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Pré-sal: desafios que podem mudar os rumos da exploração

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Uma gestão especializada de benefícios e

seguros pode ser o diferencial competitivo que

sua empresa procura para chegar na frente.

Oferecemos aos associados da AMCHAM a mais

eficiente administração para o plano de saúde

de seus funcionários e os melhores pacotes de

seguros para os bens da sua empresa.

Conheça o programa “CASE IN COMPANY” e

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Quem tem Case tem sempre o vento a favor

Telefone: 21 3216-9292

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EXPEDIENTE

Tradução: Raquel Lucas de SousaFotografia: Luciana Areas

Os pontos de vista expressos em artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião da Câmara de Comércio Americana.

Editor-chefe e Jornalista Responsável: Carolina Gouveia (MTB 28.329 RJ)Reportagem: Gisela CarvalhoProdução: Thaís NogueiraProjeto gráfico e diagramação: Alerta! designImpressão: Sol Gráfica

Publicação bimestral da Câmara de Comércio Americana RJ/ES

Câmara de Comércio Americana RJ/ES Praça Pio X, 15/5º andar20040-020 Rio de Janeiro RJ Tel.: 21 3213 9200 Fax: 21 3213 9201 [email protected]ção: [email protected]

A tiragem desta edição de 8 mil exemplares é comprovada pela Ernst & Young.

EditorialA transformação do Rio de

Janeiro e o papel da AMCHAM

Em focoNotícias das empresas sócias

Brasil UrgenteUma copa para orgulhar os brasileiros

ColunaTecnologia da Informação

Mobile Money

From The USAEnergy: A Driver of U.S.-Brazil Partnerships

ColunaFinanças e Investimentos

Países emergentes na rota mundial das Fusões e Aquisições

CapaO pré-sal e o Rio de JaneiroSérgio Cabral

Construção civil é a bola da vez no Brasil Luiz Fernando Moura

Mão de obra: equilíbrio entre oferta e demandaMarco Aurélio Lucas da Silva

ColunaLegal Alert

Governo em conflito: o embate entre a Anvisa e o INPI Andreia de Andrade Gomes e Denis Alves Guimarães

NewsPor dentro dos eventos da Amcham

OpiniãoMomento único Cássio Zandoná

Entrevista

Welcome to RioPresidente do Ibeu, Ítalo Mazzoni, fala sobre o “apagão”

do ensino de língua inglesa no Brasil, em um momento de

expectativa para a realização de grandes eventos esportivos

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Editorial

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A transformação do Rio de Janeiro e o papel da AMCHAM

Um novo mandato se inicia com a posse de Henrique Rzezinski como Presidente do Comitê Executivo para o biênio 2011/2012, ao mesmo tempo em que a AMCHAM completa 95 anos, uma entidade que, apesar da idade, busca constantemente a renovação.

Esse processo é fruto de um esforço muito grande que vem sendo desenvolvido desde as gestões anteriores, que procuraram reposicionar a AMCHAM mediante a ampliação das atividades dos Comitês Setoriais, que hoje já são em número de 13, e que participam ativamente das diversas iniciativas que são permanentemente desenvolvidas.

Para quem assume a função de diretor superintendente é uma agradável surpresa verificar o volume de atividades simultâneas envolvendo reuniões, palestras, eventos de pequeno, médio e grande porte, a participação em seminários e feiras, a organização e o acompanhamento de missões empresariais aos Estados Unidos, abordando temas dos mais variados, de interesse direto dos associados e também da sociedade como um todo. Isso tudo sem descuidar dos serviços regulares que tradicionalmente oferece.

Tais Comitês, que podem ser caracterizados como o núcleo básico para a geração de ideias e proposições, congregam em suas reuniões representantes de associados com interesses diversificados e que, exata-mente por essa razão, tornam as discussões ricas e sempre criativas.

Assumem ainda outro papel fundamental: o de aproximar a AMCHAM das autoridades representativas nas três esferas governamentais, especialmente nesse momento singular que vive a cidade do Rio de Janeiro, em contagem regressiva para os grandes eventos que se aproximam.

É, portanto, uma entidade que, ao possibilitar uma livre troca de ideias, se caracteriza como um fórum que abre a todos os associados, sem distinção de tamanho, um espaço democrático e, naturalmente, um importante elemento para ampliação dos relacionamentos.

No sentido de estreitar ainda mais esses contatos, estaremos promovendo regularmente encontros entre as lideranças desses 13 Comitês, buscando explorar sinergias que possam ser identificadas por intermédio de ações conjuntas, e propiciando, assim, uma ainda maior integração entre os associados.

Estamos cada vez mais convencidos de que, muito embora possamos ser especialistas em determinados assuntos, não existe mais hoje em dia a alternativa de se desenvolver ideias em ambientes isolados e é por essa razão que vemos com satisfação e vamos procurar incentivar sempre a interatividade entre todos aqueles que se preocu-pam com o bem estar da sociedade, aproveitando o ambiente que a AMCHAM oferece através dos seus Comitês.

Se você é associado e ainda não participa de nenhum Comitê, não se sinta inibido. Procure-nos e venha compartilhar conosco desta fábrica de novas ideias, objetivo central da AMCHAM. Helio BlakDiretor superintendente

Entre todosos valores que existem, um é inegociável:

A Souza Cruz acredita na liberdade de expressão,

como fundamento essencial da livre-concorrência

entre as empresas que trabalham com produtos legais,

e na liberdade de seus consumidores adultos para fazer

suas escolhas livremente. Uma grande empresa não

é só medida por seus números, mas também por seus ideais.

Valorizar e praticar princípios como livre-iniciativa,

livre-concorrência, livre-arbítrio, livre-expressão é o que

faz uma empresa ser grande. Não importa o tamanho que tenha.

É nisso que acreditamos. É isso que fazemos há 108 anos.

berdadeLi

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Entre todosos valores que existem, um é inegociável:

A Souza Cruz acredita na liberdade de expressão,

como fundamento essencial da livre-concorrência

entre as empresas que trabalham com produtos legais,

e na liberdade de seus consumidores adultos para fazer

suas escolhas livremente. Uma grande empresa não

é só medida por seus números, mas também por seus ideais.

Valorizar e praticar princípios como livre-iniciativa,

livre-concorrência, livre-arbítrio, livre-expressão é o que

faz uma empresa ser grande. Não importa o tamanho que tenha.

É nisso que acreditamos. É isso que fazemos há 108 anos.

berdadeLi

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Em foco

Light premia fornecedores pelo 4º ano seguido

A Light homenageou seus fornecedores com o Prêmio de Qualidade no Fornecimento, lançado em 2008 pela companhia. O objetivo do prêmio, que está em seu quarto ano consecutivo, é incentivar e reconhecer a dedicação dos seus parceiros no aprimoramento de produtos, serviços e processos para atender aos requisitos de contratação da companhia de energia. A Light tem no seu cadastro mais de 7,9 mil fornecedores ativos, dos quais 885 realizaram serviços para a empresa nos últimos 12 meses.

Samarco tem R$ 5 bi para expandir

O Conselho de Administração da Samarco Mineração, formado por representan-tes da BHP Billiton e da Vale, aprovou a execução do Projeto Quarta Pelotização, plano de expansão que elevará a capacidade de produção de pelotas de mi-nério de ferro da empresa dos atuais 22,25 milhões de toneladas por ano para 30,5 milhões de toneladas por ano. O aporte de recursos é da ordem de R$ 5,4 bilhões. O projeto contempla a implantação da quarta usina de pelotização e a adequação do terminal portuário na unidade capixaba de Ubu e uma terceira linha de mineroduto ligando as plantas industriais de Minas Gerais e do Espírito Santo. As obras têm previsão de conclusão em 33 meses.

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Eletrobras mais que dobra lucro

A Eletrobras anunciou em maio lu-cro líquido consolidado em 2010 de R$ 2,25 bilhões, mais que o do-bro dos R$ 911 milhões obtidos em 2009. Segundo a empresa, o cres-cimento do lucro líquido foi possí-vel graças à melhora do resultado financeiro, que foi negativo em R$ 364 milhões em 2010, depois da despesa financeira líquida de R$ 3,6 bilhões no exercício anterior. No ano passado, a Eletrobras gastou R$ 5,3 bilhões em investimentos, alta de 1,7% sobre o exercício de 2009. Os maiores desembolsos ocorreram em geração, com R$ 2,8 bilhões.

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Alog investe R$ 60 mi em data center

A Alog Brasil, empresa provedora de serviços de infraestrutura de TI, anun-ciou ter investido R$ 60 milhões em um centro de dados em Barueri, São Paulo. A informação foi divulgada ao merca-do pelo vice-presidente de vendas da empresa, Eduardo Carvalho, em abril. Segundo o executivo, o data center mais moderno do país, com 10 mil m² de espaço, está previsto para ser inau-gurado ainda no primeiro semestre. Com o empreendimento, a empresa espera atender soluções mais robustas, com necessidade de espaço maior. De acordo com Carvalho, as possibilidades de grandes negócios vão aumentar a partir desse novo data center.

Chubb recebe prêmio por desempenho A Chubb Seguros do Brasil recebeu o reconhecimento da Premiação Mun-dial de Performance dos Escritórios, concedido pela matriz Chubb Corpora-tion. O prêmio considera as filiadas que obtém resultados acima da média em três indicadores: lucro, gerenciamento de despesas e crescimento de prêmio emitido bruto. O escritório de São Paulo foi contemplado na ca-tegoria Gold, concedido às operações que excedem significativamente as expectativas nos critérios avaliados.

Reader’s Digest lança dicionário da língua portuguesa

A Seleções do Reader’s Digest acaba de lançar o Dicionário Seleções de Portu-guês – Século XXI, elaborado em parceria com o Instituto Antônio Houaiss. O dicionário dá exemplos do emprego das palavras, apresenta seus significados e sinônimos. A obra inclui também um guia de ortografia e pronúncia, lista de antônimos, dicas de uso, origem das palavras e citações para auxiliar o leitor a aprofundar seus conhecimentos sobre a Língua Portuguesa. O guia é ven-dido no site selecoes.com.br ou pelo telefone 4004-2124, para todo o Brasil.

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Forbes: Jones Lang LaSalle é a mais admiradaA revista Fortune incluiu mais uma vez a Jones Lang LaSalle em sua lista exclusiva das “Empresas Mais Admira-das do Mundo”, em reconhecimento por sua liderança no setor imobiliário com base em critérios que incluem a responsabilidade social corporativa, a qualidade dos serviços e a eficácia global. Além disso, a empresa foi re-conhecida como a mais ética, segundo ranking do Ethisphere, que na lista de 2011 incluiu 110 empresas, em 38 in-dústrias e 43 empresas com sede fora dos Estados Unidos. Divulgação

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Em foco

BP recebe aprovação para aquisição de blocos da Devon

A BP anunciou ontem que recebeu a aprovação final para concluir a aquisição de dez blocos de ex-ploração e produção no Brasil, da Devon Energy. As aprovações go-vernamentais dadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) eram as últimas necessárias à conclusão do acordo anunciado em março do ano passado. Os blocos darão à BP uma posição diversificada de exploração em águas profundas no Brasil.

Cedae será fornecedora de água de reuso para o Comperj

A Cedae e a Petrobras assinaram em maio um contrato preliminar para fornecimento de água industrial ao Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí. O projeto vai garantir a oferta de 1.500 li-tros por segundo de água de reuso para as operações futuras do comple-xo. A água será produzida a partir do esgoto tratado pela Estação Alegria, no Caju, onde será construída uma Unidade de Tratamento Terciário, que produzirá a água industrial para o complexo petroquímico.

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Coca-Cola participa do Desafio da Paz

A Coca-Cola participou em maio do Desafio da Paz, no Complexo do Ale-mão, em comemoração aos seis meses de pacificação da comunidade. No ano em que completa 125 anos, a marca reuniu atletas, artistas, fun-cionários e moradores da comunidade. Entre os 30 integrantes da equipe estavam as atrizes Bárbara Borges e Adriana Prado (foto). O maratonista Franck Caldeira também participou da equipe “Razões para acreditar”.

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Entrevista

Com a proximidade da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, o Rio de Janeiro corre contra o tempo para organizar toda sua infraestrutura na recepção dos eventos esportivos. São

esperados quase 200 mil visitantes de toda parte do mundo, com suas culturas e línguas próprias. Mas estariam os cariocas preparados para estabelecer algum elo de comunicação com os turistas?

Ítalo Mazzoni

Welcome to Rio

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Segundo o presidente do Institu-to Brasil-Estados Unidos (Ibeu), Ítalo Mazzoni, o cenário ainda é falho e o caminho para chegarmos até lá é longo. Para ele, existem várias razões para essa deficiência no ensino de língua inglesa no país. Entre elas estão a baixa quali-dade do ensino, a escassez de professores qualificados nas escolas privadas e o fato de o inglês não ser disciplina obrigatória até o sexto ano do ensino fundamental.

A empresa de ensino de idiomas Education First divulgou em março uma pesquisa em que apresenta o Brasil na 31ª posição entre 44 países num ranking de proficiência em inglês. Na América Latina, ficamos atrás de países como Argentina (16º) e México (18º).

No entanto, Mazzoni aponta que existe luz no fim do túnel. Atualmente, o Ibeu vem tentando realizar alguns projetos em parceria com órgãos do governo, melhorando a capacitação de jovens para o mercado de trabalho, com vistas à Copa e às Olimpíadas.

Com 17 filiais, sendo 15 no Rio de Janeiro e 2 em Niterói, o Ibeu pensa em expandir para atender essa demanda, cada vez mais crescente. “Essa possibi-lidade não nos deixa de empolgar, mas temos que fazer com cautela. Por ser-

mos uma instituição filantrópica e sem fins lucrativos, esbarramos em algumas limitações”, explicou o executivo.

Sobre os possíveis locais para abertura de filiais, Mazzoni é enfático em afirmar que tem pretensões na Zona Oeste e em municípios vizinhos ao Rio.

A seguir, os destaques da entrevista.

O Rio de Janeiro está em voga com a proximidade dos eventos esportivos que serão realizados aqui nos próxi-mos anos. Sabe-se que muito ainda está por fazer para atingir a excelência na recepção desses eventos. A defici-ência da população fluminense em re-lação à proficiência em língua inglesa é apontada como uma delas. O domí-nio do inglês ainda está muito distante da realidade dos fluminenses?

Pode-se dizer que sim. Alguns fatores são preponderantes para deter-minar esse cenário. A qualidade do en-sino de língua inglesa, principalmente no ensino público, é um deles. Apenas no sexto ano, os alunos começam a aprender inglês. Em algumas escolas, existe até a possibilidade de escolha entre o inglês e o espanhol. Existe também uma escassez de professores qualificados, tanto no ensino público

quanto no ensino privado. O que acontece nesse caso é que falta atrati-vidade para a profissão do professor, que hoje está em baixa em termos financeiros e de autoestima.

Existe mesmo um “apagão” no ensino de língua inglesa no país?

