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Não me leve a mal, já é Carnaval! Ajuste fiscal só no bolso do trabalhador “Há um descontrole no uso da água” 12 a 18 de fevereiro de 2015 • distribuição gratuita esportes | pág. 16 cidades | pág. 5 especial Carnaval | págs. 7,8,9 e10 Movimento dos Atingidos por Barragens lança documentário Ano 2 | edição 85 cidades | pág.5 Mídia Ninja “Guapiaçú: um (Rio) de Janeiro” retrata situação da população de Cachoeiras de Macacu Arquivo Engenhão agora é Nilton Santos Clube consegue, junto à Prefeitura, homenagear seu ídolo com o nome do estádio Marcos Santos Brasil | pág.11 Medidas atingem pobres e classe média e preservam privilégios dos mais ricos Faltam pouquíssimos dias para o início da maior festa po- pular brasileira: o carnaval. Mas a festa já começou faz tempo, no Rio de Janeiro. Blocos se espalham por todos os cantos. Na Cidade do Samba, na Gamboa, é hora dos ajustes finais. Leia entrevista com o presidente do Senge de Volta Redonda, João Thomaz Divulgação/Sargento Pimenta

Brasil de Fato RJ - 085

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Não me leve a mal, já é Carnaval!

Ajuste fiscal só no bolso do trabalhador

“Há um descontrole no uso da água”

12 a 18 de fevereiro de 2015 • distribuição gratuita

esportes | pág. 161 | mundocidades | pág. 5

especial Carnaval | págs. 7,8,9 e10

Movimento dos Atingidos por Barragenslança documentário

Ano 2 | edição 85

cidades | pág.5

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“Guapiaçú: um (Rio) de Janeiro” retrata situaçãoda população de Cachoeiras de Macacu

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Engenhão agora é Nilton SantosClube consegue, junto à Prefeitura,homenagear seu ídolo com o nome do estádio

Marcos Santos

Brasil | pág.11

Medidas atingem pobrese classe média e preservamprivilégios dos mais ricos

Faltam pouquíssimos dias para o início da maior festa po-pular brasileira: o carnaval. Mas a festa já começou faz tempo,

no Rio de Janeiro. Blocos se espalham por todos os cantos.Na Cidade do Samba, na Gamboa, é hora dos ajustes finais.

Leia entrevista com o presidente do Senge de Volta Redonda, João Thomaz

Divulgação/Sargento Pimenta

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A cada dia se consolidao cerco conservador e rea-cionário que as forças de di-reita estão impondo sobre ogoverno Dilma. Impressiona,inclusive, a rapidez e eficiên-cia dessa ofensiva. O maisimpressionante ainda é a nãoreação por parte do governoe o que é pior é a implemen-tação de medidas econômicasque premiam esses setoresda classe dominante e pena-lizam os trabalhadores.

O que se percebe é queterminou aquele período das“vacas gordas”, em que se ti-nha uma governabilidadeque permitiu minimamenteno País o crescimento eco-nômico acompanhado de

distribuição de renda. Oaprofundamento da crise dosistema capitalista em nívelinternacional contribuiu de-cisivamente para desenharesse cenário aqui no Brasil.

RECESSÃOAs péssimas perspectivas

para a economia brasileiraagravadas pelo ajuste fiscalem curso geram as basespara uma situação de reces-são. Acrescentem-se aindaas consequências políticasda operação Lava Jato, quetendem a contribuir para pa-ralisar os investimentos emvários setores. A Petrobras,por exemplo, foi responsávelpor 10% de toda a taxa de

investimento de 2014, 18,5%do PIB. E agora, sob ataquestem paralisado grande partedesses investimentos.

Diante dessa situação, ossetores da classe trabalhadorabuscam construir uma uni-dade em torno da defesa deseus direitos, e os patrões semovem para debilitar o go-verno e seguir acumulando.

Isso se deve, em parte, por-que no campo da políticamacroeconômica, o governoDilma comete o grave errode achar que o atual ajustefiscal vai criar as condiçõespara o crescimento da taxade investimentos.

O fato é que o governo eseus articuladores políticos

operam como se ainda esti-vessem na zona de confortodo arranjo institucional ondeatuavam como mediadoresda conciliação de classes.

REFORMAS ESTRUTURANTES

Uma crise política estáem gestação. É nesse con-texto que se reafirmará a ne-cessidade de estimular aslutas sociais pautada naconstrução das ReformasEstruturantes que englobema Reforma Política, via Cons-tituinte, Reforma Urbana, Re-forma Agrária, Reforma Tri-butária e a Reforma dosMeios de Comunicação. Umatarefa dessa grandeza exige

um paciente e generoso pro-cesso de construção de uni-dade das forças populares.

Rio de Janeiro, 12 a 18 de fevereiro de 2015 02 | opinião

• Ed

Para anunciar:

[email protected]

• Ed

CONSELHO EDITORIAL: Antonio Neiva, Aurelio Fernandes, Joaquín Piñero, Kleybson Andrade,Mario Augusto Jakobskind, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti EDITORA: Vivian Virissimo (MTb13.344) REPÓRTER: André Vieira, Bruno Porpetta, Fania Rodrigues e Pedro Rafael Vilela REVISÃO:Núbia Pimentel COLUNA SINDICAL: Claudia Santiago FOTÓGRAFO: Pablo Vergara ADMINISTRA-ÇÃO: Carla Guindani DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade DIAGRAMAÇÃO: Stefano Figalo TIRAGEMMENSAL: 200 mil exemplares

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente emtodo o país e agora com edições regionais em SãoPaulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Queremoscontribuir no debate de ideias e na análise dos fatosdo ponto de vista da necessidade de mudançassociais em nosso país e em nosso estado.

Desde 1º de maio de 2013

(21) 4062 7105

EDITORIAL

PREVISÃO DO TEMPO

Rio de Janeiro, Brasilquinta-feira, 12 fevereiro

Sol

36 ºC | F

Uma crise política estáem gestação•

“As péssimas perspectivas para a economiabrasileira agravadaspelo ajuste fiscal em cursogeram as basespara uma situaçãode recessão________________

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Cerca de 400 trabalha-dores da empresa AluminiEngenharia que trabalhamnas obras do Complexo Pe-troquímico do Rio de Janeiro(Comperj) bloquearam, porduas horas e meia, a PonteRio-Niterói no início da tar-de de terça-feira (10). Todosatuam de forma terceiriza-da na obra da Petrobrás.

Os trabalhadores foramde ônibus, de Itaboraí para acapital, a fim de participar de

manifestação em frente à sededa Petrobrás, no centro doRio. Quando passavam pelaRio-Niterói decidiram descerno meio dela e seguir a pé.

Os trabalhadores denun-ciam que os salários estãoatrasados há três meses.Eles também pedem bene-fícios como férias, décimoterceiro salário, Fundo deGarantia do Tempo de Ser-viço (FGTS), tíquete-alimen-tação e seguro-saúde.

Trabalhadores terceirizados doComperj fecham ponte Rio–Niterói

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Acidentedeixa trêsmortos emnavio-plata-forma da Petrobrás

A Petrobras confirmoua morte de três trabalha-dores na explosão do na-vio-plataforma Cidade deSão Mateus, no litoral doEspírito Santo. O acidenteocorreu às 12h50 e havia74 pessoas embarcadas.

Dez pessoas feridas fo-ram levadas para hospitaisem Vitória. Seis trabalha-dores estão desaparecidos.Trinta e três pessoas foramdesembarcadas e 31 per-manecem a bordo.

A Petrobras informouque a unidade é operadapela empresa BW Offs-hore, da Noruega, afre-tada pela Petrobras. Emnota, a petroleira disseque o fogo foi controladorapidamente.

