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BPN - Banco Português de Negócios S.A. – Sede Socia l: Av. António Augusto de Aguiar, 132 1050-020 Lisb oa
Capital Social EUR 380.000.000 – C.R. Comercial do Porto matrícula 55575 – Contribuinte 503 159 093
(Folha propositadamente deixada em branco)
ÍNDICE 1 - RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 7
1. Estrutura Accionista 8
2. Órgãos Sociais do BPN 8
3. Organograma do Grupo BPN 9
4. Rede de Distribuição 10
5. Enquadramento Económico 11
6. Análise Financeira 18
6.1 Actividade Consolidada 18
6.2 Actividade Individual 28
7. Proposta de Aplicação de Resultados 39
8. Demonstrações Financeiras Individuais e Consolidadas 41
Balanços Individuais 42
Demonstrações dos Resultados Individuais 43
Demonstrações do Rendimento Integral Individual 44
Demonstrações dos Fluxos de Caixa 45
Demonstrações das Alterações nos Capitais Próprios Individuais 46
Balanços Consolidados 47
Demonstrações dos Resultados Consolidados 48
Demonstrações do Rendimento Integral Consolidado 49
Demonstrações dos Fluxos de Caixa Consolidados 50
Demonstrações das Alterações nos Capitais Próprios Consolidados 51
2 - ANEXOS, RELATÓRIOS E PARECERES ÀS CONTAS 53
1. Anexo às Dem onstrações Financeiras Individuais 54
Nota Introdutória 54
Políticas Contabilísticas 55
Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 76
Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 77
Activos Financeiros Detidos para Negociação 77
Activos Financeiros Disponíveis para Venda 78
Aplicações em Instituições de Crédito 80
Crédito a Clientes 81
Derivados 84
Activos Não Correntes Detidos para Venda 88
Outros Activos Tangíveis 91
Activos Intangíveis 92
Investimentos em Filiais, Associadas e Empreendimentos Conjuntos 92
Impostos Sobre o Rendimento 94
Outros Activos 96
Recursos de Bancos Centrais e de Outras Instituições de Crédito 98
Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 99
Responsabilidades Representadas por Títulos 100
Passivos Financeiros Associados a Activos Transferidos 101
Provisões e Imparidade 102
Outros Passivos Subordinados 108
Outros Passivos 109
Capital 110
Reservas, Resultados Transitados e Resultado Líquido do Exercício 111
Juros e Rendimentos e Juros e Encargos Similares 112
Rendimentos de Instrumentos de Capital 113
Rendimentos e Encargos com Serviços e Comissões 113
Resultados de Activos e Passivos Financeiros Avaliados ao Justo Valor Através de Resultados 114
Resultados de Activos Financeiros Disponíveis para Venda 114
Resultados de Alienação de Outros Activos 115
Outros Resultados de Exploração 116
Custos com Pessoal e Número Médio de Empregados 117
Pensões de Reforma e Outros Benefícios dos Empregados 117
Gastos Gerais Administrativos 123
Passivos Contingentes e Compromissos 124
Relato por Segmentos 124
Entidades Relacionadas 130
Gestão de Capital 133
Prestação de serviços de mediação de seguros 134
Contingências 134
Divulgações Relativas a Instrumentos Financeiros 135
Eventos Subsequentes 144
Inventário de Títulos 145
2. Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas 148
Nota Introdutória 148
Base de Apresentação e Políticas Contabilísticas 149
Empresas do Grupo e Transacções Ocorridas no Exercício 174
Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 178
Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 179
Aplicações em Instituições de Crédito 180
Activos Financeiros Detidos para Negociação e Outros Activos Financeiros ao Justo Valor Através de Resultados 181
Activos Financeiros Disponíveis para Venda 182
Derivados 183
Activos e Passivos Não Correntes Detidos para Venda 185
Crédito a Clientes 193
Outros Activos Tangíveis 195
Activos Intangíveis 196
Imposto Sobre o Rendimento 197
Outros Activos 199
Recursos de Instituições de Crédito e Bancos Centrais 201
Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 202
Responsabilidades Representadas por Títulos 203
Provisões e Imparidade 205
Outros Passivos Subordinados 207
Outros Passivos 208
Capital 209
Reservas, Resultados Transitados e Resultado do Exercício 210
Interesses Minoritários 213
Juros e Rendimentos e Juros e Encargos Similares 214
Rendimentos de Instrumentos de Capital 215
Rendimentos e Encargos com Serviços e Comissões 215
Resultados em Operações Financeiras 216
Outros Resultados de Exploração 217
Custos com Pessoal 218
Pensões de Reforma e Outros Benefícios dos Empregados 218
Outros Gastos Administrativos 224
Passivos Contingentes e Compromissos 225
Relato por Segmentos 226
Entidades Relacionadas 229
Gestão de Capital 232
Contingências 232
Divulgações Relativas a Instrumentos Financeiros 233
Eventos Subsequentes 243
Inventário de Títulos Consolidado 244
3. Relatórios e Pareceres às Contas 247
Relatório de Auditoria – Contas Individuais
Certificação Legal das Contas Individuais
Relatório de Auditoria – Contas Consolidadas
Certificação Legal das Contas Consolidadas
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
3 - RELATÓRIO RELATIVO AO GOVERNO DA SOCIEDADE 265
1. Missão, objectivos e políticas da empresa 266
2. Regulamentos internos e externos a que a empresa está sujeita 266
3. Informação sobre transacções relevantes com entidades relacionadas 266
4. Informação sobre outras transacções 268
5. Indicação do modelo de governo e identificação dos membros dos órgãos sociais 269
6. Remuneração dos membros dos órgãos sociais 270
7. Análise da sustentabilidade da empresa nos domínios económicos, social e ambiental 271
8. Viabilidade do cumprimento dos Princípios do Bom Governo (RCM nº 49/2007, de 28 de Março), devidamente fundamentada 279
9. Existência de código de ética 280
10. Informação sobre a existência de um sistema de controlo compatível com a dimensão e complexidade da empresa, de modo a proteger os investimentos e os seus activos, o qual deve abarcar todos os riscos relevantes pela empresa 280
11. Identificação dos mecanismos adoptados com vista à prevenção de conflitos de interesses 281
12. Explicitação fundamentada da divulgação de toda a informação actualizada prevista na RCM nº 49/2007, de 28 de Março 282
13. Anexo relativo à Remuneração dos Membros dos Órgãos Sociais 283
(Folha propositadamente deixada em branco)
7
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 8
11.. EEssttrruuttuurraa AAcccciioonniissttaa
A Lei n.º 62-A/2008, de 11 de Novembro, veio decretar a nacionalização de todas as acções representativas do capital
social do BPN – Banco Português de Negócios, S.A..
Para todos os efeitos legais, concretizou-se nessa data a transmissão para o Estado, através da Direcção-Geral do
Tesouro e Finanças, de todas as acções representativas do capital social do BPN, livres de quaisquer ónus ou encargos.
O BPN adquiriu desta forma a natureza de sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, continuando a reger-
se pelas disposições legais que regulam a respectiva actividade, bem como pelos seus estatutos, na medida em que
estes não contrariem o previsto no regime jurídico do sector empresarial do Estado.
22.. ÓÓrrggããooss SSoocciiaaiiss ddoo BBPPNN
Mesa da Assembleia-geral
Miguel Galvão Teles (Presidente)
Paulo Taveira de Sousa (Secretário)
Conselho de Administração
Norberto Emílio Sequeira da Rosa (Vice-Presidente)
Pedro Manuel de Oliveira Cardoso (Vogal)
Rui Manuel Correia Pedras (Vogal)
Mário Manuel Garcia Faria Gaspar (Vogal)
Jorge António Beja Pessoa (Vogal)
Conselho Fiscal
Carlos Durães da Conceição (Vogal efectivo)
Maria Helena Maio Ferreira de Vasconcelos (Vogal efectivo)
Luís Miguel Silva Ribeiro (Vogal suplente)
Ana Beatriz de Azevedo Dias Antunes Freitas (Vogal Suplente)
Revisor (Efectivo)
Oliveira Rego & Associados, SROC
Representada por Manuel de Oliveira Rego, ROC nº 46
Revisor (Suplente)
Oliveira Rego & Associados, SROC
Pedro Miguel Marques Antunes Bastos, ROC nº 1063
Auditores
Deloitte & Associados, SROC, S.A., Lda.
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 9
33.. OOrrggaannooggrraammaa ddoo GGrruuppoo BBPPNN
Grupo Banco Português de Negócios
NACIONAL INTERNACIONALFinanceiras
Banco Efisa, S.A. 100,0% BPN Brasil Banco Múltiplo, S.A. 100,0%BPN Crédito, IFIC, S.A. 100,0% BPN Cayman 100,0%BPN Gestão Activos, SGFIM, S.A. 100,0% BPN Créditus Brasil Promotora de Vendas, Ltda 100,0%BPN Imofundos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. 100,0% BPN IFI, S.A. 100,0%BPN Internacional, SGPS, S.A. 100,0% BPN Participações Brasil Ltda 93,7%BPN Madeira, SGPS, S.A. 100,0%BPN Participações Financeiras, SGPS, Lda 100,0%BPN Serviços ACE 95,0%Parparticipadas, SGPS, S.A. 100,0%
SegurosReal Vida Seguros, S.A. 100,0%
Não FinanceirasAdrave - Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Ave, S.A. 6,4% Acacia Real Estate Limited (Acacia - BVI) 1,7%AMB, SGPS, S.A. 11,0% African Leasing Company (Moçambique), S.A. 36,0%BPN Acções Europa - Fundo de Investimento Aberto 11,2% BPN Créditus Brasil Promotora de Vendas, Ltda 100,0%BPN Acções Global - Fundo de Investimento Aberto de Acções Internacionais 8,4% CGM - Compras em Grupo Moçambique, S.A.R.L. 19,2%BPN G.A. Valorização Patrimonial - Fundo de Capital de Risco 19,8% Fenton Ventures & Resources INC 30,0%BPN Imoglobal - Fundo de Investimento Imobiliário Fechado 10,1% Investment & Credit Holdings, LLC 9,5%BPN Optimização - Fundo de Investimento Aberto Misto de Obrigações 22,5% Nearent Ibérica, S.L. 20,0%BPN Taxa Fixa Euro - Fundo de Investimento Aberto de Obrigações de Taxa Fixa 44,4% Payshope Moçambique S.A.R.L. 20,0%BPN Valorização - Fundo de Investimento Aberto Misto de Acções 30,5% SIBS - Forward Payment Solutions 0,4%Centro Hospitalar de S. Francisco, S.A. 5,9% SWIFT - Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication 0,6%CoimbraVita - Agência de Desenvolvimento Regional, S.A. 11,1% VISA INC. - CLASS C 0,0%Efisacar - Aluguer e Comércio de Bens Móveis, S.A. 19,8%Entigere - Entidade Gestora da Rede Multiserviços, S.A. 10,0%Ergorent - Aluguer e Comércio de Equipamentos e Serviços, S.A. 20,0%Fund Box - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. 9,9%Galilei, SGPS, S.A. 1,7%Inegi - Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial 3,0%InovCapital - Sociedade de Capital de Risco, S.A. 0,0%Locageste - Aluguer e Participações, Lda 20,0%Lugab - Gestão e Participações, S.A. 25,0%Mercapital - Fundo Especial de Investimento Imobil iário Fechado 0,5%Nearent - Aluguer e Comércio de Equipamentos, S.A. 20,0%PME Investimentos - Sociedade de Investimentos, S.A. 0,0%Schoolgest, SGPS, S.A. 16,0%Sensorent - Aluguer e Comércio de Equipamentos e Serviços, S.A. 19,0%
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 10
44.. RReeddee ddee DDiissttrr iibbuuiiççããoo
Agências e Gabinetes Empresa, por Distrito, em 31-12 -2011
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 11
55.. EEnnqquuaaddrraammeennttoo EEccoonnóómmiiccoo
Economia Mundial
O ano de 2011 foi caracterizado por sucessivas revisões em baixa do crescimento económico mundial. Factores como o
terramoto do Japão, a crise da dívida soberana europeia com os consequentes cortes nas notações de rating dos países
periféricos e as dificuldades de entendimento entre democratas e republicanos na aprovação de um plano de contenção
dos gastos públicos que levou à perda da notação de rating de AAA dos EUA efectuada pela agência S&P, afectaram a
confiança dos agentes económicos, especialmente nas economias desenvolvidas.
A diferença entre a dinamismo das economias emergentes e das economias desenvolvidas foi gradualmente sendo mais
evidente ao longo do ano, assim como a evolução diferenciada das economias americana e europeia e, dentro do
espaço da Zona Euro, da clivagem entre o ritmo de crescimento económico da Alemanha e dos restantes países do
bloco.
De acordo com os últimos dados do FMI, o crescimento mundial terá sido de 3,8% em 2011, com as economias
emergentes a avançar 6,2% e as economias desenvolvidas a crescerem apenas 1,6%.
Nos EUA, a economia terá crescido em 2011 1,8% enquanto que na Zona Euro, o Produto Interno Bruto (PIB) deverá ter
crescido 1,6%.
No âmbito da Zona Euro, as variações de evolução económica são significativas: a Alemanha deve ter registado um
crescimento do PIB de 3% enquanto que a França (segunda potência da Zona Euro) terá registado um crescimento de
1,6%, a Itália (terceira potência) deverá ter registado um crescimento de 0,4% e a Espanha (quarta potência) deverá ter
crescido 0,7%. Os países em maiores dificuldades, deverão ter registado quebras do PIB de 1,6% (Portugal) e de 6,0%
(Grécia), enquanto que a Irlanda já deve ter registado um ligeiro crescimento económico (0,6%).
A economia japonesa deve ter evoluído negativamente em 2011 (-0,9%) em consequência dos efeitos do sismo de grau
9 seguido de tsunami e que deu origem ao desastre nuclera de Fukushima.
Os denominados países BRIC deverão ter crescido: Brasil (2,9%), Rússia (4,1%), Índia (7,4%) e China (9,2%).
Previsões económicasRubrica 2011 2012 2013
Produto Interno BrutoEconomias desenvolvidas 1,6% 1,2% 1,9%Economias emergentes 6,2% 5,4% 5,9%EUA 1,8% 1,8% 2,2%Zona Euro 1,6% -0,5% 0,8%Japão -0,9% 1,7% 1,6%China 9,2% 8,2% 8,8%Rússia 4,1% 3,3% 3,5%Índia 7,4% 7,0% 7,3%Brasil 2,9% 3,0% 4,0%
InflaçãoEconomias desenvolvidas 2,7% 1,6% 1,3%Economias emergentes 7,2% 6,2% 5,5%
Fonte: Fundo Monetário Internacional (Outlook Janeiro 2012)
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 12
A desaceleração económica verificada em 2011, em especial no segundo semestre do ano, foi a consequência da
desconfiança dos agentes económicos e do aumento da aversão ao risco por parte dos investidores. Os mercados de
acções, especialmente as bolsas europeias, japonesa e dos mercados emergentes, desvalorizaram-se
significativamente. Os spreads de risco da dívida dos países europeus em dificuldades aumentaram, o mesmo
sucedendo aos spreads da dívida das empresas, consideradas investment grade (rating igual ou superior a BBB- / Baa3)
e consideradas high yield (rating inferior a BBB- / Baa3).
A política monetária foi restritiva na maior parte do ano nas economias emergentes, devido à expectativa de pressões
inflacionistas que acabaram por não se verificar, levando alguns bancos centrais a flexibilizar as condições nos mercados
monetários: descida dos coeficientes de reservas obrigatórias dos bancos na China e descida da taxa de juro de
referência (Selic) no Brasil são alguns exemplos.
Nas economias desenvolvidas, o Banco Central Europeu (BCE) procedeu à subida da Refi Rate de 1% para 1,5% numa
primeira fase para depois descer novamente para 1%.
A crise da dívida soberana europeia agravou-se, tendo Portugal solicitado no primeiro semestre um resgate da ordem de
78 mil milhões de euros e a Grécia solicitado um segundo pacote de ajuda, para além de se ter fixado um haircut da
dívida em 50%, cuja negociação com os credores privados não foi concluída em 2011, esperando que o seja em Janeiro
ou Fevereiro de 2012.
A situação do sector financeiro continuou complicada ao longo do ano. As necessidades de financiamento dos balanços
dos bancos nos mercados monetários e de capitais continuaram difíceis. A desconfiança é significativa, pelo que, os
bancos com mais excedentes continuam a preferir fazer depósitos junto do Banco Central Europeu. No final de 2011, os
depósitos dos bancos no BCE eram superiores a 400 mil milhões de euros, o valor mais alto do ano.
O processo de desalavancagem continuou, a par da constante necessidade de os bancos se recapitalizarem. Até Junho
de 2012, os bancos europeus têm de obter um rácio de core Tier I de 9%.
O BCE no mês de Dezembro possibilitou aos bancos financiarem-se por três anos, tendo o primeiro leilão ocorrido no dia
21/12 e foram colocados quase 500 mil milhões de euros. O segundo e último leilão ocorrerá em Fevereiro de 2012.
As estimativas económicas para 2012 apontam para uma desaceleração económica, especialmente na Zona Euro. A
nível mundial, o FMI estima que o PIB cresça 3,3%, Os EUA deverão crescer em 2012 cerca de 1,8%, a Zona Euro
deverá contrair 0,5%, o Japão deverá evoluir positivamente cerca de 1,7%, as economias avançadas irão crescer 1,2% e
as economias emergentes deverão crescer 5,4%.
Os principais desafios para 2012 são a implementação de medidas já decididas com vista à resolução de um processo
demorado como é a crise da dívida soberana europeia, o défice público americano e a bolha imobiliária na China.
Esperam-se eleições em alguns países, como a França e os EUA.
Os analistas internacionais não consideram qualquer subida das taxas de juro nos EUA em 2012 e relativamente à Zona
Euro, as estimativas apontam para uma nova descida da Refi Rate de 1% para 0,75% ou mesmo para 0,50%.
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 13
Mercados monetários
Em 2011 a Reserva Federal Americana (FED) manteve a sua taxa de juro de cedência de liquidez ao sistema bancário
em 0,25% e, continuou a transmitir aos mercados financeiros várias indicações no sentido da manutenção dos estímulos
monetários com que tem enfrentado a crise financeira.
Para contrariar a tendência de retracção da concessão de crédito ao sector privado da economia, o FED continuou com a
política de cedência quantitativa de liquidez através de compras de dívida pública, de títulos hipotecários e de obrigações
das instituições de crédito imobiliário de origem governamental até Junho de 2011. O balanço financeiro da Reserva
Federal Americana continuou a aumentar, atingindo em finais de 2011 mais do triplo, face ao valor anterior à crise
financeira.
A Libor do USD a 6 e a 12 meses apesar de terem subido em 2011, permaneceram em níveis reduzidos, terminando o
ano nos 0,8085% e 1,12805% respectivamente (0,456% e 0,781% no final de 2010).
Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) começou por subir a Refi Rate de 1% para 1,25% e para 1,5%, devido a
pressões inflacionistas que se sentiram nos primeiros meses de 2011. Os preços das commodities estiveram
pressionados no primeiro trimestre do ano.
Após o Verão e com a nomeação de um novo Presidente do BCE, Mario Draghi que sucedeu a Jean Claude Trichet, a
política monetária mudou. A Refi Rate desceu no último trimestre de 2011 novamente para 1% e o BCE estendeu as
linhas de liquidez aos bancos por prazos até três anos.
As taxas de juro Euribor subiram, especialmente no primeiro semestre do ano. A Euribor a 12 meses passou de 1,507%
em Dezembro de 2010 para 1,947% em Dezembro de 2011, enquanto a Euribor a 6 meses fechou o ano em 1,617%
(1,227% em Dezembro de 2010).
O BCE acelerou a expansão do seu balanço aceitando como colateral activos de menor qualidade como contrapartida
das suas cedências de liquidez e alargou os prazos dos fundos concedidos, nas operações de refinanciamento dos
bancos, os quais chegaram aos três anos.
Intensificou nos períodos mais críticos, em especial no segundo semestre de 2011, a compra de obrigações de dívida
pública em mercado secundário de Itália, Espanha e Portugal. As compras ascenderam no final de 2011 e desde o início
do processo em 2010, a mais de 200 mil milhões de euros.
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 14
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
Jan-99 Jan-00 Jan-01 Jan-02 Jan-03 Jan-04 Jan-05 Jan-06 Jan-07 Jan-08 Jan-09 Jan-10 Jan-11
Euribor 6MEuribor 12MTaxa BCE
Mercados de capitais
A evolução das bolsas mundiais foi genericamente negativa, como o espelha o índice MSCI World que apresentou uma
performance negativa de 5,5%. O mercado americano de acções medido pelo índice S&P 500 apresentou uma variação
nula em 2011, enquanto que as bolsas europeias caíram 11,3% (medidas pelo índice Stoxx 600). A bolsa japonesa
medida pelo índice Topix caiu em 2011 18,9%. O índice da bolsa de Hong Kong caiu 20%, o índice MSCI Far East (Ásia
sem o Japão) caiu 16,8%, tendo o índice MSCI Emerging Markets regredido 18,4%.
As quedas foram genéricas e espelharam os receios e a aversão ao risco por parte dos investidores.
.
Nos mercados obrigacionistas, registou-se uma fuga para o refúgio, com as rendibilidades até à maturidade das
obrigações americanas e alemãs com dez anos de maturidade a descerem significativamente. Contrariamente, a dívida
dos países europeus em dificuldades, registaram uma forte subida do prémio de risco exigido pelos investidores.
No caso português, a rendibilidade até à maturidade das obrigações de dívida pública portuguesa a dez anos subiu de
6,86% no final de 2010 para 12,771% no final de 2011. O spread da dívida pública portuguesa a dez anos face à alemã
estava nos 1085 pontos base no final de 2011.
Os credit default swaps (CDS) dos países periféricos da zona euro continuaram a subir significativamente em 2011. O
CDS a cinco anos de Portugal passou dos 500 pontos base (pb) no final de 2010 para os 1.117 pb no final de 2011, o de
Espanha subiu de 350 pb para 393 pb e o de Itália passou de 243 pb para 502 pb.
Os spreads de risco das obrigações de empresas registaram igualmente uma subida significativa, com os índices iTraxx
(espelha o spread médio pago pelos emitentes com rating igual ou superior a BBB-/Baa3) e Crossover (espelha o spread
médio pago pelos emitentes com rating inferior a BBB-/Baa3) a fecharem o ano nos 175 pb (105 pb no final de 2010) e
nos 760 pb (438 pb no final de 2010) respectivamente.
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 15
A Economia Portuguesa
De acordo com as últimas projecções do Banco de Portugal, o Produto Interno Bruto (PIB) da economia portuguesa
decresceu 1,6% em 2011, devendo decrescer 3,1% em 2012 e crescer muito ligeiramente em 2012 (0,3%).
É preocupante a continuada queda da formação bruta de capital fixo. Depois das quedas registadas em 2009 (11,7%) e
em 2010 (4,8%), este indicador voltou a cair 11,2% em 2011 e a previsão para 2012 é a de uma nova queda de 12,8%;
isto é, cerca de 40% de quebra em quatro anos.
A evolução do consumo privado também é preocupante, sendo reflexo do ajustamento económico, com efeitos negativos
no aumento do desemprego.
Para 2012, o Banco de Portugal prevê uma contracção do consumo privado de 6% e da procura interna de 6,5%.
Os únicos indicadores com uma evolução prevista positiva em 2012 são as exportações que devem aumentar 4,1% e a
redução dos défices das balanças corrente e de capital e de bens e serviços, sendo que neste último caso, o Banco de
Portugal prevê um excedente em 2012.
Previsões económicasRubrica 2011 2012 2013
Produto Interno Bruto -1,6% -3,1% 0,3%Consumo Privado -3,6% -6,0% -1,8%Consumo Público -3,2% -2,9% -1,4%Formação Bruta de Capital Fixo -11,2% -12,8% -1,8%Procura Interna -5,2% -6,5% -1,5%Exportações 7,3% 4,1% 5,8%Importações -4,3% -6,3% 0,7%Balança Corrente e de Capital (% do PIB) -6,8% -1,6% 0,8%Balança de Bens e Serviços (% do PIB) -3,7% 0,3% 2,4%Índice harmonizado de preços no consumidor 3,6% 3,2% 1,0%
Fonte: Banco de Portugal (BE Inverno 2011)
A economia portuguesa vai continuar a sofrer um processo de ajustamento e de modelo de configuração, isto é, as
empresas têm de direccionar gradualmente a sua produção para o mercado interno com vista à substituição de
importações e para o mercado externo para compensar o ajustamento económico actual. Os mercados das exportações
devem passar cada vez mais pelas economias com melhores perspectivas de crescimento económico.
Inflação e Desemprego
Em 2011, a inflação subiu para 3,6%, prevendo-se que possa descer para 3,2% em 2012.
A subida dos preços das commodities, teve um impacto nos preços dos combustíveis e dos produtos alimentares, bem
como a subida do IVA para 23% no início do ano.
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 16
A taxa média de desemprego continuou a sua trajectória ascendente, passando de 10,9% no final de 2010 para 13,2%
no final de 2011.
Os analistas em geral esperam a continuação do aumento do desemprego em 2012 para cerca de 14% a 14,5%,
consoante as estimativas, o que reflecte o ajustamento económico que o País vive.
Finanças públicas
Em Abril de 2011, o País solicitou ajuda financeira à Comissão Europeia e ao Fundo Monetário Internacional.
Com o acordo de assistência financeira, ficaram estabelecidas metas para o défice público em valor absoluto e em
percentagem face ao PIB e o governo ficou obrigado a um vasto plano de reformas estruturais, de forma a melhorar a
produtividade e o crescimento económico a médio prazo.
O défice público em percentagem face ao PIB definido para 2011 era de 5,9%, devendo ter ficado cerca dos 4%, devido
a uma medida extraordinária que foi a passagem dos fundos de pensões da banca para a segurança social.
Para 2012, o objectivo do défice público é de 4,5%, mas não são permitidas medidas extraordinárias.
Sistema bancário
Na sequência de várias descidas da notação de risco do País, o prémio exigido pelos investidores à dívida soberana
aumentou cerca de 600 pontos na maturidade de dez anos, o mesmo sucedendo nas restantes maturidades de dívida de
m/l prazo.
O acesso ao mercado para colocação de dívida de m/l prazo deixou de existir para o País, para as instituições
financeiras e para as empresas nacionais em geral. A nível de dívida pública, o Estado emitiu apenas bilhetes do tesouro
a 3 e a 6 meses ao longo de 2011.
Além das dificuldades financeiras, o Banco de Portugal estabeleceu novas metas de solvabilidade para os bancos,
nomeadamente, um rácio de Core Tier I de 9% no final de 2011 e de 10% no final de 2012. Os bancos desenvolveram
um processo de desalavancagem de activos e de reforço dos capitais próprios.
O programa de assistência financeira ao País no valor de 78 mil milhões de euros, estabelece uma parcela de 12 mil
milhões de euros para reforço dos capitais próprios dos bancos nacionais, caso estes venham a necessitar.
A qualidade da carteira de crédito dos bancos portugueses continuou a deteriorar-se em 2011, com o crédito vencido a
subir em valor absoluto e em percentagem da carteira de crédito.
A recessão económica que afectou as empresas e a taxa de desemprego que se agravou em 2011 cerca de 2,5% face
ao valor já elevado registado em 2010, foram os factores responsáveis pelo aumento do crédito mal parado.
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 17
Os bancos nacionais continuaram ao longo de 2011 a recorrer ao financiamento junto do BCE, beneficiando em
Dezembro de 2011 do leilão de financiamento a três anos efectuado por este.
Contas externas
Em 2011, o Banco de Portugal apontou para uma redução do défice da Balança Corrente e de Capital para 6,8% do PIB
(8,7% em 2010). Esta redução foi em grande parte explicada pela evolução da Balança de Bens e Serviços, cujo défice
passou de 6,5% em 2010 para previsivelmente 3,7% em 2011.
A evolução da Balança Corrente e de Capital que tem como contrapartida as necessidades de financiamento externo da
economia, ganhou nos últimos dois anos uma importância acrescida na análise do risco da dívida soberana dos países
periféricos.
Para 2012, o Banco de Portugal estima que o défice da Balança Corrente e de Capital continue a descer para 1,6% do
PIB e para 2013, já se espera um saldo positivo de 0,8%, o que a verificar-se, demonstra bem o ajustamento da
economia portuguesa.
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 18
66.. AAnnááll iissee FFiinnaanncceeii rraa
66..11.. AAcctt iivviiddaaddee CCoonnssooll iiddaaddaa
RReessuull ttaaddooss ee rreennddiibbii ll iiddaaddee
No final do exercício de 2011, os resultados líquidos consolidados do Grupo BPN traduziram-se num prejuízo de 87.131
milhares de euros, em comparação com os 126.643 milhares de euros de prejuízos obtidos no exercício anterior.
A melhoria verificada na margem financeira e nas comissões líquidas, bem como a redução dos custos operacionais e
das provisões e imparidade, foi ainda assim insuficiente para compensar os impactos negativos derivados da redução
dos resultados em operações financeiras, dos outros resultados de exploração e dos resultados em operações
descontinuadas.
RReessuull ttaaddoo CCoonnssooll iiddaaddoo milhares de €
31-12-2010 31-12-2011
% Valor
Margem financeira 33.514 57.629 72,0% 24.115Rendimentos de Instrumentos de Capital 489 217 -55,6% -272Comissões líquidas 9.089 16.027 76,3% 6.938Resultados em operações financeiras 24.401 2.413 -90,1% -21.988Outros Resultados do Exploração 4.068 1.908 -53,1% -2.160Produto da Actividade 71.561 78.194 9,3% 6.633
Custos operacionais 141.591 126.844 -10,4% -14.747Provisões e imparidade 60.621 13.205 -78,2% -47.416Resultado antes de impostos -130.651 -61.854 52,7% 68.7 97
Impostos 3.468 3.748 8,1% 280
Resultado consolidado do exercício de operações continuadas
-134.119 -65.602 51,1% 68.517
Resultado consolidado do exercício de operações descontinuadas
6.154 -22.206 -460,8% -28.360
Interesses minoritários 1.322 677 -48,8% -645
Resultado Consolidado -126.643 -87.131 31,2% 39.512
Variação
milhares de €
-87.131
-126.643 Dez-10
Dez-11
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 19
A margem financeira aumentou de 33.514 milhares de euros em 2010 para 57.629 milhares de euros no final de 2011, o
que representa um aumento de 72%. A Taxa da Margem Financeira aumentou de 0,47% para 1,53%.
A evolução positiva da margem financeira, que surge fundamentalmente por via da redução dos juros e encargos
similares, reflecte o impacto decorrente da alteração da estrutura do passivo na sequência da venda de activos ocorrida
no final de 2010.
MMaarrggeemm FFiinnaanncceeiirraa
milhares de €
57.629
33.514
1,53%
0,47%
Dez-10 Dez-11
Margem f inanceira Taxa Margem Financeira
As comissões líquidas totalizaram 16.027 milhares de euros em 2011, o que representou um aumento de 6.938 milhares
de euros, ou seja, mais 76,3% que o valor obtido no ano transacto.
Este aumento no valor das comissões líquidas surge por via da redução dos encargos com garantias associadas à
emissão de papel comercial
CCoommiissssõõeess LLííqquuiiddaass
milhares de €
9.089
16.027
Dez-10 Dez-11
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 20
Os resultados em operações financeiras cifraram-se em 2.413 milhares de euros face a 24.401 milhares de euros
registados em Dezembro de 2010. Para a diminuição registada, de 21.988 milhares de euros, contribuiu essencialmente
a variação registada na rubrica de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados, que incluía no ano
transacto uma mais-valia material obtida com o fecho de uma opção contratada com um cliente.
RReessuull ttaaddooss eemm OOppeerraaççõõeess FFiinnaanncceeiirraass milhares de €
31-12-2010 31-12-2011
% Valor
Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados
19.017 291 -98,5% -18.726
Resultados de activos financeiros disponíveis para venda
2.714 -1.382 -150,9% -4.095
Resultados de reavaliação cambial 4.716 3.628 -23,1% -1.087Resultados de alienação de outros activos -2.045 -125 93,9% 1.920
Total 24.401 2.413 -90,1% -21.988
Variação
Os outros resultados de exploração apresentaram um comportamento negativo, traduzido numa diminuição de 2.160
milhares face ao ano anterior, vindo a registar um saldo de 1.908 milhares de euros em Dezembro de 2011.
Considerando o comportamento descrito das margens financeira e complementar, o produto da actividade financeira em
Dezembro de 2011 cifrou-se em 78.194 milhares de euros, mais 6.633 milhares de euros (+9,3%), em comparação com
o montante de 71.561 milhares de euros atingido em Dezembro de 2010.
PPrroodduuttoo ddaa AAcctt iivv iiddaaddee BBaannccáárriiaa milhares de €
24.401
34.003
1.908
2.413
16.027
57.846
4.068
9.089
Outros Res.Exploração
Resultados emOp. Financeiras
Comissões (líq.)
MargemFinanceira(Alargada)
Dez-11Dez-10
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 21
Os custos operacionais somaram 126.844 milhares de euros, registando uma diminuição de 14.747 milhares de euros (-
10,4%) relativamente ao ocorrido no ano anterior. Este comportamento é explicável em face das reduções verificadas
nos custos com pessoal (-12,4%), nos gastos gerais administrativos (-6,1%) e nas amortizações do exercício (-16,8%).
No exercício de 2011, os custos com pessoal, em resultado das políticas implementadas, registaram uma redução de
9.465 milhares de euros face ao registado no ano transacto, totalizando 66.946 milhares de euros no final do ano de
2011.
As medidas de contenção de custos implementadas, desenvolvidas ao longo de 2011, permitiram uma diminuição dos
gastos gerais administrativos de 3.210 milhares euros. Esta rubrica totalizava 49.670 milhares de euros no final do
exercício.
As amortizações diminuíram 2.072 milhares de euros face ao ano anterior, situando-se no final do exercício em 10.228
milhares de euros.
CCuussttooss OOppeerraacciioonnaaiiss milhares de €
% Valor
Custos com pessoal 76.411 54,0% 66.946 52,8% -12,4% -9.465Gastos gerais administrativos 52.880 37,3% 49.670 39,2% -6,1% -3.210Amortizações do exercício 12.300 8,7% 10.228 8,1% -16,8% -2.072
Custos operacionais 141.591 100,0% 126.844 100,0% -10,4% -14.747
Custos operacionais / Produto bancário (cost-to-income) 197,9% 162,2%Custos com pessoal / Produto bancário 106,8% 85,6%Custos Operacionais / Activo líquido Médio 1,9% 2,0%
ValorVariação
%
31-12-201131-12-2010
Valor %
milhares de €
126.844141.591
197,9%162,2%
Dez-10 Dez-11
Custos operacionais Cost.to-income
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 22
A dotação líquida para provisões e imparidade ascendeu a 13.204 milhares de euros, montante correspondente a uma
diminuição de 47.417 milhares de euros (-78,2%) face ao ano precedente. A imparidade do crédito líquida de reversões
cifrou-se em 8.412 milhares de euros, traduzindo uma diminuição de 89,8% em comparação com 2010.
PPrroovviissõõeess ee IImmppaarriiddaaddeess milhares de €
% Valor
Provisões líq. de reposições e anulaçõesProvisões para encargos com benefícios empregados 8 0 -100,0% -8Provisões para garantias e compromissos assumidos -3.214 0 100,0% 3.214Outras provisões -28.829 4.337 115,0% 33.166
-32.035 4.337 113,5% 36.372
Imparidade do créditoPara Crédito de Cobrança Duvidosa -261.356 -153.736 41,2% 107.621Para Crédito Vencido e Outras 347.796 162.148 -53,4% -185.648Outras -4.044 0 100,0% 4.044
82.395 8.412 -89,8% -73.983
Imparidade de outros activosActivos Financeiros 1.136 436 -61,6% -700
Devedores diversos 0 0 - 0Títulos 1.136 436 -61,6% -700
Outros activos 9.125 19 -99,8% -9.10610.261 455 -95,6% -9.806
Total 60.621 13.204 -78,2% -47.417
Valor ValorVariação
31-12-2010 31-12-2011
No ano de 2011, o resultado consolidado de operações descontinuadas cifrou-se num prejuízo de 22.206 milhares de
euros, uma variação negativa face aos 6.154 milhares de euros de resultados positivos gerados no exercício anterior.
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 23
EEvvoolluuççããoo ddoo BBaallaannççoo
O activo líquido do Grupo BPN totalizou 4.639.236 milhares de euros no final de 2011, o que corresponde a uma
diminuição de 2.377.410 milhares de euros (-33,9 %) face ao registado no fecho do exercício do ano anterior. A alteração
do perímetro de consolidação é o principal factor explicativo para esta significativa variação.
O valor do passivo, que no final de Dezembro de 2011 era 5.133.855 milhares de euros, registou uma quebra de 43,9%
face ao valor registado no final do ano anterior. De destacar o contributo da rubrica passivos não correntes detidos para
venda com uma diminuição de 4.085.040 milhares de euros.
EEvvoolluuççããoo ddaass RRuubbrriiccaass ddee BBaallaannççoo milhares de €
31-12-2010 31-12-2011
% Valor
Activo Activos monetários e créditos a I.C. 410.539 311.308 -24,2% -99.231 Activos financeiros 57.677 68.831 19,3% 11.154 Crédito a clientes 3.183.881 3.146.097 -1,2% -37.785 Participações e imobilizado 32.217 22.448 -30,3% -9.769 Outros Activos 3.332.332 1.090.551 -67,3% -2.241.781
7.016.646 4.639.236 -33,9% -2.377.410
Passivo e Capitais Próprios Débitos para com Bancos Centrais e I.C. 855.949 457.138 -46,6% -398.810 Débitos para com Clientes 2.174.325 1.658.909 -23,7% -515.416 Passivos financeiros 19.038 15.661 -17,7% -3.377 Responsabilidades representadas por títulos 655.061 1.580.645 141,3% 925.583 Dívida subordinada 245.497 245.674 0,1% 177 Outros passivos 5.208.054 1.175.828 -77,4% -4.032.226
9.157.924 5.133.855 -43,9% -4.024.069
Capitais próprios -2.141.278 -494.619 76,9% 1.646.6597.016.646 4.639.236 -33,9% -2.377.410
Variação
A carteira de títulos cifrou-se em 68.831 milhares de euros em Dezembro de 2011, registando um aumento de 11.154
milhares de euros (+19,3%) face ao valor verificado no final do ano anterior.
.
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 24
AAccttiivvooss FFiinnaanncceeiirrooss milhares de €
% Valor
Activos financeiros detidos para negociaçãoObrigações 0 0 - 0Acções 115 79 -31,2% -36Instrumentos derivados 21.800 18.801 -13,8% -2.999
21.915 18.880 -13,8% -3.035
Activos financeiros disponíveis para vendaObrigações 30.914 43.434 40,5% 12.520Acções 27.702 27.618 -0,3% -84Imparidade -22.854 -22.840 0,1% 14
35.762 49.951 39,7% 14.189
Total 57.677 68.831 19,3% 11.154
31-12-2010
Valor
31-12-2011
ValorVariação
O crédito a clientes (bruto) cifrou-se, em Dezembro de 2011, em 3.454.881 milhares de euros, o que representou uma
diminuição de 15.981 milhares de euros (-0,5%) face ao valor apresentado no final do ano transacto.
Por segmentos, e em termos consolidados, o crédito a clientes distribuiu-se nos moldes descritos no quadro seguinte.
CCrrééddiittoo aa CClliieenntteess ppoorr SSeeggmmeennttooss FFiinnaanncceeiirrooss milhares de €
31-12-2010 31-12-2011
% Valor
Crédito VincendoParticulares 792.254 741.615 -6,4% -50.639
Crédito à Habitação 481.944 481.025 -0,2% -919Crédito ao Consum o 112.647 94.819 -15,8% -17.828Efeitos 7.142 3.763 -47,3% -3.379Em prés tim os 125.279 118.556 -5,4% -6.723Créditos em conta corrente 33.288 19.490 -41,5% -13.798Descobertos em depós itos à ordem 7.618 2.757 -63,8% -4.861Outros créditos 24.336 21.205 -12,9% -3.131
Empresas 2.461.966 2.366.988 -3,9% -94.977Efeitos 83.698 57.395 -31,4% -26.303Em prés tim os 1.405.269 1.375.030 -2,2% -30.239Créditos em conta corrente 872.369 701.021 -19,6% -171.347Descobertos em depós itos à ordem 95.639 231.101 141,6% 135.463Outros 4.990 2.440 -51,1% -2.550
Outros Créditos e correcções 18.022 3.473 -80,7% -14.549
Crédito Vencido 198.620 342.803 72,6% 144.183
Crédito Bruto 3.470.862 3.454.881 -0,5% -15.981
Variação
(*) Inclui créditos potencias e promessa, e créditos titularizados a desreconhecer.
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 25
O rácio de crédito vencido total cifrou-se em 6,2% (2,1% em Dezembro de 2010). O rácio do crédito com incumprimento,
calculado de acordo com as normas do Banco de Portugal, sofreu um aumento no período de 1,5% para 6,6%.
Se não fossem excluídos os créditos potenciais e promessa e créditos titularizados a desreconhecer, o rácio de crédito
vencido cifrar-se-ia em 9,9% (5,7% em Dezembro de 2010) e o rácio do crédito com incumprimento, calculado de acordo
com as normas do Banco de Portugal, em 10,3% (4,4% em Dezembro de 2010).
Relativamente à qualidade dos activos, verificou-se que o rácio de crédito vencido com mais de 90 dias face ao crédito
total veio a fixar-se em 5,2% (1,1% em Dezembro de 2010).
Em Dezembro de 2011, a Imparidade Acumulada de Crédito a Clientes atingiu os 308.784 milhares de euros, o que
traduz um aumento de 21.803 milhares de euros (+7,6%) face ao ano precedente.
No final de Dezembro de 2011, a cobertura do crédito vencido estava em 144,2% e a cobertura do crédito vencido há
mais de 90 dias fixou-se em 171,7%.
QQuuaall iiddaaddee ddoo CCrrééddii ttoo aa CCll iieenntteess milhares de €
31-12-2010 31-12-2011
% Valor
Crédito Total 3.470.862 3.454.881 -0,5% -15.981
Im paridade Acum ulada 286.981 308.784 7,6% 21.803
Crédito Total Líquido 3.183.881 3.146.097 -1,2% -37.785
Crédito Vencido (*) 72.033 214.151 197,3% 142.118
Crédito Vencido há m ais de 90 dias (*) 39.578 179.873 354,5% 140.294
Crédito de Cobrança duvidosa (1) 13.068 49.558 279,2% 36.490
Crédito com Incum prim ento (*) 52.646 229.431 335,8% 176.784
Crédito em Risco (*) 262.976 477.254 81,5% 214.279
Crédito vencido/Crédito total 2,1% 6,2%Crédito vencido > 90 dias / Crédito total 1,1% 5,2%Crédito em Incum prim ento / Crédito total 1,5% 6,6%Crédito em Risco / Crédito total 7,6% 13,8%
Cobertura do Crédito Vencido 398,4% 144,2%Cobertura do Crédito Vencido há m ais de 90 dias 725,1% 171,7%Cobertura do Crédito com Incum prim ento 545,1% 134,6%Cobertura do Crédito em Risco 109,1% 64,7%Cobertura do Crédito Total 8,3% 8,9%
Variação
1 Crédito de cobrança duvidosa classif icado como crédito vencido para efeitos de provisionamento
[aplicação da alínea a) do nº 1 de nº 4 do Aviso 3/95]
(*) Exclui créditos potenciais e promessa e créditos titularizados
No final de Dezembro de 2011, os recursos de clientes apresentavam o valor de 1.658.909 milhares de euros, revelando
assim um decréscimo de 515.416 milhares de euros (-23,7%) relativamente ao final do ano anterior.
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 26
RReeccuurrssooss ddee CCll iieenntteess milhares de €
% Valor
Depósitos à ordem 450.359 20,7% 362.693 21,9% -19,5% -87.666Depósitos a prazo 1.675.818 77,1% 1.262.207 76,1% -24,7% -413.611Depósitos poupança 21.543 1,0% 9.829 0,6% -54,4% -11.715Outros Recursos 26.605 1,2% 24.180 1,5% -9,1% -2.426
Total 2.174.325 100,0% 1.658.909 100,0% -23,7% -515.416
ValorVariação
% Valor %
31-12-201131-12-2010
O total dos recursos cifrou-se em 3.942.366 milhares de euros, com uma variação positiva de 0,3% face ao final do ano
transacto.
EEssttrruuttuurraa ddoo FFiinnaanncciiaammeennttoo mmiillhhaarreess ddee €€
% Valor
Recursos de bancos centrais 70.017 1,8% 0 0,0% -100,0% -70.017Recursos de outras instituições de crédito 785.931 20,0% 457.138 11,6% -41,8% -328.793Recursos de clientes e outros empréstimos 2.174.325 55,3% 1.658.909 42,1% -23,7% -515.416Responsabilidades representadas por títulos 655.061 16,7% 1.580.645 40,1% 141,3% 925.583Outros passivos subordinados 245.497 6,2% 245.674 6,2% 0,1% 177
Total 3.930.832 100,0% 3.942.366 100,0% 0,3% 11.533
%Variação
Valor % Valor
31-12-2010 31-12-2011
mmii llhhaarreess ddee €€
245.497
2.174.325
785.931
70.017
245.674
1.658.909
457.138
0
655.061
1.580.645
Outros passivossubordinados
Responsabilidadesrepresentadas por
títulos
Recursos de clientese outros
empréstimos
Recursos de outrasinstituições de crédito
Recursos de bancoscentrais
Dez-11
Dez-10
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 27
Os capitais próprios totalizaram um montante negativo de 494.619 milhares de euros, reflectindo uma subida de
1.646.659 milhares de euros (+76,9 %) face ao final do ano anterior, em consequência da alteração do perímetro de
consolidação.
CCaappii ttaaiiss pprróópprriiooss mmiillhhaarreess ddee €€
31-12-2010 31-12-2011
% Valor
Capital 380.000 380.000 0,0% 0Prémios de emissão 6.790 6.790 0,0% 0Reservas de reavaliação -4.977 -18.960 -281,0% -13.983Outras reservas e resultados transitados -2.435.230 -781.073 67,9% 1.654.157Reservas de conversão cambial 702 3.302 370,4% 2.600Resultado líquido -126.643 -87.131 31,2% 39.512Interesses minoritários 38.080 2.453 -93,6% -35.627
Total -2.141.278 -494.619 76,9% 1.646.659
Variação
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 28
66..22.. AAcctt iivviiddaaddee IInnddiivviidduuaall
Em 2011 o resultado líquido do exercício em base individual cifrou-se num prejuízo de 95.450 milhares de euros, em
comparação com os 102.420 milhares de euros de prejuízo obtido no exercício anterior.
Face ao exercício transacto, merece ser salientado o aumento da margem financeira (+16.438 milhares de euros) e das
comissões líquidas (+5.931 milhares de euros), bem como a evolução positiva dos custos operacionais (-14.775 milhares
de euros) e a diminuição das provisões e imparidade líquidas (-146.067 milhares de euros). Verificou-se porém uma
variação negativa, face ao registado em 2010, nas rubricas de resultados em operações financeiras (-170.675 milhares
de euros) e de outros resultados de exploração (-2.332 milhares de euros).
RReessuull ttaaddoo ll ííqquuiiddoo ddoo eexxeerrccíícciioo milhares de €
31-12-2010 31-12-2011
% Valor
Margem financeira 40.267 56.705 40,8% 16.438Rendim entos de Ins trum entos de Capital 489 217 -55,6% -272Com issões líquidas 10.561 16.492 56,2% 5.931Resultados em operações financeiras 174.125 3.450 -98,0% -170.675Outros Resultados do Exploração 5.088 2.756 -45,8% -2.332Produto Bancário 230.530 79.620 -65,5% -150.910
Cus tos operacionais 143.095 128.320 -10,3% -14.775Provisões e im paridade 189.068 43.001 -77,3% -146.067
Resultado antes de impostos -101.633 -91.701 9,8% 9.932
Im pos tos 787 3.749 376,4% 2.962
Resultado Líquido do Exercício -102.420 -95.450 6,8% 6. 970
Variação
milhares de €
-102.420
-95.450
Dez-10
Dez-11
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 29
CCoonnttrr iibbuuttoo ppoorr rruubbrriiccaa ppaarraa oo rreessuull ttaaddoo ll ííqquuiiddoo ddoo eexxeerrccíícciioo
milhares de €
56.7053.45016.492
217
-128.320
-43.001 -3.749 -95.450
2.756
Margemfinanceira
RendimentosInstrumentos
de CapitalComissões
líquidas
Resultadosoperaçõesf inanceiras
OutrosResultadosExploração
Custosoperacionais
Provisões eimparidade Impostos
ResultadoLíquido doExercício
VVaarr iiaaççããoo ddaass rruubbrriiccaass ddee rreessuull ttaaddooss eemm 22001111 milhares de €
-95.450-102.420 -2.962
+146.067
+14.775
-2.332-170.675
-272
+16.438 +5.931
Resultadolíquido
31-12-2010M argem
financeira
RendimentosInstrumentos
de CapitalComissões
líquidas
Resultadosoperaçõesfinanceiras
OutrosResultadosExploração
Custosoperacionais
Provisões eimparidade Impostos
Resultadolíquido
31-12-2011
A margem financeira evoluiu de 40.267 milhares de euros em 2010 para 56.705 milhares de euros no final de 2011, o
que representou um aumento de 40,8%. A taxa da margem financeira aumentou de 0,51% para 1,19%. A venda de
créditos com elevada imparidade, ocorrida em Dezembro de 2010, induziu o desejável efeito positivo na estrutura do
passivo e o concomitante impacto favorável na rubrica de juros e encargos similares no período em destaque.
Assim, os juros e rendimentos similares do exercício registaram uma quebra de 9,8% (-21.418 milhares de euros) face
ao contabilizado no ano anterior. Em contrapartida, os juros e encargos similares do ano revelaram uma descida de
21,1% (-37.856 milhares de euros) comparativamente com o registado no exercício anterior.
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 30
MMaarrggeemm FFiinnaanncceeiirraa milhares de €
56.705
40.267
1,19%
0,51%
Dez-10 Dez-11
Margem financeira Taxa Margem Financeira
As comissões líquidas totalizaram 16.492 milhares de euros, o que representa um aumento de 5.931 milhares de euros,
ou seja, um crescimento de 56,2% face ao valor obtido no ano transacto.
CCoommiissssõõeess ll ííqquuiiddaass milhares de €
10.561
16.492
Dez-10 Dez-11
Os resultados em operações financeiras cifraram-se em 3.450 milhares de euros, comparativamente com um montante
de 174.125 milhares de euros registados no exercício anterior.
Para esta variação contribuiu o facto de se ter verificado no exercício anterior o registo de mais-valias significativas
associadas à venda de valores mobiliários à Parups, contabilizadas na rubrica de resultados em activos financeiros
disponíveis para venda, bem como a relevação de uma mais-valia material obtida com o fecho de uma opção contratada
com um cliente.
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 31
RReessuull ttaaddooss eemm OOppeerraaççõõeess FFiinnaanncceeiirraass milhares de €
31-12-2010 31-12-2011
% Valor
Resultados de activos e pass ivos avaliados ao jus to valor através de resultados
18.530 1.205 -93,5% -17.325
Resultados de activos financeiros disponíveis para venda
254.564 -1.382 -100,5% -255.946
Resultados de reavaliação cam bial 4.168 3.628 -13,0% -540Resultados de alienação de outros activos -103.137 -1 100,0% 103.136
Total 174.125 3.450 -98,0% -170.675
Variação
A rubrica de outros resultados de exploração, em Dezembro de 2011, totalizou 2.756 milhares de euros,
comparativamente com um resultado de 5.088 milhares de euros registados no final do ano transacto, exercício no qual
se registou o proveito de 3.300 milhares de euros obtido com a alienação da rede de agências, activos e passivos da
Sucursal de França.
Em resultado do comportamento das rubricas anteriormente descritas, o produto bancário no ano de 2011 cifrou-se
assim em 79.620 milhares de euros, uma quebra de 150.910 milhares de euros (-65,5%) face aos 230.530 milhares de
euros verificados em 2010. Expurgando o contributo dos resultados em operações financeiras, o produto bancário teria
registado um incremento de 35% face ao valor contabilizado no exercício anterior.
PPrroodduuttoo BBaannccáárriioo milhares de €
174.125
40.756
2.756
3.450
16.492
56.922
5.088
10.561
Outros Res.Exploração
Resultados emOp. Financeiras
Comissões (líq.)
MargemFinanceira(Alargada)
Dez-11Dez-10
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 32
No exercício de 2011, os custos operacionais somaram 128.320 milhares de euros, registando uma diminuição de 14.775
milhares de euros (-10,3%) relativamente ao ano anterior. Este comportamento é explicado pela redução verificada nos
custos com pessoal (-12,2%), nos gastos gerais administrativos (-7,6%) e nas amortizações do exercício (-14,0%).
Os custos com pessoal apresentaram um comportamento positivo face ao total registado em Dezembro de 2010. As
políticas implementadas, em paralelo com a aplicação dos cortes salariais definidos no OE2011, conduziram a uma
redução no ano de 9.084 milhares de euros, totalizando assim um montante de 65.371 milhares de euros no final do
exercício de 2011.
Os gastos gerais administrativos, num total de 56.712 milhares de euros em 2011, traduzem uma redução de 4.672
milhares de euros face ao registado no final do exercício anterior, em resultado da continuada aplicação da política de
contenção de custos iniciada nos anos anteriores.
Face ao montante contabilizado no exercício anterior, as amortizações diminuíram 1.019 milhares de euros (-14%),
totalizando 6.237 milhares de euros no final do ano de 2011.
CCuussttooss OOppeerraacciioonnaaiiss milhares de €
% Valor
(1) (2) (2)/(1) (2)-(1)
Cus tos com pessoal 74.455 65.371 -12,2% -9.084Gas tos gerais adm inis trativos 61.384 56.712 -7,6% -4.672Am ortizações do exercício 7.256 6.237 -14,0% -1.019
Custos operacionais 143.095 128.320 -10,3% -14.775
Cus tos operacionais / Produto bancário (cos t-to-incom e) 62,1% 161,2%Cus tos com pessoal / Produto bancário 32,3% 82,1%Cus tos Operacionais / Activo líquido Médio 2,2% 2,8%
Variação
31-12-2010 31-12-2011
ValorValor
143.095128.320
161,2%
62,1%
Dez-10 Dez-11
Custos operacionais Cost.to-income
milhares de €
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 33
A dotação líquida para provisões e imparidade ascendeu a 43.001 milhares de euros, o que correspondeu a um
decréscimo de 146.067 milhares de euros (-77,3%) face ao ano precedente.
As provisões líquidas de reposições e anulações do ano de 2011 cifraram-se em 32.955 milhares de euros. Para este
acréscimo líquido contribuiu o reforço da provisão para os capitais próprios negativos da Parparticipadas e a constituição
de provisões para contingências na BPN Participações Financeiras e na BPN Internacional. Este acréscimo foi
parcialmente compensado pela anulação de provisões que estavam constituídas para fazer face aos capitais próprios
negativos da BPN Participações Financeiras, entidade que foi alienada à Parparticipadas no final do ano de 2011.
A imparidade do crédito líquida de reversões constituída no exercício de 2011 totalizou 9.528 milhares de euros.
A constituição de 511 milhares de euros de provisões, registadas na rubrica imparidade de outros activos, diz respeito
essencialmente ao reforço da imparidade para imóveis cedidos em dação em pagamento.
PPrroovviissõõeess ee IImmppaarriiddaaddeess milhares de €
% Valor
Provisões líq. de reposições e anulaçõesProvisões para riscos gerais de crédito -11.432 -4.530 60,4% 6.902Provisões para encargos com benefíc.em pregados 8 0 -100,0% -8Outras provisões 1.654.830 37.485 -97,7% -1.617.345
1.643.406 32.955 -98,0% -1.610.451
Imparidade do créditoPara Crédito de Cobrança Duvidosa -838.648 -157.150 81,3% 681.499Para Crédito Vencido e Outras -346.244 166.946 148,2% 513.190Risco País -75.588 -268 99,6% 75.320
-1.260.480 9.528 100,8% 1.270.008
Imparidade de outros activosActivos Financeiros -9.167 7 100,1% 9.174
Devedores diversos 0 0 - 0Títulos -9.167 7 100,1% 9.174
Outros activos -184.691 511 100,3% 185.202-193.858 518 100,3% 194.376
Total 189.068 43.001 -77,3% -146.067
Valor ValorVariação
31-12-2010 31-12-2011
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 34
EEvvoolluuççããoo ddoo BBaallaannççoo
O activo líquido do BPN totalizou 4.445.470 milhares de euros no final de 2011, o que correspondeu a uma diminuição de
316.738 milhares de euros (-6,7%) face ao verificado no final do exercício do ano anterior. Esta variação,
essencialmente, resulta da quebra ocorrida na rubrica de crédito a clientes.
O total do passivo, que no final de Dezembro de 2011 atingiu 4.944.578 milhares de euros, registou uma diminuição de
28,8% face ao valor registado no final do ano anterior. Merece destaque a diminuição de provisões, com menos
1.753.753 milhares de euros (-85,4%), fundamentalmente devido à extinção das responsabilidades associadas a cartas
conforto prestadas às empresas Parups e Parvalorem, bem como a quebra dos débitos para com clientes, com menos
600.967 milhares de euros (-26,3%). De salientar ainda as variações em responsabilidades representadas por títulos,
com um aumento de 998.568 milhares de euros, e em recursos de outras instituições, com uma quebra de 449.608
milhares de euros.
EEvvoolluuççããoo ddaass RRuubbrriiccaass ddee BBaallaannççoo milhares de €
31-12-2010 31-12-2011
% Valor
Activo Activos m onetários e créditos a I.C. 1.115.055 998.259 -10,5% -116.796 Activos financeiros 58.941 70.096 18,9% 11.155 Crédito a clientes 3.496.569 3.290.729 -5,9% -205.840 Participações e im obilizado 22.175 16.041 -27,7% -6.134 Outros Activos 69.468 70.345 1,3% 877
4.762.208 4.445.470 -6,7% -316.738
Passivo e Capitais Próprios Débitos para com Bancos Centrais e I.C. 1.471.698 952.073 -35,3% -519.625 Débitos para com Clientes 2.285.441 1.684.474 -26,3% -600.967 Pass ivos financeiros 273.133 195.905 -28,3% -77.228 Responsabilidades representadas por títulos 404.255 1.402.823 247,0% 998.568 Dívida subordinada 245.497 245.674 0,1% 177 Provisões 2.054.572 300.819 -85,4% -1.753.753 Outros pass ivos 209.488 162.810 -22,3% -46.678
6.944.084 4.944.578 -28,8% -1.999.506
Capitais próprios -2.181.876 -499.108 77,1% 1.682.7684.762.208 4.445.470 -6,7% -316.738
Variação
Os activos monetários e créditos a instituições de crédito apresentaram uma diminuição de 116.796 milhares de euros,
totalizando 998.259 milhares de euros em Dezembro de 2011. Esta variação teve origem na diminuição das
necessidades de fundos de outras instituições financeiras do Grupo.
Os Activos financeiros totalizaram 70.096 milhares de euros em Dezembro de 2011, o que correspondeu a uma variação
de 11.155 milhares de euros face ao registado no final do exercício anterior.
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 35
AAcctt iivvooss FFiinnaanncceeii rrooss milhares de €
% Valor
Activos financeiros detidos para negociaçãoObrigações 0 0 - 0Acções 115 79 -31,2% -36Outros títulos 0 0 - 0Ins trum entos derivados 23.064 20.066 -13,0% -2.998Im paridade -19 -8 58,7% 11
23.160 20.137 -13,1% -3.023
Activos financeiros disponíveis para vendaObrigações 30.915 45.173 46,1% 14.258Acções 27.696 27.618 -0,3% -78Outros títulos 0 0 - 0Im paridade -22.830 -22.832 0,0% -2
35.781 49.959 39,6% 14.178
Total 58.941 70.096 18,9% 11.155
31-12-2010 31-12-2011
31-12-2010 31-12-2011Variação
O crédito a clientes (bruto) cifrou-se, no final de Dezembro de 2011, em 3.581.343 milhares de euros, o que representou
uma diminuição de 199.888 milhares de euros (-5,3%) face ao valor apresentado no final do ano transacto. O crédito a
clientes distribuiu-se conforme se descreve no quadro seguinte.
CCrrééddii ttoo aa CCll iieenntteess ppoorr SSeeggmmeennttooss FFiinnaanncceeiirrooss milhares de €
31-12-2010 31-12-2011
% Valor
Crédito VincendoParticulares 792.254 741.615 -6,4% -50.639
Crédito à Habitação 481.944 481.025Crédito ao Consum o 112.647 94.819Efeitos 7.142 3.763Em prés tim os 125.279 118.556Créditos em conta corrente 33.288 19.490Descobertos em depós itos à ordem 7.618 2.757Outros créditos 24.336 21.205
Empresas 2.629.242 2.426.292 -7,7% -202.950Efeitos 83.698 57.395Em prés tim os 1.456.449 1.375.030Créditos em conta corrente 984.525 760.325Descobertos em depós itos à ordem 99.496 231.101Outros 5.073 2.440
Outros Créditos e correcções 161.115 70.632 -56,2% -90. 483
Crédito Vencido (*) 198.620 342.803 72,6% 144.183Particulares 47.657 53.270Em presas 149.595 277.415Outros 1.368 12.119
Crédito Bruto 3.781.231 3.581.343 -5,3% -199.888
Variação
(*) Inclui créditos potenciais e promessa e créditos titularizados a desreconhecer.
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 36
O rácio de crédito vencido total cifrou-se em 6%, o que traduz um acréscimo face aos 1,9% verificados no ano anterior. O
rácio do crédito com incumprimento, calculado de acordo com as normas do Banco de Portugal, sofreu um aumento no
mesmo período de 1,6% para 6,4%.
Se não fossem excluídos os créditos potenciais e promessa e créditos titularizados a desreconhecer, o rácio de crédito
vencido em base comparável cifrar-se-ia em 9,6% e o rácio do crédito com incumprimento, calculado de acordo com as
normas do Banco de Portugal, em 10%.
Relativamente à qualidade dos activos, verificou-se que o rácio de crédito vencido com mais de 90 dias face ao crédito
total veio a fixar-se em 5,0% (1,1% em Dezembro de 2010).
Em Dezembro de 2011, a imparidade acumulada de crédito a clientes fixou-se em 290.614 milhares de euros, o que
traduz um aumento de 5.952 milhares de euros (+2,1%) face ao ano precedente.
No final de Dezembro de 2011, a cobertura do crédito vencido estava em 135,7% e a cobertura do crédito vencido há
mais de 90 dias fixou-se em 161,6%.
QQuuaall iiddaaddee ddoo CCrrééddii ttoo aa CCll iieenntteess milhares de €
31-12-2010 31-12-2011
% Valor
Crédito Total 3.781.231 3.581.343 -5,3% -199.888
Provisões Específicas Acum uladas 284.662 290.614 2,1% 5.952
Crédito Total Líquido 3.496.569 3.290.729 -5,9% -205.840
Crédito Vencido (*) 72.033 214.151 197,3% 142.118
Crédito Vencido há m ais de 90 dias (*) 40.242 179.873 347,0% 139.630
Crédito de Cobrança duvidosa (1) 18.509 49.548 167,7% 31.039
Crédito com Incum prim ento (*) 58.752 229.421 290,5% 170.669
Crédito em Risco (*) 262.976 477.254 81,5% 214.279
Crédito vencido/Crédito total 1,9% 6,0%Crédito vencido > 90 dias / Crédito total 1,1% 5,0%Crédito em Incum prim ento / Crédito total 1,6% 6,4%Crédito em Risco / Crédito total 7,0% 13,3%
Cobertura do Crédito Vencido 395,2% 135,7%Cobertura do Crédito Vencido há m ais de 90 dias 707,4% 161,6%Cobertura do Crédito com Incum prim ento 484,1% 126,6%Cobertura do Crédito em Risco 108,2% 60,9%Cobertura do Crédito Total 7,5% 8,1%
Variação
1 Crédito de cobrança duvidosa classif icado como crédito vencido para efeitos de provisionamento
[aplicação da alínea a) do nº 1 de nº 4 do Aviso 3/95]
(*) exclui créditos potenciais e promessa e créditos titularizados a desreconhecer.
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 37
No final de Dezembro de 2011, os recursos de clientes cifravam-se 1.684.474 milhares de euros, um montante que
corresponde a um decréscimo de 600.967 milhares de euros (-26,3 %) relativamente ao final do ano anterior.
RReeccuurrssooss ddee CCll iieenntteess milhares de €
% Valor
Depós itos à ordem 456.749 20,0% 364.807 21,7% -20,1% -91.941Depós itos a prazo 1.780.438 77,9% 1.285.657 76,3% -27,8% -494.781Depós itos poupança 21.543 0,9% 9.829 0,6% -54,4% -11.715Outros Recursos 26.711 1,2% 24.181 1,4% -9,5% -2.530
Total 2.285.441 100,0% 1.684.474 100,0% -26,3% -600.967
VariaçãoValor % Valor %
31-12-2010 31-12-2011
No final de Dezembro de 2011, o total dos recursos cifrou-se em 4.462.866 milhares de euros, o que traduz uma variação
de -4,2% face ao final do ano transacto.
A rubrica responsabilidades representadas por títulos apresentou um aumento de 998.568 milhares de euros, face ao
valor registado no ano anterior, na sequência da emissão de Papel Comercial em Junho de 2011 com um montante de
1.000 milhões de euros. Em concordância, os recursos de outras instituições de crédito diminuíram 449.608 milhares de
euros no mesmo período.
EEssttrruuttuurraa ddoo FFiinnaanncciiaammeennttoo mmiillhhaarreess ddee €€
% Valor
Recursos de bancos centrais 70.017 1,5% 0 0,0% -100,0% -70.017Recursos de outras ins tituições de crédito 1.401.681 30,1% 952.073 21,3% -32,1% -449.608Recursos de clientes e outros em prés tim os 2.285.441 49,1% 1.684.474 37,7% -26,3% -600.967Responsabilidades representadas por títulos 404.255 8,7% 1.402.823 31,4% 247,0% 998.568Pass ivos financeiros associados a activos trans feridos 250.806 5,4% 177.822 4,0% -29,1% -72.984Outros pass ivos subordinados 245.497 5,3% 245.674 5,5% 0,1% 177
Total 4.657.697 100,0% 4.462.866 100,0% -4,2% -194.831
VariaçãoValor % Valor %
31-12-2010 31-12-2011
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 38
mmii llhhaarreess ddee €€
245.497
250.806
404.255
2.285.441
1.401.681
70.017
245.674
177.822
1.402.823
1.684.474
952.073
0
Outros passivos subordinados
Passivos financeiros associados aactivos transferidos
Responsabilidades representadas portítulos
Recursos de clientes e outrosempréstimos
Recursos de outras instituições decrédito
Recursos de bancos centrais
Dez-11Dez-10
Os capitais próprios totalizaram no final de Dezembro de 2011 um montante negativo de 499.108 milhares de euros,
reflectindo um aumento de 1.682.768 milhares de euros (+77,1%) face ao final do ano anterior.
As outras reservas e resultados transitados apresentam uma variação de 1.681.442 milhares de euros. Esta variação
deve-se essencialmente à anulação de provisões que se encontravam registadas para fazer face às responsabilidades
decorrentes das cartas-conforto emitidas em favor da Parups e da Parvalorem. Para este efeito contribuiu ainda a
anulação das provisões para os capitais próprios negativos destas duas entidades, inicialmente contabilizadas no
exercício de 2010, que no decurso do exercício de 2011 foram consideradas entidades públicas reclassificadas.
A diminuição em 5.644 milhares de euros verificada em reservas de reavaliação em 2011 deriva do registo de menos
valias em Obrigações do Tesouro.
CCaappii ttaaiiss pprróópprriiooss mmiillhhaarreess ddee €€
31-12-2010 31-12-2011
% Valor
Capital 380.000 380.000 - - Prém ios de em issão 6.790 6.790 - - Reservas de reavaliação -51 -5.695 -11066,7% -5.644Outras reservas e resultados trans itados -2.466.195 -784.753 68,2% 1.681.442Resultado líquido -102.420 -95.450 6,8% 6.971
Total -2.181.876 -499.108 77,1% 1.682.768
Variação
Rolat6rlo do Concclho dc Admlnlrtragto .2011
7. Proposta de Aplicagao de Resultados
Nos tenrps da alinea f), do n.o 5 do artigo 660 do C6digo das Sociedades Comerciab, propoe-se que o Resultado Liquidodo Exercicio, negativo em 95.449.60E euros, sgja totalrnenE transferido para Resultados Transitados.
O Resultado Consolidado foi negativo em 87.i31 mllhares de euros.
Lisboa, 27 de Margo de 2012
Conselho de Administrag€o ./--\
r?-t d' '((''-z(--Vice-Presidente
Norbeilo Emllio Sequeira da Rosa
Garcia Fana Gaspar
k*Beja Pessoa
Qrt //A r-.. C(,-",* *^VogalPedro Manuel de Oliveira Cardoso
VogalRui Manuel Coneia Pedras
p.vrfaaa<f*€'.*'2rr*Vogal
M6rio Manuel
\z///J'vosarL./\
/ Jorge Ant6nio
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 40
Anexo I
Para efeitos do artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais, a posição accionista dos Membros
dos Órgãos de Administração e Fiscalização, no exercício de 2011, era a seguinte:
Norberto Emílio Sequeira da Rosa
Não possuía em 1 de Janeiro de 2011, quaisquer acções. Não possuía em 31 de Dezembro de 2011, quaisquer acções.
Pedro Manuel de Oliveira Cardoso
Não possuía em 1 de Janeiro de 2011, quaisquer acções. Não possuía em 31 de Dezembro de 2011, quaisquer acções.
Rui Manuel Correia Pedras
Não possuía em 1 de Janeiro de 2011, quaisquer acções. Não possuía em 31 de Dezembro de 2011, quaisquer acções.
Mário Manuel Garcia Faria Gaspar
Não possuía em 1 de Janeiro de 2011, quaisquer acções. Não possuía em 31 de Dezembro de 2011, quaisquer acções.
Jorge António Beja Pessoa
Não possuía em 1 de Janeiro de 2011, quaisquer acções. Não possuía em 31 de Dezembro de 2011, quaisquer acções.
Anexo II
Para efeitos do artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais, as participações dos accionistas
eram, à data do encerramento do exercício, as seguintes:
Accionistas com, pelo menos, metade do capital social: Estado Português. Accionistas com, pelo menos, um terço do capital social: Nada a referir. Accionistas com, pelo menos, um décimo do capital social: Nada a referir.
Relatório do Conselho de Administração - 2011
Relatório e Contas 41
88.. DDeemmoonnssttrraaççõõeess FFiinnaanncceeii rraass IInnddiivviidduuaaiiss ee CCoonnssooll iiddaaddaass
42
BANCO PORTUGUÊS DE NEGÓCIOS, S.A.
BALANÇOS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010
(Montantes expressos em milhares de Euros)
2011 2010Provisões,
Activo imparidade Activo ActivoACTIVO Notas bruto e amortizações líquido líquido PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO Notas 2011 2010
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 3 107.493 - 107.493 135.424 Recursos de bancos centrais 16 - 70.017Disponibilidades em outras instituições de crédito 4 53.761 - 53.761 64.642 Passivos financeiros detidos para negociação 9 18.083 22.327Activos financeiros detidos para negociação 5 20.145 (8) 20.137 23.160 Recursos de outras instituições de crédito 16 952.073 1.401.681Activos financeiros disponíveis para venda 6 72.791 (22.832) 49.959 35.781 Recursos de clientes e outros empréstimos 17 1.684.474 2.285.441Aplicações em instituições de crédito 7 837.008 (3) 837.005 914.989 Responsabilidades representadas por títulos 18 1.402.823 404.255Crédito a clientes 8 3.581.343 (290.614) 3.290.729 3.496.569 Passivos financeiros associados a activos transferidos 19 177.822 250.806Activos não correntes detidos para venda 10 14.030 (4.144) 9.886 10.752 Derivados de cobertura 9 97 17Outros activos tangíveis 11 74.131 (58.220) 15.911 21.230 Provisões 20 300.819 2.054.572Activos intangíveis 12 12.539 (12.409) 130 945 Passivos por impostos correntes 14 1.027 602Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 13 63 - 63 63 Outros passivos subordinados 21 245.674 245.497Activos por impostos correntes 14 140 - 140 70 Outros passivos 22 161.686 208.869Outros activos 15 69.922 (9.666) 60.256 58.583 Total do passivo 4.944.578 6.944.084
Capital 23 380.000 380.000Prémios de emissão 24 6.790 6.790Reservas de reavaliação 24 (5.695) (51)Outras reservas e resultados transitados 24 (784.753) (2.466.195)Resultado do exercício 24 (95.450) (102.420) Total do capital próprio (499.108) (2.181.876)
Total do activo 4.843.366 (397.896) 4.445.470 4.762.208 Total do passivo e do capital próprio 4.445.470 4.762.208
O anexo faz parte integrante destes balanços.
