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www.bsbcapital.com.br DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Ano V - Nº 211 - Brasília, 6 a 12 de junho de 2015

Brasilia capital

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Ano V - Nº 211 - Brasília, 6 a 12 de junho de 2015

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E x p E d i E n t E

Diretor de Redação Orlando Pontes

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Diretor de Arte Gabriel Pontes

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Diretor Comercial Júlio Pontes

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Diretor-ExecutivoDaniel Olival

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Os textos assinados são de responsabilidade dos autores. A reprodução

é autorizada desde que citada a fonte.

2 n Brasília, 6 a 12 de junho 2015 - [email protected]ítica

Impressão Gráfica Jornal Brasília aGora TIragem 20.000 exem-

plares DIsTrIbuIção plano piloto (sede dos poderes leGislativo

e executivo, empresas estatais e privadas), cruzeiro, sudoeste,

octoGonal, taGuatinGa, ceilândia, samamBaia, riacho fundo,

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CIrCulação aos sáBados.

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Alírio netoA falta de deputados distritais oposicionistas com voz representativa na CLDF levou o ex-deputado Alírio Neto a apontar sua artilharia pesada contra o Palácio do Buriti. Seria ele um franco-atirador ou percebeu o vácuo oposicionista sem

representação na Câmara e no DF em geral?nMarcelo Filho, via email

Boa entrevista do ex- deputado ao Brasília Capital! Não sou partidário do ex-deputado Alírio Neto, mas considero sua postura política e determinação para

“sacudir” o mundo político da capital que anda muito “morno”!nJoão Moura, via email

Agefis bloqueadoraEnquanto a diretora da Agefis trava o governo, um monte de placa de “aluga-se” é espalhada pela cidade. Uma cliente

minha, que formou em Odontologia, desistiu de abrir uma clínica ao receber a resposta de que não estava liberado seu alvará. Detalhe: no mesmo andar da clínica dela já existem três outros consultórios de dentistas. Falta emprego. Nós, contadores, podemos

Aconteceu em Nova Russas, pequena

cidade do sertão do Ceará. Acusado de corrupção e desvio de recursos públicos, o prefeito Gonçalo Diogo (PMDB) foi afastado do cargo pela Câmara de Vereadores. Assumiu o vice, Sérgio Brito, do PT. Tudo leva a crer que o PMDB tenta dar o troco tentando derrubar a presidente Dilma Rousseff, que deixaria a vaga para o vice Michel Temer...

Cai aprovação de RollembergCirculou esta semana a segunda pesquisa de avaliação

do governo Rodrigo Rollemberg. Em comparação com o levantamento do Instituto Veritá, de 14 de abril, o estudo do Instituto Paraná revela uma queda na aprovação de 68% para 45,7% - o que significa 22% a mais de brasilienses que reprovam a gestão que acaba de completar cinco meses. Já são 46,7 os que desaprovam e 7% os que não souberam opinar.

Metodologia contestadaEmbora feitos por institutos diferentes, os dois

levantamentos usaram a mesma metodologia, que é contestada pelo jornalista Renato Riella, especialista em análise pesquisas. Ele escreveu em seu blog que “a pesquisa é fajuta” e “induz o público a interpretação errada, muito a favor do governo, que hoje enfrenta momento dificílimo”.

Sim ou nãoRiella recomenda que “não se leve a sério” as duas

pesquisas. Segundo o jornalista, são apresentadas ao público apenas duas questões – sim ou não. “É errado! Nessa condição primária de manipulação de resultados, a divulgação do índice de 45,7% de positivo, neste momento, visa fazer média com o governador e com sua área de marketing”. E completa: “a única pesquisa que usa o Sim-Não é aquela feita pelo padre, no altar, perante uma platéia e um casal de noivos”.

De ótimo a péssimoSegundo Riella, a metodologia correta, que vem sendo

aplicada à presidente Dilma Rousseff, indica cinco respostas: Ótimo, Bom, Razoável, Ruim e Péssimo. “Como aceitação (Ótimo e Bom), o governo Rollemberg deve registrar hoje menos de 30%, o que poderá ser demonstrado breve numa pesquisa tradicional de Datafolha ou do Ibope. “Na verdade, um percentual elevado da população do DF nem sabe quem é Rodrigo Rollemberg – e por isso não poderia ter votado no Aprova-Desaprova. Mas o cidadão que anda na rua sabe que este resultado está sendo puxado para cima, com metodologia torta de pesquisa”.

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(*) Professor Emérito da UnB e Senador pelo PDT-DF.

3 n Brasília, 6 a 12 de junho 2015 - [email protected]ítica

testemunhar quantas rescisões têm sido executadas.nWendell Oliveira, via Facebook

IlegalidadeVale lembrar que neste momento de crise econômica em que diversos comércios fecham

as portas, principalmente por causa do aluguel alto demais, os food trucks são um tipo de economia alternativa que faz girar a moeda na nossa cidade, produzem emprego - mesmo que pouco, incentivam a diminuição da exploração do valor do aluguel e, com isso,baixam

O ajuste fiscal é o principal tema nacional do momento, mas pouco se discute sobre as causas e responsabilidades pelo desajuste fiscal que caracteriza o presente e sobre as bases históricas do desajuste

estrutural. Há décadas o Brasil adia reformas estruturais. Há anos alertamos sobre os riscos provocados por decisões irresponsáveis com as finanças públicas, mas os alertas foram repudiados.

A euforia ilusória que o atual governo propagandeou à opinião pública, realimentando-se dela, impediu que a realidade em marcha fosse vista. Além da cegueira, a lógica de governar para atender reivindicações imediatas de grupos específicos e a ganância eleitoral levaram a irresponsabilidades desajustadoras. O resultado é a triste necessidade de ajustes, que, além de trazer retrocessos para a economia e a sociedade, ainda enfrentam resistências que talvez impeçam seu êxito.

A primeira dificuldade para superação do atual quadro está no fato de que o ajuste é patrocinado e executado pelo mesmo governo que provocou o desajuste. A presidente parece não ter entendido a dimensão do problema nem aceita reconhecer que a crise decorre de seus erros. Assim fica difícil conseguir entendimento para formular e credibilidade para executar as medidas necessárias.

A segunda dificuldade decorre do tamanho do país. Em outros tempos, já estaríamos de volta ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para obter empréstimo que cobrisse o déficit fiscal. Mas nossos problemas são maiores do que as soluções que os organismos internacionais podem proporcionar.

Tampouco podemos contar com receitas extras, como as do Pré-sal, pois o Brasil não cabe num poço de petróleo. Nossa dívida bruta é de R$ 3,48 trilhões. A conta de juros nominais do setor público, que exigiu R$ 396,6 bilhões nos 12 meses terminados em março de 2015, supera o PIB de 116 países. Isso dá a dimensão do problema a ser enfrentado para controlarmos o crescimento da dívida e podermos pensar em retomar minimamente os investimentos.

A terceira dificuldade para superação da crise vem da falta de um sentimento nacional. O país está dividido em corporações e grupos preocupados com interesses específicos e imediatos, banqueiros ou trabalhadores, sem considerar o interesse coletivo e do futuro. Isso se agravou com a radicalização da política e com o uso de instrumentos marqueteiros, sectários e descomprometidos com a verdade, como aqueles a que recorreu a presidente Dilma durante a campanha eleitoral de 2014.

Mas a maior dificuldade decorre dos desajustes estruturais e históricos de uma sociedade que não fez as escolhas certas no passado, não teve a devida responsabilidade, nem fiscal nem social, aceitando cair na inflação, na desigualdade e na ineficiência. O Brasil é grande demais, imediatista demais, descrente demais e desgovernado demais para superar as atuais dificuldades sem um entendimento político, necessário para ajustar nossas contas públicas e corrigir nossos desajustes estruturais.

