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www.b2finance-group.com Página 1 A Escrituração Fis- cal Digital Social (eSocial), integran- te do projeto Sistema Público de Escri- turação Digital (SPED) , consolida em uma única obrigação acessória as infor- mações trabalhistas, previdenciárias, tributárias e fiscais relativas à contrata- ção de serviços, com ou sem vínculo empregatício, no âmbito da Caixa Eco- nômica Federal, Previdência Social, Ministério do Trabalho e Emprego e Receita Federal do Brasil. Com a con- solidação, as informações antes presta- das de forma dispersa e, por vezes, di- vergentes, passam a integrar uma única escrituração, simplificando e aprimo- rando a qualidade dessas informações. Dentro da eSocial, algumas informa- ções do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), antes demonstradas ape- nas por meio da Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF) , apresentam-se em registros específicos, segregando, inclusive, a remuneração indireta, caracterizada, por exemplo, pelo pagamento de despesas com bene- fícios e vantagens a administradores diretores, gerente e seus assessores, pagos diretamente ou através da contra- tação de terceiros. Não será de imediato a extinção da DIRF, uma vez que nem todas as informações nela prestadas encontram-se na eSocial, mas decerto será a tendência, pois dentre as premis- sas do SPED estão a redução de custos para o contribuinte e a mínima interfe- rência no ambiente do contribuinte e, nos seus objetivos promover a integra- ção dos fiscos (Federal, Estadual e Mu- nicipal), racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribu- intes e tornar mais célere a identifica- ção de ilícitos tributário. O confronto das informações prestadas pelo contri- buinte, pessoa física, em sua declaração de ajuste anual, passará a ser realizado com a eSocial e, nesse sentido, qual- quer omissão de receita (rendimento) será identificado celeremente, podendo gerar retenção da declaração em malha fina e autuação. Tal como ocorreu com a DIPJ, extinta com a instituição da Escrituração Fiscal Contábil (ECF), que contém as informações do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) , bem como do SPED Fiscal, que contém as infor- mações do IPI, DIRF e demais obriga- ções que duplicam a informação já prestada na eSocial estarão fora da lista de tarefas dos contribuintes. Sem dúvi- da, a era digital está melhorando pro- cessos, uniformizando informações, reduzindo as fiscalizações presenciais, agilizando processos e provendo uma maior qualidade nas informações pres- tadas. (FONTE: ADMINISTRADO- RES.COM) - Colaborou: Jorge Oronzo – Partner | Auditoria – São Paulo office BOLETIM INFORMATIVO Ano 2, Edição 29 - 30 de Abril de 2015 NESTA EDIÇÃO Os principais impactos fiscais e tributários provocados pela Reso- lução da eSocial ........................ 1 Controles Internos reduzem os riscos no dia-a-dia da empresa .. 1 SPED deve aumentar importância do Tribunal da Receita para empre- sas ............................................. 2 Protagonismo do Congresso Naci- onal no ajuste fiscal é novidade, diz IPEA .................................... 3 Lucro da SAP cai, mas software na Nuvem tem forte expansão no trimestre .................................... 3 Medidas de ajuste fiscal começam a surtir efeito na arrecadação ..... 4 Analfabetismo Funcional .......... 4 FIQUE ATENTO ...................... 5 EDITORIAL: Brasil e os Analfa- betos .......................................... 5 OS PRINCIPAIS IMPACTOS FISCAIS E TRIBUTÁRIOS PROVOCADOS PELA RESOLUÇÃO DA ESOCIAL Só os controles inter- nos, constantes, ade- quados e eficazes po- dem tornar difíceis a ocorrência de fraudes nas empresas. O fraudador sempre testa os controles internos antes de cometer a fraude pro- gramada. Um bom sistema de controle visa salvaguardar o ativo – proteger os ativos de eventuais roubos, perdas, uso indiscriminado ou danos morais (imagem da empresa). O controle é exercido por meio de cinco atividades básicas: 1. Segurança e proteção dos ativos e arquivos de informação; 2. Do- cumentação e registros adequados; 3. Segregação de funções; 4. Procedimen- tos adequados de autorizações para o processamento das transações; e 5. Verificações independentes. Para evitar riscos com fraudes, erros e perda de controles, empresas implantam áreas de controles internos preventivos, fo- cando nelas a atuação de seus gestores: a) Controles internos a serem utilizados pelas empresas para as operações en- volvendo o ciclo de pagamentos: auto- rizações, solicitações de compras, or- dens de compras, recebimentos das mercadorias, funções do contas a pagar CONTROLES INTERNOS REDUZEM OS RISCOS NO DIA-A-DIA DA EMPRESA

