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Eleições Estamos nos aproximando de mais uma eleição. Leia na página 20 sobre um político que fez diferença em sua nação O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 54 nº 695 – Outubro de 2012 B rasil Presbiteriano Confira como foi o DNA em São Paulo, o ReUPAs Norte e ReUPAs Sudeste 2012 Páginas 10 e 11 Direito Autoral sobre a execução de músicas nos cultos A conscientização das Igrejas quanto ao direito do autor representa um avanço ético que enobrece o testemunho cristão. Simultaneamente, porém, estabeleceu-se uma confusão nas redes sociais, quanto à legalidade ou não de pagamento de direitos autorais sobre músicas executadas nos cultos. Leia sobre o assunto e fique atento! Páginas 12 e 13

BP 695 - outubro 2012-FINAL3

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outubro de 2012

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Eleições

Estamos nos aproximando de

mais uma eleição.

Leia na página 20 sobre um político

que fez diferença em sua nação

O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficialda Igreja Presbiteriana do Brasil

Ano 54 nº 695 – Outubro de 2012BrasilPresbiteriano

Confi ra como foi o DNA em São Paulo, o ReUPAs Norte e ReUPAs Sudeste 2012

Páginas 10 e 11

Direito Autoral sobre a execução de músicas nos cultos

A conscientização das Igrejas quanto ao direito do autor representa um avanço ético que enobrece

o testemunho cristão. Simultaneamente, porém, estabeleceu-se uma confusão nas redes sociais, quanto à legalidade ou não de pagamento de direitos autorais

sobre músicas executadas nos cultos. Leia sobre o assunto e fi que atento! Páginas 12 e 13

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Outubro de 20122BrasilPresbiteriano

amos graças a Deus por sua tolerância e não despreza-

mos “a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, [não] ignorando que a bondade de Deus é que [nos] conduz ao arrependimento” (Rm 2.4). É desse modo que somos salvos, porque ele “é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2Pe 3.9).

Aprendemos com o Senhor a ser também pacientes e toleran-tes. Tiago recomenda aos cren-tes (5.7) que sejam “pacientes, até à vinda do Senhor” e diz que devemos tomar “por modelo no sofrimento e na paciência os profetas, os quais falaram em nome do Senhor” (v.10). Anos e séculos entraram e saíram e esses profetas continuaram pacientemente insistindo com os violadores da aliança para que se arrependessem e voltassem para o Senhor. Por isso, muitos “Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos a fio

de espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados” (Hb 11.37).

Tudo, porém, tem a sua hora e o seu lugar. Segundo o próprio Deus, a tolerância zero também tem hora e lugar. No caos de Baal-Peor, Fineias atravessou com uma lança o israelita Zinri e a amante midianita, numa demonstração de intolerância que o Senhor louvou (Nm 25 1-13). E não foi só Zinri o puni-do: “todo homem que seguiu a Baal-Peor o SENHOR, vosso Deus, consumiu do vosso meio” (Dt 4.3). Baal-Peor foi conside-rado intolerável, porque ali eles “se consagraram à vergonhosa idolatria, e se tornaram abominá-veis como aquilo que amaram” (Os 9.10).

O apóstolo Paulo deu impres-sionante exemplo de tolerância. Para progredir com a procla-mação do evangelho ele se fez “fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos”. Mais do que isso, ele diz, “Fiz-me

tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns” (1Co 9.22). Além disso, ele suportou sofrimentos intoleráveis para a maioria de nós (2Co 11.23-27). Mas que ninguém o julgasse indiferente e exageradamente condescenden-te. A leitura de Gálatas revela um Paulo intolerante e impa-ciente, capaz de empregar uma linguagem rústica e agressiva: “Tomara até se mutilassem os que vos incitam à rebeldia” (Gl 5.12). É que estavam tentando mutilar o evangelho e isso ele não tolerava.

Porque tolerância zero tem hora, a igreja em Tiatira teve de ouvir de Cristo essas palavras: “Tenho ... contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profe-tisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos (Ap 2.18-20). Baal-Peor de novo, não. Outro evangelho? Nem pensar. Tolerância zero.

A IPB, como o povo de Deus em todos os tempos, vive cerca-da pelas atrações de Baal-Peor e assediada pelas propostas inde-centes de novos evangelhos. Zinri, os judaizantes e Tiatira reaparecem constantemente, o que é intolerável. Por essa razão, tem havido um nobre esforço de muitos presbite-rianos, com o mesmo zelo de Fineias, do apóstolo Paulo e de tantos fieis servos do Senhor de todos os tempos. O Rev. Jaime Marcelino, da IP Cidade Nova, em Manaus, vem organizando há treze anos o Encontro da Fé Reformada (p.9) e assim con-tribuindo para o fortalecimen-to da pregação do evangelho e fornecendo recurso literário para evangelistas, missionários e pastores da região amazôni-ca. Agora o evento é realizado em oito diferentes lugares do Brasil, num esforço para man-termos a IPB na senda do puro evangelho.

Damos graças a Deus pelo zelo de nossos irmãos.

EDITORIAL

Tolerância zero

Conselho de Educação Cristã e Publicações:

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Edição e textos:

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Diagramação:

Aristides Neto

Impressão

Folhagráfica

Uma publicação do Conselho de Educação Cristã e

Publicações

Ano 54, nº 695Outubro de 2012

Rua Miguel Teles Junior, 394Cambuci, São Paulo – SP

CEP: 01540-040

Telefone:(11) 3207-7099

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trajetória dessa ilustre família na

Igreja Presbiteriana do Brasil teve início com o Rev. Henrique Louro de Carvalho (1876-1956). Convertido na adolescên-cia, em Nova Friburgo, sua cidade natal, foi recebido por profissão de fé e batis-mo, pelo Rev. John Merrill Kyle, em março de 1896. Com o passar do tempo, seus pais, irmãos e muitos outros parentes também se converteram ao evangelho. Desejoso de seguir a car-reira ministerial, estudou no Seminário Presbiteriano, em São Paulo, na virada do século. Foi ordenado no dia 13 de julho de 1902, no Rio de Janeiro. Pastoreou inicialmente as igrejas de Barra Alegre, São José do Ribeirão e Nova Friburgo, com suas muitas congrega-ções.

A seguir, exerceu o minis-tério em Niterói, Retiro, Botafogo, Riachuelo e Campos. Indo para o sul do estado, esteve à frente

das IPs de Barra do Piraí, Resende, Conservatória, Nilópolis e Nova Iguaçu. Voltando definitivamente para o Rio de Janeiro, tra-balhou nas igrejas de Bangu e Piedade. Construiu muitos templos, organizou diversas igrejas e ocupou cargos de destaque nos concílios de que foi membro. Apesar de várias limitações de saúde, visitou incansavelmente os campos que estavam sob sua responsabilidade, expe-rimentando perseguições. Pregou em quase todas as cidades do Estado do Rio, bem como em algumas dos estados vizinhos. Era grande entusiasta da esco-la dominical, sobre a qual

escreveu um livro (A Escola Dominical – tesouro de bên-çãos). Sua autobiografia foi publicada em 2006.

O Rev. Henrique Louro casou-se duas vezes e teve muitos filhos. Com a primeira esposa, Palmira Pacheco, faleci-da em 1924, foram onze os rebentos: Evangelina, Damaris, Azenath, Júnia, Sydney, Henrique, Samuel, Apolo, Esdras, Syntyche e Nehemias. Casou-se em segundas núpcias com sua cunhada Lucy Pacheco, irmã de Palmira, com a qual teve outros oito filhos: Aníbal, Cyrene, Nilo, Mysia, Admah, Lysias, Teófilo e Clemente. Vários desses filhos e filhas têm sido ativos em suas diferen-tes igrejas locais.

Syntyche Louro foi orga-nista da IP de Piedade por 30 anos. Nehemias Louro (1921), o filho mais novo do primeiro casamento, cur-sou teologia e foi presbítero da IP de Senador Camará. Aníbal Pacheco Louro (1926), o primogênito do

segundo casamento, foi diá-cono por muitos anos da IP de Turf Club (Campos dos Goytacazes) e da IP de Bom Jardim. Cyrene Louro Campos (1927) foi secretária da Confederação Nacional da Mocidade e no início da década de 60 trabalhou por dois anos como missionária e profes-sora em Dourados (MS). Regeu por mais de 60 anos o coral da IP de Piedade e por 30 anos o coral da Confederação Sinodal do Trabalho Feminino.

Mysia Louro Stutz (1930) é membro da IP da Gávea, onde foi professora de crianças na escola domini-cal e participa do ministério Desperta Débora. Admah Louro (1932) foi presidente da União da Mocidade da IP de Piedade e tesoureira, pro-fessora da escola dominical e organista da IP de Bom Jardim. Lysias Louro (1933) é presbítero emérito da IP de Piedade, onde exerceu o presbiterato por mais de 40 anos e foi tesoureiro por 47 anos. Há 22 anos trabalha

na secretaria do Seminário Presbiteriano Rev. Ashbel Green Simonton, no Rio de Janeiro.

Quanto à terceira e quar-ta gerações, Ronaldo Leme Louro, filho de Apolo, é presbítero da IP de Maria da Graça, e seu filho Eduardo Louro é organista dessa igreja e regente do coral da IP de Ramos. Iolanda Louro Brown, irmã de Ronaldo, é casada com o presbítero Keith Brown Jr., da IP de Barão Geraldo (Campinas), e é organista dessa igre-ja. Júnia Botelho Louro Pereira, filha de Nehemias, é esposa do Rev. Hamilton Pereira, pastor das IPs de Bom Jardim e Banquete. É muito atuante na igre-ja, tendo sido presidente, tesoureira e secretária dos trabalhos de mocidade e de senhoras nos âmbi-tos presbiterial e sinodal. Sua irmã Palmira Botelho Louro Figueiredo é profes-sora da escola dominical da IP de Senador Camará. Formou-se em música sacra e foi regente do coral dessa igreja. Sua filha Caroline Botelho trabalha com o Movimento Estudantil Alfa e Ômega, voltado para a evangelização de universi-tários. Em conclusão, esta é outra valorosa família cen-tenária da IPB que muito tem feito pela causa do evangelho no Brasil.