Por Cristovam Buarque (*)

Desajuste fiscal

o valor do aluguel, e os comerciantes fixos poderão abrir suas portas novamente. Então, acaba sendo um ponto positivo para os comerciantes fixos, na medida em que significa uma pressão para que os alugueis voltem aos valores justos. nLily Barros, via Facebook

O congresso do PSB, realizado sábado (30/5) chegou a um impasse. Estava tudo acertado para a recondução de Marcos Dantas (foto) à presidência regional do partido. Mas a militante Bernadete dos Anjos, da zonal do Plano Piloto, se recusou a sair da sala para que os integrantes do Diretório elegessem a Executiva, conforme prevê o estatuto. O encontro foi suspenso e não tem data para ser retomado. Segundo o vice-presidente Francisco das Chagas do Nascimento, o Chaguinha, será difícil programar um encontro sem a presença de Bernadete. Um filiado sugeriu que se crie um “aparelho secreto”, a exemplo do que a esquerda fazia durante a ditadura militar...

O Kujuba, um demoniozinho que de vez em quando buzina ao pé do ouvido de Rodrigo Rollemberg, alertou-o esta de que o governador poderia ajudar sua própria sorte. O bichinho vociferou que é preciso acabar com a paralisia do GDF, começando por combater a ineficiência da Secretaria de Habitação, que tem à frente o paralisador Thiago Andrade (foto), e a gestão desastrada da bloqueadora da Agefis, Bruna Maria Peres Pinheiro.

O rompimento da presidente da Câmara Legislativa Celina Leão (PDT) com o governo trará sérios problemas para Rodrigo Rollemberg. Correligionários reclamam que o governador não ouve pessoas do seu partido, o PSB, mas segue conselhos de petistas, arrudistas, rorizistas e outros “sapos”. Só depois de uma passada da “Madame Limpadora” para fazer um descarrego dentro, Celina reavaliará sua decisão. Mas dizem que por lá habita um certo “sapo maldito”...

ExperiênciaO alerta do O Kujuba coincidiu com

uma perguntinha que levantou outra dúvida nos miolos de Rollemberg: “será que a dupla Thiago-Bruna tem alguma experiência de ter administrado pelo menos um boteco na beira da EPTG?”. Calado ouviu, calado ficou.

Volta, Celina!

O Kujuba

Impasse no PSB

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Política4/5 n Brasília, 6 a 12 de junho 2015 - [email protected]

Este é o pior momento para se vender as ações de nossas empresas. Elas estão muito desvalorizadas e com tendência de baixa, tanto pela crise como pelo discurso do próprio Governo de Brasília de que o Estado está endividado e sem meios para honrar seus compromissos”.

Wellington Luiz Deputado Distrital (PMDB)

Rollemberg qu 13 estatais a pr

Por trás da cortina de fumaça do discurso de endividamento e da supos-ta quebradeira do Estado – a chamada “herança maldita” recebida de seu an-tecessor, Agnelo Queiroz (PT) –, o gover-nador Rodrigo Rollemberg (PSB) enca-minhou à Câmara Legislativa, no dia 25 de maio, o projeto de lei 467, que autori-za o Distrito Federal a alienar participa-ção societária de suas empresas. Seriam colocadas à venda ações das doze esta-tais da estrutura do GDF com o objetivo de arrecadar em torno de R$ 2,5 bilhões – o que equivale a cerca de 50% dos R$ 5 bi estimados para o total do patrimônio das estatais do DF. O dinheiro, em tese, seria usado para equilibrar as contas do governo e pagar as dívidas com servido-res e fornecedores.

No entanto, a manobra de Rollem-berg é vista por trabalhadores e depu-tados distritais como uma verdadeira dilapidação do patrimônio público. “Este é o pior momento para se vender as ações de nossas empresas. Elas estão muito desvalorizadas e com tendência de baixa, tanto pela crise como pelo dis-curso do próprio Governo de Brasília de que o Estado está endividado e sem meios para honrar seus compromis-sos”, dispara o deputado Wellington Luiz (PMDB). Esta posição é comparti-lhada pelo petista Chico Leite. Na terça--feira (2), o peemedebista recebeu uma comissão de trabalhadores da Caesb e, após tomar conhecimento do proble-

ma, protocolou um requerimento para realização de audiência pública no pró-ximo dia 22 para debater o assunto.

O Sindicato dos Empregados da Ca-esb (Sindágua) distribuiu uma Carta Aberta à População e entregou cópias aos 24 deputados distritais denuncian-do a manobra de Rollemberg. “O go-verno pretende negociar as ações das empresas por intermédio da Bolsa de Valores. Mas não esclarece como isto será feito – se vendendo ações preferen-ciais ou ordinárias”, questiona o diretor de imprensa do Sindágua, Afrânio Luz.

A diferença entre uma e outra é que as ações preferenciais são vinculadas exclusivamente ao lucro ou prejuízo do investidor. Já as ordinárias dão aos seus adquirentes direito a voto e decisão so-bre a gestão da empresa. Como o PL 467 não especifica uma coisa nem outra, o governo pode, após aprová-lo, vender qualquer tipo de ação e, assim, entregar o comando das estatais à iniciativa pri-vada. Leia-se: privatizaria as empresas públicas do DF. E o pior: a preço vil, mui-to abaixo do seu real valor de mercado, segundo o diretor do Sindágua.

Mesmo sem saber quanto vale o pa-trimônio de empresas como o Arquivo Público do DF, Ceasa, Codhab, Code-plan, Terracap, Novacap, Emater, Jar-dim Botânico, TCB, BRB, Metrô, Caesb, Belacap e CEB, o diretor de Relações Externas do Sindágua, Pedro Cerqueira, mais conhecido pelo apelido de Catitu, também estima que os R$ 2,5 bilhões que o governo arrecadaria com a venda

O governador encaminhou o PL 467 à Câmara Legislativa. Se aprová-lo, ganhará um “cheque em branco” dos deputados distritais para vender ações das estatais e arrecadar R$ 5 bilhões. O valor, porém, é muito menor do que o real valor de mercado do patrimônio pertencente à população do Distrito Federal

Orlando Pontes

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er privatizar eço de banana

de ações de suas 12 estatais é um valor irrisório. “Estão querendo entregar o patrimônio público a preço de banana”, brada ele.

Segundo Catitu, só a Caesb tem mais de R$ 1,74 bilhão em recebíveis. Em contas atrasadas, são R$ 108 milhões do próprio Governo do DF (Secretarias e outros órgãos), R$ 140 milhões de ór-gãos públicos do governo federal, R$ 230 milhões de usuários privados (resi-denciais e indústrias) e R$ 833 milhões de reconhecimento de glosa na tarifa pela Adasa. A Terracap deve R$ 440 milhões da Terracap à Caesb. Estes re-cursos são de obras de infraestrutura feitas pela Companhia de Saneamento em áreas comercializadas pela Terra-cap, que deveria reembolsar os serviços executados com o dinheiro obtido com a venda de lotes e projeções, o que não tem sido feito com regularidade.

Afrânio Luz complementa esses da-dos apontando que a Caesb vai receber, a partir deste ano, R$ 1 bilhão de recur-sos do governo federal pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para obras de infraestrutura em várias localidades do DF e R$ 30 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvi-mento (BID). Somados aos investimen-tos próprios anuais da Caesb, que che-gam a R$ 100 milhões, o volume total ultrapassa o R$ 1,7 bilhão, que precisa-riam ser computados como patrimônio da empresa.

Ele lembra, ainda, que a Lei 2.416/1999, criada justamente para pro-

teger o patrimônio público da onda pri-vatista do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), determina que o GDF “poderá alienar ações disponíveis que tiver como capital social da Caesb, des-de que mantenha o controle acionário da Companhia, reservado aos emprega-dos 10% do total a ser alienado”.

E a Carta Aberta dos empregados da Caesb denuncia: “o parágrafo único do artigo primeiro do PL 467/15 representa verdadeiro ‘cheque em branco’, com o agravante de que o Executivo induz a erro os parlamentares, tendo em vista a clara oposição entre os dispositivos mencionados”.

