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1 C C U U R R S S O O D D E E E E S S P P E E C C I I A A L L I I Z Z A A Ç Ç Ã Ã O O E E M M E E N N G G E E N N H H A A R R I I A A D D E E S S E E G G U U R R A A N N Ç Ç A A D D O O T T R R A A B B A A L L H H O O D D E E P P A A R R T T A A M ME E N N T T O O D D E E E E N N G G E E N N H H A A R R I I A A D D E E P P R R O O D D U U Ç Ç Ã Ã O O F F U U N N D D A A Ç Ç Ã Ã O O C C H H R R I I S S T T I I A A N N O O O O T T T T O O N N I I E E S S C C O O L L A A D D E E E E N N G G E E N N H H A A R R I I A A D D A A U U F F M MG G P P R R O O T T E E Ç Ç Ã Ã O O C C O O N N T T R R A A I I N N C C Ê Ê N N D D I I O O E E E E X X P P L L O O S S Ã Ã O O P P R R O O F F . . E E U U S S T T A A Q Q U U I I O O D D I I N N I I Z Z D D O O N N A A S S C C I I M ME E N N T T O O C C E E E E S S T T - - D D E E P P - - F F C C O O - - E E E E / / U U F F M MG G

C CUUURRRS SSO OO DDDE EE EESSPPPEECCI ...files.segurancaocupacional-alexssandro.webnode.com.br/200000068... · 17.Brigada de incêndio 18.Sistema de sprinklers 19.Sistemas especiais

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1

CCCUUURRRSSSOOO DDDEEE EEESSSPPPEEECCCIIIAAALLLIIIZZZAAAÇÇÇÃÃÃOOO EEEMMM

EEENNNGGGEEENNNHHHAAARRRIIIAAA DDDEEE SSSEEEGGGUUURRRAAANNNÇÇÇAAA DDDOOO TTTRRRAAABBBAAALLLHHHOOO

DDDEEEPPPAAARRRTTTAAAMMMEEENNNTTTOOO DDDEEE EEENNNGGGEEENNNHHHAAARRRIIIAAA DDDEEE PPPRRROOODDDUUUÇÇÇÃÃÃOOO

FFFUUUNNNDDDAAAÇÇÇÃÃÃOOO CCCHHHRRRIIISSSTTTIIIAAANNNOOO OOOTTTTTTOOONNNIII EEESSSCCCOOOLLLAAA DDDEEE EEENNNGGGEEENNNHHHAAARRRIIIAAA DDDAAA UUUFFFMMMGGG

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2

SSSUUUMMMÁÁÁRRRIIIOOO

1. Generalidades 2. Fatores essenciais da combustão 3. Limite da inflamabilidade 4. Oxidação – combustão 5. Reação em cadeia 6. Meios de transmissão de calor 7. Efeitos do calor 8. Temperatura 9. Considerações sobre os gases 10.Causas 11.Classificaçãoes dos incêndios 12.Agentes extintores 13.Extintores de incêndio 14.Processos de extinção 15.Eletricidade nos incêndios 16.Medidas preventivas 17.Brigada de incêndio 18.Sistema de sprinklers 19.Sistemas especiais de proteção 20.Conceitos de prevenção e controle 21.Sistemas de bombas de incêndio 22.Grupo de emergência 23.Espaço confinado 24.Plano de emergência em comunidades 25.Noções de Gestão de Risco

3

111 ––– GGGeeennneeerrraaalll iiidddaaadddeeesss

Presume-se que um dia o homem viu surgir o fogo, por ação de um raio, em uma tempestade, ou através de um vulcão. Seu poder de destruição provavelmente causou-lhe profundo terror, mesmo porque, florestas e grandes animais da época eram também dizimados pela ação do fogo.

O homem aprendeu a conservar o fogo, conscientizando-se aos poucos de sua utilidade para a vida diária, especialmente para afugentar os animais perigosos das proximidades de suas cavernas e para aquecê-las nas noites frias, e posteriormente, para preparar seus alimentos. Com o tempo, aprendeu também a produzi-lo através de atrito e/ou choque de diversos materiais sólidos, dispensando-se da penosa tarefa de sua conservação.

Estava dado o grande passo que contribuiu para a evolução da espécie humana, acontecimento que permitiu o aperfeiçoamento das armas primitivas, o preparo de vestimentas, o fabrico de móveis e utensílios, das ferramentas e de todos os engenhos humanos, avançando até as mais sofisticadas espaçonaves que permitem as atuais pesquisas no espaço interplanetário.

Fator decisivo nas mão criadoras do homem, marco de seu desenvolvimento, quando fora do controle, torna-se de amigo em inimigo, basta que ocorra um pequeno descuido.

Identificado inicialmente como elemento básico pelos alquimistas, tratamento que também davam à terra, ao ar e à água, todos considerados indivisíveis.

Com o uso da balança, introduzido de maneira sistemática na química, através de Lavoisier ( 1743/1794 ) fundador da química moderna, pode ser estabelecida a composição do ar e o mecanismo da combustão (1172/1774 ).

Naquela época ficou demostrado que o fogo era um fenômeno de combustão resultante da absorção do oxigênio, caracterizado pela presença simultânea de luz e calor. A partir daí ficou conhecido como fenômeno de oxidação.

Sem o fogo jamais, teria sido possível construir cidades e solucionar os complexos problemas urbanos; produzir trabalho, conforto e diversão; desenvolvimento de pesquisas físicas, químicas e biológicas e tanto outros acontecimentos que marcaram a evolução do homem sobre a terra.

Com ele, porém, surgiram os grandes riscos de destruição pelos incêndios e explosões, que se avolumam com o desenvolver da tecnologia do homem moderno.

É a contrapartida do bem estar cada vez mais amplo buscado ininterruptamente pelo homem.

4

222 ––– FFFaaatttooorrreeesss EEEsssssseeennnccciiiaaaiiisss dddaaa CCCooommmbbbuuussstttãããooo Considerando que o fogo é uma reação química, teremos forçosamente de ter,

no mínimo, a presença de dois reagentes e uma circunstância favorável a essa reação. Estes são, no caso, os chamados fatores essenciais da combustão: calor, comburente e combustível.

Em princípio estando presentes os três fatores essenciais, processa-se a combustão. Entretanto, experiências comprovam que a simples presença dos três fatores não é suficiente para que ocorra a combustão. É imprescindível, além da presença, que haja equilíbrio entre os fatores e energia suficiente.

Caso contrário, a combustão estaria ocorrendo permanentemente em todo lugar. Isto pode ser explicado pelo diagrama energia x progresso da reação. A barreira inicial de energia que é preciso vencer para que o processo ocorra é muito alta, de modo que só o “empurrão inicial “ de uma faísca ou de chama permite o começo da reação de combustão.

A idéia do triângulo facilita a memorização dos três fatores essenciais da

combustão. Para que se possa compreender a importância do equilíbrio para a ocorrência

da combustão, torna-se necessário a identificação dos tipos de mistura: gás ou vapor + ar.

Há três tipos de mistura possíveis: - Mistura pobre onde predomina maior quantidade de comburente

(oxigênio). - Mistura rica onde predomina a maior quantidade de combustível (gás ou

vapor). - Mistura ideal onde predomina o equilíbrio proporcional entre comburente e

combustível. Comprovação:

Tanto na mistura pobre quanto na rica a combustão não se realiza em virtude da saturação de comburente na primeira e de combustível na segunda. Em resumo: - Muito comburente e pouco combustível – mistura pobre – a combustão

não se realiza;

Combustível

Calor

Com

burente

Triângulo do fogo ou combustão

5

- Muito combustível e pouco comburente - mistura rica – a combustão não se realiza;

- Mistura equilibrada proporcionalmente – ideal – a combustão se realiza a qualquer nível.

Nos motores a explosão, por exemplo, quando se injeta maior quantidade de

combustível, a combustão interna não se processa e o “carro não pega”, isto é, o motor não dá a partida por estar a mistura muito rica (diz-se que o carro está afogado); quando por falha do sistema de injeção, falta a quantidade necessária de combustível (entupimento, etc), também o “carro não pega” por estar a mistura muito pobre, porém quando o sistema está regulado e a injeção é feita na proporção ideal, acionado o sistema de partida, a explosão se processa e o motor entra em funcionamento. É a mistura ideal, em equilíbrio.

Quando em um recipiente contendo líquido inflamável, provocamos uma centelha ao nível da superfície do líquido, não ocorrerá a inflamação (chama) em virtude da maior concentração de vapores inflamáveis e pequena presença de ar; também acima do nível de abertura do recipiente, acionada a centelha, não haverá a inflamação em virtude da pequena quantidade de vapores combustíveis e grande quantidade de comburente (oxigênio do ar); num determinado ponto entre o extremos considerados ocorrerá a combustão.

41,0 vol. %

Saturação de gás

Limite superior De

inflamabilidade

Equilíbrio Proporcional

Raio de ação ou limite de inflabilidade

Saturação de ar Limite inferior

De inflamabilidade

21,0 vol. %

13 vol. %

0 vol. %

Mistura rica

Não ocorre a

inflamação

Mistura ideal A inflamação ocorre em qualquer nível

Mistura pobre

Não ocorre a inflamação

6

Vejamos algumas características dos fatores essenciais da combustão. Comburente – o oxigênio, também chamado de comburente universal, é um

elemento químico gasoso, símbolo químico O2, massa atômica 16, número atômico 8, que participa na composição do ar atmosférico na proporção de aproximadamente 21 %.

A sua participação na combustão viva ou fogo é variável entre 13 e 21%. Teoricamente, abaixo de 8% de oxigênio não é possível a combustão. Deve-se

entretanto ressaltar que corpos denominados halogêneos, denominação recebida em função de sua proveniência do sal marinho, são exemplos de corpos que entram em combustão sem oxigenação.

Os halogêneos (flúor, cloro, bromo iodo), que tem propriedade químicas bastante semelhante, entram em combustão ou reagem com um grande número de metais e com Hidrocarbonetos não saturados, com reações tanto mais intensas e violentas quanto menor for o seu peso atômico.

A intensidade e a velocidade da combustão variam em função da proporção ou grau de pureza do oxigênio. Corpos que normalmente não se queimam em seu estado natural, explodem em presença do oxigênio puro. existem outros corpos

comburentes, porém, o único livre em proporções ideais no ar atmosférico é o

oxigênio. Como já vimos, o oxigênio participa de todos os tipos de combustão na

proporção variável entre 13 e 21 %. O gráfico anterior ilustra tal participação. Uma reação pode ser expontânea e, ainda assim, não ocorrer, a não ser que haja um empurrão inicial. Isto esta relacionado a cinética química, que estuda os caminhos pelos quais os processos químicos se processam e pode determinar se processos espontâneos ocorrem rápida ou lentamente. As reações de combustão são um exemplo. A reação entre monóxido de carbono (CO) e monóxido de nitrogênio (NO),dois produtos muito tóxicos da combustão da gasolina, para produzir nitrogênio (N2) e dióxido de carbono (Co2),inofensivos, é expontânea, mas muito lenta para que ela ocorra a taxas significativas, é necessário o uso de conversores catalíticos nos automóveis. Toda combustão é um fenômeno químico de oxidação,e temos: - Combustão totalmente ausente na maioria dos corpos. Há porém corpos

que se queimam em atmosferas com menos de 8% de O2. ex.: Carvão de pedra.

Composição do Ar

1%21%

78%

Gases nobres ou rarosOxigênio Nitrogênio

Gases nobres ou raros: Argônio Neônio Kritônio Xenônio Co2

Hélio Impurezas

7

- Combustão lenta, também chamada sem chamas. ex.: Oxidação. - Combustão viva ou fogo propriamente dito. Manifestação simultânea de luz

e calor. Calor – É o agente das sensações particulares, percebidas diretamente pelos

nosso sentidos, as quais nos referimos com sensações de quente ou frio. É ainda definido como forma de energia ou estado calorífico de um corpo. É ele

que determina indiferentemente a elevação ou abaixamento da temperatura de um corpo, alterando-lhe, consequentemente, o seu estado térmico. Assim entendida, a temperatura pode ser considerada como função do calor.

A unidade de medida de calor chama-se caloria. A caloria negativa é denominada de frigoria. Caloria é definida como a quantidade de calor necessária para elevar de 1°C a

temperatura de uma grama d’água a 4°C. Combustível – são três as definições mais comuns para o combustível:

1ª - É a substância que a temperatura e pressão normais não emite gases ou vapores capazes de se inflamarem ao contato de chama exposta (combustível simples).

2ª - É toda substância capaz de produzir energia para ser transformada em trabalho (ponto de vista mecânico).

3ª - É toda substância que se queima a temperatura inferiores a 1500°C. Sob o ponto de vista de incêndio, podemos também classificar como

combustível toda substância capaz de se consumir pela ação do fogo. Nenhuma substância se queima diretamente. Para se inflamar é

necessário que esteja emanando gás. Ser incombustível, não significa que a

1.500 ºC

Faixa de queima dos corpos incombustíveis (acima de 1.500 ºC)

Faixa de queima dos corpos combustíveis (abaixo de 1.500 ºC)

0ºC

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substância não se queima, mas, que tem maior capacidade de resistência à ação do calor tão somente, e que se queima a temperaturas muito altas..

Há entre os corpos combustíveis, aqueles que à temperatura e pressão normais estão sempre emanando gás ou vapor susceptível de se inflamar ao contato com chama. São os combustíveis denominados de inflamáveis.

Pelas definições que foram enunciadas, um combustível inflamável queima-se a temperaturas inferiores a 1500°C, é capaz de produzir energia para ser transformada em trabalho, porém, à temperatura e pressão normais está sempre emanando gás capaz de pegar fogo ao contato com chama exposta.

Assim, todo inflamável é também combustível mas nem todo combustível é inflamável.

A importância desta conclusão reside no maior risco de incêndio e explosão que oferecem os corpos inflamáveis.

Entre os combustíveis inflamáveis, destacam-se ainda os corpos capazes de se transformarem totalmente em gás. São as substâncias denominadas de voláteis. Seu risco iminente é de explosão.

Dois fatores podem tornar os líquidos inflamáveis em gases: - Elevação de temperatura; - Diminuição de pressão.

A difherença entre um líquido inflamável e um gás, muitas vezes, é um questão da temperatura ou pressão a que o líquido estiver submetido.

Líquidos inflamáveis com extrema facilidade de se vaporizarem, tem que ser mantidos sob pressão para não se transformarem em gás.

Os gases, liqüefeitos são líquidos inflamáveis submetidos a uma pressão acima de 1,75 atmosferas a 21°C. sob o ponto de vista de incêndio é muito importante esta consideração especialmente quando se analisa por exemplo, que o ponto de fulgor da gasolina é de aproximadamente - 42°C, dependendo é claro da mistura gasolina/álcool, ou seja a - 42°C,a gasolina já emite gases ou vapores capazes de se inflamarem ao contato de uma chama, mas que não são capazes de mantê-la acesa.

A densidade dos líquidos e dos gases é de extrema importância sob o ponto de vista dos incêndios e/ou explosões.

Um líquido de densidade inferior à água (densidade = 1 ), flutua na massa d’água, a menos que seja solúvel nesta. Tal fato pode originar a propagação de um incêndio, durante os trabalhos de extinção, ou ser dele causa, conduzindo o inflamável a grandes distâncias até alcançar uma fonte de ignição.

Por outro lado, um gás de maior densidade que o ar ( densidade = 1 ), acumular-se-á nas paredes baixas. Nas tubulações dos esgotos e nos subsolos, podendo resultar em um incêndio e/ou explosão ao contato com uma fonte de ignição (chama, centelha, fagulha, etc.).

Neste particular, como já vimos, também os gases oriundos dos líquidos combustíveis, em sua maioria, são mais densos que o ar, caracterizando-se assim como de grande risco sob o ponto de vista da segurança contra incêndio e explosão.

Também com poucas exceções, os líquidos inflamáveis são menos densos que a água flutuando nela e ocasionado os riscos já enunciados.

9

333 ––– LLLiiimmmiii ttteee dddeee IIInnnffflllaaammmaaabbbiii lll iiidddaaadddeee Como vimos, em gráfico já demonstrado por limite de inflamabilidade entende-

se o intervalo entre a formação de uma mistura pobre e uma mistura rica, que como já foi dito, impedem a realização da combustão, por desequilíbrio proporcional da mistura.