Alderi Souza de Matos

A

O Rev. Alderi Souza de Matos é pastor presbiteriano e historiador

oficial da [email protected]

Outubro de 2012 3BrasilPresbiteriano

FAMÍLIAS PRESBITERIANAS DO BRASIL

Família Louro

Lucy Pacheco LouroRev. Henrique Louro de Carvalho

Nilo, Admah, Mysia, Cyrene, Clemente e Lysias

Palmyra Pacheco Louro Lucy Pacheco LouroPalmyra Pacheco LouroRev. Henrique Louro de

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Outubro de 20124BrasilPresbiteriano

ARTIGO

Eleição e Culto: um propósito abençoador eterno

m sua maravilhosa doxologia (Ef 1.3-14),

Paulo declara que Deus nos tem abençoado conti-nuamente em Cristo. Ele bendiz a Deus com uma expressão de ação de gra-ças, considerando as bên-çãos de Deus que recebe-mos por Cristo: “que nos tem abençoado” (3). A palavra indica nesse con-texto um fato consumado e a ação continuada de Deus. Podemos interpretar que Deus na eternidade já nos abençoou definitivamente; a sua bênção é completa; todavia, ela nos é comu-nicada constantemente ao longo da História. Essas bênçãos são multifacetadas: “toda sorte”, na realida-de, “todas” e “cada” bên-ção que temos, sem exce-ção, provém do Senhor. As “regiões celestiais” indi-cam a procedência das bên-çãos. Elas provêm de Deus, o Pai que habita os céus (Mt 6.9) e, para onde ele mesmo nos levará (2Tm 4.18). Devemos estar atentos ao fato de que tudo que temos provém de Deus, por meio de Cristo, sendo comunica-do pelo Espírito. De modo especial o texto destaca algumas dessas bênçãos: a eleição (4-5), a redenção (7), o selo do Espírito (13-14). Portanto, “é uma ten-tação muito grave, ou seja, avaliar alguém o amor e

o favor divinos segundo a medida da prosperidade ter-rena que ele alcança” (João Calvino). As bênçãos são espirituais porque se origi-nam em Deus, sendo-nos comunicadas pelo Espírito. Essas bênçãos relacionam-se diretamente ao ministé-rio de Cristo, que é celes-tial (2Tm 4.18), tendo um alcance cósmico (Ef 3.10). Isso também denota a nossa nova condição: Deus “nos fez assentar nos lugares celestiais” (Ef 2.6) junta-mente com Cristo (Ef 1.20).

Essa realidade é altamen-te estimulante: cada bên-ção de Deus, o seu cuidado mantenedor e preservador constitui-se na administra-ção de sua graça, concedida em Cristo Jesus desde a eternidade. Devemos então, considerar que, “se dese-jamos refrear nossas pai-xões, devemos recordar que todas as coisas nos têm sido dadas com o propósito de que possamos conhecer e reconhecer o seu autor” (João Calvino).

Considerando essas bên-çãos, que ultrapassam em muito a nossa capacidade de pensar, sentir ou ima-ginar (Ef 3.20), devemos buscar o reino de Deus (Mt 6.33); as “coisas lá do alto” onde Cristo está à direita de Deus (Cl 3.1).

Tudo que temos é “em Cristo”. Neste texto, Efésios 1.3-14, há pelo menos doze referências diretas a Cristo, indicando

a verdade de que, fora de Cristo nada somos e nada temos; ele é o fundamento da Igreja. Juntamente com os dons celestiais, Cristo dá-se a si mesmo por nós (Rm 8.32). A eleição tem um sentido escatológico: é da eternidade para a eter-nidade em santificação: até que a nossa salvação seja consumada na glorifica-ção. Contudo, a grande, a maior bênção cristã quer

aqui, quer na eternidade é o próprio Jesus Cristo. Todas as demais coisas, por mais relevantes que sejam – e são –, decorrem de uma Pessoa: Jesus Cristo, o Deus encar-nado.

Paulo inicia a doxolo-gia bendizendo a Deus, demonstrando que Deus é digno de ser bendito. A palavra bendito, no Novo Testamento e é sempre usada para Deus (Mc 14.61; Lc 1.68; Rm 1.25; 9.5; 2Co

1.3; 11.31; Ef 1.3; 1Pe 1.3). A fraseologia desta sauda-ção, também empregada em 2Coríntios 1.3, assemelha-se à de Pedro em 1Pedro 1.3. Na carta aos Coríntios, Paulo bendiz a Deus consi-derando que é ele quem nos conforta em toda a nossa tribulação; Pedro bendiz a Deus considerando a nossa regeneração efetuada pela misericórdia de Deus, para que tenhamos uma viva esperança por intermédio da ressurreição de Cristo.

Paulo diz que Deus, o Pai, tem, ao longo da História, manifestado as suas bên-çãos eternas sobre nós – Paulo, os efésios e todos os santos em todos os tempos – nas regiões celestiais em Cristo Jesus. Notemos aqui, que Deus é Pai do “nosso Senhor Jesus Cristo”.

Paulo dá graças a Deus considerando então as bên-çãos de Deus derramadas sobre o seu povo: No “pas-sado”: (Eleição) (Ef 1.3,4); no presente: (Redenção) (Ef 1.7); No futuro: (Posse definitiva da vida eterna) (Ef 1.12-14).

O mesmo Espírito que nos abençoa, orienta-nos em nossa adoração, a fim de que ofereçamos a Deus “hinos e cânticos espiritu-ais” (Ef 5.19), conforme acentuou Old: “Os hinos e salmos que são canta-dos na adoração sãos músi-cas espirituais, isto é, elas são as músicas do Santo Espírito (At 4.25; Ef 5.19)”

(Hughes Oliphant Old) (Ver Cl 3.16).

Paulo bendiz a Deus con-templando a extensão da obra do Deus trino de eter-nidade a eternidade efetu-ando a nossa eleição. Os eleitos bendizem a Deus pelo que ele é e pelo que ele fez por nós. A gratidão deve nortear o nosso relaciona-mento com Deus.

Deus deve ser sempre o alvo de nossa adoração sincera, resultante de um coração consciente e agra-decido, que reconhece a sua glória e os seus atos salva-dores e abençoadores (2Ts 2.13/Ef 5.20). Comentando o salmo 6, Calvino assim se expressa: “Depois de Deus nos conceder gratuitamente todas as coisas, ele nada requer em troca senão uma grata lembrança de seus benefícios”.

Fomos eleitos por Deus na eternidade para que o adoremos. No culto, por-tanto, a igreja vivencia o propósito de sua eleição: o fim principal do homem é glorificar a Deus! A igreja é a comunidade de adora-dores que se congrega para testemunhar publicamente os atos graciosos de Deus. Cultuemos a Deus em ado-ração com gratidão, louvor e reverência, cumprindo assim, o propósito de Deus para o seu povo.

Hermisten Maia Pereirada Costa

E

O Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa integra a equipe pastoral da Primeira IP de São Bernardo do

Campo, SP.

“Depois de Deus nos conceder gra-tuitamente todas as coisas, ele nada

requer em troca senão uma grata

lembrança de seus benefícios”

Calvino

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Outubro de 2012 5BrasilPresbiteriano

ARTIGO

O ‘Gospel’ é Pop

movimento evangéli-co brasileiro não era tão

popular em nosso país no passado como é hoje. Na verdade, ser crente naquele tempo era motivo de vergo-nha e desprezo, pois o cren-te era associado a malu-co ou alienado do mundo real. Ser evangélico naque-le tempo não era lá muito lucrativo e cresci ouvindo piadinhas sem graça e até imorais que sempre dene-griam a imagem daquele que se dizia evangélico. Hoje, o quadro é bem outro. O movimento evangélico cresceu e tem crescido cada dia mais em nosso país. Já somos o terceiro maior país evangélico do mundo. Ser crente hoje não é mais uma anomalia como antes. Sei que pode parecer estra-nho, mas é isto que mais tem me preocupado ulti-mamente. A popularização do movimento evangélico hoje me causa grande pre-ocupação sobre os rumos que a igreja já tem tomado. Esta popularização (para não dizer vulgarização) do movimento evangélico tem feito a igreja ganhar muitos adeptos, mas perder muito de sua identidade, fidelidade e santidade para com Deus. Para entender-mos esta minha preocupa-ção presente, olhemos um pouco para o passado.No início da era cristã, especialmente nos países que estavam sob o domí-nio do poderoso Império

Romano, ser cristão tam-bém não significava van-tagem alguma. Nossos irmãos eram perseguidos e odiados, tanto por parte da sociedade romana quanto pelos judeus que conside-ravam um ultraje atribuir a um homem chamado Jesus o título de Messias (leia o livro de Atos e comprove). Assim, eles eram obriga-dos a reunir-se em lugares secretos, como os antigos cemitérios romanos (as catacumbas) e ali cultua-vam a Deus e a Cristo. Esta era a única forma de esca-par da morte. Mas mesmo assim, fugindo e esconden-do-se como se fossem cri-minosos, foram muitos os que pagaram com a vida o preço de serem cristãos. Foram esfolados, queima-dos vivos, entregues aos leões, e serviam de espe-táculo horrendo a um povo sedento de sangue. O após-tolo Paulo resume muito bem o que era ser crente em seus dias: “até agora, temos chegado a ser con-siderados lixo do mundo, escória de todos” (1Co 4.13). Ser crente, nos pri-meiros séculos da era cristã, era compromisso levado até às ultimas consequências.Porém, o quadro mudou. No ano 313 d.C. o impera-dor Constantino, por meio do Edito de Milão, con-cedeu liberdade de culto aos cristãos. Mais tarde, o Cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano. Ele se populari-zou, e foi aí que começou a

verdadeira ruína da Igreja. Pessoas que não eram com-prometidas com a verda-deira fé cristã infiltraram-se na Igreja trazendo costumes e crenças do paganismo. É neste período de popu-larização do Cristianismo que surge a veneração de imagens de santos e adora-ção de objetos sagrados. A Igreja corrompeu-se.Hoje não é diferente. O movimento evangélico é tão popular que não faz mais diferença entre ser ou não ser crente. A cultura gospel mistura-se ao total descompromisso com a fé cristã. Assim, é comum ver artistas com uma vida desregrada declararem: “agora sou evangélico”. Igualmente, pessoas não crentes ouvem e apreciam a musicalidade gospel em suas casas em meio a pala-vrões e bebedeiras. O gos-pel é tão pop que não faz mais diferença alguma, é igual a todo mundo. Por isso, somos uma geração de crentes sem compromis-so com o Reino de Deus e com sua Igreja. O movi-mento evangélico descarac-terizou-se e está destinado à ruína da popularidade. Sinceramente, tenho sauda-des da impopularidade da cultura evangélica de tem-pos atrás, quando ser crente implicava pagar um preço, carregar a cruz de Cristo (Mt 10.17-20; 16.24).