A Agência Nacional dePetróleo informou, tam-bém por meio de nota,que a explosão ocorreuna casa de bombas, masnão houve derramamentode óleo. O fogo foi con-trolado e a plataforma estáestabilizada. A agência for-mou duas equipes parainvestigar as causas doacidente. Uma seguiu parao navio-plataforma e outrapara a sede da Petrobras.

Rio de Janeiro, 12 a 18 de fevereiro de 2015 geral | 3

Militantes do Levante Popular daJuventude fizeramum ato em defesa daPetrobrás na últimaquinta-feira (3). Elespropõem uma Cons-tituinte Exclusivasobre o Sistema Política para comba-ter a corrupção tan-to na estatal quantoem outras esferas doEstado.

Mídia Ninja

EM FOCO

mandoumal

Divulgação

mandoubem

Radio Macondo

Os médicos cubanos queatuaram contra o surto deébola na Africa do Sul man-daram muito bem. Provadisso é que eles estão sendoindicados para concorrerao Nobel da Paz em 2015.Cuba foi a primeira naçãoa prestar ajuda ao país.

O senador José Serra doPSDB mandou muito mal.Ele defendeu que o modelode partilha do pré-sal sejarevisto. Na prática essa re-visão significa a privatiza-ção, ou seja, o petróleo deixade ser da União e passa aser das empresas que ex-ploram os poços.

FRASE DA SEMANA

defendeu o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini,nesta terça-feira (10). O ministro falou em “regulaçãosocioeconômica” das comunicações no Brasil e atualizaçãodo marco regulatório do setor.

"Regulação da mídia é instrumento de democratização”,

EBC

Tani

a Re

go

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Rio de Janeiro, 12 a 18 de fevereiro de 2015 4 | geral

A dívida pública é o maisimportante mecanismo deque os grandes capitalistasse utilizam para transferirrecursos de todo o povopara os seus cofres priva-dos. Ao longo do tempo, ogoverno se endivida, comoforma de financiar o seufuncionamento e de forne-cer serviços para a popu-lação. No entanto, essa dí-vida foi historicamente ge-renciada de uma maneiraque permitisse aos credores– que são, principalmente,os bancos – ampliassem osretornos que obtêm do go-verno, sem emprestar maisdinheiro, ou emprestandomuito pouco.

A principal forma de ga-rantir que os pagamentosda dívida continuem a cres-cer sempre são as taxas dejuros, que são estabelecidaspelo próprio governo. Du-rante a década de 90, os go-vernos de Collor e FHC au-mentaram essas taxas, jus-tamente como forma de fa-vorecer os interesses dosgrandes bancos aos quaiso governo deve dinheiro.

Durante os governos deLula e Dilma, houve um es-forço considerável para re-duzir essas taxas. Mesmoassim, elas continuaram al-tas. E a dívida continuou acrescer. Em 2013, a dívida

“comeu” 40,3% do orça-mento da União. Em 2014,foram 45,1%. E o governoprojeta que, em 2015, serão47,4% (os dados são do SIA-FI, do próprio governo). Ouseja, a dívida consome qua-se metade dos gastos dogoverno brasileiro.

Isso significa menos di-nheiro para saúde, educa-ção, infraestrutura, trans-porte e serviços públicos.Enquanto isso, a vida dapopulação nas grandes ci-dades piora a cada dia. Énecessário fazer uma audi-toria da dívida. É precisosecar essa transferência derecursos do povo para osbolsos dos banqueiros. Adívida é a questão mais im-portante a ser resolvida paraque o Brasil possa se de-senvolver e melhorar a vidados seus cidadãos.

“A dívida públicaconsome o dinheiro parasaúde, educação,infraestrutura,transporte eserviços públicos_________________

Bancos são os principais credores da dívida pública no Brasil

Quem vai pagar a conta? | Darlan Montenegro

A dívida ainda é o nossomaior problema

Sindicatodos Bancários

O horário era de saída decrianças e adolescentes daescola, as ruas da favela deManguinhos, na zona norte,estavam cheias. Policiais fi-zeram disparos de armas defogo na direção dos mora-dores, sem que houvesse tro-ca de tiros. Foram essas ascircunstâncias em que o jo-vem Johnatha de OliveiraLima foi morto com um tironas costas, disparado por umpolicial da Unidade de PolíciaPacificadora (UPP) de Man-guinhos, no dia 14 de maiode 2014, segundo afirmamnove testemunhas do caso.Na tarde desta segunda-feira(9), elas foram ouvidas pelojuiz Murilo Kieling, na pri-meira audiência do julga-mento, no Tribunal de Justiçado Estado do Rio de Janeiro.

O exame de balística apon-ta o policial Alessandro Mar-celino de Souza como autordo disparo que matou o jo-vem. Além dessa acusação,o PM já está sendo indiciadopela execução de três jovensna Vila Camorim, no muni-cípio de Queimados, em2013, segundo informaçõesda Polícia Civil. Ele chegou

a ser preso, mas foi solto econtinua trabalhando na UPPde Manguinhos.

“NENHUMA AUTORIDADE ME DEU APOIO”, DIZ MÃE

“Meu filho foi assassinadocorrendo, de costas, em meioa vários moradores, sem con-dição de defesa”, contou AnaPaula de Oliveira, mãe deJohnatha, minutos antes daaudiência. Ela afirmou tam-bém que só recebeu apoiode movimentos sociais. “Nãoconheço a cara do estado. OEstado que eu conheço estáem Manguinhos, oprimindoe matando. Mas nenhumaautoridade me deu apoio,nem a outras mães.”

Ana Paula chegou ao Tri-bunal pela manhã, acompa-nhada da família e de duasoutras mães de jovens mortospor policiais. Fátima Pinho,mãe de Paulo Roberto Pinhode Menezes, também morto

em Manguinhos, aos 18 anos,e Maria de Fátima dos SantosSilva, mãe de Hugo Leonardodos Santos Silva, vitimado naRocinha. Apresentadas umasàs outras pela luta por justiça,as três hoje integram o FórumSocial de Manguinhos, queluta contra a violência prati-cada pela polícia na favela.

A plateia do julgamentoestava cheia. Além das mãese outros ativistas de Mangui-nhos, havia representantesdo Fórum de Juventudes doRio de Janeiro, que acompa-nha os casos de perto e fezum twitaço divulgando a au-diência, e das ONGs AnistiaInternacional, Ibase e JustiçaGlobal, além de outros ati-vistas. A antropóloga JulianaFarias, que acompanhou aaudiência e é autora de umatese de doutorado sobre ca-sos de execução sumária pra-ticados por policiais militaresem favelas cariocas, ressaltoua impunidade nesses casos:“Os responsáveis por essasmortes não são só os policiaisque disparam, mas todo o Es-tado, inclusive a Justiça, queacaba legitimando essa lógicabélica e criminalizando mo-radores de favelas. É raro umcaso que o Ministério Públiconão arquiva, mesmo que hajaprovas de execução sumária.”

JULGAMENTO SUSPENSO

O julgamento foi suspensoe será retomado no dia 18 demarço, com as testemunhasde defesa do policial. Movi-mentos sociais prometemuma mobilização ainda maior.Johnatha saiu de casa paraentregar um pavê à avó ma-terna e, nesse caminho, foibaleado, quando o PM abriufogo contra a população. Nãose trata de exceção, o uso in-discriminado de armas defogo nas favelas com UPPs é,segundo as testemunhas ou-vidas no julgamento, “práticacomum” dos policiais.