Boletim Informativo - Ano 02 Edição 29

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A Escrituração Fis-cal Digital Social (eSocial), integran-

te do projeto Sistema Público de Escri-turação Digital (SPED) , consolida em uma única obrigação acessória as infor-mações trabalhistas, previdenciárias, tributárias e fiscais relativas à contrata-ção de serviços, com ou sem vínculo empregatício, no âmbito da Caixa Eco-nômica Federal, Previdência Social, Ministério do Trabalho e Emprego e Receita Federal do Brasil. Com a con-solidação, as informações antes presta-das de forma dispersa e, por vezes, di-vergentes, passam a integrar uma única escrituração, simplificando e aprimo-rando a qualidade dessas informações. Dentro da eSocial, algumas informa-ções do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), antes demonstradas ape-nas por meio da Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF) , apresentam-se em registros específicos, segregando, inclusive, a remuneração indireta, caracterizada, por exemplo, pelo pagamento de despesas com bene-fícios e vantagens a administradores diretores, gerente e seus assessores, pagos diretamente ou através da contra-tação de terceiros. Não será de imediato a extinção da DIRF, uma vez que nem todas as informações nela prestadas encontram-se na eSocial, mas decerto será a tendência, pois dentre as premis-sas do SPED estão a redução de custos

para o contribuinte e a mínima interfe-rência no ambiente do contribuinte e, nos seus objetivos promover a integra-ção dos fiscos (Federal, Estadual e Mu-nicipal), racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribu-intes e tornar mais célere a identifica-ção de ilícitos tributário. O confronto das informações prestadas pelo contri-buinte, pessoa física, em sua declaração de ajuste anual, passará a ser realizado com a eSocial e, nesse sentido, qual-quer omissão de receita (rendimento) será identificado celeremente, podendo gerar retenção da declaração em malha fina e autuação. Tal como ocorreu com a DIPJ, extinta com a instituição da Escrituração Fiscal Contábil (ECF), que contém as informações do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) , bem como do SPED Fiscal, que contém as infor-mações do IPI, DIRF e demais obriga-ções que duplicam a informação já prestada na eSocial estarão fora da lista de tarefas dos contribuintes. Sem dúvi-da, a era digital está melhorando pro-cessos, uniformizando informações, reduzindo as fiscalizações presenciais, agilizando processos e provendo uma maior qualidade nas informações pres-tadas. (FONTE: ADMINISTRADO-RES.COM) - Colaborou: Jorge Oronzo – Partner | Auditoria – São Paulo office

BOLETIM INFORMATIVO Ano 2, Edição 29 - 30 de Abril de 2015

NESTA EDIÇÃO

Os principais impactos fiscais e

tributários provocados pela Reso-

lução da eSocial ........................ 1

Controles Internos reduzem os

riscos no dia-a-dia da empresa .. 1

SPED deve aumentar importância

do Tribunal da Receita para empre-

sas ............................................. 2

Protagonismo do Congresso Naci-

onal no ajuste fiscal é novidade,

diz IPEA .................................... 3

Lucro da SAP cai, mas software na

Nuvem tem forte expansão no

trimestre .................................... 3

Medidas de ajuste fiscal começam

a surtir efeito na arrecadação ..... 4

Analfabetismo Funcional .......... 4

FIQUE ATENTO ...................... 5

EDITORIAL: Brasil e os Analfa-

betos .......................................... 5

OS PRINCIPAIS IMPACTOS FISCAIS E TRIBUTÁRIOS PROVOCADOS PELA RESOLUÇÃO DA ESOCIAL

Só os controles inter-nos, constantes, ade-quados e eficazes po-dem tornar difíceis a

