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Nº 17 - Ano III - Maio 2011 • SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENGENHARIA NAVAL SOBENA começa os preparativos para as comemorações dos

Boletim SOBENA - Sociedade Brasileira de Engenharia Naval

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Boletim mensal da Sociedade Brasileira de Engenharia Naval

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Nº 17 - Ano III - Maio 2011 • SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENGENHARIA NAVAL

SOBENA começa os preparativos

para as comemorações dos

Page 2: Boletim SOBENA - Sociedade Brasileira de Engenharia Naval

SOBENASociedade Brasileira de Engenharia Naval

PresidenteEng. Alceu Mariano de Melo Souza

Vice-PresidenteProf. Floriano Carlos Martins Pires Junior

Diretor Administrativo Eng. Sergio de Miranda Garcia

Diretor FinanceiroEng. Luiz Sergio Ponce

Diretor TécnicoProf. Luiz Felipe Assis

Diretor Regional - São PauloProf. Carlos Daher Padovezi

Diretores Adjuntos Eng. Luis de MattosEng. Marcos A. Tavares dos SantosEng. Roberto Silva

Jornalista ResponsávelMarcio Ferreira - JP24514RJ

EstagiárioRafael Menezes

Sociedade Brasileira de Engenharia Naval SOBENAAv. Presidente Vargas, 542 - Gr. 713

CEP: 20071-000 - Centro - Rio de Janeiro - RJTel: (21) 2283-2482 - Fax: (21) 2223-3440 -

[email protected] - www.sobena.org.br

[ 2 ] BOLETIM SOBENA

ENVIE AS SUAS SUGESTÕESOU SOLICITAÇÕESÀ SOBENA

49 Anos

Espaço do Associado

Atenção Associado da SOBENA: Este é um espaço para que você

dê sua opinião, crítíca ou sugestão.Escreva para o

Fale Conosco no nosso site em www.sobena.org.br

AgostoNavalshore - Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore3 a 5 de Agosto, 2011 - 14 às 21 horasRio de Janeiro / RJ -Centro de Convenções SulAméricaE-mail.: [email protected].: www.navalshore.com.br

ITTC - INTERNATIONAL TOWING TANK CONFERENCE28 de Agosto à 03 de setembro de 2011Rio de Janeiro - RJSite: /www.laboceano.coppe.ufrj.br:8080/ittc2011/index.htm

4º Pre Salt & Deepwater Brazil Forum 2011Data: 16/08/2011 até 18/08/2011Local: Rio de JaneiroTelefone: (21) 3463 5648 Email: [email protected]: www.pre-saltbrazilforum.com/Event.aspx?id=542504

SetembroXXII COPINAVAL27 a 30 de setembro de 2011Buenos Aires - ArgentinaSite: http://www.copinaval.org/index_br.html

OutubroXXXVII Congresso Nacional de Soldagem (Consolda 2011)Data: 03/10/2011 até 06/10/2011Resumo: Tema: Tecnologias aplicadas à Soldagem de dutos

O que vem por aí....Local: Imirá Plaza Hotel (Natal – RN)Telefone: (11) 3045-5040 (ABS)Site: www.sitedasoldagem.com.br/Consolda2011

OTC Brasil 2011Data: 04/10/2011 até 06/10/2011Local: Rio de JaneiroTelefone: 1 (281) 491-5908Email: [email protected]:

7º Seminário de Transportes e Desenvolvimento Hidroviário Interior – Sobena Hidroviário 2011Data: 5 e 6 de outubro de 2011Local: Porto Alegree-mail [email protected]:

Pré-Sal Brasil 2011Data: 26/10/2011Local: Rio de JaneiroTelefone: (11) 3893 13009Site:

Novembro8º Seminário sobre Meio Ambiente MarinhoData: 24 e 25 de novembro de 2011Local: Rio de JaneiroSite:

www.otcbrasil.org

www.sobena.org.br

www.presaltbrazilcongress.com.br

www.sobena.org.br

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[ 3 ] BOLETIM SOBENA

49 Anos

Sobena comemora 49 anos de atividade Sociedade Brasileira de Engenharia

Naval (SOBENA) reuniu algumas das

principais autoridades e empresários do Asetor naval em almoço comemorativo aos 49 anos

de atividades da entidade. A sociedade completou

49 anos no dia 15 de março.

