blo y de los pobre s , que s i e mpre e x i s t ió pe ro c uya h i s tor i acas i nunca fue contada , se prolonga en la experiencia de las comunidades ec les ia les de base de hoy. Ellas no sólo reproducen esquemas de l pasado, s ino que recrean otros en función de las l lamadas his tór icas . Esta Igles ia de la base es más e l acontec imiento delas personas que se reúnen a causa de la Pa labra de Dios que unains t i tuc ión c on e s t ruc tura s pre v ia me nte e s ta b le c ida s ( s a c ra me ntos ,doc t r ina s , j e r a rquía s ) ; y no porque e sa s r e a l ida de s l e s e a n ind i f e rentes o s implemente no exis tan, s ino porque no const i tuyen e l e jea r t i c u la dor de l a c omunida d e n c ua nto t a l ; son más b ie n l a Pa la bra de Dios oída y re le ída en e l contexto de sus problemas, lae jecución de ta reas comunitar ias , la mutua ayuda y las ce lebrac iones , las que es tán en la base de esas comunidades .

11 ) Iglesia en comu nión con la gran Iglesia.

No debemos entender a la Igles ia de la base como una Igles iapa ra le la a l a de l a gra n ins t i tuc ión; e l a n ta goni smo, c omo ya ind i c a mo s a r r ib a , no s e e s ta b lec e e n t r e ins t i tuc ión y c omun ida d , s inoe nt r e c r i s t i a nda d ( Ig le s ia a soc ia da a los pode re s he ge mónic os dela soc iedad de c lases) e Igles ia popular ( integrada en las bases) .

(17) BOFF, "Los sacramentos de la vida" (Sal Terrae 1977): intentamos fundamentar teológicamente los significados sacramentales básicos.

ble convergencia entre la gran Igles ia , es truc turada como red deservic ios ins t i tuc ionales , y la Igles ia red de comunidades de base .Esta rec ibe de aquélla e l capi ta l s imbólico de la fe , la re l igac ióncon la Tradic ión apostól ica y la dimensión de universa l idad. Aquél la , la gran Igles ia , rec ibe de és ta la concrec ión loca l y personal , lainserc ión en e l pueblo y la vinculac ión a las causas más urgentesde los hombres en lo referente a la jus t ic ia , la dignidad y la part ic ipac ión. Ambas es tán vuel tas la una hac ia la otra en una mutua

aceptac ión; no son dos Igles ias , s ino la misma Igles ia de los Padres de la fe concre tada en es tra tos diferentes de la soc iedad y enfrentando problemas específ icos . La base no manif ies ta ningunaalergia a la presencia de los sacerdotes y obispos en su seno anteslos rec lama, pero imponiéndoles un nuevo es t i lo en e l e je rc ic iode su minis ter io de unidad y comunión más s imple , evangélico, func ional , re l igado a la causa popular . Grac ias a esas bases toda laIgles ia ha asumido ac tua lmente una opción más dec idida por lal iberac ión de los oprimidos , por la defensa de los derechos human o s , en especia l los de los pobres , y por un proceso de t ransforma c ión g loba l de l a soc ie da d rumbo a forma s más soc ia l i z a da s .

12 ) Iglesia que construye la unidad a partir de la misiónliberadora.

La tradic ión teológica comprendió la unidad de la Igles ia comoc ons t ru ida sobre t r e s e j e s : l a misma f e ( "v inc ulum symbol ic um") ,los mismos s a c ra me ntos ( "v inc ulum l i tu rg ic um") y e l mismo gobierno je rárquico ("vinculum socia le") . La Igles ia la t ina enfa t izóe l gobie rno j e r á rquic o c omo e l p r inc ip io de unida d funda me nta l :"unus gre x sub uno pa s tore " (un pue blo so lo ba jo un pa s tor so lo ;"unum c orpus (populus ) sub uno c a pi t e " ) . L le gó a una e la bora c ión

exacerbada de l poder centra l izador ( teor ía de la cefa l izac ión) has tae l punto de expropiar a l pueblo cr is t iano de todas las formas depar t ic ipac ión dec isor ia . La Igles ia or ienta l or todoxa acentuó pr i-mordia lme nte e l s a c ra me nto c omo pr inc ip io c re a dor de unida d yde e xpre s ión de unida d , pa r t i c u la rme nte l a e uc a r i s t í a ( "una e uc ha -r is t ia , unus grex") . En las comunidades de base la unidad se es tructura funda me nta lme nte a pa r t i r de l a mis ión . C ie r t a me nte e sa Ig le s ia de base t iene la misma fe , rec ibe y adminis tra los mismos sacrame ntos y s e e nc ue nt r a e n c omunión c on l a gra n Ig le s ia e s t ruc tura daje rá rquic a me nte , pe ro e sa un ida d in te r ior s e c r e a y a l ime nta apar t i r de una referencia a la exter ior idad que es la mis ión.

El contexto confl ic t ivo de las bases configura muy concre ta-

70 ECLESIOGENESIS

me nte l a mis ión de l a Ig le s ia : pe nsa r y v iv i r l a f e de forma l ibe

6. CARACTERÍSTICAS DE UNA IGLESIA ENCARNADA 71

14 ) Iglesia toda ella apostólica.

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r a dora , c omprome t ida c on los humi l l a dos , luc ha ndo por su d igni da d y a yuda ndo a c ons t ru i r una c onvive nc ia más c onforme c on losc r i t e r ios e va ngé l i c os . Es ta opc ión s e impone de forma c a da ve zmás ine ludib le e n toda s l a s c omunida de s de ba se s e a e n me diorura l s e a e n me dio suburba no. La s d iv i s ione s no s e produc e n nor malmente a l nive l de la fe , de los sacramentos o de la direcc ión,s ino a l n ive l de l c ompromiso c on l a r e a l ida d . Podr ía mos de c i r quese c ons t ruye sobre e s ta opc ión: "una opt io , unus gre x" (una

opc ión , un pue blo) .

13 ) Iglesia con una nueva concreción de su catolicidad.

La unida d f a c i l i t a e l e n te ndimie nto de l a un ive r sa l ida d . La sc omun ida de s de ba se t ie ne n una n í t ida insc r ipc ión soc ia l de c la se(pobre s , e xplo ta dos ) , pe ro a l mismo t i e mpo e xpl i c i t a n una voc a c iónunive r sa l : jus t i c i a pa ra todos , de re c hos pa ra todos y pa r t i c ipa c iónpara todos . Los derechos de todos pasan por la mediac ión de losde re c hos a se gura dos y r e c upe ra dos de los pobre s . La s c a usa s pos tuladas por las comunidades son causas universa les y se hacen universa les en la medida a i que asumen la universa l idad de esasc a usa s ; por e so no son c omunida de s c e r r a da s e n sus propios in te reses c las is tas ; todos , de cualquier c lase , los que opten por la just ic ia y se integren en sus luchas encontrarán un lugar en su seno.Luc ha ndo por l a l ibe ra c ión e c onómic a , soc ia l y po l í t i c a que a brela perspect iva hac ia una l iberac ión en pleni tud en e l Reino de Dios ,se es tá a l servic io de una causa universa l . El capi ta l ismo comosis tema de conviv encia dis imétr ica se presen ta como un imped imento a la universa l idad de la Igles ia en la medida en que rea l iza sólolos intereses de una c lase . Una sociedad democrát ica y soc ia l is taof re c e r í a me jore s c ondic ione s ob je t iva s pa ra una e xpre s ión más

plena de la ca tol ic idad de la Igles ia . En otras pa labras , en e l capita l ismo la ca tol ic idad de la Igles ia corre e l r iesgo de quedarse enla pura intencional idad de la ut i l izac ión de los mismos s ímbolospero con contenidos diferentes de acuerdo a la s i tuac ión de c lase .Ricos y pobres comulgan juntos en la Igles ia pero se excomulganmutua me nte e n l a f ábr ic a . S i e n l a f ábr ic a hubie se c omunión , l ac omunión e uc a r í s t i c a e xpre sa r í a no só lo l a c omunión e sc a to lógic aa l f ina l de la his tor ia , s ino ya ahora también la comunión rea l dela soc iedad.

Es ta mos ha bi tua dos a e n te nde r l a a pos to l i c ida d c omo c a ra c te r ís t ica de los obispos , sucesores de los Apóstoles . Esta reducciónde l c onc e pto a s ignándolo e xc lus iva me nte a l g rupo d i r ige nte másal ta de la Igles ia es poster ior .

Or ig ina r i a me nte a pós to l e s s imple me nte e l e nvia do , c omo sedice en e l NT, aun de Jesús (Hebr . 3, 1) . Muy probablemente e l té rmino a pós to l no fue a p l i c a do por J e sús a los doc e pr ime ros s e gui

dore s (18) .A l s e r e nvia dos por e l mundo pa ra c ont inua r su mis ión r e ve la dora y a nunc ia dora , los Doc e pa sa ron a s e r a pós to le s . Pe ro e ldenominativo no es exclus ivo de los Doce como se ve en Pablo,l l a ma do t a mbié n a pós to l y voc a c ión t a rd ía . Todo e nvia do (y c a daba ut i z a do r e c ibe l a t a r e a de a nunc ia r y t e s t imonia r l a nove da d deDios en Jesucr is to) , es un apóstol y prolonga e l envío de los pr imeros doce apóstoles . Los Doce son, con todo, los que desc ifrarone l mis te r io de J e sús c omo Hi jo de D ios e nc a rna do . Es ta mos l iga dosa la fe apostól ica y a su doctr ina conservada en los textos fundac ionales y en la memoria viva de las comunidades . En razón de es tafunción suya desc ifradora , los apóstoles se const i tuyeron en coor

dinadores de comunidades . En es te contexto se dice que todos losque e jercen es te servic io de coordinación y de unidad es tán en lasuc e s ión a pos tó l i c a . F ina lme nte s e ha bla e n l a t r a d ic ión de l a"v ida a pos tó l i c a " , v ida de s e guimie nto de J e sús , pa r t i c ipa ndo de suvida y c ompa r t i e ndo su de s t ino .

Él problema surgió cuando los Doce Apóstoles fueron considerados por la re f lexión canónico-teológica como individuos . Seperdió e l sent ido s imbólico de los Doce que des ignaba la comunidad mesiánica (nuevo Israe l) y su colegia l idad. No es que individualmente cada uno de los Doce sea enviado; es e l grupo, e lcolegio, la comunidad de los Doce , es dec ir , la pr imera y minúscula "ecc les ia" en torno a Jesús . Por consiguiente , es la comunidadla que es apostól ica y no únicamente a lgunos portadores de l poders a g r a d o .

En es te sent ido la comunidad ec les ia l de base recupera e l sent ido pr imit ivo de apostol ic idad en la medida en que , en cuanto comunida d , s e s i e n te e nvia da , por ta dora de l a doc t r ina or todoxa dela fe y de los diversos servic ios que e l Espír i tu susc i ta en e l la ,viviendo una vida apostól ica en e l seguimiento de Jesús , de sus

(18) DUPONT, "Le nom d'Apótres a-t-il été donné aux Douze parJésus?"; CONQAR, "Mysterium Salutis" IV/3, 157-159; KLOSTERMANN,"Das christliche Apostolat", obra clásica y monumental; para este punto, págs. 119-128.

72 ECLESIOGENESIS

ac t i t udes , de su mensa j e y de l a e sper anza de l Re ino que de jó

6. CARACTERÍSTICAS DE UNA IGLESIA ENCARNADA 73

la Iglesia y de la sociedad. Cada una de el las puede ser somet ida a

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deposi tada en el corazón de los f ieles. La sucesión apostól ica nose r educe , po r l o t an to , a f unc iones j e r á r qu i cas i n t r oduc i endo desdeel comienzo una visión entre los que t ienen y los que no t ienenen la Iglesia; esta división en servicios es poster ior y está basadaen una p r o f unda f r a t e r n idad e i gua ldad : t odos po r t ador es de l arecta doctr ina de los apóstoles y todos par t icipantes de los t resservicios básicos de Jesucr isto: los de test imoniar , sant i f icar y serr esponsab les de l a un idad y f unc ionamien to de l a comunidad . E n

las comunidades de base se pe r c ibe es t e equ i l i b r io en t r e l o s d ive r sos elementos sin que existan prejuicios en contra de una divisións imét r i ca de l a s va r i a s f unc iones y r esponsab i l i dades .

15 ) Iglesia realizadora de un nuevo estilo de santidad.

El santo no es únicamente el asceta, el f iel observante de lasdisposiciones divinas y eclesiást icas, el que penetró e internal izóe l mi s t e r io sac r osan to de Dios y e l de su apar i c ión humana en Jesu c r i s to . T odo eso conse r va un va lo r pe r enne e i n sus t i tu ib l e . Pe r o a lmi smo t i empo en l a s comunidades de base se ha f o r j ado l a s i t ua c ión ap r op iada pa r a o t r o t i po de san t idad , l a de l m i l i t an t e . Másque luchar con t r a l a s p r op i as pas iones ( l o que es una l ucha pe r manen te ) se l ucha po l í t i camen te con t r a l a expo l i ac ión y l a gener a c ión de mecan i smos de acumulac ión exc luyen te y a f avor de les f ue r zo de cons t r u i r r e l ac iones más comuni t a r i a s y equ i l i b r adas .Las nuevas vi r tudes se expresan en la sol idar idad de clase, en lapa r t i c ipac ión en l a s dec i s iones comuni t a r i a s , en l a ayuda mutua( t rabajos en común) , en la cr í t ica a los abusos del poder , en elsopor t a r d i f amac iones y pe r secuc iones po r causa de l a j u s t i c i a ( 19 ) ,cárceles injustas, pr ivación del t rabajo, aversión a la usura y a laacumulac ión p r ivada s in r esponsab i l i dad soc i a l . L as comunidadesencu entra n hi tos de referencia en las pers ona s que suf r ieron con

hom br í a a cau sa de su comp r omiso con l a comunida d y con e levange l io ; muchas conse r van lo s nombr es de sus conf eso r es ymár t i res, los recuerdan en sus celebraciones y celebran sus vict o r i a s .

4 . Conclusión: la credibilidad de la esperanza cristiana.

T odos es tos r asgos ( y podr í amos enumer a r o t r os ) ca r ac t e r i zanl a exper i enc i a ec l es i a l nueva que se e s t á oper ando en l a s bases de

(19) S. Agus tín veía en la persecución por causa de la justicia unade las Nota s de la Iglesia verda dera: Epístula 93, 8; 185, 9.

d i scus ión , pe r o e l con jun to conver ge en un sen t ido r eve l ador deun esp í r i t u nuevo , de una mayor f i de l i dad a l o s o r ígenes l i be r adores del mensaje evangél ico y de f idel idad también al dest ino t ranscenden te de l a t i e r r a con sus búsquedas y ans i edades . L a f e noa l i ena de l mundo n i c r ea una comunidad apar t ada de l o s demáshombr es ; e s un f e r men to de esper anza y de amor j amás venc idosque se af incan en la fuerza de los débi les y en la infal ibi l idad dela causa de la just icia y de la f raternidad. El interés por el cielo

no hace o lv ida r l a t i e r r a ; po r e l con t r a r io , e l c i e lo depende delo que hayamos hecho en la t ier ra y con la t ier ra. Una Iglesia asícompr omet ida con l a s causas de l o s expo l i ados de es t e mundo , conf iere credibi l idad a lo que la fe proclama y a lo que la esperanzapr omete ; desve l a un r os t r o de Cr i s to capaz t odav ía de f asc ina r alos espír i tus atentos e insat isfechos con el orden de este mundo. Lascomunidades compr ueban que se puede se r c r i s t i ano s in se r conse r vador ; que se puede ser hombre de fe y al mismo t iempo compr omet ido con e l des t i no de l a soc i edad ; que se puede esper a r cont ra toda esperanza y soñar en la eternidad sin perder suelo f i rmebajo los pies y sin abandonar el empeño en la lucha por un mañanamejo r , a r ea l i za r aun aqu í den t r o de nues t r a h i s to r i a .

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QUAESTIONES DISPUTATAE

1. A lo largo de nuest ras ref lexiones hem os dejado en suspenso a lgunos p r ob lemas sobr e l o s que ex i s t en op in iones d ive r gentes aunque legí t imas entre los diversos teólogos y corr ientesteológicas. La opción por un modelo de comprensión o por ot rono es i nd i f e r en t e pa r a l a i dea gener a l que nos hacemos de l a f e ,del cr ist ianismo, del futuro de la Iglesia y para las decisiones deo r den pas to r a l . Po r e j emplo : hemos d i cho a r r i ba que l a s comu

nidades eclesiales de base signif ican la reinvención de la Iglesia .Muchos se p r eg un ta r án : ¿es pos ib l e r e inven ta r la I g les i a? ¿N of ue ya f undada po r Jesucr i s to y en t r egada a l o s hombr es con suses t r uc tu r as f undamen ta l es? ¿No son e l ep i scopado , e l p r esb i t e r adoy los sacramentos de inst i tución divina? ¿Es l íci to tocar a la Iglesia en puntos tan esenciales?

Ot r o e j emplo : e l p r ob l ema concr e to de l sace r do te que es t ásiendo aplastado bajo el peso de las sacramental ización; los sacramentos t ienen que ver con el abastecimiento interno de la vidade l a comunidad que no puede quedar depend ien t e de l c l e r o ( c l a se). S in es t a v ida i n t e r na l a comunidad no podr í a hace r nada ynunca l legar ía a una real autonomía. El clero se ha conver t ido en

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una c la se y , c omo c la se , ha monopol iz a do e n sus ma nos l a a dmi

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nis trac ión de los sacramentos . Se ha quedado con la l lave de l puesto de abastec imiento, s in ser e l dueño de é l , y ha creado en e l pueblo una conciencia de dependencia tota l consc iente en creer quesólo gra c ia s a l "pa dre " pue de subi r ha s ta D ios . Pue s b ie n , t e ndráque e l iminar a l te le fonis ta y habrá de crearse una l inea direc tahasta e l pueb lo. Esto s ignif ica : 1) qu e e l pueblo pue da re descu brire l sent ido sacramenta l (s imbólico) de la vida ; 2) que se e l imine e lc ler ica l ismo (no e l sacerdocio) que rodea la adminis trac ión de los

sa c ra me ntos ( a lgo muy d i s t in to de e n t r e ga r su a dmini s t r a c ión aseglares formados para e l lo) ; 3) que e l pueblo pueda l legar a serdueño de sus sacramentos y a disponer de l control de l puesto dea ba s te c im ie nto" (M e s te r s , C , "O fu turo de nos so pa s sa do" , e n"Urna Igre ja que na sc e do povo" , 146) .

2 . En es tas concre t ís imas pa labras de Mesters queda plante a do todo el p roble ma . Pe ro ha y que pre gun ta r : ¿ Pue d e la Ig le s iahacer eso? ¿Qué t ipo de Igles ia quiso Jesús que fuese su Igles ia?Aún más : ¿ qui so J e sús un c ua dro ins t i tuc iona l de f in ido? La r e s puesta a es tas preguntas condic iona las soluc iones de los problemasplanteados . Hoy, con la experiencia de la c r is is minis ter ia l de laIgles ia y con la e fervescencia de las comunidades de base con susforma s propia s de orga niz a c ión , d i s t r ibuc ión de l pode r y pa r t i c ipa c ión, es tas preguntas se vuelven muy rea les y nada teór icas . Dij i mos a r r iba que l a Ig le s ia e s una c omunida d e s t ruc tura da y d i j imosbien. Mas he aquí que surge un grave problem a de énfas is : ¿enla e xpre s ión " c omunida d e s t ruc tura da " , s e a c e ntúa e l t é rmino comunidad o e l té rmino estructurada? Hay quienes colocan e l acentoen la estructuración y as í surge ya una Igles ia de arr iba a abajo.Papa - Obispo - sacerdote - diácono - re l igioso - seglar . Es la vers ión of ic ia l y vigente durante s iglos en e l Occidente . Y hay losque a c e ntúa n l a comunidad y se dibuja una imagen de Igles ia f rat e rna , c i r c u la r , pa r t i c ipa da . La e s t ruc tura c ión j e r á rquic a s e r e a l i z a

de nt ro de l a c omunida d y pa ra b ie n de l a c omunida d . Ante s queje ra rquía s y d i f e re nc ia s , J e sús pre te ndió in t roduc i r l a f r a t e rn ida d ,l a pa r t i c ipa c ión y l a c omunida d e n t r e los hombre s .

3 . Que re mos a borda r e n forma de "qua e s t io d i sputa ta " (yaque exis ten opiniones divergentes sobre los temas en l i t igio) laproblemática de la re lac ión de l Jesús his tór ico para con la Igles ia-ins t i tuc ión, as í como la de la capacidad de l seglar de ce lebrar laCena de l Señor , y f ina lmente e l sacerdocio de la mujer y sus posib i l ida de s .

7. ¿QUISO EL JESÚS HISTÓRICO UNA ÚNICA FORMAINSTITUCIONAL DE IGLESIA?

1. Po r la fe dec imos que Jesucr is to fundó la Igles ia . Estaaf irmación es correc ta y expresa la fe milenar ia de la Igles ia . Sinembargo, y aquí comienza e l problema, es ta a f irmación no esunívoca ni s imple . En e l la hay var ias mediac iones que necesi tanser ac lara das par a qu e tenga sent ido dogmá tico la a f irmación fundamenta l : Cris to fundó a la Igles ia , la Igles ia es tá fundada enCr i s to y por Cr i s to . Que re mos pre se nta r a quí una inve s t iga c iónsobre una tendencia bas tante genera l izada en la teología ca tól icaac tua l a propósi to de l tema del Jesús his tór ico y la Igles ia- ins t i tuc ión . Como d i j imos , s e t r a t a de una "qua e s t io d i sputa ta " . O t ra s op i niones son legí t imas y deben ser respetadas . La propuesta que ofrec e mos nos pa re c e que a yuda a pone r e n c onte x to y a funda me nta rteológicamente la difundida ec les iogénesis y re ivención de la Igles ia . Estamos as is t iendo a un nuevo nacer de la Igles ia . Esta puedeorganizarse de modo diverso porque exis te un espacio teológico

para e l lo y es tá en la intención de Jesucr is to que as í sea . Estaaf irmació n se funda en las razones de una teología y exégesis cató l i c a s ba s ta n te r e pre se nta t iva s .

2 . La re lac ión entre e l Jesús his tór ico y la Igles ia puede formula r se c on una pre gu nta r a d ic a l : ¿ Quiso e l J e sús h i s tór ic o ypre pa sc ua l una Ig le s ia ? Es ta pre gunta e s provoc a dora y a mbi gua . Ta n a mbigua c omo la misma pa la bra Ig le s ia .

— Si entendemos por Igles ia la grac ia , la l iberac ión, la i r rupc ión de l Espír i tu, la nueva creac ión, la Jerusa lén ce les te y e l Reinode Dios , entonces Cris to quiso a la Igles ia y no pre tendió otra cosae n e s te mundo, c on su v ida , me nsa je , mue r te y r e sur re c c ión .

78 ECLESIOGENESIS

— Si entendemos por Igles ia la ins t i tuc ión vis ible , su organi

7. ¿QUISO EL JESÚS HISTÓRICO UNA ÚNICA FORMA .. . 79

f rente a los problemas concre tos y a la his tor ia en la que ahora

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zación sacramenta l , su ins t i tuc ión minis ter ia l je rárquica , sus estruc turas soc iológicas a l servic io de la grac ia de l Reino, su auto-comprensión teológica , e tc . , entonces la pregunta de s i Jesucr is toquiso una Igles ia asume un aspecto muy diferente . Es más unacuest ión his tór ica que s is temática , aun cuando la respuesta his tór i c a in f luya e norme me nte e n l a c ompre ns ión s i s t e mát ic a de lo quees y debe ser la Igles ia . Este punto const i tuirá e l obje to de nuestraref lexión : ¿quiso e l Jesús his tór ico una única forma in s t i tuc io nal

de Igles ia?

I. Presupuestos hermenéuticas para una respuesta.

3 . Las fuentes para es tudiar es ta cuest ión son los evangelios .Estos , por otra par te , no son ca ta logables como género de " l ibrosh i s tór i c os" , s ino que c ons t i tuye n un gé ne ro propio de t e s t imonioy propaganda de la fe . Por eso, para ut i l izar los evangelios comofuentes de da tos his tór icos debemos tener en cuenta los s iguientespre supue s tos he rme né ut i c os , a sumidos por l a e xé ge s i s c a tó l i c a t a ly como hoy, por lo genera l , se la prac t ica y enseña:

3 .1 . Los ac tua les evangelios fueron escr i tos después de lamue r te y r e sur re c c ión de J e sús . Es tos dos a c onte c imie ntos modi f i c a ron profunda me nte l a c ompre ns ión que los Após to le s t e n ía nd e J e s ú s .

