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Edson Fiuza, 20/02/2019 1 1 Escola Antiga Mate Pastor 18.11.2002 1.e4 e5 a) 2.h5 (ameacando o PR) [ b) 2.c4 c6 ( O melhor é jogar logo 2...f6 evitando as ameaças de mate. ) 3.f3 d6 ( Refutação: 3...f6! ; e as Pretas estão bem.) 4.xf7# ] 2...c6 3.c4 d6 [Ref ut ã o : 3...g6! 4.f3 (novamente ameaçando mate com DxPB) f6 seguido de ...,B2C; e ..., O-O; e as Pretas têm melhor jogo. ] 4.xf7# 1-0 2 Escola Antiga Mate Legal 18.11.2002 1.e4 e5 2.c4 d6? [ Refutação: Consiste em jogar de acordo com os princípios gerais de desenvolvimento e domínio do centro. Assim, 2...f6 ] 3.f3 g6 4.c3 g4 5.xe5 (entregando a Dama) xd1? [ Na variante principal, em vez de 5..., BxD?, as Pretas podem jogar 5...dxe5 e não existe mais o Mate Legal. ] 6.xf7+ e7 7.d5# 1-0 3 Escola Antiga Ataque Greco 18.11.2002 1.e4 e5 2.f3 c6 3.c4 c5 4.c3 f6 5.d4 exd4 6.cxd4 b4+ 7.c3 xe4 8.0-0 xc3 9.bxc3 xc3 [Refutação: 9...d5! e desaparece o Ataque Greco. ] 10.b3 xa1 11.xf7+ f8 12.g5 e7 [ Se 12...xd4 segue 13.a3+ xf7 14.e5+ e6 15.xd8 xd8 16.xa1 d6 17.f3 xf3+ 18.xf3 c5 etc. ] 13.e5! d5 14.f3 f5 15.e6! g6 16.h6+ e8 17.f7# 1-0 4 Escola Antiga Ataque Fegatello 18.11.2002 1.e4 e5 2.f3 c6 3.c4 f6 (Defesa dos Dois Cavalos) 4.g5 É esta uma abertura típica da escola antiga de xadrez, em que o ataque direto contra o Rei era o objetivo único de todas as idéias estratégicas. O lance 4.C5C, transgride um principio de desenvolvimento, que proíbe jogar a mesma peca duas vezes na abertura, e outro princípio de ordem estratégica, que veda, igualmente, os ataques prematuros, sem o desenvolvimento de peças. Mas paradoxalmente, 4.C5C não é uma jogada que possa ser rotulada como errônea. Ao contrário, exige das Pretas grande atenção. d5! A única jogada que procura obstruir a ação do Bispo branco sobre a casa 2BR; permitindo também o

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1Escola AntigaMate Pastor 18.11.2002

1.e4 e5 a) 2.h5 (ameacando o PR) [ b) 2.c4 c6 ( O melhor é jogarlogo 2...f6 evitando as ameaçasde mate. ) 3.f3 d6 ( Refutação:

3...f6! ; e as Pretas estão bem.) 4.xf7# ]

2...c6 3.c4 d6 [ R e f u t a ç ã o : 3...g6! 4.f3(novamente ameaçando mate comDxPB) f6 seguido de ...,B2C; e ...,O-O; e as Pretas têm melhor jogo. ]

4.xf7#1-0

2Escola AntigaMate Legal 18.11.2002

1.e4 e5 2.c4 d6? [ Refutação: Consiste em jogar deacordo com os princípios gerais dedesenvo lv iment o e domín io docentro. Assim, 2...f6 ]

3.f3 g6 4.c3 g4 5.xe5(entregando a Dama) xd1?

