Boletim Municipal n 64

entrevistas> Rui Reininho

> Eugénio Alves

inFOrMaÇÃO MUniCiPaL

nº 64

sOMOs sOLiDÁriOs• Impostos municipais mais baixos

• Livros escolares gratuitos para 14 mil crianças

• Escolas públicas de Primeiro Mundo

• 4 mil casas novas para famílias carenciadas

• Medicamentos mais baratos para os mais desfavorecidos e vulneráveis

• Ocupação remunerada para desempregados

> Uma noite na faina com os pescadores da Afurada

2 // inFOrMaÇÃO MUniCiPaL De viLa nOva De Gaia

concertos

FiCHa tÉCniCa //Informação munIcIpal de VIla noVa de GaIa

ProPriedade Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia Pedro Fonseca (Diretor) Gil Nunes (Coordenador) Raquel Ribeiro (Secretariado) José Manuel Lemos e Avelino Couto (Distribuição)

internet [email protected]ção MuniciPal de inforMação conceção e edição de textos e fotos Direção Municipal de Informação dePósito legal 275305-08 issn 1646-9887 | tirageM 44 000 exemplares. outubro 2012

BOns rItMOsnA sErrA dO PILAr

C oncertos de verão da serra do Pilar” animaram Gaia.a 4.ª edição dos “Concertos

de verão da serra do Pilar” foi um êxi-to. Durante dois fins de semana passa-ram por Gaia os portugueses João Gil, Luís Represas e Rui Veloso, e também os britânicos Echo & The Bunnymen e Manfredd Mann. Os “Concertos de verão” contaram com uma enorme afluência de público.

“

Luís Represas

Echo & the Bunnymen

Rui Veloso Manfredd Mann

Manfredd Mann

inFOrMaÇÃO MUniCiPaL De viLa nOva De Gaia // 3

editorial

Â “Na altura em que se inicia o ano escolar, atribuímos manuais escolares gratuitos a 14 mil crianças. A solidariedade social é a nossa principal preocupação.”

Investirno futuro

O Porto Wine Fest foi um sucesso na promo-ção e divulgação do Vinho do Porto. A Câmara de Gaia teve um enorme orgu-

lho em se associar a este evento. O Norte, que faz bem, tem de ter orgulho nos seus emblemas maio-res, em cujo leque o Vinho do Porto ocupa um lugar cimeiro, com reconhecimento a nível mundial.Nesta altura em que se inicia o ano escolar, atribu-ímos manuais escolares gratuitos a mais de 14 mil crianças. Nestes dias difíceis, queremos estar ao lado das pessoas que mais lutam para ultrapassar todos os obstáculos.

Recentemente acompanhei os pescadores da afurada numa faina em alto mar. Ouvi as suas reivindicações e, acima de tudo, senti na pele o quotidiano de uma gente genuína e trabalhadora. Tal como eles, acredito que depois da tempestade vem a bonança.

LUís FiLiPe MenezesPresidente da CM de V. N. Gaia


educação

REITOR DA U.P. E PRÉMIO CAMÕES 2011 DÃO NOME A 2 “CAMPUS” ESCOLARES

EsCOLAs COM sEntIdO

O s 500 alunos que, desde o início do ano letivo, frequen-

tam a Escola Básica Prof. Dr. Marques dos Santos têm ao seu dispor salas de aula amplas e funcionais, auditórios, labora-tório, um pavilhão desportivo, áreas de estudo, espaço de ocu-pação de tempos livres e equi-pamento informático moderno. O investimento foi de mais de 5 milhões de euros.O Centro escolar Dr. Manuel António Pina – jornalista, es-critor e Prémio Camões 2011 – representa um investimento de 4,5 milhões de euros. Tem capacidade para 450 alunos, 15 salas do 1.º ciclo e 5 do pré-escolar. Fica situado ao lado do Parque da Lavandeira.


solidariedade

MarCO antóniO COsta inaUGUra eqUiPaMentOs

sECrEtárIO dE EstAdO dA sOLIdArIEdAdE E dA sEgUrAnçA sOCIAL MAntéM gAIA nA AgEndA

Marco António Costa, se-cretário de Estado da Solidariedade e da Segu-

rança Social, tem estado presente em várias iniciativas realizadas um pouco por todo o concelho de Vila Nova de Gaia.Exemplo disso mesmo foi a sua par-ticipação no encerramento da sessão de avaliação do trabalho desenvolvido no Centro Comunitário de Mafamude no ano letivo 2011/2012, e também na inauguração do Palco Cultural da Beira-Rio, em Santa Marinha, batizado a título póstumo com o nome de José Guimarães.


reabilitação urbana

BAIRRO DE CABO-MOR

AUtArQUIA APOstA nA rEABILItAçÃO

OBairro de Cabo-Mor, em Ma-famude, está a ser reabilitado. Para além da intervenção físi-

ca, a Câmara Municipal aposta também na assistência social às famílias. “É preciso estarmos atentos às famílias que vivem aqui. É preciso ver em que condições vi-vem os casais jovens, saber se têm dinhei-ro para alimentar os filhos, se têm em-prego. “Vamos tentar resolver tudo para melhorar a vida destas pessoas”, destacou Luís Filipe Menezes, presidente da Câma-ra Municipal de Gaia, durante uma visita de trabalho ao bairro.

œ INTERVENçÃO NO BAIRRO DE CABO-MOR (72 hABITAçÕES)

DATA DE CONCLUSÃO DA OBRA: FEVEREIRO DE 2013

INVESTIMENTO: 1 MILhÃO DE EUROS

– REABILITAçÃO DE ENVOLVENTES, COBERTURAS E zONAS COMUNS;

– SUBSTITUIçÃO DOS CAIxILhOS ExTERIORES;

– RECONVERSÃO DAS CAVES EM FRAçÕES hABITACIONAIS (MAIS 12 hABITAçÕES);

– REFORMULAçÃO DAS ENTRADAS DOS BLOCOS E hABITAçÕES ExISTENTES NA CAVE;

– CONSTRUçÃO DE LOGRADOUROS;

– TRABALhOS DIVERSOS NAS INSTALAçÕES hIDRáULICAS, ELÉTRICAS, E TELECOMUNICAçÕES.