43
BANCO PORTUGUÊS DE NEGÓCIOS, S.A.
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS INDIVIDUAIS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010
(Montantes expressos em milhares de Euros)
Notas 2011 2010
Juros e rendimentos similares 25 198.150 219.568Juros e encargos similares 25 (141.445) (179.301)
MARGEM FINANCEIRA 56.705 40.267
Rendimentos de instrumentos de capital 26 217 489Rendimentos de serviços e comissões 27 31.272 31.309Encargos com serviços e comissões 27 (14.780) (20.748)Resultados de activos e passivos financeiros avaliados
ao justo valor através de resultados 28 1.205 18.530Resultados de activos financeiros disponíveis para venda (líquido) 29 (1.382) 254.564Resultados de reavaliação cambial (líquido) 3.628 4.168Resultados de alienação de outros activos 30 (1) (103.137)Outros resultados de exploração 31 2.756 5.088
PRODUTO BANCÁRIO 79.620 230.530
Custos com pessoal 32 (65.371) (74.455)Gastos gerais administrativos 34 (56.712) (61.384)Amortizações do exercício 11 e 12 (6.237) (7.256)Provisões líquidas de reposições e anulações 20 (32.955) (1.643.406)
Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 20 (9.528) 1.260.480
Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 20 (7) 9.167Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 20 (511) 184.691
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS (91.701) (101.633)
Impostos sobre lucrosCorrentes 14 (1.050) (787)Diferidos 14 - -Contribuição extraordinária sobre o sector bancário 14 (2.699) -
(3.749) (787)Resultado líquido do exercício (95.450) (102.420)
Número médio de acções ordinárias emitidas 23 76.000.000 76.000.000Resultado por acção (Euros) (1,26) (1,35)
O anexo faz parte integrante destas demonstrações.
44
BANCO PORTUGUÊS DE NEGÓCIOS, S.A.
DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL INDIVIDUAL PARA
OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010
(Montantes expressos em milhares de Euros)
2011 2010
Resultado individual (95.450) (102.420)Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda:
Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda, líquido (5.644) 10.806Transferência para resultados por alienação - (22.953)Transferência para resultados por imparidade reconhecida no período - 141
Resultado não reconhecido na demonstração de result ados (5.644) (12.006)Rendimento integral individual (101.094) (114.426)
O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.
45
2011 2010Fluxos de caixa das actividades operacionais
Recebimento de juros e comissões 235.345 270.530Rendimentos adquiridos nos activos financeiros disponíveis para venda (1.382) 20.276Pagamento de juros e comissões (119.645) (147.194)Pagamentos ao pessoal e fornecedores (122.083) (135.839)Resultados cambiais e outros resultados operacionais 3.862 9.131Recuperação de créditos incobráveis 34 125Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais (3.869) 17.029
(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao justo valor (5.456) (446)Aplicações em instituições de crédito 81.018 (2.164)Crédito a clientes 199.860 2.313.354Activos financeiros detidos para negociação 1.205 (45.506)Derivados de cobertura 80 17Activos não correntes detidos para venda 501 47.665Outros activos (1.703) 90.437
275.505 2.403.357
Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:Recursos de bancos centrais (70.000) -Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura 4.245 23.903Recursos de instituições de crédito (449.608) (242.326)Recursos de clientes e outros empréstimos (614.902) (670.255)Outros passivos (120.166) (16.683)
(1.250.431) (905.361)
(978.795) 1.515.025
Impostos sobre os lucros (695) (535)(979.490) 1.514.490
Fluxos de caixa de actividades de investimentoRecebimento de dividendos - 489Aquisição de activos financeiros disponíveis para venda (19.824) (150)Alienação de activos financeiros disponíveis para venda - 1.041.188Aquisições de activos tangíveis e intangíveis (108) (98)Vendas de activos tangíveis e intangíveis 4 661Investimentos em empresas filiais e associadas 1 6.510
(19.927) 1.048.600
Fluxos de caixa das actividades de financiamentoEmissão/(reembolsos) de dívida titulada e subordinada 1.000.000 (2.616.658)Remuneração paga relativa às obrigações de caixa e outros (31.128) (61.594)Remuneração paga relativa a passivos subordinados (8.267) (6.988)
960.605 (2.685.240)
Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes (38.812) (122.150)Caixa e seus equivalentes no início do exercício 200.066 322.216Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 161.254 200.066
Caixa líquida das actividades de investimento
Caixa líquida das actividades de financiamento
O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.
BANCO PORTUGUÊS DE NEGÓCIOS, S.A.
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA INDIVIDUAIS PARA OS EXERCÍCIOS
FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010
(Montantes expressos em milhares de Euros)
Caixa líquida das actividades operacionais antes dos impostos sobre o rendimento
Caixa líquida das actividades operacionais
46
BANCO PORTUGUÊS DE NEGÓCIOS, S.A.
DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO INDIVIDUAL
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010
(Montantes expressos em milhares de Euros)
Reservas dereavaliação Outras reservas e resultados transitados
Prémios de Reservas de Reserva Outras Resultados Resultado doCapital emissão justo valor legal reservas transitados Total exercício Total
Saldos em 31 de Dezembro de 2009 380.000 6.790 11.955 24.621 24.690 (2.295.403) (2.246.092) (220.103) (2.067.450)
Distribuição do resultado do exercício de 2009:Transferência para reservas e resultados transitados - - - - - (220.103) (220.103) 220.103 -
Resultado integral do exercício - - (12.006) - - - - (102.420) (114.426)Saldos em 31 de Dezembro de 2010 380.000 6.790 (51) 24.621 24.690 (2.515.506) (2.466.195) (102.420) (2.181.876)
Distribuição do resultado do exercício de 2010:Transferência para reservas e resultados transitados - - - - - (102.420) (102.420) 102.420 -
Anulação de provisões para fazer face aos capitais próprios negativos de participadas e para as responsabilidades das cartas conforto emitidas (Nota 20) - - - - - 1.783.862 1.783.862 - 1.783.862
Resultado integral do exercício - - (5.644) - - - - (95.450) (101.094)Saldos em 31 de Dezembro de 2011 380.000 6.790 (5.695) 24.621 24.690 (834.064) (784.753) (95.450) (499.108)
O anexo faz parte integrante destas demonstrações.
47
BANCO PORTUGUÊS DE NEGÓCIOS, S.A.
BALANÇOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010
(Montantes expressos em milhares de Euros)
2011 2010Activo Imparidade e Activo Activo
ACTIVO Notas bruto amortizações líquido líquido PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO Notas 2011 2010
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 4 107.493 - 107.493 135.424 Recursos de instituições de crédito e bancos centrais 16 457.138 855.949Disponibilidades em outras instituições de crédito 5 53.761 - 53.761 64.642 Recursos de clientes e outros empréstimos 17 1.658.909 2.174.325Aplicações em instituições de crédito 6 150.058 (3) 150.055 210.473 Responsabilidades representadas por títulos 18 1.580.645 655.061Activos financeiros detidos para negociação 7 18.880 - 18.880 21.915 Passivos financeiros ao justo valor através de resultados 9 15.758 19.038Activos financeiros disponíveis para venda 8 72.791 (22.840) 49.951 35.762 Provisões 19 103.114 101.624Crédito a clientes 11 3.454.881 (308.784) 3.146.097 3.183.881 Passivos por impostos correntes 14 1.027 602Outros activos tangíveis 12 95.074 (73.643) 21.431 28.706 Passivos por impostos diferidos 14 926 926Activos intangíveis 13 26.066 (25.049) 1.017 3.511 Outros passivos subordinados 20 245.674 245.497Activos por impostos correntes 14 140 - 140 361 Outros passivos 21 147.762 96.960Outros activos 15 70.519 (9.666) 60.853 59.229 4.210.953 4.149.982
4.049.663 (439.985) 3.609.678 3.743.904 Passivos não correntes detidos para venda 10 922.902 5.007.942Activos não correntes detidos para venda 10 1.259.356 (229.798) 1.029.558 3.272.742 Total do passivo 5.133.855 9.157.924
Capital 22 380.000 380.000Prémios de emissão 23 6.790 6.790Reservas de reavaliação 23 (18.960) (4.977)Outras reservas e resultados transitados 23 (777.771) (2.434.528)Resultado líquido consolidado do exercício 23 (87.131) (126.643)Interesses minoritários 24 2.453 38.080 Total do capital próprio (494.619) (2.141.278)
Total do activo 5.309.019 (669.783) 4.639.236 7.016.646 Total do passivo e do capital próprio 4.639.236 7.016.646
O Anexo faz parte integrante destes balanços.
48
BANCO PORTUGUÊS DE NEGÓCIOS, S.A.
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010
(Montantes expressos em milhares de Euros)
Notas 2011 2010
Juros e rendimentos similares 25 165.494 191.622 Juros e encargos similares 25 (107.865) (158.108)MARGEM FINANCEIRA 57.629 33.514
Rendimentos de instrumentos de capital 26 217 489 Rendimentos de serviços e comissões 27 30.798 29.837 Encargos com serviços e comissões 27 (14.771) (20.748) Resultados em operações financeiras 28 2.413 24.401 Outros resultados de exploração 29 1.908 4.068PRODUTO DA ACTIVIDADE FINANCEIRA 78.194 71.561
Custos com pessoal 30 (66.946) (76.411) Outros gastos administrativos 32 (49.670) (52.880) Depreciações e amortizações 12 e 13 (10.228) (12.300) Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações 19 (8.412) (82.395) Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 19 (436) (1.136) Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 19 (19) (9.125) Provisões líquidas de anulações 19 (4.337) 32.035RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS E DE INTERESSES MINORIT ÁRIOS (61.854) (130.651)
Impostos correntes 14 (1.050) (2.552)Impostos diferidos 14 - (916)Contribuição extraordinária sobre o sector bancário 14 (2.698) -
(3.748) (3.468)
Resultado consolidado do exercício de operações continuadas (65.602) (134.119)Resultado consolidado do exercício de operações descontinuadas 10 (22.206) 6.154
Interesses minoritários 24 677 1.322
RESULTADO LÍQUIDO CONSOLIDADO DO EXERCÍCIOATRIBUÍVEL AO ACCIONISTA DO BPN (87.131) (126.643)
Número médio de acções ordinárias emitidas 22 76.000.000 76.000.000Resultado por acção (Euros) (1,15) (1,67)
49
2011 2010
Resultado líquido consolidado (87.131) (126.643)
Diferenças de conversão cambial 2.600 173
Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda:
Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda líquida (11.711) (8.025)
Transferência para resultados por alienação 3 (32)
Transferência para resultados por imparidade reconhecida no exercício (2.275) (610)
Resultado não reconhecido na demonstração de result ados (11.383) (8.494)Rendimento Integral Consolidado (98.514) (135.137)
O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.
BANCO PORTUGUÊS DE NEGÓCIOS, S.A.
DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADO PARA
OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010
(Montantes expressos em milhares de Euros)
50
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS PARA OS
EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010
(Montantes expressos em milhares de Euros)
2011 2010
Fluxos de caixa das actividades operacionaisRecebimento de juros e comissões 183.042 269.318Pagamento de juros e comissões (67.808) (147.441)Pagamentos ao pessoal e fornecedores (120.510) (182.466)Resultados cambiais e outros resultados operacionais (18.172) 67.565Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais (23.448) 6.976
(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao justo valor (3.450) 97.496Aplicações em instituições de crédito 33.681 23.316Crédito a clientes 153.005 3.442.497Activos não correntes detidos para venda 501 (4.992.974)Outros activos (63.952) 479.043
119.785 (950.622)
Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:Recursos de bancos centrais (70.000) (263.018)Recursos de instituições de crédito (386.304) (641.509)Recursos de clientes e outros empréstimos (593.911) (1.032.343)Passivos não correntes detidos para venda - 5.007.942Outros passivos (24.556) (62.524)
(1.074.771) 3.008.548
Caixa líquida das actividades operacionais antes dos impostos sobre o rendimento (978.434) 2.064.902
Impostos sobre os lucros (699) (2.584)Caixa líquida das actividades operacionais (979.133) 2.062.318
Fluxos de caixa de actividades de investimentoRecebimento de dividendos - 489Aquisição de investimentos financeiros (19.824) (32)Alienação de investimentos financeiros 1 6.510Aquisições de activos tangíveis e intangíveis (465) (2.713)Vendas de activos tangíveis e intangíveis 4 18.869(Aquisições) / alienações de imóveis - 27.537Caixa líquida das actividades de investimento (20.284) 50.660
Fluxos de caixa das actividades de financiamentoEmissão de dívida titulada e subordinada 1.000.000 (2.216.658)Remuneração paga relativa às obrigações de caixa e outros (31.128) (47.882)Remuneração paga relativa a passivos subordinados (8.267) (6.988)Caixa líquida das actividades de financiamento 960.605 (2.271.528)
Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes (38.812) (158.550)Caixa e seus equivalentes no início do exercício 200.066 358.616Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 161.254 200.066
O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.
51
BANCO PORTUGUÊS DE NEGÓCIOS, S.A.
DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS CONSOLIDADOS
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010
(Montantes expressos em milhares de Euros)
Outras reservas e resultados transitadosPrémios de Reservas de Reserva Outras Resultados Resultado do Interesses
Capital emissão reavaliação Legal reservas transitados Total exercício minoritários Total
Saldos em 31 de Dezembro de 2008 380.000 6.790 358 24.621 32.648 (1.691.118) (1.633.849) (575.238) 197.754 (1.624.185)
Distribuição do lucro do exercício de 2008:Transferência para reservas e resultados transitados - - - - - (575.238) (575.238) 575.238 - -
Alterações ao perímetro de consolidação - - - - (163) - (163) - (166.951) (167.114)Reclassificação de valias potenciais - - 3.487 - - (3.487) (3.487) - - -Rendimento integral consolidado de 2008 - - (155) - (5.380) - (5.380) (216.584) - (222.119)
Saldos em 31 de Dezembro de 2009 380.000 6.790 3.690 24.621 27.105 (2.269.843) (2.218.117) (216.584) 30.803 (2.013.418)
Distribuição do lucro do exercício de 2009:
Transferência para reservas e resultados transitados - - - - - (216.584) (216.584) 216.584 - -
Alterações ao perímetro de consolidação - - - - - - - - 7.277 7.277
Rendimento integral consolidado de 2010 - - (8.667) - 173 - 173 (126.643) - (135.137)
Saldos em 31 de Dezembro de 2010 380.000 6.790 (4.977) 24.621 27.278 (2.486.427) (2.434.528) (126.643) 38.080 (2.141.278)
Distribuição do lucro do exercício de 2010:
Transferência para reservas e resultados transitados - - - - - (126.643) (126.643) 126.643 - -
Reconhecimento dos efeitos da alienação
das entidades Parups e Parvalorem - - - - - 1.780.800 1.780.800 - (35.627) 1.745.173
Rendimento integral consolidado de 2011 - - (13.983) - 2.600 - 2.600 (87.131) - (98.514)
Saldos em 31 de Dezembro de 2011 380.000 6.790 (18.960) 24.621 29.878 (832.270) (777.771) (87.131) 2.453 (494.619)
O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.
52
(Folha propositadamente deixada em branco)
53
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 54
1. Anexo às Demonstrações Financeiras Individuais
(Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)
1. NOTA INTRODUTÓRIA
O Banco Português de Negócios S.A. (BPN ou Banco) é uma instituição de crédito com sede no Porto, que
iniciou a sua actividade bancária em 1 de Julho de 1993 após a conclusão do processo de fusão entre a
Norcrédito – Sociedade de Investimento, S.A. e a Soserfin – Sociedade de Investimento e Serviços
Financeiros, S.A..
Em Novembro de 2008, todas as acções representativas do capital social do BPN foram nacionalizadas ao
abrigo da Lei nº 62-A/2008, de 11 de Novembro. De acordo com a referida Lei, a nacionalização foi motivada
pelo volume de perdas acumuladas pelo Banco, ausência de liquidez adequada e iminência de uma situação
de ruptura de pagamentos que ameaçava os interesses dos depositantes e a estabilidade do sistema
financeiro. O Banco passou assim a ter a natureza de sociedade anónima de capitais exclusivamente
públicos, sendo detido pela Direcção Geral do Tesouro e Finanças. A gestão do Banco foi atribuída à Caixa
Geral de Depósitos, S.A. (CGD), cabendo a esta entidade a designação dos membros dos órgãos sociais.
Durante o exercício de 2010, o Estado Português, accionista do BPN, aprovou a
reprivatização do Banco através do Decreto-Lei n.º 2/2010 de 5 de Janeiro, tendo em 9 de Dezembro de 2011
celebrado um acordo quadro com uma entidade terceira.
O Banco desenvolve a sua actividade numa óptica de banca universal, actuando também, directamente ou
através de empresas participadas directa ou indirectamente, nas áreas de banca, seguros, banca de
investimento, gestão de activos, área imobiliária e saúde.
Para a realização das suas operações, em 31 de Dezembro de 2011 o Banco contava com uma rede
nacional de 215 agências e uma Sucursal Financeira Exterior na Madeira. Em Julho de 2011, foi encerrada a
Sucursal em França. Durante o exercício de 2010, o BPN alienou a rede de agências, os activos e passivos
da sua Sucursal de França, com referência a 31 de Outubro de 2010, estando os impactos desta operação
detalhados na Nota 31.
No âmbito do seu processo de recapitalização, o BPN constituiu durante o exercício de 2010, as entidades
Parparticipadas, SGPS,S.A. (Parparticipadas), Parvalorem, S.A. (Parvalorem) e Parups, S.A. (Parups), a
quem alienou, ao valor nominal, um conjunto de activos que se encontravam no seu balanço e de outras
entidades por si detidas em 30 de Novembro de 2010. No exercício de 2011, no âmbito do processo de
reprivatização do Banco, foi aprovada pelo Despacho n.º 825/11 – SETF de 3 de Junho, a aquisição pelo
Estado Português, através da Direcção Geral do Tesouro e Finanças, da totalidade das acções
representativas do capital social das entidades acima referidas, operação que se concretizou em Fevereiro de
2012. Com a aprovação deste despacho, as entidades Parvalorem e Parups passaram, durante o exercício de
2011, a integrar o Sector Institucional das Administrações Públicas, nos termos do código do Sistema Europeu
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 55
de Contas Nacionais e Regionais, tendo o Conselho de Administração do BPN, reflectido nas demonstrações
financeiras do exercício de 2011, o reconhecimento dos efeitos da alienação destas participadas, através da
reversão, por capitais próprios, das provisões constituídas em 2010 para as responsabilidades cobertas pelas
cartas-conforto prestadas e para os capitais próprios negativos daquelas entidades, no montante total de
1.820.784 mEuros. O Conselho de Administração do Banco considerou que esta operação se tratou de uma
medida de recapitalização, similar a um aumento de capital, motivo pelo qual entendeu registar em capitais
próprios e não em resultados, os efeitos da alienação destas participadas (Notas 10 e 20).
As demonstrações financeiras individuais do Banco foram preparadas para dar cumprimento à legislação
em vigor, nomeadamente para aprovação em Assembleia Geral de Accionistas, e aos requisitos de
apresentação de contas determinados pelo Banco de Portugal. O Banco apresenta separadamente contas
consolidadas relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, as quais são preparadas de acordo
com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS).
2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As demonstrações financeiras da Sede são agregadas com as das Sucursais, o que representa a sua
actividade global (ou actividade individual). Todos os saldos e transacções entre a Sede e as Sucursais foram
eliminados no processo de agregação das respectivas demonstrações financeiras.
2.1. Bases de apresentação
As demonstrações financeiras do Banco foram preparadas no pressuposto da continuidade das
operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios
consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de
Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.
As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS),
conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo
Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de
Portugal, excepto no que se refere a:
i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a
receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para
outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor;
ii) Mantém-se o anterior regime de provisionamento do crédito e contas a receber, sendo definidos
níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº
3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 56
pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as
responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;
iii) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo
possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis.
Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas,
caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.
2.2. Novas normas e interpretações, revisões e emendas adoptadas pela União Europeia
Excepto no que diz respeito a matérias reguladas pelo Banco de Portugal, tal como referido acima, em
2011 o Banco utilizou as Normas e Interpretações emitidas pelo International Accounting Standards
Board (IASB) e pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) que são
relevantes para as suas operações e efectivas para os períodos iniciados a partir de 1 de Janeiro de
2011, desde que aprovadas pela União Europeia.
As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia
e com aplicação obrigatória nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2011,
foram adoptadas pela primeira vez no exercício findo em 31 de Dezembro de 2011:
- IFRS 9 – “Instrumentos financeiros” – A nova norma utiliza uma abordagem única para determinar
a contabilização de um activo financeiro ao custo amortizado ou ao justo valor, simplificando a
classificação face à IAS 39. A classificação depende das características contratuais do activo e da
forma como é efectuada a sua gestão. A norma não abrange os passivos financeiros. É de
aplicação obrigatória em exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2015.
- IFRS 11 – “Empreendimentos conjuntos” - A nova norma estabelece que as partes envolvidas num
empreendimento conjunto deverão determinar o tipo e a forma de contabilização do
empreendimento conjunto através da avaliação dos direitos e obrigações decorrentes da operação.
O empreendimento conjunto poderá ser classificado como “joint operation”, no caso em que as
partes envolvidas tenham direitos sobre os activos e obrigações sobre os passivos relacionados
com o acordo, ou como “joint venture”, no caso em que as partes envolvidas tenham direitos sobre
os activos líquidos relacionados com o acordo. É de aplicação obrigatória em exercícios iniciados
em ou após 1 de Janeiro de 2013.
- IFRS 12 – “Disclosures of Interests in Other Entities” - A norma estabelece a divulgação de
informação que permita aos utentes das demonstrações financeiras de uma entidade avaliar a
natureza e os riscos associados aos interesses que a entidade possua noutras entidades,
nomeadamente, o efeito desses interesses na sua posição e desempenho financeiros e nos seus
fluxos de caixa. É de aplicação obrigatória em exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de
2013.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 57
- IFRS 13 – “Fair Value Measurement” - A norma define o que é justo valor e estabelece uma
estrutura para a sua determinação. É ainda estabelecida uma hierarquia para o justo valor, de
acordo com os inputs utilizados nos modelos de valorização. A norma estabelece ainda requisitos
de divulgação relacionados com a determinação do justo valor. É de aplicação obrigatória em
exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013.
- IAS 27 – “Separate Financial Statements” - A norma estabelece princípios a aplicar na
contabilização de investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas quando
uma entidade opte, ou seja exigido pelos reguladores locais, por apresentar demonstrações
financeiras em separado (não-consolidadas). É de aplicação obrigatória em exercícios iniciados em
ou após 1 de Janeiro de 2013.
- IAS 19 (Alteração) - “Benefícios dos Empregados” - As alterações ao texto da norma emitidas em
Junho de 2011 são de aplicação obrigatória em exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de
2013.
- IAS 12 (Alteração) – “Deferred tax: Recovery of Underlying Assets” – A alteração estabelece que
para a determinação dos impostos diferidos relacionados com propriedades de investimento se
possa considerar que recuperação será concretizada através da venda. A alteração ao texto da
norma emitida em Dezembro de 2010 é de aplicação obrigatória em exercícios iniciados em ou
após 1 de Janeiro de 2012.
- IAS 1 (Alteração) - “Presentation of Items of Other Comprehensive Income” - As alterações à norma
incluem algumas modificações à forma como o rendimento integrado é apresentado. A alteração ao
texto da norma emitida em Junho de 2011 é de aplicação obrigatória em exercícios iniciados em ou
após 1 de Julho de 2012.
A aplicação destas Normas e Interpretações não teve impactos materialmente relevantes nas
demonstrações financeiras do Banco em 31 de Dezembro de 2011.
Na data de aprovação destas demonstrações financeiras pelo Conselho de Administração, as Normas e
Interpretações relevantes que estão disponíveis para aplicação antecipada são as seguintes:
- IFRS 7 (Alteração) – “Divulgações de instrumentos financeiros” – Esta revisão vem aumentar os
requisitos de divulgação relativamente a transacções que envolvam a transferência de activos
financeiros. Pretende garantir maior transparência em relação à exposição a riscos quando activos
financeiros são transferidos e a entidade que os transfere mantém algum envolvimento (exposição)
nos mesmos.
Apesar de aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia, estas normas não foram
adoptadas pelo Banco no exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, em virtude de a sua aplicação
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 58
não ser ainda obrigatória. Não são estimados impactos significativos nas demonstrações financeiras
decorrentes da adopção das mesmas.
As demonstrações financeiras individuais do Banco em 31 de Dezembro de 2011, estão pendentes de
aprovação pela Assembleia Geral. No entanto, é convicção do Conselho de Administração do Banco
que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.
2.3. Conversão de saldos e transacções em moeda estrangeira
As contas do Banco e das Sucursais são preparadas de acordo com a divisa utilizada no ambiente
económico em que operam (denominada “moeda funcional”). Nas contas globais, os resultados e
posição financeira são expressos em Euros, a moeda funcional do Banco.
Na preparação das demonstrações financeiras individuais, as transacções em moeda estrangeira são
registadas com base nas taxas de câmbio indicativas na data em que foram realizadas. Em cada data
de balanço, os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos
para a moeda funcional com base na taxa de câmbio em vigor. Os activos não monetários que sejam
valorizados ao justo valor são convertidos com base na taxa de câmbio em vigor na data da última
valorização. Os activos não monetários registados ao custo histórico, incluindo activos tangíveis e
intangíveis, permanecem registados ao câmbio original.
As diferenças de câmbio apuradas na conversão cambial são reflectidas em resultados do exercício,
com excepção das originadas por instrumentos financeiros não monetários, tal como acções,
classificados como disponíveis para venda, que são registadas numa rubrica específica de capital
próprio até à sua alienação.
2.4. Instrumentos financeiros
a) Crédito a clientes e valores a receber de outros devedores
Valorimetria
Conforme descrito na Nota 2.1, estes activos são registados de acordo com as disposições do
Aviso nº 1/2005, do Banco de Portugal. Deste modo são registados pelo valor nominal, sendo os
respectivos proveitos, nomeadamente juros e comissões, reconhecidos ao longo do período das
operações, quando se tratem de operações que produzam fluxos residuais ao longo de um período
superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à
contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria são igualmente
periodificados ao longo do período de vigência dos créditos.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 59
Desreconhecimento
De acordo com a Norma IAS 39, os créditos apenas são removidos do balanço
(“desreconhecimento”) quando o Banco transfere substancialmente todos os riscos e benefícios
associados à sua detenção. Relativamente à operação de titularização de créditos efectuada pelo
Banco (Nota 19), os procedimentos adoptados foram os seguintes:
- No que respeita à operação de titularização de crédito concedido, no âmbito da qual foram efectuadas pelo Banco cessões de créditos nos exercícios de 2006 e 2007, o BPN não procedeu ao respectivo desreconhecimento. Assim, o montante em dívida de créditos titularizados desde o início da operação encontra-se registado na rubrica “Créditos a clientes”, tendo sido reconhecido um passivo financeiro associado aos activos transferidos (Notas 2.4. c) e 19).
No exercício de 2010, o Banco alienou à Parvalorem operações de crédito ao seu valor nominal,
pelo montante total de 2.324.509 mEuros, tendo desreconhecido estas operações do seu balanço.
Provisionamento
O regime de provisionamento mínimo destes activos corresponde ao definido no Aviso nº 3/95, de
30 de Junho, do Banco de Portugal, com as alterações introduzidas pelo Aviso nº 8/2003, de 30 de
Janeiro e pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro, e inclui as seguintes provisões para riscos de
crédito:
i. Provisão para crédito e juros vencidos
Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem
prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do
crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do
período decorrido desde a data de início do incumprimento.
ii. Provisão para créditos de cobrança duvidosa
Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos
concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que
estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas.
Nos termos do Aviso nº 3/95 consideram-se como créditos de cobrança duvidosa, os
seguintes:
- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:
(i) excederem 25% do capital em dívida, acrescido dos juros vencidos;
(ii) estarem em incumprimento há mais de:
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 60
. seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;
. doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas
inferior a dez anos;
. vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos.
Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da
constituição de provisões, sendo provisionados de acordo com a percentagem das
provisões constituídas para crédito vencido.
- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se o crédito e juros vencidos de todas as
operações relativamente a esse cliente, acrescidos do crédito vincendo abrangido pela alínea anterior, excederem 25% do crédito total, acrescido dos juros vencidos. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas de provisão aplicáveis aos créditos vencidos.
Provisão para risco-país
Destina-se a fazer face aos problemas de realização de todos os activos financeiros e
extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal,
qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção:
- Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda
desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa
moeda;
- Das participações financeiras;
- Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco,
desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia;
- Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do
Aviso nº 3/95, do Banco de Portugal, desde que a garantia abranja o risco de
transferência;
- Das operações de financiamento de comércio externo de curto prazo, que cumpram as
condições definidas pelo Banco de Portugal.
As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas pelo
Banco de Portugal, o qual classifica os países e territórios segundo grupos de risco.
iii. Provisão para riscos gerais de crédito
Encontra-se registada no passivo, e destina-se a fazer face aos riscos de cobrança do crédito
concedido e garantias e avales prestados.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 61
Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do
crédito e garantias e avales prestados, excluindo as responsabilidades incluídas na base de
cálculo das imparidades e provisões para crédito e juros vencidos e créditos de cobrança
duvidosa:
- 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares,
cuja finalidade não possa ser determinada;
- 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel ou operações de
locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a
habitação do mutuário;
- 1% no que se refere ao restante crédito concedido.
O efeito da constituição desta provisão é reconhecido na rubrica “Provisões líquidas de
reposições e anulações”, da demonstração de resultados.
Tal como referido anteriormente o Aviso 3/95 de 30 de Junho do Banco de Portugal define
níveis de provisionamento mínimo dos créditos a clientes. Face às especificidades da carteira
de crédito do Banco, as provisões estimadas excedem as provisões mínimas.
Para fazer face a potenciais problemas na recuperabilidade de créditos para os quais
existem indícios de imparidade , em 31 de Dezembro de 2011 e 2010,
as provisões registadas acima dos mínimos exigidos pelo normativo do Banco de Portugal
ascendem a 64.769 mEuros e 239.248 mEuros, respectivamente.
Em 31 de Dezembro de 2011, as imparidades e provisões para crédito foram apuradas da
seguinte forma:
• Análise individual de todos os clientes com responsabilidades superiores a 1.500 mEuros, clientes com grau de vigilância especial, clientes com crédito vencido superior a 250 mEuros e exposição inferior a 1.500 mEuros e clientes com crédito irregular em outras instituições de crédito superior a 25 mEuros;
• Para o universo dos clientes não sujeitos à análise individual, foi efectuada análise colectiva baseada nas respostas obtidas aos questionários de crédito enviados às áreas comerciais do Banco para uma amostra de operações de crédito.
b) Outros activos financeiros
Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32
e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 62
i) Activos financeiros detidos para negociação
Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável,
obrigações e outros títulos transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo
de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação
com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica de activos
financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar
(justo valor negativo), são incluídos na rubrica de passivos financeiros detidos para
negociação.
Os activos e passivos financeiros detidos para negociação são reconhecidos inicialmente ao
justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são
reconhecidos em resultados.
Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor
nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e
reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.
Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este
critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é
deliberada a sua distribuição.
ii) Empréstimos e contas a receber
São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado
activo. Dada a restrição estabelecida no Aviso nº 1/2005, esta categoria inclui apenas
valores a receber de outras instituições de crédito.
No reconhecimento inicial estes activos são registados pelo seu justo valor, deduzido de
eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais
directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos são reconhecidos
em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco-
país.
Reconhecimento de juros
Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o
custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é
aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados
ao instrumento financeiro, permite igualar o seu valor actual ao valor do instrumento
financeiro na data do reconhecimento inicial.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 63
iii) Activos financeiros disponíveis para venda
Esta categoria inclui os seguintes instrumentos financeiros:
• Unidades de participação em fundos de investimento;
• Acções;
• Obrigações e outros títulos de rendimento fixo.
Os activos financeiros disponíveis para venda são mensurados ao justo valor, com excepção
de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser
mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos ou perdas
resultantes da reavaliação são registados directamente em capitais próprios, em “Reservas
de reavaliação”. No momento da venda, ou caso seja determinada imparidade, as variações
acumuladas no justo valor são transferidas para proveitos ou custos do exercício, sendo
registadas nas rubricas de “Resultados de activos financeiros disponíveis para venda” ou
“Imparidade de outros activos financeiros, líquida de reversões e recuperações”,
respectivamente.
Para efeitos da determinação dos resultados na venda, os activos vendidos são valorizados
pelo custo médio ponderado de aquisição.
Os juros de instrumentos de dívida classificados nesta categoria são determinados com base
no método da taxa efectiva, sendo reconhecidos em “Juros e rendimentos similares” da
demonstração de resultados.
Os dividendos de instrumentos de capital classificados nesta categoria são registados como
proveitos na rubrica “Rendimentos de instrumentos de capital” quando é estabelecido o
direito do BPN ao seu recebimento.
Justo valor
Conforme acima referido, os activos financeiros registados na categoria de “Activos
financeiros detidos para negociação” e “Activos financeiros disponíveis para venda” são
valorizados pelo justo valor.
O justo valor de um instrumento financeiro corresponde ao montante pelo qual um activo ou
passivo financeiro pode ser vendido ou liquidado entre partes independentes, informadas e
interessadas na concretização da transacção em condições normais de mercado.
O justo valor de activos financeiros é determinado com base em:
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 64
• Preços (bid prices) difundidos por meios de difusão de informação financeira;
• Cotação de fecho na data de balanço, para instrumentos transaccionados em mercados activos.
c) Passivos financeiros
Os passivos financeiros são registados na data de contratação pelo respectivo justo valor,
deduzido de custos directamente atribuíveis à transacção. Os passivos são classificados nas
seguintes categorias:
i) Passivos financeiros detidos para negociação
Os passivos financeiros detidos para negociação incluem instrumentos financeiros derivados
com reavaliação negativa.
Estes passivos encontram-se registados pelo respectivo justo valor, sendo os ganhos e
perdas resultantes da sua valorização subsequente registados nas rubricas de “Resultados
de activos e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados”.
ii) Passivos financeiros associados a activos transferidos
Esta rubrica inclui os fundos recebidos no âmbito da operação de titularização de crédito
concedido (Nota 2.4.a)).
iii) Outros passivos financeiros
Esta categoria inclui recursos de outras instituições de crédito e de clientes, obrigações
emitidas, passivos subordinados e passivos incorridos para pagamento de prestações de
serviços ou compra de activos, registados em “Outros passivos”.
Estes passivos financeiros são valorizados pelo custo amortizado sendo os juros, quando
aplicável, reconhecidos de acordo com o método da taxa efectiva.
d) Derivados e contabilidade de cobertura
O Banco realiza operações com produtos derivados no âmbito da sua actividade, com o objectivo
de satisfazer as necessidades dos seus clientes e de reduzir a sua exposição a flutuações
cambiais, de taxas de juro e de cotações.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 65
Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua
contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor
nocional.
Subsequentemente, os derivados são registados ao justo valor, o qual é apurado:
• Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados);
• Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização normalmente utilizadas no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.
Derivados de cobertura
Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição do BPN a riscos
inerentes à sua actividade. A classificação como derivados de cobertura e a utilização das regras
de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, dependem do cumprimento das regras
definidas na Norma IAS 39.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o Banco utilizou apenas coberturas de exposição à variação
do justo valor dos instrumentos financeiros registados em balanço, denominadas “Coberturas de
justo valor”. Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os
resultados apurados reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a
cobertura é eficaz, nomeadamente através do apuramento de uma eficácia entre 80% e 125%, o
Banco reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto
atribuível ao risco coberto nas rubricas de “Resultados em activos e passivos financeiros avaliados
ao justo valor através de resultados”. No caso de instrumentos que incluem uma componente de
juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em
curso e os fluxos liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos
similares”, da margem financeira.
Sempre que as coberturas deixem de satisfazer os requisitos para aplicação de contabilidade de
cobertura definidos na Norma, ou caso o Banco revogue a designação, a contabilidade de
cobertura é descontinuada. Nestas situações, os ajustamentos efectuados aos elementos cobertos
até à data em que a contabilidade de cobertura deixa de ser eficaz ou é decidida a revogação
dessa designação passam a ser reconhecidos em resultados pelo método da taxa efectiva até à
maturidade do activo ou passivo financeiro.
As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e
passivo, respectivamente, em rubricas específicas.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 66
As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas de balanço onde se
encontram registados esses instrumentos.
Derivados de negociação
Inclui todos os derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes, de acordo
com a Norma IAS 39, nomeadamente:
• Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;
• Derivados contratados para cobertura de risco que não reúnem as condições necessárias para a utilização de contabilidade de cobertura ao abrigo da Norma IAS 39, nomeadamente pela dificuldade em identificar especificamente os elementos cobertos, nos casos em que não se tratem de micro-coberturas, ou pelos resultados dos testes de eficácia se situarem fora do intervalo permitido pela Norma IAS 39;
• Derivados contratados com o objectivo de “trading”.
Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados
reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e
passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados”, com excepção da parcela
relativa a juros corridos e liquidados, a qual é reflectida em “Juros e rendimentos similares” e
“Juros e encargos similares”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas
“Activos financeiros detidos para negociação” e “Passivos financeiros detidos para negociação”,
respectivamente.
e) Imparidade de activos financeiros
Activos financeiros ao custo amortizado
O Banco efectuou uma análise de imparidade dos seus activos financeiros registados ao
custo amortizado excluindo, conforme referido na Nota 2.1, o crédito a clientes e as contas a
receber.
Activos financeiros disponíveis para venda
Conforme referido na Nota 2.4. b), os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao
justo valor, sendo as variações no justo valor reflectidas em capital próprio, na rubrica “Reservas
de reavaliação”.
Sempre que exista evidência objectiva de imparidade, as menos valias acumuladas que tenham
sido reconhecidas em reservas são transferidas para custos do exercício sob a forma de perdas
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 67
por imparidade, na rubrica “Imparidade de outros activos financeiros, líquida de reversões e
recuperações”.
A Norma IAS 39 prevê os seguintes indícios específicos para imparidade em instrumentos de
capital:
• Informação sobre alterações significativas com impacto adverso na envolvente tecnológica, de mercado, económica ou legal em que o emissor opera que indique que o custo do investimento não venha a ser recuperado;
• Um declínio significativo ou prolongado do valor de mercado abaixo do preço de custo.
As perdas por imparidade em instrumentos de capital não podem ser revertidas, pelo que
eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são
reflectidas em “Reservas de reavaliação”. Caso posteriormente sejam determinadas menos-valias
adicionais, considera-se sempre que existe imparidade, pelo que são reflectidas em resultados do
exercício.
O montante de perda por imparidade apurado é reconhecido directamente em resultados do
exercício. As perdas por imparidade nestes activos não podem igualmente ser revertidas.
2.5. Bens recebidos em dação de crédito
Os imóveis e outros bens arrematados obtidos por recuperação de créditos vencidos são registados
por contrapartida da rubrica de “Crédito a clientes”, quando existe a dação em cumprimento ou pela
rubrica de “Cheques e ordens a pagar”, quando há adjudicações judiciais nas quais o Banco não é
dispensado do respectivo pagamento. Os bens são subsequentemente registados nas seguintes
rubricas:
- Nos casos em que a expectativa de venda seja altamente provável e se encontrem disponíveis
para venda imediata, os bens são registados em “Activos não correntes detidos para venda”,
cumprindo os requisitos da Norma IFRS 5.
- Caso os activos não se encontrem disponíveis para venda imediata, são registados na rubrica
“Outros activos”.
Estes activos não são amortizados. Periodicamente, são efectuadas avaliações dos imóveis recebidos
por recuperação de créditos. Caso o valor de avaliação, deduzido dos custos estimados a incorrer
com a venda do imóvel, seja inferior ao valor de balanço, são registadas perdas por imparidade.
Pela venda dos bens arrematados procede-se ao seu abate do activo, sendo os ganhos ou perdas
registados nas rubricas “Outros proveitos e custos de exploração”.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 68
2.6. Activos não correntes detidos para venda
A Norma IFRS 5 – “Activos não correntes detidos para venda e operações descontinuadas” é aplicável
a activos isolados e também a grupos de activos a alienar, através de venda ou outro meio, de forma
agregada numa única transacção, bem como todos os passivos directamente associados a esses
activos que venham a ser transferidos na transacção (denominados “grupos de activos e passivos a
alienar”).
Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos
para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através de
venda, e não de uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado
nesta rubrica é necessário o cumprimento dos seguintes requisitos:
- A probabilidade de ocorrência da venda seja elevada;
- O activo esteja disponível para venda imediata no seu estado actual;
- Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação
do activo nesta rubrica.
Os activos registados nesta rubrica não são amortizados, sendo valorizados ao menor entre o custo de
aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é
determinado com base em avaliações de peritos.
Caso o valor registado em balanço seja superior ao justo valor, deduzido dos custos de venda, são
registadas perdas por imparidade na rubrica “Imparidade de outros activos líquida de reversões e
recuperações”.
2.7. Outros activos tangíveis
São registados ao custo de aquisição, reavaliado ao abrigo das disposições legais aplicáveis, deduzido
das amortizações e perdas por imparidade acumuladas. Os custos de reparação, manutenção e outras
despesas associadas ao seu uso são reconhecidos como custo do exercício, na rubrica “Gastos gerais
administrativos”.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 69
As amortizações são calculadas numa base sistemática ao longo da vida útil estimada do bem, a qual
corresponde ao período em que se espera que o activo esteja disponível para uso, que é:
Anos de
vida útil
Imóveis de serviço próprio 50
Obras em edifícios arrendados 10
Equipamento 4 a 10
Outras imobilizações 10
Os terrenos não são objecto de amortização.
As despesas com obras e beneficiações em imóveis ocupados pelo Banco como locatário em regime
de locação operacional são capitalizadas nesta rubrica e amortizadas, em média, ao longo de um
período de 10 anos.
As amortizações são registadas em custos do exercício.
2.8. Locação financeira
As operações de locação financeira são registadas da seguinte forma:
Como locatário
Os activos em regime de locação financeira são registados pelo justo valor no activo e no passivo,
processando-se as respectivas amortizações.
As rendas relativas a contratos de locação financeira são desdobradas de acordo com o respectivo
plano financeiro, reduzindo-se o passivo pela parte correspondente à amortização do capital. Os juros
suportados são registados em “Juros e encargos similares”.
Como locador
Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como “Crédito a clientes”, sendo
este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os
juros incluídos nas rendas são registados como “Juros e rendimentos similares”.
2.9. Activos intangíveis
Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para
uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades do BPN.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 70
Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por
imparidade acumuladas.
As amortizações são registadas numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a
qual corresponde a um período de 3 anos.
As despesas com manutenção de software são contabilizadas como custo no exercício em que são
incorridas.
2.10. Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
Esta rubrica inclui as participações directas em empresas nas quais o BPN exerce um controlo efectivo
sobre a sua gestão corrente, de modo a obter benefícios económicos das suas actividades, as quais
são denominadas “filiais”. Normalmente o controlo é evidenciado pela detenção de mais de 50% do
capital ou dos direitos de voto.
Estes activos são registados ao custo de aquisição, sendo objecto de análises periódicas de
imparidade, de acordo com a Norma IAS 36. Aquando da existência de imparidade, o valor da balanço
é ajustado pelo montante correspondente à participação nos capitais próprios das participadas (Nota
13). Nas situações em que o valor da situação líquida das participadas é negativo, o Banco regista
adicionalmente uma provisão para a sua participação nas perdas dessas entidades na rubrica
“Provisões para outros riscos e encargos”.
2.11. Impostos sobre lucros
Impostos correntes
O BPN está sujeito ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Colectivas (Código do IRC). As contas das sucursais são integradas nas contas da sede para
efeitos fiscais. Para além da sujeição a IRC nestes termos, os resultados das sucursais são ainda
sujeitos a impostos locais nos países/territórios onde estas estão estabelecidas. Os impostos locais
são dedutíveis à colecta de IRC da sede nos termos do artigo 85.º do respectivo Código e dos Acordos
de Dupla Tributação celebrados por Portugal.
A Sucursal Financeira Exterior na Região Autónoma da Madeira beneficia, ao abrigo do artigo 33.º do
Estatuto dos Benefícios Fiscais, de isenção de IRC até 31 de Dezembro de 2011. Para efeitos da
aplicação desta isenção, considera-se que pelo menos 85% do lucro tributável da actividade global da
entidade é resultante de actividades exercidas fora do âmbito institucional da zona franca da Madeira.
As autoridades fiscais têm a possibilidade de rever a situação fiscal do Banco durante um período
de quatro anos (seis anos relativamente aos exercícios em que sejam apurados prejuízos fiscais),
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 71
podendo resultar devido a diferentes interpretações da legislação, eventuais correcções ao lucro
tributável, dos exercícios de 2008 a 2011. Dada a natureza das eventuais correcções que poderão ser
efectuadas, não é possível quantificá-las neste momento. No entanto, na opinião do Conselho de
Administração do Banco, não é previsível que qualquer correcção relativa aos exercícios acima
referidos seja significativa para as demonstrações financeiras.
O imposto corrente é calculado com base no lucro tributável do exercício, o qual difere do resultado
contabilístico devido a ajustamentos resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos
fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos contabilísticos.
Com a publicação da Lei n.º 55 - A/2010, de 31 de Dezembro, o Banco passou a estar abrangido pelo
regime de contribuição sobre o sector bancário. A contribuição sobre o sector bancário incide sobre:
a) O passivo apurado e aprovado pelos sujeitos passivos deduzido dos fundos próprios de base (tier
1) e complementares (tier 2) e dos depósitos abrangidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos. Ao
passivo apurado são deduzidos:
- Elementos que segundo as normas de contabilidade aplicáveis, sejam
reconhecidos como capitais próprios;
- Passivos associados ao reconhecimento de responsabilidades por planos de benefício definido;
- Passivos por provisões;
- Passivos resultantes da reavaliação de instrumentos financeiros derivados;
- Receitas com rendimento diferido, sem consideração das referentes as operações passivas e;
- Passivos por activos não desreconhecidos em operações de titularização.
b) O valor nocional dos instrumentos financeiros derivados fora do balanço apurado pelos sujeitos
passivos, com excepção dos instrumentos financeiros derivados de cobertura ou cuja posição em
risco se compensa mutuamente.
As taxas aplicáveis às bases de incidência definidas pelas alíneas a) e b) anteriores são 0,05% e
0,00015%, respectivamente, em função do valor apurado.
Impostos diferidos
Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros
resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e
passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.
Os passivos por impostos diferidos são registados para todas as diferenças temporárias tributáveis,
enquanto que os impostos diferidos activos só são reconhecidos até ao montante em que seja provável
a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças
tributárias dedutíveis ou de reporte de prejuízos fiscais.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 72
Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor
à data da reversão das diferenças temporárias, as quais correspondem às taxas aprovadas ou
substancialmente aprovadas na data de balanço.
Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício,
excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas
de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda).
Nestas situações, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio,
não afectando o resultado do exercício.
O Banco não reconheceu impostos diferidos activos nas demonstrações financeiras individuais,
nomeadamente os referentes a prejuízos fiscais reportáveis, na medida em que não dispõe de estudos
que demonstrem a probabilidade de obtenção de lucros fiscais no futuro que possibilitem a recuperação
dessas diferenças.
2.12. Provisões e passivos contingentes
Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de
eventos passados relativamente à qual seja provável o futuro dispêndio de recursos, e este possa ser
determinado com fiabilidade. O montante da provisão corresponde à melhor estimativa do valor a
desembolsar para liquidar a responsabilidade na data do balanço.
Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo contingente. Os
passivos contingentes são apenas objecto de divulgação, a menos que a possibilidade da sua
concretização seja remota.
As provisões para outros riscos e encargos destinam-se a fazer face a contingências diversas do
Banco.
2.13. Benefícios dos empregados
As responsabilidades com benefícios dos empregados são reconhecidas de acordo com os princípios
estabelecidos pela Norma IAS 19 – Benefícios dos Trabalhadores, com as adaptações previstas nos
Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 e nº 12/2005. Os principais benefícios concedidos pelo BPN
incluem pensões de reforma e sobrevivência, encargos com saúde e outros benefícios de longo prazo.
Em 31 de Dezembro de 2011, foi publicado o Decreto-Lei n.º 127/2011, que determina a transmissão
das responsabilidades e activos dos fundos de pensões de um conjunto de instituições financeiras para
a Segurança Social, tendo, no entanto, o Banco sido excluído dessa obrigação.
Responsabilidades com pensões e encargos com saúde
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 73
O BPN estabeleceu um plano de pensões de benefício definido, o qual tem por objectivo garantir o
pagamento de pensões de reforma, invalidez e sobrevivência aos seus empregados, nos termos
descritos na Nota 33. Adicionalmente, a assistência médica aos empregados no activo e pensionistas
do Banco está a cargo do Serviço de Assistência Médico-Social (SAMS). As contribuições obrigatórias
para o SAMS, a cargo do Banco, correspondem a 6,5% do total das retribuições efectivas dos
trabalhadores no activo, incluindo, entre outras, o subsídio de Férias e o subsídio de Natal.
A responsabilidade reconhecida em balanço relativa a planos de benefício definido corresponde à
diferença entre o valor actual das responsabilidades e o justo valor dos activos dos fundos de pensões,
caso aplicável, ajustada pelos ganhos e perdas actuariais diferidos. O valor total das responsabilidades
é determinado numa base anual, por actuários independentes, utilizando o método “Unit Credit
Projected”, e pressupostos actuariais considerados adequados (Nota 33). A taxa de desconto utilizada
na actualização das responsabilidades reflecte as taxas de juro de mercado de obrigações de
empresas de elevada qualidade, denominadas na moeda em que são pagas as responsabilidades, e
com prazos até ao vencimento similares aos prazos médios de liquidação das responsabilidades.
Os ganhos e perdas resultantes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados
e os valores efectivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao rendimento esperado
do fundo de pensões, bem como os resultantes de alterações de pressupostos actuariais, são diferidos
numa rubrica de activo ou passivo (“corredor”), até ao limite de 10% do valor actual das
responsabilidades por serviços passados ou do valor do fundo de pensões (ou, caso aplicável, das
provisões constituídas), dos dois o maior, reportados ao final do ano corrente. Caso os ganhos e
perdas actuariais excedam o valor do corredor, o referido excesso deverá ser reconhecido em
resultados pelo período de tempo médio até à idade normal de reforma dos colaboradores abrangidos
pelo plano. Os desvios acima do corredor estão a ser amortizados considerando um período médio de
aproximadamente 25 anos até à reforma dos empregados activos.
O custo do exercício com pensões de reforma e encargos com saúde, incluindo o custo dos serviços
correntes e o custo dos juros, deduzido do rendimento esperado, bem como a amortização de ganhos e
perdas actuariais, é reflectido pelo valor líquido em “Custos com pessoal”.
Outros benefícios de longo prazo
O BPN tem ainda outras responsabilidades por benefícios de longo prazo concedidos a trabalhadores,
incluindo responsabilidades com prémios de antiguidade e subsídio por morte antes da idade normal de
reforma. O subsídio por morte após a idade normal de reforma está abrangido pelo Fundo de Pensões.
As responsabilidades com estes benefícios são igualmente determinadas com base em avaliações
actuariais. No entanto, tal como previsto na Norma IAS 19, os ganhos e perdas actuariais não podem
ser diferidos, sendo integralmente reflectidos nos resultados do período.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 74
Benefícios de curto prazo
Os benefícios de curto prazo, incluindo prémios de produtividade pagos aos colaboradores pelo seu
desempenho, são reflectidos em “Custos com pessoal” no período a que respeitam, de acordo com o
princípio da especialização de exercícios.
2.14. Comissões
As comissões relativas a operações de crédito e outros instrumentos financeiros, nomeadamente
comissões cobradas ou pagas na originação das operações, são reconhecidas ao longo do período das
operações pelo método da taxa efectiva em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos
similares”.
As comissões por serviços prestados são normalmente reconhecidas como proveito ao longo do
período de prestação do serviço ou de uma só vez, se corresponderem à compensação pela execução
de actos únicos.
2.15. Valores recebidos em depósito
Os valores recebidos em depósito, nomeadamente os títulos de clientes, encontram-se registados em
rubricas extrapatrimoniais ao valor nominal, ou ao valor de mercado, caso exista cotação.
2.16. Estimativas contabilísticas críticas e aspectos julgamentais mais relevantes na aplicação das políticas
contabilísticas
Na aplicação das políticas contabilísticas acima descritas, é necessária a realização de estimativas pelo
Conselho de Administração do Banco. As estimativas com maior impacto nas demonstrações
financeiras individuais do Banco incluem as abaixo apresentadas.
Determinação das imparidades e provisões para crédito
As imparidades e provisões para crédito concedido são determinadas de acordo com a metodologia
definida na Nota 2.4. a). Deste modo, a determinação da provisão para créditos analisados
individualmente resulta de uma avaliação específica efectuada pelo Banco com base no conhecimento
da realidade dos clientes e nas garantias associadas às operações em questão.
A estimativa de provisões para créditos que não foram analisados individualmente foi efectuada com
base nas respostas aos questionários de crédito elaborados pelas áreas comerciais do Banco.
O Banco considera que as imparidades e provisões para crédito determinadas com base nesta
metodologia reflectem adequadamente o risco associado à sua carteira de crédito concedido.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 75
Avaliação dos colaterais nas operações de crédito
As avaliações dos colaterais de operações de crédito, nomeadamente hipotecas de imóveis, foram
efectuadas no pressuposto da manutenção de todas as condições de mercado imobiliário, durante o
período de vida das operações, tendo correspondido à melhor estimativa do justo valor dos referidos
colaterais à data do balanço.
Valorização de instrumentos financeiros não transaccionados em mercados activos
De acordo com a Norma IAS 39, o Banco valoriza ao justo valor todos os instrumentos financeiros, com
excepção dos registados ao custo amortizado. Na valorização de instrumentos financeiros não
negociados em mercados líquidos, são utilizadas técnicas de valorização baseadas nas ofertas de
compra e venda difundidas através de entidades especializadas. As valorizações obtidas correspondem
à melhor estimativa do justo valor dos referidos instrumentos na data do balanço.
Benefícios dos empregados
Conforme referido na Nota 2.13. acima, as responsabilidades do Banco por benefícios pós-emprego e
outros benefícios de longo prazo concedidos aos seus empregados são determinadas com base em
avaliações actuariais. Estas avaliações actuariais incorporam pressupostos financeiros e actuariais
relativos a mortalidade, invalidez, crescimentos salariais e de pensões, rendibilidade dos activos e taxa
de desconto, entre outros. Os pressupostos adoptados correspondem à melhor estimativa do Banco e
dos seus actuários do comportamento futuro das respectivas variáveis.
Impostos diferidos não registados
O Banco não reconheceu impostos diferidos activos nas demonstrações financeiras individuais,
nomeadamente os referentes a prejuízos fiscais reportáveis, na medida em que não dispõe de estudos
que demonstrem a probabilidade de obtenção de lucros fiscais no futuro que possibilitem a recuperação
dessas diferenças.
Continuidade de operações
As demonstrações financeiras individuais do Banco relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de
2011, apresentam capitais próprios negativos no montante de 499.108 mEuros, situação que põe em
causa a continuidade das operações do Banco. Em 15 de Fevereiro de 2012, o accionista do Banco
procedeu à realização de prestações acessórias pecuniárias e não onerosas no montante de 600.000
mEuros. Adicionalmente, durante o exercício de 2010, o Estado Português, accionista do BPN, aprovou
a reprivatização do Banco através do Decreto-Lei n.º 2/2010 de 5 de Janeiro, tendo em 9 de Dezembro
de 2011 celebrado um acordo quadro com uma entidade terceira. Deste modo, a continuidade das
operações do Banco está dependente do sucesso da concretização do modelo de reprivatização e das
suas operações futuras.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 76
Reconhecimento dos efeitos da alienação da Parvalorem e Parups
No âmbito do seu processo de recapitalização, o BPN constituiu durante o exercício de 2010, as entidades
Parparticipadas, Parvalorem e Parups, a quem alienou, ao valor nominal, um conjunto de activos que se
encontravam no seu balanço e de outras entidades por si detidas em 30 de Novembro de 2010. No exercício
de 2011, no âmbito do processo de reprivatização do Banco, foi aprovada pelo Despacho n.º 825/11 – SETF
de 3 de Junho, a aquisição pelo Estado Português, através da Direcção Geral do Tesouro e Finanças, da
totalidade das acções representativas do capital social das entidades acima referidas, operação que se
concretizou em Fevereiro de 2012. Com a aprovação deste despacho, as entidades Parvalorem e Parups
passaram, durante o exercício de 2011, a integrar o Sector Institucional das Administrações Públicas, nos
termos do código do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais, tendo o Conselho de Administração
do BPN, reflectido nas demonstrações financeiras do exercício de 2011, o reconhecimento dos efeitos da
alienação destas participadas, através da reversão, por capitais próprios, das provisões constituídas em 2010
para as responsabilidades cobertas pelas cartas-conforto prestadas e para os capitais próprios negativos
daquelas entidades, no montante total de 1.820.784 mEuros. O Conselho de Administração do Banco
considerou que esta operação se tratou de uma medida de recapitalização, similar a um aumento de capital,
motivo pelo qual entendeu registar em capitais próprios e não em resultados, os efeitos da alienação destas
participadas.
3. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Caixa 64.518 73.792
Depósitos à ordem em Bancos Centrais 42.975 61.632
107.493 135.424
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Caixa” inclui o montante de 26.804 mEuros e 37.345 mEuros,
respectivamente, relativo a moedas comemorativas do Europeu de futebol - Euro 2004. Durante o exercício
de 2011, o BPN alienou ao valor facial cerca de 1.266.000 moedas comemorativas do Europeu de futebol –
Euro 2004 e tem a intenção de alienar, durante o exercício de 2012, as restantes à Parups.
A rubrica “Depósitos à ordem em Bancos Centrais – Em Bancos Centrais estrangeiros” corresponde a
depósitos mantidos no Banco Central Europeu e visam satisfazer as exigências de reservas mínimas do
Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC). Estes depósitos são remunerados à taxa de 1% e correspondem
a 2% dos depósitos e títulos de dívida com prazo até dois anos, excluindo os depósitos e os títulos de dívida de
instituições sujeitas ao regime de reservas mínimas do SEBC.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 77
4. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Cheques a cobrarNo País 19.496 19.903No Estrangeiro 573 688
20.069 20.591
Depósitos à ordemNo País 5.040 5.049No Estrangeiro 28.652 39.002
33.692 44.05153.761 64.642
Os cheques a cobrar correspondem a cheques sobre clientes de outros bancos enviados para compensação.
Estes valores são cobrados nos primeiros dias do exercício subsequente, geralmente não permanecem nesta
conta por mais de um dia útil.
5. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Instrumentos de capital De não residentes 79 115
Instrumentos derivados com justo valor positivo (Nota 9) 20.066 23.06420.145 23.179
Provisão para risco país (Nota 20) (8) (19)
20.137 23.160
O detalhe dos títulos classificados nesta rubrica encontra-se no Anexo I.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 78
6. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Instrumentos de dívidaDe outros emissores nacionais 22.589 22.936De dívida pública 22.584 7.962De outros emissores internacionais - 17
45.173 30.915
Instrumentos de capital. Acções
- Valorizadas ao custo histórico 26.696 26.691. Unidades de participação
- Valorizadas ao justo valor 872 955- Valorizadas ao custo histórico 50 50
922 1.00572.791 58.611
Imparidade (Nota 20). Instrumentos de dívida - (17). Instrumentos de capital
- Acções (22.369) (22.369) - Unidades de participação (463) (444)
(22.832) (22.830)
49.959 35.781
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Instrumentos de capital – Valorizadas ao custo histórico” inclui
8.095.596 acções da Galilei, SGPS, S.A. (anteriormente denominada por Sociedade Lusa de Negócios, SGPS,
S.A.). No exercício de 2010, o Banco adquiriu a um cliente 6.578.948 acções a um preço unitário de 3,04
Euros, após este ter exercido uma opção de venda que detinha (Nota 9). Na sequência desta aquisição, o
BPN reclassificou imparidade no montante de 18.000 mEuros da rubrica “Passivos financeiros detidos para
negociação” para a rubrica “Imparidade para activos financeiros disponíveis para venda” (Nota 20). O Banco
tem a intenção de alienar durante o exercício de 2012 estas acções pelo seu valor líquido contabilístico à
Parups.
No exercício de 2010, o Banco alienou um conjunto de títulos registados nesta rubrica à Parups pelo montante
de 1.086.022 mEuros. O preço de alienação destes títulos correspondeu ao seu valor de aquisição ou ao valor
de balanço em 30 de Novembro de 2010, caso este último fosse superior.Com esta operação, o Banco obteve
uma mais-valia de 270.783 mEuros (Nota 20), que se encontra reflectida nas seguintes rubricas
contabilísticas:
Ganhos em activos financeiros disponíveis para venda (Nota 29) 252.328
Reversões de imparidade para activos financeiros
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 79
disponíveis para venda (Nota 20) 18.455
------------
270.783
======
No exercício de 2010, no âmbito da carta-conforto prestada à Parups, o Banco constituiu provisões no
montante de 247.830 mEuros na rubrica “Provisões para outros riscos e encargos” (Nota 20). A diferença entre
a provisão registada e a mais-valia apurada, no montante de 22.953 mEuros, corresponde às mais- valias
potenciais dos títulos alienados que se encontravam registadas na reserva do justo valor (Nota 20). Este
montante inclui 11.595 mEuros relativo à reserva do justo valor destes títulos que se encontrava registada em
31 de Dezembro de 2009. O montante remanescente, que ascende a 11.358 mEuros corresponde à reserva
do justo valor dos títulos vendidos, reconhecida durante o exercício de 2010, até à data da venda.
Adicionalmente, no âmbito do contrato celebrado com a Parups, o Banco reclassificou para a rubrica “Activos
não correntes detidos para venda”, títulos no montante de 932 mEuros, que foram alienados em 2011 a esta
entidade (Nota 10). No exercício de 2011, como as entidades Parparticipadas, Parvalorem e Parups
registaram nas suas demonstrações financeiras as imparidades e provisões para os activos, o Banco efectuou
a reposição das provisões que se encontravam afectas às responsabilidades das cartas conforto prestadas por
contrapartida de capitais próprios. O Conselho de Administração do Banco considerou que esta operação se
tratou de uma medida de recapitalização, similar a um aumento de capital, motivo pelo qual entendeu registar
em capitais próprios e não em resultados (Nota 20).
O movimento ocorrido na imparidade relativa a “Activos financeiros disponíveis para venda” é apresentado na
Nota 20.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a reserva de justo valor apresenta a seguinte composição (Nota 24):
2011 2010
Mais-valias potenciais. Instrumentos de dívida - 5. Instrumentos de capital 51 91
51 96
Menos-valias potenciais. Instrumentos de dívida (5.740) (139). Instrumentos de capital (6) (8)
(5.746) (147)(5.695) (51)
O detalhe dos títulos classificados nesta rubrica encontra-se no Anexo I.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 80
7. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Aplicações em instituições de crédito no paísEmpréstimos 545.574 594.842Aplicações a muito curto prazo 1.932 650Outras aplicações 113 796
Aplicações em instituições de crédito no estrangeiroEmpréstimos 133.907 127.562Outras aplicações 151.689 188.921
Juros a receberDe aplicações em instituições de crédito no país 3.462 1.672De aplicações em instituições de crédito no estrangeiro 331 662
837.008 915.105
Provisões para risco país (Nota 20) (3) (116)
837.005 914.989
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o detalhe desta rubrica por entidade, apresenta o seguinte detalhe:
Entidade 2011 2010
BPN Crédito IFIC, S.A. 449.367 479.225 BPN (IFI), S. A. 105.004 63.239 Banco Efisa, S.A. 98.139 117.029 BPN Brasil Banco Multiplo, S.A. 30.914 46.543 Outros 149.791 206.735
833.215 912.771
Juros a receber 3.793 2.334
837.008 915.105
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Outros” inclui o montante de 149.678 mEuros e 206.168
mEuros, respectivamente, referente a um contrato de cessão de créditos celebrado com o BPN (Cayman)
Limited, ao abrigo do qual as aplicações mantidas junto de dois bancos angolanos foram adquiridas pelo BPN
durante o exercício de 2010. Estas aplicações encontram-se colaterizadas por depósitos de um banco central
mantidos junto do BPN (IFI), S.A. no montante de 154.579 mEuros e 214.641 mEuros, respectivamente.
O Banco tem a intenção de alienar, durante o exercício de 2012, as aplicações no BPN Crédito IFIC, S.A. e
no Banco Efisa, S.A., pelo seu valor nominal à Parvalorem.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 81
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito têm a
seguinte classificação:
2011 2010
Até três meses 725.101 320.831De três meses a um ano 14.417 413.867De um a cinco anos 95.371 177.980Mais de cinco anos 2.119 2.427
837.008 915.105
O movimento nas provisões para aplicações em instituições de crédito durante os exercícios de 2011 e 2010 é
apresentado na Nota 20.
8. CRÉDITO A CLIENTES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Crédito internoEmpréstimos 1.364.775 1.395.350Créditos em conta corrente 730.133 955.635Outros créditos 549.659 559.211Descobertos em depósitos à ordem 233.664 106.481Descontos e outros créditos titulados por efeitos 60.924 90.596
Crédito ao exteriorCréditos em conta corrente 43.947 56.455Empréstimos 10.491 12.157Outros créditos 17.012 16.014Descobertos em depósitos à ordem 16 37
Outros créditos e valores a receberPapel comercial 72.403 149.800
3.083.024 3.341.736
Crédito titularizado não desreconhecido 143.508 222.6263.226.532 3.564.362
Crédito e juros vencidos 342.803 198.620Juros a receber, líquidos de proveitos diferidos e comissões 12.008 18.249
3.581.343 3.781.231Provisões para crédito (Nota 20):
Provisões para crédito vencido (197.425) (34.167)Provisões para crédito de cobrança duvidosa e titulado (93.127) (250.277)Provisões para risco-país (62) (218)
(290.614) (284.662)
3.290.729 3.496.569
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 82
O Banco tem a intenção de alienar, durante o exercício de 2012, um conjunto de operações de crédito à
Parvalorem pelo seu valor líquido contabilístico, cujo montante não será inferior a 1.450.000 mEuros (Nota
42).
No exercício de 2010, o Banco alienou um conjunto de operações de crédito à Parvalorem pelo seu valor
nominal, pelo montante total de 2.324.509 mEuros, tendo revertido provisões no montante de 1.395.921
mEuros. No âmbito da carta conforto prestada àquela entidade, o BPN constituiu uma provisão de igual
montante na rubrica “Provisões para outros riscos e encargos”. No exercício de 2011, como as entidades
Parparticipadas, Parvalorem e Parups registaram nas suas demonstrações financeiras as imparidades e
provisões para os activos, o Banco efectuou a reposição das provisões que se encontravam afectas às
responsabilidades das cartas conforto prestadas, por contrapartida de capitais próprios. O Conselho de
Administração do Banco considerou que esta operação se tratou de uma medida de recapitalização, similar a
um aumento de capital, motivo pelo qual entendeu registar em capitais próprios e não em resultados (Nota 20).
Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as rubricas “Crédito interno - créditos em conta
corrente”, “Crédito ao exterior - empréstimos “ e “Crédito e juros vencidos”, incluem operações de crédito no
montante de 100.572 mEuros e 107.633 mEuros, respectivamente, prometidos vender à Parvalorem entre
2012 e 2014, no âmbito do contrato celebrado com esta entidade (Nota 22). Em 31 de Dezembro de 2010, as
provisões para estas operações de crédito encontravam-se registadas na rubrica “Provisões para outros riscos
e encargos”, no âmbito da carta-conforto prestada a esta entidade, tendo sido revertida, com a cessão desta,
nas demonstrações financeiras do exercício de 2011 (Nota 20).
O apuramento das provisões estimadas para crédito em clientes foi efectuado de acordo com a metodologia
descrita na Nota 2.4. Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as provisões estimadas têm a seguinte
composição:
2011 2010
Análise individual 256.116 254.899Provisões apuradas na extrapolação efectuada
com base nos questionários de crédito 65.157 64.952
321.273 319.851
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, estas provisões encontram-se reflectidas da seguinte forma:
2011 2010
Provisões para crédito vencido e clientes decobrança duvidosa (Nota 20) 290.614 284.662
Provisões para riscos gerais de crédito (Nota 20) 30.659 35.189
321.273 319.851
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 83
O movimento nas provisões durante os exercícios de 2011 e 2010, é apresentado na Nota 20.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Crédito titularizado não desreconhecido”, corresponde ao
valor nominal dos créditos cedidos referentes à operação de securitização “Chaves SME CLO Nº1”,
concretizada em 2006 pelo montante total de 601.100 mEuros. Estes créditos não foram desreconhecidos do
balanço do Banco. A titularização dos créditos é explicada em maior detalhe na Nota 19.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os prazos residuais do “Crédito a clientes” têm a seguinte
decomposição:
2011 2010
Até três meses 684.437 929.677De três meses a um ano 696.431 571.051De um a cinco anos 772.769 411.523Mais de cinco anos 1.427.706 1.868.980
3.581.343 3.781.231
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a antiguidade do "Crédito vencido” apresentava a seguinte estrutura:
2011 2010
Até três meses 22.938 36.463De três a seis meses 31.587 29.426De seis meses a um ano 98.410 38.666De um a três anos 117.827 51.632Mais de 3 anos 59.922 41.065Juros vencidos a regularizar 12.119 1.368
342.803 198.620
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 84
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o crédito concedido a clientes apresentava a seguinte estrutura por
sectores de actividade:
Sem Com Sem Com Securitização Securitização Securitização Securitização
Agricultura, silvicultura, caça e pescas 29.286 34.428 32.418 39.387Indústrias extractivas 8.178 8.352 8.415 9.001Alimentação, bebidas e tabacos 59.013 61.513 51.666 65.901Têxteis 38.531 40.321 41.769 44.663Madeira e cortiça 12.286 13.045 13.319 14.585Papel, artes gráficas e editoras 9.814 10.459 20.729 22.723Químicas e actividades conexas 29.871 30.901 16.121 18.798Produtos minerais não metálicos 55.495 57.239 60.365 63.512Máquinas, equipamento e metalúrgicas de base 68.944 77.858 41.665 54.802Fabricação de mobiliário e outras indústrias transformadoras 22.970 24.404 75.615 78.076Electricidade, água e gás 1.883 1.883 1.939 1.939Construção 65.799 68.068 72.274 72.274Actividades imobiliárias 915.187 950.440 998.226 1.052.781Comércio, manutenção e reparação de veículos 284.252 309.083 347.161 347.161Restaurantes e hóteis 93.853 104.455 119.701 119.701Transporte, armazenagem e comunicações 72.253 75.619 86.713 96.160Actividade e intermediação financeira 391.968 393.285 614.822 614.995Consultoria, aquisição de títulos ou de créditos e respectiva gestão 210.517 210.517 9.731 9.731Particulares 755.675 794.885 794.974 845.230Outros 284.143 314.588 150.982 209.811
3.409.918 3.581.343 3.558.605 3.781.231
31-12-201031-12-2011
9. DERIVADOS
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, estas operações encontram-se valorizadas de acordo com os
critérios descritos na Nota 2.4. d). Nestas datas, o seu montante nocional e o valor contabilístico
apresentavam a seguinte desagregação:
2011Montante nocional Valor contabilístico
Derivados Derivados Activos Passivos Derivados de de detidos para detidos para de cobertura
negociação cobertura Total negociação negociação passivos Total(Nota 5)
SwapsSwaps cambiais 1 (1) - -
Compras 11.590 - 11.590Vendas 11.596 - 11.596
Interest rate swaps:Swaps 20.065 (18.045) (97) 1.923
Compras 386.210 17.749 403.959Vendas 455.866 - 455.866
FuturosOperações cambiais a prazo
Forwards - (37) - (37)Compras 985 - 985Vendas 1.026 - 1.026
867.273 17.749 885.022 20.066 (18.083) (97) 1.886
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 85
2010Montante nocional Valor contabilístico
Derivados Derivados Activos Passivos Derivados de de detidos para detidos para de cobertura
negociação cobertura Total negociação negociação passivos Total(Nota 5)
SwapsSwaps cambiais 1 - - 1
Compras 25.624 - 25.624Vendas 25.724 - 25.724
Interest rate swaps:Swaps 23.055 (22.304) (17) 734
Compras 605.447 27.037 632.484Vendas 677.201 - 677.201
FuturosOperações cambiais a prazo
Forwards 8 (23) - (15)Compras 1.000 - 1.000Vendas 1.014 - 1.014
1.336.010 27.037 1.363.047 23.064 (22.327) (17) 720
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o derivado de cobertura destina-se a cobrir o risco de taxa de juro de
uma aplicação mantida junto do BPN Crédito – IFIC.