Conclusão: as misturas pobres e ricas demarcam os limites inferior e superior de inflamabilidade, respectivamente. Abaixo do limite mínimo e acima do limite máximo , a combustão não se realiza.

Entre os limites máximo e mínimo a combustão pode ocorrer em qualquer proporção, em forma de chama propagada continuamente e do nível da mistura formada.

O limite de inflamabilidade dos corpos varia podendo ser indicado em porcentagem por volume de ar. As misturas que se formam dentro do limite de inflamabilidade ( também denominado raio de ação de inflamabilidade ) são de suma importância para o estudo da prevenção contra incêndio e explosão. Podem também ser chamadas de misturas explosivas.

As substâncias que causam este tipo de mistura, são: - Gases inflamáveis; - Vapores de líquidos inflamáveis e combustíveis; - Névoa de líquidos combustíveis; - Pós de metais perigosos em suspensão; - Poeiras de origem orgânica em suspensão. Os limites de inflamabilidade sofrem alteração em seus valores sempre que

ocorrer alteração de temperatura e pressão. De modo geral, o aumento de temperatura e pressão resultará, respetivamente na diminuição do limite inferior e aumento do limite superior de inflamabilidade e, a diminuição de temperatura e pressão resultará em efeito inverso. Ou seja, aumento do limite inferior e diminuição do limite superior respectivamente.

Vejamos alguns limites de inflamabilidade de alguns gases mais usado na indústria com respetivos pontos de ignição e densidade em relação ao ar.

GASES PONTO DE IGNIÇÃO

LIMITE DE % MÍNIMA

INFLAMABILIDADE % MÁXIMA DENSIDADE

Gases 305°C 2,5 80 0,9 Amônia anidra 651°C 16,0 25 0,6

Butano 405°C 1,9 8,5 2,0 Cicloproprano 500°C 2,4 10,4 1,5 Cloreto e Etilo 519°C 3,8 15,4 2,2

Cloreto de metilo 632°C 10,7 17,4 1,8 Etano 515°C 3,2 2,5 1,0 Etileno 490°C 2,7 36,0 1,0

Gás d’água 9,0 55,0 0,57 Gás de Iluminação 590°C 5,3 32,0 0,44

Gás natural 483°C 4,8 13,5 0,61 Gás sulfidrico 260°C 4,0 44,0 1,2

Gasogênio 648°C 5,3 31,0 0,47 Hidrogênio 400°C 4,0 75,0 0,031

Metano 540°C 5,0 15,0 1,2 Monóxido de

carbono 609°C 12,0 74,0 1,0

Propano 450°C 2,2 9,5 1,6

10

Não há experiência que demonstre diferença entre a faixa de inflamabilidade da de explosividade das substâncias. Basta que uma mistura ideal, dentro da faixa de inflamabilidade, seja submetida à ação de uma fonte de ignição em ambiente confinado para resultar em explosão.

Vejamos os limites de inflamabilidade de alguns líquidos combustíveis com respectivos respetivos pontos de fulgor, de ignição e a densidade em relação à água (densidade = 1 ).

LÍQUIDOS PONTO DE FULGOR

PONTO DE IGNIÇÃO

LIMITE DE INFLAMABILIDADE

DENSIDADE

Acetona -17,7°C 465°C 2,6...12,8 0,8 Ácido Acético Glacial 42,8°C 465°C 5,4...16,0 1,0+

Álcool Etílico (Etanol) 12,6°C 65°C 3,3...19,0 0,8

Álcool Metílico (metanol/de madeira)

41,0°C 85°C 6,7...36,0 0,8

Benzeno (benzol) -11,0°C 498°C 6,7...36,0 0,8 Benzina -17,7°C 287°C 1,3...5,9 0,9 Éter Etílico -45,0°C 160°C 1,9...36,0 0,7 Gasolina 53 a 92 octanas -38,0°C 456°C 1,4...7,4 0,7

Querosene 43,0°C 210°C 0,7...5,0 1,0

É interessante salientar que os limites variam bastante em determinadas

circunstâncias. O do propano, citado acima, em mistura com o ar é 2.2 a 9,5 vol., mas quando em atmosfera de oxigênio puro passa a ser 2,2 a 57,0 vol.

Outro detalhe importante a ser observado é que os combustíveis atomizados podem ser queimados a temperaturas inferiores ao seu ponto de fulgor, o que, evidentemente, altera os valores considerados para a faixa de inflamabilidade.

444 ––– OOOxxxiiidddaaaçççãããooo ––– CCCooommmbbbuuussstttãããooo Já vimos que a combustão ou fogo, também denominada combustível vivo, é

uma reação de oxidação. Podemos considerá-la em relação à velocidade com que se desenvolve; ou modo de propagação; á temperatura alcançada e aos efeitos produzidos, denominado-se diferencialmente, para efeito didático, como se segue:

- Produzida à temperatura ambiente geralmente em forma lenta e sem desprendimento de luz e calor perceptível pelos sentidos da visão e tato, como por exemplo, na combinação do ferro com o oxigênio do ar dá origem à formação do óxido salino de ferro ( ferrugem) o que caracteriza a forma mais conhecida como oxidação;

- Quando a oxidação se produz com desprendimento simultâneo de luz e calor, é denominada de fogo, combustão propriamente dita ou combustão viva;

11

- Se esta oxidação se desenvolve com extrema velocidade com temperatura elevada e desenvolvendo pressão (geralmente em ambiente confinado), recebe a denominação de explosão;

- Quando a oxidação se produz com velocidade supersônica, extrema temperatura e dando origem à formação de ondas de choque à frente (promovendo distorções em tubulações e vasos), recebe o nome de detonação;

Sobre a detonação é importante observar-se que: a) A maioria da misturas explosivas detonará sob condições adequadas; b) A onda da detonação se propaga a uma velocidade muito alta, cerca de

1200 a 2400 metros por segundo. Considerando-se misturas de hidrocarbonetos + ar (alterando-se evidentemente de acordo com as características e propriedades dos corpos envolvidos).

c) A pressão na zona de detonação é muito alta e os efeitos multiplicadores do impacto e da reflexão podem tornar uma detonação muito mais destruidora que uma explosão comum;

d) As detonações não são ocorrências raras e todo local onde hajam tubulações e vasos destinados a inflamáveis, especialmente gases e hidrocarbonetos, são susceptíveis a uma detonação quando formada com o ar;

e) A única maneira de evitar uma detonação é impedir a formação de misturas explosivas ( em tubulações ou vasos), mantendo-se a proporção de gás + ar fora da faixa de explosividade;

De modo geral a detonação se desenvolve a velocidades muitas vezes

superiores à do som (nas tubulações ou vasos) e produz altas pressões em determinadas pontos dos mesmos.

O tempo entre a ignição e uma detonação é avaliado em fração de segundo, jamais ultrapassando a três segundos.

Uma detonação desenvolver-se-á com maior velocidade e requererá menor distância, se:

a) A mistura for turbulenta b) Estiveram presentes hidrogênio ou hidrocarbonetos não saturados; c) O ar estiver enriquecido com oxigênio. Os efeitos de uma detonação são multiplicados pela pressão inicial, portanto,

quanto mais alta for esta, mais violenta será a detonação. Em termos comparativos uma explosão ordinária é uma pressão de 6 a 10 vezes a inicial, enquanto uma detonação pode produzir de 60 a 100 vezes a pressão inicial.

555 ––– RRReeeaaaçççãããooo eeemmm CCCaaadddeeeiiiaaa Sabemos que a combustão é uma reação química de oxidação que se

processa em cadeia. Ocorrida a reação inicial sucedem-se outras, mantidas pelo calor produzido durante o processamento da reação inicial.

A cadeia de reações formada durante a combustão, tem como resultante a formação de produtos intermediários estáveis. Isto resulta que em áreas onde se realizam combustões a presença de radicais livres é constante. Estes radicais livres são responsáveis pela transferências da energia necessária à transformação da energia química em energia calorífica, decompondo as moléculas ainda intactas e

12

desta maneira provocando a propagação do fogo em verdadeira cadeia de reações sucessivas.

Tomemos por exemplo a reação do hidrogênio no ar: 2 H2 + O2 + energia térmica de ativação 4 H (rad) + 20 (rad) Duas moléculas de H reagem com uma molécula de O, ativadas por uma fonte

de energia térmica e produzem 4 radicais ativos de H; cada radical ativo de H combina-se com uma molécula de O produzindo um radical ativo de oxidrila e mais um radical ativo de O.

H (rad) + O2 OH (rad) + O (rad) Cada radical ativo de O reage com uma molécula de H produzindo outro radical

ativo de oxidrila e mais um radical ativo de H. O (rad) + H2 OH (rad) + H (rad) Cada radical ativo de oxidrila reage com uma molécula de H produzindo o

produto final estável (água) e mais radical ativo de H. OH (rad) + H2 H2O + H(rad) Desta forma processa-se a cadeia de combustão produzindo sua própria

energia de ativação (calor) enquanto houver suprimento do combustível (H) Esta teoria deu origem à transformação do triângulo em quadrado do fogo em

combustão.

Combustível

Calor

Com

burente (O

xigênio)

Combustão

Com

burente

Calor

Combustível (gás ou vapor)

13

666 ––– MMMeeeiiiooosss dddeee TTTrrraaannnsssmmmiiissssssãããooo dddeee CCCaaalllooorrr

O calor se propaga nos corpos segundo a natureza de cada um pelos

seguintes meios: 1. condução –Também denominada condutibilidade, transmissão de calor nos

corpos sólidos de molécula a molécula constitutiva do corpo. A condutibilidade existe também nos líquidos e nos gases, porém é quase nula. Exemplo: submetendo-se um fio de arame de cobre à ação do fogo em uma de suas extremidades, em breve, percebe-se o calor atingindo a extremidade oposta, após percorrer toda a extensão do fio de arame.

Nas estruturas especialmente as metálicas, o calor pode propagar-se de um extremo ao outro, dando origem a novo foco de incêndio ao entrar em contato com materiais de fácil combustão durante o mencionado percurso.

2. radiação –Também denominada de irradiação, transmissão de calor no

éter ou no espaço através de raios luminosos que os acompanham reside, basicamente, no seu comprimento de onda que é bem maior.

Estudando-se o espectro solar, distinguem-se partes: 1ª - Os raios ultravioletas, cujo comprimento de onda é muito pequeno; 2ª - Os raios de luz que se constituem na parte visível do espectro; 3ª - Os raios infravermelhos ou caloríficos, cujo comprimento é maior. Exemplo: os raios solares chegam até nós através de radiação, após

atravessar o espaço. Quando incidem sobre uma lente convergente ou uma bolha de ar em

formação vitrificada (que funciona como lente ) os raios solares tem o seu calor concentrado em um ponto, podendo resultar um incêndio, caso incidam em material de fácil combustão. Neste particular, o tempo de incidência dos raios concentrando calor influi decisivamente no surgimento de combustão.

É possível, por exemplo, acender fogo com uso de lentes de óculos de grau. Nos depósitos de lixo, muitos incêndios surgiram provocados por fundos de

garrafas quebradas, cuja face funcionou como lente. Os corpo negros absorvem a irradiação totalmente. Quando a superfície

atingida pela irradiação calorífica é refletora, as ondas são absorvidas parcialmente, e refletidas em parte, podem também resultar em incêndio.

3. Convecção – Transmissão de calor nos líquidos e nos gases sob a forma de corrente, quando um vaso contendo água é submetido á ação do fogo, o líquido nele contido ao ser aquecido sofre dilatação, muda de densidade e tende a subir, formando uma corrente ascendente de líquido junto às paredes do vaso, enquanto, ao mesmo tempo, forma-se uma corrente descendente de proporções mais frias.

Conclusão: o líquido aquecido torna-se mais leve e sobe o líquido mais frio, por ser mais pesado, desce. O mesmo se observa com relação às camadas de ar.

Como prevalecerá sempre uma diferença de temperatura entre a camada que está na parte superior e que está na inferior em contato direto com a fonte de calor , as corrente continuam permutando as massas frias e quentes, até que, alcançando determinada temperatura, haja a vaporização total da massa d’água.

14

O mesmo fenômeno, como já foi dito, é observado com relação aos gases, porém, com maior velocidade em razão da extrema mobilidade destes e porque os gases se dilatam muito mais que os líquidos, enquanto camadas ascendentes e descendentes.

No caso dos incêndios, as camadas de gases quentes oriundos da combustão acumulam-se nas partes superiores, podendo resultar em novos focos de incêndio, propagando-o de cima para baixo ao atingirem materiais de fácil combustão nas partes altas. Escapar para as partes altas num edifício incendiado, portanto, é suicídio.

Este meio de transmissão de calor é aproveitado para colocação de detectores de calor e fumaça e dos materiais fusíveis das instalações preventivas fixas automáticas nas partes altas, geralmente junto ao teto.

Os incêndios podem ainda ser propagadas em razão da queda de materiais incandescidos. Isto ocorre geralmente em construções de mais de um pavimento, por desabamento de pisos e pavimentos superiores e ainda, em construções cujo telhados se apoiem em materiais combustíveis, ou também, em caso da existência de tetos rebaixados (de materiais combustíveis) etc.

Tais materiais podem ser lançados a construções vizinhas.

777 ––– EEEfffeeeiiitttooosss dddooo CCCaaalllooorrr

O calor produz corpos em geral os seguintes efeitos: a) Fisiológicos; b) Físicos; c) Químicos.

Fisiológicos – são os que se manifestam nos seres vivos animais e vegetais,

que necessitam de certa dose de calor para sua sobrevivência, porém, ultrapassados certos limites, sofrem ação rigorosa e lesiva aos tecidos. Os casos de insolação e de queimadura, inclusive fatais, são exemplos dos efeitos fisiológicos do calor.

Físicos - podem ser: a) aquecimento b) Mudança de estado físico

Aquecimento – assume particular importância porque os corpos ao serem

aquecidos sofrem alteração em seu estado térmico, passando a emanar gases e tornado-se susceptíveis de serem inflamados ao contato de uma chama exposta ou em presença de uma fonte de calor.

Neste particular há três situações a serem destacadas, caracterizadas pela elevação de temperatura em conseqüência do calor.

1ª - Ponto de fulgor – Flash point - quando um corpo começa a emanar gases ou emitir vapores que se incendeiam ao contato com uma chama exposta, inicial, mas que, retirada esta chama, o fogo se apaga por insuficiência de gases (ou então são consumidos instantaneamente pela chama).

2ª - Ponto de Combustão – Fire point - quando um corpo emana gases ou emite vapores que se inflamam ao contato de uma chama inicial e que, retirada esta, o fogo continua porque os gases já existem em quantidade suficiente para manterem a combustão.

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3ª - Ponto de Ignição – Ignition point- quando um corpo emana gases ou emite vapores que se inflamam independentemente do contato de uma chama exposta.

A observação destas temperaturas permite o controle das causas de incêndio nas áreas de armazenamento e manuseio de líquidos combustíveis e/ou inflamáveis. Através do controle das chamas expostas: das fontes de calor, centelhamento e outras fonte de ignição e da ventilação local, entre outros processos.

Dilatação – pode ser observada como: a) Superficial – quando apresenta ligeiro aumento da superfície; b) Linear – quando apresenta aumento no comprimento; c) Cúbica – quando apresenta aumento no volume do corpo. A dilatação influi decisivamente nas estruturas, durante os incêndios,

provocando distorções dos vigamentos, afastando as colunas de sustentação deslocando o centro de gravidade, etc.

Tais efeitos podem causar desabamentos, rompimento de lajes, etc. Além disto, a dilatação provoca a quebra da resistência dos materiais

motivando inevitavelmente o colapso da estrutura e conseqüentemente o desabamento.

Obs.: durante um incêndio ocorre normalmente a dilatação das vigas, colunas e paredes de sustentação. Esta dilatação varia em função da exposição direta ou indireta à fonte de calor, resultando ser maior nas partes exposta diretamente.

Quando se processa o resfriamento com emprego d’água diretamente sobre a superfície das paredes, provoca-se um efeito contrário, resultando que a parte resfriada se contrai violentamente, enquanto a parte exposta diretamente ao calor continua em dilatação.

A conseqüência é um arqueamento da parede no sentido do ponto resfriado, fato que resulta também em desabamento que pode ser imediato ou dentro de certo tempo.