ação social

MOTA AMARAL VISITOU URBANIzAçÃO SOCIAL COM O SEU NOME

Ex-PrEsIdEntE dA AssEMBLEIA dA rEPúBLICA rECEBIdO EM ArCOzELO

L uís Filipe Menezes, presi-dente da Câmara Munici-pal de Gaia, e João Bosco

Mota Amaral, realizaram uma visita ao empreendimento social batizado com o nome do ex-Presidente da as-sembleia da República. O Empreendimento Social Dr. Mota Amaral fica situado na freguesia de Arcozelo. Foi inaugurado em 2006, e integra um conjunto de 31 empre-endimentos sociais construídos nos últimos doze anos em Gaia, e que permitiram realojar cerca de 3500 famílias.Mota amaral referiu “a satisfação ao verificar que neste bairro existe harmonia, progresso, bom enquadra-mento das famílias, graças às políti-cas implementadas pelo meu amigo Luís Filipe Menezes”.


diplomacia

Gaia eM sintOnia COM O Oriente

EMBAIxAdOr dO JAPÃO QUEr COOPErAçÃO

O embaixador do Japão em Portugal, Nobutaka Shino-miya, esteve em Gaia para

uma visita de trabalho, onde foi rece-bido por Luís Filipe Menezes. Em cima da mesa estiveram novos projetos de cooperação. “Pretendemos tirar partido da amiza-de ancestral e proximidade histórica que nos une, ganhar proximidade com a economia do extremo-Oriente e

incentivar as trocas comerciais entre os dois países, fomentando a exporta-ção nacional”, esclareceu na ocasião Luís Filipe Menezes.No capítulo das relações internacionais, nos próximos meses será realizado um “show-room” com os embaixado-res árabes para fazer um balanço dos negócios que estão no terreno, e apre-sentar novas empresas que possam desenvolver relações económicas.

interiOr aPOiaDO

JUntA dE sEIxEzELO gErE EsCOLA dAs COrgAs

FLOrestas viGiaDas

CâMArA PrOMOVE EMPrEgO E PrOtEgE Os EsPAçOs VErdEs

a Câmara Municipal de vila nova de Gaia assi-nou com a Junta de

Freguesia de Seixezelo um pro-tocolo de delegação de competên-cias para a gestão, manutenção e conservação da Escola Básica / Jardim de Infância das Corgas,

em Seixezelo. A autarquia de Vila Nova de Gaia pretende passar, a breve prazo, o maior número possível de equipamentos para entidades locais ou mesmo pri-vadas. A condição é apenas uma: seguir o interesse da população.

a Câmara Municipal e o Insti-tuto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) estão a tra-

balhar em conjunto num projeto pionei-ro de vigilância florestal. Os destinatá-rios são 30 beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI), que realizaram ações de vigilância em onze freguesias do centro/sul do concelho.O projecto, que vai terminar em meados de outubro, é complementado pela Câ-mara através de um complemento sala-rial ao RSI, seguro de trabalho e subsídio de refeição.


educação

14 MIL CRIANçAS COM MANUAIS ESCOLARES GRATUITOS

CâMArA dE gAIA APOIA fAMíLIAs CArEnCIAdAs

a Câmara Municipal de Gaia vai oferecer os manuais escolares às 14 mil crian-

ças que frequentam o Ensino Básico no concelho. trata-se de um investimento de meio milhão de euros, que vai também beneficiar o comércio local. Os ma-nuais terão de ser obrigatoriamente adquiridos nas livrarias e papelarias do concelho que tenham aderido a esta iniciativa. O protocolo foi assinado entre o Mu-

nicípio, a Associação Comercial e In-dustrial de Gaia e a Federação das associações de Pais de Gaia.“Esta medida significa ajudar mais de 12 mil famílias que deixam de ter essa despesa que representa um peso enorme no seu rendimento disponí-vel”, destacou Luís Filipe Menezes, presidente da Câmara Municipal de Gaia, na sua intervenção. O autarca deu conta da ideia de alargar a me-dida até ao 9.º ano, de “uma maneira participada com o Governo”.

Marco António Costa, secretário de Estado da Solidariedade e da Segu-rança Social, lembrou o trabalho realizado pelo Município de Gaia ao nível da Universidade Júnior, que permitiu que centenas de crianças carenciadas pudessem frequentar o programa. “Serão também distribuídos gratuita-mente conteúdos multimédia a Lares de Infância e Juventude e Centros de Acolhimento Temporário”, anunciou, na ocasião, o secretário de Estado.


equipamentos

CentrO Gran CrUz

nOVO EsPAçO PrEtEndE dAr A COnHECEr VInHO dO POrtO dE UMA fOrMA MOdErnA

OCentro Multimédia Gran Cruz é um es-paço que pretende dar a conhecer o Vi-nho do Porto de uma forma moderna,

com frequente recurso a meios interativos. Dis-põe também de zonas de degustação de vinhos, interpretação e um restaurante panorâmico.

œ CentrO MULtiMÉDia Gran CrUz– PRINCIPAIS VALêNCIAS

– “TOUCh TABLE” DE CARATERIzAçÃO E IDENTIFICAçÃO DO VINhO; – SALA DE PROJEçÃO DE FILMES DE TRIBUTO à PORTO CRUz; – SALA VIRTUAL; – SALA DE PROJEçÃO DE FILME ALUSIVO AO VINhO DO PORTO; – SALA DE DEGUSTAçÃO; – RESTAURANTE PANORâMICO.


entrevista

Os GNR são a voz do Norte? Felizmente e durante mais de 30 anos, GNR foi símbolo de 4 pontos cardeais.

Houve sempre alguma preocupação de irreverência ligada à música da banda? Uma das caraterísticas do núcleo duro tem sido ser sincera e genuína.

“Voos Domésticos”, o último álbum dos GNR, mostra uma banda mais ligada ao “slow”, à música tranquila. É uma nova face? É um conceito de espetáculo que tem muito a ver com locais mais intimistas e de proximidade.

“Companhia das Índias” foi o seu primeiro projeto a solo. É experiência para continuar? A pedido de várias famílias conto editar em breve um áudio/livro.

Tem o curso de Cinema pela Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa. Como vê o atual panorama do cinema português? Grande contradição entre o popular e o institucional, vide “filme para festival”...

