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BRBBANCO DE BRASÍLIA

ESCRITURÁRIO

Simulado Comentado

Conhecimentos Bancários

Matemática

Língua Portuguesa

Noções de Informática

Lei Orgânica do Distrito Federal

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GG EDUCACIONAL EIRELI

SIA TRECHO 3 LOTE 990, 3º ANDAR, EDIFÍCIO ITAÚ – BRASÍLIA-DF

CEP: 71.200-032

TEL: (61) 3209-9500

[email protected]

AUTORES:

Marcos Freire

Roberto Vasconcelos

Bruno Pilastre / Viviane Faria

Henrique Sodré

Wilson Garcia

PRESIDÊNCIA: Gabriel Granjeiro

DIRETORIA EXECUTIVA: Rodrigo Teles Calado

CONSELHO EDITORIAL: Bruno Pilastre e João Dino

DIRETORIA COMERCIAL: Ana Camila Oliveira

SUPERVISÃO DE PRODUÇÃO: Marilene Otaviano

DIAGRAMAÇÃO: Oziel Candido da Rosa e Washington Nunes Chaves

REVISÃO: Érida Cassiano, Luciana Silva e Sabrina Soares

CAPA: Pedro Wgilson

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – De acordo com a Lei n. 9.610, de 19.02.1998, nenhuma parte deste livro pode ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema de recuperação de informações ou transmitida sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico sem o prévio consentimento do detentor dos direitos autorais e do editor.

07/2015 – Editora Gran Cursos

GS1: 789 862 062 0 127

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BRUNO PILASTRE

Mestre em Linguística pela Universidade de Brasília. Professor de Redação Discursiva e Interpretação de

Textos.Autor dos livros Guia Prático de Língua Portuguesa e

Guia de Redação Discursiva para Concursos pela editora Gran Cursos.

HENRIQUE SODRÉ

Servidor efetivo do Governo do Distrito Federal desde

2005. Atualmente, é Gerente de Tecnologias de Transportes da Secretaria de Estado de Transportes do Distrito Federal. Atuou como Diretor de Tecnologia da Informação no perí­odo de 2012 a 2013. Graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e pós­graduando em Gestão Pública. Minis tra aulas de informática para concursos desde 2003. Leciona nos principais cursos preparatórios do Distrito Federal. Autor do livro Noções de Informática pela editora Gran Cursos.

MARCOS FREIRE

Pós­doutorado em Contabilidade e Controladoria pela Universidade Monterrey no México. Doutor em Administra­ção e Finanças pela USP. Mestre em Administração e Finan­ças pela USP. Pós-graduado em finanças pelo IBMEC e em Metodologia e Didática do Ensino Superior. Graduado em Engenharia Financeira pela FGV. Economista, Administrador e Contador. Professor, há mais de 30 anos, em cursos prepa­ratórios de diversas cidades do Brasil, como Brasília, Manaus, Cuiabá, Goiânia, Porto Alegre, Vitória, dentre outras. Profes­sor visitante em várias Universidades.

Ator das obras: Conhecimentos Bancários pela Editora Gran Cursos, Contabilidade Geral, Contabilidade Avançada, Análise das Demonstrações Financeiras, Contabilidade de Custos, Manual de Auditoria, Auditoria Governamental, Administração Financeira & Orçamentária, Finanças Públi­cas, Administração Pública, Mercado Financeiro, dentre outras.

ROBERTO VASCONCELOS

Engenheiro Civil formado pela Universidade Federal de Goiás, pós­graduado em Matemática Financeira e Estatística. Leciona exclusivamente para concursos há 18 anos, minis­trando: Matemática, Raciocínio Lógico e Estatística. Autor dos livros Matemática Definitiva para Concursos e Raciocínio Lógico Definitivo para Concursos pela editora GranCursos.

VIVIANE FARIA

Professora de Língua Portuguesa há 20 anos, em pre­paratórios para concursos e vestibulares, escolas públicas e particulares, faculdades e universidades, empresas priva­das e órgãos públicos. Formada em Letras pela UnB, com dupla habilitação (Bacharelado e Licenciatura), pós­graduada em Neuroaprendizagem e mestra em Linguística pela UnB. Atualmente, além de professora, é pesquisadora pela UFG em Direitos Humanos e pela UnB em Linguística. Discipli­nas que lecionou/leciona: Gramática, Interpretação Textual, Redação Discursiva, Redação Oficial, Latim, Literatura Bra­sileira, Crítica Literária, Literatura Infanto­Juvenil, Arte e Lite­ratura, Análise do Discurso. Palestrante de técnicas neuro­científicas na organização e otimização dos estudos.

WILSON GARCIA

Bacharel em Direito pela UCDB, Pós­Graduado em Direito Público pela UCDB, Curso da Escola Superior do Ministério Públicos/MS.

Ministra aulas de Direito Administrativo, LODF e Código de Defesa do Consumidor, das Leis 8.112/90, 8.429/92, 8.666/93, 9.784/99, 8.987/95, LC 840/11­DF, e outras legis­lações.

Professor em diversos cursos preparatórios para con­cursos e preparatório para a OAB.

Diretor do site: sites.google.com/site/professorwilson­garcia;

Grupo do facebook: Alunos do Prof. Wilson Garcia.Autor das obras: Série – A Prova – LODF pela Editora

Gran Cursos, Direito Civil e Processual Civil. Volume 13, da Apostila Digital: “Resumão do Wilsão” ­ Direito Administra­tivo, do Artigo “Prescrição e Decadência no Direito Civil” ­ Revista Síntese,

Autor dos livros digitais, pela Editora Saraiva, Principais Pontos – Volume I – Lei 8.429/92 – Improbidade Administra­tiva – 2º edição; Principais Pontos – Volume II – LODF –2º edição; Principais Pontos – Volume IV – LC 840 em Exercí­cios;

AUTORES

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS ...................................................................................................................29

MATEMÁTICA ..............................................................................................................................................113

LÍNGUA PORTUGUESA ..............................................................................................................................239

NOÇÕES DE INFORMÁTICA .......................................................................................................................347

LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL .....................................................................................................443

ÍNDICE GERAL

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SUMÁRIO

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL. CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL. BANCO CENTRAL DO BRASIL. COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL. BANCOS COMERCIAIS; CAIXAS ECONÔMICAS; COOPERATIVAS DE CRÉDITO; BANCOS COMERCIAIS COOPERATIVOS; BANCOS DE INVESTIMENTO; BANCOS DE DESENVOLVIMENTO; SOCIEDADES DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO; SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL; SOCIEDADES CORRETORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS; SOCIEDADES DISTRIBUIDORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS; SOCIEDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO; ASSOCIAÇÕES DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMO. BOLSAS DE VALORES; BOLSAS DE MERCADORIAS E DE FUTUROS. SISTEMA ESPECIAL DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA (SELIC). CENTRAL DE LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA E DE CUSTÓDIA DE TÍTULOS (CETIP)...............................................31/39/55

SISTEMA DE SEGUROS PRIVADOS E PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS. SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS. CONSELHO DE GESTÃO DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. SECRETARIA DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL. SOCIEDADES SEGURADORAS. SOCIEDADES DE CAPITALIZAÇÃO. ENTIDADES ABERTAS E ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. CORRETORAS DE SEGUROS. SOCIEDADES ADMINISTRADORAS DE SEGURO-SAÚDE ...........................................................37

SOCIEDADES DE FOMENTO MERCANTIL (FACTORING); SOCIEDADES ADMINISTRADORAS DE CARTÕES DE CRÉDITO..................................................................................................................................46

PRODUTOS E SERVIÇOS FINANCEIROS. DEPÓSITOS A VISTA E A PRAZO (CDB E RDB). LETRAS DE CÂMBIO. COBRANÇA E PAGAMENTO DE TÍTULOS E CARNÊS. TRANSFERÊNCIAS AUTOMÁTICAS DE FUNDOS. COMMERCIAL PAPERS. ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS E TARIFAS PÚBLICAS. HOME/OFFICE BANKING, REMOTE BANKING, BANCO VIRTUAL, DINHEIRO DE PLÁSTICO. CONCEITOS DE CORPORATE FINANCE. FUNDOS MÚTUOS DE INVESTIMENTO. HOT MONEY. CONTAS GARANTIDAS. CRÉDITO ROTATIVO. DESCONTOS DE TÍTULOS. FINANCIAMENTO DE CAPITAL DE GIRO. VENDOR FINANCE/COMPROR FINANCE. LEASING: TIPOS, FUNCIONAMENTO, BENS. FINANCIAMENTO DE CAPITAL FIXO. CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR. CRÉDITO RURAL. CADERNETAS DE POUPANÇA. FINANCIAMENTO À IMPORTAÇÃO E À EXPORTAÇÃO: REPASSES DE RECURSOS DO BNDES. CARTÕES DE CRÉDITO. TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO. PLANOS DE APOSENTADORIA E PENSÃO PRIVADOS. PLANOS DE SEGUROS ...............................................................46

MERCADO DE CAPITAIS. AÇÕES: CARACTERÍSTICAS E DIREITOS. DEBÊNTURES. DIFERENÇAS ENTRE COMPANHIAS ABERTAS E FECHADAS. OPERAÇÕES DE UNDERWRITING. FUNCIONAMENTO DO MERCADO À VISTA DE AÇÕES MERCADO DE BALCÃO. OPERAÇÕES COM OURO ..................................61

MERCADO DE CÂMBIO. INSTITUIÇÕES AUTORIZADAS A OPERAR. OPERAÇÕES BÁSICAS. CARACTERÍSTICAS DOS CONTRATOS DE CÂMBIO. TAXAS DE CÂMBIO. REMESSAS. SISCOMEX ..............60

OPERAÇÕES COM DERIVATIVOS: CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO FUNCIONAMENTO DO MERCADO A TERMO, DO MERCADO DE OPÇÕES, DO MERCADO FUTURO E DAS OPERAÇÕES DE SWAP ..............66

GARANTIAS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL: AVAL; FIANÇA; PENHOR MERCANTIL; ALIENAÇÃO FIDUCI ÁRIA; HIPOTECA; FIANÇAS BANCÁRIAS; FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO (FGC) ...................... 70

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REPRESENTAÇÃO E DOMICÍLIO

Representação

Em conformidade com o código civil, os poderes de representação conferem­se por lei ou pelo interessado.

A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em relação ao repre­sentado.

Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.

O representante é obrigado a provar às pessoas com quem tratar em nome do representado, a sua qualidade e a extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo, responder pelos atos que a estes excederem.

É anulável o negócio concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou.

Domicílio

O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela esta­belece a sua residência com ânimo definitivo.

Caso a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, será considerada como domicílio qualquer uma delas.

Ter­se­á por domicílio de pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada.

Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: I – da União, o Distrito Federal;II – dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;III – do Município, o lugar onde funcione a administra­

ção municipal; IV – das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcio­

narem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos cons­titutivos.

Nos contratos escritos, poderão os contratantes espe­cificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.

NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA

O Estado exerce sua atividade através de uma série de medidas conhecidas como políticas econômicas, obje­tivando promover o desenvolvimento econômico, garantir empregos e sua estabilidade, equilibrar o volume financeiro das transações econômicas com o exterior, a estabilidade dos preços e o controle da inflação, além de promover a dis­tribuição das riquezas e das rendas.

Os instrumentos das políticas econômicas são mais eficientes quando aplicados em mercados financeiros bem estruturados e desenvolvidos.

As principais políticas econômicas utilizadas pelo Estado são:

• Política Monetária;• Política Fiscal;• Política Cambial;• Política de Rendas.

PESSOA FÍSICA E PESSOA JURÍDICA: CAPACIDADE E INCAPA-CIDADE CIVIL, REPRESENTAÇÃO E DOMICÍLIO

Segundo o Código Civil:

Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.

Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa no nas­cimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concep­ção, os direitos do nascituro.

Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pes­soalmente os atos da vida civil:

I – os menores de 16 (dezesseis) anos;II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não

tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;

III – os que mesmo por causa transitória não puderem exprimir sua vontade.

Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:

I – os maiores de 16 (dezesseis) anos e menores de 18 (dezoito) anos;

II – os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento redu­zido;

III – os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;

IV – os pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos índios será regu­

lada por legislação especial.Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos comple­

tos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

PESSOAS JURÍDICAS

As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.

São pessoas jurídicas de direito público interno:• a União;• os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;• os Municípios;• as Autarquias;• as demais entidades de caráter público criadas por

lei.

São pessoas jurídicas de direito público externo:• os Estados Estrangeiros;• todas as pessoas que forem regidas pelo Direito

Internacional Público.

São pessoas jurídicas de direito privado:• as associações;• as sociedades;• as fundações;• as organizações religiosas;• os partidos políticos.

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INTRODUÇÃO À POLÍTICA MONETÁRIA

A Política Monetária pode ser definida como o controle da oferta da moeda e das taxas de juros, com o objetivo de garantir a liquidez ideal do momento econômico.

O executor da Política Monetária no país é o Banco Central do Brasil – BACEN, que conta com os instrumentos clássicos:

• Depósito compulsório;• Redesconto ou empréstimos de liquidez;• Operações no mercado aberto – open market.

A política monetária é considerada expansionista quando eleva a liquidez da economia, injetando maior volume de recursos no mercado e elevando, em consequên­cia, os meios de pagamentos, dinamizando o consumo e os investimentos agregados.

A política monetária é restritiva quando são reduzidos os meios de pagamentos, retraindo a demanda agregada (consumo e investimento), e consequentemente a atividade econômica.

FORMAÇÃO DA TAXA DE JUROS

Taxa Básica Financeira – TBF

Criada com o objetivo de alongar o perfil das aplicações em títulos.

É constituída pela amostra das 30 maiores instituições financeiras do país, considerando a remuneração mensal média, líquida de impostos, dos depósitos a prazo CDB e RDB, com prazo de 30 a 35 dias.

A amostra de instituições financeiras é reavaliada a cada início de semestre civil.

Taxa Referencial – TR

Criada para servir como uma taxa básica referencial de Juros a serem práticos no inicio do mês, e não como um índice que refletisse a inflação do mês anterior.

Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP

Aplicada para a remuneração dos recursos do Fundo de Participação PIS/PASEP, do Fundo de Amparo ao Traba­lhador – FAT, e do Fundo da Marinha Mercante.

É calculada com base na meta de inflação calculada pro rata para os 12 meses seguintes, baseada nas metas anuais fixadas pelo Conselho Monetário Nacional, acrescida de um prêmio de risco.

Seu valor é divulgado via Resolução do Banco Central até o último dia útil de cada trimestre civil, para vigorar no trimestre seguinte. Usada nos financiamentos do BNDES, pode ser usada para qualquer operação dentro dos merca­dos financeiros e de valores mobiliários, nas condições esta­belecidas pelo Banco Central e pela CVM.

Taxa SELIC

É a taxa referencial da economia, e que regula as ope­rações diárias com títulos públicos federais. Representa a taxa pela qual o Banco Central compra e vende títulos públi­cos federais ao fazer sua política monetária.

É determinada nas reuniões periódicas do COPOM – Comitê de Política Monetária do Banco Central.

As reuniões ocorrem a cada 45 dias, totalizando 8 (oito) ao ano.

SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO

O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é formado por um conjunto de instituições que tem por objetivo manter o fluxo de recursos financeiros entre os poupadores e os investidores, ou seja: entre os agentes superavitários e os agentes deficitários.

Entre as instituições que formam o Sistema Financeiro Nacional encontram-se as instituições financeiras.

LEI N. 4.595/1964 – LEI DA REFORMA BANCÁRIA

“Art. 17. Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas e privadas, que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, a intermediação ou a aplicação de recursos financei­ros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estran­geira, e a custódia de valores de propriedade de terceiros”.

“Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei e da legis­lação em vigor, equiparam-se às instituições financeiras as pessoas físicas que exerçam qualquer atividade referida neste artigo, de forma permanente ou eventual”.

O Sistema Financeiro Nacional está estruturado por dois subsistemas:

– o subsistema normativo e o subsistema de intermediação.– o subsistema normativo é composto pelas denomina­

das autoridades que são responsáveis pela regulamentação e ordenamento do sistema financeiro nacional.

Órgãos Normativos:• Conselho Monetário Nacional;• Conselho Nacional de Seguros Privados;• Conselho Nacional de Previdência Complementar.

As autoridades supervisoras executam as decisões do Conselho Monetário Nacional (CMN), sendo elas:

• Banco Central do Brasil (BACEN);• Comissão de Valores Mobiliários (CVM);• Superintendência de Seguros Privados (SUSEP);• Superintendência Nacional de Previdência Comple­

mentar (PREVIC).

O subsistema de intermediação é composto pelos agentes especiais, pelas instituições financeiras bancárias e não bancárias e pelas instituições auxiliares.

As denominadas instituições financeiras bancárias são aquelas que captam depósitos à vista:

• Bancos Comerciais;• Bancos Múltiplos com Carteira Comercial;• Caixa Econômica;• Bancos Cooperativos;• Cooperativas de Crédito.

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As instituições financeiras não bancárias são todas as demais instituições que efetuam intermediações, captam recursos a prazo e atuam de forma permanente no sistema financeiro, ex.:

• Bancos de Investimentos;• Bancos Múltiplos sem Carteira Comercial;• Bancos de Câmbio;• Sociedades de Crédito, Financiamento e Investi­

mento;• Bancos de Desenvolvimento etc.

As instituições auxiliares são aquelas que efetuam intermediações entre poupadores e investidores, tendo as Bolsas de Valores como elemento fundamental desse seg­mento, que conta com as Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários e as Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliá­rios. Tais instituições têm como objetivo propiciar liquidez dos títulos emitidos pelas companhias, tais como as ações.

Os intermediários financeiros emitem seus próprios passivos, captando poupança diretamente junto ao público, assumindo as responsabilidades e aplicando tais recursos junto as pessoas físicas e jurídicas por meio de empréstimos e financiamentos.

Tais intermediações financeiras se desenvolvem de forma segmentada tendo por base algumas subdivisões:

• Mercado Financeiro.• Mercado Monetário.• Mercado de Crédito.• Mercado de Câmbio.• Mercado de Capitais.

O Mercado Financeiro corresponde ao conjunto de ins­tituições e instrumentos destinados a oferecer alternativas de aplicações e captações de recursos financeiros. O mer­cado financeiro além de exercer importantes funções de oti­mizar a utilização dos recursos financeiros, cria condições de liquidez e administração de riscos.

A remuneração dos recursos financeiros emprestados denomina­se de “juros”. A taxa de juros em termos percen­tuais corresponde a remuneração dos poupadores e o custo do dinheiro para os tomadores.

O mercado financeiro representa o elemento dinâmico no processo de desenvolvimento econômico, pois por meio dele ocorre a elevação das taxas de poupança e de inves­timentos.

De um modo geral, o mercado financeiro divide-se em outros segmentos:

Mercado Monetário – Corresponde às operações de curto e curtíssimo prazo, destinadas a atender às necessi­dades imediatas de liquidez dos agentes econômicos. Neste mercado são negociados os títulos públicos, Certificado de Depósitos Interfinanceiros (CDI), hot money etc.

Mercado de Crédito – Corresponde às operações de curto e de médio prazos, direcionadas aos ativos permanen­tes e capital de giro das empresas. Atuam neste mercado os Bancos Comerciais, os Bancos Múltiplos com Carteira Comercial, Sociedades Financeiras.

Mercado de Capitais – Corresponde às operações que visam municiar de forma constante os recursos per­manentes para financiamento de capital fixo. Atuam nesse mercado as instituições não bancárias além das instituições denominadas auxiliares.

No mercado de capitais são comercializadas: ações, debêntures, bônus de subscrição etc.

Mercado de Câmbio – Neste mercado ocorre as tran­sações que envolvem moedas de países diferentes.

ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

O Sistema Financeiro Nacional (SFN) apresenta a seguinte estrutura.

1. Órgãos Normativos:• Conselho Monetário Nacional;• Conselho Nacional de Seguros Privados;• Conselho Nacional de Previdência Complementar.

2. Entidades Supervisoras:• Banco Central do Brasil;• Comissão de Valores Mobiliários;• Superintendência de Seguros Privados (SUSEP);• Superintendência Nacional de Previdência Comple­

mentar (Previc).

3. Instituições Especiais:• Banco do Brasil;• Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e

Social (BNDES);• Caixa Econômica.

4. Instituições Financeiras Monetárias e não Monetárias:• Bancos Comerciais• Bancos Múltiplos• Bancos de Investimentos• Bancos de Desenvolvimento• Bancos de Câmbio• Bolsas de Valores• Sociedades Seguradoras• Sociedades de Arrendamento Mercantil• Sociedades de Capitalização• Entidades Abertas de Previdência Complementar• Entidades Fechadas de Previdência Complementar

(Fundos de Pensões).• Demais intermediários financeiros e outros adminis­

tradores de recursos de terceiros.

Em conformidade com a Emenda Constitucional n. 40/2003, que alterou o Art. 192 da Constituição Federal, “o Sistema Financeiro Nacional será regulado por leis com­plementares”.

CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL

Principal órgão normativo do Sistema Financeiro Nacio­nal responsável pela fixação das diretrizes das políticas monetária, creditícia e cambial do país, não lhes cabendo nenhuma função executiva.

É considerado o órgão mais importante do Sistema Financeiro Nacional, atuando como um Conselho de Política Econômica.

Foi criado em 31.12.1964 por meio da Lei n. 4.595/1964, a denominada Lei da Reforma Bancária, em substituição a Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC).

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Atualmente o Conselho Monetário Nacional é composto pelos seguintes membros:

• Ministro da Fazenda – Presidente.• Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, e Presidente do Banco Central do Brasil.

Está subordinada ao Conselho Monetário Nacional, a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito, que tem como função básica regulamentar as decisões do Conselho Mone­tário Nacional.