3.2. Gran pa r te de los textos evangélicos fue e leborada despué s de l a de s t ruc c ión de J e rusa lé n , lo que a por tó una c ompre ns iónnueva de l mensaje de Jesús . El , y con é l los disc ípulos en los pr ime ros a ños de a c t iv ida d , s e ha bía n d i r ig ido a los jud íos . Ahoracon la des trucc ión se acabó e l futuro de la c iudad con todo lo queel la s ignif icaba teológicamente : e l centro de l mundo y e l lugar

de l a ma ni fe s ta c ión de D ios .3 . 3 . Gra n pa r t e de los e va nge l ios fue r e da c ta da c ua ndo ya

había organizac ión ec les iás t ica , mis ión y convers ión de genti les .Todo es to se ref le ja en los textos y en la teología de cada evange l i s t a .

3.4. Los textos t rans mite n una a tmósfera diferente de la deJe sús . J e sús v iv ía ba jo l a inmine nc ia e sc a to lógic a de l a i r rupc ióndel Reino. Los evangelios es tán ba jo e l s igno de la demora de lapa rus ía ha s ta un t i e mpo d i s t a n te e inde f in ido . E l propio he c ho deque s e ha ya n e la bora do los e va nge l ios t e s t imonia l a c onvic c ión deque e l f in no e s inmine nte . La c omunida d s e orga niz a pa ra ha c e r

va a entrar la Igles ia .

3.5. Los textos ac tua les son tes t imonios de fe , o lo que eslo mismo: no só lo r e la ta n un pa sa do , s ino que in te n ta n e xpl i c i t a re l presente vivido a la luz de lo que se manifes tó en e l pasado:pre d ic a c ión de Cr i s to , mue r te y r e sur re c c ión . Es una c onf ronta c iónentre la exis tencia ec les ia l y e l mensaje de Jesús . De ahí que lostextos , a l lado de contenidos y bloques his tór icos , enc ierren teolo

gía , re f lexión e interpre tac ión a la luz de lo que habían vis to yconvivido con Jesús . Los evangelios no hacen dis t inc ión entrelo que per tenece a l Jesús his tór ico y lo de l Cris to de la fe , entrelo que es jesuánico y lo que proviene de la comunidad de fe . Tantoun e lemento como el ot ro son a t r ibu idos ind i f e re nc ia da me nte aCris to. Y eso, evidentemente , hace mucho más dif íc i l e l t rabajohi s tór i c o . E l a ná l i s i s d i s t ingui r á lo que proba ble me nte s e a de l J e sús his tór ico y lo que haya que a tr ibuir a l t rabajo teológico o re-daccional de l evangelis ta o de la comunidad. Así puede acontecerque textos le ídos fuera de es tos presupuestos cr í t icos y tenidos t ra -d ic iona lme nte c omo " ips i s s ima vox Je su" ha ya n de s e r c ons ide ra dos c omo te o logía de l a c omunida d pr imi t iva .

3.6. Los evangelis tas hic ieron lo que hizo Pa bl o: inter pre ta re l mensaje de Jesús . Es lo que también nosotros hacemos en lat e o logía , c a tc que s i s y pa r t i c u la rme nte e n l a homi lé t i c a . Ta mpoc opode mos obra r de ma ne ra d i f e re n te pue s to que l a c ompre ns ión e ss ie mpre un proc e so v i t a l de in te rpre ta c ión . Nue s t ros s e rmone s noson rec i tac ión de l pasado, s ino ac tua l izac ión y és ta es la confrontac ión de nue s t r a h i s tor i a c on e l me nsa je o ído . Cua ndo pre d ic a mosestamos convencidos de que , a pesar de la interpre tac ión, no es tamos e nse ña ndo nue s t r a doc t r ina y me nsa je , s ino a r t i c u la ndo e n l adiferencia de t iempo y lengua , e l mismo mensaje de fe de los evangel ios . Este proceso lo encontramos también en e l Nuevo Testamen

to y no podría ser de otro modo.Esto presupuesto, podemos ref lexionar sobre la re lac ión entre

e l Jesús his tór ico y la Igles ia .

I I . La imagen de Iglesia de una teología sin problemas.

4 . La teología desproblematizada representa a la Igles ia enperfec ta continuidad con la obra de Jesús . El vino a sa lvar por sumuerte y resurrecc ión a los hombres . Ya durante e l t iempo de suvida te rrena , fundó la Igles ia para que continuase su obra has ta laconsumación de los t iempos. Para e l lo la dotó de minis ter ios y sa-

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c ra me ntos , de doc t r ina y de mora l c on los que r e a l i z a ra y pre se n-

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8.1. Si J e sús s e e n te ndía c omo e nvia do únic a me nte a I s r a e l

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cia l izara la sa lvac ión de l mundo. La Igles ia es tá de ta l modo unidaa su funda dor que pue de s e r l l a ma da c ue rpo de Cr i s to , e n te ndie ndoesta expres ión ontológicamente .

5. No cuest ionamos la va l idez dogmática de es ta representac ión de Igles ia . Sin embargo, debemos preguntarnos s i esa ideac or re sponde a los e va nge l ios . De be mos ma nte ne rnos a b ie r tos a c omprender de forma nueva o diferente , y par t iendo de l mensaje de

Je sús , la rea l idad de la Igles ia o de lo que e l la deber ía ser . Hemosde contar con e l hecho de que los evangelios tengan otra idea deIgles ia dis t inta a la común de los f ie les .

6. Basta , por e jemplo, consta tar e l hecho de que ún icam enteMateo entre todos los evangelis tas , hable de Igles ia (Mt 16, 18;18, 17) . Lucas nunca emplea en su evangelio la pa labra "ekkles ia" ;s in embargo, en los Hechos la emplea cerca de 20 veces . ¿Noquería con e l lo ins inuar que la Igles ia no es un da to de l t iempodel Jesús his tór ico, s ino de l t iempo después de Pentecostés? Con-z e lma nn ha de mos t r a do muy b ie n l a d i s t inc ión c la ra que Luc a s in troduce entre e l t iempo de Jesús y e l t iempo de la Igles ia comodos s i tuac iones his tór ico-sa lvíf icas diversas (cfr . Conzelmann, H. ,"El Centro de l Tiempo") . Así que la Igles ia no es obra de l t iempode Jesús , s ino obra de l t iempo del Espír i tu.

7. Para los evangelis tas hay una ruptura entre Jesús y laIgles ia . Entre ambos es tá e l " fracaso" de Jesús cruc if icado. Estátambién la inf ide l idad de los apóstoles y la disoluc ión de la comunidad de los seguidores de Jesús . Sólo después de la resurrecc iónvolve rán a r e uni r s e .

I I I . La intención 'última de Jesús n o es la Iglesia, sino elReino de Dios.

8. Estas breves aver iguaciones plantean ya la preg unta de sila fundación de la Igles ia per tenece a l t iempo del Jesús his tór ico oes un fenómeno postpascual .

Para responder a es ta cuest ión de tanto re l ieve no bas ta únicamente con resolver e l debat idís imo problema de s i e l pasa je deMt 16, 18-19 (Tú eres Pedro y sobre es ta piedra edif icaré mi Igles ia . . . yo te d aré las l laves de l Reino d e los c ie los . . . ) es o no autént i c o y j e suánic o . Ha y que c ons ide ra r c ue s t ione s muc ho más r a d i c a le s , c omo por e j e mplo :

(cfr . Mt 10, 5-6; 15, 24) y a la tota l idad de Israe l , ¿podría entonces pensar en la fundac ión de un a comun idad de f ie les fo rm adapor sus d i s c ípulos y sus fu turos s e guidore s , c omunida d que s e r í aun a e nt r e t a n ta s e x i s t e n te s e n I s r a e l , una " ton Na z a re íon ha í r e s i s "(cfr . Hech 24, 5-14)?

8.2. Si la perspect iv a de Jesús era de una esca tología in minente , ¿podría tener en mente una Igles ia , peregr ina a lo la rgo

de los t i e mpos , o rga niz a da ins t i tuc iona lme nte y b ie n de f in ida h i s tór i c a me nte ?

8.3. Si la predicac ión de Jesús se concentró en la idea de lReino de Dios y s i e l Reino de Dios t iene una connotac ión universa l y cósmica , ¿cómo resul tó la Igles ia en cuanto rea l izac iónre duc ida y a mbigua de l Re ino de D ios?

9. El mo dern is ta Alfred Loysi (1857-19 40) s i tuó bien e l prob le ma c ua ndo, de un modo un poc o de sc onc e r ta n te , e s c r ib ió : "Cr i s to predicó e l Reino de Dios y en su lugar aparec ió la Igles ia" .Ya hace t iempo que la exégesis ca tól ica asumió la ser iedad de es taproblemática . Baste recordar las dos obras c lás icas de l famoso exe-ge ta c a tó l i c o Rudol f Sc hna c ke nburg : "Re ino y r e ina do de D ios"y "La Igles ia en e l Nuevo Testamento" . All í a f irma é l que , segúne l Nue vo Te s ta me nto , he mos de d i s t ingui r c l a r a me nte e n t r e l a"basi lé ia tou Theou" (Reino de Dios) y la "ekkles ia tou Theou"."No la Igles ia , s ino e l Reino de Dios const i tuye la úl t ima intencióndel plan divino y la imagen perfec ta de la sa lvac ión para todo e lm u n d o " .

10. Si no hay identidad perfec ta entre e l Reino de Dios y laIgles ia , ¿qué t ipo de re lac ión r ige entre ambos? ¿Cómo se l legódesde la predicac ión de Cris to sobre e l Reino a la const i tuc ión de

la Igles ia? ¿Es la Igles ia una consecuencia inmedia ta de esa predicac ión o const i tuye un subst i tut ivo precar io de l Reino de Diosque no v ino? ¿ Es f ru to de una "de c e pc ión" o de una r e a l i z a c ión?

11 . Los estudios exegéticos católicos acerca de la Iglesia enel Nuevo Testamento (1) es tablecen unanimidad en los dos puntos

(1) La principal bibliografía: SCHNACKENBURG, el artículo "kirche"en Lthk; VOEGTLE, en "Begegnug der Christen", 64-81; Kuss, en Aus-legung und verkündigung I", 25-77; BETZ, en ThQ 138 (1958) 152-183;BLANK, en W ort und W ahrheit 26 (1971) 291-307; KÜNO, "La Iglesia",65-150; MÜLLER y otros, "Die Aktion Jesu und die Re-Aktion der Kirche; en SCHIERSE, "Jesús von Nazareth", véase la colaboración de NOL-TE, "De Sache Jesu und die zukunft der Kirche".

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s iguientes (cfr . Dios , P. V. , "Vie lfa l t der Kirche in der Vie lfa l t der

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a) Contenido escatológico y universal d el Reino de Dios.

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Jüng e r , Ze uge n und D ie ne r " , F r ibu rgo 1968, 85) : s e pue de ha bla rde Igles ia sólo a par t i r de la fe en la resurrecc ión; esa Igles ia seentiende como la comunidad esca tológica de sa lvac ión. Con palabra s de Sc hna c ke nburg : "Pode mos ha bla r de Ig le s ia e n s e n t idopropio , c omo c omunida d de Cr i s to , ún ic a me nte de spué s de l a e xa l t a c ión de Cr i s to y de l a ve nida de l Espí r i tu Sa nto . La c omunida dde los disc ípulos en torno a l Jesús his tór ico aún no es Igles ia , lacomunidad de los redimidos en e l Reino futuro ya no es Igles ia"

(Sc hna c ke nburg , R . , "K i rc he " , e n LThK VI , 167) . Vógt le lo e xpresa más ^c laramen te : " La tota l idad de l c r is t ianism o p r imit iv ohabla de Igles ia sólo a par t i r de la resurrecc ión de Cris to; la Igles ia para los tes t igos neotes tamentar ios es tá condic ionada en sue xi s t e nc ia por l a mue r te y r e sur re c c ión de J e sús ; t i e ne c la ra me nteuna d ime ns ión pos tpa sc ua l " (Vogt le , A . , " J e sús und d ie K i rc he " ,op. ci t . , 57-58) . En función de es tas consta tac iones de orden exe-gét ico pudo Hans Küng formular en su ec les iología la proposic ión:"El Jesús prepascual , a lo la rgo de su vida , no fundó Igles ia a lguna . . . Me dia n te su pre d ic a c ión y a c c ión puso los funda me n tospa ra que surg ie ra una Ig le s ia pos tpa sc ua l " (Küng, H . , "La Ig le s ia" , 10 6-10 9; c fr . Nolte , J . , obr a c i tada en Nota 1, pág s . 214-233) .La muerte de Jesús y la fe en su resurrecc ión es tán en la base dela Iglesia. Sin la fe en la resurrección no se entiende por qué lacomunidad volvió a reunirse y a predicar a l Crucif icado como Mes í as . La causa y la persona de Jesús no habían te rminado con lamuerte , s ino que ambas reaparecen después de la resurrecc ión comogeneradores y const i tuyentes de la comunidad ec les ia l .

12. Exis te , por t a n to , una d i s c ont inu ida d e n t r e l a pre d ic a c ióndel Reino y la Igles ia : la muerte de Jesús en la c ruz ; exis te también una continuidad entre Jesús y la Igles ia : la resurrecc ión porla que Cris to continúa presente . Art icular la continuidad y la dis

continuidad entre Jesús y la Igles ia es la ta rea teológica de todae c le s io logía que pre te nda funda me nta r se e n e l Nue vo Te s ta me nto .

IV . ¿Qué predicó J esús, el Reino de Dios o la Iglesia?

13 . Jesús no sa l ió a predicar la Igles ia , s ino e l Reino de Dios(cfr . Boff, L. , "Jesucr is to Liber tador" , 62-75) . "Se agotó e l plazo.El Reino de Dios es tá próximo. ¡Cambiad la vida! Creed en es tabue na not i c i a " (Me 1 , 15) .

Reino de Dios , en boca de Jesús , es un concepto esca tológico."S igni f i c a e l gobie rno de D ios que pone t é rmino a l mundo a c tua l ,que aniquila todo lo que sea ant idivino, sa tánico y ba jo lo quea c tua lme nte g ime e l mundo, y que de e se modo, a c a ba ndo c on todala miser ia y con todo e l sufr imiento, t rae la sa lvac ión a l pueblo deDios que a gua rda e l c umpl imie nto de l a s prome sa s profé t i c a s "(Bul tma nn, R . , "Te ología de l Nue vo Te s ta me nto" ) . Re ino de D ios ,

por consiguiente , no s ignif ica una teocrac ia nac ional , un te rr i tor ioo a lgo me ra me nte e sp i r i tua l , s ino un nue vo orde n de l mundo e n e lque Dios es todo en todas las cosas . El Reino de Dios tampoco espremio para los piadosos y cas t igo para los pecadores , antes por e lc ont r a r io e s bue na nue va pa ra los pe c a dore s y pa ra todos los quese convier tan. Lá predicac ión se dir ige a todo Israe l y no sólo aun grupo. Se exige de todos , pecadores y piadosos , la convers ión,lo que presupone que todo Israe l prec isa de e l la y que aún nadieper tenece a l Reino. Aquí t ras luce e l universa l ismo concre to (Blank,J . (obra c i tada en Nota 1, pág. 299); c fr . Müller , K. , obra c i tadaen Not a 1, pág s . 9-30) de la predic ac ión de Jesús : ¡s i tod o Isra e lnecesi ta de un cambio de vida , cuánto más los paganos! Se t ra tade un universa l ismo intensivo y no extensivo. Su predicac ión sedir ige en rea l idad únicamente a los judíos y no a una Igles ia de judíos y genti les . Esta no es taba en e l hor izonte de sus intenciones .El no t iene e l proyecto de fundar una nueva comunidad de fe a llado de las diversas exis tentes en su t iempo, cada una rec lamandopara s í e l t í tulo de "verdadero Israe l" . El quiere convertir a todoIsrael. En es te sent ido no quiso una Igles ia como grupo apar te dejudíos creyentes . Además la idea de Reino de Dios abarca toda lar e a l ida d , t a mbié n l a in f r a huma na , e n l a me dida e n que t a mbié nésta será purif icada de todos los males e integrada en e l señoríoabsoluto de Dios .

b) Un signo escatológico: la constitución de los D oce.

14. Se podría pensar que la const i tuc ión de los Doce (Me3, 14) (2) implicase ya una pequeña comunidad ec les ia l , germende la comunidad futura . Debemos a es te respecto tener cuidadoy no proyectar la evolución postpascual sobre e l t iempo del Jesús

(2) RIGAUX, "Die Zwolf in Geschichte und Kerygma" (en RISTOW -MATTHIAE, "Der historische Jesús und der Kerygmatische Christus", 468-486); DÍAS, op. cit., 174-199; MERKLEIN, "Der Jünger-kreis Jesu", enDie Aktion Jesu..., op. cit., en Nota 1, págs. 65-100.

84 ECLESIOGENESIS

his tór i c o . Es ve rda d que e l Se ñor "h iz o a los Doc e " ( e póie se n dó-de ka ": Me 3, 14) y los envió a pred icar e l Reino (M t 10, 5-6) . Sin

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t icular a t res exegetas ca tól icos , R. Pesch, J . Blank y P. V. Dias (3) .Ta nto D ia s c omo Pe sc h p ie nsa n que e l nombre honor í f i c o de Ke -

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e mba rgo , no s e c re a ron pa ra e l los func ione s c omuni ta r i a s , s ino unafunción simbólica. Ellos s imbolizan esca tológicamente la reconst ituc ión de las doce tr ibus de Israe l , de las que sólo dos y mediaexis t ían aún en t iempos de Cris to (cfr . Mt 19, 28; Le 22, 29) :"vosotros os sentaré is en doce tronos para juzgar a Jas doce tr ibusde I s r a e l " . La importancia consiste en el ser doce y no en serapóstoles. Marcos nunca se ref ie re a los doce apóstoles , s ino s im

ple me nte a los "dóde ka " (Me 3 , 14-16; 4 , 10 ; 6 , 7 -35; 9 , 35 ; 10 ,3 2 ; 11, 11; 14, 10-17) . Sólo después de la resurrecc ión y por lamis ión s e t r a ns forma rán e n " a pós to le s " , e s de c i r , e nvia dos . Fue apa r t i r de l a mis ión c ua ndo Ma te o pudo c ompone r e l l a rgo d i s c ur sode Jesús acerca de la mis ión (Mt 9, 35 - 10, 40) . En su vers iónactua l , es , s in duda , una e laborac ión de l evangelis ta (c fr . Blank, J . ,obra c i tada en Nota 1, pág. 302) .

1 5 . Los doce , por consiguiente , es tán en re lac ión con todoI s ra e l y no c on un grupo a pa r te de nt ro de I s r a e l c ons t i tuye ndo unac omunida d a l a que podr ía mos c a l i f i c a r de Ig le s ia e n minia tura .Par t ic ipan, es verdad, en la ta rea de Cris to de predicar e l Reino,pero lo hacen como mult ipl icadores a f in de a lcanzar más sec toresde Israe l . La ins t i tuc ión de los Doce encaja bien en e l hor izontee sc a to lógic o de J e sús ; c on e l mismo fe nóme no nos e nc ont r a mose n l a c omunida d de Qumra n donde ha bía igua lme nte un c o le g io dedoce a l lado de otro de t res ; por lo tanto, se t ra ta de una es tructura s imbólica idéntica (cfr . Merkle in, H. , en "Die Aktion Jesu" ,o p . ci t . , 87-89) . Const i tuyen una señal de que e l Reino se es tárea l izando para todo Israe l . En e l lo consis te su s ignif icado teológ ic o . Após to l e s un c onc e pto mis ione ro pos tpa sc ua l .

c) Pedro-piedra, fundamento de la fe eclesial después de laPascua.

16. Alguien podría ver e l fundamento de la Igles ia en laprome sa he c ha a Pe dro " e n ve rda d t e d igo que Tú e re s Pe droy sobre es ta piedra edif icaré mi Igles ia y las puer tas de l inf ie rnono prevalecerán contra e l la" (Mt 16, 18) . Conviene inic ia lmenteobse rva r que l a ve r s ión más a n t igua e n Ma rc os únic a me nte t r a e l aconfes ión de Pedro s in la promesa de Cris to (Me 8, 27-30; Le 9,18-21) . La prome sa e s "Sonde rgut" (ma te r i a l e xc lus ivo) ún ic a me nte de Mateo. Para la exégesis de es te dif íc i l pasa je seguimos en par-

pha s -Pe t ros -P ie dra -Pe dro no de be t e ne r su or ige n e n J e sús . Aexcepción de Le 22, 34 Jesús l lama s iempre a l apóstol Simón. Sunombre de Kephas lo debe a l haber s ido e l pr imer tes t igo de laresurrec c ión (cfr . 1 Cor 15 , 5 ; Le 23, 34) . "Co n Ped ro com ienzala fe en la resurrecc ión y con e l lo la his tor ia de la Igles ia de Cris to"(Dias , P. V. , "Vie lfa l t der Kirche" , op. c i t . , 189) . El es la piedrasobre la cual se const i tuirá la Igles ia a t ravés de los s iglos , es dec ir ,

sobre la fe en la resurrecc ión, a tes t iguada por vez pr imera porPedro. El es e l pr imer cr is t iano que confirma a los hermanos en lafe (Le 22, 32) y los dir ige (Jn 21, 15-17) . La explicac ión de Pedrocomo piedra-fundamento t iene e l carác ter de una explicac ión e t io-lóg ic a : Pe dro r e c ib ió e n l a c omunida d e s te nombre porque sobresu confes ión y su fe en la resurrecc ión se construye la Igles ia contra la cual nada pueden las fuerzas eónicas (cfr . Blank, J . , obrac i tada en Nota 1, pg. 304) .

Ha y que nota r a de más que l a prome sa he c ha a Pe dro s e r e a l iza en Cesárea de Fi l ipo, lugar de mis ión. Tal vez haya aquí unains inua c ión a f a vor de l a mis ión e nc a be z a da por Pe dro que a ba ndonó Je rusa lé n y pa r t ió ha c ia Ant ioquía . Sobre l a de c i s ión mis io

ne ra de Pe dro , nos que r r í a e nse ña r Ma te o , s e c ons t ru i r á l a Ig le s iaen cuanto Igles ia de judíos y genti les . Y en rea l idad la profec ía deque sobre Pedro se había de construir la Igles ia (sobre la dec is iónmisionera de Pedro y su profes ión de fe) se cumplió his tór icam e n t e .

17 . El poder de las l laves confer ido a Pedro (Mt 16, 19) enla c omunida d de Ma te o s ign i f i c a una a u tor ida d doc t r ina l ( c f r .Bornka mm, G . , "D ie B inde und Lóse ge wa l t in de r K i rc he de sMa t tháus , e n "D ie Ze i t de r K i rc he " , Fr iburgo 1970, 93-108) : é les e l representante y e l f iador de la doctr ina de Jesús y de su

interpre tac ión recogida en e l evangelio de Mateo. Así como Pabloes e l f iador de la doctr ina or todoxa para las comunidades de lasepís tolas pas tora les , de la misma forma lo es aquí Pedro. Es dignode observación e l que e l mismo poder de a tar y desa tar confer idoa Pe dro l e s e a igua lme nte a t r ibu ido a toda l a c omunida d (Mt 18 ,18). Pa ra Ma te o , Pe dro a pa re c e c omo re pre se nta n te y ga ra n te másque c omo je fe de l a c omunida d .

(3) Cfr. PESCH, "Lugar y significado de Pedro en la Iglesia del NT"(Concilium 64) (1971) 425-434. Para los otros autores, véase "Die AktionJesu...", obra citada en Nota 1, págs. 31-64.

86 ECLESIOGENESIS

18. Mt 16, 18-19 resul ta , por tanto, ser una "Gemeindebil-dung" ( r e f l e x ión he c ha por l a c omunida d) pos tpa sc ua l c on in te ré s

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Israe l" . (Le 22, 15-19a .29) . La cena ser ía aquí la ant ic ipac ión fest iva de l Re ino que i r í a a i r rumpi r e n bre ve . S in e mba rgo , l a e uc a

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e t io lógic o por e l nombre Pe dro-P ie dra pa ra c a ra c te r i z a r su func ión única en cuanto pr imer tes t igo de la fe en la resurrecc ión sobre la que se construye la Igles ia y además con e l interés de des tacar la autor idad doctr ina l de Pedro (4) y su dec is ión de par t i r ala mis ión garantizando as í e l futuro de la Igles ia de Cris to.

19. Ade más e s te pa sa je ha brá que inse r t a r lo e n l a pe r spe c

t iva genera l de l NT y no a is la r lo de l contexto descr i to a rr iba . Si nose hace es to, lo que deduce de é l no es una ec les iología , s ino unajerarcología , es dec ir , una concepción de la Igles ia vis ta a par t i rde la cumbre , des l igada de l pueblo de Dios , una Igles ia por tadorapr ima r ia me nte de pode re s s a gra dos .

d) La última Cena, signo escatológico definitivo.