Teófilo G. Montenegro

O

O Rev. Teófilo G. Montenegro é pastor da 7º IP de Manaus e Sec.

Executivo do Presbitério do Amazonas (PRAM)

GRATIDÃO

IP Central de Jataíhomenageia presbítero

IP Central de Jataí, no sudoeste goia-

no, promoveu, no dia 9 de setembro, uma homena-gem póstuma ao presbíte-ro Sebastião Herculano de Sousa, dando seu nome ao Edifício de Educação Cristã da igreja.

Nascido no dia 6 de outu-bro de 1917 no município de Mineiros (GO), Sousa adotou a Jataí (GO) como sua cidade do coração. Ali converteu-se ao cristianismo e fez da Igreja Presbiteriana sua primeira família.

Foi eleito presbítero no dia 1º de dezembro de 1946, dia da organização eclesiás-tica da igreja, e permaneceu presbítero até o dia de seu chamado às mansões celes-tiais no dia 6 de setembro de 1981, quando completa-ria 43 anos de casamento, deixando sua esposa e sete filhos.

Lutador na Igreja, exerceu cargos de presbítero, tesou-reiro, evangelista, tesourei-ro do Instituto Presbiteriano Samuel Graham, bem como conselheiro no Conselho Fiscal do instituto. Na sociedade foi vereador por três mandatos, presiden-te do Sindicado Rural, do Conselho de Dirigentes Lojistas, líder, amigo e grande empreendedor, gran-de servo de Deus, manso e humilde.

A solenidade, coman-

dada pelo moderador do Conselho, o Rev. Edson Gonçalves, contou com a presença dos membros da igreja e grande parte de sua família, muitos também membros da igreja. Sua viúva, Dna. Isaltina, res-saltou a dedicação de seu falecido marido na obra do Senhor. Segue-se o texto da placa instalada na entrada do edifício e descerrada na solenidade: “Como expres-são de reconhecimento e gratidão a Deus pelos trinta e cinco anos de exemplar dedicação como presbítero desta Igreja, testemunho fiel como tesoureiro, evange-lista, professor, conselheiro e vereador nesta cidade, a IP de Jataí, com justifica-do júbilo, presta homena-gem ao irmão Sebastião Herculano de Sousa, cele-brando uma vida honrada a serviço do Reino de Deus”.

Christofer Cruz

A

Christofer Cruz é Secretário de Informática, Marketing e Comunicação da IP de Jataí

Dna. Izaltina, viúva do presbítero, na solenidade

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Outubro de 20126BrasilPresbiteriano

ORGANIZAÇÃO

Igreja Presbiteriana Solar Park

epois do cinquentená-rio da IP Inhumas –

GO (2010), o Senhor Deus derramou sua graça sobre a nossa cidade presentean-

do-nos com a Igreja Pres-biteriana Solar Park. É o evangelho retomando seu crescimento no cerrado goiano. O evento contou com o apoio incansável do

Presbitério Oeste de Goiâ-nia (POSG) sob a lideran-ça do presidente Rev. João de Deus dos Santos Silva e da Comissão Especial de Organização formada pelo Relator Pb. Hely de Oli-

veira Santos juntamente com Rev. Mauri Tavares, Rev. João Batista Coelho, Pb. Celiosmar Marciano de Oliveira e Pb. Gabriel Messias Araújo.

Pela manhã tivemos a assembleia presidida pelo Relator Pb. Hely realizan-do a eleição de três pres-bíteros: Samuel Isaías da Silva, Lázaro Alves Perei-ra e Paulo Sérgio Dutra; e três diáconos: Luciano Barbosa Amaral, Reginal-do Vieira Silva e Tolen-

dário Coelho de Oliveira com a direção do Espíri-to Santo em cada passo da organização. Depois de um almoço, voltamos à noite para o Culto de

Gratidão, posse e ordena-ção dos oficiais, posse do pastor da nova igreja Rev. Marcos Manoel de Santa-na e o término da assem-bleia. Tivemos o privilé-gio de receber o Coral da IP União (Goiânia, GO), a presença maciça da IP Inhumas com o seu pas-

tor Rev. João de Deus, presidente do POSG e o pregador Dr. Rev. Saulo Pereira Carvalho, diretor do Seminário Presbiteria-no Brasil Central (SPBC) e presidente do Síno-do Brasil Central. Além desses irmãos, contamos ainda com a presença do Rev. Narciso Lourenço de Souza e o evangelis-ta Manoel Romualdo da Silva.

Em 19 anos como Con-gregação a IP Solar Park contou com nove obreiros entre evangelistas e pasto-res. São eles: 1993-1995

– Lurdenil Lopes Ramos; 1996 – Rev. Cláudio Cesar de Melo; 1997–1999 – Evangelista Maria Augus-ta de Lima Silva; 2000–2002 – Evangelista Mano-el Romualdo da Silva; 2003 – Rev. Cláudio Cesar de Melo; 2004 – Silma Maria de Oliveira; 2005–

2006 – Evangelista Aldo Matias de Arcanjo; 2007-2009 – Charles Herarcleo Oliveira e a partir de 2010, o Rev. Marcos.

Externamos nossa gra-tidão ao Senhor Deus e às várias pessoas que pas-saram por aqui e deixa-ram suas marcas. A alegria que invadiu e continua no coração dos membros da IPSP impulsiona-nos a investir com ânimo na abertura de novos cam-pos nessa região carente da graça de Deus.

Nasce mais uma Igreja em Inhumas - GO

Marcos Manoel de Santana

D

O Rev. Marcos Manoel de Santana é pastor da IP Solar Park

O templo da nova Igreja que trabalhou como Congregação por 19 anos Momento em que líderes assumem compromisso diante do Senhor

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Outubro de 2012 7BrasilPresbiteriano

ANIVERSÁRIO

1a IP de Nilópolis: 90 anos de organização

m 9 de setembro de 1922, ano de comemoração do

centenário da Independência do Brasil, foi organizada a 1ª IP de Nilópolis, RJ.

Longe estava da cidade de hoje, a Nilópolis de 90 anos atrás. Naquela época, ela era constituída por várias cháca-ras de laranjeiras, cuja pro-dução era vendida para os barracões de embalagem e exportação de Iguassu, atual município de Nova Iguaçu.

O trabalho presbiteriano foi iniciado em Nilópolis no dia 24 de março de 1915, na casa de Augusto de Azevedo, com o primeiro culto ali realizado, contando com a presença de 12 pessoas. No ano seguinte, foram organi-zadas a Escola Dominical e a Sociedade de Senhoras, e a Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro assumiu a responsabilidade dos traba-lhos, sob a liderança do Rev. Álvaro Reis.

As atividades foram se intensificando e o grupo aumentando. A sala da resi-dência do senhor Azevedo tornou-se pequena. Os irmãos, então, alugaram, por quinze mil réis, uma sala comercial mais espaçosa, melhor localizada, com pos-sibilidade de maior desen-volvimento e visibilidade, em frente à pequena e precá-ria estação de trem, na Rua Lázaro de Almeida, hoje Avenida Getúlio Moura.

A sala, em frente à estação ferroviária, também se tor-

nou pequena e, no Natal de 1918, foi lançada uma cam-panha para a construção do primeiro templo. Os irmãos, com muita disposição, lan-çaram-se à construção nos primeiros dias de janeiro do novo ano. A obra foi con-cluída nove meses depois e o templo da Congregação Cristã Presbiteriana em Nilópolis foi inaugurado no dia 7 de setembro de 1919.

A pequena comunidade presbiteriana em Nilópolis resolveu por em prática o princípio de que evangeli-zar é também educar e deci-diu acolher em seu templo as crianças da região para fornecer-lhes o ensino regu-lar, pois não havia escola na localidade, o que implicava o deslocamento delas para o município de Iguassu ou para o Distrito Federal. Nascia, então, em janeiro de 1920, a primeira escola primária em Nilópolis: Escola Paroquial Rev. Américo Cardoso de Menezes. Os primeiros edu-cadores foram os professores Edmundo Galvão e Zulmira Torres.

Em 9 de setembro de

1922, a Congregação passou à igreja, sendo organizada a IP de Nilópolis, com o total de 44 membros. As déca-das seguintes registraram o seu crescimento e expansão e, em 15 de novembro de 1950, foi inaugurado o tem-plo atual no pastorado do Rev. Agenor Mafra.

A igreja cresceu e se desen-volveu junto com o muni-cípio de Nilópolis e conta hoje com 772 membros, pastoreada pelo Rev. José do Nascimento Lira Júnior. Suas sociedades internas e departamentos (UCP, UPA, UMP, SAF, UPH, Grupo de Casais para Cristo, Grupo da Melhor Idade para Cristo, Missões, Música) são ativos.

Ao longo desses 90 anos de proclamação do evan-gelho, de divulgação das verdades eternas da Bíblia Sagrada, a igreja tem pres-tado diversos serviços ao povo nilopolitano, exer-cendo ações de assistência social. Isso inclui visitação a enfermos, distribuição de cestas básicas (cerca de nove mil quilos de alimentos por ano), de agasalhos, roupas,

calçados, enxovais de bebês, aos carentes de nossa cida-de, além de outras atividades afins.

No setor educacional, tem, em suas dependências, no Edifício de Educação Religiosa Presbítero Emérito Euclides Moura, o Instituto Presbiteriano de Ensino – IPE, escola de ensino regu-lar, do “Baby Class” ao 9º ano, aberta a toda comunida-de nilopolitana. Atualmente conta com 282 alunos matri-culados em dois turnos (manhã e tarde).

A 1ª IP de Nilópolis irra-diou a luz do evangelho a várias outras localidades da Baixada Fluminense (geran-do doze filhas ao longo des-ses 90 anos: IP de Angra dos Reis, IP do Cabral, IP do Cabuís, IP da Chatuba, IP de Éden, IP de Governador Portela, IP de Mesquita, IP de Miguel Couto, IP de Olinda, IP de São Mateus, 2ª IP de Nilópolis e 3ª IP de Nilópolis) e pelo nosso país, por meio do apoio a cam-pos missionários, como o do Nordeste.