Camila Nobregado Canal Ibase

Começa julgamento de PM quematou jovem em ManguinhosPolicial é acusado de outros homicídios,mas continuatrabalhando na UPP

““Meu filho foi assassinado correndo, de costas, em meio a vários morado-res, sem condiçãode defesa”________________

Cam

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Família de Jonatha e mães de outros jovens mortos por policiais

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Estamos em uma das piorescrises hídricas dos últimosanos. Quais os passos emer-genciais nesse momento?Em primeiro lugar, o Estadodo Rio de Janeiro precisa as-sumir a crise hídrica e ampliaro diálogo com os comitês téc-nicos, os profissionais e a so-ciedade. A região Sudeste,que aglutina as principaiseconomias do país, está comapenas 17,5% de volume útilnos seus reservatórios parageração de energia elétrica.Com 10%, essas hidrelétricasparam de operar por medidade segurança e ninguém estádebatendo este problema.

Quais os riscos da diminui-ção da quantidade de água?O reservatório de Santa Ce-cília, em condições normais,manda para a Região Metro-politana do Rio de Janeiro até

160m³/s. Hoje, com a escassezestamos enviando aproxima-damente 100m³/s. Com a re-dução do volume de água e aconcentração de esgoto nãotratado, há a proliferação dealgas prejudiciais à saúde (cia-nobactérias), principalmentena Represa do Funil. As esta-ções de tratamento de águaaumentam a quantidade no

uso do cloro e de sulfato dealumínio, que são prejudiciaisà saúde e ao ecossistema. Nãoesquecendo que o rio Paraíbado Sul é líder em hormônios(estradiol e estriol). Essa re-dução também tem causadoproblemas da intrusão salinadas águas na Baía de Sepetiba,através do canal do São Fran-cisco, que tem comprometido

o funcionamento de váriasempresas, que captam a águadeste canal. Estamos com sé-rios problemas de falta deágua nas cidades do estadodo Rio de Janeiro, perda desafras agrícolas e morte derebanhos bovinos (Campos).

O que é preciso fazer emmédio e curto prazos?O Estado do Rio de Janeiro écampeão de vazamentos deágua nas redes públicas e pri-vadas e há um descontroledo uso. A CEDAE/RJ tem per-das de água tratada em 50%em Duque de Caxias; 62,69%em Belford Roxo; 62,29% emNova Iguaçu, por exemplo.É preciso uma campanha di-reta para incentivar a reduçãodo consumo e penalizar oalto consumo. Atualmente,as empresas e o sistema agro-pastoril são os que gastammais água. É preciso um re-direcionamento na logísticade consumo hídrico. Alémdisso, o Estado do Rio de Ja-neiro tem um dos maioresíndices de não tratamento deágua e esgoto. Precisamossalvar nossas matas ciliares,as microbacias, nossas minase riachos. Se cada uma das184 cidades dos três estados(SP, RJ e MG) despoluírempelo menos um de seusafluentes, com vazão médiade 0,5 a 1,0 m³/s chegaríamosde 92 a 184 m³/s de água deboa qualidade.

Rio de Janeiro, 12 a 18 de fevereiro de 2015 cidades | 5

Camila Marinsda Fisenge

Confira entrevista com o presidente do Sindicato dos Engenheiros de VoltaRedonda (Senge-VR),João Thomaz

“O Estado do Rio de Janeirotem um dosmaiores índicesde não trata-mento de água e esgoto________________

João Thomaz: “Empresas e o sistemaagropastoril gastam mais água”

Christina Bocayuva

“Há um descontroleno uso da água no RJ”

Guapiaçu: um Rio (deJaneiro) Ameaçado

Rio de Janeiro é campeão de vazamentos de água nas redes públicas e privadas

Pablo Vergara

Construído por integran-tes do MAB, o média-me-tragem retrata o drama dapopulação de Cachoeirasde Macacu, município lo-calizado a 100 quilômetrosdo Rio, diante do projetode barragem proposto parao rio Guapiaçu. Apontadacomo solução hídrica parao estado, a barragem poderáatingir mais de três mil pes-soas e afetar uma cadeiaprodutiva de cerca de 15mil trabalhadores, que geraanualmente R$ 100 milhões.

Segundo a proponente daobra, a Secretaria Estadualdo Meio Ambiente, a águadesviada pela represa supri-ria a demanda do sistemaImunana-Laranjal, que abas-tece a região leste metropo-litana do Rio de Janeiro.

Entretanto, diversas irre-gularidades no processo delicenciamento foram apon-

tadas por entidades da so-ciedade civil. A Associaçãode Geógrafos Brasileirosdestaca que a Secretaria deMeio Ambiente é, ao mes-mo tempo, proponente eavaliadora do projeto. Alémdisso, os decretos expro-priatórios das áreas possi-velmente atingidas pelo lagoda barragem foram publi-cados antes de um pareceroficial do Instituto Estadualdo Ambiente.

Outro grave problema éque os decretos preveemindenizações de apenas cin-co mil reais para cada hec-tare de terra desapropriado,valor muito inferior ao pre-ço de mercado.

Para o integrante da coor-denação nacional do MAB,Leonardo Maggi, o governodo Rio de Janeiro escolheua pior alternativa para ocombate à crise da água.“Ao invés de investir na pre-servação do rio Guapiaçue na recuperação da baciahidrográfica da região, o go-verno preferiu o caminhomais fácil: construir umabarragem e penalizar a po-pulação mais vulnerável.Mas nós não perdemos aesperança como vamoscontinuar lutando”, afirmou.

do Rio de Janeiro (RJ)

O Movimento dos Atingidos porBarragens (MAB) lançou pela interneto documentário na terça-feira (10)

Documentário está disponível no site do MAB

Reprodução

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Rio de Janeiro, 12 a 18 de fevereiro de 2015 6 | mundo

Os chanceleres da Uniãode Nações Sul-Americanas(Unasul) afirmaram nestasegunda-feira (9) que assanções unilaterais dos Es-tados Unidos à Venezuelaafetam a estabilidade da re-gião. Eles se reuniram emMontevidéu.

“Queremos evitar que ospaíses fora da região possamafetar a paz e a estabilidadedos Estados-Membros daUnasul”, disse o chancelerequatoriano, Ricardo Patiño.

A Unasul reforçou a neces-sidade de defender a Vene-zuela e os países da regiãode qualquer ameaça externaque afete a prosperidade e apaz na América do Sul.

Os Estados Unidos anun-ciaram, no último dia 2, san-ções a funcionários do go-verno venezuelano, com asuspensão de vistos em pas-saportes. Em julho do anopassado, a Casa Branca impôsrestrições a 24 integrantes dogoverno venezuelano. (Abr)

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Gréciaajuda os maisafetadospela crise

O primeiro-ministroda Grécia, Alexis Tsi-pras, anunciou no do-mingo (8) a criação deum programa de ajudasocial aos que forammais afetados pela criseno país e a recontrata-ção dos trabalhadoresdo serviço público queforam despedidos.

Na apresentação doprograma de governo,Alexis Tsipras explicouque o plano de ajudaimediata pretende fazerface a uma "crise huma-nitária", atribuindoajuda alimentar e eletri-cidade gratuitas, assimcomo acesso aos servi-ços de saúde para osque "foram mais casti-gados pela crise". (ABr)

Sanções à Venezuelaafetam continente,diz Unasul

Mario Ruiz

EM FOCO

Uma agenda de coope-ração do Brics (Brasil, Rús-sia, Índia, China e África doSul) sobre questões popu-lacionais para o período2015-2020 será adotadaquinta-feira (12), após a 1ªReunião de Ministros Res-ponsáveis por Assuntos Po-pulacionais do bloco.