No exercício de 2010, no âmbito de uma opção celebrada com um cliente sobre acções da Galilei, SGPS,
S.A., o cliente exerceu esta opção de venda junto do BPN, tendo o Banco adquirido 6.578.948 acções a um
preço unitário de 3,04 Euros (Nota 6). Baseado em pareceres jurídicos obtidos em 2010, o Banco não registou
a responsabilidade na aquisição de um lote adicional de 5.402.987 acções detidas por aquele cliente, tendo
deste modo, reconhecido um ganho de 16.290 mEuros na rubrica “Resultados em activos e passivos detidos
para negociação”, que corresponde à anulação do passivo que se encontrava registado em 31 de Dezembro
de 2009 (Nota 28).
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 86
A distribuição das operações com instrumentos financeiros derivados do Banco em 31 de Dezembro de 2011
e 2010 por prazos residuais apresenta o seguinte detalhe:
2011> 3 meses > 6 meses > 1ano
<= 6 meses <= 1 ano <= 5 anos
Operações Cambiais a PrazoForwards Cambiais
Compras 985 - - - - 985Vendas 1.026 - - - - 1.026
SwapsSwaps Cambiais
Compras 11.590 - - - - 11.590Vendas 11.596 - - - - 11.596
Interest Rate Swaps Compras - 3.546 1.268 368.643 30.502 403.959Vendas 10.000 - 2.000 290.321 153.545 455.866
35.197 3.546 3.268 658.964 184.047 885.022
<= 3 meses > 5 anos Total
2010> 3 meses > 6 meses > 1ano
<= 6 meses <= 1 ano <= 5 anos
Operações Cambiais a PrazoForwards Cambiais
Compras 674 326 - - - 1.000Vendas 680 335 - - - 1.014
SwapsSwaps Cambiais
Compras - 25.624 - - - 25.624Vendas - 25.724 - - - 25.724
Interest Rate Swaps Compras - 2.245 8.781 416.619 204.840 632.485Vendas - 2.245 636 232.460 441.859 677.200
1.354 56.499 9.417 649.079 646.699 1.363.047
> 5 anos Total<= 3 meses
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 87
A distribuição das operações com instrumentos financeiros derivados do Banco em 31 de Dezembro de 2011
e 2010 por tipo de contraparte apresenta o seguinte detalhe:
Valor Valornocional contabilístico
Operações Cambiais a PrazoForwards Cambiais
Clientes 2.011 (37)Swaps
Swaps CambiaisInstituições Financeiras 23.186 -
Interest rate swapsInstituições Financeiras 685.916 (12.272)Clientes 173.909 14.195
859.825 1.923885.022 1.886
2011
Valor Valornocional contabilístico
Operações Cambiais a PrazoForwards Cambiais
Clientes 2.014 (15)Swaps
Swaps CambiaisInstituições Financeiras 51.348 1
Interest rate swapsInstituições Financeiras 1.098.290 (15.430)Clientes 211.395 16.164
1.309.685 7341.363.047 720
2010
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as contrapartes da rubrica “Interest rate swaps - Clientes” dividem-se da
seguinte forma:
Tipo de contraparte 2011 2010
Entidades do sector dos transportes com capitais públicos 154.800 189.200Clientes 19.109 22.195
173.909 211.395
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 88
10. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Imóveis 13.880 13.272Participações financeiras 150 150Unidades de Participação (Nota 6) - 932
14.030 14.354
Imparidade (Nota 20). Imóveis (3.994) (3.452). Participações financeiras (150) (150)
(4.144) (3.602)9.886 10.752
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Imóveis” tem a seguinte composição:
ValorValor contabilístico
Imóvel de aquisição Imparidade em 31-12-2011Predio U 2970 Concelho Cascais Freguesia Cascais 1.923 (399) 1.524Predio U 634 Concelho Peso da Regua Freguesia Peso da Régua 2.180 (1.080) 1.100Rua Pinhal, Freguesia Agua Santas, Concelho Maia 740 (290) 450Prédio U 2653 Concelho Condeixa a Nova Freguesia Ega 518 (123) 395Vale da Proa, Semide, Miranda do Corvo; Vale Escuro, Semide, Miranda do Corvo 513 - 513Predio U 3562 Concelho Matosinhos Freguesia Leça da Palmeira 433 (58) 375Predio U 1156 Concelho Alcobaça Freguesia Bárrio 335 - 335Predio U 633 Concelho Peso da Regua Freguesia Peso da Régua 1.085 (775) 310Rua Eugénio de Castro, Ramalde, Porto 357 (57) 300Carvalhais de Cima, Freguesia de Assafarge 350 (200) 150Predio U 5883 Concelho Loulé Freguesia Loulé 300 - 300Predio Urbano, Freguesia de S. Martinho da Gândara, Oliveira de Azemeis 265 - 265Prédio U 393 Concelho Paredes Freguesia Madalena 240 (69) 171Rua Moinho do Gato, Quinta do Vale da Moura, Várzea de Sintra, Sintra 445 (202) 243Predio U 7380 Concelho Gondomar Freguesia Gondomar (S.Cosme) 236 (78) 158Prédio U 1053 - F Concelho Vila Nova de Famalicão Freguesia Vale (S.Martinho) 172 - 172Prédio U 513 - D Concelho Amadora Freguesia Reboleira 160 (58) 102Predio U 1495 Concelho Caldas da Rainha Freguesia Foz do Arelho 160 - 160Prédio U 3897 Concelho Leiria Freguesia Colmeias 154 - 154Prédio U 201 Concelho Ponte de Lima Freguesia Seara 150 - 150Predio U 2745-G Concelho Santa Maria Feira Freguesia Lourosa 146 - 146Predio U 6182 Concelho Sintra Freguesia Sintra 143 - 143Prédio U 1144 Concelho Gondomar Freguesia Valbom 140 - 140Prédio U 9219 Concelho Seixal Freguesia Fernão Ferro 135 (35) 100Avª dos Banhos, 466 e Rua Latino Coelho, 239-247 1º Dtº, Povoa Varzim 127 - 127Imovel Concelho Gondomar Freguesia Valbom CRP nº 1268 238 (116) 122Predio U 6775 Concelho Coimbra Freguesia Santo António dos Olivais 122 (17) 105Prédio R 22479 Concelho Leiria Freguesia Colmeias 121 - 121Predio U 632 Concelho Peso da Regua Freguesia Peso da Régua 347 (227) 120Avª dos Banhos, 466 e Rua Latino Coelho, 239-247 1º Esqº, Povoa Varzim 119 - 119Prédio U 15222/3 Cabo Verde 134 (30) 104Prédio U 11058 Concelho Seixal Freguesia Fernao Ferro 115 (25) 90Prédio U 1794 Concelho Coimbra Freguesia Eiras 109 - 109Prédio U 7602 Concelho Albufeira Freguesia Albufeira 124 (45) 79
8.952Outros imóveis cujo valor contabilístico
é inferior a 100 mEuros 1.044 (110) 93413.880 (3.994) 9.886
2011
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 89
ValorValor contabilístico
Imóvel de aquisição Imparidade em 31-12-2010Predio U 2970 Concelho Cascais Freguesia Cascais 1.923 (399) 1.524Predio U 634 Concelho Peso da Regua Freguesia Peso da Régua 2.180 (1.080) 1.100Rua Pinhal, Freguesia Agua Santas, Concelho Maia 740 (190) 550Prédio U 2653 Concelho Condeixa a Nova Freguesia Ega 518 - 518Vale da Proa, Semide, Miranda do Corvo; Vale Escuro, Semide, Miranda do Corvo 513 (132) 381Predio U 3562 Concelho Matosinhos Freguesia Leça da Palmeira 433 (58) 375Predio U 1156 Concelho Alcobaça Freguesia Bárrio 335 - 335Predio U 633 Concelho Peso da Regua Freguesia Peso da Régua 1.085 (775) 310Rua Eugénio de Castro, Ramalde, Porto 357 (57) 300Carvalhais de Cima, Freguesia de Assafarge 350 (50) 300Predio U 5883 Concelho Loulé Freguesia Loulé 300 - 300Predio Urbano, Freguesia de S. Martinho da Gândara, Oliveira de Azemeis 265 - 265Prédio U 5828 Concelho Funchal Freguesia S.Martinho 251 - 251Rua Moinho do Gato, Quinta do Vale da Moura, Várzea de Sintra, Sintra 445 (241) 204Predio U 7380 Concelho Gondomar Freguesia Gondomar (S.Cosme) 236 (45) 191Prédio U 1053 - F Concelho Vila Nova de Famalicão Freguesia Vale (S.Martinho) 172 - 172Prédio U 513 - D Concelho Amadora Freguesia Reboleira 160 - 160Predio U 1495 Concelho Caldas da Rainha Freguesia Foz do Arelho 160 - 160Prédio U 201 Concelho Ponte de Lima Freguesia Seara 150 - 150Predio U 2745-G Concelho Santa Maria Feira Freguesia Lourosa 146 - 146Predio U 6182 Concelho Sintra Freguesia Sintra 143 - 143Prédio U 1144 Concelho Gondomar Freguesia Valbom 140 - 140Prédio U 9219 Concelho Seixal Freguesia Fernão Ferro 135 - 135Prédio U 863 - S Concelho Lisboa Freguesia Lumiar 129 - 129Avª dos Banhos, 466 e Rua Latino Coelho, 239-247 1º Dtº, Povoa Varzim 127 - 127Imovel Concelho Gondomar Freguesia Valbom CRP nº 1268 238 (116) 122Predio U 6775 Concelho Coimbra Freguesia Santo António dos Olivais 122 - 122Predio U 632 Concelho Peso da Regua Freguesia Peso da Régua 347 (227) 120Avª dos Banhos, 466 e Rua Latino Coelho, 239-247 1º Esqº, Povoa Varzim 119 - 119Prédio U 15222/3 Cabo Verde 134 (18) 116Prédio U 11058 Concelho Seixal Freguesia Fernao Ferro 115 - 115Prédio U 7602 Concelho Albufeira Freguesia Albufeira 124 (19) 105
9.185Outros imóveis cujo valor contabilístico
é inferior a 100 mEuros 680 (45) 63513.272 (3.452) 9.820
2010
O Banco tem a intenção de, durante o exercício de 2012, alienar os imóveis registados nesta rubrica à Parups.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Participações financeiras” apresenta o seguinte detalhe:
% de Custo de Valor deEntidade participação aquisição Imparidade balanço
Parparticipadas, SGPS, S.A. 100% 50 (50) -Parvalorem, S.A. 100% 50 (50) -Parups, S.A. 100% 50 (50) -
150 (150) -
Os dados financeiros obtidos das demonstrações financeiras provisórias e não auditadas destas empresas
em 31 de Dezembro de 2011, podem ser resumos da seguinte forma:
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 90
% de Capitais Resultado Entidade Sede participação próprios (a) líquido
Parparticipadas, SGPS, S.A. Portugal 100% (149.520) (93.241)Parvalorem, S.A. Portugal 100% (1.903.988) (1.891.721)Parups, S.A. Portugal 100% (432.585) (427.987)
(a) Os capitais próprios incluem o resultado líquido do exercício.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a comparação entre o capital próprio das empresas filiais e associadas
com os respectivos custos de aquisição apresenta o seguinte detalhe:
Capital Custo Provisões para% de próprio, incluindo de outros riscos
Entidade participação o resultado líquido aquisição Imparidade e encargos(Nota 20)
Parparticipadas, SGPS, S.A. 100% (151.574) 50 (50) (149.520)Parvalorem, S.A. 100% (1.903.988) 50 (50) -Parups, S.A. 100% (432.585) 50 (50) -
(2.488.147) 150 (150) (149.520)
(a) O capital próprio inclui o resultado líquido do exercício.
2011
Capital Custo Provisões para% de próprio, incluindo de outros riscos
Entidade participação o resultado líquido aquisição Imparidade e encargos(Nota 20)
Parparticipadas, SGPS, S.A. 100% (56.279) 50 (50) (19.357)Parvalorem, S.A. 100% (12.267) 50 (50) (12.267)Parups, S.A. 100% (4.598) 50 (50) (4.598)
(73.144) 150 (150) (36.222)
(a) O capital próprio inclui o resultado líquido do período.
2010
A rubrica “Imparidade” diz respeito à imparidade constituída pelo BPN para as participações acima referidas e
é relativa à diferença entre o valor de balanço de cada participação e o montante correspondente à
participação nos capitais próprios dessas participadas.
No âmbito do seu processo de recapitalização, o BPN constituiu durante o exercício de 2010, as entidades
Parparticipadas, Parvalorem e Parups, a quem alienou, ao valor nominal, um conjunto de activos que se
encontravam no seu balanço e de outras entidades por si detidas em 30 de Novembro de 2010. No exercício
de 2011, no âmbito do processo de reprivatização do Banco, foi aprovada pelo Despacho n.º 825/11 – SETF
de 3 de Junho, a aquisição pelo Estado Português, através da Direcção Geral do Tesouro e Finanças, da
totalidade das acções representativas do capital social das entidades acima referidas, operação que se
concretizou em Fevereiro de 2012. Com a aprovação deste despacho, as entidades Parvalorem e Parups
passaram, durante o exercício de 2011, a integrar o Sector Institucional das Administrações Públicas, nos
termos do código do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais, tendo o Conselho de Administração
do BPN, reflectido nas demonstrações financeiras do exercício de 2011, o reconhecimento dos efeitos da
alienação destas participadas, através da reversão, por capitais próprios, das provisões constituídas em 2010
para as responsabilidades cobertas pelas cartas-conforto prestadas e para os capitais próprios negativos
daquelas entidades, no montante total de 1.820.784 mEuros. O Conselho de Administração do Banco
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 91
considerou que esta operação se tratou de uma medida de recapitalização, similar a um aumento de capital,
motivo pelo qual entendeu registar em capitais próprios e não em resultados, os efeitos da alienação destas
participadas (Notas 1 e 20).
Em 31 de Dezembro de 2010, a rubrica “Unidades de participação” diz respeito aos títulos que se
encontravam prometidos vender à Parups, e que foram alienados durante o exercício de 2011 (Nota 6).
11. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS
O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2011 e 2010 foi o
seguinte:
Saldo em 31.12.2010 2011 Saldo em 31.12.2011Perdas por Amortiza- Perdas por
Valor Amortizações imparidades Transfe- ções do Valor Amortizações imparidades Valorbruto acumuladas acumuladas Adições Abates rências exercício bruto acumuladas acumuladas líquido
(Nota 20) (Nota 20)
Imóveis de serviço próprioTerrenos 1.274 - - - - - - 1.274 - - 1.274Edifícios 6.429 (1.463) - - - - (129) 6.429 (1.592) - 4.837
Obras em imóveis arrendados 22.450 (17.234) - - (19) - (1.491) 22.431 (18.739) - 3.692Equipamento
Mobiliário e material de escritório 3.118 (3.109) - - - - 6 3.118 (3.103) - 15Máquinas e ferramentas 8.396 (6.136) - 103 (6) - (774) 8.493 (6.910) - 1.583Equipamento informático 5.842 (5.838) - - - 2.772 (1) 8.614 (8.611) - 3Instalações interiores 2.474 (2.415) - - - - (16) 2.474 (2.431) - 43Material de transporte 344 (335) - 4 (6) - (9) 342 (321) - 21Equipamento de segurança 1.628 (1.508) - - - - (77) 1.628 (1.567) - 61Outro equipamento 1 (1) - - - - - 1 (1) - -
Activos em locação financeiraEquipamento 17.427 (10.957) - - - (2.772) (2.931) 14.655 (11.116) - 3.539
Outros activos tangíveis 4.672 (8) (3.821) - - - - 4.672 (8) (3.821) 84374.055 (49.004) (3.821) 107 (31) - (5.422) 74.131 (54.399) (3.821) 15.911
Saldo em 31.12.2009 2010 Saldo em 31.12.2010Perdas por Amortiza- Perdas por
Valor Amortizações imparidades Transfe- ções do Valor Amortizações imparidades Valorbruto acumuladas acumuladas Adições Abates rências exercício bruto acumuladas acumuladas líquido
(Nota 20) (Nota 20)
Imóveis de serviço próprioTerrenos 1.224 - - - - 50 - 1.274 - - 1.274Edifícios 6.479 (1.335) - - - (50) (128) 6.429 (1.463) - 4.966
Obras em imóveis arrendados 24.043 (16.451) - 31 (1.624) - (1.868) 22.450 (17.234) - 5.216Equipamento -
Mobiliário e material de escritório 3.129 (3.117) - 40 (51) - (40) 3.118 (3.109) - 9Máquinas e ferramentas 8.717 (5.586) - - (226) (95) (843) 8.396 (6.136) - 2.260Equipamento informático 7.090 (6.296) - - (628) (620) (23) 5.842 (5.838) - 4Instalações interiores 2.474 (2.412) - 19 (19) - (22) 2.474 (2.415) - 59Material de transporte 354 (267) - 12 (45) 23 (73) 344 (335) - 9Equipamento de segurança 1.628 (1.433) - - - - (75) 1.628 (1.508) - 120Outro equipamento 1 (1) - - - - - 1 (1) - -
Activos em locação financeira -Equipamento 17.427 (8.026) - - - - (2.931) 17.427 (10.957) - 6.470
Outros activos tangíveis 3.979 (8) (3.821) 8 (7) 692 - 4.672 (8) (3.821) 84376.545 (44.932) (3.821) 110 (2.600) - (6.003) 74.055 (49.004) (3.821) 21.230
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 92
12. ACTIVOS INTANGÍVEIS
O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2011 e 2010 foi o
seguinte:
Saldo em 31.12.2010 Saldo em 31.12.2011Valor Amortizações Amortizações Valor Amortizações Valor bruto acumuladas do exercício bruto acumuladas líquido
Sistemas de tratamento automático de dados (Software) 10.100 (9.155) (815) 10.100 (9.970) 130Outros activos intangíveis 2.439 (2.439) - 2.439 (2.439) -
12.539 (11.594) (815) 12.539 (12.409) 130
Saldo em 31.12.2009 Saldo em 31.12.2010Valor Amortizações Amortizações Valor Amortizações Valor bruto acumuladas do exercício bruto acumuladas líquido
Sistemas de tratamento automático de dados (Software) 10.100 (7.902) (1.253) 10.100 (9.155) 945Outros activos intangíveis 2.439 (2.439) - 2.439 (2.439) -
12.539 (10.341) (1.253) 12.539 (11.594) 945
13. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS
Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
2011 2010Participaçãodirecta (%)
Valor bruto Imparidade
Valor de balanço
Valor bruto Imparidade
Valor de balanço
Empresas no PaísBPN Serviços, ACE 63% 63 - 63 63 - 63BPN - Participações Financeiras SGPS, Lda. 100% - - - 50 (50) -
63 - 63 113 (50) 63
No exercício de 2011, o BPN alienou a participação detida na BPN – Participações Financeiras SGPS, Lda., à
Parparticipadas pelo montante de 1 Euro, tendo reconhecido uma menos-valia de 50 mEuros, registada na
rubrica “Resultados de alienação de outros activos” (Nota 30) e revertido provisões por resultados de igual
montante que se encontravam registadas na rubrica “Imparidade para investimentos em filiais e associadas” e
provisões no montante de 71.130 mEuros, registadas na rubrica “Provisões para outros riscos e encargos “
para fazer face aos capitais próprios negativos desta participada (Nota 20).
No exercício de 2010, o BPN alienou a participação na Real Vida Seguros, S.A. à Parparticipadas pelo
montante de 6.523 mEuros, tendo reconhecido uma menos-valia de 101.563 mEuros registada na rubrica
“Resultados de alienação de outros activos” e revertido provisões no montante de 91.550 mEuros que se
encontravam registadas na rubrica “Imparidade para investimentos em filiais e associadas” (Notas 20 e 30).
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 93
No exercício de 2010, a BPN - Participações Financeiras, SGPS, Lda. e a sua participada BPN Internacional,
SGPS, S.A. alienaram à Parparticipadas um conjunto de participações financeiras detidas por estas em outras
entidades do Grupo BPN, cujo preço correspondeu aos capitais próprios em 30 de Novembro de 2010
ajustados das reversões de provisões e imparidades efectuadas por estas decorrentes da alienação dos
activos à Parvalorem e à Parups. Os impactos desta operação foram os seguintes:
Valor de
% de Custo de balanço na Valor Valia Sede participação aquisição data da venda de venda líquida
Entidades alienadas pela BPN Participações Financeiras:Banco Efisa, S.A. Portugal 100% 28.769 (83.057) 319 83.376BPN Crédito - Instituição Financeira de Crédito, S.A. Portugal 100% 63.932 27.295 57.713 30.418BPN Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Portugal 100% 4.952 3.714 3.718 4BPN Imofundos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Portugal 100% 574 574 3.567 2.993BPN Participações Brasil Ltda. (86%) Brasil 86% 14.385 26.747 23.221 (3.526)BPN Créditus Brasil - Promotora de Vendas Ltda. (50%) Brasil 50% 445 (17.081) 1 17.082
113.057 (41.808) 88.539 130.347
Entidades alienadas pela BPN Internacional:BPN Créditus Brasil - Promotora de Vendas Ltda. (50%) Brasil 50% 492 (17.081) 1 17.082Banco Português de Negócios (IFI), S.A. Cabo Verde 100% 25.500 11.657 55.417 43.760
25.992 (5.424) 55.418 60.842139.049 (47.232) 143.957 191.189
Os dados financeiros obtidos das contas individuais e não auditadas destas empresas em 31 de Dezembro
de 2011 e 2010, podem ser resumidos da seguinte forma:
2011% de Capital Resultado
Entidade Sede participação próprio (a) (b) líquido (b)
BPN Serviços, ACE Portugal 63% - -
2010% de Capital Resultado
Entidade Sede participação próprio (a) (b) líquido (b)
BPN - Participações Financeiras, SGPS, Lda. Portugal 100% (71.130) 189.207BPN Serviços, ACE Portugal 63% - -
(a) O capital próprio inclui o resultado líquido do exercício.
(b) Contas provisórias.
Em 31 de Dezembro de 2010, o capital próprio negativo da BPN Participações Financeiras, SGPS, S.A.
encontra-se totalmente provisionado na rubrica “Provisões para outros riscos e encargos”. No exercício de
2011, o BPN alienou a participação que detinha na BPN Participações Financeiras, SGPS, S.A., tendo
revertido estas provisões (Nota 20).
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 94
Em 31 de Dezembro de 2010, a BPN – Participações Financeiras, SGPS, Lda. detinha directamente e
indirectamente as seguintes participações financeiras:
% de % departicipação participação Capital Resultado
Entidade Sede directa indirecta próprio (a) (b) líquido (b)
BPN Internacional, SGPS, S.A. Portugal 100% 100% (60.330) 54.485BPN Madeira, SGPS, S.A. Portugal 100% 100% 27 (4)BPN (Cayman) Limited Ilhas Caimão - 100% 39.972 33.820
(a) O capital próprio inclui o resultado líquido do exercício de 2010.(b) Contas provisórias.
14. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO
Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 eram
os seguintes:
2011 2010
Activos por impostos correntesImposto sobre o rendimento a recuperar 140 70
Passivos por impostos correntesImposto sobre o rendimento a pagar (1.027) (602)
(887) (532)
Os custos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação
entre a dotação para impostos sobre lucros e o resultado líquido do exercício antes de impostos, podem ser
apresentados como se segue:
2011 2010
Impostos correntes. Do exercício (1.051) (782). Correcções relativas a exercícios anteriores (líquido) 1 (5)
(1.050) (787)
Contribuição extraordinária sobre o sector bancário (2.699) -(3.749) (787)
Resultado antes de impostos (91.701) (101.633)
Carga fiscal 4,09% 0,77%
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 95
A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2011 e 2010 pode ser
demonstrada como segue:
2011 2010Taxa Imposto Taxa Imposto
Resultado antes de impostos (91.701) (101.633)
Imposto apurado com base na taxa nominal -26,50% 24.301 -26,50% 26.933Derrama estadual -2,50% 2.293 -2,50% 2.541
Contribuição extraordinária sobre o sector bancário 2,94% (2.699) 0,00% -
Imposto diferido activo não reconhecido 29,00% (26.593) 29,00% (29.474)Tributação autónoma 1,15% (1.051) 0,77% (782)Outros 0,00% 1 0,00% (5)
Imposto registado em resultados 4,09% (3.749) 0,77% (787)
O imposto corrente registado em resultados diz respeito a tributação autónoma essencialmente de custos com
viaturas e ajudas de custo.
No exercício de 2011, a rubrica “Proveitos não tributados” diz respeito a reversões de provisões para
participações financeiras que não são objecto de tributação.
No exercício de 2011, com a publicação da Lei n.º 55 - A/2010, de 31 de Dezembro, o Banco passou a
estar abrangido pelo regime de contribuição sobre o sector bancário, tendo liquidado 2.699 mEuros.
No exercício de 2010, foi introduzida a Derrama Estadual, passando a incidir, sobre a parte do lucro
tributável sujeito e não isento de IRC superior a 2.000 mEuros, uma taxa adicional de 2,5%.
De acordo com o “IAS 12 – Impostos sobre lucros”, os impostos diferidos activos devem ser registados até ao
montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das
correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais.
O Banco não constituiu impostos diferidos activos, face às dúvidas existentes quanto à recuperabilidade dos
mesmos. O montante dos prejuízos fiscais reportáveis encontra-se em fase final de apuramento.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 96
15. OUTROS ACTIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Outros activos
Outros 7.881 7.874Ouro, metais preciosos, numismática e medalhística 18 23
Devedores e outras aplicações
Sector público administrativo 728 1.210
Devedores diversosOutros devedores diversos 6.102 6.648Bonificações a receber 986 568
Suprimentos - 20.850
Despesas com encargo diferidoCompromissos irrevogáveis 595 125Seguros 194 139Outras 765 273
Responsabilidades com pensões e outros benefícios (Nota 33) 32.494 34.959
Operações activas a regularizarOutras operações activas a regularizar 2.074 16Operações de bolsa a liquidar 590 -Posição cambial a prazo 72 117Posição cambial à vista 2 --
Bens recebidos em dação de crédito 17.421 16.267
69.922 89.069
Imparidade (Nota 20):Outros devedores (8.108) (8.101)Bens recebidos em dação de crédito (1.558) (1.535)Suprimentos - (20.850)
(9.666) (30.486)60.256 58.583
Durante o exercício de 2011, o BPN alienou os suprimentos concedidos à BPN – Participações Financeiras
SGPS, Lda., que se encontravam registados na rubrica “Devedores e outras aplicações – Devedores diversos
– Suprimentos”, à Parparticipadas pelo montante de 1 Euro, tendo utilizado as provisões constituídas de igual
montante, registadas na rubrica “Imparidade de outros activos” (Nota 20).
Em 31 de Dezembro de 2011, o saldo da rubrica “Operações activas a regularizar – Operações de bolsa a
liquidar”, refere-se a operações de títulos de clientes que aguardam a liquidação financeira. Estes montantes
foram regularizados na sua maioria no início de 2012.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 97
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Outros activos – Outros” diz respeito a montantes a receber
de devedores diversos provenientes essencialmente do Banco Insular, SARL. Este montante encontra-se
totalmente provisionado na rubrica “Imparidade – Outros devedores”.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Devedores diversos – Outros devedores diversos” inclui o
montante total de 1.917 mEuros referente a valores a receber de devedores cuja decisão judicial foi favorável
ao Banco. Adicionalmente, inclui o montante de 1.800 mEuros referente a um adiantamento efectuado a uma
entidade do Grupo Galilei, que se encontra totalmente provisionado na rubrica “Provisões para outros riscos e
encargos – Outras provisões – Provisões para perdas potenciais em activos tangíveis”.
Em 31 de Dezembro de 2011, o saldo da rubrica “Devedores e outras aplicações – Devedores diversos –
Bonificações a receber”, diz respeito a bonificações de juros a receber, que se encontram ao abrigo do
programa PME Investimentos e cujo pagamento será efectuado pelo FINOVA (Fundo de Apoio ao
Financiamento à Inovação). Em 31 de Dezembro de 2011, o Banco tem constituída uma provisão para as
bonificações a receber no montante de 197 mEuros, registada na rubrica “Provisão para outros riscos e
encargos – Outras” (Nota 20).
Conforme descrito na Nota 2.5, o Banco regista na rubrica “Bens recebidos em dação de crédito” os bens
obtidos por recuperação de crédito. O movimento nestes bens durante os exercícios de 2011 e 2010 foi o
seguinte:
Saldo em 31.12.2010 2011 Saldo em 31.12.2011Valor Imparidade Valor Imparidadebruto acumulada Adições Imparidade bruto acumulada
Bens recebidos em dação de créditoObras de arte 15.350 (1.535) 1.154 (23) 16.504 (1.558)Outros 917 - - - 917 -
16.267 (1.535) 1.154 (23) 17.421 (1.558)
Saldo em 31.12.2009 2010 Saldo em 31.12.2010Valor Imparidade Alienações e Valor Imparidadebruto acumulada Adições abates bruto acumulada
Bens recebidos em dação de créditoObras de arte 15.350 (1.535) - - 15.350 (1.535)Outros 1.127 - - (210) 917 -
16.477 (1.535) - (210) 16.267 (1.535)
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Bens recebidos em dação de crédito – Obras de arte” inclui o
montante de 15.350 mEuros referente a obras de arte do pintor Joan Miró recebidas em dação por
recuperações de créditos concedidos pelo Banco. O Banco dispõe de uma imparidade de 1.535 mEuros para
estes activos.
No exercício de 2011, as aquisições ocorridas na rubrica “Bens recebidos em dação de crédito – Obras de
arte” dizem respeito a obras de arte de outros autores que foram recebidas em dação por recuperação de
créditos concedidos pelo Banco.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 98
O movimento na imparidade e provisões para outros activos durante os exercícios de 2011 e 2010 é
apresentado na Nota 20.
16. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS E DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Recursos de bancos centrais
Mercado monetário interbancário - 70.000
Juros a pagar - 17
- 70.017
Recursos de instituições de crédito no país
Empréstimos 221.847 156.012
Recursos de muito curto prazo 212.003 591.239
Depósitos e outros recursos 6.233 7.817
440.083 755.068
Recursos de instituições de crédito no estrangeiro
Depósitos e outros recursos 404.590 553.003
Empréstimos 107.132 93.232
511.722 646.235
Juros a pagar
De instituições de crédito no estrangeiro 141 283
De instituições de crédito no país 127 95
268 378
952.073 1.471.698
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Recursos de instituições de crédito no país” inclui
financiamentos concedidos pela CGD nos montantes de 433.849 mEuros e 745.852 mEuros,
respectivamente. De acordo com a lei nº 6-A/2008 de 11 de Novembro, as operações de crédito ou de
assistência de liquidez que sejam realizadas pela CGD, a favor do Banco no contexto da nacionalização e em
substituição do Estado, até à data da aprovação dos objectivos de gestão previstos no nº 7, beneficiam de
garantia do Estado.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 99
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o detalhe da rubrica “Recursos de instituições de crédito no
estrangeiro”, apresenta o seguinte detalhe:
Entidade 2011 2010
BPN (IFI), S. A. 447.789 575.066 BPN Cayman Limited 41.454 39.996 Outros 22.479 31.173
511.722 646.235
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os prazos residuais dos recursos de outras instituições de crédito
apresentam a seguinte estrutura:
2011 2010
Até três meses 952.073 1.397.681
De três meses a um ano - 4.000
952.073 1.401.681
17. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Depósitos de poupança 9.829 21.543
Outros débitos
Depósitos a prazo 1.285.656 1.780.438Depositos à ordem 364.808 456.748
Outros recursosCheques e ordens a pagar 7.215 8.005Outros 277 475
1.667.785 2.267.209
Juros a pagar 16.689 18.232
1.684.474 2.285.441
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 100
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos
apresentam a seguinte estrutura:
2011 2010
À vista 364.808 464.641Até três meses 716.491 186.349De três meses a um ano 528.306 1.357.786De um a cinco anos 74.869 276.665
1.684.474 2.285.441
18. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Papel Comercial 1.400.000 400.000
Juros a pagar 2.823 4.255
1.402.823 404.255
Nos exercícios de 2011 e 2010, o Banco realizou diversas emissões de papel comercial garantidas pela
República Portuguesa, subscritas integralmente pela Caixa Geral de Depósitos, S.A. e que apresentam as
seguintes condições:
2011
Descrição MontanteData de emissão
Data de reembolso Remuneração
Papel Comercial BPN Dezembro 2011 - 3ª emissão 500.000 27-12-2011 25-05-2012 3,315%Papel Comercial BPN Dezembro 2011 - 4ª emissão 500.000 28-12-2011 28-06-2012 3,408%Papel Comercial BPN Outubro 2011 - 6ª emissão 400.000 28-10-2011 27-04-2012 3,535%
1.400.000
2010
Descrição MontanteData de emissão
Data de reembolso Remuneração
Papel Comercial BPN Abril 2010 - 1ª emissão 350.000 30-04-2010 29-04-2011 1,585%Papel Comercial BPN Abril 2010 - 2ª emissão 50.000 03-05-2010 03-02-2011 1,457%
400.000
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 101
19. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS
Em Dezembro de 2006, o Banco procedeu à venda de parte da sua carteira de crédito no montante de
601.210 mEuros, através de uma operação de titularização denominada “Chaves SME CLO No.1”.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os passivos financeiros associados a esta operação ascendem a
177.822 mEuros e 250.806 mEuros.
Em 31 de Dezembro de 2011, os passivos financeiros associados a activos transferidos incluem 911 mEuros,
relativos a créditos amortizados no último dia do ano e ainda não compensados nas responsabilidades
titularizadas.
Os créditos foram vendidos pelo seu valor nominal (contabilístico) à Sagres – Sociedade de Titularização de
Créditos, S.A. (“Sagres”), na qual o BPN não detém qualquer participação directa ou indirecta. O BPN
continua a efectuar a gestão dos contratos, entregando à Sagres todos os montantes recebidos ao abrigo dos
contratos de crédito. Como forma de financiamento, a Sagres emitiu obrigações com diferentes níveis de
subordinação e de rating e, consequentemente, de remuneração.
Estas obrigações apresentam as seguintes características:
Montante Rating (1) Data deDívida emitida 2011 2010 Moody's S&P reembolso Remuneração
Class A Secured Floating Rate Notes 527.550 527.550 A1 AAA- Novembro de 2034 Euribor 3 m + 0,18%
Class B Secured Floating Rate Notes 21.000 21.000 Baa3 AA- Novembro de 2034 Euribor 3 m + 0,25%
Class C Secured Floating Rate Notes 38.050 38.050 Caa2 BBB Novembro de 2034 Euribor 3 m + 0,45%
Class D Secured Floating Rate Notes 4.900 4.900 Ca BB Novembro de 2034 Euribor 3 m + 0,55%
Class E Secured Floating Rate Notes 9.600 9.600 C B- Novembro de 2034 Euribor 3 m + 0,60%
601.100 601.100
Montante liquidado (423.278) (350.294)
177.822 250.806
(1) Corresponde ao rating na data de emissão do título.
Adicionalmente foi emitida uma Tranche F, adquirida pelo Banco no momento inicial e alienada à Parups, que
foi utilizada como um fundo de reserva da carteira e para fazer face a despesas iniciais. Esta tranche constitui
o equivalente ao capital do Fundo, motivo pelo qual o crédito se encontra no balanço. Esta tranche não foi
reconhecida nesta rubrica.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os montantes liquidados correspondem à amortização de créditos
ocorrida nos meses de Dezembro de cada um dos exercícios. Conforme previsto nas condições de emissão,
este montante foi compensado no dia 20 dos meses seguintes, tendo o Banco transferido da rubrica “Crédito
vivo” para a rubrica “Crédito titularizado”, o montante de capital necessário para garantir o valor total das
obrigações emitidas.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 102
O Banco tem a intenção em 2012 de desreconhecer os créditos associados aos passivos emitidos, uma vez
que transferiu os riscos e benefícios associados à sua detenção.
20. PROVISÕES E IMPARIDADE
O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade do BPN durante os exercícios de 2011 e 2010 foi o
seguinte:
DiferençasSaldo em Por Por capitais de Saldo em
31.12.2010 Reforços resultados próprios Utilizações câmbio 31.12.2011
Provisões para riscos gerais de crédito (Nota 8) 35.189 1.899 (6.429) - - - 30.659Provisões para outros riscos e encargos 2.019.383 118.645 (81.160) (1.783.862) (2.816) (30) 270.160
2.054.572 120.544 (87.589) (1.783.862) (2.816) (30) 300.819
Provisões para risco-país de aplicações em instituições de crédito (Nota 7) 116 5 (118) - - - 3Provisões para crédito a clientes (Nota 8) 284.662 186.946 (177.305) - (3.689) - 290.614
284.778 186.951 (177.423) - (3.689) - 290.617
Imparidade de activos financeiros disponíveis para venda (Nota 6) 22.830 18 - - (16) - 22.832Provisões para risco-país de activos financeiros detidos para negociação (Nota 5) 19 1 (12) - - - 8
22.849 19 (12) - (16) - 22.840
Imparidade para investimentos emfiliais e associadas (Nota 13) 50 - (50) - - - -
Imparidade de outros activos tangíveis (Nota 11) 3.821 - - - - - 3.821Imparidade de outros activos (Nota 15) 30.486 23 (4) - (20.850) 11 9.666Imparidade de activos não correntes
detidos para venda (Nota 10) 3.602 542 - - - - 4.14437.959 565 (54) - (20.850) 11 17.631
2.400.158 308.079 (265.078) (1.783.862) (27.371) (19) 631.907
2011Reposições e anulações
DiferençasSaldo em Reposições de Reclassi- Saldo em
31.12.2009 Reforços e anulações Utilizações câmbio ficações Outros 31.12.2010
Provisões para riscos gerais de crédito (Nota 8) 46.621 2.933 (14.365) - - - - 35.189Provisões para encargos com benefícios de empregados 74 29 (21) (82) - - - -Provisões para outros riscos e encargos 365.543 1.852.603 (197.773) (990) - - - 2.019.383
412.238 1.855.565 (212.159) (1.072) - - - 2.054.572Provisões para risco-país de aplicações em instituições de crédito (Nota 7) 4 1.031 (918) (1) - - - 116Provisões para crédito a clientes (Nota 8) 1.541.177 1.059.934 (2.320.527) (276) - - 4.354 284.662
1.541.181 1.060.965 (2.321.445) (277) - - 4.354 284.778
Imparidade de activos financeiros disponíveis para venda (Nota 6) 272.717 9.324 (18.455) (259.140) 384 18.000 - 22.830Provisões para risco-país de activos financeiros detidos para negociação (Nota 5) 55 764 (800) - - - - 19
272.772 10.088 (19.255) (259.140) 384 18.000 - 22.849
Imparidade para investimentos emfiliais e associadas (Nota 13) 91.600 - (91.550) - - - - 50
Imparidade de outros activos tangíveis (Nota 11) 3.821 - - - - - - 3.821Imparidade de outros activos (Nota 15) 111.701 3.980 (88.538) - - - 3.343 30.486Imparidade de activos não correntes
detidos para venda (Nota 10) 12.185 10.544 (19.127) - - - - 3.602219.307 14.524 (199.215) - - - 3.343 37.959
2.445.498 2.941.142 (2.752.074) (260.489) 384 18.000 7.697 2.400.158
2010
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 103
No exercício de 2011, o Banco alienou a participação que detinha na BPN - Participações Financeiras, SGPS,
Lda. à Parparticipadas, tendo revertido a provisão constituída na rubrica “Imparidade para investimentos em
filiais e associadas” no montante de 50 mEuros e registado uma menos-valia de igual montante na rubrica
“Perdas em investimentos em filiais ”. Adicionalmente, o Banco alienou à Parparticipadas os suprimentos
concedidos a esta entidade pelo montante de 1 Euro, tendo utilizado a provisão constituída na rubrica
“Imparidade para outros activos” no montante de 20.850 mEuros. Na sequência desta operação, o Banco
procedeu igualmente à reversão por resultados das provisões no montante de 71.130 mEuros registadas na
rubrica “Provisões para outros riscos e encargos”, constituídas para fazer face aos capitais próprios negativos
da BPN - Participações Financeiras, SGPS, Lda. (Notas 13 e15).
No exercício de 2011, as reposições por capitais próprios na rubrica “Provisões para outros riscos e
encargos”, no montante de 1.783.862 mEuros, diz respeito a provisões que foram constituídas no exercício de
2010 e que apresentam o seguinte detalhe:
Reversão de provisões constituídas no exercício de 2010 para as cartas
conforto prestadas 1.803.919
Reversão de provisões constituídas no exercício de 2010 para fazer face
aos capitais próprios negativos da Parvalorem, S.A. e Parups, S.A. 16.865
--------------
1.820.784
Provisões para o passivo da BPN Creditus Brasil, constituídas ao abrigo das
cartas conforto prestadas e que foram alocadas aos capitais próprios negativos
da Parparticipadas, SGPS, S.A. ( 36.922 )
--------------
1.783.862
=======
No exercício de 2010, as rubricas “Provisões para riscos gerais de crédito” e “Provisões para crédito a
clientes”, incluem reversões de provisões no montante total de 1.395.921 mEuros, resultantes da alienação de
um conjunto de operações de crédito à Parvalorem. No âmbito da carta-conforto prestada a esta entidade, o
Banco constituiu provisões de igual montante na rubrica “Provisões para outros riscos e encargos” (Nota 8).
No exercício de 2010, a rubrica “Imparidade para activos financeiros disponíveis para venda”, inclui utilizações
no montante de 252.328 mEuros que resultaram da alienação de um conjunto de títulos à Parups. O BPN
registou uma mais-valia do mesmo montante na rubrica “Ganhos em activos financeiros disponíveis para
venda” (Notas 6 e 29). Adicionalmente, decorrente desta operação, o Banco reverteu o montante de 18.455
mEuros na rubrica “Imparidade para activos financeiros disponíveis para venda” (Nota 6).
No exercício de 2010, a rubrica “Imparidade de activos não correntes detidos para venda”, inclui reversões de
provisões no montante de 17.289 mEuros resultante da alienação de um conjunto de imóveis à Parups. No
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 104
âmbito da carta-conforto prestada a esta entidade, o Banco constituiu provisões de igual montante na rubrica
“Provisões para outros riscos e encargos”.
No exercício de 2010, o Banco alienou a participação que detinha na Real Vida Seguros, S.A. à
Parparticipadas, tendo revertido a provisão constituída na rubrica “Imparidade em investimentos em filiais e
associadas” no montante de 91.550 mEuros e registado uma menos-valia de 101.563 mEuros na rubrica
“Resultados de alienação de outros activos” (Notas 13 e 30).
No exercício de 2010, a rubrica de “Imparidade de outros activos” inclui reversões para suprimentos
concedidos à BPN – Participações Financeiras, SGPS, S.A no montante de 88.538 mEuros (Nota 15). Os
suprimentos foram liquidados com a venda das participações financeiras detidas por esta entidade à
Parparticipadas.
Em 31 de Dezembro de 2010, os montantes registados na coluna “Outros” nas rubricas “Provisões para
crédito a clientes” e “Imparidade para outros activos” dizem respeito às provisões que estavam constituídas
no Banco BPN (IFI), S.A. e BPN Cayman (Limited), respectivamente, e que foram transferidas para o Banco,
no âmbito do contrato de cessão de créditos e activos celebrados entre o BPN e aquelas entidades. Durante
o exercício de 2010, o BPN adquiriu estes activos pelo valor líquido de imparidade à data da cessão, que se
encontrava registada do balanço daquelas entidades. Consequentemente, decorrente destas operações, o
BPN registou estes activos, nas suas demonstrações financeiras, pelo seu valor nominal, registando também
a imparidade associada nas rubricas acima mencionadas.
Em 31 de Dezembro de 2010, o montante registado na coluna “Reclassificações” na rubrica “Imparidade de
activos financeiros disponíveis para venda” diz respeito à imparidade constituída para 6.578.948 acções da
Galilei, SGPS, S.A., adquiridas a um cliente, após este ter exercido uma opção de venda que detinha. Na
sequência desta aquisição, o BPN reclassificou o montante de 18.000 mEuros da rubrica “Passivos
financeiros detidos para negociação” para a rubrica “Imparidade de activos financeiros disponíveis para
venda” (Notas 6 e 9).
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 105
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o saldo da “Provisão para outros riscos e encargos” apresenta a
seguinte decomposição:
31-12-2011 31-12-2010
Provisões ao abrigo das cartas conforto (Nota 10) - 1.803.919
Provisões para contingências de investimentosem filiais e associadas: . Parparticipadas (Nota 10) 149.520 19.357. BPN Participações Financeiras, SGPS, Lda. (Nota 13) - 71.130. Parups (Nota 10) - 12.267. Parvalorem (Nota 10) - 4.598
149.520 107.352
Outras provisões:Provisão para eventual recompra de produtos financeiros a clientes 26.925 26.925Provisão para contingências na BPN Internacional e na BPN Participações Financeiras, SGPS, S.A. 17.526 -Provisão para fraudes identificadas em diversos balcões do Banco 16.188 15.588Provisões para perdas potenciais em activos tangíveis 6.409 9.951Provisão para custos a incorrer com a liquidação de uma
empresa do Grupo - 6.488Provisões para contingências fiscais do BPN Serviços, ACE 9.483 9.483Provisão para títulos de investimento estruturado colocados como capital garantido junto de clientes 9.769 9.769Provisão para processos judiciais desfavoráveis (Nota 40) 24.674 27.491Provisões para garantias e compromissos assumidos 266 266Outras 9.400 2.151
120.640 108.112
270.160 2.019.383
Em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica “Outras provisões – Outras” destina-se a fazer face a risco crédito e a
bonificações a receber (Nota 15).
No âmbito do seu processo de recapitalização, o BPN constituiu durante o exercício de 2010, as entidades
Parparticipadas, Parvalorem e Parups, a quem alienou, ao valor nominal, um conjunto de activos que se
encontravam no seu balanço e de outras entidades por si detidas em 30 de Novembro de 2010. No exercício
de 2011, no âmbito do processo de reprivatização do Banco, foi aprovada pelo Despacho n.º 825/11 – SETF
de 3 de Junho, a aquisição pelo Estado Português, através da Direcção Geral do Tesouro e Finanças, da
totalidade das acções representativas do capital social das entidades acima referidas, operação que se
concretizou em Fevereiro de 2012. Com a aprovação deste despacho, as entidades Parvalorem e Parups
passaram, durante o exercício de 2011, a integrar o Sector Institucional das Administrações Públicas, nos
termos do código do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais, tendo o Conselho de Administração
do BPN, reflectido nas demonstrações financeiras do exercício de 2011, o reconhecimento dos efeitos da
alienação destas participadas, através da reversão, por capitais próprios, das provisões constituídas em 2010
para as responsabilidades cobertas pelas cartas-conforto prestadas e para os capitais próprios negativos
daquelas entidades, no montante total de 1.820.784 mEuros. O Conselho de Administração do Banco
considerou que esta operação se tratou de uma medida de recapitalização, similar a um aumento de capital,
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 106
motivo pelo qual entendeu registar em capitais próprios e não em resultados, os efeitos da alienação destas
participadas (Notas 1 e 10).
Em 31 de Dezembro de 2010, a rubrica “Provisão para custos a incorrer com a liquidação de uma empresa do
Grupo” diz respeito à estimativa de custos a incorrer com a provável liquidação do BPN Créditus Brasil -
Promotora de Vendas, Ltda.. No exercício de 2011, o Banco procedeu à reversão desta provisão, uma vez
que que esta entidade foi adquirida pela Parparticipadas. Adicionalmente, no exercício de 2010, o Banco
reverteu provisões no montante de 5.658 mEuros, que se encontravam afectas a suprimentos concedidos a
esta entidade e que foram vendidos ao BPN (Cayman) Limited. Estes suprimentos encontram-se totalmente
provisionados nas demonstrações financeiras desta entidade.
Conforme descrito na Nota 1, no âmbito do seu processo de recapitalização, o BPN constituiu durante o
exercício de 2010, as entidades Parparticipadas, Parvalorem e Parups, a quem alienou, ao valor nominal, um
conjunto de activos que se encontravam no seu balanço e em outras entidades por si detidas em 30 de
Novembro de 2010. No âmbito desta operação, o BPN prestou cartas-conforto à Parvalorem e à Parups,
válidas até à data em que fossem por si detidas, garantindo qualquer perda incorrida por estas, na medida do
enriquecimento obtido por si e pelas suas filiais, na alienação daqueles activos, motivo pelo qual foram
mantidas e/ou reforçadas as provisões e imparidades que se encontravam registadas nas demonstrações
financeiras do Banco à data da venda. As provisões constituídas no âmbito destas cartas-conforto,
apresentam o seguinte detalhe:
Valornominal ou Provisão de venda registada
Activos alienados pelo Banco:. Crédito 2.324.509 1.395.921. Títulos 1.086.022 247.830. Imóveis 49.202 17.289. Participações financeiras 6.523 -
3.466.256 1.661.040
Activos alienados pelo Banco Efisa, S.A.:. Crédito 95.845 59.475. Títulos 69.268 25.303. Imóveis 5.350 36
170.463 84.814
Activos alienados pelo BPN Crédito IFIC, S.A.:. Crédito 39.554 25.400. Imóveis 17.816 5.380
57.370 30.780
Activos alienados pelo Banco BPN (IFI) S.A.:. Crédito 42.784 27.285
3.736.873 1.803.919
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 107
Os impactos decorrentes desta operação são detalhados de seguida:
Valor em Provisões paraEntidade 30 de Novembro Valor Valia carta-conforto Valia
Activo alienado adquirente de 2010 recebido obtida prestada líquida
Activos alienados pelo Banco
Crédito a clientes (Nota 8) Parvalorem 930.167 2.324.509 1.394.342 1.395.921 (1.579)Títulos (Nota 6) Parups 815.239 1.086.022 270.783 247.830 22.953Imóveis Parups 31.212 49.202 17.990 17.289 701Participações financeiras (Nota 13) Parparticipadas 16.535 6.523 (10.012) - (10.012)
1.793.153 3.466.256 1.673.103 1.661.040 12.063
Activos alienados pelo Banco Efisa, S.A.
Crédito a clientes Parvalorem 36.370 95.845 59.475 59.475 -Títulos Parups 41.823 69.268 27.445 25.303 2.142Imóveis Parups 5.075 5.350 275 36 239
83.268 170.463 87.195 84.814 2.381
Activos alienados pelo BPN Crédito - IFIC, S.A.
Crédito a clientes Parvalorem 14.154 39.554 25.400 25.400 -Imóveis Parups 12.436 17.816 5.380 5.380 -
26.590 57.370 30.780 30.780 -
Activos alienados pelo BPN e que foram adquiridos ao BPN SA (IFI)
Crédito a clientes Parvalorem 15.499 42.784 27.285 27.285 -1.918.510 3.736.873 1.818.363 1.803.919 14.444
Decorrente destas operações, o Banco registou nas suas demonstrações financeiras do exercício de 2010 as
provisões para a carta-conforto prestadas para os activos alienados por todas as entidades do Grupo BPN no
montante de 1.803.919 mEuros e a valia líquida no montante de 12.063 mEuros relativa aos activos por si
alienados.
No exercício de 2010, o Banco alienou um conjunto de operações de crédito à Parvalorem pelo seu valor
nominal, pelo montante total de 2.324.509 mEuros. Com esta operação, o Banco obteve uma mais valia de
1.394.342 mEuros, que se encontra reflectida nas seguintes rubricas contabilísticas:
Reversões de imparidade para crédito a clientes 1.395.921
Perdas na alienação de créditos a clientes (Nota 30) ( 1.579 )
--------------
1.394.342
=======
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 108
Durante o exercício de 2010, o Banco alienou um conjunto de imóveis à Parups, que se encontravam
registados nesta rubrica pelo montante de 49.202 mEuros. O preço de venda correspondeu ao maior entre o
valor de avaliação e o valor de aquisição. Com esta operação, o Banco obteve uma mais valia de 17.990
mEuros, que se encontra reflectida nas seguintes rubricas contabilísticas:
Reversões de imparidade para activos não correntes
detidos para venda 17.289
Ganhos em activos não correntes detidos para venda (Nota 30) 701
----------
17.990
=====
21. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Obrigações subordinadas perpétuas BPN - 2008 94.500 94.500Obrigações de caixa subordinadas BPN - 2003 50.000 50.000Obrigações de caixa subordinadas BPN - 2005 50.000 50.000Obrigações de caixa subordinadas - BPN (SFE) - 2003 25.000 25.000Obrigações de caixa subordinadas BPN - 2003 25.000 25.000
244.500 244.500
Juros a pagar 1.174 997
245.674 245.497
As condições das principais emissões podem ser resumidas da seguinte forma: Valor Data de Taxa de juro nominal em:
Obrigação nominal reembolso Remuneração 31.12.2011 31.12.2010 Cláusula de reembolso antecipado
Obrigações subordinadas perpétuas BPN - 2008
94.500 PerpétuoEuribor 6 meses
+ 2%3,746% 3,141%
No final do décimo ano de vida do empréstimo eposteriormente em cada data de pagamento dejuros subsequente, o BPN poderá proceder aoreembolso antecipado do empréstimo apenas nasua totalidade, mediante autorização do Banco dePortugal.
Obrigações de caixa subordinadas BPN (SFE) - 2003
25.000 16-05-2013Euribor 6 meses
+ 2%3,685% 3,276%
Nos últimos cinco anos, mediante autorização doBanco de Portugal, o BPN poderá proceder aoreembolso antecipado do empréstimo, total ouparcialmente.
Obrigações de caixa subordinadas BPN - 2003
50.000 16-06-2013Euribor 6 meses
+ 2%3,669% 3,254%
Nos últimos cinco anos, mediante autorização doBanco de Portugal, o BPN poderá proceder aoreembolso antecipado do empréstimo, total ouparcialmente.
Obrigações de caixa subordinadas BPN - 2003
25.000 16-06-2013Euribor 6 meses
+ 2%3,669% 3,254%
Nos últimos cinco anos, mediante autorização doBanco de Portugal, o BPN poderá proceder aoreembolso antecipado do empréstimo, total ouparcialmente.
Obrigações de caixa subordinadas BPN - 2005
50.000 22-12-2015Euribor 6 meses
+ 1,15%3,167% 2,754%
Nos últimos cinco anos, mediante autorização doBanco de Portugal, o BPN poderá proceder aoreembolso antecipado do empréstimo, total ouparcialmente.
244.500
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 109
22. OUTROS PASSIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Credores e outros recursos 128.027 157.551Encargos a pagar:
Outros encargos a pagar 16.812 17.902Juros de outros recursos 32 58
Receitas com rendimento diferido 820 919
Outras contas de regularizaçãoOutras operações passivas a regularizar 15.951 17.426Posição cambial a prazo 39 14Outras operações a liquidar 5 100Operações de bolsa a regularizar - 14.781Posição cambial à vista - 100Operações cambiais à vista - 18
161.686 208.869
Em 31 de Dezembro 2011 e 2010, a rubrica “Credores e outros recursos” inclui os montantes de 100.588
mEuros e 107.633 mEuros, respectivamente, pagos antecipadamente pela Parvalorem, referente aos
contratos de promessa de venda de activos. Por se tratarem de operações de crédito sob a natureza de conta
corrente caucionada, a transferência para a Parvalorem apenas ocorrerá no vencimento das mesmas, que
será entre 2012 e 2014. Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2010, esta rubrica inclui ainda o montante de
932 mEuros pago antecipadamente pela Parups, referente aos contratos de promessa de venda de activos, e
que foram alienados durante o exercício de 2011 (Notas 8 e 10).
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o saldo da rubrica “Outras contas de regularização – Outras operações
passivas a regularizar”, inclui movimentos às contas dos correspondentes de depósitos à ordem,
nomeadamente em moeda estrangeira ou de pagamentos em terminais, realizado pelos clientes do Banco, e
que ficam a aguardar a data-valor do movimento para serem realizados.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Credores e outros recursos” inclui os montantes de 1.227
mEuros e 5.817 mEuros, respectivamente, referentes a depósitos efectuados que servem de caução a
operações contratadas com clientes.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Encargos a pagar – Outros encargos a pagar” inclui o
montante de 6.315 mEuros e 4.872 mEuros, respectivamente, relativo a prémio de antiguidade, subsídio de
morte e outros benefícios de longo prazo a pagar aos colaboradores (Nota 33).
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 110
Em 31 de Dezembro de 2010, o saldo da rubrica “Outras contas de regularização – Operações de bolsa a
regularizar”, refere-se a operações de títulos de clientes que aguardam a liquidação financeira. Estes
montantes foram regularizados na sua maioria no início de 2011.
23. CAPITAL
Em 31 de Dezembro de 2007, o capital do Banco era integralmente detido pelo BPN, SGPS, S.A., entidade
detida pela Galilei, SGPS, S.A.. Em Setembro de 2008, foi realizado um aumento de capital no montante de
80.000 mEuros, tendo sido integralmente subscrito e realizado pela BPN, SGPS, S.A..
Conforme referido na Nota Introdutória, em Novembro de 2008, todas as acções representativas do capital
social do BPN foram nacionalizadas ao abrigo da Lei nº 62-A/2008, de 11 de Novembro. De acordo com a
referida Lei, a nacionalização foi motivada pelo volume de perdas acumuladas pelo Banco, ausência de
liquidez adequada e iminência de uma situação de ruptura de pagamentos que ameaçavam os interesses dos
depositantes e a estabilidade do sistema financeiro.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o capital do BPN é integralmente detido pelo Estado Português através
da Direcção Geral do Tesouro e Finanças, representado por 76.000.000 de acções de valor nominal de cinco
Euros cada.
O Banco passou assim a ter a natureza de sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, sendo
detido pela Direcção Geral do Tesouro e Finanças. A gestão do Banco foi atribuída à Caixa Geral de
Depósitos, S.A., cabendo a esta entidade a designação dos membros dos órgãos sociais.
Durante o exercício de 2010, o Estado Português, accionista do BPN,
aprovou a reprivatização do Banco através do Decreto-Lei n.º 2/2010 de 5 de Janeiro, tendo em 9 de
Dezembro de 2011 celebrado um acordo quadro com o Banco BIC Português, S.A..
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 111
24. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS E RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte
composição:
2011 2010
Prémios de emissão 6.790 6.790
Reservas de reavaliação. Reserva de justo valor (Nota 6)
Mais valias potenciais 51 96Menos valias potenciais (5.746) (147)
(5.695) (51)
Outras reservas e resultados transitados. Outras reservas 24.690 24.690. Reserva legal 24.621 24.621. Resultados transitados (834.064) (2.515.506)
(784.753) (2.466.195)
Resultado líquido do exercício (95.450) (102.420)
(879.108) (2.561.876)
Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B, nº 129, os
prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções
próprias.
Em 15 de Fevereiro de 2012, o Estado Português através da Direcção Geral do Tesouro e Finanças procedeu
ao reforço de capital próprio no montante de 600.000 mEuros, mediante a realização de prestações acessórias
pecuniárias e não onerosas, as quais ficam sujeitas ao regime jurídico das prestações suplementares,
conforme estabelecido no artigo 287º conjugado com os artigos 210º a 213º, todos do Código das Sociedades
Comerciais.
A reserva legal só pode ser utilizada para cobrir prejuízos ou para aumentar o capital. A legislação portuguesa
aplicável ao sector bancário, nomeadamente o artigo 97º do Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, exige
que a reserva legal seja anualmente creditada com pelo menos 10% do lucro líquido anual, até à concorrência
do capital social.
As reservas de reavaliação representam as mais e menos valias potenciais, líquidas de imparidades
reconhecidas em resultados no exercício ou em exercícios anteriores, relativas à carteira de títulos
classificados como “ Activos financeiros disponíveis para venda”.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 112
25. JUROS E RENDIMENTOS E JUROS E ENCARGOS SIMILARES
Estas rubricas têm a seguinte composição:
2011 2010
Juros e rendimentos similares:
Juros de disponibilidades em bancos centrais 570 633
Juro de disponibilidades em instituições de crédito 29 1.009
Juros de aplicações em instituições de créditoNo país 20.528 21.265No estrangeiro 5.423 1.324
Juros de crédito a clientesCrédito interno 134.562 139.012Crédito ao exterior 3.011 8.479Outros créditos e valores a receber 2.451 2.663
Juros de activos titularizados não desreconhecidos 12.853 15.967Juros de activos financeiros detidos para negociação 8.789 15.210Juros de activos financeiros disponíveis para venda 2.331 1.311Juros de crédito vencido 1.739 3.658Outros juros e rendimentos similares 90 116
192.376 210.647
Comissões recebidas ao custo amortizado 5.774 8.921
198.150 219.568
2011 2010
Juros e encargos similares:
Juros de depósitosDe outros residentes 48.496 52.599De não residentes 1.729 2.365Do sector público 1.746 1.119De emigrantes 1.136 1.126
Juros e recursos de instituições de créditoNo país 13.435 6.564No estrangeiro 14.978 13.709
Juros de responsabilidades representadas por títulos 29.696 54.171Juros de responsabilidades representadas por activos
não desreconhecidos de operações de titularização 10.853 22.593Juros de passivos financeiros de negociação 10.162 15.368Juros de passivos subordinados 8.444 7.042Outros juros e encargos similares 596 457Juros de recursos em bancos centrais 174 710
141.445 177.823
Comissões pagas ao custo amortizado - 1.478
141.445 179.301
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 113
26. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL
Nos exercícios de 2011 e 2010, esta rubrica diz respeito a dividendos recebidos de instrumentos de capital
registados na rubrica “Activos financeiros disponíveis para venda”.
27. RENDIMENTOS E ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES
Estas rubricas têm a seguinte composição:
2011 2010
Rendimentos de serviços e comissões
Por serviços prestados 10.608 7.019Por garantias prestadas 6.143 6.839Outras operações realizadas por conta de terceiros 5.411 5.740Por compromissos assumidos perante terceiros 18 211Outros 9.092 11.500
31.272 31.309
Encargos com serviços e comissões
Por serviços bancários prestados por terceiros 9.965 7.603Por garantias recebidas 1.847 7.415Por compromissos assumidos por terceiros 953 3.548Por operações realizadas por terceiros 2.015 2.166Outros - 16
14.780 20.748
Nos exercícios de 2011 e 2010, a rubrica “Encargos com serviços e comissões – por compromissos
assumidos por terceiros” diz respeito às comissões pagas à Caixa Geral de Depósitos pela subscrição de
papel comercial. A diminuição do saldo da rubrica em 2011 é justificada pela diminuição de emissões de papel
comercial ocorridas no exercício, face a 2010.
Nos exercícios de 2011 e 2010, a rubrica “Encargos com serviços e comissões – por garantias recebidas” diz
respeito às comissões pagas ao Estado Português pela garantia prestada por este nas emissões de papel
comercial. A diminuição do saldo da rubrica em 2011 é justificada pela diminuição de emissões de papel
comercial ocorridas no exercício, face a 2010.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 114
28. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE
RESULTADOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Resultados em activos e passivos detidos para negociação
Instrumentos derivados 1.248 18.639Instrumentos de capital (40) (65)Intrumentos de dívida - (63)
1.208 18.511Resultados em operações de cobertura e elementos cobertos
Correções de valores de activos que sejam objecto de operações de cobertura 77 36
Derivados de cobertura (80) (17)
(3) 191.205 18.530
No exercício de 2010, a rubrica “Resultados em activos e passivos detidos para negociação – Instrumentos
derivados” inclui um ganho de 16.290 mEuros, relativo à reavaliação da opção de venda sobre acções da
Galilei, SGPS, S.A. detida por um cliente e que não foi exercida durante o ano (Nota 9).
29. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Ganhos em activos financeiros disponíveis para vendaInstrumentos de dívida 5 1.229Instrumentos de capital - 253.521
5 254.750Perdas em activos financeiros disponíveis para venda
Instrumentos de capital (13) (175)Instrumentos de dívida (1.374) (11)
(1.387) (186)(1.382) 254.564
No exercício de 2011, a rubrica “Perdas em activos financeiros disponíveis para venda – Instrumentos de
divida”, inclui 1.140 mEuros referente a menos-valias obtidas na alienação de bilhetes do tesouro.
No exercício de 2010, a rubrica “Ganhos em activos financeiros disponíveis para venda – instrumentos de
capital”, inclui 252.328 mEuros de mais-valias obtidas na alienação de um conjunto títulos à Parups (Notas 6 e
20).
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 115
No exercício de 2010, a rubrica “Ganhos em activos financeiros disponíveis para venda – Instrumentos de
dívida” inclui o montante de 1.060 mEuros de mais-valias obtidas na recompra de obrigações associadas à
titularização de créditos Chaves SME CLO.
30. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Perdas na alienação de créditos a clientes (129) (2.528)Perdas em investimentos em filiais (Nota 13) (50) (101.563)Ganhos e perdas em outros activos não financeiros (12) (35)Ganhos e perdas em activos não correntes detidos para venda 170 342Ganhos e perdas em outros activos tangíveis 15 2Ganhos na alienação de créditos a clientes 5 645
(1) (103.137)
No exercício de 2010, a rubrica “Perdas em investimentos em filiais”, diz respeito à menos - valia obtida na
alienação da Real Vida Seguros, S.A. à Parparticipadas. Em 31 de Dezembro de 2009, o BPN tinha uma
provisão de 91.550 mEuros registada na rubrica “Imparidade para investimentos em filiais e associadas” para
esta participada, tendo revertido esta provisão no exercício de 2010 (Notas 13 e 20).
No exercício de 2010, a rubrica “Perdas na alienação de créditos a clientes” inclui 1.579 mEuros referente a
perdas incorridas com a alienação de operações de crédito à Parvalorem, cujo valor da venda foi inferior ao
seu valor nominal (Nota 20).
No exercício de 2010, a rubrica “Ganhos e perdas em activos não correntes detidos para venda” inclui 701
mEuros referente a mais-valias obtidas na venda de imóveis à Parups (Nota 20).
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 116
31. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO
Estas rubricas têm a seguinte composição:
2011 2010
Outros proveitos de exploraçãoRendas de locação operacional 363 378Ganhos em rendimentos operacionais
Recuperação de crédito 2.456 3.287Ganhos em operações descontinuadas 34 125Reembolso de despesas - 3.300
Rendimentos de prestações de serviços diversos 2.880 3.078Outros
Indemnizações contratuais 37 110Outros 741 2.514
6.511 12.792Outros custos de exploraçãoImpostos indirectos 1.062 1.520Contribuições para o FGD e FGCAM 812 1.142Quotizações e donativos 85 143Impostos directos 33 (62)Outros 1.763 4.961
3.755 7.704
2.756 5.088
Durante o exercício de 2010, o BPN alienou a rede de agências, os activos e passivos da sua Sucursal de
França, com referência a 31 de Outubro de 2010 pelo montante de 3.300 mEuros, que se encontra registado
na rubrica “Outros resultados de exploração – Ganhos em operações descontinuadas”. Os activos e passivos
que pertenciam à Sucursal e que foram alienados, apresentam o seguinte detalhe:
ActivoCaixa e disponibilidades 8.600Aplicações em intituições de crédito 1.565Crédito a clientes 65.095Imobilizado 631Outros activos 222
76.113
PassivoRecursos de intituições de crédito 82Credores diversos 74.130Outros passivos 1.901
76.113
Em Julho de 2011, a Sucursal de França foi encerrada.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 117
No exercício de 2010, a rubrica “Outros proveitos de exploração – Outros”, inclui o montante de 1.748 mEuros
que se encontrava depositado pelo Banco Insular, S.A.R.L. numa conta “Escrow” para fazer face a
contingências diversas decorrentes da sua liquidação. No âmbito da finalização do processo de liquidação do
Banco Insular S.A.R.L., o Banco liquidou todas as dívidas pendentes e obteve pareceres que mitigam a
existência de outras contingências fiscais e laborais, tendo deste modo reconhecido como ganho o montante
depositado na conta “Escrow”.
32. CUSTOS COM PESSOAL E NÚMERO MÉDIO DE EMPREGADOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Remunerações dos órgãos de gestão e de fiscalização 715 652Remuneração de empregados 47.656 52.938Fundo de pensões (Nota 33) 2.465 8.683Outros encargos relativos a remunerações 12.483 9.926Outros encargos sociais obrigatórios 470 1.000
Outros custos com o pessoal 1.582 1.256
65.371 74.455
O número efectivo de empregados em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, por tipo de funções, foi o seguinte:
2011 2010
Técnicos 583 629Administrativos 673 687Chefias 312 288Auxiliares 14 15Direcção 2 7
1.584 1.626
Em 31 de Janeiro de 2012, o Banco efectuou uma operação de trespasse, no âmbito da qual foram
transferidas, para a Parvalorem, a totalidade das actividades exercidas pelos Gabinetes, Direcções, Unidades
e outras actividades, incluindo os colaboradores que faziam parte destas estruturas
33. PENSÕES DE REFORMA E OUTROS BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS
Até 31 de Dezembro de 1997 o Grupo ainda não tinha aderido ao acordo colectivo de trabalho para o sector
bancário. Por essa razão, e até essa data, os seus empregados estavam enquadrados no esquema de
reformas da Segurança Social. Durante o ano de 1998, o Banco celebrou com os Sindicatos dos Bancários do
Norte, Centro e Sul e Ilhas e com o Sindicato dos Quadros e Técnicos Bancários, Acordos de Adesão ao
acordo colectivo de trabalho. Esses acordos prevêem que o Banco assegure as responsabilidades com
pensões de reforma por velhice, invalidez e sobrevivência relativamente à totalidade do seu pessoal abrangido
pelo acordo colectivo de trabalho a partir de 31 de Dezembro de 1997. Com o objectivo de cobrir as
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 118
responsabilidades com pensões de reforma então assumidas foi constituído o Fundo de Pensões do Grupo
BPN gerido pela Real Vida Seguros, S.A.
As responsabilidades com pensões de reforma por velhice, invalidez e sobrevivência assumidas pelas
subsidiárias do sector financeiro, com excepção do Banco Efisa S.A., estão igualmente cobertas pelo Fundo
de Pensões acima referido.
Em 31 de Dezembro de 2011, foi publicado o Decreto-Lei n.º 127/2011, que determina a transmissão das
responsabilidades e activos dos fundos de pensões de um conjunto de instituições financeiras para a
Segurança Social, tendo, no entanto, o Banco sido excluído dessa obrigação.
Pensões de reforma e subsídio por morte após a idade da reforma
O plano de pensões de benefício definido do BPN segue o estipulado no Acordo Colectivo de Trabalho do
Sector Bancário (ACT).
O plano de pensões de benefício definido do BPN é um plano substitutivo e independente dos regimes
públicos de Segurança Social para os colaboradores admitidos antes de 1 de Março de 2009. Os
colaboradores admitidos após esta data encontram-se inscritos no Regime de Segurança Social, sendo que o
BPN suporta o complemento à pensão definida pela Segurança Social até ao limite da pensão definida pelo
ACT.
O plano de pensões do BPN não é considerado um plano contributivo, uma vez que as contribuições
efectuadas pelos participantes decorrem do estabelecido do ACT do Sector Bancário. Estes participantes, e
apenas para os admitidos no sector bancário após 1 de Janeiro de 1995, efectuam contribuições de 5% da
sua retribuição mínima mensal para o fundo grupo BPN. O Banco assegura o esforço contributivo necessário
para a cobertura das suas responsabilidades por pensões através do Fundo de Pensões do Grupo BPN.
As pensões pagas são função do tempo de serviço prestado pelos trabalhadores e da respectiva retribuição à
data da reforma, sendo actualizadas com base nas remunerações vigentes para o pessoal no activo.
Determinação das responsabilidades com pensões de reforma e subsídio por morte após a idade da reforma
Para determinação das responsabilidades com pensões de reforma em pagamento e por serviços passados
dos empregados no activo, com referência a 31 de Dezembro de 2011 e 2010 foram efectuados estudos
actuariais por entidades especializadas.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 119
As hipóteses e bases técnicas utilizadas foram as seguintes:
2011 2010
Método actuarial Projected Unit Credit Projected Unit CreditTábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80Taxa de desconto 5,50% 5,50%Taxa de rendimentos dos activos dos fundos 5,50% 5,50%Taxa de crescimento dos salários 2,50% 2,50%Taxa de crescimento das pensões 1,75% 1,75%Tabela de saídas 0% 0%
Nos estudos efectuados em 2011 e 2010, foi considerado que a idade normal de reforma ocorrerá aos 65
anos.