Com tudo isso, é possível dizer que existe um apagão do inglês no país, sim, e em vários níveis. Ainda não temos uma expansão do ensino de lín-gua inglesa que eventos dessa natureza [Copa e Olimpíadas] impõem. Temos um déficit de profissionais para tra-balhar diretamente com turismo. Nas universidades, muitos pesquisadores estão em desvantagem em relação à comunidade internacional por falta de fluência oral e escrita na língua inglesa. Nas próprias empresas, as vagas de trai-nees e estagiários não são preenchidas por falta do requisito do inglês.

Como o Ibeu tem se posicionado no sentido de melhorar esse cenário?

Tivemos algumas experiências positivas no Ibeu. Em 2008, fizemos um curso chamado Welcome to Rio, em parceria com a Secretaria Muni-cipal de Turismo do Rio, com quase

“Ainda não temos uma expansão do ensino de língua inglesa que eventos dessa natureza [Copa e Olimpíadas] impõem”

Welcome to Rio

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Entrevista

| Brazilian Business | Mai-Jun 201112

Rio de Janeiro São Paulo Brasília

www.dannemann.com.br

Inherent Distinctivenessin Industrial Property Protection

Distintividade na Proteçãoda Propriedade Industrial

PatentsTrademarksDesignTechnology TransferLicensingFranchisingSoftwareSoftwareTrade NamesUnfair Competition

PatentesMarcas

Desenhos IndustriaisTransferência de Tecnologia

LicenciamentoFranquias Empresariais

SoftwareSoftwareNomes EmpresariaisConcorrência Desleal

500 pessoas. O projeto se destinava aos profissionais que trabalhavam com turismo. Era composto, então, por taxistas, guardas municipais, profissio-nais de hotelaria, entre outros. Cada um dos setores recebia conhecimentos básicos de inglês relativos a sua própria área de atuação. Ao final do curso, na entrega dos diplomas, eles pediam que nós continuássemos com o curso, ainda que eles próprios tivessem que pagar. A semente está plantada.

De forma independente, a institui-ção não tem planos de atuar focada nesse segmento?

Nós temos algumas parcerias hoje, que nos permitem agir de forma indepen-dente do Estado. Temos parceria com a Embaixada norte-americana e também, em maior grau, com o Consulado dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, com quem nós atuamos junto às comunidades cariocas pacificadas. Temos, atualmente, um curso no Cantagalo e o próximo a ser lançado é no Morro da Providência, provavelmente em agosto deste ano. Nos-so objetivo é melhorar a capacitação de

nossos jovens para o mercado de trabalho, com vistas à Copa e às Olimpíadas.

No embalo da Copa e das Olimpíadas, a instituição tem planos de expansão?

Existe a intenção, mas o cresci-mento exige uma série de providências, investimentos. Essa possibilidade não nos deixa de empolgar, mas temos que fazer com cautela. Por sermos uma ins-tituição filantrópica e sem fins lucrati-vos, esbarramos em algumas limitações. Por exemplo, hoje o Ibeu não pode abrir franquias. Então, a cada nova unidade, temos que ter o cuidado com os investimentos, porque uma expan-são é uma oportunidade, mas também um risco. Existe um empreendimento em construção hoje, em Del Castilho, que é um grande polo populacional, com universidades e um shopping de importante relevância econômica. Já fizemos a aquisição de um andar intei-ro do prédio que está em construção, para começar a operar em 2014. Hoje, o Ibeu tem 17 filiais, sendo 15 no Rio de Janeiro e 2 em Niterói, mas queremos ir além disso, com certeza.

“Hoje o inglês não é mais um diferencial, mas uma ferramenta básica e imprescindível para quem apresenta qualquer currículo,

mesmo um jovem estagiário, no mercado de trabalho”

Qual seria a região pretendida para essa possível expansão?

Existem algumas áreas que nos empolgam muito, porque têm um potencial de crescimento muito grande, como a Zona Oeste e alguns municípios vizinhos.

Ter uma segunda língua ainda é um diferencial competitivo em termos de mercado de trabalho ou a ques-tão já avançou com a interatividade e a velocidade das redes sociais?

Mais do que isso. Hoje o inglês não é mais um diferencial, mas uma ferramenta básica e imprescindível para quem apresenta qualquer cur-rículo, mesmo um jovem estagiário, no mercado de trabalho. Até nas redes sociais, a limitação com a lín-gua se faz presente. Temos alunos que nos procuram exatamente em busca de maior interatividade nas novas mídias. O interessante é que, neste contexto, o aprendizado assu-me uma nova perspectiva, visando à comunicação online, que requer habilidades específicas.

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Rio de Janeiro São Paulo Brasília

www.dannemann.com.br

Inherent Distinctivenessin Industrial Property Protection

Distintividade na Proteçãoda Propriedade Industrial

PatentsTrademarksDesignTechnology TransferLicensingFranchisingSoftwareSoftwareTrade NamesUnfair Competition

PatentesMarcas

Desenhos IndustriaisTransferência de Tecnologia

LicenciamentoFranquias Empresariais

SoftwareSoftwareNomes EmpresariaisConcorrência Desleal

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Brasil Urgente

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Uma copa para orgulhar os brasileirosOrlando Silva

A Copa do Mundo 2014 tem dia e hora para começar. A execução das metas definidas pelo Governo federal, em consonância

com as esferas estaduais e municipais das 12 cidades-sede, ditará o sucesso da organização do maior evento esportivo do planeta.

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Nesse contexto, 2011 se apresenta como um ano fundamental. É hora de pisar no acelerador para assegu-rar que os projetos de mobilidade urbana, construção de estádios e reformas de portos e aeroportos cumpram os prazos determinados.

O Mundial tem três ciclos de planejamento e traba-lho. O primeiro já foi cumprido. Selecionamos propostas e viabilizamos o financiamento de ações de infraestrutura. O segundo incorpora temas fundamentais como telecomu-nicações, saúde, energia, segurança, turismo e preservação ambiental. O derradeiro ciclo tratará da operacionalização propriamente dita da Copa.

O torneio que reunirá as 32 melhores seleções de futebol do planeta é mais do que um megaevento esportivo. Produz oportunidades, acelera o desenvolvimento econômico e pro-move o país em âmbito global. O mundo verá uma nação moderna e inovadora, com democracia estável e pujante, marcada pela diversidade cultural e pela tolerância.

O país do futebol e do samba abrirá o leque de suas qualidades, revelando também as limitações e o compromisso

de evoluir. A Copa serve como catalisador de investimentos que mais cedo ou mais tarde o Brasil teria de fazer. O sistema aeroportuário é um bom exemplo. Além de ampliar a capaci-dade de gestão da Infraero, o governo está reestruturando o comando da área e absorvendo maior participação do setor privado. O objetivo é requalificar 13 aeroportos e adequá-los ao cenário de crescimento do país.

A Copa gera empregos. Estudo encomendado pelo Ministério do Esporte estima que mais de 700 mil trabalha-dores – 330 mil permanentes e 380 mil temporários – serão absorvidos pelo mercado antes, durante e após o Mundial. A Copa estimula a melhoria do transporte coletivo. São 54 projetos para aperfeiçoar a mobilidade urbana. Aqui, como no caso dos aeroportos, o desafio do cronograma é urgente, pois 70% das obras começam em 2011.

O ritmo dos preparativos, portanto, precisa aumentar a cada dia. Com transparência e acompanhamento da popula-ção em todas as etapas do processo, o Mundial 2014 deixará um legado tangível, da infraestrutura urbana à justiça social. Os brasileiros terão orgulho da melhor Copa da história.

Ministro do Esporte

“O mundo verá uma nação moderna e inovadora, com democracia estável e pujante, marcada pela

diversidade cultural e pela tolerância”

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Mobile Money

Desenvolvedora de novos negócios Mobile da MJV Tecnologia e Inovação

Ingrid Esser

Atualmente, considera-se que 49% dos brasileiros não possuam conta bancária. Esse estrato da população é composto, sobretudo, por cidadãos pertencentes à classe C, este que vem se tornando um grupo cada vez mais representativo no que se refere a poder aquisitivo.

A quantidade de telefones celulares no Brasil também impressiona. Hoje, são mais de 200 milhões de aparelhos, significando que existem mais celulares do que pessoas no território nacional. Em 2010, 25 milhões de jogadores de games através de redes sociais movimentaram R$200 milhões, apenas na aquisição de créditos e itens virtuais. Mas o que todos esses dados têm em comum? A oportunidade gerada de realizar a aquisição de bens virtuais através do telefone celular.

Devido à divisão de receita ainda não muito favorável aos comerciantes, o mobile payment, solução largamente explorada no exterior, ainda se encontra em estágio inicial de desenvolvimento, rumo a se transformar em mais uma grande potência no Brasil. O funcionamento da aquisição de bens virtuais via celular depende da integração entre o site que vende o produto e as operadoras de telefonia. Essa conexão é realizada pelas integradoras, empresas que se conectam às operadoras e que possuem inteligência para operacionalizar o pagamento, além de conectar os usuários às operadoras e ao site que efetivamente está vendendo o produto.

O principal ponto positivo dessa solução é a possi-bilidade que o comerciante tem de atingir um público ao qual não teria acesso pelos meios tradicionais. Afinal, nem todos os clientes potenciais possuem uma conta bancária, mas a maioria tem um telefone celular.

O SMS Premium - nome dado ao formato de pagamento

em que o usuário envia um SMS autorizando o débito em sua conta de celular de valores predeterminados - está sendo ado-tado, primeiramente, pelas empresas de games. No entanto, a possibilidade de aplicação dessa solução se estende à compra de acesso restrito a sites, compra de conteúdo virtual (como filmes e músicas), compra de domínio de websites, etc.

Em outros países que já possuem uma legislação específi-ca para o tema, diferentes formatos de realização de transações monetárias através do celular já estão sendo utilizados. Entre essas transações, o Money Transfer, ou transferência de valores, possui maior destaque em países como o Quênia, por exemplo. O M-Pesa, serviço de mobile money da operadora Safaricom, permite a população desbancarizada realizar transferências e pagamentos utilizando mensagens de SMS, debitando ou creditando diretamente em suas contas telefônicas.

Observando essa orientação do setor e a fim de expan-dir seu conhecimento e identificação de oportunidades no segmento de mobile money no Brasil, a integradora da MJV Tecnologia e Inovação está desenvolvendo um laboratório de inovação (de mobile money) - uma iniciativa que integra a equipe multidisciplinar de consultoria de inovação estratégica à equipe da integradora mobile, para que juntas apliquem o processo de design thinking, afim de descobrir as necessidades dos usuários no âmbito de transações monetárias, e de gerar ideias que aten-dam a essas necessidades focadas no uso do telefone celular.

Segundo opiniões de especialistas do mercado, a solução do mobile money só tende a crescer. A previsão é que o número de usuários dobre nos próximos três anos e chegue a 200 milhões. É a grande oportunidade para o mercado brasileiro alavancar o poder de aquisição da população sem conta bancária.

Com profi ssionalismo não há riscos...Quando se trabalha com foco nos clientes,

compromisso com a excelência, mentalidade global e entrega constante, constroem-se relações de confi ança. Tendo a satisfação de nossos

clientes e stakeholders como meta, a KPMG fornece serviços de Audit, Tax e Advisory com

qualidade, independência e integridade.

KPMG. Serviços adequados, objetivos e do tamanho das suas necessidades.

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Tecnologia da Informação

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From the USA

Energy: A Driver of U.S.-Brazil Partnerships

On March 30, 2011, President Barack Obama outlined a new energy policy for the United States, calling for accelerated development of biofuels and other renewable energy

sources, a reduced dependence on fossil fuels, and new bilateral partnerships for a secure energy future. The speech came just 10 days after the President’s historic visit to Brazil, and President Obama specifically cited Brazil as a future energy partner and as a model for our own renewable energy goals.

Kevin T. Murakami

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Oil and gas production offers a prime example of the importance of our energy collaboration. Brazil’s pre-salt reserves promise to take Brazil to a new level of prosperity and energy independence. The importance of these reserves - located in a stable democracy close to conflict-free sea lanes - as a future source of world oil supply is evident. As Brazil develops these re-serves, the United States wants to a good customer and a reliable partner. Both of our countries can benefit by working together on environmentally-sound deepwater production methods and state-of-the-art drilling technology. In fact, right here in Rio de Janeiro, American and Brazilian companies are establishing, side--by-side, research centers to develop the necessary technology to efficiently develop the pre-salt petroleum resources.

Brazil’s ethanol market demonstrates the potential of renewable fuels to the world. The United States seeks to learn from Brazil’s strong record of ethanol production and cost-efficiency. Indeed, Brazilians do not power their vehi-cles with ethanol because they have to. They do it because it has been cheaper than gasoline. If alternative fuels are to gain widespread use in the United States, it will be because of similar choices of economy. Our two countries have a robust agenda of cooperative research and development on other advanced biofuels, such as lignocellulosic biomass. American and Brazilian companies in the aviation sector are partnering to pioneer biofuels technology for commer-cial flight, and our regulators intend to develop common standards for aviation biofuels. We are also partnering to support the development of legal frameworks for biofuels production in Latin American and African countries, ano-ther example of the global nature of our energy relationship.

Other renewable fuels will play a prominent role in America’s energy future. President Obama has set a goal of doubling the amount of clean energy sources in all U.S. electricity generation by 2035. Wind, solar, hydro, nuclear, and clean natural gas will

power this new energy matrix, and the Brazilian and American private sectors are already leading the way ahead. Current Brazi-lian demand for wind power, for example, is making American manufacturers of wind turbine producers more competitive and technologically-advanced. Both of our countries’ economies are benefitting from these commercial partnerships.

Energy efficiency is another area we must address together. In the United States, we have raised gas mileage standards for vehicles and electricity standards for dozens of appliances, which can save consumers billions of dollars in the coming decades. Brazil has also set efficiency standards for certain appliances. We now seek to work together on consumer and industrial efficiency standards through joint workshops and sharing of technology. This collaboration is extremely important. Over the next decades, energy efficiency will be one of the lowest cost options for reducing carbon pollution, while stimulating economic growth and fostering energy security. As Brazil continues its economic ascent – and prepares for the World Cup and the Olympics – there are opportunities to save energy by upgrading buildings and making new construction projects highly efficient, right from the start. The United States stands ready to help in this effort.

Governments can only do so much in promoting a secure energy future. Ultimately, it is the private sector that will be the engine for developing new, cost-effective energy technologies and bringing them to market. As Brazil and the United States are the hemisphere’s two largest economies and democracies, energy will continue to define the global nature of our relationship and drive the partnerships between our governments, our scientists, and our companies. By working together today, the United States and Brazil can guarantee energy security, while meeting the challenge of climate change, creating jobs, and promoting prosperity. This will build a better tomorrow for us all.