Mudança de estado físico - Ocorre como: a) Liquefação – passagem da substância do estado sólido para o estado

líquido b) Solidificação – passagem da substância do estado líquido para o estado

sólido c) Sublimação – passagem da substância do estado sólido diretamente para o

estado gasoso, sem passar pelo estado líquido. d) Condensação – passagem da substância do estado gasoso para o estado

líquido. e) Vaporização – passagem da substância do estado líquido para o gasoso,

também conhecida como gaseificação; aqui se faz diferenciação pelo modo como se dá: se forçada por alta temperatura denomina-se de vaporização e se em condições normais de temperatura, denomina-se de evaporização.

São exemplos de liquefação: fusão, derretimento de uma barra de ferro sob

efeito de alta temperatura ambiente. São exemplos de solidificação: congelamento da água; confecção de barras de

ouro ou ferro ou modelagem do chumbo derretido (por ação de baixa temperatura). São exemplos de sublimação: a vaporização de substância volátil, com cânfora, naftalina, etc.

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São exemplos de condensação: as gotas d’água observadas em tampas de recipientes submetidos à ação do vapor; as gotas de orvalho, conseqüência da evaporação.

São exemplos de vaporização: formação de vapor nas caldeiras industriais, secamentos provocado pelos fornos de estufas.

São exemplos de evaporação: os secamentos efetuados à temperatura ambiente ou em função da ação dos raios solares.

Mudança de estado químico

Determinadas substâncias quando em presença do calor aumentam sua

afinidade de reagirem com outras, podendo dar lugar a reações perigosas que produzem explosões ou liberação de gases venenosos (tóxicos e/ou letais).

Dentre os gases mais comuns numa combustão, encontramos: Monóxido de carbono (CO), produto da combustão incompleta também

conhecido como óxido de carbono. Gases nitrosados, oriundos da combustão dos compostos do azoto (nitrogênio); os gases resultantes dos ácidos fosfóricos e fosforosos, que se apresentam sob a forma de fumaça branca em suspensão no ar e são tóxicos e irrespiráveis; os sulfurosos, resultantes da combustão do enxofre (de cheiro desagradável e irritante, provocando a tosse); o cianídrico, formado pela combinação do hidrogênio, carbono e oxigênio, mais conhecido como ácido prússico, de cheiro semelhante ao de amêndoas amargas altamente letais.

Os alcalinos: sódio, potássio, bário, magnésio e suas ligas, reagem, por exemplo violentamente em presença da água. Provocando explosões.

Observações sobre os efeitos físicos e químicos

Assumem particular importância não só o ponto de vista da prevenção contra incêndio, como também para o emprego dos agentes extintores nas reações de combate, pois, o seu conhecimento permite adoção de medidas acauteladoras e a escolha adequada do material de extinção.

A mudança de estado físico das substâncias determina, por exemplo, as normas para manutenção de níveis de temperatura ambiente ou de trabalho mediante controle das fontes de calor, etc.

Muitos corpos em estado sólido não oferecem risco de se incendiarem, porém, quando em estado líquido são facilmente inflamáveis e em estado gasoso (vaporizados), oferecem risco de explosão.

Por outro lado, substância que em estado líquido é usada para extinção quando vaporizada e em combinações com outras, oferecem risco de explosão e em determinadas condições, até incentivam o fogo.

A água, por exemplo, quando vaporizada pela passagem sobre o carvão em brasa, dá origem à formação do gás d’água, altamente explosivo.

O ferro, em condições normais, não se queima, porém, fundido (em estado líquido portanto), queima-se liberando grande quantidade de calor (veja-se a corrida do gusa nas altas siderúrgicas).

O pentasulfeto de fósforo reage em presença da água liberando hidrogênio; altamente tóxico, produz também combustão espontânea em determinadas condições; o fenol, forma misturas explosivas com o ar quando aquecido e oferece risco de intoxicação; aspirado, provoca tosse intensa; o ácido sulfúrico, não

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inflamável, porém, altamente reativo, pode causar ignição de materiais combustíveis finamente divididos; reage violentamente em presença da água desenvolvendo calor. Em contato com fulminatos, nitratos, metais pulverizados e outros materiais combustíveis oferecem sérios riscos; ataca muitos metais liberando o hidrogênio que por sua vez forma misturas detonantes com o ar; de efeitos corrosivos acentuados e é altamente lesivo à pele; o clorato de zinco, muito oxidante, forma misturas com combustíveis orgânicos ou outros materiais facilmente oxidantes, as quais, são facilmente incendiadas por fricção ou por ação do calor. Muitos são tóxico quando envolvidos em um incêndio, as medidas preventivas dão: ventilação, inserção de umidade, uso de equipamentos de proteção, controle de fontes de ignição e de armazenamento, etc.

888 ––– TTTeeemmmpppeeerrraaatttuuurrraaa

Já nos referimos à temperatura como sendo uma função ou conseqüência do

calor. A uma certa quantidade de calor corresponde uma alteração de temperatura dos corpos. Temperatura é o estado térmico de uma substância. Considerando-se do ponto de vista de um incêndio, a temperatura, como vimos, delimita o ponto em que um combustível, submetido à ação do calor, sofre alterações que o tornam susceptível de ser incendiado ou incendiar-se espontaneamente.

Na parte da segurança contra incêndios e explosões, denominada de prevenção operacional, o estudo da temperatura permite o estabelecimento de níveis ambientais, bem como, a sua classificação sob o ponto de vista de risco, medidas de proteção a serem adotadas, recomendações, dispositivos, equipamentos especiais e instalações aconselháveis, o que somente pode ser adotado com o conhecimento da temperatura em que os corpos apresentam riscos de incêndio e/ou explosão.

Os instrumentos mais comuns de medida de temperatura são termômetros, dentre os quais as escalas mais conhecidos são:

Farenheit; Kelvin; Reamur e Celsius, este com escala centígrada (o a 100), mais usado no Brasil.

999 ––– CCCooonnnsssiiidddeeerrraaaçççõõõeeesss SSSooobbbrrreee ooosss GGGaaassseeesss São compreendidos como gases os corpos que no aspecto físico não tem

forma, tendendo a ocupar todo espaço que lhe for oferecido, quer no sentido da compressão, quer no da expansão, propriedades denominadas respectivamente: compressibilidade e expansibilidade.

As partículas de gás estão sempre em contínua movimentação, que pode ser ativada em função da elevação de temperatura.

Os gases podem ser considerados como: Inflamáveis – os que entram em combustão ao ar livre na presença de

concentrações normais de oxigênio;

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Incombustíveis – Os que suportam a combustão e os que agem como sais compressores, que não se inflamam nas concentrações normais de oxigênio;

Reativos – os que reagem quimicamente com algumas substâncias ou que se decompõe produzindo calor ou outros produtos de reação;

Tóxicos – os que produzem efeitos venenosos, irritantes, apresentando risco de vida para o elemento humano quando em contato com a pele, os olhos e as vias respiratórias.

Os gases podem ser usados nas formas: a) Comprimidos sob pressão b) Liqüefeitos Comprimido é o gás no interior de recipientes e sob pressão, à temperatura

ambiente, permanece unicamente em estado gasoso, qualquer que seja o seu volume.

Liqüefeito é o gás que em um recipiente, à temperatura atmosférica normal, permanece parte em estado líquido e parte em estado gasoso e enquanto sob pressão qualquer parte líquida no interior do recipiente.

Os gases são usados para:

Solda e corte de metais Iluminação Calefação Combustível Refrigeração Anestesia

Um grande risco dos gases inflamáveis está na possibilidade de vazamentos,

quando atingida uma fonte de ignição fato que resultará em incêndio e/ou explosão. Um gás comprimido em estado gasoso variará de volume em função do calor,

expandido-se. Um gás liqüefeito sofrerá os seguintes efeitos em presença do calor: Na parte gasosa sofrerá expansão; Na parte líquida se expandirá comprimindo os gases; A pressão dos vapores do líquido aumentará com a elevação da

temperatura do líquido. Tal efeito tem como conseqüência o aumento de pressão no recipiente.

Quando a extensão do líquido ocupar toda a extensão do recipiente, qualquer acúmulo de calor provocará a ruptura do vaso.

Um recipiente de gás comprimido que explode apresenta tanto mais risco pelo vôo que empreende (propulsão a jato), que pela quantidade de gás que escapa. Por sua vez, um recipiente de gás liqüefeito, apresenta risco muito maior de gás, com conseqüências extremamente graves em função do líquido.

Este tipo de explosão é denominado de “BLEVE” Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion.

O bleve será tanto maior quanto maior for a quantidade de líquido vaporizado no momento da ruptura do vaso. A propulsão espontânea do líquido vaporizado tem conseqüências gravíssimas.

Enquanto a bola de fogo cresce em todos os sentidos e direções, aumentando a velocidade de queima e a temperatura, estilhaços são projetados a distâncias

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consideráveis, podendo, em casos de tanques cilíndricos, partes serem projetadas como um míssil.

111000 ––– CCCaaauuusssaaasss Se considerássemos as causas de incêndio apenas pela presença de diversas

fontes de ignição teríamos: Chama exposta; Fricção; Faiscamento; Eletricidade (estática e dinâmica); Atrito; Combustão espontânea; Fontes de aquecimento; Fenômenos da natureza.

Controlados tais pontos, exceto o último, pode-se afirmar que a maioria das causas pode ser evitada, entretanto, o estudo da causas de incêndio pode ser compreendido pela seguinte planificação:

1. Causas humanas

a. Culposas; b. Criminosas.

2. Causas naturais 3. Causas acidentais

a. Elétricas; b. Mecânicas; c. Químicas.

As causas humanas culposas são originadas pela negligência, omissão,

imprudência, descuido, imperícia ou irresponsabilidade. As causas humanas criminosas têm sua origem conhecida como incendiarismo

e podem ser provocadas por vingança, ocultação de crime, destruições de documentação, busca e recebimento de seguro, piromania, etc.

As causas naturais são resultantes de raios, terremotos, tufões, maremotos, ciclones, chuvas, inundações, queda de meteoros, etc.

Entre as acidentais são considerados os superaquecimentos devido à sobrecarga de circuitos, arco e centelhas oriundas de curto circuito, faíscas ou arcos voltaicos de chaves elétricas, interruptores, etc.

As causas mecânicas se caracterizam por atrito de mancais, polias, explosão de vasos de pressão como caldeiras, autoclaves, tubulações pressurizadas em geral, etc. além de choques de superfícies metálicas.

As químicas, geralmente reações entre substâncias, autocombustões, etc.

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111111 ––– CCClllaaassssssiii fffiiicccaaaçççãããooo dddooosss IIInnncccêêênnndddiiiooosss Os incêndios são classificados de acordo com os materiais combustíveis que

ardem, da seguinte forma: Classe A – São os incêndios em materiais comuns, sólidos, que deixam resíduos ao se queimarem, tais como: madeira, papel, sólidos plastificados, tecido, etc. geralmente resultam grande quantidade de cinzas ou carvão, podendo alcançar temperaturas elevadas dependendo de sua divisão em partículas e o espaço livre existente entre o material. Sua maior ou menor facilidade de combustão dependerá da forma física de sua apresentação e do seu volume.

Queima-se, de modo geral, na superfície e profundidade.

Classe B – São os incêndios em líquidos combustíveis e/ou inflamáveis, geralmente petróleo e seus derivados e os combustíveis vegetais; materiais que se queimam acima da superfície líquida.

Nota: alguns técnicos preferem não classificar com “B” os incêndios em gases liqüefeitos sob pressão e os gases comprimidos, outros, preferem incluí-los na classe B.

Classe C – São os incêndios em máquinas, materiais e aparelhagens elétricas sob tensão.

Caracterizam-se pelo risco que oferecem ao operador de sofrer choque, queimadura ou eletrocussão.

Nota: não basta ser material ou equipamento elétrico, é também necessário que esteja ligado a uma fonte de energia (energizado, sob tensão). Classe D – São os incêndios em metais leves e sua ligas, como cálcio, lítio, potássio, bário, magnésio, sódio, os metais micropulverizados, etc.

São chamados incêndios especiais e exigem par a sua extinção, pós-especiais diferentes dos agentes extintores comuns, podendo, na maioria dos casos reagir violentamente com os referidos agentes extintores comuns resultando explosões ou detonações. Classe K – São os incêndios em óleo de cozinha e gorduras,

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111222 ––– AAAgggeeennnttteeesss EEExxxttt iiinnntttooorrreeesss

Consideram-se agentes extintores de incêndio os materiais capazes de

produzirem os efeitos desejados para a extinção, ou seja: abaixando a temperatura, abaixo do ponto de combustão, por absorção de calor; eliminando a presença do oxigênio (comburente), por isolamento do contato deste incêndio ou ainda, produzindo a chamada extinção química.

Dentre muitos existentes, citaremos os mais comuns: - H2O (água) – o mais conhecido e o que oferece maiores possibilidades de

utilização, sendo encontrado fartamente na natureza e por isso mesmo muito acessível e de baixo custo.

Pode ser empregada das mais variadas formas, alterando-se o tipo de jato, como:

a) Jato sólido ou compacto; b) Chuveiro; c) Neblina de alta, média e baixa velocidade.

Adicionando-se-lhe outros produtos: a) Agente químico destinado a dar à água maior poder de penetração

nos sólidos ( o que permite quebrar a chamada tensão pelicular) caso em que a água fica conhecida como “água molhada”;

b) Agente espumante que permite a formação da chamada espuma mecânica (formada através do turbilhonamento em esguichos especiais ou aparelhos geradores de espuma);

c) Em soluções reativas para formar a espuma química. -Pó Químico Seco – Geralmente bicarbonato de sódio ou sulfato de potássio micropulverizado e tratado higrometricamente. -Pó Químico ABC – a base de Fosfato monoamonico. -CO2 –Também conhecido por Bióxido de Carbono, Dióxido de Carbono, Gás Carbônico, Gelo Seco e Neve Carbônica. Gás obtido comercialmente pela queima do óleo grosso de petróleo em presença de ar seco.

-Halógenos – Os mesmos do grupo dos halógenos (produtos de sais) são todos quimicamente ativos e têm propriedades químicas similares. São as substâncias que têm em sua composição química o carbono mais o Flúor, Cloro, Bromo ou Iodo.

Existem dois tipos de agentes: o líquido vaporizante e o gás liqüefeito, ambos expelidos mediante um propelente gasoso como, por exemplo, o nitrogênio.

Deste grupo, o Tetracloreto de Carbono CCl4 e Brometo de Metila CH3Br, foram retirados de uso no Brasil em virtude de características venenosas em seus gases.

Geralmente a presença do flúor nos compostos faz com que sejam aumentadas as suas características como material inerte, alterando sua estabilidade. A presença de outros halógenos, especialmente do Bromo, aumenta suas características como agente extintor. Dentre os muitos halógenos, apenas cinco são considerados significativamente como agentes extintores de incêndio:

Bromoclorometano – BrCH2CL – Halon 1011

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Bromoclorodifluorometano – BrCCIF2 – Halon 1211 Dibromodifluorometano – Br2CF2 – Halon 1202 Bromotrifluorometano – BrCF3 – Halon 1301 Dibromotetrafluorometano – BrF2CCBrF2 – Halon 2402

Os halógenos são hidrocarbonetos que tiveram um ou mais átomos de

hidrogênio substituídos por átomos halogenados; tais hidrocarbonetos, que dão origem aos agentes halogenados, são gases altamente inflamáveis nos quais a substituição por átomos halogenados confere ao composto resultante, além de propriedades incombustíveis, as de extintor de chamas.

Para evitar a citação dos nomes de todos os componentes químicos dos halógenos, foi criada uma nomenclatura constituída de cinco dígitos, cada qual representando um elemento da fórmula química do hidrocarboneto e figurado pelo respectivo número de átomos existentes na dita fórmula:

O número zero ocupa o lugar dos átomos ausentes. O número de átomos do hidrogênio não é levado em conta. O primeiro dígito no número representa o número de átomos de carbono

da molécula do composto. O segundo dígito representa o número de átomos do flúor. O terceiro dígito representa o número de átomos de cloro. O quarto dígito representa o número de átomos de Bromo. O quinto dígito representa o número de átomos de Iodo.

Os halons 1011, 1202 e 2402 têm seu estado físico, à temperatura ambiente,

líquido e, os halons 1211 e 1301, como gás liqüefeito produzido por redução de temperatura.