ocorrência de fraudes nas empresas. O fraudador sempre testa os controles internos antes de cometer a fraude pro-gramada. Um bom sistema de controle visa salvaguardar o ativo – proteger os ativos de eventuais roubos, perdas, uso indiscriminado ou danos morais (imagem da empresa). O controle é exercido por meio de cinco atividades básicas: 1. Segurança e proteção dos ativos e arquivos de informação; 2. Do-

cumentação e registros adequados; 3. Segregação de funções; 4. Procedimen-tos adequados de autorizações para o processamento das transações; e 5. Verificações independentes. Para evitar riscos com fraudes, erros e perda de controles, empresas implantam áreas de controles internos preventivos, fo-cando nelas a atuação de seus gestores: a) Controles internos a serem utilizados pelas empresas para as operações en-volvendo o ciclo de pagamentos: auto-rizações, solicitações de compras, or-dens de compras, recebimentos das mercadorias, funções do contas a pagar

CONTROLES INTERNOS REDUZEM OS RISCOS NO DIA-A-DIA DA EMPRESA

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e pagamentos (emissão de cheques, segregações de funções, conferên-cias, etc.); b) Controles internos a serem utilizados pelas empresas para as operações envolvendo o ci-clo de recebimento: pedido do clien-te, faturamento, crédito e cobrança, expedição, contas a pagar, recebi-mento, contabilidade e auditoria; c) Controles internos envolvendo o ciclo de produção da empresa; d) Controles internos gerais de Conta-bilidade, Reconciliações bancárias,

Segurança, Seguros Serviços admi-nistrativos e Sistemas; e) Controles e segurança de informação, medidas a serem tomadas objetivando evitar ataques de vírus, códigos hostis, ameaças físicas, tornando seguros os dados de informação, bem como medidas de segurança de rede, da WEB e de e-mails; f) Controles in-ternos na área tributária, DCTF, Declaração de Renda, Lucro Real e retenções de IRRF, INSS, ISS, PIS e COFINS; g) Controles internos na

área de Recursos Humanos: Admis-são, documentação, cartão ponto, horas extras, folha de pagamento, INSS, FGTS, IRRF, Férias, 13º sa-lário, Rescisões, Segurança e Medi-cina do Trabalho, Laudos Técnicos e outros. (FONTE: TEXTO EX-TRAÍDO DA OBRA “CONTROLADORIA EMPRE-SARIAL” de Paulo Henrique Tei-xeira) - Colaborou: Jorge Oronzo – Partner | Auditoria – São Paulo office

O Conselho Administrativo de Re-cursos Fiscais (Carf) - órgão colegi-ado do Ministério da Fazenda - tem a função de julgar os recursos de ofício e voluntário de decisão de primeira instância, bem como os recursos de natureza especial, que tratem sobre a aplicação da legisla-ção referente a tributos administra-dos pela Receita Federal. O sócio da área tributária do Lobo & de Rizzo Advogados, Marcelo Bez Debatin da Silveira, explica que com o Sped - sistema virtual em que as empresas são obrigadas a detalhar diversas declarações, como as con-tábeis -, o número de informações que o fisco tem disponível deve fa-cilitar a investigação e o trabalho do Carf, mas isso não significa que diminuirá o volume de julgamentos. "É difícil saber exatamente o que vai acontecer. A Receita já tem uma série de informações das empresas que podem ser cruzadas com outras declarações. Ainda tem inconsistên-cias e interpretações que a Receita pode acusar divergências. É prová-vel que a digitalização crie mais trabalho do que diminua, no primei-ro momento", entende o especialis-ta. Para o sócio da área de Global Compliance & Reporting (GCR) da EY, Fábio Ota, com o surgimento da Escrituração Fiscal Digital (EFD) - mais uma obrigação do Sped -, de fato, deve mudar a relação entre fisco e contribuinte. "E a tendência é que o Carf se torne mais conservador. A ida do [ex-secretário da Receita, Carlos Alber-to] Barreto para a presidência do conselho já demonstra essa tendên-cia", avaliou durante o 7º Seminário Internacional de Impostos da con-sultoria, realizado recentemente. "A modernização é bom no sentido de

