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_________________________________________________________________________ Boletim Informativo de Educação Ambiental Gerência de Educação de Joinville ___________________________________________________________________________________________ Agosto de 2010 Ano 01 – Edição nº. 02 Lucas Dalla Barba 4ª série 01 EEB Felipe Schmidt Nesta Edição: - Destaque - Notícias - Dicas - Lembrete do Ensino - Referências bibliográficas - Sobre o boletim DESTAQUE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS A expansão da urbanização ocorrida no último século gerou o aparecimento de diversas aglomerações urbanas, processo que resulta da transferência de pessoas do campo para a cidade, causando com isso a transformação de ambientes naturais e, em consequência, pressão e degradação ambiental. No Brasil, essa realidade não foi diferente. Os municípios cresceram e ainda vêm crescendo em ritmo acelerado, principalmente nos últimos 50 anos, de modo que “o crescimento urbano transformou e inverteu a distribuição da população no espaço geográfico: em 1945 a população urbana era de 25%, na última década de 1990 aumentou para 75%”. (RATTNER, 1999, p. 53). Esse quadro traz consigo problemas socioambientais e novas responsabilidades à administração pública. Uma delas é a gestão dos resíduos sólidos que satisfaçam aos padrões ambientalmente sustentáveis. Contudo, antes de tratarmos a respeito do complexo processo de gerenciamento de resíduos sólidos, é importante refletir sobre outro fenômeno que intensificou o aumento da produção de resíduos: a industrialização, que modificou de forma contundente as características do resíduo produzido. “Até o início do século passado, o lixo gerado – restos de comida, excrementos de animais e outros materiais orgânicos – reintegrava-se aos ciclos naturais e servia como adubo para a agricultura. Mas, com a industrialização e a concentração da população nas grandes cidades, o lixo foi se tornando um problema”. (MMA/MEC, 2005, p. 114) Com a industrialização, uma nova cultura foi surgindo, por intermédio da produção de objetos com vida útil reduzido, vindo com o propósito de dar maior comodidade ao ser humano, influenciando sobremaneira o comportamento das pessoas e o padrão de consumo. Uma nova maneira de consumir surgiu nesse contexto, não mais pela necessidade do objeto, mas por uma busca de satisfação pessoal e comodidade, que se acredita agregar maior qualidade de vida. Reforçando isso, as indústrias e empresas prestadoras de serviço, apoiadas pela mídia, criam a ideia da necessidade do uso de novos produtos e substituição de outros, mesmo que ainda estejam funcionando ou em condições de uso. Porém, esses fatores, ao contrário do conceito de qualidade de vida que se imaginava, aumentou significativamente o volume de resíduos produzidos e trouxe problemas sérios do ponto de vista socioambiental. Além da poluição produzida pela quantidade e imobilidade dos resíduos sólidos no ambiente, o fenômeno social dos “catadores de lixo” surgiu nesse cenário. Diante dessa complexidade, o gerenciamento de resíduos sólidos urbanos tornou-se um desafio para os gestores públicos. Responsabilidade da administração pública e competência dos municípios, essa gestão compreende a coleta, tratamento e disposição final de resíduos em estado sólido e semi-sólido, resultantes das atividades de origem doméstica, industrial, comercial, hospitalar, agrícola, de serviços de varrição, bem como os gerados nas Estações de Tratamento de Água e os resultantes de equipamentos e instalações de controle de poluição, conforme classificação de resíduos normatizada pela ABNT 1 , 2004. Vários aspectos devem ser levados em consideração no Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Aspectos ambientais, legais, sociais e econômicos precisam ser compreendidos e considerados e as estratégias de gestão, adaptadas à realidade do município. Contudo, dois outros fatores fundamentais devem ser levados em consideração nesse processo. O primeiro diz respeito ao uso sustentável dos recursos naturais e minimização da produção dos resíduos sólidos, possíveis por meio de programas de Educação Ambiental que estimule o consumo consciente e a separação dos resíduos para posterior reciclagem. O outro é o reconhecimento e trabalho em parceria com associações e cooperativas que executam a coleta informal, evitando a concorrência e diminuindo com isso os custos dessa etapa. 1. Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Boletim Informativo de Educação Ambiental GERED - N.02