Há 55 anos, a igreja abre suas portas, todos os dias, às 7 horas da manhã, para bus-car ao Senhor em reuniões de oração.

As comemorações do aniversário aconteceram nos dias 2, 9, 16, 23 e 30 de setembro e contaram com as presenças, dentre outros, dos expositores da Palavra: Rev. Alderi Souza de Matos (Historiador da IPB), Rev. Ludgero Bonilha (Secretário Executivo do Supremo Concílio), Rev. André Luiz Ramos (Presidente do Sínodo Oeste Fluminense e 1º Secretário do Supremo Concílio), Rev. Jouberto Hering (Capelão da Universidade Mackenzie – Rio), Rev. Lamartine Gaspar de Oliveira (Presidente do Presbitério de Nilópolis), Rev. Marcos Amaral (Presidente do Sínodo Guanabara), Rev. Misael Ferreira de Oliveira (Pastor da IPB de Paracambi).

A Deus toda glória.

Etiene de Ávila MouraLemos Dias

E

Etiene de Ávila Moura Lemos Dias (Centro de Memória e Dados

da 1ª IPNil)

Primeiro templo em 1919

Templo atual

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Outubro de 20128BrasilPresbiteriano

FILME

les são jovens, com idades entre 17 e 30

anos, mas a ousadia que é dada pelo Senhor os tornou, de breve amadores, em ato-res, diretores, contrarregras, figurinistas, cenógrafos, maquiadores, enfim, numa capacitada equipe de produ-ção cinematográfica. Jun-tos, eles produziram o pri-meiro filme evangélico do Estado de Sergipe, intitula-do “Caminho do Tempo”.

O filme evangelístico

conta a estória do Dalton, um jovem que acredita não precisar de Deus. Por sua vez, sua irmã, Dalila, vai à igreja semanalmente, mas ainda não teve um encontro verdadeiro com Cristo. As situações do dia a dia da família farão com que eles entendam que só existe um Caminho que os levará à salvação e que ainda há tempo para segui-lo.

“Caminho do Tempo” foi lançado no mês de setem-bro com a presença de pas-tores, membros de várias

igrejas, autoridades públi-cas e da imprensa local. Segundo revela o diretor do filme e criador do roteiro, o jovem Marcos Melo, mem-bro comungante da IP 12 de Agosto, pastoreada pelo Rev. Emanuel Meneses Costa, as dificuldades para a produção do filme foram muitas. “Principalmente por ser um projeto pioneiro no Estado. Mas Deus levan-tou pessoas muito especiais para estarem conosco. Elas acreditaram no projeto e fizeram juntamente conos-co o filme acontecer”, teste-munha Marcos Melo.

Marcos conta ainda que sempre teve o desejo de trabalhar para Deus com sua carreira profissional. “Hoje sou estudante de Audiovisual da Universi-dade Federal de Sergipe, portanto quero usar aquilo que aprendo na academia para aplicar no Reino, para a glória do Pai.”

O filme tem o propósito de propagar o evangelho de Jesus Cristo e gerar trans-formação de vida. Convi-da, sobretudo, a despertar na Igreja de Cristo novas formas de evangelização, a exemplo da iniciativa da produção de um filme, aten-dendo uma das multiformas do “Ide”.

O elenco do filme foi composto por 30 pessoas, na sua maioria por mem-bros da IP 12 de Agosto. Entretanto, jovens crentes de outras igrejas fizeram

parte da equipe. Um dos braços fortes nessa equipe foi William Vanderlei, que atuou como produtor e dire-tor de núcleo. Ele fez as fil-magens e a edição do filme.

Esse cenário de formação de equipe e elenco já foi uma grande ação de Deus. Para o Rev. Emanuel Mene-ses, a IP 12 de Agosto tem sido uma igreja missionária honrada pela misericórdia de Deus em todos os seus departamentos.

“Fico feliz com a propaga-ção do evangelho de Cristo de diversas formas e, sobre-tudo, na forma em que o

Espírito Santo é o prota-gonista. É ele quem fala, quem conduz o caminho do seu trabalhar. Com esse filme, os jovens dessa igre-ja tornam-se prova de que Deus capacita os seus e tem dado a cada dia fer-ramentas para alcançarmos vidas. Cumprindo assim a sua palavra para o engran-decimento do seu Reino”, salientou o pastor.

Mais informações: [email protected] ou (79) 3211-7019

“Caminho do Tempo” é lançado para honra e glória de Deus

Stephanie Macêdo

E

Stephanie Macêdo é Assessora de Comunicação da IP 12 de Agosto

parte da equipe. Um dos Espírito Santo é o prota-

Gravação de uma das cenas

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Outubro de 2012 9BrasilPresbiteriano

CAPACITAÇÃO

Encontro da Fé Reformada teve início em Manaus, na IP da Cidade Nova e há 13 anos vem contribuindo para o fortalecimento da pregação do Evangelho e fornecendo recurso literário para evangelistas, missio-nários e pastores da região amazônica. Hoje, é um evento realizado em oito diferentes lugares do Brasil.

Futuras Parcerias:• Itajaí/SC• Montes Claros/MG• Belo Horizonte/MG• Aracaju/SE

1º Encontro da Fé Reformada, em São Bernardo do Campo, SP, que acontecerá

nos dias 06 a 10 de novembro, na 1ª IP de São Bernardo do Campo, terá como tema central: “Fé Reformada e Crescimento Saudável da Igreja”.

- O que é simples pragmatismo e o que é realmente saudável para estratégias da missão evangelizadora da igreja?

- O que uma liderança comprometida com os ideais bíblicos da reforma protestante poderá fazer para alcançar as almas no mundo pós-moderno?

Que o Senhor Deus abençoe as obras de nossas mãos, bem como os pregadores parti-cipantes, e assim, reflitamos sobre os santos propósitos de Deus quanto à sua amada Igreja. Até o nosso encontro. Esperamos por você.

Informações: www.ipsbc.org.br

I Encontro em São Bernardo do Campo, SP

II Encontro em Porto Velho, RO

O

m Porto Velho, o Encontro acontecerá

nos dias 9 a 12 de outubro quando serão abordados sermões sobre a prática da santificação nas diferen-tes esferas da vida cristã. Os pregadores serão: Rev. Joseph Pipa (EUA), Rev. Tarcísio José Carvalho (SP), Rev. Milton Coutinho Jr. (ES), Rev. Samuel Vita-lino (BA) e Rev. Ewerton B. Tokashiki (RO).

Para participar, é preciso ter mais de 14 anos e efe-tuar a inscrição no valor de R$ 30,00. São apenas 250 vagas! A inscrição não inclui almoço e jantar. Será servido um café da manhã no salão social da igreja para os que se hospedarem nas salas da Escola Bíblica Dominical. Próximo da IP de Porto Velho há um res-taurante que fará um valor promocional para o almoço

dos participantes do evento.Todos os inscritos deve-

rão apresentar o compro-vante de depósito, ou trans-ferência, ou se for o caso recibo de pagamento para que possam receber o cra-chá de identificação no iní-cio da programação. Sem este crachá não poderão participar do evento, nem terão acesso à livraria.

Informações: www.ipportovelho.org

E

Rev. Jaime Marcelino

Rev. Valdeci dos Santos

Rev. Cleomines Figueiredo

Rev. Wilson Santana Silva

Rev. Hermisten Maia P. da Costa

Rev. Alceu Davi Cunha

Pb. Solano Portela

Rev. Donizeti Rodrigues Ladeia

Rev. Ageu Cirilo de Magalhães Jr.

Maestro Parcival Módulo

6 João Pessoa (março)3 Ji-Paraná (abril)7 Recife (maio)1 Manaus (novembro)4 S. J. do Rio Preto (novembro)5 Porto Velho (novembro)2 Goiânia (novembro)8 S. B. do Campo (novembro)

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Outubro de 201210BrasilPresbiteriano

UPA

edição paulista reuniu cerca de 1.300 pessoas no dia 25 de

agosto na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Caravanas de diversas cidades do Estado lotaram os cor-redores e o auditório Ruy Barbosa. As músicas foram conduzidas pela equipe da Sinodal Norte Paulistano e a pregação ficou por conta do Rev. José Maurício Nepomuceno. A pro-gramação ainda contou com a parti-

cipação do Grupo Nikadiskim, que desenvolve peças utilizando apenas as mãos. Muitos pastores, secretários presbiteriais e sinodais e conselheiros compareceram, além do Secretário Geral, Rev. Carlos Eduardo Aranha Neto, do presidente da Confederação Nacional, Hélio Marco, e do vice-sudeste Patrick Louback. “Foi uma tarde abençoada e, desde já, convo-camos os adolescentes a se fazerem

presentes na comemoração em 2013 que já tem data marcada, dia 24 de agosto”, lembra o coordenador do DNS SP, Rev. Marcone Bezerra Carvalho.

A Federação de UPAs do Presbitério Oeste Riograndense também come-morou a data. O encontro aconteceu nos dias 04 e 05 de agosto na cidade serrana de Porto Alegre, RN. A pro-gramação foi baseada no tema do quadriênio: Transformação. Foram dois dias de adoração e comunhão.

No primeiro dia, momentos devo-cionais levaram os adolescentes a refletir sobre a entrega ao Deus a quem servem. Durante a tarde, o trabalho foi de evangelização pelas ruas da cidade seguida de um culto à noite com a pregação da Palavra de Deus pelo Presb. Luzivan, da IP do Carnaubal em Mossoró, RN. No segundo dia, contemplaram as grandes maravilhas realizadas pelo Autor da nossa fé. Fizeram uma trilha até uma cachoeira desfrutando de momentos de confraternização e comunhão.

ReUPAs Sudeste Durante os dias 7 a 10 de junho,

aconteceu o ReUPAs Sudeste em Sarzedo/MG, região metropolita-na de Belo Horizonte, sob a coor-denação do Secretário Geral do Trabalho com Adolescência, com o Rev. Flávio Viola Machado, Rev. Ricardo Bibiano e a jovem Carol Carone.

Tivemos aproximadamente 950 participantes, dos quais aproxima-damente 100 eram líderes das cara-vanas, orientadores e secretários presbiteriais ou sinodais. Portanto, conseguimos reunir uns 850 adoles-centes!

Como não poderia deixar de ser diferente, esse encontro ficará guar-dado na memória e no coração dos participantes por muito tempo. Muitos sorrisos, muitas lágrimas e muita animação nas brincadeiras, nos momentos de comunhão e nos cultos.