[ Na variante principal, em vez de 5...,B x D ? , a s P r e t a s p o d e m j o g a r

5...dxe5 e não existe mais o MateLegal. ]

6.xf7+ e7 7.d5#1-0

3Escola AntigaAtaque Greco 18.11.2002

1.e4 e5 2.f3 c6 3.c4 c5 4.c3 f6 5.d4 exd4 6.cxd4 b4+ 7.c3 xe4 8.0-0 xc3 9.bxc3 xc3

[ Refutação: 9...d5! e desaparece oAtaque Greco. ]

10.b3 xa1 11.xf7+ f8 12.g5 e7

[ Se 12...xd4 segue 13.a3+ xf7 14.e5+ e6 15.xd8 xd8 16.xa1 d6 17.f3 xf3+ 18.xf3 c5 etc. ]

13.e5! d5 14.f3 f5 15.e6! g6 16.h6+ e8 17.f7#1-0

4Escola AntigaAtaque Fegatello 18.11.2002

1.e4 e5 2.f3 c6 3.c4 f6(De f es a dos Do is Cava los ) 4.g5É esta uma abertura típica da escolaantiga de xadrez, em que o ataquedireto contra o Rei era o objetivo únicode todas as idéias estratégicas. Olance 4.C5C, transgride um principiode desenvolvimento, que proíbe jogara mesma peca duas vezes na abertura,e outro princípio de ordem estratégica,que veda, igualmente, os ataquesprematuros, sem o desenvolvimento depeças. Mas paradoxalmente, 4.C5Cnão é uma jogada que pos sa s errotulada como errônea. Ao contrário,exige das Pretas grande atenção. d5!A única jogada que procura obstruir aação do Bispo branco sobre a casa2 B R ; p e r m i t i n d o t a m b é m o

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desenvolvimento do BD preto. 5.exd5 xd5

[ Para evitar o Ataque Fegatello ar e f u t a ç ã o a q u i é 5...a5!As Pretas jogam uma espécie deGambito, entregando um Peão paraconseguir rápido desenvolvimentode peças e ataque ao Rei inimigo.

6.d3 h6 7.f3 e4 8.e2 xc4 9.dxc4 c5 etc... ]

6.xf7! inicia-se o famoso AtaqueFegatello.

[ Eu e o chessmaster preferíamos acont inuação: 6.h5?! g6 7.f3ameaçando mate com Df7, e se

xg5 segue 8.xd5 ameaçandonovamente f7 e ameaçando BxC+, equando PxB, DxP+, caindo Torre. Noentanto, o Fritz demonstrou não seresta contiuação a ideal por: d4

9.xf7+ d8 10.0-0 xc2 11.e4 xa1-+ etc. ]

O Cavalo ataca a Dama e a Torre. Arespos ta p re ta e f o rçada . 6...xf7As Brancas con t inuam com 7.f3+atacando também o C4D inimigo. Ares pos ta p re t a e6 é novamenteforçada e resulta uma posição muitocomprometida para o Rei preto. 8.c3Atacando mais uma vez o Cavalo(notar que ele esta cravado pelo Bispoem c4). ce7 Defendendo o Cavalo.

[ Outra opção é 8...cb4 9.e4 c6 10.a3 a6 11.d4 ac7 12.f4 f7 13.xe5 ... e as Brancaspossuem um ataque poderoso, masa s P r e t a s t ê m e x c e l e n t e spossibilidades. ]

9.d4 c6 10.g5 d7 11.dxe5 e8 12.0-0-0 e6 13.xd5 xd5 14.xd5! cxd5 15.b5+ e as Brancasganham.1-0

5 C49CapablancaH. Steiner

Abertura dos 4 Cavalos 23.12.2003

1.e4 É este um ótimo lance inicial, edeve ser o prefer ido pelos que seiniciam em xadrez. Sua finalidade éampla: a) Ocupa impor tante casacentral de seu territorio (casa 4R), aomesmo tempo que exerce fiscalizaçãoem duas casas do território inimigo (4De 4BR adve rs á r i o ) . b ) Con c or re ,v a n t a j o s a m e n t e , p a r a odesenvolvimento das peças brancas,por facilitar a saída do BR e da Dama.

