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7/25/2019 Brasil - Treinamento Em Comrcio Exterior
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Braslia, 2012
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Printed 2012 Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior. permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.
Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior MDICSecretaria de Comrcio Exterior SECEX
Catalogao na Fonte
BRASIL, Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio ExteriorB823 Treinamento em Comrcio Exterior / BRASIL Braslia, 2012. 336p. il
Apostila 1. Comrcio externo. 2. Capacitao. I. Ttulo
CDU 339.5:331.86
Impresso no BrasilPrinted in Brazil
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A Rede Nacional de Agentes de Comrcio
Exterior, tambm denominada REDEAGENTES,
consiste em um projeto que tem por objetivo esti-
mular a insero de empresas de pequeno porte no
mercado externo e difundir a cultura exportadora
no Pas mediante trs vertentes de atuao:
treinamentos e cursos;
articulao Institucional e setorial;
formao de uma comunidade de prtica
em comrcio exterior.AREDEAGENTESintegra o Plano Plurianu-
al (PPA) do Governo Federal como um Projeto da
Ao denominada Capacitao de Profissionais de
Comrcio Exterior, integrante do Programa Desen-
volvimento do Comrcio Exterior e da Cultura Ex-
portadora, cuja execuo est a cargo do Ministrio
do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior
(MDIC). A implementao da REDEAGENTES, a
cargo da Secretaria de Comrcio Exterior (SECEX),
realizada mediante parcerias que so estabelecidas
com diversas instituies pblicas e privadas que
atuam em nvel federal, estadual ou municipal.
As principais atividades do projeto consis-
tem nos Treinamentos para Agentes de Comrcio
Exterior, Treinamento em Exportao para
Empresas de Pequeno Porte e Curso Bsico
de Exportao, disponveis gratuitamente paratodas as Unidades da Federao e municpios com
potencial exportador, que ofeream as condies
adequadas para realizao dos treinamentos e
cursos da Redeagentes.
A capacitao de agentes de comrcio ex-
terior uma das principais atividades do projeto,
cujo objetivo ampliar e fortalecer a rede de
especialistas, vinculados s diversas instituies
parceiras, pblicas e privadas, em todos os Estados
da Federao, para atuarem como multiplicadores
de conhecimentos e tcnicas inerentes ao comr-
cio internacional, identificando potencialidades de
empresas e de produtos, prestando assistncia s
micros e pequenas empresas que tenham interesseem exportar.
Desde o incio do projeto, no ano 2000, at
dezembro de 2011, foram realizados 839 cursos
e treinamentos em todas as Unidades da Fede-
rao, em 247 municpios, para mais de 22.000
pessoas representadas por agentes de comrcio
exterior, empresrios e funcionrios de empresas
de pequeno porte. Foram realizados, tambm,
nove encontros de agentes de comrcio exterior
e disponibilizadas oitocentas matrculas na Es-
pecializao em Comrcio Exterior com nfase
em Empresas de Pequeno Porte via Educao a
Distncia, para agentes de todas as Unidades da
Federao.
Deste modo, espera o Governo Federal, em
parceria com o setor privado, contribuir para o
desenvolvimento das empresas de pequeno portee setores com potencial exportador, estimular a
criao de empregos, o aumento de renda e a
elevao, de modo sustentvel, do padro de vida
da populao.
Apresentao
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Sumrio
CAPTULO 1
PANORAMA DO COMRCIO EXTERIOR BRASILEIRO .................................................... 13
1. AS EXPORTAES BRASILEIRAS E AS MUNDIAIS ....................................................................14
2. A CORRENTE DE COMRCIO BRASILEIRA E A BALANA COMERCIAL .....................................15
3. CONCENTRAO DAS EXPORTAES E O MERCADO EXTERNO BRASILEIRO .........................17
4. O PORTE DAS EMPRESAS E AS EXPORTAES BRASILEIRAS ..................................................18
4.1 Metodologias para Classificao do Porte das Empresas ..................................................18
4.2 As Exportaes Brasileiras por Porte de Empresas ............................................................19
5. AES GOVERNAMENTAIS PARA FOMENTAR AS EXPORTAES ............................................21
6. MINISTRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDSTRIA E COMRCIO EXTERIOR (MDIC) .................21
6.1 SECRETARIA DE COMRCIO EXTERIOR (SECEX) ...............................................................22
6.2 OUVIDORIA DO MDIC .......................................................................................................24
CAPTULO 2
REDEAGENTES ................................................................................................................ 25
1. O QUE A REDEAGENTES? ......................................................................................................26
2. AGENTES DE COMRCIO EXTERIOR .........................................................................................26
2.1 Atuao dos Agentes de Comrcio Exterior ......................................................................27
3. TREINAMENTOS E CURSOS OFERECIDOS PELA REDEAGENTES ................................................28
3.1 Caractersticas Bsicas dos Cursos e Treinamentos da Redeagentes .................................28
3.2 Curso para Capacitao de Formadores ............................................................................30
3.3 Treinamento para Agentes de Comrcio Exterior ..............................................................30
3.4 Cursos e Treinamentos Oferecidos para Empresrios ........................................................31
3.5 Como Viabilizar a Realizao de um Curso ou Treinamento da Redeagentes em sua Cidade ..........31
3.6 Agendamento dos Treinamentos .......................................................................................31
3.7 Total de Cursos Realizados pela Redeagentes ...................................................................32
4. INTERAO ENTRE OS AGENTES DE COMRCIO EXTERIOR .................................................... 32
5. SITE REDEAGENTES ..................................................................................................................32
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6. ATIVIDADES DE ARTICULAO INSTITUCIONAL .......................................................................32
7. ACORDOS DE COOPERAO TCNICA .....................................................................................33
CAPTULO 3
ENTIDADES, AES E FERRAMENTAS DE APOIO S EXPORTAES ........................... 35
1. APRENDENDO A EXPORTAR .....................................................................................................36
1.1 Simulador de Preo de Exportao ...................................................................................38
1.2 Fluxograma de Exportao ...............................................................................................38
1.3 Modalidades de Pagamento .............................................................................................39
1.4 INCOTERMS Termos Internacionais de Comrcio ...........................................................39
1.5 Multimdia 200 Anos de Comrcio Exterior .......................................................................40
2. PORTAL BRASILEIRO DE COMRCIO EXTERIOR (PBCE) ............................................................41
2.1 COMEX Responde .............................................................................................................42
2.2 Novidades do Portal .........................................................................................................42
2.3 Produtos e Servios e Sites em Destaque ..........................................................................42
2.4 Unio Europeia .................................................................................................................42
2.5 Menu de Assuntos ............................................................................................................43
3. ALICEWEB2...............................................................................................................................48
3.1 Acesso ao Sistema AliceWeb2 ...........................................................................................493.2 Mdulos de Pesquisa ........................................................................................................49
3.3 Variveis de Consulta Conceitos e Definies ................................................................50
3.4 Tipos de Consulta ..............................................................................................................52
3.5 Perodos Disponveis .........................................................................................................53
3.6 Como Consultar ................................................................................................................54
3.7 Balana Comercial ............................................................................................................59
3.8 Tabelas Auxiliares ..............................................................................................................60
3.9 Gerao de Arquivos .........................................................................................................613.10 Mdulos de Municpios ...................................................................................................62
4. ALICEWEB-MERCOSUL .............................................................................................................63
4.1 Apresentao ....................................................................................................................63
4.2 Cadastro ...........................................................................................................................63
4.3 Mdulos de Consulta ........................................................................................................64
4.4 Consultas ..........................................................................................................................65
5. SISTEMA RADAR COMERCIAL ..................................................................................................67
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5.1 O que o Sistema Radar Comercial ..................................................................................67
5.2 Como Acessar o Sistema ...................................................................................................67
5.3 Operao (Funcionamento) do Sistema ............................................................................68
5.4 Passo-a-passo para Pesquisar Produtos e Setores .............................................................70
5.5 Procedimentos para Consultar as Anlises de Mercados ..................................................80
5.6 Procedimentos para Consultar Exportaes por Pas ........................................................80
5.7 Procedimentos para Consultar Importaes por Pas ........................................................81
5.8 Principais Termos e Conceitos Utilizados...........................................................................81
5.9 Interpretao dos Dados Gerados pelo Sistema ................................................................82
6. VITRINE DO EXPORTADOR (VE) ................................................................................................85
6.1 Verso em Portugus ........................................................................................................89
6.2 Verses em Ingls e Espanhol ...........................................................................................90
7. ENCONTROS DE COMRCIO EXTERIOR ....................................................................................92
8. PROJETO PRIMEIRA EXPORTAO ...........................................................................................94
8.1 Articulao e Parcerias do Projeto Primeira Exportao ....................................................94
8.2 Sistema Integrado de Gesto ............................................................................................94
8.3 Constituio do Comit Gestor .........................................................................................95
8.4 Agente de Comrcio Exterior ............................................................................................95
8.5 Metodologia de Trabalho ..................................................................................................96
8.6 Estgio Atual .....................................................................................................................98
9. SISTEMA DE REGISTRO DE INFORMAES DE PROMOO (SISPROM) ..................................99