A comparação entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados na determinação dos custos com
pensões do BPN para os exercícios de 2011 e 2010 e os valores efectivamente verificados é apresentada no
quadro seguinte:
2011 2010
Pressupostos Real Pressupostos Real
Taxa de rendimento 5,50%____ 0,36%____ 5,50% 0,73%
Taxa de crescimento dos salários 2,50% 0,00% 2,50% 1,80%
Taxa de crescimento das pensões 1,75% 0,00% 1,75% 1,00%
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 os saldos em balanço relativos ao fundo de pensões, são os seguintes
(Nota 15):
2011 2010
Valor do Fundo de Pensões 117.599 117.144Valor das responsabilidades com Fundo de Pensões (92.747) (94.533)Diferencial 24.852 22.611
Desvios actuariais diferidos 7.642 12.348
Total 32.494 34.959
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 120
Em 2011 e 2010 os custos relativos a pensões foram os seguintes (Nota 32):
2011 2010
Custo serviço corrente 3.416 7.488Rendimento esperado (6.168) (5.612)Custo dos juros 5.192 6.063Perda actuariais reconhecidas no ano 25 744
2.465 8.683
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as responsabilidades com serviços passados de acordo com os
estudos actuariais efectuados, assim como o fundo de pensões para cobertura das mesmas, ascendiam a:
2011 2010
Número de Responsa - Número de Responsa -pessoas bilidades pessoas bilidades
Responsabilidades por serviços passados 1.527 92.747 1.551 94.533
Fundos de pensões 117.599 117.144
Nível de financiamento 126,80% 123,92%
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o número de beneficiários divide-se da seguinte forma:
2011 2010Activos abrangidos pelo ACT 1.364 1.391Activos abrangidos pela Segurança Social 86 86Activos abrangidos pela SS admitidos no Sector Bancário após 1 de Janeiro de 2010 36 39Activos a termo certo 19 19Reformados 9 7Pensionistas viuvez/ orfandade 13 9
1.527 1.551
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 121
O movimento no valor do fundo de pensões durante os exercícios de 2011 e 2010 foi o seguinte:
Saldos em 31 de Dezembro de 2009 117.505
Contribuições para o Fundo:Dos empregados 928
Pensões pagas (183)Rendimento esperado do fundo de pensões 5.612Desvios de rendimento (6.718)
Saldos em 31 de Dezembro de 2010 117.144
Contribuições para o Fundo:Dos empregados 863
Pensões pagas (208)Rendimento esperado do fundo de pensões 6.168Desvios de rendimento (6.368)
Saldos em 31 de Dezembro de 2011 117.599
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o Fundo de Pensões do Grupo BPN é gerido pela Real Vida Seguros,
S.A..
Conforme previsto no contrato constitutivo, o fundo de pensões poderá contratar com uma seguradora um ou
mais seguros, com o objectivo de garantir os benefícios em caso de morte ou invalidez dos participantes. No
entanto, em 31 de Dezembro de 2011, não existem contratos de seguros para garantir estes benefícios.
O movimento nas responsabilidades por serviços passados pode ser demonstrado da seguinte forma:
2011 2010
Responsabilidades no início do exercício 94.533 105.567Desvios actuariais (11.049) (25.330)Pensões pagas pelo fundo de pensões (208) (183)Contribuições de empregados 863 928Custo de serviço corrente 3.416 7.488Custo dos juros 5.192 6.063Responsabilidades no final do exercício 92.747 94.533
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as responsabilidades por serviços futuros ascendem a 48.042 e
130.482 mEuros, respectivamente.
Encargos com Saúde
A assistência médica aos empregados no activo e pensionistas do Banco está a cargo dos Serviço de
Assistência Médico-Social (SAMS). A contribuição anual do BPN para os SAMS corresponde a 6,50% do total
das retribuições efectivas dos trabalhadores no activo. As responsabilidades para o SAMS sobre as pensões,
a pagar no futuro, encontram-se incluídas no fundo de pensões do Banco.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 122
Outros benefícios de longo prazo
O Banco paga um prémio a todos os trabalhadores que completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de
efectivo serviço, nesse ano, de valor igual a um, dois ou três meses da sua retribuição mensal efectiva.
Adicionalmente, é pago um prémio aos trabalhadores que se encontrem numa situação de passagem à
situação de invalidez ou invalidez presumível de valor proporcional àquele de que beneficiaria se continuasse
ao serviço até reunir os pressupostos do escalão seguinte. Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 o
correspondente passivo encontrava-se registado em “Outros passivos” e ascendia a 6.315 mEuros e 4.872
mEuros, respectivamente (Nota 22).
Desvios actuariais e financeiros diferidos
O movimento ocorrido nas rubricas de desvios actuariais diferidos nos exercícios de 2011 e 2010 pode ser
demonstrado como segue:
Corredor
Desvios acima do Corredor Total
Saldos em 31 de Dezembro de 2009 11.751 19.952 31.703Desvios actuariais do ano (37) (18.575) (18.612)Amortização: Por contrapartida de resultados do exercício - (743) (743)Saldos em 31 de Dezembro de 2010 11.714 634 12.348Desvios actuariais do ano (4.072) (609) (4.681)Amortização: Por contrapartida de resultados do exercício - (25) (25)Saldos em 31 de Dezembro de 2011 7.642 - 7.642
Os desvios gerados em 2011 e 2010 têm a seguinte composição:
2011 2010Desvio financeiro 6.368 6.718Desvio actuarial (11.049) (25.330)
(4.681) (18.612)
Os desvios actuariais gerados em 2011, podem ser explicados da seguinte forma:
Alterações demográficas (1.462) Alterações salários / pensões (8.537) Ajustamento resultante da integração dos trabalhadores no regime geral da segurança social (1.063) Diferenças de contribuições/pagamentos de benefícios reais face ao estimado 13
(11.049)
No exercício de 2011, as rubricas “Alterações demográficas” e “Alterações salários / pensões”, dizem respeito,
respectivamente, aos desvios gerados com a saída de colaboradores do fundo de pensões e com a não
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 123
adopção por parte do Banco do pressuposto de aumento salarial definido pelo ACT do Sector Bancário para o
ano de 2011.
Os desvios acima do corredor estão a ser amortizados considerando um período médio de aproximadamente
25 anos até à reforma dos activos.
Com a publicação do Decreto-Lei n.1-A/2011, de 3 de Janeiro, todos os trabalhadores bancários beneficiários
da CAFEB – Caixa de Abono de Família dos Empregados Bancários, incluindo os pertencentes ao Banco,
foram integrados no Regime Geral de Segurança Social, com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2011,
passando a estar cobertos por este regime em matéria de pensões por velhice e nas eventualidades de
maternidade, paternidade e adopção.
34. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Rendas e alugueres 10.225 12.496Com fornecimentos e serviços externos 1.999 2.270
Com serviços especializadosInformática 2.700 1.906Avenças e honorários 2.720 2.700Informações 198 289Judiciais, contencioso e notariado 435 805Mão de obra eventual 783 385Segurança e vigilância - 40Outros serviços especializados 6.257 8.095
Comunicações 3.458 4.012
Seguros 1.009 1.476Deslocações 514 519
Conservação e reparação 1.308 481Publicidade 12 301
Formação de pessoal 38 122
Transportes 1 103Outros serviços
BPN Serviços, ACE 21.431 23.054Outros 3.624 2.330
56.712 61.384
A rubrica “BPN Serviços, ACE” corresponde à refacturação ao Banco de despesas incorridas por esta
entidade, incluindo, entre outras, as despesas de comunicação, trabalhos especializados, publicidade e
propaganda e limpeza.
A rubrica “Com serviços especializados - Outros serviços especializados” inclui o montante de 86 mEuros
relativos aos honorários totais facturados pelo Revisor Oficial de Contas durante o exercício de 2011,
respeitantes integralmente à revisão legal das contas, divulgado para efeitos do cumprimento da alteração
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 124
introduzida pelo Decreto-Lei nº 185/2009, de 12 de Agosto, ao Artigo 66º-A do Código das Sociedades
Comerciais.
35. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS
Os passivos contingentes associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas
extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:
2011 2010Passivos eventuais
Garantias, avales prestadosResidentes 473.300 548.647Não residentes 54 1.788
Créditos documentários abertos 7.349 9.449480.703 559.884
Activos dados em garantia 27.285 113.505
507.988 673.389
Compromissos
Compromissos revogáveisLinhas de crédito revogáveis 300.263 567.845Facilidades de desconto em conta 54.742 108.434
Contratos a prazo de depósitosLinhas de crédito 56.879 84.943Responsabilidades a prazo de contribuições anuais para o FGD 4.384 4.294Outros - 1.012
416.268 766.528Responsabilidades por serviços prestados
Depósito e guarda de valores 856.693 2.420.349De cobrança de valores 40.278 51.946
896.971 2.472.295
1.821.227 3.912.212
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Activos dados em garantia” inclui títulos dados em garantia ao
Banco Central Europeu nos montantes de 20.249 mEuros e 105.800 mEuros, respectivamente.
36. RELATO POR SEGMENTOS
Para cumprimento dos requisitos da Norma IFRS 8, o Banco adoptou os seguintes segmentos de negócio:
- Negociação e vendas: compreende a actividade bancária relacionada com a gestão da carteira própria de
títulos, operações de mercado monetário e cambial, recepção e transmissão de ordens em relação com um
ou mais instrumentos financeiros e execução de ordens por conta de clientes;
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 125
- Banca de retalho: compreende a actividade bancária junto dos particulares e empresários em nome
individual, tais como a recepção de depósitos e de outros fundos reembolsáveis, empréstimos, concessão
de garantias e assunção de outros compromissos. Inclui também o montante total devido à Instituição pelo
cliente ou grupo de clientes ligados entre si;
- Banca comercial: actividades creditícia e de captação de recursos junto de empresas, bem como a tomada
de fundos para fazer face aos compromissos com a concessão de crédito;
- Outros: compreende todos os segmentos de actividade que não foram contemplados nas linhas de negócio
anteriores.
A distribuição dos principais activos, passivos e rubricas de resultados por linhas de negócio e mercados
geográficos nos exercícios de 2011 e 2010 é a seguinte:
2011
Negociação e vendas
Banca de retalho
Banca comercial Outros Total
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 107.493 - - - 107.493-Disponibilidades em outras instituições de crédito 53.761 - - - 53.761
Aplicações em instituições de crédito 837.005 - - - 837.005
Activos financeiros detidos para negociação 20.137 - - - 20.137
Activos financeiros disponíveis para venda 49.959 - - - 49.959
Activos não correntes detidos para venda - - - 9.886 9.886
Crédito a clientes - 698.900 2.591.829 - 3.290.729
Outros 10.135 - - 66.365 76.500
Activo líquido total 1.078.490 698.900 2.591.829 76.251 4.445.470
Recursos de outras instituições de crédito - - 952.073 - 952.073
Recursos de clientes e outros empréstimos - 1.193.468 491.006 - 1.684.474
Responsabilidades representadas por títulos 1.402.823 - - - 1.402.823
Outros 245.674 - - 659.534 905.208
Passivo Total 1.648.497 1.193.468 1.443.079 659.534 4.944.578
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 126
2011
Negociação e vendas
Banca de retalho
Banca comercial Outros Total
Margem Financeira estrita (34.652) (27.160) 119.113 (596) 56.705
Rendimentos de instrumentos de capital 217 - - - 217
Rendimentos de serviços e comissões 5.733 7.042 - 18.497 31.272
Encargos com serviços e comissões (2.527) (12.241) - (12) (14.780)
Resultados de activos e passivos financeiros avaliadosao justo valor através de resultados 1.205 - - - 1.205
Resultados de activos financeiros disponíveis para venda (1.382) - - - (1.382)
Resultados da reavaliação cambial 3.628 - - - 3.628
Resultados da alienação de outros activos - - - (1) (1)
Outros resultados de exploração - - - 2.756 2.756
Produto bancário (27.778) (32.359) 119.113 20.644 79.620
Outros custos e proveitos (175.070)
Resultado líquido do exercício (95.450)
2010
Negociação e vendas
Banca de retalho
Banca comercial Outros Total
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 135.424 - - - 135.424
Disponibilidades em outras instituições de crédito 64.642 - - - 64.642
Aplicações em instituições de crédito 914.989 - - - 914.989
Activos financeiros detidos para negociação 23.160 - - - 23.160
Activos financeiros disponíveis para venda 35.781 - - - 35.781
Activos não correntes detidos para venda - - - 10.752 10.752
Crédito a clientes - 746.126 2.750.443 - 3.496.569
Outros - - - 80.891 80.891
Activo líquido total 1.173.996 746.126 2.750.443 91.643 4.762.208
Recursos de outras instituições de crédito - - 1.401.681 - 1.401.681
Recursos de Bancos Centrais 70.017 - - - 70.017
Recursos de clientes e outros empréstimos - 1.634.277 651.164 - 2.285.441
Responsabilidades representadas por títulos 404.255 - - - 404.255
Outros - - - 2.782.690 2.782.690
Passivo Total 474.272 1.634.277 2.052.845 2.782.690 6.944.084
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 127
2010
Negociação e vendas
Banca de retalho
Banca comercial Outros Total
Margem Financeira estrita (64.783) (16.720) 122.245 (475) 40.267
Rendimentos de instrumentos de capital 489 - - - 489
Rendimentos de serviços e comissões 5.740 7.050 - 18.519 31.309
Encargos com serviços e comissões (3.548) (17.184) - (16) (20.748)
Resultados de activos e passivos financeiros avaliadosao justo valor através de resultados 18.530 - - - 18.530
Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 254.564 - - - 254.564
Resultados da reavaliação cambial 4.168 - - - 4.168
Resultados da alienação de outros activos - - - (103.137) (103.137)
Outros resultados de exploração - - - 5.088 5.088
Produto bancário 215.160 (26.854) 122.245 (80.021) 230.530
Outros custos e proveitos (332.950)
Resultado líquido do exercício (102.420)
Os principais critérios de alocação utilizados pelo Banco na construção destes mapas foram os seguintes:
• Para as rubricas “Crédito a clientes” e “Recursos de clientes e outros empréstimos”, detalhou a informação entre “Particulares e “Empresas”, tendo alocado os respectivos saldos a “Banca de retalho” e “Banca comercial”, respectivamente.
• A rubrica “Recursos de instituições de crédito” e “Recursos de bancos centrais”, foram alocadas a “Banca comercial” dado que a finalidade é serem utilizados na actividade normal do Banco.
• Os outros activos e passivos foram considerados em “Outros”, dado a impossibilidade de alocação segmental.
Mercados Geográficos
Portugal
Resto da União
Europeia Outros Total
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 107.493 - - 107.493
Disponibilidades em outras instituições de crédito 25.109 8.241 20.411 53.761
Aplicações em instituições de crédito 551.078 - 285.927 837.005
Activos financeiros detidos para negociação 15.725 4.412 - 20.137
Activos financeiros disponíveis para venda 49.336 398 225 49.959
Crédito a clientes (líquido) 3.215.831 49.655 25.243 3.290.729
Outros 86.386 - - 86.386
Activo líquido total 4.050.958 62.706 331.806 4.445.470
Recursos de outras instituições de crédito 440.259 - 511.814 952.073
Recursos de clientes e outros empréstimos 1.612.614 41.631 30.229 1.684.474
Responsabilidades representadas por títulos 1.402.823 - - 1.402.823
Outros passivos subordinados 245.674 - - 245.674
Outros 659.534 - - 659.534
Passivo Total 4.360.904 41.631 542.043 4.944.578
2011
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 128
Portugal
Resto da União
Europeia Outros Total
Margem financeira estrita 51.766 734 4.205 56.705
Rendimentos de instrumentos de capital 217 - - 217
Rendimentos de serviços e comissões 31.272 - - 31.272
Encargos com serviços e comissões (14.780) - - (14.780)
Resultados de activos e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados 1.205 - - 1.205
Resultados de activos financeiros disponíveis para venda (1.365) (11) (6) (1.382)
Resultados da reavaliação cambial 3.628 - - 3.628
Resultados da alienação de outros activos (1) - - (1)
Outros resultados de exploração 2.756 - - 2.756
Produto bancário 74.698 723 4.199 79.620
Outros custos e proveitos (175.070)
Resultado líquido do exercício (95.450)
2011
Portugal
Resto da União
Europeia Total
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 133.980 1.444 135.424
Disponibilidades em outras instituições de crédito 64.642 - 64.642
Aplicações em instituições de crédito 911.690 3.299 914.989
Activos financeiros detidos para negociação 23.160 - 23.160
Activos financeiros disponíveis para venda 35.781 - 35.781
Crédito a clientes (líquido) 3.496.569 - 3.496.569
Outros 91.634 9 91.643
Activo líquido total 3.588.203 4.752 4.762.208
Recursos de outras instituições de crédito 1.400.188 1.493 1.401.681
Recursos de bancos centrais 70.017 - 70.017
Recursos de clientes e outros empréstimos 2.285.441 - 2.285.441
Responsabilidades representadas por títulos 404.255 - 404.255
Outros 2.782.660 30 2.782.690
Passivo Total 6.942.561 1.523 6.944.084
2010
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 129
Portugal
Resto da União
Europeia Total
Juros e rendimentos similares 216.618 2.950 219.568
Juros e encargos similares (178.268) (1.033) (179.301)
Margem financeira 38.350 1.917 40.267
Rendimentos de instrumentos de capital 489 - 489
Rendimentos de serviços e comissões 30.519 790 31.309
Encargos com serviços e comissões (20.692) (56) (20.748)
Resultados de activos e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados 18.530 - 18.530
Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 254.564 - 254.564
Resultados da reavaliação cambial 4.161 7 4.168
Resultados da alienação de outros activos (102.188) (949) (103.137)
Outros resultados de exploração 1.859 3.229 5.088
Produto bancário 225.592 4.938 230.530
(332.950)
(102.420)
2010
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 130
37. ENTIDADES RELACIONADAS
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, são consideradas entidades relacionadas do BPN, a Direcção Geral do
Tesouro e Finanças (accionista), outras entidades do Estado Português, o Fundo de Pensões do BPN, as
empresas controladas pelo Grupo BPN e os órgãos de gestão do Banco.
Nome Sede
Participação directa (%)
Participação efectiva (%)
Participação directa (%)
Participação efectiva (%)
Empresas participadas
BPN Serviços ACE Portugal 63,0% 95,0% 63,0% 95,0%Parparticipadas, SGPS, S.A. Portugal 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%Parvalorem, S.A. Portugal 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%Parups, S.A. Portugal 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Outras entidades do Grupo BPN
Gestão de Participações Sociais
BPN Participações Financeiras, SGPS, Lda Portugal - 100,0% 100,0% 100,0%BPN Internacional, SGPS, S.A. Portugal - 100,0% - 100,0%BPN Madeira, SGPS, S.A. Portugal - 100,0% - 100,0%BPN Participações Brasil Ltda Brasil - 93,7% - 86,5%Crossco (738) Ltd Reino Unido - 49,0% - 49,0%Pay Up Holding BV Holanda - 76,4% - 76,4%PR&A - Investimentos, SGPS, S.A. Portugal - 26,1% - 26,1%Lugab - Gestão e Participações, S.A. Portugal - 38,5% - 38,5%
Actividade Bancária
Banco Efisa, S.A. Portugal - 100,0% - 100,0%BPN Brasil Banco Múltiplo, S.A. Brasil - 86,5% - 86,5%BPN Cayman Ilhas Caimão - 100,0% - 100,0%BPN IFI, S.A. Cabo Verde - 100,0% - 100,0%
Fundos
BPN Acções Europa - Fundo de Investimento Aberto Portugal - 80,9% - 79,8%BPN Acções Global - Fundo de Investimento Aberto de Acções Portugal - 68,6% - 77,1%CLIP Multi-Strategy Luxemburgo - 100,0% - 100,0%BPN Conservador - Fundo de Investimento Aberto de Obrigações a Taxa Variável Portugal - 78,6% - 83,0%BPN Diversificação - Fundo Especial de Investimento Aberto Portugal - 100,0% - 100,0%BPN GA Valorização Patrimonial - Fundo de Capital de Risco Portugal - 94,1% - 94,1%BPN Imoglobal - Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Portugal - 93,1% - 93,1%BPN ImoMarinas - Fundo de Investimento Imobiliário Portugal - 100,0% - 100,0%BPN Imonegócios - Fundo de Investimento Imobiliário Portugal - 99,2% - 99,2%BPN Imoreal - Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Portugal - 94,8% - 94,8%
BPN Optimização - Fundo de Investimento Aberto Misto de Obrigações Portugal - 81,1% - 73,5%BPN Real Estate - Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Portugal - 50,0% - 50,0%BPN Taxa Fixa Euro - Fundo de Investimento Aberto de Obrigações de Taxa Fixa Portugal - 49,1% - 49,1%BPN Tesouraria - Fundo de Investimento Aberto de Tesouraria Portugal - 48,5% - 58,4%BPN Valorização - Fundo de Investimento Aberto Misto de Acções Portugal - 63,8% - 54,0%Fundo de Capital de Risco Banco Efisa - Dinamização e Competitividade Empresarial Portugal - 30,0% - 30,0%Mercapital - Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado Portugal - 0,5% - 0,5%
Segurador
Real Vida Seguros, S.A. Portugal - 100,0% - 100,0%
Crédito Especializado
BPN Crédito, IFIC, S.A. Portugal - 100,0% - 100,0%
Gestão de Activos
BPN Gestão Activos, SGFIM, S.A. Portugal - 100,0% - 100,0%BPN Imofundos, SGFII, S.A. Portugal - 100,0% - 100,0%
2011 2010
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 131
Nome Sede
Participação directa (%)
Participação efectiva (%)
Participação directa (%)
Participação efectiva (%)
Imobiliário
Candal Parque - Sociedade Imobiliária, S.A. Portugal - 99,1% - 99,1%Investimentos Dominiais Anglo Portugueses, S.A. Portugal - 100,0% - 93,1%Astroimóvel - Imobiliária, S.A. Portugal - 93,1% - 93,1%Monte da Quinta - Propriedades, Lda Portugal - 93,1% - 93,1%
Outras Entidades
ALC Leasing, S.A.R.L. Moçambique - - - 36,0%BPN Créditus Brasil - Promotora de Vendas Ltda Brasil - 100,0% - 100,0%Calzeus - Calçado e Acessórios de Moda, S.A. Portugal - 89,9% - 89,9%Censosf - Centro de Saúde Ocupacional de S. Francisco, S.A. Portugal - 33,8% - 33,8%Centro Hospitalar de S. Francisco, S.A. Portugal - 48,3% - 48,3%CHSF - Centro de Cardiologia de S. Francisco, S.A. Portugal - 48,3% - 48,3%CHSF - Centro de Imagiologia, Lda. Portugal - 48,3% - 48,3%CHSF - Consultoria de Gestão, Lda. Portugal - 48,3% - 48,3%CHSF - Health Club, Lda. Portugal - 48,3% - 48,3%Concretope - Fábrica de Betão Pronto, S.A. Portugal - - - 47,1%Controlauto - Controlo Técnico Automóvel, SA Portugal - 38,9% - 38,9%Ecoleiria - Ecografia de Leiria, Lda. Portugal - 48,3% - 48,3%Ergorent - Aluguer e Comércio de Equipamentos e Serviços, S.A. Portugal - 20,0% - 20,0%Imagran - Laboratório de Imagiologia da Marinha Grande, Lda Portugal - 43,5% - 43,5%Imalis - Meios de Diagnóstico de Imagiologia de Leiria, Lda Portugal - 66,8% - 66,8%Labicer - Laboratório Industrial Cerâmico, S.A. Portugal - 83,9% - 60,1%Locagest - Aluguer e Participações, Lda Portugal - 20,0% - 20,0%Nascimento & Sousa, Lda Portugal - 68,2% - 68,2%Nearent - Aluguer e Comércio de Equipamentos, S.A. Portugal - 20,0% - 20,0%Pay Up Desenvolvimento de Negócios, S.A. Portugal - 54,2% - 54,2%Pay Up Holding BV (ex-Dumpfe) Holanda - 76,4% - 76,4%Pay Up Iberia, S.A. Espanha - 76,4% - 76,4%Pay Up Polska, S.A. Polónia - 27,7% - 27,7%Pay Up Romania, S.A. Roménia - 54,2% - 54,2%Pay Up Servia Sérvia - 76,4% - 76,4%Precore II - Betão Pronto, S.A. Portugal - 47,1% - 47,1%Quimiceram - Químicos e Minerais, S.A. Portugal - 94,1% - 94,1%Sobrissul - Sociedade de Britas Seleccionadas do Sul, S.A. Portugal - 23,5% - 23,5%Valorceram - Subprodutos Cerâmicos, S.A. Portugal - 83,9% - 83,9%ZenRegra - Unipessoal, Lda Portugal - 25,0% - 25,0%
Accionistas do BPNDirecção Geral de Tesouro e Finanças
Outras entidades do Estado Português
Membros do Conselho de Administração do BPNPedro Manuel de Oliveira CardosoMário Manuel Faria GasparJorge António Beja PessoaRui Manuel Correia PedrasNorberto Emílio Sequeira da Rosa
Fundo de Pensões do BPN
2011 2010
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 132
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as demonstrações financeiras do BPN incluem os seguintes saldos e
transacções com entidades relacionadas:
Outras Direcção Geral entidades do Membros do
do Tesouro Estado Conselho de
e Finanças Português Associadas Administração
Activos:
Aplicações em instituições de crédito - - 683.424 -Títulos e Instrumentos Financeiros derivados de - - 1.265 -Crédito a clientes - - 263.945 60
Passivos:Recursos de instituições de crédito - 433.849 494.850 -Recursos de clientes e outros empréstimos 182 62.505 56.752 43Títulos e Instrumentos Financeiros derivados de negociação - - 1.156 -Passivos subordinados - 1.402.823 - -
Garantias prestadas - 93 11.713 -
Proveitos:Juros e rendimentos similares - - 2.670 -Ganhos em operações financeiras - - 3.284 -Rendimentos de serviços e comissões - - 34.897 -
Custos:Juros e encargos similares - 127 1.646 -Perdas em operações financeiras - - 2.408 -Comissões 1.847 952 - -Outros custos de exploração - - 17.300 -
2.029 1.900.349 1.575.310 103
2011
Outras Direcção Geral entidades do Membros do
do Tesouro Estado Conselho de
e Finanças Português Associadas Administração
Activos:
Aplicações em instituições de crédito - - 812.904 -Títulos e Instrumentos Financeiros derivados de - - 1.263 -Crédito a clientes - - 367.188 70Outros activos - - 109.771 -
Passivos:Recursos de clientes e outros empréstimos - - 105.159 -Outros passivos - 1.149.061 626.959 -
Garantias prestadas - - 21.278 -
Proveitos:Juros e rendimentos similares - - 1.559 -Ganhos em operações financeiras - - 3.176 -Rendimentos de serviços e comissões - - - -Outros proveitos de exploração - - 1.385 -
Custos:Juros e encargos similares - - - -Perdas em operações financeiras - - 3.397 -Comissões 7.603 - -Outros custos de exploração - 433 - 481
7.603 1.149.494 2.054.039 551
2010
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 133
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as demonstrações financeiras do BPN incluem os seguintes saldos e
transacções com entidades relacionadas, excluindo os órgãos de gestão:
Entidades Filiais, Associadas e Outras Empresas do Grupo Aplicações Crédito Recursos Garantias Proveitos Custos
Banco Efisa 98.139 - 401 - 7.966 389 BPN - IFI, SA 105.004 - 447.789 - 1.021 14.838 BPN Brasil Banco Multiplo, S.A. 30.914 - 134 - 9.261 -BPN Cayman - - 41.454 - - 268 BPN Crédito, IFIC 449.367 2 5.072 1.572 18.309 2.047 BPN Imofundos, SGFIM, SA - - 7.640 - 107 210 BPN Internacional - 40.076 37 - 902 -BPN Madeira - - 28 - - 1 BPN Serviços ACE - 13.350 427 10.141 481 17.344 BPN, Gestão Activos, SGFIM, SA - - 3.525 - 1 117 Parparticipadas, SGPS, S.A. - 30.113 19 - 125 -Parups, S.A. - 68.328 974 - 223 3 Parvalorem, S.A. - 112.076 44.102 - 125 1.177
683.424 263.945 551.602 11.713 38.521 36.394
2011
Entidades Filiais, Associadas e Outras Empresas do Grupo Aplicações Crédito Recursos Garantias Proveitos Custos
Banco Efisa 117.029 - 2.013 - 1.094 530 BPN - IFI, SA 63.239 - 575.081 - 112 -BPN Brasil Banco Multiplo, S.A. 46.543 - 176 - 34 124 BPN Cayman 4 - 40 - 1.559 -BPN Crédito, IFIC 479.225 2 6.185 1.572 2.833 2.743 BPN Imofundos, SGFIM, SA - - 3.802 30 106 -BPN Internacional 93.614 35.670 462 9.535 826 -BPN Madeira - - 31 - - -BPN Serviços ACE 13.250 12.150 594 10.141 - -BPN, Gestão Activos, SGFIM, SA - - 3.401 - 382 -Parparticipadas, SGPS, S.A. - 5.429 - - 12 -Parups, S.A. - 5.000 - - 130 -
812.904 58.251 591.785 21.278 7.088 3.397
2010
38. GESTÃO DE CAPITAL As demonstrações financeiras individuais do Banco relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2011,
apresentam capitais próprios negativos no montante de 499.108 mEuros, situação que põe em causa a
continuidade das operações do Banco. Em 15 de Fevereiro de 2012, o accionista do Banco procedeu à
realização de prestações acessórias pecuniárias e não onerosas no montante de 600.000 mEuros.
Adicionalmente, durante o exercício de 2010, o Estado Português, accionista do BPN, aprovou a
reprivatização do Banco através do Decreto-Lei n.º 2/2010 de 5 de Janeiro, tendo em 9 de Dezembro de 2011
celebrado um acordo quadro com uma entidade terceira. Deste modo, a continuidade das operações do
Banco está dependente do sucesso da concretização do modelo de reprivatização e das suas operações
futuras.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 134
39. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS Nos exercícios de 2011 e 2010, o total de remunerações referentes à prestação de serviços de mediação de
seguros ascendem a 49 mEuros e 155 mEuros, respectivamente, dizendo respeito na sua totalidade a
comissões recebidas sob a forma de numerário.
As remunerações do exercício decorrem integralmente da prestação de serviços de mediação junto da Real
Vida Seguros, S.A. (empresa do Grupo), correspondendo integralmente à comercialização de produtos do
ramo Vida.
As comissões recebidas pela mediação de produtos do ramo Vida da Real Vida Seguros, S.A. através da sua
rede comercial são integralmente reconhecidas pelo Banco em resultados do exercício no momento da sua
originação, encontrando-se contabilizadas na rubrica de “Rendimentos de serviços e comissões” (Nota 27).
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o BPN não apresenta saldos a receber junto da Real Vida Seguros, S.A.
relativos a comissões de mediação. No âmbito da sua actividade de mediador, o BPN não exerce qualquer
actividade de cobrança junto de clientes relacionados com pagamentos associados a contratos de seguros.
40. CONTINGÊNCIAS Em 31 de Dezembro de 2011, existem sobre o Banco um conjunto de processos judiciais e laborais, cuja
decisão final por parte dos respectivos tribunais ainda não foi proferida. O montante total reclamado pelos
autores das diversas acções judiciais é o seguinte:
Processos de natureza judicial 321.667
Processos de natureza laboral 4.820
------------
326.487
======
Para a grande maioria dos processos, com base nos pareceres dos advogados internos e externos, o Banco
considera que a decisão lhe será favorável. Para fazer face a contingências decorrentes dos processos que o
Banco considera que a decisão poderá vir a ser desfavorvável, o BPN registou em 31 de Dezembro de 2011,
uma provisão no montante de 24.674 mEuros na rubrica “Provisões para outros riscos e encargos” (Nota 20).
Em 31 de Dezembro de 2011, os processos de natureza judicial incluem uma acção interposta por um cliente
relacionada com uma opção de venda de acções da Galilei, SGPS, S.A., que era detida por este. O BPN,
baseado em pareceres jurídicos obtidos em 2010, não registou a responsabilidade na aquisição de um lote
adicional de 5.402.987 acções detidas por aquele cliente. O Conselho de Administração do Banco entende
que a decisão da acção judicial lhe será favorável, não tendo deste modo, constituído qualquer provisão para
este processo judicial (Nota 9).
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 135
41. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS Políticas de gestão do risco
Risco de Taxa de Juro
O risco de taxa de juro pode ser definido como o impacto nos resultados e nos capitais próprios de uma
variação adversa das taxas de juro de mercado. O BPN incorre na assunção de risco de taxa de juro sempre
que, no desenvolvimento da sua actividade, contrata operações com fluxos financeiros futuros sensíveis a
eventuais variações da taxa de juro.
O BPN monitoriza regularmente o risco estrutural de taxa de juro com base em análises de sensibilidade da
margem financeira e dos fundos próprios prudenciais face a uma subida instantânea e paralela da curva de
taxas de juro em 200 pontos base. Esta avaliação é efectuada com base na técnica de gap analysis, segundo
a qual todos os activos e passivos sensíveis a variações na taxa de juro e não associáveis às carteiras de
negociação são distribuídos de acordo com as suas maturidades ou datas de repricing residuais. Esta análise
segue as recomendações do Comité de Supervisão Bancária de Basileia e da Instrução nº 19/2005 do Banco
de Portugal.
A política adoptada visa minimizar o impacto de um eventual choque adverso na margem e nos fundos
próprios prudenciais.
Risco de Liquidez
O risco de liquidez é o risco de uma instituição não possuir recursos suficientes para financiar os seus activos
ou para honrar os seus compromissos sem incorrer em perdas inaceitáveis.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a liquidez do Banco é assegurada pela Caixa Geral de Depósitos,
sendo a gestão do risco de liquidez gerida em conjunto com esta entidade. Nesse âmbito, estavam vivos no
final do ano financiamentos desta ao BPN de 433.849 mEuros e emissões de papel comercial de 1.400.000
mEuros, perfazendo um total de 1.833.849 mEuros.
A gestão do risco de liquidez baseia-se na análise semanal dos prazos residuais de maturidade dos
diferentes activos e passivos do balanço, evidenciando, para cada um dos intervalos considerados, os
volumes de cash inflows e cash outflows esperados, bem como os respectivos gaps de liquidez.
Adicionalmente, são construídos semanalmente dois cenários com base em diferentes pressupostos: um
cenário optimista e um cenário pessimista (este último equivalente a um cenário de stress) com vista à
determinação de um intervalo de oscilação para as necessidades de financiamento nos vários prazos.
O controlo e reporte do risco de liquidez para o Banco de Portugal é efectuado mensalmente ao abrigo de um
exercício de monitorização descrito na Instrução nº 13/2009.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 136
Risco de Mercado
O risco de mercado é o risco da existência de perdas decorrentes da variação adversa de valor de um
instrumento financeiro como consequência da variação de factores de risco, nomeadamente taxa de juro,
taxa de câmbio, spreads de crédito, preços de acções e preços de mercadorias.
O risco de mercado é medido diariamente em termos de sensibilidade a variações nos factores de risco,
como sejam a taxa de juro (basis point value) e as taxas de câmbio. Os limites de exposição são controlados
diariamente por um órgão distinto da área de negócio, no respeito pelo princípio da segregação de funções.
Risco Cambial
O risco cambial representa o risco de perdas devido a variações adversas nas taxas de câmbio. O seu
controlo e avaliação são efectuados a nível individual diariamente e mensalmente a nível consolidado. Em
termos de negociação encontram-se definidos limites à exposição a cada moeda e a todas as moedas
globalmente, os quais são estabelecidos de forma a minimizar o risco tendo em conta as restrições
operacionais.
Natureza e extensão dos riscos resultantes de instrumentos financeiros
Risco de liquidez
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os cash-flows previsionais (não descontados), dos instrumentos
financeiros, de acordo com a respectiva maturidade contratual, apresentam o seguinte detalhe:
2011
Prazos Residuais Contratuais
Activo
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 107.493 - - - - - - - - 107.493 Disponibilidades em outras instituições de crédito
53.761 - - - - - - - - 53.761
Aplicações em instituições de crédito 708.847 16.616 13.903 460 39.814 55.248 2.117 - - 837.005
Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados
- - - - - - - - 79 79
Activos financeiros disponíveis para venda - 2.186 20.097 - 5.590 15.307 - 252 6.527 49.959
Crédito a clientes (saldo bruto) 508.521 133.589 358.080 313.017 189.369 412.283 809.312 857.172 - 3.581.343
1.378.622 152.391 392.080 313.477 234.773 482.838 811.429 857.424 6.606 4.629.640
Passivos
Recursos de outras instituições de crédito 947.934 4.139 - - - - - - - 952.073
Recursos de clientes e outros empréstimos 669.313 415.734 340.513 183.706 44.502 15.145 13.616 1.945 - 1.684.474
Responsabilidades representadas por títulos - - 1.402.823 - - - - - - 1.402.823
Outros passivos subordinados - - - - 100.229 50.040 - 95.405 - 245.674
1.617.247 419.873 1.743.336 183.706 144.731 65.185 13.616 97.350 - 4.285.044
Diferencial ( 238.625) ( 267.482) ( 1.351.256) 129.771 90.042 417.653 797.813 760.074 6.606 344.596
De 3 Anos a 5 Anos
De 5 Anos a 10 Anos
Mais de 10 anos Indeterminado TotalAté 1 MêsDe 1 Mês a 3
MesesDe 3 Meses a
6 MesesDe 6 Meses a
1 anoDe 1 Ano a
3 Anos
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 137
2010
Prazos Residuais Contratuais
Activo
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 135.424 - - - - - - - - 135.424
Disponibilidades em outras instituições de crédito 64.642 - - - - - - - - 64.642
Aplicações em instituições de crédito 281.286 41.132 363.854 48.676 19.242 158.375 2.424 - - 914.989
Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados
- - - - - - - - 115 115
Activos financeiros disponíveis para venda - 2.083 20.434 779 7.602 - - - 4.883 35.781
Crédito a clientes (saldo bruto) 425.631 340.887 392.979 273.730 336.203 616.650 472.200 824.092 98.859 3.781.231
906.983 384.102 777.267 323.185 363.047 775.025 474.624 824.092 103.857 4.932.182
Passivos
Recursos de Bancos Centrais - 70.017 - - - - - - - 70.017
Recursos de outras instituições de crédito 1.393.680 4.001 - 4.000 - - - - - 1.401.681
Recursos de clientes e outros empréstimos 883.788 553.040 455.655 192.411 133.674 39.354 23.878 3.641 - 2.285.441
Responsabilidades representadas por títulos - 353.723 50.532 - - - - - - 404.255
Outros passivos subordinados - - - - 150.419 - - 95.078 - 245.497
2.277.468 980.781 506.187 196.411 284.093 39.354 23.878 98.719 - 4.406.891
Diferencial ( 1.370.485) ( 596.679) 271.080 126.774 78.954 735.671 450.746 725.373 103.857 525.291
De 5 Anos a 10 Anos
Mais de 10 anos Indeterminado TotalAté 1 MêsDe 1 Mês a 3
MesesDe 3 Meses a
6 MesesDe 6 Meses a
1 anoDe 1 Ano a
3 AnosDe 3 Anos a
5 Anos
Na elaboração deste mapa, não foram incluídos juros projectados nem saldos relativos a derivados, dado que
o Banco encontra-se a desenvolver ferramentas que permitam de futuro a preparação desta informação.
Risco de taxa de juro
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o desenvolvimento do valor nominal dos instrumentos financeiros com
exposição a risco de taxa de juro, em função da sua maturidade ou data de refixação, é apresentado no
quadro seguinte:
2011
Datas de Refixação / Datas de Maturidade
ActivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais 107.493 - - - - - - - 107.493Disponibilidades em outras Instituições de crédito 53.761 - - - - - - - 53.761Aplicações em Instituições de crédito 611.841 96.561 16.809 13.956 461 57.804 39.573 - 837.005Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - 79 79Activos financeiros disponíveis para venda - - 2.186 20.097 - 5.590 15.559 6.527 49.959Crédito a clientes (saldo bruto) 435.362 754.944 1.427.809 524.271 61.022 8.490 26.642 - 3.238.540
1.208.457 851.505 1.446.804 558.324 61.483 71.884 81.774 6.606 4.286.837
PassivoRecursos de outras instituições de crédito (531.777) (416.157) (4.139) - - - - - ( 952.073)Recursos de clientes e outros empréstimos (61.547) (242.945) (415.734) (355.992) (183.706) (44.502) (30.706) (349.342) ( 1.684.474)Responsabilidades representadas por títulos - - - (1.402.823) - - - - ( 1.402.823)Outros passivos subordinados - - (95.062) (150.612) - - - - ( 245.674)
( 593.324) ( 659.102) ( 514.935) ( 1.909.427) ( 183.706) ( 44.502) ( 30.706) ( 349.342) ( 4.285.044)
Derivados (Valor Nocional)Interest Rate Swaps (IRS) ( 7.406) 40.488 ( 163.645) 154.416 ( 6.942) ( 47.430) 30.518 - ( 1)
( 7.406) 40.488 ( 163.645) 154.416 ( 6.942) ( 47.430) 30.518 - ( 1)Exposição Líquida 607.727 232.891 768.224 ( 1.196.687) ( 129.165) ( 20.048) 81.586 ( 342.736) 1.792
> 3 Anos Indeterminado Total< = 7 Dias> 7 Dias
< = 1 Mês> 1 Mês
< = 3 Meses> 3 Meses
< = 6 Meses> 6 Meses
< = 12 Meses> 12 Meses < = 3 Anos
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 138
2010Datas de Refixação / Datas de Maturidade
ActivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais 135.424 - - - - - - - 135.424Disponibilidades em outras Instituições de crédito 64.642 - - - - - - - 64.642Aplicações em Instituições de crédito 211.959 69.327 41.132 363.854 48.676 19.242 160.799 - 914.989Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - 115 115Activos financeiros disponíveis para venda - - 2.083 21.473 7.342 - - 4.883 35.781Crédito a clientes (saldo bruto) 675.743 697.160 1.532.161 471.385 154.341 15.395 36.426 - 3.582.611
1.087.768 766.487 1.575.376 856.712 210.359 34.637 197.225 4.998 4.733.562
PassivoRecursos de Instituições de crédito e Bancos Centrais ( 971.072) ( 422.625) ( 74.001) - ( 4.000) - - - ( 1.471.698)Recursos de clientes e outros empréstimos ( 122.185) ( 335.677) ( 576.292) ( 435.350) ( 176.079) ( 152.144) ( 21.601) ( 466.113) ( 2.285.441)Responsabilidades representadas por títulos - - ( 50.532) ( 353.723) - - - - ( 404.255)Outros passivos subordinados - - ( 94.885) ( 150.612) - - - - ( 245.497)
( 1.093.257) ( 758.302) ( 795.710) ( 939.685) ( 180.079) ( 152.144) ( 21.601) ( 466.113) ( 4.406.891)
Derivados (Valor Nocional)Interest Rate Swaps (IRS) 110.331 330.994 ( 298.627) - ( 116.573) ( 87.860) 61.735 - -
110.331 330.994 ( 298.627) - ( 116.573) ( 87.860) 61.735 - - Exposição Líquida 104.842 339.179 481.039 ( 82.973) ( 86.293) ( 205.367) 237.359 ( 461.115) 326.671
> 3 Meses < = 6 Meses
Total> 6 Meses
< = 12 Meses> 12 Meses < = 3 Anos
> 3 Anos Indeterminado< = 7 Dias> 7 Dias
< = 1 Mês> 1 Mês
< = 3 Meses
Os pressupostos utilizados na elaboração deste mapa foram os seguintes:
• A rubrica “Activos financeiros detidos para negociação” não inclui os saldos relativos à reavaliação positiva
dos derivados, dado serem apresentados em rubrica separada, no caso dos Interest rate swaps (IRS).
Relativamente aos restantes derivados, o Banco encontra-se a desenvolver ferramentas que permitam de
futuro a preparação desta informação;
• Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Crédito a clientes (saldo bruto)” não inclui crédito vencido nos
montantes de 342.803 mEuros e 198.620 mEuros, respectivamente.
•
Risco de crédito
Qualidade do risco de crédito
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as aplicações em instituições de crédito apresentam a seguinte
composição de acordo com o rating de referência utilizado pelo Banco:
2011
PortugalRestante
União EuropeiaBrasil Outros Total
Sem Rating 551.412 - 30.914 254.679 837.005
551.412 - 30.914 254.679 837.005
2010
PortugalRestante
União EuropeiaBrasil Outros Total
Sem Rating 597.922 - 46.543 270.524 914.989
597.922 - 46.543 270.524 914.989
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 139
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os títulos de dívida apresentam a seguinte composição de acordo com
o rating de referência utilizado pelo Banco:
2011
PortugalRestante
União EuropeiaAmérica do
NorteOutros Total
Activos Financeiros Disponíveis para Venda
Menor que A- 22.584 - - - 22.584
Sem Rating 22.589 - - - 22.589
45.173 - - - 45.173
Emitidos por:
Corporates 22.589 - - - 22.589
Governos e Outras Autoridades Locais 22.584 - - - 22.584
45.173 - - - 45.173
2010
PortugalRestante
União EuropeiaAmérica do
NorteOutros Total
Activos Financeiros Disponíveis para Venda
A- até A+ 7.962 - - - 7.962
Menor que A- - 18 - - 18
Sem Rating 22.935 - - - 22.935
30.897 18 - - 30.915
Emitidos por:
Corporates 22.935 18 - - 22.953
Governos e Outras Autoridades Locais 7.962 - - - 7.962
30.897 18 - - 30.915
Exposição máxima ao risco de crédito
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumento
financeiro, excluindo os títulos em carteira, pode ser resumida como segue:
2011 2010
Patrimoniais: Crédito a clientes 3.581.343 3.781.231 Disponibilidades em outras instituições de crédito 53.761 64.642 Aplicações em instituições de crédito 837.008 915.105 ------------- -------------- 4.456.633 4.760.978 ------------- --------------
Extrapatrimoniais:
Garantias prestadas 507.988 550.435 Compromissos revogáveis e irrevogáveis 416.269 766.528 ----------- -------------- 924.257 1.316.963 ------------- -------------- 5.380.890 6.077.941 ======= =======
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 140
Risco de mercado
O risco de mercado corresponde ao risco de variação do justo valor ou dos “cash-flows” dos instrumentos
financeiros em função de alterações nos preços de mercado, incluindo os seguintes riscos: taxa de juro,
cambial e de preço.
Risco de Taxa de juro
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o impacto no justo valor dos instrumentos financeiros sensíveis a risco
de taxa de juro de deslocações paralelas na curva das taxas de juro de referência de 50, 100 e 200 basis
points (bp), respectivamente, pode ser demonstrado pelos seguintes quadros:
-200 bp -100 bp -50 bp +50 bp +100 bp +200 bpCaixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 43 21 11 (11) (21) (43)
Aplicações em Instituições de Crédito 4.329 2.165 1.082 (1.082) (2.165) (4.329)
Carteira de Títulos:
. De negociação - - - - - -
. Outros 986 493 247 (247) (493) (986)
Crédito a Clientes (Saldo Bruto) 13.280 6.640 3.320 (3.320) (6.640) (13.280)
Total Activo Sensível 18.638 9.319 4.660 (4.660) (9.319) (18.638)
Recurso de Outras Instituições de Crédito (1.058) (529) (265) 265 529 1.058Recursos de Clientes e Outros Empréstimos (8.708) (4.354) (2.177) 2.177 4.354 8.708Responsabilidades Representadas por Títulos (10.100) (5.050) (2.525) 2.525 5.050 10.100Outros Passivos Subordinados (1.389) (694) (347) 347 694 1.389
Total Passivo Sensível (21.255) (10.627) (5.314) 5.314 10.627 21.255Extrapatrimoniais 83 42 21 (21) (42) (83)
(2.534) (1.266) (633) 633 1.266 2.534
2011
-200 bp -100 bp -50 bp +50 bp +100 bp +200 bpCaixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 54 27 14 (14) (27) (54)
Aplicações em Instituições de Crédito 10.589 5.295 2.647 (2.647) (5.295) (10.589)
Carteira de Títulos:
. De negociação - - - - - -
. Outros 267 133 67 (67) (133) (267)
Crédito a Clientes (Saldo Bruto) 14.658 7.329 3.665 (3.665) (7.329) (14.658)
Total Activo Sensível 25.568 12.784 6.393 (6.393) (12.784) (25.568)
Recurso de Outras Instituições de Crédito (1.528) (764) (382) 382 764 1.528Recursos de Clientes e Outros Empréstimos (14.906) (7.453) (3.727) 3.727 7.453 14.906Responsabilidades Representadas por Títulos (2.709) (1.354) (677) 677 1.354 2.709Outros Passivos Subordinados (1.388) (694) (347) 347 694 1.388
Total Passivo Sensível (20.531) (10.265) (5.133) 5.133 10.265 20.531Extrapatrimoniais (2.931) (1.466) (733) 733 1.466 2.931
2.106 1.053 527 (527) (1.053) (2.106)
2010
No quadro seguinte é apresentado o efeito na margem financeira projectada para os exercícios de 2011 e
2010, respectivamente, de uma deslocação paralela das curvas de taxas de juro de 50, 100 e 200 bp que
indexam os instrumentos financeiros sensíveis a variações na taxa de juro:
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 141
-200 bp -100 bp -50 bp +50 bp +100 bp +200 bp
Proveitos com Juros (79.761) (39.880) (19.940) 19.940 39.880 79.761
Custos com Juros 60.834 30.417 15.209 (15.209) (30.417) (60.834)
Margem Financeira ( 18.927) ( 9.463) ( 4.731) 4.731 9.463 18.927
Projecção Margem Financeira - Exercício de 2012
-200 bp -100 bp -50 bp +50 bp +100 bp +200 bp
Proveitos com Juros (79.488) (39.744) (19.872) 19.872 39.744 79.488
Custos com Juros 68.758 34.379 17.189 (17.189) (34.379) (68.758)
Margem Financeira ( 10.731) ( 5.365) ( 2.683) 2.683 5.365 10.731
Projecção Margem Financeira - Exercício de 2011
Risco Cambial
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os instrumentos financeiros apresentam o seguinte detalhe por moeda:
ActivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais 105.903 939 270 - 381 107.493Disponibilidades em outras instituições de crédito 42.600 8.742 836 49 1.534 53.761Activos financeiros detidos para negociação 20.057 80 - - - 20.137Aplicações em instituições de crédito 612.556 224.359 90 - - 837.005Activos financeiros disponíveis para venda 72.596 195 - - - 72.791Crédito a clientes (saldo bruto) 3.531.230 50.113 - - - 3.581.343Outros activos 39.521 4.159 11.259 2.657 2.660 60.256
4.424.463 288.587 12.455 2.706 4.575 4.732.786
PassivoRecursos de instituições de crédito e Bancos Centrais ( 684.170) ( 263.820) ( 1.766) ( 1.854) ( 463) ( 952.073)Recursos de clientes e outros empréstimos ( 1.649.464) ( 14.583) ( 3.506) ( 32) ( 1.410) ( 1.668.995)Responsabilidades Representadas por Títulos ( 1.402.823) - - - - ( 1.402.823)Passivos subordinados ( 245.674) - - - - ( 245.674)Outros passivos ( 144.299) ( 6.685) ( 7.183) ( 820) ( 2.700) ( 161.687)
( 4.126.430) ( 285.088) ( 12.455) ( 2.706) ( 4.573) ( 4.431.252)
Operações Cambiais a Prazo 985 1.026 - - - 2.011
Exposição Líquida 299.018 4.525 - - 2 303.545
2011Moeda
EurosDólares-Norte Americanos
Libra Esterlina
IeneOutras
MoedasTotal
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 142
ActivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais 134.136 589 196 2 501 135.424Disponibilidades em outras instituições de crédito 54.122 10.104 365 51 - 64.642Activos financeiros detidos para negociação 23.044 116 - - - 23.160Aplicações em instituições de crédito 587.172 314.833 141 - 12.843 914.989Activos financeiros disponíveis para venda 34.852 929 - - - 35.781Crédito a clientes (saldo bruto) 3.617.057 46.782 213 - 117.179 3.781.231Outros activos 51.149 21.945 13.553 2.421 - 89.068
4.501.532 395.298 14.468 2.474 130.523 5.044.295
PassivoRecursos de instituições de crédito e Bancos Centrais ( 1.056.795) ( 411.732) ( 2.129) ( 1.042) - ( 1.471.698)Recursos de clientes e outros empréstimos ( 2.244.025) ( 24.578) ( 4.168) ( 148) ( 12.522) ( 2.285.441)Responsabilidades Representadas por Títulos ( 404.255) - - - - ( 404.255)Passivos subordinados ( 245.497) - - - - ( 245.497)Outros passivos ( 173.680) ( 25.734) ( 8.170) ( 1.283) - ( 208.867)
( 4.124.252) ( 462.044) ( 14.467) ( 2.473) ( 12.522) ( 4.615.758)
Operações Cambiais a Prazo 1.000 1.014 - - - 2.014
Exposição Líquida 378.280 ( 65.732) 1 1 118.001 430.551
2010Moeda
EurosDólares-Norte Americanos
Outras Moedas
Iene TotalLibra
Esterlina
Na elaboração deste mapa, a rubrica “Activos financeiros detidos para negociação” não inclui os saldos
relativos à reavaliação positiva dos derivados, dado serem apresentados em rubrica separada.
Justo Valor
A comparação entre o justo valor e o valor de balanço dos principais activos e passivos registados pelo custo amortizado, em 31 de Dezembro de 2011, é apresentado como se segue:
ActivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais 107.493 107.493 - - 107.493Disponibilidades em outras instituições de crédito 53.761 53.761 - - 53.761Aplicações em instituições de crédito 837.005 837.005 - - 837.005Crédito a Clientes 3.138.582 2.968.952 ( 169.630) 152.147 3.290.729
4.136.841 3.967.211 ( 169.630) 152.147 4.288.988
PassivoRecursos de clientes e outros empréstimos 1.684.474 1.683.531 ( 943) - 1.684.474Responsabilidades representadas por títulos 1.402.823 1.402.823 - - 1.402.823Outros passivos subordinados 245.674 137.086 ( 108.588) - 245.674
3.332.971 3.223.440 ( 109.531) - 3.332.971
Saldos Analisados
Saldos Não Analisados
Valor de Balanço
Justo Valor
DiferençaValor de Balanço
Valor Total de Balanço
Os pressupostos utilizados na elaboração deste mapa foram os seguintes:
• As rubricas “Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais”, “Disponibilidades em outras instituições de
crédito” e “Aplicações em instituições de crédito”: dado tratarem-se de aplicações à vista ou de muito curto
prazo, o Banco considera que o valor contabilístico é uma aproximação razoável do seu justo valor;
• A rubrica “Saldos não analisados” do “Crédito a clientes” inclui o crédito vencido, o papel comercial e os
juros corridos;
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 143
• Recursos de clientes: Do total de recursos de clientes mantidos junto do Banco em 31 de Dezembro de
2011, o montante de 1.107.760 mEuros corresponde a recursos à vista ou de muito curto prazo. Para
estes, o Banco considera que o valor contabilístico é uma aproximação razoável do seu justo valor, uma
vez que a sua política de pricing dos depósitos se manteve constante ao longo do ano. Para os restantes,
que ascendem em 31 de Dezembro de 2011, a 561.235 mEuros, o Banco aplicou um spread médio;
• Responsabilidades representadas por títulos: Esta rubrica inclui as emissões de papel comercial do
Banco, emitidas com garantia da República Portuguesa e totalmente subscritas pela Caixa Geral de
Depósitos. Devido ao facto de as emissões de papel comercial registadas nesta rubrica terem
maturidades até seis meses, o Banco considera que o valor contabilístico é uma aproximação razoável do
seu justo valor;
• Outros passivos subordinados: Não existindo mercado, a emissão de obrigações subordinadas do BPN
considerou-se um preço de 65% do valor nominal. Para as obrigações perpétuas considerou-se um preço
de 42% do valor nominal.
Em 31 de Dezembro de 2011, o detalhe do apuramento do justo valor do crédito a clientes apresenta-se de
seguida:
Operações concedidas há menos de 12 meses 668.433 668.433 -Operações com plano financeiro definido 1.682.052 1.509.671 (172.380)Operações sem plano financeiro definido 788.097 790.847 2.750
3.138.582 2.968.952 (169.630)
Valor de Balanço
Justo Valor
Diferença
As operações de crédito analisadas foram sujeitas ao desconto dos cash flows futuros (capital e juros) para
as datas de referência, à taxa de juro média ponderada pelo montante para créditos concedidos nos 6 meses
anteriores, para cada segmento analisado, sendo que para as operações sem plano financeiro definido
(créditos em conta corrente e descobertos em depósitos à ordem), foi assumido um cash flow futuro em 31 de
Janeiro pela totalidade do capital vincendo e juros até essa data.
Para as operações concedidas à menos de 12 meses, o Banco considera que o valor contabilístico é uma
aproximação razoável do seu justo valor.
Em 31 de Dezembro de 2011, as taxas médias utilizadas e os segmentos considerados com base nas
operações iniciadas nos 6 meses anteriores foram os seguintes:
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 144
SegmentoQuantidade Operações
Capital Vincendo
(Euros)
Capital Vencido (Euros)
Valor de Balanço (Euros)
Taxa Média Ponderada
por Montante
Accionistas SLN/GALILEI
27 26.115.919 31.170 26.147.089 4,1849%
Empresa - CC 607 6.463.059 22.116 6.485.174 6,8310%
Empresa - Emprest 714 125.072.743 227.153 125.299.895 6,3641%
Empresa - Outros 4704 231.540.690 1.117.746 232.658.436 4,8732%
Grupo SLN/GALILEI 3 15.053.976 0 15.053.976 6,0448%
Particular - CC 789 336.509 532 337.041 12,0805%
Particular - Emprest 1115 26.450.758 29.472 26.480.230 5,7890%
Particular - Outros 472 2.689.542 62.185 2.751.727 8,2693%
O justo valor foi apurado através da fórmula ∑ Cfn / [(1+i)^n/365], sendo n o número de dias que medeiam
entre 31 de Dezembro e a data do cash flow, e sendo i a taxa de juro média ponderada pelo montante para
créditos concedidos nos últimos 6 meses, para cada segmento analisado.
Em 31 de Dezembro de 2011, a forma de apuramento do justo valor dos Instrumentos Financeiros reflectidos
nas demonstrações financeiras, pode ser resumida como se segue:
Activos Financeiros Detidos para Negociação - - 20.066 79 20.145Activos Financeiros Disponíveis para Venda 6.672 22.584 20.295 408 49.959Derivados de Cobertura - - 97 - 97Passivos Financeiros de Negociação - - 18.083 - 18.083
6.672 22.584 58.541 487 88.284
Técnicas de ValorizaçãoCusto
HistóricoCotações de
MercadoInputs Observáveis
de MercadoFontes
ExternasTotal
42. EVENTOS SUBSEQUENTES
Em 31 de Janeiro de 2012, o Banco efectuou uma operação de trespasse, no âmbito da qual foram
transferidas, para a Parvalorem, a totalidade das actividades exercidas pelos Gabinetes, Direcções, Unidades
e outras actividades, incluindo os colaboradores que faziam parte destas estruturas (Nota 32).
No exercício de 2011, no âmbito do processo de reprivatização do Banco, foi aprovada pelo Despacho n.º
825/11 – SETF de 3 de Junho, a aquisição pelo Estado Português, através da Direcção Geral do Tesouro e
Finanças, da totalidade das acções representativas do capital social das entidades acima referidas, operação
que se concretizou em Fevereiro de 2012. Com a aprovação deste despacho, as entidades Parvalorem e
Parups passaram, durante o exercício de 2011, a integrar o Sector Institucional das Administrações Públicas,
nos termos do código do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais, tendo o Conselho de
Administração do BPN, reflectido nas demonstrações financeiras do exercício de 2011, o reconhecimento dos
efeitos da alienação destas participadas, através da reversão, por capitais próprios, das provisões
constituídas em 2010 para as responsabilidades cobertas pelas cartas-conforto prestadas e para os capitais
próprios negativos daquelas entidades, no montante total de 1.820.784 mEuros. Com a concretização da
operação de alienação da Parparticipadas em 2012, os impactos estimados nos capitais próprios do Banco
ascenderão a uma melhoria no montante de 167.046 mEuros, detalhado conforme se segue:
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 145
Provisões constituídas em 31 de Dezembro de 2011 para os
capitais próprios negativos da Parparticipadas 149.520
Provisões constituídas em 31 de Dezembro de 2011 para contingências
na BPN Internacional e BPN Participações Financeiras, Lda., filiais da
Parparticipadas 17.526
-----------
167.046
======
Em 15 de Fevereiro de 2012, o Estado Português através da Direcção Geral do Tesouro e Finanças procedeu
ao reforço de capital próprio no montante de 600.000 mEuros, mediante a realização de prestações
acessórias pecuniárias e não onerosas, as quais ficam sujeitas ao regime jurídico das prestações
suplementares, conforme estabelecido no artigo 287º conjugado com os artigos 210º a 213º, todos do Código
das Sociedades Comerciais (Nota 23).
O Conselho de Administração do Banco tem a intenção de alienar, durante o exercício de 2012, operações de
crédito pelo valor líquido contabilístico e outros activos, cujo montante não será inferior a 1.450.000 mEuros
(Nota 8) às entidades Parvalorem, S.A. e Parups, S.A..
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 146
BANCO PORTUGUÊS DE NEGÓCIOS, S.A.
INVENTÁRIO DE TÍTULOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011
(Montantes expressos em milhares de Euros)(Anexo I)
ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO
Instrumentos de capital
TAIB BANK B S C 0,15 513.505 514 1,00 Justo Valor 79 - 79 -79 - 79 -
DerivadosSwaps - - - - - 20.066 - 20.066 -Futuros - - - - - - - - -
20.066 - 20.066 -
TOTAL 20.145 - 20.145 -
ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA
Instrumentos de dívidaDe dívida pública
O.T. 6.4% 15/02/2016 70,32% 19.830.000 19.830 1,00 Justo Valor 15.056 - 15.056 (4.653)OT SETEMBRO 9813 85,70% 6.355.000 6.355 1,00 Justo Valor 5.540 - 5.540 (1.085)B.T.'s - Portugal T-BILL PORTB 0 02/17/12 99,38% 2.000.000 2.000 1,00 Justo Valor 1.988 - 1.988 (2)
22.584 - 22.584 (5.740)
De outros emissores nacionais
P.C. COFINA - 16ª Emissão 400 20.000 50.000,00 Justo Valor 20.097 - 20.097 -P.C. MAR CAPITAL - 14ª Emissão 174 1.740 10.000,00 Justo Valor 1.740 - 1.740 -Obrigações BPN 2008 5 250 50.000,00 Custo Histórico 252 - 252 -SLN Rendimento Mais 2006 5 250 50.000,00 Custo Histórico 251 - 251 -P.C. RAPOSEIRA - 12ª Emissão 4 200 50.000,00 Justo Valor 199 - 199 -SLN Rendimento Mais 2004 1 50 50.000,00 Custo Histórico 50 - 50 -
22.589 - 22.589 -
De outros emissores internacionais
KAUP - Kaup Float 06/14 0,00% 5.213 5 1,00 Justo Valor - - - -ISBAIR10/14 - ISBAIR Float 10/14 0,00% 1.240 1 1,00 Justo Valor - - - -DGSL PS - Diversified Global Securities Ltd. 0,00% 10.634 11 1,00 Justo Valor - - - -
- - - -
Instrumentos de capital - no País
SIBS 20.000 100 4,99 Custo Histórico 2.343 - 2.343 -Galilei SGPS, S.A. 8.095.596 8.096 1,00 Custo Histórico 23.748 (22.296) 1.452 -ENTIGERE - Entidade Gestora da Rede Multiserviços, S.A. 23.200 116 5,00 Custo Histórico 116 - 116 -AMB, SGPS, S.A. 33.300 166 4,99 Custo Histórico 166 (73) 93 -COIMBRAVITA 15.000 75 4,99 Custo Histórico 75 - 75 -INEGI 10.000 50 5,00 Custo Histórico 50 - 50 -ADRAVE 5.000 25 4,99 Custo Histórico 25 - 25 -PME Capital de Risco, S.A. 1.000 5 4,99 Custo Histórico 4 - 4 -PME Investimentos 1.000 5 4,99 Custo Histórico 4 - 4 -
26.531 (22.369) 4.162 -
Cot. Unit. Quantidade Valor NominalNatureza e espécieValor Nominal
Unitário (Euros)
Reserva de Justo Valor
Critério Valorimétrico
Valor de Balanço (liquido)
Valor de Balanço (bruto)
Imparidade
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Individuais 147
Instrumentos de capital - no Estrangeiro
German Real Estate Fund 638,66 581 0,58 1,00 Justo Valor 693GOTABIE KY - Gottex ABI Fund 6,75 1.978 1,98 1,00 Justo Valor 155ARIS- Euro Aggressive Cell Fund 128,74 9 0,01 1,00 Justo Valor 1La Fayette Regular Growth Ltd -B- (Side Pocket) 7,65 2.150 2,42 1,13 Justo Valor 20GLG Partners SICAV - Multi-Strategy Fund 29,78 19 0,18 9,27 Justo Valor 1GLG Partners Plc - European Long/Short Fund -A- (Special Assets) 53,50 45 0,04 1,00 Justo Valor 2Fairfield Sigma Ltd 1.105 1,11 1,00 Justo Valor -VISA INC. - CLASS C 37 7.296 0 0 Custo Histórico 195SWIFT 2,78 7 0,88 125,00 Custo Histórico 17INVESTMENT CIRCLE 80.000 400,00 5,00 Custo Histórico 3VISA EUROPE 1 0,01 10,00 Custo Histórico -
1.087TOTAL 72.791
Cot. Unit. Quantidade Valor NominalNatureza e espécieValor Nominal
Unitário (Euros)
Critério Valorimétrico
Valor de Balanço (bruto)
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 148
2. Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas
(Montantes em milhares de Euros – mEuros, excepto quando expressamente indicado)
NOTA INTRODUTÓRIA
O Banco Português de Negócios S.A. (BPN ou Banco) é uma instituição de crédito com sede no Porto, que
iniciou a sua actividade bancária em 1 de Julho de 1993 após a conclusão do processo de fusão entre a
Norcrédito – Sociedade de Investimento, S.A. e a Soserfin – Sociedade de Investimento e Serviços
Financeiros, S.A..
Em Novembro de 2008, todas as acções representativas do capital social do BPN foram nacionalizadas ao
abrigo da Lei nº 62-A/2008, de 11 de Novembro. De acordo com a referida Lei, a nacionalização foi motivada
pelo volume de perdas acumuladas pelo Banco, ausência de liquidez adequada e iminência de uma situação
de ruptura de pagamentos que ameaçava os interesses dos depositantes e a estabilidade do sistema
financeiro. O Banco passou assim a ter a natureza de sociedade anónima de capitais exclusivamente
públicos, sendo detido pela Direcção Geral do Tesouro e Finanças. A gestão do Banco foi atribuída à Caixa
Geral de Depósitos, S.A. (CGD), cabendo a esta entidade a designação dos membros dos órgãos sociais.
Durante o exercício de 2010, o Estado Português, accionista do BPN, aprovou a reprivatização do
Banco através do Decreto-Lei n.º 2/2010 de 5 de Janeiro, tendo em 9 de Dezembro de 2011 celebrado um
acordo quadro com uma entidade terceira.
O Banco desenvolve a sua actividade numa óptica de banca universal, actuando também, directamente ou
através de empresas participadas, directa ou indirectamente, nas áreas de banca, seguros, banca de
investimento, gestão de activos, área imobiliária e saúde.
Para a realização das suas operações, em 31 de Dezembro de 2011, o Banco contava com uma rede
nacional de 215 agências e uma Sucursal Financeira Exterior na Madeira. Em Julho de 2011, foi encerrada a
Sucursal de França. Durante o exercício de 2010, o BPN alienou a rede de agências, as operações de crédito
a clientes e os depósitos mantidos junto da sua Sucursal de França, estando os impactos desta operação
detalhados na Nota 29.
No âmbito do seu processo de recapitalização, o BPN constituiu durante o exercício de 2010, as entidades
Parparticipadas, SGPS,S.A. (Parparticipadas), Parvalorem, S.A. (Parvalorem) e Parups, S.A. (Parups), a
quem alienou, ao valor nominal, um conjunto de activos que se encontravam no seu balanço e de outras
entidades por si detidas em 30 de Novembro de 2010. No exercício de 2011, no âmbito do processo de
reprivatização do Banco, foi aprovada pelo Despacho n.º 825/11 – SETF de 3 de Junho, a aquisição pelo
Estado Português, através da Direcção Geral do Tesouro e Finanças, da totalidade das acções
representativas do capital social das entidades acima referidas, operação que se concretizou em Fevereiro de
2012. Com a aprovação deste despacho, as entidades Parvalorem e Parups passaram, durante o exercício de
2011, a integrar o Sector Institucional das Administrações Públicas, nos termos do código do Sistema Europeu
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 149
de Contas Nacionais e Regionais, tendo o Conselho de Administração do BPN, reflectido nas demonstrações
financeiras do exercício de 2011, o reconhecimento dos efeitos da alienação destas participadas, através da
reversão por capitais próprios no montante de 1.780.800 mEuros. O Conselho de Administração do Banco
considerou que esta operação se tratou de uma medida de recapitalização, similar a um aumento de capital,
motivo pelo qual entendeu registar em capitais próprios e não em resultados, os efeitos da alienação destas
participadas (Notas 10 e 19).
As demonstrações financeiras consolidadas do Banco em 31 de Dezembro de 2011 encontram-se
pendentes de aprovação pela Assembleia Geral. No entanto, o Conselho de Administração admite que
venham a ser aprovadas sem alterações significativas.
2. BASES DE APRESENTAÇÃO E POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
2.1. Bases de apresentação
As demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 foram preparadas
com base nas Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas na União
Europeia, na sequência do Regulamento (CE) Nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho,
de 19 de Julho e das disposições do Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro.
2.2. Novas normas e interpretações, revisões e emendas adoptadas pela União Europeia
O Banco utilizou as Normas e Interpretações emitidas pelo International Accounting Standards Board
(IASB) e pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) que são relevantes
para as suas operações e efectivas para os períodos iniciados a partir de 1 de Janeiro de 2010, desde
que aprovadas pela União Europeia.
As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia
e com aplicação obrigatória nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2011,
foram adoptadas pela primeira vez no exercício findo em 31 de Dezembro de 2011:
- IFRS 9 – “Instrumentos financeiros” – A nova norma utiliza uma abordagem única para determinar
a contabilização de um activo financeiro ao custo amortizado ou ao justo valor, simplificando a
classificação face à IAS 39. A classificação depende das características contratuais do activo e da
forma como é efectuada a sua gestão. A norma não abrange os passivos financeiros. É de
aplicação obrigatória em exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2015.
- IFRS 11 – “Empreendimentos conjuntos” - A nova norma estabelece que as partes envolvidas num
empreendimento conjunto deverão determinar o tipo e a forma de contabilização do
empreendimento conjunto através da avaliação dos direitos e obrigações decorrentes da operação.
O empreendimento conjunto poderá ser classificado como “joint operation”, no caso em que as
partes envolvidas tenham direitos sobre os activos e obrigações sobre os passivos relacionados
com o acordo, ou como “joint venture”, no caso em que as partes envolvidas tenham direitos sobre
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 150
os activos líquidos relacionados com o acordo. É de aplicação obrigatória em exercícios iniciados
em ou após 1 de Janeiro de 2013.
- IFRS 12 – “Disclosures of Interests in Other Entities” - A norma estabelece a divulgação de
informação que permita aos utentes das demonstrações financeiras de uma entidade avaliar a
natureza e os riscos associados aos interesses que a entidade possua noutras entidades,
nomeadamente, o efeito desses interesses na sua posição e desempenho financeiros e nos seus
fluxos de caixa. É de aplicação obrigatória em exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de
2013.
- IFRS 13 – “Fair Value Measurement” - A norma define o que é justo valor e estabelece uma
estrutura para a sua determinação. É ainda estabelecida uma hierarquia para o justo valor, de
acordo com os inputs utilizados nos modelos de valorização. A norma estabelece ainda requisitos
de divulgação relacionados com a determinação do justo valor. É de aplicação obrigatória em
exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013.
- IAS 27 – “Separate Financial Statements” - A norma estabelece princípios a aplicar na
contabilização de investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas quando
uma entidade opte, ou seja exigido pelos reguladores locais, por apresentar demonstrações
financeiras em separado (não-consolidadas). É de aplicação obrigatória em exercícios iniciados em
ou após 1 de Janeiro de 2013.
- IAS 19 (Alteração) - “Benefícios dos Empregados” - As alterações ao texto da norma emitidas em
Junho de 2011 são de aplicação obrigatória em exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de
2013.