Lei n. 9.069/1995, Art. 9º É criada junto ao Conselho Monetário Nacional a Comissão Técnica da Moeda e do Cré­dito, composta dos seguintes membros:

• Presidente do Banco Central do Brasil;• Presidente da Comissão de Valores Mobiliários;• Secretário Executivo do Ministério da Fazenda;• Secretário Executivo do Ministério do Planejamento,

Orçamento e Gestão;• Secretário de Política Econômica do Ministério da

Fazenda;• Secretário do Tesouro Nacional;• Diretores do Banco Central (quatro) indicados pelo

presidente do órgão.

A coordenação da comissão cabe ao Presidente do Banco Central do Brasil.

Compete à Comissão Técnica da Moeda e do Crédito:I – propor a regulamentação das matérias de compe­

tência do Conselho Monetário Nacional;II – manifestar­se, na forma prevista em seu regimento

interno, previamente, sobre as matérias de com­petência do Conselho Monetário Nacional, espe­cialmente aquelas constantes da Lei n. 4.595 de 31.12.1964;

III – outras atribuições que lhes forem conferidas pelo Conselho Monetário Nacional.

Atuam junto ao Conselho Monetário Nacional, diversas comissões, que desenvolvem trabalho de assessorias:

LEI N. 9.069/1995 – ART. 11

Funcionarão também junto ao Conselho Monetário Nacional as seguintes Comissões Consultivas:

I – de Normas e Organização do Sistema Financeiro; II – de Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros; III – de Crédito Rural;IV – de Crédito Industrial;V – de Crédito Habitacional, e para Saneamento e In­

fraestrutura Urbana;VI – de Endividamento Público;VII – de Política Monetária e Cambial.

Sendo a entidade superior do Sistema Financeiro Nacional, compete ao Conselho Monetário Nacional (CMN):

• adaptar o volume dos meios de pagamentos às reais necessidades da economia nacional e seu processo de desenvolvimento;

• regular o valor interno da moeda, prevenindo ou corrigindo surtos inflacionários;

• regular o valor externo da moeda e o equilíbrio do Balanço de Pagamentos do País;

• orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras públicas e privadas, de forma a garan­tir condições favoráveis ao desenvolvimento equili­brado da economia nacional;

• propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros de forma a tornar mais efi­ciente o sistema de pagamentos e mobilização de recursos;

• zelar pela liquidez e solvência das instituições Financeiras;

• coordenar as políticas monetárias, creditícia, orça­mentária, fiscal e da dívida interna e externa; e

• estabelecer metas de inflação.

Complementando essas funções básicas, o Conselho Monetário Nacional também é responsável por um conjunto de atribuições específicas, destacando-se:

• autorização para emissão de papel­moeda e moeda metálica;

• aprovação dos orçamentos monetários preparados pelo Banco Central;

• fixar diretrizes e normas da política cambial;• disciplinar o crédito em todas as suas formas;• determinar as taxas do recolhimento compulsório

das instituições financeiras;• regulamentar as operações de redesconto de liqui­

dez;• estabelecer limites para a remuneração das opera­

ções e serviços bancários;• estabelecer normas a serem seguidas pelo Banco

Central nas transações com títulos públicos;• regular a constituição, o funcionamento e a fiscali­

zação das instituições financeiras que operam no país.

O Conselho Monetário Nacional se reúne uma vez por mês para deliberação sobre assuntos relacionados com a sua competência. Em casos extraordinários os membros do Conselho Monetário poderão reunir­se mais de uma vez no mês.

Todas as matérias aprovadas são regulamentadas por meio de resoluções normativas de caráter público, e que obri­gatoriamente serão publicadas no Diário Oficial da União, além na página de normativos do Banco Central do Brasil.

Os mercados financeiros e de capitais são discipli­nados pelo CMN e fiscalizados pelo Banco Central (Lei n. 4728/1965)

BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN)

O Banco Central do Brasil (BACEN) é uma autarquia pertencente ao Ministério da Fazenda, atuando como um órgão executivo do Sistema Financeiro Nacional, cumprindo e fazendo cumprir todas as disposições do Conselho Mone­tário Nacional.

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A administração do Banco Central é executada por um presidente e sete diretores, todos nomeados pelo Pre­sidente da República, após terem seus nomes aprovados pelo Senado Federal.

O Banco Central foi criado em 31.12.1964 por meio da Lei n. 4.595/1964, a denominada Lei da Reforma Bancária.

Sua sede principal está localizada em Brasília, no entanto possui representações regionais em: Belém, For­taleza, Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Salvador.

Compete exclusivamente ao Banco Central do Brasil:• emitir papel­moeda e moeda metálica, obedecendo

os limites determinados pelo CMN;• executar os serviços do meio circulante;• receber os recolhimentos compulsórios e voluntá­

rios das instituições financeiras e bancárias;• realizar as operações de redescontos e emprésti­

mos as instituições financeiras;• regular os serviços de compensação de cheques e

outros papéis;• exercer o controle do crédito sob todas as formas;• exercer a fiscalização das instituições financeiras;• autorizar o funcionamento das instituições financei­

ras;• estabelecer as condições para o exercício de quais­

quer cargos de direção, nas instituições finanacei­ras privadas;

• vigiar a interferência de outras empresas nos mer­cados financeiros e de capitais;

• controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país;• estabelecer via COPOM, a taxa básica de juros

para as operações financeiras – Taxa Selic.

Por meio do Banco Central, o governo intervém direta­mente no sistema financeiro e indiretamente na economia.

A partir de maio de 2002, o Banco Central deixou de emitir títulos de sua propriedade, passando a fazer política monetária, comprando e vendendo títulos do Tesouro Nacional.

O Banco Central do Brasil (BACEN) possui algumas características especiais, tais como:

• BANCO EMISSOR – Emite moeda Saneamento do Meio Circulante.

• BANCOS DOS BANCOS – Recebe os Depósitos Compulsórios. Efetua os Redescontos de Liquidez.

• GESTOR DO SISTEMA FINANCEIRO – Regula­mentação/Ficalização/Autorização/Penalidades.

• EXECUTOR DA POLÍTICA MONETÁRIA – Controle dos Meio de Pagamentos; Controle dos Orçamen­tos Monetários; Determinação via COPOM da Taxa Selic.

• BANQUEIRO DO GOVERNO – Financia o Tesouro Nacional; Administra as Dívidas Públicas Interna e Externa; Gestão das Reservas Internacionais; Representante do País junto às Instituições Finan­ceiras Internacionais: – Dealer – É uma instituição credenciada para

atuar como representante do Banco Central, facilitando a ligação entre o Bacen, a Secreta­ria do Tesouro Nacional e as demais instituições que atuam no Sistema Financeiro Nacional.

– Dealer Primário – Tem como atuação o desen­volvimento do mercado primário de títulos públi­cos federais (doze instituições no máximo).

– Dealer Especialista – Atua no desenvolvimento do mercado secundário dos títulos públicos federais (dez instituições no máximo).

Obs.:� A cada semestre um dealer é substituído em cada um dos grupos.

Leilões Informais – Go Around: Visa manter o maior nível de competitividade, promovendo a participação de todos os dealers credenciados, quando da operação de venda ou de resgate de títulos.

COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA – COPOM

O Copom foi criado com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a meta da taxa básica de juros da economia – Taxa Selic, também denomi­nada de Taxa Over Selic, é a taxa de referência do mercado, e que regula as operações diárias com os títulos públicos federais.

Ao definir a taxa de juros o Copom poderá indicar o seu viés de alta ou de baixa.

A taxa de juros fixada pelo Copom é a denominada Taxa Selic (taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títulos públicos federais, registrados no SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia – que deve vigorar ao longo do período entre as reuniões do Comitê.

As reuniões do Comitê ocorre mais ou menos a cada 45 dias, totalizando oito por ano.

As reuniões ocorrem ao longo de dois dias, sendo a primeira sessão às terças­feiras, e a segunda às quartas­­feiras, quando será anunciada a decisão sobre a nova taxa de juros para o próximo período.

Oito dias após o fim de cada reunião do Comitê – às quintas­feiras da semana subsequente à da reunião – será divulgada a ata da reunião. A divulgação será na página do Banco Central, e junto a imprensa

COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM

A Comissão de Valores Mobiliários é uma autarquia pertencente ao Ministério da Fazenda, que tem por objetivo regulamentar e fiscalizar o mercado de capitais.

Opera com autonomia adminstrativa, financeira e patri­monial, atuando como órgão normativo no mercado de valo­res mobiliários, incluindo as companhias abertas, os inter­mediários financeiros e os investidores, além de outros integrantes desse mercado. A CVM tem poderes para dis­ciplinar, normatizar e fiscalizar todos os segmentos do Mer­cado de Capitais.

A CVM tem sua sede na cidade do Rio de Janeiro e sua diretoria é composta por um Presidente e quatro Diretores todos nomeados pelo Presidente da República, contando ainda com Superintendências Regionais nas cidades de São Paulo e Brasília.

São objetivos da CVM:• estimular a aplicação da poupança no mercado acio­

nário;

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1. (FCC) Uma forma de buscar a segurança do sistema financeiro nacional se dá com a fixação do capital míni­mo das instituições financeiras cuja competência é do:a. Ministro da Fazenda.b. Banco Central do Brasil.c. Presidente da República.d. Comissão de Valores Mobiliárias.e. Conselho Monetário Nacional.

2. (FCC) O Conselho Monetário Nacional constitui a au­toridade maior na estrutura do sistema financeiro na­cional. Dentre as suas competências, é correto afirmar que:a. concede autorização às instituições financeiras, a

fim de que possam funcionar no País.b. efetua o controle dos capitais estrangeiros.c. regula a constituição, o funcionamento e a fiscali­

zação das instituições financeiras.d. fiscaliza o mercado financeiro.e. recebe os recolhimentos compulsórios das institui­

ções financeiras.

3. (FCC) Não se refere a uma competência do Banco Central do Brasil:a. exercer a fiscalização das instituições financeiras.b. executar os serviços do meio circulante.c. emitir moeda­papel e moeda metálica.d. receber os depósitos compulsóriose. fixar as diretrizes e normas da política cambial.

4. (FCC) Com relação à atuação do Banco Central do Brasil, é correto afirmar que ele:a. pode realizar operações de redesconto para insti­

tuições financeiras.b. não pode compar ou vender títulos públicos fede­

rais.c. pode limitar as taxas de juros.d. pode determinar o capital mínimo das companhias

abertas, no mercado de capitais.e. fiscaliza as companhias de seguros.

5. (FCC) A Comissão de Valores Mobiliários – CVM – pro­cura atuar de várias formas para atingir seus objetivos, enquanto reguladora do mercado de capitais. Uma dessas formas de atuação se dá com:a. o julgamento de valor quanto às informações divul­

gadas pelas companhias no mercado de seguros.b. a fiscalização de todas as operações realizadas

pelos bancos comerciais.c. a autorização para funcionamento dos Bancos de

Investimentos.d. a indução de comportamento, autorregulação e au­

todisciplina.e. a transferência para o Banco Central, da fiscaliza­

ção sobre as empresas e os investidores que parti­cipam do mercado de capitais.

6. (CESPE) A Lei n. 4.595/1964, alterada pela Lei n. 6.045/1974, dispõe sobre as competências do CMN. De acordo com essa lei, compete ao CMN:a. determinar as características gerais, exclusiva­

mente, das cédulas e dos tributos.b. autorizar as emissões de papel­moeda.c. disciplinar o crédito em determinadas modalidades.d. coordenar sua própria política com a de investi­

mentos dos governos federal, estadual e municipal.e. fixar diretrizes e normas da política internacional.

7. (CESPE) Ao exercer as suas atribuições, o BACEN cumpre funções de competência privativa. A respeito dessas funções, julgue os itens a seguirI – Ao realizar as operações de redesconto de liquidez

às instituições financeiras, o BACEN cumpre a fun­ção de banco dos bancos.

II – Ao emitir meio circulante, o BACEN cumpre a fun­ção de banco emissor.

III – Ao ser o depositário das reservas oficiais e ouro, o BACEN cumpre a função de banqueiro do governo.

IV – Ao autorizar o funcionamento, estabelecendo a dinâmica operacional, de todas as instituições fi­nanceiras, o BACEN cumpre a função de gestor do Sistema Financeiro Nacional.

V – Ao determinar, por meio do Comitê de Política Mo­netária (COPOM), a taxa de juros de referência para as operações de um dia (taxa selic), o BACEN cumpre a função de executor da política monetária.

Estão certos, apenas os itensa. I, II, III e IV.b. I, II, III e V.c. I, II, IV e V.d. I, III, IV e V.e. II, III, IV e V.

8. Composição do Conselho Monetário Nacional:a. Ministro da Fazenda; Presidente do Banco do Bra­

sil; Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão.b. Ministro da Fazenda; Presidente da Caixa Econô­

mica Federal e Presidente do Banco Central.c. Ministro da Fazenda; Ministro do Planejamento,

Orçamento e Gestão e Presidente do Banco Cen­tral do Brasil.

d. Presidente do Banco Central do Brasil; Ministro da Fazenda e Presidente do Banco do Brasil.

e. Ministro da Fazenda; Presidente do Banco Central e Secretário do Tesouro Nacional.

9. (CESPE) Junto ao Conselho Monetário Nacional funcio­nam várias comissões consultivas, entre elas as Comis­sões de(o)a. mercado futuro.b. seguros privados.c. crédito rural e de endividamento público.d. política internacional.e. assuntos tributários.

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10. (CESPE) As competências privativas do BACEN in­cluem:a. a emissão de debêntures conversíveis em ações.b. a realização de operações de redesconto de liqui­

dez.c. a definição da tributação sobre as operações finan­

ceiras.d. o exercício da fiscalização das instituições financei­

ras, sem, contudo, aplicar­lhes penalidades.e. autorização para as companhias abertas efetua­

rem lançamentos públicos de ações.

11. (CESPE) Assinale a opção correta acerca do mercado financeiroa. É de competência privativa do BACEN a formulação

das normas que disciplinam o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em to­das as suas formas.

b. Os percentuais de recolhimento compulsório a que as instituições financeiras estão sujeitas podem va­riar em função das regiões geoeconômicas.

c. As operações de hot-money, vendor finance e cré­ditos rotativos constituem instrumentos típicos de atuação dos bancos comerciais no mercado mo­netário.

d. As operações do mercado interfinanceiro são des­tinadas a atender ao fluxo de recursos demandado pelas instituições financeiras e são lastreadas em certificados de depósitos bancários.

e. Nas operações de crédito direto ao consumidor, as instituições financeiras estão desobrigadas de informar previamente ao cliente o custo efetivo to­tal.

12. (FCC) Compete à Comissão de Valores Mobiliários – CVM – disciplinar as seguintes matérias:I – registro das companhias abertas

II – execução da política monetáriaIII – registro e fiscalização dos fundos de investimentosIV – registro de distribução de valores mobiliáriosV – custódia de títulos públicos.

Está correto o que se afirma apenas, em:a. I, II e III.b. I, II e IV.c. I, III e IV.d. II, III e V.e. III, IV e V.

13. (FCC) De acordo com as normas do Conselho Mone­tário Nacional – CMN – os bancos múltiplos devem ser constituídos com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas obrigatóriamente dea. crédito, financiamento e investimento.b. câmbio.c. crédito imobiliário.d. arrendamento mercantil.e. investimento.

14. (FCC) São instituições que podem captar depósitos a prazo junto ao público:a. sociedade de arrendamento mercantil.b. sociedade de crédito imobiliário.c. bancos de investimentos.d. bolsa de valores.e. sociedades corretoras de títulos e valores mobili­

ários.

15. O BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Eco­nômico e Social – tem dentre outros objetivos o de:a. promover o crescimento e a diversificação das im­

portaçõesb. adquirir e financiar estoques de produção espotá­

velc. executar, por conta do BACEN, a compensação de

cheques e outros papéis.d. promover de forma integrada o desenvolvimento

das atividades agrícolas, industriais e de serviços.e. controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantin­

do o correto funcionamento do mercado cambial.

16. O BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Eco­nômico e Social – é uma das instituições responsáveis pelo financiamento do capital fixo das empresas, apli­cando a taxa de juros denominadaa. taxa selic.b. taxa compactuada.c. ptax.d. taxa de juros de longo prazo.e. taxa compactuada.

17. (FCC) O Comitê de Política Monetária – COPOM – tem como objetivoa. Implementar a política monetária e definir a meta

da Taxa Selic e o seu eventual viés.b. Definir a TJPL – Taxa de Juros de Longo Prazo.c. Reunir periodicamente os ministros da Fazenda,

do Planejamento, Orçamento e Gestão e o Presi­dente do Banco Central do Brasil.

d. Disciplinar a política do crédito em todas as suas formas.

e. Receber o recolhimento dos depósitos compulsó­rios.

18. Não pode financiar empreendimento imobiliário:a. Banco do Brasil.b. Banco de Investimento.c. Caixa Econômica.d. Sociedade Crédito Imobiliário.e. Associação de Poupança e Empréstimos.

19. Não pode captar recursos junto ao público:a. Banco Múltiplo com Carteira Comercial.b. Agência de Fomento.c. Caixa Econômica.d. Cooperativa de Crédito.e. Associação de Poupança e Empréstimos.

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20. (FCC) O Sistema Especial de Liquidação e Custódia – SELIC – desde a sua criação tem importância es­tratégica para o mercado financeiro e para o governo. Como uma de suas principais características, é correto afirmar que:a. liquida todas as suas operações no dia seguine ao

da negociação.b. realiza a compensação de cheques para o sistema

financeiro.c. registra os DI – Depósitos Interfinanceiros.d. é administrado pela FEBRABAN – Federação Bra­

sileira dos Bancos.e. registra as negociações com títulos públicos fede­

rais.

21. (CESPE) Com referência a instituições financeiras e instrumentos financeiros, assinale a opção correta.a. O Banco Comercial será constituído exclusivamen­

te sob a forma de S.A de Capital Aberto.b. O BACEN opera no mercado financeiro captado re­

cursos através da emissão de debêntures de longo prazo.

c. Através da venda de títulos públicos federais, o Banco Central aplica um dos instrumentos de polí­tica monetária, pois promove a expansão da eco­nomia.

d. Os Bancos de Investimentos financiam capital fixo e capital de giro das empresas, além de participa­rem das operações de underwriting.

e. A taxa Selic, instrumento usado no mercado finan­ceiro, é elaborada e determinada pelo Banco do Brasil.

22. Analise:I – Os bancos comerciais podem manter contas de

depósitos à vista.II – O CDB – Certificado de Depósito Bancário é uma

modalidade de depósito à vista.III – As Cooperativas de Crédito não podem ser clas­

sificadas como instituições financeiras pois estão impedidas de captarem depósitos à vista.

IV – As Sociedades de Crédito Imobiliário integram o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos, podendo captarem recursos via Caderneta de Pou­pança.

Assinale:a. se todas as afirmativas estiverem corretas.b. se somente as afirmativas II e IV estiverem corre­

tas.c. se somente as afirmativas I e IV estiverem corre­

tas.d. se somente as afirmativas II, III e IV estiverem cor­

retas. e. se somente a afirmativa IV estiver correta.

23. Captam depósitos à vista:I – Bancos de Investimentos.II – Cooperativas de Crédito.

III – Banco Múltiplo sem Carteira Comercial.IV – Bancos Comerciais.V – Caixa Econômica.VI – Banco Cooperativo.

VII – Banco de Câmbio.

Estão corretos apenas os itens:a. II, IV, V e VI.b. I, III, IV, V e VI.c. I, II, III, IV e V.d. II, III, V e VI.e. II, IV, V e VI.

24. (FCC) O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional é um órgão colegiado, integrante da estrutura do Ministério da Fazenda, que julga recursosI – em segunda e última instância administrativa.II – em primeira instância, de decisões do Banco Cen­

tral do Brasil relativas a penalidades por infrações à legislação cambal.

III – de decisões da Comissão de Valores Mobiliários relativas a penalidades por infrações à legislação de capitais estrangeiros.

Está correto o que consta ema. I, II e III.b. II apenas.c. I e III apenas.d. I apenas.e. II e III apenas.

25. O Conselho Monetário Nacional:a. reune­se ordinariamente um vez por mês.b. executa a política monetária do governo.c. regulamenta os serviços de compensação de che­

ques e outros papéis.d. recebe os depósitos compulsórios e os depósitos

voluntários das instituições financeiras.e. executa os serviços do meio circulante.

26. (FCC) O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – SE­LIC – do Banco Central do Brasil, é um sistema informa­tizado que:a. é operado em parceria com a CETIP S.A. Balcão

Organizado de Ativos e Derivativos.b. substitui o Sistema de Pagamentos Brasileiro –

SPB.c. tem como participantes exclusivamente o Tesou­

ro Nacional e Bancos Múltiplos.d. atua como órgão regulador do mercado de câmbio.e. se destina à custódia de títulos escriturais de emis­

são do Tesouro Nacional, bom como ao registro e à liquidez de operações com esses títulos.

27. (FCC) As Cooperativas de Crédito se caracterizam por:a. atuação exclusiva junto ao setor rural.b. retenção obrigatória dos eventuais lucros auferidos

com sua operações.c. captação por meio de depósitos à vista e a prazo

de associados, de entidades de previdência com­plementar e de sociedades seguradoras.

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d. concessão de crédito a associados e ao público em geral, por meio de desconto de títulos, emprésti­mos e financiamentos.

e. captação, por meio de depósitos à vista e a prazo somente de associados, de empréstimos, repasses e refinanciamentos de outras entidades financeiras e de doações.

28. (FCC) Conforme a legislação em vigor, o arrendamen­to mercantil ou leasing é uma operação cujo contrato:a. tem prazo mínimo de 180 dias, na modalidade “le-

asing operacional”.b. contempla apenas bens novos.c. determina que o arrendatário é o proprietário do

bem.d. não permite a quitação antes do prazo mínimo na

modalidade de leasing financeiro.e. sobre as operações incidem o IOF – Imposto sobre

Operacões Financeiras.