9.1 O SISPROM como Ferramenta de Desonerao da Promoo de Produtos Brasileiros
no Exterior ................................................................................................................. 99
9.2 Como Acessar o Sistema ...................................................................................................99
9.3 Quem Administra o Sistema .............................................................................................99
9.4 Conceituao de Produtos e Servios................................................................................99
9.5 Benefcios Propiciados com a Utilizao do SISPROM ....................................................100
9.6 Fundamentao Legal .....................................................................................................1009.7 Pblico Alvo ....................................................................................................................100
9.8 O que o Benefcio Contempla .........................................................................................100
9.9 Passo-a-passo para a Obteno do Benefcio ................................................................101
9.10 Responsabilidades ........................................................................................................105
9.11 O que Busca o SISPROM ..............................................................................................106
10. CENTROS DE INFORMAES DE COMRCIO EXTERIOR ......................................................107
11. EXPORTA FCIL ....................................................................................................................109
11.1 O que o Exporta Fcil? ...............................................................................................109
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11.2 Por que Usar o Exporta Fcil? .......................................................................................109
11.3 Caractersticas do Exporta Fcil ....................................................................................110
11.4 Funcionamento sem Burocracia ....................................................................................113
11.5 O que Pode Ser Enviado pelos Correios? .......................................................................114
11.6 Site do Exporta Fcil .....................................................................................................115
12. CMARA DE COMRCIO EXTERIOR (CAMEX) ......................................................................129
12.1 Grupo Tcnico de Facilitao do Comrcio (GTFAC) ......................................................130
12.2 Grupo Tcnico Interministerial de Consolidao da Legislao Interna
de Comrcio Exterior (GTIC) ............................................................................... 131
12.3 Grupo de Coordenao para a Consolidao da Unio Aduaneira do
MERCOSUL (GC MERCOSUL) .......................................................................................131
12.4 Grupo Tcnico Interministerial de Reviso da Lista Brasileira de Excees TEC ..........131
12.5 Grupo Tcnico de Acompanhamento da Resoluo GMC n 08/08 GTAR-08 .............132
12.6 Grupo Tcnico de Defesa Comercial (GTDC) ..................................................................132
13. PROGRAMA BRASILEIRO DE ZONAS DE PROCESSAMENTO DE EXPORTAO .....................133
14. INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL (INPI) ..............................................135
14.1 O que Significa a Propriedade Intelectual (PI) ...............................................................135
14.2 Caractersticas da Propriedade Intelectual ....................................................................135
14.3 Como o INPI Atua Junto Sociedade Brasileira ............................................................135
14.4 Oportunidades de Negcios ..........................................................................................137
14.5 Tipos de Proteo ..........................................................................................................138
14.6 Concluso: pensando em exportar ou internacionalizar seus negcios? .......................146
14.7 Informaes teis .........................................................................................................147
15. INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO) .............149
15.1 Metrologia com o Comrcio .........................................................................................149
15.2 Avaliao da Conformidade e Comrcio .......................................................................149
15.3 Acordo sobre Barreiras Tcnicas ao Comrcio ...............................................................151
15.4 Servios Oferecidos pelo INMETRO ...............................................................................154
16. BRASILGLOBALNET ..............................................................................................................158
16.1 O que .........................................................................................................................158
16.2 Objetivos .......................................................................................................................158
16.3 Pblico-Alvo ..................................................................................................................158
16.4 Acesso ...........................................................................................................................158
16.5 Contedos.....................................................................................................................161
17. ENTIDADES PRIVADAS DE APOIO AO EXPORTADOR ............................................................165
17.1 Cmaras de Comrcio ...................................................................................................165
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17.2 Entidades de Classe .....................................................................................................173
17.3 International Trade Centre ...........................................................................................178
18. AGNCIA BRASILEIRA DE PROMOO DE EXPORTAES E INVESTIMENTOS (APEX-BRASIL) ......179
18.1 Histrico e Realizaes ................................................................................................179
18.2 Como as Empresas Podem se Beneficiar ......................................................................180
18.3 Setores Apoiados pela Apex-Brasil ...............................................................................180
18.4 Centros de Negcios ....................................................................................................181
19. A CAIXA E O COMRCIO EXTERIOR ....................................................................................183
19.1 Consultoria em Negcios Internacionais ......................................................................184
19.2 Produtos e Servios ......................................................................................................184
19.3 Consideraes Finais ....................................................................................................184
CAPTULO 4
PRINCPIOS DE MARKETING ........................................................................................187
1. INTRODUO ........................................................................................................................ 188
2. O CONCEITO DE MARKETING................................................................................................ 188
3. MARKETING INTERNACIONAL .............................................................................................. 189
4. A ADMINISTRAO DE MARKETING ..................................................................................... 190
5. O PLANO DE MARKETING ..................................................................................................... 1915.1 Anlise Situacional ......................................................................................................... 194
5.2 Estabelecendo Objetivos e Metas ................................................................................. 196
5.3 Escolhendo a Estratgia de Marketing ........................................................................... 196
5.4 Implementao do plano de Marketing ......................................................................... 220
5.5 Controle de Marketing ................................................................................................... 220
CAPTULO 5
NEGOCIAES INTERNACIONAIS ................................................................................223
1. INTRODUO ........................................................................................................................ 224
2. ACORDO GERAL SOBRE TARIFAS E COMRCIO ..................................................................... 224
3. CRIAO DA ORGANIZAO MUNDIAL DO COMRCIO ...................................................... 225
4. PROCESSO DE INTEGRAO ECONMICA ........................................................................... 227
4.1 Acordos Internacionais de Comrcio .............................................................................. 227
4.2 Preferncias Tarifrias .................................................................................................... 2284.3 Preferncia Contingenciada ........................................................................................... 228
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5. ACORDOS PREFERENCIAIS DO BRASIL NO MBITO DA ASSOCIAO LATINO-AMERICANA
DE INTEGRAO ...................................................................................................................228
5.1 A Associao Latino-Americana de Integrao (ALADI) ..................................................228
5.2 Tipos de Acordo no mbito da ALADI ..............................................................................229
5.3 Pesquisando Preferncia Tarifria ...................................................................................2335.4 Regime de Origem ..........................................................................................................233
5.5 Resumo dos Acordos de Preferncias Tarifrias dos quais o Brasil Participa ...................234
5.6 Normas de Origem No-Preferenciais .............................................................................238
5.7 Investigaes de Origem .................................................................................................239
6. SISTEMA GERAL DE PREFERNCIAS (SGP) .............................................................................240
6.1 Pases Outorgantes de Preferncias ................................................................................241
6.2 Identificao dos Produtos Beneficiados .........................................................................241
6.3 Tratamento Preferencial ..................................................................................................241
6.4 Obteno do Benefcio ....................................................................................................242
6.5 Chancela Governamental ................................................................................................242
6.6 Resumo dos Esquemas do SGP dos Principais Outorgantes ............................................242
6.7 Regras de Origem ...........................................................................................................246
6.8 Administrao do Sistema Geral de Preferncias no Brasil .............................................248
7. SISTEMA GLOBAL DE PREFERNCIAS COMERCIAIS ..............................................................249
7.1 Objetivos .........................................................................................................................249
7.2 Pases Membros ..............................................................................................................249
7.3 Listas de Concesses.......................................................................................................249
7.4 Regime de Origem ..........................................................................................................250
8. DEFESA COMERCIAL ..............................................................................................................250
8.1 Medidas Antidumping .....................................................................................................250
8.2 Medidas Compensatrias ...............................................................................................251
8.3 Salvaguardas ..................................................................................................................252