Colaborou em diversos trabalhos com outros grandes nomes da música portuguesa. Considera-se um músico versátil? Acha que há uma caraterística comum ao músico português? O músico desconfiado!

Acha que Gaia pode fazer parte de um corredor comum a toda a Área Metropolitana do Porto? Gaia tem hoje mais iniciativas do que o Porto cidade.

Como tem sentido o desenvolvimento de Gaia nos últimos anos?Por vezes e no sentido positivo, ir a Gaia é como “ir lá fora”.

Faz sentido pensar-se numa fusão entre Porto e Gaia? O que não faz nenhum sentido é o clima de guerrinha permanente...

RUI REININhO – MúsiCO e COMPOsitOr

«gAIA tEM HOJE MAIs InICIAtIVA dO QUE O POrtO»Em entrevista, Rui Reininho, líder da banda GNR, fala-nos um pouco de si e da sua visão da cidade de Gaia e do Porto


projetos

POntEs PArA UMA déCAdA

e stá dado o mote: Luís Fi-lipe Menezes quer mais travessias sobre o Douro.

A ideia tem mais de uma década – che-gou a ser discutida entre o autarca de Gaia e Fernando Gomes, na altura edil do Porto, em 1999 – já está no papel, e foi apresentada por Adão da Fonseca, responsável pelos quatro projetos: um túnel rodoviário, duas pontes rodoviá-rias e uma ponte pedonal.

O investimento total é de 100 milhões de euros, que pode ser parcialmente suportado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional. “Não é muito dinheiro. Só o que entre-gámos ao BPN daria para construir 500 pontes. Se parassem as obras de reabili-tação em Mouzinho da Silveira (Porto) ou na Via Circular do Centro histórico daria para pagar uma ponte; o investi-mento no Teleférico, na Douro Marina

ou no Centro de alto rendimento Olím-pico daria para pagar outra ponte. Só nos últimos 20 anos foram apli-cados mais de 2,2 milhões de euros em travessias em Lisboa – daria para construir 20 pontes sobre o Douro”, contextualizou Luís Filipe Menezes, durante uma cerimónia realizada nas Caves Ferreirinha que contou com várias personalidades da vida pública portuense.

œ PRINCIPAIS ARGUMENTOS PARA AS NOVAS TRAVESSIAS:

– SATURAçÃO DAS ATUAIS PONTES RODOVIáRIAS, UM ACIDENTE BASTA PARA A MOBILIDADE FICAR CONDICIONADA;

– IDIOSSINCRASIA POPULACIONAL E Ex LiBRis IDENTITáRIOS COMUNS ENTRE AS DUAS CIDADES;

– DAR FUNCIONALIDADE AOS MOVIMENTOS PENDULARES DE AMBAS AS CIDADES;

– OTIMIzAR UMA MASSA CRíTICA ACRESCIDA NA óTICA DE AFIRMAçÃO DE UMA CIDADE EUROPEIA;

– REFORçO DA ATRATIVIDADE TURíSTICA DA NOVA PONTE PEDONAL;

– ATRATIVIDADE DO TúNEL DE LAVADORES – FOz DO DOURO/MATOSINhOS E REFORçO DA SUBURBANIDADE DAS DUAS CIDADES;


projetos

POntEs PArA UMA déCAdA

œ BENEFíCIOS

– REFORçO DA ATRATIVIDADE TURíSTICA DA REGIÃO;

– CRIAçÃO DO MUSEU DAS PONTES;

– CRIAçÃO DO CONGRESSO INTERNACIONAL PONTES SOBRE O DOURO – PRÉMIO ENG. EDGAR CARDOSO;

– OTIMIzAçÃO DE UMA MASSA CRíTICA ACRESCIDA NA óTICA DE AFIRMAçÃO DE UMA CIDADE EUROPEIA;

– ATRACTIVIDADE TURíSTICA DA NOVA PONTE PEDONAL;

– ATRACTIVIDADE DO TúNEL DE LAVADORES – FOz DO DOURO/MATOSINhOS E REFORçO DA SUBURBANIDA-DE DAS DUAS CIDADES(GAIA E PORTO)

œ AS NOVAS TRAVESSIAS:

– TúNEL RODOVIáRIO – DE LAVADORES à FOz DO DOURO/MATOSINhOS, ATRAVÉS DO QUAL SERá LIGADA A CIRCU-LAR DO CENTRO hISTóRICO à RUA D. PEDRO V (PORTO), COM UM PASSEIO NO CENTRO E FAIxA PARA CICLOVIA EQUIPARáVEL à PONTE VASCO DA GAMA.

– PONTE PEDONAL – ENTRE O LARGO SANDEMAN E O MURO DOS BACALhOEIROS/PRAçA DO CUBO (PORTO)

– PONTE DO AREINhO – ENTRE O AREINhO DE OLIVEIRA DO DOURO E A AVENIDA PAIVA COUCEIRO (PORTO)

– PONTE DE MASSARELOS – ENTRE A VIA PANORâMICA E A ALAMEDA BASíLIO TELES, EM MASSARELOS (PORTO).

Ponte pedonal

Ponte do Areinho

Ponte de Massarelos

Ponte pedonal

Ponte do Areinho

Ponte de Massarelos


ambiente

œ AMBIENTE – EQUIPAMENTOS MUNICIPAIS– REDE DE JARDINS PúBLICOS;

– PARQUE DA LAVANDEIRA;

– PARQUE BOTâNICO DO CASTELO;

– PARQUE DAS CORGAS;

– PARQUE DE SÃO CAETANO;

– RESERVA NATURAL LOCAL DO ESTUáRIO DO DOURO;

– PARQUE DAS DUNAS DA AGUDA;

– CORDÃO DUNAR;

– PROJETO “ENCOSTAS DO DOURO” (EM ExECUçÃO);

– PARQUE BIOLóGICO DE GAIA;

– ESTAçÃO LITORAL DA AGUDA;

– CENTRO DE EDUCAçÃO AMBIENTAL DAS RIBEIRAS DE GAIA;

– DIVISÃO MUNICIPAL DE AMBIENTE E EDUCAçÃO AMBIENTAL;

– CENTRO DE EDUCAçÃO AMBIENTAL DAS áGUAS DE DOURO E PAIVA;