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_________________________________________________________________________Boletim Informativo de Educação AmbientalGerência de Educação de Joinville___________________________________________________________________________________________ Agosto de 2010 Ano 01 – Edição nº. 02Nesta Edição:Destaque Notícias Dicas Lembrete do Ensino Referências bibliográficas Sobre o boletimLucas Dalla Barba 4ª série 01 EEB Felipe SchmidtDESTAQUE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOSA expansão da urbanização ocorri

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Boletim Informativo de Educação Ambiental Gerência de Educação de Joinville

___________________________________________________________________________________________ Agosto de 2010

Ano 01 – Edição nº. 02

Lucas Dalla Barba

4ª série 01

EEB Felipe Schmidt

Nesta Edição:

- Destaque - Notícias - Dicas - Lembrete do Ensino - Referências bibliográficas - Sobre o boletim

DESTAQUE

GGGGGGGGEEEEEEEESSSSSSSSTTTTTTTTÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOO DDDDDDDDEEEEEEEE RRRRRRRREEEEEEEESSSSSSSSÍÍÍÍÍÍÍÍDDDDDDDDUUUUUUUUOOOOOOOOSSSSSSSS SSSSSSSSÓÓÓÓÓÓÓÓLLLLLLLLIIIIIIIIDDDDDDDDOOOOOOOOSSSSSSSS

A expansão da urbanização ocorrida no último século gerou o aparecimento de diversas aglomerações urbanas, processo que resulta da transferência de pessoas do campo para a cidade, causando com isso a transformação de ambientes naturais e, em consequência, pressão e degradação ambiental. No Brasil, essa realidade não foi diferente. Os municípios cresceram e ainda vêm crescendo em ritmo acelerado, principalmente nos últimos 50 anos, de modo que “o crescimento urbano transformou e inverteu a distribuição da população no espaço geográfico: em 1945 a população urbana era de 25%, na última década de 1990 aumentou para 75%”. (RATTNER, 1999, p. 53). Esse quadro traz consigo problemas socioambientais e novas responsabilidades à administração pública. Uma delas é a gestão dos resíduos sólidos que satisfaçam aos padrões ambientalmente sustentáveis. Contudo, antes de tratarmos a respeito do complexo processo de gerenciamento de resíduos sólidos, é importante refletir sobre outro fenômeno que intensificou o aumento da produção de resíduos: a industrialização, que modificou de forma contundente as características do resíduo produzido. “Até o início do século passado, o lixo gerado – restos de comida, excrementos de animais e outros materiais orgânicos – reintegrava-se aos ciclos naturais e servia como adubo para a agricultura. Mas, com a industrialização e a concentração da população nas grandes cidades, o lixo foi se tornando um problema”. (MMA/MEC, 2005, p. 114) Com a industrialização, uma nova cultura foi surgindo, por intermédio da produção de objetos com vida útil reduzido, vindo com o propósito de dar maior comodidade ao ser humano, influenciando sobremaneira o comportamento das pessoas e o padrão de consumo. Uma nova maneira de consumir surgiu nesse contexto, não mais pela necessidade do objeto, mas por uma busca de satisfação pessoal e comodidade, que se acredita agregar maior qualidade de vida.