“O objetivo é traçar asprincipais prioridades. Nocaso dessa reunião, no âm-bito dos cinco países, quesão ricos em população, osprincipais elementos daagenda passam pelo enve-lhecimento do povo, que éuma tendência mundial, amigração rural-urbana, a

questão das doenças se-xualmente transmissíveis eda mortalidade materna”,disse o ex-ministro da Se-cretaria de Assuntos Estra-tégicos Marcelo Neri, queparticipou do 2º Semináriode Funcionários e Peritosem Questões Populacio-nais. (ABr)

Brics planejam coope-ração sobre questõespopulacionais

•Reunião foi convocada a pedido do presidente Nicolás Maduro (foto)

Conflito na Nigéria já causou mais de 13 mil mortes desde 2009

Aprovado envio detropas para combaterBoko Haram

Divulgação

•O Parlamento do Nígeraprovou nesta terça-feira (10)por unanimidade o envio deum destacamento militarpara a Nigéria, a fim de com-bater o grupo extremista BokoHaram. “A resolução passoupor unanimidade. Todos os120 deputados votaram a fa-vor”, afirmou fonte do Parla-mento do Níger.

No dia 30 de janeiro, aUnião Africana pediu a cria-

ção de uma força regional decinco países, com 7,5 mil in-tegrantes. O grupo quer ins-taurar um califado (comuni-dade de muçulmanos regidapela lei islâmica) no Norteda Nigéria.

A violência do grupo e desua repressão pelas Forças Ar-madas nigerianas já causoumais de 13 mil mortes desde2009 e cerca de 1,5 milhão derefugiados e deslocados. (ABr)

Mohamed Sheikh/Nor

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Rio

Abre Alas

Carnaval

Faltando 2 diaspara a maior festabrasileira, o Carnaval, foliões, escolas e blocosse preparam! Car

navalOh abre

alas que eu quero passar!

Alexandre Macieira/ Riotur

Tata Barreto/Riotur Fernando Maia/Riotur

Rap

hael

Dia

s/Ri

otur

2015

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Rio de Janeiro, 12 a 18 de fevereiro de 2015 8 | Especial

Faltam pouquíssimosdias para o início da maiorfesta popular brasileira: ocarnaval. Mas a festa já co-meçou faz tempo no Rio deJaneiro. Maria de Lourdes,por exemplo, não esperoupelo início oficial do car-naval para jogar sua ser-pentina e cair na folia. Paraela, que trabalha como co-merciante no Saara, é che-gado o momento maisaguardado do ano. “Amo ocarnaval, mas não fico es-perando o 'sábado do zé pe-reira' não. Já fui em alguns

blocos que saíram e estoume preparando para os pró-ximos”, declarou a foliã.

Para o ambulante JorgeAntônio a festa é mais quediversão. Durante o ano, elesai todos os dias de sua casano bairro do Riachuelo, zonanorte, para vender bebidasno centro da cidade. Duranteo carnaval, ele e sua famíliaaproveitam a folia para ga-nhar um dinheiro extra. “Jáestou com o isopor prepa-rado para vender água, re-frigerante e cerveja. É bomporque a gente aproveita ocarnaval e ainda ganha umdinheirinho a mais”, come-morou o vendedor.

Se conversarmos com osfoliões que trabalham nocentro do Rio, temos umaideia do que se espera paraa festa, caminharmos pelaCidade do Samba, na Gam-

boa, temos a certeza de quejá é carnaval. No barracãoda Estação Primeira de Man-gueira é hora dos ajustes fi-nais. “Estamos apenas fa-zendo pequenos detalhes. Ocarnaval está pronto e vamosfazer uma grande homena-gem às mulheres. A Man-gueira sempre teve grandesmulheres que representama cultura, o morro, a educa-ção. Exemplo de guerreiras”,destacou Rubem Machado,vice-presidente de divulga-ção da agremiação.

Para os trabalhadores dosamba, a recompensa vemcom o desfile. “Já é o segun-do ano que trabalho no bar-racão da Portela. É muitobom ver na avenida o traba-lho que a gente faz aqui. Éum pouquinho da gente quetambém está lá”, declarou oaderecista Luiz Carlos.

André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)

Foliões, escolas e blocos se preparampara a maior festa brasileira

Abrealas

que euquero

passar

•• Vem pro Bola

meu bem!Maior bloco carnavalesco do Rio

de Janeiro, o Cordão da Bola Pretadeve arrastar milhões de foliões na manhã

de sábado (14) pela Avenida Antônio Carlos, no centro.Completando 97 carnavais, o bloco esse ano homenagearáos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro e fará um alerta aouso de drogas. “Vamos fazer um carnaval de muita paz ealegria, fazendo aquilo que o Bola Preta sempre fez: mantervivo o carnaval tradicional dessa cidade maravilhosa”,declarou o presidente do bloco, Pedro Ernesto.

Rio2015Carnaval

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Rio de Janeiro, 12 a 18 de fevereiro de 2015

• Gari presidente!No carnaval de 2014, os garis

protagonizaram uma greve his-tórica na luta por melhores salários

e condições de trabalho. Para este ano,os profissionais levarão aos arcos da lapa o bloco “GariPresidente”, com a concentração marcada para a terça-feira (17), às 15h. “Nosso convite é para toda a sociedade.Vamos fazer um bloco de carnaval de protesto. Nossaforma de protestar não é de forma rancorosa, mas deforma harmônica, onde tenha menos ódio e mais amor”,convocou Célio Viana, mais conhecido como Célio Gari,um dos líderes do movimento.

• Carnaval de rua: a essência da festa

Pedro Ernesto destaca também a relevância queos blocos de rua têm para o carnaval. “O carnaval

de rua resgata os valores da verdadeira festa de car-naval. É muito importante que o carnaval de rua não

fique restrito ao centro e zona sul, ele tem que se espalharpor todos os lados”, concluiu o presidente do Bola Preta.

• Folia por todos os ladosEstá enganado quem pensa que o carnaval do Rio seráapenas no centro e zona sul. Em Duque de Caxias, por

exemplo, a Praça da Matriz servirá de concentração parablocos e afoxés durante a festa carnavalesca. Já no Méier,

zona norte, a rua Dias da Cruz é uma boa dica para os foliões.Veja a lista dos blocos que traz o Brasil de Fato e programe-se!

• Xixi na rua é multaCom fiscalização rigorosa, agentes da prefeitura

do Rio de Janeiro já começaram a punir os foliõesque foram flagrados urinando nas ruas da capital.

Somente no último final de semana, mais de 180pessoas foram multadas em R$ 170. “Não acho certo

fazer xixi na rua, mas a estrutura de banheiros que a prefeituraoferece é bem ruim. São gigantes as filas e os banheiros nem sempreestão limpos”, criticou o representante comercial Carlos Silva.

• E poderá ficar ainda mais caro: R$ 510Um projeto da Secretaria Municipal de Ordem Públicado Rio (SEOP) pretende triplicar o valor da multa aplicada

aos foliões flagrados fazendo xixi na rua. De R$ 170 atual-mente, o valor poderá chegar a R$ 510. Para começar a valer,

o projeto precisa ainda da aprovação da Câmara dos Vereadores.

Poluição na China é responsável por 20% dos casos de câncer de pulmão

Alexandre Macieira/Riotur

Rio2015Carnaval

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BlocosFala Puto que eu Te EscutoO que?Bloco formado pelos comunicadores popularesdo Rio de Janeiro que tem como lema a luta “Pelo direito à comunicação e à folia”

Quando? Sexta-feira (13), às 19hOnde? Praça da Cinelân-dia, centro do Rio.Quanto? 0800

Cordão da Bola PretaO que?Fundado em 1918,é um dos blocos mais tradicionais do carnaval.Este ano fará homena-gem aos 450 anos da cidade do Rio.