O tema deste encontro foi “Transformai-vos” (Rm 12.01), tema também do quadriênio da Secretaria Geral do Trabalho com a Adolescência. Em cada final de culto, centenas de adolescentes se renderam à Palavra, aos desafios de uma vida transformada, a uma vida de compromisso ou a um chamado específico para anunciar o Reino do Senhor.

Outro aspecto muito importante foi o estudo dirigido pela missio-nária Paula Rommer aos líderes e orientadores que participaram de uma reciclagem de trabalho com os ado-lescentes, sendo desafiados a perse-verarem nesta tarefa tão importante

A

Dia Nacional doAdolescente

Presbiteriano

DNA foi comemorado em diferentes datas

nas regiões do país

Foi muito bom!Carlos Eduardo Aranha Neto

Em São Paulo

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Outubro de 2012 11BrasilPresbiteriano

de conduzi-los a Cristo.Agradecemos a Deus por ter nos

proporcionado momentos tão aben-çoados, bem como a todos que se envolveram e participaram e desta forma fizeram o ReUPAs acontecer.

A nossa sincera oração é que a Palavra lançada gere frutos que glo-rifiquem o nome do nosso Senhor Jesus Cristo. Que haja cada vez mais compromisso e consagração por parte de todos aqueles que já experimenta-ram a maravilhosa transformação de Deus em sua vida. Até o próximo encontro!

ReUPAs NorteO evento aconteceu no Hotel

Fazenda Minuano no munícipio de Presidente Médici – RO, nos dias 7, 8 e 9 de setembro. O tema “Transformação” também foi estuda-do pelos adolescentes, bem como na região sudeste.

Além das mensagens do Rev. Sérgio Paulo Horta, aconteceu tam-bém a Noite das Profissões na sexta.

Foi muito bom! O ReUPAs Norte 2012 para mim foi traduzido em duas palavras: comu-nhão e transformação. Foi maravilho-so ver uma geração tão abençoada de adolescentes adorando de fato, ver Deus transformando pessoas e colocando propósitos na vida de cada um. Passamos momentos incríveis no hotel. Mesmo nós (de Manaus), sain-do de tão longe, passando por horas dentro de um avião e horas dentro de um ônibus, cada segundo valeu muito a pena, agradeço a Deus por ter dado a oportunidade de participar do ReUPAs Norte. Agora é esperar o NaUPA em 2014, se Deus quiser. \o/”

Matheus Aquino – Presidente da UPA/IPM Manaus - AM

“Não há palavras para descrever o que foi o ReUPAs Norte 2012, foram cerca de 600 adolescentes que saí-ram de suas casas, da vida rotineira e o seu conforto para louvar, engrande-cer e glorificar o nome do nosso Deus e, por meio da Palavra, transforma-ções realmente aconteceram naquele lugar. Cada momento, cada conversa, cada amizade foi realmente ines-quecível. Cada ensinamento passado

nas pregações será importantíssimos para a caminhada cristã de todos que estavam lá. Além de tudo isso também é bom saber que a UPA está crescendo a cada dia mais em cada canto desse nosso país, e que nos fortalecendo dessa forma seremos mais fortes pra atendermos o nosso chamado (Mt 28.19-20), e o servi-lo com todo o nossa alegria, determina-ção e de coração!”

Filipe Gomes da SilvaVice-Presidente Centro-Oeste

“Como faço parte da diretoria, nos dias anteriores ao ReUPAs estáva-mos preocupados com o número de inscritos, mas com a graça de Deus tivemos mais de 500 adolescentes de Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima. Em cada momento foi possível sentir a presença de Deus, nas mensagens ministradas pelo Rev. Sérgio Horta, na ministração do louvor e nas brin-cadeiras. Foram três dias maravilho-sos que deixaram saudade em todos que estiveram ali.”

Evellyn Aryadne Costa FrançaTesoureira da CNA e Vice-Presidente da Sinodal de UPAs do SNB

“Sentimos o agir de Deus durante o ReUPAs. Considero que cada um saiu mais fortalecido e com ânimo para transformar a sua vida e a de outras pessoas. Espero que as UPAs da região norte do Brasil continuem fazendo a diferença em nossa socie-dade e impactando vidas com o evangelho de Cristo. Esperamos a todos no NaUPA 2014, reunindo essa galera linda do Norte.”

Hélio Marco Pereira Lopes JúniorPresidente da CNA

O Rev. Carlos Eduardo Aranha Neto é Sec. Geral do Trabalho da Adolescência

No sábado, a Noite das Nações, tendo uma aplicação marcante em que os adolescentes se colocaram de joelhos e oraram por um país e tam-bém foram desafiados a orar pelos missionários. Após esse momento foi o momento da Noite dos Talentos, momento de diversão e adoração. No domingo foi celebrada a Ceia do Senhor e, em seguida, levantada um oferta de R$1.400,00 para a Junta de Missões Nacionais (JMN).

ReUPAs Sudeste

ReUPAs Norte

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Outubro de 201212BrasilPresbiteriano

FIQUE ATENTO!

Direito autoral sobre execução de músicas nos cultos

ste espaço já foi des-tinado a exortar as

Igrejas a observar a Lei dos Direitos Autorais sobre as obras literárias evangélicas, mormente as publicadas pela Editora Cultura Cristã, que recen-temente se filiou à ABDR, Associação Brasileira de Direito Reprográfico. A conscientização das Igrejas quanto ao direito do autor representa um avanço ético que enobrece o testemunho cristão.

S i m u l t a n e a m e n t e , porém, estabeleceu-se uma confusão nas redes sociais, quanto à lega-lidade ou não de paga-mento de direitos autorais sobre músicas executadas nos cultos. E isso, a par-tir do momento em que as Igrejas (IPB inclusive) passaram a receber de uma entidade denominada CCLI Christian Copyright Licensing International, um documento com a advertência em destaque: “Regularize sua Igreja – Lei Federal 9.610/1998”. No aludido documento, as Igrejas são estimuladas a tornar-se assinantes, reco-lhendo valores de acor-do com o seu porte, pois “o preço da licença de direitos autorais é fixado com base no número de pessoas que frequentam a reunião principal da igre-ja, de acordo com a tabela

abaixo:” (sic). Tal documento é, no

mínimo, enganoso e abu-sivo. Deveriam deixar bem claro que nenhuma Igreja estaria obrigada a contratar seus serviços. Ao sugerir que uma Igreja deve ser regularizada, estão sugerindo que ela está em situação irregular, sem nem mesmo conhecê-la. O documento é tam-bém enganoso por induzir as Igrejas destinatárias ao

erro. Considere a situação dos pastores encontrando um documento de apa-rência forense, intimida-tório, convocando-os para “regularizar sua Igreja – Lei Federal 9610/1998”. Até que tudo seja esclare-cido, foi-se a paz de espíri-to. “Mas a carta se intitula “Regularize sua Igreja”, cita decreto-lei e estipula o preço para que me regu-larize, o que me induziu a crer tratar-se de fato de um instrumento legal,” afir-mou, em seu blog, o Bispo Primaz Walter McAlister das Igrejas Cristãs Nova Vida. Por se tratar de

direito difuso, caberia ao Ministério Público inves-tigar a legalidade quanto aos procedimentos dessa instituição. No Brasil, cabe ao ECAD, Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, na forma do artigo 99 e seus parágrafos da referida lei, fiscalizar o seu cumprimento, a arre-cadação e distribuição dos direitos autorais. A CCLI assegura que sua licen-ça, “não tem relação com

a execução pública de músicas e tampouco pro-porciona cobertura neste aspecto”. O que a CCLI oferece (vende) consiste na intermediação entre as Igrejas e os autores, quan-to aos direitos autorais de suas músicas e sua ati-vidade não se confunde com as atribuições legais do ECAD.

Mas afinal, as Igrejas estão legalmente sujeitas ao pagamento de direito autoral sobre a execu-ção de musicas (louvo-res) no templo? Instado pela Igreja Metodista, o ECAD informou que “...

não recolhe pagamentos de direito autoral em mis-sas / cultos”. Mas haveria amparo legal para a essa cobrança se assim decidis-sem? Cabe aqui uma séria reflexão. Dada à limita-ção deste espaço, cumpre-nos discorrer brevemente acerca desse emaranhado legislativo que disciplina a matéria. O fato é que a lei dos direitos autorais (uma lei federal ordinária) não excepciona as Igrejas,

quando limita o direito dos autores nos artigos 46, 47 e 48. Se as atividades (religiosas) da Igreja, por sua natureza e finalidade, estivessem expressamente mencionadas no rol dos citados artigos (daquelas que não ofendem o direito autoral) certamente a dis-cussão do tema não seria tão ruidosa como se apre-senta. Para corrigir essa omissão, há um Projeto de Lei em andamento no Congresso Nacional.

Ainda assim, o Poder Judiciário, de forma bem equilibrada, vem afastan-do a ofensa aos direitos

do autor, para favorecer as Igrejas no livre exercício de culto e de sua litur-gia. A execução litúrgica de músicas no templo, sem fins lucrativos, com entrada franca e finalidade exclusivamente religiosa, tem tido prevalência sobre os direitos do autor e não cabe aí o pagamento de direito autoral. O que não ocorre, quando a Igreja promove grandes eventos, mesmo que sem fins lucra-

tivos, com entrada gratui-ta e finalidade religiosa. Isso porque, nessas cir-cunstâncias, o megaevento conflita diretamente com a exploração normal da obra, ofendendo os direi-tos do autor.

Essas limitações ao direito do autor devem ser restringidas apenas “aos casos especiais, que não conflitem com a explo-ração normal da obra e que não prejudiquem injustificadamente os inte-resses legítimos do titu-lar do direito”, na forma do artigo 13 do Acordo sobre Aspectos dos

Anízio Alves Borges

E

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Outubro de 2012 13BrasilPresbiteriano 13

Direito autoral sobre execução de músicas nos cultosDireitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio, tratado esse firmado pela Organização Mundial do Comércio em 1994, do qual o Brasil é signatário.

Sucede que a Constituição Federal, hie-rarquicamente acima de todas as leis brasileiras, assegura a proteção aos locais de culto e as litur-gias das Igrejas, vedan-do o Estado de qualquer

embaraço ao seu funcio-namento. No dizer de Miguel Reale, saudoso jurista patrono do Código Civil de 2002, “A deter-minação constitucional de que as entidades esta-tais não devem ‘embara-çar’ os cultos religiosos e seu funcionamento deve ser entendida cum grano salis, mesmo porque o citado Artigo 19, Inciso I da Carta Magna ressalva ‘a colaboração de interes-se público’ entre o Estado e as Igrejas.”