– ESTAçÕES DE TRATAMENTO DE áGUAS RESIDUAIS – GAIA LITORAL / FEBROS / CRESTUMA / LEVER / AREINhO

œ OUtrOs serviÇOs– DISTRIBUIçÃO DOMICILIáRIA DE áGUA;

– SANEAMENTO DE áGUAS RESIDUAIS DOMICILIáRIAS;

– RECOLhA DE RESíDUOS SóLIDOS URBANOS;

– DRENAGEM DE áGUAS PLUVIAIS;

– RACIONALIzAçÃO ENERGÉTICA;

– TRATAMENTO E VALORIzAçÃO DOS RESíDUOS URBANOS;

9 m2 de espaço verde/habi-tante. É este o resultado da política ambiental

levada a cabo pelo executivo municipal, que se equipara à das cidades do Norte da Europa. No total, a autarquia investiu, na úl-tima década, 370 milhões de euros em equipamentos e serviços am-bientais, que estão compilados no “Guia Verde de Vila Nova de Gaia”, apresentado no Parque Biológico de Gaia.“Neste guia fala-se das políticas de abastecimento de água e sa-neamento básico, das políticas

energéticas, urbanísticas, de or-denamento do território, do alar-gamento de áreas verdes urbanas, da reabilitação das frentes de mar e rio, das políticas económicas e orçamentais. Demonstra a coe-rência da intervenção municipal que me orgulha muito”, esclareceu Luís Filipe Menezes, presidente da Câmara Municipal, na ocasião.Para o futuro há mais metas a atingir: a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2), o reforço da poupança energética e a utilização racional dos recursos disponíveis.

ExEMPLO EUROPEU COM 9 M2 DE ESPAçO VERDE/hABITANTE

dEsEMPEnHO AMBIEntAL dE gAIA só é COMPAráVEL Às CIdAdEs EsCAndInAVAs


entrevista

Considera que ser jornalista continua a ser a profissão da moda? Para muitos jovens, atraídos sobretudo pela imagem dos profissionais de TV, ser jornalista constituirá um objetivo, ou mais rigorosamente, um sonho…mas o jornalismo atual perdeu muito do encanto e fascínio de outrora. Viajar, conhecer e descobrir outros lugares, pessoas e povos não é o que motiva, agora, a generalidade dos candidatos ao que a minha geração considerava ser a mais bela das profissões. A preocupação, agora, é ter um emprego. É tentar sobreviver.

Vivemos um período de crise, que se sente também na Comunicação Social. Como acha que se podia alterar esse cenário?a Comunicação social não vive isolada. Os efeitos da crise fazem-se sentir de forma intensa nos média que, aliás, já há algum tempo suportam as consequências da profunda evolução no setor, com as novas gerações a recorrerem sobretudo à net ou à informação televisiva ou radiofónica, mais rápida ou acessível, mas de diferente dimensão e qualidade no confronto com a imprensa. A quebra da publicidade agravou ainda mais a situação de todo o setor, com desinvestimento na reportagem e a contratação de jovens mais baratos, afastando, de forma massiva, os jornalistas veteranos, indispensáveis para o acompanhamento dos mais novos e para maior rigor da informação.

Há algum entrevistado que recorde como o mais especial?Entrevistei, em mais de 40 anos de profissão, centenas de pessoas das mais diversas áreas e condições sociais. Foram experiências riquíssimas e não é fácil escolher. Mas posso destacar duas entrevistas, para o “Diário de Lisboa”, com Gabriel Garcia Marquez. A primeira em havana, em 1981, e a segunda em Lisboa (1983), após a sua consagração como Nobel da Literatura.

Foram dois momentos excecionais, pela simplicidade, sabedoria e disponibilidade de um imenso escritor que foi, também, um grandioso jornalista.

Foi um dos organizadores do célebre concerto de Zeca Afonso, no Coliseu dos Recreios, em 1973. Qual a sensação de ter contribuído para o nascimento do Portugal democrático?Num tempo cada vez mais alheio à memória do que era viver em ditadura é reconfortante sentir que fiz parte de uma geração que nunca se rendeu e que lutou pela liberdade e pelo fim da guerra colonial.

Em 1973, quando lhe propunham o desafio de pensar num Portugal a 40 anos, imaginava o país assim?houve, e há, realidades muito positivas, geradas pelo regime democrático, mas a conjuntura atual não é, de facto, animadora e não traduz as expectativas de quem, há quatro décadas, desejava uma sociedade mais fraterna e solidária.

Melhores tempos virão, espero.Como gaiense, como vê o desenvolvimento de Gaia nos últimos anos?houve um salto qualitativo em diversos domínios. Reconheço, apesar de me situar noutro campo ideológico, que Luís Filipe Menezes transfigurou o concelho, sobretudo nas zonas urbana e litoral. A recuperação da zona ribeirinha e o magnífico passeio marítimo são exemplos notáveis de uma gestão avalizada, de forma persistente, pela grande maioria dos gaienses.

Acha que Gaia e Porto se complementam numa única cidade?Tenho algumas dúvidas. Ainda recordo, quando atravessava o Douro para as aulas no Liceu Alexandre herculano, a piada dos colegas tripeiros: “Chegou o marroquino…”. Mais seriamente, o futuro pode passar por aí, sobretudo na malha urbana, mas não será um trajeto fácil. Apesar da proximidade, há marcas identitárias que persistem.