Consul for Political and Economic Affairs

“The United States seeks to learn from Brazil’s strongrecord of ethanol production and cost-efficiency”

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Finanças e Investimentos

A América Latina tornou-se um dos principais alvos de empresas americanas no que diz respeito a fusões e aquisições. De116 transações realizadas por americanos no segundo se-mestre de 2010 – número abaixo dos 134 acordos nos primei-ros seis meses – 40% tiveram como destino companhias latinas. E o Brasil está em situação de destaque neste cenário: foi o país preferido dos americanos, à frente do Caribe e América Central.

O que mostra que a América Latina continua sendo atrativa, com previsão de aumento do PIB e recursos naturais e commodities abundantes. E que o Brasil se destaca, por ser uma das economias que mais crescem no mundo, impulsio-nado pelo crescimento da classe média e pelo aumento do poder de compra da população, sem falar nas oportunidades em setores como infraestrutura e energia, à medida que o País irá sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Os dados são do estudo da KPMG International “Emerging Markets International Acquisition Tracker”, que monitora os negócios realizados entre economias desenvolvidas e emergentes.

O levantamento ainda mostra que depois de um 2009 abalado pela crise financeira mundial, o panorama de Fusões e Aquisições (F&A) em 2010 foi de recuperação, com indícios fortes de que o mercado está se reestruturando para crescer.

Exemplo disso foram os negócios realizados entre países desenvolvidos e emergentes, que aumentou 9% entre o último semestre de 2009 e o primeiro de 2010, e permaneceu estável ao longo do ano passado.

Grande parte da alta nos acordos aconteceu por conta da retomada do apetite dos europeus e norte ame-ricanos, que voltaram a realizar aquisições de empresas

emergentes e lideraram essa movimentação, seguidos por companhias de Cingapura, Canadá e Reino Unido.

Nesse contexto, os BRICs estão se destacando como alvo dos desenvolvidos, com as empresas russas sendo as mais visadas mundialmente. O sul e leste da Ásia, China, Europa Central e Leste Europeu também foram o foco das atenções.

Quando avaliamos no sentido contrário, de companhias de emergentes adquirindo empresas em nações desenvolvi-das, houve uma grande movimentação de F&A em 2010; ape-sar dos acordos terem arrefecido no segundo semestre, com a diminuição do poder de compra do consumidor e as incertezas nas nações desenvolvidas. Ainda assim, as economias desen-volvidas continuam representando mercados grandes e ricos, que apresentam oportunidades de investimento e ampliação para empresas emergentes que são ou desejam ser globais.

Novamente, o BRIC chamou a atenção, sendo a China e a Índia os principais compradores, assim como o sul e o leste da Ásia. No alvo desses países estão companhias da Europa, Estados Unidos e a Austrália.

Outra movimentação que vem crescendo é a de F&A entre empresas de países emergentes, que estão mais frequentes à medida que as organizações buscam acesso a matérias-primas, fontes de energia e consumidores em mercados com características semelhantes às suas.

Com isso, fica claro que os emergentes estão de-sempenhando um papel central no cenário global de F&A, seja como alvo de economias desenvolvidas, como comprador dessas empresas, ou mesmo de investidor em outras nações emergentes. E estão sendo peça chave para a retomada mundial dessa movimentação.

Sócio da área de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil

Países emergentes na rota mundial das Fusões e Aquisições

Luís Motta

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Por Carolina Gouveia

Riqueza ultraprofunda

Desde que as primeiras descobertas do pré-sal – que ao que se prevê hoje pode conter um volume de 50 bilhões ou mais de barris de petróleo – começaram a mobilizar o governo e as petrolíferas

do país e do mundo, todo o processo licitatório de novas explorações tanto de blocos em águas rasas quanto de camadas ultraprofundas ficou estagnado, à espera de definições da nova regulamentação.

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“Dificilmente haverá este ano qualquer tipo de licitação para a área da Bacia de Santos, que já acontecerá sob o novo regime de partilha”

Em abril, ao contrário do que era esperado pelo mercado, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) anunciou a liberação, após três anos, da 11ª rodada de licitação de blocos para exploração e produção de petróleo e gás natural, mas apenas para as camadas mais rasas. A data para a realização do leilão está prevista para setembro ou outubro deste ano.

No anúncio da nova rodada, ainda com alguns ajustes a serem definidos no marco regulatório do pré-sal – como o percentual que será destinado ao Fundo Social – a diretora da ANP, Magda Chambriard, afirmou que dificilmente haverá este ano qualquer tipo de licitação para a área da Bacia de Santos, que já acontecerá sob o novo regime de partilha. “Nós vamos ficar na dependência do projeto de lei que define os royalties. Eu acredito que, em função deste complicador, a gente só possa licitar no pré-sal no ano que vem. A não ser que aconteça um rito de urgência urgentíssima, o que eu, particularmente, não acredito”, avaliou a diretora na ocasião.

A expectativa do mercado vem de um pouco antes, de dezembro de 2010, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antes de deixar o governo, decidiu aceitar com ressalvas a reivindicação de estados não produtores, conferindo a eles uma participação nos royalties (que re-presentam o pagamento à União e aos estados e municípios produtores de um percentual do preço do barril).

O entrave, segundo as das declarações da diretora da agência, provém desta época. A partir de então, o texto do projeto – com partes vetadas e outras aprovadas por Lula ainda no ano passado – ainda precisa passar pelo Legisla-tivo, que vai apreciar o projeto da partilha dos royalties.

Também é preciso criar, antes da primeira licitação sob o novo modelo de partilha, a estatal que administrará a exploração das áreas recém-descobertas. A intenção já está aprovada, mas desde a tramitação no Congresso, nada de efetivo foi realizado para implantar a nova companhia.

Enquanto o imbróglio sobre a divisão dos royalties se estende, defensores da manutenção do modelo que bene-ficia os estados produtores defendem seus pontos de vista. A Brazilian Business trouxe o tema para esta edição e deu voz aos mais diferentes segmentos envolvidos na questão, o que inclui o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Ca-bral, um dos mais influentes defensores da manutenção do modelo vigente junto ao governo Federal.

Segundo ele, “a indústria do petróleo oferece riscos ambientais e socioeconômicos para as regiões onde a sua extração é feita”, o que justificaria o pagamento dos royal-ties apenas aos estados produtores. De acordo com Cabral, em texto que poderá ser lido na íntegra nesta edição, o estado produz, hoje, mais de 80% de todo o óleo do país, volume suficiente para explicar o montante recebido pelas unidades da federação produtoras de petróleo e gás, sob o argumento da compensação ambiental.

No ano passado, também em águas profundas, mas bem longe do pré-sal brasileiro, o acidente da British Petroleum, no Golfo do México, que se tornou o maior da história da indústria petrolífera com um vazamento de quase 800 milhões de barris de petróleo, tornou-se um marco na luta dos estados produtores na briga pelo rece-bimento dos royalties das jazidas já existentes e também das áreas do pré-sal ainda não licitadas.

Enquanto isso, a ANP descarta novas perfurações no

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pré-sal. O que se tem certeza, por enquanto, é que a agência pretende contratar um serviço de sísmica tridimensional (3D) para analisar a região nordeste do Campo de Libra, o que acon-tecerá “em breve”, segundo informações da diretora da ANP.

Demora na licitação do pré-sal beneficia ações da PetrobrasO atraso na licitação de novas áreas de exploração

em camadas profundas pode representar, no entanto, um ganho para determinados segmentos da área.

A Petrobras, principal operadora dos blocos, segundo o texto aprovado no Senado Federal, é a principal benefi-ciada com esse atraso, segundo os economistas do Banco Santander. A companhia possui atualmente um plano investimentos bastante elevado, com muitos projetos em andamento ou previstos para serem executados ao longo dos próximos anos, informou o banco.

Os trabalhadores do setor também ganham um tempo a mais para se especializar nas técnicas ultraprofundas, embora o Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante afirme que falta de mão de obra qualificada é um problema que os estados produtores não têm. “O desafio é a formação de Oficiais Mercantes que tripulem as embarcações que irão compor o sistema de extração e escoamento de petróleo da camada pré-sal”, diz o diretor do Sindmar, Marco Aurélio da Silva, em texto publicado na íntregra nesta edição. No entanto, ele confirma que já

nos dias de hoje é possível assistir a um “saldo” de oficiais, o que suportaria a exigência de produções futuras.

Outro setor muito beneficiado com a demora é o de construção civil. Os empreendimentos nas proximidades de polos produtores de petróleo cresceram a reboque da ex-ploração do pré-sal. Foi o que aconteceu com a Brookfield Incorporações, uma das mais conceituadas incorporadoras do país, que aproveita o bom momento econômico do país, em especial a expansão do setor petrolífero. “É fun-damental aproveitar as oportunidades atuais e em futuro próximo. O empreendedor imobiliário deve estar sempre atento às oportunidades de crescimento e aos vetores de desenvolvimento das regiões onde atua”, diz Luiz Fernando Moura, diretor executivo da construtora. A Brookfield possui empreendimentos no entorno do Comperj, em Itaboraí, região metropolitana do Rio, e do porto de Ita-guaí, também no estado, conforme você poderá conferir em artigo escrito exclusivamente para esta edição da BB.

Muito ainda se tem por aproveitar com a lentidão no processo licitatório dos blocos do pré-sal, mas o fato é que o mercado anda ansioso por respostas.

No início do ano, o atual ministro de Minas e Ener-gia, Édison Lobão, anunciou o processo para o primeiro semestre. Agora, já fala em 2012. A data certa ainda não se pode prever, mas os benefícios do “ouro negro” oriundo das profundezas do mar já podem ser notados.

“O atraso na licitação das áreas de exploração em camadas ultraprofundas pode representar, no entanto, um ganho para determinados segmentos”

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Job: 251824 -- Empresa: Burti -- Arquivo: 251824-17932-AF-416X274-ANUN SEMAFORO GENERICO_pag001.pdfRegistro: 18388 -- Data: 06:41:41 18/03/2011

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Job: 251824 -- Empresa: Burti -- Arquivo: 251824-17932-AF-416X274-ANUN SEMAFORO GENERICO_pag001.pdfRegistro: 18388 -- Data: 06:41:41 18/03/2011

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Sérgio Cabral

O pré-sal e o Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro produz, hoje, mais de 80% do óleo e de 40% do gás natural do Brasil. Números muito

expressivos, que fazem do nosso estado a capital energética do país e alavancam grandes investimentos. A descoberta do pré-sal tornou esse cenário ainda mais promissor para a economia do Rio. Temos, em nosso território, 60% da área das novas reservas, estimadas em 80 bilhões de barris de óleo leve. A previsão é de que sejam investidos, só nas áreas já licitadas, entre US$ 600 bilhões e US$ 1 trilhão até 2020.

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“A nova legislação extingue a participação especial, mas aumenta a alíquota dos royalties. Com a previsão do aumento da produção de barris, o Rio não sofrerá perdas na receita atual – ao contrário, pode até vir a ter mais recursos para investir em meio ambiente e infraestrutura”

Ao mesmo tempo em que possibilita investimentos ex-traordinários, gerando empregos e riqueza para todo o estado, a indústria do petróleo também oferece riscos ambientais e socioeconômicos para as regiões onde a sua extração é feita. Foi para compensar esses danos causados pelo petróleo que a Constituinte de 1988 criou os royalties, que representam o pagamento à União e aos estados e municípios produtores de um percentual do preço do barril. Depois, surgiu a participação especial, que garante a esses mesmos envolvidos um percentual sobre o lucro que a plataforma tiver gerado.

A questão dos royalties voltou ao debate público no ano passado por causa da emenda Ibsen Pinheiro, que tentou modificar o marco regulatório do pré-sal ao propor a divisão dos royalties do petróleo por todos os estados e municípios brasileiros. E mais: ela alteraria, inclusive, as atuais regras do pós-sal. Se a mudança de regras na compensação do pré-sal já nos prejudicaria, a sua aplicação às jazidas já existentes levaria o nosso estado à falência.

Mas o Rio de Janeiro não aceitou esse absurdo. Por força da nossa mobilização popular, além da participação fundamental da bancada federal do Rio, conseguimos sensibilizar a opinião pública e estabelecer um debate que repercutiu em todo o país. Felizmente, a emenda foi vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi definido um novo marco regulatório, muito mais coerente, que contempla todas as unidades da Federação e ao mesmo tempo mantém o nosso estado em um patamar mais justo no que diz respeito às compensações ambientais.

A nova legislação extingue a participação especial, mas aumenta a alíquota dos royalties, que passará de 8% para 21%. Com a previsão do aumento da produção de barris, o Rio não

sofrerá perdas na receita atual – ao contrário, pode até vir a ter mais recursos para investir em meio ambiente e infraestrutura.

Com o pré-sal, o nosso estado consolida ainda mais o seu papel de principal foco de investimentos em pesquisa na área de óleo e gás. Exemplo disso é o parque tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Ilha do Fundão, que já reúne um grande número de empresas do ramo. Nos últimos 12 meses, sete grupos anunciaram projetos para a área: Schlumberger, Halliburton, Baker Hughes, FMC, Confab-Tenares, Usiminas e General Eletric. O investimento chega perto de R$ 760 mi-lhões. Estas empresas precisarão de mão de obra qualificada e a estimativa é de que sejam criados 1.400 novos empregos. Além disso, outras dez empresas aguardam o momento de se instalarem no parque, que precisará ser expandido.

O pré-sal também vai impulsionar a indústria naval do estado. Novos estaleiros estão sendo construídos, e outros, revitalizados, por conta das encomendas já anunciadas por empresas como Petrobras, OGX e a britânica BG Group. O nosso governo também trabalha, em parceria com a Petrobras e a Onip (Organização Nacional da Indústria do Petróleo), na capacitação de pessoal e no desenvolvimento da cadeia de navipeças. O nosso grande objetivo é incluir competitivamente as empresas locais na cadeia de fornecimento para as empresas que vão explorar o pré-sal.

As reservas do pré-sal significam, portanto, uma oportu-nidade extraordinária para o nosso estado, uma chance histórica para consolidar ainda mais esse novo momento que o Rio de Janeiro vive. Um momento de entendimento entre os níveis de poder, de desenvolvimento econômico, e de geração de mais emprego e renda para todo o nosso povo.

Governador do Estado do Rio de Janeiro

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Luiz Fernando Moura

Construção civil é a bola da vez no Brasil

A palavra “boom” nunca frequentou tanto as manchetes de jornal do setor de construção civil brasileiro, especialmente

no Rio de Janeiro. A boa fase não se deve apenas ao consequente aquecimento econômico com o anúncio da realização dos Jogos Olímpicos e da Copa, mas também pela proximidade e expansão das áreas de siderurgia e petróleo.

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“A situação é promissora: não seria exagero fazer uma previsão que aponta uma demanda potencial para a produção anual de 1,2 milhão de novas moradias em nosso país”

De acordo com o panorama 2010 do Secovi – RJ, municípios antes pouco explorados pelas construtoras, como São Gonçalo, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Belford Roxo registraram recorde de índices comparados aos da Zona Norte. Uma média de valorização de 50% se comparado a 2009. No Brasil todo, já foi noticiado pela imprensa que as construtoras e a auto-construção alcan-çaram mais de um milhão de novas unidades residenciais em 2010. O SBPE (Sistema brasileiro de Poupança e Empréstimo) financiou mais de 420.000 unidades, cujos valores de financiamento ultrapassaram a marca de R$ 56 bilhões. O Programa Minha Casa Minha Vida também possibilitou a milhares de famílias realizar o sonho de ter a sua própria residência.