29. Os depósitos interfinanceiros (DI) constituem um me­canismo ágil de transferência de recursos entre insti­tuições financeiras. As operações para liquidação no dia seguinte (D+1) ao da negociação são:a. na Bolsa de Valores.b. na CETIP S.A.c. no Banco Central do Brasil.d. no Sistema Especial de Liquidação e Custódia.e. no Serviço de Compensação de cheques e outros

papéis.

30. (FCC) É de competência privativa do Conselho Nacio­nal de Seguros Privados:a. fixar as características gerais dos contratos de se­

guros.b. aplicar as reservas técnicas provenientes dos con­

tratros de seguros.c. fiscalizar as sociedades seguradoras e aplicar as

penalidades cabíveis.d. exercer o controle sobre os contratos de ressegu­

ros e cosseguros.e. nomear os integrantes da diretoria da SUSEP – Su­

perintendência de Seguros Privados.

31. (CESPE) A cobrança de títulos é um dos produtos mais importantes desenvolvidos pelas instituições financei­ras. Este tipo de serviço gera vantagens tanto para a empresa como para o Banco. As vantagens geradas para o Banco são:I – aumentos das taxas de CDI – Certificado de Depó­

sito Bancário.II – aumento dos depósitos a vista, pelos créditos das

liquidações.III – aumento das receitas pela cobrança de tarifas so­

bre os serviços.IV – consolidação do relacionamento com o cliente.V – capilaridade da rede bancária internacional.

Estão corretas apenas as afirmativas:

a. I, II e III.b. I, III e IV.c. II, III e IV.d. II, IV e V.e. III, IV e V.

G A B A R I T O

1. e2. c3. e4. a5. d6. b7. a8. c9. c.

10. b11. b12. c13. e14. c15. d16. d17. a18. b.19. b20. e21. d22. c23. a24. d25. a26. e27. e.28. d29. b30. a31. c

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SUMÁRIO

MATEMÁTICA

NÚMEROS INTEIROS, RACIONAIS E REAIS; PROBLEMAS DE CONTAGEM ................................................114

SISTEMA LEGAL DE MEDIDAS .....................................................................................................................130

RAZÕES E PROPORÇÕES; DIVISÃO PROPORCIONAL; REGRAS DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA; PORCENTAGEM ..................................................................................................................................... 135

EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES DE 1º E 2º GRAUS; SISTEMAS LINEARES .......................................................151

FUNÇÕES; GRÁFICOS .................................................................................................................................166

SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS ..........................................................................................................................182

FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS .............................................................................................178

NOÇÕES DE ESTATÍSTICA ...........................................................................................................................220

JUROS SIMPLES E COMPOSTOS: CAPITALIZAÇÃO E DESCONTOS ...........................................................185

TAXAS DE JUROS: NOMINAL, EFETIVA, EQUIVALENTES, PROPORCIONAIS, REAL E APARENTE ..............186

REN DAS UNIFORMES E VARIÁVEIS .............................................................................................................212

PLANOS DE AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS .....................................................216

CÁLCULO FINANCEIRO: CUSTO REAL EFETIVO DE OPERAÇÕES DE FINANCIAMENTO, EMPRÉSTIMO E INVESTIMENTO ........................................................................................................................................219

AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTO ..................................................................................220

TAXAS DE RETORNO ...................................................................................................................................220

TABELAS FINANCEIRAS ...............................................................................................................................235

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{ }I X / X é dízima não periódica=

CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS

1 1 3R Q I ...; 5; 1; ;0; ; ;1,45; ;...2 2 4

= ∪ = − − − π

Observações:1) Número racional é todo aquele que pode ser escrito

na forma de ab

com “a” e “b” inteiros e “b” ≠ 0.

2) Número irracional é todo aquele que NÃO pode ser

escrito na forma de ab

com “a” e “b” inteiros e “b” ≠ 0.

3) N ⊂ ℤ ⊂ Q.

4) Q ∩ I = ∅.

5) Resumo:

IR

Nℤ

Q

INTERVALOS REAIS

Certos subconjuntos de R, determinados por desigual­dades, têm grande importância na Matemática: são os inter­valos. Assim, dados dois números reais, a e b, com a > b, tem­se:

1. Intervalo aberto de extremos a e b:

a b] [ ( ) ( ) { }a,b ou a,b ou a,b ou x R / a x b∈ < <

2. Intervalo fechado de extremos a e b:

a b[ ]{ }a;b x R / a x b∈ ≤ ≤

3. Intervalo fechado à esquerda e aberto à direita de extremos a e b:

a b

[ [ [ ) { }a,b ou a,b ou x R / a x b∈ ≤ <

CONJUNTOS NUMÉRICOS

CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS

N = {0; 1; 2; 3; 4; 5; ...}

Propriedades dos Números Naturais

• A soma de dois números naturais quaisquer é um número natural.

• O produto de dois números naturais quaisquer é um número natural.

• Se n é um número natural, então n+1 é um número natural tal que: – n e n + 1 são chamados de “números naturais

consecutivos”; – n é o antecessor de n + 1; – n + 1 é o sucessor de n.

CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS

ℤ = {0; + 1; + 2; + 3; + 4; + 5; ... }

Propriedades dos Números Inteiros

• Todo número natural é inteiro, isto é, N ⊂ Z.• A soma de dois números inteiros quaisquer é um

número inteiro.• A diferença entre dois números inteiros quaisquer é

um número inteiro.• O produto de dois números inteiros quaisquer é um

número inteiro.• Se n é um número natural, então n+1 é um número

natural tal que: – n e n+1 são chamados de “números inteiros con­

secutivos”; – n é o antecessor de n+1; – n+1 é o sucessor de n.

• Todo número inteiro possui sucessor e antecessor.• Para todo número inteiro x existe o inteiro y, deno­

minado “oposto de x ”, tal que x + y = y + x = 0. Indi­caremos o oposto de x por ­ x.

CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS OU FRACIONÁRIOS

1 3Q ...; 5; ;0; ;1,45;...2 4

= − −

p *Q / p ℤ e q ℤq

= ∈ ∈

CONJUNTO DOS NÚMEROS IRRACIONAIS

{ }3 4I ...; 10; 2; 3; ;...= − π

Indicamos o conjunto de todos os números irracionais pelo símbolo I.

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4. Intervalo aberto à esquerda e fechado à direita de extremos a e b:

a b] ] ( ] { }a,b ou a,b ou x R / a x b∈ < ≤

5. Intervalo incomensurável fechado à esquerda em a:

a[ [ [ ) { }a, ou ou x R / x a+∞ +∞ ∈ ≥

6. Intervalo incomensurável aberto à esquerda em a:

a] [ ( ) { }a, ou a, ou x R / x a+∞ +∞ ∈ >

7. Intervalo incomensurável fechado à direita em a:

a] ] ( ] { },a ou ,a ou x R / x a−∞ −∞ ∈ ≤

8. Intervalo incomensurável aberto à direita em a:

a] [ ( ) { },a ou ,a ou x R / x a−∞ −∞ ∈ <

9. Intervalo incomensurável de − ∞ a + ∞:

a

] [ ( ), ou , ou R−∞ +∞ −∞ +∞

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

R. 1. Sejam os conjuntos A = {2n | n ∈ Z} e B = {2n ­ 1 | n ∈ Z}. Sobre esses conjuntos, pode-se afirmar:

I – A ∩ B = ∅II – A é o conjunto dos números pares.III – B ∪ A = ℤEstá correto o que se afirma em:a. I e II, apenas.b. II, apenas.c. II e III, apenas.d. III, apenas.

e. I, II e III.

Solução

Para todo n ∈ Z temos que 2n é sempre par e 2n ­ 1 é sempre ímpar.

Logo { }A ..., 6, 4, 2,0,2,4,6,...= − − − e { }B ..., 5, 3, 1,1,3,5,...= − − − .

Daí segue que A B∩ = ∅ ; A é o conjunto dos números pares; B é o conjunto dos números ímpares e B A ℤ∪ = . Portanto, todos os itens estão corretos. Letra “e”.

R.2. Se e 20A x ℤ / n,n Nx

= ∈ = ∈ { }B x R / x 5n,n N= ∈ = ∈ ,

então o número de elementos de A B∩ é:a. 3b. 4c. 5d. 6e. 7

Solução

Os possíveis valores inteiros de x, tal que 20x

seja um número natural são: 1, 2, 4, 5, 10 e 20.

Logo, A = {1, 2, 4, 5, 10, 20}. Temos também que B = {0, 5, 10, 15, 20, ...}.

Portanto, A ∩ B = {5, 10, 20}. Daí segue que n (A ∩ B). Letra “a”.

E X E R C Í C I O S

(GRUPO 1)

1. Considere a e b números naturais quaisquer. Podemos afirmar corretamente que:

a. a2

será um número natural.

b. ab

será um número natural.

c. a será um número natural.d. a x b será um número natural.e. a ­ b será um número natural.

2. Considere os seguintes subconjuntos de números naturais:

{ }{ }{ }{ }{ }

N 0,1,2,3,4,...P x N: 6 x 20A x P: x é parB x P: x é divisor de 48C x P: x é múltiplo de 5

== ∈ ≤ ≤= ∈= ∈= ∈

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4

O número de elementos do conjunto ( )A B C− ∩ é:a. 2b. 3c. 4d. 5e. 6

3. Considere a equação 4x + 12y = 1.705. Diz­se que ela admite uma solução inteira se existir um par ordenado (x, y), com x, y ∈ Z, que a satisfaça identicamente. A quantidade de soluções inteiras dessa equação é:a. 0b. 1c. 2d. 3e. 4

OPERAÇÕES COM NÚMEROS RACIONAIS

As operações com números racionais englobam o estudo das mesmas com os inteiros e consequentemente com os naturais. Daremos ênfase ao estudo das operações envolvendo frações.

ADIÇÃO E/OU SUBTRAÇÃO DE FRAÇÕES

Com denominadores iguais

Conserva­se o denominador, adicionando ou sub­traindo os numeradores.

Exemplo

4 7 9 4 7 9 215 15 15 15 15

+ −+ − = =

Com denominadores diferentes

Substituem­se as frações dadas por outras, equiva­lentes, cujo denominador será o MMC dos denominadores dados.

Exemplo:

( )m.m.c 2;4;9 361 3 4 18 27 16 18 27 16 72 4 9 36 36 36 36 36

= − +− + = − + = =

IMPORTANTE

Como encontrarmos que a fração 1624

, por exemplo, é

equivalente à fração 23

?

Basta pegarmos o 24, dividirmos pelo número 3 e em seguida multiplicarmos por 2 para encontrarmos o número 16.

Mais adiante poderemos encontrar uma fração equivalente

a outra usando proporção. Isto é, poderemos fazer: 2 x3 24

=

(o que nos dá x = 16).

Multiplicação de Frações

Para multiplicarmos duas ou mais frações, devem­se:1º – multiplicar os numeradores, encontrando o novo

numerador;2º – multiplicar os denominadores, encontrando o novo

denominador.

Exemplo

2 5 3 2 5 3 303 4 7 3 4 7 84

⋅ ⋅⋅ ⋅ = =

⋅ ⋅

Divisão envolvendo Frações

Para efetuar uma divisão onde pelo menos um dos números envolvidos é uma fração, devemos multiplicar o pri­meiro número (dividendo) pelo inverso do segundo (divisor).

Exemplos

1) 3 4 3 7 3 7 215 7 5 4 5 4 20

×÷ = × = =

×

2) 4 15 7 15 7 105157 1 4 1 4 4

×÷ = × = =

×

Simplificando Frações

Para simplificarmos uma fração há necessidade de que o numerador e o denominador sejam divisíveis por um mesmo número. Nesse caso, basta dividirmos ambos (numerador e denominador) por esse valor, gerando assim uma fração equivalente à primeira.

Exemplo

Simplificar a fração 3036

até que ela se torne irredutível,

isto é, não possa mais ser simplificada: 30 2 15 3 5: :36 2 18 3 6

= = .

Podemos simplificar também uma fração encontrando o MDC entre o numerador e o denominador da mesma. Dessa forma, chegaremos a fração irredutível através de uma única simplificação.

Exemplo

Vamos simplificar a fração 3660

. Temos que mdc (36;60)

= 12 Logo: 36 12 3:60 12 5

= .

Multiplicando Frações (simplificando antes do produto)

Antes de realizarmos o produto das frações, podemos simplificar as frações envolvidas na multiplicação.

Page 21: BRB - Gran Cursos Online

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5

Regra Geral

Podemos simplificar qualquer numerador com qualquer denominador das frações envolvidas.

Exemplo

2 5 3?

27 4 7× × =

Vamos simplificar o 2 e 4 por 2 e o 27 e 3 por 3, daí:

2 5 3 1 5 1 527 4 7 9 2 7 126

× × = × × =

IMPORTANTE

Quando vamos traduzir um problema escrito para a linguagem matemática devemos lembrar que as preposições “da”, “de” e “do” devem ser substituídas pela multiplicação.

Exemplos

1) “ 13

da minha idade,...” ⇒ 13

. minha idade

2) “25

de certo número,...” ⇒ 25

. certo número

3) “47

do meu salário,...” ⇒ 47

. meu salário

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

R. 3. Qual é o número que somado à sua terça parte é igual a 28?

Solução

Seja x o número que procuramos. Logo, temos:1 x 3 x xx x 28 x 28 283 3 3

4x 28 328 x x 213 4

⋅ ++ ⋅ = ⇒ + = ⇒ = ⇒

⋅= ⇒ = ⇒ =

Portanto, o número procurado é 21.

R. 4. Determine o número tal que somado com a metade da sua terça parte menos a quinta parte do seu dobro é igual a 46.

Solução

Seja x o número que procuramos. Logo, temos:

( )1 x 1 x 2xx 2x 46 x 462 3 5 6 5

30x 5x 12x 23x46 4630 30

46 30x x 6023

+ ⋅ − ⋅ = ⇒ + − = ⇒

+ −= ⇒ = ⇒

⋅= ⇒ =

Portanto, o número procurado é 60.

R. 5. Paulo gasta 13

do seu salário com alimentação e 25

do que sobra com lazer. Sabendo que o salário de Paulo é de R$ 1.080,00, qual a quantia, em reais, que ele gasta com lazer?

Solução

1 10801080 3603 3

⋅ = = → gasta com alimentação.

1.080 – 360 = 720 → lhe sobra.

2 2 720720 2885 5

⋅⋅ = = → gasta com lazer. Portanto,

Paulo gasta R$ 288,00 do seu salário com lazer.

E X E R C Í C I O S

(GRUPO 2)

1. Calculando­se os 34

dos 25

dos 73

de 120, obtém­se:a. 95b. 87c. 84d. 21e. 16,8

2. Um copo cheio de água pesa 385g. Com 23

da água pesa 310g. Pergunta­se:a. Qual é o peso do copo vazio?

b. Qual é o peso do copo com 35

de água?

3. Pedro e Luís tinham, em conjunto, a importância de

R$ 690,00. Pedro gastou 35

de seu dinheiro e Luís

gastou 14

do que possuía, ficando ambos com quantias

iguais. Pedro tinha a quantia de:a. R$ 510,00b. R$ 270,00c. R$ 450,00d. R$ 350,00e. R$ 380,00

4. Uma pessoa depois de ter percorrido correndo 15

de

um percurso e em seguida caminhado 34

do que fal­

tava, percebeu que ainda faltavam 320 metros para o final do trajeto. A extensão total do circuito é de:a. 1,2 kmb. 1,4 km

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c. 1,6 kmd. 1,8 kme. 2,0 km

5. Toda a produção mensal de latas de refrigerante de cer­ta fábrica foi vendida a três lojas. Para a loja A, foi ven­

dida metade da produção; para a loja B, foram vendidos 25

da produção e para a loja C, foram vendidas 2500

unidades. Qual foi a produção mensal dessa fábrica?a. 4.166 latasb. 20.000 latasc. 25.000 latasd. 10.000 latase. 10.100 latas

6. Quando colocaram 46,2 litros de gasolina no tanque do carro de Horácio, observou­se que o ponteiro do marca­

dor, que antes indicava estar ocupado 15

da quantidade

do tanque, passou a indicar 34

. Nessas condições, é cor­

reto afirmar que a capacidade total desse tanque, em li­tros, é:a. 70b. 84c. 90d. 96e. 120

7. Da renda mensal de uma determinada família, 16

é des­

tinado para o aluguel da casa, 14

para a alimentação e

18

é usado na educação das crianças. Descontado da

renda mensal o dinheiro do aluguel, da alimentação e

da educação, a família deposita 15

do que sobra na

poupança, restando, ainda, R$ 440,00 para despesas diversas. Com base nessas informações, determine, em reais, 7% da renda mensal da família.

8. Quando meu irmão tinha a idade que tenho hoje, eu

tinha 14

da idade que ele tem hoje. Quando eu tiver

a idade que meu irmão tem hoje, as nossas idades somarão 95 anos. Hoje, a soma de nossas idades, em anos, é:a. 53b. 58c. 60d. 65e. 75

9. Uma sorveteria adquiriu frascos de concentrados de limão e morango. Os produtos foram entregues, em­balados em 10 caixas com 24 frascos em cada caixa.

38

dos frascos de cada caixa eram do sabor limão e

os restantes do sabor morango. O número de frascos de sabor morango adquiridos por essa sorveteria foi:a. 90b. 120c. 150d. 180e. 200

10. Em uma barraca que vende ferramentas para trabalho no campo, um trabalhador gastou um total de R$ 86,00

na compra de 3 pás, 2 enxadas e 2 foices. Se o preço

de cada pá correspondeu a 65

do preço de cada en­

xada e a 45

do preço de cada foice, então o preço de

cadaa. pá foi R$ 9,00.b. pá foi R$ 12,00.c. enxada foi R$ 12,00.d. enxada foi R$ 15,00.e. foice foi R$ 16,00.

11. Paulo e Cezar têm algum dinheiro. Paulo dá a Cezar

R$ 5,00 e, em seguida, Cezar dá a Paulo 13

do que

possui. Assim, ambos ficam com R$ 18,00. A diferença entre as quantias que cada um tinha inicialmente é:a. R$ 7,00b. R$ 9,00c. R$ 8,00d. R$ 10,00e. R$ 11,00

12. Uma videolocadora classifica seus 1.000 DVDs em lan­çamentos e catálogo (não lançamentos). Em um final de semana, foram locados 260 DVDs, correspondendo a quatro quintos do total de lançamentos e um quinto do total de catálogo. Portanto, o número de DVDs de catálogo locados foi:a. 80b. 100c. 130d. 160e. 180

13. Numa visita ao zoológico, ℤilá levou algumas bananas que distribuiu a três macacos. Ao primeiro, deu a me­tade do que levou e mais meia banana; ao segundo, a metade do restante e mais meia banana; ao tercei­ro, a metade do restante e mais meia banana. Se, as­sim, ela distribuiu todas as bananas que havia levado, quantas bananas recebeu o segundo macaco?a. 8b. 5c. 4d. 2e. 1

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14. Um produtor rural possui dois açudes, A e B, de igual capacidade, utilizados para armazenagem de água para irrigação. Durante o período de estiagem, o açude A

estava com 14

de sua capacidade e o açude B com

apenas 15

. Para reduzir custos de manutenção, o

produtor resolveu passar 34

da água do açude B para

o açude A e trabalhar apenas com este último. Após esta operação, sendo V litros as capacidades destes açudes quando estão cheios, então, para que o açude A fique completo falta?

a. 3V4

Litros.

b. 2V5

Litros.

c. 2V3

Litros.

d. 3V5 Litros.

e. 4V5

Litros.

15. Em uma promoção de final de semana, uma monta­dora de veículos colocou à venda “n” unidades, ao preço unitário de R$ 20.000,00. No sábado foram

vendidos 29

dos veículos, no domingo 17

do que res­

tou, sobrando 300 veículos. Nesse final de semana, se os “n” veículos tivessem sido vendidos, a receita da montadora, em milhões de reais, seria de:a. 7,6b. 8,4c. 7d. 9,5e. 9

DÍZIMA PERIÓDICA

Uma dízima periódica é um número decimal com expansão infinita oriundo de uma divisão inexata.

IMPORTANTE

NUNCA devemos efetuar operações com dízimas periódicas.

Fração Geratriz

É a fração que gera a dízima periódica. É com ela que devemos realizar as operações no lugar da dízima periódica.

Exemplo

I) Dízimas Simples:

a)145 1 144 161,45

99 99 11−

= = =

b)31 3 283,1

9 9−

= =

c)836 8 828 928,36

99 99 11−

= = =

C O M E N T T R I O�Numa dízima periódica simples, montamos a fração geratriz onde: o numerador será o próprio número desconsiderando a vírgula menos (–) a parte não periódica do número. Enquanto o denominador será representado por um algarismo “9”, para cada algarismo do período.

II) Dízimas Compostas:

d)1245 12 1233 1371,245

990 990 110−

= = =

e)842 84 758 3790,842

900 900 450−

= = =

f)4 0 4 10,004900 900 225

−= = =

C O M E N T T R I O�Numa dízima periódica composta, o numerador será o próprio número desconsiderando a vírgula menos (–) a parte NÃO periódica do número. Enquanto o denominador será represen-tado por um algarismo “9”, para cada algarismo do período, seguido(s) por um “0” para cada algarismo não periódico.

IMPORTANTE

1) O travessão em cima dos algarismos indica que aquele grupo de algarismos é o período da dízima.

2) Algarismo não periódico é todo número que separa a vírgula do período.

EXERCÍCIO RESOLVIDO

R. 6. Determine o valor da expressão: ( ) 2

1,7 0,4

1,2

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8

Solução

( ) 2 2

16 41,7 0,4 49 9

3111,29

⋅⋅= =

49

⋅81

⋅48

121 121=

Lembrete:

17 1 161,79 9

4 0 40,49 9

12 1 111,29 9

−= =

−= =

−= =

NÚMERO MISTO

É todo número racional (fracionário) que é representado por uma parte inteira e outra fracionária.