Reforçando isso, as indústrias e empresas prestadoras de serviço, apoiadas pela mídia, criam a ideia da necessidade do uso de novos produtos e substituição de outros, mesmo que ainda estejam funcionando ou em condições de uso. Porém, esses fatores, ao contrário do conceito de qualidade de vida que se imaginava, aumentou significativamente o volume de resíduos produzidos e trouxe problemas sérios do ponto de vista socioambiental. Além da poluição produzida pela quantidade e imobilidade dos resíduos sólidos no ambiente, o fenômeno social dos “catadores de lixo” surgiu nesse cenário. Diante dessa complexidade, o gerenciamento de resíduos sólidos urbanos tornou-se um desafio para os gestores públicos. Responsabilidade da administração pública e competência dos municípios, essa gestão compreende a coleta, tratamento e disposição final de resíduos em estado sólido e semi-sólido, resultantes das atividades de origem doméstica, industrial, comercial, hospitalar, agrícola, de serviços de varrição, bem como os gerados nas Estações de Tratamento de Água e os resultantes de equipamentos e instalações de controle de poluição, conforme classificação de resíduos normatizada pela ABNT1, 2004. Vários aspectos devem ser levados em consideração no Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Aspectos ambientais, legais, sociais e econômicos precisam ser compreendidos e considerados e as estratégias de gestão, adaptadas à realidade do município. Contudo, dois outros fatores fundamentais devem ser levados em consideração nesse processo. O primeiro diz respeito ao uso sustentável dos recursos naturais e minimização da produção dos resíduos sólidos, possíveis por meio de programas de Educação Ambiental que estimule o consumo consciente e a separação dos resíduos para posterior reciclagem. O outro é o reconhecimento e trabalho em parceria com associações e cooperativas que executam a coleta informal, evitando a concorrência e diminuindo com isso os custos dessa etapa. 1. Associação Brasileira de Normas Técnicas.

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ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA FELIPE SCHMIDT

Atividade de Aprendizagem: A Escola não é Lixo!

A Teoria da Atividade proposta por Leontiev1 traz contribuições importantes para a compreensão e organização da prática pedagógica. Segundo o autor, a atividade, inerente ao ser humano, parte de uma necessidade do sujeito ou motivo, que por meio de uma intencionalidade estimula e confere direção para o desencadeamento de ações e a escolha de instrumentos que visem dar materialidade ou a transformação de uma realidade.

Em outras palavras, no processo psicológico da atividade humana, num movimento intencional, o sujeito é impelido a planejar ações e escolher instrumentos que respondam ao motivo da atividade, no sentido de transformar e produzir uma nova realidade. Nesse processo, transforma a si mesmo e a partir dessa transformação, novos motivos surgem, dando início a uma nova atividade.

O conceito de atividade no âmbito pedagógico traz contribuições significativas, à medida que permite ao sujeito professor refletir sobre sua prática e agir buscando dar materialidade aos motivos que orientam suas ações. Isto é, partindo de um motivo que direcione sua prática pedagógica, irá planejar ações e escolher instrumentos que atendam a essa necessidade e que sejam motivadoras para os alunos, de modo que estes também atribuam sentido para sua atividade.

Dessa forma, a aproximação da realidade do aluno e o favorecimento do trabalho colaborativo, são pontos importantes que devem ser considerados no planejamento de ações e instrumentos que possibilitem motivos eficazes, que a aprendizagem deve proporcionar.

Contudo, dentro da concepção histórico-cultural, só é possível falar em conhecimento por meio da práxis: relação entre a atividade teórica e prática. Se por um lado a atividade prática de ordem transformadora é ajustada a objetivos, ela só é possível por meio da relação entre a atividade teórica, produtora de conhecimentos.

Nessa perspectiva, a mediação é elemento fundamental no processo de apropriação do conhecimento e o professor, nesse contexto, assume uma postura facilitadora, que possibilita que o sujeito de aprendizagem se coloque ativamente diante da experiência de ensino-aprendizagem.

Foi o que a articuladora da sala informatizada e a professora de 4ª série da EEB Felipe Schmidt (São Francisco do Sul) fizeram na Atividade de Aprendizagem “A Escola não é Lixo”.

O motivo que deu origem à atividade teve sentido, num primeiro momento, para Gisele Vidal de Almeida, articuladora da sala informatizada, que procurou a professora Geovana Ostroski, para juntas planejarem uma atividade que proporcionasse reflexão com os alunos, sobre a quantidade de lixo depositado no chão

da escola. O objetivo da atividade foi estimular a percepção e um olhar crítico sobre o assunto, levando-os a compreender que pequenas ações, individuais e coletivas, podem modificar essa problemática na escola.

Dessa maneira, a ação inicial foi a apresentação da história em quadrinhos “Cascão em: Proposta Repelente”. A articuladora da sala informatizada foi quem contou a história, que foi scaneada e reproduzida em aparelho de multimídia.