20. Los ac tua les textos de la úl t ima cena suponen ya unaorga niz a c ión c omuni ta r i a y una pra x i s e uc a r í s t i c a ( c f r . Sc hür -ma nn, H . , "De r Abe ndma hlsbe r ic h t Luka s 22 , 7 -38 a i s Got te sd ie ns -t o r d n u n g , G e m e i n d e o r d n u n g , L e b e n s o r d n u n g " , P a d e r b o r n 1 9 5 7 ) .

En su sent ido pr imit ivo, s in embargo, la úl t ima cena parece poseeruna ní t ida connotac ión esca tológica . Las diversas cenas que Jesús rea l izó no sólo con sus disc ípulos , s ino especia lmente con losma rgina dos soc ia l y r e l ig iosa me nte , pose ía n un s ign i f i c a do s a lv í -f ico-esca tológico: Dios ofrece la sa lvac ión a todo s e invi ta in dist intamente a buenos y malos a su int imidad. El carác ter esca tológico de la úl t ima cena , como s ímbolo de la cena ce les t ia l de loshombres en e l Reino de Dios , se t ras luce con mucha c lar idad enel texto lucano. En é l se descr ibe un acontec imiento que no t ieneninguna re l igión orgánica con la vida de la Igles ia , s ino únicamente con Cris to (cfr . Otto, R. , "Reich Gotte und Menschensohn",Mun ic h 1954, 214 , 230) . Es to r e f r e nda su a u te n t i c ida d j e suán ic a :"Ardie n te me nte he de se ado c ome r c on vosot ros e s ta Pa sc ua a n te sde padecer ; os digo que de ahora en adelante no volveré a comerlahasta que se cumpla en e l Reino de Dios . Y, tomando e l cál iz , diogra c ia s y d i jo : Toma d y d i s t r ibu id lo e n t r e vosot ros pue s os d igoque ya no volveré a beber de l f ruto de la vid has ta que venga e lRe ino de D io s . . . Os e n t r e go , por t a n to , el Re ino c omo mi Pa d reme lo entregó a mí a f in de que comáis y bebáis a mi mesa en miReino y os senté is sobre t ronos juzgando a las doce tr ibus de

(4) BLANK, obra citada en Nota 1, pág. 304; PESCH, obra citada enNota 3, pág. 431.

r i s t í a pe r t e ne c e a l a c onte c imie nto to ta l c r i s to lógic o que a ba rc a nosólo la vida te rrena de Jesús y su ac t ividad, s ino también la resurrecc ión y la ac tuac ión de l resuci tado por medio de su Espír i tudespués de Pentecostés . La eucar is t ía es tá l igada a la úl t ima cena(cena de despedida) de l Señor , asumida ahora para e l t iempo dela mis ión, s in la inminencia de la Parusía , como a l imento de lac omunida d , s ímbolo de unida d y pr inc ipa lme nte c omo pre se nc ia

permanente y ac tua l izac ión de l ofrec imiento sacr if ic ia l de l Señor .En es ta e laborac ión, la Eucar is t ía supone un e lemento const i tut ivode la Iglesia sin el cual la Iglesia no sería lo que es.

e) La escatología de Jesús es simultáneamente presente yfutura.

21 . La concepción de l Reino de Dios y los s ignos de su apar i c ión impl ic a n un c onte n ido ma ni f i e s t a me nte e sc a to lógic o : "E lReino es tá próximo" (Me 1, 15) (5) . Jesús mismo en su persona ,mensaje y exigencias es e l Reino presente , e l más fuer te que exor

c iza a l fuer te (Me 3, 27) . El Reino es tá en medio de vosotros (Le17, 21) y "s i yo expulso a los demonios por e l dedo de Dios s induda es que ha l legado hasta vosotros e l Reino de Dios" (Le 11,20). A su pa labra quedan curadas las enfermedades (Mt 8, 16-17) ,se ca lman las tempestades (Mt 8, 27) , resuci tan los muertos (Mt 5,39) y son expulsados los demonios (Mt 12, 28) . Bienaventuradosson los hombres que perc iben en las acc iones de Cris to e l t iempode sa lvac ión (Mt 13, 16; Le 10, 23) . Si e l Rei . io es una dimensiónpresente , implica tamb ién una dimensión de futu ro: e l t iempo delmundo pecador habrá pasado (Le 17, 26-30) , los sufr imientos desapare cerán (Mt 11 , 5) , la muert e será vencida (Le 20 , 36) , los úl t i mos serán los pr imeros y los pr imeros serán los úl t imos (Me 10,31) y los e legidos que andaban dispersos serán todos e l los reunidosI Le 13, 27) . La ir rupció n es inmin ente . Jesús pa r t ic ipa de las expecta t ivas de su generac ión. De es to dan fe es tos t res textos ineq u í v o c o s :

Me 9, pa r : "En v erdad os digo que hay aqu í a lgunos de lospresentes qu e no han de experim entar La mu erte has ta qu e vean elReino de Dios l legar en poder" .

(5) TRIIXING, "Jesús y los problemas de su historicidad", 126-147;MÜLLER, obra citada en Nota 1. págs. 9-30, especialm. 25 s.; KNOCH, enBiblische Zeitschrift 6 (1962) 112-120.

88 ECLESIOGENESIS

Me 13, 30 pa r : "En ve rd a d os d igo que no pa sa rá e s ta ge ne ra c ión s in que todo e s to s e c umpla " .

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2 6 . Sin e l " fracaso" de Cris to la Igles ia no tendría lugar nisent ido. La Igles ia presupone la muerte y la resurrecc ión de Cris

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Mt 10 , 23 : "En ve rda d os d igo que no a c a ba ré i s de r e c or re rl a s c iuda de s de I s r a e l a n te s de que ve nga e l H i jo de l hombre " .

2 2 . Es verdad que la hora exacta sólo la puede saber y det e rmina r e l Pa dre (Me 13 , 32 ; Mt 24 , 42-44; 24 , 50 ; 23 , 13) , s ine mba rgo , no pode mos ne ga r l a e xpe c ta t iva ba jo l a que v iv ía J e súsy toda su generac ión. No es és te e l lugar de interpre tar esa expecta t iva y su ausencia de rea l izac ión en e l marco de una sana cr is to-logia (cfr Boff, L. , "O futuro do mundo: tota l c r is t i f icac .ao e di-v in ic a ga o" , e n "Voz e s" 1972, 565-567) . De todos modos lo s e guroes que e l mensaje de l Reino en cuanto superac ión de todos los males que es t igmatizan a l mundo y como tota l planif icac ión de todala rea l idad en Dios , const i tuye e l núcleo de l anuncio de Jesús , a le gr ía para todo e l pueblo (Le 2, 10) .

V . La muerte y la resurrección de Cristo, condiciones de posibilidad de la existencia de la Iglesia.

2 3 . Jesús en c ier to modo "fracasó" en su intento de ins taurare l Reino de Dios . Los judíos no se convir t ie ron y, en un confl ic topolí t ico-re l igioso, c ruc if icaron a Jesús . A pesar de l " fracaso" consc iente (Me 15, 34) é l no desespera ; asume la muerte en favor detodos y se entrega confiado a l Padre .

24 . Pero Dios rea l izó la expecta t iva de Jesús: concre t izó e lReino de Dios en su persona . En é l se produjo rea lmente la superac ión de todas las l imitac iones inherentes a nuestra s i tuac ión decrépi ta de sufr imiento y de muerte . El Reino de Dios que habríade rea l izarse universa lmente , debido a l rechazo de los judíos quedóinstaurado únicamente en Jesús . Su resurrecc ión es la confirmac ión de que e l Reino de Dios es posible y de que e l nuevo c ie loy la nueva t ie rra podrán de jar de const i tuir una utopía . Por esopodía con razón decir Orígenes que Jesús resuci tado es la "auto-basi lé ia tou Theou" (e l Reino de Dios personalizado) .

25 . Dado que e l Reino de Dios no tuvo una rea l izac ión universa l , s ino únicamente personal en Jesús , se abre la posibi l idad decontinuación de la his tor ia y de l surgir de eso que l lamamos Igles ia en cuanto comunidad que s igue predicando e l mensaje de l Rein o , antic ipa tor iamente rea l izado en Cris to resuci tado y en todosaquellos que creen que todavía ha de l legar esca tológicamente .

t o : la muerte como condic ión de posibi l idad de su exis tencia ; laresurrección en cuya fe se const i tuyó la comunidad pr imit iva y enla que vio la concre t izac ión de l Reino predicado por Jesús .

2 7 . La Igles ia t iene , por tanto, un ní t ido carác ter sus t i tut ivodel Reino. Por un lado es e l Reino presente , en la medida en queestá presente en e l la e l Resuci tado; por otro lado no es e l Reino,

por cuanto és te ha de rea l izarse aún esca tológicamente . La Igles iaes tá a su servic io, es su sacramento, s igno e ins trumento de suaparic ión y rea l izac ión en e l mundo.

2 8 . Vamos a anal izar más en de ta l le las condic iones de laapar ic ión de la Igles ia a f in de ac larar mejor su esencia y sent ido.Para e l lo adoptamos las tes is presentadas ya en 1929 por Erik Pe-te r son ( "D ie K i rc he " , e n "The ologi sc he Tra kta te " , Munic h 1957,411-429) , r e c ogida s por Gua rd in i , "E l Se ñor" y profundiz a da s porJ . Ra tz inge r , Ar t . "K i rc he " , e n LThK VI , 173-183; "Ze ic he n un-te r den Vólke rn" , e n "W a hrhe i t und Ze ugn i s " - publ . por M .Sc hm a us y A . Lápple - Dusse ldor f 1964, 456-466; " In t ro duc c ión a l

C r i s t i a n i s m o " .

a) La Iglesia en cuanto Iglesia de judíos y gentiles.

29 . Recapitulemos: Jesús no predicó la Igles ia , s ino e l Reinode Dios . Este no l legó ta l como é l esperaba has ta e l f in, porquelos judíos se negaron a la convers ión y aceptac ión de un Reino enuna vers ión no nac ional is ta . De aquí se s igue la pr imera tes is formula da por Pe te r son:

30 . La Iglesia únicamente existe debido a la condición deque los judíos, como pueblo elegido de Dios, no creyeron en elSeñor. Al concepto de Iglesia pertenece el hecho de ser esencialmente una Iglesia de gentiles (Pe te r son , E . , "D ie K i rc he " , op . c i t . ,4 1 1 ; véase la opinión s imilar de Schlie r , H. , "L'option en faveurde la miss ión aux pa íens dans la chré t ienté pr imit ive" , en "Letemps de l 'Eglise" , Casterman 1961, 100-115) .

3 1 . El pueblo e legido rechazó a Jesús y, en cuanto pueblo,f racasó a nive l his tór ico-sa lvíf ico. Al perc ibir ese rechazo, Jesúsno se refugió en una sec ta , s ino que s iguió predicando e l Reinopa ra todo e l pue blo . Asumió l a mue r te e n b ie n de todos y c omo

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f ide l ida d a su mis ión . Ya que no podía ga na r a los hombre sc on su me nsa je y sus obra s los ga nó a sumie ndo sobre s í los pe

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s ia inme dia ta me nte de spué s de Pe nte c os té s . Se e n te ndía n c omo ungrupo de jud íos c re ye nte s que in te n ta ba n c onqui s ta r a l pue blo

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c a dos de l mundo. De a h í s e s igue que l a c omunida d de Cr i s to de betambién e jerc i ta r esa función reconcil iadora y de entrega ta l ycomo lo hizo Jesús . Sus disc ípulos deberán ser por tadores de laidea revolucionar ia de l Reino de Dios y entender la propia exis tenc ia como un ser-para- los-otros , ta l como fue la de Jesús .

32 . El hecho de que la Igles ia sea esencia lmente una Igles iade genti les cobra una enorme re levancia hermenéutica . La Igles iaa ba ndona rá l a l e ngua y me nta l ida d s e mi ta s , ins t rume ntos c on losque s e formuló l a r e ve la c ión b íb l i c a . I r á t r a duc ie ndo l e g í t ima me ntee l mensaje de Cris to a otra concepción de l ser como es la greco-romana. La he lenizac ión y la acul turac ión de l c r is t ianismo sonlegí t imos y forman par te de l proceso de concre t izac ión de la Igles ia en cuanto Igles ia de genti les . Se renuncia , por consiguiente , ahacer judíos de los genti les y a que és tos tuvieran que pasar porla pedagogía de l AT. Esto s ignif ica que los conceptos fundamenta les de l mensaje de Cris to van a ser proyectados en otras coordena da s c u l tura le s y que , e n c onse c ue nc ia , pa r t i c ipa rán de l de s t ino ,pé rd ida s y ga na nc ia s de toda t r a duc c ión . La e x i s t e nc ia de l a Ig le

s ia a lo la rgo de los s iglos es una prueba concre ta de la demorade la parusía . Y con es to l legamos a la segunda tes is :

3 3. La Iglesia existe únicamente, por la condición de que lavenida de Cristo no fuera inminente, en otras palabras, de que laescatología concreta haya sido dejada en suspenso y en su lugarhaya entrado la doctrina de los últimos fines del hombre y delmundo (Pe te r son , E . , "D ie K i rc he " , op . c i t . , 112) .

Los noví s imos no impl ic a n una de gra da c ión f r e n te a l Re inoesca tológico, s ino su t ransposic ión a una nueva s i tuac ión en la quetodavía exis te e l t iempo; no fueron los judíos , s ino los genti les losque creyeron en Jesús . Si la Igles ia surgió por e l hecho de que e lf in de l mundo no vino, entonces e l la t iene e l derecho de anunciare l mensaje , la mora l , e tc . , en un lenguaje y con una perspect iva queya no es esca tológica , s ino his tór ica , teniendo en cuenta las var iantes que surgen en e l decurso de los t iempos y e l futuro que es táabier to en e l los . Par t iendo de es to pueden y deben ser interpre tados en un sent ido é t ico-moral y ascé t ico aquellos pasa jes evangél icos que or iginar iamente tenían un contenido esca tológico inme dia to , c omo e l Se rmón de l monte .

3 4 . Es ta pe r spe c t iva t e mpora l no fue inme dia ta me nte c omprendida por la Igles ia pr imit iva . Los apóstoles no fundaron la Igle-

para e l Reino y para Cris to resuci tado, a l que e l los esperaban verl legar en breve sobre las nubes (cfr . Lohfink, G. , "Chris tologie undGeschichtsbi ld in Apg 3, 1 9 -2 1 " , e n "B ib l i s c he Ze i t s c hr i f t " 14(1969) 223-241) . Se a tenían es tr ic tamente a las pa labras de l Jesúsh i s tór i c o : "No e mpre ndá i s e l c a mino que c onduc e a l a s na c ione sni e n t r é i s e n c iuda d a lguna de los s a ma r i t a nos ; id pr ime ro a l a sovejas descarr iadas de la casa de Israe l" (Mt 50, 5b-6) . Aún no

se pensaba en la mis ión, s ino en la l legada de l Hijo de l hombre enpode r y e n l a pe re gr ina c ión de todos los pue blos ha c ia e l MonteSión . Es ta pe r spe c t iva e sc a to lógic a de l a "Urge me inde " (Comuni dad pr imit iva) se perc ibe c laramente en la preocupación de reconst i tuir e l número s imbólico de los Doce a f in de s ignif icar esca-to lógic a me nte l a próxima r e s ta ura c ión de l a s doc e t r ibus .

3 5 . Sin e mba rgo , e l e ndure c imie nto de l pue blo , e l ma r t i r iode Santiago (año 42) , la pr is ión y fuga de Pedro y la misma convers ión de los he lenis tas y de Cornel io, los indujeron a no esperarya como inminente la i r rupción de l Reino y a dir igirse a los paganos . Llegamos as í a la te rcera tes is :

36 . La Iglesia existe únicamente por la condición de que losDoce Apóstoles llamados e inspirados por el Espíritu Santo se decidieron a ir a ¡os gentiles (Peterson, E. , "Die Kiche" , op. c i t . ,417) .

b) Cristo, lazo de unión entre la Iglesia y el Reino de Dios.

Se dio entonces un paso dec is ivo: a l dir igirse a la mis ión losapóstoles fundaron en concre to la Igles ia que perdura has ta hoy.Asumie ron los e l e me ntos que ha bía in t roduc ido e l J e sús h i s tór i c o ,los t radujeron a la nueva s i tuac ión y, ba jo la luz de l Espír i tu Santo , establec ieron las es truc turas fundamenta les de la Igles ia . En pr imer lugar e l mismo mensaje de Cris to acerca de l Reino se t raduceen una doctr ina sobre la Igles ia y sobre e l futuro de l mundo.Los Doce ya no tendrán únicamente una función esca tológica , s inoque ahora serán los doce Apóstoles , es dec ir , los enviados a losgenti les . En cuanto apóstoles per tenecen a la Igles ia y no a l Reino(Peterson, E. , "Die Kirche" , op. c i t . , 417) . Por eso e l Apocalips islos s i túa como fundamentos de la Jerusa lén ce les te (21, 14) . Yadesde una perspect iva de Igles ia organizada se les l lama doce apóstoles en Lucas y en Mateo. Se los considera , desde e l t iempo del

92 ECLESIOGENESIS

Je sús pre pa sc ua l , c omo la pr ime ra c omunida d me s ián ic a , ge rme nde la futura comunidad ec les ia l .

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4 1 . La Igles ia- ins t i tuc ión no se basa , como comúnmente sedice , en la encarnación de l Verbo, s ino en la fe en e l poder de

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3 7 . La eucar is t ía ya no será sólo un s igno esca tológico dela e xplos ión de l p róximo Re ino s ino que a hora , e n t i e mpo deIgles ia , será e l a l imento de la comunidad, e l lugar en que e l pueblo de Dios , comiendo e l cuerpo de Cris to, se t ransforma a suvez en cuerpo de Cris to. En e l la se perpetúa la entrega de Cris topor todos los hombres y por todos los s iglos . Cier tamente fue en

esta perspect iva ec les iológica en la que se e laboraron los textoseucar ís t icos de los evangelios ta l y como los poseemos hoy.

3 8 . El paso de Israe l a los genti les es tá representado en lapa rábola de l r e y que c e le bró un f e s t ín pa ra su h i jo . Los a migosfueron invi tados pero rechazaron e l convite . El rey enfurec idoenvió a sus e jérc i tos a des truir la c iudad e invi tó a los hambrientos de las ca l les y de las encruci jadas a que sus t i tuyeran alos inv i t a dos . Ma te o , que e s qu ie n na r r a e s ta pa rábola , t i e ne a n tes í e l f racaso de Israe l , la des trucc ión de Jerusa lén y la mis iónde los genti les (M t 21 , 1-14; Le 14, 16-24) . La Igles ia es e l"Ersa tz" (sus t i tut ivo) de l Reino no rea l izado. Lo que re l iga e l

Reino a la Igles ia es e l Cris to presente en ambos. De es te modoé l funda me nta una c ont inu ida d e n t r e a mba s s i tua c ione s .

V I. La Iglesia fundada por Cristo y por los Apóstoles movidos por el Espíritu Santo.

39 . La Igles ia concre ta e his tór ica , como af irma con razón Küng, " t iene su or igen, no s implemente en los disc ípulos , enlos des ignios y en la mis ión prepascual , s ino en e l conjunto de la c onte c imie nto c r i s to lógic o" ( "La Ig le s ia " , 411) , e spe c ia lme nteen la muerte y resurrecc ión de Jesucr is to. En sus e lementos esenc ia le s (me nsa je , Doc e , ba ut i smo, e uc a r i s t í a ) fue pre forma da pore l J e sús h i s tór i c o . S in e mba rgo , e n su forma concreta e históricase apoya en la dec is ión de los Apóstoles , i luminados por e l Espír i tu Sa nto (cfr . Hech 1 5, 28) .

40 . En re a l ida d , l a t r a d ic ión s i e mpre c re yó que l a Ig le s iahabía nac ido e l día de Pentecostés . Tiene de es te modo un funda me nto c r i s to lógic o y o t ro pne umát ic o . Es ta c ons ta ta c ión e s degra n impor ta nc ia porque pone de r e l i e ve que e l e l e me nto c a r i s -mát ic o t i e ne de sde e l c omie nz o un c a rác te r ins t i tuc iona l y nofor tu i to o pa sa je ro .

los Após to le s insp i r a dos poi e l Espí r i tu que los h iz o t r a nspone rla esca tología a l t iempo de la Igles ia y t raducir la doctr ina de lReino de Dios a una doctr ina sobre la Igles ia , rea l izac ión imperfec ta y tempora l de l Reino (Boff, L. , "A Igre ja Sa c ra me ntono Espí r i tu Sa nto" , e n "Gra nde S ina l " 26 (1972) 323-336) .

4 2 . Si la Igles ia nac ió de una dec is ión de los Apóstolesimpulsados por e l Espír i tu, entonces e l poder de dec is ión comunita r ia , disc ipl inar y dogmática per tenece esencia lmente a la Igles ia . Si e l la misma nació de una dec is ión, entonces seguirá viviendo s i c r is t ianos y hombres de fe en Cris to resuci tado y en suEspí r i tu r e nue va n pe rma ne nte me nte e sa de c i s ión y e nc a rna n a l aIgles ia en nuevas s i tuac iones que se les ofrezcan, en otras épocasen la cul tura gr iega y medieval , hoy, en la América Latina , enla c u l tura popula r .

4 3 . La Igles ia es tá s iendo constantemente enviada a losgenti les . No es una dimensión comple tamente es tablec ida y def inida s ino que es tá s iempre abier ta a nuevos encuentros s i tuac io-

nales y cul tura les . Dentro de esas rea l idades debe vivir y anunc iar , en un lenguaje comprensible , e l mensaje l iberador de l Reino rea l izado en Cris to y que se ha de rea l izar para todos en lac onsuma c ión de los t i e mpos .

V IL Conclusión: por la Iglesia nos llega el Reino.

4 4 . Al f ina l se plantea c ier tamente la pregunta la tente entoda s es tas re f lexiones: ¿por qu é , a f in de cuen tas , se anuncióe l Reino de Dios s i Dios sabía que había de seguir en su lugarla Igles ia? ¿Por qué e l f racaso de Cris to es la base y la condic ión de posibi l idad de la exis tencia de la Igles ia?

Lo que hubiera sucedido s i los judíos hubiesen cre ído enJesús no lo sabemos ni es re levante para la fe . A és ta le interesan las rea l idades que acontec ieron his tór icamente como son e lmensaje de l Reino y la exis tencia de la Igles ia que s igue aúnanunciando e l Reino ta l y como lo hizo Cris to.

4 5 . Pablo en Ro 9-11 se planteó e l problema de la re lac iónentre la inf ide l idad de Israe l y e l surgir de la Igles ia de los gent i les . Concluye confesando e l mis ter io y la incomprensibi l idaddel plan de Dios (cfr . Pe terson, E. , "Die Kirche aus Juden undHeiden" en "Theologische Trakta te" , op. c i t . , 239-292) . Ese mismo proble ma surge c ua ndo r e f l e x iona mos sobre l a e x i s t e nc ia de l

94 ECLESIOGENESIS

pecado or igina l dentro de l plan de Dios puesto que implica rea lme nte un c ie r to f r a c a so pa ra un de te rmina do de s ignio de D ios .Sa be mos que D ios pe rmi te e l ma l porque t i e ne e l pode r de e x

7. ¿QUISO EL JESÚS HISTÓRICO UNA ÚNICA FORM A.. . 95

evidencia pa lmaria e l hecho de que esas es truc turas a t ienden ane c e s ida de s s i e mpre pre se nte s e n l a s c omunida de s ne c e s i t a da s de

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t raer de é l un bien y de s i tuar la his tor ia de la l iber tad dentro deotra posibi l idad de amor y sa lvac ión. El plan de Dios inc luye lal ibe r t a d de hombre que pue de f rus t r a r una s pos ib i l ida de s y c ond ic iona r o t r a s .

46 . La exis tencia de la Igles ia a tes t igua la l iber tad de lhombre que s e pue de opone r a D ios . Ta mbié n da t e s t imonio de l

nuevo camino que Dios , en su miser icordia y pac iencia , e l igiópara seguir proc lamando e l Reino de Dios en cuanto sent ido absoluto de l hombre y de l mundo, en e l que é l , Dios , será todo entodas las cosas (cfr . 1 Cor 15, 28) , en e l engrandecimiento y respe to máximo a c a da s e r .

4 7 . Esta comprensión de la Igles ia , conseguida a par t i r deuna vis ión his tór ica , c ie r tamente que no resuelve todos los prob le ma s propue s tos por los t e x tos de l NT. Cre e mos , s in e mba rgo ,que ese camino es más fruc t ífe ro para acceder a l sent ido y a laesencia de la Igles ia que e l de la discusión de tes is ya f i jadaspor las escuelas teológicas . En es ta concepción ec les iológica los

caminos de Dios se entrecruzan con los caminos de los hombres .Dios s iempre t r iunfa hac iendo l legar has ta nosotros la buenanue va a nunc ia da por su H i jo , a pe sa r de l e ndure c imie nto huma no , por medio de la Igles ia surgida a causa de l pecado de l hombre y en vir tud de la grac ia de Dios .