e5 Tem as mesmas razões apontadaspara o lance anterior. 2.f3 c6Defende o PR atacado e exerce açãonas casas centrais 4R e 5D. Constituiótimo lance de desenvolvimento; nãoimpede a saída de nenhuma peça deseu lado, domina ainda 8 casas. 3.c3R e p r e s e n t a b o m l a n c e d edesenvolvimento e com ação centralnas casas 4R e 5D. f6 Bom lance,pelas mesmas razões. O conjuntodestes 3 lances de cada lado constituia Abertura dos Quatro Cavalos. 4.b5Em sua casa inicial, este Bispo agiaem todas as casas de sua diagonalaberta. Agora, age, ainda mais, sobreas casas 4TD e 6BD, onde se encontraum Cavalo inimigo. Com tal saída foiampliado seu raio de ação, ao mesmotempo que tornou possível a realizaçãodo roque pequeno além de ameaçarBxC, eliminando a defesa do PR preto( a ç ã o c e n t r a l i n d i r e t a ) . b4O lance 4. . . ,B5C é uma jogada dedesenvolvimento, de defesa (pelocontra-ataque) e de ação central, poisvulnera uma peça inimiga (o C3BD),

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que exerce f iscalização nas casascentrais. Surgiu, com esse lance, umensinamento importante: um lance decon t ra -a taque , s ubs t i t u i ndo umaj o g a d a d e f e n s i v a . 5.0-0O roque permi te co locar o re i emseguranca e dar jogo a Torre do roque.

0-0 Idem. Ambos os adversáriosin terca la ram o roque no c l ima detensão de luta existente ao redor dosPeões centrais. 6.d3 Defendendo oPR com outro Peão, ao mesmo tempoque permite a saída do BD. Trata-se deum lance de desenvolvimento e dedefesa. d6 As razões são as mesmas.

7.g5 O CR preto ficou cravado, nãopode mover-se, sem expor a Damapreta a ser cap turada pe lo B ispobranco. As pretas não temem a captura8.BxCR, pois tem resposta adequada,que é 8..., DxB. Mas a ameaça brancaé 8.C5D!, atancando mais uma vez oC R p r e t o e , a p ó s 9 . C x C + , P x C(forçado); 10.B6T, conseguiram asBrancas romper a barreira do roquepreto, abrindo a coluna CR para umataque. xc3 As pretas descobrirama s i n t e n ç õ e s d o a d v e r s á r i o , eeliminaram o Cavalo, que ameaçavadirigir-se à casa 5D, para efeturar am a n o b r a e s t u d a d a . A d e f e s aencontrada pelas Pretas é boa.

[ Ao contrário, combater a pregaduraque o Bispo branco exerce sobre oCR preto com 7...h6 8.h4 g5n ã o é r e c o m e n d a v e l , p o renfraquecer os Peões do roque, quese movimentaram, e o próprio roquepreto. Na maioria das vezes, o BDatacado retrocede a 3C, mas noc a s o p r e s e n te , c o ns e g u e m a sBrancas forte ataque com: 9.xg5!

hxg5 10.xg5 xc3 (forçado) para

evitar 11.C5D! 11.bxc3 e7 12.f3 g7 13.g3 Seguido de P4BR. ]

8.bxc3 e7 A estrutura do roque deveser mantida para não tornar o roquedébil, facilmente alvo de ataque. Agora,com 8..., C2R as Pretas permitem ades t ru ição do escudo rea l , se asB r a n c a s j o g a r e m 9 . B x C , p o i s aresposta forçada é 9..., PxB. Porém,no caso p resen te , as Pre tas nãopodem ainda ser crit icadas por suae s t r a t é g i a . 9.h4 Para prosseguircom P4BR e fazer a tua r a TR noataque ao Rei inimigo, pela aberturada coluna BR. É uma manobra típica,para aproveitar a ação das Torres.