Diz a proposta encaminhada pelo governo à Câmara: “a alienação a que se refere o caput poderá ser realizada di-retamente a fundo de investimento ou garantidor, mediante subscrição de in-tegralização de cotas, criado com a fina-lidade de prover garantia a operações financeiras do DF, inclusive no âmbito de Parcerias Público Privadas”.

“A aberração é evidente. Como po-deria o Distrito Federal vender cotas de estatais de forma direta? E a Lei de Licitações? E a Constituição Federal? Ainda que se argumente que o PL 467, se transformado em lei teria o poder de autorizar a tal venda direta, é certo que o produto da aprovação parlamentar estaria eivado de flagrante e irremedi-ável vício de constitucionalidade, trans-formado os distritais em verdadeiros coautores de tamanho despautério”, completa o documento do Sindágua.

divulgAçãO

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Política 6 n Brasília, 6 a 12 de junho 2015 - [email protected]

divulgAçãO

O até breve de Celina LeãoPDT acredita que rompimento da presidente da Câmara Legislativa com o GDF não é definitivo

Dirigentes e militan-tes do PDT do Dis-trito Federal termi-naram a semana

apostando num retorno da presidente da Câmara Legis-lativa, deputada Celina Leão, à base de apoio ao governo. Esta convicção ganhou corpo após tomarem conhecimen-to de detalhes das conversas da parlamentar com o gover-nador Rodrigo Rollemberg na segunda-feira (1º) à noite, antes do pronunciamento de Celina, na tarde de terça (2), e, principalmente, do encontro dos dois no evento Visão Capi-tal, promovido pelo Jornal de Brasília, na quarta-feira (3).

Pedetistas históricos des-confiam que Celina foi mal orientada por alguns asses-sores, tanto que a notícia foi antecipada pelo blog de um antigo adversário dos senado-res Cristovam Buarque e José Antônio Reguffe. “Esse blog tem ligações perigosas com pessoas do submundo da po-lítica brasiliense”, assinalou um trabalhista, pedindo ano-nimato e se recusando a citar o nome do veículo online.

O próprio discurso de Celina, feito quarta-feira na tribuna da Câmara, dá mar-gem à interpretação de que o seu rompimento não era um adeus, mas um até breve. Ela não passou para a oposição. Declarou-se independente até que Rollemberg faça a primeira reavaliação de seu governo. Esta “reavaliação” significa a demissão de servi-

dores ligados ao PT que conti-nuam lotados em pelo menos seis instâncias do Buriti, prin-cipalmente no Gabinete Civil comandado por Hélio Doyle.

“É inadmissível sermos obrigados a conviver com gestores petistas quem con-tinuam ocupando cargos estratégicos no governo”, disparou Celina Leão. Ela re-clamou, ainda, que os sena-dores Cristovam Buarque e Reguffe não são consultados sobre as ações do governo. “O PDT participou desde o primeiro momento da co-ligação que elegeu Rollem-

berg apostando num novo projeto para Brasília. E esse grupo que continua toman-do decisões estratégicas para a cidade fazia parte da gestão que foi rejeitada ainda no primeiro turno pela popula-ção”.

Ao declarar-se indepen-dente, a presidente da Câma-ra disse que não quer conti-nuar num projeto no qual não acredita. “Pegamos a cidade numa crise criada por essas pessoas e não é possível que elas continuem a tomar decisões estratégicas”, reite-rou.

Após dar seu recado de forma contundente, Celina reassumiu a presidência da sessão e imediatamente passou a palavra para o de-putado Raimundo Ribeiro (PSDB), que chegara ao ple-nário poucos minutos antes dela. Parecia que estava tudo ensaiado. O tucano, antipe-tista declarado, emendou: “O GDF continua aparelhado com servidores que já foram reprovados pela opinião pú-blica. São pessoas que antes de terem compromisso com a cidade têm compromisso com um partido político”.

Securitização – Aprovei-tando as galerias lotadas por trabalhadores de cooperati-vas de ônibus de transporte público e de caminhões pres-tadores de serviços à Nova-cap, Celina Leão inaugurou sua fase de independência, no comunicado de líderes, hi-potecando apoio às duas ca-tegorias, que tentam receber seus pagamentos do governo. “É inadmissível dar aumentos para outros trabalhadores e não pagar as cooperativas. Elas não visam lucro e, sim, dividem os resultados entre seus membros. É como se fos-se salário”, discursou, para re-ceber aplausos da platéia. Em seguida, recebeu solidarieda-de de vários parlamentares. Entre eles, Rodrigo Delmasso (PTN): “desde já nosso partido está em obstrução a todos os projetos de iniciativa do go-verno enquanto não pagar as cooperativas”, assegurou.

Ainda aproveitando o desfraldar da bandeira da independência, Celina Leão deu voz aos colegas que cri-ticavam o projeto de securiti-zação das dívidas do GDF. Os mais exaltados eram Wellig-ton Luiz e Rafael Prudente, do PMDB, e Dr. Michel, do PP. Eles questionam, principal-mente, o fato de o governo não dar ao BRB a preferência na operação. “Por que estão falando em fechar negócio com o Banco de Minas Gerais (BMG) antes mesmo de ouvir a proposta do BRB?”, quis sa-ber Welligton Luiz, que de-pois recebeu apartes de apoio de Prudente e de Michel.

Da Redação

Na terça-feira (2), a presidente da CLDF (esq.) rompeu a parceria com o governo de Rollemberg (dir.)

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Política 7 n Brasília, 6 a 12 de junho 2015 - [email protected]

divulgAçãO/ AgênciA cldf

Cláudio Sampaio (*)

Corretagem na berlinda

(*) Advogado, sócio-fundador da Sampaio Pinto Advogados e presidente da Abrami-DF. [email protected].

Nos últimos dois anos, o setor imobiliário tem enfrentado um período de consideráveis ajustes. Nesse período, preços, práticas e conceitos estão sendo reavaliados.

Em tal contexto, corretores e imobiliárias tornaram-se alvos de milhares de ações nas quais adquirentes, mesmo admitindo a prestação do serviço, pedem a restituição das comissões que pagaram pela intermediação na compra de imóveis, sob a alegação de venda casada ou falha na informação.

Entretanto, não cabe a alegação de venda casada ou prejuízo aos compradores, pois há liberdade de escolha e, sabidamente, os honorários de corretagem compõem o preço do imóvel, inexistindo acréscimo ou cobrança além do valor de tabela.

Nesse passo, mostram-se relevantes as imobiliárias, pois, com suas estruturas e sites, servem como vitrines para empreendimentos de diversos padrões, autorizados pelas incorporadoras, sendo oportuno lembrar que a intermediação da compra de imóveis, por empresas e profissionais credenciados, é atividade regulamentada por lei.

Quanto ao corretor, é aquele profissional que identifica as necessidades dos interessados e apresenta-lhes opções diferentes de empreendimentos, de acordo com os respectivos perfis e desejos, lutando, tão logo seja realizada a escolha do imóvel, por descontos e por condições mais viáveis de pagamento para os adquirentes.

Verifica-se, assim, que além de a comissão não encarecer o imóvel, traz à cena a importante contraprestação de um profissional especializado, o qual, inclusive pelo caráter liberal de sua atividade, com remuneração pelo êxito, comumente se empenha na busca de satisfação e vantagens para o comprador.

Sobre o eventual lapso informativo, para os fins do artigo 6º, III, da Lei nº 8.078/90, somente se verificará quando o corretor, agindo com inequívoca má-fé, omitir a circunstância de o adquirente ficar responsável pelos honorários de intermediação.

Desta forma, havendo cláusula contratual, ou declaração de ciência do comprador, sobre o pagamento da comissão de corretagem, sepulta-se a possibilidade de cobrança abusiva, porquanto, de acordo com o artigo 724 do Código Civil, as partes possuem o direito de, livremente, deliberarem sobre a responsabilidade e a forma do referido comissionamento.