V I I I . Consecuencias con vistas a una posible eclesio génesis.

4 8 . De lo expuesto se desprende que la Igles ia nace de lc onjunto de l a c onte c imie nto c r i s to lógic o , de se mpe ña ndo una e s pecia l función la resurrecc ión y la ac tuac ión de l Espír i tu Santo

que ac tuó en la dec is ión de los Apóstoles . Ahora podemos comprender mejor la a f irmación de nuestra fe de que Jesús fundóla Igles ia . Este aser to es comple jo pero, dentro de las mediac ione s a na l i z a da s , e s t a mbié n ve rda de ro .

49 . Si después de todo es to pregu nta mo s: ¿cuál es la forma ins t i tuc iona l que J e sús qu i so pa ra su Ig le s ia ? , podre mos r e s ponde r : qu i so y s igue que r ie ndo a que l l a que l a c omunida d a pos tól ica , i luminada por la luz de l Espír i tu Santo y confrontada conla s urge nc ia s de l a s i tua c ión , de c ida y a suma re sponsa ble me nte .Evidentemente e l episcopado, e l presbi te rado y otras funcionespe rma ne c e rán . Lo impor ta n te no c ons i s t e e n e so , pue s e s de una

unión, de universa l idad y de re l igac ión con los tes t igos mayore s de l pa sa do a pos tó l i c o . Es más impor ta n te c ons ide ra r e l e s t i lo que e sa s func ione s ha n de v iv i r de nt ro de l a s c omunida de s : osobre el las , monopolizando todos los servic ios y poderes , o al interior de e l las , integrando los encargos en vez de acumular los ,r e spe ta ndo los d ive r sos c a r i sma s , c onduc ié ndolos a l a un ida d de lmism o cue rpo. Este ' úl t imo es t i lo es el qu e tradu ce la ac t i tud

e va ngé l i c a y l a pra x i s que J e sús qu i so pa ra l a c omunida d me -s ián ic a . .

5 0 . La Igles ia pr imit iva , dentro de su apostol ic idad esenc ia l , c reó funciones de acuerdo con las necesidades o se adaptóa un es t i lo previamente exis tente como e l s inagogal sobre e l e jedel colegio de los presbí te ros . Lo importante no consis t ía en mante ne r e s t ruc tura s pa sa da s ; lo impor ta n te e r a ha c e r pre se nte e n e lmundo a l Resuci tado y a su Espír i tu, hacer audible su mensajel iberador de grac ia , de perdón y de amor s in reservas y fac i l i ta r a los hombres la respuesta a es tas l lamadas . Guardar la t ra dic ión s ignif ica hacer lo que e l los hic ieron; ahora bien, e l los se

mantuvieron a tentos a l Espír i tu, a las Pa labras de l Jesús his tór ico y de l Resuci tado y a tentos a las demandas de la s i tuac ión yc re a ron todo c ua nto l e s pa re c ía que de bía n c re a r , c onse rva roncuanto juzgaron que debían conservar y en todo e l lo tenían ante la vis ta e l t r iunfo de l evangelio y la convers ión de los hombres . Esa misma ac t i tud, en e l fondo, s iempre fue observada enla Igles ia : e l la supo conservar y supo adaptarse a lo la rgo desu his tor ia . Vie ja o nueva , nunca perdió su identidad. Cris toempleó todas las mediac iones a f in de hacerse presente , a lcanzara los hombres y sa lvar los . No habrá de ser otro e l camino de laIgles ia .

5 1 . Hoy, cuando entrevemos la posibi l idad de una re invención de la Igles ia , re f lexiones de es te t ipo se nos presentanc omo sorpre nde nte me nte l ibe ra dora s . Oxige na n l a a tmós fe ra t e o-lógico-pastora l para intentar lo aún no experimentado. Si conel Papa Pablo VI reconocemos a las comunidades de base la presencia de l Espír i tu Santo en lo referente a su or igen (cfr . Discurso de Clausura de l Sínodo de los Obispos de 1974) , entoncesde be re mos a c ompa ña r a t e n ta me nte y a c oge r e l surg i r de unanueva forma de presencia de Igles ia en medio de los hombres ,con servic ios nuevos y con ta reas y es t i los nuevos en lo tocantea los servic ios ant iguos y t radic ionales .

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8. EL SEGLAR Y EL PODER DE CELEBRARLA CENA DEL SEÑOR

1 . Ot r a "quaes t i o d i spu t a t a" se p r egun ta ace r ca de l poderdel seglar en lo que concierne a la celebración de la Cena delSeñor . No es necesar io que recapi tulemos aquí la posición of icialy t r ad i c iona l que r ese r vaba es t e min i s t e r io ún i ca y exc lus iva mente al ordenado en el presbi terado o en el episcopado. Sin elsac r amen tó de l Or den l a pe r sona es sac r amen ta lmen te i ncapaz .T ampoco quer emos en t r a r en l a d i scus ión ace r ca de qu i én e r ae l m in i s t r o de l a E ucar i s t í a en l o s o r ígenes de l c r i s t i an i smo .Sabemos que se ev i t aba l a pa l ab r a "sace r dos" , exp r es ión t écn i caque hac í a r e f e r enc i a a l m in i s t r o pagano . Qu ien p r es id í a l a s ce lebraciones eucar íst icas, según las fuentes más ant iguas, eran los"p r es iden t es" ( S . Jus t i no , "Apo l " 1 , 65 : "p r oes tós" ) , l o s "p r o f e t as" o l o s "ep i scopo i " ( "Dida j e" 13 , 15 ) , o , con f o r me a T er tu l i ano , l o s "p r oba t i sén io r es" ( "Apo l " 39 , 5 ) . No sabemos s i r e cibían o no algún sacramento que los capaci tase para el lo . Detodas maneras la Iglesia decidió poster iormente excluir al se

glar de esta at r ibución. Aún recientemente la Sagrada Congregación para la Doctr ina de la Fe, el día 15 de Febrero de 1975,censu r ó l a op in ión de H . Küng en es tos t é r minos : "T ambién l aopinión ya insinuada por el profesor Küng en el l ibro "La Iglesia" y según la cual la Eucar ist ía , a l menos en caso de necesidad,puede se r consagr ada vá l i damen te po r pe r sonas bau t i zadas ca rentes del orden sacerdotal , no puede estar de acuerdo con ladoc t r i na de l o s Conc i l i o s L a t e r anense I V y Va t i cano I I " .

2 . Esta doctr ina t radicional se funda en un cier to t ipo depraxis de la Iglesia y en un cier to modelo de comprensión de losmin i s t e r io s . E v iden temen te t oda comunidad o r gan izada t endr á

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ECLESIOGENESIS

sus min i s t ros c onsa gra dos . Pe ro ¿ qué ha rá una c omunida d que ,s in culpa y por la rgo t iempo, se ve pr ivada de l mis ter io eucar ís-t i c o , s a c ra me nto de unida d y de s a lva c ión? La s c omunida de s de

8. EL SEGLAR Y EL PODER DE CELEBRAR ... 99

ne s que ha ya n de s e r sumida s por toda l a c omunida d e n uniónc on sus pa s tore s . Tampoco pretendemos con esta rejlexión estimular la celebración de eucaristías sin los ministros ordenados.

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base nos muestran cómo e l seglar puede hacer todo lo que pas-tora lme nte ha c e un s a c e rdote . Únic a me nte no pue de c onsa gra ry pe rdon a r los pe c a dos . "E l pue blo pre g unta : ¿ por qué noso t rosno pode mos c e le bra r l a Euc a r i s t í a ? " (Me s te r s , C . , "O fu turo denosso pa s sa do" e n "Urna Igre ja que na sc e do povo" , op . c i t . , 137) .Sabemos de la exis tencia de grupos en los que e l je fe de la comunidad por de legación de e l la "ad hoc" , unido a la Igles ia uni

versa l , pres ide la Cena de l Señor . ¿Qué va lor t iene ese ges to?Nos d ic e una c omunic a c ión r e c ib ida de los EE. UU. : "Por e lhe c ho de busc a r nue vos mini s t e r ios los c a tó l i c os c omuni ta r iosno se s ienten comple tamente l igados a l pasado. Saben que es e lSe ñor e l que r e nue va todo por su propia Pa la b ra (Apoc 21 , 5 ) .Si e l grupo piensa que se debe reunir para par t i r e l pan, nos ie mpre s e pre oc upa de t e ne r un s a c e rdote ; ha c e n lo que t i e ne nque hacer . Y s i se les pregunta s i lo que han hecho es sacrame nto o misa , p roba ble me nte r e sponde rán que no s a be n . Ac e ptarán es to como una cuest ión teológica y de jarán as í a los teólogos dec ir qué es lo que han hecho. En todo caso no se s ienteninc l ina dos a ha c e r n ingún t ipo de r e iv indic a c ión e n e s te s e n t ido"(R . W e s t le y , "Comu nida de s de ba se en los Es ta dos Unid os" , e n"Conc i l ium" 104 , 18) .

3 . ¿ Qué po drá de c i r , o qu iz ás t a mbié n , qué de be rá de c i rl a t e o logía ? ¿ Ba s ta c on l a so luc ión t r a d ic iona l? La s c omunida de s de ba se c a mina n ha c ia una l e g í t ima a u tonomía y ha c ia unaexpres ión sacramenta l cada vez más comple ta . La recepción de lsacramento eucar ís t ico en e l que se expresa y se c rea la unidadde la comunidad es de derecho divino. ¿Puede un derecho ec les i ás t i c o obs ta c ul i z a r l a ?

I. Las hipótesis teológicamente posibles.

4. Que re mos pre se nta r a quí una so luc ión t e o lógic a ba sa daen una comprensión diferente y legí t ima de la Igles ia y de losmini s t e r ios de nt ro de e l l a . Se t r a t a más b ie n de un " the ologu-me non" y no de una so luc ión que ne c e sa r i a me nte de ba c onse guir e l consenso de todos . La ta rea de la teología no se reduceúnicamente a la explicac ión y ac tua l izac ión de la doctr ina of ic ia l . Frente a las urgencias de la s i tuac ión le cabe también a e l lae l a yuda r a r e f l e x iona r sobre los proble ma s de fondo y busc a runa inte l igencia de la fe que favorezca e l encuentro de soluc io-

No se t ra ta de eso. Se t ra ta , eso s í , de hacer una aprec iac ión teológ ic a a c e rc a de a que l los que , p re s id ie ndo una c omunida d , sufr iendo por la ausencia de la Eucar is t ía y deseándola , en comunión con toda la Igles ia , se s ienten movidos por e l Espír i tu a celebrar la Cena de l Señor aun cuando es tén pr ivados de l podersa gra do o torga do por e l s a c ra me nto de l Orde n . ¿ Qué va lor po

see esa Cena de l Señor? ¿Qué podrá dec ir la teología , s in hab la r a pr ior i , sobre e se he c ho?

5 . Ade más e s te proble ma c obra una r e le va nc ia e c umé nic a :es importante saber e l va lor que t ienen los minis ter ios y las celebrac iones eucar ís t icas rea l izadas por las Igles ias sa l idas de laRe forma . Sobre e s to ya e x i s t e una l i t e r a tura a bunda nte . La t e ndencia predominante de par te ca tól ica es la de superar la compre ns ión jur íd ic o- forma l , de por s í b ie n poc o t r a d ic iona l , a unqueestuviese presente en todos los manuales has ta e l Vaticano II , deuna sucesión apostól ica mediante la imposic ión de las manos int e rpre ta da c omo orde na c ión s a c e rdota l . En pr ime r luga r , porque

no e s suf i c ie n te una me c ánic a impos ic ión de ma nos , s ino queésta supone y exige la concordancia con la doctr ina de los apóstoles . Segundo, porque la apostol ic idad no es excusiva de a lgunos miembros de la Igles ia s ino una carac ter ís t ica de toda laIgles ia . Hay verdadera sucesión apostól ica en la herencia de lafe apostól ica , en e l tes t imonio de la Resurrecc ión, en los servic ios c omuni ta r ios , e n l a d ime ns ión mis ione ra , e t c . Ahora b ie n ,es tas rea l idades afec tan a toda la Igles ia y no sólo a a lgunos estra tos de e l la . "No es la sucesión apostól ica la que hace que laIgles ia sea ca tól ica s ino la ca tol ic idad de la Igles ia la que es garante de la sucesión apostól ica" (Tavard, G. H. , "Does the protes-

t a n t min i s t ry ha ve s a c ra me nta l s ign i f i c a nc e ? " , e n "Cont inuum"6 (1968) 267) . Por ca tol ic idad se debe entender , como ya ac laramo s en e l pun to 3. , la inserc ión de la Igles ia par t i cular en la fede la Igles ia indivisa y universa l . La transmis ión de la grac iasacramenta l y de la sucesión apostól ica no se har ía , por consiguiente , a t ravés de una canal izac ión que va desde los Apóstoleshasta los obispos de hoy, s ino mediante la cer teza de la conformida d de l a doc t r ina e uc a r í s t i c a de hoy c on a que l l a t r a d ic ióncatól ica . Lo importante consis te , por lo tanto, en aceptar que enla Cena de l Señor es tá presente y vivo e l Señor y que por sumedio se representa , además de la Cena , e l sacr if ic io de Cris to.

100ECLESIOGENESIS

6. Un a c or r i e n te c a tó l i c a pos tu la e l r e c onoc imie nto de losminis ter ios de aquellas Igles ias que no es tán l igadas a la t radic ión de la imposic ión de las manos pero que poseen la fe apos

8. EL SEGLAR Y EL PODER DE CELEBRAR... 101

da de ro "voto" de r e c ib i r l a Euc a r i s t í a . Un voto s e me ja nte ga ra nt i z a r í a l a pre se nc ia de l a " r e s s a c ra me nt i " (gra c ia e uc a r í s t i c a ) .Por la ausencia de l sacramento de l Orden se ver if ica también

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tól ica de la verdadera Eucar is t ía . La Eucar is t ía ce lebrada es vál ida y es sacramenta l grac ias a la doctr ina apostól ica verdaderaacerca de la presencia rea l de Cris to y no en base a la famosa"sucesión apostól ica" de la imposic ión de las manos. Es una tenta t iva de soluc ión centrada en e l polo de la Eucar is t ía que yase ce lebra en las comunidades .

7 . Otro intento de soluc ión se funda sobre otro polo, e lbautismal , y e l poder que confiere a la Igles ia de ser toda e l lasa c e rdota l . Todos los de más s a c ra me ntos pos tba ut i sma le s y , e neste caso, e l sacramento de l Orden, es " la intensif icac ión y laespecif icac ión de l sacram ento de l bautism o que , en -cuanto ta l ,es un sacramentum jidei et Ecclesiae" y no sólo un sacramentodel presbí te ro y de l obispo (cfr . F. J . Beeck, "Extraordinary mi-nis te rs for a l l or most of the sacraments" , en "Journal of Ecu-menica l Studies" , 1966, 57-112; espec . 105) . De es te modo e lsacerdocio minis ter ia l (de l sacerdote y de l obispo) debe ser concedido a par t i r de l sacerdocio universa l de los f ie les y dentro de

él , es dec ir , dentro de una sucesión apostól ica que exis te en benef ic io de todo e l pueblo de Dios (cfr . M. Vil la in, "¿Puede haber sucesión apostól ica s in imposic ión de manos?" , en "Conci-l ium", 4 (1968) . 83) . Los minis tros de las Igles ias nac idas en laRe forma que c e le bra n l a e uc a r i s t í a s e r í a n mini s t ros e x t r a ord ina r ios de l sacramento de l orden en función de la grac ia de l baut i smo. As í c omo ha y mini s t ros e x t r a ord ina r ios pa ra e l s a c ra me nto de l bautismo (hasta un here je puede ser lo) , de l matr imon io , etc . , ¿no los podría haber también para la Eucar is t ía? Sabem os qu e S. Ignacio de Antioqu ía ( t 110) dec ía qu e: "solamente sea considerada legí t ima aquella eucar is t ía que se rea l icebajo ( la pres idencia) de l obispo o de aquél a quien é l encargar e " (Carta a la Igles ia de Smirna 8, 1) . ¿Se tra ta de un sacerdote ordenado o de a lguien que rec ibió la de legación y es tá unidoa l ob i spo? Sa be mos que ha ha bido d iác onos que ha n c e le bra dola eucar is t ía (Concil io de Arles de l 314, c fr . Kirch n. 373) , ytambién confesores (Can. Hippolyt i 6) y profe tas (Didajé 15, 1) .Por otro lado, no es menos sorprendente la concesión papal deque abades c is te rc ienses ordenasen con todo derecho a diáconosy sacerdotes (cfr . Congar , Y. , "Quelques problemes touchant lesmini s t e re s " , e n NRTh 93 (1961) , 794; vé a se l a no ta 21 c onabundante bibl iograf ía) . Así que en es te caso se t ra tar ía de autént i c os min i s t ros e x t r a ord ina r ios . O t ros a f i rma n que e x i s t e un ve r -

una impe r fe c c ión e n c ua nto a l a " r e s e t s a c ra me ntum" . A pe sa rde e l lo la eucar is t ía protes tante posee un s ta tus rea l y sacramenta lpor más que imperfec to en base a la ley de la economía de l "sup-ple t ecc les ia" (cfr . J . M. R. Til la rd. "Le votum eucharistiae:l 'Eucharis t ie dans la rencontre des chré t iens , en "Misce l lanea Litúrg ic a in onore d i S . Em. i l Ca rd . G ia c omo Le rc a ro" , Roma1967, 143-194) .

8. El P. Conga r , re f lexionan do s obre todo es to y comentando la posibi l idad de que un seglar pueda en casos l ímites consa gra r , c onc luye c on s a b idur ía : "La h i s tor i a no nos pre se ntao t ro medio normal ( subra ya do nue s t ro) de de te rmina r los c e le brantes de la eucar is t ía y de l igar su minis ter io a l de los apóstoles , fuera de l de la imposic ión de las manos, es dec ir , por laordenación. El minis ter io de la unidad, que es por excelencia e lde l colegio de los obispos , asegura la autent ic idad de l sacramento de la unidad ( la eucar is t ía : explicac ión nuestra) . No queremos reconocer otra regla dis t inta a és ta . Pensamos que , dogmá

t icamente , no podemos excluir la hipótes is de que otra cosa seapos ib le " ( "Que lque s proble me s" , op . c i t . , 795) . Coinc id imos c onCongar en que lo normal y la regla es es to, regla descubier tapor la Igles ia a tendiendo a un desarrol lo na tura l pues cada comunida d de be d i spone r de mini s t ros c onsa gra dos a e s t e min i s te r io por e l sacramento de l Orden. Mas ¿qué sucede s i lo normaly la regla en una de terminada Igles ia continenta l o nac ional cons is te prec isamente en la carencia de minis tros? ¿Qué hacer?¿ Pue de n l a s c omunida de s v iv i r pe rma ne nte me nte e n l a pr iva c ióndel sacramento máximo de nuestra fe? El Vaticano II dice c laramente que los c r is t ianos , en razón de su sacerdocio rea l , t ienenel derecho y la obl igac ión de par t ic ipar en las ce lebrac iones l i tú rg ic a s ( "Cons t i tuc ión sobre l a Sa gra da L i turg ia " n . 14 , c f r .26-27) .

9 . Esta no es una cuestión meramente académica o hipotética. No es una situación de la China o del Japón ( c f r . H . Küng,"La Igles ia" , 270) sino de la cotidianidad de nuestras comunidades eclesiales diseminadas por nuestro inmenso país, mal atendidas por sacerdotes en general agobiados bajo el peso de unasacramentalización onerosa y absorbente pero deseada y valorada por el pueblo de Dios.

Si una comunidad ya bien inic iada en e l mis ter io cr is t iano

10 2 ECLESIOGENESIS

y v iv ie ndo e n una profunda f r a te rn ida d a ns ia l a pre se nc ia s a c ra menta l de Cris to y no únicamente la grac ia eucar ís t ica en vir tudde l "votum e uc ha r i s t i a e " , ¿ qué l e podre mos de c i r ? ¿ De be rá l a

8. EL SEGLAR Y EL PODER DE CELEBRAR... 10 3

Igles ia , toda sacerdota l , especif ica es ta función sacerdota l med ia n te un r i to propio por e l c ua l e l min i s t ro orde na do e je rc e unafunc ión pa ra l a que fue l l a ma do por e l Espí r i tu pa ra b ie n de

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teología repet ir le la a rgumentac ión c lás ica y negar le la Eucar ist í a ? ¿ No ha brá o t r a s a l ida pos ib le ? Conga r d ic e c on a c ie r to queno se puede , dogmáticamente , exc luir otra hipótes is posible . Puesbie n , va mos nosot ros a in te n ta r e l a bora r e sa h ipóte s i s de modoque de je de ser hipótes is y se convier ta a l menos en una prob a b i l i d a d .

I I . Elaboración de una solución posible.

10. Es impre sc indib le que a r r a nque mos de un punto depa r t ida a de c ua do; e n luga r de pa r t i r de los pode re s t r a nsmi t i dos (concepción jur ídico-formal de la sucesión apostól ica) a rrancamos de la comunidad de fe en la que ac túa e l Espír i tu y susc i ta , para bien de e l la , los diversos car ismas y servic ios . El e je ,por c ons iguie n te , e s o t ro : no una r e fe re nc ia h i s tór i c a a l pa sa domediante una sucesión l inea l , s ino una referencia a la presenciahoy de l Re suc i t a do y de su Espí r i tu e n me dio de l a c omunida d ,c ons t ruyé ndola c ons ta n te me nte c omo c omunida d de d i s c ípulos .

Es ta c omu nida d e s toda e ll a s a c ra me nto fund a me n ta l ; toda e l l aes sacerdota l ; y lo es direc tamente , s in la mediac ión de l minis troordenado, por e l hecho de la fe y de l bautismo por e l que losf ie les es tán injer tados en Cris to y Cris to, con todos sus poderes ,se hace presente y ac tuante en la comunidad. Como ya ref lexionamos arr iba , la fe y e l bautismo que la expresa hacen a la Igles ia sacramento universa l de sa lvac ión. Ser señal e ins trumento(sacramento) de la vic tor ia de Cris to, ac tua l izar la en todas lasdimensiones de la vida , en la soc iedad, en la doctr ina , en e l derecho, en e l cul to, e tc . , es ta rea de toda la comunidad. En pr inc ip io , por t a n to , no ha y un e nf re n ta mie nto : por un l a do los f ie les s in poder ec les iológico a lguno y por otro e l minis tro l leno de

pode re s . Lo que ha y e s una profunda c omunida d s a c e rdota l , p ro-fética y real.

11 . Pe ro c omo e s ta c omunida d e s tá orga niz a da , pue de j e rarquizar e ins t i tuc ional izar las diversas funciones . El sacramento par t icular de ta l la y concre t iza en las diversas s i tuac iones de lacomunidad e l Sacramento universa l de la Igles ia . Los sacramentos no pueden ser considerados en s í mismos como átomos carga dos de un pode r d iv ino que o t ros a c tos no pose a n . Son e xpre s iones concre tas de l Sacramento universa l que es toda la Igles ia . En es to consi s te e l sent ido de l sacram ento de l Ord en : la

toda l a c omunida d s a c e rdota l . Como se ña la K . Ra hne r : l a o rde na c ión s a c e rdota l no c onf ie re propia me nte a lgo e xc lus ivo , ún ic a mente a lcanzable por e l sacramento y s in e l cua l a lgo ser ía impos ible en la Igles ia ("La Igles ia y los sacramentos") . El Ordene me rge de l a d ime ns ión s a c e rdota l p re se nte e n toda l a Ig le s ia ;hace explíc i ta , pública , organizada y of ic ia l en la persona de losmini s t ros orde na dos , a que l l a func ión a l a que son l l a ma dos todos:la de anunciar y ce lebrar ' e l mis ter io de Cris to. Y porque e ls a c e rdote orde na do e xpre sa t e mát ic a me nte de modo pa lpa ble l adimensión sacerdota l de todos , a é l compete pres idir las ce lebrac iones eucar ís t icas .