- IAS 12 (Alteração) – “Deferred tax: Recovery of Underlying Assets” – A alteração estabelece que
para a determinação dos impostos diferidos relacionados com propriedades de investimento se
possa considerar que recuperação será concretizada através da venda. A alteração ao texto da
norma emitida em Dezembro de 2010 é de aplicação obrigatória em exercícios iniciados em ou
após 1 de Janeiro de 2012.
- IAS 1 (Alteração) - “Presentation of Items of Other Comprehensive Income” - As alterações à norma
incluem algumas modificações à forma como o rendimento integrado é apresentado. A alteração ao
texto da norma emitida em Junho de 2011 é de aplicação obrigatória em exercícios iniciados em ou
após 1 de Julho de 2012.
A aplicação destas Normas e Interpretações não teve impactos materialmente relevantes nas
demonstrações financeiras do Banco em 31 de Dezembro de 2011.
Na data de aprovação destas demonstrações financeiras pelo Conselho de Administração, as Normas e
Interpretações relevantes que estão disponíveis para aplicação antecipada são as seguintes:
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 151
- IFRS 7 (Alteração) – “Divulgações de instrumentos financeiros” – Esta revisão vem aumentar os
requisitos de divulgação relativamente a transacções que envolvam a transferência de activos
financeiros. Pretende garantir maior transparência em relação à exposição a riscos quando activos
financeiros são transferidos e a entidade que os transfere mantém algum envolvimento (exposição)
nos mesmos.
Apesar de aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia, estas normas não foram adoptadas pelo
Banco no exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, em virtude de a sua aplicação não ser ainda
obrigatória. Não são estimados impactos significativos nas demonstrações financeiras decorrentes da
adopção das mesmas.
2.3. Princípios de consolidação
As demonstrações financeiras consolidadas incluem as contas do Banco e das suas subsidiárias
(Grupo BPN) (Nota 3).
A nível das entidades participadas, são designadas “filiais” aquelas nas quais o Grupo exerce um
controlo efectivo sobre a gestão corrente de modo a obter benefícios económicos das suas actividades.
Normalmente, o controlo é evidenciado pela detenção de mais de 50% do capital ou dos direitos de
voto. Adicionalmente, em resultado da aplicação da Norma IAS 27 – “Demonstrações financeiras
consolidadas e separadas”, o Grupo inclui no perímetro de consolidação entidades de propósito
especial, nomeadamente veículos e fundos criados no âmbito de operações de titularização, fundos de
capital de risco e de investimento e outras entidades similares, quando exerce sobre as mesmas um
controlo financeiro e operacional efectivo e nas quais o Grupo detém a maioria dos riscos e benefícios
associados à respectiva actividade.
A consolidação das contas das filiais que integram o Grupo foi efectuada pelo método da integração
global. As transacções e os saldos significativos entre as empresas objecto de consolidação foram
eliminados. Adicionalmente, quando aplicável, são efectuados ajustamentos de consolidação de forma
a assegurar a consistência na aplicação dos princípios contabilísticos do Grupo.
O valor correspondente à participação de terceiros nas filiais é apresentado na rubrica "Interesses
minoritários", do capital próprio.
O lucro consolidado resulta da agregação dos resultados líquidos do Banco e das
entidades filiais, na proporção da respectiva participação efectiva, após os ajustamentos de
consolidação, designadamente a eliminação de dividendos recebidos e mais e menos-valias geradas
em transacções entre empresas incluídas no perímetro de consolidação.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 152
2.4. Concentrações de actividades empresariais e “goodwill”
As aquisições de filiais são registadas pelo método da compra. O custo de aquisição corresponde ao
justo valor agregado dos activos entregues e passivos incorridos ou assumidos em contrapartida da
obtenção do controlo sobre a entidade adquirida, acrescido de custos incorridos directamente
atribuíveis à operação. Na data de aquisição, que corresponde ao momento em que o Grupo obtém o
controlo sobre a filial, os activos, passivos e passivos contingentes identificáveis que reúnam os
requisitos para reconhecimento previstos na Norma IFRS 3 – “Concentrações de actividades
empresariais” são registados pelo respectivo justo valor.
O “goodwill” corresponde à diferença positiva, na data de aquisição, entre o custo de aquisição de uma
filial e a percentagem efectiva adquirida pelo Grupo no justo valor dos respectivos activos, passivos e
passivos contingentes identificáveis. O “goodwill” é registado como um activo e não é sujeito a
amortização.
No caso de transacções efectuadas após a obtenção de controlo pelo Grupo, o diferencial entre o custo
de aquisição das acções adicionais e o valor correspondente de activos e passivos da entidade
adquirida é registado directamente em reservas.
Até 1 de Janeiro de 2004, conforme permitido pelas políticas contabilísticas definidas pelo Banco de
Portugal, o “goodwill” era totalmente deduzido ao capital próprio no ano de aquisição das filiais. Tal
como permitido pela Norma IFRS 1, o Grupo não efectuou qualquer alteração a esse registo, pelo que
o “goodwill” gerado em operações ocorridas até 1 de Janeiro de 2004 permaneceu deduzido às
reservas.
2.5. Investimentos em associadas
Consideram-se entidades “associadas” aquelas em que o Grupo tem uma influência significativa, mas
sobre as quais não exerce um controlo efectivo sobre a sua gestão. Assume-se a existência de
influência significativa sempre que a participação do Grupo se situe, directa ou indirectamente, entre
20% e 50% do capital ou dos direitos de voto.
Os investimentos em associadas são registados pelo método da equivalência patrimonial. De acordo
com este método, as participações são inicialmente valorizadas pelo respectivo custo de aquisição, o
qual é subsequentemente ajustado com base na percentagem efectiva do Grupo nas variações do
capital próprio (incluindo resultados) das associadas.
Caso existam divergências com impacto materialmente relevante, são efectuados ajustamentos aos
capitais próprios das associadas utilizados para efeitos da aplicação do método da equivalência
patrimonial, de forma a reflectir a aplicação dos princípios contabilísticos do Grupo.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 153
O “goodwill”, correspondente à diferença positiva entre o custo de aquisição de uma associada e a
percentagem efectiva adquirida pelo Grupo no justo valor dos respectivos activos, passivos e passivos
contingentes, é registado como um activo e não é sujeito a amortização.
Até 1 de Janeiro de 2004, conforme permitido pelas políticas contabilísticas definidas pelo Banco de
Portugal, o “goodwill” era totalmente deduzido ao capital próprio no ano de aquisição das filiais. Tal
como permitido pela Norma IFRS 1, o Grupo não efectuou qualquer alteração a esse registo, pelo que
o “goodwill” gerado em operações ocorridas até 1 de Janeiro de 2004 permaneceu deduzido às
reservas.
2.6. Conversão de saldos e transacções em moeda estrangeira
As contas individuais de cada entidade do Grupo incluídas na consolidação são preparadas de acordo
com a divisa utilizada no espaço económico em que opera - denominada “moeda funcional”. Nas
contas consolidadas, os resultados e posição financeira de cada entidade são expressos em Euros, a
moeda funcional do Grupo.
Na preparação das demonstrações financeiras individuais do Banco e das filiais, as transacções em
moeda estrangeira são registadas com base nas taxas de câmbio indicativas na data em que foram
realizadas.
Em cada data de balanço, os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são
convertidos para a moeda funcional de cada entidade com base na taxa de câmbio em vigor. Os
activos não monetários que sejam valorizados ao justo valor são convertidos com base na taxa de
câmbio em vigor na data da última valorização. Os activos não monetários registados ao custo
histórico, incluindo activos tangíveis e intangíveis, permanecem registados ao câmbio original.
As diferenças de câmbio apuradas na conversão cambial são reflectidas em resultados do exercício,
com excepção das originadas por instrumentos financeiros não monetários registados ao justo valor, tal
como acções classificadas como activos financeiros disponíveis para venda, que são registadas numa
rubrica específica de capital próprio até à sua alienação.
Nas contas consolidadas, os activos e passivos de entidades com moeda funcional distinta do Euro são
convertidos à taxa de câmbio de fecho, enquanto os proveitos e custos são convertidos à taxa média
do período. As diferenças resultantes da conversão cambial, de acordo com este método, são
registadas na rubrica “Outras reservas”, do capital próprio, sendo o respectivo saldo transferido para
resultados no momento da alienação das respectivas filiais.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 154
2.7. Instrumentos financeiros
a) Activos financeiros
Os activos financeiros são registados na data de contratação pelo respectivo justo valor. No caso
de activos financeiros registados ao justo valor através de resultados, os custos directamente
atribuíveis à transacção são registados na rubrica “Encargos com serviços e comissões”. Nas
restantes situações, estes custos são acrescidos ao valor do activo. Quando do reconhecimento
inicial estes activos são classificados numa das seguintes categorias definidas na Norma IAS 39:
i) Activos financeiros ao justo valor através de resultados
Esta categoria inclui:
• Activos financeiros detidos para negociação, que correspondem essencialmente a títulos adquiridos com o objectivo de realização de ganhos como resultado de flutuações de curto prazo nos preços de mercado. Incluem-se também nesta categoria os instrumentos financeiros derivados, excluindo aqueles que cumpram os requisitos de contabilidade de cobertura; e
• Activos financeiros classificados de forma irrevogável no seu reconhecimento inicial como ao justo valor através de resultados (“Fair Value Option”). Esta designação encontra-se limitada a situações em que a sua adopção resulte na produção de informação financeira mais relevante, nomeadamente:
a) Caso a sua aplicação elimine ou reduza de forma significativa uma inconsistência no reconhecimento ou mensuração (“accounting mismatch”) que, caso contrário, ocorreria em resultado de mensurar activos e passivos relacionados ou reconhecer ganhos e perdas nos mesmos de forma inconsistente;
b) Grupos de activos financeiros, passivos financeiros ou ambos que sejam geridos e o seu desempenho avaliado com base no justo valor, de acordo com estratégias de gestão de risco e de investimento formalmente documentadas; e informação sobre os mesmos seja distribuída internamente aos órgãos de gestão.
• Adicionalmente, é possível classificar nesta categoria instrumentos financeiros que contenham um ou mais derivados embutidos, a menos que:
• Os derivados embutidos não modifiquem significativamente os fluxos de caixa que de outra forma seriam produzidos pelo contrato;
• Fique claro, com pouca ou nenhuma análise, que a separação dos derivados implícitos não deve ser efectuada.
Os activos financeiros classificados nesta categoria são registados ao justo valor, sendo os
ganhos e perdas gerados pela valorização subsequente reflectidos em resultados do
exercício, nas rubricas de “Resultados em operações financeiras”. Os juros são reflectidos
nas rubricas apropriadas de “Juros e rendimentos similares”.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 155
ii) Empréstimos e contas a receber
São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado
activo. Esta categoria inclui crédito concedido a clientes (incluindo crédito titulado), valores a
receber de outras instituições de crédito e valores a receber pela prestação de serviços ou
alienação de bens, registados em “Outros activos”.
No reconhecimento inicial estes activos são registados pelo seu justo valor, deduzido de
eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais
directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos são reconhecidos
em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade.
Reconhecimento de juros
Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o
custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é
aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados
ao instrumento financeiro, permite igualar o seu valor actual ao valor do instrumento
financeiro na data do reconhecimento inicial.
iii) Activos financeiros disponíveis para venda
Esta categoria inclui os seguintes instrumentos financeiros aqui registados quando do
reconhecimento inicial:
• Títulos de rendimento variável não classificados como activos financeiros ao justo valor através de resultados, incluindo instrumentos de capital detidos com carácter de estabilidade. Neste sentido, inclui também os instrumentos de capital detidos no âmbito da actividade de capital de risco do Grupo, sem opções associadas;
• Obrigações e outros instrumentos de dívida aqui classificados no reconhecimento inicial;
• Unidades de participação em fundos de investimento.
Os activos financeiros disponíveis para venda são mensurados ao justo valor, excepto os
instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser
mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos ou perdas
resultantes da reavaliação são registados directamente em capitais próprios, na “Reserva de
justo valor”. No momento da venda, ou caso seja determinada imparidade, as variações
acumuladas no justo valor são transferidas para proveitos ou custos do exercício, sendo
registadas nas rubricas de “Resultados em operações financeiras” ou “Imparidade de outros
activos líquida de reversões e recuperações”, respectivamente.
Para determinação dos resultados na venda, os activos vendidos são valorizados pelo custo
médio de aquisição.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 156
Os juros relativos a instrumentos de dívida classificados nesta categoria são determinados
com base no método da taxa efectiva, sendo reconhecidos em “Juros e rendimentos
similares”, da demonstração de resultados.
Os dividendos de instrumentos de capital classificados nesta categoria são registados como
proveitos na rubrica “Rendimentos de instrumentos de capital”, quando é estabelecido o
direito do Grupo ao seu recebimento.
iv) Investimentos a deter até à maturidade
Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse do Grupo mantê-los até ao seu reembolso.
Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição.
Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo
de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método
da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.
Justo valor
Conforme acima referido, os activos financeiros registados na categoria de “Activos financeiros ao
justo valor através de resultados” e “Activos financeiros disponíveis para venda” são valorizados
pelo justo valor.
O justo valor de um instrumento financeiro corresponde ao montante pelo qual um activo ou
passivo financeiro pode ser vendido ou liquidado entre partes independentes, informadas e
interessadas na concretização da transacção em condições normais de mercado.
O justo valor de instrumentos financeiros transaccionados em mercados activos é determinado
com base em:
i) Preços (bid prices) difundidos por meios de difusão de informação financeira;
ii) Cotação de fecho na data de balanço, para instrumentos transaccionados em mercados activos.
Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com
base em técnicas de valorização que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de
“discounted cash flows”.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 157
Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash flows”, os fluxos financeiros futuros são
estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à
taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de
avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.
b) Passivos financeiros
Os passivos financeiros são registados na data de contratação pelo respectivo justo valor,
deduzido de custos directamente atribuíveis à transacção. Os passivos financeiros são
classificados nas seguintes categorias:
i) Passivos financeiros ao justo valor através de resultados
Os passivos financeiros ao justo valor através de resultados incluem instrumentos financeiros
derivados com reavaliação negativa, assim como títulos de rendimento fixo e variável
transaccionados a descoberto. Estes passivos encontram-se registados pelo justo valor,
sendo os ganhos ou perdas resultantes da sua valorização subsequente registados nas
rubricas de “Resultados em operações financeiras”.
ii) Passivos financeiros associados a activos transferidos
Esta rubrica inclui os fundos recebidos no âmbito da operação de titularização de crédito
concedido.
iii) Outros passivos financeiros
Esta categoria inclui recursos de instituições de crédito e de clientes, dívida emitida, passivos
subordinados e passivos incorridos para pagamento de prestações de serviços ou compra de
activos, registados em “Outros passivos”.
Estes passivos financeiros são valorizados pelo custo amortizado sendo os juros, quando
aplicável, reconhecidos de acordo com o método da taxa efectiva.
c) Derivados e contabilidade de cobertura
O Grupo realiza operações com produtos derivados no âmbito da sua actividade, com o objectivo
de satisfazer as necessidades dos seus clientes e para reduzir a sua exposição a flutuações
cambiais, de taxas de juro e de cotações.
Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua
contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor
nocional.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 158
Subsequentemente, os derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é
apurado:
• Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados);
• Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.
Derivados de cobertura
Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição do Grupo a riscos
inerentes à sua actividade. A classificação como derivados de cobertura e a utilização das regras
de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, dependem do cumprimento dos requisitos
definidos na Norma IAS 39.
O Banco utiliza apenas coberturas de exposição à variação do justo valor dos instrumentos
financeiros registados em balanço, denominadas “Coberturas de justo valor”.
Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados
diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura
é eficaz, nomeadamente através do apuramento de uma eficácia entre 80% e 125%, o Grupo
reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto
atribuível ao risco coberto, nas rubricas de “Resultados em operações financeiras”. No caso de
instrumentos que incluem uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a
periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são reflectidos em
“Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da margem financeira.
Sempre que as coberturas deixem de satisfazer os requisitos para aplicação de contabilidade de
cobertura definidos na Norma, ou caso o Banco revogue a designação, a contabilidade de
cobertura é descontinuada. Nestas situações, os ajustamentos efectuados aos elementos
cobertos até à data em que a contabilidade de cobertura deixa de ser eficaz ou é decidida a
revogação dessa designação passam a ser reconhecidos em resultados pelo método da taxa
efectiva até à maturidade do activo ou passivo financeiro.
As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e
passivo, respectivamente, em rubricas específicas.
As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas de balanço onde se
encontram registados esses instrumentos.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 159
Derivados de negociação
Inclui todos os derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes, de acordo
com a Norma IAS 39, nomeadamente:
• Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;
• Derivados contratados para cobertura de risco que não reúnem as condições necessárias para a utilização de contabilidade de cobertura ao abrigo da Norma IAS 39, nomeadamente pela dificuldade em identificar especificamente os elementos cobertos, nos casos em que não se tratem de micro-coberturas, ou pelos resultados dos testes de eficácia se situarem fora do intervalo permitido pela Norma IAS 39;
• Derivados contratados com o objectivo de “trading”.
Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados da reavaliação
apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de
“Resultados em operações financeiras”, com excepção da parcela relativa a juros corridos e
liquidados, a qual é reflectida em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”.
As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo
valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”,
respectivamente.
d) Imparidade de activos financeiros
Activos financeiros ao custo amortizado
O Banco efectuou uma análise de imparidade dos seus activos financeiros
registados ao custo amortizado, nomeadamente crédito a clientes.
A imparidade para crédito do BPN foi apurada da seguinte forma:
• Análise individual de todos os clientes com responsabilidades superiores a 2.000 mEuros, clientes com grau de vigilância especial e clientes com crédito vencido superior a 250 mEuros;
• Para o universo dos clientes não sujeitos à análise individual, foi efectuada análise colectiva baseada nas respostas obtidas aos questionários de crédito enviados às áreas comerciais do Banco para uma amostra de operações de crédito.
A imparidade
para crédito do Banco Efisa, S.A., BPN (IFI), S.A. e BPN Cayman Limited foi apurada através de
análise individual feita à totalidade da sua carteira, tendo sido atribuído a cada cliente uma taxa
específica de imparidade.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 160
Relativamente à BPN Credito IFIC, foi efectuada uma análise individual de uma parte
representativa das carteiras dos segmentos de factoring e de locação imobiliária
(aproximadamente 99% e 85%, respectivamente) extrapolando os resultados da mesma para a
carteira não analisada através da utilização das taxas médias de provisionamento obtidas em tais
análises.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o montante total de imparidade para crédito registado
acima dos limites aceites como custo para efeitos fiscais ascende a 70.950 mEuros e 310.841
mEuros, respectivamente.
Activos financeiros disponíveis para venda
Conforme referido na Nota 2.7. a), os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao
justo valor, sendo as variações no justo valor reflectidas em capital próprio, na rubrica “Reserva de
justo valor”.
Sempre que exista evidência objectiva de imparidade, as menos-valias acumuladas que tenham
sido reconhecidas em reservas são transferidas para custos do exercício sob a forma de perdas
por imparidade, sendo registadas na rubrica “Imparidade de outros activos líquida de reversões e
recuperações”.
Para além dos indícios de imparidade acima referidos para activos financeiros registados ao custo
amortizado, a Norma IAS 39 prevê ainda os seguintes indícios específicos para imparidade em
instrumentos de capital:
• Informação sobre alterações significativas com impacto adverso na envolvente tecnológica, de mercado, económica ou legal em que o emissor opera que indique que o custo do investimento não venha a ser recuperado na totalidade;
• Um declínio significativo ou prolongado do valor de mercado abaixo do preço de custo.
Em cada data de referência das demonstrações financeiras é efectuada pelo Grupo uma análise
da existência de perdas por imparidade em activos financeiros disponíveis para venda.
As perdas por imparidade em instrumentos de capital não podem ser revertidas, pelo que
eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são
reflectidas na “Reserva de justo valor”. Caso posteriormente sejam determinadas menos-valias
adicionais, considera-se sempre que existe imparidade, pelo que são reflectidas em resultados do
exercício.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 161
2.8. Bens recebidos em dação de crédito
Os imóveis e outros bens arrematados obtidos por recuperação de créditos vencidos são registados
por contrapartida da rubrica de “Crédito a clientes”, quando existe a dação em cumprimento ou pela
rubrica de “Cheques e ordens a pagar”, quando há adjudicações judiciais nas quais o Banco não é
dispensado do respectivo pagamento.
Estes activos não são amortizados. Periodicamente, são efectuadas avaliações dos imóveis recebidos
por recuperação de créditos. Caso o valor de avaliação, deduzido dos custos estimados a incorrer
com a venda do imóvel, seja inferior ao valor de balanço, são registadas perdas por imparidade.
Pela venda dos bens arrematados procede-se ao seu abate do activo, sendo os ganhos ou perdas
registados nas rubricas “Outros proveitos e custos de exploração”.
2.9. Activos e passivos não correntes detidos para venda
A Norma IFRS 5 – “Activos não correntes detidos para venda e operações descontinuadas” é aplicável
a activos isolados e também a grupos de activos a alienar, através de venda ou outro meio, de forma
agregada numa única transacção, bem como todos os passivos directamente associados a esses
activos que venham a ser transferidos na transacção (denominados “grupos de activos e passivos a
alienar”).
Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos
para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através de
venda, e não de uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado
nesta rubrica é necessário o cumprimento dos seguintes requisitos:
- A probabilidade de ocorrência da venda seja elevada;
- O activo esteja disponível para venda imediata no seu estado actual;
- Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação
do activo nesta rubrica.
Os activos registados nesta rubrica não são amortizados, sendo valorizados ao menor entre o custo de
aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é
determinado com base em avaliações de peritos.
Caso o valor registado em balanço seja superior ao justo valor, deduzido dos custos de venda, são
registadas perdas por imparidade na rubrica “Imparidade de outros activos líquida de reversões e
recuperações”.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 162
Conforme descrito na Nota 1, no âmbito do seu processo de recapitalização, o BPN constituiu durante o
exercício de 2010, as entidades Parparticipadas, Parvalorem e Parups, a quem alienou, ao valor
nominal, um conjunto de activos que se encontravam no seu balanço e de outras entidades por si
detidas em 30 de Novembro de 2010. No exercício de 2011, no âmbito do processo de reprivatização
do Banco, foi aprovada pelo Despacho n.º 825/11 – SETF de 3 de Junho, a aquisição pelo Estado
Português, através da Direcção Geral do Tesouro e Finanças, da totalidade das acções representativas
do capital social das entidades acima referidas, operação que se concretizou em Fevereiro de 2012.
Com a aprovação deste despacho, as entidades Parvalorem e Parups passaram, durante o exercício
de 2011, a integrar o Sector Institucional das Administrações Públicas, nos termos do código do
Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais, tendo o Conselho de Administração do BPN,
reflectido nas demonstrações financeiras do exercício de 2011, o reconhecimento dos efeitos da
alienação destas participadas, através da reversão por capitais próprios no montante de 1.780.800
mEuros. O Conselho de Administração do Banco considerou que esta operação se tratou de uma
medida de recapitalização, similar a um aumento de capital, motivo pelo qual entendeu registar em
capitais próprios e não em resultados, os efeitos da alienação destas participadas.
Em 31 de Dezembro de 2011, esta rubrica inclui os saldos activos e passivos da Parparticipadas e das
suas filiais e associadas, entidade que foi alienada ao Estado Português em Fevereiro de 2012.
2.10. Propriedades de investimento
Correspondem a imóveis detidos pelo Grupo com o objectivo de obtenção de rendimentos através do
arrendamento e/ou da sua valorização.
As propriedades de investimento não são amortizadas, sendo registadas ao justo valor, determinado
anualmente com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em
resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 163
2.11. Outros activos tangíveis
São registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e perdas por imparidade
acumuladas. Os custos de reparação, manutenção e outras despesas associadas ao seu uso são
reconhecidos como custo do exercício, na rubrica “Outros gastos administrativos”.
As amortizações são calculadas numa base sistemática ao longo da vida útil estimada do bem, a qual
corresponde ao período em que se espera que o activo esteja disponível para uso, que é:
Anos de
vida útil
Imóveis de serviço próprio 20 – 50
Obras em edifícios de serviço próprio 20 – 50
Obras em edifícios arrendados 10
Equipamentos 4 – 8
Material de transporte 4
Outras imobilizações corpóreas 10
Os terrenos não são objecto de amortização.
As despesas com obras e beneficiações em imóveis ocupados pelo Banco como locatário em regime
de locação operacional são capitalizadas nesta rubrica e amortizadas, em média, ao longo de um
período de 10 anos.
As amortizações são registadas em custos do exercício.
2.12. Locação financeira
As operações de locação financeira são registadas da seguinte forma:
Como locatário
Os activos em regime de locação financeira são registados pelo justo valor em “Outros activos
tangíveis” e no passivo, processando-se as respectivas amortizações.
As rendas relativas a contratos de locação financeira são desdobradas de acordo com o respectivo
plano financeiro, reduzindo-se o passivo pela parte correspondente à amortização do capital. Os juros
suportados são registados em “Juros e encargos similares”.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 164
Como locador
Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como “Crédito a clientes”, sendo
este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os
juros incluídos nas rendas são registados em “Juros e rendimentos similares”.
2.13. Activos intangíveis
Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para
uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades do Grupo. Nos casos em que sejam
cumpridos os requisitos definidos na Norma IAS 38 – Activos Intangíveis, os custos internos directos
incorridos no desenvolvimento de aplicações informáticas são capitalizados como activos intangíveis.
Estes custos correspondem exclusivamente a custos com pessoal.
Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por
imparidade acumuladas.
As amortizações são registadas numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a
qual corresponde a um período de 3 anos.
As despesas com manutenção de software são contabilizadas como custo no exercício em que são
incorridas.
2.14. Impostos sobre lucros
Impostos correntes
Todas as empresas do Grupo são tributadas individualmente, e as com sede em Portugal,
nomeadamente o Banco, estão sujeitas ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o
Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). As contas das sucursais são integradas nas
contas da sede para efeitos fiscais. Para além da sujeição a IRC nestes termos, os resultados das
sucursais são ainda sujeitos a impostos locais nos países/territórios onde estas estão estabelecidas. Os
impostos locais são dedutíveis à colecta de IRC da sede nos termos do artigo 85.º do respectivo Código
e dos Acordos de Dupla Tributação celebrados por Portugal.
A Sucursal Financeira Exterior na Região Autónoma da Madeira do BPN e a BPN Madeira, SGPS, S.A.
beneficiaram, ao abrigo do artigo 33.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, de isenção de IRC até 31 de
Dezembro de 2011. Para efeitos da aplicação desta isenção, considera-se que pelo menos 85% do
lucro tributável da actividade global da entidade é resultante de actividades exercidas fora do âmbito
institucional da zona franca da Madeira.
No que respeita às subsidiárias no estrangeiro, os impostos sobre lucros são calculados e registados
de acordo com as normas em vigor nos respectivos países.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 165
O imposto corrente é calculado com base no lucro tributável do exercício, o qual difere do resultado
contabilístico devido a ajustamentos resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos
fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos contabilísticos.
Com a publicação da Lei n.º 55 - A/2010, de 31 de Dezembro, o Banco passou a estar
abrangido pelo regime de contribuição sobre o sector bancário. A contribuição sobre o sector bancário
incide sobre:
c) O passivo apurado e aprovado pelos sujeitos passivos deduzido dos fundos próprios de base (tier 1) e complementares (tier 2) e dos depósitos abrangidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos. Ao passivo apurado são deduzidos:
- Elementos que segundo as normas de contabilidade aplicáveis, sejam
reconhecidos como capitais próprios;
- Passivos associados ao reconhecimento de responsabilidades por planos de benefício definido;
- Passivos por provisões;
- Passivos resultantes da reavaliação de instrumentos financeiros derivados;
- Receitas com rendimento diferido, sem consideração das referentes as operações passivas e;
- Passivos por activos não desreconhecidos em operações de titularização.
d) O valor nocional dos instrumentos financeiros derivados fora do balanço apurado pelos sujeitos passivos, com excepção dos instrumentos financeiros derivados de cobertura ou cuja posição em risco se compensa mutuamente.
As taxas aplicáveis às bases de incidência definidas pelas alíneas a) e b) anteriores são 0,05% e
0,00015%, respectivamente, em função do valor apurado.
Impostos diferidos
Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros
resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e
passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.
Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias
tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são reconhecidos até ao montante em que
seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes
diferenças tributárias dedutíveis ou de reporte de prejuízos fiscais.
Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em
vigor à data da reversão das diferenças temporárias, as quais correspondem às taxas aprovadas ou
substancialmente aprovadas na data de balanço.
Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício,
excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 166
de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda).
Nestas situações, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio,
não afectando o resultado do exercício.
O Grupo não reconheceu impostos diferidos activos nas demonstrações financeiras
consolidadas, nomeadamente os referentes a prejuízos fiscais reportáveis, na medida em que não
dispõe de estudos que demonstrem a probabilidade de obtenção de lucros fiscais no futuro que
possibilitem a recuperação dessas diferenças.
2.15. Provisões e passivos contingentes
Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de
eventos passados relativamente à qual seja provável o futuro dispêndio de recursos, e este possa ser
determinado com fiabilidade. O montante da provisão corresponde à melhor estimativa do valor a
desembolsar para liquidar a responsabilidade na data do balanço.
Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo contingente. Os
passivos contingentes são apenas objecto de divulgação, a menos que a possibilidade da sua
concretização seja remota.
As provisões para outros riscos e encargos destinam-se a fazer face a contingências diversas, que se
encontram descritas na Nota 19.
2.16. Benefícios dos empregados
As responsabilidades com benefícios dos empregados são reconhecidas de acordo com os princípios
estabelecidos pela Norma IAS 19 – Benefícios dos Trabalhadores. Os principais benefícios concedidos
pelo Grupo incluem pensões de reforma e sobrevivência, encargos com saúde e outros benefícios de
longo prazo.
Em 31 de Dezembro de 2011, foi publicado o Decreto-Lei n.º 127/2011,
que determina a transmissão das responsabilidades e activos dos fundos de pensões de um conjunto
de instituições financeiras para a Segurança Social, tendo, no entanto, o Banco sido excluído dessa
obrigação.
Responsabilidades com pensões
Até 31 de Dezembro de 1997, as entidades financeiras do Grupo não eram subscritoras do Acordo
Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário. Os seus colaboradores, encontravam-se
enquadrados no sistema de reformas da Segurança Social. No decurso do ano de 1998, determinadas
entidades financeiras do Grupo, celebraram com os Sindicatos dos Bancários do Norte, Centro, Sul e
Ilhas e Quadros e Técnicos Bancários, os acordos de adesão ao ACTV vigente. Estes acordos prevêem
que sejam asseguradas as responsabilidades com pensões de reforma por velhice, invalidez e
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 167
sobrevivência e demais benefícios deles decorrentes, relativamente aos colaboradores abrangidos pelo
referido acordo, com efeito imediato a partir da data mencionada. Com o objectivo de cobrir as
responsabilidades com pensões de reforma, então assumidas, foi constituído o Fundo de Pensões das
subsidiárias do sector financeiro do Grupo, encontrando-se a sua gestão a cargo da Real Vida Seguros,
S.A. (Real Vida).
A Real Vida dispõe igualmente de Fundo de Pensões, enquadrado nos termos do Contrato colectivo de
Trabalho da Actividade Seguradora. Entre as suas características principais destaca-se o facto de
assegurar exclusivamente o pagamento de pensões por velhice e invalidez.
Os Planos de Pensões existentes no Grupo, correspondem a planos de benefícios definidos, dado que
se encontram estabelecidos os critérios de determinação do valor da pensão que o colaborador
receberá no decurso da sua reforma. Este encontra-se dependente de múltiplos factores, tais como e
entre outros: a idade, os anos de serviço e o valor da retribuição mensal. Os Planos são substitutivos
da Segurança Social e totalmente independente da mesma, para todos os empregados que efectuam
descontos para os Serviços de Assistência Médico-Social (SAMS), assumindo carácter complementar e
dependente em relação aos benefícios do regime público, para os restantes colaboradores.
A responsabilidade reconhecida em balanço relativa a planos de benefício definido corresponde à
diferença entre o valor actual das responsabilidades e o justo valor dos activos dos fundos de pensões,
caso aplicável, ajustada pelos ganhos e perdas actuariais diferidos. O valor total das responsabilidades
é determinado numa base anual, por actuários especializados, utilizando o método “Unit Credit
Projected”, e pressupostos actuariais considerados adequados. A taxa de desconto utilizada na
actualização das responsabilidades reflecte as taxas de juro de mercado de obrigações de empresas
de elevada qualidade, denominadas na moeda em que são pagas as responsabilidades, e com prazos
até ao vencimento similares aos prazos médios de liquidação das responsabilidades.
Os ganhos e perdas resultantes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados
e os valores efectivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao rendimento esperado
do fundo de pensões, bem como os resultantes de alterações de pressupostos actuariais, são diferidos
numa rubrica de activo ou passivo (“corredor”), até ao limite de 10% do valor actual das
responsabilidades por serviços passados ou do valor do fundo de pensões (ou, caso aplicável, das
provisões constituídas), dos dois o maior, reportados ao final do ano corrente. Caso os ganhos e
perdas actuariais excedam o valor do corredor, o referido excesso deverá ser reconhecido em
resultados pelo período de tempo médio até à idade normal de reforma dos colaboradores abrangidos
pelo plano.
Os limites referidos no parágrafo anterior são calculados e aplicados separadamente para cada plano
de benefício definido.
O custo do exercício com pensões de reforma e encargos com saúde, incluindo o custo dos serviços
correntes e o custo dos juros, deduzido do rendimento esperado, bem como a amortização de ganhos e
perdas actuariais, é reflectido pelo valor líquido na rubrica apropriada de “Custos com pessoal”.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 168
Encargos com saúde (SAMS)
Aos trabalhadores do sector bancário é garantida pelo Grupo, a assistência médica, através do SAMS,
que se constitui como uma entidade autónoma, sendo gerida pelo respectivo Sindicato.
O SAMS proporciona, aos seus beneficiários, serviços e/ou comparticipações em despesas no domínio
de assistência médica, meios auxiliares de diagnóstico, internamentos hospitalares e intervenções
cirúrgicas, em conformidade com as suas disponibilidades financeiras e regulamentação interna.
As contribuições obrigatórias para o SAMS, a cargo do Grupo, correspondem a 6,5% do total das
retribuições efectivas dos trabalhadores no activo, incluindo, entre outras, o subsídio de Férias e o
subsídio de Natal.
O cálculo e reconhecimento das obrigações do Grupo com benefícios de saúde atribuíveis aos
trabalhadores na idade da reforma, é efectuado de forma similar às das responsabilidades com
pensões.
Outros benefícios de longo prazo
O Grupo tem ainda outras responsabilidades por benefícios de longo prazo concedidos a
trabalhadores, incluindo responsabilidades com prémios de antiguidade e subsídio por morte antes da
idade normal de reforma. O subsídio por morte após a idade normal de reforma está abrangido pelo
Fundo de Pensões.
As responsabilidades com estes benefícios são igualmente determinadas com base em avaliações
actuariais. No entanto, tal como previsto na Norma IAS 19, os ganhos e perdas actuariais não podem
ser diferidos, sendo integralmente reflectidos nos resultados do período.
Benefícios de curto prazo
Os benefícios de curto prazo, incluindo prémios de produtividade pagos aos colaboradores pelo seu
desempenho, são reflectidos em “Custos com pessoal” no período a que respeitam, de acordo com o
princípio da especialização de exercícios.
2.17. Seguros
a) Contratos de seguro e de investimento com participação discricionária nos resultados
De acordo com o permitido pela Norma IFRS 4, a Real Vida mantém a generalidade das políticas
contabilísticas aplicáveis aos contratos de seguro e aos contratos de investimento com
participação nos resultados, nos casos em que a participação nos resultados inclui uma
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 169
componente de discricionariedade por parte da Real Vida, continuando a reconhecer como
proveito os prémios recebidos e como custo os correspondentes aumentos de responsabilidades.
Considera-se que um contrato de seguro ou de investimento contém participação nos resultados
com uma componente discricionária quando as respectivas condições contratuais prevêem a
atribuição ao segurado, em complemento da componente garantida do contrato, de benefícios
adicionais caracterizados por:
• Ser provável que venham a constituir uma parte significativa dos benefícios totais a atribuir no
âmbito do contrato;
• O montante ou momento da distribuição dependam contratualmente da discrição do emissor; e
• Estejam dependentes da performance de um determinado grupo de contratos, de rendimentos
realizados ou não realizados em determinados activos detidos pelo emissor do contrato, ou do
resultado da entidade responsável pela emissão do contrato.
As mais-valias potenciais, líquidas de menos-valias, resultantes da reavaliação dos activos afectos
a seguros com participação nos resultados, são repartidas entre uma componente de passivo e
uma componente de capitais próprios, com base nas condições dos produtos e no historial da Real
Vida. A separação destes montantes entre Segurado e a Real Vida é feita com base nos planos de
participação nos resultados.
As responsabilidades para com os segurados associadas a contratos de seguro de vida são
reconhecidas através da provisão matemática de seguros de vida, sendo o custo reflectido no
mesmo momento em que são registados os proveitos associados aos prémios emitidos.
b) Reconhecimento de proveitos e custos
Os prémios de contratos de seguro de vida e de contratos de investimento com participação nos
resultados com componente discricionária são registados quando devidos, na rubrica “Prémios,
líquidos de resseguro”, da demonstração de resultados.
As responsabilidades para com os segurados associadas a contratos de seguro de vida e a
contratos de investimento com participação discricionária nos resultados são reconhecidas através
da provisão matemática do ramo vida, sendo o custo reflectido no mesmo momento em que são
registados os proveitos associados aos prémios emitidos.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 170
c) Provisão matemática do ramo vida
A provisão matemática corresponde ao valor actuarial estimado dos compromissos da Real Vida,
decorrentes dos contratos de seguro em vigor, e é calculada para cada apólice, de acordo com as
respectivas bases actuariais aprovadas pelo Instituto de Seguros de Portugal. Esta provisão é
aplicável também aos contratos de investimento com participação discricionária nos resultados.
d) Provisão para participação nos resultados a atribuir
No que respeita aos produtos financeiros com participação nos resultados, esta provisão
corresponde ao valor líquido dos ajustamentos de justo valor relativos aos investimentos afectos a
seguros de vida com participação nos resultados, na parte estimada do tomador de seguro ou
beneficiário do contrato, que exceda o prejuízo acumulado da conta financeira desse produto.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a diferença entre o valor de mercado e o custo de aquisição
dos títulos disponíveis para venda não corresponde exactamente ao valor da Reserva de
Reavaliação. Esta diferença corresponde à proporção a atribuir aos tomadores de seguro nos
produtos com participação nos resultados, valor que foi transferido para a provisão para
participação nos resultados a atribuir. Tendo em conta que estes produtos registaram prejuízos
transitados significativos, esta provisão (PPRA) foi por sua vez anulada para compensação desses
prejuízos transitados.
No que se refere aos produtos de risco com participação nos resultados e nos seguros de grupo
temporários renováveis, o segurado tem direito a uma participação nos resultados do seguro, que
depende do número de pessoas seguras, e é determinada com base numa conta anual que tem a
crédito os prémios cobrados durante a anuidade, líquidos de estornos pagos, e a débito as
despesas de gerência variáveis em função do número de pessoas seguras, as indemnizações
pagas, as reservas constituídas referentes a indemnizações não pagas e o saldo negativo da conta
de resultados anteriores. Apurando-se um saldo positivo da conta anterior, será pago, a título de
participação nos resultados, uma percentagem variável consoante o número de pessoas seguras.
Dado que a concessão da participação nos resultados só terá lugar na data de vencimento e a
partir do fim da segunda anuidade do seguro desde que a apólice se encontre em vigor, existe a
necessidade de criação de provisão para participação nos resultados a atribuir que irá contemplar
este montante não distribuído.
e) Provisão para compromissos de taxa
A provisão para compromissos de taxa é constituída, para cada carteira, quando a taxa de
rendibilidade efectiva das aplicações que se encontram a representar as provisões matemáticas da
mesma for inferior à respectiva taxa mínima garantida.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 171
f) Provisões técnicas de resseguro cedido
Corresponde à quota parte da responsabilidade dos resseguradores nas responsabilidades totais
da Real Vida, e são calculadas de acordo com os contratos em vigor, no que se refere às
percentagens de cedência e a outras cláusulas existentes.
g) Responsabilidades para com subscritores de produtos “Unit-linked”
As responsabilidades associadas a contratos de investimento emitidos pela Real Vida em que o
risco é suportado pelo tomador (produtos “Unit-linked”) são valorizadas ao justo valor, determinado
com base no justo valor dos activos que integram a carteira de investimentos afecta a cada um dos
produtos, deduzido dos correspondentes encargos de gestão. Estas responsabilidades são
registadas na rubrica “Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguro e
de operações considerados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento”.
As carteiras de investimentos afectas a produtos “Unit-linked” são compostas por activos
financeiros, incluindo títulos de rendimento fixo e títulos de rendimento variável, os quais são
avaliados ao justo valor, sendo as correspondentes mais e menos-valias não realizadas
reconhecidas na demonstração de ganhos e perdas do exercício.
2.18. Comissões
Conforme referido na Nota 2.7. a), as comissões relativas a operações de crédito e outros instrumentos
financeiros, nomeadamente comissões cobradas ou pagas na originação das operações, são incluídas
no custo amortizado e reconhecidas ao longo do período da operação, pelo método da taxa efectiva,
em “Juros e rendimentos similares”.
As comissões por serviços prestados são normalmente reconhecidas como proveito ao longo do
período de prestação do serviço ou de uma só vez, se respeitarem à compensação pela execução de
actos únicos.
2.19. Valores recebidos em depósito
Os valores recebidos em depósito, nomeadamente os títulos de clientes, encontram-se registados em
rubricas extrapatrimoniais ao valor nominal.
2.20. Estimativas contabilísticas críticas e aspectos julgamentais mais relevantes na aplicação das políticas
contabilísticas
Na aplicação das políticas contabilísticas acima descritas, é necessária a realização de estimativas pelo
Conselho de Administração do Banco e das empresas do Grupo. As estimativas com maior impacto nas
demonstrações financeiras consolidadas do Grupo incluem as abaixo apresentadas.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 172
Determinação de perdas por imparidade no crédito
A imparidade para crédito concedido é determinada de acordo com a metodologia definida na Nota 2.7.
d). Deste modo, a determinação da provisão para créditos analisados individualmente resulta de uma
avaliação específica efectuada pelo Grupo com base no conhecimento da realidade dos clientes e nas
garantias associadas às operações em questão.
A estimativa de provisões para créditos que não foram analisados individualmente foi efectuada com
base nas respostas aos questionários de crédito elaborados pelas áreas comerciais, para o caso do
BPN e extrapoladas com base nas taxas médias de provisionamento obtidas a partir da análise
individual para o caso da BPN Credito IFIC.
O Grupo considera que as imparidades e provisões para crédito determinadas com base nesta
metodologia reflectem adequadamente o risco associado à sua carteira de crédito concedido.
Avaliação dos colaterais nas operações de crédito
As avaliações dos colaterais de operações de crédito, nomeadamente hipotecas de imóveis, foram
efectuadas no pressuposto da manutenção de todas as condições de mercado imobiliário, durante o
período de vida das operações, tendo correspondido à melhor estimativa do justo valor dos referidos
colaterais à data do balanço.
Valorização de instrumentos financeiros não transaccionados em mercados activos
De acordo com a Norma IAS 39, o Grupo valoriza ao justo valor todos os instrumentos financeiros, com
excepção dos registados ao custo amortizado. Na valorização de instrumentos financeiros não
negociados em mercados líquidos, são utilizadas técnicas de valorização baseadas nas ofertas de
compra e venda difundidas através de entidades especializadas. As valorizações obtidas correspondem
à melhor estimativa do justo valor dos referidos instrumentos na data do balanço.
Benefícios dos empregados
Conforme referido na Nota 2.16. acima, as responsabilidades do Grupo por benefícios pós-emprego e
outros benefícios de longo prazo concedidos aos seus empregados são determinadas com base em
avaliações actuariais. Estas avaliações actuariais incorporam pressupostos financeiros e actuariais
relativos a mortalidade, invalidez, crescimentos salariais e de pensões, rendibilidade dos activos e taxa
de desconto, entre outros. Os pressupostos adoptados correspondem à melhor estimativa do Banco e
dos seus actuários do comportamento futuro das respectivas variáveis.
Impostos diferidos activos não registados
O Grupo não reconheceu impostos diferidos activos nas demonstrações financeiras,
nomeadamente os referentes a prejuízos fiscais reportáveis, na medida em que não dispõe de estudos
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 173
que demonstrem a probabilidade de obtenção de lucros fiscais no futuro que possibilitem a recuperação
dessas diferenças.
Determinação dos passivos por contratos de seguros
A determinação das responsabilidades do Grupo por contratos de seguros é efectuada com base nas
metodologias e pressupostos descritos na Nota 2.17. Estes passivos reflectem uma estimativa
quantificada do impacto de eventos futuros nas contas da companhia de seguros do Grupo, efectuada
com base em pressupostos actuariais, histórico de sinistralidade e outros métodos aceites no sector.
Face à natureza da actividade seguradora, a determinação das provisões para sinistros e outros
passivos por contratos de seguros reveste-se de um elevado nível de subjectividade, podendo os
valores reais a desembolsar no futuro vir a ser significativamente diferentes das estimativas efectuadas.
No entanto, o Grupo considera que os passivos por contratos de seguros reflectidos nas contas
consolidadas reflectem de forma adequada a melhor estimativa na data de balanço dos montantes a
desembolsar pelo Grupo.
Continuidade de operações
As demonstrações financeiras consolidadas do Banco relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro
de 2011, apresentam capitais próprios negativos no montante de 494.619 mEuros, situação que põe
em causa a continuidade das operações do Banco. Em 15 de Fevereiro de 2012, o accionista do Banco
procedeu à realização de prestações acessórias pecuniárias e não onerosas no montante de 600.000
mEuros. Adicionalmente, durante o exercício de 2010, o Estado Português, accionista do BPN, aprovou
a reprivatização do Banco através do Decreto-Lei n.º 2/2010 de 5 de Janeiro, tendo em 9 de Dezembro
de 2011 celebrado um acordo quadro com uma entidade terceira. Deste modo, a continuidade das
operações do Banco está dependente do sucesso da concretização do modelo de reprivatização do
Banco e das suas operações futuras.
Reconhecimento dos efeitos da alienação da Parvalorem e Parups
No âmbito do seu processo de recapitalização, o BPN constituiu durante o exercício de 2010, as
entidades Parparticipadas, Parvalorem e Parups, a quem alienou, ao valor nominal, um conjunto de
activos que se encontravam no seu balanço e de outras entidades por si detidas em 30 de Novembro
de 2010. No exercício de 2011, no âmbito do processo de reprivatização do Banco, foi aprovada pelo
Despacho n.º 825/11 – SETF de 3 de Junho, a aquisição pelo Estado Português, através da Direcção
Geral do Tesouro e Finanças, da totalidade das acções representativas do capital social das entidades
acima referidas, operação que se concretizou em Fevereiro de 2012. Com a aprovação deste
despacho, as entidades Parvalorem e Parups passaram, durante o exercício de 2011, a integrar o
Sector Institucional das Administrações Públicas, nos termos do código do Sistema Europeu de Contas
Nacionais e Regionais, tendo o Conselho de Administração do BPN, reflectido nas demonstrações
financeiras do exercício de 2011, o reconhecimento dos efeitos da alienação destas participadas,
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 174
através da reversão, por capitais próprios. O Conselho de Administração do Banco considerou que esta
operação se tratou de uma medida de recapitalização, similar a um aumento de capital, motivo pelo
qual entendeu registar em capitais próprios e não em resultados, os efeitos da alienação destas
participadas.
3. EMPRESAS DO GRUPO E TRANSACÇÕES OCORRIDAS NO EXERCÍCIO
A estrutura do Grupo a nível das principais empresas filiais, por sectores de actividade, e os respectivos
dados financeiros retirados das suas contas estatutárias individuais, excepto quando expressamente
indicado, podem ser resumidos da seguinte forma:
2011%
Participação Capital ResultadoSector de actividade/Entidade Sede Efectiva próprio (a) líquido
1) Entidades incluídas na consolidação pelo método de integração global
Bancário
BPN - Banco Português de Negócios, S.A. Portugal 100,00% (499.108) (95.450)
Agrupamentos Complementares de Empresas
BPN Serviços ACE Portugal 95,00% 100 -
2) Entidades cujos saldos foram registados em "Acti vos e Passivos não correntes detidos para venda" em 31 de Dezembro de 2011
2.1) Entidades incluídas na consolidação pelo método de integração global
Gestão de Participações Sociais
BPN Internacional, SGPS, S.A. Portugal 100,00% (54.279) 6.050BPN Madeira, SGPS, S.A. Portugal 100,00% 14 (13)BPN Participações Financeiras, SGPS, Lda Portugal 100,00% (59.233) 11.898BPN Participações Brasil Ltda (b) Brasil 93,71% 19.453 (63)Parparticipadas, SGPS, S.A. Portugal 100,00% (151.586) (93.241)
Bancário
Banco Efisa, S.A. Portugal 100,00% (8.115) (6.615)BPN Brasil Banco Múltiplo, S.A. Brasil 93,71% 19.473 (10.706)BPN IFI, S.A. Cabo Verde 100,00% 62.143 6.947BPN Cayman Ilhas Caimão 100,00% 41.454 161
Segurador
Real Vida Seguros, S.A. Portugal 100,00% 13.406 3.035
Crédito Especializado
BPN Crédito, IFIC, S.A. Portugal 100,00% 46.411 132BPN Créditus Brasil Promotora de Vendas, Ltda Brasil 100,00% (39.322) (5.622)
Gestão de Activos
BPN Gestão Activos, SGFIM, S.A. Portugal 100,00% 3.571 (79)
BPN Imofundos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Portugal 100,00% 6.928 2.583
2.2) Entidades incluídas na consolidação pelo método de equivalência patrimonial
Fundos
BPN Taxa Fixa Euro - Fundo de Investimento Aberto de Obrigações de Taxa Fixa Portugal 44,43% 5.347 47BPN Optimização - Fundo de Investimento Aberto Misto de Obrigações Portugal 22,49% 2.369 (184)BPN Valorização - Fundo de Investimento Aberto Misto de Acções Portugal 30,54% 1.539 (272)
Outras Entidades
Ergorent - Aluguer e Comércio de Equipamentos e Serviços, S.A. Portugal 20,00% (1.958) -Locagest - Aluguer e Participações, Lda Portugal 20,00% 13 -Nearent - Aluguer e Comércio de Equipamentos, S.A. Portugal 20,00% (172) -Nearent Ibérica, S.L. Espanha 20,00% n.d. n.d.
(a) O capital próprio inclui o resultado líquido do exercício .
(b) Capitais próprios ajustados de ajustamentos de consolidação .
n.d. - não disponível
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 175
2010%
Participação Capital ResultadoSector de actividade/Entidade Sede Efectiva próprio (a) líquido
1) Entidades incluídas na consolidação pelo método de integração global
Gestão de Participações Sociais
BPN Internacional, SGPS, S.A. Portugal 100,00% (60.330) 54.485BPN Madeira, SGPS, S.A. Portugal 100,00% 27 (4)BPN Participações Financeiras, SGPS, Lda Portugal 100,00% (71.130) 189.207
Bancário
BPN - Banco Português de Negócios, S.A. Portugal 100,00% (2.181.875) (102.419)BPN Cayman Ilhas Caimão 100,00% 39.972 33.820
Agrupamentos Complementares de Empresas
BPN Serviços ACE Portugal 95,00% 100 -
2) Entidades cujos saldos foram registados em "Acti vos e Passivos não correntes detidos para venda" em 31 de Dezembro de 2010
2.1) Entidades incluídas na consolidação pelo método de integração global
Gestão de Participações Sociais
BPN Participações Brasil Ltda Brasil 86,48% 20.719 (14.897)Crossco (738) Ltd Reino Unido 49,02% 41 (6)Pay Up Holding BV Holanda 76,42% 498 (82)Parparticipadas, SGPS, S.A. Portugal 100,00% (56.279) (56.329)
Bancário
Banco Efisa, S.A. Portugal 100,00% (1.943) 82.479BPN Brasil Banco Múltiplo, S.A. (b) Brasil 86,48% 14.562 (14.058)BPN IFI, S.A. Cabo Verde 100,00% 55.196 43.539
Fundos
BPN Acções Europa - Fundo de Investimento Aberto (b) Portugal 79,79% 6.143 340BPN Acções Global - Fundo de Investimento Aberto de Acções Internacionais (b) Portugal 77,07% 9.188 826BPN Conservador - Fundo de Investimento Aberto de Obrigações a Taxa Variável Portugal 82,98% 13.962 241BPN Diversificação - Fundo Especial de Investimento Aberto Portugal 100,00% 177.576 (4.267)BPN Gestão Activos Valorização Patrimonial - Fundo de Capital de Risco Portugal 94,09% 21.955 (454)BPN Imoglobal - Fundo de Investimento Imobiliário Fechado (b) Portugal 93,08% 130.430 (9.564)BPN Imomarinas - Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Portugal 100,00% 53.795 394BPN Imonegócios - Fundo de Investimento Imobiliário Aberto (b) Portugal 99,18% 490.166 8.023BPN Imoreal - Fundo de Investimento Imobiliário Fechado (b) Portugal 94,75% 190.735 (191)BPN Optimização - Fundo de Investimento Aberto Misto de Obrigações (b) Portugal 73,51% 2.820 94BPN Tesouraria - Fundo de Investimento Aberto de Tesouraria Portugal 58,37% 4.783 2BPN Valorização - Fundo de Investimento Aberto Misto de Acções Portugal 54,01% 2.126 71CLIP Multi-Strategy Luxemburgo 100,00% 24.671 874
Segurador
Real Vida Seguros, S.A. Portugal 100,00% 16.009 8.536
Crédito Especializado
BPN Crédito, IFIC, S.A. Portugal 100,00% 46.280 18.170BPN Créditus Brasil Promotora de Vendas, Ltda Brasil 100,00% (36.922) 732Parvalorem, S.A. Portugal 100,00% (4.598) (4.648)
Gestão de Activos
BPN Gestão Activos, SGFIM, S.A. Portugal 100,00% 3.655 (58)
BPN Imofundos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Portugal 100,00% 4.346 3.098
Imobiliário
Astroimóvel - Imobiliária, S.A. Portugal 93,08% 1.362 20Candal Parque - Sociedade Imobiliária, S.A. Portugal 99,14% 10.616 949Investimentos Dominiais Anglo Portugueses, S.A. Portugal 93,08% 1.381 (185)Monte da Quinta - Propriedades, Lda Portugal 93,08% 9 (5.821)
(a) O capital próprio inclui o resultado líquido do exercício .
(b) Capitais próprios ajustados de ajustamentos de consolidação.
n.d. - não disponível
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 176
2010%
Participação Capital ResultadoSector de actividade/Entidade Sede Efectiva próprio (a) líquido
2.1) Entidades incluídas na consolidação pelo método de integração global
Outras Entidades
Calzeus - Calçado e Acessórios de Moda, S.A. Portugal 89,91% n.d n.dCensosf - Centro de Saúde Ocupacional de S. Francisco, S.A. Portugal 33,83% 56 -CHSF - Centro de Cardiologia de S. Francisco, S.A. Portugal 48,33% 15 11CHSF - Centro de Imagiologia, Lda. Portugal 48,33% (104) (15)CHSF - Centro Hospitalar de S. Francisco, S.A. Portugal 48,33% 6.409 516CHSF - Consultoria de Gestão, Lda. Portugal 48,33% (21) (141)CHSF - Health Club, Lda. Portugal 48,33% 169 (20)Concretope - Fábrica de Betão Pronto, S.A. Portugal 47,07% (8) (1.290)Ecoleiria - Ecografia de Leiria, Lda. Portugal 48,33% (30) 17Imagran - Laboratório de Imagiologia da Marinha Grande, Lda Portugal 43,50% 282 27Imalis - Meios de Diagnóstico de Imagiologia de Leiria, Lda Portugal 66,78% 251 18Labicer - Laboratório Industrial Cerâmico, S.A. (Labicer) Portugal 60,13% n.d. n.d.Nascimento & Sousa, Lda Portugal 68,22% (2) -Parups, S.A. Portugal 100,00% (12.267) (12.485)Pay Up Desenvolvimento de Negócios, S.A. Portugal 54,24% 5.805 (361)Pay Up Iberia, S.A. Espanha 76,42% n.d. n.d.Pay Up Polska, S.A. Polónia 27,66% (912) (582)Pay Up Romania, S.A. Roménia 54,23% (493) (584)Pay Up Servia Sérvia 76,42% n.d. n.d.Quimiceram - Químicos e Minerais, S.A. (Quimiceram) Portugal 94,09% n.d. n.d.Tecneira Moçambique - Tecnologias Energéticas, S.A. Moçambique 60,00% n.d. n.d.Valorceram - Subprodutos Cerâmicos, S.A. (Valorceram) Portugal 83,90% n.d. n.d.
2.2) Entidades incluídas na consolidação pelo método de equivalência patrimonial
Gestão de Participações Sociais
PR&A - Investimentos, SGPS, S.A. Portugal 26,10% 1.360 (2)
Fundos
BPN Real Estate - Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Portugal 50,00% 70.112 (1.922)
BPN Taxa Fixa Euro - Fundo de Investimento Aberto de Obrigações de Taxa Fixa Portugal 49,07% 4.801 19Empresarial Portugal 30,00% 11.626 (1.670)
Outras Entidades
ALC Leasing, S.A.R.L. Moçambique 36,00% (51) 7Carlife - Centros de Manutenção de Veículos Automóveis, S.A. Portugal 37,64% n.d. n.d.CELF, SGPS, S.A. Portugal 20,00% n.d. n.d.Controlauto - Controlo Técnico Automóvel, S.A. Portugal 38,91% 21.679 4.244Ergorent - Aluguer e Comércio de Equipamentos e Serviços, S.A. Portugal 20,00% 4 -Fenton Ventures & Resources Inc. Portugal 30,00% n.d. n.d.Locagest - Aluguer e Participações, Lda Portugal 20,00% 12 -Lugab - Gestão e Participações, S.A. Portugal 25,00% n.d. n.d.Nearent - Aluguer e Comércio de Equipamentos, S.A. Portugal 20,00% (172) -Nearent Ibérica, S.L. Espanha 20,00% n.d. n.d.Payshop Moçambique S.A.R.L. Moçambique 20,00% n.d. n.d.Precore II - Betão Pronto, S.A. Portugal 47,05% (5.884) (1.149)Sobrissul - Sociedade de Britas Seleccionadas do Sul, S.A. Portugal 23,54% 13.991 (644)
(a) O capital próprio inclui o resultado líquido do exercício.
(b) Capitais próprios ajustados de ajustamentos de consolidação .
n.d. - não disponível
O Grupo detém o controlo das entidades cuja participação detida é inferior a 50% mas que são consolidadas
pelo método de integração global.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o resultado líquido da participada BPN Participações Brasil Ltda. não se
encontra individualizado na formação do resultado líquido consolidado, uma vez que é anulado no processo
de consolidação.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 177
Em 31 de Dezembro de 2010, os resultados líquidos das participadas Monte da Quinta e Concretope não se
encontram individualizados na formação do resultado líquido consolidado, uma vez que se tratam de
entidades cujo resultado já se encontra incorporado nos resultados das respectivas casas-mãe.
Os dados financeiros em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 foram retirados das demonstrações financeiras
provisórias, sujeitas a alterações antes da respectiva aprovação em Assembleia Geral de accionistas.
No exercício de 2011, no âmbito do processo de reprivatização do Banco, foi aprovada pelo Despacho n.º
825/11 – SETF de 3 de Junho, a aquisição pelo Estado Português, através da Direcção Geral do Tesouro e
Finanças, da totalidade das acções representativas do capital social da Parups e Parvalorem, operação que
se concretizou em Fevereiro de 2012. Com a aprovação deste despacho, as entidades acima referidas
passaram, durante o exercício de 2011, a integrar o Sector Institucional das Administrações Públicas, nos
termos do código do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais, tendo o Conselho de Administração
do BPN, reflectido nas demonstrações financeiras do exercício de 2011, o desreconhecimento dos efeitos da
alienação destas participadas.
Os restantes movimentos ocorridos no perímetro de consolidação do Grupo no exercício de 2011 foram os
seguintes:
• Em Junho de 2011, a BPN Participações Brasil, Ltda. efectuou um aumento de capital social. Após a
realização desta operação, a participação da Parparticipadas, SGPS, S.A. nesta entidade aumentou de
86,48% para 89,70%;
• Em Dezembro de 2011, a BPN Participações Brasil, Ltda. efectuou um aumento de capital social. Após a
realização desta operação, a participação da Parparticipadas, SGPS, S.A. nesta entidade aumentou de
89,70% para 93,71%;
Os principais movimentos ocorridos no perímetro de consolidação do Grupo no exercício de 2010 foram os
seguintes:
• Em Maio de 2010, o BPN adquiriu 11,6% do capital social do BPN Serviços ACE detido pela Real
Seguros, S.A. (Lusitânia). Após a realização desta operação, a participação do BPN nesta entidade
aumentou para 95%.
• Em Junho de 2010, o BPN Valorização Patrimonial e o Centro Hospital de S. Francisco, S.A. (CHSF)
adquiriram 3,24% e 4,00%, respectivamente, da Imalis – Meios de Diagnóstico de Imagiologia de Leiria,
Lda. (Imalis). Ambas as entidades, em conjunto, passaram a deter 97,24% da Imalis.
• Em Junho de 2010, o BPN Valorização Patrimonial e o CHSF adquiriram 4,25% e 5,00%, respectivamente,
da Nascimento & Sousa, Lda. Ambas as entidades, em conjunto, passaram a deter 99,25% da Nascimento
& Sousa, Lda.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 178
• Em Agosto de 2010, o BPN Valorização Patrimonial alienou a totalidade de 40% da participação que
detinha da Imagran – Laboratório de Imagiologia da Marinha Grande, Lda. (Imagran) ao CHSF. Desta
forma, a Imagran passou a pertencer em 90% ao CHSF.
• Em 2010, a percentagem de participação do Banco Efisa, S.A. na Pay Up Desenvolvimento de Negócios,
S.A. aumentou de 19,50% para 33,33%. No entanto, o BPN Valorização Patrimonial diminuiu a sua
participação nesta entidade, passando a mesma de 60,50% para 22,22%. Deste modo, a percentagem
global de participação destas entidades na Pay Up Desenvolvimento de Negócios, S.A. passou de 76%
para 54%.
• A BPN Participações Brasil Ltda. efectuou um aumento de capital social. Após a realização desta
operação, a participação da BPN Internacional nesta entidade aumentou de 80% para 86,48%. A BPN
Participações Brasil Ltda. detém 100% do capital social do BPN Brasil Banco Múltiplo, S.A.. Em 31 de
Dezembro de 2010, a participação no BPN Brasil Banco Múltiplo, S.A. é detida pela Parparticipadas,
SGPS, S.A..
• No decorrer do exercício de 2010, houve uma diminuição na percentagem global na Pay Up
Desenvolvimento de Negócios, S.A. por parte das empresas do grupo. Uma vez que a Pay Up Polska, S.A.
e a Pay Up Romania, S.A. são detidas pela Pay Up Desenvolvimento de Negócios, S.A., houve uma
diminuição nas participações das mesmas proporcional à diminuição da percentagem que o Grupo detém
na Pay Up Desenvolvimento de Negócios, S.A.
• No exercício de 2010 os fundos mobiliários que integram o perímetro de consolidação, efectuaram
aumentos de capital por subscrição de unidades de participação por parte dos clientes do Banco, não
tendo sido acompanhado pelo Grupo BPN. Decorrente deste facto, a participação detida pelo Grupo BPN
no BPN Conservador passou de 90% para 82,9% e no BPN Acções Global passou de 79,9% para 77,1%.
4. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Caixa 64.518 73.792
Depósitos à ordem em Bancos Centrais 42.975 61.632
107.493 135.424
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Caixa” inclui os montantes de 26.804 mEuros e 37.345
mEuros, respectivamente, relativos a moedas comemorativas do Europeu de futebol - Euro 2004. Durante o
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 179
exercício de 2011, o BPN alienou ao valor facial cerca de 1.266.000 moedas comemorativas do Europeu de
futebol – Euro 2004 e tem a intenção de alienar, durante o exercício de 2012, as restantes à Parups.
A rubrica “Depósitos à ordem em Bancos Centrais – Em Bancos Centrais estrangeiros” corresponde a
depósitos mantidos no Banco Central Europeu e visam satisfazer as exigências de reservas mínimas do
Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC). Estes depósitos são remunerados à taxa de 1% e correspondem
a 2% dos depósitos e títulos de dívida com prazo até dois anos, excluindo os depósitos e os títulos de dívida de
instituições sujeitas ao regime de reservas mínimas do SEBC.
5. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Cheques a cobrar No país 19.496 19.903 No estrangeiro 573 688
20.069 20.591
Depósitos à ordem e outras disponibilidades No país 5.040 5.049 No estrangeiro 28.652 39.002
33.692 44.05153.761 64.642
Os cheques a cobrar correspondem a cheques sobre clientes de outros bancos enviados para compensação.
Estes valores são cobrados nos primeiros dias do exercício subsequente, geralmente não permanecem nesta
conta por mais de um dia útil.
No exercício de 2010, o Banco reclassificou disponibilidades no montante de 5.245 mEuros desta rubrica para
a rubrica “Activos não correntes detidos para venda” relativa a entidades classificadas em activos não
correntes detidos para venda.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 180
6. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro - Outras aplicações 149.792 188.921 Empréstimos - 21.203
149.792 210.124
Juros a receber 266 465
150.058 210.589
Imparidade (Nota 19) (3) (116)
150.055 210.473
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, esta rubrica inclui aplicações em dois bancos angolanos, que ascendem
a 149.678 mEuros e 206.168 mEuros, respectivamente. Estas aplicações encontram-se colaterizadas por
depósitos de um banco central mantidos junto do BPN (IFI), S.A. no montante de 154.579 mEuros e 214.641
mEuros, respectivamente. Estes depósitos encontram-se registados na rubrica “Passivos não correntes
detidos para venda – Recursos de instituições de crédito e bancos centrais” (Nota 10).
No exercício de 2010, o Banco reclassificou aplicações no montante de 5.503 mEuros desta rubrica para a
rubrica “Activos não correntes detidos para venda” relativas a entidades classificadas em activos não
correntes detidos para venda.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito têm a
seguinte classificação:
2011 2010
Até três meses 149.945 155.587De três a um ano 92 -De um a cinco anos 21 55.002
150.058 210.589
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 181
7. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO E OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO
VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS
Estas rubricas apresentam a seguinte composição:
2011Detidos para Detidos paranegociação negociação
Instrumentos de capitalDe não residentes 79 115
Crédito e outros valores a receber
Instrumentos derivados com justo valor positivo (Nota 9)Swaps 18.801 21.792Futuros e outras operações a prazo - 8
18.801 21.80018.880 21.915
2010
No exercício de 2010, o Banco reclassificou títulos no montante de 89.426 mEuros desta rubrica para a
rubrica “Activos não correntes detidos para venda” relativo a entidades classificadas em activos não correntes
detidos para venda.
O detalhe dos títulos classificados nesta rubrica encontra-se no Anexo I.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 182
8. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010Instrumentos de dívida - De dívida pública No país 22.584 7.962 - De outros emissores No país 22.589 22.935 No estrangeiro - 17
45.173 30.914
Instrumentos de capital - Valorizados ao justo valor 872 957 - Valorizados ao custo histórico 26.746 26.745
27.618 27.70272.791 58.616
Imparidade (Nota 19) (22.840) (22.854)
49.951 35.762
No exercício de 2010, o Banco reclassificou títulos no montante de 348.750 mEuros desta rubrica para a
rubrica “Activos não correntes detidos para venda” relativos a entidades classificadas em activos não
correntes detidos para venda.
Em 31 de Dezembro de 2010, a rubrica “Instrumentos de capital – Valorizadas ao custo histórico” inclui
8.095.596 acções da Galilei, SGPS, S.A. (anteriormente denominada por Sociedade Lusa de Negócios,
SGPS, S.A.). No exercício de 2010, o Banco adquiriu a um cliente 6.578.948 acções a um preço unitário de
3,04 Euros, após este ter exercido uma opção de venda que detinha. Na sequência desta aquisição, o BPN
reclassificou imparidade no montante de 18.000 mEuros da rubrica “Passivos financeiros detidos para
negociação” para a rubrica “Imparidade para activos financeiros disponíveis para venda” (Nota 19). O Banco
tem a intenção de alienar durante o exercício de 2012 estas acções pelo seu valor líquido contabilístico à
Parups.
O movimento ocorrido na imparidade relativa a “Activos financeiros disponíveis para venda” é apresentado na
Nota 19.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 183
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a reserva de justo valor apresenta a seguinte decomposição (Nota 23):
2011 2010
Activos financeiros disponíveis para venda. Instrumentos de dívida (5.740) (134). Instrumentos de capital 44 83
(5.696) (51)
De títulos registados "Activos não correntes detidos para venda" (Nota 10). Instrumentos de dívida (14.148) (6.718). Instrumentos de capital 884 1.792
(13.264) (4.926)(18.960) (4.977)
O detalhe dos títulos classificados nesta rubrica encontra-se no Anexo I.
9. DERIVADOS
O Banco realiza operações com produtos derivados no âmbito da sua actividade, com o objectivo de
satisfazer as necessidades dos seus clientes e de reduzir a sua exposição a flutuações cambiais, de taxas de
juro e de cotações.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, estas operações encontram-se valorizadas de acordo com os critérios
descritos na Nota 2.7. c). Nestas datas, o seu montante nocional e o valor contabilístico apresentavam a
seguinte desagregação:
2011
Montante nocional Valores de Balanço
Derivados Activos Passivos
de detidos para detidos para
negociação Total negociação negociação Total
(Nota 7)
Operações cambiais a prazo
Forw ards cambiais 2.011 2.011 - (37) (37)
Sw aps
Sw aps cambiais 19.183 19.183 1 (1) -
Interest rate sw aps 727.295 745.044 18.800 (15.720) 2.983
748.489 766.238 18.801 (15.758) 2.946
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 184
2010
Montante nocional Valores de Balanço
Derivados Activos Passivos
de detidos para detidos para
negociação Total negociação negociação Total
(Nota 7)
Operações cambiais a prazo
Forwards cambiais 2.014 2.014 8 (23) (15)
Swaps
Swaps cambiais 23.204 23.204 1 - 1
Interest rate swaps 1.097.079 1.097.079 21.791 (19.015) 2.776
1.122.297 1.122.297 21.800 (19.038) 2.762
A distribuição das operações com instrumentos financeiros derivados do Grupo em 31 de Dezembro de 2011
e 2010 por prazos residuais apresenta o seguinte detalhe:
2011> 3 meses > 6 meses > 1ano
<= 3 meses <= 6 meses <= 1 ano <= 5 anos > 5 anos Total
Operações cambiais a prazoForwards cambiais 2.011 - - - - 2.011
SwapsSwaps cambiais 19.183 - - - - 19.183Interest rate swaps 10.000 3.546 3.268 552.112 158.369 727.295
31.194 3.546 3.268 552.112 158.369 748.489
2010> 3 meses > 6 meses > 1ano
<= 3 meses <= 6 meses <= 1 ano <= 5 anos > 5 anos Total
Operações cambiais a prazoForwards cambiais 1.354 660 - - - 2.014
SwapsSwaps cambiais - 23.204 - - - 23.204Interest rate swaps - 4.490 9.417 649.079 434.093 1.097.079
1.354 28.354 9.417 649.079 434.093 1.122.297
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 185
A distribuição das operações com instrumentos financeiros derivados do Grupo em 31 de Dezembro de 2011
e 2010 por tipo de contraparte apresenta o seguinte detalhe:
2011 2010Valor Valor Valor Valor
Nocional de Balanço Nocional de Balanço
Operações cambiais a prazoForwards cambiais
Clientes 2.011 (37) 2.014 (15)Swaps
Swaps cambiaisInstituições Financeiras 19.183 - 23.204 1
Interest rate swaps Instituições financeiras 553.385 (11.115) 885.684 2.043Clientes 173.910 14.195 211.395 733
727.295 3.080 1.097.079 2.776748.489 3.043 1.122.297 2.762
10. ACTIVOS E PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
Conforme descrito na Nota 1, no âmbito do seu processo de recapitalização, o BPN constituiu durante o
exercício de 2010, as entidades Parparticipadas, SGPS,S.A. (Parparticipadas), Parvalorem, S.A. (Parvalorem)
e Parups, S.A. (Parups), a quem alienou, ao valor nominal, um conjunto de activos que se encontravam no
seu balanço e de outras entidades por si detidas em 30 de Novembro de 2010. No exercício de 2011, no
âmbito do processo de reprivatização do Banco, foi aprovada pelo Despacho n.º 825/11 – SETF de 3 de
Junho, a aquisição pelo Estado Português, através da Direcção Geral do Tesouro e Finanças, da totalidade
das acções representativas do capital social das entidades acima referidas, operação que se concretizou em
Fevereiro de 2012. Com a aprovação deste despacho, as entidades Parvalorem e Parups passaram, durante
o exercício de 2011, a integrar o Sector Institucional das Administrações Públicas, nos termos do código do
Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais, tendo o Conselho de Administração do BPN, reflectido
nas demonstrações financeiras do exercício de 2011, o reconhecimento dos efeitos da alienação destas
participadas, através da reversão por capitais próprios no montante de 1.780.800 mEuros. O Conselho de
Administração do Banco considerou que esta operação se tratou de uma medida de recapitalização, similar a
um aumento de capital, motivo pelo qual entendeu registar em capitais próprios e não em resultados, os
efeitos da alienação destas participadas.