diminuir a arrecadação causada por erros, por equívocos, que a Receita não pega. É óbvio que [o Sped] cria um instrumento de facilitação de fiscalização. Por outro lado a Recei-ta quer melhorar os próprios resulta-dos [aumentar arrecadação de im-postos] nesses gargalos", ressalta Silveira. "Se a gente morasse na Suécia, o Sped seria apenas uma facilitação das obrigações acessó-rias. Como no Brasil tem muita gen-te que se furta de declarar, usa de mecanismos alternativos para redu-zir a carga tributária, a Receita quer diminuir isso e arrecadar mais com essa diminuição", acrescenta. Rees-truturação: Questionado sobre a credibilidade do Carf em meio à investigação conduzida pela Polícia Federal chamada Operação Zelotes - cujo esquema de sonegação dentro do conselho pode ter causado preju-ízos de R$ 19 bilhões aos cofres públicos -, o sócio do Lobo & de Rizzo Advogados diz não acreditar que a importância do órgão deve diminuir. "O Carf é o órgão mais importante no que diz respeito aos tributos no Brasil. Os 70 processos sob suspeita é ínfimo perto do que está para ser julgado. E há muitos casos em que perdemos [empresários], pelos mais variados motivos, questionáveis ou não. De qualquer forma, seria uma derrota se o conselho fosse extinto. Existem casos que saem do Carf, pelo me-nos, mais redondo para ser concluí-do no Judiciário. O Judiciário não tem competência técnica para deci-dir sobre casos de ágio ou preço de transferência, por exemplo", analisa Silveira. Para Lívia de Carli Germa-no, também do Lobo& de Rizzo Advogados, o momento pode ser positivo para que o conselho sofra

uma reestruturação em seu quadro de funcionários. "Hoje, os conse-lheiros do contribuinte são indica-dos por associações e fazia sentido em 1925. Hoje, talvez não. Refor-mular os contribuintes do fisco tam-bém é possível que seja importante. Ou seja, os técnicos sejam mais im-parciais", sugere a advogada. O Carf - criado pela Medida Provisó-ria 449, de 2008, convertida na Lei 11.941, de 27 de maio de 2009 - se originou do Conselho de Contribu-intes do Imposto de Ren-da, instalado em 1925. E mantém a mesma finalidade desde então. Ope-ração: A Operação Zelotes foi deflagrada no final de março deste ano pela Polícia Federal que investi-ga suspeita de atuação de quadrilhas junto a funcionários do Carf rever-tendo ou anulando multas. De acor-do com dados da Receita, copilados pela sócia e diretora da TAF Con-sultoria Empresarial, Tania Gurgel, e enviados ao DCI, até dezembro de 2014, os processos do órgão corres-pondiam a R$ 565 bilhões. Estão sob suspeita 74 processos que so-mam os R$ 19 bilhões em valores devidos ao fisco federal. Por en-quanto, foram confirmados pela polícia R$ 6 bilhões em prejuízo para os cofres da União. Em audiên-cia pública na Comissão de Assun-tos Econômicos (CAE) do Senado, no final do mês passado o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, garantiu que todas as ações necessárias para apurar as irregularidades no Carf serão tomadas. "Aguardamos a con-clusão [das investigações]. Não é uma coisa que se deva fazer de es-palhafato", afirmou. (Fonte: DCI – SP) - (Colaborou: Jorge Oronzo – Partner | Auditoria – São Paulo office)