12 . Por c ons iguie n te , e l pode r s a c e rdota l funda me nta l e s tá en la comunidad sacerdota l . Se tematiza y se explíc i ta en unapersona por e l sacramento de l Orden e jerc ido en función de lacomunidad sacerdota l . ¿Qué es lo que confiere de específ ico e lsacramento de l Orden? Confiere un poder , mediante e l sacramento, de ac tuar en lugar de Cris to (" in persona Chris t i Capit is

a ge re va le a n t" : "Pre s byte rorum Ordi n i s " 2) . Todo de pe nde decómo se deba entender ese poder. No debe ser un poder que haga competencia a l poder de l sacerdocio def ini t ivo y esca tológicode J e suc r i s to , ún ic o me dia dor . De spué s de Cr i s to ya no podráhaber un sacerdocio a título propio, ni para le lo, ni consecuente .El sacerdocio cr is t iano es un sacerdocio re-presenta t ivo de j sac e rdoc io pe rma ne nte de Cr i s to , qu ie n s igue me dia ndo e in te rc e diendo por todos los hombres . Cris to es tá presente pero es invis ible . El sacerdocio cr is t iano pres ta vis ibi l idad a l minis ter io sacerdota l de Cr i s to . Es Cr i s to qu ie n c onsa gra , ba ut i z a y pe rdona me diante e l sacerdote cr is t iano. Este ac túa en lugar de Cris to. Elofrec imiento de Cris to se hace presente , vis ible y sacramenta l ene l ofrec imiento de la Igles ia . De ahí que e l poder de l presbí te rono e s un pode r de c onsa gra r propia me nte d ic ho , s ino un pode rde re-presentar e l poder de consagrar de Cris to. "No es que pueda consagrar en vir tud de l sacramento de l Orden s ino que envir tud de la función re-presentadora que e l sacramento de l Orden ins taura es por lo que é l puede profer ir las pa labras , presta r su cuerpo, su voz , su inte l igencia a f in de que e l Señor , ba jos ignos sacramenta les , es té presente en e l mundo y en su Igles i a " (Boff, L. "E l de s t ino de l hombre y de l mundo" , pág . 138 ,Sa l Te r ra e ) .

13 . El servic io de sacramenta l izar a Cris to en la Igles ia

104 ECLESIOGENESIS

e s func ión ord in a r i a de l min i s t ro o rde na do . Se pre gu nta : ¿ e safunción es exclus iva suya o, en caso de una fa l ta prolongada ,s in c u lpa de l a c omunida d , de un mini s t ro orde na do, podr ía e l

8. EL SEGLAR Y EL PODER DE CELEBR AR... 105

denominarla ce lebrac ión de la Cena de l Señor . No se deber íareproducir e l r i to l i túrgico de la santa Misa , que t iene su contexto l i túrgico, his tór ico y of ic ia l es tablec ido. Se deber ía prefe

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j e f e de l a c omunida d a c tua r c omo ministro extraordinario? Creemos disponer de da tos teológicos lo suf ic ientemente seguros comopa ra propone r l a s igu ie n te h ipóte s i s :

— la comunidad, por la rec ta doctr ina , es tá s i tuada en lafe y en la sucesión apostól ica ;

— la comunidad toda , grac ias a la fe y a l bautismo, se cons

t i tuye c omo c omunida d s a c e rdota l ; e n e l l a Cr i s to e s t á pre se ntee jerc iendo su función sacerdota l ;— la c omunida d e n te ra e s Sa c ra me nto unive r sa l de s a lva

c ión por ser presencia loca l de la Igles ia universa l ;— la c omunida d , me dia n te sus c oord ina dore s , e s t á e n c o

mu nió n con las dem ás Igles ias herm ana s y con la" Igles ia un iversa l ;

— de se a a rd ie n te me nte e l s a c ra me nto de l a Euc a r i s t í a ;— se ve pr iva da por l a rgo t i e mpo y de forma i r r e me dia ble

d e l m i n i s t r o o r d e n a d o ;— no es culpable de ese hecho ni expulsó de su seno a l

s a c e rdote .

Entonc e s , l a c omunida d e n func ión de todo e s to :—- por el votum (por e l deseo) ya t iene acceso a la grac ia

e uc a r í s t i c a ( r e s ) ;— mediante la ce lebrac ión de la Cena por par te de su coor

d ina dor no orde na do t i e ne t a mbié n los s ignos s a c ra me nta le s ( r e se t s a c r a m e n t u m ) ;

— nos pa re c e que c e le bra r í a ve rda de ra , r e a l y s a c ra me nta lmente la Eucar is t ía ; Cris to presente pero invis ible se har ía ,e n l a pe r sona de l c oord ina dor no orde na do, s a c ra me nta lme ntev i s ib le ;

— a unque ha ya pre se nc ia s a c ra me nta l de l Sumo Sa c e rdoteJesucr is to, e l sacramento es tá incomple to porque fa l ta la ordena c ión a l s a gra do mini s t e r io pre sb i t e r a l . La Ig le s ia un ive r sa l ,sacramento y ra íz de todos los demás sacramentos har ía vál idome dia nte l a " e c onomía " ( " supple t Ec c le s ia " : c f r . Conga r , Y . ,"Propos e n vue d 'une thé ologie de l ' é c onomie da ns l a t r a d i t ionla t ine" , en "Irénikon" 1972, 155-207) e l r i to eucar ís t ico ce lebrado e n l a c omunida d , e xpre s ión loc a l de l a Ig le s ia un ive r sa l ;

— e l c e le bra n te no orde na do se r í a min i s t ro e x t r a ord ina r iode l s a c ra me nto de l a Euc a r i s t í a .

14 . Quizás no se debiera l lamar a eso Misa ya que Misa esuna c a te gor ía b ie n de f in ida t e o lógic a me nte . Ha r ía mos me jor e n

r ir un r i to organizado por la comunidad, nac ido de su capacidad creadora , dentro de l cual se diese la ce lebrac ión de la Cenadel Señor, tal vez al estilo de S. Francisco que además de celebrar e l pesebre y los mis ter ios de la Pasión, a lgunas veces ce lebraba con sus disc ípulos la Cena de l Señor . Y Francisco no eramás que diácono. De es te modo se evi ta r ían confusiones y que

dar ía la cer teza de que e l Señor que ya es tá presente en la comunidad por la fe , por la pa labra , por la reunión de la comunidaden su nombre ("donde es tén dos o t res reunidos én mi nombre . . . " ) har ía densa su inefable presencia ba jo e l r i to sagradode la ce lebrac ión de su úl t ima Cena .

15 . Estas acciones no fundan ninguna praxis; no haríannormal lo que en sí es excepcional y no constituirían un nuevoministerio presbiteral en competenc ia con el ministerio ordinario,ordenado por el sacramento del Orden. Como ministro extraordinario, el celebrante n o ordenado sería elegido siempre "ad hoc",no usurpando el poder de representar a Cristo, sino haciendo lo

que haría un ministro ordenado en comunión con toda la Iglesiaapostólica.

9. EL SACERD OCIO DE LA MUJER Y SUS POSIBILIDADES 107

3. La aspirac ión genera l es la de ver reconocida la diferencia entre los sexos s in pr ivi legiar en par t icular a ninguno deel los . La tendencia de nuestra c ivi l izac ión planetar ia es la de su

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9. EL SACERDOCIO DE LA MUJER Y SUSPOSIBILIDADES

I . El sacerdocio de la mujer desde el horizonte de su liberación.

1. Las comunidades ec les ia les de base no const i tuyen únicamente e l lugar pr ivi legiado en que se ensaya la l iber tad cr is t i a na de los s e g la re s ; p ropic ia n t a mbié n l a l ibe ra c ión de l a mujer . Cada vez con mayor f recuencia en esas pequeñas comunidades las mujeres van asumiendo funciones de l iderazgo. En este contexto se s i túa e l problema del sacerdocio de la mujer . Yaque la cuest ión se susc i ta f recuentemente en las bases y en lamism a opini ón pu blica , ofrecemos es te ensayo de ref lexión teológica . *

2. El t e ma "Sa c e rdoc io de l a muje r " s e insc r ibe de nt ro dela t e mát ic a más ge ne ra l de l a l ibe ra c ión de l a muje r . E l mundode hoy , c on ma yor o me nor in te ns ida d y un poc o por toda s pa r

tes, se carac ter iza por la ampliac ión de l campo de las l iber tadesindividuales con e l pe l igro de una ampliac ión s imultánea de lasc a pa c ida de s de e s t r a ngula mie nto de e se mismo ámbi to de l ibe r t a d . Tra s mi le n ios de pr ima c ía pa t r i a r c a l s e ve r i f i c a e n nue s t r aépoca una sensible mutac ión de la conciencia en lo referente alas re lac iones entre e l hombre y la mujer y a los papeles quede se mpe ña n e n l a soc ie da d huma na .

(*) Este trabajo estaba ya terminado cuando salió la Declaraciónsobre la cuestión de la admisión de las mujeres al sacerdocio ministerial,de la Sagrada Congregación para la Doctrina de la Fe; en ella se mantiene la argumentación tradicional

perar e l pa tr ia rca l ismo y e l matr ia rca l ismo y caminar en direcc ión a una soc iedad de personas l ibres , asociadas por su l ibertad en la formación de l hogar e independientes en cuanto a larea l izac ión personal , respetando la diferencia de uno y otro sexo y reconociendo a cada uno de e l los e l derecho a vivir a part i r de esa diferencia . Aún más: se perc ibe que la r iqueza humana consis te prec isamente en la rea l izac ión de lo diferencia l decada sexo, entendiendo esa diferencia como rec iprocidad y a l te -r idad. Lo que se busca es una equivalencia en la diferencia .

4. La autor idad entre seres diferentes , dentro de una igualdad personal , no se comprende tanto como función de uno de lossexos ( lo que dio or igen a l matr ia rcado y a l pa tr ia rcado) s inoc omo una func ión c onse nsua da e n t r e a mbos s e xos que pue de s e re jerc ida en un caso por uno y en otro caso por otro.

5. A part i r de es ta tendencia la mujer va l iberándose cadavez más de las imposic iones de la cul tura pa tr ia rca l heredada .

Está pasando de una función his tór ica a la que fue re legada , lade la sexualizac ión, a la de la personalizac ión.

6. La mujer n o era com pren dida a par t i r de e l la mism asino a par t i r de l hombre y de las expecta t ivas soc ia les que és teponía en e l la . Socia lmente se la identif icaba por su sexo (1) ; a lhombre por su profes ión o función socia l .

7. La mutac ión de conciencia en la re lac ión entre los sexost iende a permit ir emerger la persona de la mujer . Es verdad quela sexualidad desempeña su función, pero no es exclus iva . Ocupasu lugar dentro de l hor izonte más amplio de la personalizac ión.

8. La comprensió n cada vez má s consecuen te de la mu jercomo persona y de la igualdad de los sexos ante Dios podrá conducir lentamente , grac ias a Dios , a poner f in a la minoría (2) deedad humil lante y milenar ia sufr ida por la mujer .

(1) Cfr. MÜLLER, "Probléme Psychologique de la femme d'aujour-d'hui", en RThPh 3 (1973), 237.

(2) VERSIANI, "A mulher na Igreja. O fim de urna minoridade", enJornal do Brasil, 7.5.1973; HARKNEES, "W oman in Church and Society",57-58; REUTHER, "Religión and Sexism", 117-183; AUBERT, "La m ujer" 53-90.

108ECLESIOGENESIS

9. En es te proceso de l iberac ió n el c r is t ianis mo nacie nte desempeñó un fac tor dec is ivo, pues predicaba que para Dios no exis tea c e pc ión de pe r sona s y que por e so "ya no ha y hombre n i mu

9. EL SACERD OCIO DE LA MUJER Y SUS POSIBILIDADES 109

dia c onía l i tú rg ic a r e a l i z a da por muje re s r e l ig iosa s , una d ia c oníaca tequética , diaconía de la car idad y de la as is tencia soc ia l , unadia c onía pa s tora l , a sumie ndo pa r roquia s c on toda s sus t a r e a s , e n

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j e r por c ua nto todos somos uno e n Cr i s to J e sús" (Ga l 3 , 28) .Jesucr is to mismo tomó la defensa de la mujer contra las a rbi tra r iedades de la legis lac ión judaica en lo referente a l matr imonio.R ige una igua lda d r a d ic a l e n t r e e l hombre y l a muje r . Jun tos ,y no por separado, son imagen y semejanza de Dios (Gen 1, 27) .

10. Aun cuando en su intención teológica e l c r is t ianismocontenga e l germen de una comple ta l iberac ión de la mujer delas discr iminaciones de la cul tura pa tr ia rca l , vigente has ta hacepoc o , en su encarnación concre ta , s in embargo, se adhir ió a lases truc turas soc ia les discr iminadoras de las cul turas greco-la t inay juda ic a , pe rmi t i e ndo su pe rv ive nc ia de nt ro de l a s ins t i tuc ione sec les iás t icas has ta e l día de hoy. El mismo S. Pablo impone lasumisión de la mujer a l marido lo mismo que la Igles ia es tá sometida a Cris to (cfr . Ef 5, 22-23) , dentro de una analogía dif íc i l mente aceptable en nuestros días .

11 . El Derecho Canónico en su codif icac ión de 1918 afec ta

desfavorablem ente a la condic ión ju r ídi ca de las muje res d entrode la Iglesia. Según el canon 118 les está vedado el acceso a loscargos ec les iás t icos que conlleven poder de orden o de jur isdicc ión.Simple y l lanamente es tán incapaci tadas para e l sacerdocio. Enconsecuencia , se las excluye de l servic io de l a l ta r o de aproximarse a é l durante la ce lebrac ión de la santa misa u otros ac tos l i túrgicos (c . 813) . En las Igles ias se recomienda que es tén separadas de los hombres y con la cabeza cubier ta (c . 1267); no leses tá permit ido adminis trar e l bautismo en caso de pe l igro demuerte s i hay un hombre presente (c . 742); sa lvo casos de neces idad no deben confesarse fuera de los confesonarios (c . 910);no t ienen competencia para proceder en causas de bea t if icac ión

y canonizac ión de los santos (c . 2004); ni t ienen e l derecho depredicar (c . 1327) ni pueden adminis trar los bienes de una parroquia (c . 1521); la mujer casada t iene como domici l io necesar io e l de l marido (c . 93) , e tc .

12. Después de l Concil io es tas des igualdades jur ídicas t iende n a de sa pa re c e r y ha brá que ha c e r una r e s t ruc tura c ión jur íd i ca genera l en e l nuevo Código de Derecho Canónico en preparac ión, en todo lo referente a la posic ión de la mujer en la Igles ia . Así , por e jemplo, ya se les permite una amplia par t ic ipac iónen la l i turgia . En Bras i l , par t icularmente , se da una verdadera

otro t iempo reservadas a l sacerdote , excepto la misa y las confes iones (3) .

13 . Son t a mbié n muc ha s l a s muje re s que t r a ba ja n e n loadive r sos orga ni smos roma nos de l gobie rno c e nt r a l de l a Ig le s iacon cargos representa t ivos de of ic ia les o consultores (4) .

14. ¿ Ha s ta qué puntó a va nz a rá l a Ig le s ia ? ¿ L le ga rá , ypodrá l l e ga r , ha s ta l a c omple ta igua lda d de opor tunida de s e n t r elos sexos en e l acceso a los sagrados minis ter ios , inc luyendo laadmisión a l sacerdocio? ¿O habrá es truc turas , de orden y derec ho d iv ino , que lo impida n?

15. Últ ima me nte s e ha n publ i c a do pronunc ia mie ntos de a soc iac iones femeninas en favor de l sacerdocio confer ido igualmente a la mujer (5) . "Si Dios ama a las mujeres lo mismo que alos hombres" , dec ía en una rec iente entrevis ta la profesora deSociología de la Religión de la Univers idad de Far le igh Dickin-

son en Nueva Jersey, "¿por qué entonces la Igles ia reserva susmini s t e r ios y c a rgos más a l tos e xc lus iva me nte pa ra los hombre s? " . Y c ome nta ba un t e ó logo bra s i l e ño: "La muje r pue deconcebir a un sacerdote ( f ís ica y espir i tua lmente) ; su e jemplode madre puede lograr que un niño se convier ta un día en unobi spo . Pe ro nunc a podrá s e r e l l a misma sa c e rdote , u ob i spo" (6) .¿De qué s irven disponer de una teor ía l iberadora acerca de lamujer (c fr . Gal 3, 28) s i pers is ten las prác t icas ec les iás t icas opresora s?

16. La discusión teológica ya se había inic iado hace unos

15 años . Las opiniones se dividen en gran medida . Un númerode teólogos s ignif ica t ivo prec isamente por su ca l idad, ya no cons ide ra c onvinc e nte l a a rgume nta c ión t r a d ic iona l e n nombre de l acual se excluía a la mujer de la je rarquía de Orden en la Igles ia .

(3) Cfr. QUEVEDO, "Religiosas e Tarefas Presbiterais" en Convergencia 6 (1973), 149-163.

(4) LEITE, "A mulher na sociedade e na Igreja", en Biotéria 97(1973) 40-49. Según el Anuario Pontificio de 1973 hay 23 religiosas incorporadas en Organismos Pontificios.

(5) Véase especialmente la llamada qu e hacen las mujeres canadienses: "La femme dans l'Eglise et dans la société", en Eglise Canadienne4 (1971).

(6) Cfr. VARSIANI, op. cit., p. 1, nota 2.

110 ECLESIOGENESIS

Otros ma nt ie ne n toda vía c omo vá l ida e sa a rgume nta c ión , e spe c ia lmente por los tes t imonios neotes tamentar ios y por la constancia ininterrumpida de la t radic ión. Ecos de es ta discusión y

9. EL SACERDOCIO DE LA MUJER Y SUS POSIBILIDADES 111

Pe ro poc o de spué s , por me dio d e un Me m oránd um , s e ' e st a b le c ían los l ímites de semejantes es tudios . Entre otras cosas se dec ía :

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de la toma decidida de par t ido en favor de l sacerdocio de la mujer (7) se hic ieron oír en e l Sínodo de los Obispos en Roma grac ias a la intervención de l Cardenal canadiense George B. Flahiff.

El r e sumía suc in ta pe ro e xa c ta me nte l a a rgume nta c ión de unacorr iente teológica . Decía :

"La respuesta c lás ica cuando se proponía es ta cuest ión hace

ve in te a ños e ra :a ) Cr i s to fue hom bre y no mu je r .b) Esc ogió a doc e hom bre s pa ra que fuera n sus pr ime ros

pa s tore s , y no a muje r a lguna .c) S. Pab lo dec laró expr esame nte qu e las .muje res deben

estar ca l ladas en la Igles ia ; por lo tanto, no pueden ser ministros de la Pa labra (1 Cor 14, 34-35) .

d) Pabl o di jo igualmen te qu e , por e l hecho de hab er pecado pr imero la mujer en e l para íso, no puede tener autor idad sobre e l hombre (1 T im 2 , 12-15) .

e ) La Igles ia pr imit iv a conoció min is tros femeninos , par t i

cularmente en Oriente has ta e l s iglo VI, pero esos minis tros noe ra n orde na dos . La c onc lus ión por c ons iguie n te e r a : e l min i s t e r io es un of ic io exclus ivamente para hombres . Que las mujeresse contenten con la suer te de la Virgen María y de otras mujer e s que rode a ba n a J e sús ; que s e a n s e rv idora s f i e l e s y de vota s " .

Esta demostración histórica, concluía e l Cardenal Flahiff,

ya no puede ser considerada hoy en día como válida. P r e s e n t ae ntonc e s a l S ínodo una propos ic ión na c ida de una l l a ma da de l a smujeres canadienses y asumida por e l episcopado en los té rminos s iguientes : "Que los representantes de la Conferencia Catól ica Canadiense pidan a sus de legados que recomienden a l Santo

Pa dre l a forma c ión inme dia ta de una c omis ión mixta ( forma dapor obispos , sacerdotes , seglares de ambos sexos , re l igiosas y rel igiosos) a f in de es tudiar en profundidad la cuest ión de los min i s t e r ios f e me ninos e n l a Ig le s ia " (8) .

17. Como consecuencia de es ta apelac ión a la Santa Sedese creó e l 3 de Ma yo de 197 3 una comisión encar gada de es tudiar " la mis ión de la mujer en la Igles ia y en la soc iedad" (9) .

(7) Sobre los ministerios femeninos en la Iglesia, véase L'Eglisecanadienne 4 (1971, 286-287.

(8) Ídem.(9) Cfr. SEDOC 1973.

18 . "Desde e l comienzo de la invest igac ión se ha de exc lu i r l a pos ib i l ida d de l a s a gra da Orde na c ión de l a muje r " (10) .

¿En qué se basa es ta medida ec les iás t ica? ¿Se apoya e l Magi s t e r io e c le s i ás t i c o toda vía e n l a a rgume nta c ión t r a d ic iona l ojuz ga inopor tuna , pa s tora l y d i s c ip l ina da me nte , l a o rde na c ión demuje re s?

II . Jesús, la voz masculina en de[en$a de la mujer.

1. Nuestro t rabajo intentará someter a un anál is is c r í t icola a rgume nta c ión c lás ic a e xpue s ta a r r iba por e l Ca rde na l Flahiff,

pa ra f ina lme nte r e s i tua r e l p roble ma de nt ro de una pe r spe c t ivamás amplia de la mis ión de la Igles ia y en e l sent ido de sus minis te r ios . Conviene antes , s in embargo, des tacar la ac t i tud deJesús hac ia la mujer en su época . Esto servirá de cr í t ica permanente para la Igles ia y para las ins t i tuc iones que ta l vez pers istan en la discr iminación de la mujer por e l hecho de ser mujer .

2. Si por f e mini s t a e n te nde mos todo a que l que de f i e ndela igua lda d funda me nta l de l a muje r y e l hombre , c ons ide rándola c omo pe r sona huma na y oponié ndose a los orga ni smos que l ahacen o t ransforman en obje to, entonces Jesucr is to fue un dec idido feminis ta (11) . En efec to, la tendencia genera l de su predicac ión é t ica consis t ía en l iberar a los hombres de una mora llegal is ta y discr iminadora hac ia una mora l de dec is ión, l iber tady fra ternidad. Así como Dios no discr imina a nadie y ama a todos (cfr . Mt 5, 45) , tampoco e l hombre ha de hacer acepción depe r sona s . De be rá a ma r a todos ind i s t in ta e ind i s c r imina da me nteporque todos son hi jos de Dios y por tanto hermanos entre s í .Esta revolución é t ica creó e l espacio para la l iberac ión de la mujer como persona . Esa dimensión sa l ta a la vis ta s i oponemoslas ac t i tudes de Jesús a la posic ión soc ia l de la mujer en la soc ie da d jud ía .

(10) "A missúo da mulher na Igreja" en Atualizacáo 42-43 (1973);SW IDLER, W oman in a Man's Church".

(11) KETTER, "Christus und die Frauen"; RUSCHE, "Femmes de laBible, témoins de la fo i"; "La conception chrétienne de la femme" enLumiére et vie 43 (1959) n. especial; BRAUN, "El hombre de Nazaret ysu tiempo", 96-104; SW IDLER, "Jesús feminista" en Actualizacáo 42-43,876-880.

112 ECLESIOGENESIS

3 . La m u j e r era en todo infe r ior al h o m b r e (12). Era cons ide ra da c omo me nor de e da d aun c ua ndo e s tuvie se c a sa da o

v i u d a . Al no pode r , obvia me nte , ser c i r c unc ida da , no pa r t i c ipa

9. EL SACERDOCIO DE LA MUJER Y SUS POSIBILIDADES 113

5 . Con la a dúl t e ra (Jn 7, 53-8, 11) se da el e nc ue nt ro , c omodice S. Agus t ín (Hom. in Ev. J o a n . 33, 5), e nt r e la mise r ia y la

mise r ic ord ia , t r iunfa ndo la mise r ic ord ia porque a n te s de consi

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b a de la Alia nz a a bra hámic a . El mismo De c á logo pa re c e d i r ig i r s ee xc lus iva me nte a los v a r o n e s (13), c o n t a n d o a la muje r e n t r e los

obje tos de p r o p i e d a d del m a r i d o (Ex 20, 8). En las s ina goga slas mujeres ocupaban lugares especia les , t ras las g r a d a s o en los

gine c e os . No podían leer , ni h a b l a r ni explicar la ley. No contaba n c omo te s t igos , ni podía n e nse ña r a los n i ñ o s , ni s iqu ie ra ha

ce r la ora c ión de la me sa . No podía n a pre nde r la Ley S a n t a ." E l que enseña a su hi ja la T o r a es c o m o si le enseñase la forn i cac ión (14). Es m e j o r q u e m a r la Ley S a n t a que e nt r e ga r la a una

m u j e r " (15). Se gún la t e o logía r a b ín ic a el jud ío de be dar gra c ias a Dios a dia r io por t r e s pr iv i l e g ios :

a ) Por que D ios no lo ha he c ho na c e r pa ga no (Goi ) . b) Por

no ha be r na c ido muje r , c) Por no pe r te ne c e r a los i g n o r a n t e s de

la Ley (16). A p a r t e de esto la m u j e r en me ns t rua c ión se convert ía a sí m i s m a en i m p u r a y c onve r t í a en impuro todo c ua ntotoc a se . No podía a pa re c e r en públ ic o , ni pa r t i c u la rme nte s e gui ro e sc uc ha r a los r a b inos (ma e s t ros ) . Ni el m i s m o m a r i d o le di

r ig ía la p a l a b r a en públ ic o o delante de vis i tas en c a sa .