8.4 Apoio ao Exportador .......................................................................................................252
CAPTULO 6
FINANCIAMENTO S EXPORTAES ...........................................................................253
1. FINANCIAMENTO PRODUO DESTINADA EXPORTAO (FASE PR-EMBARQUE) ........255
1.1 Adiantamento sobre Contrato de Cmbio (ACC).............................................................255
1.2. PROEX Financiamento Produo Exportvel (PROEX Pr-Embarque)......................256
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1.3 BNDES Exim .................................................................................................................. 257
2. FINANCIAMENTO COMERCIALIZAO DE BENS E SERVIOS (PS-EMBARQUE) .............. 259
2.1 Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE)............................................................. 259
2.2 BNDES Exim Ps-embarque ...........................................................................................260
2.3 Programa de Financiamento s Exportaes (PROEX) ................................................... 261
2.4 Financiamento com Recursos do Prprio Exportador ou de Terceiros............................. 263
3. GARANTIAS ........................................................................................................................... 263
3.1 Carta de Crdito (Ps-Embarque) ................................................................................... 264
3.2 Fundo Garantidor para Investimentos ...........................................................................264
3.3 Convnio de Pagamentos e Crditos Recprocos (CCR) (Ps-Embarque) ........................ 265
3.4 Seguro de Crdito (Pr e PsEmbarques) ..................................................................... 266
4. COMIT DE FINANCIAMENTO E DE GARANTIA DAS EXPORTAES (COFIG) .......................269
CAPTULO 7
EXPORTAO ............................................................................................................................271
1. INTRODUO ........................................................................................................................ 272
2. CONCEITO DE EXPORTAO ................................................................................................. 272
3. VISO MACRO DE UM FLUXOGRAMA GERAL DA EXPORTAO .......................................... 272
3.1 Planejar a Internacionalizao da Empresa .................................................................... 2733.2 Pesquisa de Mercado ..................................................................................................... 274
3.3 Obteno da Senha de Acesso ao Siscomex .................................................................. 275
3.4 Negociao com o Importador ....................................................................................... 276
3.5 Preparao da Mercadoria ............................................................................................. 286
3.6 Preparao da Documentao ....................................................................................... 288
3.7 Contratao do Cmbio ................................................................................................. 289
3.8 Embarque da Mercadoria Despacho Aduaneiro .......................................................... 294
3.9 Averbao do Embarque ................................................................................................ 295
3.10 Emisso do Comprovante de Exportao (CE) .............................................................295
3.11 Carta de Agradecimento ao Importador ....................................................................... 296
4. EXPORTAO SIMPLIFICADA ................................................................................................296
4.1 Declarao Simplificada de Exportao (DSE) ............................................................... 296
4.2 Cmbio Simplificado ...................................................................................................... 297
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CAPTULO 8
A ELABORAO DO PROJETO DE INTERNACIONALIZAO DA EMPRESA ............... 299
1. ENGENHARIA DA EXPORTAO .............................................................................................300
1.1 Por que Exportar? ...........................................................................................................301
1.2 Quem Pode Exportar? .....................................................................................................302
1.3 Para onde Exportar?........................................................................................................302
1.4 Quando Exportar? ...........................................................................................................303
1.5 Como Exportar? ..............................................................................................................303
1.6 O que Exportar? ..............................................................................................................304
1.7 Como no Exportar? .......................................................................................................304
1.8 Barreiras Exportao ....................................................................................................306
1.9 Para quem Exportar?.......................................................................................................307
1.10 O Universo do Exportador .............................................................................................308
1.11 Adaptao do Produto ..................................................................................................308
1.12 Avaliao da Engenharia da Exportao .......................................................................308
2. PLANO DE INTERNACIONALIZAO ......................................................................................310
2.1 Avaliao da Capacidade Exportadora ............................................................................311
2.2 Plano de Exportao .......................................................................................................313
CAPTULO 9
REGIMES ADUANEIROS ................................................................................................315
1. TERRITRIO ADUANEIRO ........................................................................................................316
2. DIREITOS ADUANEIROS ..........................................................................................................316
3. PORTOS SECOS .......................................................................................................................316
4. REGIMES ADUANEIROS ..........................................................................................................316
4.1 Admisso Temporria ......................................................................................................317
4.2 Admisso Temporria para Aperfeioamento Ativo .........................................................319
4.3 Trnsito Aduaneiro ..........................................................................................................319
4.4 Entreposto Aduaneiro .....................................................................................................321
4.5 Exportao Temporria ...................................................................................................324
4.6 Exportao Temporria para Aperfeioamento Passivo ...................................................325
4.7 Drawback ........................................................................................................................326
4.8 Zonas de Processamento de Exportao ........................................................................331
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CAPTULO 1
PANORAMA DO COMRCIOEXTERIOR BRASILEIRO
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14
1. AS EXPORTAES BRASILEIRAS EAS MUNDIAIS
As exportaes esto entre as principais
foras propulsoras do crescimento de um pas,
pois so um instrumento de gerao de divisas,
emprego e renda. Assim, so de fundamental
importncia a implantao, manuteno e aper-
feioamento de polticas pblicas que propiciem
o crescimento das exportaes.
No perodo compreendido entre os anos
de 2001 e 2011, as exportaes brasileiras
mantiveram-se em expanso, com exceo de2009, ano marcado pela grande crise financeira
iniciada nos Estados Unidos, cujos efeitos foram
irradiados para todo o comrcio mundial. Em
2011, o Brasil registrou exportao recorde de
US$ 256 bilhes, superando em 26,8% o resul-
tado do ano anterior. Este nmero indica que o
pas prossegue com a sua poltica de abertura
econmica e uma maior insero na poltica de
comrcio mundial.
De 2001 a 2008, as exportaes brasileiras
cresceram a uma taxa mdia anual de 19,4%,
passando de US$ 58 bilhes para US$ 198 bi-
lhes. J de 2009 a 2011, o crescimento mdio
anual foi de 29,4%, mostrando a retomada do
ritmo das exportaes brasileiras aps a crise de
2009. importante assinalar que esse impulso
mais recente foi sustentado, em grande medida,pela ascenso dos preos internacionais de
commodities agrcolas e minerais, embalada,
por sua vez, pela forte demanda chinesa por
matrias-primas.
58 6073
97119
138161
198
153
202
256
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
US$
bilhes
EXPORTAES BRASILEIRAS
Fonte: MDIC/SECEX, ano 2012
As exportaes mundiais tambm segui-
ram em ritmo crescente at 2008, passando de
US$ 6,0 trilhes em 2001 para US$ 15,7 trilhes
em 2008. Em 2009, ano da crise, esse nmero caiu
para US$ 12,2 trilhes, retomando o crescimento
em 2010, quando atingiu US$ 14,8 trilhes. Esse
recrudescimento das exportaes efetivou-se
pelo melhor desempenho dos pases em desen-
volvimento, haja vista que as grandes naes
industrializadas tiveram suas economias mais
afetadas pela crise, inclusive perdendo market
shareno contexto mundial.
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15
6,0 6,37,4
9,010,2
11,8
13,7
15,7
12,2
14,8
17,7
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
US$
trilhes
EXPORTAES MUNDIAIS
Fonte: MDIC/SECEX, ano 2012
Tomando por base o perodo de 2001 a2011, observa-se que as exportaes mundiais
cresceram 195,0%, enquanto as exportaes
brasileiras avanaram 341,3%, registrando
aumento de mais de 146 pontos percentuais
em comparao com as exportaes mundiais.Em decorrncia dessa performance diferenciada,
o Brasil elevou sua participao nas exportaes
mundiais, saltando de 0,97% em 2001 para
1,44% em 2011.
0,97 0,96 0,99 1,081,16 1,17 1,18
1,26 1,251,36 1,44
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Participao%
PARTICIPAO DAS EXPORTAES BRASILEIRAS NO MERCADO MUNDIAL
Fonte: MDIC/SECEX, ano 2012
2. A CORRENTE DE COMRCIO BRASI-LEIRA E A BALANA COMERCIAL
A corrente de comrcio representa o so-
matrio do fluxo de mercadorias efetuado por um
pas, estado ou regio, num determinado perodo,
abrangendo o total das exportaes e importaes.
um bom indicador das atividades econmicas
relacionadas com as operaes do comrcio ex-
terno, pois mede o aumento dos negcios do pascom o exterior. Quando comparada com o Produto
Interno Bruto (PIB), exprime o grau de abertura do
pas [(exportao + importao)/PIB].
Entre 2001 e 2011 a corrente de comrcio
do Brasil aumentou de US$ 114 bilhes para US$
482 bilhes, registrando aumento de 322,8%.
Nesse perodo, a corrente de comrcio diminuiu
nos anos de 2002 (-5,5%) e 2009 (-24,3%),
7/25/2019 Brasil - Treinamento Em Comrcio Exterior
17/337
16
havendo retomada do crescimento em 2003
(12,9%) e 2010 (36,7%).
Com relao s componentes da Corrente
de Comrcio, a taxa de crescimento das expor-
taes foi maior que a das importaes de 2001
a 2005, entretanto a taxa de crescimento das
importaes foi superior das exportaes de
2006 a 2011.
114 108 122159
192229
281
371
281
384
482
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
US$
bilhes
CORRENTE DE COMRCIO EXTERIOR BRASILEIRA
Fonte: MDIC/SECEX, ano 2012
A balana comercial mostra a diferena entre
as exportaes e as importaes de mercadorias.
Quando o valor exportado maior que o importado,
tem-se um saldo positivo, ou supervit. J um saldo
negativo, ou dficit, apontado quando o total das
importaes supera o valor das exportaes. Em
caso de supervit, interpreta-se que a receita com
as exportaes mais que suficiente para cobrir
os gastos com as importaes, ou seja, a balana
comercial apresenta um grau de cobertura (relao
entre exportao/importao) maior que a unidade.
Durante todo o perodo de 2001 a 2011,
a balana comercial do Brasil apresentou saldo
superavitrio, atingindo o pice em 2006, quando
o montante chegou a US$ 46,5 bilhes. Em 2011,
o comrcio exterior brasileiro registrou supervit
de US$ 29,8 bilhes, superando em 47,9% o saldo
registrado no ano anterior, de US$ 20,3 bilhes.