Transformação de Número Misto em Fração

y z x yxz z

→ ⋅ +=→

Exemplos

•1 4 3 1 1334 4 4

⋅ += =

•2 5 7 2 3775 5 5

⋅ += =

•7 8 1 7 1518 8 8

⋅ += =

Transformação de Fração em Número Misto

18 5 18 315 3 35 5

3

⇒ ⇒

81 2 81 180 40 402 2

1

⇒ ⇒

27 4 27 324 6 64 4

3

⇒ ⇒

E X E R C Í C I O S

(GRUPO 3)

1. Transforme em fração os números mistos:

a.435

b.378

c.194

d.387

e.4109

f.566

g.9120

h.538

i.538

− −

2. Escreva as frações em forma de número misto:

a.143

b.212

c.385

d.727

e.809

3. Escreva na forma de fração:a. 0,3232232232...b. 0,32c. 0,0444...d. 0,04e. 1,454545...f. 3,666...g. 3,2666...h. 3,266

4. Marque C (Certo) ou E (Errado).

I – 3

4 é um número racional.

II – 34

é um número racional.

III – 9 é um número natural.

IV – Se X ∈ ℤ e Y ∈ ℤ então X . Y ∈ ℤ

V – Se X ∈ ℤ e Y ∈ ℤ então x Qy

∈ .

VI – Se X e Y são números racionais compreendidos en­tre 0 (zero) e 1 (um) então X . Y < X.

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G A B A R I T O

GRUPO 1

ANÁLISE COMBINATÓRIA

Os problemas de análise combinatória são problemas de contagem. Eles estão divididos em 2 grupos:

a) Arranjo: quando a ordem dos elementos dentro do agrupamento é importante.

Exemplo: em uma placa de um automóvel, a ordem dos caracteres é importante.

J K D 3728 ≠ J D K 2837

b) Combinação: quando a ordem dos elementos dentro do agrupamento não é importante.

Exemplo: se quisermos contar o número de diagonais que podem ser construídas no interior de um círculo a partir de 9 pontos marcados sobre a circunferência, a diagonal AF é igual a diagonal FA.

AF = FA

AI

H

G

F E

D

C

B

PRINCÍPIOS DE CONTAGEM

1. Princípio Multiplicativo

Se um evento A pode ocorrer de “n” modos e outro evento B pode ocorrer de “m” modos, então os dois, um seguido do outro, podem ocorrer de “n.m” modos distintos.

TA e B = n.m

Exemplos:

a) Quantos caminhos existem para ir de “X” até “ℤ” na figura abaixo?

X Y ℤ

Txz = ?Xℤ = XY e YℤTxz = 4 . 5Txz = 20 caminhos diferentes

1. d2. a

3. a

GRUPO 2

1. c2. a) 160g

b) 295g3. c4. c5. c6. b7. 84

8. d9. c

10. b11. c12. e13. d14. d15. e

GRUPO 31.

a.195

b.598

c.374

d.597

e.949

f.416

g.2920

h.198

i.298

2.a.

243

b.1102

c.375

d.2107

e.889

3.a.

32299990

b.825

c.2

45

d.1

25

e.1611

f.113

g.4915

h.1633500

4. I – E II – C III – C IV – C V – C VI – C

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10

b) Quantos caminhos existem para ir de “X” até “W” na figura abaixo?

X Y ℤ W

Txw = ?XW = XY e Yℤ e ℤWTxw = 3 . 5 . 4Txw = 60

2. Princípio Aditivo

Enquanto o princípio multiplicativo está associado ao emprego do conectivo “e”, o princípio aditivo está associado ao uso do conectivo “ou” para ligar eventos.

T A ou B = n + m

Exemplos:

a) Quantos caminhos existem para ir de “X” até “W” na figura abaixo?

X W

Y

XW = (XY e YW) ou (Xℤ e ℤW)Txw = 2 . 5 + 4 . 3Txw = 10+12Txw = 22

b) Uma moça tem em seu guarda­roupa 4 saias, 6 calças e 8 blusas. Usando 2 peças adequadamente, de quantos modos distintos ela pode se aprontar, considerando que ela não possa usar calça e saia simultaneamente?

Vestir = Saia e Blusa ou Calça e Blusa

Tv = (4 . 8) + (6 . 8)Tv = 32 + 48Tv = 80

FATORIAL

Dado um número natural “n” (n ≥ 2), o seu fatorial é dado por:

n! = n . (n­1) . (n­2) ........ . 1

Exemplos:

a) 5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 5! = 120

b) 4! = 4 . 3 . 2 . 1 4! = 24

c) 3! = 3 . 2 . 1 3! = 6

d) 2! = 2 . 1 2! = 2

Obs.:

1ª) O fatorial de um número é igual ao produto do número pelo fatorial do seu antecessor.

n! = n . ( n – 1)!

Exemplos:

a) 10! = 10 . 9!b) 32! = 32 . 31!c) 50! = 50 . 49!

Uma consequência importante:

“Observe que no desenvolvimento de um fatorial pode­mos interromper em qualquer ponto, indicando o fatorial onde paramos”.

12! = 12 . 11! ou12! = 12 . 11 . 10! ou12! = 12 . 11 . 10 . 9!12! = 12 . 11 . 10 . 9 . 8!

Uma aplicação prática dessa consequência é a reso­lução de algumas expressões que envolvem fatorial como por exemplo:

Resolver a expressão:

=⋅

20! 202! 18!

⋅ ⋅19 18 !2 ⋅ ⋅1 18!

= 190

2ª) 1! = 1 e 0! = 1

202! 18!⋅

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SUMÁRIO

LÍNGUA PORTUGUESA

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE GÊNEROS VARIADOS........................................... 290

RECONHECIMENTO DE TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS .......................................................................... 291

DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL. EMPREGO DAS LETRAS. EMPREGO DA ACENTUAÇÃO GRÁFICA... 240

DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL. EMPREGO DE ELEMENTOS DE REFERENCIA-ÇÃO, SUBSTITUIÇÃO E REPETIÇÃO, DE CONECTORES E OUTROS ELEMENTOS DE SEQUENCIA-ÇÃO TEXTUAL. EMPREGO/CORRELAÇÃO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS. ......................................... 302

DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO. RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO. RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORA-ÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO. EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO. CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL. EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE. COLOCAÇÃO DOS PRONO-MES ÁTONOS. ....................................................................................................................................... 275

REESCRITURA DE FRASES E PARÁGRAFOS DO TEXTO. SUBSTITUIÇÃO DE PALAVRAS OU DE TRE-CHOS DE TEXTO. RETEXTUALIZAÇÃO DE DIFERENTES GÊNEROS E NÍVEIS DE FORMALIDADE .......... 310

CORRESPONDÊNCIA OFICIAL (CONFORME MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚ-BLICA). ADEQUAÇÃO DA LINGUAGEM AO TIPO DE DOCUMENTO. ADEQUAÇÃO DO FORMATO DO TEXTO AO GÊNERO ........................................................................................................................ 326

Page 28: BRB - Gran Cursos Online

BR

UN

O P

ILASTR

E

2

PARTE 1 – GRAMÁTICA

CAPÍTULO 1 – FONOLOGIA

ORTOGRAFIA OFICIAL

Iniciamos nossos trabalhos com o tema Ortografia Oficial. Sabemos que a correção ortográfica é requisito ele­mentar de qualquer texto. Muitas vezes, uma simples troca de letras pode alterar não só o sentido da palavra, mas de toda uma frase. Em sede de concurso público, temos de estar atentos para evitar descuidos.

Nesta seção, procuraremos sanar principalmente um tipo de erro de grafia: o que decorre do emprego inade­quado de determinada letra por desconhecimento da grafia da palavra.

Antes, porém, vejamos a distinção entre o plano sonoro da língua (seus sons, fonemas e sílabas) e a representação gráfica (escrita/grafia), a qual inclui sinais gráficos diversos, como letras e diacríticos.

É importante não confundir o plano sonoro da língua com sua representação escrita. Você deve observar que a representação gráfica das palavras é realizada pelo sis-tema ortográfico, o qual apresenta características especí­ficas. Essas peculiaridades do sistema ortográfico são res­ponsáveis por frequentes divergências entre a forma oral (sonora) e a forma escrita (gráfica) da língua. Vejamos três casos importantes:

I – Os dígrafos: são combinações de letras que repre­sentam um só fonema.

II – Letras diferentes para representar o mesmo fone­ma.

III – Mesma letra para representar fonemas distintos.

Para ilustrar, selecionamos uma lista de palavras para representar cada um dos casos. O quadro a seguir apre­senta, na coluna da esquerda, a lista de palavras; na coluna da direita, a explicação do caso.

Exemplos Explicação do caso

AcharQuiloCarroSanto

Temos, nessa lista de palavras, exemplos de dígra­fos. Em achar, as duas letras (ch) representam um único som (fricativa pós­alveolar surda). O mesmo vale para a palavra quilo, em que o as duas letras (qu) representam o som (oclusiva velar surda).

ExatoRezarPesar

Nessa lista de palavras, encontramos três letras diferentes (x, z e s) para representar o mesmo fonema (som): fricativa alveolar sonora.

XadrezFixo

HexacantoExamePróximo

Mesma letra para representar fonemas distintos. A letra x pode representar cinco sons distintos: (i) con­soante fricativa palatal surda; (ii) grupo consonantal [cs]; (iii) grupo consonantal [gz]; (iv) consoante frica­tiva linguodental sonora [z]; e consoante fricativa côncava dental surda.

Há, também, letras que não representam nenhum fonema, como nas palavras hoje, humilde, hotel.

DICA PARA A PROVA!

Os certames costumam avaliar esse conteúdo da se­guinte forma:

1. O vocábulo cujo número de letras é igual ao de fone­mas está em:a. casa.b. hotel.c. achar.d. senha.e. grande.

Resposta: item (a).

Palavras-chave!

Fonema: unidade mínima das línguas naturais no nível fonê­mico, com valor distintivo (distingue morfemas ou palavras com significados diferentes, como faca e vaca).Sílaba: vogal ou grupo de fonemas que se pronunciam numa só emissão de voz, e que, sós ou reunidos a outros, formam pala­vras. Unidade fonética fundamental, acima do som. Toda sílaba é constituída por uma vogal. Escrita: representação da linguagem falada por meio de signos gráficos.Grafia: (i) representação escrita de uma palavra; escrita, trans­crição; (ii) cada uma das possíveis maneiras de representar por escrito uma palavra (inclusive as consideradas incorretas); por exemplo, Ivan e Ivã; atrás (grafia correta) e atraz (grafia incor­reta); farmácia (grafia atual) e pharmacia (grafia antiga); (iii) transcrição fonética da fala, por meio de um alfabeto fonético ('sistema convencional').Letra: cada um dos sinais gráficos que representam, na transcri­ção de uma língua, um fonema ou grupo de fonemas.Diacrítico: sinal gráfico que se acrescenta a uma letra para conferir-lhe novo valor fonético e/ou fonológico. Na ortografia do português, são diacríticos os acentos gráficos, a cedilha, o trema e o til.

EMPREGO DAS LETRAS

EMPREGO DE VOGAIS

As vogais na língua portuguesa admitem certa varie­dade de pronúncia, dependendo de sua intensidade (isto é, se são tônicas ou átonas), de sua posição na sílaba etc. Por haver essa variação na pronúncia, nem sempre a memó­ria, baseada na oralidade, retém a forma correta da grafia, a qual pode ser divergente do som.

Como podemos solucionar esses equívocos? Temos de decorar todas as palavras (e sua grafia)? Não. A leitura e a prática da escrita são atividades fundamentais para evitar erros.

Para referência, apresentamos a lista a seguir, a qual não é exaustiva. Em verdade, a lista procura incluir as difi­culdades mais correntes em língua portuguesa.

Page 29: BRB - Gran Cursos Online

LÍN

GU

A P

OR

TUG

UES

A

3

E ou I?

Palavras com E, e não I.

imbuirimergir (mergulhar)imigrar (entrar em país estrangeiro)iminente (próximo)imiscuir­seinclinarincorporar (encorpar)incrustar (encrostar)indigitarinfestarinflui(s) inigualáveliniludívelinquirir (interrogar)intitularirrupção

júrilinimento (medicamento untuoso)meritíssimomiscigenaçãoparcimôniapossui(s)premiarpresenciarprivilégioremediarrequisitosentenciarsilvícolasubstitui(s) verossímil

acarearacreano (ou acriano)aéreoante­anteciparantevésperaaquedutoáreabeneficênciabeneficentebetumeborealcardealcarestiacedilhacercearcerealcontinuede antemãodeferir (conceder)delação (denúncia)demitirderivardescortinardescriçãodespenderdespensa (onde se guardam comestíveis)despesaelucidarembutiremergir (para fora)emigrar (sair do país)eminência (altura, exce­lência)empecilhoempreender

encômio (elogio)endireitarentonaçãoentremearentronizarenumerarestrearfalseargranjearhastearhomogêneoideologiaindeferir (negar)legítimolenimento (que suaviza)menoridademeteoritometeoro(logia)nomearoceanopalavreadoparêntese (ou parênte­sis)passeatapreferirprevenirquaserarearreceosoreentrânciasanearsesenãosequerseringueirotestemunhavídeo

Palavras com I, e não E.

aborígineacrimôniaadianteansiaranti­ arqui­ artifícioatribui(s) caicalcáriocárie (cariar)chefiarcordialdesigualdiante

diferir (divergir)dilação (adiamento)dilapidardilatar (alargar)discrição (reserva)discricionáriodiscriminar (discernir, separar)dispêndiodispensa (licença)distinguirdistorçãodóifemininofrontispício

O ou U?

Palavras com O, e não U.

aboliragrícolabobinaboletimbússolacobiça(r)comprido (extenso, longo)comprimento (extensão)concorrênciacostumeencobrirexplodirmarajoara

mochilaocorrênciapitorescoproezaRomêniaromenosilvícolasortido (variado)sotaquetriboveiovinícola

Palavras com U, e não O.

acudirbônuscinquentacumprido (realizado)cumprimento (saudação)cúpulaCuritibaelucubraçãoembutirentabularlégua

lucubraçãoônusréguasúmulasurtir (resultar)tábuatonitruantetréguausufrutovírgulavírus

ENCONTROS VOCTLICOS

EI ou E?

Palavras com EI, e não E.

aleijadoalqueireameixacabeleireiro

ceifarcolheitadesleixomadeireira

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peixequeijoqueixa(r­se)reiterar

reivindicarseixotreinartreino

Palavras-chave!

Vogal: som da fala em cuja articulação a parte oral do canal de respiração não fica bloqueada nem constrita o bastante para causar uma fricção audível. Diz­se de ou cada uma das letras que representam os fonemas vocá­licos de uma língua. Em português são cinco: a, e, i, o, u, além do y, acrescentado pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990.

Semivogal: som da fala ou fonema que apresenta um grau de abertura do canal bucal menor do que o das vogais e maior do que o das consoantes, e que ocorre no início ou fim da sílaba, nunca no meio (as mais comuns são as semivogais altas fechadas i e u, em pai, quadro, pau); semiconsoante, vogal assilábica.

Ditongo: emissão de dois fonemas vocálicos (vogal e semivogal ou vice­versa) numa mesma sílaba, carac­terizada pela vogal, que nela representa o pico de sono­ridade, enquanto a semivogal é enfraquecida. Além do ditongo intraverbal – no interior da palavra, como pai, muito –, ocorre em português também o ditongo inter­verbal, entre duas palavras (por exemplo, na sequência Ana e Maria), que exerce papel importante na versifica­ção portuguesa.

Tritongo: grupo de três vogais em uma única sílaba. Hiato: grupo de duas vogais contíguas que perten­

cem a sílabas diferentes (por exemplo: aí, frio, saúde).

EMPREGO DE CONSOANTES

De modo semelhante ao emprego das vogais, há algu­mas consoantes – especialmente as que formam dígrafos, ou a muda (h), ou, ainda, as diferentes consoantes que representam um mesmo som – constituem dificuldade adi­cional à correta grafia.

A lista a seguir é consultiva. Emprego do H: com o H ou sem o H?

Palavras com E, e não EI.

adredealamedaaldeamento (mas aldeia)alhear (mas alheio)almejarazulejobandejacalejarcaranguejocarquejacerejacortejodespejar, despejodrenarembreagemembrearenfear

ensejar, ensejoentrechoestrear, estreantefrear, freadaigrejalampejolugarejomalfazejomanejar, manejomorcegopercevejorecear, receosorefrearremanejosertanejotemperovarejo

OU ou O?

Palavras com OU, e não O.agourararroubocenouradourarestourarfrouxolavoura

poucopousarroubartesouratesouro

Palavras com O, e não OU.

alcovaampolaanchova (ou enchova)arrobaarrochar, arrochoarrojar, arrojobarrococeboladesaforodoseempolaengodoestojomalograr, malogromofar, mofoocoposarrebocar

HaitihalohangarharmoniahaurirHavaíHavanahaxixehebdomadáriohebreuhectarehediondohedonismoHégiraHelespontohélicehemi- (prefixo = meio)hemisfériohemorragiaherança

herbáceo (mas erva)herdarheregehermenêuticaherméticoheróihesitarhiatohíbridohidráulicahidravião (hidroavião)hidro- (prefixo = água)hidrogêniohierarquiahieróglifo (ou hieroglifo)hífenhigieneHimalaiahindu

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hinohiper- (prefixo = sobre)hipo- (prefixo = sob)hipocrisiahipotecahipotenusahipótesehispanismohisteriahodiernohojeholandêsholofotehomenagearhomeopatiahomicidahomilia (ou homília)homogeneidade

homogêneohomologarhomônimohonestohonorárioshonrahoráriohordahorizontehorrorhortahóspedehospitalhostilhumanohumildehumorHungria

O fonema /s/: C, Ç ou S ou SS ou X ou XC?

Palavras com C, Ç, e não S, SS, ou SC.

O fonema /ž/: G ou J?

Palavras com G, e não J.

adágioagendaagiotaalgemaalgibeiraapogeuargilaaugeBagé (mas bajeense)CartagenadigerirdigestãoefígieégideEgitoegrégioestrangeiroevangelhoexegesefalangeferrugemfuligem

garagemgeadagelosiagêmeogengivagessogestoGibraltargíriagizheregeimpingirligeiromiragemmongeogivarigidezsugerirtangenteviageiroviagemvigência

Palavras com J, e não G.

ajeitareles viajem (forma verbal)encoraje (forma verbal)enjeitarenrijecergorjetagranjearinjeçãointerjeiçãojecajeitojenipapojerimumjesuíta

lisonjearlojistamajestademajestosoobjeçãoojerizaprojeçãoprojetil (ou projétil)rejeiçãorejeitarrijezasujeitoultraje

à beçaabsorçãoabstençãoaçaíaçambarcaracender (iluminar)acento (tom de voz, símbolo gráfico)acepçãoacerboacerto (ajuste)acervoacessórioaço (ferro temperado)açodar (apressar)açúcaraçudeadoçãoafiançaragradeceralçaralicerçaralicercealmaçoalmoçoalvoreceramadureceramanhecerameaçaraparecerapreçar (marcar preço)apreçoaquecerarrefecerarruaçaasserçãoassunçãobabaçubaçobalançaBarbacenaBarcelonaberçocaçacaciquecaçoarcaiçaracalçacalhamaçocansaçocarecercarroçaria (ou carroceria)castiçocebolacê­cedilhacédula

ceiaceifarcélereceleumacélulacem (cento)cemitériocenáriocenso (recenseamento)censuracentavocêntimocentroceracerâmicacercacercearcerealcérebrocernecerração (nevoeiro)cerrar (fechar, acabar)cerro (morro)certamecerteirocerteza, certidãocertocessação (ato de cessar)cessão (ato de ceder)cessar (parar)cestaceticismocéticochacinachancechancelercicatrizciclociclonecifracifrãocigarrociladacimentocimocingalês (do Ceilão)Cingapura (tradicional: Singapura)cínicocinquentacinzaciosocirandacircuitocircunflexocírio (vela)

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cirurgiacisãocisternacitaçãocizâniacoaçãocobiçarcociente (ou quociente)coerçãocoercitivocoleçãocompunçãoconcelho (município)concertar (ajustar, har­monizar)concerto (musical, acordo)concessãoconcílio (assembleia)conjunçãoconsecuçãoCriciúmadecepçãodecertodescrição (ato de des­crever)desfaçatezdiscrição (reserva)disfarçardistinçãodistorçãodocenteempobrecerencenaçãoendereçoenrijecererupçãoescaramuçaescocêsEscóciaesquecerestilhaçoexceçãoexcepcionalexibiçãoexpeçoextinçãofalecerfortalecerIguaçuimpeçoincerto (não certo)incipiente (iniciante)inserçãointercessãoisençãolaçoliça (luta)licençalucidezlúcido

maçada (importunação)maçantemaçar (importunar)macerarmaciçomaciomaço (de cartas)maçom (ou mação)manutençãomençãomencionarmuçulmanonoviçoobcecação (mas obsessão)obcecaropçãoorçamentoorçarpaço (palácio)panaceiaparecerpeçapenicilinapinçarpoça, poçopresunçãoprevençãoquiçárecenderrecensãorechaçarrechaçoremição (resgate)resplandecerroçaruço (grisalho)sanção (ato de sancionar)soçobrarsúciasucintoSuíça, suíçotaçatapeçariatecelagemtecelãotecertecidotenção (intenção)terçaterçoterraçovacilarviçovizinhança

Palavras com S, e não C, SC, ou X.

adensaradversárioamanuenseânsia, ansiarapreensãoascensão (subida)autópsiaaversãoavulsobalsabolsobom­sensocanhestrocansaçocenso (recenseamento)compreensãocompulsãocondensarconsecuçãoconselheiro (que aconselha)conselho (aviso, parecer)consensoconsentâneoconsertar (remendar)contrassensocontraversãocontrovérsiaconversãoconvulsãoCórsegadefensivodefensordescansardescensão, descenso (descida)desconsertar (desarranjar)despensa (copa, armário)despretensãodimensãodispensa(r)dispersãodissensãodistensãodiversãodiversoemersãoespoliarestender (mas extensão)estornoestorricarexcursãoexpansãoexpensasextensão (mas estender)extorsãoextrínsecofalsário

falso, falsidadefarsaimersãoimpulsionarincompreensívelincursãoinsinuarinsípidoinsipiente (ignorante)insolaçãointensão (tensão)intensivointrínsecoinversãojustapormansãomisto, misturaobsessão (mas obce­cação)obsidiarobsoletopensãopercursopersaPérsiapersianaperversãoprecursorpretensãopropensãopropulsãopulsarrecensãorecensear, recenseamentoremorsorepreensãorepulsareversosalsichaSansãosearasebeseboseção (ou secção)sedasegar (ceifar, cortar)sela (assento)semearsementesenadosenhasêniorsensatosensosérieseringasério

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CESPE/UNB

1. (CESPE) Assinale a opção em que o fragmento de ofí­cio apresenta inadequações quanto ao padrão exigido em correspondência oficial.a. Vimos informar que o Ministério da Agricultura e

do Abastecimento publicou portaria, assinada em 28/12/1999, declarando como zona livre de febre aftosa parte do Circuito Pecuário Centro­Oeste, formado pelo Distrito Federal e regiões do Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Paraná.

b. Esclarecemos, na oportunidade, que as regras estabelecidas para erradicar a aftosa no Centro­­Oeste foram aprovadas pelos governos estadu­ais da região, pelo governo federal e pela cadeia produtiva. Tais regras estão em conformidade com aquelas determinadas pelo Escritório Internacional de Epizootia.

c. Como é do conhecimento de Vossa Excelência, o Ministério da Agricultura e do Abastecimento enca­minhou relatório ao Escritório internacional de Epi­zootia, pedindo o reconhecimento do Circuito Pe­cuário do Centro­Oeste como zona livre de aftosa.

d. Lembramos que, em 1992, técnicos do Ministério da Agricultura e das secretarias estaduais de agri­cultura modificaram as estratégias de combate à febre aftosa, visando à erradicação dessa doença. As ações foram regionalizadas, tendo por base os Circuitos Pecuários, e foi incorporada, como ele­mento principal, a participação da comunidade in­teressada em todas as fases do programa.

e. É importante esclarecer vocês que as ações de campo daquele Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa, que eu já falei, são executadas diretamente pelas secretarias estaduais de agricul­tura ou órgãos a elas vinculado. São 2.332 escritó­rios locais distribuídos em todo país para as ações de vigilância epidemiológica.