4 . ¿ C ó m o se c ompor ta J e sús f r e n te a esta t radic ión opresora y disc r imina tor i a ? Con su act i tud l ibera al h o m b r e de la

c a r g a de su propio pa sa do . De ja pa te n te una a pe r tura f r a te rnay r e c onc i l i a dora . Pe rmi te que le s iga un g r u p o de muje re s de

Gali lea (Le 8, 1-3; 23, 49; 24, 6-10; Mt 17, 5 5 - 5 6 ; Me 15, 40 ;

Jn 19, 25) de las que Luc a s c onoc e los n o m b r e s de a lguna s co

mo Ma r ía Ma gda le na , Jua na , muje r de Cusa que era in te nde ntede He rode s , Susa na y ot ra s (Le 8, 1-3). No obs ta n te el e sc ánda lod e los mismos a pós to le s , se detiene a c onve r sa r con una he re je ,l a s a ma r i t a na , muje r que ha bía t e n ido ya c inc o ma r idos (Jn 4,

27). En la gra n pe c a dora Ma gda le na que con sus l á g r i m a s ype r fume s le b a ñ a los pies no ve en pr ime r luga r a la m u j e r de

ge ne ra da y a la prost i tuta , s ino a una c r i a t u r a h u m a n a que de beser acogida y p e r d o n a d a en c o n t r a de todo el se n t ido c omún fa

r isa ico y re l igioso de los S i m o n e s de a ye r y de hoy (Le 7,

36-50) .

(12) OEPKE, GYNE, en KrrrEL, ThWNT, 776-790; BIIXERBECK, " K O -mentar zum NT aus Talmud und Midrasch, III, 558.

(13) SBIK, "A voz masculina em honra da femenina", 16.(14) BIIXERBECK, III, 468.

(15) O EPK E, 782.

(16) OEPKE, 776; LIETZMANN, "Carta a los Gálatas", 23.

d e r a r a la muje r c omo obje to del sexo ve en ella a la p e r s o n ac a ída que p u e d e ser a uxi l i a da y no s imple me nte juz ga da y a pe d r e a d a . Son m u c h a s las muje re s a quien Cris to auxil ió y c u r ó ,lo que manif ies ta su s o b e r a n í a al r o m p e r con t a bús soc ia le s : la

sue gra de P e d r o (Mt 8, 1 4 - 1 5 ; Me 1, 2 9 - 3 1 ; Le 4, 38-39) , la

ma dre de sc onsola da del jove n de Na ím (Le 7, 11-17) , la hij i ta

m u e r t a de J a i r o (Mt 9,. 1 8 - 2 6 ; Me . 5 , 2 1 - 4 3 ; Le 8, 4 0 - 5 6 ) ; lam u j e r que l levaba 18 a ños e nc orva da (Le 13, 10-17) ; la p a g a n ac a na ne a , a quie n J e sús , a dmi ra do , d ic e : muje r , g ra nde es tu fe;

l a muje r que sufr ía desde hac ia 12 a ños de un flujo de sa ngre ,lo que la c onve r t í a en i m p u r a y socia lmente desprec iable (Mt 19,

2 0 - 2 2 ; Me 5, 2 5 - 3 5 ; Le 8, 43-48) . A despecho de las Leyes de

purif icac ión y del t a b ú de la muje r e nfe rma , él, públ ic a me nte ,la cura .

6 . En m u c h a s de sus pa rábola s e n t r a la muje r c omo f igurapr inc ipa l (Mt 25, 1-13; Le 15, 8-10; Mt 13, 33; Le 18, 1-8;

Le 21, 1-4; Le 20, 2 7 - 4 0 ; Mt 22, 2 3 - 3 3 ; Mt 12, 4 1 - 4 2 ; Le 11,

3 1 - 3 2 ; Le 4, 2 5 - 2 7 ; Mt 24, 40-41) y n u n c a se la pre se nta de nt rode los cl isés discr iminator ios de la é poc a . Sorpre nde nte es la ac

t i tud de Je sús con M a r t a y M a r í a (Le 10, 3 8 - 4 2 ; Jn 11, 1-12).

Lo que un r a b ino or todoxo j a más hubie ra he c ho lo hace Jesúscon toda s implic idad: explicar cuest iones teológicas a una mu

j er que, c o m o un disc ípulo , se s ienta a los pies del ma e s t ro (Le

10 , 39).

7. En todas es tas re ferencias la muje r a pa re c e c omo pe r sona , hi ja de Dios y por el lo merecedora de igual respeto y a m o rq u e los de más hombre s . Es to se t r a s luc e c la ra me nte c ua ndo al

guie n , e n tus ia sma do, e xc la ma : "Fe l i z el seno que te e n g e n d r óy los pechos que te a m a m a n t a r o n " . El hor iz onte en el que se ar

t icula es ta exclamación es el de la m u j e r en cuanto sexo y ma

dre. En la respuesta aparece la perspect iva en que se m u e v e Je

sús : la de la muje r c omo pe r sona en pr ime r luga r . "Fe l i c e s más

bien los que oyen la P a l a b r a de Dios y la p r a c t i c a n " (Mt 12, 46-

5 0 ; Me 3, 3 1 - 3 5 ; Le 8, 19-21) . El h o m b r e es pe r sona en la

m e d i d a en que es oye nte de la pa la bra que vie ne de o t r o , y del

Gra n O t ro , v iv ie ndo así una exis tencia dia logal .D e las act i tudes de Je sús no se de duc e una disc r imina c ión

de la muie r s ino su igua lda d y d i g n i d a d .¿ P o d r á la Igles ia ponerse de lante de su D i v i n o F u n d a d o r y

114 ECLESIOGENESIS

t o m a r de él la me dida c r í t i c a de su c ompre ns ión de la m u j e r ?En un m u n d o en el que la muje r e s t á de sc ubr ie ndo su ide n t ida d¿ p o d r á la Igles ia ser un fac tor de l ibe ra c ión o servirá de subs

9. ELSACERDOCIO DE LA MUJER Y SUS POSIBILIDADES 115

III. No existen argumentos teológicos decisivos en contrade la ordenación de la mujer, sino únicamente disciplinares.

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t ra to ideológico para legi t imar s i tuac iones despersonalizadoras de

l a muje r?

8 . A la luz de e s ta s pre gunta s va mos a p a s a r a analizar la

a rgume nta c ión c lás ic a a duc ida c ont r a el acceso de la m u j e r a las

sa gra da s órde ne s (17).

(17) La bibliografía sobre esto es amplísima; citaremos sólo algunos nombres más significativos. ALMEN, J. J. von, Est-il. legitime de con-sacrer des femrnes au minislére pastoral! Verbum Caro, 17 (1963), 5-26.ANÓNIMO, Warum nicht Priesterinnen! , en Der Grosse Entschluss 21(1966), 200-201. BERTHOLET, A., Weibliches Priestertum, Berlín, 1950.BLUM, G. G„ Das Amt der Frau im Neuen Testament, Novum Testa-mentum 7 (1964), 142-161. BRUNNJNG, M., Priestertum derFrau?. Stimmender Zeit 176 (1964/65). 549-552. CASALIS, G., L'Homme et la femme dansle minislére de VEglise, en Etudes Théologiques et Religieuses 38 (1963),27-46. CONOAR, Y.. La femme dans VEglise, en Recherches des sciencesPhilosophiques et Théologiques 37 (1953), 763-764. DANIÉLOU, ]., Les Ministéres des femrnes dans VEglise ancienne, en Maison Dieu 61 (1960), 70-

96. EYDEN, R. J. A., Die Frau im Kirchenamt, Pladoyer fur die Revisióneiner traditionallen Haltung, en W o rt und W ahreit 22 (1967), 350-362.GALLAY, P., Va-t-on vers un sacerdoce ministériel des femrnes dans VEglisecatholique?, en Prétre et Apotre 48 (1966), 247-248. GALOT, J., L'accessodelta donna ai ministeri della Chiesa, en Civitá Cattolica 123 (1973), 316-329. GINER SEMPERE, S.. La mujer y la potestad de orden: incapacidad dela mujer: argumentación histórica, en Revista Española de Derecho Canónico 9 (1954), 841-869. HENRY, A. M., Les ministéres de la femme dansVEglise, en Forma Gregis 17 (1965), 95-110. IDÍGORAS, J., La femme dansVordre sacre, manuscrito, Lima 1963. KREBS, E., Vom Priestertum derFrau, en Hochland 19 (1922), 196-215, MÜLLER, I., y RAMING, I., Kri-tische Auseinandersetzung mit den Gründen der katholischen Theologiebetreffend den Ausscllluss der Frau vom sakramentelen Priestertum, enHeinzelmann, G., editor, 61-76. SONNERMANS, J., Vers Vordination desfemrnes?, on Spiritus 29 (1966), 403-422. VAN DE R MEER, E., Priestertum der Frau, Friburgo 1969. GRYSON, R., Le minislére des femrnesdans VEglise ancienne, Gembloux, Ducolot 1972. DELHAYE, P., Rétros-pective et prospective des ministéres féminins dans VEglise, en RevueThéologique de Louvain 3 (1972), 55-75. GHERARDINI, B,.Donne insacris?,en Seminarium 6 (1966), 179-198. REMBERGER, F. X., Priestertum der Frau?en Theologie der Gegenwart 9 (1966), 30-136. GOSMANN, E., ¿Mujer sacerdote!, en Concilium (1968), 104-113. PETERS, J., ¿Habrá lugar para la muje r en las funciones de Iglesia?, en Concilium 4 (1968), 114-123. QUEVE-DO, G. L., Religiosas e Tarefas Presbiterais, en Convergencia 6 (1973), 149-163, especialmente 159-161. BODSON, J., La femme et le sacerdoce, en VieConsacrée 44 (1973), 332-369; HARKNESS, G., Woman inChurch und So-ciety, Nashville (Abingdon Press) 1972, 205-220; AUBERT, J. M., La Mujer,Barcelona 1976, 171-210.

1. Al a d u c i r a r g u m e n t o s y textos de la Esc r i tura , la teolog ía ha s ido , por lo ge ne ra l , muy poco cr í t ica . Par t ía de la cuest ión de he c ho de que só lo ha bía hombre s c omo sa c e rdote s mi

nis ter ia les . Ese he c ho era c ons ide ra do c omo un dato incuest iona ble . A su luz se rea l izó una interpre tac ión ideológica de la

Tra dic ióny

:una

lec tura tendenciosade los

textos escr i tur ís t icos .Ese proc e dimie nto se pe rpe túa toda vía hoy aun entre teólogosde a lgún r e nombre (18). No ba s ta el r e c ur so puro y s imple a lo

que d ic e n la Esc r i tura y la T r a d i c i ó n . Lo que se da a q u í es un

p r o b l e m a de orde n he rme n é ut i c o : ¿ Cómo he mos de leer la Escrit u r a y la Tradic ión? ¿Pre tenden e l las es tablecer un hecho dogmát ic o y de derecho divino o son d e u d o r a s a un contexto cul tura l y t e o lógic o? ¿ Expre sa n a de c ua da me nte la posi t ividad cr is t ia na pa ra todo el ulter ior decurso de la his tor i a o son una encarna c ión t e mpora l y c i r c uns ta nc ia l del he c ho ma yor del me nsa jec r i s t i a no de igua lda d , f r a t e rn ida d y supe ra c ión de toda s las di

vis ione s de spe r sona l i z a dora s e n t r e los h o m b r e s en n o m b r e de

Dios?

2 . Ahora b ie n , el mensaje cr is t iano no se agota en una ar

t iculac ión his tór ica . Esta será s iempre l imitada y por lo m i s m osiempre suje ta a supe ra c ión , e nr ique c imie nto y c or re c c ión . La

misma Ig le s ia ha r e c onoc ido c omo uno de los s ignos de los t iemp o s de hoy la re ivindicac ión por pa r te de las muje re s de la pa

r ida d con los hombre s t a n to de de re c ho c omo de hecho (GS 9).

¿No deberá es to const i tuir un nue vo luga r he rme né ut i c o que nos

pe rmi ta , c r í t i c a me nte , va lora r el pa sa do y reconocer sus l ímites?Te nie ndo en cuenta es ta hermenéutica pasaremos a a na l i z a r la

argumentac ión c lás ica , defendida aún hoy en cier tos medios teo

lógicos .

a) Primera objeción: la fidelidad histórica; Jesucristo fue

varón y no mujer.

3 . Se af irma que al r e se rva r el sacerdocio únicamente a los

h o m b r e s la Igles ia ac tua l iza permanentemente la m e m o r i a de que

(18) Como GRELOT, GRYSON, VON AIXMEN y otros.

116 ECLESIOGENESIS

su sacerdocio le viene de Jesucr is to que fue , his tór icamente , unhom bre b ie n c onc re to y s e xua do. £1 s a c e rdote ma sc ul ino a c túa" in pe r sona Chr i s t i " ; r e pre se nta e n l a v i s ib i l ida d s a c ra me nta lde la Igles ia a Cris to-Cabeza , es dec ir , a la persona concre ta de

9. EL SACERDOCIO DE LA MUJER Y SUS POSIBILIDADES 117

3.4 . Lo que ha c e qu e a lguie n r e pre se nte a Cr is to no sonfac tores de carne y sangre s ino la dimensión de la fe , de la adhes ión a Cris to y a su Igles ia . El que sólo los varones hayan tenido

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Jesucr is to, or igen de nuestra sa lvac ión.

3 .1 . A e s to de be mos opone r l a s s igu ie n te s r e fl e x ione s : For ma par te de la contingencia his tór ica e l que e l Sa lvador hayas ido va rón . S in e mba rgo , J e sús mismo no h iz o de e s te he c ho unprinc ipio teológico ni ins is t ió en ninguna par te acerca de es tadiferencia , s ino que por e l contrar io en sus ac t ividades de predicador subrayó la superac ión de todas las divis iones entre loshombres . Hasta excluyó e l fac tor biológico y sexual como s ignif i c a t ivo e n l a de te rmina c ión de l s e r nue vo. " ¿ Quié n e s mi ma drey quié ne s son mis he rma nos? Todo e l que ha c e l a vo lunta d demi Pa dre que e s t á e n e l c i e lo e s mi he rma no, mi he rma na y mima dre " (Mt 12 , 50) .

3 .2 . S . Jua n c om pre ndió b ie n l a nove da d de l c r i st i a n i smoque ha c e de los hombre s h i jos de D ios : "Es tos no na c ie ron n ide la sangre , ni de la voluntad de la carne , ni de la voluntad de l

hombre s ino que na c ie ron de D ios" ( Jn 1 , 12) . Con e l lo supe róa todo e l judaismo en cuanto re l igión basada en e l fac tor rac ia l .C ie r t a me nte e l Cr i s t i a n i smo no podrá to le ra r c omo pr inc ip io dogmático que en é l se es tablezca , por lo que se ref ie re a los ministe r ios , un fac tor de orden sexual .

3 . 3 . Con Je suc r i s to s e ina uguró una nue va so l ida r ida d e n t r elos hombres , f rente a la cual "ya no hay ni gr iego, ni esc lavo nil ib re , n i hombre n i muje r , pue s todos son uno e n Cr i s to" (Ga l 3 ,28) . Invocar la masculinidad de Cris to para jus t i f icar e l pr ivil e g io de l s a c e rdoc io mini s t e r i a l ma sc udl ino e s a rgume nta r c on unadimensión f ís ica que nada t iene que ver con la f ide l idad his tó

r ica a Jesús . No es ése e l nive l a l que hay que s i tuar la . Si e l a rgume nto fue se vá l ido , e n tonc e s no c ompre nde r ía mos por qué lossa c e rdote s no só lo de be r ía n s e r va rone s c omo Je sús s ino t a mbié n jud íos c omo Je sús , o me jor Ga l i l e os c omo Je sús . ¿ Por quéel Nuevo Testamento que fue escr i to en gr iego, por qué la Igles iaque habló of ic ia lmente e l gr iego, después e l la t ín y hoy las lengua s de l mundo, no ma ntuvie ron l a f ide l ida d h i s tór i c a a l a ba ndona r l a l e ngua ha bla da por J e sús , e l a r a me o, y a l l ibe ra r se dela s c os tumbre s de l juda i smo, r e l ig ión y c u l tura de l J e sús h i s tór i c o? Es te a rgume n to de l a f ide l idad h i s tór i c a p la n te a má s prob le ma s que a c la ra c ione s a l a c ue s t ión .

has ta hoy en la Igles ia acceso a l sacerdocio minis ter ia l se debeno a l hecho de que Cris to haya s ido varón, s ino a otros fac toresde orden his tór ico y soc iológico.

b) Segunda objeción: Jesucristo escogió únicamente a hom

bres para Apóstoles suyos.4t. ¿Signif ica es te hecho e l que fuese voluntad explíc i ta de

Je suc r i s to (y por t a n to de de re c ho d iv ino) e l que n inguna mujer tuviese autor idad apostól ica y que por e l lo fuese también suje to inhábil para e l minis ter io sacerdota l? De es to no hay indic ioa lguno ni en e l mensaje de Jesús ni en la Igles ia pr imit iva . Elsacerdocio y e l apostolado of ic ia l const i tuyen una función socia l .

4 .1 . La concrec ión de es ta función var ía de acuerdo con lasociedad y la s i tuac ión cul tura l . Como ya hemos consideradoarr iba , en t iempos de Jesús y a pesar de todas las l iber tades que

él , e n pr inc ip io , c onqui s tó pa ra l a muje r , e r a s imple me nte impos ible que una mujer desempeñase una función re l igioso-socia l .Como ya a rgume nta ba e l Ambros ia s te r ( a u tor de sc onoc ido de uncomentar io a las 13 car tas paulinas en e l s iglo IV): "en t iempos de J e sús no s e e nc ont ró n inguna muje r pre pa ra da pa rae s o " (19) . El las , que no podían conocer la Ley, ¿cómo iban aexplicar la? Al no poder aparecer en público y entrar de plenoderecho en la s inagoga , ¿cómo iban a poder e jercer una funciónsocia l y re l igiosa?

4 . 2 . Part iendo de es to, entendemos por qué Jesús y los Apóstoles no incorporaron a las mujeres como tes t igos de l Resuci tadoy, por lo tanto, en e l colegio apostól ico. Cier tamente a e l lo sedebe e l que e l pr imer tes t imonio escr i to de la Resurrecc ión (1Cor 15, 3s) no nombre a las mujeres como tes t igos de las apar ic iones de l Señor resuci tado ta l como poster iormente hic ieronlos Evangelios . En aquella época su tes t imonio no hubiera s idoaceptado porque no tenía cual if icac ión jur ídica . Aquí no se t ra tade la posic ión re l igioso-socia l de la mujer , s ino que , dadas lasc ondic ione s a mbie nta le s , ha y que pre gunta r se :

(19) Comm . In. Ep . ad. 1 Tim 3, 11 ; PL 17, 470.

11 8 ECLESIOGENESIS

¿Quién podía , en aquella s i tuac ión cul tura l , representar of ic ia lmente a Jesucr is to y a su causa?

4.3. Únicamente los varones . Pero eso no s ignif ica que Je

9. EL SACERDO CIO DE LA MUJER Y SUS POSIBILIDADES 119

5.1. Estos textos parecen has ta ta l punto c laros que es tar íade más la discusión acerca de l acceso de la mujer a l sacerdocio.El problema ya lo habría resuel to Pablo: s i no pueden enseñar ,cuánto menos consagrar (21) . Sacados de su contexto los textos

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sús y la Igles ia pr imit iva lo es tablec iesen as í en pr inc ipio, paras ie mpre j a más , de ma ne ra i r r e forma ble y de f in i t iva . Conc lu i r unrac ioc ion io semej ante ser ía ' pecar contra la má s e lementa l herm enéutica y desgajar , absolut izándolas , f rases o s i tuac iones de sucontexto vi ta l que es la cul tura soc io-re l igiosa de la época .

4.4. Si a lguien ins is te y af irm a: Pero Jesús les di jo ú nicamente a los Apóstoles en la úl t ima Cena "haced es to en memor ia mía" no inc luyendo en e l lo a las mujeres , entonces deber íamos pre g unta rnos : ¿ l a in te nc ión de Cr is to fue só lo c onsa gra ro iba mucho más le jos pidiendo que se ce lebrara e l memoria l desu muerte sacr if ic ia l inc luyendo e l comer y e l beber , e l orar y e lce lebrar la Cena de la unidad? Si la segunda a l te rna t iva es laúnica c ier ta ¿s ignif ica eso que sólo los hombres pueden ce lebrarla Cena y que las mujeres quedan excluidas?

c) Tercera ob jeción: San Pablo dijo que las mujeres debíanestar calladas en la Iglesia; ¿cómo entonces pod rán presidir la Palabra de la Eucaristía?

5. Tres son los textos de S. Pablo que entran en cuest i ó n : ( 2 0 ) .

1 Cor 1 1, 5: "To da mu jer qu e ora o profe t iza con la cabeza descubier ta deshonra a su cabeza" .

1 Cor 14, 34-35: "Q. ie las mujeres se ca l len en las asambleascomo se hace en todas las Igles ias de los santos porque no lese s tá pe imi t ido toma r l a pa la bra ; que s e a n más b ie n sumisa s c omo orde na l a l e y . Pe ro s i qu ie re n ins t ru i r s e e n a lguna c ue s t iónque pre gunte n a sus ma r idos e n c a sa ; e s inc onve nie n te que unamujer hable en la comunidad ec les ia l" .

1 T im 2 , 11-12: "Dura nte l a ins t ruc c ión l a muje r de be que dar en s i lenc io, con entera sumisión. No permito que la mujere nse ñe o t e nga dominio sobre e l hombre s ino que de be pe rma ne c e r c a l l a da " .

(20) Pa ra la exégesis de estos textos, véase fundam entalm ente: VANDER MEER, "Priestertum der Frau?, 21-59. DOSSELIN, "Que la femme setaise dans l'assamblée", en Maison Dieu 60 (1959) 183-192, FITZER, "DasW eib schweige in der Gemeinde", GRELOT, "L'accesso della donna nei mi-nisteri della Ch iesa", o p. cit., 323 s.

podrían suger ir eso, pero deben ser interpre tados dentro de l mundo de entonces , en e l que la mujer no pose ía ningún derechopúblico. San Pablo es taba integrado en esa cul tura ; re f le ja las i tuac ión de su t iempo y no podría ser otra forma. Extraer deahí una norma para todos los t iempos s ignif icar ía congelar lahis tor ia , lo que equivaldr ía a des truir la o negar la .

5.2. La fe c r is t iana t ransc ie nde los t iempo s. Pero ap areces iempre integrada dentro de un t iempo, con sus coordenadas decomprensión, con sus costumbres , con sus leyes , con los roles delos diversos grupos humanos. La fe no sacra l iza ta les encarnac iones . Penetra en e l las pero no se pierde en e l las . Por eso hayque dis t inguir s iempre entre fe y teología , entre e l mensaje c r is t iano y su expres ión soc ia l , entre e l c r is t ianismo y su encarnac ión en un de terminado y l imitado universo l ingüís t ico y cul tural. Estas dis t inc iones cobran una va l idez y necesidad indispensables en el presente caso de la posición de la mujer en la Igles ia , s i es que queremos comprender la intención fundamenta l de lcr is t ianismo que nunca es la de sacra l izar c ier tas expres ionesc ul tura le s .

Pasemos a l anál is is de los textos .

5.3. El pr im er texto, 1 Cor 11 , 5, no ofrece dif icul tades . E nél Pablo asegura a la mujer , en contraposic ión a la t radic ión juda ica , e l derecho a profe t izar en la comimidad ec les ia l . Pero deberá hacer lo de acuerdo con las normas que en su t iempo eranconsideradas de decencia y buen gusto. Hoy ya no tendrían s ignif icado a lguno pues ya nadie emplea e l ve lo en e l cul to.

5 .4 . Más a ún . Pa blo a rgum e nta de una ma ne ra que pa ranosot ros hoy no pose e n inguna a u tor ida d obl iga nte : "La na tura leza misma nos enseña que es una deshonra para e l hombre e ltener los cabel los c rec idos en tanto que para la mujer es unaglor ia e l tener los c rec idos" (1 Cor 11, 14) . Esta a f irmación, lomismo que otras referentes a la mujer , son deudoras a un t ipode c ompre ns ión que ya no t i e ne va lor , n i pue de s e r l a nue s t r a ,en especia l en un mundo como e l ac tua l en e l que los hombresy has ta los ec les iás t icos , como todavía e l Santo Papa Pío X, l le -

(21) Cfr. SOLA, Sacrae Theologiae Summa IV, 710.

120 ECLESIOGENESIS

van con orgullo copiosas cabel le ras . Y eso no es considerado como un a te n ta do c ont r a l a na tura le z a huma na .