2,6
13,2
24,9
33,8
44,9 46,5
40,0
25,0 25,2
20,3
29,8
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
US$
bilhes
SALDO DA BALANA COMERCIAL BRASILEIRA
Fonte: MDIC/SECEX, ano 2012.
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18
4. O PORTE DAS EMPRESAS E ASEXPORTAES BRASILEIRAS
A partir de 2004, o Ministrio do Desen-
volvimento, Indstria e Comrcio Exterior (MDIC)
comeou a divulgar a publicao EXPORTAO
BRASILEIRA POR PORTE DE EMPRESA, sempre
fazendo a comparao entre dois anos, o mais
recente com dados disponveis e o ano imedia-
tamente anterior. Para cada binio considerado
esto disponveis a anlise do desempenho do
perodo e diversos relatrios, como Principais
Municpios por Porte de Empresa, PrincipaisPases de Destino por Porte de Empresa, Blo-
cos Econmicos por Porte de Empresa e outros.
As informaes podem ser obtidas a partir do site
do MDIC, no link www.mdic.gov.br/sitio/interna/
interna.php?area=5&menu=1206&refr=608.
4.1 Metodologias para Classifica-o do Porte das Empresas
Para fazer a classificao das empresas por
porte, foi utilizada uma metodologia que tem as
seguintes premissas:
a identificao dos exportadores tem
como base o Cadastro Nacional da Pessoa Jur-
dica (CNPJ) por estabelecimento (14 dgitos) e o
Cadastro de Pessoas Fsicas (CPF), constantes dos
Registros de Exportao (RE) do Sistema Integradode Comrcio Exterior (SISCOMEX);
os exportadores foram classificados
em cinco categorias: microempresa, pequena
empresa, mdia empresa, grande empresa e
pessoa fsica;
o nmero de empregados por empresa
tem como base as informaes da Relao Anual de
Informaes Sociais (RAIS), do Ministrio do Trabalho;
o enquadramento de empresa em inds-
tria e comrcio/servios seguiu critrio do CNAE
1.0 (Cdigo Nacional de Atividade Econmica).
O setor de indstria compreende at os cdigos
49.999 do CNAE e o setor comrcio e servios, os
cdigos CNAE 50.000 em diante;
nas empresas com filiais, foi aplicado a
todas as empresas do grupo (CNPJ a oito dgitos)
o critrio de se considerar o maior porte verificado
naquele grupo. Exemplo: as empresas A e B, de
porte mdio, filiais da empresa de grande porte X,
ficam classificadas como empresas de grande porte.
Para a identificao do porte das empresas,foi utilizado um critrio que associa o nmero de
empregados da empresa com o valor exportado
pela mesma no perodo considerado, distribudos
por ramo de atividade (indstria ou comrcio e
servios), ambos de acordo com os parmetros
adotados pelo MERCOSUL, conforme disposto nas
Resolues MERCOSUL-GMC n 90/93 e 59/98,
com os ajustes elaborados pelo Departamento de
Planejamento e Desenvolvimento da Secretaria de
Comrcio Exterior (DEPLA/SECEX).
A metodologia foi resultante de definio
conjunta dos seguintes rgos:
Secretaria-Executiva da Cmara de Co-
mrcio Exterior (CAMEX);
Departamento de Planejamento e De-
senvolvimento do Comrcio Exterior da Secretaria
de Comrcio Exterior (DEPLA/SECEX); Departamento de Micro, Pequenas e
Mdias Empresas, quando fazia parte da estrutura
da Secretaria de Desenvolvimento da Produo
(DEPME/SDP); e
Banco Nacional de Desenvolvimento
Econmico e Social (BNDES).
A seguir, apresenta-se a tabela de parme-
tros para a classificao do porte das empresas:
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19
PorteIndstria Comrcio e Servios
N Empregado Valor Exportado N Empregado Valor Exportado
Microempresa At 10 At US$ 400 mil At 5 At US$ 200 mil
Pequena Empresa De 11 a 40 At US$ 3,5 milhes De 6 a 30 At US$ 1,5 milho
Mdia Empresa De 41 a 200 At US$ 20 milhes De 31 a 80 At US$ 7 milhes
Grande Empresa Acima de 200 Acima de US$ 20 milhes Acima de 80 Acima de US$ 7 milhes
Pessoa Fsica - - - -
Fonte: MDIC/SECEX, ano 2012.
4.2 As Exportaes Brasileiras porPorte de Empresas
A partir das estatsticas sobre exportaopor porte de empresa, www.mdic.gov.br/sitio/inter-
na/interna.php?area=5&menu=1206&refr=608,
foram elaborados grficos para mostrar a evoluo
do nmero de empresas exportadoras e do valor
exportado entre 2002 e 2010.
O grfico abaixo mostra a evoluo do
nmero de empresas exportadoras at 2010,
tomando como base, para cada grupo, o nmero
de operadores em 2002 (nmero ndice igual a
100). A partir de 2002, os valores representam
a variao percentual de cada grupo em relao
ao valor base 100. Por exemplo, o nmero ndice
125 em 2003 representa um aumento percentual
de 25% (125-100) no nmero de operadores em
relao a 2002. Da mesma forma, o ndice 90
em 2004 representa uma queda de 10% (90-100) no nmero de empresas exportadoras em
relao a 2002.
As pessoas fsicas formam o grupo que
mais sofreu variaes positivas e negativas no
nmero de exportadores ao longo do perodo, no
havendo, entretanto, nenhum nmero de operado-
res inferior ao de 2002, 368 exportadores. Houve
picos em 2003, 2005 (quando atingiu o mximo
de 764) e 2007. Houve quedas em 2004 e 2006 e
variaes positivas em 2005 e 2007, mas, a partir
de 2008, o nmero foi diminuindo at chegar a
475 operadores em 2010.
75
100
125
150
175
200
225
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Nmero
ndice
Nmero de Empresas Exportadoras - Evoluo por Porte de Empresa
Pessoa Fsica Micro e Pequena Mdia Grande
Fonte: MDIC/SECEX, ano 2012
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20
O grupo Micro e Pequena, partindo de
9.137 empresas em 2002, atingiu 12.218 em 2005
(aumento de 34%) e iniciou movimento decrescen-
te, diminuindo para 10.150 operadores em 2010
(11% maior que em relao a 2002).
As empresas de porte mdio formam o nico
grupo que sofreu variao negativa em relao a
2002 ao longo do perodo considerado. Em 2004, com
menos 441 operadores que em 2002, as empresas
mdias somavam 5.254, registrando queda de 8%
em relao a 2002. Em 2009, foi atingido o nmero
mximo de 6.724 (aumento de 18% em relao a
2002), mas em 2010 caiu para 5.681, ficando abaixodas 5.695 mdias empresas que exportaram em 2002.
As grandes empresas mantiveram uma
trajetria ascendente em quase todo o perodo
considerado. De 4.140 operadores em 2002, por
meio de recordes sucessivos, atingiram o nmero
de 5.508 em 2008 (aumento de 33% em relao
a 2002). Diminuram para 5.287 em 2009, mas
aumentaram para 5.612 empresas em 2010 (n-
mero 36% superior ao de 2002).
O prximo grfico mostra a evoluo do
valor das exportaes brasileiras por porte de em-
presas. Da mesma forma utilizada para o nmero
de empresas exportadoras, os valores exportados
no ano de 2002 foram considerados como ndiceigual a 100 para cada grupo de empresas.
Valor Exportado - Evoluo por Porte de Empresa
-
100
200
300
400
500
600
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Nm
ero
ndice
Pessoa Fsica Micro e Pequena Mdia Grande
Fonte: MDIC/SECEX, ano 2012
A trajetria da variao dos valores expor-
tados pelas pessoas fsicas apresenta as maio-res variaes positivas no perodo considera-
do. Com valor base de US$ 58,86 milhes em
2002, a trajetria apresenta picos de US$ 230,26
milhes em 2004 (aumento de 270%) e de
US$ 344,70 milhes em 2008 (aumento de 486% em
relao a 2002), quando inicia movimento descen-
dente, atingindo o valor de US$ 278,05 milhes em
2010 (372% em relao ao valor de 2002). Mesmo
com essa reduo o grupo manteve a liderana
de crescimento percentual do valor exportado emrelao a 2002 durante todo o perodo considerado.
As micros e pequenas empresas exportaram
US$ 1,33 bilho em 2002, seguindo uma trajetria
de crescimento, com picos em 2004 (US$ 2,55
bilhes, aumento de 92% em relao a 2002), e
em 2007 (US$ 2,99 bilhes, aumento de 125% em
relao a 2002), quando houve inverso na traje-
tria, caindo para US$ 1,31 bilho em 2009, valor
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21
inferior ao registrado em 2002, mas com retomada
de crescimento em 2010 (US$ 1,96 bilho).