Como de costume, durante o evento, que

aconteceu no Windsor Guanabara, no centro do

Rio, houve uma homenagem aos profissionais que

prestam serviços relevantes à engenharia naval

brasileira e que se destacaram em suas atividades

no ano passado.

Foram homenageados como destaques da

engenharia naval: Nelson Luiz Coelho Alves,

engenheiro da Vale e Carlos Eduardo Macedo, do

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e

Comércio Exterior. Na ocasião foi entregue

também a placa referente à homenagem de 2010

ao engenheiro da Petrobras Pedro José Barusco

Filho.

O Eng. Nelson Luiz Coelho Alves recebeu a

homenagem do Eng. Sergio Garcia, Diretor

Administrativo da SOBENA. O Eng. Pedro José

Barusco Filho recebeu a homenagem do Prof. Luiz

Felipe Assis, Diretor Técnico da SOBENA e Carlos

Eduardo Macedo recebeu homenagem do Eng.

Alceu Mariano de Melo Souza, Presidente da

SOBENA.

Barusco lembrou, em seu discurso de

agradecimento, que “viveu a época de ouro da

indústria naval e também a derrocada, com os

estaleiros fechados”.

- Tomei a decisão de continuar na engenharia

naval e hoje estamos aqui. É importante aprender

com o passado – disse ele.

O homenageado também enalteceu o atual

momento da indústria naval nacional.

- Temos profissionalismo, competitividade e

preço. O importante é estar sempre atento às

ameaças e confiar na indústria naval brasileira –

resumiu.

O Eng. Pedro José Barusco Filho recebe homenagem do Prof. Luiz Felipe Assis, Diretor Técnico da SOBENA

Carlos Eduardo Macedo, Eng. Alceu Mariano de Melo Souza, (Presidente da SOBENA) ,Eng. Pedro José Barusco Filho e o

Eng. Nelson Luiz Coelho Alves após a homenagem.

O Sr. Carlos Eduardo Macedo recebe homenagem do Eng. Alceu Mariano de Melo Souza, Presidente da SOBENA

O Eng. Nelson Luiz Coelho Alves recebe homenagem do Eng. Sergio Garcia, Diretor Administrativo da SOBENA

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[ 4 ] BOLETIM SOBENA

49 AnosComeçam os preparativos para os 50 anos da SOBENA

Petrobras abre concurso para 577 vagas

SOBENA Hidroviário 2011 começa a definir painéis

Diretoria da SOBENA começou a definir a preparação para as comemorações dos 50 anos da entidade. A Aentidade decidiu constituir um comitê para os eventos

que será composto de três ex-presidentes e dois diretores da SOBENA.

A intenção é editar um livro com a história dos 50 anos da SOBENA que deve ser distribuído no 24º Congresso em 2012. As comemorações podem contar também com um coquetel no dia 15/03/2012, que é o dia do aniversário da SOBENA, e que pode ser realizado no Espaço Cultural da Marinha ou na Casa França Brasil, no Centro do Rio de Janeiro.

Para dar publicidade às comemorações, a diretoria quer criar um hotsite com noticiais e os eventos dos 50 anos, além de uma votação entre os associados da logomarca comemorativa aos 50 anos e que será usada em todas as publicações da SOBENA em 2012.

7º Seminário SOBENA Hidroviário 2011, que será realizado entre os dias 5 e 6 de outubro no Rio Grande O

do Sul, está reunindo o comitê organizador para definir os nomes dos painéis que serão apresentados durante o evento. Até o próximo dia 25 de julho, os trabalhos completos, a partir dos resumos aprovados, deverão ser enviados.

O SOBENA Hidroviário tem por objetivo estimular o aumento da quantidade de cargas e de passageiros transportados por via hidroviária.

Durante os dois dias de Seminário haverá apresentações de trabalhos técnicos e painéis de debates envolvendo os seguintes tópicos: Gestão de bacias e desenvolvimento sustentável integrado; Infraestrutura das vias navegáveis, portos e terminais; Transporte fluvial de cargas e passageiros; Construção de embarcações f luviais; Segurança da navegação e sistemas de informação; Aspectos ecológicos e ambientais relacionados ao desenvolvimento hidroviário; Formação de mão-de-obra. O evento, que está em sua sétima edição, chega agora ao Rio Grande do Sul, região de grande potencial de expansão do seu sistema hidroviário. Mais informações no site www.sobena.org.br

partir do dia A12 de

julho estarão a b e r t a s a s inscrições para o concurso da Petrobras.