5.5. El segundo texto, Cor 14, 34-35, ofrece dos t ipos de

9. EL SACERD OCIO DE LA MUJER Y SUS POSIBILIDADE S 121

mente que las mujeres ca l len en la Igles ia (1 Cor 14, 34 " taceantin Eccles ia") s ino también que quien habla en lenguas debe igualmente ca l la r (" tacea t in Eccles ia") s i no es tá presente un intérpre te (v 28) . Cuando a lguien de la comunidad rec ibe una reve

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e xé ge s i s . E l p r ime ro , que va ga na ndo c a da ve z más t e r r e no (22) ,a f irma que esos vers ículos referentes a la mujer son una interpola c ión de un jude oc r i s t i a no . Los a rgume ntos pa re c e n s e r demuc ho pe so . La a mone s ta c ión in te r rumpe e l d i s c ur so pa ul inoque t r a t a de l o rde n e n l a c omunida d , de c uándo se de be ha bla ry cuándo se debe ca l la r . Su advertencia se dir ige par t icularmen

te a los profe tas . Si se omite e l texto referente a las mujeres ,puesto qu e su s i tuac ión ya qued ó resuel ta en e l capí tulo 11 , queda una secuencia lógica normal con respecto a l texto que s igued e i n m e d i a t o :

5.6. "3 1 Porqu e todos podéis profe t izar , uno por un o, a f inde que todos se ins truyan y todos sean animados. 32 Los espír itus de los profe tas es tán suje tos a los profe tas , 33 porque Diosno es un Dios de desorden s ino de paz (se omite e l texto de lasmujeres : versos 34-35) . 36 ¿Acaso sa l ió de vosotros la Pa labrade Dios? ¿Acaso os l legó únicamente a vosotros? 37 Si a lgunopiensa ser profe ta u hombre espir i tua l debe reconocer en lo quee sc r ibo un ma nda to de l Se ñor" .

5.7. Como queda pa ten te , e l orden lógico se ma ntie ne estr ic tamente s i admit imos la interpolac ión. Esta parece plausiblepor un e lemento de orden textua l . La expres ión "Igles ia de lossa ntos " e s una e xpre s iór t é c n ic a de l a s c omunida de s jude oc r i s -t ianas en las que la mujer , según la ley mosaica , debía s iemprecal la r en las reuniones xú lt ic as .

5.8. Ante es te da to no se a tr ib uye a Pab lo es ta amone stac ión prohib i t iva porque no de be mos supone r que e l Após to l e n

una misma c a r t a se c ont r a d iga to ta lme nte : p r ime ro m a nda h a blar (1 Cor 11 , 5) y después ordena ría ca l la r (1 C or 14, 34) .

5.9. El segundo t ipo de exégesis no cuest iona la autencic i-dad paulina de l contexto de l capí tulo 14 que se s i túa ba jo e l t í tulo de norma s prác t i c a s : que todo s e ha ga de modo que e d i f ique(v 26; c fr . vv 3.4.5.12.17) . En es te contexto no se dice única-

(22) GRELOT, I , L'acesso delta donna, op. cit., 323. GRYSON, R„ Leministére des femmes dans l'Eglise ancienne, París 1972. FITZER, G., DasW eib. op. cit., CONZELMANN, M., La primera carta a los Corintios. Estosautores, entre otros, aceptan la tesis de la interpolación.

lac ión, que hable és te y ca lle e l profe ta ( " ta cea t" : v 30) . Puesbien, dentro de es ta conexión de orden y disc ipl ina debe tambiéncal la r la mujer cuando su hablar no s irva para edif icac ión. Sinduda no de be mos a dmi t i r que Pa blo de se a se que l a s muje re s e s tuv ie se n s i e mpre c a l l a da s e n l a c omunida d porque no pode moshone s ta me nte supone r que l a s muje re s , a l ha bla r , de se di f ique n

siempre a la comunidad. En es te sent ido no es tar ía en la intenc ión de Pa blo e s ta b le c e r una prohib ic ión de pr inc ip io .

5.10. No s que da e l te rcer texto, 1 Tim 2, 11-12: " . . . l a mu je r de be que da r e n s i l e nc io . . . no pe rmi to que l a muje r e nse ñe . . . "Los textos son en s í mismos c lar ís imos.

5.11. Sin embargo, se puede hacer de e l los una interpre tac ión ideológica para jus t i f icar una s i tuac ión que subsis te has tahoy. S i hoy l a s muje re s pudie se n ha bla r c omo le s c or re sponde r ía (ya pueden, pero podrían más) , es te texto no ser ía c ier tamentec ons ide ra do c omo impe dime nto y de sobe die nc ia a l a a mone s ta c ión pa ul ina . D i r í a mos s imple me nte : De be mos c ompre nde r a Pa blo (o a uno de sus disc ípulos , e l autor de la car ta ) dentro de lcontexto de discr iminación genera l izada de la mujer . Pues exactamente es eso lo que ocurre en e l texto inmedia to a l que prescr ibe e l s i lenc io de las mu jeres . All í se dice taxat iva men te : "Q uie ro igua lme nte que l a s muje re s va ya n ve s t ida s de ma ne ra de c e nte a dornándose c on pudor y sobr ie da d: no c on pe ina dos r e bus cados , con oro, per las o lujosos ves t idos s ino adornadas conbue na s obra s c omo c onvie ne a muje re s que ha c e n profe s ión depie da d" . (1 T im 2 , 9 -10) . Hoy pa sa mos por a l to e s te "quie ro"ta xa t ivo de S . Pa blo porque e n te nde mos que su pa la bra no pue

de s e r ma nipula da e n orde n a pre sc r ipc ione s de t ipo c osmé t ic oque hubieran s ido excogitadas por la revelac ión o por la insp i r a c ión .

5.12. ¿P or qué la teología ins is te en e l s i lenc io de la m uj ery no se preoc upa de su toi le t te? ¿N o será po rqu e e l pasa je d e1 Tim 2, 11-12 se pres ta a jus t i f icar ideológicamente un s ta tusre l igioso a l que sólo los varones pueden tener acceso? Más aún:es ta misma epís tola es tablece que para la consagrac ión de unobispo se ha de escoger a un hombre de una sola mujer (1 Tim3, 2) . . . y que ma nte nga a sus h i jos e n sumis ión y e n pe r f e c ta

12 2 ECLESIOGENESIS

hone s t ida d (3, 4). ¿ D ó n d e se da eso en la Igles ia? Si algún casad o hoy, en la Igles ia Bras i leña (por hipótes is) , fuese consagradoobi spo de nt ro de los r i tos y de la in te nc ión c a nónic a , la Igles iac ons ide ra r í a vá l ida esa c onsa gra c ión . En el caso en que fuese

9.EL

SACERDOCIODE LA

MUJERY SUS

POSIBILIDADES123

los a busos por p a r t e de c ie r t a s muje re s "que s irven al a l t a r y que

rea l izan todo aquello que e xc lus iva me nte fue a s igna do a los va

r o n e s " (24).

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m u j e r , la c ons ide ra r í a invá l ida tal vez en ba se al texto de Tim 2,

11-12 . ¿ Por qué la Igles ia no s igue hoy ya las pre sc r ipc ione smuy c la ra s c onc e rn ie n te s a las v i u d a s de 1 Tim 5, 3-16?

5.13. La r e spue s ta es s imple y unive r sa lme nte a c e pta d a : por q u e en nue s t r a soc ie da d las viuda s oc upa n una función re l igiosa

y soc ia l muy dive r sa de la de los t iempos apostól icos . ¿Qué obispo podr ía hoy r e pe t i r lo que se escr ibe en 1 Tim 6, 1: "Que to

d o s los que están ba jo el y u g o de la esc lavi tud- conside ren a sus

se ñore s d ignos de t o d a h o n r a a fin de que el n o m b r e de Dios y

l a doc t r ina no se a n b la s fe ma dos"? La Igles ia no va a a n u n c i a r a

los opre sore s mode rnos el me nsa je de e s te t e x to porque t a mbié ne l l a c ompre nde que este mensaje es tá condic ionado al m u n d o de

a que l t i e mpo en el que la esc lavi tud const i tuía una e vide nc ia so

c ia l inc ue s t iona ble . Así c omo in te rpre ta mos e s tos pa sa je s de nt rode l un ive r so he rme né ut i c o de e ntonc e s , de la m i s m a m a n e r a de

be mos ha c e r la exégesis del texto referente a la posic ión de las

muje re s si no que re mos e s ta r a l ime nta ndo la ide o logía del s ta tus

eclesial. Se t r a t a , por t a n t o , no de un "ius div inum" s ino s imple m e n t e de un "i us e c c le s ia s t i c um" r e forma ble .

d) Cuarta objeción: En la tradición de la Iglesia nunca ha

habido sacerdotisas; ni siquiera la Virgen lo fue.

6. Re a lme nte la Tra dic ión c a s i nunc a nos ha bla de sacerdotisas . Sí nos h a b l a de dia c oni sa s que r e c ib ía n el minis te r io ,e spe c ia lme nte a pa r t i r de f ina les del siglo IV, m e d i a n t e una or

denación con impos ic ión de las m a n o s y que pe r te ne c ía n a la

je rarquía ec les iás t ica . No sólo se oc upa ba n de la pre pa ra c iónba ut i sma l de las muje re s s ino que t a m b i é n les e s ta ba pe rmi t idoleer la epís tola y el evangelio, l levar es tola y dis t r ibu i r la c omunión . El r i to de orde na c ión c or re spondía en el siglo XI exactame nte al de los d i á c o n o s (23). Hay referencias a sa c e rdot i s a sc r i s t i a na s e n t r e los Prisc i l ianis tas pero eso fue e xpre sa me nte c omba t ido por el Sínodo de Nime s (394) . El Pa pa Ge la s io c onde na

(23) VAN DE R MEER, E., Priestertum der FrauT, 109. W ILGES, I.. Ahistoria e a doutrina do diaconato até o Concilio de Trento, Roma, 1970:As diaconisas, en Convergencia 6 (1973), 352-360.

6.1 . En este caso ya no se t r a t a r í a de dia c oni sa s s ino de

ve rda de ra s órde ne s ma yore s . Sin e mba rgo , e s t a pra x i s no fue acept a d a . La T r a d i c i ó n de la Ig le s ia pro longó la s i tua c ión de la mu

j e r r e c ib ida de los or íge ne s . No se ha c ía n ma yore s e spe c ula c iones al respecto ni se l levaba a c a bo una r e iv indic a c ión por p a r t ed e las muje re s . Ha ya van de Me e r , que e s tudió de ta l l a da me nte la

doc t r ina de la Tra dic ión a c e rc a de e s te t e ma , c onc luye : "En ningún luga r de toda la l i te ra tura pa tr ís t ica acerca del sacerdocio de

l a muje r e nc ont r a mos r e f l e x ione s que por motivos esenciales im

p i d a n el sacerdocio a las muje re s . Enc ont r a mos r e f l e x ione s c omola s s igu ie n te s : los Após to le s no e nvia ron a la mis ión a n i n g u n am u j e r ; M a r í a no ba ut i z ó a J e s ú s ; la m u j e r fue s e d u c i d a ; la

muje r e nse ñó una sola vez al h o m b r e (en el Pa ra í so) y de ellosolamente resul tó la pe rd ic ión; Pa blo lo p r o h i b i ó , etc." (25).

6.2 . Pe ro Ma r ía no fue s a c e r d o t e . . . ; M a r í a no r e c ib ió el

sa c ra me nto del o r d e n , ni hubiera tenido sent ido para e l la porque pose e un sacerdocio super ior al de todos los sa c e rdoc ios sa

c ra me nta le s . En c ua nto c or re de ntora y me dia ne ra s i e mpre ha si

do c ons ide ra da y ve ne ra da c omo sa c e rdote " e mine nt ior i mo

d o " (26). Por poseer María un sa c e rdoc io muc ho más e mine nteq u e el de los m i n i s t r o s de la Iglesia no se pue de invoc a r e s t e he

c ho c omo a rgume nto pa ra e xc lu i r a las muje re s del sa c ra me ntode l orde n . Pa ra Ma r ía no c ons t i tuyó pé rd ida a lguna el he c ho de

no ha be r c e le bra do n inguna misa . E l l a h iz o muc ho más que eso:

fue Ma dre de Dios, l levó y ofreció a su propio H i jo y j u n t a m e n t eco n él fue c ons t i tu ida pr inc ip io de nue s t r a s a lva c ión .

e) Conclusión: Se trata de la permanencia de una costumbre y no de una Tradición doctrinal.

7. De las ref lexiones hechas has ta el mome nto r e su l t a :

a) que de sde el p u n t o de vis ta hermenéutico-exegético no

hay argumento escr i tur ís t ico dec is ivo que excluya a la m u j e rde la orde na c ión s a c e rdota l .

(24) VAN DER MEER , 115.

(25) VAN DER MEER , 110.

(26) KOSER, C, DeSacerdotio B. M. V., enMa ña et Ecclesia 2, Roma 1959, 169-206.

124 ECLESIOGENESIS

b) L a T r ad i c ión no con t i ene n ingún p r inc ip io t eo lóg i co f un damen ta l que j u s t i f i que l a ac tua l concen t r ac ión de l sace r doc ioún icamen te en l o s hombr es . Se puede demost r a r con su f i c i en t eclar idad que el estado presente se debe a una evolución histér ico-

9. EL SACERD OCIO DE LA MUJER Y SUS POSIBILIDADES 125

"en su sen t ido j e r á r qu i co es ca l i f i cada muchas veces de madr eso l í c i t a y s in embar go esa imagen r esu l t a un t an to ex t r aña cuando esa so l i c i t ud mate r na l se ve só lo y f undamen ta lmen te asumidapor hombr es" ( 29 ) que mar can con un tono mascu l ino t odas l a s

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sociológica; a pesar de todo, dentro de el la , la mujer fue paulat i namen te t omando conc i enc i a de su pa r idad con e l hombr e ycon e l l o f ue super ando l a s ba r r e r as d i sc r imina to r i as que se ha b í an i n s t au r ado t ambién den t r o de l c r i s t i an i smo . L a exc lus ión dela mujer del sacerdocio ref leja su posición infer ior dentro de la

soc i edad .c) Se t rata , por lo tant o, no de una t radició n doctr ina l sinode l a pe r manenc i a de una cos tumbr e mi l enar i a , cos tumbr e quepuede sufr i r al teraciones gracias a la nueva conciencia de la dignidad de la mujer y de la colaboración que el la puedt prestarden t r o de la I g l es i a . Como conc lu í a el Car dena l D an ie lou : "Nada dec i s ivo se ha p r esen t ado todav ía opues to a l p r esb i t e r ado f e men ino ; e l e s tud io de l a cues t i ón puede avanzar . . . " ( 27 ) .

d ) Pa r t i en do de es ta nueva compr ens ión de l a muje r , l aI g l es i a L u te r ana ya hace más de 15 años que o r dena muje r es co mo min i s t r os . De l a mi sma f o r ma , aunque con más r ese r va , l ohace l a I g l es i a Ang l i cana . E n 1971 Sa l ly Jane P r i esand , r om

p iendo una mi l enar i a t r ad i c ión , f ue o r denada r ab ino en Cinc inna-ti. E n l a I g l es i a Ca tó l i ca muchas r e l i g iosas han ido asumiendo enalgunos lugares todas las funciones sacerdotales excepto las deconsagr a r y conf esa r ( 28 ) . E s un paso i nmenso ¿Hac ia dóndeconduc i r á e l camino?

IV . El sacerdocio de la mujer no puede ser el sacerdocioactual de los hombres.

1. No es suf iciente el apuntar a la posibi l idad de la ordenac ión de l a muje r pa r a e l sace r doc io .

2. ¿Par a qué t i po de sace r doc io va a se r o r denada? E l sa cerdo cio concreto que existe en la Iglesia está pr ofund am entemar cado po r l a imagen de l hombr e , va r ón y cé l i be . L a I g l es i a

(27) Citado por QUEVEDO, L. G., Religiosas e Tarefas Presbiterais, 161.(28) Estas experienc ias no se realizan sin un análisis crítico teológico.

Véase por ejemplo: DEINTZE, G., Amt der Pastorin, en Evangelische Theo-logie 22 (1962), 509-535. HERTZSCH, E., Das Problem der Ordination derFrau in der Evangelischen Kirche, en Theologische Literaturzentung 81(1956), 379-382. REFOULÉ, F. R., Les problémes de femmes prétres en Suede,en Lumiére et Vie 43 (1959), 65-99. El lugar de la mujer en el ministerioen las Iglesias cristianas no-católicas, en Concilium 4 (1968) 143-157.

ins t i t uc iones de l a f e . Se r í a una aber r ac ión e l que l a muje r sace r do t e p r e t end iese asumi r e l mode lo concr e to de sace r do te v iv idoh i s tó r i camen te po r l o s hombr es . E n t r an aqu í en j uego una se r i ede var iantes provenientes de la di ferencia específ ica de la mujer ,con toda la carga de la feminidad a nivel ontológico, psicológico,sociológico, biológico, etc . , lo cual marca la concreción histór icade un posible sacerdo cio .de la mujer . No po drá n i deberá sers implemen te l a sus t i t u t a de l sace r do te s ino que hab r á de a r t i cu l a re l sace r doc io de un modo que l e sea p r op io .

3. La exper iencia de las rel igiosas del Brasi l que di r igenpar r oqu ias puede se r dob lemen te s ign i f i ca t i va . En primer lugarcomo test imonio de una Iglesia que se ha abier to a la l iberaciónec l es i a l de l a muje r , compr end iendo su madur ez c r i s t i ana y con-f i ándo le e l cu idado de muchas i g l es i as l oca l es . En segundo lugarla exper iencia signif ica el f i l t ro cr í t ico de las actuales inst i tuciones ec l es i a l es sace r do ta l es . ¿Ser án adecuadas a l a s muje r es?

¿permit i rán que la mujer rel igiosa exprese la r iqueza de su femin idad , va lo r impr esc ind ib l e t ambién pa r a l a mi sma I g l es i a?¿O no se dará una si tuación de injer to no logrado, sal iendo perjud i cadas t odas l a s pa r t e s , l o s hombr es y l a s muje r es y l a I g l e s i a? L a exper i enc i a b r as i l eña es t á man i f es t ando un ve r dader oimpasse .

4. Por eso es signif icat iva la opinión de una teóloga especial izada en el asunto: "Es preciso reconocer que la mujer no seadapta a las funciones eclesiales tal y como éstas han resul tadoal f inal de un largo proceso y existen hoy todavía. Sólo una vezque es t as f unc iones se hayan cons t i t u ido pa r t i endo de den t r o yen relación con la comunidad, tendrá sent ido confer i r las a lasmujeres. Por el lo resul ta clara la conclusión de que el sacerdociopar t icular de la mujer no es ( todavía) adecuado al estadio delactual desar rol lo (histór ico-salví f ico) de la Iglesia" (30) .

V . Perspectivas teológicas de un sacerdocio de la mujer.

1. L as r e f l ex iones hechas más a r r i ba i n s inuaban que cuan-da hablamos del sacerdocio de la mujer no se t rata simplemente

(29) Cf. G8SSMANN, E., Mulher sacerdote (nota 17), 110.(30) VAN DER MEER, H., Priestertum der Frau?. 111.

126 ECLESIOGENESIS

de re ivindicar para e l la un lugar que durante s iglos le fue negado . Se tra ta de anal izar s i , dentro de l movimiento de nuestromundo, e n e l que l a muje r va a sumie ndo una pa r ida d c a da ve zma yor e n d ignida d y de re c hos c on e l hombre , c a be t a mbié n una

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a la nueva función de los sexos y no a la función de l hombre ode la mujer . De lo que se t ra ta es de crear una nueva soc iedad.Si no se modif ica la función de l hombre tampoco se modif icarála función de la mujer , y viceversa . Habrá, por consiguiente , que

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función sacerdota l para e l la .

2 Ent r e l as muc ha s func ione s que va de se mpe ña ndo de nt rode la soc iedad y de la Igles ia , ¿cabe también e l sacerdocio? ¿Oes ta l vez un l ímite insuperable? Hemos vis to que dogmáticamenteno e x i s t e una ba r r e ra doc t r ina l . La s d i s c r imina c ione s e n c ont r a

de l a muje r va n s i e ndo pa ula t ina pe ro c ons ta n te me nte de mol ida sen la soc iedad c ivi l . La Igles ia en la organizac ión de su poder yen e l e je rc ic io de su munus pas tora l , soc iológicamente , ¿ irá cambia ndo o s e c onve r t i r á e n un r e duc to de c onse rva dur i smo y e nuna r e se rva de e s t ruc tura s de un mundo de f in i t iva me nte pa sa do?

3. El mundo de hoy va c ompre ndie ndo muy b ie n , no s ininf luencia de los idea les c r is t ianos , que "e l bien de l hombre y e lde l a muje r son in te rde pe ndie n te s y que a mbos que da rán l e s iona dos s i e n una c omunida d c ua lquie ra uno de e l los no pue decontr ibuir en la medida de todas sus posibi l idades" (31) . La Igles i a misma que da r ía he r ida e n su c ue rpo orgánic o s i no de ja se

margen a la r iqueza de la mujer en su madurez de fe dentro delas ins t i tuc iones ec les ia les . Aun cuando hubiese sacerdotes suf icientes, aun cuando en la Iglesia floreciese un laicado adultoque e n nombre de su propia f e y no por ma nda to de l a j e r a rquía ,l levase adelante la causa de Cris to en medio de l mundo, aun entonces tendría sent ido planear la pregunta acerca de la posic iónde la mu jer an te el sacerdocio. Sin la muje r se pro duc ir ía un acarencia en la Igles ia , la ausencia de una r iqueza que sólo e l lay na die más podr ía of r e c e r .

4. No se t ra ta , evidentemente , de descr ibir la función de la

mujer en la Igles ia . Eso resul ta r ía extremo y has ta opresor porque se es tablecer ía una función predeterminada y dentro de e l lase colocar ía a la mujer . El camino a recorrer debe ser prec isamente e l inverso ya que todos rechazan con jus ta razón una func ión prees tablec ida . Urge abr ir los ojos hac ia la nueva autocom-prensión que las mujeres es tán e laborando sobre s í mismas yhacia e l proceso soc ia l global que t iende a no pr ivi legiar por mást iempo a sólo uno de los sexos . Por eso habrá que es tar a tentos

(31) Cf. VAN EYDE, R. J. A., Die Frau im Kirchenamt (nota 17), 350-362. RAHNER, K., Die Frau in der Neuen Situation der Kirche, en Escritos de Teología VII, 531-367.

hacer consc iente la función propia y específ ica de los sexos consus diferencias ya que de e l lo resul ta rán las nuevas funcionesta mbié n pa ra de nt ro de l a Ig le s ia .

5. En esa ta rea las mujeres es tán entregadas a sus propiasmanos. Ya no volverán a rec ibir e l dic tado de lo que hayan dede se mpe ña r . Hoy todos nosot ros , hombre s y muje re s , e s t a mosbusc a ndo nue s t r a propia ide nt ida d de nt ro de un proc e so soc ia lcada vez más ace lerado. Hemos de tener la pac iencia de no est a nc a rnos e n r e spue s ta s a pre sura da s o ina de c ua da s . La t a r e a dela teología no es en pr imer lugar la de f i ja r caminos , s ino de jarque los caminos , basados en e l amor s i lenc ioso de Dios , se haganpor s í mismos y revelen e l sent ido de la direcc ión que van tomando . La teología habrá de acoger la mutac ión de la conciencia huma na c omo un de sa f ío y una opor tunida d de nue va s e nc a rna c ione s de l me nsa je c r i s t i a no . E l c r i s t i a n i smo no s e gre ga un mundopara s í , s ino que todo e l mundo se le convier te en posibi l idadc onc re ta de h i s tor i c ida d .

6. El cam bio se es tá oper ando n o sólo en e l inter io r de lacul tura por lo que respecta a la mujer , s ino también en e l senode la Igles ia por lo que a tañe a sus minis ter ios . No hay duda deque una nueva comprensión de los servic ios y diaconías dentrode la Igles ia podrá ampliar e l hor izonte has ta ta l punto que permita a su vez descubrir e l va lor de l papel de la mujer para biende toda la comunidad ec les ia l .

a) El sacerdocio universal de las mujeres.

7. Exis te una teología de l sacerdocio que no dis ta muchode una ideología : re f lexiona con exclus ividad par t iendo de untipo de sacerdocio ta l como e l que ac tua lmente exis te en la Igles ia , convir t iéndolo en e l único posible . Esta teología no se pregunta s i , a la luz de la " ips iss ima intent io Jesu" y de la mismaposi t ivida d c r is t ian a de la fe , la Igles ia , enfrentada a nuevas s ituac iones cul tura les no puede permit ir otros es t i los y aun otrasconcepciones de la mis ión sacerdota l . El Concil io Vaticano IIpuso una base f i rme, de graves consecuencias es truc tura les , a l valorar la idea de Igles ia-Pueblo de Dios y la verdad de l sacer-

128 ECLESIOGENESIS

docio universa l de los f ie les . Al anteponer e l capí tulo de la Igles ia-Pueblo de Dios a l de la Igles ia je rárquica , vino a enseñarque todo e l poder en la Igles ia sólo se ent iende y debe ser e jerc i tado dentro de y a l servic io de l Pueblo de Dios . Al poner de

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r e sur re c c ión pe rpe túa su pre se nc ia r e c onc i l i a dora e n t r e los hombre s pa ra s i e mpre .