Depois da história, duas ações, uma reflexiva e outra prática foram organizadas para dar início à atividade em grupo. A primeira foi um debate sobre a história e sobre o tema proposto e a segunda foi uma observação no pátio da escola após o intervalo.

Professoras Geovana e Gisele e alunos da 4ª série 01

A professora Geovana organizou 03 equipes responsáveis em criar uma única história em quadrinhos, baseada no tema e problemática observada na escola. Cada equipe, responsável por uma parte da história, dialogou, debateu, combinou entre si, para então passar para a segunda etapa da atividade, a reprodução da história. Nesse momento, a turma foi dividida em duas equipes: o grupo de voz e a do desenho.

Assim, a história foi gravada, scaneada e editada pela articuladora da sala informatizada e o resultado pode ser conferido pelo link abaixo: http://www.youtube.com/watch?v=td4yKcrRXzg

O aspecto coletivo da atividade é um ponto importante a ser ressaltado e esse exemplo demonstra o processo, cujas ações foram planejadas e realizadas no espaço coletivo, consideradas significativas para a objetivação do motivo que a impulsionaram.

Nesse contexto, a linguagem e o processo de construção do conhecimento dos alunos ficam evidentes no resultado. O professor como mediador, manteve a linguagem dos alunos, permitindo, a partir daí, re-significar os conceitos que eles atribuíram no texto que construíram. Um exemplo disso é o adjetivo “porco”, para expressar pessoas sem consciência ambiental.

Dessa forma, o caráter dinâmico da atividade se faz presente, possibilitando que professores e alunos atribuam novos sentidos, dando início a uma nova atividade.

1. Alexei Nikolaevich Leontiev – Psicólogo russo, trabalhou com Lev Vygostsky, com relevante participação na proposição da construção da Psicologia Histórico-cultural.

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ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA PROFª. MARLI MARIA DE SOUZA Projeto: Lixo – Um novo começo para o fim

Motivada pelo curso de Educação Ambiental que participou na Gerência de Educação (Água e Saneamento), a professora Magali Rute dos Santos, da EEB Marli Maria de Souza, iniciou uma Atividade de Aprendizagem com 60 alunos de 3ª série do Ensino Fundamental, no ano de 2009. No retorno para a escola, iniciou um diálogo com as crianças para contextualizar os temas tratados no curso e as especificidades da escola e região. As enchentes ocorridas na época, ficaram em evidência nesse diálogo e, por conta disso, esse tema foi o ponto de partida para uma pesquisa, visando compreender as causas e aspectos preponderantes nessa problemática levantada.

Estudando sobre as causas das enchentes ocorridas na região, a professora e seus alunos observaram que uma delas tinha destaque nesse cenário. O hábito da população circunvizinha despejar lixo em locais inadequados, chamou a atenção e em decorrência disso, planejaram ações de sensibilização com a comunidade escolar, buscando levar essa discussão também para as demais turmas de séries iniciais.

Uma dessas ações foi a coleta de lixo na escola durante um mês, para depois realizar uma exposição do lixo recolhido, com o intuito de motivar as demais turmas para a discussão do tema.

Marcelo e Magali: professores de 4ª e 3ª série - 2009

Tratando sobre a questão de destinação dos resíduos sólidos, os professores envolvidos observaram que essa situação era comum aos alunos, que pareciam ter se acostumado com o despejo de lixo em qualquer lugar. Contudo, durante seu desenvolvimento, perceberam também o efeito positivo que as ações de pesquisa e sensibilização proporcionaram, instigando os alunos para um olhar mais crítico sobre o assunto.

Nesse sentido, a continuidade da ação nessa escola para o ano de 2010 demonstrou ser necessária. Assim, objetivando aprofundar o tema e trabalhar de forma interdisciplinar, os professores de séries iniciais e equipe gestora se reuniram, discutiram, elaboraram um projeto e inscreveram no Prêmio Embraco de Ecologia, sendo vencedores na categoria Semente, ainda com alunos de séries iniciais como público alvo.