O quadro atual decorre do aquecimento da economia, da melhoria do ambiente de negócios e do crescimento da renda da população. A situação é promissora: não se-ria exagero fazer uma previsão que aponta uma demanda potencial para a produção anual de 1,2 milhão de novas moradias em nosso país. Só nós, da Brookfield Incorpo-rações, estamos prevendo um aumento de mais de 60% em relação ao volume de lançamentos  de 2010. No Rio de Janeiro, chegamos a Niterói e estamos aumentando nosso volume de negócios fora da Região Metropolitana com lançamentos em direção ao sul do Estado, onde o porto de Itaguai, as obras do arco metropolitano e outros investimentos em infraestrutura previstos para a região

estão incentivando a instalação de diversas indústrias, impulsionando o crescimento da região. O mesmo ocorre nas regiões leste e norte do estado com a indústria do petróleo com o futuro Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

  Diante deste quadro é fundamental aproveitar as oportunidades atuais e em futuro próximo. O empreendedor imobiliário deve estar sempre atento às oportunidades de crescimento e aos vetores de desenvolvimento das regiões onde atua para se posicionar em locais que se tornarão as áreas de expansão urbana das cidades.

Ter consistência para acompanhar este boom de de-senvolvimento é fundamental. Viemos nos preparando nos últimos anos, qualificando e treinando nossos gestores para vencer os desafios que este crescimento nos impõe. Existe também muito trabalho a ser feito junto aos nossos fornece-dores e às instituições financeiras que atuam no segmento de crédito imobiliário, mas estes também têm se preparado para este momento do mercado.

A mão de obra é outro grande desafio. Segundo sonda-gem feita pela Confederação Nacional Indústria (CNI) com 375 empresas do setor, a falta de mão de obra qualificada é o principal problema da construção civil do país. Segundo o levantamento, 68,4% dos empresários do ramo apontam a dificuldade em contratar empregados aptos a trabalhar em obras como um dos três maiores entraves da atividade. Isso ocorre porque houve um crescimento muito forte e um des-

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colamento entre demanda por mão de obra e a quantidade de trabalhadores qualificados. Independentemente disso, a sondagem mostrou que a maioria das empresas trabalhou durante todo o ano de 2010 em ritmo de atividade acima do usual e com número de empregados crescente.

Atender essa demanda, formar pessoas, treinar pro-fissionais e desenvolver novos métodos construtivos, com maior grau de industrialização, são assuntos que se inserem de forma prioritária em nossa agenda. Em um cenário competi-tivo como o mercado imobiliário, investir em conhecimento é muito mais do que investir em desenvolvimento.

No último ano criamos o Portal Construir, um cen-tro de capacitação profissional para nossos colaboradores

de todos os níveis hierárquicos. O Portal Construir reúne cursos presenciais e e-learning e oferece desde capacitação nas áreas de mercado imobiliário, gestão de líderes e SAP até formação técnica e operacional para colaboradores nos próprios canteiros de obras. Se o funcionário tiver um bom desempenho, a possibilidade de promoção é grande.

O Portal oferece seis escolas para desenvolvimento. Cada escola apresenta temas e abordagens específicas e com-plementares entre si, permitindo que o colaborador tenha uma visão mais ampla e integrada do negócio. Sabemos que este é apenas o início de muitas ações que ainda virão pela frente, e que nos permitirão construir um país de talentos onde o futuro finalmente chegou.

Diretor Executivo da Brookfield Incorporações

“Em um cenário competitivo como o mercado imobiliário, investir em conhecimento é muito mais do que investir em desenvolvimento”

M a r ç o d e 2 0 1 1 • T a x V i e w • �

Crescer em mercados

altamente competitivos.

Nós conhecemos bem a sua história.

Empreender, crescer e ser líder de mercado não é uma questão de sorte.

Para sobreviver e obter êxito em mercados altamente competitivos, a

busca constante por eficiência e melhoria do desempenho é fundamental

para atrair investimentos e conquistar novos horizontes.

Qualquer que seja sua área de atuação ou estágio de crescimento,

para que sua empresa consiga aproveitar as oportunidades que o

mercado apresenta, colocamos, lado a lado, nosso conhecimento global e a experiência no middle market.

É por isso que somos a mais completa empresa de auditoria e

consultoria do Brasil.

Auditoria | Consultoria Tributária e Trabalhista | Consultoria de Estratégia

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Mão de obra: equilíbrio entre oferta e demandaMarco Aurélio Lucas da Silva

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“Nos últimos anos, os armadores vêm focando suas ações na tentativa de substituir Oficiais brasileiros por estrangeiros, sob a alegação de falta de profissionais no mercado nacional”

Em novembro de 2008, quando a então Ministra da Casa Civil Dilma Rousseff anunciou as reservas de 5 a 8 bilhões de barris de petróleo, existentes no campo de Tupi, os olhos do mundo se voltaram para o Brasil. Tamanha atenção se justifica pelo fato de que, em 2007, a Petrobras divulgava que as reservas provadas de petróleo e gás natu-ral do Brasil estavam em 13,920 bilhões. Posteriormente, foram descobertos outros poços na mesma região, entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina. A uma profundidade que chega a superar 7 mil metros, tais re-servas fazem da região a mais cobiçada comercialmente no mundo. Sua capacidade fará do Brasil um exportador do hidrocarbonetos, abrindo-lhe a oportunidade de pleitear, em futuro próximo, a adesão à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), se assim o desejar.

A extração de petróleo de camadas tão profundas é um enorme desafio. Entretanto, tal descoberta é o conjunto de outros inúmeros desafios. O primeiro deles foi a descoberta em si, pois a Petrobras gastou longos anos até desenvolver a tecnologia necessária. Quanto ao setor representado pelo SINDMAR, o desafio é a formação de Oficiais Mercantes que tripulem as embarcações que irão compor o sistema de extração e escoamento de petróleo da camada pré-sal.

O dimensionamento da frota para escoamento do petróleo via modal marítimo determina o número de embarcações de apoio necessárias. Considera, ainda, os

destinos do material escoado e o tempo de retorno de cada embarcação. É preciso tripular essa nova frota.

Considerando a importância estratégica da formação de Oficiais Mercantes, recentemente o SINDMAR soli-citou estudo ao Departamento de Estatística do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), objetivando apurar a demanda de Oficiais no mercado e apontar as necessidades de for-mação para atender às demandas futuras. Tal estudo dará grande contribuição aos órgãos públicos, responsáveis pela formulação de políticas e programas destinados ao desenvolvimento e à sustentabilidade do setor marítimo.

A estimativa da entrada de novas embarcações deve seguir critérios responsáveis, considerando ainda aquelas que, ao longo do período, estarão fora do tráfego, por não atenderem exigências internacionais de segurança, inexis-tentes na época de sua construção. Portanto, o tema deve ser focado como a relação entre as novas embarcações e as que serão desarmadas. Temos aí um saldo de Oficiais, já contemplado no estudo do SINDMAR.

Os armadores publicaram, em 2008, estudo preven-do para 2009 um déficit de 1200 Oficiais. Já em 2010, a mesma fonte admitiu ter havido equilíbrio entre oferta e demanda em 2009. Observamos que, nos últimos anos, os armadores vêm focando suas ações na tentativa de subs-tituir Oficiais brasileiros por estrangeiros, sob a alegação

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de falta de profissionais no mercado nacional. Contudo, a discrepância dos estudos publicados pelos armadores gera dúvidas sobre a real situação do mercado.

A oferta de Oficiais já se encontrava em equilíbrio em 2008 e o nível de evasão projetada não ultrapassará a estimada para aquele ano. É necessário, ainda, considerar a quantidade residual de Oficiais que atendem ao mercado. Ao falarmos de evasão, não podemos ignorar o retorno daqueles Oficiais que, um dia, engrossaram os números da evasão. O Oficial que em determinada época alimentou os números da evasão, hoje, ao retornar ao mercado, contribui efetivamente para o suprimento de postos existentes.

Ressaltamos que o estudo da UERJ foi delimitado por fontes que possuem a realidade da formação, como a Diretoria de Portos e Costas, através da relação nominal de formados entre 1970 e 2005, os totais de formados de 2006 a 2008 e, ainda, a projeção do total a ser formado entre 2009 e 2013. Também analisa a ocupação do mercado, através do cadastro do SINDMAR, pelo censo do pessoal ativo da categoria em 2008, e a projeção de frota de embarcações até 2013, com dados fornecidos pela ARMAÇÃO. Tamanha cautela reveste o documento de uma confiabilidade não encontrada na pretensão dos armadores em avaliar a futura oferta de Oficiais.

Com o mercado equilibrado, as eventuais necessidades já possuem mecanis-mos de proteção previstos na Resolução Normativa 72, do Conselho Nacional de Imigração e tais dispositivos já são utilizados pelos armadores.

O SINDMAR está disposto a debater o tema em todos os fóruns de interlocução de que participar, dentro e fora do Brasil, porque entendemos que a oferta de mão de obra será atendida, mesmo com a expectativa de aumento na demanda por mais profissionais a partir da exploração de petróleo na camada pré-sal.

Diretor procurador do Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar)

“O Oficial que em determinada época alimentou os números da evasão, ao retornar ao mercado, contribui efetivamente para o suprimento de postos existentes. Entendemos que a oferta de mão de obra será atendida, mesmo com a expectativa de aumento na demanda”

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Legal Alert

GOVERNO EM CONFLITO: O EMBATE ENTRE A ANVISA E O INPI

Sócia na área de Propriedade Intelectual¹ e advogado na área de Direito da Concorrência² de TozziniFreire Advogados

Andreia de Andrade Gomes¹e Denis Alves Guimarães²

Nos embates travados dentro do governo em busca do poder de tomada de decisão, encontram-se controvérsias ou lacunas jurídicas. São os chamados conflitos de competência. É o que acontece, por exemplo, na disputa entre a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça em torno da investigação de condutas anticompetitivas no setor de telecomunicações, ou entre o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e o Banco Central pela competên-cia para avaliar as fusões e aquisições no sistema financeiro.

O papel da Advocacia-Geral da União (AGU), a quem cabe resolver os conflitos de competência, também se tornou passível de discussão. Em 2009, o órgão editou uma portaria estabelecendo que se as decisões das agências reguladoras, Cade e Comissão de Valores Mobiliários (CVM) fossem con-testadas nos tribunais superiores, seriam defendidas por procuradores da AGU não atuantes nessas autarquias. Isso gerou um amplo debate sobre se a AGU, diretamente subordinada à Presidência da República, poderia estar ten-tando interferir nas decisões dos órgãos independentes.

Foi nesse contexto que se abriu mais uma frente de conflitos. Recente parecer final da AGU garantiu ao Ins-tituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) poderes exclusivos no exame dos requisitos para a concessão de patentes de medicamentos, restringindo os poderes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nessa análise. A chamada anuência prévia realizada pela An-visa ao longo dos últimos anos poderia ser considerada intervenção na competência do INPI. O setor privado

já havia manifestado essa opinião. No ano passado, pesquisa Amcham/Ibope apontou que a insatisfação do empresariado com a anuência prévia chegou a 62%.

É um equívoco imaginar que um maior diálogo entre a indústria farmacêutica e a Anvisa (e entre empresas e qualquer órgão do governo) seja contrário ao interesse público, desde que o debate seja feito de forma transparente, passível de acompanhamento e fiscalização pela sociedade civil e pelos ór-gãos competentes. INPI e Anvisa precisariam estar alinhados e em sintonia para o bem da população e do setor farmacêutico.

As diferentes opiniões manifestadas pela Anvisa e pelo INPI geravam confusão e faziam com que os conflitos acabas-sem sendo levados ao Poder Judiciário. Desde a criação do instituto da anuência prévia, a Anvisa já havia negado mais de 100 patentes concedidas pelo INPI. A questão tornou-se relevante para os fabricantes de medicamentos de marca e para os fabricantes de genéricos, cujos interesses de mercado seriam afetados em função de uma maior ou menor inge-rência da Anvisa nos processos de concessão de patentes.

A importância dos direitos de propriedade intelec-tual, especialmente das patentes, torna esses ativos in-tangíveis merecedores de proteção adequada, por serem fatores incontestáveis ao desenvolvimento de um país. Não se discute a importância da atuação da Anvisa em prol da saúde pública. Mas o simples reexame de matéria de competência do INPI, sem a devida coordenação de um adequado papel da Anvisa no processo, certamente contribuía para restringir e desestimular os recursos destinados para pesquisa e desenvolvimento no Brasil.

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O vice-presidente de Assuntos Corporativos da BG Brasil, Henrique Rzezinski, foi eleito no dia 25 de março para a presidência da Câmara de Comércio Americana (Amcham). Durante a 95ª Assembleia Geral de Associados, que elegeu também o novo Comitê Executivo e a diretoria para o biênio 2011/2012, Rzezinski discursou e afirmou que uma das prioridades de sua gestão será a ampliação do diálogo estratégico para o setor energético ini-ciado pelo presidente dos EUA, Barack Obama, em sua visita ao país.

“O Rio de Janeiro vive um mo-mento mágico. As perspectivas de transformação de reservas de petróleo do pré-sal em capacitação industrial para se tornar um importante forne-cedor competitivo de bens e serviços na área de óleo e gás são uma aspi-ração legítima do país e do Rio de Janeiro”, disse Rzezinski.

Segundo o novo presidente, mais do que estreitar parcerias entre empresas do Brasil e dos Estados Unidos, é ne-cessário fazer do petróleo uma riqueza efetiva: “A oportunidade não é só ven-

Henrique Rzezinski, da BG Brasil, assume a Presidência da Câmara Americana e destaca o setor energético

der o petróleo, mas transformar o Brasil e o estado do Rio de Janeiro em uma indústria competitiva”.

Para isso, de acordo com Rze-zinski, é preciso investir em mão de obra qualificada e em inovação tecnológica, transformando o estado em um polo do setor em parceria com empresas internacionais. “A instalação no Rio de Janeiro de vários Centros de Pesquisa e Desenvolvimento de grandes empresas internacionais como BG, Schlumberger, IBM e GE são prova dessa pujança do Rio. A Câ-

Novo presidente toma posse na Amcham

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mara dedicará uma atenção especial ao aprofundamento dessa outra im-portante prioridade nacional e do Rio de Janeiro”, disse o novo presidente, que cumprirá mandato de dois anos, substituindo Robson Barreto, sócio do escritório Veirano Advogados.

Experiência de Rzezinski na relação com EUA é destaque na cerimônia

Na opinião do ex-presidente Ro-bson Barreto, não poderia ter sido es-colhido melhor nome do que Rzezinski para comandar a Amcham frente às novas perspectivas. O executivo é con-sultor do Banco Mundial desde 1980 e tem grande experiência em empresas com relações com os Estados Unidos.