Nesse contexto, vale salientar que, “é inviolável a liberdade de consciência

e de crença, sendo assegu-rado o livre exercício dos cultos religiosos e garan-tia, na forma da lei, a pro-teção aos locais de culto e a suas liturgias” (CF. arti-go 5.º Inciso VI). Desse modo, a Igreja de Cristo (Mt 16.18) não pode ser submetida a nenhuma restrição para professar a sua fé e proclamar de sua mensagem.

Não há, portanto, nenhu-ma imposição legal para compelir as Igrejas a filia-rem-se a CCLI. Se, toda-via, determinado “profis-sional do louvor” arrolado entre seus associados, vier manifestar pretensão em receber direitos autorais, este deve ser evitado ou remunerado na forma pre-tendida, a juízo da direção da Igreja. Entendemos que a projeção de letras de cânticos ou hinos (cons-tando sempre o nome do autor) durante os cultos no templo não constitui vio-lação de direito do autor.

Por fim, as Igrejas devem se manter vigilan-tes, orientando sempre seus ministros de música, regentes, líderes de con-juntos musicais e instru-mentistas, para que no âmbito de suas ativida-des, não seja permitida em nenhuma hipótese, a promoção de eventos de grandes proporções (em praças públicas, ginásios ou estádios), sem previa anuência por escrito dos

autores, compositores ou tradutores dos louvores a serem executados. Deve-se ainda abster-se de pro-mover gravações, inclusi-ve ao vivo (mesmo que seja no templo), elaborar cópias de CDs ou DVDs, vender, efetuar duplica-ções, patrocinar a distri-

buição física ou eletrônica via web, ainda que gra-tuitamente entre membros, alterar letras de músicas (louvores) e ou arranjos musicais, elaborar cópias de partituras ou cifras de músicas, sem a expres-sa anuência dos autores, compositores ou traduto-

res ou dos detentores de direito autoral.

Ao Senhor, pois, todo louvor e toda glória devida ao seu nome.

Anízio Alves Borges é Advogado Societário, Presbítero da Igreja

Presbiteriana da Penha – SP; Membro do CECEP, Conselho de Educação

Cristã e Publicações e do Conselho Editorial do BP

Nos dias 15, 16, 17 e 18 de novembro a Primeira IP de Belo Horizonte promoverá o Congresso da Escola Dominical.

O tema central será abordado por palestrantes, sendo o Rev. Dr. Peter Jones, a Dra. Clowney Jones, o Rev. Augustus

Nicodemos Lopes, o Rev. Ludgero Bonilha Morais e o Rev. Gustavo Henrique Quintela Franca.

O prazo para as inscrições é dia 9 de novembro!

Informações pelo site www.primeiraipbh.org.brou pelo telefone (31) 3273-7044.

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Outubro de 201214BrasilPresbiteriano14

Festejando um século de vidana graça do SenhorO presbítero emérito Oswaldo Ferrei-ra dos Santos da IP de Jaguapitã, PR (SNP-PNNP), comemorou com a graça de Deus 100 anos de vida. Nascido em 24 de setembro de 1912 em Serra do Salitre, MG, mudou-se para Jaguapitã em 1955 onde reside até os dias de hoje. Ao longo desse século de vida teve várias profi ssões tais como: padeiro, lenhador, sapateiro, garimpeiro, protéti-co, farmacêutico. Também foi vereador e Juiz de Paz na cidade de Jaguapitã, onde recebeu o título de Cidadão Ho-norário. Casou-se com Maria Côrtes, e dessa união tiveram dez fi lhos naturais, mais dois adotivos os quais lhes deram muitos netos e bisnetos. Assim sendo, a família em festa agradece a Deus pelas bênçãos derramadas sobre a vida desse homem centenário. Ao Senhor toda a glória.

IP em Chapadão do Sul, MSCom a presença do Rev. Saulo de Melo (Maringá/PR) e do Presbí-tero e Ex-ministro da Agricultura Antônio Cabrera (Rio Preto/SP) foi inaugurada, neste fi nal de semana, a IP em Chapadão do Sul.A cerimônia de inauguração teve a participação de várias autorida-des, famílias e empresários. O prefeito Jocelito Krug, que se recupe-rava de uma cirurgia, foi representado pelo vice-prefeito Alírio Bacca.A IPB de Chapadão do Sul terá como pastor o Rev. Alexandre Pe-vidor, Bacharel e Mestre em Teologia, também graduado em Gestão Ambiental e Industrial, Pós Graduado em Economia e Meio Ambiente, e especialista em Florestas em Ambientes Fluviais e Auditoria Ambien-tal (UFPR).

Os cultos, inicialmente, serão às quartas-feiras a partir das 18 horas, com estudos bíblicos e, aos domingos, cultos no mesmo horário.

O Presbitério de Florianópolis (PFLO) reuniu no dia 18 de agosto, aproximadamente 300 pessoas, entre adultos, jovens e crianças, no Encontro da Família Presbiteriana. O evento aconteceu nas depen-dências do SESC, na praia de Cacupé, em Florianópolis. As ofi cinas para adultos, jovens e adolescentes e crianças foram dirigidas por Rosângela Vieira da Silva, João David Mendonça e Marizete Barzoto, respectivamente.

O Rev. Elizeu Vieira de Souza, presidente do PFLO, trouxe a men-sagem aos participantes, com a participação do grupo de música da IP Tijuquinhas. Também o Presb. Ciro Aimbiré de Moraes Santos, presidente do Sínodo da Integração Catarinense, esteve presente no evento e saudou os participantes. Após o culto de encerramento o PFLO, por meio de seu presidente, fez uma homenagem ao Rev. Manoel Alcântara e sua esposa, pelas atividades que vêm desem-penhando à frente da Secretaria de Apoio Pastoral e pela atuação à frente de várias igrejas do PFLO, ainda que já jubilado. Ao fi nal, todos se congraçaram em um delicioso lanche.

Encontro da Família em Florianópolis

Sínodo Carajás promove o III Encontro

Unifi cado das Forças de Integração

Nos dias 19 a 21 de outubro de 2012, o Sínodo Carajás–PA, estará

realizando o seu III Encontro Unifi cado das Forças de Integração da IPB

na cidade de Parauapebas, PA.

O preletor será o Rev. José Roberto, Secretário Nacional do Trabalho

Infantil.No evento SAF, UPH, UMP, UPA e UCP, estarão em um só local em

atividades dirigidas pelas representações nacionais das Forças de Inte-

gração da IPB, bem como pelos respectivos secretários gerais. Não falte.

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Outubro de 2012 15BrasilPresbiteriano

No BRASIL E NO MUNDO

Sarah Ribeiro

SBB promove Natal dos Ribeirinhos

Pelo 11º ano consecutivo, a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) promove a campanha Natal dos Ribeirinhos. A ini-ciativa tem o intuito de levar conforto material e espiritual à população carente da Amazônia que atravessa, em dezem-bro, um período crítico de entressafra do açaí e escassez do pescado, aprofundando ainda mais a situação de pobreza entre as comunidades ribeirinhas. Com o tema “Há 50 anos, um Natal de Luz na Amazônia”, a campanha pretende arre-cadar material escolar, roupas, cestas básicas e brinquedos, além de bíblias doadas pela SBB. As pessoas que desejarem contribuir para a campanha devem encaminhar as doações até 15 de novembro à Sede Nacional da SBB – Avenida Ceci, 706 – Barueri (SP) e Secretaria Regional da SBB em Belém – Av. Assis de Vasconcelos, 356 – Campina – Belém (PA). Também é possível contribuir com ofertas, que podem ser feitas diretamente na conta bancária da SBB (Banco Bradesco, Agência 3390-1, C/C 18.512-4). No caso de transferência bancária pela internet, é preciso informar o seguinte número de CNPJ: 33.579.376/0001-51. Os recursos financeiros arrecadados servirão para adquirir itens que comporão os kits a serem distribuídos às famílias beneficiadas.

Fonte: SBB

Idosa viaja há 59 anos por aeroportos do Brasil pregando a Bíblia

Uma senhora de 79 anos, sem filhos e marido viaja desde os 20 anos com duas malas pelo Brasil evangelizando pas-sageiros de aeroportos. Isaura, afirmou em entrevista ao site G1 que está cumprindo uma missão. “Estou cumprindo jor-nadas cristãs missionárias de vinte dias nos aeroportos bra-sileiros divulgando a majestade, a sublimidade de Jesus”, diz. Mesmo com a surdez, a mulher consegue se comunicar bem. Ela voa há 59 anos e faz dos aeroportos sua residência. Com ajuda de passageiros e aposentadoria ela compra as passagens e viaja pelo país inteiro. Em setembro passou do dia 05 até 25 em Florianópolis. Depois, segue para Brasília e dia 05 de outubro aterrissa em Porto Alegre (RS). “Sou a velhinha mais feliz do planeta Terra”, diverte-se.

Fonte: G1

PREPARAÇÃO

Revitalização de pastores

“São atribuições do ministro que pastoreia Igreja: a) orar com o rebanho e por este; b) apascentá-lo na doutri-na cristã; c) exercer as suas funções com zelo; d) orientar e superintender as atividades da Igreja, a fim de tornar eficiente a vida espiritual do povo de Deus; e) prestar assistên-cia pastoral; f) instruir os neófitos, dedicar atenção à infância e à mocidade, bem como aos necessi-tados, aflitos, enfermos e desviados; g) exercer, juntamente com os outros presbíteros, o poder cole-tivo de governo” (Art. 36 da CI/IPB).

articipei, no mês de agosto, do

Primeiro Congresso de Revitalização de Igrejas do Presbitério Bandeirantes (São Paulo/SP). Saí de lá impactado e desafiado a fazer algu-ma coisa, com a ajuda de Deus, no processo de revitalização da igreja que pastoreio. Mas uma questão tem incomodado o meu coração, de lá para cá. Qual é o papel do pas-tor no trabalho de revita-lização de uma igreja?

O pastor não é mem-bro de uma igreja local, mas do presbitério.

Embora, de acordo com a Constituição da IPB, isso seja uma verdade, ficamos numa posição muito cômoda. Como que dizendo: “eu não sou membro da Igreja que pastoreio, portanto não preciso ser revitalizado. É a igreja (os membros) que precisa ser”.