Quando? Sábado(14), às 9h30Onde? Concentração naRua Primeiro de Março,centro do Rio.Quanto? 0800

Império de GramachoO que: Bloco do bairroGramacho, em Duque deCaxias, fundado em 1976.Traz como tema este ano

“Tem cheiro, aspecto eteor a boa da Terra”.Quando? Segunda-feira(16), a partir das 20hOnde? Praça da Matriz,Duque de CaxiasQuanto? 0800

Papo de CachaçaO que? Bloco de marchinhas de carnavaldo bairro do Méier, naZona Norte.

Quando? Segunda-feira(16), às 18hOnde? Rua Dias daCruz, MéierQuanto? 0800

CarnavalAgenda do

Rio de Janeiro, 12 a 18 de fevereiro de 2015 10 | cultura

Rio2015Carnaval

Desfil

e das

Escol

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#VEM

Grupo EspecialOnde? Marques de Sapucaí, a partir das 21h30

Domingo (15)1. Unidos do Viradouro2. Estação Primeira de Mangueira3. Mocidade Independente de Padre Miguel4. Unidos de Vila Isabel5. Acadêmicos do Salgueiro6. Acadêmicos do Grande Rio

Segunda (16)1. São Clemente2. Portela3. Beija-flor de Nilópolis4. União da Ilha do Governador5. Imperatriz Leopoldinense6. Unidos da Tijuca

Série AOnde? Marques de

Sapucaí, a partir das 21h

Sexta-feira (13)1. Unidos de Bangu

2. Em Cima da Hora3. Império Serrano4. Paraíso do Tuiuti5. União do Parque Curicica6. Unidos do Porto da Pedra7. Caprichosos de Pilares

Sábado (14)1. Alegria da Zona Sul2. Acadêmicos de Santa Cruz3. Inocentes deBelford Roxo4. Unidos de Padre Miguel 5. Império da Tijuca 6. Renascer de Jacarepaguá7. Acadêmicos do Cubango

8. Estácio de Sá Séries B,C e D Quando? De 14 a 17 de fevereiroOnde? Estrada Intendente Magalhães, CampinhoQuanto? 0800

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Page 11: Brasil de Fato RJ - 085

A lógica é sempre a mes-ma. O país afetado pela criseeconômica, dólar em alta,crescimento em baixa, dé-ficit nas contas. O remédiopara tudo isso, claro, é eco-nomizar, promover o cha-mado “ajuste fiscal”. O pro-blema é que o alvo do ajustesão sempre os trabalhado-res. As medidas até agoraanunciadas pelo governofederal só incidem no bolsoe na vida dos mais pobres.

O objetivo declarado doMinistério da Fazenda époupar R$ 66,3 bilhões, valorque corresponde a 1,2% doProduto Interno Bruto (PIB)de 2015 – a geração de ri-queza da economia brasi-leira. Para chegar à meta deeconomia, foram reajustadosimpostos federais comoPIS/Cofins e Cide sobre oscombustíveis e sobre a im-portação. Também se dobrouo percentual, de 1,5% para3%, do Imposto sobre Ope-rações Financeiras (IOF),encarecendo a tomada deempréstimos de curto prazo.Sem contar os aumentos nascontas de luz que esse anopodem ultrapassar os 40%na maioria dos estados.

IMPOSTO DE RENDAEm termos de impostos,

no entanto, uma das medi-

das mais impactante paraos trabalhadores e classemédia nesse começo de anofoi o veto da presidenta Dil-ma ao reajuste de 6,5% natabela do Imposto de Renda(IR). Se o aumento tivessesido aprovado, as pessoasque ganham até R$ 1.903,98não precisariam prestarcontas à Receita Federal;atualmente, quem ganha apartir de R$ 1.710,79 já paga7,5% de imposto. “O con-tribuinte mais uma vez é omaior sacrificado”, lamentaCláudio Damasceno, presi-dente do Sindicato Nacionaldos Auditores Fiscais da Re-ceita Federal (SindFisco).

A defasagem na tabela doIR acumulada desde 1996chega a 64,28%. Significa queas faixas de tributação nãoacompanharam a inflaçãodo período, de modo quetrabalhadores com menorrenda passaram a pagar im-posto, enquanto trabalhado-res de maior renda tiveram oíndice de cobrança congelado,já que acima de R$ 4.271,59,o índice é único (27,5%), mes-mo se o salário ou rendimentofor de R$ 20, R$ 40 mil ou maispor mês. O SindFisco propõe,por exemplo, que se crie uma

faixa de tributação sobre arenda para grandes rendi-mentos. Essa medida, alémde ser mais justa, atenuaria aqueda na arrecadação de im-postos com o reajuste na ta-bela, que é justamente o ar-gumento alegado pelo gover-no para não corrigir os índices.

INJUSTIÇA TRIBUTÁRIABRASILEIRA

Nenhuma das medidas deajuste fiscal anunciadas pelogoverno enfrenta o desigualsistema tributário brasileiro.De acordo com a Constitui-ção Federal, em seu artigo145, “os impostos, sempreque possível, terão caráterpessoal e serão graduadossegundo a capacidade eco-nômica do contribuinte”.

Na prática, ocorre exata-mente o inverso. Cerca de40% da carga tributária écomposta por impostos in-diretos, aqueles embutidosnos produtos, que acabampesando mais no bolsodos mais pobres ao fazercompras no supermercado,por exemplo.

Como resultado, a popu-lação de mais baixa rendacompromete 32,8% dos seusrendimentos com impostos,enquanto os 10% mais ricosgastam 22,7% da sua rendacom tributos.

“As classes médias e osmais pobres pagam, pro-porcionalmente, muito maisimpostos que os mais ricos.E é por isso que acho quesão os ricos, prioritariamen-te, que devem arcar com oônus do reequilíbrio fiscal”,afirma o senador LindbergFarias (PT-RJ).

Rio de Janeiro, 12 a 18 de fevereiro de 2015 Brasil | 11

Medidas atingempobres e classe média, mas preservamprivilégios dos mais ricos

Ajuste fiscal só no bolso dotrabalhador

DEFENDER A PETROBRÁSÉ DEFENDER O BRASIL

24/02 18h

Local: Associação Brasileira de Imprensa (ABI)Rua Araújo Pôrto Alegre, 71Centro – Rio de Janeiro

3ª feira

Apurar e punir os responsáveis pelos crimesocorridos contra a Petrobrás não significa ser cúm-plice dos ataques que a grande mídia e grupos po-líticos e econômicos vêm fazendo contra a empresa.Estão em jogo o papel estratégico que a Petrobráse o pré-sal têm para o desenvolvimento e a sobera-nia nacionais. Querem entregar o futuro do país aocapital privado, nacional e estrangeiro.A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e aCentral Única dos Trabalhadores (CUT) convo-cam os movimentos sociais, as entidades sindicais,as organizações políticas, a intelectualidade e a so-ciedade em geral para o ato.

Pedro Rafael Vilelade Brasília (DF)

“População de mais baixa rendacompromete 32,8% dos seus rendimentos com impostos_________________

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Rio de Janeiro, 12 a 18 de fevereiro de 2015 12 | opinião

A fim de papo | Mc Leonardo

Começo o texto já res-pondendo a pergunta: não.O Complexo do Alemão,assim como todas as favelasque foram ocupadas pelapolícia, nunca conseguiuser pacificado. O estadousou a mídia para dizerque a UPP estaria levandoa paz, portanto o meu “não”é embasado na lógica daausência de paz.

Por outro lado, analisan-do o conceito de pacifica-ção, eu mudo minha opi-nião e digo: sim. O Com-plexo e todas as favelas ditaspacificadas estão sendo pa-cificados. Pacificação, nalinguagem militar, significaa tomada do controle terri-torial. O controle está sendofeito a passos lentos, masestá avançado. E para avan-çar tem um preço a pagar,e quem está pagando é omorador de favela.