O concurso será destinado a profissionais com nível médio e superior.

Ao todo, são ofertadas 577 vagas. Destas 61 são para engenheiros, sendo 4 para Engenheiro Naval. As outras são para Engenheiro de Equipamentos Júnior - Elétrica; Engenheiro de Equipamentos Júnior - Eletrônica; Engenheiro de Geodésica Júnior; Engenheiro de Petróleo Júnior e Engenheiro de Produção Júnior.

As inscrições devem ser realizadas até o dia 31 de julho, através do site: .

O valor da taxa de inscrição é de R$ 30,00 para o nível médio e R$ 40,00 para o nível superior.

As provas serão realizadas no dia 28 de agosto.

www.cesgranrio.org.br

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[ 5 ] BOLETIM SOBENA

49 AnosOceânica fecha parceria com DNV Software

Marinha e PUC-Rio assinam acordo de cooperação acadêmica, técnica e científica

Oceânica firmou uma parceria com a DNV Software, empresa do grupo DNV Aespecializada em software para os

segmentos marítimo, offshore e indústrias de processo. Além de ter uns dos melhores softwares do mercado, a parceria vem para contribuir na melhoria de eficiência de ambas as empresas.

Com o acordo, a Oceânica passa a ter acesso a linha total de softwares da DNV na área em que atua, com um total de 20 softwares e 65 licenças, que vão desde soluções para estruturas metálicas até hidrodinâmica, passando por posicionamento dinâmico e risers. Para Marcos Cueva, diretor da Oceânica, utilizar as soluções da DNV trará diversos benefícios. “Ganharemos mais eficiência, integração, agilidade, além do preparo melhor para atender o mercado oil&gas”, diz.

A parceria faz da Oceânica a 2a maior cliente de software da DNV, ficando apenas atrás da Petrobras. João Henrique Volpini, executivo da DNV destaca “A Oceânica é um cliente chave, referência no mercado. Para nós, esse acordo trouxe satisfação muito grande”.

Além dos itens mencionados, a parceria inclui a participação em treinamentos realizados pelas duas empresas. A parceria tem acordo inicial de 6 anos.

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) celebraram no final do mês de maio, um acordo de cooperação acadêmica, técnica e científica com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e AInovação da Marinha (SecCTM), com interveniência da Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha

(DSAM). Estiveram presentes à assinatura do acordo, entre outros, o Vice-Reitor para Assuntos Acadêmicos da Universidade, prof. José Ricardo Bergmann, o Diretor de Sistemas de Armas da Marinha, Vice-Almirante Elis Treidler Öberg e o Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha, Vice-Almirante Ilques Barbosa Junior.

Esta iniciativa tem por objetivo contribuir para o aperfeiçoamento e o desenvolvimento do intercâmbio técnico, científico e cultural entre a universidade e centros de pesquisas da Marinha. Além disso, a crescente demanda por capacitação acadêmica para o desenvolvimento de tecnologias de defesa no país atribui maior valor a esse intercâmbio de conhecimentos. Por meio deste acordo, válido por cinco anos, a Marinha e PUC-Rio irão estabelecer programas conjuntos de atividades anuais, incluindo parcerias em bolsas de estudos e matérias técnicas com referência a projetos de interesses comuns.