Em 31 de Dezembro de 2011, esta rubrica inclui os saldos activos e passivos da Parparticipadas e das suas
filiais e associadas, entidade que foi alienada ao Estado Português em Fevereiro de 2012.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as rubricas “Activos não correntes detidos para venda” e “Passivos não
correntes detidos para venda” apresentam a seguinte composição:
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 186
2011 2010
Activos não correntes detidos para vendaDisponibilidades em outras instítuições de crédito 3.359 5.245Aplicações em instituições de crédito 21.470 5.503Títulos e participações financeiras 219.049 512.725Crédito a clientes 854.392 3.383.578Activos tangíveis e intangíveis 24.583 174.021Propriedades de Investimento 816 612.104Provisões técnicas de resseguro cedido 7.531 7.550Outros activos 128.156 397.990
1.259.356 5.098.716
Imparidade. Aplicações em instituições de crédito (24) (21). Títulos e participações financeiras (4.107) (69.643). Crédito a clientes (172.506) (1.568.029). Outros activos tangíveis e intangíveis (26) (7.902). Outros activos (36.337) (126.146)
(213.000) (1.771.741)Amortizações de outros activos tangíveis e intangíveis (16.798) (54.233)
(229.798) (1.825.974)1.029.558 3.272.742
Passivos não correntes detidos para vendaRecursos de instituições de crédito e bancos centrais 287.310 1.065.403Recursos de clientes e outros empréstimos 173.602 311.281Responsabilidades representadas por títulos 114.085 3.153.439Provisões técnicas de contratos de seguros 137.820 173.768Provisões (Nota 19) 30.094 155.023Passivos por impostos correntes 4.362 -Passivos por impostos diferidos (Nota 14) 61 174Outros passivos subordinados - 6.008Outros passivos 175.568 142.846
922.902 5.007.942
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Activos não correntes detidos para venda – Títulos e
participações financeiras” e respectiva imparidade associada é composta por instrumentos financeiros,
transferidos das seguintes rubricas:
2011 2010Títulos e participações financeiras
Activos financeiros detidos para negociação e outros activosfinanceiros ao justo valor através de resultados 6.839 89.426
Activos financeiros disponíveis para venda 156.763 348.750Investimentos detidos até à maturidade 52.061 17.523Investimentos em associadas 3.386 57.026
219.049 512.725
Imparidade para títulos e participações financeiras (4.107) (69.643)214.942 443.082
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 187
No exercício de 2010, o Banco transferiu para esta rubrica o montante de 57.598 mEuros de imparidade de
títulos que se encontravam registados em “Activos financeiros disponíveis para venda” (Nota 19).
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a reserva de justo valor dos títulos registados nesta rubrica ascende a
(13.264) mEuros e (4.926) mEuros, respectivamente (Nota 8).
O detalhe dos títulos classificados nesta rubrica encontra-se no Anexo I.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Activos não correntes detidos para venda – Crédito a clientes”
corresponde a operações de crédito pertencentes às seguintes entidades do Grupo:
2011 2010
BPN Crédito - IFIC 660.422 773.585Banco Efisa, S.A. 116.850 126.459BPN Brasil 76.555 119.378Outros 565 2.127Parvalorem, S.A. - 2.362.029
854.392 3.383.578
Durante o exercício de 2010, a Parvalorem adquiriu um conjunto de operações de crédito que se encontravam
no balanço do BPN, do BPN (IFI), S.A., do Banco Efisa e no da BPN Crédito – IFIC, que apresentavam
indícios de imparidade. Os critérios de alienação destas operações de crédito à Parvalorem foram os
seguintes:
• Clientes ou grupos económicos com mais de 25% da exposição de crédito total em crédito vencido há mais de 90 dias;
• Clientes ou grupos económicos com mais de 25% da exposição de crédito total em contencioso;
• Clientes ou grupos económicos com mais de 25% de imparidade e com imparidades superiores a 500 mEuros;
• Clientes ou grupos económicos com mais de 25% da exposição de crédito total em grau de vigilância “extinção”.
No exercício de 2011, a Parvalorem passou a integrar o Sector Institucional das administrações Publicas, nos
termos do código do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais, tendo o Conselho de Administração
do BPN reflectido nas demonstrações financeiras, o desreconhecimento dos efeitos da sua alienação.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 188
Em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica “Activos não correntes detidos para venda – Propriedades de
investimento” inclui um imóvel detido pela Real Vida, S.A. no montante de 816 mEuros. Em 31 de Dezembro
de 2010, a rubrica “Activos não correntes detidos para venda - Propriedades de investimento” apresenta o
seguinte detalhe:
Imóvel Fundo / EntidadeDatas das
últimas avaliações Avaliador
Valor contabilístico
de 31.12.2010
Aparthotel, moradias e armazéns MONTE DA QUINTA 02-11-2010 CPU 61.83302-11-2010 Luso Roux
Imóvel "Quinta do Castelo" INVESTIMENTOS DOMINIAIS 27-10-2010 CPU 33.71427-10-2010 Luso Roux
Prédio Urbano, Hospital CUF Descobertas, Lisboa IMONEGÓCIOS 30-06-2009 CPU 32.67026-06-2009 Luso Roux
Conj de Edifícios de escritórios e armazéns CANDAL 30-06-2010 CPU 27.17830-06-2010 Luso Roux
Prédio Urbano, Quinta do Grajal, Venda Seca, Cacém, Sintra IMONEGÓCIOS 30-06-2009 CPU 19.37126-06-2009 Luso Roux
Fracção "A", Av. General Humberto Delgado, Costa da Caparica IMONEGÓCIOS 31-12-2010 Worx 18.25331-12-2010 Euroengineering
2 Prédios Urbanos, R. Mário Castelhano nº40, Queluz de Baixo IMONEGÓCIOS 03-11-2010 Worx 16.79103-11-2010 Euroengineering
143 Fracções, Av. da Liberdade n.º245, Lisboa IMONEGÓCIOS 30-06-2009 CPU 16.28226-06-2009 Luso Roux
Prédio Urbano, Quinta da Marquesa, Palmela IMONEGÓCIOS 30-06-2009 CPU 16.06526-06-2009 Luso Roux
51 Fracções Edif. S.Gabriel, Quinta da Orada, Albufeira IMOMARINAS 13-09-2010 CPU 13.58013-09-2010 Luso Roux
165 Fracções, Rua da Constituição, n.º884 e 890, Porto IMONEGÓCIOS 30-06-2009 CPU 13.35826-06-2009 Luso Roux
Prédio Urbano, Av. 24 de Julho n.º 62, Lisboa IMONEGÓCIOS 31-12-2010 Worx 13.25631-12-2010 Euroengineering
Lotes 1 e 2, Parque Industrial Porto Alto, Benavente IMONEGÓCIOS 30-06-2009 CPU 12.98126-06-2009 Luso Roux
Terreno na R. Castilho ASTROIMÓVEL 27-10-2010 CPU 12.47027-10-2010 Luso Roux
Prédio Urbano, Quinta da Velha, Sto Antão do Tojal, Loures IMONEGÓCIOS 30-06-2009 CPU 12.19026-06-2009 Luso Roux
Prédio Urbano Praça Francisco Sá Carneiro nº13, Lisboa IMONEGÓCIOS 30-06-2009 CPU 11.45826-06-2009 Luso Roux
Fracção "B", Edifício Panoramic, Av. D. João II, Lote 1.19.03, Parque Expo, Lisboa IMONEGÓCIOS 30-06-2009 CPU 10.59026-06-2009 Luso Roux
Prédio Urbano, Av. da República nº 26, Lisboa IMONEGÓCIOS 30-06-2009 CPU 10.24026-06-2009 Luso Roux
Fracções "B" "E", Av. 5 Outubro nº 68/Av. Miguel Bombarda nº36, Lisboa IMONEGÓCIOS 30-06-2009 CPU 8.78126-06-2009 Luso Roux
Prédio Urbano, Beloura Office Park, Edifício EE09, Sintra IMONEGÓCIOS 30-06-2009 CPU 8.57426-06-2009 Luso Roux
Fracção "T", Ed. Estádio Cidade de Coimbra, R. D. João III nº11 a 61, Coimbra IMONEGÓCIOS 30-06-2009 CPU 8.34226-06-2009 Luso Roux
Fracção "D", Ed. Estádio Cidade de Coimbra, R. D. João III nº11 a 61, Coimbra IMONEGÓCIOS 31-12-2010 Worx 8.26031-12-2010 CB Richard Ellis
23 Fracções, Rua João Chagas, Algés, Oeiras IMONEGÓCIOS 30-06-2009 CPU 8.23126-06-2009 Luso Roux
Lote 46/65, Quinta do Seminário, Lugar de Gandra, Fraião, Braga IMONEGÓCIOS 30-06-2009 CPU 7.73626-06-2009 Luso Roux
Prédio Urbano, Quinta do Marchante, Lote 1, Prior Velho, Loures IMONEGÓCIOS 30-06-2009 CPU 7.25726-06-2009 Luso Roux
Fracção "A", Edificio Mirador, Forca-Vouga, Vera Cruz, Aveiro IMONEGÓCIOS 30-06-2009 CPU 7.22626-06-2009 Luso Roux
416.684
Outros imóveis cujo valor contabilísticoé inferior a 7.000 mEuros 195.420
612.104
CPU – CPU - Consultores de Avaliação, Lda.
Luso Roux – Luso Roux, S.A.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 189
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Activos não correntes detidos para venda – outros activos”
apresenta a seguinte composição:
2011 2010
Bens recebidos em dação de crédito 60.797 97.789Imóveis dos fundos imobiliários (Nota 15) - 97.464Devedores diversos 33.615 87.817Despesas com encargo diferido 10.318 18.733Operações cambiais a liquidar 11.611 13.577Responsabilidades com pensões e outros benefícios (Nota 31) 1.741 2.104Adiantantamentos e devedores por rendas vencidas
dos fundos imobiliários - 57.085Outros 10.074 23.421
128.156 397.990
Em 31 de Dezembro de 2010, a rubrica “Activos não correntes detidos para venda – outros activos –
Adiantamentos e devedores por rendas vencidas dos fundos imobiliários” tem a seguinte composição (Nota
15):
Adiantamentos:. por conta de construções 40.603. por compras de terrenos 648Devedores por rendas vencidas 15.181Outros valores a receber 653
57.085
Em 31 de Dezembro de 2010, os saldos das rubricas “Adiantamentos por conta de construções” e
“Adiantamento por compras de terrenos” encontram-se provisionados na rubrica “Passivos não correntes
detidos para venda – Provisões”.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 190
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Passivos não correntes detidos para venda – Recursos de
instituições de crédito e bancos centrais” inclui os montantes de 154.579 mEuros e 214.641 mEuros,
respectivamente, relativos a recursos de um banco central mantidos junto do BPN (IFI), S.A. que se
encontram a colaterizar aplicações junto de dois bancos angolanos (Nota 6). Em 31 de Dezembro de 2011,
esta rubrica inclui também o montante de 97.075 mEuros de empréstimos concedidos pela Caixa Geral de
Depósitos, S.A. à entidade Parparticipadas. Em 31 de Dezembro de 2010, esta rubrica inclui também o
montante de 791.575 mEuros de empréstimos concedidos pela Caixa Geral de Depósitos, S.A. às entidades
Parvalorem, Parups e Parparticipadas. Estes empréstimos encontram-se garantidos pelo penhor dos activos
destas entidades. Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as principais condições destes empréstimos são as
seguintes:
2011
EntidadeMontante em 31.12.2010
Data máxima de pagamento Remuneração
Taxa de juro nominal em 31.12.2010 Cláusula de pagamento antecipado
Parparticipadas, SGPS, S.A.
97.075 30-12-2020Euribor 12 meses + 4,75%
6,269%Nas datas de pagamento dos juros e mediante prévia comunicação escrita à CGD com uma antecedência mínima de 15 dias úteis.
97.075
2010
EntidadeMontante em 31.12.2010
Data máxima de pagamento Remuneração
Taxa de juro nominal em 31.12.2010 Cláusula de pagamento antecipado
Parparticipadas, SGPS, S.A.
95.790 30-12-2020Euribor 12 meses + 4,75%
6,269%Nas datas de pagamento dos juros e mediante prévia comunicação escrita à CGD com uma antecedência mínima de 15 dias úteis.
Parpus, S.A. 496.829 30-12-2020Euribor 12 meses + 4,75%
6,269%Nas datas de pagamento dos juros e mediante prévia comunicação escrita à CGD com uma antecedência mínima de 15 dias úteis.
Parvalorem, S.A. 198.956 30-12-2020Euribor 12 meses + 4,75%
6,269%Nas datas de pagamento dos juros e mediante prévia comunicação escrita à CGD com uma antecedência mínima de 15 dias úteis.
791.575
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Passivos não correntes detidos para venda –
Responsabilidades representadas por títulos” apresenta a seguinte composição:
2011 2010
Obrigações em circularização 54.963 3.100.019Certificados de depósito 59.122 53.420
114.085 3.153.439
Em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica “Obrigações em circulação” corresponde a um empréstimo
obrigacionista emitido pela entidade Parparticipadas. Em 31 de Dezembro de 2010, esta rubrica corresponde
a empréstimos obrigacionistas emitidos pelas entidades Parvalorem, Parups e Parparticipadas. Estas
obrigações foram integralmente subscritas pela Caixa Geral de Depósitos, S.A., apresentam garantia do
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 191
Estado Português e encontram-se admitidos à negociação na Euronext Lisbon. Em 31 de Dezembro de 2011
e 2010, as principais condições destas emissões são as seguintes:
2011
Entidade emissoraMontante de
emissãoData máxima de reembolso Remuneração Cláusula de reembolso antecipado
Parparticipadas 54.150 30-12-2020Euribor 12 meses + 3,25%
A partir da 2º data de pagamento de juros (inclusivé), sempre em data coincidente com uma data de pagamento de juros
Juros a pagar 813 54.963
2010
Entidade emissoraMontante de
emissãoData máxima de reembolso Remuneração Cláusula de reembolso antecipado
Parparticipadas 54.150 30-12-2020Euribor 12 meses + 3,25%
A partir da 2º data de pagamento de juros (inclusivé), sempre em data coincidente com uma data de pagamento de juros
Parpus 727.850 30-12-2020Euribor 12 meses + 3,25%
A partir da 2º data de pagamento de juros (inclusivé), sempre em data coincidente com uma data de pagamento de juros
Parvalorem 2.318.000 30-12-2020Euribor 12 meses + 3,25%
A partir da 2º data de pagamento de juros (inclusivé), sempre em data coincidente com uma data de pagamento de juros
3.100.000 Juros a pagar 19
3.100.019
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Passivos não correntes detidos para venda – Provisões”
apresenta o seguinte detalhe:
2011 2010
Imparidade para adiantamentos concedidos pelos fundos imobiliários - 31.051Imparidade para participadas excluídas do perímetro de consolidação
- Labicer - 71.630- Quimiceram e Valorceram - 2.507
- 74.137
Provisões para contingências na BPN Internacional e na BPN Participações Financeiras, SGPS, S.A. 17.526 -
Provisões para activos financeiros 3.431 5.492Provisões para impostos diferidos passivos de imóveis - 14.929Provisões para cobrança duvidosa de juros de operações de crédito - 8.395Provisões para participações em associadas - 4.179Provisões para contingências judiciais e fiscais (Nota 37) 6.719 6.294Outras 2.418 10.546
30.094 155.023
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 192
Nos exercícios de 2011 e 2010, o resultado de operações descontinuadas, foi apurado da seguinte forma:
2011 2010
Juros e rendimentos similares 70.152 78.641Juros e encargos similares (50.304) (37.195)Margem financeira 19.848 41.446
Rendimentos de instrumentos de capital 21 806Rendimentos de serviços e comissões 15.891 8.332Encargos com serviços e comissões (899) (2.462)Resultados em operações financeiras 5.079 2.507Outros resultados de exploração 2.246 50.584Prémios, líquidos de resseguro 9.694 12.291Custos com sinistros, líquidos de resseguro (47.286) (37.134)Variações de provisões técnicas, líquidas de resseguro 35.955 28.370Produto bancário 40.549 104.740
Custos com pessoal (15.484) (27.743)Outros gastos administrativos (14.647) (25.432)Depreciações e amortizações (2.867) (9.099)Provisões (Nota 19) (24.656) (36.284)Resultados de associadas e empreendimentos conjuntos (103) 1.675Resultados antes de impostos (17.208) 7.857Impostos correntes (Nota 14) (4.998) (1.703)Resultado de operações descontinuadas (22.206) 6.154
No exercício de 2011, o resultado consolidado de operações descontinuadas encontra-se influenciado pelo
registo de provisões no exercício para contingências na BPN Internacional e na BPN Participações
Financeiras, SGPS, S.A. no montante de 17.526 mEuros.
No exercício de 2010, o resultado consolidado de operações descontinuadas deriva essencialmente dos
lucros obtidos no exercício das participadas Real Vida Seguros, S.A. e Controlauto.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 193
11. CRÉDITO A CLIENTES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Crédito interno e ao exterior Empréstimos 1.378.866 1.356.327 Créditos em conta corrente 715.015 900.632 Outros créditos 566.636 575.143 Outros créditos e valores a receber - titulado - Dívida não subordinada 5.768 7.222 Desconto e outros créditos titulados por efeitos 60.955 90.596 Descobertos em depósitos à ordem 233.679 102.660
2.960.919 3.032.580
Activos titularizados não desreconhecidos Crédito interno 143.508 222.627 Juros a receber 478 14.432
143.986 237.059
Juros a receber 7.946 3.482Proveitos diferidos, comissões e outros custos e proveitos associados ao custo amortizado (767) (879)
7.179 2.603
Crédito e juros vencidos 342.797 198.6203.454.881 3.470.862
Imparidade (Nota 19) (308.784) (286.981)
3.146.097 3.183.881
Em 31 de Dezembro de 2011, as rubricas “Crédito interno - créditos em conta corrente” e “Crédito e juros
vencidos”, incluem operações de crédito no montante de 100.572 mEuros, prometidos vender à Parvalorem
entre 2012 e 2014, no âmbito do contrato celebrado com esta entidade.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o valor de crédito a clientes inclui os montantes de 143.508 mEuros e
222.627 mEuros, respectivamente, correspondentes ao valor nominal dos créditos cedidos e referentes às
operações de securitização de crédito concedido denominado “Chaves SME CLO n.º 1”.
O Banco tem a intenção de alienar, durante o exercício de 2012, um conjunto de operações de crédito à
Parvalorem pelo seu valor líquido contabilístico, cujo montante não será inferior a 1.450.000 mEuros.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 194
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os prazos residuais do "Crédito a clientes” apresentava a seguinte
estrutura:
2011 2010
Até três meses 660.269 853.368De três meses a um ano 656.907 524.178De um a cinco anos 745.481 377.745Mais de cinco anos 1.392.224 1.715.571
3.454.881 3.470.862
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a antiguidade do "Crédito e juros vencidos” apresentava a seguinte
estrutura:
2011 2010
Até três meses 35.057 178.468De três meses a um ano 129.997 1.120De um a cinco anos 139.955 13.710Mais de cinco anos 37.788 5.322
342.797 198.620
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o crédito concedido a clientes apresentava a seguinte estrutura por sectores de actividade:
2011Sector Público Administrativo e
Empresas Públicas Empresas privadas e particulares Total Crédito Crédito Crédito Crédito Crédito Crédito
vincendo vencido Sub-Total vincendo vencido Sub-Total vincendo vencido Total
EmpresasAgricultura, produção animal, caça e silvicultura - - - 33.025 516 33.541 33.025 516 33.541Pesca - - - 887 - 887 887 - 887Indústrias extractivas
Indústrias extractivas c/ excepção de prod. energéticos - - - 8.181 171 8.352 8.181 171 8.352Indústrias transformadoras
Indústrias alimentares, de bebidas e do tabaco - - - 52.542 8.971 61.513 52.542 8.971 61.513Indústria têxtil - - - 27.908 1.742 29.650 27.908 1.742 29.650Indústria do couro e de produtos de couro - - - 9.869 802 10.671 9.869 802 10.671Indústrias da madeira, da cortiça e suas obras - - - 12.384 661 13.045 12.384 661 13.045Indústrias de pasta de papel, cartão e art. edição e impressão - - - 10.263 196 10.459 10.263 196 10.459Fabrico de coque, produtos petrol., refinados e combustível nuclear - - - 7.482 - 7.482 7.482 - 7.482Fabrico de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais - - - 9.444 385 9.829 9.444 385 9.829Fabrico de artigos de borracha e de matérias plásticas - - - 13.527 63 13.590 13.527 63 13.590Fabrico de outros produtos minerais não metálicos - - - 53.781 3.458 57.239 53.781 3.458 57.239Indústrias metalúrgicas de base e de produtos metálicos - - - 47.086 1.707 48.793 47.086 1.707 48.793Fabrico de máquinas e de equipamentos - - - 18.699 689 19.388 18.699 689 19.388Fabrico de equipamento eléctrico e de óptica - - - 178 9 187 178 9 187Fabrico de material de transporte - - - 9.084 406 9.490 9.084 406 9.490Indústrias transformadoras não especificadas - - - 23.260 1.144 24.404 23.260 1.144 24.404
Produção e distribuição de electricidade, de água e gás - - - 1.883 - 1.883 1.883 - 1.883Construção - - - 63.711 4.357 68.068 63.711 4.357 68.068Com. grosso / retalho, rep. de autom., motoc. e bens pess. e domest. - - - 293.334 15.749 309.083 293.334 15.749 309.083Alojamento e restauração (restaurantes e similares) - - - 101.305 3.150 104.455 101.305 3.150 104.455Transportes, armazenagem e comunicações 5.000 - 5.000 69.452 1.167 70.619 74.452 1.167 75.619Actividades financeiras e intermediação - - - 303.460 26.593 - 303.460 26.593 -Actividades imobiliárias, alugueres e serv. prest. empresas
Actividades imobiliárias 180.404 - 180.404 558.888 211.148 770.036 739.292 211.148 950.440Outras actividades - - - 203.272 2.569 205.841 203.272 2.569 205.841
Administração pública, defesa e segurança social obrigatória 5 10 15 5.162 - 5.162 5.167 10 5.177Educação - - - 7.244 415 7.659 7.244 415 7.659Saúde e segurança social - - - 15.588 85 15.673 15.588 85 15.673Outras actividades e serv. colectivos, sociais e pessoais - - - 47.114 1.090 48.204 47.114 1.090 48.204
Outros - - - 177.040 2.281 179.321 177.040 2.281 179.321185.409 10 185.419 2.185.053 289.524 2.144.524 2.370.462 289.534 2.659.996
ParticularesHabitação - - - 481.025 1.432 482.457 481.025 1.432 482.457
Outros fins - - - 260.590 51.838 312.428 260.590 51.838 312.428- - - 741.615 53.270 794.885 741.615 53.270 794.885
185.409 10 185.419 2.926.668 342.794 2.939.409 3.112.077 342.804 3.454.881
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 195
2010Sector Público
Administrativo e Empresas Públicas Empresas privadas e particulares Total
Crédito Crédito Crédito Crédito Créditovincendo vincendo vencido Sub-Total vincendo vencido Total
EmpresasAgricultura, produção animal, caça e silvicultura - 37.200 447 37.647 37.200 447 37.647Pesca - 1.740 - 1.740 1.740 - 1.740Indústrias extractivas
Indústrias extractivas c/ excepção de prod. energéticos - 8.977 24 9.001 8.977 24 9.001Indústrias transformadoras
Indústrias alimentares, de bebidas e do tabaco - 63.634 2.267 65.901 63.634 2.267 65.901Indústria têxtil - 33.112 525 33.637 33.112 525 33.637Indústria do couro e de produtos de couro - 10.547 479 11.026 10.547 479 11.026Indústrias da madeira, da cortiça e suas obras - 14.289 296 14.585 14.289 296 14.585Indústrias de pasta de papel, cartão e art. edição e impressão - 22.627 96 22.723 22.627 96 22.723Fabrico de coque, produtos petrol., refinados e combustível nuclear - 9.442 480 9.922 9.442 480 9.922Fabrico de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais - 8.587 289 8.876 8.587 289 8.876Fabrico de artigos de borracha e de matérias plásticas - 14.804 37 14.841 14.804 37 14.841Fabrico de outros produtos minerais não metálicos - 61.178 2.334 63.512 61.178 2.334 63.512Indústrias metalúrgicas de base e de produtos metálicos - 54.150 652 54.802 54.150 652 54.802Fabrico de máquinas e de equipamentos - 20.049 270 20.319 20.049 270 20.319Fabrico de equipamento eléctrico e de óptica - 585 - 585 585 - 585Fabrico de material de transporte - 10.760 2 10.762 10.760 2 10.762Indústrias transformadoras não especificadas - 26.939 807 27.746 26.939 807 27.746
Produção e distribuição de electricidade, de água e gás - 1.939 - 1.939 1.939 - 1.939Construção - 71.120 1.154 72.274 71.120 1.154 72.274Com. grosso / retalho, rep. de autom., motoc. e bens pess. e domest. - 338.686 8.475 347.161 338.686 8.475 347.161Alojamento e restauração (restaurantes e similares) - 118.313 1.388 119.701 118.313 1.388 119.701Transportes, armazenagem e comunicações - 84.859 539 85.398 84.859 539 85.398Actividades financeiras e intermediação - 351.787 609 352.396 351.787 609 352.396Actividades imobiliárias, alugueres e serv. prest. empresas
Actividades imobiliárias - 819.874 130.251 950.125 819.874 130.251 950.125Outras actividades - 52.677 2.209 54.886 52.677 2.209 54.886
Administração pública, defesa e segurança social obrigatória 19 5.163 10 5.173 5.182 10 5.192Educação 200 7.624 229 7.853 7.824 229 8.053Saúde e segurança social - 16.481 395 16.876 16.481 395 16.876Outras actividades e serv. colectivos, sociais e pessoais - 51.769 138 51.907 51.769 138 51.907
Outros - 149.965 2.135 152.100 149.965 2.135 152.100219 2.468.877 156.537 2.625.414 2.469.096 156.537 2.625.633
ParticularesHabitação - 481.943 1.062 483.005 481.943 1.062 483.005
Outros fins - 321.203 41.021 362.224 321.203 41.021 362.224- 803.146 42.083 845.229 803.146 42.083 845.229
219 3.272.023 198.620 3.470.643 3.272.242 198.620 3.470.862
12. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS
O movimento nos outros activos tangíveis, líquidos, durante os exercícios de 2011 e 2010, foi o seguinte:
2011Saldo em 31.12.2010 Vendas
Perdas por Amortiza- e ValorValor imparidades Transfe- ções do abates líquidobruto Amortizações acumuladas Aquisições rências exercício líquidos em 2011
(Nota 19)Imóveis de serviço próprioTerrenos 1.275 - - - - - - 1.275Edifícios 6.429 (1.464) - - - (129) - 4.836
Obras em imóveis arrendados 22.450 (17.234) - - - (1.491) - 3.725
EquipamentoMobiliário e material de escritório 5.246 (4.854) - 6 - (151) - 247Máquinas e ferramentas 10.571 (7.891) - 174 - (966) (4) 1.884Equipamento informático 18.727 (13.265) - 214 2.772 (1.629) - 6.819Instalações interiores 4.296 (3.540) - 2 - (181) - 577Material de transporte 347 (335) - - - (9) - 3Equipamento de segurança 2.742 (2.213) - 10 - (157) - 382Outro equipamento 464 (362) - - - (32) - 70
Activos em locação financeira 17.427 (10.956) - - (2.772) (2.931) - 768Outros activos tangíveis 4.724 (57) (3.821) - - (1) - 845
94.698 (62.171) (3.821) 406 - (7.677) (4) 21.431
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 196
2010Saldo em 31.12.2009 Vendas
Perdas por Amortiza- e ValorValor imparidades Transfe- ções do abates líquidobruto Amortizações acumuladas Aquisições rências exercício líquidos em 2010
(Nota 19)Imóveis de serviço próprioTerrenos 4.855 - - 213 - - - 1.275Edifícios 83.531 (20.484) (2.334) - 9.635 (309) (3.827) -Outros Imóveis 55 - - - - - - -Obras em imóveis arrendados 43.695 (17.909) - 67 783 (1.867) (541) 10.772
EquipamentoMobiliário e material de escritório 4.883 (4.149) - 4 - (48) (4) 10Máquinas e ferramentas 9.386 (6.195) - 227 - (844) (41) 2.249Equipamento informático 19.810 (16.626) - - 1.739 (2.126) (270) 449Instalações interiores 2.636 (2.531) - - - (20) - 60Material de transporte 4.214 (3.519) - 757 - (34) (31) 7Equipamento de segurança 1.781 (1.544) - - - (93) - 121Outro equipamento 33.266 (24.224) (28) 197 (370) (363) (612) 6.403
Activos em locação operacional 44.220 (19.368) - - - - (13.407) -Activos em locação financeira 19.338 (9.930) - - - (2.931) - 6.471Outros activos tangíveis 5.882 (1.698) (3.821) 641 - (4) (112) 888Activos tangíveis em curso 8.467 (31) - 364 (1.369) - (7) -
286.019 (128.208) (6.183) 2.470 10.418 (8.639) (18.851) 28.706
Em 2010, a rubrica “Transferências” inclui o montante de 10.418 mEuros referente a imóveis que em 31 de
Dezembro de 2010 encontravam-se registados em propriedades de investimento.
13. ACTIVOS INTANGÍVEIS
Esta rubrica apresentou o seguinte movimento durante os exercícios de 2011 e 2010:
2011
Amortiza- Valor
Valor Amortizações ções do líquido
bruto acumuladas Adições exercício em 31.12.2011
Sistemas de tratamento
automático de dados (Softw are) 23.035 (19.660) 58 (2.450) 983
Outros activos intangíveis 2.973 (2.838) - (101) 34
26.008 (22.498) 58 (2.551) 1.017
Saldo em 31.12.2010
2010
Amortiza- Valor
Valor Amortizações ções do líquido
bruto acumuladas Adições exercício em 31.12.2010
Sistemas de tratamento
automático de dados (Softw are) 13.544 (13.382) 57 (3.543) 2.950
Outros activos intangíveis 28.507 (19.058) - (118) 60
Activos intangíveis em curso 901 - 186 - 501
42.952 (32.440) 243 (3.661) 3.511
Saldo em 31.12.2009
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 197
Em 31 de Dezembro de 2010, os activos intangíveis em curso referem-se essencialmente a despesas
incorridas com o desenvolvimento de aplicações informáticas que não tinham ainda entrado em
funcionamento nestas datas.
14. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO O Banco e as suas subsidiárias são tributados individualmente e encontram-se sujeitas a tributação em sede
de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) e correspondente Derrama.
As autoridades fiscais têm a possibilidade de rever a situação fiscal do Banco e das suas participadas com
sede em Portugal durante um período de quatro anos (seis anos relativamente aos exercícios em que sejam
apurados prejuízos fiscais), podendo resultar devido a diferentes interpretações da legislação, eventuais
correcções ao lucro tributável, dos exercícios de 2008 a 2011. Dada a natureza das eventuais correcções que
poderão ser efectuadas, não é possível quantificá-las neste momento. No entanto, na opinião dos Conselhos
de Administração do Banco e das suas participadas, não é previsível que qualquer correcção relativa aos
exercícios acima referidos seja significativa para as demonstrações financeiras.
Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 eram
os seguintes:
2011 2010
Activos por impostos correntesImposto sobre o rendimento a recuperar 140 361
Passivos por impostos correntesImposto sobre o rendimento a pagar (1.027) (602)
Passivos por impostos diferidos (926) (926)
(1.813) (1.167)
De acordo com o “IAS 12 – Impostos sobre lucros”, os impostos diferidos activos devem ser registados até ao
montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das
correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais.
O movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2011 e 2010 foi o seguinte:
Transferências para"Passivos não Saldos em
Saldo em Variação em correntes detidos 31.12.201031.12.2009 resultados para venda" e 31.12.2011
(Nota 10)
Provisões e imparidade temporariamente não aceites fiscalmente 13 (748) (191) (926)
Valorização de activos financeiros disponíveis para venda (1.071) 1.071 - -Benefícios aos trabalhadores (29) - 29 -Outros 903 (1.239) 336 -
(184) (916) 174 (926)
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 198
O Grupo não reconheceu impostos diferidos activos nas demonstrações financeiras consolidadas,
nomeadamente os referentes a prejuízos fiscais reportáveis, na medida em que não dispõe de estudos que
demonstrem a probabilidade de obtenção de lucros fiscais no futuro que possibilitem a recuperação dessas
diferenças.
Os custos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação
entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro líquido do exercício antes de impostos, podem ser
apresentados como se segue:
2011 2010Impostos correntes
Do exercício 1.049 782Correções relativas a exercicios anteriores (líquido) 1 1.770
1.050 2.552
Contribuição extraordinária sobre o sector bancário 2.698 -3.748 2.552
Impostos diferidos - 916
Total de impostos em resultados 3.748 3.468
Prejuizo consolidado antes de impostos e de interesses minoritários (61.854) (130.651)
Carga fiscal -6,1% -2,7%
Nos exercícios de 2011 e 2010, os impostos correntes reconhecidos na demonstração de resultados de
operações descontinuadas ascenderam a 4.998 mEuros e 1.703 mEuros, respectivamente (Nota 10).
A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto verificada nos exercícios de 2011 e 2010
pode ser demonstrada como se segue:
2011 2011Taxa Imposto Taxa Imposto
Resultado antes de impostos (61.854) (130.651)
Imposto apurado com base na taxa nominal 26,5% (16.391) 26,5% (34.623)Derrama Estadual 2,5% (1.546) 2,5% (3.266)Contribuição extraordinária para o sector bancário (4,4%) 2.698 - -Imposto diferido activo não reconhecido (29,0%) 17.938 (61,3%) 37.889Correcções de imposto relativas a exercícios anteriores (0,0%) 1 (2,9%) 1.770Tributação autónoma (1,7%) 1.049 (1,3%) 782Outros 0,0% - (1,5%) 916
Imposto registado em resultados (6,1%) 3.748 (2,7%) 3.468
No exercício de 2011, com a publicação da Lei n.º 55 - A/2010, de 31 de Dezembro, o Banco passou a estar
abrangido pelo regime de contribuição sobre o sector bancário, tendo liquidado 2.698 mEuros.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 199
No exercício de 2010, a rubrica “Correcções de imposto relativas a exercícios anteriores” inclui o montante de
1.763 mEuros referente a imposto registado pelas participadas BPN Internacional e BPN Participações
Financeiras nas suas demonstrações financeiras do exercício de 2009 e que não foi considerado nas contas
consolidadas daquele exercício.
No exercício de 2010, foi introduzida a Derrama Estadual, passando a incidir, sobre a parte do lucro tributável
sujeito e não isento de IRC superior a 2.000 mEuros, uma taxa adicional de 2,5%.
15. OUTROS ACTIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Devedores e outras aplicações Devedores diversos 15.259 14.321 Devedores por bonificações a receber 986 568 Sector público administrativo 729 1.211 Devedores e outras aplicações 70 161 Aplicações diversas 14 14
Outros activos Bens recebidos em dação de crédito 17.421 16.268 Metais preciosos, numismática e medalhistica 18 22 Outros 401 -
Despesas com encargo diferido 2.149 1.106
Responsabilidades com pensões e outros benefícios (Nota 31) 32.415 35.061
Outras contas de regularização Operações sobre valores mobiliários a regularizar 590 - Posição cambial 49 117 Operações cambiais a liquidar 9 - Outras operações a regularizar 409 18
70.519 68.867
Imparidade (Nota 19) Bens recebidos em dação de crédito (1.558) (1.535) Devedores e outras aplicações (8.108) (8.103)
(9.666) (9.638)
60.853 59.229
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Devedores e outras aplicações – Devedores diversos” inclui o
montante de 5.572 mEuros, referente a montantes a receber de devedores diversos provenientes
essencialmente do Banco Insular, SARL., que se encontram totalmente provisionados na rubrica ”Imparidade
– Devedores e outras aplicações”.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 200
Em 31 de Dezembro de 2011, o saldo da rubrica “Devedores e outras aplicações – Devedores por
bonificações de juros a receber”, diz respeito a bonificações de juros a receber, que se encontram ao abrigo
do programa PME Investimentos e cujo pagamento será efectuado pelo FINOVA (Fundo de Apoio ao
Financiamento à Inovação). Em 31 de Dezembro de 2011, o Banco tem constituída uma provisão para as
bonificações a receber de 197 mEuros, registado na rubrica “Provisão para outros riscos e encargos – Outras”
(Nota 19).
Em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica “Outras contas de regularização – Operações sobre valores
mobiliários a regularizar” refere-se a operações de títulos de clientes que aguardam a liquidação financeira.
Estes montantes foram regularizados na sua maioria em 2012.
No exercício de 2010, o Banco reclassificou o montante de 397.990 mEuros de saldos registados nesta
rubrica para a rubrica “Activos não correntes detidos para venda” relativo a entidades classificadas em activos
não correntes detidos para venda.
O movimento na rubrica “Bens recebidos em dação de crédito” durante os exercícios de 2011 e 2010 foi o
seguinte:
2011Saldo em 31.12.2010 Saldo em 31.12.2011
Valor Imparidade Valor Imparidadebruto acumulada Adições Imparidade bruto acumulada
Bens recebidos em dação de créditoOutros 16.267 (1.535) 1.154 (23) 17.421 (1.558)
2010Saldo em 31.12.2009 Saldo em 31.12.2010
Valor Imparidade Alienações e Valor Imparidadebruto acumulada Adições abates bruto acumulada
Bens recebidos em dação de créditoOutros 24.324 (2.506) 8.937 (4.093) 16.268 (1.535)
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Bens recebidos em dação de crédito – outros” inclui o
montante de 15.350 mEuros referente a obras de arte do pintor Joan Miró recebidas em dação por
recuperações de créditos concedidos pelo Banco. O Banco dispõe de uma imparidade de 1.535 mEuros para
estes activos.
No exercício de 2011, as aquisições ocorridas na rubrica “Bens recebidos em dação de crédito – outros” dizem
respeito a obras de arte de outros autores que foram recebidas em dação por recuperação de créditos
concedidos pelo Banco.
O movimento na imparidade e provisões para outros activos durante os exercícios de 2011 e 2010 é
apresentado na Nota 19.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 201
16. RECURSOS DE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO E BANCOS CENTRAIS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Recursos de Bancos Centrais
Mercado Monetário Interbancário - 70.000 Juros a pagar - 17
- 70.017
Recursos de Instituições de Crédito no País
Depósitos e outros recursos 760 1.017 Empréstimos 221.846 156.010 Recursos a muito curto prazo 212.003 589.841
Recursos de Instituições de Crédito no Estrangeiro
Depósitos e outros recursos 18.207 37.314 Empréstimos 4.139 1.497
456.955 785.679
Juros a pagar De Instituições de Crédito no País 127 122 De Instituições de Crédito no Estrangeiro 56 131
183 253457.138 855.949
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Recursos de instituições de crédito no país” inclui
financiamentos concedidos pela CGD nos montantes de 433.849 mEuros e 745.852 mEuros, respectivamente.
De acordo com a lei nº 6-A/2008 de 11 de Novembro, as operações de crédito ou de assistência de liquidez
que sejam realizadas pela CGD, a favor do Banco no contexto da nacionalização e em substituição do Estado,
até à data da aprovação dos objectivos de gestão previstos no nº 7, beneficiam de garantia do Estado.
No exercício de 2010, o Banco transferiu o montante de 1.065.403 mEuros desta rubrica para a rubrica
“Passivos não correntes detidos para venda” relativa a entidades classificadas em activos não correntes
detidos para venda.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os prazos residuais dos recursos de Bancos Centrais e de outras
instituições de crédito apresentam a seguinte estrutura:
2011 2010
Até três meses 457.138 851.949De seis meses a um ano - 4.000
457.138 855.949
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 202
17. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Depósitos de poupança 9.828 21.543Outros débitos À ordem 362.693 450.359 A prazo Depósitos 1.262.206 1.675.818Outros recursos: Cheques e ordens a pagar 7.214 8.003 Outros 279 370
1.642.220 2.156.093
Juros a pagar 16.689 18.232
1.658.909 2.174.325
No exercício de 2010, o Banco reclassificou recursos de clientes no montante de 311.281 mEuros desta
rubrica para a rubrica “Passivos não correntes detidos para venda” relativo a entidades classificadas em
activos não correntes detidos para venda.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os prazos residuais de recursos de clientes e outros empréstimos são
os seguintes:
2011 2010
Exigível à vista 362.693 464.641
Exigível a prazo Até três meses 693.041 131.227 De três meses a um ano 528.306 1.314.792 De um a cinco anos 74.869 263.665
1.658.909 2.174.325
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 203
18. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Obrigações em circulaçãoOutras responsabilidades representadas por títulos 1.400.000 400.000
Obrigações emitidas no âmbito de operações de titularizaçãoChaves SME CLO No.1 177.822 250.806
1.577.822 650.806
Juros a pagar 2.823 4.2552.823 4.255
1.580.645 655.061
No exercício de 2010, o Banco transferiu responsabilidades representadas por títulos no montante de
3.153.439 mEuros desta rubrica para a rubrica “Passivos não correntes detidos para venda” relativo a
entidades classificadas em activos não correntes detidos para venda.
Nos exercícios de 2011 e 2010, o Banco realizou diversas emissões de Papel Comercial garantidas pela
República Portuguesa e subscritas integralmente pela Caixa Geral de Depósitos, S.A. e que apresentam as
seguintes condições:
2011Valor Data de Data de
Obrigação nominal emissão reembolso Remuneração
Papel Comercial BPN Dezembro 2011 - 3ª emissão 500.000 27-12-2011 25-05-2012 3,315%Papel Comercial BPN Dezembro 2011 - 4ª emissão 500.000 28-12-2011 28-06-2012 3,408%Papel Comercial BPN Outubro 2011 - 6ª emissão 400.000 28-10-2011 27-04-2012 3,535%
1.400.000
2010Valor Data de Data de
Obrigação nominal emissão reembolso Remuneração
Papel Comercial BPN Programa Abr/10 - 1ª Emissão 350.000 30-04-2010 29-04-2011 1,585%Papel Comercial BPN Programa Abr/10 - 2ª Emissão 50.000 03-05-2010 03-02-2011 1,457%
400.000
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 204
Em Dezembro de 2006, o Banco procedeu à venda de parte da sua carteira de crédito no montante de
601.210 mEuros, através de uma operação de titularização denominada “Chaves SME CLO No.1”. Em 31 de
Dezembro de 2011 e 2010, os passivos financeiros associados a esta operação ascendem a 177.822 mEuros
e 250.806 mEuros, respectivamente.
Os créditos foram vendidos pelo seu valor nominal (contabilístico) à Sagres – Sociedade de Titularização de
Créditos, S.A. (“Sagres”), na qual o BPN não detém qualquer participação directa ou indirecta. O BPN
continua a efectuar a gestão dos contratos, entregando à Sagres todos os montantes recebidos ao abrigo dos
contratos de crédito. Como forma de financiamento, a Sagres emitiu obrigações com diferentes níveis de
subordinação e de rating e, consequentemente, de remuneração.
Estas obrigações apresentam as seguintes características:
Montante Rating (1) Data deDívida emitida 2011 2010 Moody's S&P reembolso Remuneração
Class A Secured Floating Rate Notes 527.550 527.550 A1 AAA- Novembro de 2034 Euribor 3 m + 0,18%
Class B Secured Floating Rate Notes 21.000 21.000 Baa3 AA- Novembro de 2034 Euribor 3 m + 0,25%
Class C Secured Floating Rate Notes 38.050 38.050 Caa2 BBB Novembro de 2034 Euribor 3 m + 0,45%
Class D Secured Floating Rate Notes 4.900 4.900 Ca BB Novembro de 2034 Euribor 3 m + 0,55%
Class E Secured Floating Rate Notes 9.600 9.600 C B- Novembro de 2034 Euribor 3 m + 0,60%
601.100 601.100
Montante liquidado (423.278) (350.294)
177.822 250.806
(1) Corresponde ao rating na data de emissão do título.
Adicionalmente foi emitida uma Tranche F, adquirida pelo Banco no momento inicial e alienada à Parups, que
foi utilizada como um fundo de reserva da carteira e para fazer face a despesas iniciais. Esta tranche constitui
o equivalente ao capital do Fundo, motivo pelo qual o crédito se encontra no balanço. Esta tranche não foi
reconhecida nesta rubrica.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os montantes liquidados correspondem à amortização de
créditos ocorrida nos meses de Dezembro de cada um dos exercícios. Conforme previsto nas
condições de emissão, este montante foi compensado no dia 20 dos meses seguintes, tendo o
Banco transferido da rubrica “Crédito vivo” para a rubrica “Crédito titularizado”, o montante de capital
necessário para garantir o valor total das obrigações emitidas.
O Banco tem a intenção em 2012 de desreconhecer os créditos associados aos passivos emitidos, uma
vez que transferiu os riscos e benefícios associados à sua detenção.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 205
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os prazos residuais das responsabilidades representadas por títulos
são os seguintes:
2011Tipo de activo ou de indexante
subjacente à remuneração das obrigaçõesTaxa de juro Crédito Índices Total
Até 1 ano 1.402.823 - - 1.402.823Mais de 5 anos - 177.822 - 177.822
1.402.823 177.822 - 1.580.645
2010Tipo de activo ou de indexante
subjacente à remuneração das obrigaçõesTaxa de juro Crédito Índices Total
Até 1 ano 404.255 - - 404.255Mais de 5 anos - 250.806 - 250.806
404.255 250.806 - 655.061
19. PROVISÕES E IMPARIDADE
O movimento nas provisões e imparidade nos exercícios de 2011 e 2010 foi o seguinte:
2011
Reposições e anulações Diferenças Resultados em Saldo em Por resultados Por capitais de Alterações operações Saldo em
31.12.2010 Reforços do exercicio próprios Utilizações câmbio ao perímetro descontinuadas 31.12.2011(Nota 10)
Imparidade de crédito a clientes (Nota 11) 286.981 188.627 (180.215) - (3.689) - 17.080 - 308.784
Imparidade de aplicações em instituições de crédito (Nota 6) 116 5 (118) - - - - - 3
Imparidade de activos disponíveis para venda (Nota 8) 22.854 19 (12) - (16) (5) - - 22.840
Imparidade de activos não correntes detidos para venda (Nota 10) 1.771.741 542 - (1.583.939) - - - 24.656 213.000
1.794.711 566 (130) (1.583.939) (16) (5) - 24.656 235.843
Imparidade de outros activos tangíveis (Nota 12) 3.821 - - - - - - - 3.821
Imparidade de outros activos (Nota 15) 9.638 23 (4) - - 9 - - 9.666
13.459 23 (4) - - 9 - 13.487
Provisões para outros riscos e encargos 101.624 7.879 (3.542) - (2.847) - - - 103.114
101.624 7.879 (3.542) - (2.847) - - - 103.1142.196.775 197.095 (183.891) (1.583.939) (6.552) 4 17.080 24.656 661.228
2010
TransferênciasDiferenças Resultados em para "Activos
Saldo em Reposições de Regula- Reclassi- operações não correntes Saldo em31.12.2009 Reforços e anulações Utilizações câmbio Transferências rizações ficações Outros descontinuadasdetidos para venda" 31.12.2010
(Nota 8) (Nota 10) (Nota 10)
Imparidade de crédito a clientes (Nota 11) 1.723.616 1.009.863 (927.468) (6.759) - (33.634) 70.921 - - 18.471 (1.568.029) 286.981
Imparidade de aplicações em instituições de crédito (Nota 6) 144 1.031 (920) - - - - - - (118) (21) 116
Imparidade de activos disponíveis para venda (Nota 8) 53.182 2.130 (995) - 800 (1.309) - 18.000 - 8.644 (57.598) 22.854
Imparidade de activos não correntes detidos para venda (Nota 10) 27.476 27.006 (19.127) (7.245) - (3.571) - - - 2.937 1.744.265 1.771.741
80.802 30.167 (21.042) (7.245) 800 (4.880) - 18.000 - 11.463 1.686.646 1.794.711
Imparidade de outros activos tangíveis (Nota 12) 6.183 - - - - 5.540 - - - - (7.902) 3.821
Imparidade de outros activos (Nota 15) 69.470 96.687 (95.551) (196) 1.837 42.992 - - - 5.114 (110.715) 9.638
75.653 96.687 (95.551) (196) 1.837 48.532 - - - 5.114 (118.617) 13.459
Provisões para encargos com benefícios de empregados 74 29 (21) (82) - - - - - - - -
Provisões para outros riscos e encargos 297.472 39.860 (71.903) - - (10.018) - - - 1.236 (155.023) 101.624
297.546 39.889 (71.924) (82) - (10.018) - - - 1.236 (155.023) 101.6242.177.617 1.176.606 (1.115.985) (14.282) 2.637 - 70.921 18.000 - 36.284 (155.023) 2.196.775
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 206
Conforme descrito na Nota 1, no âmbito do seu processo de recapitalização, o BPN constituiu durante o
exercício de 2010, as entidades Parparticipadas, Parvalorem e Parups, a quem alienou, ao valor nominal, um
conjunto de activos que se encontravam no seu balanço e de outras entidades por si detidas em 30 de
Novembro de 2010. No exercício de 2011, no âmbito do processo de reprivatização do Banco, foi aprovada
pelo Despacho n.º 825/11 – SETF de 3 de Junho, a aquisição pelo Estado Português, através da Direcção
Geral do Tesouro e Finanças, da totalidade das acções representativas do capital social das entidades acima
referidas, operação que se concretizou em Fevereiro de 2012. Com a aprovação deste despacho, as
entidades Parvalorem e Parups passaram, durante o exercício de 2011, a integrar o Sector Institucional das
Administrações Públicas, nos termos do código do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais, tendo
o Conselho de Administração do BPN, reflectido nas demonstrações financeiras do exercício de 2011, o
reconhecimento dos efeitos da alienação destas participadas, através da reversão por capitais próprios no
montante de 1.780.800 mEuros. O Conselho de Administração do Banco considerou que esta operação se
tratou de uma medida de recapitalização, similar a um aumento de capital, motivo pelo qual entendeu registar
em capitais próprios e não em resultados, os efeitos da alienação destas participadas.
No exercício de 2010, a rubrica “Transferências para activos não correntes detidos para venda” diz respeito às
provisões reclassificadas das diversas rubricas de activo para a rubrica de “Activos não correntes detidos para
venda” e de passivo para a rubrica “Passivos não correntes detidos para venda” relativo a saldos das
entidades classificadas em activos não correntes detidos para venda (Nota 10).
No exercício de 2010, a coluna “Reclassificações” na rubrica de “Imparidade de activos financeiros disponíveis
para venda” diz respeito à imparidade constituída para 6.578.948 acções da Galilei, SGPS, S.A., adquiridas a
um cliente, após este ter exercido uma opção de venda que detinha. Na sequência desta aquisição, o BPN
reclassificou o montante de 18.000 mEuros da rubrica “Passivos financeiros detidos para negociação” para a
rubrica “Imparidade de activos financeiros disponíveis para venda” (Nota 8).
No exercício de 2010, a coluna “Regularizações” na rubrica de “Imparidade de crédito a clientes” diz respeito à
reactivação de créditos previamente abatidos ao activo para os quais ainda tem a expectativa de recuperação
futura pelo BPN Crédito IFIC, S.A., no montante de 70.921 mEuros. Em 31 de Dezembro de 2010, estas
provisões foram transferidas para a rubrica “Passivos não correntes detidos para venda”.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 207
O saldo da “Provisão para outros riscos e encargos” apresenta a seguinte decomposição:
2011 2010
Outras provisõesProvisão para eventual recompra de produtos financeiros a clientes 26.925 26.925Provisões para fraudes identificadas em diversos balcões do Banco 16.188 15.588Provisões para títulos de investimento estruturado
colocados como Capital Garantido junto de Clientes 9.769 9.769Provisões para perdas potenciais em activos tangíveis 6.409 9.951
Provisões para contingências fiscais (Nota 37) 9.483 9.483Provisões para processos judiciais desfavoráveis (Nota 37) 24.674 27.491Provisões para IVA a recuperar dos fundos imobiliários 2.121 2.121Provisões para garantias e compromissos assumidos 266 266Outras 7.279 30
103.114 101.624
Em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica “Outras provisões – Outras” destina-se a fazer face ao risco de crédito
e a bonificações a receber (Nota 15).
No exercício de 2010, o Banco reclassificou provisões no montante de 155.023 mEuros desta rubrica para a
rubrica “Passivos não correntes detidos para venda” relativa a entidades classificadas em activos não
correntes detidos para venda.
No exercício de 2010, o Banco reclassificou as provisões para fazer face aos adiantamentos concedidos pelos
fundos imobiliários e para participadas excluídas de consolidação para a rubrica de “Passivos não correntes
detidos para venda”.
20. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Obrigações subordinadas perpétuas BPN - 2008 94.500 94.500Obrigações de caixa subordinadas BPN - 2003 50.000 50.000Obrigações de caixa subordinadas BPN - 2005 50.000 50.000Obrigações de caixa subordinadas - BPN (SFE) - 2003 25.000 25.000Obrigações de caixa subordinadas BPN - 2003 25.000 25.000
244.500 244.500
Juros a pagar 1.174 997
245.674 245.497
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 208
As condições das principais emissões podem ser resumidas da seguinte forma:
Valor Data de Taxa de juro em:Obrigação Nominal reembolso Remuneração 31.12.2011 31.12.2010 Cláusula de reembolso antecipado
Obrigações subordinadas perpétuas BPN - 2008
94.500 PerpétuoEuribor 6 meses +
2%3,746% 3,141%
No final do décimo ano de vida do empréstimo e posteriormente em cada data de pagamento de juros subsequente, o BPN poderá proceder ao reembolso antecipado do empréstimo apenas na sua totalidade, mediante autorização do Banco de Portugal.
Obrigações de caixa subordinadas BPN (SFE) - 2003
25.000 16-05-2013Euribor 6 meses +
2%3,685% 3,276%
Nos últimos cinco anos, mediante autorização do Banco de Portugal, o BPN poderá proceder ao reembolso antecipado do empréstimo, total ou parcialmente.
Obrigações de caixa subordinadas BPN - 2003
50.000 16-06-2013Euribor 6 meses +
2%3,669% 3,254%
Nos últimos cinco anos, mediante autorização do Banco de Portugal, o BPN poderá proceder ao reembolso antecipado do empréstimo, total ou parcialmente.
Obrigações de caixa subordinadas BPN - 2003
25.000 16-06-2013Euribor 6 meses +
2%3,669% 3,254%
Nos últimos cinco anos, mediante autorização do Banco de Portugal, o BPN poderá proceder ao reembolso antecipado do empréstimo, total ou parcialmente.
Obrigações de caixa subordinadas BPN - 2005
50.000 22-12-2015Euribor 6 meses +
1,15%3,167% 2,754%
Nos últimos cinco anos, mediante autorização do Banco de Portugal, o BPN poderá proceder ao reembolso antecipado do empréstimo, total ou parcialmente.
244.500
21. OUTROS PASSIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Credores e outros recursos:Cauções recebidas 1.227 5.818Cobrança por conta de terceiros 60 58Contribuições para outros sistemas de saúde 215 229Outros 5.014 4.926
Credores diversos:Credores por fornecimento de bens 5.565 16.723Outros credores 101.528 17.543
Encargos a pagarJuros a pagar 32 82Outros encargos a pagar 17.336 18.258
Receitas com encargo diferidoDe rendas de locação operacional 9 25De garantias prestadas e outros passivos eventuais 752 840De compromissos irrevogáveis assumidos perante terceiros 6 14Outras 24 6
Outras contas de regularizaçãoPosição cambial - 100Operações cambiais a liquidar 43 132Operações sobre valores mobiliários a regularizar - 14.781Outras operações a regularizar 15.951 17.425
147.762 96.960
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 209
Em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica “Credores e outros recursos – Credores diversos – Outros credores”
inclui o montante de 100.588 mEuros, pagos antecipadamente pela Parvalorem decorrente do contrato de
promessa de venda de activos, realizado em 2010.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o saldo da rubrica “Outras contas de regularização – Outras operações
a regularizar”, inclui movimentos às contas dos correspondentes de depósitos à ordem, nomeadamente em
moeda estrangeira ou de pagamentos em terminais, realizado pelos clientes do Banco, e que ficam a
aguardar a data-valor do movimento para serem realizados.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Credores e outros recursos – Cauções recebidas”, diz
respeito a depósitos efectuados que servem de caução a operações contratadas com clientes.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Encargos a pagar – Outros encargos a pagar” inclui o
montante de 6.492 mEuros e 5.213 mEuros, respectivamente, relativo a prémio de antiguidade, subsídio de
morte e outros benefícios de longo prazo a pagar aos colaboradores (Nota 31).
No exercício de 2010, o Banco reclassificou saldos no montante de 142.846 mEuros desta rubrica para a
rubrica “Passivos não correntes detidos para venda” relativa a entidades classificadas em activos não
correntes detidos para venda.
22. CAPITAL
Em 31 de Dezembro de 2007, o capital do Banco era integralmente detido pelo BPN, SGPS, S.A., entidade
detida pela Galilei, SGPS, S.A.. Em Setembro de 2008, foi realizado um aumento de capital no montante de
80.000 mEuros, tendo sido integralmente subscrito e realizado pela BPN, SGPS, S.A..
Conforme referido na Nota Introdutória, em Novembro de 2008, todas as acções representativas do capital
social do BPN foram nacionalizadas ao abrigo da Lei nº 62-A/2008, de 11 de Novembro. De acordo com a
referida Lei, a nacionalização foi motivada pelo volume de perdas acumuladas pelo Banco, ausência de
liquidez adequada e iminência de uma situação de ruptura de pagamentos que ameaçavam os interesses dos
depositantes e a estabilidade do sistema financeiro.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o capital do BPN é integralmente detido pelo Estado Português através
da Direcção Geral do Tesouro e Finanças, representado por 76.000.000 de acções de valor nominal de cinco
Euros cada.
O Banco passou assim a ter a natureza de sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, sendo
detido pela Direcção Geral do Tesouro e Finanças. A gestão do Banco foi atribuída à Caixa Geral de
Depósitos, S.A., cabendo a esta entidade a designação dos membros dos órgãos sociais.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 210
Durante o exercício de 2010, o Estado Português, accionista do BPN, aprovou a reprivatização do Banco
através do Decreto-Lei n.º 2/2010 de 5 de Janeiro, tendo em 9 de Dezembro de 2011 celebrado um acordo
quadro com o Banco BIC Português, S.A..
23. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS E RESULTADO DO EXERCÍCIO
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte
composição:
2011 2010
Prémios de emissão 6.790 6.790
Reservas de reavaliação- Reserva de justo valor . De activos financeiros disponiveis para venda (Nota 8) (5.696) (51) . De títulos registados em Activos não correntes detidos para venda (Nota 10) (13.264) (4.926)
(18.960) (4.977)
Outras reservas e resultados transitados- Reserva legal 24.621 24.621- Outras reservas 29.878 27.278- Resultados transitados (832.270) (2.486.427)
(777.771) (2.434.528)Resultado líquido do exercício (87.131) (126.643)
(877.072) (2.559.358)
Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B, nº 129, os
prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções
próprias.
Em 15 de Fevereiro de 2012, o Estado Português através da Direcção Geral do Tesouro e Finanças procedeu
ao reforço de capital próprio no montante de 600.000 mEuros, mediante a realização de prestações
acessórias pecuniárias e não onerosas, as quais ficam sujeitas ao regime jurídico das prestações
suplementares, conforme estabelecido no artigo 287º conjugado com os artigos 210º a 213º, todos do Código
das Sociedades Comerciais.
A reserva legal só pode ser utilizada para cobrir prejuízos ou para aumentar o capital. A legislação portuguesa
aplicável ao sector bancário, nomeadamente o artigo 97º do Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, exige
que a reserva legal seja anualmente creditada com pelo menos 10% do lucro líquido anual, até à concorrência
do capital social.
As reservas de reavaliação representam as mais e menos valias potenciais, líquidas de imparidades
reconhecidas em resultados no exercício ou em exercícios anteriores, relativas às carteiras de títulos
classificados nas “Activos financeiros disponíveis para venda” e “Activos não correntes detidos para venda”.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 211
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as “Outras reservas e resultados transitados” incluem as reservas legais
do Banco, no montante de 24.621 mEuros e as reservas legais, livres e de reavaliação legal das suas
subsidiárias e associadas. As reservas de reavaliação legal só podem ser utilizadas para a cobertura de
prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.
A formação do resultado líquido consolidado do exercício de 2011 pode ser descrita da seguinte forma:
Resultado líquido do BPN, S.A. em 31 de Dezembro de 2011 (95.450)
Resultado líquido do exercício das participadas mais significativasBanco Efisa, S.A. (6.615)BPN (IFI), S.A. 6.947BPN Brasil Banco Múltiplo, S.A. (16.546)BPN Cayman Limited 161BPN Credito IFIC, S.A. 132BPN Créditus Brasil - Promotora de Vendas Ltda (5.622)BPN Imofundos, SGFII, S.A. 2.583BPN Internacional, SGPS, S.A. 6.050BPN Participações Financeiras, SGPS, Lda 11.898Parparticipadas, SGPS, S.A. (93.241)Real Vida Seguros, S.A. 3.035BPN Gestão Activos, SGFIM, S.A. (79)
(186.747)Ajustamentos de consolidação:
- Anulação das provisões constituídas no exercício nas contas individuais do BPN, S.A. referente a crédito concedido a entidades do grupo.
(3.316)
- Anulação das provisões constituídas no exercício nas contas individuais do BPN, S.A. Para os capitais próprios negativos da Parparticipadas, SGPS, S.A.
93.241
- Anulação das provisões constituídas no exercício nas contas individuais da Parparticipadas, SGPS, S.A. para as participações detidas em entidades do grupo.
83.884
- Anulação da reversão das provisões registadas nas contas da BPN Participações Financeiras, SGPS, Lda para as participações detidas na BPN Internacional, SGPS, S.A. e BPN Madeira, SGPS, S.A..
(6.038)
- Anulação da reversão das provisões registadas nas contas individuais do BPN, S.A. para a liquidação do BPN Créditus Brasil - Promotora de Vendas Ltda.
(6.488)
- Anulação da reversão das provisões registadas nas contas individuais do BPN, S.A. para a participação detida na BPN Participações Financeiras, SGPS, Lda, que foi alienada no exercício à Parparticipadas.
(71.130)
- Reversão da anulação de impostos diferidos activos registados nas contas individuais do BPN Brasil Banco Múltiplo, S.A., do BPN Credito IFIC, S.A., uma vez que no consolidado estes já tinham sido anulados em exercícios anteriores.
8.859
- Outros (73)(87.808)
Interesses minoritários (Nota 24) 677
Resultado líquido consolidado em 31 de Dezembro de 2011 (87.131)
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 212
A formação do resultado líquido consolidado do exercício de 2010 pode ser descrita da seguinte forma:
Resultado líquido do BPN, S.A. em 31 de Dezembro de 2010 (102.420)
Resultado líquido do exercício das participadas mais significativasBanco Efisa, S.A. 82.479BPN (IFI), S.A. 43.539BPN Acções Europa - Fundo de Investimento Aberto 340BPN Acções Global - Fundo de Investimento Aberto de Acções Internacionais 826BPN Brasil Banco Múltiplo, S.A. (14.058)BPN Cayman Limited 33.820BPN Conservador - Fundo de Investimento Aberto de Obrigações a Taxa Variável 241BPN Credito IFIC, S.A. 18.170BPN Créditus Brasil - Promotora de Vendas Ltda 732BPN Diversificação - Fundo Especial de Investimento Aberto (4.267)BPN Gestão Activos Valorização Patrimonial - Fundo de Capital de Risco (454)BPN Imofundos, SGFII, S.A. 3.098BPN Imoglobal - Fundo de Investimento Imobiliário Fechado (9.564)BPN Imomarinas - Fundo de Investimento Imobiliário Fechado 394BPN Imonegócios - Fundo de Investimento Imobiliário Aberto 8.023BPN Imoreal - Fundo de Investimento Imobiliário Fechado (191)BPN Internacional, SGPS, S.A. 54.485BPN Participações Financeiras, SGPS, Lda 189.207Centro Hospitalar de S. Francisco, S.A. 516Parparticipadas, SGPS, S.A. (56.329)Parups, S.A. (12.485)Parvalorem, S.A. (4.648)Pay Up Desenvolvimento de Negócios, S.A. (361)Real Vida Seguros, S.A. 8.536
342.049 Ajustamentos de consolidação:
- Anulações da reversão de provisões constituidas em anos anteriores nas contas individuais das seguintes entidades para activos que foram aliendaos à Parvalorem, S.A. e Parups, S.A.:
. Banco Efisa, S.A. (84.815)
. BPN Crédito - IFIC, S.A. (30.778)
. BPN (IFI), S.A. (27.285)(142.878)
- Anulações das provisões constituidas no exercicio pelo BPN S.A. para activos aliendaos pelo Banco Efisa, S.A., BPN Crédito - IFIC, S.A. e BPN (IFI), S.A. à Parvalorem, S.A. e Parups, S.A.
142.878
- Anulação da reversão no exercicio de provisões que foram constituídas em anos anteriores nas contas individuais do BPN, S.A. para a BPN Participações Financeiras, SGPS, incluindo
(233.210)
- Anulação da reversão de provisões que foram constituidas nas contas individuais da BPN Internacional para o BPN Créditus Brasil - Promotora de Vendas Ltda. (50%) e Banco Português de Negócios (IFI), S.A.
(60.842)
- Anulação da reversão de provisões e valias nas contas individuais da BPN Participações Financeiras, SGPS, Lda para as participações financeiras vendidas à Parparticipadas, SGPS, S.A.
(184.831)
- Anulação das provisões constituídas nas contas individuais da Parparticipadas, SGPS, S.A. para as participações adquiridas à BPN Participações Financeiras, SGPS, Lda e BPN Internacional, SGPS, S.A.
54.400
- Anulação da mais-valia obtida no exercício pelo BPN na alienação de títulos à Parups (22.953)
- Anulação das provisões constituídas no exercício nas contas individuais do BPN, S.A. para a Parparticipadas, SGPS, S.A., Parups, S.A. e Parvalorem, S.A.
34.522
- Anulação das provisões constituídas no exercício nas contas individuais do BPN, S.A. referente a crédito concedido a entidades do grupo
54.973
- Anulação da reposição efectuada nas contas individuais do BPN, S.A. relativa aos custos de liquidação do BPN Créditus Brasil
(5.658)
- Amortizações do exercício dos imóveis das carteiras dos fundos imobiliários, registados (1.281)contabilísticamente no consolidado como de serviço próprio
- Anulação de dividendos (4.936)
- Resultados de associadas e empreendimentos conjuntos consolidadas pelo método de equivalência patrimonial
(633)
- Outros 2.854(367.594)
Interesses minoritários (Nota 24) 1.322
Resultado líquido consolidado em 31 de Dezembro de 2010 (126.643)
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 213
24. INTERESSES MINORITÁRIOS
O valor das participações de terceiros em filiais tem a seguinte distribuição por entidade:
Participação Capitais próprios Proporção Resultado Proporção nos resultadosatribuível a int. ajustados nos capitais líquido ajustado líquidos atribuível
minoritários (%) em 31.12.2011 próprios em 31.12.2011 a int. minoritários(Nota 23)
BPN Serviços ACE 5% 100 5 - -BPN Participações Brasil Ltda 6,29% 19.453 1.224 (63) 4BPN Brasil Banco Múltiplo, S.A. 6,29% 19.473 1.224 (10.706) 673
2.453 677
2011
Participação Capitais próprios Proporção Resultado Proporção nos resultadosatribuível a int. ajustados nos capitais líquido ajustado líquidos atribuível
minoritários (%) em 31.12.2010 próprios em 31.12.2010 a int. minoritários(Nota 23)
BPN Imoreal 5,25% 190.735 10.014 298 (16)BPN Imoglobal 6,92% 130.430 9.026 (2.062) 143BPN Imonegócios 0,82% 490.166 4.019 6.188 (51)BPN Brasil 13,52% 14.562 1.969 (16.114) 2.179BPN Acções Global 22,93% 9.188 2.107 805 (185)BPN Conservador 17,02% 13.962 2.376 241 (41)BPN Optimização 26,49% 2.820 747 71 (19)Outras entidades n.a. n.a. 7.822 n.a. (688)
38.080 1.322
2010
A parcela do lucro consolidado atribuível a accionistas minoritários em 2011 e 2010 apresenta o seguinte
detalhe:
Interesses minoritários em 31 de Dezembro de 2009 30.803
Alterações do perímetro de consolidação 5.955Resultado líquido do exercício 1.322
Interesses minoritários em 31 de Dezembro de 2010 38.080
Alterações do perímetro de consolidação (36.304)
Resultado líquido do exercício 677
Interesses minoritários em 31 de Dezembro de 2011 2.453
Em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica “Alterações do perímetro de consolidação”, apresenta a seguinte
composição:
BPN Imoreal (passagem de 94,75% para 0%) (10.014)BPN Imoglobal (passagem de 93,08% para 0%) (9.026)BPN Imonegócios (passagem de 99,18% para 0%) (4.019)BPN Conservador (passagem de 82,98% para 0%) (2.376)BPN Acções Global (passagem de 99,18% para 0%) (2.107)BPN Optimização (passagem de 73,51%% para 0%) (747)Outros (8.015)
(36.304)
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 214
25. JUROS E RENDIMENTOS E JUROS E ENCARGOS SIMILARES
Estas rubricas têm a seguinte composição:
2011 2010Juros e rendimentos similares:Juros de disponibilidades em bancos centrais 570 633-Juros de disponibilidades em instituições de crédito No País 3 826 No Estrangeiro 26 183Juros de aplicações em Instituições de Crédito
No Estrangeiro 3.998 961Juros de crédito a clientes
Crédito interno 124.260 136.260Crédito ao exterior 3.011 8.506Outros créditos e valores a receber 2.451 2.641
Juros de crédito vencido 1.739 3.658Juros de activos financeiros detidos para negociação
Swaps 8.789 15.177Juros de activos financeiros disponíveis para venda 2.332 1.318Juros de activos titularizados não desreconhecidos 12.853 15.967Juros de devedores e outras aplicações 1 -Outros juros e rendimentos similares 115 136Comissões recebidas ao custo amortizado 5.346 5.356
165.494 191.622
Juros e encargos similaresJuros de depósitos
Do sector público 1.746 1.119De emigrantes 1.136 1.126De outros residentes 47.888 50.885De não residentes 1.729 2.409
Juros e recursos de instituições de créditoNo País 10.976 6.199No Estrangeiro - 924
Juros de passivos financeiros de negociaçãoSwaps 10.162 12.865
Juros de responsabilidades representadas por títulos sem característica subordinada 14.758 50.203
Juros de responsabilidades pelo não desreconhecimento de operações de titularização 10.853 22.593
Juros de responsabilidades representadas por títulos e passivos 8.444 7.042Juros de recursos a bancos centrais 173 710Outros juros e encargos similares - 554Comissões pagas ao custo amortizado - 1.479
107.865 158.108
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 215
26. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL
Nos exercícios de 2011 e 2010, esta rubrica diz respeito a dividendos recebidos de instrumentos de capital.
27. RENDIMENTOS E ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES
Estas rubricas têm a seguinte composição:
2011 2010
Rendimentos de serviços e comissões:Por serviços prestados 10.188 5.593Por garantias prestadas 6.161 7.050Outras operações realizadas por conta de terceiros 5.411 5.740Outros 9.038 11.454
30.798 29.837
Encargos com serviços e comissões:Por serviços bancários assumidos por terceiros 9.965 7.603Por garantias recebidas 1.838 7.415Por compromissos assumidos por terceiros 953 3.548Por operações realizadas por terceiros 2.015 2.166Outras comissões pagas - 16
14.771 20.748
Nos exercícios de 2011 e 2010, a rubrica “Encargos com serviços e comissões – por compromissos
assumidos por terceiros” diz respeito às comissões pagas à Caixa Geral de Depósitos pela subscrição de
papel comercial. A diminuição do saldo da rubrica em 2011 é justificada pela diminuição de emissões de papel
comercial ocorridas no exercício, face a 2010.