AÇÕES DESASTROSASSão os moradores dessas

favelas que estão tendo queaturar ações desastrosas porparte da polícia, algumasresultando até em mortes.E quando eu ouço comen-tários na grande mídia sobreas UPPs, eu só escuto co-mentaristas sobre segurançadizendo que estamos viven-do em uma verdadeira guer-

ra. Essa ação do estado nãome faz pensar que estamosem guerra, mais que isso,estamos assistindo um ver-dadeiro extermínio.

PAPO RETOE para mostrar que existe

uma comunicação com-prometida com a verdadedo que se vive hoje noComplexo do Alemão, peçopara você, leitor, para aces-sar o “Coletivo Papo Reto”no Facebook. Eles estãomandando bem na cober-tura de que anda aconte-cendo por lá. E por falar noque anda acontecendo porlá, finalizo meu texto man-dando um abraço apertadoem cada parente e amigode Diego da Costa, assas-sinado por um policial daUPP às 7 horas da manhãdo dia 8 de fevereiro. Vamuque Vamu!

•Pacificação, na linguagem militar, significa o controle territorial

“Não penso que estamosem guerra,mas assistindoum verdadeiroextermínio_______________

Complexo pacificado?

Carlos Coutinho/Papo Reto

Vitor Texeira

É inquestionável que asjornadas de junho de 2013conquistaram vitórias con-cretas para o povo e para aclasse trabalhadora.

Para além dessas vitórias,um pouco depois, foi imple-mentada uma importanteCPI para tratar das inúmerasirregularidades nos contratosde licitação da prefeitura comas empresas de ônibus.

Com o Prefeito e a CâmaraMunicipal submetidos aosinteresses da dita “máfia dostransportes” outro destinonão poderia ser esperado se-não o enterro da CPI. Pormeio de suas empresas, essadita “máfia” tem peso fun-damental no financiamentodas campanhas de vereadorese do próprio Prefeito.

Sabemos que a realidadehoje é outra. A derrota daCPI dos Transportes, a pri-são de inúmeros manifes-tantes arbitrariamente, so-mados a uma frustração ge-neralizada com as medidasconservadoras do governofederal parece ter dado uma“esfriada” na população.Mesmo indignada com osaumentos e péssimo serviçoprestados, a população no-vamente parece meio des-

crente no potencial da luta.Porém os aumentos estão

aí e não apenas nos ônibus.Portanto está colocado, no-vamente, o desafio de mostrarque é possível arrancar vitóriasconcretas com povo na rua.

Para isso é fundamentalque se consiga deixar claroque a luta pelo Passe Livre éa luta pelo fim do exílio dosjovens nas periferias, semacesso à cultura, ao lazer, àcidade. Também pelo com-bate à dupla função e as pés-simas condições de trabalhode motoristas e cobradores.

Reforçamos que para nósé fundamental massificar aluta e que é inabalável nossadisposição de combater esses

aumentos nas ruas - em uni-dade com as demais orga-nizações - de exigir da pre-feitura a adequação ao preçorecomendado pelo Tribunalde Contas do Município, novalor de R$ 2,50 e de con-quistar o direito ao Passe Li-vre em todo o Estado e a es-tatização das empresas detransportes.

No entanto, entendemosque só conseguiremos atingir“radicalidade” nessa luta earrancar vitórias concretassignificativas, se conseguir-mos avançar na discussãosobre o Sistema Político. Te-mos convicção que é urgenteque se ponha um fim na pos-sibilidade de entidades fi-nanceiras e empresas patro-cinarem campanhas eleito-rais, reduzindo a influênciado poder financeiro.

Para nós, é central a lutapor um Plebiscito para a con-vocação de uma AssembleiaConstituinte Exclusiva e So-berana que promova umaprofunda reforma nas estru-turas do Sistema Político her-dado da ditadura.

Leonardo Freireé militante do Levante Popular da Juventude

Ônibus: passagem deveria custar R$ 2,50!•

“Para isso é fundamental quese consiga deixarclaro que a lutapelo Passe Livre éa luta pelo fim doexílio dos jovensnas periferias__________________

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Rio de Janeiro, 12 a 18 de fevereiro de 2015 variedades | 13

BOA E BARATA

Tempo de preparo30 min

Rendimento8 porções

CONHEÇA SEUS DIREITOS

An

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Todas as semanasnas ruasdo Rio

(21) 4062 7105

Descanso e trabalho: o quediz a lei sobre férias, folgasou feriados?

Legumes na manteigaDivulgação

Ingredientes1 xícara de cenouras pica-das e levemente cozidas1 xícara de batatas picadase levemente cozidas1 xícara de brócolis em pedaços levemente cozido1 lata de ervilhas2 tomates médios em fatias médias1 cebola média em fatias largasAzeitonas em fatias1 1/2 de manteiga ou margarinaCheiro verdeSal a gosto

A lei determina que asfolgas, também chamadasde repouso semanal, ocor-ram após seis dias de tra-balho, devendo ser remu-neradas. Sobre o domingo,quem trabalha nesta datadeve consultar a convençãocoletiva da categoria, po-rém, geralmente, esse tra-balhador recebe dobradoou tem direito a outra folgadurante a semana.

Quanto aos feriados, háprevisão apenas sobre os na-cionais, nos quais os profis-sionais não devem ir ao tra-balho. A exceção se dá emalguns setores específicos,nos quais deve sobressair aconvenção da categoria.

FÉRIASAs férias são um direito

constitucional, adquirido após12 meses de trabalho. As fériasdevem ter o período de 30dias, que, por sua vez, serãoconcedidos em até 12 meses.Esse período de descansopode ser dividido em dois pe-ríodos, que não podem sermenores do que dez dias.

Quem falta muito, con-tudo, deve ter atenção, vistoque as faltas podem ser des-contadas das férias, na se-guinte proporção: quem teve

de seis a 14 faltas injustifi-cadas no período de um anoterá direito a 24 dias de fé-rias; de 15 a 23 faltas, o des-canso será de 18 dias, en-quanto que aqueles que fal-taram de 24 a 32 dias injus-tificadamente poderão des-cansar por apenas 12 dias.

No que diz respeito ao pa-

gamento no período de férias,o profissional tem direito aosalário daquele mês, acres-cido de um terço. Esse valordeve ser pago até dois diasantes do referido recesso.

O trabalhador que desejarpode vender até dez diasde suas férias, sendo que,nesse caso, a pessoa recebeo salário acrescido de umterço a que já tinha direito,mais os dez dias trabalha-dos. A empresa não podeforçar o trabalhador a ven-der as férias.

Em fogo baixo, aquecera manteiga (ou margarina)em uma frigideira ou panelaantiaderente grande. Juntara cenoura, batata e brócolis,misturando sempre. Acres-

centar as ervilhas, azeitonas,tomate e cebola e misturar.Salgar a gosto. Quando ostomates e a cebola estiveremmoles, retirar do fogo e acres-centar cheiro verde.

Modo de preparo

Dúvidas sobre saúde? Encaminhe e-mail para [email protected]

•AMIGA DA SAÚDE

Amiga, percebi que nos últimos dias tenho ficadocom as mãos e os pés um pouco inchados ao longodo dia. Nunca tive isso. Pode ser sinal de algumproblema mais grave? Jussara Lima, 35 anos, secretária

Querida Jussara, nos úl-timos dias estamos vi-vendo temperaturas mui-to quentes. Esse calorãotodo propicia maior di-latação das veias, difi-cultando a circulação dosangue. Isso provoca in-chaço (ou edema). Se vocêpermanece muitas horasna mesma posição o pro-blema piora. A alimenta-ção com excesso de sal

tam bém é ruim. Fazer umacaminhada de cerca de 30minutos por dia, evitarmuitas horas na mesmaposição, fazer alongamen-tos, dormir com as per-nas um pouco elevadas ealimentação mais leve aju-dam a reduzir o problema.Caso persista o problema,o inchaço piore ou apare-çam outros sintomas, pro-cure avaliação médica.