Atualização de Cadastro Prezados associados, solicitamos manter o seu cadastro

atualizado através do e-mail [email protected]. Presidente Vargas, 542. Gr. 713 - Tel: (21) 2283-2482 / (21) 2263-9079 / Fax: (21) 2223-3440

e-mail: [email protected] / Site: www.sobena.org.br

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[ 6 ] BOLETIM SOBENA

49 Anos

Parabéns aos aniversariantes

ALAN KRUCZANALESSANDRO PINHEIRO TORRESALLAN KARDEC KAISERALUIZIO SALAZAR PESSOAANDERSON HIGLER FARIAS DE ASSISANDRÉ ALVES ALMEIDA CASTANHOANDRÉ FRANCA PIRES DE AMORIMANDREY DA SILVA LEÃOANGELO BARONCINIANTONIO SERGIO MONTEIRO DOS SANTOSARECELLI SUZANE ANDRADE FERREIRAARNALDO BARRETO ALMEIDAARNALDO SINÉSIO GUERREIRO DA COSTAARY BIOLCHINIBENJAMIN MARIOTTI FELDMANNBERNARDO HEUSI GRETHERBRAULYO PIMENTEL SIPOLI MARQUESBRUNO AKIO SANTANA ISHIGUROBRUNO MOURA OLIVEIRACARLOS GUSTAVO BOISSON BASTOSCAROLINA FERNANDES CASTRO FERREIRACECÍLIA MENDES DE MIRANDA COELHODANIELA SCARABELLO RIBEIRODANILO BOULHOSA VIZEU LIMADEIVIDE JONATHAN RODRIGUESDIEGO BOZA CAMILOEDGARD MOREIRAELAINE CRISTINA FERREIRA ALVESELIZIO MOREIRA DA FONSECAELOANA MOREIRA COUTINHOFABIANO DE SOUZA NOVAESFELIPE TEIXEIRA SILVA BEZERRAFERNANDA REGINA FABRICIOFERNANDA ROALE BRAGAFERNANDO HENRIQUE DE F. NUNESFERNANDO LEALFERNANDO LYRA BORGERTH TEIXEIRAFILIPE ARNON BITENCOURTTGABRIELLE RODRIGUES DOS SANTOS GROSSOGEOVANI PEREIRA SIDONIOGILMAR ROCHA LIMAGUILHERME DE MOURA PORTO

HENRIQUE JOSÉ CARIBÉ RIBEIROHUGO FERREIRA MENDONÇAHUGO PEDRO DE FIGUEIREDOHUMBERTO DE CARVALHO NAKANISHIJOÃO PAULO MACIELJOÃO VICTOR PEREIRAJOSÉ AYRES F. B. FILHOJOSÉ CARLOS FERREIRA.JOSÉ HENRIQUE ERTHAL SANGLARDKAO YUNG HOKARINE DOS SANTOSKEN ITI DOILEONARDO DA SILVALUCAS MALINVERNI DE MELOMARCELLO SALLES MACHADO GRILLOMARCO ANTONIO LADISLAU PETKOVICMARISTELA MANECHINEMAURÍCIO MAURO ROCHA LATADOMAYARA BARRETO SANTOSMICHELE RACANELE F. DE ALBUQUERQUEPAULO ARMANDO NUNES MONTEIROPEDRO BREZENSKY VILLELAPEDRO IGOR DIAS LAMEIRAPEDRO JOSE DA SILVAPETER KALEFFPHILIP TOSHIO SHIMADAPHILIPE VIANA LOPESRAFAEL ANTONIO CANTÃORAFAEL F. DUTRA E MELLO DOS SANTOSRAMON DE SOUSA PINTORENAN SILVA GONÇALVESRENATO DO REGOROBERTO FERNANDO CHEDIDROBSON DE OLIVEIRA SOARESSORAYA DE FARIA RODRIGUES VIEIRATHIAGO SILVERIO FORCATOTIAGO FRANKLIN DE MOURA PINTOVICTOR ALVES DE MEDEIROSVIDAL NEGREIROS DE PAIVAVINÍCIUS RIBEIRO GOMES SILVINOVITOR DE SANTIS TAVARESVITOR LEONARDO GAYA DE MIRAYAN MARTINS FERREIRA GUEDES