COnSultóRiO

Greves à vistaTrabalhadores da mobilidade urbana prometem parar caso governo não cumpra acordos

A insatisfação de categorias-chave para a mobilidade urbana com o go-

verno pode gerar transtor-nos à população. Os sindi-catos dos metroviários e dos rodoviários farão assem-bléias no domingo (7) para decidir se param ou não na segunda-feira (8). Até sexta--feira (5), tudo indicava que as categorias cruzariam os braços, já que as propostas do GDF e dos empresários não contemplavam suas rei-vindicações.

Os metroviários exigem a contratação de novos ser-vidores concursados e os rodoviários querem 20% de aumento salarial traba-lhadores. “Contrata comis-sionados, mas não chama os aprovados”, diz a convo-cação do sindicato. “Tem

uma falta de profissionais absurda, não tem gente para atender os passageiros nas bilheterias, e não chamam os aprovados em concur-so?”, reclama o bibliotecário Sérgio Lopes, 31 anos.

As cooperativas de trans-porte também estão em rota de colisão com o GDF, que lhes deve valores relativos a serviços prestados em 2014. O atraso no pagamento pode chegar a 11 meses. A Câma-ra Legislativa aprovou um requerimento solicitando ao governador Rodrigo Rol-lemberg providências para o pagamento imediato das dí-vidas. Também foi aprovada uma moção de apoio às rei-vindicações dos caminhonei-ros e trabalhadores presta-dores de serviços à Novacap. As proposições receberam 14 votos favoráveis, com dez ausências.

Na terça-feira (2), funcio-

nários das cooperativas en-cheram os corredores e as galerias da Câmara Legisla-tiva pedindo apoio dos depu-tados. Para o deputado Chi-co Vigilante (PT), o governo não paga porque não quer. Segundo ele, o Sistema de Acompanhamento de Ges-tão Integral do GDF (Sigo), que cuida da movimenta-ção financeira do governo, registrava, naquele dia, um saldo em caixa de R$ 1,9 bi-lhão. Desse total, R$ 868 mi-lhões podem ser usados para qualquer tipo de pagamento. “Não paga os trabalhadores, mas pagou as grandes em-presas”, criticou.

O líder do Governo, de-putado Júlio César (PRB), questionado por Vigilante, comprometeu-se a articular uma reunião dos represen-tantes das duas categorias com os secretários de Fazen-da e Planejamento.

Da Redação

Funcionários de cooperativas de ônibus foram à Câmara Legislativa protestar contra os 11 meses de salário atrasado

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Gustavo GoesgustAvO gOes

Cidades 8 n Brasília, 6 a 12 de junho 2015 - [email protected]

A falta de fiscalização do Governo de Bra-sília tem favoreci-do a expansão do co-

mércio informal e a prática de ilegalidades por todo o Distri-to Federal. E quem mais sofre com isso são os comerciantes estabelecidos, que concorrem com camelôs e ambulantes vendendo, muitas vezes nas portas de suas lojas, produtos a preços mais baratos, por não terem obrigações com o paga-mento de impostos, salários de funcionários, alugueis e ou-tras despesas.

Segundo a Associação Co-mercial do Distrito Federal (ACDF), apenas no Plano Pi-loto foram fechados 1.345 estabelecimentos no último mês de abril. Isto equivale a 13,2% de um total de 8.845 lojas existentes na capital. O número é reflexo da forte queda no setor, que perdeu 2.153 lojas em dezembro de 2014 (21,13% do total). E a si-tuação tende a piorar.

Antes exclusividade de ci-dades como Ceilândia, Tagua-tinga e Brasília, hoje a distin-ção entre centro e periferia não pode mais ser feita pela quantidade de comércios de rua, já que a informalidade es-tá disseminada por todo o Dis-trito Federal. A situação che-gou ao ponto de os próprios ambulantes se incomodarem com a grande quantidade de concorrentes.

“A concorrência está gran-

de até para quem vende nas ruas, pois o número de vende-dores está crescendo muito. Tive que diminuir a quantida-de de produtos por não conse-guir vender tudo”, disse uma vendedora, que preferiu não se identificar.

Uma das áreas com maior incidência de comércio ilegal é o Setor Comercial Sul de Bra-sília, onde os pedestres têm que dividir as calçadas com moradores de rua e camelôs. O aumento no número de am-bulantes no local afeta direta-mente o comércio na W3 Sul, que, em abril, registrou o fe-chamento de 128 lojas. Isto re-presenta 18% do total de esta-belecimentos comerciais da avenida.

Lojas fecham, camelôs crescem

Enquanto esbeleci-mentos fecham suas portas, comerciantes ilegais se aproveitam da ausência fiscaliza-ção para ampliarem seus negócios

“A falta de fiscalização é um estímulo para a informa-lidade, que é um dos fatores desse crescimento gigantesco no número de lojas fechadas no DF. A situação, que já esta-va ruim, é a pior nos últimos seis meses”, disse Cleber Pires, presidente da ACDF.

Segundo o Sindicato do Co-mércio Varejista, a isenção de impostos e os locais estraté-gicos utilizados pelos vende-dores de rua tornam a con-corrência não apenas desleal, mas predatória. “A concorrên-cia com feiras e ambulantes tem que ser fiscalizada, por-que senão o comerciante legal e estabelecido estará sempre em desvantagem. Esperamos providências da Agefis, princi-

palmente nas rodoviárias do Plano Piloto, Taguatinga e Cei-lândia, que são pontos críticos do DF”, disse Edson de Castro, presidente do Sindivarejista.

Além da ACDF e do Sindi-varejista, a Federação do Co-mércio também manifestou repúdio à falta de fiscaliza-ção. Porém, fez questão de se-parar os ambulantes dos co-merciantes ilegais. “Alguns vendedores ambulantes pos-suem registro e autorização e, portanto, estão em situação regular. O que nós combate-mos é a pirataria e a informa-lidade. Na sua quase totalida-de, eles vendem um produto falsificado, produzido em fá-bricas clandestinas ao redor do mundo a partir do uso de

mão de obra escrava. Essas mercadorias entram nos pa-íses de forma ilegal, acom-panhadas do tráfico de dro-gas, armas e seres humanos”, disse Adelmir Santana, presi-dente da Fecomércio.

Desafio - Abrir um novo es-tabelecimento comercial no DF se tornou um desafio. Não pelos riscos naturais que um empreendimento próprio possa trazer, e sim, por proble-mas gerados pelo governo, co-mo inflação, falta de seguran-ça, falta de infraestrutura nas ruas e o aluguel de lojas.

“Um vendedor de rua tem as mesmas condições de lucro que um comerciante com es-tabelecimento regularizado. Eles colocam seus produtos pa-ra vender em frente à sua loja. É uma injustiça”, disse Elenice dos Santos, que possui um esta-belecimento na Asa Sul.

A Agefis, por meio de sua assessoria de imprensa, de-clarou que uma programação fiscal de combate aos ambu-lantes, para desobstruir área pública e liberar a passagem de pedestres, está em execu-ção desde março. “A ação já passou pela rodoviária do Pla-no Piloto, arredores do Hos-pital de Base, Rodoviária In-terestadual, Setor Comercial Sul e outros pontos. A primei-ra etapa atinge os locais com maior concentração de am-bulantes. Em um segundo mo-mento, a programação fiscal chegará às demais regiões ad-ministrativas”, disse o órgão.

Setor Comercial Sul é um dos pontos de concentração dos ilegais, que reclamam da concorrência

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Fernando pinto (*)

Calabar, o elogio da traição

(*) Fernando Pinto é jornalista e escritor

Inspirado pelo título acima, lembro da peça musi-cal produzida em 1973 por Chico Buarque e Rui Guerra, tendo como protagonista o pernambucano Domingos Fernandes Calabar, apontado como o

maior traidor da História do Brasil, ao se tornar infor-mante do exército holandês que invadira o Nordeste em 1632. Na verdade, como à época dessa exibição no palco de um teatro no Rio de Janeiro, vigorava rigorosa cen-sura a manifestações públicas contra a ditadura militar, a referida apresentação valera como um sensacional drible nos torturadores nas prisões e como advertência a possíveis delatores sobre a localização de líderes estu-dantis que se encontravam na clandestinidade.