As mdias empresas, que apresentam a traje-
tria mais suave dos quatro grupos, exportaram US$
4,65 bilhes em 2002, tiveram variaes crescentes
sucessivas at 2007, quando atingiram o valor m-
ximo de US$ 9,72 bilhes (109% de aumento em
relao a 2002). Iniciaram trajetria de queda do
valor exportado em 2008, diminuindo para US$ 8,19
bilhes em 2010 (ainda 76% acima do valor de 2002).
As grandes empresas tiveram variaes
crescentes sucessivas de 2002, quando exportaram
US$ 54,31 bilhes, at 2008, quando atingiram ovalor de US$ 186,38 bilhes (aumento de 243%
em relao a 2002). Em 2009, ano da crise inter-
nacional, o valor exportado caiu US$ 43,59 bilhes
em relao a 2008, mas retomou o crescimento e
atingiu valor recorde em 2010, US$ 191,47 bilhes
(aumento de 253% em relao a 2002).
5. AES GOVERNAMENTAIS PARAFOMENTAR AS EXPORTAES
O Governo Federal, preocupado com a
concentrao das exportaes brasileiras em um
universo muito reduzido de exportadores, vem
implementando diversas aes e medidas para
a melhoria do desempenho e diversificao das
exportaes, visando insero competitiva das
pequenas e mdias empresas no comrcio inter-nacional. Diversas dessas aes e medidas sero
abordadas nos captulos subsequentes.
O Plano Nacional da Cultura Exportadora
est sendo elaborado pelo Ministrio do Desenvol-
vimento, Indstria e Comrcio Exterior, em parceria
com governos estaduais e entidades nacionais
relacionadas com o comrcio exterior. O objetivo
do plano sistematizar a oferta dos produtos e
servios oferecidos pelas entidades nacionais e
planos de ao para os estados.
6. MINISTRIO DO DESENVOLVI-MENTO, INDSTRIA E COMRCIOEXTERIOR (MDIC)
O Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e
Comrcio Exterior foi criado pela Medida Provisria
n 1.911-8, de 29/07/1999 - DOU 30/07/1999, tendo
como rea de competncia os seguintes assuntos:
poltica de desenvolvimento da inds-
tria, do comrcio e dos servios; propriedade intelectual e transferncia
de tecnologia;
metrologia, normalizao e qualidade
industrial;
polticas de comrcio exterior;
regulamentao e execuo dos progra-
mas e atividades relativas ao comrcio exterior;
aplicao dos mecanismos de defesa
comercial participao em negociaes interna-
cionais relativas ao comrcio exterior;
formulao da poltica de apoio micro-
empresa, empresa de pequeno porte e artesanato;
execuo das atividades de registro do
comrcio.
Ao Ministrio do Desenvolvimento, In-
dstria e Comrcio Exterior esto vinculadas as
seguintes entidades: Superintendncia da Zona Franca de
Manaus (SUFRAMA);
Instituto Nacional da Propriedade
Industrial (INPI);
Instituto Nacional de Metrologia, Nor-
malizao e Qualidade Industrial (INMETRO);
Banco Nacional do Desenvolvimento
Econmico e Social (BNDES)
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22
Subordinao:
Superviso:
Legenda:
MDIC
Ministrio do
Desenvolvimento, Indstria
e Comrcio Exterior
SUFRAMA
Superintendncia da Zona
Franca de Manaus
INMETRO
Instituto Nacional de
Metrologia, Normalizao e
Qualidade Industrial
INPI
Instituto Nacional de
Propriedade Industrial
FND
Fundo Nacional de
Desenvolvimento
SDP
Secretaria do
Desenvolvimento daProduo
SECEX
Secretaria de
Comrcio Exterior
SCS
Secretaria de
Comrcio e Servios
SIN
Secretaria de
Inovao
GM
Gabinete do
Ministro
SE/CZPE
Secretaria-Executiva doConselho Nacional das
Zonas de Processamentode Exportao
SE/CAMEX
Secretaria-Executiva da
Cmara de Comrcio
Exterior
SE
Secretaria
Executiva
SPOA
Subsecretaria de
Planejamento, Oramento e
Administrao
OUV
Ouvidoria
CONJUR
Consultoria
Jurdica
BNDES
Banco Nacional de
Desenvolvimento
Econnico e Social
CONMETRO
Conselho Nacional de
Metrologia, Normalizao e
Qualidade Industrial
CZPE
Conselho Nacional das
Zonas de Processamento
de Exportao
6.1 SECRETARIA DE COMRCIOEXTERIOR (SECEX)
Em sintonia com as diretrizes do governo, a
Secretaria de Comrcio Exterior vem direcionandoesforos para a criao de condies propcias de
atuao do Brasil no comrcio internacional.
A Secretaria est estruturada em cinco
departamentos, descritos a seguir:
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23
SECEX
Secretaria de Comrcio
Exterior
SEPAD
Servio de Controle de
Passagens e Dirias
SEPES
Servio de Controle
de Pessoal
GAB/SECEX
Gabinete
COAAD
Coordenao de Apoio
Administrativo
DIVAD
Diviso de Assuntos
Administrativos
DECEX
Departamento de
Operaes de
Comrcio Exterior
DEINT
Departamento de
Negociaes Internacionais
DECOM
Departamento de Defesa
Comercial
DENOC
Departamento de Normas
e Competitividade no
Comrcio Exterior
DEPLA
Departamento dePlanejamento e
Desenvolvimento deComrcio Exterior
a) Departamento de Operaes de
Comrcio Exterior (DECEX)
Entre as competncias do DECEX esto o
desenvolvimento, execuo e acompanhamento
de polticas e programas de operacionalizao
do comrcio exterior brasileiro, bem como o
estabelecimento de normas e procedimentos
necessrios sua implementao. Assim, so
empreendidos esforos para o aperfeioamento
dos mecanismos de comrcio exterior brasileiro e
implementadas aes direcionadas sua simpli-ficao e adequao a um ambiente de negcios
cada vez mais competitivo.
b) Departamento de Negociaes In-
ternacionais (DEINT)
O Departamento de Negociaes Interna-
cionais promove estudos e coordena, no mbito
interno, os trabalhos de preparao da participao
brasileira nas negociaes internacionais de co-
mrcio. Est incumbido de desenvolver atividades
de comrcio exterior junto a organismos interna-
cionais e de prestar apoio tcnico nas negociaes
comerciais com outros pases e blocos econmicos.
c) Departamento de Defesa Comercial
(DECOM)
Com a abertura comercial, a eliminao
dos controles administrativos e a progressiva
desregulamentao das importaes, a economia
brasileira elevou o seu grau de exposio con-corrncia internacional. Visando assegurar que o
ingresso de produtos estrangeiros no pas ocorra
em condies leais de comrcio e que a poltica
de importao brasileira esteja em perfeita sin-
tonia com as disposies vigentes no comrcio
internacional, foi criado o Departamento de
Defesa Comercial.
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24
d) Departamento de Planejamento
e Desenvolvimento do Comrcio Exterior
(DEPLA)
Ao Departamento de Planejamento e De-
senvolvimento do Comrcio Exterior, entre outras
atribuies, compete propor e acompanhar a
execuo das polticas e programas de comrcio
exterior; formular propostas de planejamento da
ao governamental em matrias de comrcio
exterior; coordenar e implementar aes e pro-
gramas visando ao desenvolvimento do comrcio
exterior brasileiro, em articulao com rgos e
entidades de direito pblico ou privado, nacionaise internacionais.
e) Departamento de Normas e Com-
petitividade no Comrcio Exterior (DENOC)
Ao DENOC, entre outras atribuies,
compete estabelecer normas e procedimentos
necessrios implementao de polticas e pro-
gramas de operacionalizao do comrcio exterior;
coordenar, no mbito da SECEX, aes sobre o
Acordo de Facilitao ao Comrcio em curso junto
Organizao Mundial do Comrcio (OMC), e
participar de eventos nacionais e internacionais;
coordenar, no mbito do MDIC, aes referentes
ao Acordo sobre Procedimentos de Licenciamen-
to de Importao junto OMC; e administrar o
benefcio fiscal de reduo a zero da alquota do
Imposto de Renda no pagamento de despesas com
promoo comercial, comissionamento e logstica
de produtos brasileiros, no exterior;
6.2 OUVIDORIA DO MDIC
A Ouvidoria do MDIC foi criada por meio
do Decreto n 5.964, de 14 de novembro de 2006,
com a finalidade de receber, examinar e dar enca-
minhamento a reclamaes, elogios, sugestes e
denncias referentes a procedimentos e aes de
agentes e rgos, no mbito do Ministrio. Sua
misso garantir o direito de todo cidado de semanifestar e de receber resposta, e propor aes
para estimular a participao popular, a trans-
parncia e a eficincia na prestao de servios
pelo MDIC.