“Henrique não é só uma pessoa com capacidade de realizar essas tarefas tão desafiadoras, mas tem um histórico de relação bilateral Brasil-Estados Uni-dos bastante antigo, não apenas pela vivência dele no Banco Mundial, mas por ter trabalhado em empresas como Xerox e Embraer na época de disputas

internacionais intensas e, hoje, na BG Brasil, uma empresa da área de petró-leo e gás, que possui investimentos muito importantes no nosso estado”, disse o ex-presidente da Amcham.

A cerimônia de posse foi realizada no salão nobre do Windsor Atlântica Hotel e contou com presenças ilustres, como o vice-governador do Rio de Janei-ro, Luiz Fernando Pezão, representando o governador Sérgio Cabral.

Pezão discursou no evento, co-memorando a escolha de Rzezinski e defendendo a intensificação das relações do Brasil com o país norte-americano. “Fico muito feliz de estar aqui vendo esse grande brasileiro, esse grande executivo, o Henrique, assumindo a presidência. Estou certo de que, do mesmo jeito que o Estado do Rio im-porta hoje mais de US$ 3 bilhões dos Estados Unidos, vamos abrir, cada vez mais, os mercados de lá para as empresas cariocas e brasileiras. Os negócios do Brasil com os Estados Unidos precisam ser intensificados”, pregou Pezão.

Além do vice-governador, o mi-nistro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da Repú-blica, Luiz Sergio Nóbrega de Oliveira, representando a presidente da Repúbli-ca, Dilma Rousseff; e o cônsul dos Esta-dos Unidos no Rio de Janeiro, Dennis Hearne, também estiveram presentes.

Luiz Sérgio lembrou a visita do presidente americano Barack Obama ao Brasil e confirmou a necessidade

Rzezinski entre o ministro Luiz Sérgio e o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão

Robson Barreto cumprimenta Rzezinski ao passar a ele a Presidência da Amcham Rio

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de maior parceria entre os países. “O Brasil se insere mais soberanamente no mundo e, nesse contexto, as relações comerciais com Estados Unidos são muito importantes. A vinda do presi-dente Barack Obama, que parecia mais um carioca do que um americano, com sua espontaneidade e simpatia, teve o objetivo de consolidar ainda mais essa parceria”, disse o ministro.

Para o cônsul dos Estados Uni-dos no Rio de Janeiro, Dennis Hearne, a Câmara de Comércio Americana terá um papel importante como con-ciliador dessa parceria. “Nenhuma organização está mais bem preparada para construir essas pontes, romper essas barreiras e realizar essa missão do que a Amcham RJ”, afirmou.

Após a posse de Rzezinski, os no-vos integrantes do Comitê Executivo da Amcham foram anunciados. Compõem a nova diretoria Fábio Lins de Castro (primeiro vice-presidente, Prudential do Brasil); Pedro Paulo de Almeida (segundo vice-presidente, IBM Brasil); Carla Lacerda (terceira vice-presidente, ExxonMobil Química); Steve Solot (di-retor secretário, Latin American Training Center); Manuel Domingues e Pinho (diretor financeiro, Domingues e Pinho Contadores); Julian Chediak (conselhei-ro jurídico, CLCMRA Advogados).

A cerimônia teve como patroci-nadores master as empresas Algar Tele-com e Souza Cruz. Amil – Assistência Médica Internacional, MJV Tecnologia, Odebrecht Óleo e Gás e PwC também foram patrocinadoras. Os copatroci-nadores foram Bradesco Seguros, Case Consultoria em Benefícios, Dufry do Brasil, GlaxoSmithKline e Prudential.

Mesa com as autoridades presentes ao evento da Posse no Windsor Atlântica Hotel

Cônsul dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, Dennis Hearne: parceria bilateral

Vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, defendeu a intensificação das relações Brasil-EUA

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“O Rio de Janeiro vive um momento mágico”(Trechos do discurso de Henrique Rzezinski)

“Ao longo dos 95 anos de sua história no Brasil, a Câmara sempre teve um papel fundamental na abertura de um espaço democrático para que as empresas nacionais e internacionais tivessem um foro de discussão de ideias e formulação de propostas para o aperfeiçoamento do arcabouço regulatório e do ambiente de negócios de vários setores da economia brasileira. Pretendemos dar continuidade a essa tradição. Essa tradição vem do tempo em que o Rio de Janeiro era a caixa de ressonância política do país e que, felizmente, vem sendo retomada pela atuação conjunta do atual governo do nosso estado, do nosso município e do Governo federal.O Rio de Janeiro vive um momento mágico. As perspectivas de transformação de reservas de petróleo do pré-sal em capacitação industrial para se tornar um importante fornecedor competitivo de bens e serviços na área de óleo e gás são uma aspiração legítima do país e do Rio de Janeiro, e a Câmara estará presente atuando de forma proativa nessa grande prioridade nacional.O complexo caminho para alcançar níveis importantes de produção de inovações tecnológicas também terá o Rio de Janeiro como um dos grandes motores do país nessa direção. A instalação no Rio de Janeiro, de vários Centros de Pesquisa e Desenvolvimento de grandes empresas internacionais como BG, Schlumberger, IBM e GE são prova dessa pujança do Rio. A Câmara dedicará uma atenção especial ao aprofundamento dessa outra importante prioridade nacional e do Rio de Janeiro.A realização dos grandes eventos esportivos e os de natureza multilateral como o Rio 92 + 20 são uma oportu-nidade extraordinária para a transformação urbana da cidade através da realização de obras estruturantes que também merecerão da Câmara uma especial atenção na medida em que pudermos catalisar e estruturar parcerias

Nova diretoria da Câmara Americana eleita para o biênio 2011/2012: novos esforços nas relações bilaterais Brasil-Estados Unidos

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que viabilizem investimentos e tecnologia que ajudem a alcançar esse objetivo.Os recentes avanços de pacificação de uma enorme gama de comunidades carentes em toda a cidade são uma esperança de solução estrutural para os graves problemas sociais que ainda teremos que vencer no futuro. Tam-bém nessa área a Câmara pretende ser uma parceira importante incentivando seus associados a serem atores proativos nessa grande luta contra a pobreza.Sr. vice-governador, a Câmara quer estar lado a lado com o Governo do Estado e da Prefeitura nesta verdadeira revolução que está ocorrendo em nosso estado e em nossa cidade e que continuará ocorrendo nos próximos anos. Queremos canalizar recursos financeiros e tecnologia para essa grande empreitada. Queremos ser par-ceiros. Este é o nosso desejo e vamos trabalhar com seriedade para contribuir na consecução desse objetivo.No campo das relações entre Brasil e Estados Unidos ainda ecoam entre nós as palavras do presidente Barack Obama. A visita do presidente Obama abre novas perspectivas para uma efetiva relação estratégica entre os dois países tanto nas relações bilaterais quanto na cooperação de uma agenda global. Estamos mais próximos daquilo que almejamos ao longo de quase 30 anos de militância na Câmara, no Conselho Empresarial BR-US, no Cebri e em outras entidades. Em 2008, o Conselho Empresarial, através das suas duas sessões, a brasileira e a americana, em sua reunião plenária, aprovou um documento intitulado “A new time in Brazil-US Relations: How to move ahead”. Nesse documento defendemos uma agenda integrada e falávamos em uma mudança de paradigma que se baseava em abandonar a tradicional pauta comercial ponto a ponto para lutarmos por uma agenda abrangente e integrada composta de temas comerciais, políticos e de governança global.Os pontos prioritários dessa agenda eram os seguintes: 1) Comércio e Investimento; 2) Energia – óleo e gás e energias alternativas; 3) Reforma da governança mundial – Nações Unidas/Conselho de Segurança, Banco Mundial, FMI e G-20; Fortalecimento do Multilateralismo e Conclusão da Rodada de Doha; Sustentabilidade – Mudança Climática e Segurança Alimentar; 4) Segurança Hemisférica.Avançamos muito desde 2008. É muito gratificante ver que a agenda da visita do presidente Obama abre as portas para uma parceria estratégica no mesmo patamar do existente com a China e com a Índia, com possibilidades de avanços ainda mais ambiciosos do que com aqueles países. A abertura de um diálogo estratégico na área de energia é um passo gigantesco na direção de um diálogo estratégico em toda a agenda bilateral. Temos muito a contribuir nesse campo.A Câmara deverá estar à altura desse excepcional desafio, contribuindo para que o setor energético e, em especial, o de óleo e gás seja um passaporte para o aprofundamento dessa relação não só com os Estados Unidos, mas com todos os que quiserem contribuir nessa direção. Queremos ser agentes dessa transformação, mobilizando o setor privado nessa empreitada de grande importância para o país e, em especial, para o estado do Rio de Janeiro.”

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Cabral mostra a americanos oportunidades de negócios no Rio

Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, fala sobre as oportunidades no estado durante evento na U.S. Chamber of Commerce

Durante a V Missão Empresarial aos EUA, realizada pela Câmara de Comércio Americana, entre os dias 29 de março e 3 de abril, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, mostrou as oportunidades de negócios no estado a empresários norte-americanos. Os dire-tores da Amcham RJ, Maurício Vianna, Rafael Motta, Rodrigo Tostes e Sidney Levy acompanharam Cabral em sua empreitada de apresentar as vantagens da economia fluminense a investidores.

Para uma plateia lotada, o go-vernador destacou a realização no Rio da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, o petróleo e a exploração no pré-sal, além da bem-sucedida política de segurança pública, implantada em sua gestão, com as Unidades de Polícia Pacifica-dor (UPPs) em comunidades cariocas.

“O Governo do Rio de Janeiro tem, atualmente, uma estratégia de desenvolvimento econômico e social

que inclui a necessária participação da iniciativa privada no crescimento das diversas regiões do estado. Hoje, posso afirmar, sem medo de errar, que somos o Estado que mais oferece oportunidades para as empresas ame-ricanas no Brasil”, disse Cabral.

Os EUA são o maior parceiro comercial do estado. De 2007 a 2010, as exportações do Rio para os EUA superaram os US$ 27 bilhões, e as im-portações dos EUA para o Rio somaram quase US$ 9 bilhões. O intercâmbio comercial Rio-Estados Unidos equivale a aproximadamente 15% do comércio entre Brasil e o país norte-americano, segundo dados apresentados por Cabral.

A missão governamental e empre-sarial aos EUA aconteceu duas semanas depois de o governador ter recebido o presidente Barack Obama e sua família no Rio. Na Cidade de Deus, em Jacare-paguá, Obama conheceu a experiência das UPPs e verificou o sucesso da política

de segurança pública fluminense, tendo, posteriormente, enaltecido a iniciativa em seu discurso no Theatro Municipal.

A líderes e empresários america-nos, Cabral ressaltou a nova realidade do estado – essencial para um saudável ambiente de negócios, segundo ele. O governador destacou também que o estado se prepara para receber os grandes eventos internacionais e realiza amplos investimentos em áreas estratégicas, como infraestrutura, transportes e saúde.

“O panorama extremamente positivo da economia brasileira tem seus reflexos em nível regional e local. Entre os 27 estados brasileiros, o Rio é o terceiro menor, mas possui uma população de 16 milhões de habitan-tes e PIB de cerca de US$ 187 bilhões, o que corresponde a uma economia maior do que a de países como Chi-le”, disse Cabral, que citou ainda o petróleo como setor de destaque na diversificada economia estadual.

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O governador afirmou que “não há nenhum atraso ralcionado à Copa do Mundo de 2014”. Ao ser perguntado so-bre a preocupação do presidente da Fifa, Joseph Blatter, com a demora nas obras para o Mundial de futebol, o governador lembrou o impasse sobre os aeroportos.

“O único desafio que ainda não consigo enxergar a materialidade, a solução, mas sobre o qual há uma de-claração pública da presidente Dilma (Rousseff) de que vai fazer, é a concessão dos aeroportos. O resto, equipamentos, mobilidade, tudo está indo muito bem, dentro do cronograma. Como houve

um problema político interno na Fifa entre Blatter e Ricardo Teixeira (pre-sidente da Conferederação Brasileira de Futebol), acabou sobrando para o cronograma. Mas o cronograma vai bem, diferentemente do que ocorreu em outros países que foram sede da Copa.”

Cabral foi ainda mais fundo na questão dos aeroportos, ressaltando a entrada da iniciativa privada na questão.

“O aeroporto de São Paulo está saturado, precisa ser um novo aeropor-to. O Rio de Janeiro precisa ter o seu aeroporto renovado. O tempo corre contra isso. Se até dezembro de 2011 tivermos os novos parceiros concessio-nados, nós entregaremos os aeroportos em condições de receber a Copa do Mundo, assim como as Olimpíadas.”

Na avaliação do governador, as obras de saneamento, infraestrutura, do metrô e dos equipamentos espor-tivos “correm muito bem”, dentro do cronograma para o Mundial da Fifa.

Secretário negocia investimentos A comitiva que acompanhou Ca-

bral durante a Missão teve também a pre-sença do secretário de Desenvolvimento

“Produzimos mais de 80% do óleo e 40% do gás natural do Brasil. As oportunidades de investimento nesse setor são extraordinárias, tendo em vista as novas descobertas na camada do pré-sal: 60% das áreas do pré-sal são confrontantes ao estado do Rio.”

Visita rende linha de crédito de US$ 1 biA presença de Cabral na Missão

rendeu ao Rio de Janeiro uma linha de crédito pré-aprovada pelo Export Import Bank (Ex-Im Bank) – órgão oficial de financiamento para importação e ex-portação nos Estados Unidos – de US$ 1 bilhão para projetos futuros que envol-vam contratação de serviços e compra de produtos de empresas americanas.

“Algumas das áreas de maior atua-ção do Ex-Im Bank, como petróleo e gás, minério, energias renováveis e construção civil, são setores que apresentam grande potencial por toda parte no Rio de Janei-ro, além de estradas, portos, indústrias, transportes, e de todos os projetos de re-novação urbana”, ressaltou o governador.

Durante o evento, Cabral também citou as obras da Copa, uma preocu-pação dos presentes ao evento. Cabral descartou atraso no cronograma.

Plateia assiste aos anúncios de Sérgio Cabral na Conferência do Eximbank, em Washington

Comitiva que acompanhou o governador Sérgio Cabral aos Estados Unidos: João Marcelo de Olivera, Maurício Chacur, Mauro Viegas, Valmor Bratz, Julio Bueno e Rafael Motta

Foto: Arquivo Amcham

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Econômico, Julio Bueno, que com-plementou os esforços do governador, mostrando aos empresários americanos os investimentos previstos para o estado até 2020, que podem chegar a R$ 213,8 bilhões, segundo levantamento da Se-cretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Servi-ços. Quase 80 obras e empreendimen-tos – entre públicos e privados – estão sendo acompanhados pela Secretaria em questões como incentivos tributários, procura por terrenos e interlocução com outras esferas governamentais. Juntos, os projetos deverão gerar pelo menos 104 mil novos postos de trabalho, em diversas regiões fluminenses.