EUGÉNIO ALVES – JORNALISTA ORGANIzADOR DO CÉLEBRE CONCERTO DE zECA AFONSO EM 1973, NO COLISEU DOS RECREIOS

«O fUtUrO POdE PAssAr POr UMA únICA CIdAdE»


festas populares

sÃO PeDrO Da aFUraDa

MAntO dA ArtIstA PLástICA JOAnA VAsCOnCELOs EngALAnOU MAJEstOsA PrOCIssÃO

a s festas de São Pedro tiveram, este ano, uma convidada especial: Joana Vasconcelos, a única portuguesa a ex-

por no Palácio de Versalhes, em França, trouxe a Gaia um manto artístico, que serviu para en-galanar o andor principal da procissão. Foi feito com a ajuda de quatro pescadores da embarcação “Mar eterno”.“Confesso que sem a ajuda deles (pescadores) não teria sido possível fazer este trabalho. É uma emoção poder participar neste grande momento, simbólico em torno de um mar que é a nossa grande esperança”, confidenciou Joana Vascon-celos.A majestosa procissão foi acompanhada a par e passo por Luís Filipe Menezes. O presidente da Câmara Municipal voltou a repetir um hábito que preserva desde que foi eleito no primeiro mandato. O autarca foi um dos mais saudados numa procissão que contou com 47 andores, e percorreu as principais artérias da freguesia, desde a Igreja aos “Jardins da Arrábida”.


vinho do porto

O Cais de Gaia recebeu o “Porto Wine Fest”, uma iniciativa que pretendeu

promover o Vinho do Porto, uma das marcas mais fortes de Portugal.“O Vinho do Porto é a melhor marca identitária de Portugal. A perenidade do seu sucesso estará sempre ligada ao sucesso do nosso País”, escreveu Luís Filipe Menezes, presidente da Câmara Municipal, no mural oficial do evento.Para além da marca “Vinho do Porto”, o evento dinamizou mais duas mar-cas: “Porto” e “Região Norte”. Foi dinamizado pela Câmara Municipal de Gaia em parceria com a Gaianima, Associação das Empresas do Vinho do Porto, Instituto do Vinho do Porto e

Organização Funcional de Feiras e eventos.Luís Filipe pretende que este evento, num espaço de dois a três anos, seja inserido em programações especiais juntamente com a Casa da Música, Museu de serralves e teatro rivoli. Essas programações vão englobar ani-mações de rio, espetáculos de música e mostra de atividades económicas.O “Porto Wine Fest” reuniu grandes “chefs” da cozinha nacional e interna-cional e diversas iniciativas de carác-ter lúdico. Em paralelo realizaram-se duas exposições: “10 Regiões Vinha-teiras Património da humanidade”, no Convento Corpus Christi, e “Art on Chairs”, no Centro Multimédia Gran Cruz.

POrtO Wine Fest

gAIA PrOMOVEU A MELHOr MArCA dE POrtUgAL


festivais de verão

Gaia CaPitaL DO rOCk...

MArés VIVAs sUPErOU As MELHOrEs ExPECtAtIVAs

… E DO REGGAE!

POsItIVE VIBEs trOUxE sOns ALtErnAtIVOs

O Areinho de Oli-veira do Douro recebeu, no iní-

cio do mês do julho, o festi-val “Positive Vibes”. De tipo alternativo, focalizado no “re-ggae”, o festival trouxe a Gaia nomes como emir kusturi-ça, Natiruts, Patrice e Richie Campbell. houve campismo grátis e a adesão superou as expectativas nos dois dias do evento.“A partir de agora Gaia con-quistou mais um festival para a sua cidade. O cam-pismo esgotou, tivemos mais de mil tendas no parque. Criou-se um ambiente fan-

tástico de paz e amor, e uma onda muito positiva aqui no Areinho. Estou surpreendi-do com a adesão dos jovens a este festival. Daqui por dez anos estaremos a falar no maior festival reggae do País, e num dos maiores da Europa”, salientou Firmino Pereira, vice-presidente da Câmara Municipal, à Comu-nicação social.Para além da música – ao palco principal juntou-se uma tenda “soundsystem” –, o evento contou também com uma “universidade do reg-gae” que englobou conferên-cias, debates e workshops.

Billy Idol, Anastacia, Gogol Bordello, Pe-dro Abrunhosa, The

Sounds e Garbage foram alguns dos mais sonantes nomes que passaram pelo Festival Marés Vivas, cuja 10ª edição se reali-zou no Cabede-lo nos passados dias 18, 19, 20 e 21 de julho.Os quatro dias do evento bate-ram um recor-de de afluência de público: 95 mil pessoas. Para o ano o Fes-tival vai voltar ao seu formato tradicional de três dias. No últi-

mo dia destaque para a presen-ça de Luís Filipe Menezes, pre-sidente da Câmara Municipal de Gaia, que assistiu à última rodada de concertos, e apro-

veitou para confraternizar com a equipa da Rádio Co-mercial, cuja tenda móvel foi uma das atra-ções paralelas do evento.O Festival Ma-rés Vivas re-

sultou, mais uma vez, de uma parceria entre a PEV Enter-tainment e a Câmara Munici-pal de Gaia.

Â 90 mil pessoas assistiram a festival inesquecível


desporto

UMa ParCeria PerFeita

CâMArA dE gAIA E fC POrtO AssInALArAM 10 AnOs dE EntEndIMEntO

F oi o assinalar de uma união de dez anos que tem sido vantajosa para ambas as partes. O Centro

de Treinos e Formação Desportiva de Oli-val/Crestuma completou uma década e, em dia de aniversário (5 de agosto), recebeu a visita de Luís Filipe Menezes, presidente da Câmara Municipal de Gaia, e Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do FC Porto.A união entre as duas instituições – CM Gaia e FC Porto – fortaleceu-se recente-mente com a assinatura de um protocolo que permite à equipa “B” dos dragões, que milita na Segunda Liga, jogar no Estádio Jorge Sampaio, em Pedroso, cujas obras de adaptação à Liga Profissional de Futebol estão perto do final e que foram, nesta data, visitadas por Luís Filipe Menezes e por Jorge Nuno Pinto da Costa.“É um casamento perfeito. A Câmara de Gaia ganhou com a visibilidade deste clube de referência internacional e também o FC Porto ganhou muito com este espaço tran-quilo e organizado”, ressalvou, na ocasião, Luís Filipe Menezes.“Depois de tantas tentativas para encontrar um espaço na Região Norte para construir este Centro, foi por iniciativa de Luís Fili-pe Menezes que partimos para esta boa aventura. Foi uma parceria de sucesso, com uma compreensão total, e a partir daí conseguimos alcançar os objetivos que pretendíamos”, salientou Jorge Nuno Pinto da Costa.