Qualquer pessoa, utilizando um dos se-
guintes canais de comunicao, pode entrar em
contato com a Ouvidoria:
internet: http://www.mdic.gov.br/sitio/
sistema/ouvidoria/atendimento/
telefone: (61) 2027-7646;
fax: (61) 2027-7333.
Fonte Bibliogrfica: O Ministrio, Estrutura
Regimental e Regimento Interno, Organogramas, dis-
ponveis no site http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/
interna.php?area=1&menu=1644, no dia 12/12/2011.
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CAPTULO 2
REDEAGENTES
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26
1. O QUE A REDEAGENTES?
A Rede Nacional de Agentes de Comrcio
Exterior (Redeagentes) um projeto desen-
volvido pelo Ministrio do Desenvolvimento,
Indstria e Comrcio Exterior (MDIC) por in-
termdio da Secretaria de Comrcio Exterior
(SECEX), em parceria com diversas instituies
pblicas e privadas, com o objetivo de di-
fundir a cultura exportadora e estimular
a insero de empresas de pequeno porte
no mercado externo.
A Redeagentes integra o Plano Plurianual(PPA) do Governo Federal como um Projeto da
Ao Capacitao de Profissionais de Comrcio
Exterior, no mbito do Programa Desenvolvimento
do Comrcio Exterior e da Cultura Exportadora,
cuja execuo est a cargo do MDIC.
As trs atividades bsicas realizadas con-
sistem em:
1) ministrar cursos e treinamentos
sobre como exportar;
2) realizar, mediante a atuao voluntria
dos agentes de comrcio exterior, aes de arti-
culao institucional e setorialque favoream
e estimulem as exportaes das empresas de
pequeno porte;
3) formar com os agentes de comrcio
exterior uma comunidade de prticasobre
comrcio exterior, que integre todas as Unida-des da Federao e municpios com potencial
exportador.
O nome Redeagentes identifica tanto o
projeto como a comunidade de prtica formada
pelos agentes de comrcio exterior.
2. AGENTES DE COMRCIO EXTERIOR
So denominados agentes de comrcio
exterior os profissionais que participam do Trei-
namento para Agentes de Comrcio Exterior e
integram-se voluntariamente ao projeto.
Geralmente, os agentes so pessoas que
trabalham em federaes de indstria, secretarias
estaduais, associaes municipais de comrcio e
indstria, prefeituras, Caixa Econmica Federal
(CEF), Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos
(ECT), Superintendncia da Zona Franca de Manaus
(SUFRAMA), cooperativas, entidades de classe eoutras similares. Alm de se beneficiarem da ca-
pacitao adquirida no treinamento para melhorar
seu desempenho profissional, passam a atuar, tam-
bm, na difuso da cultura exportadora nos seus
estados e na insero das empresas de pequeno
porte no mercado externo. Em geral, as aes da
Redeagentes so iniciadas em determinada regio
por intermdio dos agentes de comrcio exterior.
Os agentes disseminam conhecimen-
tos relativos ao comrcio exterior, identificam
produtos exportveis em sua regio e forne-
cem orientaes aos empresrios de pequeno
porte para que possam ingressar ou expandir
sua participao no mercado externo com
mais informao e segurana. Para o empre-
srio localizar os agentes, basta acessar o site
www.redeagentes.gov.br.Como se trata de uma atuao voluntria e
no remunerada, ocorrem diferentes graus e for-
mas de envolvimento dos agentes com o projeto.
Entretanto, espera-se que todos contribuam para
a difuso da cultura exportadora e que prestem
orientaes aos empresrios que buscam infor-
maes sobre como exportar.
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2.1 Atuao dos Agentes deComrcio Exterior
2.1.1 Em Relao ao SetorEmpresarial de Pequeno Porte
Tendo em vista as diferentes possibilidades
decorrentes da rea de atuao profissional, de
modo geral, o agente de comrcio exterior pode:
prestar orientao bsica para empre-
srios que desejarem exportar os seus produtos;
acompanhar periodicamente os em-
presrios que participarem dos Treinamentos emExportao para Empresas de Pequeno Porte,
Treinamentos EPP;
desenvolver planos de internacionaliza-
o com as empresas;
identificar produtos com potencial ex-
portador e estimular a sua exportao;
promover a articulao institucional em
prol do comrcio exterior; e
mobilizar setores com potencial exportador.
2.1.2 Em Relao Redeagentes
A participao efetiva do agente no progra-
ma, a interao com os demais agentes e a troca de
informaes na rede possibilita o crescimento de
cada um e ajuda a obter as informaes necessrias
ao atendimento das demandas do setor empre-sarial. Entre as atividades que so desenvolvidas
pelos agentes de comrcio exterior, destacam-se:
difundir a cultura exportadora;
atender s solicitaes que os demais
agentes encaminham por intermdio da rede;
divulgar na sua regio o projeto Redea-
gentes e demais aes do Programa Desenvolvimen-
to do Comrcio Exterior e da Cultura Exportadora;
realizar reunies com o objetivo de in-
ventariar as potencialidades da regio e debater
temas relevantes sobre comrcio exterior;
arregimentar empresrios para os cursos
e treinamentos que so oferecidos gratuitamente
pelo Projeto Redeagentes;
contatar novos candidatos a agentes,
buscando um perfil de dinamismo, interesse e
disponibilidade para o voluntariado, conforme
proposta de trabalho e objetivos da Redeagentes.
2.1.3 Em Relao ao seu Desenvol-
vimento Profissional
Para o agente, participar do Programa
Redeagentes significa uma oportunidade de obter
maior qualificao profissional, estabelecer uma
rede de relacionamentos na rea de comrcio ex-
terior e participar de uma comunidade que poder
apoiar suas atividades profissionais relacionadas
ao comrcio exterior.
O agente permanece vinculado a sua
instituio de origem, porm dispondo de maio-
res meios para desempenhar uma ao mais
efetiva no desenvolvimento das exportaes
em sua regio.
Entre os benefcios que o agente tem ao
participar do Programa Redeagentes destacam-se:
melhoria na capacidade de atendimento
aos empresrios; utilizao da rede como suporte para as
atividades dirias na sua instituio;
atualizao sobre os diversos temas
relacionados ao comrcio exterior;
acesso a novas oportunidades de negcios;
interao com os demais agentes de
comrcio exterior, fortalecendo a comunidade
Redeagentes em nvel nacional;
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capacitao em treinamentos, especia-
lizaes, palestras e outros eventos.
3. TREINAMENTOS E CURSOSOFERECIDOS PELA REDEAGENTES
Curso de Capacitao de Forma-
dores realizado quando ocorre necessidade
de capacitar novos formadores ou de promover
a atualizao de formadores capacitados em
etapas anteriores do projeto.
Treinamento para Agentes de Co-
mrcio Exterior realizado rotineiramente paraatender a demanda proveniente das Unidades da
Federao ou o previsto nos Acordos de Coope-
rao estabelecidos pelo MDIC.
Curso Bsico em Exportao rea-
lizado rotineiramente para atender a demanda
proveniente das Unidades da Federao ou o
previsto nos Acordos de Cooperao estabelecidos
pelo MDIC.
Treinamento em Exportao para
Empresas de Pequeno Porte-Treinamento
EPP realizado rotineiramente para atender a
demanda proveniente das Unidades da Federao
ou o previsto nos Acordos de Cooperao estabe-
lecidos pelo MDIC.
Curso de Especializao em Co-
mrcio Exterior com nfase em Empresas
de Pequeno Porte via Educao a Distncia(EAD) oferta que depende da disponibilidade
de recursos financeiros destinados especifica-
mente a esta atividade, decorrentes de acor-
do de cooperao com outras instituies e,
tambm, do estabelecimento de parcerias com
Instituies de Ensino Superior reconhecidas
pelo MEC que tenham infraestrutura adequada
para a conduo acadmica do curso. Quando
viabilizado o curso, oferecida uma bolsa parcial
para os alunos.
3.1 Caractersticas Bsicas dos Cursose Treinamentos da Redeagentes
Os cursos e treinamentos da Redeagentes
so ministrados por multiplicadores que so capa-
citados pelo projeto, os denominados formadores.
Os cursos so gratuitos para os alunos,
inclusive o material didtico. No que se refere
aos parceiros locais, exige-se como contrapartida
o fornecimento do local do treinamento, apoioadministrativo no local, computador, projetor e
lanche para os alunos. O projeto encarrega-se de
fornecer os instrutores e o material didtico.
realizado um processo de seleo dos can-
didatos baseado no perfil do pblico-alvo definido
no projeto. O nmero mximo de alunos por turma
no caso dos cursos presenciais de 30 alunos.
A oferta do curso de Especializao em
Comrcio Exterior com nfase em Empresas de
pequeno Porte via Educao a Distncia depende
da disponibilidade de recursos financeiros destina-
dos especificamente a esta atividade, como citado
anteriormente.