A SOBENA dá boas vindas aos novos AssociadosA&P CONSULTORIA E PARTICIPAÇÕES LTDA.KEPPEL FELS BRASILANDRÉ ROSSI POLA BARBOSAANGÉLICA SUAZO RODRIGUEZCARLA GABRIELLE MORAIS RIBEIRODOUGLAS FONSECA SILVEIRAERICK MARTINS DOS SANTOS CRUZÉRICO ALVES DUARTEFELIPE EL BANNA SALDANHAGABRIEL XAVIER FUNESHEITOR HUGO SANTOS DA SILVAHENRIQUE GOMES BARBOSA DA SILVAJOÃO SANTO DE BORBA FILHO

de Junho

JOSIANE DA SILVA GOMES

KARINA MENESTRINO MARTIN

LUCAS NASCIMENTO DA MOTTA

LUISA DE CRASTO FERREIRA

PAULO DIEGO DUARTE GUIMARÃES

PEDRO FELIPE BARBOSA GALVÃO

RODRIGO LUIZ BATISTA VIEIRA

TATIANA MARQUES DO AMARAL

TIAGO FRANKLIN DE MOURA PINTO

TUIAPAN SILVA DO NASCIMENTO

VIDAL NEGREIROS DE PAIVA

VINÍCIUS WIRSCH BITTARELLO

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[ 7 ] BOLETIM SOBENA

49 Anos

Ações para defender interesses do setor

efender os interesses da indústria da construção naval Dbrasileira. Este é o principal

objetivo do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) conforme seu presidente, Ariovaldo Santana Rocha, para quem os desafios deste ano são o aumento do conteúdo local, a formação de Recursos Humanos e o aumento da produtividade nos estaleiros.

- Esses temas estão endereçados através de ações que o Sinaval realiza em conjunto com os estaleiros brasileiros, principalmente através do grupo de trabalho da entidade sobre conteúdo local de navios e plataformas offshore. A presidente da República Dilma Rousseff disse, na cerimônia de entrega da plataforma P-56, no último dia 4, que mantém seus compromissos com os incentivos para desenvolvimento da indústria naval e o aumento do conteúdo local através do fortalecimento da indústria de navipeças”.

Em entrevista, Rocha fala sobre o trabalho desenvolvido nos estaleiros do país para qualificar profissionais, sobre conteúdo local, e o desempenho de Dilma nos cinco primeiros meses do ano e de mandato.

Como o Sinaval vê a carência de mão-de-obra especializada?

Ariovaldo Santana Rocha - Todos os estaleiros brasileiros possuem sistemas próprios de formação e educação continuada de Recursos Humanos. Em conjunto com o Senai e os cursos do Prominp a formação de pessoal para os estaleiros vem sendo realizada adequadamente. O desafio prossegue com a implantação de novos estaleiros. Nas diversas regiões em que os estaleiros estão implantados ou em implantação existem iniciativas conjuntas com prefeituras e governos estaduais para formação de pessoal. É um programa com características nacionais que esperamos ver ampliado e fortalecido com recursos destinados para a formação de capacitação técnica de pessoal.

Como o Sinaval avalia os cinco primeiros meses da presidente Dilma?

Rocha - Todos os brasileiros avaliaram positivamente os primeiros meses da Presidente Dilma. O Sinaval, que defende a manutenção da política de apoio à indústria naval, já recebeu do atual governo a confirmação de que essa política de desenvolvimento industrial permanece, expressa nos recursos existentes no Fundo da Marinha Mercante (FMM), nas decisões de continuar a direcionar compras de navios e plataformas para os estaleiros locais.

O que a presidente Dilma poderia ter feito para o

setor e não o fez neste período?Rocha - A presidente Dilma tem feito todo o necessário

para apoiar a indústria brasileira de construção naval.

O que o Sinaval está fazendo para aumentar o índice de conteúdo nacional na construção de embarcações?

Rocha - O Sinaval prossegue com seu trabalhão de articulação entre os estaleiros para produzir as planilhas sobre as compras de equipamentos e navipeças para apresentar o detalhamento técnico para as associações de classe que representam as empresas da rede de suprimentos de serviços, materiais, equipamentos e sistemas.

Como o Sinaval avalia o desembolso do FMM?Rocha - A entidade considera que as aprovações de

prioridades para financiamentos ocorridas na reunião do Conselho Diretor do Fundo de Marinha Mercante (CDFMM), no final de maio de 2011, corresponderam plenamente às expectativas. No entanto, as informações sobre os volumes de prioridades concedidas devem ser fornecidas pelo FMM.

Como o Sinaval avalia o desempenho do parque industrial naval do Rio em relação ao resto do país?