Para iniciar as ações em 2010, os professores e equipe gestora reuniram-se e revisaram as ações propostas em 2009, para integrá-las ao planejamento dos professores.

Desde então, são realizadas reuniões esporádicas para avaliação das ações planejadas.

A primeira ação aconteceu com a apresentação do projeto para a comunidade, ocorrida no início do mês de março. Na ocasião, a comunidade participou com a votação do slogan do projeto produzido pelos alunos.

O planejamento dos conteúdos contemplou vários aspectos sobre resíduos sólidos: lixo e consumo, coleta seletiva e reciclagem, impactos ambientais, tipos e tratamento de lixo, categoria de resíduos sólidos e princípios dos 5 Rs (erres), são alguns temas geradores que estão sendo abordados e pesquisados com os alunos, contando também com o apoio da articuladora da sala informatizada.

Outras ações foram inseridas no processo. Uma delas, por meio de revezamento, alunos de 1ª a 4ª série coletam o lixo produzido após o intervalo do lanche, para posterior análise de redução durante o desenvolvimento do projeto. Além disso, os alunos das 3ªs séries já estão socializando as pesquisas realizadas, organizadas em momentos de troca de experiências.

Três grandes parcerias foram firmadas no projeto. O projeto Reciclar da UNIVILLE, contribuiu com um curso e oficina sobre reciclagem de papel. A FUNDEMA (Fundação do Meio Ambiente) irá promover aos professores e funcionários, um curso sobre Gestão de Resíduos Sólidos e a cooperativa de reciclagem Recipar Paranaguamirim, localizada ao lado da escola irá auxiliar no processo de destinação dos resíduos da escola.

Pensando no processo de gestão dos resíduos na escola, lixeiras de coleta seletiva foram instaladas em locais estratégicos, ação essa que mais tarde será ampliada para as salas de aula das séries iniciais. Está sendo construída também uma composteira para o destino de resíduos orgânicos e revitalizada a horta escolar, com o apoio de professores, alunos e voluntários da comunidade.

Para o segundo semestre estão previstas visita ao aterro sanitário, entrega de cartões temáticos produzidos pelos alunos junto à comunidade, apresentação teatral, criação do grupo de Voluntários Ecológicos e a Feira do Conhecimento, que irá apresentar todos os trabalhos produzidos durante o ano letivo.

Autor: Jean Carlos Albertti da Costa

3ª série 01

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NOTÍCIAS

J o i n v i l l e bairro a bairro

É o título do livro publicado pela Fundação Institu to de Pesquisa e Planejamento para o Desenvolvimento Sustentável de Joinville (IPPUJ), sob a coordenação geral da Gerência de Pesquisa e Documentação. O livro oferece subsídios históricos de todos os ba irros de Joinville. Fatores sociais, econômicos, ambienta is são alguns temas tratados nesta obra. Como material de apoio didático, é uma importante f onte de pesquisa para a elaboração de projetos educacion ais, sobretudo de Educação Ambiental, com o objetivo de conhecer a realidade local em que a escola está ins erida. Todas as escolas da Rede Estadual de Ensino, do município de Joinville receberam o livro.

Embrulhado para presente, o livro “ O Jovem cientista no micro macro mundo dos artrópodes ”, publicado pela Escola Municipal Karin Barkemeyer foi entregue para as 62 escolas dos 08 municípios de abrangência da Gerência de Edu cação de Joinville. O livro, resultado de um ano de pesquisa e o desenv olvimento de práticas educativas em Educação Ambiental, é um relato do processo e dos resultados colhidos no ano de 2007. O projeto, vencedor do Prêmio Embraco de Ecologia n o ano de 2006, em sua trajetória, vai do Universo ao pequeno mundo dos artrópodes, buscando entender a relação de interdep endência entre esses seres e o ecossistema e vice e versa. Mas afinal, o que são os artrópodes? O livro está disponível nas bibliotecas das escolas e vale a pena conferir o que os 1030 alunos desta escola des cobriram sobre isso.