Estão no levantamento da Secre-taria grandes projetos como o Comperj (R$ 14,6 bilhões), o Complexo do Porto do Açu (R$ 8,3 bilhões), Angra 3 (R$ 4 bilhões), a reurbanização da área portuária do Rio (R$ 3,5 bilhões), o Arco Metropolitano (R$ 1,2 bilhões) e a reforma do Maracanã (R$ 700 milhões).

Segundo o secretário, exploração e produção de petróleo lideram o ranking como o setor com maior investimento previsto: R$ 83 bilhões. Em seguida, vem logística, com R$ 41 bilhões; in-fraestrutura urbana, R$ 20,9 bilhões; siderurgia, R$ 20,1 bilhões; energia, R$ 14,8 bilhões; petroquímica, R$ 14,6 bilhões; indústria naval e náutica, R$ 9,5 bilhões; indústria de transformação, R$ 7,9 bilhões; serviços, R$ 1,3 bilhões; e telecomunicações, R$ 800 milhões.

De janeiro até a primeira quin-zena de março, cerca de 150 empresas procuraram a Companhia de Desen-volvimento Industrial (Codin), em-presa vinculada à Secretaria, que tem

funcionado como “porta de entrada” dos investidores no estado.

“Esse setor só cuida de quem ainda não tem negócios no estado. O número alto é prova de que o interesse pelo Rio está muito grande”, explicou a presidente da Codin, Conceição Ribeiro.

Panorama da economia do estadoPara quem quer fazer negócios no

Rio, o ambiente empresarial tem sido um bom atrativo. Desde 2007, o estado bate sucessivos recordes na abertura de em-presas. Em 2010, foram 41.025, contra 29.321 empresas em 2007. Entre 2007 e 2010, foram registradas na Junta Co-mercial – órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento – 141.524 novas empresas, contra 104.468 do período anterior (2003 e 2006).

“A previsão para este ano é passar de 50 mil empresas, graças ao excelente momento que o estado está atravessando, o que proporciona a melhoria do ambiente de negócios”, destacou Bueno dos Estados Unidos.

Um dos fatores que contribuíram

para isso foi a adoção, pelo governo, de uma série de medidas contra a burocra-cia, que reduziram o tempo médio para abertura de empresas de dez para dois dias. Hoje é possível abrir uma empresa em até 48 horas, pela internet, com o sistema Registro Mercantil Integrado (Regin), já implantado em 45 cidades.

“Também no ano passado, o Rio alcançou, pela primeira vez, o primei-ro lugar na geração de empregos no país: dados do Ministério do Traba-lho e Emprego (janeiro a novembro) apontam a geração de 200 mil novos postos com carteira assinada resultado 30% maior que o recorde anterior, em 2008”, lembrou o secretário.

O Governo do Estado também tem injetado recursos na Agência de Fomento do Estado do Rio de Janeiro (Investe Rio) – outro órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento –, que hoje tem capacidade de financia-mento de R$ 2 bilhões. Até 2014, a meta é elevar esse valor para R$ 5 bi-lhões, com foco em micro, pequenos e médios empreendimentos.

Eike Batista (esq.) e Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, da Firjan, também estavam presentes

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Brasileiros marcam presença na OTC, em Houston

O Consulado Geral dos EUA no Rio de Janeiro organizou, em mais uma edição da Offshore Technology Conference (OTC), uma comitiva de empresários brasileiros que participaram do evento em Houston. A delegação bra-sileira foi formada pelo Departamento de Comércio, com o apoio da Amcham Rio.

A Organização Nacional da Indús-tria do Petróleo (ONIP) e o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombus-tíveis (IBP), também apoiaram a forma-ção da delegação brasileira de visitantes.

A edição de 2011 do evento – principal fórum mundial de debates sobre os desafios tecnológicos e ten-dências da indústria de óleo e gás e uma vitrine para as empresas que participam da cadeia produtiva deste setor – rece-beu uma delegação com 33 empresas expositoras no Pavilhão Brasileiro, sendo que 18 delas participaram pelo terceiro ano consecutivo.

O objetivo do Pavilhão Brasil, inte-grante do Projeto Oil Brazil é incremen-tar exportações e dar maior visibilidade

aos fornecedores nacionais de bens e serviços. O pavilhão teve o financiamen-to da Agência Brasileira de Promoção de exportações e Investimentos (Apex) e coordenação da ONIP.

A OTC 2011 reuniu aproxima-damente 2 mil expositores de mais de 110 países. Estimativas oficiais deram conta de que cerca de 60 mil visitantes passaram pelos pavilhões da feira. Compuseram a delegação brasi-leira empresas como Chemtech, FAP; Flexomarine, Keppel Fels, Lupatech, Metroval, Schulz; Stemac e WEG. Além das empresas, estiveram pre-sentes ao Pavilhão Brasileiro a Abemi – Associação Brasileira de Engenharia Industrial, a ANP – Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombus-tíveis e Rio Negócios, Agência oficial da cidade do Rio de Janeiro respon-sável por atrair novos investimentos.

Estabelecer parceiros e realizar novos negócios é o principal objetivo de executivos que passam pela OTC. Segundo Enrico Mora, da Millenium

Consultores Empresariais, participante da delegação, esta edição foi um evento muito produtivo comercialmente, no qual foi possível ter “pleno acesso às em-presas, com oportunidade de conhecer seus trabalhos (equipamentos e prestação de serviço) e seus executivos”, explicou.

A Millenium, de acordo com o executivo, ainda está na fase de troca de informações com as empresas expo-sitoras. “Para o nosso negócio é cedo para uma avaliação, mas estimamos novos negócios com empresas com que realizamos contato no prazo de até três meses”, previu.

“Ficamos surpresos com a aten-ção que o mercado de Oil & Gas no Brasil está tendo junto às empresas que lá estavam”, avaliou Moura.

A Millenium atua no mercado de consultoria e tem por objetivo otimizar a rentabilidade nos negócios de seus clientes e a redução de seus custos. A empresa trabalha, entre outras, com a área de petróleo.

Já Paulo Fernandes, da Liderroll

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Estande da Petrobras na OTC 2011, em Houston: delegação brasileira na feira teve o apoio da Câmara de Comércio Americana

enfatizou a questão da segurança como ponto alto da feira. Segundo o executivo, após o acidente da British Petroleum, em 2010, o mercado de óleo e gás americano passou a dar mais atenção ao tema.

“O número de empresas com dispositivos e equipamentos para este segmento se mostrou em maior número este ano na feira”, observou.

A Liderroll Indústria & Comér-cio é uma empresa de engenharia, com atividades industrial e comercial nas áreas de Mecânica, Aeronáutica, Naval, Construção Civil e derivados. De acordo com Fernandes, foi possível fazer novos contatos e rever antigos pareiros nesta edição da OTC.

Para o consulado americano, orga-nizador da comitiva, o saldo foi positivo.

“O consulado regulou a maior delegação de todos os tempos. O núme-ro total de brasileiros na OTC chegou

a 1.402. O Brasil foi o segundo país, depois do Reino Unido, em número de participantes na OTC”, afirmou Alan Long, líder da delegação a Houston, que aconselhou cerca de 30 empresas ameri-canas que buscavam oportunidades de negócio ou tinham planos concretos de visitar o Brasil num futuro próximo.

Em outubro, será a vez de o Bra-sil receber o evento. A OTC Brasil é a primeira edição da OTC da Offshore Technology Conference realizada fora dos Estados Unidos e está programada para se realizar a cada dois anos a partir de 2011 no país. O evento vai proporcionar even-tos da cultura brasileira e contribuições para programas sociais no Brasil. O pro-grama do evento abrangerá apresentações técnicas em simultâneo durante os três dias do evento, além de sessões especiais sobre negócios, painéis com a participação de empresas e líderes técnicos. Como em

toda edição, a feira vai trazer uma série de novidades sobre projetos em andamento, no Brasil e no mundo.

O congresso da OTC Brasil terá especialistas das principais empresas que atuam na cadeia produtiva offshore de óleo e gás de companhias, como Aker Solutions, HRT Oil and Gas, OGX, Petrobras, Projemar, Acergy, Anadarko, BP, Baker Hughes, Cummins, Dee-pflex, ExxonMobil, FloaTEC, FMC, GE Oil & Gas, Global Geophysical Services, Granherne, GVA, Hallibur-ton, Integra Service Technologies, Antares Offshore, J. Ray McDermott Asia Pacific Pte, KBR, Looper Reed, MB Oilfield Products, Nautronix, Oil States, Repsol, Cameron, SBM Alantia, Subsea Riser Products, Shell, Statoil, Technip, United States Steel, Uni-versidade de São Paulo, Weatherford International and Woodside Energy.

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News

| Brazilian Business | Mai-Jun 201152

Oferta de internet móvel faz brasileiros aceitarem publicidade no celular

Mais de 70% dos brasileiros estão dis-postos a receber mensagens promocionais via celular (SMS), segundo a 7ª edição do Monitor Acision de Valor Agregado Móvel (MAVAM), divulgada em abril. Mas, apesar do surpreendente sucesso, o mercado que produz conteúdo para estas plataformas está preocupado com a banalização do uso dessa mídia digital. A informação foi trazida pela Head of Sales da Hanzo Rio, Mariana Miranda, para o Ideas Exchange “Mobile Marketing”, promovido pela Câmara de Comércio Americana (Amcham RJ).

“O SMS é um sucesso, porque atinge o público-alvo certo a qualquer

momento e em qualquer lugar. O nosso desafio é fazer melhor uso dos benefícios dessa ferramenta para não virar o incô-modo de um spam”, ressaltou a executiva da Hanzo, durante a apresentação no Clube do Empresário, no Centro do Rio.

O gerente executivo de Mídias Di-gitais do Grupo Lance! , Paulo Henrique Ferreira, também palestrou no evento e explicou o porquê de os brasileiros estarem tão abertos a esse novo universo publici-tário: “Com o crescimento das vendas de smartphones, essa tendência vem aumen-tando, e é preciso cada vez mais qualidade e criatividade para conquistar esse público”.

A grande adesão dos brasileiros aos smartphones ganhou espaço no país há pouco mais de um ano, quando a oferta da internet móvel começou a se popularizar. O forte apelo das redes sociais entre os brasileiros foi um ponto a favor dessa dis-seminação vertiginosa, que hoje já atinge 56,5% das pessoas. Os smartphones com-põem atualmente 15% da base de telefonia do país, o que permite o aperfeiçoamento desses novos modelos de comunicação.

Baseado no mercado esportivo, o Grupo Lance!, segundo Ferreira, já pensa em estratégias para os próximos anos, de olho na Copa do Mundo e nas Olimpíadas. “O mercado é muito dinâmico e não tem como planejarmos uma estratégia para além de três meses. No entanto, estamos estu-dando o que e como fazer produtos para os torcedores através do mobile marketing para daqui três anos, mas até lá muita coisa já vai ter mudado”, afirmou o gerente do grupo.

O evento, que teve apoio do site Nós da Comunicação, contou ainda com a presença do chairman do Comitê de Marketing da Amcham RJ, Noel de Si-mone e do novo diretor superintendente da Câmara Americana, Helio Blak.

Chairman da Amcham Rio, Noel De Simone, apresenta os palestrantes Paulo Henrique Ferreira, do Lance!, e Mariana Miranda, da Hanzo Rio

Mariana Miranda fala sobre a grande aceitação dos brasileiros ao Mobile Marketing

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Saúde fluminense se prepara para as Olimpíadas

Assessor da Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil, Waldir Lupércio: R$ 720 mi até 2014

Desde o início do ano passado, o Estado do Rio se prepara para sediar os Jogos Olímpicos em 2016. Após o anúncio da vitória, em novembro de 2009, a cidade se transformou em um verdadeiro canteiro de obras. Gargalos como transporte urbano e infraestrutura aeroportuária ainda enfrentam indefi-nição quanto às estratégias que serão adotas, mas outros setores inseridos no cotidiano da população fluminense já começam a mostrar seus resultados. É o caso da saúde, que apesar do histórico de abandono começa agora a receber pesados investimentos em melhorias.

Segundo o assessor da Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro, Waldir Lupércio, estão previstos R$ 720 milhões para as áreas de saúde e defesa civil até 2014, um legado que será deixado aos moradores do estado após os jogos.

Lupércio deu declarações sobre

o andamento das obras da Saúde no Estado durante a palestra “Projetos Governamentais no Setor de Saúde”, promovida pela Câmara de Comércio Americana. Ele foi designado pelo secretário titular da pasta, Sérgio Côrtes, que não pôde comparecer

ao evento em virtude do massacre promovido pelo atirador Wellington Menezes de Oliveira, em abril, na escola Tasso da Silveira, em Realengo.

Com o investimento, segundo Lupércio, o Governo do Estado preten-de construir uma estrutura adequada às exigências do Comitê Olímpico Internacional (COI) para o evento es-portivo. Segundo ele, até 2014 – antes dos jogos, portanto – serão construídos seis hospitais de referência para atender atletas, equipe técnica e a população do Rio, grupo estimado em 1 milhão de pessoas para cada dia do evento.

“Além dos hospitais, vamos focar também nos equipamentos e ambulâncias para atendimentos emergenciais de menor complexidade. Nas estruturas hospitalares, pretendemos ampliar os espaços que já existem, aumentar oferta de leitos, criar estruturas de atendimento em unidades in-tensivas e deixar novos hospitais de legado para a população do Rio”, disse o assessor.

Superintendente de Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde, José Prado Júnior

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De acordo com Lupércio, boa parte dos investimentos do Governo se concentra na Zona Oeste, região cujo crescimento rápido e vertiginoso não foi acompanhado da infraestrutura neces-sária, principalmente na área da saúde.

“Queremos priorizar a Zona Oes-te, por conta das modalidades de alto impacto que serão disputadas na região e por que a oferta de hospitais na região é insuficiente. Já é pouco para a popula-ção atual e, por isso, há necessidade de se tomar medidas imediatas no local”, afirmou o assessor, acrescentando que as demais regiões também receberão hospitais. “Em dois ou três anos que-remos finalizar todas as obras previstas no nosso planejamento.”

A Zona Oeste também é o foco da Prefeitura da cidade, segundo o superintendente de Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde, José Carlos Prado Júnior. “Essa área é histo-ricamente deficitária na área de saúde. Com o projeto Clínica da Família, que-remos priorizar o atendimento primário à população, liberando os hospitais dos casos de menor gravidade”, afirmou o superintendente, que substituiu o secre-tário Hans Dohmann, ausente pelo mes-mo motivo do Secretário Sérgio Côrtes.

As Clínicas da Família integram o planejamento da Prefeitura do Rio de Janeiro de atendimento público de saúde de forma territorializada, evitan-do que as emergências funcionem como

porta de entrada do Sistema de Saúde.Segundo Prado Júnior, até 2012,

a Prefeitura terá 100% do território municipal coberto com o projeto. “Serão criadas novas 70 Clínicas da Família até o ano que vem”, informou o superintendente. Hoje, o município conta com 160 unidades.