Rocha - O Sinaval defende a descentralização regional da construção naval brasileira, conforme diretrizes do governo federal. O Rio de Janeiro por sua tradição e número de estaleiros terá sempre uma posição

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[ 8 ] BOLETIM SOBENA

49 Anos

de liderança no cenário nacional. No Rio estão alguns dos principais centros de tecnologia para os setores naval e offshore. No Estado do Rio é realizada a construção naval mais diversificada e de alto valor agregado. Uma situação que deve continuar considerando os novos estaleiros em expansão e em implantação no Estado.

Na visão da entidade, o Rio tem local disponível para abrigar um estaleiro de grande porte?

Rocha - Sim. De fato essa implantação está ocorrendo no Norte Fluminense, em Porto Açu e em Quissamã.

Faça uma análise do atual momento do setor no país?

Rocha - A indústria da construção naval brasileira tem seus pólos distribuídos em estados de diversas regiões do país (Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Os núcleos tecnológicos estão instalados no Rio de Janeiro e em São Paulo. Dois novos núcleos estão em implantação em Pernambuco e no Rio Grande do Sul. Os três principais pólos da construção naval brasileira, considerando a tonelagem construída e o emprego direto gerado, estão no Rio de Janeiro, em Pernambuco e no Rio Grande do Sul. São 6,2 milhões de TPB (Toneladas de Porte Bruto) de obras em andamento, em 269 empreendimentos, nos 37 estaleiros associados, sendo 19 plataformas de produção de petróleo. Novos contratos anunciados ou em processo de assinatura irão somar mais 39 navios do programa EBN (Empresa Brasileira de Navegação); 21 sondas de perfuração; mais 30 navios de apoio marítimo, cuja licitação é esperada em 2011; cerca de 40 novos rebocadores e balsas de transporte fluvial. No total, as obras somam mais de 300 empreendimentos.

O Brasil aparece novamente nas estatísticas internacionais da construção naval. Uma participação modesta em relação aos 7 mil navios em construção no mundo, com entregas anuais de superiores a 100 milhões de TPB. O Brasil se destaca na construção de petroleiros, na construção de plataformas de petróleo e de navios de apoio marítimo. A frota mundial de navios é estimada em 1,3 bilhão de TPB e a carga transportada através dos oceanos atingiu 8 bilhões de toneladas, em 2010, em expansão para 10 bilhões de toneladas, em 2020. A construção naval brasileira emprega diretamente mais de 56 mil pessoas (somados aos 28 mil empregos da indústria náutica de lazer, o total chega a 84 mil empregos diretos). Se forem considerados os empregos indiretos na rede de fornecedores, o total vai a mais de

283 mil empregos. Existem 13 novos estaleiros em implantação que aumentarão o total de estaleiros de médio e grande porte para 50. Do lado da demanda da Petrobras, os desafios são relevantes e existe um planejamento para os próximos dez anos. A Petrobras vai produzir 4,5 milhões de barris de petróleo por dia, em 2020. Cada sistema offshore produz entre 100 e 180 mil barris por dia e serão necessários cerca de 40 sistemas, cuja implantação custa cerca de US$ 3 bilhões, cada um. A demanda de navios e plataformas para atender à demanda da Petrobras é estimada em: 200 navios de apoio marítimo (cinco por sistema de produção), 40 plataformas de produção e 30 navios petroleiros (Suezmax) para transporte entre plataformas e terminais na costa. Ao plano de compras da Petrobras devemos somar a continuidade da modernização da frota da Transpetro, a construção de navios para a marinha mercante e a demanda criada pela expansão da atividade de transporte fluvial.

Na visão do Sinaval, o setor já tem condições de crescer e sobreviver sem a Petrobras?

Rocha - O Brasil está realizando o maior programa de exploração de produção de petróleo offshore no mundo. Esta realidade ocorre em função das descobertas de petróleo realizadas na nossa plataforma continental. Portanto, o segmento offshore é naturalmente um dos mais relevantes mercados para a construção naval. Sem o setor offshore as encomendas de navios mercantes e de transporte fluvial continuam existindo, mas, a indústria naval teria dimensões bem menores. A realidade da demanda é que define as dimensões da indústria da construção naval que o país necessita.

Qual o montante em dinheiro da carteira do setor para os próximos cinco anos?