11 . La c omunida d pr imi t iva lo e n te ndió e n s e guida : En é l

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re l ieve e l sacerdocio universa l de los f ie les planteó una cuest iónteológica que has ta ahora no ha s ido suf ic ientemente e luc idada:¿Cuál es la re lac ión exis tente entre e l sacerdocio universa l y e ls a c e rdoc io mini s t e r i a l ?

8. Pa ra dar más adecua dam ente con la dimen sión y e l sent ido de l s a c e rdoc io , de be re mos a borda r lo de sde un hor iz onte másabier to de lo que se sue le comúnmente hacer (32) . Entonces apare c e rá t a mbié n c omo una opor tunida d pa ra l a muje r .

9 . Sa c e rdote e s a que l l a pe r sona que s e propo ne s e r me dia dora y r e c onc i l i a dora e n t r e r e a l ida de s d i f e re n te s . Se nt imos quela e x i s t e nc ia s e v ive de nt ro de una e x t r a ña c ión funda me nta l :f rente a Dios , f rente a los demás, f rente a la rea l idad c ircundante y f rente a s í misma. Exis te la divis ión y la mentira que convier ten en dramática la vida humana. Esta anhela la unidad, lapaz y la concordia de todas las cosas con su sent ido profundo.

El sacerdote debe tematizar una experiencia común a todos loshombres , vivir a par t i r de e l la y en función de e l la . Para eso sesepara de l mundo, no porque lo desprec ie , s ino para e jerc i ta r unamis ión a f a vor de l mundo, mis ión de unida d y me dia c ión .

10. Jesucr is to era un seglar (c fr . Hbr 7, 13-14) y asumióesa ta rea de la reconcil iac ión. Vivió una exis tencia has ta ta l punto profunda que reconcil ió a los hombres con Dios . Su predicac ión fue e l amor, la renuncia a l espír i tu de venganza y de odio,la reconcil iac ión universa l has ta con los enemigos (Mt 5, 45) .Fu e un ser-para- los-demás ha s ta e l f in (J n 1 3, 1) . La nov edadde su diaconía reconcil iadora consis te en e l hecho de que és ta

no se operó únicamente en e l ámbito de l cul to s ino en e l ámbitoglobal de la vida : en la convivencia con las masas , en la predicac ión, en e l encuentro con las personas , en la orac ión, en la viday en la muerte . Su muerte en cruz como f ide l idad a la causa deDios que lo era de amor y de perdón, aun para los enemisos , ese l mejor e jemplo de donación y sacr if ic io por los demás. Con su

(32) BOFF, El destino del hombre y del mundo, 108-128, Sal Terrae.Teología del Sacerdocio, vols. I-IV, con colaboración de grandes es

pecialistas. Der Priesterliche Dienst I-VI, con colaboraciones de los mejores especialistas alemanes. Véase la abudantísima bibliografía recogidapor Esquerda Bifet al final de cada volumen de Teología del Sacerdocio.

Dios ha reconcil iado todo (Col 1, 20) , ha unif icado e l mundode r r iba ndo toda s l a s ba r r e ra s que s e ha bía n ins ta ura do (Ef 2 ,14). El rea l izó lo que const i tuía la esperanza de todo sacerdocio:reconcil ia r def ini t ivamente a l hombre con Dios y con los demáshombre s . Y lo logró de forma p le na y to ta l (He br 9 , 26s ; 1 Pe3, 18) . Debido a es ta ac t ividad suya se le dio a é l , que era seglar ,

e l t í tulo de Sumo Sacerdote (Hebr 10, 21) y de único mediador(1 Tim 2, 5) (33) .

12. El sacerdocio no es , por tanto, un es tado, s ino un modode v iv i r que r e c onc i l i a . P re c i s a me nte porque J e sús v iv ió por suvida , muerte y resurrecc ión, de forma exhaust iva y esca tológica ,la dimensión de la reconcil iac ión de la unidad y de l amor, espor lo que puede ser l lamado sumo y e terno sacerdote (Hbr 6, 20) .

13. Cris t iano es e l que intenta rea l izar su vida a par t i r dela vida de Jesucr is to y de la fuerza que se manifes tó en é l . Poreso toda la vida cr is t iana es sacerdota l . Por la fe y los sacramentos nos hacemos par t ic ipantes de l sacerdocio de Cris to ("Lumen Ge ntiu m" 10) , pero no sólo por es o; tam bién po r su r iqueza de diaconía , de anuncio y de sant if icac ión (LG 10.12) . En otraspalabras , e l c r is t iano es corresponsable de la mis ión de toda laIgles ia , de proclamar mediante la pa labra y e l e jemplo, de sant if i car e l mundo, de servir y ser responsable de l orden y de la a rmonía de l a c omunida d .

14. Por consiguiente , en la Igles ia exis te una pr imera inst a nc ia , una igua lda d funda me nta l : todos e s t án e n Cr i s to , forma ndo su pueblo santo; todos par t ic ipan de su sacerdocio-reconcil ia

c ión. Si por " la ico" entendemos, como indica la pa labra gr iega , -a l miembro de l pueblo ( laos) entonces todos son en la Igles iafundamenta lmente la icos: papas , obispos , sacerdotes y s implesf ie les , porque todos son miembros de l pueblo de Dios .

15. En consecuencia , la diferencia entre je rarquía y la icadono es pr imaria s ino secundaria . Aquélla sólo puede exis t i r dentrode la igualdad fundamenta l , a l servic io de e l la y en su funcióny por encima de e l la e independientemente de e l la .

(33) Cfr. BOFF, O sacerdocio, 90-98, son la b ibliografía que allíse cita.

130 ECLESIOGENESIS

16 . El sacerdocio universa l de todos los f ie les no se ar t iculaúnicamente a nive l cúl t ico. Sin lugar a duda encuentra en e l cul tosu más a l ta expres ión, pero és te debe ser vivido en e l ampliohorizonte de la vida como lo vivió Jesús . No sólo su muerte en

9. EL SACERDOC IO DE LA MUJER Y SUS POSIBILIDADES 131

por s í mismo y s in re lac ión esencia l a l pueblo de Dios . Por laorde na c ión s a c e rdota l s e ve r í a ha bi l i t a do pa ra s e r r e pre se nta n teof ic ia l de Cr i s to . "Los pre sb í t e ros son c onsa gra dos por D ios ,mediante e l minis ter io de los obispos , y se los hace de modo es

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cruz fue redentora ; toda su exis tencia , en e l cul to y en lo profan o , en la predicac ión y en su cot idianidad, fue reconcil iadora ypor t a n to s a c e rdota l . De a h í que S . Pa blo ins ta ra a los roma nosa "ofrecer sus vidas como host ia viva , santa y agradable a Dios"(Rom 12, 1) .

17 . En e l caso concre to de las mujeres c r is t ianas todo puede asu mi r par a e l las un a función sacerdota l- r*econcil iadora : sucuidado de los hi jos , su diaconia en la construcc ión y armoníaen la famil ia , su profes ión que las pone en contac to con otraspe r sona s ya s e a c omo ma e s t r a , e nfe rme ra , mé dic o , s e c re ta r i a , de -pe ndie n ta , e t c . La profe s ión pa ra una c r i s t i a na no c ons i s t e ún i camente en ganar e l pan: puede ser su forma de rea l izar e l servic io, l a c onc ord ia , l a r e c onc i l i a c ión e n t r e los hombre s , e l me diode a proxima r más a los hombre s me dia n te l a supe ra c ión de d iv i s iones y la aceptac ión humilde y s i lenc iosa de s i tuac iones ta l vezpe nosa s e inve nc ib le s .

1 8 . La diaconia de la reconcil iac ión debe , por tanto, ser real izada por todos los c r is t ianos . Eso const i tuye en sacerdotes tanto a hombre s c omo a muje re s . De e se modo pro longa n e n e l t i e mpo y en espacio, la función unif icadora de Cris to, sumo sacerdote pa ra s i e mpre .

b) Lo específico del sacerdocio ministerial no es poder consagrar, sino poder ser principio de unidad en la comunidad.

19 . El t ipo de s a c e rdoc io que he mos pre se nta do a r r iba noc a usa proble ma s a l a muje r . E l p roble ma surge c ua ndo se a bordael sacerdocio minis ter ia l , es dec ir , e l sacerdocio propio de aquel los hombre s orde na dos por un s a c ra me nto . ¿ Cuál e s l a e spe c i f i c ida d que los d i s t ingue de los de más s a c e rdote s de l pue blo deDios? ¿ Podrán l a s muje re s t e ne r a c c e so a é l ?

20 . Ha y una c onc e pc ión c lás ic a , ma nte n ida toda vía por e lDocumento del Sínodo de los Obispos sobre el sacerdocio ministerial de 1971 (34) , que def ine e l es ta tuto esencia l de l sacerdote

(34) Documentos Pontificios.

pec ia l par t ic ipantes de l Sacerdocio de Cris to para que en las cel e bra c ione s s a gra da s a c túe n c omo mini s t ros de é l " ( "Pre sbyte -rorum Ordinis" 5) . Lo específ ico suyo es e l poder c o n s a g r a r .

2 1 . El horizonte de su comprensión se s i túa en la esfera

cúlt ica y sacramenta l .22 . Ahora bien, es to s ignif ica una reducción de l r ico s igni

f icado que pose ía e l sacerdocio de Jesucr is to. Este no se res tr inge únicamente a l cul to s ino que debe ser vivido en e l contextocomple to de la vida porque toda e l la debe ser unidad, paz y reconcil iac ión. Además, s i la anal izamos bien, la ordenación noconfiere propiamente un poder en función de l cul to y de la consagrac ión. No es e l sacerdote quien consagra , bautiza y perdona .Es Cr i s to qu ie n pe rdona , ba ut i z a y c onsa gra . Los pre sb í t e rospres tan sus personas y su cuerpo a l Cris to invis ible a f in de quese haga sacramenta lmente vis ible . El poder no es , por tanto, e l

de consagrar s ino e l de representar of ic ia lmente e l sacerdocioúnico y e terno de Jesucr is to. El sacramento de l orden consagraa la persona para esa función.

2 3 . ¿Cuál es la re lac ión de l presbí te ro con e l pueblo deDios? No debemos concebir lo como fuera , por encima o independiente de l pueblo de Dios . Su función no debe ser de terminada a par t i r de sus poderes sacramenta les poniéndolo por de lantedel pueblo que es tar ía pr ivado de es tos poderes . El punto de part ida debe ser ec les iológico y comunitar io. El sacerdocio exis tecomo servic io a la Igles ia y no independientemente 'de e l la .

2 4 . La Ig le s ia c omunida d surge c omo sa c ra me nto unive r sa l de sa lvac ión. Mediante todas sus ins t i tuc iones , por la Pa labra , por los sacramentos , por los minis ter ios , debe hacer presente la reconcil iac ión aportada por Jesucr is to.

2 5 . Todos los f ie les son corresponsables de es ta mis ión yno únic a me nte los orde na dos . En e s ta c omunida d e n Cr i s to l a sdiferencias de nac ión, de inte l igencia y de sexo nada va len (Gal 3,28) . En e so r ige una igua lda d y una f r a te rn ida d funda me nta l detodos en Cris to y en razón de Cris to.

132 ECLESIOGENESIS

2 6 . Pero aunque exis te esa unidad bás ica , eso no s ignif icaque todos ha ga n l a s misma s c osa s . La Ig le s ia e s una c omunida dde igua le s orga niz a da , e n l a que l a s t a r e a s e s t án j e r a rquiz a da s .

27 . Ha y e n e l l a una d ive r s ida d de c a r i sma s que pa ra Pa blo

9. EL SACERDO CIO DE LA MUJER Y SUS POSIBILIDADES 133

s in embargo, la pres idencia en la ce lebrac ión y la autor idad enla pre d ic a c ión .

3 1 . Lo que e l presbí te ro desempeña en la Igles ia loca l lodebe e jerc i ta r e l Obispo en la Igles ia regional y e l Papa en la Igle

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son s inónimos de func ione s . "Ca da uno r e c ibe de D ios su prop io c a r i sma ( func ión) , unos de un modo y o t ros de o t ro" (1 Cor7, 7) , pero todos para común ut i l idad (1 Cor 12, 7) . Estos car is -mas (funciones) per tenecen a la es truc tura esencia l de la Igles ia has ta e l punto que una Igles ia s in car isma no es Igles ia de

Cris to. Exis te una s imultaneidad de car ismas en la Igles ia . Y aquíse p la n te a l a pre gu nta : ¿ a qu ié n c or re sponde e l c u ida do d e l aunidad de los car ismas? El car isma de la unidad debe es tar a lservic io d e todos los car ism as a f in de que todo .colabore a l orden, a rmonía y ut i l idad común. El NT habla de l car isma de direcc ión y de gobierno (1 Cor 12, 28) y de aquellos que pres idenla c omunida d (1 Te s 5 , 12 ; Rom 12 , 8 ; 1 T im 5 , 17) . Los pre s bí te ros (ancianos) , los Obispos ("episkopen") y los diáconos sonlos por ta dore s de l c a r i sma de l a un ida d de nt ro de l a c omunida d .

2 8 . La especif ic idad de l presbí te ro-sacerdote res ide en es te

car isma de coordinar las diversas funciones dentro de la comunidad (car ismas) ordenándolas a todas para e l bien de la Igles ia ,promovie ndo una s , a n ima ndo o t r a s , de sc ubr ie ndo c a r i sma s yapre se nte s pe ro no c onc ie nc ia dos por l a c omunida d , a dvi r t i e ndoa otros que ponen en pe l igro la unidad de la comunidad. El sacerdote no acumula en s í todas las funciones s ino que debe integraren la unidad todos los servic ios (35) .

29 . El presbí te ro es , por lo tanto, e l responsable pr inc ipa lde la unidad de la Iges ia loca l , sea en la diaconía de l amor concre to mediante la as is tencia a los hermanos necesi tados o en e lcontexto de los servic ios de la comunidad, sea en e l servic io de

anunciar , mediante la ca tcquesis , homilé t ica , cursos de profundi-zac ión, sea en e l servic io cúl t ico y sacramenta l . En todo debe buscar la unidad y la a rmonía a f in de que la comunidad sea e l cuerpo en Cris to Jesús .

30 . De acuerdo con es ta interpre tac ión, lo específ ico de l sacerdote no es consagrar ni enseñar s ino ser unidad en e l cul toy en e l anuncio de l mensaje . En razón de ese car isma le compete ,

(35) Esta línea es asumida por el Sínodo de los Obispos alemanes yfranceses: Schwerpunkte des priesterliche Dienstes. Le ministére du prétre.

s i a un ive r sa l : a todos e l los c or re sponde s e r e l "pr inc ip ium uni t a -t is vis ibi le" .

3 2 . Pues bien, ¿esa función de unidad puede ser e jerc i tadae xc lus iva me nte por e l hombre ? La h i s tor i a mode rna y l a ve rda d

de los hechos nos enseñan que la mujer puede disponer de las mismas capacidades que e l hombre , ya en e l gobierno c ivi l , ya en lasexperiencias exis tentes dentro de las Igles ias en que mujeres re l igiosas han asumido la direcc ión de la Igles ia loca l . La mujer desempeñará e l papel de unidad a su es t i lo femenino, dis t into de e l de lhombre , pe ro logra ndo l a misma r e a l ida d de a rmonía , bue n func iona mie nto y unida d e n l a c omunida d f i e l .

3 3 . La ordenación mediante e l sacramento de l orden consagra en la comunidad a la persona que pres idirá, en la unidad yen la reconcil iac ión, los diversos servic ios .

34 . Todos deben cuidar de la unidad, pero e l sacerdote , seama sc ul ino o f e me nino , e s propue s to of i c i a lme nte pa ra , e n nombredel mismo Jesucr is to, encabezar la diaconía reconcil iadora y uni-f icadora de la comunidad. El sacramento no confiere a lgo exclus ivo, únicamente a lcanzable por e l sacramento y s in lo cual esoser ía imposible en la Igles ia . Confiere una vis ibi l idad más profunda a una rea l idad que ha de ser procurada por todos en la comunida d: l a un ida d y e l a mor . Por e so , lo mismo que e n o t rossa c ra me ntos , t a mbié n a quí , e n e l s a c ra me nto de l o rde n , ha y unaestrecha re lac ión entre la función de todos los f ie les y la funcióndel sacerdote .

3 5 . Compete a l sacerdote e l pres idir la asamblea en e l cul toy en la ce lebrac ión eucar ís t ica . Por tanto a é l le cabe , de una manera of ic ia l , e l poder representar a l Cris to cabeza y fuente de unidad. P or co nsiguien te , le comp ete por excelencia e l con sagra r yc e le bra r l a Euc a r i s t í a .

36 . Si la mujer puede ser , como ya lo es en muchas parroquias , e l pr inc ipio de unidad, entonces teológicamente nada seopondrá a que e l l a , me dia n te l a orde na c ión , pudie se c onsa gra ry hacer a Cris to sacramenta lmente presente en e l seno de l cul to

134 ECLESIOGENESIS

c omuni ta r io (36) . De qué ma ne ra lo ha r í a no e s t e ma que ha ya mos de descr ibir aquí . Ni lo podría dec ir una teor ía apostól ica ,s ino la experiencia concre ta y la vida dentro de un de terminadoc onte x to .

9. EL SACERD OCIO DE LA MUJER Y SUS POSIBILIDADE S 135

5. Una ref lexión profunda sobre e l munus de la representac ión de la sa lvac ión en Jesucr is to deb er ía condu cir a los varo nesec les iás t icos a la humildad de reconocer que la "pleni tud de lad iv in ida d y de l a huma nida d de Cr i s to" no s e pue de a gota r e n l ar e pre se nta c ión ma sc ul ina . La a n t ropología mode rna a dvie r t e c on

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VI. Conclusión: Lo humano es "animus" y "anima", lo mismo que lo religioso.

1. La perspect iva desarrol lada arr iba inser ta a l sacerdote

masculino y femenino en e l seno de la comunidad humana y ec le-s ia l . Eso lo inscr ibe en la más ant igua tradic ión neotes tamentar ia .El mismo canon VI de l Concil io de Calcedonia (451) dec ía exp r e s a m e n t e :

2. "Na die de be s e r orde na do de ma ne ra a bso lu ta , n i depresbí te ro, ni de diácono, ni de c lér igo en genera l , s i no le fuerea s igna da e spe c ia lme nte una Ig le s ia urba na o rura l , o un "ma r ty-r ion" o una Igles ia monást ica . En cuanto a los ordenados s in a lguna de es tas funciones , e l Santo Concil io ha dec idido que su ordenación es nula e inexis tente y que , para vergüenza de quien sela confir ió, no podrán e jercer sus funciones en lugar a lguno (37) .

3. El resul tado de nuestro t rabajo se resume en haber pret e ndido de mos t r a r que no ha y a rgume ntos de c i s ivos que impida na la mujer e l acceso a l sacerdocio minis ter ia l . Más aún, que unaadecuada comprensión de és te a la luz de l sacerdocio de Cris to,no pone la especif ic idad en e l poder de consagrar s ino en e l deser pr inc ipio de unidad en la comunidad. Pues bien, la mujer puede e jercer esa diaconía tan bien como e l hombre .

4. La posic ión de la mu jer en la Igles ia debe acom pañ ar ala evolución de la mujer en la soc iedad c ivi l . Esta t iende a conceder cada vez más la misma par idad a la mujer que a l hombre . Se

ha c e c a da ve z más inc ompa t ib le c ua lquie r d i s c r imina c ión ba sa daen una diferenciac ión biológica y cul tura l . La Igles ia que se dice ,c on r a z ón , católica no de be r ía e n ma ne ra a lguna ma nte ne r suprohib ic ión t r a d ic iona l e n ba se a s e me ja nte f a c tor .

(36) Cf. CONGAR, Y., Quelques problemes touchant les ministéres, enNouvelle Revue Théologique 93 (1971), 785-800, especialmente 793. TA-VARD, G. H., The Function of the Ecuménica! Studies in the Eucharistiancelebration, en Journal of Ecumenical Studies 4 (1967), 629-649. VONWERDT, J., ¿Puede el seglar ser el sacerdote?, en Concilium 4 (1968) 95-110.

(37) Conciliorum Oecumenicorum Decreta, de ALBERIGO y otros, 90.

suf i c ie n te s r a z one s que ya no pode mos inge nua me nte ha bla r dec ua l ida de s e xc lus iva me nte f e me nina s o ma sc ul ina s . Lo huma no e ss iem pre masculino y. femenin o y se encu entra a r t icu lado en intens idades diferentes en cada exis tencia humana individual . El proc e so c or re c to de pe r sona l i z a c ión y de ma dura c ión huma na r e quie

re y supone e l que e l hombre exprese cada vez mejor su aspectode " a n ima " ( lo f e me nino e n e l va rón) y l a muje r su a spe c to de"a nimus" ( lo ma sc ul ino e n l a muje r ) . De e s te modo los hombre s ,para su rea l izac ión propia , harán bien en crear un espacio mayorde l iber tad y de l iberac ión para la mujer y e l la a su vez tendrámás opor tunida d de r e pre se nta r a l va rón J e suc r i s to que c omo todo hombre t a mbié n pose ía e n su huma nida d l a s d ime ns ione s delo masculino y de lo femenino. Sólo entonces se podrá vivir ennue s t r a h i s tor i a l a pa la bra profé t i c a de S . Pa blo : "Ya no ha yhombre n i muje r , pue s todos nosot ros somos uno e n J e sús" (Ga l3, 28) .

V IL La última declaración de la Congregación para la Doctrina de la Fe.

Con fecha de l 15 de Octubre de 1976 la Sagrada Congregac ión para la Doctr ina de la Fe publicó una Declaración sobre lacuestión de la admisión de las mujeres al Sacerdocio ( S E D O C ,Marzo 1977, 872-884) . El documento reaf irma la doctr ina t radic ional en contra de la fuer te tendencia de la invest igac ión teológica a favor de la admisión de mujeres a l minis ter io sacerdota l . Eldocumento emana de una ins tancia of ic ia l y es autént ico. Goza de

una autor idad especia l que transc iende la de cualquier teólogo.Pero, conforme a las cual if icac iones teológicas acerca de l va lor delos documentos of ic ia les , no es infa l ible . Por eso puede no es tarausente de error como ya ocurr ió otras veces en e l pasado. Tal admis ión no supr ime n i d i sminuye l a a u tor ida d de l a De c la ra c ión .Con todo respeto la teología puede , y también const i tuye su ta rea ,es tudiar e l peso de la a rgumentac ión presentada . Eso es lo que hahe c ho c on gra n a c ie r to r e c ie n te me nte Ka r l Ra hne r , c ome nta ndoy rea l izando un juic io cr í t ico de la Declarac ión de la Sagrada Congre ga c ión ( c f r . P r i e s t t r tum de r Fra u? e n "S t imme n de r Ze i t " ,Ma yo 1977, 291-301) . Ra hne r c onc luye que l a a rgume nta c ión a du-

13 6 ECLESIOGENESIS

cida no convence teológicamente ni cier ra el camino. La cuest ióncon t inúa ab i e r t a y l a d i scus ión debe p r osegu i r ( p . 300) . E l a r gu mento básico de la Declaración es el de af i rmar que la mujer no-puede tener acceso al sacerdocio porque Cr isto no incluyó a ninguna mujer en el colegio apostól ico ni así lo hicieron los Após

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t o l es . E l documen to a f i r ma que ese ges to no pe r t enece a l o s cond i c ionamien tos soc ioh i s tó r i cos de l a época y que po r cons igu i en t erevela la voluntad de Jesús. En consecuencia, la t radición vinculala fe y la praxis de la Iglesia actual . Precisamente ese punto es dque deber í a se r p r obado y no p r esupues to . L a Dec l a r ac ión de j ae l "onus" de l a p r ueba pa r a l o s que admi t en t a l cond ic ionamiento en vez de elaborar el la misma la prueba, como ser ía lo adecuad o . Además e l concep to de sace r doc io queda r es t r i ng ido p r ác t i ca mente al aspecto cúl t ico- l i túrgico, cuando en la teología y tambiénya a niveles of iciales (como lo hemos presentado con anter ior idad) ,e l sace r doc io es cons ide r ado en una pe r spec t iva más ampl i a deservicio a la unidad de la Iglesia a todos sus niveles. El documento marca un paso en la discusión; no la cier ra. Quizás consigaret rasar la l legada de la solución. La teología, teniendo muy encuen ta y r espe t ando l a Dec l a r ac ión , podr á con t inuar p r o f und izan do las razones en pro y en contra.