“A lei trata de três períodosespecíficos: folgas, feriados e férias________________

Divulgação

Page 14: Brasil de Fato RJ - 085

FEVEREIRO E MARÇOFASES DA LUA

Rio de Janeiro, 12 a 18 de fevereiro de 2015 14 | variedades

Editor-chefe: Nilton Viana • Editores: Aldo Gama, Marcelo Netto Rodrigues, Eduardo Sales de Lima • Repórteres: Marcio Zonta, Michelle Amaral, Patricia Benvenuti •Correspondentes nacionais: Maíra Gomes (Belo Horizonte – MG), Pedro Carrano (Curitiba – PR), Pedro Rafael Ferreira (Brasília – DF), Vivian Virissimo, Gilka Resende, MarianeMatos e Cláudia Santiago (Rio de Janeiro –RJ) • Correspondentes internacionais: Achille Lollo (Roma – Itália), Baby Siqueira Abrão (Oriente Médio), Claudia Jardim (Caracas –Venezuela) • Fotógrafos: Pablo Vergara (Rio de Janeiro – RJ), Carlos Ruggi (Curitiba – PR), Douglas Mansur (São Paulo – SP), Flávio Cannalonga (in memoriam), João R. Ripper(Rio de Janeiro – RJ), João Zinclar (in memoriam), Joka Madruga (Curitiba – PR), Leonardo Melgarejo (Porto Alegre – RS), Maurício Scerni (Rio de Janeiro – RJ) • Ilustrador: Latuff • Editor de Arte: Marcelo Araujo • Revisão: Beatriz Calló • Jornalista responsável: Nilton Viana – Mtb 28.466 • Administração: Valdinei Arthur Siqueira • Endereço: Al. EduardoPrado, 676 – Campos Elíseos – CEP 01218-010 – Tel. (11) 2131-0800/ Fax: (11) 3666-0753 – São Paulo/SP – [email protected] • Webmaster: marc@infofl uxo.com •Gráfi ca: Info Globo • Conselho Editorial: Alipio Freire, Altamiro Borges, Aurelio Fernandes, Bernadete Monteiro, Beto Almeida, Dora Martins, Frederico Santana Rick, Igor Fuser,José Antônio Moroni, Luiz Dallacosta, Marcelo Goulart, Maria Luísa Mendonça, Mario Augusto Jakobskind, Neuri Rosseto, Paulo Roberto Fier, René Vicente dos Santos, RicardoGebrim, Rosane Bertotti, Sergio Luiz Monteiro, Ulisses Kaniak, Vito Giannotti • Assinaturas: (11) 2131– 0800 ou [email protected]

Para anunciar:

(11) 2131 0800

Redação Rio:[email protected]

Anuncie!(21) 4062 7105

LUA DA SEMANAMINGUANTE

Minguantedia 12/2, 01h52

Cheiadia 5/3, 15h6

Novadia 18/2, 21h49

HORÓSCOPO SEMANAL

As suas tarefas profissionais decorrerãosem percalços desde que sejam feitascada uma a seu tempo. Concentre-seem pleno naquilo que executa.

A sua atividade profissional será intensae produtiva. A autodisciplina não deveráser descuidada se pretende atingir pon-tos mais altos.

Poderão surgir negociações com grandepeso para um futuro a médio prazo. Osencontros sociais poderão levá-lo acometer excessos. Modere-se.

O esforço que poderá despender paraver concretizados os seus planos e metasserá maior que a primeira vista deveria.

Deverá rodear-se de todos os cuidadospara não cometer erros que podem sairmuito caros no futuro. Na saúde, plena vi-talidade, não poderia estar melhor.

Se der atenção às más-línguas nuncaconseguirá obter a felicidade na sua vida.Na saúde, esteja atento, existempossibilidades de acidentes.

Poderá ser vítima de alguma lentidão,devido ao seu estado de espírito não es-tar nas melhores condições. Controle oestresse e descanse o mais que possa.

Um novo amor poderá surgir anun-ciando-se de alguma forma duradouro ede acordo com todas as suas expectativasneste campo. Viva a felicidade destes dias.

O amor abre as portas, porém os conse-lhos de alguém próximo levam-no a to-mar decisões contrárias aos seus interes-ses. Seja paciente e persistente.

Saiba escutar os mais velhos e experientesna sua carreira. Obterá conhecimentos pre-ciosos para o bom desenvolvimento dassuas tarefas e atividades.

Nem sempre o caminho mais curto é omelhor para chegar ao lugar que preten-de. A forma como pensa e atua, terãoefeitos na sua saúde. Seja observador.

Coloque de lado todos os receios que olevam a refrear a sua caminhada para oêxito. Os desafios serão constantes, arregaceas mangas, pois será bem sucedido.

Crescentedia 25/2, 14h15

Page 15: Brasil de Fato RJ - 085

Vem de Minas o primeirogolaço do futebol brasileiro.O Cruzeiro abriu o placardas boas notícias nesse cas-tigado esporte, pretensa-mente administrado pelaCBF. A Raposa contratou ozagueiro Paulo André, aprincipal liderança do BomSenso FC.

Paulo André viveu umaespécie de exílio em plenadita democracia. Saiu doCorinthians, após fazer par-te da zaga campeã do mun-dial interclubes, quase es-corraçado, pelo crime depensar melhorias para o fu-tebol brasileiro.

O movimento sobreviveucom sua ausência, conquis-tou vitórias junto ao gover-no, mas é preciso dar o cré-dito às sementes plantadaspor Paulo André.

O INIMIGO DA CBFIsso, por si só, transformou

Paulo André em inimigo pú-blico número 1 da cartola-gem brasileira. Descartadopelos clubes daqui, foi en-contrar refúgio na China. Ga-nhou uns bons caraminguás,para os quais ele sempreaceitou redução em nomede um equilíbrio financeiromaior do nosso futebol.

Estava quase partindopara os EUA, sem conseguirclube para jogar no Brasil,até que chegou o Atlético-PR e blefou. O nome delevoltava à cena, e assim oCruzeiro entrou na jogada.

Do ponto de vista espor-tivo, Paulo André não é ne-nhum Baresi, mas é umbom zagueiro. Caberia emuma porção de clubes noBrasil, em especial nos doRio. Na verdade, a maiorcontribuição que o futebolterá com sua presença nosgramados brasileiros é suacabeça funcionando e tendoespaço para falar. Agora éretomar as discussões e mo-bilizações do Bom Senso.

Essa experiência é a maisincrível insurgência em nos-so futebol desde a demo-cracia corinthiana. Buscadiálogo com todos, semabaixar a cabeça.

A presença de Paulo An-dré no futebol brasileirojoga água no moinho dessainsurgência que, nesse ce-nário, é um ator fundamen-tal para as transformaçõespelas quais o nosso esportedeve passar.

“O movimentosobreviveu com sua ausência, mas é preciso dar o créditoàs sementes plantadas porPaulo André______________

Rio de Janeiro, 12 a 18 de fevereiro de 2015 esporte | 15

Paulo André, após um período no exílio, é jogador do Cruzeiro

toques curtos | Bruno Porpetta

Esquiva Falcãohomenageará Maguila

BINÓCULO

Morre MarioVasquez Raña

Morreu no último do-mingo (8) o presidenteda ODEPA (OrganizaçãoDesportiva Pan-Ameri-cana), aos 82 anos, naCidade do México. Eledirigia a entidade orga-nizadora dos Jogos Pan-Americanos, há 40 anos.