SPED DEVE AUMENTAR IMPORTANCIA DO TRIBUNAL DA RECEITA PARA EMPRESAS

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A empresa alemã que desenvolve soluções em softwares corporativos, SAP, divulgou um relatório nesta semana que mostra que a companhia registrou um lucro líquido consoli-dado de 413 milhões de euros no primeiro trimestre de 2015, seguin-do o padrão contábil internacional IFRS, o que representa uma queda de 23% ante o mesmo período do ano passado, quando conseguiu 534 milhões de euros. A queda é expres-siva mesmo com aumento nas recei-tas que, por sua vez, obtiveram um crescimento de 22% entre janeiro e março, passando de 3,69 bilhões de euros no primeiro trimestre de 2014 para 4,49 bilhões de euros neste ano. O bom desempenho nas recei-

tas da empresa é devido à forte ex-pansão da oferta de softwares na nuvem que conseguiram bater o re-corde da companhia. Os programas em cloud computing passaram de 219 milhões de euros em receitas para 503 milhões de euros, cresci-mento expressivo de 129% na com-paração trimestral anual. No EMEA (Europa, Oriente Médio e África) a SAP conseguiu um ótimo desempe-nho, tanto no modelo tradicional de venda de licenças quanto na oferta de software na nuvem. A receita com ofertas na nuvem foi excepcio-nal, com crescimento de 114%, im-pulsionada por uma forte demanda no Reino Unido. Já na Rússia e Ucrânia, o ambiente macroeconômi-co e político continuou a afetar os negócios da SAP. No entanto, as receitas com licenças de software na Alemanha cresceram 13%. As recei-tas com suporte na região Ásia-Pacífico mais o Japão obtiveram um

crescimento de 137%, impulsiona-das por um trimestre bastante ex-pressivo na Índia. Já nas Américas, as assinaturas de nuvem aumenta-ram 136%, levando em conta tam-bém as receitas com suporte. Tal número foi conquistado pelo forte crescimento no mercado norte-americano. No Brasil, onde a em-presa tem forte presença em softwa-res de gestão empresarial, houve uma recuperação, com o crescimen-to de dois dígitos das receitas com licença de software. Com os núme-ros, a SAP confirma sua liderança global no mercado de soluções de negócios colaborativas e multiem-presas. Atualmente, o principal pro-duto da companhia, que emprega mais de 56 mil pessoas, é o sistema integrado de gestão empresarial, também conhecido como SAP ERP. (Fonte; Canal Tech) - Colaborou: Jorge Oronzo – Partner | Audito-ria – São Paulo office

LUCRO DA SAP CAI, MAS SOFTWARE NA NUVEM TEM FORTE EXPANSÃO NO TRIMESTRE

O protagonismo do Congresso Nacio-nal na calibragem das medidas de aperto fiscal é um

"elemento novo" na comparação com experiências anteriores de ajus-te na economia brasileira, avalia a equipe do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que divulgou na semana passada sua Carta de Conjuntura. A despeito disso, o órgão acredita que o gover-no detém os instrumentos necessá-rios para entregar o que foi prometi-do. Para este ano, o ministro da Fa-zenda, Joaquim Levy, promete uma economia equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). "Tudo indica que as medidas propostas pelo Executivo serão significativa-mente modificadas pelos parlamen-tares, de modo que a composição precisa do ajuste ainda está em dis-cussão, com novas medidas sendo propostas praticamente todas as semanas. Ainda assim, o governo parece ter os instrumentos necessá-rios para realizar o ajuste prometi-do, inclusive mediante o contingen-ciamento de despesas e a restrição

ao endividamento de Estados e mu-nicípios", diz o Ipea. No curto pra-zo, o aperto fiscal deve potenciali-zar a desaceleração da economia, sacrificando despesas principalmen-te de custeio e investimento. Mas haverá benefícios no médio e no longo prazo, afirma o órgão. "No cenário mais provável, a reafirma-ção do compromisso com a transpa-rência e a sustentabilidade das con-tas públicas e o espaço fiscal pro-porcionado pelo ajuste deverão con-tribuir para a recuperação do poten-cial de crescimento da economia mais à frente." Apesar disso, outros aspectos podem tornar a recupera-ção da economia brasileira um pou-co mais lenta do que o observado em 1999 e 2003, também anos de ajuste. O déficit em transações cor-rentes, hoje em mais de 4% do PIB, não deve ter melhora significativa no curto prazo, avalia o Ipea. Mes-mo com a desvalorização do real e com a desaceleração da atividade doméstica, o crescimento do comér-cio mundial ainda caminha a passos lentos. Segundo o instituto, as pre-visões para o crescimento do co-mércio neste e no próximo ano são