2. (CESPE) Julgue se os itens subsequentes estão gra­maticalmente corretos e adequados para a correspon­dência oficial.a. Se a integração de sistemas, possibilitada pela tec­

nologia da informação, propiciou a realização da várias transações à distância, ela ainda não inte­grou o sistema bancário às aplicações de comércio eletrônico e muito menos à outras transações no âmbito do governo, como a gente gostaria de ver.

b. O emprêgo de uma rede de comunicação segu­ra e com processos padronizados de liquidação, que venha a ser utilizada em prol dos clientes dos bancos, poderá ser o grande salto a ser dado em termos de serviços no Brasil. Para o lojista, a van­tagem seria o uso de um conector único, ou de um reduzido número de conectores para realizar as transações.

c. Esclarecemos ainda que, com o Sistema de Paga­mentos Brasileiro (SPB), operado pelo Banco Cen­tral segundo padrões internacionais, ingressamos no grupo de países em que transferências de fun­dos interbancárias podem ser liquidadas em tempo real, em caráter irrevogável e incondicional.

d. Vimos informar que a Rede do Sistema Financeiro Nacional é uma estrutura de base de dados, im­plementada por meio de tecnologia de rede, que foi criada com a finalidade de suportar o tráfeco de mensagens entre as instituições financeiras, as câmaras e os prestadores de serviços de compen­sação e de liquidação, a Secretaria do Tesouro Na­cional e o Banco Central.

3. (CESPE) Cada um dos itens abaixo apresenta trechos de texto que devem ser julgados quanto a sua ade­quação a correspondências oficiais.1) Vimos informar que as inscrições para o Concur­

so Público de Provas e Títulos para o Cargo de Analista de Sistemas começam dia 15 de abril de 2008, das oito da manhã às 6 horas da tarde, no subsolo do edifício­sede desta companhia. Esta­mos querendo pontualidade na entrega dos docu­mentos.

2) A seleção para o cargo de que trata este edital compreenderá o exame de habilidades e conheci­mentos, mediante a aplicação de provas objetivas e de prova discursiva, todas de caráter eliminatório e classificatório.

4. (CESPE) A fixação dos fechos para comunicações ofi­ciais foi regulada pela Portaria n. 1 do Ministério da justiça, em 1937 e, após mais de meio século de vi­gência, foi regulada pelo Decreto n. 100.000, de 11 de janeiro de 1991, que aprovou o Manual de Redação da Presidência da República. A respeito das normas de redação oficial fixadas por esse manual, julgue os itens subsequentes.1) Fere o princípio da impessoalidade o seguinte

trecho de um memorando: Esclareço, ainda, em especial aos que atuam no Departamento de Pes­soal, que não concebo que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. Frise-se que fico deveras irritado quando um do­cumento oficial não pode ser entendido por todos os cidadãos.

2) O principal objetivo da edição do Manual de Reda-ção da Presidência da República foi sistematizar as características da forma oficial de redigir visan­do-se à criação de uma forma específica de lin­guagem burocrática que consagrasse expressões e clichês do jargão burocrático.

3) Mantido o nível de formalidade adequado às co­municações oficiais, deve-se, na introdução de um ofício, preferir a forma Comunico a Vossa Se-nhoria à forma Tenho a honra de informar a Vossa Senhoria.

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5. (CESPE) Considerando que os trechos a seguir cons­tituam segmentos, não necessariamente sequenciais, de um ofício, julgue­os quanto à correção gramatical, condição essencial aos documentos da comunicação oficial.

1) Conforme é do conhecimento de V. Sa, a primei­ra fiscalização avaliou o serviço de atendimento ao usuário de três órgãos públicos e resultou em acórdão proferido pelo TCU. A segunda fiscaliza­ção, julgada por outro acórdão, verificou a atuação desses mesmos órgãos no acompanhamento da qualidade dos serviços prestados.

2) O TCU identificou que aspectos fundamentais re­lativos a qualidade da prestação de serviços para os usuários não são devidamente tratados por três órgãos públicos. Constatou­se também lacunas na regulamentação, fragilidades nos processos de fiscalização desenvolvidos pelos órgãos e falta de efetividade das sanções impostas às empresas prestadoras de serviços. Segundo a auditoria, tam­bém não há priorização de políticas efetivas para educação do usuário.

3) Esclarecemos, ainda, que o relatório aprovado pelo Acórdão n. 1.021/2012, no último dia 18, informam que determinados órgãos não concretizaram a maior parte do próprio plano de ações elaborado para cumprir as deliberações do Tribunal. Quase sete anos após a primeira decisão, apenas 47% das recomendações do TCU foram implementa­das. Do acórdão posterior, somente 15% das re­comendações foram implementadas e 27% das determinações efetivamente cumpridas.

4) O TCU fixou prazo para que um novo plano de tra­balho para implementação das determinações seja elaborado e recomenda aos órgãos que aprimorem a coordenação entre as suas diversas áreas e con­siderem a possibilidade de sancionar com maior rigor as empresas prestadoras de serviços que não tratarem adequadamente as reclamações encami­nhadas à própria ouvidoria.

5) A presidência e o conselho diretor de cada órgão em apreço estão sendo alertados de que as deter­minações e recomendações ainda não cumpridas ou implementadas dependem fundamentalmente de suas atuações, sendo, portanto, de responsabi­lidade direta do respectivo corpo dirigente. O TCU continuará a acompanhar as medidas adotadas por esses órgãos para melhoria da prestação dos ser­viços públicos. Nova fiscalização deverá ser con­cluída no prazo de um ano.

6) Vimos informar que o Tribunal de Contas da União (TCU), em sua missão de avaliar o desempenho de vários órgãos públicos, constatou que alguns deles não estão cumprindo totalmente determinações e recomendações expedidas em duas fiscalizações referentes à qualidade dos serviços públicos por eles prestados.

6. (CESPE) Julgue se os trechos nos itens subsequentes apresentam linguagem gramaticalmente correta e ade­quada à redação de correspondências, expedientes e documentos oficiais.1) Não se pode falarem em justiça social sem que to­

dos os brasileiros tenham acesso pleno a leitura e aos livros que permitem o desenvolvimento in­telectual.

2) A leitura é um instrumento para uma nova vida, pois ela permite e intensifica o desenvolvimento das habilidades essenciais ao pleno exercício da cidadania.

3) Educação é fator decisivo pra redução das desi­gualdades sociais. O analfabetismo perpetua a miséria e cria um ciclo vicioso que atravanca o de­senvolvimento de todo o país.

4) O esforço pela erradicação do analfabetismo deve ser visto como uma questão nacional.

5) Para enfrentar o desafio educacional é necessário ampliar o investimento em programas de formação e de valorização de professores, melhorar o ma­terial didático, informatizar escolas e garantir que toda criança tenha acesso a um ensino público de alta qualidade.

7. (CESPE) Ao escrever um texto, determinado profissio­nal produziu a frase: “A inflação é a maior inimiga da Nação. É meta prioritária do governo eliminá­la”. Insatisfeito, ele a reescreveu da seguinte maneira: “A inflação é a maior inimiga da Nação; logo, é meta prio­ritária do governo eliminá­la”.

Acerca dessa situação, julgue os próximos itens.1) Ao reescrever a frase, o referido profissional preo­

cupou­se com a coesão textual.2) O profissional poderia substituir “eliminá-la” por eli­

minar­lhe e, dessa forma, a frase estaria mais bem formulada e de acordo com a escrita padrão.

No que concerne às qualidades essenciais do texto, julgue os itens seguintes.

3) Se, em um texto de redação oficial, aquele que o escreve ou revisa decidir usar o trecho “Durante o ano de 2008”, em vez de “Neste ano”, estará tor­nando o texto menos conciso.

4) A substituição da expressão “o mesmo” por “o tex­to”, em “A secretária redigiu um memorando. Espe­ro que o mesmo agrade aos interessados”, tornaria esse trecho mais claro e preciso.

5) A frase “O jornal deu a notícia em primeira mão” ficaria mais precisa se a forma verbal “deu” fosse substituída por publicou, que é mais específica para o contexto.

6) No trecho “Era um excelente médico. Todos os seus pacientes o adoravam”, o uso do termo clien­tes no lugar de “pacientes” seria mais adequado, pois imprimiria mais precisão à frase.

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8. (CESPE) Considerando os princípios de redação de expedientes, julgue os itens a seguir.

1) O tratamento que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais deve ser im­pessoal: todavia, são estimuladas as impressões individuais de quem comunica.

2) Com a finalidade de padronização, à redação de comunicações oficiais foram incorporados proce­dimentos rotineiros ao longo do tempo, como as formas de tratamento e de cortesia e a estrutura dos expedientes.

3) Os expedientes oficiais cuja finalidade precípua é informar com clareza e objetividade, empregando a linguagem adequada, têm caráter normativo, es­tabelecem regras para a conduta dos cidadãos ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos.

4) A concisão, sinônimo de prolixidade, é uma quali­dade de qualquer texto técnico e uma característica de texto oficial, que exige do redator essencialmen­te conhecimento do assunto sobre que escreve, uma vez que raramente há tempo disponível para revisar o texto.

5) O domínio da redação de expedientes oficiais é aperfeiçoado em decorrência da experiência pro­fissional; muitas vezes a prática constante faz que o assunto se torne de conhecimento generalizado.

9. (CESPE) Julgue os itens que se seguem, referentes aos níveis da comunicação.1) A comunicação acima/ascendente é entendida

como aquela que se direciona aos superiores hie­rárquicos e aos profissionais de outra instituição.

2) Textos direcionados aos profissionais que traba­lham sob a gerência/chefia de quem escreve carac­terizam­se como textos de nível de comunicação denominado abaixo/descendente.

3) O profissional, em um texto dirigido a seus superio­res, ao se referir a ações que ele próprio executa, deve utilizar qualquer uma das formas verbais a se­guir: solicita, propõe, informa, decide, autoriza.

4) Por questão de polidez, quando se dirige a seus su­bordinados, o profissional deve evitar, em seu texto, o emprego de palavras como proíbe e adverte.

10. (CESPE) Com base nas orientações do Manual de Redação da Presidência da República, julgue os itens subsequentes.1) O seguinte trecho introdutório de comunicação ofi­

cial atende ao objetivo de mero encaminhamento de documento e ao requisito de uso do padrão culto da linguagem:

Encaminho, em anexo, para exame e pronunciamento, cópia do projeto de modernização de técnicas agrícolas no estado do Espírito Santo.

2) O emprego de vocabulário técnico de conhecimen­to específico dos profissionais do serviço público fa­cilita a elaboração dos textos oficiais e, consequen­temente, o seu entendimento pelo público geral.

11. (CESPE) A respeito da redação de atos normativos, jul­gue os itens a seguir.1) Um texto normativo deve dirigir­se sempre a pesso­

as de nível intelectual alto e homogêneo; portanto, para compreender o vocabulário utilizado, muitas vezes, o cidadão comum tem de recorrer à consulta a dicionário.

2) Um documento a um departamento deve ser um tex­to impecável. No entanto, quem escreve um simples recado a um interlocutor com pouca escolaridade não precisa estar atento a certos aspectos linguísticos, como, por exemplo, a correção gramatical.

3) O emissor de uma mensagem, ao incorrer em ina­dequação vocabular ou rebuscamento, poderá não produzir o efeito pretendido no receptor, que, por não entender o teor da mensagem, ficará obrigado a no­vos contatos, a novas consultas.

4) Quem escreve deve evitar a tautologia, que consiste na repetição de palavras com o mesmo sentido.

5) Em resposta a uma consulta, o redator deve preocu­par­se em responder apenas àquilo que lhe foi per­guntado, sem considerar outras possíveis dúvidas do consulente.

6) Na resposta a uma consulta, os aspectos positivos de uma situação devem ser apresentados antes dos negativos.

12. (CESPE) Sobre a redação de textos oficiais, julgue os próximos itens.1) As comunicações oficiais devem ser padronizadas

e, para isso, o uso do padrão oficial de linguagem é imprescindível.

2) A redação oficial, ou seja, a maneira pela qual o Po­der Público redige os atos normativos e comunica­ções, caracteriza­se pela linguagem formal e pela pa­dronização e uniformidade dos documentos emitidos.

3) A redação oficial, maneira como atos e comunicações são elaborados pelo poder público, deve orientar­se por princípios dispostos na Constituição Federal, tais como impessoalidade e publicidade.

4) Comunicações oficiais, utilizadas para a comunica­ção entre órgãos do serviço público ou entre órgãos do serviço público e o público em geral, podem ser emitidas tanto pela administração pública quanto pe­los cidadãos.

13. (CESPE) Em relação às exigências da redação de cor­respondências oficiais, julgue os itens que se seguem.1) O trecho a seguir está adequado e correto para com­

por um memorando: Nos termos do “Programa de modernização e informati­

zação da Agência Nacional de Saúde Suplementar”, solicito a Vossa Senhoria a instalação de dois novos computadores no setor de protocolo para atender à demanda e melhorar a quali­dade dos serviços prestados ao público.

2) O trecho a seguir está adequado e correto para com­por um ofício:

Viemos informar que vamos estar enviando oportuna­mente os relatórios solicitados via email, com todas as infor­mações referentes ao desenvolvimento das auditorias citadas.

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14. (CESPE) Com base no Manual de Redação da Presi-dência da República, julgue os itens seguintes, refe­rentes à adequação da linguagem, formato e caracte­rísticas da correspondência oficial.1) Formalidade de tratamento, clareza datilográfica,

correta diagramação do texto e utilização de papéis de mesma espécie são necessárias para a unifor­midade das comunicações oficiais.

2) Na redação oficial, a impessoalidade refere-se ao emprego adequado de estruturas formais, como a utilização de pronomes de tratamento para deter­minada autoridade, à polidez e à civilidade no en­foque dado ao assunto que se pretende comunicar.

3) Nas comunicações oficiais, o agente comunicador é o serviço público, e o assunto relaciona­se às atribuições do órgão ou da entidade que comunica, devendo a correspondência oficial estar isenta de impressões individuais do remetente do documen­to, para a manutenção de certa uniformidade entre os documentos emanados de diferentes setores da administração.

15. (CESPE) Com base no Manual de Redação da Presi-dência da República, julgue os itens seguintes.

1) Não é permitido, na redação de documento oficial, o uso de linguagens escritas típicas de redes sociais na internet, haja vista que são variedades de uso restrito a determinados grupos e círculos sociais.

2) No que se refere ao emprego de consoantes, o refe­rido manual apresenta o termo “extensão” como ato ou efeito de “estender”, apesar da diferença de grafia.

3) O domínio do padrão culto da língua é fator sufi­ciente para garantir a concisão no texto redigido – qualidade inerente aos documentos oficiais –, evitando­se, desse modo, a necessidade de revi­são textual.

16. (CESPE) Julgue os itens a seguir com base nas pres­crições do Manual de Redação da Presidência da Re-pública para a elaboração de correspondências oficiais.

1) O trecho a seguir estaria gramaticalmente correto e adequado para constituir parte de um ofício: Tenho a maior honra de encaminharmos ao TCE/RO, por meio desta mensagem, os demonstrativos geren­ciais da aplicação mensal e acumulada das recei­tas resultantes de impostos e transferências cons­titucionais em ações e serviços públicos de saúde referente ao mês de maio do exercício corrente.

2) O trecho a seguir apresenta­se gramaticalmen­te correto e adequado para constituir parte de um ofício: Vimos informar que já expirou o prazo para publicação do Relatório de Gestão Fiscal do primeiro quadrimestre do exercício corrente, para municípios com mais de 50.000 habitantes. As ad­ministrações municipais têm dez dias para justificar o atraso na publicação.

3) O trecho a seguir estaria correto e adequado para constituir parte de um memorando:

Segue cópia do Relatório Resumido da Execução Orçamentária do município XYℤ referente ao se­gundo bimestre do exercício corrente.

17. (CESPE) À luz das orientações constantes no Manual de Redação da Presidência da República, julgue os itens a seguir.

1) A obrigatoriedade do uso do padrão culto da língua e o requisito de impessoalidade são incompatíveis com o emprego da linguagem técnica nas comuni­cações oficiais.

2) Admite­se o registro de impressões pessoais na redação oficial, desde que o assunto seja de in­teresse público e expresso em linguagem formal.

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1. e2. E, E, E, E3. E, C4. C, E, C5. C, E, E, C, C, C6. E, C, E, C, C7. C, E, C, C, C, E8. E, C, C, E, E9. C, C, E, E

10. C, E11. E, E, C, C, E, C12. E, C, C, E13. C, E14. C, E, C15. C, C, E16. E, C, C17. E, E

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SUMÁRIO

NOÇÕES DE INFORMÁTICA

NOÇÕES DE SISTEMA OPERACIONAL (AMBIENTES LINUX E WINDO WS) ................................................348

EDIÇÃO DE TEXTOS, PLANILHAS E APRESENTAÇÕES (AMBIENTES MICROSOFT OFFICE E BROFFICE) ....361/415

CONCEITOS BÁSICOS, FERRAMENTAS, APLICATIVOS E PROCEDIMENTOS DE INTERNET E INTRANET; PROGRAMAS DE NAVEGAÇÃO (MICROSOFT INTERNET EXPLORER E MOZILLA FIREFOX) E CORREIO ELETRÔNICO (OUTLOOK EXPRESS E MOZILLA THUNDERBIRD); GRUPOS DE DISCUSSÃO; SÍTIOS DE BUSCA E PESQUISA NA INTERNET ........................................................................................................390

CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E DE GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES, ARQUIVOS, PASTAS E PROGRAMAS ...............................................................................................................................................359

SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO. PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA. NOÇÕES DE VÍRUS, WOR-MS E PRAGAS VIRTUAIS. APLICATIVOS PARA SEGURANÇA (ANTIVÍRUS, FIREWALL, ANTISPYWARE ETC.). PROCEDIMENTOS DE BACKUP ........................................................................................................413

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LINUX

O Linux é um sistema operacional criado em 1991 por Linus Torvalds na universidade de Helsinki na Finlândia. É um sistema operacional de código aberto sob a licença GPL criada pela FSF (Free Software Foundation).

O Linux já alcançou a participação de 1% no mercado de sistemas operacionais. Fica atrás apenas de Windows e Mac. Muitas empresas já adotaram o Linux como plata­forma.

Devido ao fato de existirem diversas distribuições não comerciais, o Linux passou a ser adotado também por vários órgãos do governo como uma medida para diminuir gastos, pois a licença de uso dos programas da Microsoft tem um custo relativamente alto.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

• É um software livre.• Multitarefa.• Multiusuário.• Multiprocessamento.• Suporte a nomes extensos de arquivos e diretórios

(255 caracteres).• Suporte a dispositivos Plug­and­Play (PnP).• Memória virtual por paginação.• Biblioteca compartilhadas.• Possui Kernel monolítico.• Toda distribuição do Linux possui um editor chamado

vi que pode ser utilizado, por exemplo, para a edição de arquivos de configuração.

PRINCIPAIS DISTRIBUIÇÕES

Todo sistema operacional possui um Kernel. O Kernel é o núcleo do sistema operacional. Ele controle todo o har­dware do computador. Pode ser visto como o intermediário entre os programas e o hardware.

O kernel é importante em um sistema operacional, mas, para torná­lo funcional, outros programas também são necessários. Existem pessoas ou organizações que deci­dem criar distribuições com outros programas essenciais como ambiente gráfico, ambiente de comando, editores de texto, planilhas eletrônicas, navegadores etc.

Existem distribuições bastante conhecidas como: Red Hat, Suse, Ubuntu, Mandriva, Kurumin, Conectiva, Debian.

Estrutura de diretórios

Segundo o FHS (Filesystem Hierachy Standard), o sis­tema GNU/Linux possui a seguinte estrutura básica de dire­tórios:

• /bin Contém arquivos programas do sistema que são usados com frequência pelos usuários.