Na fase imperial sob a coroa portuguesa, não consta se Calabar recebera alguma recompensa financeira dos invasores holandeses. Apenas, com certeza, ele pagou com a vida, ainda jovem, com 35 anos, por seu ato abominável, ao ser preso por tropas luso-brasileiras, quando se encontrava em companhia dos invasores estrangeiros. Em julgamento sumário, foi condenado à forca e seu corpo foi esquartejado.

Historicamente, o maior dedo-duro da Humanidade foi, curiosamente, um dos 12 apóstolos de Jesus Cristo, Judas Iscariotes, que identificou o Mestre aos guardas do Sinédrio, beijando-o na face. Muito embora tenha recebido 30 moe-das de prata pela traição, a consciência do delator punira-o com o suicídio, enforcando-se no galho de uma figueira.

A propósito, como neste país ocorrem decisões surrealistas que até Deus duvida, nossos legisladores instituíram favorecimento legal para criminosos que se dispuserem a denunciar membros da própria quadrilha, mediante a promessa de que suas penas terão substan-cial redução do tempo que deveriam mofar na cadeia. Vai daí o sucesso da Operação Lava Jato, iniciada em março de 2014 pela Polícia Federal, na qual há um núme-ro crescente de indiciados, boa parte dos quais aponta-dos pelos tais delatores premiados.

Não sou juiz de ninguém, porém concordo que corruptos precisam ser punidos, incluindo os muitos políticos envolvidos que continuam intocáveis. Mas, considero que essa prática funciona um tanto quanto fora da ética. E imaginem as consequências, caso essa jocosa lei passe a funcionar tal qual a da bandidagem dos morros cariocas: “dedo-duro morre cedo”!

MP manda comunidade discutir melhoriasOrdem é criar mais dois parques na cidade

ÁGuaS ClaRaS

“Cidades devem ser feitas para as pesso-as, e não para o dinheiro”. É com essa justifi-cativa que o juiz Carlos Frederico, da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do DF, determinou que a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Ter-racap) pare de parcelar ou alienar o espaço, com obrigação de pre-servar a área, evitando invasões e tentativas de uso privativo do solo. Para discutir os rumos a ser tomados, o juiz convocou como amicus curiae (veja saber jurí-dico) a Associação dos Amigos e Moradores de Águas Claras e o profes-sor Frederico Flósculo, da Faculdade de Arqui-tetura e Urbanismo da UnB, para dar opiniões e trazer conhecimento técnico ao debate.

O MPDFT determi-nou também que o Insti-tuto Brasília Ambiental (Ibram) crie dois novos parques ecológicos em Águas Claras. O Minis-tério Público se refere aos Parques Central e Sul. O prazo para o cumprimento desta norma é de um ano, sob pena de improbidade admi-nistrativa dos agentes competentes. A decisão ainda cabe recurso. Na prática, algumas áreas referentes aos parques já estão ocupadas por imóveis que tiveram a destinação do terreno alterada. O edifício One, na Rua das Paineiras, por exemplo, está ocupando uma área que se-ria do Parque Central.

O professor Frederico Flósculo é um estu-dioso da região de Águas Claras e pretende ajudar para o que classifica como “desordem urbana”, porque os governos das últimas duas décadas diminuíram de maneira substancial

os investimentos em equipamentos públicos. “O grupo de edificações era muito menor. Hoje, vemos que isso se perdeu. Na verdade, se per-deu o controle da cidade completamente”, opi-na. Segundo ele, hoje a cidade é uma das que têm piorado a qualidade urbana no DF. “Di-ria que chega a quase 100% de deformidade. Apenas a linha do metrô está intacta. As áreas públicas foram as mais afetadas com o cresci-

mento. As calçadas e as praças quase não exis-tem”, completa.

A previsão inicial era de que Águas Claras contasse com edifícios em torno de oito pavi-mentos, mas atualmen-te existem prédios com mais de 30 andares. O professor, porém, co-memora a oportuni-dade de se discutir os rumos da cidade de for-ma comunitária, afas-tando-se um pouco dos interesses econômicos das construtoras.

Debate- Começa nes-te sábado (6) o diálogo entre a comunidade e o professor Frederico

Flósculo sobre os rumos de Águas Claras. Às 10h o professor estará na sede da Associação dos Moradores para debater os problemas ur-banísticos da cidade.

No dia 13 de junho, o deputado Joe Valle (PDT) estará em Águas Claras para receber de-mandas da população e levar à Câmara Legis-lativa. A audiência pública acontecerá no hotel S4 a partir das 9h.

Da Redação

“Apenas a linha do metrô está intacta. As áreas públicas foram as mais afetadas com o crescimento. As calçadas e as praças quase não existem”

Frederico FlósculoProfessor doutor de Urbanismo na UnB

divugAçãO/unB AgénciA

de acordo com o superior tribunal federal (stf), amicus curiae significa “Amigo da corte”. Os escolhidos como ami-cus curiae não são partes do processo, mas atuam como interessados na causa e podem se manifestar nos autos.

Saber jurídico

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Cidades 10 n Brasília, 6 a 12 de junho 2015 - [email protected]

A cidade mudou muito desde 1957. Hoje, os primeiros moradores

continuam por lá e criam filhos, netos e bisnetos.São artistas, médicos,

professores, estudantes e muitos outros que

formam uma cidade diversa e acolhedora. É a característica de vida

de cidade de interior que atrai e mantém gerações

de taguatinguenses apaixonados, como

é o caso da família de Raimunda Silva Costa, 88

anos, a Dona Mundica, como todos a conhecem.

Ela chegou à cidade em 1960 com os cinco filhos. Enquanto ela trabalhava

na equipe de limpeza do Hospital de Base e o marido na construção

da nova capital, uma das irmãs cuidava das

crianças no barraco de madeira em que moravam,

em Taguatinga Sul.

Taguatinga comemora 57 anos

tAguAtingA distRitO fedeRAl

ÁguAs clARAs

O concurso para escolher a Miss Ta-guatinga lotou o auditório do Taguatin-ga Shopping na sexta-feira (29). Com di-reito a kits de beleza e um cheque no valor de R$ 3 mil, Ana Lígia Rezende, de 21 anos, recebeu a premiação, que foi entregue pela superintendente do sho-pping, Eliza Ferreira. Entre os convida-dos estavam Ricardo Lustosa, adminis-trador de Taguatinga, e o senador Hélio José (PSD-DF).

Durante as operações de fiscalização do Maio Amarelo, o Departamento de Es-tradas de Rodagem (DER) e o Departamen-to de Trânsito (Detran), em conjunto com o Batalhão de Trânsito (BPTran) e o Batalhão de Policiamento Rodoviário (BPRv) flagra-ram 1.766 condutores embriagados nas rodovias distritais e vias urbanas do DF.

Em 31 dias, foram mais de 120 blit-zes, que também flagraram 1.162 moto-ristas sem habilitação, com CNH vencida ou suspensa. Ao todo, foram removidos ao depósito 2.161 veículos. Outras infra-ções, como o não uso do cinto de segu-rança e uso de celular ao volante soma-ram 11.050 autuações.

As ações do Maio Amarelo 2015 in-fluenciaram diretamente na redução do número de acidentes, se comparado ao mesmo período de 2014. Ano passado, fo-ram 28 acidentes, com 35 vítimas fatais. Es-te ano, os dados indicam 25 acidentes, com 27 mortes. Esses números mostram redu-ção de 22% no número de óbitos e 10% no número de acidentes fatais em todo o DF.