modestas, com tendências pouco favoráveis para mercados emergen-tes importantes para o Brasil, como China e América Latina, e incerte-zas sobre a retomada dos países desenvolvidos. A queda nos preços de commodities como o petróleo e o minério de ferro também é um en-trave, de acordo com o instituto. "Diante disso, o mais provável é que a queda do déficit em transa-ções correntes ocorra de forma lenta e gradual", afirmou o Ipea. "O qua-dro macroeconômico neste início de ano apresenta-se difícil, com prati-camente todos os indicadores econômicos tendo desempenho ne-gativo. Mas o ajuste em curso guar-da muitas semelhanças com as ex-periências de ajustes em 1999 e 2003, nos quais a economia voltou a crescer em prazos relativamente curtos. Mesmo que as característi-cas do cenário atual talvez tornem a recuperação da atividade econômica mais lenta que nos ajustes anterio-res, perseverar no ajuste trará re-compensas no futuro", defendeu o órgão. (Fonte: Estadão) - Colabo-rou: Jorge Oronzo – Partner | Auditoria – São Paulo office

PROTAGONISMO DO CONGRESSO NACIONAL NO AJUSTE FISCALÉ NOVIDADE, DIZ IPEA

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Embora a maior parte dos aumentos de tri-butos anunciados no início do ano surtam

efeito apenas em alguns meses, o governo começou a registrar o efei-to de algumas medidas. Segundo números divulgados hoje (27) pela Receita Federal, a arrecadação de Imposto sobre Operações Financei-ras (IOF) aumentou em março, e o reajuste dos tributos sobre os com-bustíveis diminuiu a queda na recei-ta do Programa de Integração Soci-al (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Soci-al (Cofins). Em relação ao IOF, a arrecadação em março somou R$ 2,72 bilhões, alta de 13,99% em relação ao mesmo mês de 2014, considerando a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Con-sumidor Amplo (IPCA). Em feve-reiro, a receita do imposto tinha au-mentado 6,38% acima da inflação. A elevação do IOF das operações de crédito a pessoas físicas foi a pri-meira medida do pacote fiscal anun-ciado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a entrar em vigor. Desde o fim de janeiro, as pessoas físicas pagam 3% ao ano ao contra-tar uma linha de crédito, mais 0,38% na abertura da operação. An-teriormente, a alíquota correspondia a 1,5% ao ano, mais 0,38% sobre o valor total no início da operação. Segundo Levy, o governo espera reforçar a arrecadação em R$ 7,4

bilhões em 2015 com a medida, mas os dados mês a mês não foram di-vulgados. O chefe do Centro de Es-tudos Tributários da Receita Fede-ral, Claudemir Malaquias, diz que os primeiros números mostram que a arrecadação do IOF subiu menos que o esperado em fevereiro e mar-ço, por causa da retração do crédito no início de 2015. “O ano começou com retração no crédito, o que dimi-nuiu o impacto [do aumento da alí-quota] na arrecadação do IOF”, dis-se Malaquias. Ele não infomou quanto a Receita esperava arrecadar a mais de IOF em fevereiro e mar-ço. Outra medida que começou a surtir efeito na arrecadação foi a elevação do PIS e da Cofins sobre os combustíveis. A medida come-çou a valer em fevereiro, mas só se refletiu na arrecadação federal a partir de março, mês seguinte ao fato gerador. Malaquias não esclare-ceu o quanto o reajuste reforçou a receita dos dois tributos. Apenas disse que o aumento compensou, em parte, a queda na arrecadação de PIS/Cofins em 2015. “Ainda não desagregamos os dados do PIS/Cofins para abrir o impacto dos im-postos sobre os combustíveis. Os primeiros números vieram um pou-co abaixo do esperado, mas chega-mos quase próximos à estimativa”, disse o técnico da Receita. Segundo ele, a paralisação dos caminhonei-ros em fevereiro e a diminuição de 7% no consumo de combustíveis