• /boot Contém arquivos necessários para a iniciali­zação do sistema.

• /cdrom Ponto de montagem da unidade de CD­ROM.• /media Ponto de montagem de dispositivos diversos

do sistema (rede, pen­drives, CD­ROM em distribui­ções mais novas).

• /dev Contém arquivos usados para acessar disposi­tivos (periféricos) existentes no computador.

• /etc Arquivos de configuração de seu computador local.

• /floppy Ponto de montagem de unidade de disque­tes.

• /home Diretórios contendo os arquivos dos usuários.• /lib Bibliotecas compartilhadas pelos programas do

sistema e módulos do kernel.• /lost+found Local para a gravação de arquivos/dire­

tórios recuperados pelo utilitário.• fsck.ext2. Cada partição possui seu próprio diretório

lost+found.• /mnt Ponto de montagem temporário.• /proc Sistema de arquivos do kernel. Este diretório

não existe em seu disco rígido, ele é colocado lá pelo kernel e usado por diversos programas que fazem sua leitura, verificam configurações do sis­tema ou modificam o funcionamento de dispositivos do sistema através da alteração em seus arquivos.

• /root Diretório do usuário root.• /sbin Diretório de programas usados pelo superusu­

ário (root) para administração e controle do funcio­namento do sistema.

• /tmp Diretório para armazenamento de arquivos tem­porários criados por programas.

• /usr Contém maior parte de seus programas. Normal­mente acessível somente como leitura.

• /var Contém maior parte dos arquivos que são gra­vados com frequência pelos programas do sistema, e­mails, spool de impressora, cache etc.

PRINCIPAIS COMANDOS

O Linux possui um ambiente de comando chamado de Shell. O Shell é o programa que permite a interação do usuá­rio com o sistema, em modo texto. Os mais conhecidos são: Bourne Shell (sh), C Shell (csh), Korn Shell (ksh), Bash Shell (bash). O Shell mais utilizado é o bash.

O uso do Shell se baseia em comandos digitados em uma linha de comando. Os comandos têm normalmente a sin­taxe: comando – opções – parâmetros. Cada comando possui opções. É importante ressaltar que o Linux é case sensitive, ou seja, ele diferencia maiúsculas e minúsculas.

PRINCIPAIS COMANDOS DO LINUX:

• ls: lista os arquivos de um diretório. É importante res­saltar que, no Linux, os arquivos ocultos listados pos­suem um “.” (ponto) antes do nome.

• cd: entra em um diretório. É possível utilizar “cd ..” para sair de um diretório.

• pwd: mostra o nome e o caminho do diretório atual.• mkdir: cria um diretório.• rmdir: remove um diretório.• clear: permite limpar a tela.• mv: permite mover um arquivo. A opção também

pode ser utilizada para renomear um arquivo.

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• cp: permite copiar um arquivo.• rm: permite apagar arquivos.• date: permite verificar a data e a hora.• man: permite obter ajuda.• reboot: reinicia o computador.• shutdown: permite desligar ou reiniciar o computa­

dor (shutdown –r 20 faz o computador ser reiniciado após 20 minutos, por exemplo).

• who: lista os nomes de usuários que estão conecta­dos ao computador.

• whoami: mostra o nome que usou para se conectar ao sistema.

• passwd: muda a senha do usuário ou grupo.• cat: mostra o conteúdo de arquivo binário ou texto.• cal: mostra o calendário.• find: procura por arquivos/diretórios no disco.• chmod: muda as permissões de um usuário ou grupo

para um arquivo ou diretório.• chgrp: muda o grupo de um arquivo ou diretório.• chown: muda o dono de um arquivo ou diretório.

PERMISSÕES

Quanto aos tipos de permissões que se aplicam ao dono, grupo e outros usuários, temos 3 permissões básicas:

• r – Permissão de leitura para arquivos. Caso for um diretório, permite listar seu conteúdo (através do comando ls, por exemplo).

• w – Permissão de gravação para arquivos. Caso for um diretório, permite a gravação de arquivos ou outros diretórios dentro dele. Para que um arquivo/diretório possa ser apagado, é necessário o acesso a grava­ção.

• x ­ Permite executar um arquivo (caso seja um pro­grama executável). Caso seja um diretório, permite que seja acessado através do comando cd.

As permissões de acesso a um arquivo/diretório podem ser visualizadas com o uso do comando ls ­la. As 3 letras (rwx) são agrupadas da seguinte forma:

-rwxrwxrwx henrique users texto

Primeiro vamos entender as dez primeiras letras da esquerda para a direita:

• A primeira letra informa se o item que estamos tra­balhando é um arquivo, diretório ou link. Se apa­recer um “d” é um diretório, um “l” um link a um arquivo no sistema, um “­” quer dizer que é um arquivo comum. No caso, percebemos que texto é um arquivo.

• Da segunda a quarta letra (rwx) dizem qual é a per­missão de acesso ao dono do arquivo. Neste caso henrique tem a permissão de ler (r ­ read), gravar (w ­ write) e executar (x ­execute) o arquivo texto.

• Da quinta a sétima letra (rwx) diz qual é a permissão de acesso ao grupo do arquivo. Nesse caso, todos

os usuários que pertencem ao grupo users têm a permissão de ler (r), gravar (w), e também executar (x) o arquivo texto.

• Da oitava à décima letra obtemos as informações das permissão de acesso a outros usuários. Nesse caso, esses outros usuários têm a permissão de ler(r), gravar(w), e também executar(x) o arquivo texto.

Exemplos de utilização do comando chmod em que u (user – dono do arquivo), g (group – grupo) e o (others – outros):

• chmod g+r *: permite que todos os usuários que pertençam ao grupo dos arquivos (g) tenham (+) permissões de leitura (r) em todos os arquivos do diretório atual.

• chmod o-r texto.txt: retira (­) a permissão de lei­tura (r) do arquivo texto.txt para os outros usuários (usuários que não são donos e não pertencem ao grupo do arquivo texto.txt).

• chmod uo+x texto.txt: inclui (+) a permissão de execução do arquivo texto.txt para o dono e outros usuários do arquivo.

• chmod a+x texto.txt: inclui (+) a permissão de execução do arquivo texto.txt para o dono, grupo e outros usuários.

• chmod a=rw texto.txt: define a permissão de todos os usuários exatamente (=) para leitura e gravação do arquivo texto.txt.

Comparação entre dispositivos

DOS/Windows Linux

A: /dev/fd0

B: /dev/fd1

C: /dev/hda1 ou /dev/sda1

LPT1 /dev/lp0

LPT2 /dev/lp1

LPT3 /dev/lp2

COM1 /dev/ttyS0

COM2 /dev/ttyS1

COM3 /dev/ttyS2

COM4 /dev/ttyS3

WINDOWS 7

PRINCIPAIS INOVAÇÕES

• Snap: é uma nova maneira de redimensionar jane­las abertas, simplesmente arrastando­as para as

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bordas da tela. Dependendo do local para onde você arrastar uma janela você poderá colocá­la na tela inteira ou exibi­la lado a lado com outra janela.

• Aero Peek: permite que você enxergue através de outras janelas abertas no Windows 7. Para visuali­zar o desktop deixando todas as janelas transpa­rentes, basta apontar o ponteiro do mouse para a borda direita da barra de tarefas e perceba que as janelas abertas ficarão transparentes:

Para visualizar uma janela deixando todas as janelas transparentes, basta apontar o ponteiro do mouse para o ícone da janela na barra de tarefas.

Caso o usuário clique no botão Mostrar a Área de Tra­balho, as janelas serão minimizadas. Caso o usuário clique novamente o botão, as janelas serão mostradas novamente.

• Aero Shake: ao pressionar e manter pressionado o botão esquerdo do mouse sobre a barra de títulos e chacoalhar o mouse para direita e para esquerda rapidamente, todas as janelas serão minimizadas exceto a janela na qual a ação foi feita.

• Lista de atalhos: a lista de atalhos aparece ao se clicar com botão direito do mouse sobre um ícone na barra de tarefas. A lista de atalhos depende totalmente do programa. Ao se clicar com o botão direito do mouse sobre o ícone do Word, aparecem os documentos recentes. Ao se clicar com o botão direito do mouse sobre o ícone do Internet Explorer, aparece a lista de sites visitados com frequência. Ao se clicar com o botão direito do mouse sobre o ícone do Windows Media Player, aparece uma lista com as músicas que você escuta mais.

Clicar com o botão direito do mouse em um ícone de programa permite fixar ou desafixar um programa na barra de tarefas e permite fechar o programa. Fixar o programa permite manter o ícone do programa na barra de tarefas sempre disponível.

• Windows Live Essentials: é um software gratuito que pode ser baixado da Internet permitindo ampliar os recursos do Windows 7. O download gratuito inclui: Messenger, Galeria de Fotos, Mail, Writer,

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Movie Maker, Proteção para a Família, Toolbar. O Messenger permite realizar uma conversa instan­tânea com amigos e familiares. A Galeria de Fotos permite encontrar e compartilhar fotos. O Mail per­mite gerenciar várias contas de e­mail. O Writer per­mite gerenciar um blog, criando posts e adicionando fotos e vídeos. O Movie Maker permite transformar fotos e vídeos em filmes. O Proteção para a Famí­lia permite gerenciar atividades online para a segu­rança das crianças. O Toolbar permite fazer buscas na web utilizando o Bing.

• Nova Barra de Tarefas do Windows: é o mesmo local para alternar entre janelas. Mas a barra de tarefas ganhou novas funcionalidades. Por exem­plo, é possível fixar programas na barra de tarefas, reordenar os ícones clicando e arrastando, visuali­zar uma miniatura dos programas e arquivos aber­tos. Apontando para o ícone de um programa na barra de tarefas é possível visualizar a miniatura da janela e também fechar a janela. O Windows Vista somente permitia visualizar a miniatura, mas não permitia fechar a janela.

• Gadgets: o Windows 7 não tem o recurso de Barra Lateral (Sidebar) do Windows Vista. Mas os Gad­gets (tradução: bugigangas) foram mantidos. O usu­ário poderá exibi­los na área de trabalho. Para adi­cionar, o usuário poderá clicar com o botão direito do mouse sobre a área de trabalho e selecionar a opção Gadgets.

• Central de Ações: o Central de Ações centraliza as mensagens dos principais recursos de manu­

tenção e segurança do Windows, incluindo o Win­dows Defender e Controle de Conta de Usuário. Se o Windows precisar emitir um aviso, aparecerá um ícone na barra de tarefas. Ao clicar o ícone, você verá alertas e correções sugeridas para problemas. Você poderá ajustar quais mensagens serão mos­tradas no Painel de Controle.

• Modo Windows XP: o modo Windows XP permite executar programas antigos do Windows XP na área de trabalho do Windows 7. O modo Windows XP é um download separado e funciona apenas no Windows 7 Professional, Ultimate e Enterprise. O modo Windows XP também exige software de virtu­alização como o Microsoft Virtual PC, que também está disponível gratuitamente para download. A intenção é impedir que programas corporativos anti­gos se tornem obsoletos, ou seja, possam ser exe­cutados no Windows 7.

• Streaming de mídia remoto: com dois computa­dores com Windows 7 e conectados à Internet, a ferramenta permite que você possa acessar a sua biblioteca do Windows Media Player remotamente. Essa ferramenta só está disponível nas versões Home Premium, Professional, Ultimate e Enterprise do Windows 7.

• Controle dos Pais: você pode usar os Controles dos Pais para definir limites para a quantidade de horas que seus filhos podem usar o computador, os tipos de jogos que podem jogar e os programas

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que podem executar. Com os Controles dos Pais no Windows Media Center, também é possível blo­quear o acesso a filmes e programas de TV censu­ráveis.

• Lista de Saltos: a Lista de Saltos aparece no menu Iniciar e na barra de tarefas. As Listas de Saltos são listas de itens recentes, como arquivos, pastas ou sites, organizados pelo programa que você usa para abri­los. Além de poder abrir os itens recen­tes usando uma Lista de Saltos, você pode também fixar itens favoritos em uma Lista de Saltos.

Ferramentas que vieram do windows vista

• Windows Aero: é a interface de usuário para a visualização das janelas. O recurso possui uma aparência de vidro transparente com animações sutis de janelas e novas cores de janelas. Recur­sos do Windows Aero: Miniatura ao Vivo na Barra de Tarefas, o Windows Flip, o Windows Flip 3D e a Barra Lateral. O Windows Aero foi aprimorado do Windows Vista para o Windows 7.

• Windows Flip: é a evolução da alternância de janelas realizada pelas teclas ALT+TAB. O Win­dows Flip exibe uma miniatura das janelas abertas ao invés de ícones genéricos, facilitando as iden­tificações rápidas das janelas.

• Windows Flip 3D: é outra maneira de se encon­trar uma janela. Ao se utilizar as teclas WINKEY + TAB, o Windows Flip 3D exibe o conteúdo das janelas de forma empilhada e tridimensional.

• Pesquisa Indexada (Windows Search): o Win­dows gera um arquivo de índice com as informa­ções catalogadas dos arquivos que estão nas pastas cuja indexação é realizada. Para escolher quais pastas são indexadas, o usuário poderá acessar a opção Opções de Indexação do Painel de Controle. O índice armazena informações sobre arquivos, incluindo o nome do arquivo, data de modificação e propriedades como autor, marcas e classificação. Ou seja, a pesquisa é feita no índice e não nos arquivos e é esse índice que permite obter o resultado de uma pesquisa em apenas alguns segundos. O Windows Search foi aprimorado do Windows Vista para o Windows 7.

• Windows Defender: o Windows 7 possui anti­­spyware nativo. Com o Windows Defender o usu­ário poderá verificar a existência desse tipo de código malicioso. O Windows Defender foi aprimo­rado do Windows Vista para o Windows 7.

• Windows ReadyBoost: o Windows ReadyBoost foi projetado para ajuda quando a memória do PC for insuficiente. Pouca memória RAM pode tornar o computador lento porque, com pouco memó­ria RAM, o Windows utiliza a memória virtual. A memória virtual é criada a partir do disco rígido. Como o disco rígido é uma memória lenta, ao utili­zar a memória virtual o computador ficará lento. O ideal é ter bastante memória RAM. O ReadyBoost permite utilizar uma memória flash (como um pen drive, por exemplo) como alternativa para a pouca quantidade de memória RAM.

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Julgue os itens a seguir, a respeito dos sistemas ope­racionais Windows e Linux.

1. (CESPE/FUB/NÍVEL SUPERIOR) Para se iniciar uma pesquisa de arquivos no Windows 8.1, é suficiente pressionar simultaneamente as teclas .

Acerca do Microsoft Office 2013, julgue os itens sub­sequentes.No que diz respeito aos conceitos e ferramentas de redes de computadores e ao programa de navegação Google Chrome, julgue os itens que se seguem.

2. (CESPE/FUB/NÍVEL SUPERIOR) Tanto o Ping quanto o Traceroute são ferramentas utilizadas na sondagem de uma rede de computadores.

Julgue os itens seguintes, no que se refere ao pro­grama de correio eletrônico Mozilla Thunderbird e ao conceito de organização e gerenciamento de arquivos.

3. (CESPE/FUB/NÍVEL SUPERIOR) O Mozilla Thunder­bird permite que o usuário exclua automaticamente mensagens indesejadas por meio da utilização de filtros, ainda que não forneça a opção de bloquear emails de um domínio específico.

Acerca dos procedimentos de segurança e de becape, julgue os itens subsecutivos.

4. (CESPE/FUB/NÍVEL SUPERIOR) A realização de be­cape dos dados de um computador de uso pessoal garante que o usuário recuperará seus dados caso ocorra algum dano em seu computador.

5. (CESPE/FUB/NÍVEL SUPERIOR) A implantação de procedimentos de segurança nas empresas consiste em um processo simples, não sendo necessário, por­tanto, que sua estrutura reflita a estrutura organizacio­nal da empresa.

Na situação mostrada na figura acima, que reproduz parte de uma janela do sistema operacional Windows,

6. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) ao clicar a opção , o usuário terá acesso ao banco de dados do

sistema operacional Windows que apresenta as pastas e subpastas com os arquivos de progra­mas desse sistema operacional.

7. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) a opção per­mite localizar arquivos ou pastas no computador local, dados na Internet ou, ainda, pessoas no Active Directory.

8. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) a opção possibilita que o usuário acesse informações a respeito dos discos disponíveis localmente e na rede, bem como das opções de computação em nuvem.

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Com referência à situação mostrada na figura acima, que reproduz parte de uma janela do Outlook Express, julgue os próximos itens.

9. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) Ao se clicar a pasta , será apresentada a lista de todos os emails que foram enviados a partir do Outlook Express.

10. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) Se o usuário em questão possuísse inscrição em Grupos de discussão

ou Redes sociais, a opção — Responder a todos — seria habilitada.

11. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) O número (310) mostrado ao lado da opção indica o número de amigos que o usuário em questão possui.

Julgue os itens subsequentes, relativos a conceitos de segurança da informação.

12. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) Procedimentos de becape são essenciais para a recuperação dos dados no caso de ocorrência de problemas técnicos no com­putador.

13. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) Phishing é a técnica de criar páginas falsas, idênticas às oficiais, para capturar informações de usuários dessas pá­ginas.

14. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) O armazenamen­to em nuvem, ou em disco virtual, possibilita o arma­zenamento e o compartilhamento de arquivos e pastas de modo seguro, ou seja, sem que o usuário corra o risco de perder dados.

A figura acima, que ilustra uma janela do Windows 7, mostra o conteúdo da pasta denominada Docs. Com referência à situação mostrada nessa figura, ao Windows 7 e a conceitos de informática, julgue o item abaixo.

15. (CESPE/PCDF/AGENTE) Para se verificar, por meio de um programa antivírus instalado no computador, se os três arquivos da pasta Docs contêm algum tipo de vírus ou ameaça digital, é suficiente clicar o botão

, localizado próximo ao canto superior direito da janela.

Com relação ao Word 2010 e à figura acima, que mostra uma janela desse software com trecho de um texto em processo de edição, julgue os itens subsequentes.

16. (CESPE/PCDF/AGENTE) A ferramenta pode ser usada para realçar o texto selecionado, à seme­lhança do que se pode fazer com um marca­texto em um texto manuscrito ou impresso sobre papel.

17. (CESPE/PCDF/AGENTE) Ao se selecionar o trecho Distrito Federal e clicar no botão , esse trecho será excluído. O mesmo efeito ocorreria se, após a seleção

desse trecho, fosse pressionada a tecla .

A figura acima mostra uma janela do Excel 2010, com uma planilha em processo de edição. Essa planilha hipotética contém os preços unitários de cadeiras e mesas, assim como a quantidade de itens a serem ad­quiridos de cada um desses móveis. Com relação a essa planilha e ao Excel 2010, julgue o item seguinte.

18. (CESPE/PCDF/AGENTE) Para se inserir na célula D2 o preço total das duas mesas e na célula D3, o preço total das oito cadeiras, é suficiente realizar a seguinte sequência de ações: clicar a célula D2; digitar =B2*C2 e, em seguida, teclar ; clicar a célula D2 com o botão direito do mouse e, na lista de opções que sur­ge em decorrência dessa ação, clicar a opção Copiar; clicar a célula D3; pressionar e manter pressionada a tecla e, em seguida, acionar a tecla .

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Considerando a figura acima, que ilustra parte de uma janela do PowerPoint 2010 com uma apresentação em processo de edição, julgue o item abaixo.

19. (CESPE/PCDF/AGENTE) A ferramenta corresponden­te ao botão pode ser usada em uma sequência de ações para se ajustar o espaçamento entre caracteres de um texto da apresentação que for selecionado.

Com relação ao navegador Google Chrome e à situ­ação apresentada na figura acima, que mostra uma janela desse software, julgue o seguinte item.

20. (CESPE/PCDF/AGENTE) Ao se clicar o botão , será exibida uma lista de opções, entre as quais uma que permitirá imprimir a página em exibição.

O uso de recursos de tecnologias da informação e das comunicações encontra­se difundido e disse­minado em toda sociedade. Nesse contexto, ações de investigação criminal necessitam estar adapta­das para identificar e processar evidências digitais de modo a produzir provas materiais. Para tanto, existem diversos tipos de exames técnico-científicos utilizados em investigações. Acerca desses exames, julgue os itens a seguir.

21. (CESPE/PCDF/AGENTE) Computadores infecta­

dos com vírus não podem ser examinados em uma investigação, pois o programa malicioso instalado compromete a integridade do sistema operacional.

22. (CESPE/PCDF/AGENTE) Navegadores da Web po­dem ser configurados para não registrar os registros (logs) de navegação ou para excluí­los automatica­mente. Esse tipo de ação dificulta o exame de infor­mações acerca de sítios web visitados a partir de determinado sistema.

23. (CESPE/PCDF/AGENTE) Exames em mensagens eletrônicas, tais como emails, permitem identificar o responsável pelo envio das mensagens, uma vez que as mensagens utilizadas nesse tipo de comuni­cação sempre contêm um endereço que identifica o remetente da mensagem.

Diversos protocolos são utilizados em uma comuni­cação pela Internet, mas apenas alguns deles con­tribuem para a segurança da comunicação. A esse respeito, julgue os itens seguintes.

24. (CESPE/PCDF/AGENTE) Os protocolos TLS (Trans­port Layer Security) e SSL (Secure Sockets Layer) possuem propriedades criptográficas que permitem assegurar a confidencialidade e a integridade da co­municação.

25. (CESPE/PCDF/AGENTE) O protocolo DNS é usado para traduzir um nome em um endereço IP e vice­­versa, ao passo que o FTP é um protocolo de trans­ferência de arquivos que possui como requisito o protocolo de transporte UDP.Malware é qualquer tipo de software que pode cau­sar algum impacto negativo sobre a informação, podendo afetar sua disponibilidade, integridade e confidencialidade. Outros softwares são produzidos para oferecer proteção contra os ataques provenien­tes dos malwares. Com relação a esse tema, julgue os próximos itens.