Eleita a nova miss

Maio amarelo flagra 1.766 bêbados ao volante

Administração pede ônibus e calçada

PrecariedadeO descaso no sistema de saúde

do DF é grave. Uma das medidas primordiais, a assepsia, não é reali-zada e os casos de contaminação se perpetuam. A Secretaria de Saúde informou que o pronto-socorro de Clínica Médica, Ortopedia, Cardio-logia e Cirurgia Geral do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) foi reaberto na terça-feira (2), e desde então o atendimento está normali-zado na unidade e não há risco de contaminação dos pacientes.

Contudo, mais um paciente fale-ceu na mesma terça-feira, às 18h. M.A.S.R, 79 anos, foi o primeiro caso

de infecção pela bactéria multirre-sistente enterococo. A confirmação foi divulgada na quarta-feira (6). Este é apenas um dos casos entre os seis já comprovados, só no HRT.

“Não há motivos para alarde; A contaminação se dá apenas por contato físico e, por causa do isola-mento, não há risco de a bactéria se alastrar”, afirmou o diretor do HRT, Benvindo Rocha Braga.

No Hospital Regional do Guará (HRG) já foram comprovados dois casos. E há suspeitas de contamina-ção também nos hospitais do Gama (HRG) e de Sobradinho (HRS).

Em reunião com o secretário adjunto Maurício Canovas, da Secretaria de Infra-estrutura e Serviços Públicos, a adminis-tradora de Águas Claras Patrícia Fleury pediu a construção de 23.700m² de calça-das e de passarelas para pedestres e ciclis-tas sobre a linha do metrô.

Para interligar os bairros Arniquei-ras, Areal e ADE (Área de Desenvolvi-mento Econômico) à parte vertical com micro ônibus, foi solicitada a criação de linhas especificas nesses percursos. O projeto também irá beneficiar os mora-dores das quadras na área verticalizada com linhas circulares exclusivas para as estações do metrô.

As demandas serão repassadas ao se-tor técnico da Secretaria de Infraestrutu-ra para estudos e definições para execu-ção das obras

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divulgAçãO

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Pró-DF terá novas regras

Governo envia decreto visando acabar com a venda irregular de terrenos vendidos com subsídios como incentivo a empresas

Da Redação

O secretário de Eco-nomia e Desen-volvimento Sus-tentável, Arthur

Bernardes, anunciou mu-danças no Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo (Pró-DF) durante audiência na terça-feira (2) na Comissão de Desenvol-vimento Econômico da Câ-mara Legislativa. O convite foi uma iniciativa do depu-tado Cristiano Araújo (PTB). “As novas regras são para moralizar e democratizar, a partir de uma nova visão de política de desenvolvimen-to econômica para o Distri-to Federal, sem desmandos e favorecimentos”, afirmou.

Segundo o secretário, “o novo decreto combate cor-rupções identificadas, se-grega funções administrati-vas cujos poderes decisórios eram concentrados em um só ex-servidor e garante a fi-xação de critérios objetivos para a seleção das empresas e a concessão dos lotes que integram o patrimônio pú-blico”.

Presidente da comissão, o deputado Cristiano Araú-jo declarou apoio à inicia-tiva do governo. “O que vemos é a preocupação des-te governo em dar maior transparência e democra-tizar programa, incluindo pequenos e microempresá-

rios, sempre deixados de la-do no passado”.

Arthur Bernardes obser-vou que o decreto vai sanar irregularidades, como, por exemplo, os casos de em-presários beneficiados pelo programa que estavam ven-dendo os lotes recebidos. “A distribuição dos lotes fun-

cionava assim: o empresário que alimentava a ciranda da corrupção via a pré-indica-ção de seu terreno mantida. Aqueles que não forneciam propina tinham seus pro-cessos arquivados”, disse Ar-thur Bernardes.

O secretário anunciou que nos próximos dias, sairá

um decreto específico para pequenas e microempresas. Representantes do setor lota-ram a sala de reunião das co-missões e reclamaram, prin-cipalmente, do processo de regularização de lotes. De-pois de ouvir reclamações de vários líderes empresariais, entre eles o presidente da As-

sociação Comercial e Indus-trial de Taguatinga (Acit), Justo Magalhães, o secretá-rio garantiu que, em sua ges-tão não permitirá a especu-lação com lotes. “Queremos dialogar com o setor produ-tivo sobre a nova política de desenvolvimento para o DF”, encerrou.

O secretário Arthur Bernardes atendeu a convite do deputado Cristiano Araújo e respondeu a questões levantadas por Chico Vigilante

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MARCELO RAMOSO REPÓRTER DO POVÃO

Programa O Povo e o Poderde segunda a sábado das 8h às 10h

Rádio Bandeirantes - AM 1.410Ligue e participe: 3351-1410 / 3351-1610

www.opovoeopoder.com.brFale conosco: 3961-7550 ou [email protected]

Facebook.com/jornalbrasíliacapital

o que está achando doBrasília capital?

O Globo – 4.6

Uol – 2.6

Pizzolato deve ser extraditado ao Brasil

O Tribunal Administrativo Re-gional do Lazio negou o recurso da defesa do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzo-lato, que tentava impedir a extradi-ção do mensaleiro. Com a decisão, publicada na quinta-feira (4) pela justiça italiana, o petista condena-do a 12 anos e 7 meses de prisão no processo do mensalão pode ser ex-

traditado para o Brasil, onde cumprirá pena no presídio da Papuda, em Brasília. A informação foi confirmada pelo representante do Ministério da Justiça da Itália, Giuseppe Alvenzio.

Blatter renuncia ao cargo de presidente da Fifa

Menos de uma semana após ter sido reeleito presidente da Fifa, o su-íço Joseph Blatter renunciou ao car-go. Uma nova eleição será realizada entre dezembro de 2015 e março de 2016. Até lá, Blatter seguirá no co-mando. A decisão de deixar a Fifa ocorre em meio ao maior escândalo da entidade, que resultou na deten-ção de sete dirigentes às vésperas da eleição, entre eles o ex-presidente da CBF, José Maria Marin.

G1 – 2.6

Um navio de cruzeiro chinês com 458 pessoas a bordo naufragou no Rio Yangtze, na província chine-sa de Hubei, na noite de segunda--feira (1º), informou a agência es-tatal de notícias “Xinhua”, que cita como fonte a administração de na-vegação do rio. Mais de 400 pessoas estão desaparecidas. Os passagei-ros e tripulantes são todos chineses, segundo as autoridades locais. A agência de notícias chinesa Xinhua informou que até agora 15 pesso-as foram resgatadas com vida, in-cluindo o capitão e o engenheiro da embarcação, no que pode ser o pior acidente naval chinês em quase 70 anos.

Navio de cruzeiro com mais de 450 a bordo naufraga na China

Agência Brasil – 3.5

O Globo – 5.6

Hospital do DF isola 16 pessoas infectadas

Suspeitos de tentar matar Malala são libertados

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou na quarta-fei-ra (3) que 16 pacientes foram isolados no Hospital Regional de Santa Maria após exames detectarem uma bactéria multirresistente, a Aci-netobacter baumannii. Segundo a direção do hospital, dois pacientes passam por tratamento com antibióticos. A bactéria foi encontrada em 14 pessoas, mas não causa infecção. O quadro clínico de cada pa-ciente não foi detalhado

A polícia paquistanesa confirmou que oito dos dez acusados da tentativa de assassinato da estudante Malala Yousafzai foram libera-dos. A soltura secreta havia sido revelada na sexta-feira (5) pela im-prensa britânica. Em abril, um tribunal do Paquistão condenou dez militantes do Talibã a penas de prisão de 25 anos por envolvimento no atentado a tiros contra a ativista, em 2012, enquanto ela lutava pe-lo direito de meninas de frequentarem escolas. No entanto, apenas dois dos homens julgados foram sentenciados. Malala, que na época tinha um blog no qual defendia o acesso de meninas à educação, se tornou um símbolo de desafio ao radicalismo e ganhou o prêmio No-bel da Paz de 2014.