Atualmente devido a leis de proteção ao meio ambiente estes gases foram proibidos a sua produção e comercialização na maioria dos países, sendo que os equipamentos ainda existentes estão sendo desativados e os gases estão recebendo destinações ecologicamente corretas. -Gás Halotron I São ideais para proteger equipamentos eletrônicos sensíveis e anteriormente protegidos pelo gás halon e classe de fogo A,B e C. E um agente ambientalmente aceito, possuindo baixo efeito estufa GWS(Global Warming Potential) e baixo potencial de destruição da camada de ozônio (ODP Ozone Depletion Potential), máxima visibilidade durante a descarga e não condutor de eletricidade. - Agentes Extintores de Classe “D” (especial)

Destinados especificamente aos incêndios em metais combustíveis ou pirofóricos.

Os metais combustíveis têm duas características que originam sua inflamação: Aquecimento à alta temperatura por fricção ou se expostos a uma fonte de

calor; Por reação com outras substâncias ou por contato com a umidade.

As principais características de incêndios desta natureza são: Temperaturas extremamente altas; Produtos tóxicos oriundos da combustão; Possibilidade de reações explosivas com os agentes extintores comuns; Liberação de gases combustíveis ou produtos tóxicos em conseqüência da

decomposição de determinados agentes extintores; Radiação perigosa no caso de metais nucleares;

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Explosão de vapor d’água.

Os agentes especiais para este tipo de incêndio, de modo geral, são conhecidos como:

Pó G/1 – Composto de grafite e aditivo orgânico. Empregado em incêndios de magnésio, sódio, potássio, titânio, lítio, cálcio, bário, zircônio, háfnio, urânio, plutônio, pós de alumínio, zinco e ferro.

Pó Met./L/X – Composto de cloreto de sódio, trifosfato de cálcio e estereatos metálicos. Usado para incêndios de magnésio, sódio, potássio e ligas de sódio-potássio.

Pó Na/X – Carbono de sódio e diversos aditivos. Empregado para incêndio em sódio metálico.

Grafite em pó – mesma ação e aplicação do pó G/1. Cloreto de sódio e carbonato de sódio. Empregado em princípios de incêndio

em metais alcalinos.

111333 ––– EEExxxttt iiinnntttooorrreeesss dddeee IIInnncccêêênnndddiiiooo

Podemos dividir os extintores de incêndio em três modelos diferentes: De pressão constante (também chamados de pressurizados). De pressão injetada (também denominados de propulsão externa) De reação química.

Dentre todos os tipos de extintores os mais usados são: PQS CO2 H2O . ESPUMA PO ABC Os extintores mencionados são instalados nos locais, conforme o risco

classificado e segundo a classe de incêndio provável, bem como, de acordo com a legislação específica e a capacidade extintora.

Dentro destes princípios, os extintores de água são colocados nos locais onde há previsão de incêndio de classe “A”; os de bióxido de carbono e pó químico seco, nos locais onde se concentram classe B, C e D.

Os de espuma em locais onde há a possibilidade de principio de incêndio em líquidos inflamáveis.

Os de Pó ABC para locais onde exista o risco de incêndio das classes A,B e C. Segundo o modo de operação os extintores de incêndio podem ainda ser

classificados como: Portáteis – quando manuais e operados por uma só pessoa; Carretas ou sobre rodas – quando montados em dispositivos sobre

rodas e manobrados por mais de um operador. Os extintores são aparelhos destinados a combater princípios de incêndio,

sendo por isso, extremamente importantes na segurança contra incêndio, já que a maioria das ações e combate é realizada com emprego dos extintores, objetivando a extinção do incêndio ainda no seu início. Por esta razão, tem que estar carregados, instalados adequadamente, desobstruídos e bem sinalizados, necessitando sempre

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que haja operadores hábeis e devidamente treinados para intervenção rápida e precisa quando do início do incêndio.

111444 ––– PPPrrroooccceeessssssooosss dddeee EEExxxttt iiinnnçççãããooo

Analogamente às classes de incêndio, os processo de extinção em geral são

classificados como se seguem:

Abafamento – Consiste na eliminação do contato dos gases emanados do corpo incendiado com o oxigênio do ar. Quebra-se a mistura gás + ar e evita-se a continuação da combustão por insuficiência do comburente. Quando se leva uma vasilha ao fogo contendo gordura para efetuar qualquer fritura, nota-se dentro de algum tempo, que os gases ou vapores da gordura se inflamam. Isto ocorre quando tais vapores atingem o ponde de ignição. Colocando-se uma tampa sobre a vasilha, o fogo é extinto por insuficiência de oxigênio na mistura, isto é, pelo processo de abafamento.

O mesmo resultado se obtém quando se forma uma camada de espuma ou pó, ou uma nuvem de gás sobre a superfície de um líquido incendiado. A espuma, ou pó ou gás, forma uma cobertura sobre o material incendiado, impedindo a penetração do comburente (oxigênio do ar) eliminado com isto a combustão.

Resfriamento – Consiste no emprego de um agente extintor capaz de

absorver calor produzido ou liberado e assim baixar a temperatura abaixo do ponto de combustão. Eliminando o calor, um dos pontos essenciais da combustão, desfaz-se a combustão.

A água é um dos agentes extintores de maior capacidade de resfriamento, e quando vaporizada aumenta cerca de 1.700 vezes o volume, produzindo o efeito de abafamento por saturação do vapor. A vaporização será acelerada com resultado imediato no que diz respeito ao aproveitamento total do agente se o empregarmos em forma de neblina.

Ressalvada a pouca eficiência em incêndio de materiais sólidos (classe A) à penetrabilidade, a neblina oferece a vantagem de alcance da extinção com volume bastante reduzido do agente.

Retirada do Material ou remoção do combustível - é a retirada do material que se queima ou daquele ainda não atingido pelo fogo evitando-se propagação do incêndio a outros combustíveis o que interromperá a combustão por falta destes.

Quando se fecha o queimador de um fogão, retira-se o combustível que estava fluindo até o mesmo e extingue-se a combustão por falta de combustível, o mesmo se consegue quando se fecha a válvula de um maçarico.

Extinção química - Consiste no emprego de agentes químicos com

propriedades capazes de liberar componentes químicos, que reagindo com os radicais livres ( liberados na combustão em cadeia ) eliminam tais radicais, resultando na interrupção da reação em cadeia.

A extinção química, no caso do emprego do pó químico, poderia ser descrita do seguinte modo:

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o O mecanismo principal da extinção inclui a interrupção da seqüência da cadeia de reação por um ação química;

o Redução de proporção da evaporação devido à diminuição do calor de irradiação das chamas na superfície do líquido incendiado e transformação da atmosfera que envolve o fogo em atmosfera inerte, através da eliminação do comburente(oxigênio do ar);

o Absorção do calor pelo pó; o Resfriamento devido à formação de vapores d’água; o Formação de bióxido de carbono, conseqüente da queima do pó,

completando a inertização da atmosfera; o Retardamento da marcha de propagação do fogo através da camada

de pó que se forma sobre a superfície da substância incendiada. No caso, as reações com os radicais livres se dariam simultaneamente,

eliminando todos os radicais livres do combustível em processo de queima, bem como, eliminando o processo de geração de energia calorífica necessária á ativação de novas reações.

111555 ––– EEEllleeetttrrriiiccciiidddaaadddeee nnnooosss IIInnncccêêênnndddiiiooosss

A eletricidade pode ser causa de incêndio ou de sua propagação, bem como,

causa de explosão. Como causa de incêndio, o fato comum é o curto-circuito, que nada mais é do

que a passagem da corrente elétrica, sem percorrer o caminho que lhe é destinado, de um ponto a outro do circuito, o caminho elétrico, possui uma resistência calculada para determinada corrente e tensão. Quando por alguma razão é quebrada a resistência por uma outra passagem, o fluxo de elétrons não percorre o caminho previsto, escapando pelo ponto de menor resistência, provocando, em conseqüência, um aquecimento do condutor ou condutores, queimando os encapamentos e transmitindo o fogo a outras partes combustíveis em contato com o mesmo. É o chamado curto circuito (encurtamento do caminho elétrico).

Quando se liga a determinada fonte de energia várias máquinas ou equipamentos, num só ponto de contato, superando a carga prevista para o mesmo, provoca-se o que chamamos de sobrecarga do circuito, resultando também aquecimento de condutores e demais dispositivos, queima de encapamentos e a propagação do fogo. A demanda maior de energia resulta um atrito cada vez mais acentuado, até que, vencida a resistência, a capacidade dos condutores é superada bem como de sua proteção.

A eletricidade estática, gerada pelo atrito de: a) Polias dos motores elétricos; b) Mancais não lubrificados; c) Corrente de combustíveis em tubulação e paredes internas de tanques,

durante a descarga de líquidos e carregamento de recipientes ou tanques não terrados;

d) Máquinas elétricas não terradas; e) Movimentação interna de líquidos combustíveis nos carros tanques,

simultaneamente com o atrito das partes externas destes com o ar, pode gerar campo de imantação, resultando vários tipos de acidentes, bem com, faíscas elétricas (descargas estáticas) que incendiarão gases emanados de líquidos inflamáveis ou partículas em suspensão no ar, causando incêndios ou explosões.

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111666 ––– MMMeeedddiiidddaaasss PPPrrreeevvveeennntttiiivvvaaasss PROTECAO PASSIVA CONTRA FOGO (fire- proofing) Revestimento de proteção passiva contra fogo em unidades fabris, existem desde 1906,quando do boom químico industrial,desde as primeiras aplicações de composições a base argilas ricas (aluminosas), substituídas posteriormente pelo advento dos processos de misturas areia-cimento-aditivos, e ainda os processos europeus de projeção de fibras de amianto (asbestos). A partir de 1970 com o desenvolvimento de fibras minerais resistentes a altas temperaturas provocaram igualmente uma grande revolução no mercado americano,enquanto materiais rígidos a base de silicatos densos de alta resistência mecânica,ganhavam campo na Europa nas áreas de fireproofing.

As exigências das autoridades ligadas as áreas de segurança de, abriram uma nova frente de aprimoramento de materiais e serviços no campo da proteção contra incêndios.

Os projetos de proteção contra fogo devem seguir 4 metodologias: Sistemas ativos Métodos de detecção Treinamento preventivo dos ocupantes das edificações Sistemas de proteção passiva A proteção passiva atua na compartimentacao de ambientes, evitando que

um incêndio possa se propagar ou evitando o colapso estrutural dos edifícios. A proteção passiva não e ativada, como os sprinklers ou outros métodos de proteção ativa e mantem o incêndio confinado durante o tempo adequado e necessário para o escape das pessoas e a chegada das equipes de combate ou das brigadas,evitar o colapso das estruturas e a conseqüente perda do patrimônio e evitar lucros cessantes,gerados pela inatividade da edificação. No que tange a proteção passiva as instruções técnicas fazem exigências em dois pontos: proteção de estruturas metálicas e selagem de shafts. A proteção de estruturas metálicas visa evitar a perda de resistência mecânica das vigas e colunas provocado pelo aumento da temperatura durante o incêndio, o que poderia provocar o desabamento da edificação. A selagem de shafts tem como finalidade principal evitar que um incêndio ocorrido em um determinado pavimento inferior possa vir a atingir os demais andares mais elevados destas aberturas, devido ao fenômeno conhecido como efeito chaminé. Em geral as normas determinam que a proteção contra fogo deva limitar o aumento da temperatura na estrutura a valores que variam de 538C a 550C, pois nesta faixa de temperatura os aços normalmente utilizados para sistemas estruturais perdem consideravelmente sua resistência mecânica. Os sistemas disponíveis no mercado nacional para proteção de estruturas são:

Isolantes Pinturas intumescentes Argamassas de vermiculita Mantas de fibra cerâmica

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ISOLANTES O sistema de envolvimento da estrutura com fibras minerais de rocha basáltica

(la de rocha) poderá ser tipo caixa, onde o revestimento envolve as vigas sem acompanhar seu perímetro,ou ainda do tipo contorno onde o revestimento envolve as vigas a conformação do perfil metálico.O produto não agride o aço e trata-se de material higroscópico, permeável a umidade.Em geral recomenda-se proteção anticorrosiva da estrutura e não usados pinturas de acabamento sob o revestimento de proteção passiva. TINTAS INTUMESCENTES Tinta reativa ao calor,que, e aproximadamente 200C, da inicio a um processo de expansão volumétrica atingindo muitas vezes seu volume inicial.Neste processo são liberados gases atoxicos que atuam em conjunto com resinas especiais formando uma espuma rígida na superfície da estrutura, provocando o retardamento da elevação das temperaturas nos elementos metálicos. CONCRETOS VERMICULITICOS Pré mistura seca a base de vermiculita expandida,cimento hidráulico e aglomerantes minerais com adição de água. Coloca-se pinos de ancoragem e telas de malha hexagonal de aço e por processo de projeção pneumática aplica-se o concreto.O acabamento e rústico como um Chapecó. MANTAS

Material incombustível (ASTM E 136) a base de fibras minerais e cimentos, com excelentes propriedades termo acústicas e elevados índices de resistência a erosão eólica aplicados por processos de projeção pneumática.A forma de envolvimento da estrutura devera ser do tipo contorno, onde o revestimento envolve as estruturas acompanhando o seu perímetro.

As outras medidas adequadas à segurança contra incêndio e explosão requerem estudo à parte que se inicia com a escolha do terreno, elaboração do projeto, etc. envolvendo os campos de Prevenção Construtural, Prevenção Operacional e Prevenção Passiva, além da Proteção Contra Incêndio.

É um campo amplo que demandaria trabalho ainda mais complexo em seqüência ao atual, assim, consideraremos neste trabalho apenas as medidas de caráter geral no que diz respeito a pessoal destinado às atividades preventivas e de controle a incêndio e aos recursos materiais, evidentemente abordando a indústria.

Assim podemos ter:

Pessoal de segurança de incêndio: o Batalhão de bombeiros militar; o Brigada de Incêndio; o Grupo auxiliar de emergência; o Corpo de bombeiros industrial.

Recursos materiais: Instalações fixas (automáticas, semi-automáticas e sob comando);

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Instalações móveis (portáteis, sobre rodas e motorizadas); [Material complementar para salvamentos, primeiros socorros e

combate a incêndios (nas viaturas do corpo de bombeiros industriais)]; Seguro incêndio (matéria prima, instalações e produtos acabado).

É possível também elaborar planos de auxílio mútuo (PAM) entre as empresas, com o apoio dos órgãos oficiais a exemplo do PAM de Betim e de outras cidades.

Organização do pessoal de segurança conta incêndio e explosão:

CCCOOORRRPPPOOO DDDEEE BBBOOOMMMBBBEEEIIIRRROOOSSS IIINNNDDDUUUSSSTTTRRRIIIAAALLL PPPRRRIIINNNCCCIIIPPPAAAIIISSS AAATTTRRRIIIBBBUUUIIIÇÇÇOOOEEESSS

Profissionais de combate a incêndio

Executar a prevenção contra incêndio e

explosão; Realizar salvamentos e primeiros socorros; Combater incêndios; Controlar emergências; Treinar e coordenar a B.I e o GAE.

BBBRRRIIIGGGAAADDDAAA DDDEEE IIINNNCCCÊÊÊNNNDDDIIIOOOSSS PPPRRRIIINNNCCCIIIPPPAAAIIISSS AAATTTRRRIIIBBBUUUIIIÇÇÇÕÕÕEEESSS

Pessoal das área de produção

Eliminar prováveis causas de incêndios e/ou explosões em sua área de trabalho; Descobrir incêndio ainda em seu início; Iniciar o combate imediatamente com os meios ao seu dispor na área de trabalho. Simultaneamente, convocar o socorro do CBI; Auxiliar o CBI até a extinção final.

GGGRRRUUUPPPOOO AAAUUUXXXIIILLLIIIAAARRR DDDEEE EEEMMMEEERRRGGGÊÊÊNNNCCCIIIAAA PPPRRRIIINNNCCCIIIPPPAAAIIISSS AAATTTRRRIIIBBBUUUIIIÇÇÇOOOEEESSS

Pessoal Técnico Especializado

Agir sob orientação do CBI, executando

atividades relativas às suas especialidades: eletricidade, mecânica, hidráulica, operação de empilhadeira, vigilância, enfermagem, etc., em médias e grandes emergências, quando convocado pelo CBI.

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111777 ––– BBBrrriiigggaaadddaaasss dddeee IIInnnccceeennndddiiiooo

O êxito de todo serviço de prevenção e combate a incêndio na empresa

depende exclusivamente da eficiência da Brigada de Incêndio. É por esta razão que os componentes da B.I, tem que possuir um treinamento adequado, pois o integrante da B.I. é que enfrentará o incêndio em seu início.