Para os cursos presenciais a frequncia
mnima exigida de 75%. No caso da Especia-
lizao via EAD, a instituio de ensino superior
responsvel pela conduo acadmica do cursoutiliza procedimentos adequados a esta moda-
lidade de ensino para avaliao e controle da
participao dos alunos.
Outros detalhes como contedo progra-
mtico, instalaes, equipamentos e instrues
para viabilizao de turmas e agendamento dos
treinamentos esto disponveis no endereo www.
redeagentes.gov.br.
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3.1.1 Logstica e Infraestrutura
A infraestrutura que dever ser disponi-
bilizada pelos parceiros locais, para realizao
dos Treinamentos para Agentes de Comrcio
Exterior e Treinamento EPP consiste em:
sala com cadeiras mveis e capacidade
para 30 alunos;
fip chartcom bloco e respectivas canetas;
quadro branco com respectivas canetas;
computador conectado Internet com
projetor (durante todo o perodo do treinamento);
um computador para cada dois alunosno segundo dia do curso no caso do Treinamento
EPP. No caso do Treinamento para Agente de
Comrcio Exterior, necessrio que os computa-
dores estejam disponveis durante o perodo da
tarde do segundo dia e durante o terceiro dia do
curso. Para exemplificar, se forem 30 alunos sero
necessrios 15 computadores;
um funcionrio, para apoio administra-
tivo, disponvel no local do treinamento;
lanche para aos alunos, oferecido nos
intervalos da manh e da tarde;
apoio logstico para deslocamento dos
formadores, proporcionado quando o treinamento
ocorrer em cidades do interior do estado (locais
sem acesso por via area regular).
No caso do Curso Bsico de Exportao
a infraestrutura que dever ser disponibilizada a seguinte:
sala com capacidade para 30 alunos ou
auditrio pequeno para at 120 participantes;
fip chartcom bloco e respectivas canetas;
quadro branco com respectivas canetas;
computador conectado Internet com
projetor (durante todo o perodo do curso);
um funcionrio, para apoio administra-
tivo, disponvel no local do treinamento;
lanche para os alunos, oferecido nos
intervalos da manh e da tarde;
apoio logstico para deslocamento do
formador, proporcionado quando o curso ocorrer
em cidades do interior do estado (locais sem
acesso por via area regular).
3.1.2 Pblico-alvo dos Treinamentospara Agente de Comrcio Exterior
O Pblico-alvo dos Treinamentos paraAgente de Comrcio Exterior constitudo por fun-
cionrios de instituies, rgos e entidades como
SEBRAE, SENAI, federaes de indstria, Banco do
Nordeste, CAIXA, Correios, secretarias estaduais
de indstria e comrcio, associaes de comrcio
e indstria, associaes de classe, prefeituras e
outros, que tenham entre seus objetivos estimular
as exportaes de empresas de pequeno porte.
A arregimentao e a seleo dos alunos fi-
cam a cargo dos parceiros locais, que se mobilizam
para formar turmas e viabilizar a infraestrutura
necessria para realizao do treinamento.
3.1.3 Pblico-alvo do Treinamentoem Exportao para Empresriosde Pequeno Porte e do Curso
Bsico de Exportao
constitudo preferencialmente por empre-
srios de pequeno porte de setores com potencial
exportador e funcionrios destas empresas. Se ocor-
rer disponibilidade de vagas podero participar, tam-
bm, candidatos que possuam o perfil definido para
o Treinamento para Agentes de Comrcio Exterior.
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A arregimentao e a seleo dos alunos fi-
cam a cargo dos parceiros locais, que se mobilizam
para formar turmas e viabilizar a infraestrutura
necessria para realizao do treinamento.
3.1.4 Pblico-alvo da Especiali-zao em Comrcio Exterior, comnfase em Empresas de PequenoPorte, via EAD
constitudo pelos agentes de comrcio
exterior, formadores e integrantes da equipe de
coordenao do projeto Redeagentes.
3.2 Curso para Capacitaode Formadores
O curso para formadores foi criado com ob-
jetivo de capacitar multiplicadores para ministrar
os cursos e treinamentos da Redeagentes. Consiste
em pr-requisito para ministrar qualquer curso ou
treinamento oferecido pelo projeto.
No que se refere seleo dos candidatos a
formadores, a preferncia de tcnicos do MDIC/
SECEX, funcionrios de instituies que estabele-
cem acordos de cooperao tcnica com o MDIC
com objetivo de promover a difuso da cultura
exportadora, profissionais ligados a entidades de
classe ou a rgos pblicos e agentes de comrcio
exterior que sejam atuantes em suas regies juntos empresas de pequeno porte.
O curso para formadores estruturado em
duas etapas, capacitao didtico-pedaggica e
capacitao especfica em comrcio exterior. No
mdulo didtico-pedaggico so abordados os
seguintes temas: relaes interpessoais; tcnicas
didticas; recursos didticos e planejamento das
aulas e cursos.
A parte especfica sobre comrcio exterior
destina-se apresentao dos planos de aula e
formao das competncias necessrias para
os formadores ministrarem a parte dos cursos
e treinamentos da Redeagentes referente ao
comrcio exterior.
3.3 Treinamento para Agentes deComrcio Exterior
So cursos presenciais com 24 horas-
-aula, realizados geralmente das 8h s 18h, com
intervalo para almoo. O contedo ministradopor dois formadores que trabalham em conjunto.
O contedo bsico pode ser obtido no site www.
redeagentes.gov.br.
O treinamento consiste em um nivelamento
focado na exportao e nas ferramentas de apoio
ao exportador, por isso importante que o agente
possua interesse em continuar capacitando-se em
comrcio exterior.
recomendvel que os candidatos a
agente de comrcio exterior possuam o apoio
das suas instituies ao participar do treina-
mento, de modo a obter posteriormente as
condies necessrias para realizar o trabalho
de difuso da cultura exportadora e prestar
orientao aos empresrios de pequeno porte
sobre como exportar. Alm disso, devem ter
disponibilidade e perfil para desempenharas atividades previstas no projeto e possuir
interesse em continuar capacitando-se em
comrcio exterior, pois o treinamento consiste
em um nivelamento bsico. Aps o treinamento,
o agente que obtiver um mnimo de 75% de
frequncia incorporado Redeagentes e se
desejar, poder ter seu nome relacionado na
rea pblica do site www.redeagentes.gov.br.
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3.4 Cursos e Treinamentos Ofereci-dos para Empresrios
So oferecidos Cursos Bsicos de
Exportao e Treinamentos em Exportao EPP,
totalmente gratuitos, voltados para empresas de
pequeno porte. Mais informaes sobre o conte-
do programtico, pr-requisitos e instrues para
formao de turmas podem ser obtidas no site
www.redeagentes.gov.br.
3.4.1 Curso Bsico de Exportao
um curso com 8 horas-aula de durao,
que tem por objetivo levar informaes bsicas
sobre como exportar e divulgar as ferramentas e
mecanismos de apoio ao exportador. ideal para
candidatos que no dispem de tempo para par-
ticipar dos cursos e treinamentos com maior carga
horria ou para aqueles que desejam informaes
preliminares. Pode ser realizado em auditrios
para pblico de at 120 pessoas.
3.4.2 Treinamento em Exportaopara Empresas de Pequeno Porte-Treinamento EPP
O Treinamento em Exportao EPP, com
carga horria de 16 horas-aula, consiste em
uma forma de levar informaes diretamenteao empresrio e proporcionar conhecimento
sobre o processo de exportao. O contedo
ministrado por dois formadores que trabalham
em conjunto. O contedo bsico pode ser obtido
no site www.redeagentes.gov.br, diretrio Trei-
namento em Exportao.
O pblico-alvo constitudo preferencial-
mente de empresas de pequeno porte, represen-
tadas pelos empresrios e seus funcionrios. Alm
destes, so admitidos, tambm, artesos e repre-
sentantes de associaes comerciais, sindicatos,
cooperativas, prefeituras e instituies similares.
3.5 Como Viabilizar a Realizaode um Curso ou Treinamento daRedeagentes em sua Cidade
Para viabilizar um curso ou treinamento da
Redeagentes necessrio mobilizar os empres-
rios de setores com potencial exportador e obter
inscries suficientes para formao de uma tur-
ma, com mnimo de 20 e mximo de 30 alunos. Osparceiros locais devem disponibilizar a estrutura
de apoio local para o treinamento, computador,
projetor e lanche para os alunos. No site www.
redeagentes.gov.br esto disponveis instrues
detalhadas sobre os itens necessrios para a re-
alizao dos treinamentos e procedimentos para
se formar turma e agendar treinamento.
3.6 Agendamento dos Treinamentos
No existe uma agenda prvia de treina-
mentos. A programao realizada em funo
da demanda recebida pela coordenao do
projeto, encaminhada pelas diversas instituies
parceiras do MDIC no programa cultura expor-
tadora e pelos agentes de comrcio exter ior, na
medida em que arregimentarem candidatos sufi-cientes para formar turmas, conforme instrues
disponveis no site www.redeagentes.gov.br.