“Nenhum jogador é tolo para não entender o que está acontecendo no país. Mas, vestindo essa camisa, estamos representando a CBF e de forma nenhuma

podemos ir contra ela”

Thiago Silva, zagueiro da seleção brasileira sobre os escândalos de

corrupção na CBF e na Fifa

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Geral 13 n Brasília, 6 a 12 de junho 2015 - [email protected]

Discute-se atualmente no Con-gresso Nacional, e fora dele, a questão sensível da redu-ção da maioridade penal. O

debate foi apimentado após o assassi-nato, por menores, de um médico no Rio de Janeiro por menores.

Pauta controversa porque opõe mi-litantes dos direitos humanos contrá-rios à medida e conservadores, acomo-dados e insensíveis de todos os tipos que desejam apenas combater os efei-tos deste tipo de violência.

A omissão da sociedade (conjunto

Sáude e Nutrição

Carolineromeiro

O exercício resistido com levantamento de peso já era praticado em Roma e na Grécia antiga, mas não

existem registros precisos de quando essa prática surgiu. O fisiculturismo emergiu na Europa no final do século XIX, e nesse mesmo período também ocorreram as primeiras manifesta-ções de halterofilismo no Brasil, mais especificamente com a chegada de imigrantes alemães.

O fisiculturismo, ou culturismo, além de ser considerado um esporte,

O fisiculturismo no Brasilé visto como a forma mais efetiva de fortalecer e desenvolver os músculos do corpo. Como modalidade esporti-va, demonstra-se um incrível esforço atlético envolvido em treinar e desen-volver o físico para prepará-lo para uma competição, utilizando-se movi-mentos para demonstrar o tamanho muscular em uma proporção equi-librada dentro de padrões e regras estabelecidas. É o máximo que um atleta atinge de sua musculatura cor-poral associado à definição extrema.

Muita gente não vê com bons olhos

de sócios que deveriam ser solidários) ao longo do tempo agravou os efeitos na forma de agressão violenta por par-te desses menores. Embora o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) já te-nha mais de vinte anos, ele nunca foi im-plementado.

A verdade é que precisamos de re-pressão. No entanto, mais do que is-so, precisamos de escolas de tempo integral que eduquem nossas crian-ças também de forma integral, con-dição que a elite brasileira não acei-ta porque nada ela aceita que possa

melhorar a vida dos pobres. O que a elite deseja mesmo, e não têm

coragem de dizer, é que defende a pena de morte. É a mesma mentalidade da época da escravidão. O velho capitão de mato é agora o policial.

O problema da violência do menor deve ser de interesse de toda a socieda-de. E deste debate não podem faltar es-colas, universidades, igrejas – estas ofe-recendo cursos mais bem elaborados sobre casamento, família etc. Assim, con-tribuiriam para reduzir a omissão dos casais que geram órfãos de pais vivos.

Sem dúvida, este é um item dos mais importantes.

É preciso que os pais acompanhem os filhos em todos os setores desde o nasci-mento e sejam seus amigos, dando-lhes apoio e bons exemplos. Em São Paulo, de quase mil casos de violência sexual de pais contra filhas, nenhum deles cui-dou delas na infância, não desenvolven-do, assim, amor paternal.

Relembremos Jesus, o Mestre maior do amor: “Deixai vir a mim as crianci-nhas, porque é para os que se asseme-lharem a elas o Reino de Deus”.

JOSé MATOSJOSé MATOS

Maioridade penal e os órfãos de pais vivos

essa modalidade, principalmente por não compreender a prática. Confesso

que eu fazia parte do grupo que des-conhecia esse esporte.

Há vinte anos existe o Arnold Sports Festival, nos Estados Unidos. O evento leva o nome do famoso ator e político Arnold Schwarzenegger, anfitrião da competição. Este ano, tivemos a ter-ceira edição do Arnold Classic Brasil, no Rio de Janeiro, e eu tive a oportu-nidade de participar de cursos que aconteceram paralelamente à feira e às competições.

Certamente mudei muitos dos meus conceitos e passei a respeitar muito os atletas dessa modalidade, que, como tantos outros, abrem mão de muitas coisas buscando o primeiro lugar.

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14 n Brasília, 6 a 12 de junho 2015 - [email protected]

CrUzADAS

ENTRETENIMENTO

PiadasUm gorila entra no bar e pede um suco de laranja. O balconista quase morre de susto, mas serve o “freguês”, que toma o suco civilizadamente. Na hora de ir embora o bichão paga com uma nota de 50 reais. Já refeito do susto, o balconista resolve tirar proveito da situação, imaginando que o animal podia até ser adestrado para beber suco numa lanchonete, mas não para saber fazer contas. E dá como troco uma nota de 5 reais. O gorila pega o dinheiro e se levanta

sem dizer nada, exatamente como o homem esperava. Deslumbrado com o ocorrido, mas preocupado com a freguesia, o balconista comenta com um cliente: - Não vá ficar impressionado com o que viu? É muito raro gorilas virem aqui!- Não é pra menos! Com a laranjada 45 reais... – responde o gorila, já na calçada.

O jogador baixa ao departamento médico com a perna em frangalhos, mas não para de rir.

- O que houve, meu filho? Você com essa perna toda machucada e ainda ri? -perguntou o médico.- É que nós fomos jogar no interior. Sabe como é que é. Campo pequeno, todo esburacado, sem alambrado, a torcida adversária em cima da gente. Fui bater o escanteio e um torcedor trocou a bola por uma pedra e acabei quebrando a perna.- E você tá rindo do quê?- Do centroavante que fez o gol de cabeça!

rESPOSTAS

TirinhA

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15 n Brasília, 6 a 12 de junho 2015 - [email protected]

E por falar de amor sem dor

Quer saber? A gente tem que aprender a respeitar as coisas que a vida oferece, as horas que o destino progra-ma, o nublado que cai num dia de sol. Há horas de paz, há noites de agitação. O resultado não é o caminho que vemos, as coisas costumam ser só depois que a gente pe-ga a direção.

Quer saber? E daí que ele era o cara errado, a felici-dade nem sempre anda de mãos dadas com a perfeição. Esteja pronto para o amor da sua vida e encontre-o an-tes de mesmo de conhecer alguém: o amor não é o outro, aprenda a ser sentimento, antes de querer ser extensão.

Não se preocupe com as horas quebradas, com o tem-po que ficou pra trás da cortina de olhos presos na jane-la, esperando abrigo, em busca de redenção. O mundo gi-ra, a sorte faz a curva. O sol brinca de montanha russa com a noite escura, o tempo atravessa no meio e se quer saber, saiba:a vida é aquilo que se movimenta e o que há de ser vai ser, o destino não pede permissão.

Tenha em mente que dar um passo largo e um sorriso frouxo é a linha tênue entre seguir em frente ou ficar pa-rado à espera da salvação. Mas, saiba: não adianta espe-rar que, num dia desses sem compromisso marcado, vo-cê vai levantar e olhar pra janela e ver uma vida nova à sua espera, sem qualquer esforço de sua parte. O mundo lá fora é sim fruto da nossa espera, mas ele só se mostra com a nossa preparação.

Seja grato às oportunidades de seguir em frente. E si-ga. Não se perca, não se se aborreça. Seja justo com os obstáculos. Acredite sempre. Ah, e agradeça. A vida é a reciprocidade da nossa gratidão.

Um dia é assim mesmo, a gente acorda e descobre que o que tem no bolso mal é suficiente pra ir até a pada-ria da esquina. A fé é o nosso pão. Coloque nas mãos de Deus, mas caminhe com as suas pernas. Ele age, mas nós temos que ser o instrumento da sua atuação. Não se de-sespere. Ou desespere-se pouco. Saiba que a loucura tem que ser até o suficiente. Pire quando preciso, mas mante-nha seu foco e concentração.