De sua capacidade dependerá a extinção com sucesso. Em princípio o integrante da brigada agirá da seguinte forma;

o Surgido o incêndio ou declarada a emergência na área, iniciará o combate com os meios adequados ao seu alcance.

o Simultaneamente, qualquer que seja a situação, providenciará, através de um companheiro, aviso á central de bombeiros do local (se houver) e telefonar para o Batalhão de Bombeiros Militar (193).

o Com a chegada dos Bombeiros, passará a eles a missão de extinção, dando-lhes as informações necessárias e integrando-se, sob sua direção, às atividades de extinção. Mesmo que consiga extinguir o incêndio imediatamente, o integrante da BI não dispensará a presença dos bombeiros, uma vez que o comparecimento deste permitirá a coleta de dados para verificação da causa provável e adoção de medidas preventivas necessárias a impedir a repetição da mesma no futuro, além disto, providenciará a substituição dos equipamentos usados no combate do incêndio a fim de garantir sempre uma ação efetiva e imediata.

Em caso de incêndio é preciso observar: o Quantos mais elementos treinados estiverem em ação, tanto mais

rapidamente a BI atingirá seus objetivos; o A presença dos bombeiros é imprescindível, ainda que somente para

anotar os dados e coletar material necessário a elucidação da causa; o Todos os incêndios em seu início podem ser dominados por pessoas

treinadas e dedicadas à defesa de vidas e bens, como é o caso dos bombeiros;

o A ordem é essencial ao êxito no combate a incêndio; o A aplicação correta dos conhecimentos adquiridos nos treinamentos

depende, exclusivamente da calma e esta, só poderá existir par os que têm conhecimento e confiam em sua própria capacidade.

o Nunca se deve esquecer que a prevenção é a melhor arma na luta contra incêndio.

Como integrante da B.I., o colaborador deverá evitar:

o Sujeira na área de trabalho (estopas, panos molhados em combustíveis e inflamáveis podem causar incêndios grandes); use sempre os recipientes próprios para tais rejeitos;

o Brincadeiras com equipamentos e materiais de extinção; os extintores podem salvar sua vida e a de seus companheiros, porém, precisam ser conservados em condições de uso;

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o Líquidos inflamáveis derramados, além de acidentes pessoais, podem causar incêndios e/ou explosões, procure maneja-los em locais apropriados e use recipientes adequados;

o Obstrução de instalações preventivas contra incêndio; certifique-se de que poderá usa-las quando necessário, sem perda de tempo, pois, os primeiros minutos são decisivos para o êxito da extinção;

o Quedas, arrastamento ou choques de recipientes de gases comprimidos sob pressão;

o Soldagens e corte de qualquer tipo sem prévia presença dos bombeiros da fábrica;

o Instalações elétricas provisórias e precárias (gambiarra elétrica); o Desrespeito aos sinais de perigo, às placas de aviso e advertências

(especialmente as que proibirem uso de chama exposta, cigarro, etc.) pois de sua obediência poderá depender não só a sua vida, mas de grande número de companheiros de trabalho.

111888 ––– SSSiiisssttteeemmmaaa dddeee SSSppprrriiinnnkkkllleeerrrsss

Objetivo:

O objetivo do sistema de Sprinklers é extinguir um incêndio rápido e automaticamente logo no seu início, antes que o mesmo se alastre e provoque danos maiores nas instalações e coloque em risco a vida das pessoas.

Implantação e descrição geral: Nas áreas protegidas, são distribuídos estrategicamente vários Sprinklers, os

quais são alimentados por uma tubulação que abrange toda a área. Esses Sprinklers, que são os elementos sensíveis do equipamento, são

introduzidos na rede a intervalos determinados. A instalação é provida de um alarme de incêndio e um jogo de válvulas de governo.

Os Sprinklers acima citados foram distribuídos de maneira a proporcionar total e perfeita proteção contra incêndio.

Os Sprinklers são constituídos basicamente de um corpo, uma ampola e defletor.

O elemento sensível dos Sprinklers é a ampola de vidro, transparente, caracterizada pela sua resistência e rigidez. De fato esta ampola é tão forte que pode resistir a qualquer pressão hidráulica aplicada no interior do Sprinklers.

A ampola e seu conteúdo são de natureza permanente e invariável e não sofrem alteração com a passagem do tempo ou condições atmosféricas.

A ampola de vidro é hermeticamente fechada e selada, e contém um líquido altamente expansível e sensível ao calor, capaz de exercer uma força de rompimento muito elevada. No caso da temperatura se elevar acima de um limite pré determinado, a pressão criada pela expansão do líquido rompe a ampola, dando saída à água, a qual se espalha, então, em um conjunto sólido, choca-se contra o defletor e é espargida em forma de chuva profusa sobre o foco de incêndio.

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A função dos Sprinklers é, pois, reduzir ao mínimo os danos tanto do fogo, quanto da água, e é importante notar a esse respeito que somente funcionam os Sprinklers sobre o local de incêndio, empregando, assim apenas a quantidade de água estritamente necessária.

A ampola é fabricada para diversas temperaturas de funcionamento como a seguir indicadas, as quais abrangem as normalmente encontradas:

TTTeeemmmpppeeerrraaatttuuurrraaa AAAmmmbbbiiieeennnttteee MMMáááxxxiiimmmaaa

TTTeeemmmpppeeerrraaatttuuurrraaa dddeee FFFuuunnnccciiiooonnnaaammmeeennntttooo rrreeecccooommmeeennndddaaadddaaa pppaaarrraaa SSSppprrriiinnnkkkllleeerrrsss

CCCooolllooorrraaaçççãããooo dddooo LLLíííqqquuuiiidddooo dddaaa AAAmmmpppooolllaaa

49ºC 68ºC Vermelha 60ºC 79ºC Amarela 74ºC 93ºC Verde 121ºC 141ºC Azul

238ºC 260ºC Preto

Nota: A superfície da ampolas dos Sprinklers não deve, sofrer qualquer tipo de

pintura, pois caso contrario, a eficiência dos mesmo poderá se prejudicada, comprometendo o funcionamento do equipamento de proteção contra incêndio.

Válvula de governo e alarme: Não basta que os Sprinklers apaguem o fogo, é necessário também, chamar a

atenção, sem equívoco, para o fato de que eles estão funcionando. À válvula de governo e alarme, fornecida para controlar cada instalação é

colocada em ação pela própria corrente de água criada quando se abre um Sprinklers, produzindo um forte toque de alarme que não cessa enquanto não se fechar a válvula silenciadora de alarme ou geral da instalação.

A válvula de alarme dá aviso no caso de se produzir alguma ruptura na canalização do edifício protegido.

Abastecimento: Os abastecimentos de água para os sistemas de Sprinklers são calculados

levando-se em consideração as áreas a serem protegidas, os riscos nestas áreas, o tipo de construção e altura de empilhamento de mercadorias.

Seis vantagens de um sistema de sprinklers Geral Um sistema de Sprinklers: Trabalha eliminando calor do triângulo de combustão; Prova ser o método mais eficaz em minimizar e controlar incêndios em diversos

tipos de empresas e industrias. Possuir vantagens únicas fornecendo proteção superior. 1. Sempre alerta: Alerta 24 horas por dia, 7 dias por semana.

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2. Ação rápida: Geralmente entra em ação poucos minutos depois de iniciado o incêndio. Reduz os riscos enfrentados pelo Grupo de Emergência ou Corpo de Bombeiros quando chegam ao local.

3. Envia um alarme: Notifica o Grupo de Emergência e o Corpo d Bombeiros imediatamente após a operação do sistema.

4. Opera apenas sobre a área atingida pelo fogo: Das perdas notificadas à Factory Mutual :

75% dos incêndios foram controlados por até 5 bicos; 95% dos incêndios foram controlados por 25 bicos ou menos.

5. Ação umedecedora: Molha os combustíveis adjacentes reduzindo a

propagação do incêndio. 6. Menos água, menos perda: Utilizar menos água, a pressões menores, que

uma mangueira.

Componentes dos Sistemas de Sprinklers

Abastecimento de água

A água deve estar disponível em volume e pressão suficiente para atender aos sprinklers e às mangueiras. As fontes são:

Sistemas públicos: incomum no Brasil; Tanques de água: caixa elevada ou tanque de sucção e bomba; Outras fontes são: reservatórios, lagos, rios.

Tubulação

Uma rede de tubos distribui água da fonte de abastecimento até os bicos de sprinklers.

Rede de incêndio e tubulação da entrada principal fornecem água à subida principal;

A subida principal alimenta o nível do teto; As tubulações gerais e sub-gerais são responsáveis pela alimentação dos

ramais onde os bicos estão conectados.

Válvulas Um sistema de Válvulas:

Retira e controla o fluxo d’água através do sistema de combate a incêndio; Isola apenas parte da rede que está desativada. A válvula de retenção assegura que a água na sai do sistema. Válvulas seccionadoras isolam diferentes secções do sistema de proteção. Válvulas de controle de sprinklers isolam a rede de incêndio da subida principal. As válvulas na sucção e descarga da bomba podem isolar a bomba de incêndio ou tanque de água.

Conexão de recalque O Corpo de bombeiros pode conectar o seu caminhão bomba para aumentar o volume e a pressão no sistema.

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Hidrantes Os hidrantes são meios externos de ligação com abastecimento de água.

Dreno de 2 polegadas Localizado na subida principal. É utilizado para se verificar que a água está fluindo do sistema subterrâneo paro o sistema de sprinklers. Pode ser usado como alternativa para alimentar o sistema de sprinklers quando a entrada principal está desativada.

Alarmes

O sistema é projetado para enviar um alarme automaticamente quando os sprinklers operam.

Válvulas de governo: Localizado na subida principal; Acionada pelo fluxo de água; Pode ser mecânica, elétrica ou ambas. Gongo: Localizado fora do prédio; Alerta transeuntes e empregados que o sistema está operando.

Campainha elétrica: Soa um alarme na área de incêndio.

Dreno de final de linha

Localizado no ponto hidraulicamente mais remoto. Simula a operação de um bico de sprinklers. Usado para testar alarmes do sistema.

Bicos de Sprinklers Padrão ou tipo “Standard”

Existem três tipos principais de bico de sprinklers: Os bicos “upright” são instalados acima dos ramais; são usados onde o

sistema de sprinklers está exposto. Os bicos pendentes são instalados abaixo dos ramais; geralmente usados

em conjunto com forros falsos; Sidewall,como o nome indica são instalados na lateral de paredes,colunas

,etc. O tipo de bico pode ser determinado pela forma do defletor. Ambos os tipos liberam a mesma quantidade de água, em spray e sob o

formato de um “cogumelo”. Um tipo de bico não pode ser substituído por outro.

Elemento Sensível É o “gatilho” que aciona o bico a uma temperatura pré-determinada. Dois tipos principais: Elo fusível: três peças de metal soldadas que se soltam a uma

determinada temperatura; Ampola de vidro: uma ampola de vidro contendo um líquido sensível à

temperatura que se expande e se rompe quando a ampola atinge uma determinada temperatura.

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Densidade e Ocupação Densidade: Vazão de água liberada sobre uma determinada área. Geralmente expressa em galões por minuto por pé quadrado (gpm/ft2) ou em

milímetros por minuto(mm/min). Ocupação: tipos de uso do local. Ocupações diferentes apresentam níveis de

risco diferentes. Para fornecer proteção eficaz, a densidade deve ser adequada à ocupação.

Exemplos de densidades adequadas para ocupações

Ocupação Risco Densidade Adequada Manufatura de móveis de

madeira Madeira

8,000 BTU/lb ( 18,608 Kj/Kg). 0,2 gpm/f2 (8mm/min).

Manufatura de estofado de espuma

Poliuretano: 16,000 BTU/lb (37,216 Kj/Kg). 0,3 gpm/f2 (12mm/min).

Alteração da Ocupação

Duas alternativas básicas na ocupação podem fazer com que o sistema se torne inadequado:

Aumento do volume de combustível na área; Introdução de materiais que liberam maior quantidade de calor quando em

combustão. Uma ocupação mais perigosa pode necessitar uma densidade maior.

Tubulações básicas do sistema

Há basicamente dois tipos diferentes de arranjos da tubulação dos sistemas de sprinklers dependendo do método do projeto:

Sistema por tabela ou “pipe schedule”; Sistema por cálculo hidráulico.

Sistema por tabela

Três diferentes variações de tamanhos de tubulações compõem o sistema por

tabela par atender três tipos diferentes de riscos, dependendo da concentração de combustível:

Sistema por tabela (Riscos)

Concentração de Combustível

Diâmetro da Tubulação Exemplo de Ocupação

Leve

Baixa Pequeno Hospitais e escritórios

Ordinário

Média Pequeno Fábricas

Extra Alta Grande Estoque líquidos

inflamáveis, pneus, bobinas de papel.

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VVVAAANNNTTTAAAGGGEEENNNSSS DDDEEESSSVVVAAANNNTTTAAAGGGEEENNNSSS

Sistema conservador; permite alguma

mudança na ocupação sem se tornar inadequado

Tubulação reforçada; requer um investimento

incial maior.

Sistema por cálculo hidráulico

Sistema projetado por software para determinar a configuração exata

necessária para a proteção de um risco específico, a maioria dos sistemas instalados hoje são hidraulicamente projetados.

VVVAAANNNTTTAAAGGGEEENNNSSS DDDEEESSSVVVAAANNNTTTAAAGGGEEENNNSSS

Economia significativa no

custo inicial.

Os sistema pode tornar-se inadequado caso haja mudanças na ocupação ou no suprimento de água.

A firma contratada pode projetar o sistema próprio demais ao necessário. ( sem margem que permite

flexibilidade em caso do aumento do riscos )

Tipos de Sistemas de Sprinklers

Os sistemas de sprinklers são classificados em alguns tipos básicos. A aplicabilidade de um sistema depende do tamanho, da ocupação, da

temperatura, do nível de risco e do valor da área a ser protegida.

Tipos básicos de sistemas de sprinklers

Tipo Descrição Ocupação típica

Cano molhado

Tubulação cheia de água Ocupações aquecidas

Cano seco

Tubulação cheia de ar ou nitrogênio Ocupações não aquecidas

Dilúvio

Todo o sistema opera Áreas de alto risco:

transformadores

Pré-ação

0 detector deve detectar o

incêndio para encher a tubulação de água

Equipamento de alto valor: sala de computadores

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Estratégias para Aumentar a Densidade

Seis estratégias Essas estratégias podem ser empregadas para aumentar a densidade a um

nível ótimo quando um novo sistema está planejado ou um sistema existente melhorado. As estratégias são:

Reduzir o espaçamento dos bicos; Aumentar a temperatura de ativação dos bicos; Modificar a tubulação do sistema; Modificar o abastecimento de água; Modificar o tipo de sistema (cano seco para cano molhado).

Reduzir o espaçamento dos Bicos

Quanto menor o espaçamento, maior a densidade. Entretanto, se os bicos estão muito próximos, a descarga de bico pode resfriar os bicos adjacentes interferindo no desempenho do sistema.

Nível de Risco Espaçamento Área coberta por bico

Leve

15 ft ( 4,6m )

225 ft2 (21m2)

Médio

16 ft ( 3m )

100 ft2 (9,3m2)

Alto

6 ft x 7 ft ( 1,8m x 2,1m )

42 ft2 (3,8m2)

Instalar bicos de temperatura mais alta quando possível Os bicos de temperatura mais altos resultam em:

Redução de números de bicos operando; Maior concentração de água na área de incêndio. Entretanto se a temperatura for muito alta, a operação dos sprinklers pode ser retartadada permitindo a propagação do incêndio. Aumentar o tamanho do orifício A densidade é diretamente proporcional ao tamanho do orifício. Quatro tamanhos de orifícios comuns:

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TTTaaammmaaannnhhhooo dddooo ooorrriiifffíííccciiiooo LLL///mmmiiinnn aaa 222bbbaaarrr EEExxxeeemmmppplllooo dddeee lllooocccaaaiiisss dddeee uuusssooo

9,5 mm (3/8in)

57 Área pequena

12,7 mm (l/2in)

(rosca de 15 mm)

118 Escritórios e fábricas têxteis

135 mm (17/32 in) (rosca de 20 mm)

167 Área de estocagem

16,3 mm (64in) (“large drop”)

230

Área de alto risco como estocagem de plástico em

racks

Modificar a tubulação do sistema Perda por atrito = perda de pressão Perda é função do:

Diâmetro da tubulação; Comprimento da tubulação; Idade da tubulação; Rugosidade das paredes internas da tubulação. Uma densidade maior

pode ser obtida com a instalação de: Tubulação adicional; Tubulação com diâmetro maior; Um segundo sistema de sprinklers (overlay).