Uma preciosidade novamente disponível para as escolas da Gerência de Educação de Joinville. 50 escolas de Ensino Médio receberam 01 exemplar do Atlas Ambiental da Região de Joinville, publicado p ela Fundação do Meio Ambiente (FATMA). A obra reúne informações sobre aspectos físicos-naturais e humanos, além de questões sócio-econômicas e de gestão ambiental dos municípios de Joinville, São Francisco do Sul, Garuva, Araquari, Itapoá e Balneário Barra do Sul. Trata-se de um material único, riquíssimo, cuja edi ção foi limitada e sua distribuição esgotada. Contudo, numa parceria entre a Petrobrás e Gerência de Educação, foi possível a aquisição e distribuiçã o desse material.

Foto: Geraldo Madela

Fonte: Site Senado Federal

www.senado.gov.br

Em tramitação na Câmara dos Deputados durante 21 an os, foi aprovada no dia 07 de julho de 2010, pelo Senad o Federal, a Política Nacional de Resíduos Sólidos. O projeto de Lei 354/89, iniciativa do Ministério do Meio Ambiente, estabelece um regime compartilhado de responsabilidades sobre a destinação dos resíduos sólidos para todos os gerad ores. Conforme a Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teix eira, “aquele que gera resíduo será o responsável por dar a destinação final”. O projeto já foi sancionado pelo presidente.

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NOTÍCIAS

No dia 16 de junho, na Associação Desportiva da Embraco, aconteceu o Café Lançamento do Prêmio Embraco de Ecologia de 2010. Participaram do evento 150 professores de escolas públicas e privadas, de Educação Infantil e Ensino Fundamental de Joinville. O evento iniciou com palestras sobre “Ecoeficiência ” e seguiu com uma oficina, coordenada pela equipe do Prêmio Embraco de Ecologia e o Instituto Harmonia n a Terra. As inscrições para o prêmio estão abertas e encerra m no dia 30 de setembro de 2010. Para participar, as instituições de ensino devem preencher um formulário, disponível também no endereço eletrônico: www.embraco.com.br/ecologia

1,4 mil gestores das Escolas Públicas Estaduais de Santa Catarina participaram do evento “Educação: Construindo Qualidade – Gestão da Escola”, promovid o pela Secretaria de Estado da Educação, cujo objetiv o foi proporcionar troca de experiências exitosas em gestão escolar. O evento ocorreu no dia 27 de junho, em Florianópol is e contou com a participação de três escolas da Gerênc ia de Educação de Joinville. Dentre elas, A EEB João Rocha, apresentou o projeto de Educação Ambiental “Rio do Ferro – Quem conhece, preserva” e o livro de Atividades de Aprendizagem – Água e Saneamento, da Gerência de Educação. O CEJA e CEDUP também estiveram presentes com as respectivas experiências: “Uma escola cidadã” e “Ressocializar Profissionalizando”.

De 12 de abril a 12 de maio de 2010, a Secretaria Municipal de Saneamento Ambiental em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Garuva promoveu o 1º Concurso de Educação Ambiental “Saneamento Básico”. O concurso selecionou desenhos, slogans e vinhetas referentes ao tema e contou com a participação de a lunos da Rede Municipal e Estadual de ensino. Alunos da Escola Carmen Seara Leite, da Gerência de Educação de Joinville, foram vencedores no 1º lugar , nas três categorias: Desenho: Melyssa Pacheco Araújo – 5ª série 01 Slogan: Gabriela da Silva – 6ª série 03 Vinheta: Joice Aparecida da Silveira – 1º ano Ensin o Médio Autora: Melyssa Pacheco Araújo – EEB Carmen Seara Leite

Nos dias 20 e 21 de julho, o Prêmio Embraco de Ecol ogia em parceria com a Companhia Águas de Joinville promoveu curso para professores da EEB Jo ão Rocha, relacionado aos temas do projeto “Rio do Ferro – quem conhece, preserva”. O curso propici ou saída de estudo em diferentes ecossistemas: Mata Atlântica, Restinga, Banhado, Manguezais e Sam baquis. O objetivo foi sensibilizar quanto à riquez a e importância desses ambientes e associá-los aos pr oblemas socioambientais do bairro. No dia 22, foi a vez dos professores da EEB Marli M aria de Souza participar de uma oficina que tratou dos temas abordados no projeto “Lixo – um novo come ço para o fim”. O objetivo do curso foi promover discussão e reflexão sobre as questões socioambient ais relacionadas à Gestão de Resíduos Sólidos, tratando sobre os seguintes temas: ambientes natura is do bairro, cuidado dos espaços da escola, coleta seletiva de lixo, consumo consciente, horta escolar e compostagem.