Câmara de Vila Nova de Gaia ganhou com

a visibilidade deste clube de referência internacional

e também o FC Porto ganhou muito com este

espaço tranquilo e organizado


opinião

Quero saudar alunos, encarregados de educação, professores e funcionários, neste regresso às aulas. Há cerca de 15 dias começou um novo ano letivo. Iniciou-se também um novo ciclo com escolas do futuro, para crianças do pre-sente. Os novos Centros Escolares da Serra do Pilar e da Lavandeira – com 10 salas de pré-primário, quatro no primei-ro e seis no segundo, – receberam 250 alunos e 14 turmas do primeiro ciclo. No total estes dois centros receberem este ano cerca de 600 alunos.A nova filosofia de Educação por par-te deste executivo irá permitir aos pais uma maior flexibilidade. É que estes novos Centros Escolares vão funcionar das 7h30 às 19h30, durante todo o ano, incluindo as pausas de calendário letivo. Trata-se de um novo conceito de esco-la, que este executivo pretende alargar faseadamente às 102 escolas básicas e aos 87 jardins-de-infância do concelho. Os ATL estão a funcionar das 7h30 às 09h00 e depois das 17h30 às 19h30, sempre com atividades escolares, um modelo que permite aos encarregados de educação terem uma maior flexibili-dade nos seus horários laborais.Como responsável pelo Pelouro da Edu-cação há muitos anos na Câmara Mu-nicipal de VN de Gaia congratulo-me, sobretudo, pelo facto de estes novos Centros Escolares estarem apetrecha-dos com auditórios, laboratórios, pavi-lhões desportivos, quadros interativos e outros equipamentos com as mais no-vas tecnologias.Mas muitas escolas centenárias – en-

quanto se aguarda pela concretização dos projetos de mais três Centros Es-colares, designadamente em Avintes, Arcozelo e Pedroso – também já passa-ram, ou estão a passar, por profundas alterações, transformando-as em ins-talações com elevada dignidade, tanto para as nossas crianças como para os professores e funcionários.Este ano também vai existir um novo sistema de pagamento das senhas es-colares, que passará a ser feito por mul-tibanco ou em quiosques colocados nas Juntas de Freguesia. Apesar da crise económica, que con-tinua a afetar e muito o orçamento da Câmara, este executivo continua a re-forçar as refeições nas cantinas esco-lares, e assim proporcionar às crianças do nosso concelho uma vida mais sau-dável e equilibrada já que, infelizmente, existem muitos pais que já não conse-guem, devido ao seu baixo poder de compra, alimentar convenientemente os seus filhos. Temos quase uma centena de cantinas, das quais 24 foram recentemente cons-truídas de raiz – e 40 também sofreram há pouco tempo profundas obras de reabilitação – que servem perto de 10 mil alunos, dos quais 60 por cento nada pagam.A capacidade de aprendizagem também tem aumentado em VN de Gaia graças ao nosso esforço, não só pela imple-mentação de diversas disciplinas de enriquecimento curricular (AEC), como também na aplicação das mais recentes plataformas de tecnologia pedagógica.

Só para este ano letivo investimos em 400 professores para as AEC, o que de-monstra bem a aposta que este executi-vo mantém na área educativa.E neste ano de grandes dificuldades económicas mantivemos o fornecimen-to de livros escolares gratuitos a todos os alunos do 1.º ciclo. São 12 mil crian-ças que beneficiam de uma medida que custa ao executivo meio milhão de euros por ano. É assim que a Câmara de Gaia dá uma resposta forte e ativa a uma área tão sensível, como a Educação, numa altura em que o País vive muitas dificuldades, mormente no contexto so-cial. Mas eu sou otimista. Um bom ano letivo. São os meus votos.

Firmino PereiraVice-presidente

Qualquer português hoje, vive rodeado da síndroma “crise” e naturalmente isso preocupa todos que governam seja ao nível do Estado, autarquias, empresas, instituições e sobretudo as famílias.Vou neste texto referir-me à área da família e suas estruturas, pois têm fortes e significativas influências na área económica e financeira mas sobretudo no equilíbrio e em muitos casos até no recuo das estruturas que foram criadas em épocas de maiores rendimentos que usufruíam.A independência e a personalidade dos agregados familiares devem ser

respeitados, mas cada vez será mais necessário potenciar os ganhos em despesas que possam ser comuns e solidárias entre todos os portugueses e particularmente entre o tal agregado familiar.A minha sensibilidade e bom senso que procuro ter nas matérias que abordo levam-me a recomendar na minha qualidade de cidadão que se procure fazer o mesmo ao nível do Estado, autarquias, empresas e instituições que continuando a manter as suas identidades poderão conseguir grandes ganhos nos meios e objetivos no combate à crise que enfrentamos e que

previsivelmente continuaremos a ter pela frente durante mais alguns anos.

César OliveiraPresidente da Assembleia Municipal

REGRESSO àS AULAS

CRISES DIVERSAS


partidos políticos

O POVO AINDA É QUEM MAIS ORDENA!

Vivemos num Estado republicano, implanta-do pelos nossos antepassados com muito esforço, perseverança e dedicação. Por outro lado, à nossa República juntou-se uma democracia representativa, que foi igualmen-te conquistada com o combate de muitos portugueses que acreditaram num conjunto de valores e de ideias que seriam determi-nantes para construir uma sociedade mais justa, com liberdade, respeito pela diferença e igualdade de oportunidades. Os republi-canos da primeira hora foram incompreen-didos e violentamente perseguidos pelos defensores dos sucessivos monarcas. O mesmo sucedeu com aqueles que lutaram contra a opressão e a ditadura de Salazar e de Caetano e que pagaram amiúde as suas convicções com a própria vida. Mas ambos, em tempos diferentes, lutaram por algo em que acreditaram! E, no fim, tiveram sucesso!O que move hoje a classe política? Quais são os grandes objetivos dos partidos políti-cos para o País?Julgo, com honestidade, que os portugue-ses não sabem. E não o sabem porque nin-guém o diz. E ninguém o diz porque vivemos tempos de incerteza, de indecisão e de falta de coragem para escolher um caminho e seguir até ao fim. Refiro-me, por exemplo, ao impasse que se vive na União Europeia. Na verdade, não sabemos se queremos construir uma Europa federalista ou um Eu-ropa de Estados ou se seguiremos somente uma política de aprofundamento meramente económico e monetário ou também um aprofundamento político. Tenho para mim que o que liga o comum dos portugueses à ideia da União Europeia é somente o Euro, o cumprimento das metas orçamentais por parte dos Estados-membros e a livre circu-lação de pessoas e bens, o que é objetiva-mente muito pouco!Por outro, importa reconhecer que a vida política em toda a Europa está relacionada e dependente da política comunitária, como se vê pela obsessão de diversos governos europeus pelo défice público, pelo talvez fosse interessante iniciar uma discussão pública séria acerca do caminho que quere-mos seguir na construção europeia e depois seguir até ao fim. Tal como o fizeram os republicanos e os democratas!