Seja mais. Vá atrás. Tenha cautela na urgência e en-contre paz ao seguir.

Quer saber? Saiba: não adianta enfiar a cara no tra-vesseiro, aos prantos que trazem soluços, mas não reve-lam a solução. Durma mais, sonhe muito, realize o do-bro. Não se afaste dos seus planos, mas não ignore o que a vida te diz. Só se conhece o que é bom pra gente depois que a gente alcança. Não morra pela expectativa que-brada, às vezes, é juntando os cacos que ficaram que a gente encontra a forma de ser feliz.

Vá de encontro com o que sempre quis. Não desista dos teus sorrisos. A vida não te disse não.

P.H. almeida

Para adquirir o livro deste Colunista, acesse: http://www.phalmeida.com.br/shop/

Quer saber, vá ser feliz!

MÚSiCaMafaro – Showfilme de André AbujamraProjeto Mafaro – “alegria” na língua do Zimbábue. Partici-pação de Zeca Baleiro e Luiz Caldas(foto). 5 a 7 de junho, sexta-feira e sábado, às 20h: domingo às 19h. Ingressos: R$20 e R$ 10 (meia). Teatro da Caixa / Classificação: maiores de 12 anos.Samba de Bamba - Makley Matos Show Makley Matos. 9 de junho, terça-feira, às 20h. In-gressos: R$ 20 e R$ 10 (meia) / Teatro da Caixa / Classifi-cação maiores de 12 anos.Quinteto Violado canta Dominguinhos Homenagem a Dominguinhos com a participação de Cezzi-nha. 10 junho, quarta-feira, às 20h. Ingressos: R$ 20 e 10 (meia) / Teatro da Caixa / Classificação maiores de 12 anos. Solo Música - Ken ZuckermanO norte-americano Ken Zuckerman, instrumentistas de sarod. Dia 15/6, segunda-feira, às 20h, no Teatro da Cai-xa. Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia)

EXPOSiÇÃOMovimentos “Movimentos” é um panorama visual das manifestações políticas do Brasil, Turquia, EUA e Grécia através de uma sé-rie de vibrantes retratos políticos em silkscreen. 3/6 a 29/7 segunda, quarta, quinta, sábado e domingo. Classificação livre. CCBB / Entrada Franca

Bracher - Pintura e PermanênciaExposição retrospectiva e interativa do pintor mineiro Car-los Bracher. A mostra, multimídia, conta com a exibição de vídeo-documentários sobre o artista. 10 a 27; segunda,

quarta, quinta, sexta, sábado e domingo - 9h às 21h. Clas-sificação livre; CCBB / Entrada Franca.

tEatROA Costureira - Gardi Hutter Espetáculo a Costureira é resultado de uma parceria entre Gardi Hutter e Michael Vogel. 11/6 a 14/6; Quinta a sábado, às 20h / Domingo, ás 19h. Ingresso: R$ 20 e 10 (meia) / Teatro da Caixa /Classificação maiores de 12 anos. “Tem Gente Que Acredita...” – Teatro de Bonecos Com Jorge Crespo, acontecerá no dia 14 de junho, às 19h30. Shopping Sul, Val Paraíso de Goiás. O Evento Contará com outras atrações. Mais informações: (61)9234-3080

CinEMaDogma 95Dogma 95 e a obra de seus três cineastas mais famosos: Lars Von Trier, Thomas Vinterberg e Susanne Bier. 3 a 15 de junho. Ingressos R$ 2 meia / R$ 4 inteira / CCBB. http://culturabancodobrasil.com.br/portal/distrito-federal/ Mostra de Filmes da AustráliaEste é o quarto ano da mostra. Transitando entre os gêne-ros drama, suspense, policial e comédia e abordando te-mas como conflitos étnicos e de gênero. 17 a 22 de junho, CCBB /Entrada Franca.

SHOWSFesta JoaninaAtrações: Pedro Paulo & Matheus, Bonni & Belluco, Trio Cajazeiras. Ingressos a partir R$ 40. Pontos de venda Zim-brus / Mormaii / Casa do Cowboy / Bilheteria Digital. Infor-mações: (61) 3342-2232. Classificação 18 anos.

divulgAçãO

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Esporte 16 n Brasília, 6 a 12 de junho 2015 - [email protected]

Um drible nas dificuldades

Projeto Social com base no futebol protege 400 crianças e jovens dos perigos das ruas em Sobradinho II

Gabriel Pontes

Há doze anos, um campo de terra batida ao lado da Administração

Regional de Sobradinho II virou a segunda casa de cen-tenas de jovens carentes. É o projeto Rogerinho Social, que usa o futebol para afas-tar crianças e jovens do cri-me e das drogas. Hoje, 400 crianças e garotos, de três a vinte anos, são atendidos. A iniciativa não tem patrocí-nio governamental e é man-tido pelo próprio professor, Rogério da Costa, com apoio de empresários locais.

De acordo com o profes-sor, o objetivo não é criar apenas atletas e projetar voos maiores aos possíveis futuros jogadores, mas for-mar cidadãos de bem. “A gente prepara essas crian-ças e jovens para a vida por meio do esporte, mostran-do que a educação é o me-lhor caminho de mudança para o nosso país”. Além da parte esportiva, o projeto in-clui o diálogo com as famí-lias. “Proporcionamos aos nossos atletas a sua segunda família, que é o nosso time”, diz Rogério.

O professor é nascido e criado em Sobradinho II e conta que sempre viu a ca-rência de esporte, lazer e cultura como um dos pro-blemas mais sérios da ci-dade. Para ele, a iniciativa

começou como uma brinca-deira e virou algo sério. “Aos sete anos de idade eu já trei-nava aqui. A minha vida foi toda voltada para o esporte,

tá no sangue. Esse projeto é minha segunda família. Sem ele eu não sou nada”.

Não é porque as ativida-des são recreativas que não

há cobrança, explica Ga-briel Souza, 13 anos. “Se a gente não for bem na esco-la, ele suspende por um tem-po”. Antônio dos Santos, pai de um aluno matricula-do no projeto, diz que Rogé-rio é exigente com as crian-ças, cobra muito, conversa muito e está sempre dando apoio. “A luta do professor é diária.”

Ajuda com troco- Desde que o projeto foi criado, Ro-gério busca melhorias, co-mo oferecer um lanche pa-ra os jogadores, pois muitos não têm o que comer em casa. “Nós já tivemos vá-

rias propostas de deputa-dos e administradores. Po-rém, o apoio é só durante as eleições. Além do mais, eles querem nos ajudar dan-do materiais. E isso não nos interessa. Gostaríamos que eles oferecessem cursos pro-fissionalizantes ou lanche para os meninos”.

Ele reclama também das trocas que os possíveis pa-trocinadores públicos pe-dem. “Eles querem que eu peça voto, ou devolva uma parte do dinheiro do patro-cínio e isto eu não faço. Se for assim, prefiro continu-ar com o projeto do jeito que está”, afirma o professor.

Além das práticas espor-tivas, a iniciativa realiza vá-rias ações para a comunida-de. Entre elas a campanha do agasalho, distribuição de sopas, doação de roupas usadas e visitas a asilos.

A gente prepara essas crianças e jovens para a vida por meio do esporte, mostrando que a educação é o melhor caminho de mudança para o nosso país”.

rogério da CostaResponsável pelo projeto

As aulas são oferecidas às terças e quintas-feiras, de ma-nhã e à tarde, para crianças até 14 anos no campo sintéti-co ao lado do ginásio de es-portes de sobradinho ii. Às terças e quintas-feiras, jovens de 15 a 20 anos treinam no campo de terra ao lado da Ad-ministração Regional. Quem quiser ajudar o projeto pode entrar em contato pelo telefo-ne (61) 9209-2368, com o pró-prio professor Rogério.

SERviÇO

divulgAçãO/ JORnAl de sOBRAdinhO

Atletas têm entre 5 e 20 anos e são atendidos não só dentro, como fora do campo de jogo