Raña praticava tiro es-portivo e dirigia o jornalde maior circulação noMéxico, além de 24emissoras de rádio nopaís. O dirigente tentavase recuperar de um tu-mor no duodeno, ope-rado no ano passado,mas teve complicaçõesnos últimos meses.

Giovaneassume cargono Rio 2016

Ex-jogador de vôlei,campeão olímpico em1992 e, mais recente-mente, candidato frus-trado à Câmara dos De-putados pelo PSDB deMinas Gerais, GiovaneGávio assumiu a coorde-nação das competiçõesde vôlei, vôlei de praia evôlei sentado nos JogosOlímpicos e Paralímpi-cos do Rio 2016.

Sua última participa-ção no esporte foi emabril de 2013, como trei-nador do Sesi-SP.

A remadora Fabiana Bel-trame decidiu fazer o cami-nho de volta a São Januário.Isso seis anos depois de tro-car o Vasco pelo Flamengo,onde se tornou campeãmundial no single skiff.

A atleta, de 32 anos, nãopretende renovar o vínculofirmado, com dois anos deduração, e despedir-se da suacarreira pelo Vasco, dado o

carinho que tem pelo clube. No entanto, seu grande

objetivo nesse próximo pe-ríodo pelo clube cruzmaltinosão as Olimpíadas de 2016.Nelas, Beltrame deverá dis-putar em outra categoria, jáque a single skiff não faz partedo organograma olímpico.

A remadora é a primeiraaquisição do novo projetoolímpico do Vasco, cujos al-vos serão o atletismo e obasquete. O clube deverá en-frentar a resistência do Fla-men go, que vetou sua parti-cipação no NBB. (BP)

Remadora se apresentou aocruzmaltino nesta segunda-feira (9)

O boxeador Esquiva Falcão,medalhista olímpico em Lon-dres 2012, fará sua sexta lutacomo profissional no próxi-mo dia 28. O atleta defenderásua invencibilidade diantedo experiente lutador esta-dunidense Mike Tuffariello,de 39 anos, pela categoriados médio-ligeiros.

No entanto, o brasileiropretende homenagear um

dos maiores lutadores de nos-sa história, ídolo nacionalnos anos 80 e 90, AdilsonJosé Rodrigues, conhecidocomo Maguila. Falcão pedeà organização da luta paraser anunciado como EsquivaFalcão “Maguila”, assim queentrar no ringue.

Além disso, quer doar asluvas desta luta para Maguila,que briga contra o Mal deAlzheimer e se encontra hos-pitalizado em São Paulo. Paraque a homenagem seja com-pleta, Falcão espera vencerseu sexto combate. (BP)

Boxeador lutará no dia 28 deste mês, na Flórida (EUA)

Fabiana Beltrametroca Fla pelo Vasco

Marcelo Sadio/vasco

Golaço

Divulgação

Daniel Augusto Jr

Beltrame assinou com o Vasco seu último contrato como profissional

Page 16: Brasil de Fato RJ - 085

O jogador Everton Costa,do Vasco, anunciou atravésde seu empresário que nãoé mais jogador de futebol.O anúncio ocorre em decor-rência de problemas cardía-cos que o tiraram dos gra-mados, desde abril de 2014.

No entanto, os problemascardíacos de Everton Costa,segundo seu empresário, de-correm da doença de Cha-gas, contraída pelo jogadorquando ainda jogava peloSantos e omitida pelo alvi-negro santista à época.

O agente do jogador agra-deceu ao Vasco, pelo carinhoe apoio, e ao do Coritiba,

clube que o revelou. EvertonCosta seguirá trabalhandoem atividades administra-tivas, no escritório de seuempresário e receberá doVasco até o final do ano, porcontrato. (BP)

Everton Costa anunciafim da carreira e omissãodo SantosJogador do Vascopara aos 29 anos porproblemas cardíacos

O jogo de hoje serviupara comemorar a mais sig-nificativa vitória da nova di-reção do Botafogo desde queassumiu o clube no final de2014. Enfim, o estádio do Bo-tafogo deixa de ostentar onome de João Havelange em

sua entrada. Agora se chamaNilton Santos.

Na última terça-feira (10),o prefeito Eduardo Paes des-pachou positivamente o plei-to do clube pela mudançado “nome fantasia” do está-dio. A “razão social”, no en-tanto, continua sendo EstádioOlímpico João Havelange,pois para alterá-la seria ne-cessária a aprovação da Câ-mara Municipal, o que levariamuito mais tempo.

A homenagem a um dosmaiores ídolos da históriado clube ainda não estreoupara a torcida, mas para co-laborar com a alegria do mo-mento, o Botafogo venceuo Bangu no estádio Los La-rios por 3 a 0. A expulsão

do goleiro Marcio,do Bangu, facilitoua tarefa do Fogão.

Enfim, o atacanteBill desencantou emarcou dois gols nojogo. Além disso, ooutro gol foi marcadopor Jobson, que lutapara se afirmar noclube nessa novaoportunidade que re-cebeu após tantaspolêmicas.

FLA GOLEIA CABOFRIENSE

O Flamengo rece-beu a Cabofriense noMaracanã e, graças aum excelente segundo tempo,enfiou 5 a 1 no time da região

dos lagos. Marcelo Cirino,Everton, Samir, Eduardo daSilva e Alecsandro marcaram

pelo time rubro-negro. Sassádescontou para a Cabofriense,em lindo gol por cobertura.

A polêmica entre Vascoe Fluminense em torno dosetor Sul do Maracanã(UERJ) não teve soluçãopara o clássico entre ambosno dia 22 deste mês, pelasexta rodada do Carioca.

Para mediar a situação, aFFERJ convocou uma reu-nião para esta última terça-feira (10) e os dois clubesnão compareceram. Comisso, a FFERJ decidiu mar-car a partida para o estádioNilton Santos, do Botafogo.

A origem da polêmica

se deu a partir da conces-são do estádio do Mara-canã para o Consórcio queo administra. Como a con-cessionária fechou contra-tos com Flamengo e Flu-minense, os dois clubesexercem algumas prerro-gativas contratuais quandojogam no estádio.

Uma das cláusulas docontrato do Flu com o Con-sórcio garante o setor Sulaos torcedores do clube, his-toricamente ocupado pelatorcida vascaína. O Vasco foio primeiro campeão entreclubes, no Maracanã, deter-minando a tradição de suatorcida ocupar o setor. (BP)

16 | esporte Rio de Janeiro, 12 a 18 de fevereiro de 2015

Sem acordo, Flu e Vasco jogarão no Niltão

Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)

Clube conquista vmudança de nome doEngenhão para EstádioNilton Santos

Os dois clubesnão compareceram à reunião na FFERJ

Botafogo celebra “novo” estádio e vence Bangu

Vitor Silva

Everton Costa teve doença deChagas quando jogava no Santos

Marcelo Sadio/Vasco

CampeonatoCarioca4º RODADA

BON BMA

MAD RES

BAN BOT

FRI TIG

FLA CAB

BVT FLU

NIG VRE

VAS MAC

0 X 0 Qua. 11/02

17h

3 X 0Qua. 11/02

17h

0 X 3 Qua. 11/02

17h

3 X 0Qua. 11/0219h30m

5 X 1Qua. 11/02

22h

XQui. 12/02

17h

XQui. 12/02

17h

XQui. 12/0219h30m

Jobson volta a marcar e dupla com Bill, que fez dois, funciona