Modificar o abastecimento de água

Instalar: Uma bomba de recalque tipo “boster” para aumentar a pressão ou vazão

do abastecimento existente; Uma bomba e um tanque ou outra fonte alternativa.

Modificar tipo de sistema

Sistemas de cano seco (usados em áreas sem aquecimento) têm as tubulações preenchidas por ar ou gás.

Quando o sistema é alternado para cano molhado (onde possível): A demora inerente ao sistema seco é eliminada; Bicos liberam água mais rapidamente durante um incêndio; As temperaturas caem mais rapidamente; Poucos bicos operam; A água é concentrada sobre a área de incêndio.

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Operação

Desenvolvido para suprir um incêndio nos seus estágios iniciais. Engloba:

Elemento extra sensível que permite uma resposta mais rápida; Diâmetro do orifício: 0,7 in; Descarga do bico é projetada para atacar o incêndio diretamente,

eliminando a necessidade de umedecimento.

Aplicação Aprovado para vários tipos de ocupação e estocagem de até 7,6m de altura em

prédios de 9m de altura; Apropriado para ocupações de grande valor; Minimiza a necessidade de sprinklers de prateleira (“in-racks”).

Manutenção periódica O sistema de sprinklers deve receber manutenção periódica para que possa operar conforme previsto no projeto.

Substituição dos bicos Quando houver necessidade de reposição dos bicos, os seguintes pontos devem ser checados:

Tipo de bico; Tamanho do orifício; Temperatura do bico.

Onde instalar Sprinklers

Onde e porque os sprinklers devem ser instalados

A factory Mutual recomenda sprinklers em edifícios de construção combustível ou de construção não combustível mais de conteúdo combustível.

Outras recomendações não tão óbvias que necessitam de proteção por sprinklers são:

Abertura vertical (escadarias, poço de elevador); Sala de controle ou de computadores; Processos perigosos; Estrutura de aço suportando equipamentos vitais contendo inflamáveis; Equipamentos fechados (fornos, secadores, coletores); Em docas/plataformas de carga e descarga; Equipamentos vitais ao ar livre ( tanques de estocagem, transformadores).

Porque?

Apresenta condições ideais par um incêndio tipo chaminé facilitando a propagação do mesmo;

Limita o dano a equipamentos vitais; Fornece proteção básica para processos envolvendo líquidos inflamáveis,

pós combustíveis, etc.; Evita que estrutura de aço se deforme e entre em colapso quando exposta

a um incêndio;

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Incêndios ocultos devem ser protegidos por bicos internos; Evita propagação do incêndio ou produtos de combustão para áreas

adjacentes; Limita o dano a equipamento vitais e evitar exposição a áreas e estruturas

adjacentes.

Custo de um Sistema de Sprinklers Seis fatores básicos

1. Tamanho da área protegida; 2. Tipo de sistema;

Quanto maior o risco a ser protegido, maior o custo incial; O custo inicial de um sistema por cálculo hidráulico é de 5% a 30% menor

que de um sistema por tabela, mas pode requerer custos maiores de ajustes;

Um sistema de cano seco custa 15% a 20% a mais que um equivalente sistema de cano molhado devido a equipamentos adicionais.

3. Abastecimento de água disponível

Rede pública; Rede pública mais bomba de recalque; Tanque e bomba; Outras fontes alternativas.

4. Tipo de teto

Tubulação exposta ; Tubulação oculta.

5. Tipo de construção do edifício;

6. Custos de construção.

Dependendo dos fatores de custo, o sistema de sprinklers pode contribuir com 1,5% a 4% dos custos totais de construção.

Componentes 40%; Mão de obra 40%; Custo fixos 20%.

111999 ––– SSSiiisssttteeemmmaaasss EEEssspppeeeccciiiaaaiiisss dddeee PPPrrrooottteeeçççãããooo

Os Sprinklers continuam sendo a proteção primária, porque podem ter um suprimento de água de longa duração e são muito mais simples e confiáveis do que os S.E.P.s.; uma vez que os S.E.P.s. tem uma ação muito limitada de extinção;

Algumas ocupações requerem o emprego de um Sistema Especial de Proteção

(S.E.P.) em conjunto com a proteção dada pelos Sprinklers automáticos. Por exemplo:

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Área de alto valor; Processos perigosos.

Os principais tipos são:

1. Sistema Gás ; 2. Sistema CO2 3. Sistema de Pó Químico; 4. Sistema de Espuma.

Cada um deste sistema tem suas vantagens e desvantagens. Todos são,

porém, mais caros, e requerem mais manutenção do que os sistemas de Sprinklers automáticos.

SSSiiisssttteeemmmaaa dddeee GGGááásss FFFMMM222000000000

O sistema é projetado para proteger ambientes fechados. Sensores detectam

fumaça ou fogo e liberam o gás, o qual extingue o fogo pela interrupção da cadeia de reação de combustão.

Aplicações: Áreas de alto valor são particularmente susceptíveis ao fogo, fumaça e água:

sala de computadores, central telefônica, etc. VVVAAANNNTTTAAAGGGEEENNNSSS DDDEEESSSVVVAAANNNTTTAAAGGGEEENNNSSS

Atuação rápida Não deixa resíduos Não conduz eletricidade Não é corrosivo

Ambiente tem que ser fechado Sistema complexo, caro e requer manutenção

freqüente Agente extintor muito caro

Sistema de CO2 Dilui a concentração de oxigênio de 21% para 17% ou menos,sendo

recomendado sua aplicação em líquidos inflamáveis, equipamentos elétricos: armazenamento de óleos, computadores, etc.

VVVAAANNNTTTAAAGGGEEENNNSSS DDDEEESSSVVVAAANNNTTTAAAGGGEEENNNSSS

Mais barato que FM 2000 Não deixa resíduos Não é corrosivo Não conduz eletricidade

Requer alta concentração Ineficaz com materiais auto suficientes em O2 Problemas de segurança pessoal

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Sistema de Pó Químico Encobre a superfície do combustível, inibindo a reação de combustão pelo

corte do suprimento de oxigênio, sendo sua aplicação recomendada para processos perigosos envolvendo líquidos inflamáveis, óleos aquecidos.

VVVAAANNNTTTAAAGGGEEENNNSSS DDDEEESSSVVVAAANNNTTTAAAGGGEEENNNSSS Atuação rápida Não requer drenagem

É corrosivo quando úmido Dificulta limpeza

Sistema a Espuma

O agente forma uma espuma ao se misturar com água, encobrindo a superfície

cortando assim o suprimento de oxigênio, Aplicações Líquidos inflamáveis: armazenamento de óleo, hangares, etc.

VVVAAANNNTTTAAAGGGEEENNNSSS DDDEEESSSVVVAAANNNTTTAAAGGGEEENNNSSS

Adere a superfície Previne reignição

Conduz eletricidade Pode provocar borbulhamento Dificulta limpeza Ineficaz em incêndios tridimensionais.

Quando instalar Sistemas Especiais de Proteção Fatores a considerar: - O sistema especial de proteção será eficaz para o risco? - O valor da ocupação justifica a instalação e manutenção de um S.E.P. em

conjunto com sprinklers?

Conceitos de Prevenção e Controle

Minimização de riscos; Eliminação de riscos; Redução dos riscos e redução do prêmio; Política formal; Melhoria Contínua; Auditorias; Treinamento; Prevenção e Controle de Perdas.

222000--- CCCOOONNNCCCEEEIIITTTOOOSSS DDDEEE PPPRRREEEVVVEEENNNÇÇÇÃÃÃOOO EEE CCCOOONNNTTTRRROOOLLLEEE

42

Prevenção de Perdas Sete fatores são responsáveis por 80% das causas de perdas por

incêndio/explosão.

Componentes de Prevenção Prevenção de incêndio/explosões: 1. de origem elétrica; 2. Criminosos; 3. Em processos perigosos; 4. Por trabalhos a quente; 5. Relacionados com fumo; 6. Envolvendo líquidos inflamáveis; 7. Relacionado com a limpeza e ordem geral.

Origem Elétrica

Os incendios causados por origem elétrica são a principal causa de incêndios/

explosões, sendo responsável por 30% das perdas monetárias e 25% do número de

ocorrências.

Criminoso

No Brasil não temos estatísticas a este respeito,entretanto quase 20% do total

de perdas no E.U.A resultam de ações deliberada.

Líquidos Inflamáveis

Causam incêndios de grande intensidade, que se alastram rapidamente.

Processo Perigosos

Processo envolvendo:

a. Chamas expostas; b. Aquecimento; c. Reações químicas; d. Líquidos ou gases inflamáveis.

Trabalhos a Quente

Fonte concentrada de calor.

Fumo

Potencial de ignição;

Difícil identificação.

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Limpeza e Ordem Geral

O acúmulo de materiais contribui para a continuidade de combustíveis, facilitando a ignição e propagação de incêndios. Um programa tipo “5S” deve ser adotado pela empresa para ajudar a prevenir incêndios.

Programas de Prevenção

Importância: - Redução de despesas não-planejadas; - Manter a “qualidade” dos produtos e serviços; - Motivação dos funcionários; - Otimização dos gastos com segurança, identificando áreas críticas. Programas de Prevenção Elementos Básicos: - Procedimento formal. Assegura consistência, orienta a todos quanto à

suas responsabilidades e é fonte referências e consulta. - Suporte. Sem o apoio da gerência, nenhum programa pode surtir efeito. - Verificações aleatórias. Visitas às áreas, certificando-se de que as práticas

e os procedimentos estão sendo seguidos. - Controles físicos convencionais. Ajudam a limitar a extensão dos danos

em caso de sinistro. Programa de Prevenção - Política Formal por escrito; - Comprometimento da alta gerência; - Comunicação a todos os empregados; - Auditoria do programa; - Melhoria Contínua. Controle de Perdas Programas de prevenção podem reduzir a freqüência de ocorrência de

sinistros, porém não podem sempre evitar que os mesmos ocorram. É importante que se tomem também medidas de controle para tentar limitar a extensão e a gravidade dos sinistros. Para o controle, assim como para a prevenção há seis elementos chaves.

Componentes de Controle - Proteção Automática; - Construção; - Detecção de emergência; - Riscos Externos; - Corpo de Bombeiros; - Disposição das áreas.

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Objetivo Determinar se o sistema de bomba de incêndio é:

- Adequado e - Confiável.

Dimensionamento da bomba Para ser considerada adequada a bomba de incêndio deve ter pressão e

vazão suficientes para atender a demanda de: - Sprinklers automáticos e - Mangueiras.

Também deve ser descontada a pressão perdida através do atrito entre a água em movimento e a parede interna da tubulação. A perda de carga entre a bomba e a válvula de controle de sprinklers deve ser subtraída da curva da bomba para avaliar corretamente o tamanho da bomba.

Tipos de bombas Os tipos de bomba de incêndio mais comuns são as seguintes:

- Centrífuga bi-partida A característica principal dessa bomba centrífuga horizontal é a que carcaça é

partida na linha paralela ao eixo. - Centrífuga de turbina vertical A bomba de turbina vertical tem um ou mais rotores submersos no reservatório

com descarga em uma coluna vertical . - Centrífuga de sucção axial Essa bomba tem a sucção perpendicular à linha do eixo. - Componentes da bomba Para aumentar a confiabilidade da bomba de incêndio, são recomendados os

seguintes componentes. Gaxetas: as gaxetas devem ser usadas em bombas de incêndio já que

podem ser ajustadas e desgastam-se gradativamente. Selos mecânicos não são uma boa alternativa porque não se pode prever

quando vão romper e quando rompem o fazem catastroficamente. Ventosa (bombas horizontais) A ventosa elimina bolhas de ar localizadas no interior da bomba que podem

causar cavitação. Válvula de alívio para recirculação A válvula de recirculação deve ser instalada em bombas Diesel com

arrefecimento com radiador e bombas elétricas. Nesses casos a válvula de alívio evita o sobre-aquecimento da bomba se a mesma funcionar por um período sem vazão no sistema.

222111 --- SSSIIISSSTTTEEEMMMAAA DDDEEE BBBOOOMMMBBBAAASSS DDDEEE IIINNNCCCÊÊÊNNNDDDIIIOOO

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Peças resistentes à corrosão No caso de bombas novas, as peças internas devem ser resistentes a

corrosão. Rotores de ferro fundido por exemplo, não devem ser usados em bombas novas.

Em bombas existentes não é necessário substituir peças resistentes à corrosão, a não ser que haja deterioração na performance da bomba.

Componentes – Motor diesel Existem nove componentes que devem ser avaliados para determinar a

confiabilidade de um motor Diesel de uma bomba de incêndio. São eles:

1. Baterias de emergência: O motor Diesel deve ser ocupado com duas baterias. Se o controlador estiver de acordo com as normas da FMI, o motor tentará partir seis vezes usando cada bateria alternadamente.

2. Recarregador de baterias: um carregador de baterias automático

alimentado pelo sistema de corrente alternada da fábrica é necessário. O carregador deve ser do tipo que alterna automaticamente de uma baterias para a outra. Caso contrário, dois carregadores, um para cada bateria, devem ser instalados.

3. Alternador: O motor deve, além dos carregadores de baterias, ter

um alternador para carregar as baterias enquanto estiver em funcionamento.

4. Sistema de arrefecimento: existem alguns sistemas de

arrefecimento para motores Diesel. Estes estão listados abaixo, em ordem de confiabilidade:

a) Sistema de arrefecimento com água em circuito aberto: esse

sistema consiste de um circuito fechado com bomba de circulação acionada pelo motor, um trocador de calor e um sistema de resfriamento de circuito aberto.

b) Sistema de arrefecimento com radiador: neste sistema o motor

é resfriado em um circuito fechado localizado no bloco do motor, com a bomba de circulação acionada pelo motor. Porém, a troca de calor nesse caso é feita entre o ar e o refrigerante através do radiador.

c) Sistema de arrefecimento a ar: Motores resfriados a ar

dependem inteiramente do ar ambiente para dissipar o calor de combustão. Um ventilador acionado pelo próprio motor garante a circulação de ar necessária. Nos casos b) e c), a casa de bombas deve ser projetada para fornecer ar suficiente ao motor.

d) Governador de velocidade: O motor deve ser suprido de um

governador capaz de regular a velocidade do motor dentro de

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uma tolerância de 10% desde a partida até condições de carga máxima. O governador deve ser ajustável. Porém, um método de trancar o governador na velocidade requerida é necessário para evitar operação não autorizada.

e) Alimentação de combustível: O tanque de alimentação de óleo Diesel deve ter capacidade suficiente para manter o motor operando durante um mínimo de oito horas.

Volume = 11 galão/hp + 10%, ou Volume = 5 litros/KW + 10%. Se o tanque não tiver volume recomendado, um

alarme de nível baixo de combustível deve ser instalado.

f) Válvula de alívio : Uma válvula de alívio deve ser instalada entre

a descarga da bomba e a válvula de retenção. A descarga deve ser aberta, visível e de preferência para fora da casa de bombas.

g) Painel de Instrumentos: O motor deve dispor de um painel de instrumentos com os seguintes componentes:

Tacômetro – para indicar as rotações por minuto do motor. O tacômetro também deve possuir um contador de horas de operação.

Manômetro de pressão de óleo – para indicar a pressão do óleo de lubrificação do motor.

Termômetro – para indicar a temperatura da água de arrefecimento.

Amperímetro – para indicar a amperagem gerada pelo alternador se instalado.

h) Sistema de pré-aquecimento: Em região onde a temperatura

ambiente no interior da casa de bombas pode cair abaixo de 21ºC, uma destas alternativas deve ser adotadas:

Instalar na casa de bombas um aquecedor que mantenha a temperatura ambiente à 21 ºC; ou

Instalar pré-aquecimento nos sistemas de água de arrefecimento e óleo de lubrificação. Sistema de resistência elétrica são normalmente usados e devem ser instalados à temperatura de 50ºC.