26. (CESPE/PCDF/AGENTE) Firewalls são dispositivos de segurança que podem evitar a contaminação e a propagação de vírus. Por outro lado, antivírus são ferramentas de segurança capazes de detectar e evitar ataques provenientes de uma comunicação em rede.

27. (CESPE/PCDF/AGENTE) Os vírus, ao se propaga­rem, inserem cópias de seu próprio código em ou­tros programas, enquanto os worms se propagam pelas redes, explorando, geralmente, alguma vulne­rabilidade de outros softwares.

Acerca do sistema operacional MS­Windows, julgue os itens a seguir.

28. (CESPE/SERPRO/ANALISTA ­ SUPORTE TÉCNICO) A opção de linha de comando da ferramenta Sysprep para preparar uma imagem de instalação do Windows 7 que remova todas as informações únicas do sistema é /unattend.

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29. (CESPE/SERPRO/ANALISTA ­ SUPORTE TÉCNICO) Utilizando­se o BitLocker to Go do Windows 7, é pos­sível estender o suporte para a criptografia de unidade de disco BitLocker aos dispositivos de armazenamento USB removíveis, o que contribui para proteger os da­dos desses dispositivos caso estes sejam perdidos ou roubados.

30. (CESPE/SERPRO/ANALISTA ­ SUPORTE TÉCNICO) O Device Stage, um recurso criado a partir do Win­dows Vista, mostra somente o status dos dispositivos, não permitindo sincronizar dados e mídias entre o Windows 7 e um aparelho de telefone smartphone, por exemplo.

31. (CESPE/SERPRO/ANALISTA ­ SUPORTE TÉCNICO) Se os clientes que utilizavam o Windows XP e o Inter­net Explorer 6 para acessar o website interno de deter­minada empresa criado há alguns anos, passarem a utilizar o sistema Windows 7, então a ferramenta mais adequada para verificar se o website da empresa fun­cionará adequadamente no novo sistema operacional é o Windows AIK (automated installation kit).A respeito do sistema operacional Linux, julgue os pró­ximos itens.

32. (CESPE/SERPRO/ANALISTA ­ SUPORTE TÉCNICO) O comando ps exibe os processos em execução no computador e o comando ps aux exibe apenas os pro­cessos em execução no computador do usuário logado.

33. (CESPE/SERPRO/ANALISTA ­ SUPORTE TÉCNICO) Um processo, em Linux, é uma entidade independente consistindo de process id (PID), permissões de acesso e propriedades como o id do usuário que o criou (UID) e o do grupo (GID). Um processo sempre é executado em kernel-mode, a fim de possibilitar o acesso a par­tes do hardware que, de outra forma, permaneceriam inacessíveis.

34. (CESPE/SERPRO/ANALISTA ­ SUPORTE TÉCNICO) A ferramenta Keep permite realizar cópias de quais­quer diretórios ou arquivos escolhidos e restaurá­las, quando necessário. Essa ferramenta também permite iniciar um becape instantaneamente por meio da tela principal, editar a lista de becape e ver o registro das cópias de segurança.

35. (CESPE/SERPRO/ANALISTA ­ SUPORTE TÉCNICO) A impressão direta de um documento de texto de nome arquivo.txt, na porta de impressão lp0, pode ser realiza­da utilizando­se o comando $cat arquivo.txt > /dev/lp0.

Com relação aos conceitos e ao uso de ferramentas e aplicativos do Windows, julgue os itens a seguir.

36. (CESPE/SERPRO/ANALISTA ­ SUPORTE TÉCNICO) Painel de Controle do Windows dá acesso a opções como, por exemplo, instalar e desinstalar programas, que é a ferramenta de uso recomendado para se insta­lar ou remover um programa adequadamente.

G A B A R I T O

1. C 2. C 3. C 4. E 5. E 6. E 7. C 8. E 9. C

10. E 11. E 12. C 13. C 14. C15. E 16. C 17. E 18. C 19. C 20. C 21. E 22. C 23. E 24. C 25. E 26. E 27. C28. E 29. C 30. E 31. E 32. E 33. E 34. C 35. C36. E

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SUMÁRIO

LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL

LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL .....................................................................................................444

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INTRODUÇÃO

A Lei Orgânica do Distrito Federal (LODF) foi elaborada com base no art. 32 da Constituição Federal (CF) e promul­gada no dia 08 de junho de 1993. Contudo, já sofreu diver­sas emendas (atual ELO n. 86/2015).

Vejamos o art. 32 da CF:

Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promul­gará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.

Este livreto trata dos temas mais cobrados da LODF nos concursos públicos no DF e demonstra, por meio de macetes, dicas, quadros comparativos, perguntas com res­postas e exercícios novos e de provas anteriores (mais de 368 questões), como estudar a referida matéria para se con­seguir gabaritar as questões do concurso público.

Para facilitar o estudo, cada tema terá questões de concursos públicos, bem como questões de autoria do Pro­fessor Wilson Garcia, com seus respectivos gabaritos, para você, candidato(a), poder treinar todo aprendizado.

É mostrado o passo a passo para você ser um ven­cedor nas provas de LODF. Inclusive, foram acrescentadas informações sobre a Constituição Federal e a Lei Comple­mentar n. 840 de 2011, com dicas e quadros comparativos esquematizados.

Esta 2ª edição está totalmente atualizada conforme: a Emenda à Lei Orgânica n. 86, de 4 de março de 2015; a Emenda Constitucional n. 88, de 8 de maio 2015; novas súmulas do STF e STJ.

1. CONCEITO DE LODF

A LODF é uma norma fundamental de imposição para os órgãos, entidades, agentes públicos pertencentes ao DF, bem como para as pessoas residentes ou de passagem dentro do DF.

Quais são os objetivos da LODF?

Segundo o preâmbulo expresso na LODF, a Lei Orgâ­nica do Distrito Federal tem por objetivos:

• organizar o exercício do poder;• fortalecer as instituições democráticas;• fortalecer os direitos da pessoa humana.

2. NATUREZA JURÍDICA DA LODF

A LODF é uma norma. Logo, deve ter uma natureza jurídica. Será ela uma lei municipal ou constituição estadual? Apesar da divergência encontrada na doutrina, para prova de concursos, leve a informação de que a LODF, segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), tem status, qualidade, equivalência, de Constituição Estadual.

JURISPRUDÊNCIA SOBRE STATUS DA LODFADI 980/ DF – DISTRITO FEDERAL AÇÃO DIRETA

DE INCONSTITUCIONALIDADE – Relator (a): Min. MENEℤES DIREITO – Julgamento: 06.03.2008 Órgão Julgador: Tribunal Pleno. A Lei Orgânica tem força e autoridade equivalentes a um verdadeiro estatuto constitucional, podendo ser equiparada às Consti-tuições promulgadas pelos estados-membros, como assentado no julgamento que deferiu a medida cautelar nesta ação direta. 5. Tratando­se de criação de funções, cargos e empregos públicos ou de regime jurídico de ser­vidores públicos impõe­se a iniciativa exclusiva do Chefe do Poder Executivo nos termos do art. 61, § 1º, II, da Constituição Federal, o que, evidentemente, não se dá com a Lei Orgânica. 6. Ação direta de inconstitucionali­dade julgada procedente.

Graficamente a LODF está logo abaixo da CF e ao lado de uma Constituição Estadual, conforme ilustração a seguir:

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

CONSTITUIÇÃO ESTADUAL

LEI ORGÂNICA MUNICIPAL

LODF

E X E R C Í C I O S

1. (MPDFT / PROMOTOR DE JUSTIÇA / 2011) A Lei Orgânica do Distrito Federal tem força e autoridade equivalentes às das Constituições promulgadas pelos estados­membros.

2. A LODF, por ser uma lei orgânica, tem status de lei orgânica municipal.

3. Conforme estabelece o art. 32 da Constituição Fede­ral, o Distrito Federal, vedada sua divisão em muni­cípios, reger­se­á por Constituição Estadual, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por um terços da Câmara Legislativa, que a outorgará, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal.

4. Segundo o art. 25 da CF, o Distrito Federal organiza­se e rege­se pela Constituição Estadual e leis que adotar, observados os princípios da Constituição Federal.

5. A LODF é a norma suprema dentro do DF e, inclusive, está acima da CF.

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Como toda norma jurídica, a LODF deve ser compatí-vel com a CF; caso contrário, a norma será inconstitucional (princípio da supremacia da Constituição).

A LODF é composta de três partes:• Preâmbulo;• Corpo com 365 artigos (que sofreram 71 emendas);• Atos das Disposições Transitórias com 59 artigos.

Para facilitar o seu estudo, abordaremos o que é mais cobrado em concursos públicos relativo à LODF.

3. PREÂMBULO DA LODF

Lendo a primeira parte da LODF, verifica-se a existên­cia de um preâmbulo.

O que é preâmbulo?

Num conceito simples, o preâmbulo é o preliminar, a introdução de algo. Juridicamente falando, preâmbulo é um texto preliminar, não normativo, que expõe a intenção do texto normativo que o segue, dando a origem e legitimidade; porém, tem força interpretativa e integração da norma.

Qual é o preâmbulo da LODF?

“Sob a proteção de Deus (isso não retira a laicide do DF, isto é, o DF não tem religião oficial), nós, Deputados Distritais, legítimos representantes do povo do Distrito Federal, investidos de Poder Constituinte (destaca a equi-valência à Constituição Estadual), respeitando os preceitos da Constituição da República Federativa do Brasil (caso contrário a LODF seria inconstitucional), promulgamos (não é outorgada – pois foi feito por um poder constituinte demo-crático) a presente Lei Orgânica, que constitui a Lei Funda­mental do Distrito Federal, com o objetivo de organizar o exercício do poder, fortalecer as instituições democráticas e os direitos da pessoa humana.”

E X E R C Í C I O S

1. Não há preâmbulo na LODF, tendo em vista seu cará­ter subsidiário.

2. O preâmbulo expresso na LODF demonstra o catolicis­mo obrigatório no DF.

3. “Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Es­tado Democrático, destinado a assegurar o exercício

dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segu­rança, o bem­estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvér­sias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguin­te Lei Orgânica do Distrito Federal”, este é o preâmbu­lo previsto na LODF.

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4. DOS FUNDAMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DOS PODE-RES E DO DISTRITO FEDERAL

O DF é um ente federativo do Brasil, sendo uma pessoa jurídica de direito público interno (não é direito público inter-nacional) pertencente à Administração Pública Direta (é uma das 27 unidades federativas do Brasil).

IMPORTANTE:

O DF não é a Capital Federal. A capital federal é Brasília, a qual é sede do governo do Distrito Federal (art. 6º da LODF e art. 18, § 1º da CF).

E X E R C Í C I O S

1. (CESPE/ TJDFT/ APLICAÇÃO/ 2013) Apesar do en­tendimento comum de que Brasília seria a capital fe­deral, a CF atribui ao DF a condição de capital federal, razão por que proíbe, taxativamente, a divisão dessa unidade federada em municípios.

2. Distrito Federal é capital da República Federativa do Brasil.

3. (CESPE/ IBRAM/ ANALISTA DE ATIVIDADES DO MEIO AMBIENTE/ 2009) A LODF prevê expressamen­te que o Distrito Federal (DF) é a capital da República Federativa do Brasil.

4. (FUNIVERSA/ SEPLAG­DF/ PROFESSOR/ FISIOTE­RAPIA/ 2010) O DF integra a Federação e mantém resguardada a sua personalidade de Direito Público Internacional.

5. (FUNIVERSA/ UEG/ ASSISTENTE DE GESTÃO AD­MINISTRATIVA/ 2015) O Distrito Federal é a capital da República Federativa do Brasil.

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O DF integra a união indissolúvel da República Federa­tiva do Brasil (art. 2º da LODF), sendo proibida a secessão, ou seja, apesar de o DF possuir autonomia, não pode retirar­­se politicamente do Brasil.

O art. 1° da LODF determina que o DF possui autono-mia (não é soberania – a República Federativa do Brasil é que possui soberania). O DF não é subordinado à União, ou seja, não tem relação de hierarquia, pois o DF possui a sua autonomia. O art. 18 da CF estabelece que: “a orga­nização político­administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Cons­tituição”.

Quais são os tipos de autonomia que o DF possui? (art. 1º da LODF)

Aqui temos um macete. Os tipos de autonomia são “PAF” (Política, Administrativa e Financeira):

Política – Ex.: possui governador, deputados, capaci­dade legislativa.

Administrativa – Ex.: criação de regiões administra­tivas; criação de cargos e órgãos públicos; realiza­ção de licitação.

F inanceira – Ex.: verba destinada à cultura local.

Mas apesar de ter autonomia, deve respeitar os precei­tos da CF, pelo princípio da “supremacia da Constituição”.

A autonomia do DF é tão importante que a sua preser­vação está prevista como valor fundamental no art. 2º, I da LODF.

O território do DF compreende o espaço físico­geográ­fico que se encontra sob seu domínio e jurisdição (art. 8º da LODF).

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1. (FUNIVERSA/ SEAP­DF/ AGENTE DE ATIVIDADES PENITENCIÁRIAS/ 2015) Enquanto federação, a Re­pública Federativa do Brasil comporta o direito de se­cessão por parte dos entes federados.

2. (FUNIVERSA/ SEPLAG­DF/ PROFESSOR/ FISIOTE­RAPIA/ 2010) A Lei Orgânica permite ao DF retirar­se da Federação, tendo em vista sua característica espe­cial de capital da República.

3. (CESPE/ INSTITUTO RIO BRANCO/ DIPLOMATA/ 2014) A ordem constitucional brasileira não admite o chamado direito de secessão, que possibilita que os estados, o Distrito Federal e os municípios se separem do Estado Federal, preterindo suas respectivas auto­nomias, para formar centros independentes de poder.

4. (CESPE/ INSTITUTO RIO BRANCO/ DIPLOMATA/ 2012) Dada a inexistência, no ordenamento jurídico nacional, do denominado direito de secessão, qual­quer tentativa de um estado­membro de exercer esse direito constitui ofensa à integridade nacional, o que dá ensejo à decretação de intervenção federal.

5. (FCC/ TRT 2ª REGIÃO / TÉCNICO JUDICIÁRIO / ÁREA ADMINISTRATIVA/ 2014) Os Estados­Membros possuem autonomia administrativa e política, sendo dado a eles o direito de secessão.

6. (TJDFT/ JUIℤ/ 2007) Os Estados federados participam das deliberações da União, podendo dispor ou não do direito de secessão, caso o liame esteja consagrado, respectivamente, em um tratado internacional ou em uma Constituição.

7. (VUNESP/ ADVOGADO/ 2014) Em decorrência do princípio da indissolubilidade do vínculo federativo, qualquer tentativa de secessão do Estado­Membro permitirá a decretação de intervenção federal.

8. (CESPE/ TRT 10ª REGIÃO (DF E TO)/ ANALISTA JU­DICIÁRIO/ ÁREA ADMINISTRATIVA/ 2013) Embora a Federação seja um dos princípios fundamentais da CF, nada impede que o direito de secessão seja intro­duzido no ordenamento jurídico brasileiro por meio de emenda constitucional.

9. (CESPE/ TÉCNICO DE CONTABILIDADE/ 2010) De acordo com o princípio federativo adotado no Brasil, os estados­membros possuem autonomia administrativa e política, sendo vedado a eles o direito de secessão.

10. (FCC/ TRT 8ª REGIÃO (PA E AP)/ ANALISTA JUDICI­ÁRIO/ ÁREA ADMINISTRATIVA/ 2010) As finalidades básicas do princípio da indissolubilidade do vínculo fe­derativo são o direito de secessão e a prevalência dos interesses da União sobre os Estados, Distrito Federal e Municípios.

11. (FUNIVERSA/ PM­DF/ SOLDADO DA POLÍCIA MI­LITAR/ COMBATENTE/ 2013) O DF encontra­se no pleno exercício de sua autonomia política e adminis­trativa, não gozando, porém, de autonomia financeira.

12. Segundo a LODF, a sede do governo do DF é Brasília, capital da República Federativa do Brasil.

13. O DF é uma unidade federada sem autonomia, pois não possui capacidade de auto­organização, autogo­verno e autoadministração.

14. O DF possui soberania, tendo em vista ser a capital da República.

15. O Distrito Federal, no pleno exercício de sua sobera­nia, e autonomia administrativa e financeira, obser­vados os princípios constitucionais, reger­se­á por lei ordinária federal.

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16. O DF é subordinado à União.

17. Não se pode atribuir ao DF autonomia, pois ele não tem natureza nem de estado nem de município, por ser tido como ente anômalo ou sui generis.

18. Todos os órgãos do DF são organizados e mantidos pela União, tendo em vista que o DF não possui auto­nomia administrativa e política.

19. É valor fundamental expresso na LODF a preservação de sua soberania.

20. (CESPE/ TCE­ES/ PROCURADOR ESPECIAL DE CONTAS/ 2009) O DF não dispõe da capacidade de auto­organização, já que não possui competência para legislar sobre organização judiciária, organização do MP e da Defensoria Pública do DF e dos Territórios.

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1. (CESPE/ TJDFT/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ ÁREA JU­DICIÁRIA/ 2013) São símbolos do Estado federal bra­sileiro a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais, podendo os estados­membros, o Distrito Federal (DF) e os municípios adotar símbolos próprios.

2. (FUNIVERSA/ SEJUS­DF/ TÉCNICO PENITENCIÁ­RIO/ 2008) A bandeira, o hino e o brasão são símbo­los do Distrito Federal, vedada a instituição de outros símbolos.

3. O DF tem como símbolos sua bandeira, seu hino, seu brasão, armas e selos, não sendo possível ao Poder Legislativo alterar essa condição, ainda que para criar novos símbolos.

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1. C2. E3. E

6. VALORES FUNDAMENTAIS X OBJETIVOS PRIORITÁRIOS

Este é o tema campeão das provas de concursos. Exis­tem diferenças entre esses institutos, conforme apresentado didaticamente no seguinte quadro:

VALORES FUNDA-MENTAIS OBJETIVOS PRIORITTRIOS

Previsão art. 2º da LODF Previsão art. 3º da LODF

São os fundamentos na política do DF

São as metas na política do DF

São substantivos

São verbos (garantir, promover, assegurar, preservar, propor­cionar, dar, valorizar, desenvol­ver, zelar, proteger, defender)

6.1 Valores Fundamentais

O art. 2º, caput, da LODF, lista os valores fundamen­tais. E aqui vai um macete “4P DIVA”:

P reservação de sua autonomia como unidade federativaP lena cidadaniaPP

luralismoolítico (não é pluripartidarismo)

Di gnidade da pessoa humanaVa lores sociais do trabalho e da livre iniciativa

IMPORTANTE:

Não confunda os valores fundamentais previstos na LODF com os fundamentos da República Federativa do Brasil, previsto no art. 1º da CF:

I – a soberania;II – a cidadania;III – a dignidade da pessoa humana;IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;V – o pluralismo político.

1. E2. E3. C4. C5. E

6. E7. C8. E9. C

10. E

11. E12. C13. E14. E15. E

16. E17. E18. E19. E20. E

5. SÍMBOLOS DO DISTRITO FEDERAL

O DF poderá ter símbolos próprios, o que demonstra a sua autonomia, de acordo com a norma da CF, art. 13, § 2º: “Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios”.

Quais sãos os símbolos do DF?

Está previsto no art. 7º da LODF, e aqui temos o macete “HBB”:

H inoB andeiraB rasão

Uma lei (e não decreto) distrital poderá instituir outros símbolos e a maneira de usá­los, sendo sempre vedada a promoção pessoal do gestor público. É possível, por exem­plo, criar um selo para representar o DF na época da Copa do Mundo, mas o selo não pode ser feito com a foto do governador segurando uma bola de futebol, por exemplo, pois seria violado o princípio da impessoalidade.

Atenção: Não confunda os símbolos do DF com os do Brasil, conforme quadro a seguir:

SÍMBOLOS DO DF SÍMBOLOS DO BRASIL

Art. 7º da LODF – São símbolos do Distrito Fede­ral a bandeira, o hino e o brasão.

Art. 13, § 1º, da CF – São símbolos da República Federativa do Brasil a ban­deira, o hino, as armas e o selo nacionais.

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6.2 Objetivos Prioritários

O art. 3º da LODF lista os objetivos prioritários do DF (cuidado para não confundir com os valores fundamentais). Logo, a informação da questão do concurso deve estar no local certo. Por exemplo, se a questão expressar que “a pre-servação de sua autonomia como unidade federativa” é um objetivo prioritário, estará errada, pois isso é um valor fun­damental. E se a questão do concurso expressar que “dar prioridade ao atendimento das demandas da sociedade nas áreas de educação” é um valor fundamental, estará errada, pois isso é um objetivo prioritário.

Vejamos primeiramente a lista dos objetivos prioritários menos cobrados em concursos públicos previstos no art. 3º da LODF e seus respectivos incisos:

• art. 3º, I, LODF – garantir e promover os direitos humanos assegurados na CF e na Declaração Uni­versal dos Direitos Humanos;

• art. 3º, II, LODF – assegurar ao cidadão o exercício dos direitos de iniciativa que lhe couberem, relativos ao controle da legalidade e legitimidade dos atos do Poder Público e da eficácia dos serviços públicos;

• art. 3º, III, LODF – preservar os interesses gerais e coletivos;

• art. 3º, V, LODF – proporcionar aos seus habitan­tes condições de vida compatíveis com a dignidade humana, a justiça social e o bem comum.

Os objetivos prioritários do DF mais cobrados nas provas de concursos públicos, previstos no art. 3º da LODF, estão lis­tados abaixo: (Não vá para a prova sem conhecê-los!)