As clínicas são licitadas em parceria com a iniciativa privada, embora a gestão permaneça sendo da Prefeitura.

Estiveram também presentes à mesa, o novo presidente da Amcham RJ, Henri-que Rzezinski, o diretor superintendente da Câmara, Helio Blak, e o chairman do Comitê de Saúde, Gilberto Ururahy.

O encontro contou com o patrocí-nio da Case Consultoria em Benefícios.

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Responsabilidade social como valor

Camila Fioranelli (esq.), da Algar, ao lado do vice-presidente do Instituto Ethos, Paulo Itacarambi

A responsabilidade social de uma empresa deve começar pelas atitudes das pessoas que fazem parte dela. A afirmação é do vice-presidente executivo do Instituto Ethos, Paulo Itacarambi, que palestrou durante o Ideas Exchange do comitê de Res-ponsabilidade Social Empresarial, no dia 29 de abril, trazendo uma inquietação: “Muitas empresas que dizem fazer responsabilidade social na realidade não a fazem”, disse.

Segundo Itacarambi, a responsabili-dade social empresarial deve ser entendida como um valor, fazendo parte de toda a cadeia produtiva, desde a base – os funcioná-rios – até fornecedores, para transmitir uma mensagem verdadeira e positiva aos clientes.

O executivo do Ethos citou o caso da C&A, em que empregados contrata-dos por um fornecedor trabalhavam em situação análoga à da escravidão. Ques-tionada, na época, a C&A informou que não tinha como controlar a atuação das empresas que contratava, mas logo foi cobrada pela sociedade e sentiu o peso da conscientização social para o tema. “Hoje,

a empresa conhece e audita todos os seus fornecedores”, explicou Itacarambi.

Segundo ele, a lei existe para regular o mercado, mas cumprir a legislação não bas-ta. “É preciso ir além”, sugeriu o executivo.

O Instituo Ethos, em conjunto com sete empresas, elaborou uma nova plataforma de atuação que busca a ar-ticulação de um projeto no âmbito na-cional de desenvolvimento sustentável. De acordo com Itacarambi, a atitude

sustentável tem que vir como exemplo de organismos governamentais, em que as decisões são tomadas considerando-se o interesse da sociedade. “Isso se chama responsabilidade social”, sintetizou ele.

A analista de Programas Sociais do instituto Algar, Camila Fioranelli, mostrou como é possível uma em-presa ter uma atitude efetivamente responsável. O instituto trabalha com educação fundamental, incentivando a leitura e capacitando educadores.

Os números dos programas desen-volvidos na área pela Algar demonstram o sucesso da iniciativa. Hoje já são 492 educadores em capacitação, 436 volun-tários dos projetos que trabalham na própria Algar, 10.806 alunos atendidos, 108 escolas contempladas em dez cida-des localizadas entre Minas Gerais, São Paulo, Goiás e também no Maranhão.

“Acreditamos que investir na co-munidade por meio da educação pode mudar o Brasil”, disse a palestrante.

O evento foi realizado no Clube do Empresário, no Rio de Janeiro.

Itacarambi ao lado da chairperson Silvina Ramal e do diretor da Amcham Rio, Helio Blak

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News Espiríto Santo

Pré- sal e biocombustíveis focam a atenção mundial no Brasil

O grupo de países conhecidos como Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) domina a atenção do mercado mundial pelo forte crescimento de suas economias. Da última reunião do grupo, realizada em abril, saiu um docu-mento conjunto, pedindo reformas no Fundo Monetário Internacional (FMI), no Banco Mundial (Bird) e na Organi-zação das Nações Unidas (ONU). Essa foi a prova de que os cinco países estão prontos para, em pouco tempo, ditar os novos rumos do cenário internacional.

É nesse conjunto de forças política e econômica que estão se pautando os in-vestidores de todo mundo, que mantém suas atenções voltadas às oportunidades de negócio com as novas potências. Se-gundo o diplomata e economista Marcos Troyjo, é nesse cenário que o Brasil ganha um diferencial competitivo com sua

produção de biocombustíveis e a recente exploração da camada pré-sal.

“Com esses dois produtos, o Brasil poderá surfar no crescimento econômico durante os próximos 50 anos. Considero isso um diferencial espetacular do Brasil em relação aos outros países em desen-volvimento”, disse Troyjo, que também é cientista político e conferencista dos maiores centros acadêmicos do mundo.

Tryjo palestrou, a convite da Câma-ra de Comércio Americana do Espírito Santo, a autoridades e empresários du-rante o evento “Grandes Negócios: Como aproveitar a onda de interesse global pelo Brasil”, realizado no dia 19 de abril.

Para que o Brasil alcance a bons níveis de crescimento econômico, o palestrante contou que a economia terá que fazer “sacri-fícios”, assim como a China, que planejou o seu crescimento a partir da década de 70

e que nos próximos cinco anos ultrapassará o PIB nominal dos Estados Unidos.

“O planejamento de longo prazo e as estratégias são essenciais para um crescimento. Acredito que o principal desafio nesse cenário promissor é o pró-prio Brasil. A ausência de planejamento é o maior obstáculo”, enfatizou.

Também presente ao evento, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, destacou a forte procura de investidores de outros países pelo estado e, ainda, enfatizou a importância da Câmara Americana na articulação de novos negócios. “Não tem como articu-lar se não tem conhecimento. A Câmara cumpre muito bem o seu papel.”

A palestra teve como patrocinado-res as empresas Fibria, Vale, Samarco e Chocolates Garoto. A Rede Gazeta e a Rede Tribuna apoiaram o evento.

O diplomata e economista Marcos Troyjo palestra para uma audiência lotada no Espírito Santo: diferencial competitivo do Brasil

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Opinião

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Momento único Cássio Zandoná

O estado do Rio vive um momento único sob o aspecto econômico e social. Há muito tempo cariocas e fluminenses não viviam sob a perspectiva de tantos investimentos, que chegam acompanhados de

novos empregos, maior renda e melhoria de infraestrutura, além de elevada autoestima. E no setor de saúde, um dos segmentos chaves nesse cenário, não é diferente. Atualmente, observamos, por meio da mídia, inúmeras notícias de investimento no setor. Nesse cenário, nenhuma empresa de saúde investiu mais no Rio nos últimos três anos do que a Amil. Os números falam por si.

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Ainda este ano a Amil irá inaugurar o Bloco do Centro Médico do Hospital, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Até o final de 2012, todo o complexo hospitalar estará pronto, se tornando o maior do Estado do Rio. Com investimento total de R$ 250 milhões, trará um novo conceito de hospital para a cidade. Serão 480 leitos e 285 consultórios que comporão um mix de especialidades mé-dicas, interligados ao hospital por intranet com transmissão de dados e imagem, permitindo fácil acesso às informações de cada paciente e ao seu prontuário eletrônico.

Ou seja, pela primeira vez os cariocas terão reunidos, em um único local, emergência, internação, diagnóstico, consultórios e centro de convenções. E as novidades não param por aí. Seu projeto é inovador também na área de oncologia, pois será o primeiro hospital privado do Rio a oferecer atendimento completo, desde o diagnóstico até a reabilitação. Foi planejado de forma que materiais como lixo hospitalar, lixo orgânico e materiais limpos transitem por acessos individuais evitando qualquer tipo de contaminação. Terá atendimento biosseguro e contará com um moderno sistema de comunicação, com transmissão interna de dados e imagens entre os blocos do complexo hospitalar.

O leque de investimentos da Amil no estado do Rio nos últimos três anos contempla ainda outras ações. Em 2010, a empresa inaugurou centros médicos em Campo Grande e Niterói, cidade que ganhou também uma nova central de atendimento. Modernizou ainda o Hospital Santa Lúcia, em Botafogo, com a criação de aposentos Vips e o serviço de Day Clinic. Já em Duque de Caxias, o Hospital São José teve a maternidade completamente reformada. Atualmente, está em construção ainda um Centro Médico na Tijuca e outro em São Gonçalo.

Aquisições voltadas para serviços de melhor qua-lidade na cidade também são uma constante. A Amil adquiriu, em 2011, o Hospital Samaritano. O valor total do negócio foi de R$ 180 milhões. Em 2010, a empresa já havia adquirido 89,44% do capital social do Pró-Cardíaco pela quantia de 98,4 milhões de reais.

Todos esses investimentos levam à consolidação da Amil no setor de saúde brasileiro, mas conduzem também o estado do Rio para uma medicina de ponta. E quem ganha com isso são os cidadãos e profissionais médicos, que passam a contar uma estrutura digna dos principais centros de saúde do mundo.

Superintendente da Amil no Rio de Janeiro

“A Amil adquiriu, em 2011, o Hospital Samaritano. O valor total do negócio foi de R$ 180 milhões”

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Entrada de estrangeiros no mercado offshore seguirá

em alta em 2011

A “invasão” estrangeira no merca-do de trabalho da área de petró-leo e gás segue firme. Estudo do

Ministério do Trabalho e Emprego registra que 56.006 profissionais estrangeiros foram autorizados a trabalhar no Brasil em 2010, aumento de 30% em relação ao ano ante-rior. Deste total, 53.441 foram autorizações de caráter temporário, com estada no país de até dois anos. Em 2009, foram 42.914 autorizações de trabalho concedidas.

“E a tendência ao longo de 2011 é de que aumente ainda mais o ingresso de estrangei-ros no mercado de trabalho brasileiro”, ava-lia Carlos Aud Sobrinho, diretor da CAS (foto), empresa com 38 anos de experi-ência na legalização de documentação de estrangeiros. “A crise no Oriente Médio, o aumento do preço do petróleo e o vagaroso desenvolvimento no Golfo do México ajudarão a acelerar os projetos no pré-sal no Brasil”, diz ele. Mas defende a flexibilização da Lei do Estrangeiro, combinada com uma mobi-lização maior da sociedade, leia-se empre-sas, mundo acadêmico e governo. “Há uma preocupação enorme com o apagão da mão de obra somente nos casos dos profissionais com pouca experiência. Só que esses profis-sionais só aprenderão seu ofício trabalhando ao lado de profissionais estrangeiros, até que obtenham a experiência necessária para operar equipamentos altamente sofisticados de última geração”, pontifica. Leia a seguir a reprodução da matéria publicada na re-vista Guiaoffshore Magazine sobre mão de obra estrangeira no Brasil:

Pergunta: Qual é o quadro que o senhor vislumbra para o mercado de trabalho da área petrolífera no Brasil em 2011?Carlos Aud: Minha previsão é de que 2011 será um ano próspero para to-dos. Prevemos um aumento significativo na demanda de energia e de minério. O Brasil, por ser um verdadeiro pro-vedor do mundo nesta área, vai tirar

bom proveito disso, porque essas commodities tendem a ficar cada vez mais caras e mais procuradas no mer-cado internacional.

Pergunta: A entrada de estrangeiros continuará ocorrendo em larga esca-la no país?Carlos Aud: Apostamos no crescimento do país e, por isso, necessitamos de parcerias que nos ofereçam tecnologia e equipamen-tos mais avançados do mundo. Esta sofistica-ção necessariamente exigirá a presença de mais profissionais estrangeiros no país, sob pena de corrermos riscos desnecessários.

Pergunta: Por qual motivo, o senhor defende flexibilização da Lei do Estran-geiro no país?Carlos Aud: É necessária a evolução das regras para imigração na mesma proporção do desenvolvimento do setor. Ou seja, a adaptação à realidade atual, sem perder de vista a necessidade de atender a evolução do mercado aqui, agora e no futuro próximo.

Pergunta: Quais mudanças propõe?Carlos Aud: Um diálogo amplo de todas entidades e instituições envolvidas: gover-no, empresariado, sindicatos e a Petrobras, tendo sempre a participação e receben-do a opinião dos profissionais da área de Imigração, que tenham a longa vivência neste mercado.

Pergunta: O senhor é um defensor de maior ênfase das universidades na parte teórica, para garantir formar em menos de 10 anos um profissional su-ficientemente qualificado para operar equipamentos ou desempenhar tare-fas de alta complexidade. Acredita que este é um modelo a ser seguido?Carlos Aud: Sou favorável a toda e qual-quer participação da sociedade, envidando o máximo esforço sobretudo no mundo acadêmico, como universidades e até nas

escolas técnicas. Sou a favor da mobilização geral, que reúna jovens, pessoas de média idade e os mais experientes. Pergunta: O senhor demonstra sem-pre uma preocupação constante com a segurança dos projetos do pré-sal, que serão tocados nos próximos anos. Acredita que eles correm risco de não serem bem-sucedidos em função da inexperiência de profissionais que che-garão ao mercado no futuro próximo?Carlos Aud: Há uma preocupação enor-me com o apagão da mão de obra somente nos casos dos profissionais com pouca ex-periência. Mas esses profissionais só apren-derão seu ofício trabalhando ao lado de profissionais estrangeiros até que tenham a experiência necessária para operar equi-pamentos altamente sofisticados de última geração. É algo necessário, uma vez que a tendência do pré-sal será a perfuração a mais de 7 mil metros de profundidade, po-dendo chegar até a mais de 10 mil metros.

Pergunta: Tem sido comum atrasos em projetos por falta de mão de obra ade-quada para sua execução, qual conse-lho daria às empresas que terão que contratar mão de obra estrangeira?Carlos Aud: Contratem consultores com vasta experiência e que sejam capazes de desenvolver planejamento estratégicos na área de imigração. E esta experiência de-verá coincidir com o amplo conhecimento das mudanças e evolução do processo de imigração no país, para evitar dissabores do tipo multas contratuais. Com isso, elas se preocupam apenas com a sua atividade-fim. Às vezes, a falta de um simples visto adequado pode criar um empecilho para que um projeto seja iniciado ou concluído.

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Entrada de estrangeiros no mercado offshore seguirá

em alta em 2011

A “invasão” estrangeira no merca-do de trabalho da área de petró-leo e gás segue firme. Estudo do

Ministério do Trabalho e Emprego registra que 56.006 profissionais estrangeiros foram autorizados a trabalhar no Brasil em 2010, aumento de 30% em relação ao ano ante-rior. Deste total, 53.441 foram autorizações de caráter temporário, com estada no país de até dois anos. Em 2009, foram 42.914 autorizações de trabalho concedidas.