Pedro Neves de Sousa(PSD)

UMA LUTA EXEMPLAR

É uma dor de alma ver o lento declínio da Cerâmica de Valadares, uma das mais antigas fábricas de Gaia, a vida destroçada de tantas famílias, assistir a todos os lances com que os respon-sáveis procuram iludir e desmobilizar os trabalhadores, a falta repetida aos compromissos assumidos, a utilização indevida de fundos públicos, o recurso indecoroso a medidas de recorte carita-tivo, que afinal nada resolvem.Os trabalhadores da Cerâmica mere-ciam outro respeito, e não este cortejo de mentiras e promessas sobre o pagamento dos salários em atraso. Mereciam outro empenho do Governo, e outro vigor combativo da Câmara, na busca de uma solução com solidez, garante do futuro.Não tem sido este o caminho, e no percurso tortuoso dos últimos anos, a valorização artificial dos terrenos, em função de uma eventual mudança de instalações, dera já um sinal, não de esperança, mas de preocupação.Outras grandes empresas do setor pro-dutivo têm vindo a encerrar, em Gaia, fazendo da vida dos trabalhadores um calvário para receberem aquilo a que têm direito, o que muitos não conse-guem. São muitos milhares aqueles que ficam condenados ao desemprego de longa duração.O comércio tradicional, já lesado pela concorrência favorecida das grandes superfícies, vai definhando, apertado pelo empobrecimento da população, onde crescem, a par do desemprego, os baixos salários e a precariedade.Com os grandes investimentos públicos adiados e sendo reduzido o número de empresas geradoras de emprego qualificado que se fixam no concelho, a degradação social tenderá a acentuar- -se. O memorando da Troika agrava a recessão e bloqueia o desenvolvimento.É por isso tão decisiva a luta palmo a palmo pelo emprego e pelos direitos, que são base da justiça social. É por isso tão marcante a luta digna e corajo-sa dos trabalhadores da Cerâmica de Valadares. Lutam por si e por todos os trabalhadores. Sejamos solidários!.

Jorge Sarabando(CDU)

O DESPORTO MALTRATADO EM GAIAA política desportiva da Câmara Muni-cipal de Vila Nova de Gaia é um misto de má gestão de dinheiros públicos, jogadas políticas com as quais Filipe Menezes vai fazendo a sua promoção pessoal e alimentando o sonho de vir a ser presidente de Câmara do Porto, endeusamento do futebol em detrimento de outras modalidades e desrespeito pelo trabalho dos clubes.Ao longo de 10 anos (2002 a 2011) a Câmara gaiense pagou 28 milhões de euros para o vulgarmente chamado Centro de Estágio de Olival-Crestuma, utilizado quase em exclusivo pela equipa profissional de futebol do FC Porto. Ao mesmo tempo, os clubes amadores, que realmente garantem aos gaienses, particularmente aos jovens, a possibilidade de uma prática desportiva, agonizam, perante os su-cessivos cortes nos diminutos apoios facultados pela mesma Câmara.Em Agosto, a Câmara iniciou a construção de um novo estádio de futebol para o clube (o CF Oliveira do Douro) que vinha utilizando o Estádio Municipal da Lavandeira (também ele novo), já que este irá ser cedido a uma fundação do Real Madrid para aí desenvolver um projeto de escola de futebol – como se os clubes gaienses não fossem também eles capazes de dinamizar a suas próprias escolinhas e por certo mais capazes de aliar à vertente desportiva a preocupação de inclusão social e de formação integral dos jovens! Ao mesmo tempo, o Es-tádio Jorge Sampaio, em Pedroso, foi cedido à nova equipa B do FC Porto, que irá disputar a II Liga (de futebol profissional, claro). Com isto, a Câma-ra prejudica seriamente as condições para a prática do atletismo em Gaia (a caixa de saltos, no Jorge Sampaio, foi tapada com cimento!), tal como acon-tece em relação ao basquetebol e, de modo geral, com todas as modalida-des que não o futebol, desrespeitando os clubes e os seus atletas.

Eduardo Pereira(BE)


partidos políticos

FINALMENTE... BOAS NOTÍCIAS

Foi com muita satisfação que assisti no passado dia 14 de junho à aprovação em Conselho de Ministros do PROGRAMA DE APOIO à ECONOMIA LOCAL (PAEL), que tem por objeto a regularização do pagamento de dívidas dos municípios vencidas há mais de 90 dias, registadas na DGAL até 31/03/2012. Este programa abrange todos os pagamentos em atraso há mais de 90 dias dos mu-nicípios, independentemente da sua natureza, sendo os municípios aderentes autorizados a celebrar um contrato de empréstimo com o Estado a médio e longo prazo. O fundo disponível para o financiamento do PAEL é de mil milhões de euros.Isto significa que os municípios portugueses em 2013 vão ter uma folga na sua tesouraria sem precedente nos últimos anos.No caso de Vila Nova de Gaia, estima-se que deste fundo se vá receber cerca de 46 milhões de euros, e foi com muito agrado que vi o nosso município a anunciar que com esta folga vão baixar os impostos municipais no sentido de aliviar os efeitos da crise nos gaienses.Neste caso fiquei particularmente satisfeito, uma vez que esta medida se insere (ainda que de forma parcial) numa das soluções que há muito defendo para o desenvolvi-mento económico e bem-estar no nosso país.Sempre defendi que o Estado numa altura de crise de-veria dar liquidez ao país e não retirá-la, não através de subsídios, mas sim através da redução dos seus prazos de pagamento a fornecedores e a contribuintes.Ou seja, em altura de crise o Estado deveria antecipar os seus pagamentos, e não financiar-se à custa das empresas e dos contribuintes, contribuindo para o seu asfixiamento financeiro, redução de atividade económica e consequentemente desemprego.Mais a mais, não era preciso inventar nada, bastaria ao Estado e aos nossos governantes aplicar a lei em benefí-cio da nossa economia, do investimento e consequente-mente da criação de emprego. Para tal bastava respeitar o determinado pela Diretiva 2000/35/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29/06/2000 (transposta para a ordem jurídica interna através do Decreto-lei 32/2003 de 17/02), que estabelece medidas de luta contra os atrasos de pagamento nas transações comerciais, tais como o estabelecimento em 30 dias do prazo normal de pagamento, prazo esse que poderá ser aumentado para 60 dias apenas em circunstâncias excecionais.