Nos exercícios de 2011 e 2010, a rubrica “Encargos com serviços e comissões – por garantias recebidas” diz
respeito às comissões pagas ao Estado Português pela garantia prestada por este nas emissões de papel
comercial. A diminuição do saldo da rubrica em 2011 é justificada pela diminuição de emissões de papel
comercial ocorridas no exercício, face a 2010.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 216
28. RESULTADOS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS
Estas rubricas têm a seguinte composição:
2011 2010
Resultados em activos e passivos detidos para negociaçãoInstrumentos de capital (40) (65)Instrumentos financeiros derivados 254 19.428Outros títulos 77 (346)
291 19.017
Resultados de activos financeiros disponíveis para vendaInstrumentos de dívida (1.381) 2.655Outros títulos - 59
(1.381) 2.714
Resultados de reavaliação cambial 3.627 4.715
Resultados de alienação de outros activos (124) (2.045)
2.413 24.401
No exercício de 2010, a rubrica “Resultados em activos e passivos detidos para negociação – Instrumentos
financeiros derivados” inclui um ganho de 16.290 mEuros, relativo à reavaliação da opção de venda sobre
acções da Galilei, SGPS, S.A. detida por um cliente e que foi exercida durante o ano (Nota 8).
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 217
29. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO
Estas rubricas têm a seguinte composição:
2011 2010Outros rendimentos de exploração
Rendas de locação operacional 363 351Ganhos e rendimentos operacionais:
Reembolso de despesas 2.305 2.783Recuperação de crédito 34 125Rendimentos da prestação de serviços diversos 2.500 3.268Outros 475 5.685
Ganhos em activos não financeiros:Activos não correntes detidos para venda 227 782Outros activos tangíveis 8 3Outros 20 3
Outros proveitos operacionais - 1.324
5.932 14.324
Outros encargos de exploração:
Donativos e quotizações 85 143Contribuições para FGD e FGCAM 812 1.142Perdas em activos não financeiros:
Activos não correntes detidos para venda 57 440Outros activos tangíveis e intangíveis 27 41Outros 1.947 6.944
Outros impostos 1.096 1.546
4.024 10.2561.908 4.068
Durante o exercício de 2010, o BPN alienou a rede de agências, os activos e passivos da sua Sucursal de
França, com referência a 31 de Outubro de 2010 pelo montante de 3.300 mEuros, que se encontra registado
na rubrica “Outros rendimentos de exploração – Outros”. Os activos e passivos que pertenciam à Sucursal e
que foram alienados, apresentam o seguinte detalhe:
ActivoCaixa e disponibilidades 8.600Aplicações em instituições de crédito 1.565Crédito a clientes 65.095Imobilizado 631Outros activos 222
76.113
PassivoRecursos de instituições de crédito 82Credores diversos 74.130Outros passivos 1.901
76.113
Em Julho de 2011, a Sucursal de França foi encerrada.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 218
Em 31 de Dezembro de 2010, a rubrica “Outros rendimentos de exploração – Outros”, inclui também o
montante de 1.748 mEuros que se encontrava depositado pelo Banco Insular, SARL numa conta “Escrow”
para fazer face a contingências diversas decorrentes da sua liquidação. No âmbito da finalização do processo
de liquidação do Banco Insular SARL, o Banco liquidou todas as dívidas pendentes e obteve pareceres que
mitigam a existência de outras contingências fiscais e laborais, tendo deste modo reconhecido como ganho o
montante depositado na conta “Escrow”.
30. CUSTOS COM PESSOAL
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Remunerações dos órgãos de gestão e de fiscalização 715 679Remuneração de empregados 48.738 54.063
Fundo de Pensões (Nota 31) 2.646 8.683Outros encargos sociais obrigatórios 13.250 10.346Outros custos com o pessoal 1.597 2.640
66.946 76.411
O número de empregados do BPN e das suas filiais a 31 de Dezembro de 2011 e 2010, por tipo de
funções, era o seguinte:
31.12.2011 31.12.2010
Actividade Actividade Actividade Actividade OutrasBancária Seguradora Grupo Bancária Seguradora Actividades Grupo
Direcção 11 - 11 17 1 28 46Chefias 389 14 403 366 14 35 415Técnicos 702 21 723 745 28 88 861Administrativos 789 22 811 842 23 72 937Auxiliares 31 - 31 31 - 217 248
1.922 57 1.979 2.001 66 440 2.507
31. PENSÕES DE REFORMA E OUTROS BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS
Até 31 de Dezembro de 1997 o Grupo ainda não tinha aderido ao acordo colectivo de trabalho para o sector
bancário. Por essa razão, e até essa data, os seus empregados estavam enquadrados no esquema de
reformas da Segurança Social. Durante o ano de 1998, o Banco celebrou com os Sindicatos dos Bancários do
Norte, Centro e Sul e Ilhas e com o Sindicato dos Quadros e Técnicos Bancários, Acordos de Adesão ao
acordo colectivo de trabalho. Esses acordos prevêem que o Banco assegure as responsabilidades com
pensões de reforma por velhice, invalidez e sobrevivência relativamente à totalidade do seu pessoal abrangido
pelo acordo colectivo de trabalho a partir de 31 de Dezembro de 1997. Com o objectivo de cobrir as
responsabilidades com pensões de reforma então assumidas foi constituído o Fundo de Pensões do Grupo
BPN gerido pela Real Vida.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 219
As responsabilidades com pensões de reforma por velhice, invalidez e sobrevivência assumidas pelas
subsidiárias do sector financeiro, estão igualmente cobertas pelo Fundo de Pensões acima referido. A Real
Vida dispõe igualmente de Fundo de Pensões, enquadrado nos termos do Contrato colectivo de Trabalho da
Actividade Seguradora. Entre as suas características principais destaca-se o facto de assegurar
exclusivamente o pagamento de pensões por velhice e invalidez.
Em 31 de Dezembro de 2011, foi publicado o Decreto-Lei n.º 127/2011, que determina a transmissão das
responsabilidades e activos dos fundos de pensões de um conjunto de instituições financeiras para a
Segurança Social, tendo, no entanto, o Banco sido excluído dessa obrigação.
Pensões de reforma e subsídio por morte após a idade da reforma
O plano de pensões de benefício definido do BPN segue o estipulado no Acordo Colectivo de Trabalho do
Sector Bancário (ACT).
O plano de pensões de benefício definido do BPN é um plano substitutivo e independente dos regimes
públicos de Segurança Social para os colaboradores admitidos antes de 1 de Março de 2009. Os
colaboradores admitidos após esta data encontram-se inscritos no Regime de Segurança Social, sendo que o
BPN suporta o complemento à pensão definida pela Segurança Social até ao limite da pensão definida pelo
ACT.
O plano de pensões do BPN não é considerado um plano contributivo, uma vez que as contribuições
efectuadas pelos participantes decorrem do estabelecido do ACT do Sector Bancário. Estes participantes, e
apenas para os admitidos no sector bancário após 1 de Janeiro de 1995, efectuam contribuições de 5% da
sua retribuição mínima mensal para o fundo grupo BPN. O Banco assegura o esforço contributivo necessário
para a cobertura das suas responsabilidades por pensões através do Fundo de Pensões do Grupo BPN.
As pensões pagas são função do tempo de serviço prestado pelos trabalhadores e da respectiva retribuição à
data da reforma, sendo actualizadas com base nas remunerações vigentes para o pessoal no activo.
Determinação das responsabilidades com pensões de reforma e subsídio por morte após a idade da reforma
Para determinação das responsabilidades com pensões de reforma em pagamento e por serviços passados
dos empregados no activo, com referência a 31 de Dezembro de 2011 e 2010 foram efectuados estudos
actuariais por entidades especializadas.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 220
As hipóteses e bases técnicas utilizadas foram as seguintes:
2011 2010
Método actuarial Projected Unit Credit Projected Unit CreditTábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80Taxa de desconto 5,50% 5,50%Taxa de rendimentos dos activos dos fundos 5,50% 5,75%Taxa de crescimento dos salários 2,50% 2,50%Taxa de crescimento das pensões 1,75% 1,75%Tabela de saídas 0% 0%
Nos estudos efectuados em 2011 e 2010, foi considerado que a idade normal de reforma ocorrerá aos 65
anos.
A comparação entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados na determinação dos custos com
pensões do Grupo para os exercícios de 2011 e 2010 e os valores efectivamente verificados é apresentada no
quadro seguinte:
2011 2010Pressupostos Real Pressupostos Real
Taxa de rendimento 5,50% 0,36% 5,50% 0,73%Taxa de crescimento dos salários 2,50% 0,00% 2,50% 1,80%Taxa de crescimento das pensões 1,75% 0,00% 1,75% 1,00%
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os saldos em balanço relativos ao fundo de pensões, são os seguintes:
2011BPN Operações Operações
BPN ACE continuadas descontinuadas Total(Nota 15) (Nota 10)
Valor Fundo de Pensões 117.599 2.407 120.006 10.531 130.537Valor das responsabilidades com Fundo de Pensões (92.747) (2.261) (95.008) (9.080) (104.088)Diferencial 24.852 146 24.998 1.451 26.449
Desvios actuariais diferidos 7.642 (225) 7.417 290 7.707
Total 32.494 (79) 32.415 1.741 34.156
2010BPN Operações Operações
BPN ACE continuadas descontinuadas Total(Nota 19) (Nota 10)
Valor Fundo de Pensões 117.145 2.392 119.537 10.416 129.953Valor das responsabilidades com Fundo de Pensões (94.533) (2.297) (96.830) (9.347) (106.177)Diferencial 22.612 95 22.707 1.069 23.776
Desvios actuariais diferidos 12.348 6 12.354 1.035 13.389
Total 34.960 101 35.061 2.104 37.165
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 221
Em 2011 e 2010 os custos relativos a pensões foram os seguintes:
2011 2010BPN e BPN e
BPN ACE Outros Total BPN ACE Outros Total(Nota 30) (Nota 30)
Custo serviço corrente 3.597 399 3.996 7.488 1.186 8.674Rendimento esperado (6.294) (550) (6.844) (5.611) (612) (6.223)Custo dos juros 5.318 514 5.832 6.063 716 6.779Perda actuariais reconhecidas no ano 25 - 25 743 72 815
2.646 363 3.009 8.683 1.362 10.045
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as responsabilidades com serviços passados de acordo com os estudos
actuariais efectuados, assim como o fundo de pensões para cobertura das mesmas, ascendiam a:
2011 2010
Responsabilidades por serviços passadosActivos 99.672 102.544Reformados e pré-reformados 4.416 3.633
104.088 106.177
Fundos de pensões 130.537 129.953Diferencial 26.449 23.776
Nível de financiamento 125,41% 122,39%
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 o número de beneficiários divide-se da seguinte forma:
2011 2010
Activos abrangidos pelo ACT 1.611 1.648Activos abrangidos pela Segurança Social 89 89Activos abrangidos pela Segurança Social admitidos no Sector Bancário
após 1 de Janeiro de 2009 37 41Activos a termo certo 20 19Pensionistas viuvez/ orfandade 16 12Reformados 9 7
1.782 1.816
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 222
O movimento no valor do fundo de pensões durante os exercícios de 2010 e 2011 foi o seguinte:
Saldos em 31 de Dezembro de 2009 130.273
Contribuições:
Do Banco (198)Dos empregados 1.104
Rendimento esperado do fundo de pensões 6.223Desvios de rendimento (7.449)
Saldos em 31 de Dezembro de 2010 129.953
Contribuições:
Do Banco (223)Dos empregados 1.029
Rendimento esperado do fundo de pensões 6.844Desvios de rendimento (7.066)
Saldos em 31 de Dezembro de 2011 130.537
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o Fundo de Pensões do Grupo BPN é gerido pela Real Vida.
Conforme previsto no contrato constitutivo, o fundo de pensões poderá contratar com uma seguradora um ou
mais seguros, com o objectivo de garantir os benefícios em caso de morte ou invalidez dos participantes. No
entanto, em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, não existem contratos de seguros para garantir estes
benefícios.
O movimento nas responsabilidades por serviços passados pode ser demonstrado da seguinte forma:
2010
Responsabilidades no início do exercício 106.177 118.058Desvios actuariais (12.723) (27.728)Pensões pagas pelo fundo de pensões (223) (710)Contribuições de empregados 1.029 1.104Custo de serviço corrente 3.996 8.674Custo dos juros 5.832 6.779Responsabilidades no final do exercício 104.088 106.177
2011
Encargos com Saúde
A assistência médica aos empregados no activo e pensionistas do Grupo está a cargo dos Serviço de
Assistência Médico-Social (SAMS). A contribuição anual do Grupo para os SAMS corresponde a 6,50% do
total das retribuições efectivas dos trabalhadores no activo. As responsabilidades para o SAMS sobre as
pensões, a pagar no futuro, encontram-se incluídas no fundo de pensões do Grupo.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 223
Outros benefícios de longo prazo
O Grupo paga um prémio a todos os trabalhadores que completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de
efectivo serviço, nesse ano, de valor igual a um, dois ou três meses da sua retribuição mensal efectiva.
Adicionalmente, é pago um prémio aos trabalhadores que se encontrem numa situação de passagem à
situação de invalidez ou invalidez presumível de valor proporcional àquele de que beneficiaria se continuasse
ao serviço até reunir os pressupostos do escalão seguinte. Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica
“Encargos a pagar – Outros encargos a pagar” inclui o montante de 6.492 mEuros e 5.213 mEuros,
respectivamente, relativo a prémio de antiguidade, subsídio de morte e outros benefícios de longo prazo a
pagar aos colaboradores (Nota 21).
Desvios actuariais diferidos
O movimento ocorrido nas rubricas de desvios actuariais diferidos nos exercícios de 2011 e 2010 pode ser
demonstrado como segue:
Total
Saldos em 31 de Dezembro de 2009 34.483
Desvios actuariais do ano (20.279)Amortização: . Por contrapartida de resultados do exercício (815)
Saldos em 31 de Dezembro de 2010 13.389
Desvios actuariais do ano (5.657)Amortização: . Por contrapartida de resultados do exercício (25)
Saldos em 31 de Dezembro de 2011 7.707
Os desvios gerados em 2011 e 2010 têm a seguinte composição:
2011 2010
. Desvio financeiro 7.066 7.449
. Desvio actuarial (12.723) (27.728)(5.657) (20.279)
Os desvios actuariais gerados em 2011, podem ser explicados da seguinte forma:
Alterações demográficas/ saídas de pessoal (2.184)Alterações salários / pensões (9.336) Ajustamento resultante da integração dos trabalhadores no regime geral da segurança social (1.219) Diferenças de contribuições/pagamentos de benefícios reais face ao estimado 16
(12.723)
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 224
Com a publicação do Decreto-Lei n.1-A/2011, de 3 de Janeiro, todos os trabalhadores bancários beneficiários
da CAFEB – Caixa de Abono de Família dos Empregados Bancários, incluindo os pertencentes ao Grupo,
foram integrados no Regime Geral de Segurança Social, com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2011,
passando a estar cobertos por este regime em matéria de pensões por velhice e nas eventualidades de
maternidade, paternidade e adopção.
32. OUTROS GASTOS ADMINISTRATIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
2011 2010
Com FornecimentosÁgua energia e combustíveis 1.967 2.053Material de higiene e limpeza 880 980Outros fornecimentos 337 381
3.184 3.414Com Serviços
Serviços EspecializadosEstudos e consultas 2.291 2.383Avenças e honorários 2.747 2.727Outros serviços especializados 194 417Informática 9.865 8.995Consultores externos 978 1.367SIBS 2.818 4.000Segurança e vigilância 504 547Judiciais, contencioso e notariado 435 806Informações 198 289Mão de obra eventual 783 385
20.813 21.916
Rendas e alugueres 10.410 6.937Comunicações 6.671 7.821Publicidade 259 621Conservação e reparação 2.423 1.708Deslocações 515 521Seguros 1.013 1.482Transportes 2 103Formação de pessoal 38 122Trabalhos especializados - ACE 3.806 3.749Outros serviços 536 4.486
49.670 52.880
A rubrica “Serviços Especializados – Outros serviços especializados” inclui o montante de 86 mEuros relativos
aos honorários totais facturados pelo Revisor Oficial de Contas durante o exercício de 2011, respeitantes
integralmente à revisão legal das contas, divulgado para efeitos do cumprimento da alteração introduzida pelo
Decreto-Lei nº 185/2009, de 12 de Agosto, ao Artigo 508º-F do Código das Sociedades Comerciais.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 225
33. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS
Os passivos contingentes associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas
extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:
2011 2010
Passivos eventuaisGarantias e avales Residentes 471.728 544.392 Não residentes 54 1.788
Créditos documentários abertos Residentes 7.349 9.449
Activos dados em garantia 27.285 113.504
506.416 669.133CompromissosCompromissos revogáveisLinhas de crédito revogáveis 280.171 442.515Facilidades de desconto em conta 54.236 104.158-Compromissos irrevogáveis -Contratos a prazo de depósitos a constituir 1.011
Linhas de crédito 56.849 84.696
Responsabilidades a prazo de contribuições anuais para o FGD 4.384 4.294Outros compromissos irrevogáveis 1.989 -´´
397.629 636.674Responsabilidades por serviços prestados: Depósito e guarda de valores 856.693 2.420.349 De cobrança de valores 40.278 51.946
896.971 2.472.295
1.801.016 3.778.102
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica “Activos dados em garantia” inclui títulos dados em garantia ao
Banco Central Europeu nos montantes de 20.249 mEuros e 105.800 mEuros, respectivamente.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 226
34. RELATO POR SEGMENTOS
Para cumprimento dos requisitos do IFRS 8, o Banco adoptou os seguintes segmentos de negócio:
- Negociação e vendas: compreende a actividade bancária relacionada com a gestão da carteira própria de
títulos, operações de mercado monetário e cambial, recepção e transmissão de ordens em relação com um
ou mais instrumentos financeiros e execução de ordens por conta de clientes;
- Banca de investimentos/retalho: compreende a actividade bancária de investimento e a junto dos
particulares e empresários em nome individual, tais como a recepção de depósitos e de outros fundos
reembolsáveis, empréstimos, concessão de garantias e assunção de outros compromissos. Inclui também
o montante total devido à Instituição pelo cliente ou grupo de clientes ligados entre si.
- Banca comercial: actividades creditícia e de captação de recursos junto de empresas, bem como a tomada
de fundos para fazer face aos compromissos com a concessão de crédito;
- Gestão de activos: inclui as actividades associadas à gestão de carteiras de clientes, gestão de fundos de
investimento mobiliário e imobiliário, sejam abertos ou fechados, e de fundos discricionários de gestão de
patrimónios;
- Crédito especializado: inclui todas as actividades de concessão de crédito especializado, nomeadamente
automóvel e ao consumo;
- Seguro Vida: inclui a actividade desenvolvida pela Real Vida Seguros, S.A. (actividade Vida);
- Outros: compreende todos os segmentos de actividade que não foram contemplados nas linhas de negócio
anteriores.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 227
A distribuição dos principais activos, passivos e rubricas de resultados por linhas de negócio e mercados
geográficos nos exercícios de 2011 e 2010 é a seguinte:
2011
Negociação e vendas
Banca de retalho
Banca comercial Outros Total
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 107.493 - - - 107.493
Disponibilidades em outras instituições de crédito 53.761 - - - 53.761
Aplicações em instituições de crédito 150.055 - - - 150.055
Activos financeiros detidos para negociação 18.880 - - - 18.880
Activos financeiros disponíveis para venda 49.951 - - - 49.951
Crédito a clientes - 698.899 2.447.197 - 3.146.096
Activos não correntes detidos para venda - - - 1.029.558 1.029.558
Outros 10.135 - - 73.307 83.442
Activo líquido total 390.275 698.899 2.447.197 1.102.865 4.639.236
Recursos de outras instituições de crédito 457.138 - - - 457.138
Recursos de Bancos Centrais - - - - -
Recursos de clientes e outros empréstimos - 1.167.903 491.006 - 1.658.909
Responsabilidades representadas por títulos 1.580.645 - - - 1.580.645
Passivos não correntes detidos para venda - - - 922.902 922.902
Outros 245.674 - - 268.587 514.261
Passivo Total 2.283.457 1.167.903 491.006 1.191.489 5.133.855
2011
Negociação e vendas
Banca de retalho
Banca comercial Outros Total
Margem financeira estrita (34.652) (27.160) 120.037 (596) 57.629
Rendimentos de instrumentos de capital 217 - - - 217
Rendimentos de serviços e comissões 5.733 7.042 - 18.023 30.798
Encargos com serviços e comissões (2.527) (12.232) - (11) (14.770)
Resultados de activos e passivos financeiros avaliadosao justo valor através de resultados 291 - - - 291
Resultados de activos financeiros disponíveis para venda (1.382) - - - (1.382)
Resultados da reavaliação cambial 3.628 - - - 3.628
Resultados da alienação de outros activos - - - (125) (125)
Outros resultados de exploração - - - 1.908 1.908
Produto bancário (28.692) (32.350) 120.037 19.199 78.194
Outros custos e proveitos (165.325)
Resultado líquido do exercício (87.131)
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 228
2010
Negociação e vendas
Banca de retalho
Banca comercial Outros Total
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 135.424 - - - 135.424
Disponibilidades em outras instituições de crédito 64.642 - - - 64.642
Aplicações em instituições de crédito 210.473 - - - 210.473
Activos financeiros detidos para negociação 21.915 - - - 21.915
Activos financeiros disponíveis para venda 35.762 - - - 35.762
Crédito a clientes - 746.126 2.437.755 - 3.183.881
Activos não correntes detidos para venda - - - 3.272.742 3.272.742
Outros - - - 91.807 91.807
Activo líquido total 468.216 746.126 2.437.755 3.364.549 7.016.646
Recursos de instituições de crédito e bancos centrais 772.654 - 70.017 13.278 855.949
Recursos de clientes e outros empréstimos - 1.634.277 540.048 - 2.174.325
Responsabilidades representadas por títulos 655.061 - - - 655.061
Passivos não correntes detidos para venda - - - 5.007.942 5.007.942
Outros - - - 464.647 464.647
Passivo Total 1.427.715 1.634.277 610.065 5.485.867 9.157.924
2010
Negociação e vendas
Banca de retalho
Banca comercial Outros Total
Margem financeira estrita (64.782) (16.721) 117.954 (2.937) 33.514
Rendimentos de instrumentos de capital 489 - - - 489
Rendimentos de serviços e comissões 5.740 7.050 26 17.021 29.837
Encargos com serviços e comissões (3.548) (17.184) - (16) (20.748)
Resultados de activos e passivos financeiros avaliadosao justo valor através de resultados 19.066 - (47) - 19.019
Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 2.310 - 401 - 2.711
Resultados da reavaliação cambial 4.168 - 4.547 (3.999) 4.716
Resultados da alienação de outros activos - - (162) (1.883) (2.045)
Outros resultados de exploração - - (67) 4.135 4.068
Produto bancário (36.557) (26.855) 122.652 12.321 71.561
Outros custos e proveitos - - (4.895) (205.772) (198.204)
Resultado líquido do exercício (126.643)
Os principais critérios de alocação utilizados pelo Grupo na construção destes mapas foram os seguintes:
• Para as rubricas “Crédito a clientes” e “Recursos de clientes e outros empréstimos”, detalhou a informação
entre “Particulares e “Empresas”, tendo alocado os respectivos saldos a “Banca de investimento/retalho” e
“Banca comercial”, respectivamente.
• A rubrica “Recursos de instituições de crédito” e “Recursos de bancos centrais”, foram alocadas a “Banca
comercial” dado que a finalidade é serem utilizados na actividade normal do Grupo.
• Os outros activos e passivos foram considerados em “Outros”, dado a impossibilidade de alocação
segmental.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 229
Mercados Geográficos
Portugal
Resto da União
EuropeiaAmérica Latina África Outros Total
Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito (líquido) 132.602 8.241 - - 170.356 311.199
Aplicações em títulos e derivados 63.809 4.810 - - 212 68.831
Crédito a clientes 3.071.198 49.655 - - 25.243 3.146.096
Activos não correntes detidos para venda 887.075 - 142.483 - - 1.029.558
Outros 83.442 - - - - 83.442
Activo líquido total 4.238.126 62.706 142.483 - 195.811 4.639.126
Recursos de instituições de crédito e bancos centrais 457.138 - - - - 457.138
Recursos de clientes e outros empréstimos 1.587.049 41.631 - - 30.229 1.658.909
Passivos não correntes detidos para venda 712.398 - 210.504 - - 922.902
Responsabilidades representadas por títulos 1.580.645 - - - - 1.580.645
Passivos subordinados 245.674 - - - - 245.674
Outros 268.587 - - - - 268.587
Passivo Total 4.851.491 41.631 210.504 - 30.229 5.133.855
2011
Portugal
Resto da União
EuropeiaAmérica Latina África Outros Total
Juros e rendimentos similares
Juros e encargos similares
Margem Financeira 52.690 734 - - 4.205 57.629
Rendimentos de instrumentos de capital 217 - - - - 217
Rendimentos de serviços e comissões 30.798 - - - - 30.798
Encargos com serviços e comissões (14.771) - - - - (14.771)
Resultados em operações financeiras 2.429 (11) - - (6) 2.412
Outros resultados de exploração 1.908 - - - - 1.908
Produto da actividade bancária 73.272 723 - - 4.199 78.194
Outros custos e proveitos (165.325) - - - - (165.325)
Resultado líquido do exercício (92.053) 723 - - 4.199 (87.131)
2011
Portugal
Resto da União
EuropeiaAmérica Latina África Outros Total
Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito (líquido) 405.796 4.743 - - - 410.539
Aplicações em títulos e derivados 57.677 - - - - 57.677
Crédito a clientes 3.183.881 - - - - 3.183.881
Activos não correntes detidos para venda 3.065.439 - 207.303 - - 3.272.742
Outros 91.196 8 603 - - 91.807
Activo líquido total 6.803.989 4.751 207.906 - - 7.016.646
Recursos de instituições de crédito e bancos centrais 854.455 1.494 - - - 855.949
Recursos de clientes e outros empréstimos 2.174.325 - - - - 2.174.325
Passivos não correntes detidos para venda 4.805.141 - 202.801 - - 5.007.942
Responsabilidades representadas por títulos 655.061 - - - - 655.061
Passivos subordinados 245.497 - - - - 245.497
Outros 219.120 30 - - - 219.150
Passivo Total 8.953.599 1.524 202.801 - - 9.157.924
2010
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 230
Portugal
Resto da União
EuropeiaAmérica Latina África Outros Total
Juros e rendimentos similares 188.672 2.950 - - - 191.622
Juros e encargos similares (157.075) (1.033) - - - (158.108)
Margem Financeira 31.597 1.917 - - - 33.514
Rendimentos de instrumentos de capital 489 - - - - 489
Rendimentos de serviços e comissões 29.047 790 - - - 29.837
Encargos com serviços e comissões (20.692) (56) - - - (20.748)
Resultados em operações financeiras 24.394 7 - - - 24.401
Outros resultados de exploração 1.788 2.280 - - - 4.068
Produto da actividade bancária 66.623 4.938 - - - 71.561
Outros custos e proveitos (187.871) 3.036 (13.369) - (198.204)
Resultado líquido do exercício (121.248) 7.974 (13.369) - (126.643)
2010
35. ENTIDADES RELACIONADAS
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, são consideradas entidades relacionadas do BPN, a Direcção Geral do
Tesouro e Finanças (accionista), outras entidades do Estado Português, o Fundo de Pensões do Grupo BPN,
as entidades associadas do Grupo BPN e os órgãos de gestão do Banco.
Nome SedeEmpresas associadas
Outras EntidadesErgorent - Aluguer e Comércio de Equipamentos e Serviços, S.A. PortugalLocagest - Aluguer e Participações, Lda PortugalNearent - Aluguer e Comércio de Equipamentos, S.A. PortugalNearent Ibérica, S.L. Espanha
Membros do Conselho de Administração do BPNPedro Manuel de Oliveira CardosoMário Manuel Faria GasparJorge António Beja PessoaRui Manuel Correia PedrasNorberto Emílio Sequeira da RosaOutras entidades do Estado PortuguêsAccionista do BPNCaixa Geral de Depósitos, S.A.Direcção Geral do Tesouro e Finanças
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 231
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as demonstrações financeiras do Grupo incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:
Outras Direcção Geral Caixa entidades do Membros do
do Tesouro Geral de Estado Conselho de
e Finanças Depósitos Português Associadas Administração
Activos:
Aplicações em instituições de créditoTítulos e Instrumentos Financeiros derivados de Crédito a clientes
Outros activos
Passivos:Recursos de clientes e outros empréstimosResponsabilidades representadas por títulosOutros passivos
Garantias prestadas
Proveitos:Juros e rendimentos similaresRendimentos de serviços e comissõesOutros proveitos de exploração
Custos:Juros e encargos similaresComissõesOutros custos de exploração
- - - - -
2011
Outras Direcção Geral Caixa entidades do Membros do
do Tesouro Geral de Estado Conselho de
e Finanças Depósitos Português Associadas Administração
Activos:
Aplicações em instituições de crédito - 3.209 - - -Títulos e Instrumentos Financeiros derivados de negociação - - - 76 -Crédito a clientes - - 30.174 4.570 70Outros activos 262 - - 8.382 -
Passivos:Recursos de clientes e outros empréstimos - - 3.828 4 -Responsabilidades representadas por títulos - 3.099.270 - -Outros passivos 2.396 1.149.000 792.617 115 -
Garantias prestadas 2.140 - - 81 -
Proveitos:Juros e rendimentos similares - - - 168 -Rendimentos de serviços e comissões - - - 43.182 -Outros proveitos de exploração - - - 669 -
Custos:Juros e encargos similares - 58.971 4.001 - -Comissões 7.337 3.548 - 1 -Outros custos de exploração - 433 51 3 481
12.135 4.314.431 830.671 57.251 551
2010
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 232
36. GESTÃO DE CAPITAL
As demonstrações financeiras consolidadas do Banco relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de
2011, apresentam capitais próprios negativos no montante de 494.619 mEuros, situação que põe em causa a
continuidade das operações do Banco. Em 15 de Fevereiro de 2012, o accionista do Banco procedeu à
realização de prestações acessórias pecuniárias e não onerosas no montante de 600.000 mEuros.
Adicionalmente, durante o exercício de 2010, o Estado Português, accionista do BPN, aprovou a
reprivatização do Banco através do Decreto-Lei n.º 2/2010 de 5 de Janeiro, tendo em 9 de Dezembro de 2011
celebrado um acordo quadro com o Banco BIC Português, S.A.. Deste modo, a continuidade das operações
do Banco está dependente do sucesso da concretização do modelo de reprivatização e das suas operações
futuras.
37. CONTINGÊNCIAS
Em 31 de Dezembro de 2011, existem sobre o Banco e as suas principais filiais um conjunto de processos
judiciais, laborais e de outra natureza, cuja decisão final por parte dos respectivos tribunais ainda não foi
proferida. O montante total reclamado pelos autores das diversas acções judiciais é o seguinte:
Processos de natureza judicial 352.312
Processos de natureza laboral 7.774
Processos de outra natureza 17.569
----------
377.655
======
Para a grande maioria dos processos, com base nos pareceres dos advogados internos e externos, o Banco
considera que a decisão lhe será favorável. Para fazer face a contingências decorrentes dos processos que o
Banco e as suas filiais consideram que a decisão poderá vir a ser desfavorável, existem em 31 de Dezembro
de 2011, provisões no montante de 40.876 mEuros nas rubricas “Provisões para outros riscos e encargos” e
“Passivos não correntes detidos para venda – Provisões”, conforme o seguinte detalhe:
Provisões para outros riscos e encargos (Nota 19) 34.157
Passivos não correntes detidos para venda – Provisões (Nota 10) 6.719
-----------
40.876
======
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os processos de natureza judicial incluem uma acção interposta por um
cliente relacionada com uma opção de venda de acções da Galilei, SGPS, S.A., que era detida por este. O
BPN, baseado em pareceres jurídicos obtidos em 2010, não registou a responsabilidade na aquisição de um
lote adicional de 7.107.091 acções detidas por aquele cliente. O Conselho de Administração do Banco
entende que a decisão da acção judicial lhe será favorável, não tendo deste modo, constituído qualquer
provisão para este processo judicial (Nota 9).
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 233
38. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS Políticas de gestão do risco
Risco de Taxa de Juro
O risco de taxa de juro pode ser definido como o impacto nos resultados e nos capitais próprios de uma
variação adversa das taxas de juro de mercado. O BPN incorre na assunção de risco de taxa de juro sempre
que, no desenvolvimento da sua actividade, contrata operações com fluxos financeiros futuros sensíveis a
eventuais variações da taxa de juro.
O BPN monitoriza regularmente o risco estrutural de taxa de juro com base em análises de sensibilidade da
margem financeira e dos fundos próprios prudenciais face a uma subida instantânea e paralela da curva de
taxas de juro em 200 pontos base. Esta avaliação é efectuada com base na técnica de gap analysis, segundo
a qual todos os activos e passivos sensíveis a variações na taxa de juro e não associáveis às carteiras de
negociação são distribuídos de acordo com as suas maturidades ou datas de repricing residuais. Esta análise
segue as recomendações do Comité de Supervisão Bancária de Basileia e da Instrução nº 19/2005 do Banco
de Portugal.
A política adoptada visa minimizar o impacto de um eventual choque adverso na margem e nos fundos
próprios prudenciais.
Risco de Liquidez
O risco de liquidez é o risco de uma instituição não possuir recursos suficientes para financiar os seus activos
ou para honrar os seus compromissos sem incorrer em perdas inaceitáveis.
A gestão do risco de liquidez baseia-se na análise semanal dos prazos residuais de maturidade dos
diferentes activos e passivos do balanço, evidenciando, para cada um dos intervalos considerados, os
volumes de cash inflows e cash outflows esperados, bem como os respectivos gaps de liquidez.
Adicionalmente, são construídos semanalmente dois cenários com base em diferentes pressupostos: um
cenário optimista e um cenário pessimista (este último equivalente a um cenário de stress) com vista à
determinação de um intervalo de oscilação para as necessidades de financiamento nos vários prazos.
O controlo e reporte do risco de liquidez para o Banco de Portugal é efectuado mensalmente ao abrigo do
exercício de monitorização descrito na Instrução nº 13/2009.
Risco de Mercado
O risco de mercado é o risco da existência de perdas decorrentes da variação adversa de valor de um
instrumento financeiro como consequência da variação de factores de risco, nomeadamente taxa de juro,
taxa de câmbio, spreads de crédito, preços de acções e preços de mercadorias.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 234
O risco de mercado é medido diariamente em termos de sensibilidade a variações nos factores de risco,
como sejam a taxa de juro (basis point value) e as taxas de câmbio. Os limites de exposição são controlados
diariamente por um órgão distinto da área de negócio, no respeito pelo princípio da segregação de funções.
Risco Cambial
O risco cambial representa o risco de perdas devido a variações adversas nas taxas de câmbio. O seu
controlo e avaliação são efectuados a nível individual diariamente e mensalmente a nível consolidado. Em
termos de negociação encontram-se definidos limites à exposição a cada moeda e a todas as moedas
globalmente, os quais são estabelecidos de forma a minizar o risco tendo em conta as restrições
operacionais.
Natureza e extensão dos riscos resultantes de instru mentos financeiros
Risco de liquidez
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os cash-flows previsionais (não descontados), dos instrumentos
financeiros, de acordo com a respectiva maturidade contratual, apresentam o seguinte detalhe:
2011Prazos residuais contratuais
Até De 1 mês a De 3 meses a De 6 meses a De 1 De 3 De 5 Mais de 1 mês a 3 meses a 6 meses a 1 ano a 3 anos a 5 anos a 10 anos 10 anos Indeterminado Total
ActivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais 107.493 - - - - - - - - 107.493Disponibilidades em outras instituições de crédito 53.761 - - - - - - - - 53.761Aplicações em instituições de crédito 150.055 - - - - - - - - 150.055Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - - 79 79Activos financeiros disponíveis para venda - 2.186 20.097 - 5.590 15.298 - 252 6.527 49.951Activos não correntes detidos para venda 82.202 51.697 60.843 72.138 278.360 149.769 114.702 23.543 196.305 1.029.558Crédito a clientes 448.659 117.863 302.270 276.169 167.077 363.750 714.042 756.267 - 3.146.097
842.170 171.747 383.209 348.307 451.027 528.817 828.743 780.062 202.912 4.536.994
PassivosRecursos de Instituições de Crédito e Bancos Centrais 452.999 4.139 - - - - - - - 457.138Recursos de clientes e outros empréstimos 643.748 415.734 340.513 183.706 44.502 15.145 13.616 1.946 - 1.658.909Responsabilidades representadas por títulos - - 1.402.823 - - - - 177.822 - 1.580.645Passivos não correntes detidos para venda 87.226 181.967 74.711 19.392 557 17.644 105.070 - 436.336 922.902Outros passivos subordinados - - - - 100.229 50.040 - 95.405 - 245.674
1.183.973 601.840 1.818.047 203.097 145.288 82.829 118.685 275.173 436.336 4.865.268Diferencial (341.803) (430.093) (1.434.838) 145.209 305.739 445.988 710.058 504.890 (233.424) (328.274)
2010Prazos residuais contratuais
Até De 1 mês a De 3 meses a De 6 meses a De 1 De 3 De 5 Mais de 1 mês a 3 meses a 6 meses a 1 ano a 3 anos a 5 anos a 10 anos 10 anos Indeterminado Total
ActivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais 135.424 - - - - - - - - 135.424Disponibilidades em outras instituições de crédito 64.642 - - - - - - - - 64.642Aplicações em instituições de crédito 209.360 1.113 - - - - - - - 210.473Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - - 115 115Activos financeiros disponíveis para venda - 2.083 2.907 779 7.601 16.788 - - 5.604 35.762Activos não correntes detidos para venda 660.585 68.653 71.519 97.369 349.393 230.246 451.774 211.316 1.131.887 3.272.742Crédito a clientes (saldos brutos) 379.233 302.815 349.089 243.159 298.654 547.779 419.462 732.051 198.620 3.470.862
1.449.244 374.664 423.515 341.307 655.648 794.813 871.236 943.367 1.336.226 7.190.020
PassivosRecursos de Instituições de Crédito e Bancos Centrais 777.930 74.019 - 4.000 - - - - - 855.949Recursos de clientes e outros empréstimos 772.672 553.040 455.655 192.411 133.674 39.354 23.878 3.641 - 2.174.325Responsabilidades representadas por títulos 397 358.019 55.981 15.176 85.707 29.119 63.581 47.081 - 655.061Passivos não correntes detidos para venda 96.242 242.218 131.984 77.826 56.278 36.345 3.902.384 3.533 461.132 5.007.942Outros passivos subordinados - - - - 150.419 - - 95.078 - 245.497
1.647.241 1.227.296 643.620 289.413 426.078 104.818 3.989.843 149.333 461.132 8.938.774Diferencial (197.997) (852.632) (220.105) 51.894 229.570 689.995 (3.118.607) 794.034 875.094 (1.748.754)
Os pressupostos utilizados na elaboração deste mapa foram os seguintes:
• Não foram incluídos juros projectados nem saldos relativos a derivados, dado que o Grupo encontra-se a desenvolver ferramentas que permitam de futuro a preparação desta informação;
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 235
• As rubricas “Activos não correntes detidos para venda” e “Passivos não correntes detidos para venda” incluem instrumentos não financeiros nos montantes de 196.305 mEuros e 1.131.887 mEuros, respectivamente, que foram considerados na coluna “Indeterminado”.
Risco de taxa de juro
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o desenvolvimento do valor nominal dos instrumentos financeiros com
exposição a risco de taxa de juro, em função da sua maturidade ou data de refixação, é apresentado no
quadro seguinte:
2011
Datas de refixação / Datas de maturidade>7 dias > 1 mês > 3 meses > 6 meses > 12 meses
<= 7 dias <= 1 mês <= 3 meses <= 6 meses <= 12 meses <= 3 anos > 3 anos Indeterminado Total
ActivoCaixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 107.493 - - - - - - - 107.493Disponibilidades em outras instituições de crédito 53.761 - - - - - - - 53.761Aplicações em instituições de crédito 150.055 - - - - - - - 150.055Carteira de títulos
Negociação - - - - - - - 79 79Outros - - 2.186 20.097 1.988 5.590 13.573 6.517 49.951
Activos não correntes detidos para venda 140.358 63.599 85.586 74.749 81.579 264.113 124.829 194.745 1.029.558Crédito a clientes (bruto) 446.510 774.277 1.361.811 464.883 62.584 8.708 27.323 - 3.146.096
898.177 837.876 1.449.583 559.729 146.151 278.411 165.725 201.341 4.536.993
PassivosRecursos de Instituições de Crédito e Bancos Centrais (231.589) (221.411) (4.138) - - - - - (457.138)Recursos de clientes e outros empréstimos (108.390) (225.103) (414.851) (335.244) (176.558) (35.269) (14.165) (349.329) (1.658.909)Responsabilidades representadas por títulos - - - (1.402.823) - - (177.822) - (1.580.645)Passivos não correntes detidos para venda (27.629) (45.905) (202.212) (78.413) (97.454) (767) 65.878 (536.399) (922.901)Outros passivos subordinados - - (95.062) (150.612) - - - - (245.674)
(367.608) (492.419) (716.263) (1.967.092) (274.012) (36.036) (126.109) (885.728) (4.865.267)
Derivados (valor nocional)Interest Rate Swaps (IRSs) (7) 40 (164) 154 (7) (47) 31 - -
(7) 40 (164) 154 (7) (47) 31 - -
Exposição Líquida 530.562 345.497 733.156 (1.407.209) (127.868) 242.328 39.647 (684.387) (328.274)
2010
Datas de refixação / Datas de maturidade>7 dias > 1 mês > 3 meses > 6 meses > 12 meses
<= 7 dias <= 1 mês <= 3 meses <= 6 meses <= 12 meses <= 3 anos > 3 anos Indeterminado Total
ActivoCaixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 135.424 - - - - - - - 135.424Disponibilidades em outras instituições de crédito 64.642 - - - - - - - 64.642Aplicações em instituições de crédito 192.693 - 17.780 - - - - - 210.473Carteira de títulos
Negociação - - - - - - - 115 115Activos financeiros disponíveis para venda - - 2.083 3.944 24.130 - - 5.605 35.762
Activos não correntes detidos para venda 476.545 653.509 148.184 139.837 95.594 502.041 152.270 1.104.762 3.272.742Crédito a clientes (bruto) 438.699 811.523 1.402.022 431.346 141.232 14.088 33.332 198.620 3.470.862
1.308.003 1.465.032 1.570.069 575.127 260.956 516.129 185.602 1.309.102 7.190.020
PassivosRecursos de Instituições de Crédito e Bancos Centrais (775.949) (2.000) (74.000) - (4.000) - - - (855.949)Recursos de clientes e outros empréstimos (122.185) (335.677) (576.291) (435.351) (176.079) (152.144) (21.601) (354.997) (2.174.325)Responsabilidades representadas por títulos (28.014) (102.476) (148.147) (364.862) (1.235) (3.802) (6.525) - (655.061)Passivos não correntes detidos para venda (78.629) (80.049) (228.419) (184.532) (3.946.891) (13.467) (6.480) (469.475) (5.007.942)Outros passivos subordinados - - (95.078) (150.419) - - - - (245.497)
(1.004.777) (520.202) (1.121.935) (1.135.164) (4.128.205) (169.413) (34.606) (824.472) (8.938.774)
Derivados (valor nocional)Interest Rate Swaps (IRSs) 110.331 330.995 (298.628) - (116.573) (87.860) 61.735 - -
110.331 330.995 (298.628) - (116.573) (87.860) 61.735 - -
Exposição Líquida 413.557 1.275.825 149.506 (560.037) (3.983.822) 258.856 212.731 484.630 (1.748.754)
Os pressupostos utilizados na elaboração deste mapa foram os seguintes:
• A rubrica “Activos financeiros detidos para negociação” não inclui os saldos relativos à reavaliação positiva
dos derivados, dado serem apresentados em rubrica separada, no caso dos Interest rate swaps (IRS).
Relativamente aos restantes derivados, o Grupo encontra-se a desenvolver ferramentas que permitam de
futuro a preparação desta informação;
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 236
• As rubricas “Activos não correntes detidos para venda” e “Passivos não correntes detidos para venda”
incluem instrumentos não financeiros nos montantes de 1.104.762 mEuros e 204.891 mEuros,
respectivamente, que foram considerados na coluna “Indeterminado”.
Risco de crédito
Qualidade do risco de crédito
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os instrumentos financeiros apresentam a seguinte composição de
acordo com o rating de referência utilizado pelo Banco:
2011 2010
Activos financeiros disponíveis para venda (líquido de imparidade)A- até A+ - 7.962Menor que A- 29.102 -Sem Rating 20.849 22.935
49.951 30.897
Emitidos por:Corporates 20.849 22.935Governos e outras autoridades locais 29.102 7.962
49.951 30.897
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a carteira de “Activos financeiros disponíveis para venda” é composta
unicamente por Obrigações do Tesouro do Estado Português e por papel comercial emitido por empresas
nacionais.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, existiam instrumentos de capital, cujo valor contabilístico líquido de
imparidade ascendia a 26.780 e 161.719 mEuros, respectivamente, que não foram considerados nos mapas
acima.
Exposição máxima ao risco de crédito
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumento
financeiro, excluindo os títulos em carteira, pode ser resumida como segue:
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 237
2011 2010
Patrimoniais: Crédito a clientes 3.454.881 3.470.862 Disponibilidades em outras instituições de crédito 53.761 64.642 Aplicações em instituições de crédito 150.055 210.589
3.658.697 3.746.093
Extrapatrimoniais: Garantias prestadas 499.988 546.180 Compromissos revogáveis e irrevogáveis 376.269 636.674
876.257 1.182.8544.534.954 4.928.947
Risco de mercado
O risco de mercado corresponde ao risco de variação do justo valor ou dos “cash-flows” dos instrumentos
financeiros em função de alterações nos preços de mercado, incluindo os seguintes riscos: taxa de juro,
cambial e de preço.
Risco de Taxa de juro
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o impacto no justo valor dos instrumentos financeiros sensíveis a risco
de taxa de juro de deslocações paralelas na curva das taxas de juro de referência de 50, 100 e 200 basis
points (bp), respectivamente, pode ser demonstrado pelos seguintes quadros:
2011-200 bp -100 bp -50 bp +50 bp +100 bp +200 bp
Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 43 22 11 (11) (22) (43)Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 23 11 6 (6) (11) (23)Aplicações em Instituições de Crédito 144 72 36 (36) (72) (144)Carteira de Títulos
Negociação - - - - - -Outros 3.910 1.955 977 (977) (1.955) (3.910)
Activos não correntes detidos para venda 17.106 8.553 4.276 (4.276) (8.553) (17.106)Crédito a Clientes (saldos brutos) 25.744 12.872 6.436 (6.436) (12.872) (25.744)
Total activo sensível 46.970 23.485 11.742 (11.742) (23.485) (46.970)
Recurso de Outras Instituições de Crédito (5.130) (2.565) (1.283) 1.283 2.565 5.130Recursos de Clientes e Outros Empréstimos (9.531) (4.765) (2.383) 2.383 4.765 9.531Responsabilidades Representadas por Títulos (11.710) (5.855) (2.927) 2.927 5.855 11.710Passivos não correntes detidos para venda (218) (109) (54) 54 109 218Outros Passivos Subordinados (1.389) (694) (347) 347 694 1.389
Total Passivo Sensível (27.978) (13.988) (6.994) 6.994 13.988 27.978
Extrapatrimoniais - - - - - -
Total Ganho / Perda 18.992 9.497 4.748 (4.748) (9.497) (18.992)
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 238
2010-200 bp -100 bp -50 bp +50 bp +100 bp +200 bp
Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 54 27 14 (14) (27) (54)Aplicações em Instituições de Crédito 134 67 33 (33) (67) (134)Carteira de Títulos
Negociação - - - - - -Outros 383 191 96 (96) (191) (383)
Activos não correntes detidos para venda 29.481 14.740 7.370 (7.370) (14.740) (29.481)Crédito a Clientes (saldos brutos) 13.245 6.622 3.311 (3.311) (6.622) (13.245)Investimentos a deter até à maturidade (saldos brutos) - - - - - -
Total activo sensível 43.296 21.648 10.824 (10.824) (21.648) (43.296)
Recurso de Outras Instituições de Crédito (604) (302) (151) 151 302 604Recursos de Clientes e Outros Empréstimos (14.906) (7.453) (3.727) 3.727 7.453 14.906Responsabilidades Representadas por Títulos (3.732) (1.866) (933) 933 1.866 3.732Passivos não correntes detidos para venda (59.886) (29.943) (14.971) 14.971 29.943 59.886Outros Passivos Subordinados (1.387) (694) (347) 347 694 1.387
Total Passivo Sensível (80.515) (40.258) (20.129) 20.129 40.258 80.515
Extrapatrimoniais 2.931 1.466 733 (733) (1.466) (2.931)
Total Ganho / Perda (34.288) (17.144) (8.572) 8.572 17.144 34.288
No quadro seguinte é apresentado o efeito na margem financeira projectada para os exercícios de 2011 e
2010, respectivamente, de uma deslocação paralela das curvas de taxas de juro de 50, 100 e 200 bp que
indexam os instrumentos financeiros sensíveis a variações na taxa de juro:
Projecção Margem Financeira - Exercício de 2012-200 bp -100 bp -50 bp +50 bp +100 bp +200 bp
Proveitos com Juros (65.575) (32.787) (16.394) 16.394 32.787 65.575
Custos com Juros 54.522 27.261 13.631 (13.631) (27.261) (54.522)
Margem Financeira (11.053) (5.526) (2.763) 2.763 5.526 11.053
Projecção Margem Financeira - Exercício de 2011-200 bp -100 bp -50 bp +50 bp +100 bp +200 bp
Proveitos com Juros (96.805) (48.402) (24.201) 24.201 48.402 96.805
Custos com Juros 88.652 44.326 22.163 (22.163) (44.326) (88.652)
Margem Financeira (8.153) (4.076) (2.038) 2.038 4.076 8.153
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 239
Risco Cambial
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os instrumentos financeiros apresentam o seguinte detalhe por moeda:
2011Moeda
ActivoCaixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 105.903 939 270 - 381 107.493Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 39.946 9.456 879 49 3.431 53.761Aplicações em Instituições de Crédito (saldos brutos) 78.735 71.323 - - - 150.058Activos Financeiros Detidos para Negociação 18.554 326 - - - 18.880Activos Financeiros Disponíveis para Venda (saldos brutos) 48.393 1.281 - - 23.117 72.791Crédito a Clientes (saldos brutos) 3.321.741 133.138 2 - - 3.454.881Activos não correntes detidos para venda (saldos brutos) 1.259.356 - - - - 1.259.356Outros 112.563 5.416 11.267 2.657 59.896 191.799
4.985.191 221.879 12.418 2.706 86.825 5.309.019
PassivoRecursos de Instituições de Crédito e Bancos Centrais (337.895) (37.795) (450) (1.850) (79.148) (457.138)Recursos de Clientes e Outros Empréstimos (1.638.103) (14.885) (3.511) (32) (2.378) (1.658.909)Responsabilidades Representadas por Títulos (1.520.558) - - - (60.087) (1.580.645)Passivos Subordinados (239.442) - - - (6.232) (245.674)Passivos não correntes detidos para venda (922.902) - - - - (922.902)Outros (234.545) (6.680) (7.183) (820) (19.359) (268.587)
(4.893.445) (59.360) (11.144) (2.702) (167.204) (5.133.855)
Derivados (Nocionais)Operações Cambiais a Prazo 985 1.026 - - - 2.011
Exposição Líquida 92.731 163.545 1.274 4 (80.379) 177.175
TotalEurosDólares Norte
Americanos
Libra Esterlina
IeneOutras
Moedas
2010Moeda
ActivoCaixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 134.249 589 196 2 388 135.424Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito 53.457 9.479 365 51 1.290 64.642Aplicações em Instituições de Crédito (saldos brutos) 141.691 68.752 141 - 5 210.589Activos Financeiros Detidos para Negociação 21.799 116 - - - 21.915Activos Financeiros Disponíveis para Venda (saldos brutos) 58.409 207 - - - 58.616Crédito a Clientes (saldos brutos) 3.423.847 46.782 213 - 20 3.470.862Activos não correntes detidos para venda (saldos brutos) 4.521.782 355.254 4.933 133 216.614 5.098.716Outros 73.405 96.403 13.553 2.421 4.174 189.955
8.428.639 577.582 19.401 2.607 222.491 9.250.719
PassivoRecursos de Instituições de Crédito e Bancos Centrais (441.211) (411.107) (2.129) (1.042) (460) (855.949)Recursos de Clientes e Outros Empréstimos (2.143.463) (24.577) (4.168) (148) (1.969) (2.174.325)Responsabilidades Representadas por Títulos (655.061) - - - - (655.061)Passivos Subordinados (245.497) - - - - (245.497)Passivos não correntes detidos para venda (4.473.835) (390.331) (1.821) (23) (141.932) (5.007.942)Outros (180.517) (25.734) (8.170) (1.283) (3.446) (219.150)
(8.139.584) (851.749) (16.288) (2.496) (147.807) (9.157.924)
Derivados (Nocionais)Operações Cambiais a Prazo 1.000 1.014 - - - 2.014
Exposição Líquida 290.055 (273.153) 3.113 111 74.684 94.809
Outras Moedas
TotalEurosDólares Norte
Americanos
Libra Esterlina
Iene
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 240
Na elaboração destes mapas foi considerado que a rubrica “Activos financeiros detidos para negociação” não
inclui os saldos relativos à reavaliação positiva dos derivados, dado serem apresentados em rubrica
separada.
Justo Valor
A comparação entre o justo valor e o valor de balanço dos principais activos e passivos registados pelo custo
amortizado, em 31 de Dezembro de 2011, é apresentado como se segue:
2011Saldos não
Saldos analisados analisadosValor de Justo Valor de Valor debalanço valor Diferença balanço balanço total
ActivoCaixa e disponibilidades em bancos centrais 107.493 107.493 - - 107.493Disponibilidades em outras instituições de crédito 53.761 53.761 - - 53.761Aplicações em instituições de crédito 150.055 150.055 - - 150.055Activos não correntes detidos para vendaCrédito a clientes (saldos brutos) -
311.309 311.309 - - 311.309
Passivo
Recursos de clientes e outros empréstimos 1.658.909 1.657.966 (943) - 1.658.909Responsabilidades representadas por títulos 1.580.645 1.478.466 (102.179) - 1.580.645Passivos não correntes detidos para venda
Outros passivos subordinados 245.674 137.086 (108.588) - 245.674
3.485.228 3.273.518 (211.710) - 3.485.228
Os pressupostos utilizados na elaboração destes mapas foram os seguintes:
• As rubricas “Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais”, “Disponibilidades em outras instituições de
crédito” e “Aplicações em instituições de crédito”: dado tratarem-se de aplicações à vista ou de muito curto
prazo, o Banco considera que o valor contabilístico é uma aproximação razoável do seu justo valor;
• A rubrica “Saldos não analisados” do “Crédito a clientes” inclui o crédito vencido, papel comercial e os
juros corridos;
• Recursos de clientes: Do total de recursos de clientes mantidos junto do Banco em 31 de Dezembro de
2011, o montante de _____ mEuros corresponde a recursos à vista ou de muito curto prazo. Para estes, o
Banco considera que o valor contabilístico é uma aproximação razoável do seu justo valor, uma vez que a
sua política de pricing dos depósitos se manteve constante ao longo do ano. Para os restantes, que
ascendem em 31 de Dezembro de 2011, a _____ mEuros, o Banco aplicou em cada um dos prazos as
taxas médias praticadas pela sala de mercados para captação de recursos;
• Responsabilidades representadas por títulos: Esta rubrica inclui as emissões de papel comercial do
Banco, emitidas com garantias da República Portuguesa e totalmente subscritas pela Caixa Geral de
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 241
Depósitos. Pelo facto de as emissões de papel comercial nesta rubrica serem de curto prazo, o Banco
considera que o valor contabilístico é uma aproximação razoável do seu justo valor;
• Outros passivos subordinados: Não existindo mercado, a emissão de obrigações subordinadas do BPN,
com maturidade em Junho de 2013, foi valorizada considerando um spread de crédito de médio. Para as
obrigações perpétuas considerou-se um preço de 42% do valor nominal.
Em 31 de Dezembro de 2011, o detalhe do apuramento do justo valor do crédito a clientes apresenta-se de
seguida:
2011
~´
Operações concedidas há menos de 12 meses - - -
Operações com plano financeiro definido - - -
Operações sem plano financeiro definido - - -
- - -
Valor de Balanço
Justo Valor
Diferença
As operações de crédito analisadas foram sujeitas ao desconto dos cash flows futuros (capital e juros) para
as datas de referência, à taxa de juro média ponderada pelo montante para créditos concedidos nos 6 meses
anteriores, para cada segmento analisado, sendo que para as operações sem plano financeiro definido
(créditos em conta corrente e descobertos em depósitos à ordem), foi assumido um cash flow futuro em 31 de
Janeiro pela totalidade do capital vincendo e juros até essa data.
Para as operações concedidas há menos de 12 meses, o Banco considera que o valor contabilístico é uma
aproximação razoável do seu justo valor.
Em 31 de Dezembro de 2011, as taxas médias utilizadas e os segmentos considerados com base nas
operações iniciadas nos 6 meses anteriores foram os seguintes:
BPN, S.A.
SegmentoNum.
OperaçõesCapital vincendo Capital vencido Valor de Balanço
Taxa Média Ponderada por
Montante
Accionistas SLN - - - - 0,0000%
Empresa - CC - - - - 0,0000%
Empresa - Emprest - - - - 0,0000%
Empresa - Outros - - - - 0,0000%
Grupo SLN (a) - - - - 0,0000%
Particular - CC - - - - 0,0000%
Particular - Emprest - - - - 0,0000%
Particular - Outros - - - - 0,0000%
(a) Para o segmento Grupo SLN não existem novas operações, deste modo utilizou-se a taxa média mais elevada do segmento empresas.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 242
Banco Efisa, S.A.
SegmentoNum.
OperaçõesCapital vincendo Capital vencido Valor de Balanço
Taxa Média Ponderada por
Montante
Empresa - CC - - - - 0,0000%
Empresa - Emprest - - - - 0,0000%
Empresa - Outros - - - - 0,0000%
Particular - CC - - - - 0,0000%
Particular - Emprest - - - - 0,0000%
Particular - Outros - - - - 0,0000%
Na elaboração deste quadro foram utilizadas as taxas médias do BPN para todos os segmentos.
Na elaboração deste quadro foram utilizadas as taxas médias do BPN para todos os segmentos.
O justo valor foi apurado através da fórmula ∑ Cfn / [(1+i)^n/365], sendo n o número de dias que medeiam
entre 31 de Dezembro e a data do cash flow, e sendo i a taxa de juro média ponderada pelo montante para
créditos concedidos nos últimos 6 meses, para cada segmento analisado.
Em 31 de Dezembro de 2011, a forma de apuramento do justo valor dos Instrumentos Financeiros
reflectidos nas demonstrações financeiras, pode ser resumida como se segue:
Activos financeiros detidos para negociação - - 18.801 79 18.880Activos não correntes detidos para venda - - - - -Activos financeiros disponíveis para venda 4.932 24.316 20.295 408 49.951Passivos financeiros de negociação - - (15.759) - (15.759)
4.932 24.316 23.337 487 53.072
Total
Técnicas de Valorização
Custo Histórico
Cotações de Mercado
Inputs Observáveis de Mercado
Fontes Externas
A rubrica de “Activos não correntes detidos para venda” engloba os valores correspondentes a títulos e
participações financeiras em entidades excluídas da consolidação.
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados 243
39. EVENTOS SUBSEQUENTES
Em 31 de Janeiro de 2012, o Banco efectuou uma operação de trespasse, no âmbito da qual foram
transferidas, para a Parvalorem, a totalidade das actividades exercidas pelos Gabinetes, Direcções, Unidades
e outras actividades, incluindo os colaboradores que faziam parte destas estruturas (Nota 30).
No exercício de 2011, no âmbito do processo de reprivatização do Banco, foi aprovada pelo Despacho n.º
825/11 – SETF de 3 de Junho, a aquisição pelo Estado Português, através da Direcção Geral do Tesouro e
Finanças, da totalidade das acções representativas do capital social das entidades acima referidas, operação
que se concretizou em Fevereiro de 2012. Com a aprovação deste despacho, as entidades Parvalorem e
Parups passaram, durante o exercício de 2011, a integrar o Sector Institucional das Administrações Públicas,
nos termos do código do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais, tendo o Conselho de
Administração do BPN, reflectido nas demonstrações financeiras do exercício de 2011, o reconhecimento dos
efeitos da alienação destas participadas, através da reversão por capitais próprios no montante de 1.780.800
mEuros.
Em 15 de Fevereiro de 2012, o Estado Português através da Direcção Geral do Tesouro e Finanças procedeu
ao reforço de capital próprio no montante de 600.000 mEuros, mediante a realização de prestações
acessórias pecuniárias e não onerosas, as quais ficam sujeitas ao regime jurídico das prestações
suplementares, conforme estabelecido no artigo 287º conjugado com os artigos 210º a 213º, todos do Código
das Sociedades Comerciais (Nota 22).
O Conselho de Administração do Banco tem a intenção de alienar, durante o exercício de 2012, operações de
crédito pelo valor líquido contabilístico, cujo montante não será inferior a 1.450.000 mEuros (Nota 11) e outros
activos às entidades Parvalorem, S.A., e Parups, S.A..
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados
244
BANCO PORTUGUÊS DE NEGÓCIOS
INVENTÁRIO DE TÍTULOS CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011
(Montantes expressos em milhares de Euros)
(Anexo I)
(6) (9) (10)
CRÉDITOS E OUTROS VALORES A RECEBER
Instrumentos de dívida
CHAVE 5 A 0,05 149.800.000 1,00 7.222 - 7.222 -7.222 - 7.222 -
TOTAL 7.222 - 7.222 -
ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO
Instrumentos de Capital
TAIB BANK B S C 0,15 513.505 1,00 79 - 79 -79 - 79 -
Derivados
Swaps - - - 18.801 - 18.801 - Futuros e Outras Operações a Prazo - - - - - - -
18.801 - 18.801 -
TOTAL 18.880 - 18.880 -
ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA
Instrumentos de dívidaDe dívida pública
OT SETEMBRO 9813 0,87 6.355.000 1,00 5.540 - 5.540 (1.085) OT 6.4% 15/02/2016 0,76 19.830.000 1,00 15.056 - 15.056 (4.653) B.T.'s - Portugal T-BILL PORTB 0 02/17/12 0,99 2.000.000 1,00 1.988 - 1.988 (2)
22.584 - 22.584 (5.740)
De outros emissores P.C. COFINA - 14ª Emissão 50.242,50 400 50.000,00 20.097 - 20.097 - P.C. MAR CAPITAL - 14ª Emissão 10.000,00 174 10.000,00 1.740 - 1.740 - P.C. RAPOSEIRA - 12ª Emissão 49.750,00 4 50.000,00 199 - 199 - SLN Rendimento Mais 2006 50.200,00 5 50.000,00 251 - 251 - SLN Rendimento Mais 2004 50.000,00 1 50.000,00 50 - 50 - Obrigações BPN 2008 50.400,00 5 50.000,00 252 - 252 - DGSL PS - Diversified Global Securities Ltd. 0,00 11 1,00 - - - - ISBAIR10/14 - ISBAIR Float 10/14 0,00 1 1,00 - - - - KAUP - Kaup Float 06/14 0,00 5 1,00 - - - -
22.589 - 22.589 -
Instrumentos de Capital
Galilei SGPS, S.A. 2,93 8.095.596 1,00 23.748 (22.296) 1.452 - SIBS - Forward Payment Solutions 117,15 20.000 4,99 2.343 - 2.343 - Entigere - Entidade Gestora da Rede Multiserviços, S.A. 5,00 23.200 5,00 116 - 116 - AMB, SGPS, S.A. 4,98 33.300 4,99 166 (81) 85 - CoimbraVita - Agência de Desenvolvimento Regional, S.A. 5,00 15.000 4,99 75 - 75 - Inegi - Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial 5,00 10.000 5,00 50 - 50 - Adrave - Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Ave, S.A. 5,00 5.000 4,99 25 - 25 -
PME Capital de Risco, S.A. 4,00 1.000 4,99 4 - 4 - PME Investimentos - Sociedade de Investimentos, S.A. 4,00 1.000 4,99 4 - 4 - LCSGREE KY - Lon&Cap-German Real Estate Fund 638,66 581 1,00 693 (321) 372 50 GOTABIE KY - Gottex ABI Fund 6,75 1.978 1,00 155 (142) 13 - ABSAREU GU - ARIS- Euro Aggressive Cell Fund 128,74 9 1,00 1 - 1 1 La Fayette Regular Growth Ltd -B- (Side Pocket) 7,65 2.150 1,13 20 - 20 (4) GLG Partners SICAV - Multi-Strategy Fund 29,78 19 9,27 1 - 1 (3) GLG Partners Plc - European Long/Short Fund -A- (Special Assets) 53,50 45 1,00 2 - 2 -
Fairfield Sigma Ltd 0,00 1.105 1,00 - - - - VISA INC. - CLASS C 37,00 7.296 0,00 195 - 195 - SWIFT - Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication 2,78 7 125,00 17 - 17 - INVESTMENT CIRCLE 0,04 80.000 5,00 3 - 3 -
VISA EUROPE 0,00 1 10,00 - - - - Fairfield Sigma Ltd 0,00 1.105 1,00 - - - - VISA EUROPE 0,00 0 10,00 - - - -
27.618 (22.840) 4.778 4472.791 (22.840) 49.951 (5.696)
TOTAL (1) 91.671 (22.840) 68.831 (5.696)
QuantidadeValor Nominal
Unitário (Euros)
Valor de Balanço (bruto)
Imparidade
(1)
Valor de Balanço (liquido)
Reserva de Justo Valor
Cot. Unit.Natureza e espécie
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados
BANCO PORTUGUÊS DE NEGÓCIOS
INVENTÁRIO DE TÍTULOS CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011
(Montantes expressos em milhares de Euros)
TÍTULOS CLASSIFICADOS NA RUBRICA "ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA"
Instrumentos de dívidaDe dívida pública
PGB 4.8 06/15/20 1,03 19.453.204 1,00 20.030 - 20.030 (4.314) Letras Financeiras do Tesouro - Carteira Propria 2.078,14 5.733 2.079 11.914 - 11.914 - BKO 1 03/16/12 1,01 6.405.000 0 6.469 - 6.469 9
BKO 1 3/4 06/14/13 1,04 5.535.000 1,00 5.732 - 5.732 131 BKO 0 1/2 06/15/12 1,01 5.544.000 0 5.572 - 5.572 34 Letras Financeiras do Tesouro - Carteira Propria 2.078,06 2.293 2.079 4.765 - 4.765 - Letras Financeiras do Tesouro - Carteira Propria 2.078,16 2.047 2.078 4.254 - 4.254 - PGB 4.8 06/15/20 0,54 6.750.000 1,00 3.678 - 3.678 -
ICO 0 07/24/12 0,99 2.400.000 1,00 2.369 - 2.369 (22)SPGB 0 10/29/12 0,97 2.400.000 1,00 2.325 - 2.325 (52)PORTB 0 02/17/12 0,99 2.182.019 1,00 2.169 - 2.169 (1)
Letras Financeiras do Tesouro - Carteira Propria 2.078,19 1.036 2.078 2.153 - 2.153 -OT's - 6,40 0,01 90.000.000 1,00 683 - 683 (122)
OBL 3 1/2 04/12/13 1,07 500.000 0 535 - 535 10 PARPUB 5 1/4 09/28/17 0,70 442.000 1,00 310 - 310 (138) PARPUB 3 1/2 07/13 0,71 403.471 1,00 286 - 286 (124)
PGB 5 06/15/12 0,99 181.200 1,00 179 - 179 -BOTS 0 03/30/12 0,99 155.000 1,00 154 - 154 1BKO 0 1/4 12/13/13 1,00 126.000 1,00 126 - 126 -PORTB 0 02/17/12 1,00 67.981 1,00 68 - 68 -
Ot's - 4,20 0,64 50.000 1,00 32 - 32 (20) PGB 5.45 09/23/13 - - - 22 - 22 (5)
73.825 - 73.803 (4.608)
De outros emissores públicos
PTCG1ZOM0001CXGD 4.7 04/15/14 1,25 16.800.000 0,00 20.977 - 20.977 (2.803) PTCG1LOM0007CXGD 5 1/8 02/19/14 0,76 23.000.000 0,00 17.527 - 17.527 -
38.504 - 38.504 (2.803)
Outros
PORTEL 6 04/30/13 1,03 6.215.000 1,00 6.372 - 6.372 (137) BACR CLN 08/03/20 0,14 34.840.060 1,00 5.045 - 5.045 - BESPL 5 5/8 06/14 0,82 5.218.571 1,00 4.264 - 4.264 (1.607) SANTAN 3 3/4 06/12 1,00 3.500.000 1,00 3.490 - 3.490 (80)
BESPL 5 5/8 06/14 0,95 3.247.620 1,00 3.086 - 3.086 - REFER 4 03/16/15 0,96 3.150.000 1,00 3.024 - 3.024 - BESPL 3 7/8 01/21/15 0,74 4.000.000 1,00 2.976 - 2.976 (1.162) SANTAN 3 1/2 08/12/14 0,98 2.300.000 1,00 2.255 - 2.255 (75) RDSALN 4 3/8 05/14/18 1,15 1.700.000 1,00 1.953 - 1.953 96 BRIPL 4 1/2 12/05/16 0,65 2.500.000 1,00 1.633 - 1.633 (823) RENEPL 6.375 10/12/13 0,89 1.624.639 1,00 1.451 - 1.451 (255) BBVASM 3 7/8 08/06/15 0,97 1.450.000 1,00 1.410 - 1.410 (62) ELEPOR 4 3/4 09/26/16 0,84 1.300.000 1,00 1.092 - 1.092 (181) SEMPL 0 04/20/16 0,96 1.120.831 1,00 1.075 - 1.075 (58) BPIPL 3 1/4 01/15/15 0,82 1.100.000 1,00 901 - 901 (144)
SANTAN 4 1/4 04/07/14 1,02 870.000 1,00 886 - 886 (11) TITIM 0 07/19/13 0,94 724.800 1,00 680 - 680 (48) ELEPOR 3 1/4 03/16/15 0,87 714.000 1,00 621 - 621 (109)
LLoyds 0 01/18/13 1,00 580.000 1,00 579 - 579 (4) BACR 0 01/28/13 1,00 576.696 1,00 577 - 577 (2) BESIBR 5.75 05/29/12 1,00 570.760 1,00 571 - 571 (3) BCPPL 5 5/8 04/23/14 0,06 9.200.000 1,00 570 - 570 - BRITEL 6 1/8 07/14 1,12 500.000 1,00 562 - 562 21 REPSM 6 1/2 03/27/14 1,12 500.000 1,00 558 - 558 (4) NGGLNFloat 01/12 1,00 536.892 1,00 539 - 539 1 VALEBZ 4.375 03/18 1,05 500.000 1,00 527 - 527 4 BRADES 5.9 01/21 1,05 483.036 1,00 508 - 508 12 CARLB 6 05/28/14 1,12 450.000 1,00 504 - 504 8
SANTAN 3.381 12/15 0,93 540.000 1,00 503 - 503 (38) Parkland Finance Corporation Series 9 due 2013 0,23 2.151.163 1,00 502 - 502 - VOD 0 01/13/12 1,01 487.327 1,00 490 - 490 1 BANSAB 0 02/20/12 1,00 485.000 1,00 484 - 484 (3) BCPPL 0 02/28/13 0,74 620.000 1,00 458 - 458 (163) CAJAMA 3 1/8 03/30/12 1,02 367.566 1,00 375 - 375 (1) CXGD 4 3/8 05/13/13 0,95 387.672 1,00 368 - 368 (30)
FGACAP 4 03/28/13 0,98 370.000 1,00 362 - 362 (18) FIAT 9 07/30/12 1,05 340.491 1,00 359 - 359 7 VOD 0 06/06/14 0,99 346.831 1,00 345 - 345 - Parkland Finance Corporation Series 4 due 2011 0,23 1.365.306 1,00 319 - 319 - SVEG 0 07/12/17 0,75 385.703 1,00 291 - 291 (77) BANEST 4 05/08/12 1,02 266.480 1,00 272 - 272 (1) TELEFO 3.661 09/18/17 0,93 250.000 1,00 233 - 233 (20) EDF 5 02/05/18 1,15 200.000 1,00 230 - 230 1 CRHID 7.375 05/28/14 1,13 177.974 1,00 202 - 202 16 Parkland Finance Corporation Series 12 due 2013 0,23 759.256 1,00 177 - 177 - RIFP 7 01/15/15 1,17 128.269 1,00 150 - 150 13 VOTORA 5 1/4 04/28/17 1,03 127.000 1,00 131 - 131 - BRCORO 4.797 09/26/13 0,87 150.000 1,00 130 - 130 (27) LTOIM 5 3/8 12/05/16 0,92 129.422 1,00 119 - 119 (10) DGSL 1X PS 0,05 341.129 1,00 16 - 16 -
TITULO PATRIMONIAL - BMF 4.000,00 1 1,00 4 - 4 -AÇÕES DE CIAS FECHADAS - CETIP EDUCACIONAL - COTA - 1 1,00 - - - -
BBVA - 6 FTPYME - Series A1 - 1.092.232 1,00 - - - - Zela Finance Corporation - Group 2 Series 5 Tranche 1 - 1.552.311 1,00 - - - - AÇÕES DE CIAS FECHADAS - CETIP EDUCACIONAL - COTA - 0 1,00 - - - - ARL6 2005-EULR C3E - 168 1,00 - - - - DELPHI FIXED 8.25% 15-10-2033 - 0 1,00 - - - - GLBIR 0 10/21/14 - 185 1,00 - - - -
ZELA 2 - 1.312.918 1,00 - - - - KAUP 0 06/30/14 - 806 1,00 - - - -
54.229 - 54.229 (4.973)
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas - Anexos Consolidados
BANCO PORTUGUÊS DE NEGÓCIOS
INVENTÁRIO DE TÍTULOS CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011
(Montantes expressos em milhares de Euros)
Outros Dívida não subordinada
BCPPL 5 5/8 04/23/14 11,19 750.000 1,00 8.395 - 8.395 (1.441) GASSM 5 1/4 07/09/14 1,05 4.706.942 1,00 4.920 - 4.920 117
CHAVES SME CLO N.º 5 3.555 (1.323) 2.232 -Papel Comercial - Control Pet SGPS 0,98 1.702.000 1,00 1.675 - 1.675 -
Papel Comercial - Tecnidata 0,98 1.500.000 1,00 1.477 - 1.477 - Papel Comercial - Inapa 0,98 1.200.000 1,00 1.171 - 1.171 - Papel Comercial - I'M SGPS, S.A. 0,97 1.125.000 1,00 1.086 - 1.086 - BESPL 1 5/8 04/15/13 0,80 1.223.819 1,00 983 - 983 (246) BRASKM 7 05/07/20 1,08 695.572 1,00 752 - 752 49 BBVASM 2 3/4 09/10/12 1,00 707.000 1,00 704 - 704 (8) ABSA 0 07/16/12 1,00 676.486 1,00 675 - 675 (4) PEMEX 5 1/2 01/17 1,09 510.557 1,00 556 - 556 20 PORTEL 5 11/04/19 0,70 684.402 1,00 479 - 479 (209) TELEFO 4.693 11/11/19 0,94 383.847 1,00 360 - 360 (26) LUKOIL 6 3/8 11/14 1,06 316.609 1,00 336 - 336 18 BPIPL 0 01/25/12 1,00 285.000 1,00 284 - 284 (2) PETBRA 5 3/4 01/20/20 1,09 259.680 1,00 283 - 283 19 AEMSPA 4 1/2 11/02/16 0,96 251.465 1,00 241 - 241 (11) GAZPRU 8 1/8 02/15 1,17 41.154 1,00 48 - 48 3 Rubi Finance - 1.600 100.000 - - - -
22.571 (1.323) 26.657 (1.721) Dívida subordinada
NAB 0 09/29/49 0,64 359.536 1,00 229 - 229 (13) BONSUC 9 1/4 11/03/20 0,77 127.521 1,00 98 - 98 (30) GLBIR 0 10/21/14 150 - - - - -
327 - 327 (43) Instrumentos de Capital
BPN Imoglobal - Fundo de Investimento Imobiliário Fechado 355,97 12.647 - 4.502 - 4.502 -BPN G.A. Valorização Patrimonial - Fundo de Capital de Risco 1.840,41 1.955 - 3.598 - 3.598 -
BPN Taxa Fixa Euro - Fundo de Investimento Aberto de Obrigações de Taxa Fixa 5,93 400.610 - 2.376 - 2.376 -Signet Credit Fund - EUR Share Class 93,96 16.177 1,00 1.520 - 1.520 -Acacia Real Estate Limited (Acacia - BVI) 0,70 2.151.625 772,86 1.497 (166) 1.331 -
The Fine Art Fund, L.P. 0,88 1.405.099 - 1.241 - 1.241 310 German Real Estate Fund 638,82 1.907 1,00 1.218 - 1.218 3 The Fine Art Fund II, L.P. 0,59 1.937.127 - 1.138 - 1.138 66 GED EASTERN FUND II 63,83 16.842 - 1.075 - 1.075 - AEIF 1 L.P. 0,45 2.260.361 - 1.018 - 1.018 -
BPN Acções Global - Fundo de Investimento Aberto de Acções Internacionais 4,50 157.202 - 708 - 708 50BPN Acções Europa - Fundo de Investimento Aberto 4,06 150.697 - 612 - 612 82
Pacific Alliance China Land Limited (UP) 0,99 551.041 1,00 545 - 545 277 GED SUR CAPITAL, S.A. SGECR FUNDO 69,00 7.870 1,00 543 - 543 -
BPN Optimização - Fundo de Investimento Aberto Misto de Obrigações 5,30 101.521 - 538 - 538 -BPN Valorização - Fundo de Investimento Aberto Misto de Acções 5,01 93.879 - 470 - 470 -Centro Hospitalar de S. Francisco, S.A. 2,17 164.311 - 356 - 356 10Fund Box - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. 4,92 69.276 753,90 341 - 341 -
ARC Capital Holdings Ltd (UP) 0,48 319.286 1,00 153 - 153 46 ARIS EURO AGGRESSIVE CELL 128,31 1.138 - 146 - 146 (32) Vinaland Ltd. (UP) 0,52 125.802 1,00 65 - 65 27 Investment & Credit Holdings, LLC 6,42 9.500 772,86 61 (183) (122) - Gottex Abi Fund Limited Class Eur 6,78 6.638 1,00 45 - 45 45
CGM - Compras em Grupo Moçambique, S.A.R.L. 1,26 34.073 2.501,70 43 (43) 0 - Mercapital - Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado 72,00 500 - 36 - 36 -
InovCapital - Sociedade de Capital de Risco, S.A. 5,00 1.000 4.987,98 5 - 5 - PME Investimentos - Sociedade de Investimentos, S.A. 5,00 1.000 4.987,98 5 - 5 - DR DURHAM OVERSEAS FUND 26,00 154 1,00 4 - 4 - Locageste - Aluguer e Participações, Lda - - - 3 - 3 -
African Leasing Company (Moçambique), S.A. - 3.511 7.729,48 - (77) (77) - Efisacar - Aluguer e Comércio de Bens Móveis, S.A. - 59.333 5.000,00 - (732) (732) - Payshope Moçambique S.A.R.L - 35.000 2.783,96 - (97) (97) - Sensorent - Aluguer e Comércio de Equipamentos e Serviços, S.A. - 1.900 5.000,00 - (58) (58) - Schoolgest, SGPS, S.A. - 800 12.500,00 - (10) (10) - Nearent Ibérica, S.L. - 1.000 6.010,12 - (6) (6) - Nearent - Aluguer e Comércio de Equipamentos, S.A. - 2.000 5.000,00 - - - - Ergorent - Aluguer e Comércio de Equipamentos e Serviços, S.A. - 1.000 4.987,98 - - - - Fenton Ventures & Resources INC - 2.700 761,02 - (2) (2) - Lugab - Gestão e Participações, S.A. - 5.000 10.000,00 - (1.309) (1.309) -
23.862 (2.684) 13.078 884 Outros Swaps - - - 1.205 - 1.205 -
Cheyne Special Situations Fund Inc.Class K 108,19 2.542 167 275 - 275 -Margem EUR/USD FX - - - 246 - 246 -
Fairfield Sentry Limited - 989 757,03 - - - - Lake Shore - Alternative Financial Asset Fund III Limited - 45.027 5,53 - - - - Lake Shore - Alternative Financial Asset Fund Limited - 63.617 5,89 - - - -
1.726 - 1.726 -TOTAL (2) 215.044 (4.007) 208.324 (13.264)
TOTAL (1) + (2) 306.715 (26.847) 277.155 (18.960)
Anexos, relatórios e pareceres às contas - 2011
Relatório e Contas 247
3. Relatórios e Pareceres às Contas
(Folha propositadamente deixada em branco)
OLÌVEIR,{ REGO & ASSOCL{DOSsÒciedâde de Revìsores OÍìcias de Conr6
CERTIFICACÃO LEGAL DAS CONTAS
INTRODUçÁO
t. Examinámos as demonstraçóes ílnanceiras do Banco Português d€ Negócios, S.a. (Banco
ou BPN) as quais compreendêm o balanço em 31 de DezembÍo de 2011 (que evidencja um
âctivo totalde 4.,145.470 milhaíes dê êuros ê um tolal de capital própfio nêgaiìvo de 499.108
milhares dê eurcs, incluindo um íêsultado lÍquido negativo de 95.450 milhares de euÍos) ès
demonstÍaçôes dos resultados, do rendimenio integral, de aìlerações no capital pfópÍio e dos
fìuxos de caixâ do exercícjo Índo naquela data e o correspondente anexo.