Lendo as cartas envia-das às sete igrejas da Ásia (Ap 2–3), verifica-mos que todas elas são endereçadas ao “anjo da igreja”, ou seja, ao pas-tor. Será que o papel dos pastores daquelas igrejas, era tão somente receber a carta e ler para os mem-bros, ou o teor da carta também o envolvia? Nós pastores também precisa-mos ser revitalizados.

A correria do dia a dia também está afetando a classe pastoral. Além da nossa responsabilidade de pastorear nossa família, estamos envolvidos com

uma série de atividades. É bem verdade que mui-tas atividades chamadas “pastorais”, não têm nada a ver com o ministério pastoral. Por isso, muitos pastores estão doentes, estressados e até depri-midos. Um pastor desani-mado e desmotivado será, com certeza, um obstácu-lo no processo de revitali-zação de uma igreja.

Utilizo uma expressão da aviação que se aplica a nós pastores, muitas vezes – “piloto automático”. Diante de tanta demanda e desgaste, temos exerci-do o pastorado de forma automatizada, ligamos o “piloto automático pas-toral”. Não meditamos na Palavra de Deus, não temos vida de oração, somente visitamos quan-do algum membro soli-cita, não aconselhamos, não investimos tempo na formação de discípulos de Jesus.

Talvez alguém pense: “Graças a Deus, eu não estou desanimado e nem desmotivado”. Se é o seu caso, ore em favor dos seus colegas.

Que Deus nos revitalize no trabalho pastoral. Nós fazemos parte do projeto de Deus para abençoar e cuidar do seu rebanho.

Gilberto da Costa Barbosa

P

O Rev. Gilberto da Costa Barbosa é pastor da IP de Brasilândia (São

Paulo-SP)

“... te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das

minhas mãos”

(2Tm 1.6).

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Outubro de 201216BrasilPresbiteriano

Por que cidadãos de renome e cristãos tidos como fi éiscometem os crimes que cometem?

Consultório Bíblico

Odayr Olivetti

O reverendo Odayr Olivetti é pastor presbiteriano, ex-professor de Teologia Sistemática do Seminário Presbiteriano de Campinas, escritor e tradutor. - [email protected]

ão é uma só consulta. Ao longo dos meus quase 58 anos de ministério,

particularmente de algumas décadas para cá, ouço cristãos espantados diante de crimes praticados por “gente boa” e por “crentes”. Revelam desconhecimento, ou

entendimento errôneo, ou débil convicção sobre a doutrina bíblica da depravação total – que, em suma, diz: todos os reben-tos da raiz do ser humano, ou todos os departamentos de cada personalidade, ou todas as faculdades do ser humano foram contaminados e estão contaminados pelo pecado. Não há nada em nós que não

esteja maculado pelo pecado. Também, ou ignoram ou deixam de lado declara-ções de Jesus Cristo que nos alertam que “muitos são chamados, mas poucos são escolhidos”, e que profetizam a apostasia e corrupção dos últimos tempos.

Em face disso, resolvi aplicar parte de uma mensagem que preparei com relação a um cristão fiel. Transcrevo parte daquele texto, com leves alterações, colocando-a entre aspas para distingui-la das coloca-ções que ora faço:

“Seres humanos há semelhantes às

folhas do outono que o vento leva.Monstros menos que humanos existem,

cujos crimes são mantidos na memória mundial para execração geral e para advertência perpétua à humanidade. Não se comparam nem à fera mais feroz.

Cristãos de nome existem, comparáveis a peixes de água rasa.

*Louvado seja Deus, não faltam cris-

tãos fiéis. Vacilam, oscilam e, às vezes, caem. Mas, pela graça divina, levantam-se mais fortes e vão avante. São como as luzes intermitentes do farol e do pirilampo. Regenerados pelo Espírito Santo e viven-ciando a santificação no Espírito Santo, por ele operada, e por ele inseridos em Jesus Cristo, os cristãos fiéis refletem a luz de Cristo, e por ele são conduzidos à glória celestial.

Estas luzes refletidas manifestam-se no caráter, nas palavras e nas obras dos cristãos fiéis – no lar, na igreja e na socie-dade. Eles pertencem à raiz do povo elei-to de Deus. O rastro de luz que deixam dirige quem os segue em direção a Cristo e move os corações sensíveis a imitarem sua vida em seu viver cristão.

Os cristãos fiéis, cristãos genuínos, pertencem à raiz do povo eleito,

fazem parte da relíquia espiritual dos salvos em Cristo Jesus.

Bendito seja o Pai de Jesus Cristo e Pai de todos os que vivem

em Cristo, por Cristo e para Cristo!”

N

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Outubro de 2012 17BrasilPresbiteriano

PREPARAÇÃO

Congresso sobre Capelania no Sofrimento

nfermidade, crises, perdas e morte são

parte da vida. As mais difíceis de se enfrentar com qualidade de vida, capaci-dade de recuperação espe-rança e fé. Pensando nisto, a Associação de Capelania Evangélica Hospitalar rea-lizará o curso de capacita-ção nível III com o objetivo de ensinar os interessados a aconselhar biblicamen-te pessoas em situação de crises físicas, emocionais e espirituais, para terem a vida restaurada.

A ACEH, nos quase 30 anos de ministério, tem capelanias organizadas em centenas de hospitais no Brasil e no exterior.

Com público-alvo com-posto por profissionais da

saúde, pastores e líderes, capelães e visitadores, o Congresso é aberto a todos e a inscrição no valor de R$250,00 pode ser efetua-da até o dia 20 de outubro, lembrando que o pagamen-to não inclui hospedagem e alimentação e que as vagas são limitadas.

O curso tem duração de 10 horas, das 8h às 18h, e será realizado no Institu-to de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo.

As áreas a serem abor-dadas no Curso serão: 1.Aconselhamento Bíblico em Transtornos Psiquiá-tricos, Crises, Cuidados Paliativos e Luto; 2. Aten-dimento Domiciliar; 3. Teologia do Sofrimento; 4. Bioética.

Os preletores serão os Drs. Francisco Lotufo Neto (IPq-HCFMUSP); Maria Gorette Maciel (ANCP); Fernando de Oli-veira (HMJ); Fábio Ikedo (FMBP); Paulo Tsai (Onco-logista); Oswaldo Giomet-

ti (Psiquiatra e Pastor) e Silvia Barbosa (ANCP); os pastores George Alber-to Canêlhas (IPL); Wadis-lau Gomes (Mackenzie); Francisco Mota (IBCU) e Gavin Levi Aitken (Fello-whip Church). Também

participarão a Equipe Mul-ti-Profissional de Cuidados Paliativos e a Equipe da ACEH.

Mais informações na ACEH pelo telefone: (11) 2507-9294

Curso de Capacitação em Capelania Hospitalar será realizado de 30 de outubro a 2 de novembro, em SP

E

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Outubro de 201218BrasilPresbiteriano

Casamento temporário -John Piper

O abismo entre a visão bíblica do casamento e o conceito humano é, e sempre tem sido enorme. Na História, algumas culturas, mais do que outras, têm respeitado a importância e a permanência do casamento. O casamento é uma dádiva temporária, mas gloriosa. É mais que o amor mútuo entre marido e esposa. Casamento Temporário apresenta a visão bíblica, seus contornos ines-perados e suas consequências de peso igualmente para todos: casados, solteiros, divorciados e recasados.O livro contém 160 páginas e custa R$23,10

Raízes da Teologia Contempo-rânea - Hermisten Maia Pereira da Costa

“O assunto tratado é de grande abrangência com toda a sua com-plexidade envolvendo diversos setores do saber que, por sua vez,

englobam outros com estudos cada vez mais específi cos. O nosso trabalho quando muito tem a pretensão de estabelecer uma linha de relações e correlações entre alguns dos diversos pensa-mentos que contribuíram para a formação da Teologia do Século 20”, comenta o autor.O livro contém 432 páginas e custa R$33,60. Coração de pastor -John Sittema

Quem pastoreia a igreja? A resposta será dada a partir de nossas conveniências pessoais, de nossas preferências e tradições ou a partir da Escritura? Um livro muito necessário, com muitas ideias úteis, encontradas na Escritura. John Sittema escreveu um livro excelente sobre o papel dos presbíteros, apoiado em estudo bíblico cuidadoso e rica experiência pastoral. Desafi ador e prático, um recurso muito va-lioso para a igreja hoje.O livro contém 288 páginas e custa R$39,00. A vida futura segundo a Bíblia - William Hendrikse O que acontece com a alma depois da morte? Vamos nos reconhecer no céu? Quantas ressurreições vão ocorrer? Essas e muitas outras questões são dis-cutidas por William Hendriksen. Seu método é levantar a questão e respondê-la imediatamente a

partir de cuidadoso estudo bí-blico. Os textos citados não são retirados de seus contextos, o que proporciona respostas confi áveis acerca da vida futura.O livro contém 272 páginas e custa R$29,00. Como as pessoas mudam -Timothy Lane, Paul Tripp

Tim Lane e Paul Tripp pretendem ensinar-lhe coisas a respeito de como a vida cristã funciona. Isso não é teoria, mas realidade. Os autores lhe contarão histórias a respeito de pessoas reais, ilus-trando os modos como a graça de Deus opera em nossas vidas. Em dezesseis capítulos curtos e bem ilustrados é apresentado o mara-vilhoso prospecto de mudança para melhor. Somos convocados para examinar os desejos de nos-so coração e nos voltarmos para a cruz de Cristo.O livro contém 272 páginas e custa R$34,30.

A Paixão de Cristo

As últimas 12 horas da vida de Jesus de Nazaré. No meio da noite, Jesus é traído por Judas e é preso por soldados no Monte das Oliveiras, sob o comando de religiosos he-breus, que eram liderados por Caifás. Após ser severamente

espancado pelos seus capto-res, Jesus é entregue para o governador romano na Judéia, Poncio Pilatos. Assim começa o relato do sofrimento e morte de Jesus.

E se... você tivesse a segunda chance

E se... você tivesse outra chance para escolher melhor? Essa é a pergunta central do fi lme que conta a história de Ben Walker, que, há 15 anos, abandonou sua namorada da faculdade, Wendy, e sua voca-ção para perseguir uma opor-tunidade no mundo dos negó-cios. Agora, com um emprego altamente remunerado, noivo e dono de um novo Mercedes, ele vê sua vida se transformar depois que seu carro quebra misteriosamente. A situação

se complica quando ele rece-be a visita. Um fi lme envolven-te sobre valores, família, amor e fé.