I) Componentes – Motor elétrico: Os três aspectos principais

a serem ativados para a confiabilidade de um motor elétrico são:

Fonte de energia: Fontes de energia elétrica pública são avaliados caso a caso. Se o fornecimento de energia é gerado pela empresa a subestação principal deve estar livre de riscos de incêndios. Caso contrário a empresa deve ter um gerador de emergência com chave de transferência localizada na casa de bombas.

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Cabos de alimentação: Cabos que alimentam o motor da bomba de incêndio devem de preferência ser instalados em conduítes subterrâneos. Se os cabos que alimentam a bomba forem aéreos, esses devem estar localizados de forma a não sofrerem danos durante um incêndio. Devem também dispor de pára-raios. Caso o circuito atravesse um prédio, esse não deve ter risco de incêndio e os cabos devem passar por conduítes metálicos. Condutores de distribuição e alimentação devem ser dimensionados para 125 % da soma da corrente na casa de bombas à carga plena.

J) Proteção primária: Fusíveis de proteção primária não devem atuar em caso de rotor travado. É estimado que a corrente associada a tal ocorrência é de seis vezes a corrente plena do motor. Esses fusíveis devem ser de corrente mais alta que os da proteção do controlador.

l) Controlador – Motor diesel: O controlador do motor Diesel deve dispor dos seguintes componentes:

Partida automática: O motor deve partir por mudança de pressão no sistema de proteção de incêndio ou por detenção de fluxo.

Partida manual independente: O motor deve ter uma conecção das baterias ao motor de arranque independente do controlador. Em motores aprovados pela FM, conectores de arranque independente fazem parte do motor.

Partida manual: A parada da bomba de incêndio deve ser somente manual.

Alarme na casa de bombas: a casa de bombas deve dispor dos seguintes alarmes: Temperatura alta do motor, baixa pressão do motor, falha na partida e corte por sobrevelocidade.

m) Alarmes na portaria: È necessário instalar os seguintes alarmes em local constantemente atendido por funcionários da fábrica:

Bomba funcionando; Controlador em “manual” ou “desligado”; Falha no motor; Todos os alarmes devem ser visuais e sonoros.

o) Controlador – motor elétrico: o controlador do motor elétrico deve dispor dos seguintes componentes:

Partida manual: O controlador deve dispor de uma chave de partida manual do motor elétrico.

Proteção principal: O controlador deve dispor de uma das seguintes proteções caso haja curto

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circuito na linha de alimentação elétrica do motor. Um disjuntor magnético com proteção de curto circuito instantânea e proteção de rotor travado calibrado a três vezes a corrente plena do motor com retardo de 10 a 20 segundos, ou Fusíveis que resistam a uma corrente três vezes superior que a corrente plena com motor operando um mínimo de 20 minutos.

p) Alarmes na casa de bombas: A casa de bombas deve ter indicadores visuais de energia em cada uma das três fases que alimentam o motor.

q) Alarmes na portaria: É necessário dispor dos seguintes alarmes em local constantemente atendido por funcionário da fábrica:

Motor funcionando; Corte na fonte de energia do motor. Os alarmes devem ser visuais e sonoros.

22 - GRUPO DE EMERGÊNCIA (GE)

Um GE é um grupo composto de pessoas que basicamente desempenharão atividades antes, durante e depois de uma emergência e trabalharão como um grupo para minimizar perdas potenciais para uma empresa. O GE deve ter um plano de ação par todas as possíveis emergências independentemente das chances delas ocorrerem. Ele deve agir imediatamente e corretamente durante um vendaval, inundação, lidar com incêndio ou explosão de maneira eficaz e auxiliar a empresa a se recuperar dos incidentes com um mínimo de perdas e distúrbios.

O GE dever ter um plano de ação para cada tipo de emergência, não obstante as remotas chances de certo evento acontecer. O Grupo de Emergência dever estar capacitado a agir imediatamente e corretamente durante o período que antecede a uma situação catastrófica, seja vendaval, inundação, vazamentos de produtos perigosos, incêndio ou explosão, tudo isso com uma coordenação eficaz ajudando a empresa a recuperar-se desse incidentes, com um mínimo de avarias e prejuízo.

Embora apenas poucos serão nomeados para compor o Grupo de emergência, todos os empregados deverão saber onde e como dar o alarme em caso de fogo. Os demais empregados não envolvidos no trato de emergência deverão sair da área de perigo segundo instruções, da maneira mais ordenada possível.

O número de pessoas que compõem o Grupo de Emergência varia segundo o tamanho e a complexidade da área que ele irá proteger. O GE deve ser organizado de acordo com as necessidades de determinada área, de modo que haja pessoal suficiente para lidar com todas as funções de emergências, de maneira apropriada. Aqueles que forem selecionados serão especialmente treinados para cuidar de qualquer emergência e minimizar os prejuízos. É importante, porém, que aja um Grupo de Emergência adequado a cada área e em cada turno de funcionamento dessa dita área. As funções básicas do Grupo de Emergência em caso de incêndio deverão incluir: chefe do grupo, responsável pelo alarme, operador de válvula de sprinkler, operador de bomba de incêndio, equipe de combate ao fogo, operador de

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linha (vapor, água, combustível, etc.), eletricista e equipe de salvamento. No caso de certas áreas, onde existe um número reduzido de pessoas, pode não haver pessoal suficiente para ocupar cada tarefa acima mencionada. E, em certos casos, algumas dessas tarefas não se aplicam. Por exemplo, em um escritório pode não haver necessidade de operador de linha ou operador de bombas de incêndio. A equipe de combate ao fogo pode transformar-se em equipe de salvamento depois que o fogo tiver sido dominado.

Num depósito de materiais, os procedimentos serão basicamente os mesmos do escritório. Claro que provavelmente não haverá visitantes para serem evacuados, porém deverá soar um alarme para alertar os outros empregados em áreas remotas do prédio. Nesse caso, o pessoal do prédio precisará saber como colocar em funcionamento a bomba de incêndio, se esta por qualquer motivo não entrar em funcionamento automaticamente. Essas pessoas devem ter acesso às chaves das válvulas de controle dos sprinklers, e verificar se essas válvulas estão abertas. Será destacada uma pessoa para ficar à porta de entrada, a fim de dirigir os bombeiros até a área envolvida.

Se a área funciona em regime de turno, deverão estar presentes ali membros do GE em cada turno. Um emergência não esperará para acontecer somente quando você estiver inteiramente preparado acontecerá o pior quando você menos esperar. Segundo a lei de murphy, “se algo errado pode acontecer, acontecerá, e no pior momento possível”.

Devem ser treinados substitutos para o caso de membros efetivos do GE estarem ausentes ou doentes. É muito importante contar com um grupo pequeno e eficaz, do que maior mas que só parece grande no papel.

As áreas que têm elevada rotatividade de pessoal devem esforçar-se para treinar os recém-admitidos nesses procedimentos de emergência imediatamente após sua contratação. Nesses casos, a supervisão precisará saber lidar diretamente com o combate ao fogo e outras emergências, enquanto outros assumem a responsabilidade pela evacuação.

O plano do Grupo de Emergência deve explicar por escrito as responsabilidades de todos os membros. A estrutura organizacional do grupo deve ser definida incluindo condições para treinamento periódico. Esse plano deve ser colocado em local visível par referência dos membros do grupo como também dos outros funcionários.

A preocupação de sua área com a conservação da propriedade consiste em evitar incêndios e outras emergências. Apesar dessa preocupação, os incêndios e outras emergências podem ocorrer. Para isso sua área precisa de um Grupo de Emergência, composto de uma equipe pronta para assumir tal responsabilidade e salvaguardar pessoas, propriedade e produtos.

As atribuições Básicas do Grupo de Emergência

Como o incêndio é uma das mais freqüentes emergências, muitas das

atribuições seguintes se referem a funções relacionadas com incêndio.

O Chefe do Grupo

O Chefe do Grupo deve analisar cada prédio e seus prováveis riscos, projetar as prováveis formas que uma emergência assumirá, estimar as necessidades de

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proteção e determinar com maior exatidão possível a quantidade de pessoal para atender essas necessidades.

Esse indivíduo não precisa ter profundo conhecimento de todos os riscos da área, mas pode aprender muito mais sobre riscos, com os supervisores de sua área,pessoal de manutenção, engenheiros e tecnicos de segurança.

A seleção da pessoa para a função de liderança do Grupo de Emergência deve ser feita com máximo cuidado, uma vez que o êxito na organização do Grupo depende em larga escala desse indivíduo.

Essa pessoa deve: Estar familiarizada com as instalações e quaisquer riscos específicos; Conhecer bem o manuseio e o funcionamento de todos os sistemas de

proteção; Estar familiarizada com as facilidades e métodos de salvamento e resgate; Ter suficiente treinamento e experiência com combate ao fogo, não

apenas para ordenar e controlar a força de emergência, mas também para ser capaz de coordenar forças com o Corpo de Bombeiros.

Tomar providências com vistas a identificar a necessidade de treinamento para todos os membros do grupo de emergência e ver que todas as posições sejam preenchidas diariamente, provendo substitutos em caso de ausência, férias, doenças, etc. do membro titular.

Quando algo acontecer, o chefe do grupo deve iniciar a ação de proteção até a chegada do Corpo de Bombeiros.

Esta é, na verdade, uma tarefa árdua e depende muito da habilidade dessa pessoa.

Incêndio

Quando o incêndio irrompe, o chefe deve: Certificar-se que o Grupo de Emergência e que todos os componentes estão

em seus devidos lugares e tendo o desempenho para o qual foram treinados. O encarregado deve também observar se eles continuam a agir sem falhas. Por exemplo, o Corpo de bombeiros foi chamado?... o operador da válvula de “sprinklers” checou a válvula de controle para ver se está aberta? Ele está alerta e ao lado dela? O operador de bomba de incêndio verificou ou deu partida na bomba de incêndio? O chefe de equipe de combate ao fogo tem certeza de que todos já foram seguramente retirados da área e de que todas as portas corta-fogo estão fechadas? O pelotão de combate ao fogo está atacando o incêndio de maneira correta, com extintores e outros equipamentos portáteis?... o eletricista desligou o equipamento elétrico, de acordo com o plano e está a postos, pronto para agir no caso de algum problema elétrico?... o operador de linha desligou os sistemas de gás, líquidos inflamáveis, vapor e outras tubulações, de acordo com o plano, e está em seu posto, pronto para cumprir novas ordens ?...

O líder da equipe de salvamento tem seu pessoal dando cobertura aos equipamentos e aos estoques de produtos? Estão os homens removendo o que deve ser removido?... há quaisquer outros produtos que precisam ser checados?

O chefe do Grupo de Emergência deve colocar uma pessoa no acesso da área para orientar o Corpo de Bombeiros para a área afetada. Essa pessoa deve ser bem informada sobre os processos no combate ao incêndio, de modo que possa retransmitir as informações ao Corpo de Bombeiros imediatamente após sua chegada ao local. Uma vez controlado e apagado o incêndio, o chefe do grupo de emergência tem outras prioridades importantes.

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A primeira prioridade é garantir o restabelecimento da proteção contra incêndio. Enquanto se pensa que o incêndio acabou, pode recomeçar no foco original ou qualquer outro ponto da unidade. Um exame imediato e completo deve ser feito em todos os locais do andar superior, no inferior e em todos os lados da área incendiada.

O operador da válvula de sprinkler desempenhou um papel de vital importância durante todo o incêndio, permanecendo próximo à válvula de controle aberta. A uma ordem do chefe do grupo, fechará a válvula enquanto são substituídos os bicos de sprinklers que se romperam durante o incêndio, permanecendo em seu posto para reabrir a válvula, até que o serviço seja concluído. A válvula deve ser lacrada ou trancada na posição aberta, e testada para que haja certeza de que esteja completamente aberta. Faz-se isso abrindo a válvula de dreno da tubulação vertical de entrada (riser). Nesse ínterim, a equipe de combate ao fogo deve estar pronta para agir, com extintores de incêndio e mangueiras. O operador da bomba assegura-se de que a bomba está em bom estado de funcionamento com água adequada no tanque de sucção; depois que a equipe de combate ao fogo for dispensada, todas as mangueiras devem ser esvaziadas. O equipamento portátil substituído, e os extintores recarregados o mais rápido possível.

A equipe de salvamento deverá estar em ação durante o incêndio. Depois que o fogo foi extinto, será a equipe de salvamento a primeira a pôr

mãos a obra e limpar tudo. O Chefe da Equipe deverá garantir com todos os componentes do GE, que as coisas voltem ao normal: o eletricista verificará a total segurança elétrica da área e fará o restabelecimento da energia... o operador de linha responsável pela drenagem de gás inflamável, líquidos e vapores, e por outras tubulações, as colocará em condições de operar com segurança. Todo o pessoal disponível ficará responsável pela secagem, por cobrir os estoques, enxugar, secar lubrificar, remover, mudar de lugar e, geralmente repor tudo em seu devido lugar.

Todo pessoal deverá ser avisado quando a emergência terminar. Essa é uma hora crítica, pois todos estão ansiosos para voltar a produção. Isto, entretanto, não deve ser anunciado até que o sistema de sprinklers tenha sido restabelecido... portas de emergência e pessoal de volta a seus postos. O trabalho de “salvamento” talvez tenha de prosseguir mesmo depois que a produção esteja em seu ritmo normal, em plena atividade.

O chefe do grupo de emergência deve também trabalhar em estreito contato com o Corpo de Bombeiros local. Devem ser tomadas providências para que o chefe do Corpo de Bombeiros visite a área regularmente. Riscos podem ser identificados: o acesso mais rápido a todas as áreas deve ser anotado; e devem ser tomadas medidas para coordenar o GE, com o Corpo de Bombeiros local. Pode até ser possível providenciar exercícios conjuntos, em simulações de emergência simulada.

Os membros do GE devem cortar a alimentação de gás, apagar todas as chamas, fechar todas as válvulas de descarga dos tanques que contém líquidos inflamáveis como gasolina, óleo ou solventes. Todos os materiais químicos que reagem com a água liberando gases inflamáveis ou nocivos devem ser transferidos para o piso superior.

Se por ventura a água passar pelas barreiras, um número adequado de bombas pode controlar a inundação de forma eficiente.

Qualquer que seja a emergência, fogo, inundação, vendaval, explosão, ou qualquer outra calamidade, é responsabilidade do chefe do grupo de emergência, que deve estar preparado. Uma ação vigilante e alerta antes, durante e depois de uma emergência dá a você a maior possibilidade de minimizar a quantidade de grandes prejuízos.

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O Responsável pelo alarme

Quando o alarme soa, o responsável deve contactar o Corpo de Bombeiros

local imediatamente. O operador da sala de controle ou alguém com fácil acesso a um telefone são geralmente as pessoas mais indicadas para esta função.

O Operador de Válvula de “Sprinklers” Uma das mais importantes funções na organização é a do operador de válvula

de sprinkler se estas estiverem fechadas, a área perderá sua principal linha de defesa contra incêndios que é a proteção dos sprinklers automáticos. A pessoa lotada neste posto tem a obrigação de conhecer a localização das válvulas, e é a responsável pelo seu funcionamento. No caso de um incêndio, o operador de válvulas de sprinkler deve dirigir-se àquela válvula que controla a área em perigo, certificar-se de que ela está aberta, e permanecer lá, até receber ordem de fecha-la, dada pelo Chefe do Grupo. Algumas válvulas precisam ser testadas para se ter certeza de que estão abertas, e a pessoa encarregada deve saber como.

Após uma explosão ou desabamento, as válvulas de sprinklers devem ser cuidadosamente examinadas para detectar avarias. Deve-se ter muito cuidado para fechar aquelas que são necessárias para isolar a tubulação danificada e, em todo os casos, esta decisão só deve ser tomada depois de consultado o chefe do grupo.

O Operador de Bombas de Incêndio

Quando soa o alarme, o operador de bomba verifica a partida automática da

bomba. Se ela por algum motivo falhar e não partir automaticamente, dê a partida manualmente e mantenha-a em funcionamento até que receba instruções em contrário.

Preferivelmente, as pessoas designadas para esta função deverão ser aquelas mais familiarizadas com o funcionamento e a manutenção das bombas, no caso de ser escolhida outra pessoa, esta deverá ser treinada em como pôr as bombas em funcionamento manualmente, e deverá compreender a importância delas para a proteção. A partida imediata das bombas é o mais importante.