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DICAS

GGGGGGGGEEEEEEEESSSSSSSSTTTTTTTTÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOO DDDDDDDDEEEEEEEE RRRRRRRREEEEEEEESSSSSSSSÍÍÍÍÍÍÍÍDDDDDDDDUUUUUUUUOOOOOOOOSSSSSSSS SSSSSSSSÓÓÓÓÓÓÓÓLLLLLLLLIIIIIIIIDDDDDDDDOOOOOOOOSSSSSSSS:::::::: UUUUUUUUmmmmmmmm ddddddddeeeeeeeessssssssaaaaaaaaffffffffiiiiiiiioooooooo nnnnnnnnaaaaaaaa eeeeeeeessssssssccccccccoooooooollllllllaaaaaaaa

Toda ação na escola deve ser intencional, no sentido de ser pensada, planejada, levando sempre em consideração o sujeito que se quer formar, a partir dos pressupostos filosóficos que norteiam sua Proposta de Educação. Assim, as concepções de homem, de mundo e sociedade que a escola adota deverão estar norteando as ações e estratégias em todas as suas dimensões: pedagógica, física, administrativa, financeira, entre outras, organizadas no Projeto Político Pedagógico.

A Educação Ambiental presente no currículo escolar, assim como todo o processo educacional, tem o objetivo de formar crianças e jovens críticos, com atitudes propositivas na sociedade. Isto é possível com ações que inter-relacionem a realidade do aluno com as problemáticas ambientais presentes na sociedade e a compreensão do papel da interferência humana nesse processo.

Os resíduos sólidos, em toda sua cadeia complexa, que vai desde a geração até o descarte, é um desses problemas diretamente ligado ao comportamento humano, que foi se modificando ao longo da história. Dessa maneira, a escola deve considerar em suas estratégias essa complexidade e tratar nesse contexto questões de consumo, o papel da mídia nesse processo, os tipos de resíduos produzidos e suas especificidades, além de discutir alternativas sustentáveis para lidar com essa problemática.

Contudo, mais do que reflexão, a escola precisa articular o conhecimento com a prática e se tornar um exemplo para sua comunidade escolar, vivenciando o conhecimento discutido e pesquisado, que demonstre formas sustentáveis de lidar com a questão. Dessa maneira, a escola precisa no seu planejamento, pensar toda a cadeia relacionada ao tema “Resíduos Sólidos”, observando todo o fluxo de material inserido em seu ambiente. Ou seja, ter a preocupação do tipo de material com que trabalha, evitando o uso de materiais que demorem a se decompor no ambiente, observando se existe uma política de reaproveitamento de materiais, evitando-se o uso de descartáveis, além do cuidado com a forma correta de descarte, separando os materiais possíveis de serem reciclados e compostando os resíduos orgânicos produzidos.

Assim, o uso de bases permanentes para a elaboração de maquetes em substituição ao isopor, a escolha de materiais naturais ao invés do uso do plástico e EVA na confecção de murais e trabalhos artísticos, a adoção de canecas permanentes para professores e funcionários ao invés de copos descartáveis, são alguns exemplos que demonstram essa preocupação.

No caso da coleta seletiva, quando se pretende implantá-la, alguns passos importantes devem ser considerados, já que envolve diversos segmentos da escola. O primeiro passo é a organização de uma comissão interna responsável, que irá elaborar, implantar e dar continuidade ao programa.