Rocha - Os estaleiros brasileiros possuem neste momento uma carteira de encomendas estimada em 6,2 milhões de toneladas em cerca de 300 empreendimentos (em construção, com contratos assinados e anunciados). Quanto ao valor da carteira de encomendas cada estaleiro prefere informar individualmente.

Considerando a construção de navios de diversos tipos, os desembolsos realizados com recursos do FMM são no valor superior a R$ 2 bilhões, em 2010, representando cerca de 80% dos investimentos realizados.

Qual a importância do Sinaval para o setor?Rocha - O Sinaval tem sua importância atribuída por

seus associados. Sua missão é a defesa do interesse das empresas brasileiras da construção naval.

O Brasil está realizando o maior programa de exploração de produção de petróleo offshore no mundo. Esta realidade ocorre

em função das descobertas de petróleo realizadas na nossa plataforma continental. (Ariovaldo Rocha)

Page 9: Boletim SOBENA - Sociedade Brasileira de Engenharia Naval

[ 9 ] BOLETIM SOBENA

49 Anos

Lançado o livro “A Construção Naval Militar Brasileira no Século XX”

No último dia 24 de maio foi lançado o livro “A Construção Naval Militar Brasileira no Século XX”, de autoria do engenheiro Eduardo Câmara. O público presente lotou o saguão do Museu Naval, no centro do Rio de Janeiro, e fez fila para receber o autógrafo do autor. Entre os participante, estiveram presentes o Vice-Almirante (Ref-EN) José Carlos Coelho de Sousa, conhecido por presidir a Comissão de Construção de Navios da Marinha quando foram construídas as fragatas classe Niterói, e o Vice-Almirante (RM1-EN) Armando de Senna Bittencourt, Diretor do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha.

O livro, que surpreende pela abrangência e pelo detalhamento com que trata cada classe de navio (até mesmo as que não “vingaram”) construída para a Marinha do Brasil ao longo do século XX, é um cuidadoso e muito bem elaborado compêndio para quem se interessa pelo assunto.

A distribuição do livro “A Construção Naval Militar Brasileira no Século XX”, vendido a R$ 35,00 está a cargo da SOBENA – Sociedade Brasileira de Engenharia Naval.

Dentro da tão limitada cultura naval/maritíma no Brasil, que deixa a desejar a nivel de boas publicações, o livro se torna uma obra obrigatória para todo “Shiplover”.

Especialista defende participação dos

estaleiros portugueses no mercado brasileirourante a realização das Jornadas Luso-Brasileiras de Engenharia Naval , em maio, Dque contou com a participação do vice-

presidente da SOBENA, Prof. Floriano Pires, o ex-professor do Instituto Superior Técnico (IST) e atual secretário geral da AINavais, Ventura de Sousa, defendeu entrada dos estaleiros portugueses no setor da construção naval brasileira.

Para ele, as excelentes relações entre Brasil e Portugal poderiam potenciar estas trocas comerciais. Segundo o professor, elas já são realizadas em outras esferas e podem ser um ponto de partida, alavancado pela relevância política de Brasil e Portugal pertencer à CPLP - Comunidade de Países de Língua Portuguesa".

Ventura de Sousa falou na 1ª Conferência Internacional de Engenharia e Tecnologia Marítima Martech 2011, em Lisboa, integrado nas Jornadas Luso-Brasileiras de Engenharia Naval, no âmbito da

Martech 2011, que contou com a presença de representantes de universidades brasileiras e do Estaleiro Atlântico Sul. O secretário geral da AINavais apelou à ajuda dos colegas brasileiros e ao empenhamento político, para que se torne realidade "um acordo de cooperação tecnológico que possibilite a participação dos estaleiros portugueses no mercado brasileiro, numa altura de baixa da procura de construção na Europa e contribua decisivamente para a redução do déficit da balança comercial Portugal – Bras i l " .A programação do evento inc lu iu apresentações do SINAVAL, COPPE/UFRJ, SOBENA, Instituto Superior Técnico de Lisboa e Associação das Indústrias Navais de Portugal e mesa redonda para estabelecer uma agenda de cooperação Brasil-Portugal na área naval. O vice-presidente da SOBENA, professor Floriano Pires, palestrou sobre a Rede de Inovação para a Competitividade da Indústria Naval e Offshore RICINO).