José Manuel Valente Pereira de Sousa(CDS/PP)

E AS PESSOAS, SENHORES!?

Em tempo de invulgares férias, foram-nos chegando mui-tas notícias: que a política de austeridade e os pesados sacrifícios a que o governo de coligação PSD/CDS nos forçou, muito para além do memorando de entendimen-to, de nada valeram para uma real redução do défice; que os submarinos continuam a emergir, teimosamente; que o CDS se sente cada vez mais desconfortável na fraternidade governamental pela tipologia de concessão/privatização da RTP, pela tentativa de alteração da lei eleitoral autárquica…; que os professores passam dias de inusitada amargura, atirados aos milhares para o desem-prego; que a taxa de desemprego continua a um ritmo cavalgante, atingindo em julho uns impensáveis 15,7%...; que os nossos emigrantes já não chegam com vontade de ficar, mas de fugir rapidamente da guilhotina fiscal que paira sobre as nossas cabeças; que muitos jovens, em desespero, vão partindo como bandos de andorinhas, entre lágrimas de esperança; que os incêndios continuam a devorar vidas e bens; que mar e rio nos roubaram mais vidas; que a Troika quer mais sangue, suor e lágrimas dos portugueses, desumanamente; que o triunvirato aprovou a construção de novo hospital, em Lisboa, em regime de parceria público-privada (PPP), contrariando as recomen-dações feitas há um ano e o destino dado a outras PPP, entretanto canceladas, como o tão necessário Hospital de Vila Nova de Gaia; que tentaram desclassificar a urgência do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho; que paira o desnorte quanto ao modelo de gestão do Centro de Reabilitação do Norte…Entretanto, como já se intuía, o governo prepara-se para aplicar medidas suplementares de captação de receitas, num gesto de total desnorte e insensibilidade, esquecen-do que “as pessoas estão primeiro”. Talvez até a Troika comece a ficar confusa…Apesar do colapso da nova lei eleitoral autárquica, persiste a tentativa de apressada reorganização adminis-trativa territorial autárquica, em vez de uma real reforma administrativa, que garanta o reforço das competências municipais e das freguesias, a adoção de estratégias e dinâmicas locais de desenvolvimento sustentado. Más notícias? Infelizmente é esta a realidade que ensom-bra o tempo da nossa existência. Acordem. Senhores! E prevaleça o bom senso, a recupe-ração do sentido do profundamente humano, no respeito pelos milhões de portugueses que, apesar de todos os esforços, já vivem muito abaixo do limiar da esperança. O tempo urge…!

José Manuel Couto(PS)


vox populi

«O QUE PEnsA dE gAIA?»

œ Martyn HOLanDa

yania e BRINA esLOvÉnia

MariLU e renDs HOLanDa

PaULO BRASIL

œ FranCisCO esPanHa

tUristas estranGeirOs resPOnDeM

“Penso que Gaia é uma cidade muito interessante. Gosto mais de Gaia e do Porto do que de Lisboa. Penso mesmo que é a zona mais apelativa de Portugal, e tenho visitado várias cidades durante as duas semanas que estou cá. Pretendo voltar. Quer em Gaia quer no Porto, fascina-me a zona do rio, onde estão as caves do vinho do Porto e o casario antigo. Estou muito bem impressionado.”

“É uma bela cidade. Achámos o teleférico fantástico, quer pelo passeio quer pela oportunidade de tirar ótimas fotografias. É a primeira vez que estamos cá, mas estamos cheios de curiosidade em descobrir todos os encantos das duas cidades. Voltaremos cá, estamos certos disso.”

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œ

œ“Acho que Gaia é uma cidade muito bonita. Esta zona, do teleférico e das caves do vinho do Porto, é absolutamente magnífica. O vinho da região é único, a sua prova uma experiência inesquecível. Não nos arrependemos da escolha feita e pretendemos voltar.”

“As cidades de Gaia e do Porto são fantásticas e combinam muito bem. Esperamos voltar já no próximo ano. Pensamos que é uma zona especialmente indicada para os jovens passarem bons períodos de férias.”

“Gaia é uma cidade muito bonita, mas especialmente muito organizada e limpa. Aliás, esse é mesmo o aspeto que eu mais destaco: Gaia é uma cidade excecionalmente limpa, onde se notam regras de higiene muito adequadas. Não estou arrependido da escolha que fiz para as minhas férias, estou encantado com o rio Douro e com aquilo que encontrei em ambas as margens.”


aO LaDO Das Gentes DO Mar

LUís fILIPE MEnEzEs PAssOU A nOItE EM ALtO MAr JUntO dOs PEsCAdOrEs dA AfUrAdA

Luís Filipe Menezes, presidente da Câmara Municipal de Gaia, acompanhou o Mestre Fernan-

do Ferreira e a sua equipa de pescadores numa faina em alto mar, ato que encer-rou as festas em honra do São Pedro, da afurada.Na ocasião, Fernando Ferreira desafiou Assunção Cristas, ministra da Agricultu-ra e das Pescas, a copiar o exemplo do autarca de Gaia.“Uma ministra ou um ministro que não venha ao mar nunca vai saber o que é o mar. Para mexer no setor das pescas e dos pescadores tem que ver primeiro para depois fazer as leis”, explicou Fer-nando Ferreira.Em jeito de balanço, Luís Filipe Menezes expressou o seu desejo em ver criado um roteiro comum a festividades da re-gião Norte, onde se inserirá o São Pedro da afurada.“Podem ser trabalhadas e melhoradas para se tornarem ex libris turísticos mui-to importantes da região. E a Afurada estará, naturalmente, na linha da fren-te”, concluiu o autarca.

última

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Boletim Municipal n 64