• art. 3º, VI, LODF – dar prioridade ao atendimento das demandas da sociedade nas áreas de educação, saúde, trabalho, transporte, segurança pública, mora­dia, saneamento básico, lazer e assistência social;

C O M E N T T R I O�Esse objetivo é o mais importante, pois dá prioridade (pri-mazia) às seguintes áreas – veja um macete: “SANBAS É LAZER – MORA em SP – TST”

SANB

eamentoásico

AS

ssistênciaocial

E ducaçãoLAZERMORA diaSP

egurançaública

T rabalhoS aúdeT ransporte

IMPORTANTE:

Não está elencado expressamente como objetivos prioritários dar prioridade às áreas da alimentação, previdência social ou cultura, por exemplo.

• art. 3º, VII, LODF – garantir a prestação de assis­tência jurídica integral e gratuita aos que compro­varem insuficiência de recursos;

C O M E N T T R I O�A pessoa que for declarada pobre, hipossuficiente, com baixa capacidade econômica, terá direito a assistência jurídica de maneira integral (do começo ao fim do processo) e gratuita (não pagará por um defensor público). Contudo, o direito de petição independe de pagamento para o pobre e para o rico. Não confunda a assistência jurídica com o direito de petição conforme quadro comparativo a seguir:

DIREITO DE PETIÇÃO ASSISTÊNCIA JURÍDICAArt. 4º da LODF – É asse­gurado o exercício do direito de petição ou repre­sentação, independente­mente de pagamento de taxas ou emolumentos, ou de garantia de instância.

Art. 3º, VII, LODF – Garan­tir a prestação de assistên­cia jurídica integral e gra­tuita aos que comprovarem insuficiência de recursos.

Independe de pagamento Independe de pagamento

Para todos os indivíduosPara as pessoas que com­provarem a insuficiência de recursos

NÃO é objetivo prioritário É objetivo prioritário

• art. 3º, X, LODF – assegurar, por parte do Poder Público, a proteção individualizada à vida e à inte­gridade física e psicológica das vítimas e das tes-temunhas de infrações penais e de seus respecti­vos familiares.

C O M E N T T R I O�De todos os objetivos prioritários, esse, sem dúvida, é o mais cobrado. Então, para sua prova de LODF, a testemunha, a vítima de infrações penais (crimes e contravenções, como trá-fico, homicídio, roubo, vias de fato e jogo do bicho) e seus res-pectivos familiares podem ficar tranquilos, pois é um objetivo prioritário do DF assegurar a proteção da vida e da integridade física e psicológica de cada um deles.

• art. 3º, IV, LODF – promover o bem de todos.

IMPORTANTE:

O art. 9º da LODF estabelece que o Distrito Federal, na execução de seu programa de desenvolvimento econômico-social, buscará a integração com a região do entorno do DF, mas isso não é objetivo prioritário.

Por fim, para os concursos da área da cultura, possi­velmente, serão cobrados os seguintes objetivos prioritários previstos no art. 3º da LODF:

• art. 3º, VIII, LODF – preservar sua identidade, ade­quando as exigências do desenvolvimento à preser­vação de sua memória, tradição e peculiaridades;

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• art. 3º, IX, LODF – valorizar e desenvolver a cul-tura local, de modo a contribuir para a cultura brasileira;

• art. 3º, XI, LODF – zelar pelo conjunto urbanís-tico de Brasília, tombado sob a inscrição n. 532 do Livro do Tombo Histórico, respeitadas as defini­ções e critérios constantes do Decreto n. 10.829, de 02 de outubro de 1987, e da Portaria n. 314, de 08 de outubro de 1992, do então Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural – IBPC, hoje Instituto do Patri­mônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.

IMPORTANTE:

Não confunda esses objetivos prioritários da LODF com os previstos na CF em seu art. 3º:

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;II – garantir o desenvolvimento nacional;III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as

desigualdades sociais e regionais;IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de

origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Foi inserido expressamente pela Emenda à LODF n. 73, de 25 de abril de 2014, no inciso XII, o novo objetivo prio­ritário, qual seja: “promover, proteger e defender os direitos da criança, do adolescente e do jovem”. É importante deli­mitar os conceitos de criança, adolescente e jovem, explici­tados no quadro a seguir:

Criança (art. 2º, caput, Lei n. 8.069/1990)

até 12 anos de idade in­completos (ou seja 11 anos)

Adolescente (art. 2º, caput, Lei n. 8.069/1990)

12 anos até 18 anos de idade

Jovem (art. 1º, § 1º, Lei n. 12.852/2013) 15 a 29 anos de idade

Essa inovação na LODF foi baseada nos seguintes fun­damentos legislativos:

• art. 227 da Constituição Federal;• art. 4º da Lei n. 8.069/1990 (Estatuto da Criança e

Adolescente).

Repare que não está previsto expressamente na LODF como objetivo prioritário promover, proteger e defen­der os direitos do idoso (pessoa com idade igual ou superior a 60 anos, conforme o art. 1º da Lei n. 10.741/2003).

Lembre­se que há o Capítulo VII da LODF que trata da criança, adolescente e jovem.

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1. (IBFC/ SEAP­DF/ PROFESSOR/ 2013) São valores fundamentais do Distrito Federal, expressamente pre­vistos na Lei Orgânica do Distrito Federal, exceto:a. a plena cidadania.b. a dignidade da pessoa humana.

c. o pluralismo político.d. o respeito aos princípios fundamentais estabeleci­

dos na Constituição Federal.

2. (FUNIVERSA/ DETRAN­DF/ AGENTE DE TRÂNSITO/ 2012) Um dos valores fundamentais do DF é assegu­rar ao cidadão o exercício dos direitos de iniciativa que lhe couberem, relativos ao controle da legalidade e da legitimidade dos atos do poder público e da eficácia dos serviços públicos.

3. (CESPE/ DETRAN­DF/ AUXILIAR DE TRÂNSITO/ 2009) É objetivo prioritário do DF garantir a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos que com­provem insuficiência de recursos.

4. (FUNIVERSA/ PC­DF/ AGENTE DE POLÍCIA/ 2009) Aos que comprovarem insuficiência de recursos, será garantida a prestação de assistência jurídica gratuita e integral, inclusive contra o próprio Distrito Federal.

5. (UNIVERSA/ ENFERMEIRO­DF/ 2011) De acordo com a LODF é objetivo prioritário do DF: garantir a prestação de assistência jurídica a todos os cidadãos, independente de sua condição financeira.

6. (FUNIVERSA/ PM­DF/ SOLDADO DA POLÍCIA MILI­TAR/ COMBATENTE/ 2013) É assegurado o exercício do direito de petição ou representação. O pagamento de taxas ou emolumentos, ou de garantia de instância, serão dispensados para aqueles que provarem não dispor de condições financeiras suficientes para tanto.

7. (CESPE/ SEAPA­DF/ TÉCNICO DE DESENVOLVI­MENTO E FISCALIℤAÇÃO AGROPECUÁRIA/ 2009) A garantia da prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recurso é um dos objetivos prioritários do DF.

8. (FUNIVERSA/ SEPLAG­DF/ PROFESSOR/ FISIOTE­RAPIA/ 2010) É assegurado o exercício do direito de petição ou representação, mediante o pagamento de taxas ou emolumentos, ou de garantia de instância.

9. (FUNIVERSA/ ENFERMEIRO­DF/ 2011) De acordo com a LODF é objetivo prioritário do DF: assegurar o exercício de petição ou representação independente­mente do pagamento de taxa.

10. (FUNIVERSA/ DETRAN­DF/ AGENTE DE TRÂNSITO/ 2012) O exercício do direito de petição ou representa­ção é assegurado, desde que haja pagamento de taxa correspondente.

11. É assegurado o direito de petição apenas nos casos de impetração de habeas corpus.

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12. (IBFC/ SEAP­DF/ PROFESSOR/ SOCIOLOGIA/ 2013) Indique a alternativa que NÃO representa objetivo prio­ritário do Distrito Federal, previsto na sua Lei Orgânica:a. Preservar os interesses gerais e coletivos.b. Promover o bem de todos.c. A saúde pública e o saneamento básico.d. Garantir a prestação de assistência jurídica inte­

gral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos.

13. (CESPE/ DETRAN­DF/ ANALISTA/ ADVOCACIA/ 2009) Previsto na LODF, é objetivo prioritário do DF assegurar a proteção individualizada à vida e à inte­gridade física e psicológica das vítimas e das teste­munhas de infrações penais e de seus respectivos familiares.

14. (FUNIVERSA/ SEPLAG­DF/ PROFESSOR/ FISIOTE­RAPIA/ 2010) Entre os objetivos prioritários do DF, en­contra­se o de assegurar, por parte do poder público, a proteção individualizada à vida e à integridade física e psicológica das vítimas e das testemunhas de infra­ções penais e de seus respectivos familiares.

15. (CESPE/ DFTRANS/ ANALISTA/ 2008) Um dos objeti­vos prioritários do DF é assegurar, por parte do poder público, a proteção individualizada à integridade psico­lógica das testemunhas de infrações penais.

16. (FUNIVERSA/ AGENTE DE POLÍCIA/ 2009) Como desdobramento da garantia dos direitos humanos previstos na Constituição Federal, o Distrito Federal deve assegurar a proteção individualizada à vida e à integridade física e psicológica das vítimas e das tes­temunhas de infrações penais e de seus respectivos familiares.

17. (FUNIVERSA/ SEPLAG/ 2011) É objetivo prioritário do Distrito Federal assegurar, por parte do poder público, a proteção individualizada à vida e à integridade física e psicológica dos autores e das testemunhas de infra­ções penais e de seus respectivos familiares.

18. (UNIVERSA/ ENFERMEIRO­DF/ 2011) De acordo com a LODF é objetivo prioritário do DF zelar pelo plu­ralismo político.

19. (FUNIVERSA/ PM­DF/ SOLDADO DA POLÍCIA MILI­TAR/ COMBATENTE/ 2013) A preservação da autono­mia do DF como unidade federativa constitui­se em um dos seus objetivos prioritários.

20. (FUNIVERSA/ DETRAN­DF/ AGENTE DE TRÂNSITO/ 2012) O pluralismo político e o atendimento prioritário da demanda da sociedade na área de educação são valores fundamentais do DF.

21. (FUNIVERSA/ DETRAN­DF/ AGENTE DE TRÂNSITO/ 2012) A valorização e o desenvolvimento da cultura local, apesar de ser uma preocupação de qualquer go­verno, não se encontra entre os objetivos prioritários do DF.

22. (FUNIVERSA/ AGENTE DE POLÍCIA/ 2009) Por ser de competência privativa dos órgãos estatais legal­mente instituídos, a participação do cidadão no con­trole de legalidade e legitimidade dos atos do Poder Público e da eficácia dos serviços públicos deverá ser restringida.

23. (FUNIVERSA/ SEPLAG/ 2011) É objetivo prioritário do Distrito Federal garantir e promover os direitos huma­nos assegurados na Constituição Federal e na Decla­ração Universal dos Direitos Humanos.

24. (FUNIVERSA/ SEPLAG/ 2011) É objetivo prioritário do Distrito Federal promover o bem de todos, em especial o dos eleitores.

25. (FUNIVERSA/ SEPLAG/ 2011) É objetivo prioritário do Distrito Federal valorizar e desenvolver a cultura local, independentemente de contribuir para a cultura brasi­leira.

26. (FUNIVERSA/ SEPLAG/ 2011) É objetivo prioritário do Distrito Federal assegurar ao cidadão o exercício dos direitos de iniciativa que lhe couberem, relativos ao controle da legalidade e da legitimidade dos atos do poder público, cabendo exclusivamente ao Ministério Público o controle da eficácia dos serviços essenciais à população.

27. (CONSULPLAN/ CEASA­DF/ 2012) O DF integra a união indissolúvel da República Federativa do Brasil e tem como valores fundamentais, dentre outros, a pre­servação de sua autonomia como unidade federativa, a dignidade da pessoa humana e o pluralismo político.

28. (ESAF/ PGDF/ 2006) Não é objetivo do DF zelar pelo conjunto urbanístico de Brasília, pois essa competên­cia é exclusiva do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

29. (CONSULPLAN/ CEASA­DF/ 2012) Estão incluídos, dentre os objetivos prioritários do DF, proporcionar aos seus habitantes condições de vida compatíveis com a dignidade humana, a justiça social e o bem comum e valorizar e desenvolver a cultura local.

30. (FUNIVERSA/ DETRAN­DF/ AGENTE DE TRÂNSITO/ 2012) Um dos valores fundamentais do DF é assegu­rar ao cidadão o exercício dos direitos de iniciativa que lhe couberem, relativos ao controle da legalidade e da legitimidade dos atos do poder público e da eficácia dos serviços públicos.

31. Dentre os objetivos prioritários do DF, tem­se o de dar prioridade ao atendimento das demandas da socieda­de nas áreas de educação, saúde, trabalho, transpor­te, segurança pública, moradia, saneamento básico, lazer e assistência social.

32. A soberania está elencada como valor fundamental do Distrito Federal.

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33. A DF possui autonomia, motivo pelo qual está previsto como objetivo prioritário a sua preservação.

34. É objetivo prioritário do Distrito Federal promover, pro­teger e defender os direitos da criança, do adolescente e do jovem.

35. É objetivo prioritário do Distrito Federal promover, pro­teger e defender os direitos da criança, do adolescente e do idoso.

36. Está elencando como valor fundamental do Distrito Fe­deral a promoção, proteção e defesa dos direitos da criança, do adolescente e do jovem.

37. É objetivo prioritário do Distrito Federal promover, pro­teger e defender os direitos da criança, do adolescente e do jovem, desde que sejam autor de ato infracional.

38. (FUNIVERSA/ PCDF/ AGENTE DE POLÍCIA/ 2009) A garantia do exercício do direito de petição ou represen­tação é objetivo prioritário do Distrito Federal, indepen­dentemente de pagamento de taxas ou emolumentos ou de garantia de instância.

39. (CESPE/ TJDFT/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR/ 2013) Alberto dirigiu­se à secretaria de uma das varas do TJDFT, onde requereu uma certidão para a defesa de direito e esclarecimento de situação de interesse pessoal. Lúcio, servidor do juízo em questão, negou­se a atender ao pedido de Al­berto, sob a alegação de não ter havido o pagamento de taxa. Nessa situação hipotética, a atuação de Lúcio foi correta, pois, conforme a CF, a obtenção de certi­dão em repartições públicas requer o prévio recolhi­mento de taxa.

40. (IBFC/ SEAP­DF/ PROFESSOR/ ATIVIDADES/ 2013) Dentre as demandas prioritárias da sociedade do Dis­trito Federal, a Lei Orgânica do Distrito Federal NÃO prevê a:a. Saúde.b. Alimentação.c. Moradia.d. Assistência social.

41. (FUNIVERSA/ SES­DF/ TÉCNICO EM SAÚDE/ TÉC­NICO ADMINISTRATIVO/ 2009) Acerca do direito de petição, nos termos do art. 4º da Lei orgânica do Distri­to Federal, é correto afirmar quea. é assegurado o exercício ou representação; no en­

tanto, existem emolumentos especiais para o cida­dão pobre na forma de lei.

b. é assegurado o exercício do direito de petição ou representação com o pagamento da taxa depen­dendo da condição contributiva do contribuinte.

c. é assegurado o exercício do direito de petição ou representação, independente de pagamento de ta­xas ou emolumentos, ou de garantia de instância.

d. é assegurado o exercício de petição apenas aos cidadãos brasileiros.

e. é assegurado o direito de petição, apenas nos ca­sos de impetração de habeas corpus.

G A B A R I T O

1. d2. E3. C4. C5. E6. E7. C8. E9. C

10. E11. E12. c13. C14. C

15. C16. C17. C18. E19. E20. E21. E22. E23. C24. E25. E26. E27. C28. E

29. C30. C31. C32. E33. E34. C35. E36. E37. E38. E39. E40. b41. c

7. PRINCÍPIO DA ISONOMIA/IGUALDADE NA LODF

O princípio da isonomia ou igualdade está previsto na CF, mas também tem previsão da LODF em seu art. 2º, parágrafo único:

Art. 2º Parágrafo único. Ninguém será discriminado ou prejudicado em razão de nascimento, idade, etnia, raça, cor, sexo, características genéticas, estado civil, trabalho rural ou urbano, religião, convicções políticas ou filosóficas, orientação sexual, deficiência física, imunoló­gica, sensorial ou mental, por ter cumprido pena, nem por qualquer particularidade ou condição, observada a Constituição Federal.

IMPORTANTE:

Foi inserido expressamente pela Emenda à LODF n. 65, de 11 de setembro de 2013, a expressão “características genéticas”. Isso é só para ficarmos cientes, pois o próprio texto da LODF cita “nem por qualquer particularidade ou condição”, ou seja, o rol desse artigo é exemplificativo (numerus apertus) – não é taxativo (numerus clausus).

Vale lembrar que é possível que haja tratamento dife­renciado em alguns casos, buscando­se as denominadas ações afirmativas, na ideia de tratar os iguais de maneira igual e os diferentes de maneira diferente, para que eles se igualem nas suas diferenças, como no caso de fila preferen­cial ou vagas para deficientes.

Vamos analisar cada item citado nesse artigo:• Nascimento: local onde a pessoa nasceu; não

pode discriminar o indivíduo pelo fato de ele ser do Goiás ou do Mato Grosso do Sul, por exemplo.

• Idade: não pode haver discriminação pelo motivo de a pessoa ser criança, adolescente, adulto ou idoso.

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• Etnia, raça, cor: não pode haver discriminação pelo fato de a pessoa ser branca, parda, negra ou de descendência indígena ou asiática. Esse fato, dependendo do caso, pode gerar o crime de racismo, previsto na Lei n. 7.716/1989.

• Sexo: homens e mulheres devem ser tratados da mesma maneira, mas é permitido em alguns casos um tratamento diferenciado como, por exemplo: prazo da licença maternidade; requisitos do teste de aptidão física; redução de idade na aposentado­ria voluntária.

• Características genéticas: são os aspectos físicos e biológicos com os quais a pessoa nasce. Exem­plos: cor dos olhos, tipo de cabelo, altura, aparên­cia, tom de voz. É a ideia de a pessoa não sofrer o denominado bullying (termo utilizado para descre­ver atos de violência física ou psicológica, intencio­nal e repetida, praticada por um indivíduo ou grupo de indivíduos causando dor e angústia, sendo exe­cutados dentro de uma relação desigual de poder).

• Estado civil: caso, solteiro, divorciado ou viúvo.• Trabalho rural ou urbano: muito relacionado com

o Direito do Trabalho, tendo previsão no art. 7º, caput, da CF: “São direitos dos trabalhadores urba­nos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social”.

• Religião: o Brasil é um Estado laico ou leigo, ou seja, não possui religião oficial. Por esse motivo, a pessoa não pode sofrer nenhum tipo de discri­minação, inclusive se não possuir religião. Esse fato, dependendo do caso, pode gerar o crime de racismo previsto na Lei n. 7.716/1989. Baseado nos direitos fundamentais do art. 5º da CF: “VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos reli­giosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; VII – é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência reli­giosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosó­fica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar­se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;”.

• Convicções políticas ou filosóficas: ideia da liber­dade de expressão. As pessoas no DF têm direito a suas liberdades políticas ou filosóficas, sendo o pluralismo político um dos valores fundamentais do DF. Isso é baseado nos direitos fundamentais do art. 5º da CF: “IV – é livre a manifestação do pensa­mento, sendo vedado o anonimato; [...] IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, cientí­fica e de comunicação, independentemente de cen­sura ou licença;”.

• Orientação sexual: não pode haver discriminação do indivíduo homoafetivo (relaciona­se com pes­soas do mesmo sexo), heterossexual (relaciona­se com pessoas do sexo oposto), bissexual e ainda do indivíduo que não declare a orientação sexual. A Lei Complementar n. 840/2011 no art. 283, § 3º, trata do assunto:

Art. 283. § 3º Equiparam-se à condição de compa-nheira ou companheiro os parceiros homoafetivos que mantenham relacionamento civil permanente, desde que devidamente comprovado.

E X E R C Í C I O S

1. (CESPE/ BRB/ ESCRITURÁRIO/ 2010) A referida Lei veda discriminar ou prejudicar qualquer pessoa pelo fato de haver litigado contra órgãos públicos do DF, nas esferas administrativa ou judicial. Referida veda­ção, porém, só se aplica à discriminação de pessoas físicas, não se estendendo a pessoas jurídicas.

2. A Lei Orgânica do Distrito Federal ao expressar “nin­guém será discriminado ou prejudicado em razão de nascimento, idade, etnia, raça, cor, sexo, estado civil, trabalho rural ou urbano, religião, convicções políticas ou filosóficas, orientação sexual, deficiência física, imunológica, sensorial ou mental, por ter cumprido pena, nem por qualquer particularidade ou condição, observada a Constituição Federal” refere­se ao princí­pio da isonomia.

3. (FUNIVERSA/ PM­DF/ SOLDADO DA POLÍCIA MILI­TAR/ COMBATENTE/ 2013) Ninguém será discrimi­nado ou prejudicado em razão de nascimento, idade, etnia, raça, cor, sexo, estado civil, trabalho rural ou urbano, religião, convicções políticas ou filosóficas, orientação sexual, deficiência física, imunológica, sen­sorial ou mental, por ter cumprido pena, nem por qual­quer particularidade ou condição, observada a Consti­tuição Federal.

4. (CESPE/ SEPLAG­DF/ ASSISTENTE DE EDUCAÇÃO ADMINISTRATIVO/ 2009) Considere que determinada sociedade empresária, sediada no DF, tenha estabele­cido como condição de admissão no emprego a apre­sentação de exame anti­HIV e, no caso de mulheres, de resultado de teste de gravidez. Esse procedimento contraria a LODF, que prevê a exigência apenas do resultado de teste de gravidez.

5. (CESPE/ TÉCNICO LEGISLATIVO/ 2005) A vedação de tratamento discriminatório, em razão da idade, et­nia, cor, sexo, estado civil, religião, convicções políti­cas, orientação sexual, deficiência física, entre outros, não está expressa na LODF porque já se encontra ex­plícita na Constituição Federal.

G A B A R I T O

1. E2. C3. C4. E5. E

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