explicam o crescimento menor que o planejado. Nos três primeiros me-ses do ano, a arrecadação de PIS/Cofins caiu 4,3% em relação ao pri-meiro trimestre de 2014 consideran-do o IPCA. Os principais motivos foram a queda no consumo e nas vendas e a decisão judicial que re-duziu a base de cálculo do PIS/Cofins dos produtos importados. De acordo com Malaquias, o desempe-nho seria pior não fosse o reajuste dos combustíveis, que deverá refor-çar a arrecadação em R$ 12,2 bi-lhões em 2015. A cobrança de Im-posto sobre Produtos Industrializa-dos sobre distribuidoras de cosméti-cos, também anunciada por Levy no fim de janeiro, só entra em vigor em junho. Outras medidas, como a re-dução da desoneração da folha de pagamentos e o aumento da alíquota de PIS/Cofins sobre produtos im-portados, dependem da aprovação do Congresso. Por causa da falta de definição em relação à aprovação das medidas pelos parlamentares, o técnico da Receita não quis infor-mar a estimativa de variação real (considerando o IPCA) da arrecada-ção federal em 2015. “É impossível cravar qualquer previsão porque existem várias variáveis agindo jun-tas, como a contração da economia, a elevação de impostos e o clima legislativo”, disse. (Fonte: Agência Brasil) - Colaborou: Jorge Oron-zo – Partner | Auditoria – São Paulo office

MEDIDAS DE AJUSTE FISCAL COMEÇAM A SURTIR EFEITO NA ARRECADAÇÃO

ANALFABETISMO FUNCIONAL

"O analfabetismo funcional permeia todas as classes sociais, do pobre ao rico", afirma Alexandre Garcia

Aproveitando a discussão sobre os dados certos ou errados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio(PNAD) sobre desemprego e distribuição da renda, quero lembrar que ninguém - nem o IBGE nem o governo - corrigiu os números divulgados sobre Analfabetismo no Brasil. Tenho, pois, que 13 milhões de brasileiros com mais de 15 anos são Analfabetos. Só para lembrar, mais da metade - 54% - estão no Nordeste. E, como se sabe, isso não os im-pede de votar. Analfabetismo é uma barreira fortíssima para o discernimento, mas isso não obstrui o direito e dever de votar. O que as pesquisas não mostram é o número assustador de Analfabetos funcionais. Pessoas que conhecem as letras, assinam o nome, conseguem ler e escrever, mas não conseguem entender bem o que leem nem conseguem formar uma frase, escrever um bilhete. Estudos dizem que são 75% por cento da população; outros, que essa é uma projeção otimista. O Analfabetismo funcional permeia todas as classes sociais, do pobre ao rico. Pesquisa da ONG Ação Educativa e do Instituto Paulo Montenegro, afirma que 38% dos estudantes universitários se enquadram na classificação de Analfabetos funcionais. Tenho ouvido entrevistas de Professores na TV e percebo que muitos deles têm dificuldade em construir uma frase. A língua oficial brasileira, como determina o art. 13 da Constituição, não é de todo conhecida pela Presidente da República. Acabo de ouvi-la pronunciando “subzídio”, e enviando “comprimentos” aos telespectadores. E quem quer ser presidente, Marina Silva, no mesmo dia, cometeu o pleonas-mo de “outras alternativas”. Por falar em pleonasmo, fico me perguntando porque entrou com mais força que o ebo-la a praga de repetir o sujeito: “O governador, ele disse...”; “O médico, ele receitou...”; “A polícia, ela investiga...”. Não entendo por que não se diz o simples: “o governador disse, o médico receitou, a polícia investiga...”. Pegou como praga esse anacoluto, inclusive em repórteres e redatores. É que falta qualidade de Ensino para consolidar a Língua, que é um fator de nacionalidade. E falta, no dia-a-dia, a necessária leitura, que fertiliza o discernimento que ajuda a votar bem. (Fonte: Alexandre Garcia é jornalista) - Colaborou: Jorge Oronzo – Partner | Auditoria