A Equipe de Combate ao Fogo

A melhor maneira para garantir uma ação rápida e eficaz no combate ao fogo é

dispor de pessoal muito bem treinado. Essas pessoas devem ser organizada em equipes, com alguém em cada área para liderar esta equipe. A finalidade básica da equipe é combater o princípio de incêndio até que o Corpo de Bombeiros local chegue. Os componentes desta equipe deverão aprender como manejar uma mangueira, conhecer a localização dos extintores e seu funcionamento e também os outros equipamentos portáteis de combate ao fogo. Dependendo do tamanho e tipo de prédio, um ou vários componentes da equipe deverão verificar se as portas de emergências estão convenientemente fechadas e as saídas desobstruídas.

Os componentes da equipe aprenderão também que tipo de extintor deverão usar em diferentes tipos de incêndios e como coloca-lo em funcionamento. Estimar quantas pessoas ou equipes serão necessárias, talvez seja um problemas difícil, porque a equipe responsável pelo combate ao incêndio, salvamento, remoção e

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limpeza da área, em cada prédio em cada área tem suas próprias necessidades. Essas necessidades é que determinarão o tamanho e característica da equipe. O tamanho da equipe deve ser adequado para pôr em funcionamento os equipamentos, de modo a garantir o controle total do fogo. Em um pequeno prédio, um única pessoa poderá assumir todas estas responsabilidades.

O Operador de Linha

O operador de linha deve estar familiarizado com vapor, água e outras

tubulações na área de sua responsabilidade. Em qualquer caso de emergência, deve saber bloquear sistemas de gases e líquidos inflamáveis na área de emergência. Avarias causadas por vendavais, explosões, desabamentos podem resultar em quebras ou rompimentos de tubulações, que precisam ser imediatamente bloqueadas. Um eficiente planejamento e a familiarização com equipamentos e seus controles são essenciais para que o operador reaja pronta e eficazmente quando ocorrer uma emergência.

Eletricista

O eletricista deverá saber a localização de todas as chaves e interruptores da

área em questão e também saber onde ficam os geradores portáteis, extensões e equipamentos de suprimento de energia de emergência. Esta pessoa deverá estar completamente a par sobre o uso da eletricidade em caso de incêndio ou outra emergência, e deve estar a postos para desligar ventiladores elétricos, ou para colocar em funcionamento equipamentos de exaustão, de acordo com o plano pré-estabelecido. Pode também ser necessário que o eletricista restabeleça a iluminação temporariamente, no caso da energia ser interrompida, como pode durante uma tempestade. Em casos especiais, pode ser necessário interromper o fornecimento de energia a subsolos, andares térreos ou porões do prédio, tratando-se de inundações, por exemplo.

A equipe de Salvamento

O retorno normal às atividades é o principal objetivo após uma emergência e a

operação de salvamento deve acontecer o mais rápido possível. As pessoas chave devem ser avisadas: staff da empresa para fazer planos imediatamente; empreiteiros para reparos e reconstrução; fornecedores, para reposição de peças de reposição e partes de equipamento danificado. A companhia seguradora se houver deve ser imediatamente informada.

A experiência de um avaliador de risco pode ser muito útil na organização do salvamento. Engenheiros e tecnicos investigarão as perdas, os meios recomendados para evitar uma repetição do sucedido, e certificar-se-ão de que a proteção foi restabelecida até onde possível.

Os empregados da empresa são provavelmente as pessoa mais qualificadas para empreender o salvamento da propriedade da empresa, os componentes desta equipe deverão aprender antecipadamente a técnica de salvamento de equipamento e produtos, removendo ou cobrindo máquinas, e trabalhando progressivamente com encerrado e lonas, plásticos, etc., para cobrir tudo e evitar os danos causados pela água.

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A melhor ocasião para concentrar esforços de salvamento é logo que o fogo tiver sido debelado, ou no término de qualquer situação emergencial. As equipes de salvamento e manutenção deverão entrar em ação imediatamente.

O primeiro passo após um incêndio é restabelecer imediatamente a proteção. Os sprinklers que foram abertos devem ser substituídos, as tubulações devem ser restabelecidos, as válvulas de controle reabertas, e extintores vazios, substituídos e recarregados, lembre-se de que o fogo pode reativar, causando maiores prejuízos na segunda vez, a não ser que a proteção tenha sido totalmente restabelecida para enfrentar uma nova ameaça. O passo seguinte consiste em recuperar os estoques e os equipamentos. Isso pode requerer uma ampla variedade de trabalhos, dependendo da suscetibilidade dos materiais ou da máquina avariada.

A imediata ventilação, a drenagem do excesso de água, ou a remoção da umidade das superfícies atingidas, tudo isso pode vir a ser precioso. Uma completa operação de enxugamento e secagem pode ser feita colocando-se em ação sistemas de aquecimento e ventilação. Se houver uma avaria maior no equipamento ou processos vitais à produção, a atenção prioritária será voltada para isto. As empresas geralmente mantêm estoque de peças de difícil substituição. Entretanto, no caso de falta, essas peças devem ser encomendadas imediatamente. Há muitos casos em que o custo da interrupção no funcionamento é muito maior que o do causado pelo fogo ou outro tipo de sinistro.

A equipe de segurança patrimonial

A participação do pessoal especializado em segurança patrimonial no GE é

extremamente importante, uma vez que eles estão presentes nas instalações, em todos os horários de trabalho. Há vários procedimento a observar quando “em guarda”... antes... durante... e depois de um incêndio ou outra emergência.

Conhecer as instalações e aprender tudo que for possível sobre os sons e ruídos normais, aspectos e odores, tudo isso capacitará a guarda de segurança a perceber algo de errado. A vigilancia deve descobrir como cortar o fluxo de gás, óleo vapor ou eletricidade, no caso de uma emergência, e que medidas adicionais precisam ser tomadas.

É responsabilidade do vigilante torna-se um perito em equipamento de proteção, aprendendo onde são guardados os extintores e mangueiras e como usá-las. Deve também saber como funciona o sistemas automático de “sprinklers”, e quais as válvulas de controle sprinklers que cobrem determinada área. É importante saber onde são guardadas as chaves que travam as válvulas, e ainda conhecer o Sistema de Sinalização que controla o funcionamento da válvula de sprinklers.

Os vigilantes devem fazer sua ronda cuidadosamente. A primeira ronda é a mais importante especialmente nas áreas onde se tenha terminado o expediente. Incêndios acontecem provavelmente com mais freqüência, imediatamente após os operários terem saído, deixando máquinas funcionando, equipamento que produz aquecimento não desligado, e outras condições inseguras, tais como portas e janelas deixadas abertas, e pontas de cigarro acesas deixadas displicentemente. Quaisquer que possam oferecer perigo devem ser comunicadas imediatamente. Caso necessário, deverão ser reportadas de novo, a cada dia, até serem corrigidas.

Quando acontece uma emergência envolvendo fogo em horários avançados, é responsabilidade do vigilante fazer o soar o alarme, verificar a válvula dos sprinklers ( e a bomba de incêndio), orientar os bombeiros, comunicar ao corpo administrativos da fábrica, ficar a postos, certificar-se de que o fogo foi debelado, e colocar os sprinklers novamente em condições de funcionamento.

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Treinamentos e atualização do grupo de emergência

Com um esquema cuidadosamente planejado, o grupo de emergência deverá

participar de treinamento prático de combate ao fogo e de simulação em locais selecionados da fábrica, longe do pátio de estocagem e dos prédios da fábrica. Os componentes do GE serão treinados no uso de extintores e mangueiras, exercícios de emergências simulados, possivelmente em conjunto com o Corpo de Bombeiros local,servirão para testar o tempo de resposta eficaz e a organização de todos os componentes da equipe.

A engenharia de segurança tem muito a lucrar com isso, pois uma equipe eficiente tornará a tarefa dos bombeiros fácil. O conhecimento prévio de locais críticos e a proteção disponível serão muito úteis aos membros do GE se eles precisarem agir depressa.

O treinamento não deverá ocorrer somente uma vez. Deverá haver reciclagem pelo menos uma vez ao ano com os componentes para reforçar o aprendizado de seus deveres, como também para dar treinamento ao pessoal novato. Da mesma forma que empregados trocam de emprego ou departamento, o Grupo de Emergência também pode ser modificado.

Enquanto os exercícios demostram como desenvolver reações tranqüilas numa emergência, as aulas periódicas propiciam a oportunidade não apenas de se explicar como as coisas são feitas, mas por quê. Desenvolve-se uma maior compressão dos problemas envolvidos com proteção e com as emergência e as discussões são úteis para se falar abertamente sobre risco em sua área. Esta é a oportunidade para se discutir por que há esses riscos, como eles são contornados, que problemas provavelmente surgirão, e como lidar com uma provável emergência.

222333 --- EEESSSPPPAAAÇÇÇOOO CCCOOONNNFFFIIINNNAAADDDOOO

Em diversas situações, por falta de conhecimento específico, a entrada em espaço confinado tem vitimado um numero grande de trabalhos. A norma brasileira NBR 14787 regulamenta esta atividade onde os requisitos desta tem como objetivo a proteção local e dos trabalhadores contra os riscos de entrada em espaço confinado e a obrigatoriedade de se criar um progrma escrito com procedimentos claros para a identificação, permissão, treinamento e monitorização destes locais.

A leitura da norma é fundamental e indispensável para realização de qualquer atividade, assim como da NR-33, Segurança e Saúde em Espaços Confinados, que aborda este tema.

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222444--- PPPLLLAAANNNOOO DDDEEE EEEMMMEEERRRGGGEEENNNCCCIIIAAASSS EEEMMM CCCOOOMMMUUUNNNIIIDDDAAADDDEEESSS

Eventos naturais como o terremoto que abalou a cidade do México em 1985, os deslizamentos de terra no Equador em 1987 ou a liberação de vapores tóxicos de um lago na República de Camarões e também, os acidentes industriais que causarm sérios danos ao meio ambiente e perdas inaceitáveis de vidas e propriedades, tais como:

A liberação de dioxina em Seveso, em 1976 A explosão de propano na Cidade do México, em 1984 A liberação de metilisocianato em Bhopal,em 1984

Levaram, ao Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (UNEP), que sugeriu uma série de medidas visando auxiliar os governos, particularmente dos países em desenvolvimento, a minimizar a ocorrencia e os efeitos de acidentes químicos.

Para desenvolvê-lo e como resultado de um encontro de especialistas realizado em Nairobi, em 1987, desenvolveu-se o Manual de Alerta e Preparação de Comunidades para Emergencias Local (Awareness and Preparedness for Emergencies at Local Level- APELL ).A ABIQUIM Associação Brasileira da Indústria Química foi formalmente incumbida de trazer o APELL para o Brasil,que adotou a cidade de Cubatão como modelo de aplicação do programa, que apresentaremos aqui de uma forma resumida.

Seus principais objetivos são : Fornecer informações aos membros interessados da

comunidade sobre os perigos existentes em atividades industriais vizinhas e sobre as medidas tomadas no sentido de se reduzir tais riscos.

Revisar,atualizar ou estabelecer planos de atendimento. Incrementar o envolvimento da industria com a comunidade e

no planejamento do atendimento a emergência. Integrar os planos de emergências da indústria com a

comunidade. Envolver os membros da comunidade no

desenvolvimento,testes e implementação do Plano Global de atendimento a situações de emergências.

Os principais participantes do processo APELL são:

Autoridades nacionais e locais. Industrias. Comunidade local e grupos de interesse. ONGs Associações dxe indústria e comercio. Organizações internacionais.

Alguns dos principais obstáculos ao sucesso na implantação do processo APELL podem ser:

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Excesso de confiança (“um plano já foi elaborado”); Apatia (“não vai aconter aqui”); Problemas de custo(“não podemos arcar com tais despesas”).

222555--- NNNOOOÇÇÇÕÕÕEEESSS DDDEEE GGGEEESSSTTTÃÃÃOOO DDDEEE RRRIIISSSCCCOOO Todo negócio é sinônimo de RISCO; Existe uma variedade de riscos dentro de uma empresa, tais como:políticos,ambientais,regulatórios, danos aos ativos, perdas financeiras, danos à pessoas e à operação.A Gestão de Riscos faz parte da Governança Corporativa, portanto é tarefa fundamental da direção da empresa, Os principais benefícios são:

Reduz a volatilidade dos ganhos, Maximiza valor aos acionistas e promove a melhoria contínua dos processos; Proteção contra perdas relevantes; Avalia o impacto de cenários adversos promovendo maior controle dos riscos

assumidos; Maior previsibilidade de resultados; Potencialização do Valor da Empresa através do auto-conhecimento.

SEGUROS Objetivos:

preservar o investimento dos acionistas, garantir reposição do patrimônio, manter continuidade das operações, assegurar o fluxo de recursos através da transferência de grandes riscos para

mercado segurador(baixa freqüência/alta severidade) Foco: redução da volatilidade dos resultados da Empresa utilizando os melhores padrões e práticas internacionais

Promover mapeamento e inspeções periódicas; Uma estratégia pode ser consolidar em uma única apólice diferentes

unidades de negócios com riscos independentes, com baixa ou nenhuma correlação.

Toda empresa deve ter um Risk Manager, que tem como atribuição:

Negociar, contratar, renovar ou prorrogar os seguros;

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Promover mapeamento e inspeções periódicas; Oferecer treinamento e suporte às áreas operacionais; Difundir a política de seguros; Coordenar o processo de recebimento de indenização; Analise conjunta com as áreas operacionais dos projetos de engenharia dos

novos empreendimentos e expansões de capacidade e sobre a necessidade da contratação do seguro de riscos de engenharia;

Difundir informações relativas à abrangência dos seguros existentes e procedimentos a serem adotados em casos de sinistros;

Discutir\propor investimentos em Segurança e Prevenção de perdas; Comunicar\Alimentar banco de dados de sinistros e perdas ocorridas; Elaboração\Discussão de planos de contingência; Elaborar a valoração dos ativos seguráveis (valor de novo ou de reposição) e

da respectiva perda de produção segurável (com o devido suporte das áreas operacionais e administrativas.

PRINCIPAIS RISCOS As apólices de seguro podem ser relativas aos seguintes riscos: danos a propriedade,danos a terceiros,danos a carga,riscos de engenharia,perdas finaceiras,etc. FATORES QUE INFLUENCIAM A CONTRATAÇÃO DE SEGUROS FATORES EXTERNOS:

Situação do Mercado Internacional; Sinistralidade da Industria; Situação do país; Outros fatores.

FATORES INTERNOS:

Variação dos Valores Segurados; Sinistralidade da Empresa; Relatórios de Inspeção (atendimento das Recomendações); Limites e coberturas.

RISCOS OPERACIONAIS O que é: Seguro que oferece cobertura contra perdas e danos materiais sofridos pelos bens segurados por qualquer acidente de causa externa. Sua cobertura abrange diversas situações, como quebra, queda, impacto, roubo, entre outros. O que não cobre? •Guerra, Invasão e Furto simples; •Falhas pré-existentes;

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•Reparos e Reposições normais; •Desgaste pelo uso; •Manutenção inadequada e Sobrecarga; •Responsabilidades do fabricante ou fornecedor de serviços •Aeronaves, Embarcações e Veículos Quais são os outros Prejuízos Indenizáveis? Desentulho (remoção, carga, transporte e descarga), Desmontagem e remontagem, Reparos temporários, Proteção dos bens contra prejuízos adicionais e impostos e fretes. As despesas realizadas em R$ devem ser convertidas para US$(taxa de cambio do dia da realização da despesa); •Documentos; •Dinheiro e cheques; •Softwares •Terrenos, florestas, e animais, •Bens e mercadorias em trânsito , •Vias de acesso •Estoques Vendas líquidas menos os Custos Variáveis (matérias-primas, materiais e insumos usados na produção, custos de transporte, custos relativos à mão de obra direta Referência Bibliográfica: 01 – Manual de Prevenção Contra Incêndio – Volume I e II Orlando Seco – SP 02 – Hazard Of Air – The American Oil Company 03 – Manual de Prevenção e Proteção Contra Incêndio Hugo Kadov 04 – Loss Prevention Data – Factory Mutual 05 – Proteção Contra Incêndio – Fundacentro - 1973 Leonídio F. Ribeiro Filho 06 – Apostila de Segurança de Incêndio Lourival de Oliveira Flores 07 – Manual de Proteção Contra Incêndio – Corpo de Bombeiros da Guanabara 08 – Apostilas de Anotações Técnicas de Segurança Contra Incêndio e Explosão Cel. José Irene Teixeira 09 – Catalogo técnico da REFRASOL.