“E a tendência ao longo de 2011 é de que aumente ainda mais o ingresso de estrangei-ros no mercado de trabalho brasileiro”, ava-lia Carlos Aud Sobrinho, diretor da CAS (foto), empresa com 38 anos de experi-ência na legalização de documentação de estrangeiros. “A crise no Oriente Médio, o aumento do preço do petróleo e o vagaroso desenvolvimento no Golfo do México ajudarão a acelerar os projetos no pré-sal no Brasil”, diz ele. Mas defende a flexibilização da Lei do Estrangeiro, combinada com uma mobi-lização maior da sociedade, leia-se empre-sas, mundo acadêmico e governo. “Há uma preocupação enorme com o apagão da mão de obra somente nos casos dos profissionais com pouca experiência. Só que esses profis-sionais só aprenderão seu ofício trabalhando ao lado de profissionais estrangeiros, até que obtenham a experiência necessária para operar equipamentos altamente sofisticados de última geração”, pontifica. Leia a seguir a reprodução da matéria publicada na re-vista Guiaoffshore Magazine sobre mão de obra estrangeira no Brasil:

Pergunta: Qual é o quadro que o senhor vislumbra para o mercado de trabalho da área petrolífera no Brasil em 2011?Carlos Aud: Minha previsão é de que 2011 será um ano próspero para to-dos. Prevemos um aumento significativo na demanda de energia e de minério. O Brasil, por ser um verdadeiro pro-vedor do mundo nesta área, vai tirar

bom proveito disso, porque essas commodities tendem a ficar cada vez mais caras e mais procuradas no mer-cado internacional.

Pergunta: A entrada de estrangeiros continuará ocorrendo em larga esca-la no país?Carlos Aud: Apostamos no crescimento do país e, por isso, necessitamos de parcerias que nos ofereçam tecnologia e equipamen-tos mais avançados do mundo. Esta sofistica-ção necessariamente exigirá a presença de mais profissionais estrangeiros no país, sob pena de corrermos riscos desnecessários.

Pergunta: Por qual motivo, o senhor defende flexibilização da Lei do Estran-geiro no país?Carlos Aud: É necessária a evolução das regras para imigração na mesma proporção do desenvolvimento do setor. Ou seja, a adaptação à realidade atual, sem perder de vista a necessidade de atender a evolução do mercado aqui, agora e no futuro próximo.

Pergunta: Quais mudanças propõe?Carlos Aud: Um diálogo amplo de todas entidades e instituições envolvidas: gover-no, empresariado, sindicatos e a Petrobras, tendo sempre a participação e receben-do a opinião dos profissionais da área de Imigração, que tenham a longa vivência neste mercado.

Pergunta: O senhor é um defensor de maior ênfase das universidades na parte teórica, para garantir formar em menos de 10 anos um profissional su-ficientemente qualificado para operar equipamentos ou desempenhar tare-fas de alta complexidade. Acredita que este é um modelo a ser seguido?Carlos Aud: Sou favorável a toda e qual-quer participação da sociedade, envidando o máximo esforço sobretudo no mundo acadêmico, como universidades e até nas

escolas técnicas. Sou a favor da mobilização geral, que reúna jovens, pessoas de média idade e os mais experientes. Pergunta: O senhor demonstra sem-pre uma preocupação constante com a segurança dos projetos do pré-sal, que serão tocados nos próximos anos. Acredita que eles correm risco de não serem bem-sucedidos em função da inexperiência de profissionais que che-garão ao mercado no futuro próximo?Carlos Aud: Há uma preocupação enor-me com o apagão da mão de obra somente nos casos dos profissionais com pouca ex-periência. Mas esses profissionais só apren-derão seu ofício trabalhando ao lado de profissionais estrangeiros até que tenham a experiência necessária para operar equi-pamentos altamente sofisticados de última geração. É algo necessário, uma vez que a tendência do pré-sal será a perfuração a mais de 7 mil metros de profundidade, po-dendo chegar até a mais de 10 mil metros.

Pergunta: Tem sido comum atrasos em projetos por falta de mão de obra ade-quada para sua execução, qual conse-lho daria às empresas que terão que contratar mão de obra estrangeira?Carlos Aud: Contratem consultores com vasta experiência e que sejam capazes de desenvolver planejamento estratégicos na área de imigração. E esta experiência de-verá coincidir com o amplo conhecimento das mudanças e evolução do processo de imigração no país, para evitar dissabores do tipo multas contratuais. Com isso, elas se preocupam apenas com a sua atividade-fim. Às vezes, a falta de um simples visto adequado pode criar um empecilho para que um projeto seja iniciado ou concluído.

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Foreigners in the offshore market will continue to

increase in 2011

F oreign “invasion” in the oil and gas work markets remains steady. A study of the Work and

Employment Ministry registers that 56,006 foreign professionals were au-thorized to work in Brazil in 2010, a 30% increase compared to the former year. Of this total, 53,441 were tem-porary permits, of two years of stay in the country. In 2009, 42,914 work permits were granted.

“And the trend during 2011 is that the entrance of foreigners in the Brazilian work market will increase even more”, evaluates Carlos Aud Sobrinho, director of CAS, a company with 38 years of experience in the legalization of foreigner’’s papers. “The Middle East Crisis, the oil price in-crease and the morose development of the Mexican Gulf will help accelerate the pre-salt projects in Brazil”, says he. But he defends the mobility of the Foreign Im-migration Law, combined with a greater mobility in society, that is, companies, aca-demic world and government. “There is a huge concern with a labor ‘blackout’ only regarding professionals with low experience. But these professionals will learn their job working side by side with foreign professionals until they obtain the necessary experience to operate highly sophisticated state of the art equipments”, he states. Read below a reproduction of an article published in Guiaoffshore Magazine:

Question: What is the picture you envision for the Brazilian oil work market in 2011?Carlos Aud: I say that 2011 will be a prosperous year for everyone. We pre-dict a significant increase in the energy and ore demand. Brazil, for example, for being a real world provider in this area, will profit from it because these commodities tend to get more and more expensive and needed in the in-ternational market.

Question: The entrance of foreigners will continue to happen in large num-bers in the country?Carlos Aud: We bet on the country’s growth, and for that reason, we need partnerships that offer us the most ad-vanced technologies and equipments in the world. This sophistication will necessarily demand the presence of more foreign professionals in the country, so we do not take unnecessary risks.

Question: For which reason you defend the mobility of the Foreign Immigration Law in the country?Carlos Aud: It is necessary to evolve the rules for immigration in the same measure as the development of the sector. That is, adapting to the current reality without losing sight of the need to serve the market’’s evolution here, now and in the near future.

Question: Which changes you suggest?Carlos Aud: A broad dialogue of all entities and institutions involved: govern-ment, businessmen, unions and Petrobras, always with the participation and opinion of the Immigration area professionals who have long experience in this market.

Question: You defend a greater emphasis on the theoretical part by Universities to grant the for-mation, in less than 10 years, of a professional sufficiently qualified to operate equipments or perform highly complex activities. Do you be-lieve this is a model to be followed?Carlos Aud: I am favorable to any participation of society, with the maxi-mum effort especially of the academic world like universities and even our technical schools. I defend a general mobilization, which gathers the youth, middle aged people and the most ex-perienced. It is important to mix the

generations because the market will need this mobilization.

Question: You always show a constant concern with the safety of the pre-salt projects, which will take place in the next years. Do you believe they are at risk of not succeeding due to the lack of experience of the professionals which will enter the market in the near future?Carlos Aud: There is a huge concern with a labor “blackout” only regarding professionals with low experience. But these professionals will learn their job working side by side with foreign pro-fessionals until they obtain the necessary experience to operate highly sophisti-cated state of the art equipments. It is something necessary, once the pre-salt trend is 7,000 meters deep perfora-tions, reaching even more than 10 thou-sand meters.

Question: Project delays due to lack of adequate labor have been common, which advise would you give to companies which are hiring foreign laborers?Carlos Aud: To hire consultants with vast experience who are able to de-velop strategic planning in the immi-gration area. This experience should coincide with a broad knowledge of the changes and evolution of the country’’s immigration process to avoid problems like contract fines. By doing so, companies can worry only with their goal activities. Sometimes, the lack of a simple adequate visa can create problems for the beginning or the conclusion of a project.

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Administração e Finanças:Victor Cezar Teixeira - Tel.: (21) 3213-9208 [email protected] Comercial e Marketing: Felipe Levi - Tel.: (21) [email protected]

CLCMRA Advogados; Luiz Ildefonso Simões Lopes, Presidente, Brookfield Brasil; Manuel Domingues e Pinho, Presidente, Domingues e Pinho Contadores; Manuel Fernandes R. de Sousa, Sócio, KPMG; Mauricio Vianna, Diretor, MJV Tecnologia Ltda.; Ney Acyr Rodrigues de Oliveira, Diretor Executivo Embratel Leste Nordeste e Sul, EMBRATEL; Patricia Pradal, Diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações Governamentais, Chevron Brasil Petróleo Ltda.; Pedro Paulo Pereira de Almeida, Diretor IBM Setor Industrial e Diretor Regional, IBM Brasil; Petronio Ribeiro Gomes Nogueira, Sócio Diretor, Accenture do Brasil ; Rafael Sampaio da Motta, Diretor Comercial e Marketing, Case Consultoria em Benefícios; Roberto Castello Branco, Diretor de Relações com Investidores, VALE S/A.; Roberto Furian Ardenghy, Diretor de Assuntos Corporativos, BG E&P do Brasil Ltda.; Roberto Prisco Paraíso Ramos, Diretor Presidente, Odebrecht Óleo e Gás Ltda.; Rodrigo Tostes Solon de Pontes, Diretor Financeiro, ThyssenKrupp CSA Siderúrgica do Atlântico Ltda.; Rogério Rocha Ribeiro, VP Sênior e Diretor de Área América Latina e Caribe, GlaxoSmithKline Brasil ; Steve Solot, Presidente & CEO, LATC - Latin American Training Center e Yoram Levanon, Presidente, Xerox Comércio e Indústria Ltda.

DIRETORES EX-OFÍCIOAndres Cristian Nacht, Carlos Augusto C. Salles, Carlos Henrique de Carvalho Fróes, Gabriella Icaza, Gilberto Duarte Prado, Gilson Freitas de Souza, Ivan Ferreira Garcia, João César Lima, Joel Korn, José Luiz Silveira Miranda, Luiz Fernando Teixeira Pinto, Omar Carneiro da Cunha, Peter Dirk Siemsen, Raoul Henri Grossmann, Robson Goulart Barreto, Ronaldo Camargo Veirano, Rubens Branco da Silva e Sidney Levy.

PRESIDENTES DE COMITÊSAssuntos Jurídicos: Julian Chediak; Cultura, Negócios e Turismo: Alícia Perez; Energia: Roberto Furian Ardenghy; Logística e Infraestrutura: Valdir Dall’Orto; Marketing:

Comitês e Eventos: João Marcelo Oliveira - Tel.: (21) 3213-9230 [email protected]ção e Publicações: Ana Redig - Tel.: (21) 3213-9240 [email protected] Espírito Santo: Keyla Corrêa - Tel.: (27) 3324-8681 [email protected]

LINHA DIRETA COM A CÂMARA DE COMÉRCIO AMERICANA

COMITÊ EXECUTIVO Presidente: Henrique Rzezinski, Vice Presidente de Assuntos Corporativos, BG E&P do Brasil Ltda; 1º Vice-presidente: Fabio Lins de Castro, Presidente, Prudential do Brasil Seguros de Vida S.A.; 2º Vice-presidente: Pedro Paulo Pereira de Almeida, Diretor IBM Setor Industrial e Diretor Regional, IBM Brasil Indústria, Máquinas e Serviços Ltda.; 3º Vice-presidente: Carla Lacerda, Presidente, ExxonMobil Química Ltda.; Diretor Secretário: Steve Solot, Presidente & CEO, LATC - Latin American Training Center; Diretor Tesoureiro: Manuel Domingues e Pinho, Presidente, Domingues e Pinho Contadores; Conselheiro Jurídico: Julian Fonseca Peña Chediak, Sócio, CLCMRA Advogados; Ex-Presidentes: Robson Goulart Barreto, Sidney Levy e João César Lima.

PRESIDENTES DE HONRAMauro Vieira, Embaixador do Brasil nos EUAThomas Shannon, Embaixador dos EUA no Brasil

DIRETORESBenedicto Barbosa da Silva Junior, Diretor Presidente, Odebrecht Infraestrutura; Carla Lacerda, Presidente, ExxonMobil Química Ltda.; Carlos Henrique Moreira, Presidente do Conselho, EMBRATEL; Cassio Zandoná, Superintendente, Amil - Assistência Médica Internacional; David Zylbersztajn, Sócio Diretor, DZ Negócios com Energia S.A.; Eduardo de Albuquerque Mayer, Private Banker, Banco Citibank; Fabio Lins de Castro, Presidente, Prudential do Brasil Seguros; Fernando José Cunha, Gerente Executivo para América, Africa e Eurásia - Diretoria Internacional, Petrobras; Guillermo Quintero, Presidente, BP Brasil Limitada; Henrique Rzezinski, Vice Presidente de Assuntos Corporativos, BG E&P do Brasil; Humberto Eustáquio Cesar Mota, Presidente, Dufry do Brasil; Italo Mazzoni da Silva, Presidente, IBEU; Ivan Luiz Gontijo Junior, Diretor Gerente, Jurídico e Secretaria Geral, Bradesco Seguros ; Julian Fonseca Peña Chediak, Sócio,

Noel De Simone; Meio Ambiente: Luiz Pimenta; Propriedade Intelectual: Steve Solot; Recursos Humanos Estratégicos: Claudia Danienne Marchi; Relações Governamentais: João César Lima; Responsabilidade Social Empresarial: Silvina Ramal; Saúde: Gilberto Ururahy; Seguros, Resseguros e Previdência: Luiz Wancelotti e Tecnologia da Informação e Comunicação: Álvaro Cysneiros.

ADMINISTRAÇÃO DA AMCHAM RJDiretor-superintendente: Helio Blak; Gerente Administrativo: Victor C.S. Teixeira; Gerente de Comunicação: Ana Redig; Gerente Comer-cial e Marketing: Felipe Levi; Gerente de Co-mitês e Eventos: João Marcelo Oliveira.

DIRETORIA AMCHAM ESPÍRITO SANTOPresidente: Otacílio José Coser Filho, Membro do Conselho de Administração, Coimex Empreen-dimentos e Participações Ltda; Vice-Presidente: Maurício Max, Diretor do Departamento de Pe-lotização, Vale; Diretores: Bruno Moreira Gies-tas, Diretor Comercial Mercado Externo, Realcafe Solúvel do Brasil; Carlos Fernando Lindenberg Netto, Diretor Geral, Rede Gazeta; Fausto Cos-ta, Diretor Geral, Chocolates Garoto; João Carlos Pedroza da Fonseca, Superintendente, Rede Tribuna; Lucas Izoton Vieira, Presidente, FINDES; Márcio Brotto Barros, Sócio, Bergi Advocacia – Sociedade de Advogados; Paulo Ricardo Perei-ra da Silveira, Diretor, Fibria Celulose; Simone Chieppe Moura, Diretora Geral, Metropolitana Transportes e Serviços; Ricardo Vescovi Aragão, Diretor de Operações e Sustentabilidade, Samarco Mineração; Rodrigo Loureiro Martins, Advoga-do – Sócio Principal, Advocacia Rodrigo Loureiro Martins; Victor Affonso Biasutti Pignaton, Di-retor, Centro Educacional Leonardo da Vinci.

ADMINISTRAÇÃO DA AMCHAM ESDiretor Executivo: Clóvis Vieira Coordenadora de Associados: Keyla Corrêa

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