Em recente relatório publicado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cul-tura (Unesco), de um total de 774 milhões de adultos Analfabetos no mundo, 72% deles estão concentra-dos em dez países e nessa lista está o Brasil, em 8º lugar. Não surpreende que a Índia lidere o ranking, com um total de 287 milhões de Analfabetos, seguido de China e Paquistão. No entanto, a taxa de Analfabetismo de pessoas de 15 anos ou mais, consi-deradas adultas, foi estimada em 8,7%, o que corresponde a 13,2 mi-lhões de Analfabetos no Brasil. Os números são surpreendentes. Porém, a crise na aprendizagem não é só no Brasil, mas um problema global. Em 2000, 164 países assumiram o com-promisso de atingir seis metas para melhorar a Educação até o final de 2015 e desde então são monitorados pela Organização das Nações Uni-das (ONU). Entre as metas estão expandir o atendimento Escolar na primeira infância, universalizar o Ensino primário, ampliar as oportu-nidades de estudo da população adulta, reduzir o Analfabetismo em 50%, alcançar a igualdade de gênero e melhorar a qualidade da Educação. De fato, as taxas de Analfabetismo têm caído entre a população mais jovem, mesmo que não nas estimati-vas esperadas. Mas, o grande núme-ro de Analfabetos no mundo se con-centra entre idosos, principalmente em municípios pequenos, que na maior parte estão no interior dos estados. As metas propostas pela ONU dificilmente serão cumpridas em sua totalidade, visto que, se fa-larmos apenas no Analfabetismo, na

última década, o número de adultos Analfabetos caiu apenas 1%. O rela-tório vai mais além ao destacar que 250 milhões de crianças de todo o mundo não estão aprendendo o bási-co na Escola e afirmando que 10% do que é investido em Educação primária são desperdiçados em um Ensino de baixa qualidade, forman-do o que conhecemos como Analfa-betos funcionais – aqueles jovens e adultos incapazes de ler uma única frase. Se falarmos da Educação no Brasil e dos desafios propostos, con-seguimos melhorar no primeiro as-pecto, ampliando o atendimento em Creches e Pré-Escolas; e no segun-do, que prevê matricular todas as crianças no Ensino fundamental. No entanto, as condições de acesso à Educação não são igualitárias e a ampliação do número de estudantes na Educação primária ainda não sig-nifica a universalização do acesso aos conhecimentos básicos. A Edu-cação no país apresenta dois pontos positivos: conseguimos atingir 94,4% da população de 7 a 14 anos matriculados no Ensino fundamental e temos conseguido reduzir as dis-torções série-idade, já que a propor-ção de jovens na idade para o Ensi-no médio é mais do que o dobro da que tínhamos em 1995. Além disso, o país aumentou o acesso ao Ensino superior através de diversos progra-mas. No entanto, falta muito. E o principal, falta ao governo compre-ender que a Educação é a chave para nos tornamos um país exemplar em todos os aspectos. (Fonte: UNES-CO) - Colaborou: Jorge Oronzo – Partner | Auditoria – São Paulo office

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BRASIL E OS ANALFABETOS

EDITORIAL

Inflação tem nova alta em São Paulo e atinge 1,07%:

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), na cidade de São Paulo, apresentou alta de 1,07%, na terceira prévia de abril.

Desemprego fica em 6,2% em março, diz IBGE:

Índice é o maior desde maio de 2011, quando chegou a 6,4%. Rendimento dos trabalhadores caiu 2,8%, a maior baixa desde 2004.

Caixa Econômica reduz limite de financiamento de imóveis usados:

Medida vale apenas para imóveis financiados com recursos da poupança. Teto passará de 80% para 50% do valor de imóveis negociados pelo SFH.

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