A segunda etapa é a elaboração do projeto de implantação, que deverá responder algumas questões: qual será o destino dos resíduos após coleta na escola (se vai para o serviço público de coleta seletiva do município, se será doado a um “catador” ou cooperativa ou ainda, se será vendido). Outro ponto a observar é a existência na escola, de um local específico para o armazenamento do resíduo, caso seja necessário o acondicionamento. Além de detalhar outras questões inerentes ao processo: o material necessário para a implantação, a fonte de recursos para a aquisição desses materiais, o levantamento dos tipos e quantidade de resíduos produzidos.

Assim, o próximo passo é a sensibilização da comunidade escolar. A equipe coordenadora do projeto precisa “vender” a ideia, divulgar e incentivar, tirando dúvidas sobre a implantação da coleta. Isso pode ocorrer por meio de reuniões, cartazes produzidos pelas crianças, evento de abertura do programa com atividades culturais, além de outras que estejam próximas à realidade da escola. O apoio dos conteúdos curriculares é necessário no processo de sensibilização dos alunos e a participação dos serventes da escola, imprescindível.

Ainda, tendo em vista o êxito da implantação do programa, estratégias de avaliação devem estar contidas no projeto, considerando toda a cadeia que envolve “Resíduos Sólidos” na escola, cuja mudança de hábitos para práticas ambientais mais sustentáveis esteja em pauta nesse cenário.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- RATTNER, H. Liderança para uma sociedade sustentável. São Paulo: Nobel, 1999.

- MMA, MEC, IDEC. Consumo Sustentável: Manual de Educação. Brasília: 2005.

- ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.004 Resíduos Sólidos. Classificação. Ed. ABNT, São Paulo: 2004.

- LEONTIEV, A. N. Uma contribuição à teoria de desenvolvimento da psique infantil. In VIGOTSKY, L. S. et al. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. Ícone. São Paulo, 1992.

- GONZÁLEZ, R. F. Sujeito e subjetividade: uma aproximação histórico-cultural. Pioneira Thomson Learning. São Paulo: 2005.

- SANTA CATARINA, Secretaria de Estado da Educação e do Desporto. Proposta Curricular de Santa Catarina: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio: Formação docente para a Educação Infantil e séries iniciais. Florianópolis, 1998.

- SANTA CATARINA, Secretaria de Estado da Educação e do Desporto. Proposta Curricular de Santa Catarina: Temas Multidisciplinares. Florianópolis, 1998.

- VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: projeto de ensino e aprendizagem e político-pedagógico. São Paulo, 2002.

- Atividade de Aprendizagem “A Escola não é Lixo” – EEB Felipe Schmidt

- Projeto “Lixo: Um novo começo para o fim” – EEB Marli Maria de Souza - www.senado.gov.br - www.sed.sc.gov.br - www.carmemsearaleite.blogspot.com - www.embraco.com.br/ecologia

SOBRE O BOLETIM

Secretaria de Estado da Educação Gerência de Educação Supervisão de Educação Básica e Profissional End: Rua Senador Felipe Schmidt, 159 – Centro - Joinv ille – SC – CEP. 89201440 Fone: (47) 34334351 - E-mail: gereijoinvilleens@sed .sc.gov.br Elaboração: Adriana Lima Moraes – Coordenadora de Edu cação Ambiental – Gerência de Educação - e-mail: [email protected] Revisão: Vera Lúcia Marcon – Professora aposentada da Gerência de Educação Colaboradores: Alessandra Cristina Bernardino – Coordenadora de Edu cação Afro (Lei 11645/08) Inês Odorizzi Ramos – Integradora do Ensino Fundamen tal Eleonora Minatto e Jordelina Voos – Orientadoras do Pr ojeto Político Pedagógico

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unidade escolar que queira divulgar. Compartilhe co nosco sua opinião sobre o conteúdo e formato deste material.

Lembrete do Ensino:

O livro “Segurança Alimentar – Sua saúde dia-a-dia” enviado pela Secretaria de Estado da Educação está

disponível na Gerência de Educação. As escolas que ainda não buscaram o livro, favor entrar

em contato com Dulce, Setor de Ensino. Sugerimos que o material seja divulgado na unidade escolar e seu conteúdo trabalhado nas disciplinas

curriculares.