RESPOIVSÁAIL'DÁDES
2. É da responsabÌlidadê do Conselho de AdminÌsÍaçao a preparação de dêmonslmçóes
Ínanceirâs que âpresêntem dê foÍrna verdadei€ e apropÍiada a posÌção fÌnancelía do Bânco
e o Íesullado das suas opeÍaqóes, bem como a adopção de politicas e cÍiiéÍios
contabilísticos adequados ê â manulenção de sislemas dê conÍolo ìnieíno apropÍiados.
A nossa responsãbllidade consiste em expressar uma opinião pÍoÍssÌonal e Ìndependenle,
baseada no nosso exame daquelas demonsaações Ínanceiras.
ÃMBITO
4. Excepto quanio à limjlaçáo descíiia no paÍágÉfo no 7, o exâme a que pÍocedemÕs ioi
efectuado de acoÍdo com as Nomâs Técnicas e DiÍectrizes de Revisão/Auditorìa da oídem
dos Revisores OÍciais de Conias, as quais exigem quê o mesmo seja planeado e executado
com o objectivo dê obteÍ um grcu de seguÍança aceitável sobÍe sê as demonslÍãçÕes
ínancêìÍas eslão isêntas de distorçóes mateÍialmenle Íelêvantes. Pêrc ianto o reÍerldo
exame incluiu:
â veriÍcação, numa basê de amostíagem, do supode das quanlias e divulgações
constantes das demonstrâçõês financeiÍas e a avaliaÇão dâs esiimauvas' baseadas em
juizos e cÍiieÍios dêÍnidos pêlo Conselho de AdmÌnlstração ulilizadas na sua
preparação;
a apreciação sobrc se são adequadas as poLíticas contabilíslicas adoptadas e a sua
divulgação, tendo êm conta as cÌcunstâncÌas;
a veÍiícação da aplicabilidade do princípìo dâ continuÌdade;e
â apreciâção sobÍe se é adequada, em lermos globais, a apÍesentação das
demonstÍações íìnanceÍas.
v3
scde: Âì: pnìâ dâ vnóna,7:1. ?. Esq.. t050 t3l Lisboa . Tel:21i 152 672r 21t 159 759 . Fd:2ìl ì59 936 . Capir.t SúÌat 50l,r{l,L\ì €Maúculan!cRcdeLisbôâeNrpc5017946ó2. ResisrÒnacMvMi.2r3 . riscriçãônaoRocí..46. -ro@oli".i;";.;,, "*"-N.--g..pr
3.
6.
OLI\BIM REGO & ASSOCL{DOSSocìedãde de Rflìsóres OÍìciais de colta.
o nosso exame abrangeu também a veriÍcação da concordânciâ da inÍo.mãção ÍìnanceiÉ
consianiê do ÍelatóÍio de gesÌão com as demonstÍações ÍÌnanceiras.
Entendemos que o exaÍne efectuado pÍopoÍciona uma bâse âceìlável pârc a expressão da
nossa opin ião.
RESERYÁ
z Tendo em considemçáo que até à dala de conclusão do nosso trabalho não obiivemos
Íesposta âos pedidos de conÍamaçáo externa de saldos de alguns cllentes do Banco
relativos a depósitos e â litulos depositados no Banco, não podemos foÍmaÍ opinião, coÍn a
seguÉnça necessária, sobre os valores insc ios naquelas rubÍicas.
OPINIAO
L Em nossa opÌnião, excepto quanto aos efeÌtos dos ajLlslamentos que podeÍiam ÍevelaÊse
necessàÍios caso não existìsse a LiÍnitação descrita no pafágÍaío 7 as reíeddas
demonstÍacões íinanceiÍas apÍesentam dê íorma verdâdeiÍa e spropriadâ, em todos os
aspecios materialmênte relevanies, â posiçáo ínanceim do Banco Poi(uguês dê Negócios,
S.4.. em 31 de DezembÍo de 2011, bem como o resuliado dâs suas opêraçôes, 0
Íendìmento integral, as altêÍâçóes no capital próprio e os seus íluxos de caixa do exeícicio
Índo naquela data, em conformidadê com ãs Normas de Contâbilidade Ajusladas eríìilidas
pelo Banco de Podugâ|.
ÉwFÁsÉs
9. No ámbiio dâs opênçôes de prepaÍação âo pÍocesso de ÍeprvatizaÇão íoram consUiuidas
tÍês sociedades veiculo (Parpart ic ipadas, SGPS' sA. l Parvaorem S'A' i e Parups S'A),
detidas integíalmente pelo BPN, as quais adquifÍam um conjunlo de activos e respêclvas
impâridades do Grupo BPN, prevÌamente seÌeccionados, coníoÍme se encontra explìcitadô
nas notâs 1 e 20 do Anexo, enconlrando-se Íegistâdas, no exercicio de 2010, na rubÍica
"Activos não coÍenïes detidos paÍa vênda", íace às indicaçôes iÍansnìitidas pelo accionrsta
âo Conselho de AdministÍaçâo no senÌjdo de que eslas enlidades seÍiam poÍ si adquiÍidas
durante o âno de 2011. No exeÍcicio de 2011, o Despacho n o 825/11' de 3 de Junho de
2011, do Sênhor Secrctário de Esiado do TesouÍo e Finanças' deieÍminou a âquisÌção pelo
Esiado Podugtlês, ai€vés da DiÍecção-GeÍal do Tesouro e Finanças, da totalidâde das
âcções repíesentativâs do capital social das ttês sociedades veÍculo constituÍdas no âmbúo
do processo de repÍivatizaçáo do BPN' opeíaçáo que se veio a concÍêtizâÍ em 14 de
Fevereüo de 2012 Com â apíovação deste dêspacho as entidades ParvaLorcm e PaÍups
passaram, durante o exeÍcício de 2011 a lnlegíaÍ o SectoÍ Instiiucional das AdmÌnisttações
Públicas, nos lefmos do cÓdigo do Sistema EuÍopeu de Contas Nacionais e Regionais' lendo
tddc áÊteyisors o!.6s de cotr6, .dâsede av P.âi' itâ viujft.73,2' Esq ' ì050 Ìs:r Lìsboa ' Tèì:2Ì3 l5l672 / 213 159 759 . Fü:2ì3 ì59 916 . capnd sochr 5o.00o,00 €
MaúcutâmcRcdêLisboaeNrPc50l?9.16ó2 . ResisronacMvMn.213 . lnsdçãonaoRocn.,4ó, jnfo@oliyeirueso pr. !!*.onìrmrsso.p,
10.
OLN,?IM REGO & ASSOCIADOSSociedâdede RevisoÉs Oficiâis de Conl4
sido íeíeciìdo o êÍeiio da alienaçâo desiâs paÍticipadas nas demonstraçôes fÌnãnceiras do
exeÍcicio de 2011. ConÍoíme se encontra explicitado na nola 42 do Anexo, com a reíexão
contabilíslÌcâ da operação de aÌienação da PaÍpâriÌcìpadas em 2012, os impâctos estimâdos
nos capitais píóprios do BPN ascendeÍáo a uma mêlhoria no montante de 1ô7.046 milhares
Conforme se encontra descrito na nota 42 do Anexo, em 15 de FeveÍeÌÍo de 2012, o Estado
PoÍtuguês, at6vés da Diíecção-Geíâl do TesouÍo e Finânças, procedeu ao refotço do câpjlal
própÍio no montanie de 600.000 milhâres de euros, medianle â íealizaçáo de pfeslaçôes
acessórias, âs quais Ícam sujêltas ao tegime juridico das pÍesiações suplemenlaÍês, nos
teÍmos pÍevisto no Códìgo das Sociedades Comerciais.
Com reíerência a 31 dê Dezembro de 2011, o BPN apresenta um capital pÍópÍio negalivo de
499.108 milhaÍes de euÍos, êmboÍa as opeÍações reÍeÍldas nos pontos anteriores vã0
implicar um inìpaclo positÌvo nos capltajs póprios do BPN no monlante de 767 046 rnLlhares
de euros. Adicìonalmente, no âmbito do píocêsso de íeprivatização do Bânco, íoi celebrado
em I de Dezembro de 2011, um acordo quadío com o Banco BLC Português, SA sendo que
a continuidade das opeÍações do Banco, íace aos capitais própÍios negativos' esìá
dependenle do sucesso da concÍeiizaçáo do modelo de ÍepÍivatÌzaçáo e recapitalizaçáo do
Banco.
O Consêlho de AdministÍação do BPN tem a Ìntençáo de âlienaÍ, duranle o exefcicio de
2012, opeÉções de cédilo pelo valot lÍquido contabi islico cujo montante nâo seÍá inÍerloÍ a
1,5 mil milhõês de euíos, e outÍos activos às entidâdês PaÍValoÍem, SA, Parups SA e
PaÍpartÌcipadâs, 3GPS, SA, coníoÍme se encontra mencÌonado nâ nota 42 do Anexo.
1 1 .
12.
RELAÍO SOBRE OUTROS REQUIS'ÍOS LEGÁTS
13- É também nossâ opinlâo quê a iníomação ínanceira constanie do RelalóÍio dê Gestão é
concoídanie com as demonstíâçôes ÍnanceiÍas do exercicio de 2011'
usBaA, 28 DE MARçA DE 2012
SOCIEDADE DE REVISORES OFIC/Á/S DE COA/ S
Reprcsentada pelo sócio Manuelde O|íveha Rego
oüÍei.â Rego & À$ftid6 _ Sci.dde iêrRevboG Oficiajs de Coníâs, Ldasêde: ÂÍ PFi. da \&óna.73.2c Esq ' 1050 l8l Ljsboã . Ter 2ì3 Ì52 672 / 2ì3 Ì59 759 . Fa\::lr r59 936 . cãpirârsÈÌãl j0 0o0,oo €
Mârí.uÌa na CRC d. Lìsboa e Ntpc 50l 791 662 , Rêsiío ra cMvM n! 2ì s . h*r&ão m oRoc n . 46 . inro@oliyeilmgo p! , !\ w onìetrmgo pÌ
OLIVEIRA RE,GO & ASSOCIÂDOSSociedadede Reviso€s oÊciais de ContÀ
CERTIFICACÃO LEGAL DAS CONTAS CONSOLIDADAS
INTRODUçÃO
í. Examinámos âs demonsÍaçôês ÍÌnanceiras consoljdadas do Banco Português clê
Nêgócios, S.A. (Banco ou BPN), as quais compÍeendenì o balânço consolldado em 31 dê
Dezembrc de 2011 (que evidência um activo totalde 4 639 236 mÌlhares de euÍos e um loÌal
de capitâl pfóptlo negativo de 494.619 rnÌlhafês de euÍos, lncluindo um Íesultado líqujdo
negativo de 87.131 milhares de euros), as demonstÍaçóes dos resuLtados consoLidados' do
Íendimento integÍaì consolidado, de alteÍaçôes no capital píópíio consolidado e dos ílxos de
caixa consolÌdados do exeÍcício Íìndo naquela data, e o coíespondente anexo às
demonstÍações ÍìnânceÌas conso!idadâs.
RESPOI./SÁB'LiDADËS
É da fêsponsabilidade do Conselho de AdminÌstÉção a preparação de demonslÍações
ínânceiÍas consolidadas que apresenlem de íorma veÍdadeÌa e apropÍiada a posição
financeÍa do coniunto das empÍesas lncLuidas na consolidação o resultado consoÌidado das
suas opeÉcões e os seus fluxos de caixa consoÌidados, bem como a adopçáo de polÍiìcas e
cÍitèÍìos contâbiìísïicos adequados e a manutenção de sislemas de controlo inleÍno
A nossa Íesponsabilidade consiste em expÍessaÍ umâ opinìão pÍoÍssÌonal e independenle'
baseada no nosso exâmê dâquelâs demonsÍâÇões ÍnanceL€s
2.
3,
ÂMBITO
4. Excepto quanlo à limitaçáo descÍiiâ no parágÍafo no 6, o exame a que procedemos íoi
efectuado de acordo coÍn as Normâs Técnicas e DiÍectrizes de Revisão/AuditoÍia da ordem
dos RevisoÍes OÍciais de Contas, as quais exigem que o mesÍno seja planeâdo e executado
com o objectivo de obteÍ um gÍau de segurança acetável sobrê se as demonslraçõês
ÍÌnanceiÉs consolÌdadas esÌáo sentas de distorçôes rnateÍialmenie relevantes. PaÍa tanlo o
reíe do examê incluiu:
a veriÍcação de as demonsiÍaçóes ílnanceÌas das empfesas incluídas na consoLidação
teÍem sido apropriadamenle exâÍninadas ê, pâÍa os casos significaUvos em que não o
tenhâm sido, a veÍiÍìcação, numa basê de amostÍagem, do supode das quanlÌas e
divulgações nelâs constantes e a avâliâçáo das estinìatÌvas, baseadas em juÍzos e
c ieÍios definidos pelo Cons,Âlho de AdministÍação, uiillzâdas na s!a prepaÍaçãoi
a veÍiícação das operaçÕes de consolidâção e da aplicaçao do método da equivaLência
Datrimoniali. a apíeciação sobíe se são adequadas as poÌÍljcas contabllisticas adoptâdâs e a sua
divulgação, tendo êm conta as clÍcunstânciâs;
. â veriÍcação da aplÌcabilidade do pÍincipio da conlinuidad€; e
ì / i
oìieeire R93o & Asciedos - socierrerls ds Reliso€ Ofi.i:i! dè Conbr, I-dâq .1050 Ì33 Lisboa . Teì zlr 15 99ró ' câpnaì scial50.000.0o €
Madicuh n: cRc de LÀboa e Nlrc 50 I 79a 662 . ReeisÌoiâCMVMn'213 . InscnçãônâOROCi'a
OLIVEIM REGO & ASSOCÌADOSSocìedâde de Revnôres Onciâis de Con€s
. a apreciaçáo sobfê se é adequadâ, em termos gLobais, a apÍesenlação
demonsiÍaçóês íìnanceìÍas consoLidâdâs.
5. Entêndemos que o exanre êíêctuado pÍoporciona uma base acêitávêl pam a êxpressão da
nossa opinião.
RESERYÁ
6, Tendo em consideraÇâo que âle à dâta de concÌusão do nosso lÍabalho não obtivemos
Íesposta ao pedido de conÍrmaçâo exieÍna de saldos de aLguns clienies do Banco Íêlativos
a depósilos e a títulos deposìtados no Banco, não podemos formaf opiniâo, com a
seguÍança necessáia, sobÍê os vâlores inscdtos naquelâs Íubricas.
OPINIÃO
Em nossâ opinÌão, excepto quanto âos efeilos dos ajustamentos que poderiam revelaÊse
necessá.ios caso nâo existisse â Limitação descriìâ no paÍágraío 6, as ÍeÍeÍidas
demonsiÍaçóes Íìnanceifas consolidadas apresenlâm de íorma verdadeiía e apfopriada, em
lodos os aspectos mateÍiâlmenle relêvantes, a posição ínanceira consolidada do Bânco
Português de Negócios, S,4., em 31 de Dezembro de 2011, bem como o resultado
consolidado das suas opeÍaçóes, o rendimento integraÌ consolidado, âs âlleraçóes no capilal
oróorio consolidado e os seus fluxos de caixa consolidâdos do exelcicio Índo nâquela dala,
em conformidadê com as Normas lntêrnacionaìs de Relato Financelrc, talcomo adopladas
na lJnião EuropeÌa.
Ét FÁsEs
8. No âmbito das opeÍaçôes de prepaÍação ao processo de íepdvatização foram consliluÍdas
tíês sociedades veículo (Parcaí ic ipadas, SGPS, S.A. i Parvaorem, S.A.; e Pârups, S.A),
deÌidas intêgralmente pelo BPN, as quâis âdquillÍam um coniunlo de activos e respeclivas
ìmparidad€s do Grupo BPN prevlamente seleccionados, confoÍmê se €nconÍa explicitado
nas notas 1 e 19 do Anexo, encontÍândo-se regisladas no exeÍcício de 2010, na rubrica"ActÌvos não corentes delidos para venda", íâce às indicações ttansmiildas pêlo accionlsta
ao Conselho de Administração no seniido de quê estas entidâdes seÍlaín por si adquilldas
durânte o ano de 2011. No exeÍcício de 2011, o Despacho n. '825/11, de 3 de Junho de
2011, do Senhor Secretário de Esiado do Tesouro e FÌnânças, deteÍminou a âquisição pelo
Éstado Português, aimves da DÍecçáo'Geral do TesouÍo e FÌnanças, da totalidade das
acçôes repÍesentatìvas do câpÌtal social das tés sociedades veiculo consiituídâs no âmbÌio
do pfocesso de Íepílvatização do BPN, opeaação que se veio a concÍetEaÍ em 14 de
Fevereiro de 2012, Corn a apÍovação desie despacho, as enlidâdes PâtuaLorem e Panrps
passaÍam, durante o exeÍcicìo de 2011, a integraÍ o Sector lnstil!clonâl dâs AdminisiÍaçôes
Públjcâs, nos lermos do código do Sislema Europeu de Contas Nacionais e RegionâÌs, lendo
sjdo reíectido o efeito da alÌenaÇão destas paÍticipadas nas demonstrações fìíìancê ras do
êxêrcício de 2011. A reíexâo contâbllística da opêráÇão de alienação da Parpanicipadâs ern
Oüvein Reso & ÀsNi.d6 - SmìedâAlìe ReyüoEs Oficiü dr Cort s, Lde
I 'r:16 . clpiúts@id 50.000,00 €Mdricula na CRC de Ljsbd e NIPC 501 794 66? ReghtonrCMv
OLI\T,IRA RIGO & ASSOCTADOSSocÈdâde de RèvnÒr6 oÍì.iais de CÕnrâs
2012 iÍá impÌicar uma alteÍação signÌÍìcativa no pêrÍmeirc de consolidação e um impacioposìtivo nos capitais pÍóprìos do BPN, que se estimou nas contas lndividuâis de 167.046
9.
10.
11 .
ConÍoÍme se ênconira descrito na nota 39 do Anexo, em 15 de FeveÍeiro de 2012, o Estado
Portuquês, âtravés da DiÍecção-Geral do Tesouro e Finanças, procedeu ao reÍorço do capitalpróprio no montanie de 600.000 milhaÍes de euÍos, mediante a realizaçao de pÍestações
acessóÍiâs, as quaìs Íìcam sujeitas ao fegime juídico dâs pÍestações s!plemeniares, nos
termos previslo no Código das Sociedades Comerciais.
Com rcíêrêncÌa a 31 de DezembÍo de 2011, o BPN apresenta um caplta pÍóprio negalivo de
494.619 milhaÍes de eurcs, emboÍâ as opeÍações íeÍeÍidas nos pontos anteriores vão
implicaÍ um impacto posiUvo nos capitaÌs pÍóptios do BPN. Adicionalmente, no âmbito do
pÍocesso de reprivaiizaçáo do Banco, foi cêlebrado em I de DezembÍo de 2011, um acoÍdoquadro com o Bânco BIC Porluguès, SA, sendo que â conUnuidade das operações do
Bânco, íace aos capiÍais própÍios negativos, está dependenle do sucesso da concfeiÌzação
do modelo de rep vâtizaçáo e íêcapilalizsçâo do Banco.
o Conselho de AdminislÍâçáo do BPN tem a intenção de a ienaÍ, duÍante o exercício de
2012, operaçóes de crédito pelo valor líquido conlâbilisìico, cujo montante náo será iníeÍior a
1,5 mil miÌhões de euÍos, e outÍos acuvos às entidades ParvaLorem, SA e PaÍups, SA
coníoÍme se ênconlíâ mencionado na nola 39 do Anexo às DemonsiraÇôês Financeiíâs
Consolidadas.
RELATO SOBRE OUTROS REQUISIÍOS IEOÁÍS
LtsBoA, 28 DE MARçO DE2A12
12. Ë tâmbém nossa opinião que â ÌníoÍmação ínanceira constanie do Rêlatório de Gestão é
concordante com as demonstÍações financeiras consolidadas do exercicio de 2011.
SOCIEDADE DE REVISORES OFIC/Á/S DE CONIÁSRepresentada pelo sócia Manuelde Olìveim Rego
scieda!*ìe neyi,oE ofirisj: de co!ir5, l,ds
Sedê: Aì: ?Ìaia d. viróda,73,2" E9 .1050133 Lnbd . Ter lÌ3 ìs26
OLIYE]RÁ REGO gÃSSOC/ADOS
Relatório relativo ao Governo da Sociedade - 2011
Relatório e Contas
265
Relatório relativo ao Governo da Sociedade - 2011
Relatório e Contas
266
1. Missão, objectivos e políticas da empresa
Na sequência da nacionalização, através da Lei nº 62-A/2008, de 11 de Novembro, de todas as acções representativas
do capital social do BPN – Banco Português de Negócios S.A. (BPN), e designados os membros do seu Conselho de
Administração pela Caixa Geral de Depósitos, S.A., entidade a quem foi atribuída a gestão do Banco, a missão da
empresa é a referida na lei da nacionalização, ou seja, a gestão do Banco, acautelando, designadamente, os interesses
dos depositantes, os interesses patrimoniais do Estado e dos contribuintes e a defesa dos direitos dos trabalhadores,
preparando a sua alienação ao sector privado.
Os objectivos e as políticas da empresa, por seu turno, são os que, no quadro de uma gestão sã e prudente, se afiguram
susceptíveis de atingir e concretizar os interesses que presidiram à nacionalização, dos quais se destacam a adopção
dos princípios de bom governo das empresas do sector empresarial do Estado, a rigorosa contenção de custos e a total
cooperação com as autoridades judiciárias competentes para investigar as questões criminais suscitadas pela gestão
anterior da instituição.
2. Regulamentos internos e externos a que a empres a está sujeita
Em consequência da nacionalização, o BPN passou a ter a natureza de sociedade anónima de capitais exclusivamente
públicos, passando a reger-se, do ponto de vista institucional, pelo regime jurídico do sector empresarial do Estado, pelo
Decreto-lei n.º 5/2009, de 06 de Janeiro e por novos estatutos. O BPN ficou ainda sujeito ao cumprimento dos princípios
de bom governo das empresas do sector empresarial do Estado, conforme disposto na Resolução de Conselho de
Ministros n.º 49/2007, de 1 de Fevereiro.
Do ponto de vista da actividade, o BPN rege-se no essencial pelas normas gerais e especiais aplicáveis à instituições de
crédito, com destaque para o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), o Código
dos Valores Mobiliários, as normas regulamentares emitidas pelo Banco de Portugal e pela Comissão do Mercado de
Valores Mobiliários e toda a legislação aplicável às sociedades anónimas, designadamente o Código das Sociedades
Comerciais.
Dispõe ainda o BPN de um conjunto de normas internas publicadas na sua rede informática interna, com destaque para
um sistema de Instruções de Serviço, Circulares, Notas Internas e Manuais de Procedimentos (como, por exemplo, o
Manual Geral de Compliance), normas que dispõem sobre o funcionamento e o exercício da actividade.
3. Informação sobre transacções relevantes com enti dades relacionadas
São consideradas entidades relacionadas do BPN todas as empresas controladas pelo Grupo BPN, os órgãos de gestão
do Banco, o Estado Português (accionista), outras entidades controladas pelo mesmo accionista e o Fundo de Pensões
do BPN.
Relatório relativo ao Governo da Sociedade - 2011
Relatório e Contas
267
Os saldos e transacções com entidades relacionadas são os seguintes:
(milhares de Euros)
BPN Individual
31.12.2011
Outras
Direcção Geral entidades do Membros do do Tesouro Estado Conselho de
e Finanças Português Associadas Administração
Activos:
Aplicações em instituições de crédito - - 683.424 -
Títulos e Instrumentos Financeiros derivados de negociação - - 1.265 -
Crédito a clientes - - 320.867 60
Passivos:
Recursos de instituições de crédito - 433.849 494.850
Recursos de clientes e outros empréstimos 182 62.505 56.752 43
Títulos e Instrumentos Financeiros derivados de negociação - - - -
Passivos subordinados - 1.402.823 - -
Garantias prestadas 93 11.713 -
Proveitos:
Juros e rendimentos similares - - 2.670 -
Ganhos em operações financeiras - - 3.284 -
Rendimentos de serviços e comissões - - 34.897 -
Custos:
Juros e encargos similares - 127 1.646 -
Perdas em operações financeiras - - 2.408 -
Comissões 1.847 952 - -
Outros custos de exploração - - 17.300 -
Totais 2.029 1.900.349 1.632.232 103
Entidades Filiais, Associadas e Outras empresas do Grupo
Aplicações
Crédito
Recursos
Garantias
Proveitos
Custos
Banco Efisa, SA 98.139 - 401 -
7.966
389
BPN - IFI, SA 105.004 - 447.789 -
1.021
14.838
BPN Brasil Banco Múltiplo, SA 30.914 - 134 -
9.261
-
BPN Cayman - - 41.454 -
-
268
BPN Crédito, IFIC 449.367 2 5.072 1.572
18.309
2.047
BPN Imofundos, SGFIM, SA - - 7.640 -
107
210
BPN Internacional - 40.076 37 -
902
-
BPN Madeira - - 28 -
-
1
BPN Serviços, ACE - 13.350 427 10.141
481
17.344
BPN Gestão de Activos, SGFIM, SA - - 3.525 -
1
117
Parparticipadas, SGPS, SA - 30.113 19 -
125
-
Parups, SA - 68.328 974 -
223
3
Parvalorem, SA - 112.076 44.102 -
125
1.177
Totais 683.424 263.943 551.602 11.713
38.521
36.394
Relatório relativo ao Governo da Sociedade - 2011
Relatório e Contas
268
Consolidado
31.12.2011
Outras
Direcção Geral Caixa entidades do Membros do
do Tesouro Geral de Estado Conselho de
e Finanças Depósitos Português Associadas Administração
Activos:
Aplicações em instituições de crédito - 18 - - -
Títulos e Instrumentos Financeiros derivados de negociação - - - - -
Crédito a clientes - - 3.541 2.133 60
Activos não correntes detidos para venda - - - - -
Outros activos 400 - - 4.010 -
Passivos:
Recursos de clientes e outros empréstimos - 433.849 - 80 -
Débitos representados por títulos 182 86.655 - - 43
Passivos não correntes detidos para venda
Passivos subordinados - - - - -
Outros passivos 1.688 95.749 83 110 -
Garantias prestadas 1.572 93 - 1.200 -
Proveitos:
Juros e rendimentos similares - - - 100 -
Ganhos em operações financeiras - - - - -
Rendimentos de serviços e comissões - - - - -
Outros proveitos de exploração - - - 590 -
Custos:
Juros e encargos similares - 6.399 - - -
Perdas em operações financeiras - - - - -
Comissões 1.847 952 - - -
Outros custos de exploração - - - 399 -
5.689 623.715 3.624 8.622 103
4. Informação sobre outras transacções
O BPN adopta procedimentos transparentes relativos à aquisição de bens e serviços, tratando com equidade os
fornecedores de bens e serviços e adoptando critérios de adjudicação orientados por princípios de economia e eficácia.
Na aquisição de bens e serviços, em 2011, o BPN consultou diversos fornecedores de forma a obter a melhor relação
preço qualidade. As propostas apresentadas pelos fornecedores são analisadas quer do ponto de vista financeiro como
do ponto de vista da qualidade dos bens e serviços propostos, permitindo assim reunir informação que leve à melhor
decisão sobre a escolha a tomar.
As despesas são autorizadas de acordo com competências delegadas, previstas em normativo próprio.
Relatório relativo ao Governo da Sociedade - 2011
Relatório e Contas
269
Não existem transacções em 2011 que não tenham ocorrido em condições de mercado.
O(s) fornecedor(es) que representa(m) mais de 5% dos fornecimentos e serviços externos em 2011 é(são):
(milhares de euros)
Valor % Designação NIPC
3.797 7 PT Prime-Sol.Empre.Teleco.Sistema.,S.A. 502840757
5. Indicação do modelo de governo e identificação d os membros dos órgãos
sociais
O modelo de governo do BPN é composto pela Assembleia Geral, o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal e
uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, que não é membro do Conselho Fiscal.
Os membros dos órgãos sociais são designados por períodos de três anos.
5.1. A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a lei e os Estatutos lhe atribuam competência,
competindo-lhe, em especial, deliberar sobre as matérias previstas no artigo 13º, número 2 dos Estatutos.
A mesa da Assembleia Geral é constituída por um presidente e um Secretário.
Actualmente, a composição da mesa da Assembleia Geral é a seguinte:
Presidente:
Miguel Galvão Teles
Secretário:
Joaquim Paulo Taveira de Sousa
5.2. O Conselho de Administração tem as atribuições que lhe são genericamente conferidas por lei e as demais
atribuições que lhe estão cometidas pelos Estatutos, competindo-lhe, em especial, o exercício dos poderes referidos
no artigo 15º dos Estatutos.
O Conselho de Administração é composto por um mínimo de 3 e um máximo de 11 elementos, sendo um deles
designado Presidente e outro Vice-Presidente.
Actualmente, o Conselho de Administração tem a seguinte composição:
Vice-Presidente (em acumulação com o cargo de Presidente Interino):
Norberto Emílio Sequeira da Rosa
Vogais:
Pedro Manuel de Oliveira Cardoso
Rui Manuel Correia Pedras
Mário Manuel Garcia Faria Gaspar
Jorge António Beja Pessoa
Relatório relativo ao Governo da Sociedade - 2011
Relatório e Contas
270
5.3. O Conselho Fiscal tem as atribuições constantes da lei, competindo-lhe, em especial, o exercício dos poderes
referidos no artigo 22º dos Estatutos.
O Conselho Fiscal é composto por um Presidente, dois Vogais efectivos e dois suplentes.
Actualmente, a composição do Conselho Fiscal é a seguinte:
Presidente:
Em substituição
Vogais efectivos:
Carlos Manuel Durães da Conceição
Maria Helena Maio Ferreira de Vasconcelos
Vogais suplentes:
Luís Miguel Silva Ribeiro
Ana Beatriz Azevedo Dias Antunes Freitas
5.4. A sociedade de Revisores Oficiais de Contas tem as atribuições decorrentes da lei, competindo-lhe, em especial,
os poderes referidos no artigo 22º dos Estatutos.
Actualmente, a Sociedade de Revisores Oficiais de Contas é a sociedade “Oliveira Rego & Associados, SROC”,
representada por Manuel de Oliveira Rego, e o Revisor Oficial de Contas suplente é Pedro Miguel Marques Antunes
Bastos.
5.5. O Auditor Externo é a sociedade “Deloitte & Associados, SROC, S.A.”
5.6. Actualmente, existem os seguintes órgãos especializados em que participam membros do Conselho de
Administração: i) Conselho Delegado de Crédito e ii) Conselho Delegado de Crédito Alargado, com competências na
área do crédito, definidas em regulamento interno e em deliberação do Conselho de Administração.
6. Remuneração dos membros dos órgãos sociais
Esta informação consta do ponto 13 do Relatório.
Relatório relativo ao Governo da Sociedade - 2011
Relatório e Contas
271
7. Análise de sustentabilidade da empresa nos domí nios económicos, social e
ambiental
- Enquadramento geral:
Reiterando as considerações constantes no enquadramento geral do exercício anterior, reforçamos a necessidade do
Modelo e Estratégia de Sustentabilidade bem como os compromissos da empresa para com o Desenvolvimento
Sustentável e o respectivo Plano de Acções, ser enquadrados a luz evolução do Projecto de Negócio do Banco.
Os mapas criados para sistematizar a recolha e tratamento da informação sobre as diversas formas de intervenção na
sociedade, foram actualizados com a informação disponível, que deverá ser no futuro, ajustada a nova realidade e as
opções e objectivos que vierem a ser estabelecidos.
- Responsabilidade social:
- Colaboradores
Ao nível interno, salienta-se que 99% dos colaboradores estão abrangidos por Instrumentos de Regulamentação de
Trabalho, que estabelecem regras e procedimentos em matéria de relações laborais, como complemento da legislação
geral em vigor.
Abaixo registamos alguns indicadores que ilustram a evolução dos aspectos essenciais relativos aos Recursos Humanos
nos anos de 2010 e 2011.
BPN SA - ALGUNS INDICADORES DE CAPITAL HUMANO
RUBRICA 2010 2011
Total de efectivos 1626 1584
Taxa de crescimento efectivo -5,8% -2,58%
Efectivo médio 1676 1605
Regime de contrato
Com contrato a termo certo 47 9
Com contrato sem termo (efectivo) 1572 1569
Outros 7 6
Nível de Habilitações literárias
Ensino Superior 754 731
Ensino Secundário 699 673
Outros 173 180
Relatório relativo ao Governo da Sociedade - 2011
Relatório e Contas
272
RUBRICA 2010 2011
Estrutura Etária dos colaboradores
> 55 anos 51 56
de 50 a 54 anos 89 106
de 45 a 49 anos 189 218
de 40 a 44 anos 324 344
de 35 a 39 anos 461 462
de 30 a 34 anos 407 339
de 25 a 29 anos 98 58
de 18 a 24 anos 7 1
Distribuição por sexos
Masculino 1003 973
Feminino 623 611
Taxa de Absentismo 5,72% 6,93%
Formação Profissional
- Participantes nas acções de formação 2206 565
- Hs dispendidas em acções de formação 8415 4445
- Taxa de Hs de Formação 0,27% 0,15%
- Nº de acções de formação 108 101
- Custos com acções de formação 94.733,80 € 70.868,38 €
Distribuição por Actividade
Área Comercial 1034 1028
Serviços Centrais 592 556
Distribuição por Função
Direcção 2 2
Chefias 293 312
Técnicos 629 583
Administrativos 687 673
Auxiliares 15 14
Do conjunto dos indicadores, destaca-se o seguinte:
• Face as restrições relativas as admissões, constata-se um decréscimo de -2,58% da população activa. No fim
do exercício 99% dos colaboradores pertenciam aos quadros efectivos da empresa.
• A estrutura das habilitações académicas mantém-se inalterável com cerca de 46% dos colaboradores com
formação académica de nível superior. Quanto a estrutura etária, há como seria inevitável, um ligeiro
agravamento tendo em conta que 54,3% da população activa interna tem menos de 40 anos. Mesmo assim,
consideramos que estes indicadores reflectem o bom potencial humano existente ao nível da sua formação de
base e nível etário médio.
• Por outro lado, também se mantém quase a mesma relação equilibrada na distribuição por género, repartido por
61% do género masculino e 39% do género feminino.
• Quanto a taxa de absentismo, a evolução negativa nos últimos anos foi acentuada, situando-se em 2011 nos
6,93% das horas trabalháveis, o que representa um agravamento de 21,15% em relação ao ano anterior.
Relatório relativo ao Governo da Sociedade - 2011
Relatório e Contas
273
Em 2011, acentuou-se a contenção no investimento, com um ainda maior abrandamento da actividade formativa
reflectido na diminuição dos encargos com a formação e baixíssima taxa de horas de formação (0,15%). Assim
sendo, não há nenhuma acção em particular que justifique especial destaque.
- Envolvimento com a Comunidade
Como já anteriormente foi referido, o contexto do negócio e as dificuldades existentes, tiveram reflexos negativos na
nossa capacidade de envolvimento com a Comunidade.
Neste âmbito e salvo iniciativas pessoais avulsas de alguns colaboradores, não há matéria que justifique referência ou
destaque.
- Desenvolvimento sustentável :
Do conjunto da informação recolhida junto de diversas áreas, destacamos alguns indicadores e informação relativa aos
aspectos, que se enquadram na Sustentabilidade Empresarial, grande parte dos quais na continuidade de processos já
anteriormente iniciados.
- Satisfação dos Clientes:
A satisfação dos Clientes constitui naturalmente uma prioridade do BPN. Seguidamente apresentamos dois aspectos
ilustrativos desta preocupação, relativos a gestão da análise e tratamento das reclamações e promoção de um serviço de
qualidade na Banca Directa e Meios de Pagamento.
Dando expressão as crescentes preocupações da empresa na satisfação dos clientes, foi constituídos em 2011, em
substituição do Gabinete de Provedoria do Cliente, o Gabinete de Análise e Tratamento de Reclamações, órgão que tem
como missão contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo BPN e consequentemente, para a
melhoria da imagem do Banco juntos dos seus clientes. De forma a tornar o tratamento mais especializado, foram no seu
âmbito criadas unidades de Gestão das Relações com o Cliente e Gestão da Qualidade do Serviço Prestado ao Cliente.
Neste sentido, o Gabinete de Análise e Tratamento de Reclamações, na sua actividade de atendimento, esclarecimento
e acompanhamento das reclamações apresentadas pelos clientes, constituiu, em 2011, 781 processos. Dos 781
processos, 144 foram reaberturas (insistências diversas por parte dos Reclamantes e/ou outros intervenientes) e 637 são
novas Reclamações, cuja origem/prioridade é a seguinte:
Origem/Prioridade (Inicial) Novas Reaberturas (*) Total
Livro Reclamações 97 32 129
Banco de Portugal 108 45 153
Outras 432 67 499
Total Geral 637 144 781
(*) – A Origem / Prioridade indicada corresponde à do processo inicial
Relatório relativo ao Governo da Sociedade - 2011
Relatório e Contas
274
As Reclamações Entradas em 2011 (Novas/Reaberturas) agrupam-se nos seguintes assuntos:
Assunto Novas Reaberturas Total %
Contas de depósito 153 21 174 22,3%
Valores Mobiliários 81 42 123 15,7%
Crédito ao Consumo e Outros Créditos 90 17 107 13,7%
Central de Responsabilidades de Crédito 62 11 73 9,3%
Cheques 52 8 60 7,7%
Diversos 36 22 58 7,4%
NETPAY 49 8 57 7,3%
Cartões 43 6 49 6,3%
BPN Interactivo 18 18 2,3%
Crédito Habitação 13 3 16 2,0%
Débitos Directos _ Cobranças 9 9 1,2%
Sigilo Bancário 5 4 9 1,2%
Máquinas ATM e TPA 7 7 0,9%
Atendimento e Instalações 6 6 0,8%
Transferências 6 6 0,8%
Operações com Numerário 3 3 0,4%
Preçário 3 3 0,4%
Fraudes 1 2 3 0,4%
Total Geral 637 144 781 100%
No mapa seguinte apresenta-se a evolução havida nas Reclamações recepcionadas no GATR em 2011
comparativamente a 2010. Assim, verificamos que a tendência foi de uma redução na ordem de 10%.
ANO DIFERENÇA
2010 2011 2011
2011 vs
2010
2011 vs 2010
(%)
Novas Reabertas Total 2011
867 637 144 781 -86 -10%
Em 2011 foram tratadas/fechadas 886 Reclamações conforme se segue:
Reclamações Fechadas em 2011 por Ano de Entrada
2008 2009 2010 2011 Total
12 71 215 588 886
Relatório relativo ao Governo da Sociedade - 2011
Relatório e Contas
275
De referir que 92 % das novas Reclamações apresentadas/entradas em 2011 foram esclarecidas e resolvidas.
Das Reclamações Analisadas e Concluídas em 2011, foram consideradas “Com Razão” (35%) e “Sem Razão” (65%):
Causa do Erro Total
Com Razão 306
Sem Razão 580
Total Geral 886
Face aos dados acima indicados, das Reclamações Analisadas/Fechadas em 2011, verificámos que, na maioria das
mesmas(65%) eram infundadas.
As 886 Reclamações tratadas e concluídas em 2011 foram agrupadas nos seguintes assuntos:
Assunto Total %
Contas de depósito 225 25,4%
Valores Mobiliários 130 14,7%
Crédito ao Consumo e Outros Créditos 99 11,2%
Cheques 86 9,7%
Diversos 78 8,8%
Central de Responsabilidades de Crédito 66 7,4%
NETPAY 60 6,8%
Cartões 56 6,3%
BPN Interactivo 21 2,4%
Crédito Habitação 16 1,8%
Atendimento e Instalações 9 1,0%
Débitos Directos _ Cobranças 8 0,9%
Fraudes 7 0,8%
Máquinas ATM e TPA 6 0,7%
Sigilo Bancário 6 0,7%
Transferências 6 0,7%
Operações com Numerário 4 0,5%
Preçário 3 0,3%
Total Geral 886 100%
Verificou-se em 2011 um aumento de 34% no número de reclamações Encerradas/Fechadas comparativamente a 2010.
ANO DIFERENÇA
2010 2011 2011 vs 2010
2011 vs 2010
(%)
663 886 223 34%
Relatório relativo ao Governo da Sociedade - 2011
Relatório e Contas
276
No âmbito da avaliação das reclamações apresentadas ao Banco, visando identificar as situações que justifiquem
correcções, ajustamentos ou melhorias, com vista a assegurar maior transparência e rigor nas práticas e procedimentos
e contribuir para uma melhoria contínua do serviço prestado e da imagem do Banco, destacamos as seguintes áreas de
actuação:
� Processos de encerramento de conta
� Aplicações informáticas
� Emissão de cartões de débito
� Aplicação do preçário
� TPA’s NetPay
Também no âmbito da Satisfação do Cliente, no seguimento da Certificação Netpay, obtida em Dezembro de 2010, no
ano de 2011, foram efectuados dois alargamentos de âmbito à certificação: numa primeira fase à Banca Directa e,
posteriormente aos Cartões e ATM. Em Julho de 2011, encontrava-se certificado, segundo a Norma NP EN ISO
9001:2008, a Concepção e Gestão dos Canais Complementares e Meios de Pagamento (Netpay, ATM, Cartões e Banca
Directa) do BPN. A Direcção de Canais Complementares e Meios de Pagamento conseguiu, com esta Certificação,
transmitir uma maior confiança e credibilidade ao mercado, garantindo a qualidade dos serviços referidos no âmbito da
Certificação.
A implementação do Sistema de Gestão da Qualidade pressupôs os seguintes compromissos:
• Melhorar continuamente o serviço (Netpay, ATM, Cartões e Banca Directa);
• Apresentar ao Cliente propostas competitivas e à medida do seu negócio;
• Constituir parcerias duradouras com os Clientes e Fornecedores, contribuindo para a dinamização dos seus
negócios;
• Proporcionar ao Cliente meios complementares à Rede Comercial;
• Fornecer um atendimento telefónico de excelência e a execução rigorosa de transacções bancárias;
• Disponibilizar Cartões de Débito e de Crédito eficientes e competitivos;
• Garantir a boa localização e funcionamento das ATM BPN;
• Garantir a máxima eficiência de todos os Processos;
• Gerar valor para o Accionista.
Com o objectivo de assegurar o bom funcionamento do Sistema de Gestão e, com o intuito de assegurar os
compromissos definidos, o Sistema é monitorizado mensalmente, mediante análise dos KPI. Para além desta acção, de
forma a conhecer aprofundadamente o nosso Cliente, são efectuadas variadas análises, recorrendo a questionários:
• Satisfação de Novos Aderentes;
• Satisfação à Carteira Netpay;
• Monitorização das Assistências efectuadas pelos Fornecedores;
• Análise às Desistências Netpay;
• Satisfação à Carteira de Cartões BPN;
• Satisfação do Cliente Contact Center;
• Satisfação da Rede Comercial.
No cômputo geral, os resultados são positivos, sendo possível, através desta análise adoptar novas metodologia e
procedimentos que vão ao encontro da satisfação do Cliente.
Relatório relativo ao Governo da Sociedade - 2011
Relatório e Contas
277
Foram destacadas pela empresa certificadora Bureau Veritas a motivação e envolvimento de toda a equipa, a
metodologia de tratamento de reclamações, o aproveitamento de todos os inquéritos de satisfação e das reclamações
para introdução de melhorias no SGQ, a proactividade na resolução das Não Conformidades, o workflow de gestão e a
monitorização dos processos.
Com o objectivo de manter a qualidade Certificada, foram alvo de Formação Externa alguns dos intervenientes no
Sistema de Gestão da Qualidade, assegurada pela Iberogestão, e criada uma Bolsa de Auditores Internos da Qualidade.
Em Setembro de 2011 o contact center do BPN (BPN Interactivo e restantes linhas de apoio) obteve o Selo de
Qualidade da Associação Portuguesa de Contact Centers (APCC).
O Contact Center foi alvo de Auditoria Externa, realizada pela APCC através da Active Brain, que incidiu no perfil
corporativo, organização e processos, processos de melhoria contínua, níveis de performance, recursos humanos e
tecnologia.
Também no final do ano 2011 foi implementada a Norma 15838:2009 “Customer Contact Centres – Requirements for
service provision ”, A implementação desta Norma é uma recomendação de Bruxelas, no que se refere à prestação dos
serviços disponibilizados pelos Contact Centers, e incide essencialmente sobre os seguintes tópicos:
• Estratégica e Política
• Satisfação do Cliente
• Infra-estruturas
• Processos (Operativa do Contact Center)
• Intervenientes (Recursos Humanos)
• Responsabilidade Social.
Trata-se de uma norma muito exigente e mais específica do que a Norma ISO 9001:2008 - é aplicável apenas ao Serviço
do Contact Center ao passo que a ISO 9001:2008 é aplicável a um Sistema de Gestão. À data não existe em Portugal,
nenhuma instituição certificada por esta Norma Europeia.
A Direcção de Canais Complementares e Meios de Pagamento teve como iniciativa, no decorrer do ano em análise, a
implementação do QFD (Quality Function Deployment ) que consiste numa técnica que identifica os requisitos do
Cliente face a um determinado produto e, proporciona a metodologia para assegurar que esses requisitos estão
presentes no desenvolvimento do mesmo assim como no processo de planeamento. Esta acção visa ir ao encontro das
necessidades e expectativas do Cliente, no que se refere ao Netpay.
- Apoios creditícios a empresas c/ relevância ambie ntal
O contributo da empresa no âmbito do desenvolvimento sustentável, também se manifesta nos apoios creditícios a
entidades que contribuem positivamente para a valorização ambiental e/ou social, através dos projectos/actividade que
desenvolvem.
Neste sentido, ao longo de 2011 identificamos na carteira de crédito, 9 empréstimos com relevância ambiental que
representam nichos de mercados onde o BPN já possui uma presença importante.
Estes empréstimos, com responsabilidades actualmente assumidas no BPN totalizam 11,7 Milhões de Euros.
Os apoios distribuem-se pelos mais variados ramos de actividades, desde Associações Municipais de recolha e
tratamento de resíduos, tratamento de águas, produção de biocombustível, indústrias com aproveitamento de resíduos
Relatório relativo ao Governo da Sociedade - 2011
Relatório e Contas
278
de construção e demolição, reciclagem de embalagens, engenharia e consultadoria ambiental, etc., com predomínio de
uma empresa que detém cerca de 68% de responsabilidades no total dos empréstimos.
As empresas que beneficiaram de apoio financeiro correspondem a manutenção dos apoios já concedidos nos últimos
anos, não se evidenciando quaisquer situações de incumprimento/alerta.
- Sustentabilidade vs Risco Operacional:
O Sistema de Gestão e Medição do Risco Operacional implementado pelo Grupo BPN tem como objectivo a prevenção,
mitigação e gestão do risco. O sistema comporta, na sua matriz de riscos, alguns riscos relacionados com a
Sustentabilidade.
A Gestão do Risco Operacional, dada a sua amplitude, contribui também para a minimização de impactos negativos
sociais e ambientais, concretizada através da mitigação de importantes riscos com potenciais impactos nessas áreas.
Conforme já referido em anteriores relatórios, com o objectivo de aumentar a eficiência organizacional e o nível de
controlo interno, o Gabinete de Risco Operacional desenvolveu, na aplicação de registo de eventos, uma funcionalidade
que permitiu desmaterializar o tratamento de um vasto número de assuntos internos, implicando uma significativa
redução no consumo de papel por parte da organização e nos impactos decorrentes da circulação de documentos entre
serviços com diferentes localizações. Durante o ano de 2011 foram registadas nesta funcionalidade cerca de 15.000
Notas Internas.
- Desempenho Ambiental directo na actividade:
Conforme já referido no passado, apesar da ausência de objectivos internos claramente definidos, salientamos o
desempenho ambiental positivo, reflectido nos indicadores relativos aos consumos e tratamento de resíduos, ilustrados
nos quadros abaixo indicados.
Consumo de Materiais (*) 2009 2010 2011 % Var.
Papel total (em toneladas) 198 194 163 -15,96%
Toners/tinteiros (em unidades) 4.327 3.529 3.055 - 13,43%
Plásticos (em kg) 3.565 3.083 2.743 -11,03%
(*)- infª agregada p/área de aprovisionamento
Em termos de evolução do consumo de materiais, manteve-se a tendência de redução no consumo do papel (-15,96%) ,
consumíveis informáticos (-13,43) e plásticos (-11,03%). A diminuição mais acentuada do consumo em geral e do papel
em particular, resulta do abrandamento da actividade e uso mais acentuado do suporte digital.
Recolha de Resíduos (*) 2009 2010 2011 % Var.
Papel e cartão (em toneladas) 67,60 78,56 60,25 -23,31%
Componentes (em Kg) 1.102 1.023 663 -35,16%
Plásticos (em kg) 3.111 6.382 6.885 (1) 7,89% (1) - Incluem resíduos de vidro e madeira
(*)- infª agregada p/ área de aprovisionamento
Relatório relativo ao Governo da Sociedade - 2011
Relatório e Contas
279
Em 2011, continuamos com o processo de recolha de papel através da instalação de contentores de recolha em todos os
locais da empresa e continuamos o processo de recolha de resíduos de plásticos iniciado em 2008, bem como de outros
resíduos (consumíveis informáticos). A diminuição do volume de resíduos resulta das mesmas razões apresentadas para
os consumíveis.
A preocupação ambiental também é reflectida na procura de meios de eliminação de outros resíduos potencialmente
recicláveis independentemente do seu nível de toxicidade (equipamentos, artigos compostos, etc.). Neste sentido, este
ano recolhemos resíduos de vidro (2.718 kg) e madeira (2.040 kg) provenientes do desmantelamento de molduras que
continham moedas comemorativas do Euro 2004.
8. Viabilidade do cumprimento dos Princípios do Bo m Governo (RCM n.º 49/2007,
de 28 de Março), devidamente fundamentada
Com a nacionalização da totalidade do seu capital o BPN assumiu a natureza de empresa pública, ficando em
consequência a estar sujeito aos Princípios de Bom Governo do Sector Empresarial do Estado adoptados pela
Resolução do Conselho de Ministros 49/2007, de 28 de Março de 2007.
A alteração dos Estatutos do BPN, ocorrida em 6 de Janeiro de 2009 com a publicação do Decreto-Lei nº 5/2009, veio
conformar os estatutos do BPN com a sua natureza de sociedade de capitais exclusivamente públicos. No essencial,
foram introduzidas alterações ao nível do modelo de fiscalização, passando o Banco a dispor de um conselho fiscal e de
revisor oficial de contas, em lugar de um fiscal único, e foi eliminada a figura do conselho superior. No demais, foram
adoptadas as soluções jurídicas constantes do Estatuto do Gestor Público, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 71/2007, de 27
de Março, que veio introduzir exigências acrescidas de rigor, de eficiência e de transparência na actividade empresarial
de natureza pública.
Desde a sua nacionalização, o BPN é gerido pelo actual Conselho de Administração, designado pela Caixa Geral de
Depósitos e pelo accionista único – O Estado Português, que tem procurado conhecer exaustivamente a real situação do
Banco, por forma a garantir a sua viabilidade e futuro.
Foram nomeados novos auditores e órgãos de fiscalização e progressivamente, levada a efeito uma reestruturação dos
serviços. Está também em curso um rigoroso programa de redução de custos de funcionamento e tem sido prosseguida
uma política de formação do pessoal e sua sensibilização para as novas características do Banco.
Nesse sentido, a missão, objectivos e princípios gerais de actuação definidos pelo actual Conselho e Administração do
BPN estão condicionados.
O BPN tem vindo a tomar todas as medidas no sentido de assegurar o integral cumprimento das orientações e princípios
de bom governo constantes da Resolução de Conselho de Ministros nº49/2007 de 28 de Março de 2007, assinalando-se
no quadro seguinte os pontos que, ainda, evidenciam lacunas na respectiva observância:
PBG RECOMENDAÇÕES
Missão,
Objectivos e
- Obrigação de cumprimento, respeito e divulgação, da missão, objectivos e políticas ,
fixados de forma económica, financeira, social e ambientalmente eficiente, atendendo a
parâmetros exigentes de qualidade, visando salvaguardar e expandir a sua competitividade, com
Relatório relativo ao Governo da Sociedade - 2011
Relatório e Contas
280
PBG RECOMENDAÇÕES
Princípios
Gerais de
Actuação
respeito pelos princípios fixados de responsabilidade social, desenvolvimento sustentável e
satisfação das necessidades da colectividade – título II – nº 7 RCM
Estruturas de
Administração
e Fiscalização
- Emissão de relatório de avaliação de desempenho anua l dos gestores executivos e de
avaliação global das estruturas e mecanismos de governo em vigor pela empresa, efectuado
pelos membros do órgão de fiscalização – título II – nº 17 RCM
- Implementação do sistema de controlo , que proteja os investimentos e activos da empresa e
que abarque todos os riscos relevantes assumidos pela empresa – título II – nº 19 RCM
Divulgação de
informação
relevante
- Disponibilizar para divulgação no sítio das empresa s do Estado , de forma clara, relevante e
actualizada, toda a informação antes enunciada, a informação financeira histórica e actual da
empresa e a identidade e os elementos curriculares de todos os membros dos seus órgãos
sociais – título II – nº 25 e 26 RCM
9. Existência de Código de Ética
O BPN dispõe de um código de conduta que cumpre o disposto no artigo 77º-B do RGICSF, disponível na sua página na
internet (em: http://www.bpn.pt/img/21/condigo_conduta_2011.pdf)
O código de conduta estabelece as linhas de orientação em matéria de ética profissional para todos os colaboradores ao
serviço do Banco, constituindo igualmente uma referência para o público no que respeita ao padrão de conduta exigível
ao BPN no seu relacionamento com terceiros.
10. Informação sobre a existência de um sistema de controlo compatível com a
dimensão e complexidade da empresa, de modo a prote ger os investimentos e
os seus activos, o qual deve abarcar todos os risco s relevantes pela empresa
No âmbito do controlo e gestão de riscos associados à sua actividade, o BPN tem vindo a desenvolver políticas e
procedimentos específicos que visam uma avaliação, acompanhamento e controlo dos diferentes tipos de risco (de
crédito, de mercado, de taxa de juro, de taxa de câmbio, de liquidez, de compliance, operacional, dos sistemas de
informação, de estratégia e de reputação, bem como outros riscos que se possam revelar materiais).
Relatório relativo ao Governo da Sociedade - 2011
Relatório e Contas
281
A função de gestão de riscos no BPN é coordenada pelo Chief Risk Officer e assenta nas seguintes cinco áreas
principais:
i) Risco de Contraparte (Direcção Internacional);
ii) Risco de Crédito (Direcção de Análise de Risco);
iii) Risco de Mercado (Unidade de Riscos de Mercado);
iv) Risco Operacional (Gabinete de Risco Operacional);
v) Risco de Compliance (Gabinete de Compliance).
Cada uma destas áreas dispõe de uma estrutura organizativa própria que atende à natureza, dimensão e complexidade
das actividades desenvolvidas pelo BPN e que desempenha as suas competências de forma objectiva e independente
relativamente às restantes áreas funcionais.
11. Identificação dos mecanismos adoptados com vist a à prevenção de conflitos de
interesses
Decorre do ponto 22 da RCM nº 49/2007 que os membros dos órgãos sociais das empresas públicas devem abster-se
de intervir nas decisões que envolvam os seus próprios interesses, designadamente na aprovação de despesas por si
realizadas e que no início de cada mandato, e sempre que se justificar, devem declarar ao órgão de administração e ao
órgão de fiscalização, bem como à Inspecção-Geral de Finanças, quaisquer participações patrimoniais importantes que
detenham na empresa, bem como relações relevantes que mantenham com os seus fornecedores, clientes, instituições
financeiras ou quaisquer outros parceiros de negócio, susceptíveis de gerar conflitos de interesse.
Assim, os membros do Conselho de Administração do BPN:
• Cumprem as disposições legais relativas à comunicação de cargos exercidos em acumulação
• Respeitam as normas relativas à abstenção de participar na discussão e deliberação de determinados assuntos
• Respeitam as normas relativas à comunicação de participações e interesses patrimoniais à Inspecção-Geral de
Finanças
Nesta matéria, o BPN cumpre estritamente o disposto nos artigos 85º e 86º do RGICSF. Além disso, obedece às regras
relativas à declaração de interesses, bem como ao regime de incompatibilidades e impedimentos definido no “Estatuto do
Gestor Público” (Decreto-Lei nº 71/2007).
Relatório relativo ao Governo da Sociedade - 2011
Relatório e Contas
282
12. Explicitação fundamentada da divulgação de toda a informação actualizada
prevista na RCM n.º 49/2007, de 28 de Março
Informação a constar no Site do SEE Divulgação
Sim Não N.A.*
Estatutos actualizados (PDF) X Historial, Visão, Missão e Estratégia X Ficha Síntese da empresa X Identificação da Empresa: Missão, objectivos, politicas, obrig., serv. público e modelo de financiamento X Modelo Governo / Ident. Orgãos Sociais: Modelo de Governo (identificação dos órgãos sociais) X Estatuto remuneratório fixado X Remunerações auferidas e demais regalias X Regulamentos e Transacções: Regulamentos Internos e Externos X Transações Relevantes c/ entidade(s) relacionada(s) X Outras transacções X Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambie ntal X Avaliação do cumprimento dos PBG X Código de Ética X Informação Financeira histórica e actual X Esforço Financeiro do Estado X
Esta informação foi remetida à Direcção Geral do Tesouro e Finanças em 29-02-2012 e ficará disponível em:
http://www.dgtf.pt/sector-empresarial-do-estado-see/informacao-sobre-as-empresas/entidade/bpn-banco-portugues-de-
negocios-sa
Informação a constar no Site da Empresa
(pressupõe a existência de Site)
Divulgação
Sim Não N.A.*
Historial, Visão, Missão e Estratégia X Organigrama X Órgãos Sociais e Modelo de Governo: X Identificação dos orgãos sociais X Identificação das áreas de responsabilidade do CA X Identificação de comissões existentes na sociedade X Identificar sistemas de controlo de riscos X Remuneração dos órgãos sociais X Regulamentos Internos e Externos X Transacções fora das condições de mercado X Transacções relevantes com entidades relacionadas X Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambie ntal X Código de Ética X Relatório e Contas X Provedor do cliente (1) X
* N.A. - Não Aplicável (1) O BPN dispõe de um Gabinete de Análise e Tratamento de Reclamações, que tem como missão contribuir para a melhoria da
qualidade dos serviços prestados pelo BPN e, consequentemente, no exercício das suas funções, analisa e contribui para a resolução
das questões enviadas pelos Clientes.
Esta informação encontra-se disponível em: http://www.bpn.pt
Relatório relativo ao Governo da Sociedade - 2011
Relatório e Contas
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13. Anexo relativo à Remuneração dos Membros dos Órgãos Sociais
REMUNERAÇÕES 2011
Conselho Administração
Mandato Presidente
Dr. Francisco Bandeira
Vice-Presidente
Dr. Norberto Rosa
Vogal Dr. Pedro Cardoso
Vogal Dr. Rui Pedras
Vogal Dr. Jorge Pessoa
Vogal Dr. Lourenço
Soares
Vogal Dr. Mário Gaspar
1. Remuneração (Valores Anuais)
1.1. Remuneração Base/Fixa 0,00€ 0,00€ 0,00€ 203.011,20€ 203.011,20€ 194.794,08 € 203.011,2
0€ 1.2. Acumulação de funções de
gestão 38.413,22€ 41.428,15€ 41.428,15€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€
1.3. Prémios de Gestão 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 1.4. Outras (Complemento de
Enquadramento) 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€
2. Outras regalias e compensações 2.1. Gastos de utilização de
telefones (apenas móveis) e
Placas B.L.
217,95€ 439,84€ 0,00€ 2.073,31€ 1.003,39€ 444,75€ 820,55€
2.2. Valor de aquisição/renda da
viatura de serviço/Mês 0,00€ (**) 0,00€ 0,00€ 1.963,33€ 1.914,60€ 1.914,60€ 1.914,60€
2.3. Valor de Combustível gasto
c/viatura serviço/Ano (*****) 216,37€ 528,92€ 270,09€ 379,65€
2.4. Subsídio de deslocação 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 2.5. Subsídio de refeição 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 2.6. Outros (identificar
detalhadamente) 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€
3. Encargos com benefícios sociais 3.1. Segurança social obrigatório
(***) 0,00€ 0,00€ 0,00€ 14.297,08€ 61.410,86€ 0,00€
25.917,64
€ 3.2. Seguro de saúde 0,00€ 0,00€ 0,00€ 1.184,28€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 3.3. Seguro de vida 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 3.4. Outros (identificar
detalhadamente) 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€ 0,00€
4. Informações Adicionais 4.1. Opção pelo vencimento de
origem (s/n) N N N N N N N
4.2. Regime segurança social CGA FP BdP CGA Segurança
Social
Segurança
Social CGA FP IFAP
4.3. Ano de aquisição de viatura
pela empresa 2008 N N N N N N
4.4. Exercício de funções
remuneradas fora grupo N N N N N N N
4.5. Outras (identificar
detalhadamente) N N N N N N N
Relatório relativo ao Governo da Sociedade - 2011
Relatório e Contas
284
(*) Administradores em regime de acumulação, com funções no Conselho de Administração da CGD. Trata-se de remunerações
complementares fixadas por deliberação social unânime do accionista, ao abrigo do nº 3 do artigo 11º do regime jurídico de apropriação
pública por via de nacionalização, aprovada pela lei nº 62-A/2008, de 11 de Novembro. (**) O Administrador Francisco Bandeira utilizou viatura que é propriedade do BPN, não existindo, consequentemente, qualquer renda. Valor
do seguro anual é € 1.214,41.
(***) Os Administradores oriundos da CGD mantêm os seus descontos para os respectivos regimes de segurança social, sendo a respectiva
retenção e entrega processada pela CGD.
(****) O Dr. Francisco Bandeira cessou funções a 31/08/2011.
(*****) O valor de combustível indicado corresponde apenas ao mês de Dezembro.
(******) O Dr. Lourenço Soares cessou as funções como vogal do C.A., a partir de 13 de Dezembro de 2011, conforme determinado em A.G..
Por essa razão os valores da retribuição diferem dos restantes membros dos Órgãos Sociais.
Mesa da Assembleia Geral Presidente Miguel Galvão Teles € 1.440,00 a)
Secretário Joaquim Paulo Taveira de Sousa € 0,00 b)
Conselho Fiscal
Presidente Pedro Miguel Duarte Rebelo de Sousa € 19.080,00 c)
Secretário Carlos Manuel Durães da Conceição € 40.068,00
Maria Helena Maio Ferreira de Vasconcelos € 40.068,00
Revisores Oficiais de Contas
Empresa Oliveira Rego & Associados, SROC € 105.903,00 d)
a) - Atribuição de senhas de presença, por cada reunião em que participe no valor de 720€ (em 2011 foram pagas 2 senhas de presença)
b) - Atribuição de senhas de presença, por cada reunião em que participe no valor de 400€ (não foi pago qualquer valor em 2011)
c) - Foi remunerado até 30/4/2011. d) - O valor indicado inclui o IVA