A realizao dos treinamentos e cursos depende,
tambm, da disponibilidade de recursos finan-
ceiros. Os treinamentos podem ser realizados
em todos os municpios com potencial expor-
tador em que ocorrerem inscries suficientes
de candidatos com perfil adequado.
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3.7 Total de Cursos Realizados pelaRedeagentes
Desde o incio do projeto at dezembro
de 2011, foram realizados mais de 800 cursos
e treinamentos em cerca de 250 municpios
para mais de 22.000 pessoas, representadas
por agentes de comrcio exterior, empresrios
e funcionrios de empresas de pequeno porte.
Foram disponibilizadas, tambm, oitocentas ma-
trculas na Especializao em Comrcio Exterior
com nfase em Empresas de Pequeno Porte via
Educao a Distncia, para agentes de todas as
Unidades da Federao.
Cursos e Treinamentos Realizados at dezembro de 2011
AES TOTAIS
1- Capacitao de formadores 17
2- Capacitao de agentes 239
3- Treinamentos EPP 3444- Cursos Bsicos* 205
5- Palestra Setorial/outros** 34
6- ENAGEX- Encontro Nacional de Agentes de Comrcio Exterior 9
7- Especializao via EAD (matrculas disponibilizadas) 800
*incluindo-se as Caravanas do Exportador em que foram oferecidos Cursos Bsicos.** Palestras setoriais, seminrio e encontros presenciais da especializao via EAD.
4. INTERAO ENTRE OS AGENTESDE COMRCIO EXTERIOR
O projeto tem o objetivo de estruturar com
os integrantes da Redeagentes uma comunidade
de prtica sobre comrcio exterior, que integre
todas as Unidades da Federao e municpios
com potencial exportador, formando uma matriz
de ampla abrangncia geogrfica e institucional.
Os agentes interagem de diversas formas, emreunies, encontros, eventos, internet e telefone.
5. SITE REDEAGENTES
No site www.redeagentes.gov.br, os
agentes de comrcio exterior podem ser lo-
calizados pelos empresrios. Tambm esto
disponibilizadas informaes gerais sobre
o projeto, questes frequentes, instrues
para viabilizao dos treinamentos e cursos
e para formao de turmas, alm de algumas
funcionalidades destinadas aos integrantes
da Redeagentes.
6. ATIVIDADES DE ARTICULAOINSTITUCIONAL
O projeto prev que os agentes de co-
mrcio exterior realizem nas suas regies ativi-
dades variadas que favoream e estimulem as
exportaes das empresas de pequeno porte.
Um resultado mais efetivo obtido quando ocorre
a articulao entre as diversas instituies que
atuam na regio. Com este objetivo os agentes
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realizam um importante trabalho, promovendo
esta articulao institucional e a aproximao das
referidas instituies com os setores que possuem
potencial exportador.
Em decorrncia desta atividade os agen-
tes promovem a difuso da cultura exportadora
e contribuem para o desenvolvimento de diver-
sas iniciativas que favorecem as exportaes
nos estados, como por exemplo, criao de
comisses e comits de comrcio exterior nos
estados e municpios, integrao universidade-
-empresas, viabilizao de palestras, cursos,
criao de espaos para atendimento ao empre-srio, oficinas sobre comrcio exterior e outras
iniciativas similares.
7. ACORDOS DE COOPERAOTCNICA
Durante o perodo de implantao do projeto
Redeagentes, algumas instituies que possuem
objetivos convergentes com os do MDIC, no que se
refere difuso da cultura exportadora e insero de
pequenas empresas no mercado externo, estabele-
ceram Acordos de Cooperao Tcnica com o MDIC.
Foram estabelecidos, a partir de 2006, Acor-
dos de Cooperao Tcnica com a CAIXA, com os
Correios e com a Suframa. O projeto foi beneficiado,
tambm, pelo Acordo de Cooperao entre o Brasil ea Unio Europeia com objetivo de promover o Apoio
insero Internacional das PMEs Brasileiras.
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CAPTULO 3
ENTIDADES, AES E FERRAMENTASDE APOIO S EXPORTAES
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Com o objetivo de ampliar a base de empre-
sas exportadoras com foco nas pequenas e mdias
empresas com potencial para atuar no comrcio
internacional, o Governo Federal e as entidades
privadas tm se mobilizado na disponibilizao
de apoio ao exportador.
Este captulo aborda os principais instrumen-
tos que as empresas brasileiras dispem para obter
informaes e auxlio para exportar, entre eles:
Aprendendo a Exportar;
Portal Brasileiro de Comrcio Exterior
(PBCE);
AliceWeb2; AliceWeb Mercosul;
Radar Comercial;
Vitrine do Exportador;
Encontros de Comrcio Exterior
(ENCOMEX);
Projeto Primeira Exportao.
Sistema de Registro de Informaes de
Promoo (SISPROM);
Centros de Informaes de Comrcio
exterior (REDE CICEX);
BrasilGlobalNet;
Agencia Brasileira de Promoo de Ex-
portaes e Investimentos (APEX-Brasil);
Exporta Fcil;
Instituto Nacional da Propriedade In-
dustrial (INPI);
Instituto Nacional De Metrologia, Qua-lidade E Tecnologia (INMETRO);
Entidades Privadas de Apoio ao Exportador;
1. APRENDENDO A EXPORTAR
Desenvolvido pelo MDIC/SECEX, o Aprenden-
do a Exportar um produto multimdia de aprendi-
zado interativo que tem como objetivo contribuir
para a expanso da base exportadora brasileira,
buscando, principalmente, uma maior participao
dos pequenos e mdios empresrios que tm voca-
o exportadora e desejam iniciar sua caminhada
rumo ao mercado internacional. Busca-se, com essa
iniciativa facilitadora, canalizar para o esforo ex-
portador aquelas empresas que, embora produzam
mercadorias de qualidade, continuam, por diversos
motivos, hesitando em lanar-se ao mercado externo.
A ideia de difuso de uma cultura ex-
portadora criar instrumentos de estmulo, de
promoo, de conscientizao e, principalmente,
de informao, visando mudana de postura dasempresas em relao ao comrcio internacional, de
forma que a atividade exportadora se transforme
em parte de sua estratgia comercial.
O produto multimdia Aprendendo a Ex-
portar foi concebido, nesse contexto, como uma
ferramenta didtica indita, reunindo em seu
arcabouo informativo um curso completo de
exportao, com caractersticas de interatividade,
que pode ser utilizado para autoaprendizado e,
tambm, em treinamento dirigido.
O pblico-alvo dessa ferramenta engloba
micros, pequenas e mdias empresas que tenham
interesse na exportao, alm de agentes do
governo e da iniciativa privada que atuam como
multiplicadores de conhecimento nas aes de
fomento ao esforo exportador. Incluem-se tam-
bm nesse universo os estudantes e professoresde centros de ensino especializado.
Tecnicamente, o Aprendendo a Exportar foi
elaborado partindo de algumas premissas, como
por exemplo:
facilitar a interatividade dos usurios com
o contedo objetivo do produto, provendo meios
que pudessem promover o seu autoaprendizado;
atualizar constantemente o contedo;
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utilizar recursos de multimdia com
funcionalidades para autoaprendizagem e trei-
namento dirigido;
organizar o contedo em clulas de
ensino funcionais, com estruturas integradas
na forma de diagramas de precedncia ou
livre, com capacidade de acomodar contedos
de texto e imagem referentes a cada mdulo,
disponibilizados e acessados de acordo com a
necessidade do usurio, ou seja, em diversos
nveis de conhecimento.
Com relao ao contedo propriamente dito,
a srie Aprendendo a Exportar est orientada parao aprendizado dos procedimentos operacionais da
exportao, com abordagem de diversas reas tem-
ticas de interesse do exportador, tais como: as formas
de comercializao, as formas de pagamento, finan-
ciamento e termos internacionais de comrcio, alm
de um fluxograma de exportao, um simulador de
preo de exportao e uma central de atendimento.
Disponibilizados gratuitamente na Internet
e no formato CD-ROM, os produtos relacionados
abaixo, que compem a srie Aprendendo a
Exportar, podem ser acessados a partir do portal
www.aprendendoaexportar.gov.br.
Aprendendo a Exportar Verso 2.
Aprendendo a Exportar Confeces.
Aprendendo a Exportar Alimentos.
Aprendendo a Exportar Artesanato.
Aprendendo a Exportar Calados.
Aprendendo a Exportar Mveis.
Aprendendo a Exportar Flores e Plantas
Ornamentais. Aprendendo a Exportar Mquinas e
Equipamentos.
Aprendendo a Exportar Gemas, Joias e Afins.
Aprendendo a Exportar Pescado.
Aprendendo a Exportar Cooperativismo.
Aprendendo a Exportar para a Unio
Europeia.
Portal do Aprendendo a Exportar www.aprendendoaexportar.gov.br
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