Desafi ando Gigantes

Nos seus seis anos como técnico de futebol americano de uma escola, Grant Taylor nunca conseguiu levar seu time Shiloh Eagles a uma tem-porada vitoriosa. E ao ter que enfrentar crises profi ssionais e pessoais aparentemente in-superáveis, a ideia de desistir nunca lhe pareceu tão atraen-te. É apenas depois que um visitante inesperado o desafi a a acreditar no poder da fé que ele descobre a força da perse-verança para vencer.

Sobre esses e outros títulos acesse www.editoraculturacrista.com.brou www.facebook.com/editoraculturacrista

ou ligue 0800-0141963

Boa LeituraEntretenimento e refl exão

Filmes para curtir e pensarEntretenimento e refl exão

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Outubro de 2012 19BrasilPresbiteriano

FALECIMENTO

Jair Ferreira Leitão

David Falcão

embro fundador da IP da Praia do Morro em Guarapari, ES, sempre trabalhou com dedicação

e zelo na obra do Senhor. Foi eleito diácono e posterior-mente presbítero por 68 anos.

No município de Coxim, no Mato Grosso do Sul, ficou à frente de uma Congregação juntamente com outro presbítero da região. Posteriormente essa congregação foi organizada igreja. Quando retornou para o Espírito Santo na cidade de Cachoeiro do Itapemirim trabalhou na Congregação do Aeroporto, que também foi organi-zada em Igreja.

Por fim, mudou-se para Guarapari onde iniciou, jun-tamente com outros irmãos, uma Congregação na gara-gem da casa do então jubilado Rev. Uriel Leitão. Esse trabalho também cresceu e mais uma igreja foi fundada com a participação deste abençoado presbítero.

Aos 19 dias do mês de agosto, aos 94 anos , aprouve ao Senhor levá-lo. Deixou, além da sua esposa Edy Scherrrer Ferreira, três filhos (Victorino, Jair e Leila). Entre netos e bisnetos são doze.

o dia 06/12/2011, aos 86 anos de idade, foi levado para a Glória do Senhor, após quase um ano de

enfermidade, o Rev. David Falcão, deixando viúva Dna. Janette Teixeira Falcão e cinco filhos: David, Janeth, Raquel, Samuel e Esdras.

Foi Pastor em diversos Estados: Pará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná e Pernambuco, encerrando seu profícuo ministério aqui na cidade do Recife - PE. Foram 60 anos de total dedicação ao ministério da Palavra de Deus. Quem o conheceu pode atestar.

Também foi funcionário público estadual, atuando como Professor.

Em toda a sua caminhada aqui na terra, por onde passou, distribuía simpatia e incentivava a pregação do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Falava, empol-gado, sobre a volta de Cristo e manifestava seu desejo ardente de vê-lo face a face. Chegou, então, o dia de sua convocação celestial e, para nós, ficam os exemplos e muita saudade!

Raquel Teixeira Falcão de Oliveira - sua filha.

M

N

TERCEIRA IDADE

Workshop do Idoso em Botucatu, SP

Workshop do Idoso aconteceu na IP

Central de Botucatu em São Paulo, que é pasto-reada pelo Rev. Eduardo Ferraz. O Workshop em Botucatu começou às 20h da sexta feira com a palestra Longevidade uma benção de Deus que foi ministrada pelo Rev. Pinho Borges, Secretário Geral do Trabalho da Terceira Idade da IPB.

As tarefas o Workshop começaram às 9h da manhã. O evento contou com a participação de membros das IP Central de Botucatu, IP Monte das Oliveiras, IP Monte Sião e IP Maranata, além de membros das Igrejas: Presbiteriana Independente, Assembleia de Deus, Brasil para Cristo, Torre de Vigia e Católica, somando 94 inscritos e 40 voluntários. A inscrição foi gratuita e cada partici-pante recebeu um kit com Crachá, Camisa, Estatuto do Idoso, Cartilha Repapi, Caneta, material de apoio, almoço e lanches.

Após a inscrição o par-ticipante era encaminhado para as Oficinas Práticas de Saúde onde aferia a pres-são e o índice de glicemia. Estas oficinas contaram com o apoio da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Botucatu.

Na entrada do salão adolescentes do IPE recep-cionavam os idosos entre-gando-lhe um mino con-feccionados pelos alunos. As mulheres receberam uma rosa e os homens uma cartola como lembrança do evento.

Uma oficina sobre como a pessoa idosa deve se cuidar mediante as aborda-gens de marginais foi diri-gida pelo Tenente Ricardo Salomão da Polícia Militar de São Paulo.

Após o almoço antes do começo das oficinas temáticas aconteceu outra oficina de Saúde com a equipe de saúde do muni-cípio vacinando todos os idosos contra a gripe. Também participaram de um momento de dinâmicas e alongamento.

Como em outros workshops realizados, os idosos receberam orienta-ções sobre o Estatuto do

Idoso e ouviram sobre os princípios básicos para ter uma velhice feliz. Os participantes rece-beram o Certificado de Participação, encerrando as atividades do sábado.

No domingo pela manhã as palestras direcionadas à

terceira idade continuaram e à noite aconteceu o culto de encerramento das ati-vidades em Botucatu com o secretário geral, Rev. Pinho Borges ministran-do a Palavra do Senhor à igreja.

O Jornal Diário da Serra publicou três matérias sobre o Workshop nos dias que antecederam a realiza-ção do mesmo, fato que deu visibilidade a IP Central de Botucatu. Além do jornal a Rádio Municipalista entre-vistou o Rev. Eduardo que falou sobre o evento.

Pinho Borges

O

Rev. Pinho Borges é Secretário Geral do Trabalho da Terceira Idade da IPB

Mais de 90 inscritos e 40 voluntários se reuniram nos três dias

Encontro aconteceu nos dias 4, 5 e 6 de maio e contou com o apoio da Secretaria de Saúde do município

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Outubro de 201220BrasilPresbiteriano

Promovido pela Capelania Hospitalar Evangélica, o seminário Medicina para a Alma, acontecerá no dia 19 de outubro, sexta-feira, das 8h15 às 17h.

Local: Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo – IAMSPE, na Rua Pedro de Toledo, 1800 – 15º. Andar, no Anfiteatro “A”.

Público-alvo: Administradores hospitalares, Arteterapeutas, Assistentes Sociais, Capelães, Diretores de hospitais, Enfermeiros, Estudantes da área da saúde, Fisioterapeutas, Médicos, Musicoterapeutas, Psicólogos e Terapeutas ocupacionais.

Informações: [email protected]

ELEIÇÃO

Neemias, um político que restaurou uma nação

stamos nos aproximan-do de mais uma elei-

ção em nossa nação. Nesse tempo, as promessas são muitas, os valores morais são poucos e os riscos são enormes. Precisamos de políticos que tenham voca-ção, preparo e ética. O papel do poder civil é promover o bem e coibir o mal. Não podemos concordar com esquemas de corrupção nem com roubalheira. Não podemos aplaudir aqueles que se abastecem do poder em vez de instrumentali-

zar o poder para servir ao povo. Não podemos apoiar aqueles que defendem leis contrárias aos princípios de Deus, pois governar con-tra Deus é laborar em erro e atrair sobre a nação o juízo dos céus. Quero falar sobre um político que fez diferença em sua nação. Na verdade, ele restaurou sua nação. Esse homem é Neemias. Vamos destacar, aqui, algumas verdades a seu respeito.

1. Neemias foi um polí-tico que se envolveu com os dramas do seu povo.

Ele teve coragem de fazer perguntas acerca dos dra-mas vividos pelo seu povo e de identificar-se com sua gente. Ao saber que a cida-de dos seus pais estava com seus muros derrubados e suas portas queimadas a fogo, pôs-se a chorar. A dor do seu povo era a sua dor. Mas, Neemias foi além. Ele sentiu e agiu. Ele orou e jejuou. Ele buscou a ajuda do céu e do rei para resol-ver o problema que atingia sua nação. Precisamos de políticos que amem a Deus e ao povo; líderes que se aflijam com o que aflige

o povo. Os muros quebra-dos falavam de insegurança pública e as portas queima-das da falta de justiça nos tribunais. Esses ainda são os problemas que mais nos afligem. Enquanto recru-desce a violência, escasseia a justiça. Sentimo-nos inse-guros e órfãos de justiça. Precisamos de políticos que tenham compromisso com Deus e com os homens, de líderes que tenham senti-mentos profundos e ações concretas.

2. Neemias foi um polí-tico que não se rendeu à sedução do lucro nem às ameaças dos inimi-gos. Não há vida pública sem lutas internas e exter-nas, sem pressão de um lado e sedução do outro. Multiplicaram-se os inimi-gos para tentar paralisar a obra que Neemias estava fazendo. A reconstrução da cidade de Jerusalém não interessava aos inimigos

dos judeus nem à classe rica, que se utilizava do ambiente de miséria para explorar ainda mais os pobres. Neemias não acei-tou parceria dos inimigos nem se intimidou com suas ameaças. Neemias confron-tou com ousadia os inimi-gos de fora e os usurários de dentro. Precisamos de políticos que não se aco-vardem; que não vendam sua consciência nem calem sua voz diante das seduções do lucro ou da ameaça dos inimigos.

3. Neemias foi um polí-tico que motivou e mobi-lizou o povo para o traba-lho. A cidade de Jerusalém já estava a mais de cem anos debaixo de escombros. Reinava a pobreza inter-na e a zombaria externa. Neemias diagnostica o pro-blema, incentiva o povo, põe a mão na obra e nomeia cada pessoa para o lugar certo, para fazer a obra certa e com a motivação certa. O resultado foi que, mesmo diante dos percalços da obra, em 52 dias, os muros foram reconstruídos, as portas levantadas e a nação restaurada. Precisamos de políticos que conheçam a Deus, amem o povo e façam a obra; políticos que vivam na presença de Deus e estejam junto com o povo na reconstrução da nação.

Hernandes Dias Lopes

E “Não podemos apoiar aqueles que defendem leis con-trárias aos princí-pios de Deus, pois governar contra

Deus é laborar em erro e atrair sobre

a nação o juízo dos céus”

Rev. Hernandes Dias Lopesé pastor da Primeira IP de Vitória, ES