[ Se é verdade que com a aberturada coluna CR resulta uma via deataque das Brancas ao Rei preto,verdade é, também, que as Pretaspodem utilizar-se dessa mesma via,o u d e o u t r a v i a r e s u l t a n t e d amanobra anterior, para um ataqueao Rei branco.Com isso em mente é que as Pretasp e r m i t e m , n e s t e m o m e n t o , adestruição de seu escudo real. Ume x e m p l o s e r i a : 9.xf6 gxf6Resulta dai: a) Uma coluna abertasob re o r oqu e p re t o , po r o ndepodem agir pecas inimigas (Dama eTorres), b) Peoes dobrados (P2BR eP3BR), que devem ser evitados,vis to const i tu i rem fraquezas , c)casas f racas, 3BR e 3TR, ondep o d e m s e r i n s t a l a d a s p e c a sadversarias, porquanto desapareceo P2C, que dominava essas casas.

10.h4 c6 11.c4 g6 12.xg6 hxg6 13.f4 g7 14.f3 h8e as Pretas têm a coluna TR abertaà sua disposição.Mas, essa conduta de permit i r a

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destruição do escudo real é perigosa,e a menor inco r reção pode darorigem a uma posicção inferior emesmo perdida. ]

9...c6 Incomodava ao segundo jogadoro domínio que o BR branco exerciasobre as casas pretas 2D e 1R. Daí arazão de seu ú l t imo lance . 10.c4Porém, a posição deste Bispo é, denovo, esplêndida, por que atua sobre acasa 2BR das Pretas, duas vezesdefendida, é verdade, mas uma dasdefesas sendo o próprio Rei. Teria sidosem signif icado a retirada B4T. e6Tanto era eficiente a ação do Bispob r a n c o e m 4 B D , q u e a s P r e t a sprocuram opor-se a sua ação e mesmoe l i m i n á - l o . 11.xf6! As Brancasrealizam a captura que seu adversáriopermitira a 2 lances atrás, mas fazem-no, agora, no momento exato, semdeixar às Pretas possibi l idades decompensação de aproveitamento dac o l u n a a b e r t a . gxf6 Retomadaforçada.

[ Se 11...xc4? as Brancas ganhamuma pec a c om: 12.xe7! xe7

13.f5! (Estava ameacado pelaDa ma ) S e gu ido de 14 . P xB a sBrancas ganham uma peca. ]

12.xe6 fxe6 13.g4+!C o m 1 3 . D 4 C + ! , a s B r a n c a salcançaram dois ataques simultâneos,um ao próprio Rei inimigo e outro aoP3R indefeso. f7 Forçado, para naop e r d e r u m P e ã o . E i s o c a s o d el i m i t a ç ã o n a r e s p o s t a . 14.f4Com o objetivo de fazer atuar a TR nac o l u n a a b e r t a , a p ó s P x P . g8A p r i m e i r a v i s t a , a s P r e t a sconsegu i ram uma compensação ,porquanto sua Torre atua na colunaaberta CR, sobre o Rei branco. Mas o

jogador das Brancas demonstrará ainconsistência e a fraqueza do roqueadversár io . 15.h5+! Outra vez umlance de duplo objetivo: atacar o Rei eo P2T indefeso. g7 Corre o Rei pretoa defender seu Peão. Outro exemplode limitação de resposta a um lanced e d u p l a f i n a l i d a d e . 16.fxe5O lance das Brancas, que fo i bempreparado, dá ao primeiro jogador ocontrole absoluto da coluna aberta BR,por onde atuarão com eficiência suasTorres. dxe5 Retomada obrigatória.

[ Se 16...fxe5 as Brancas dariammate em 2 lances: 17.f7+ h8

18.xh7# Essa continuação já ésuficiente para demonstrar a forçada Torre branca, na coluna abertaBR. ]

17.xf6! Sacrifício de todo correto equ e t e m c om o b as e a e xc e l e n t eposição de ataque das peças brancase a má posição do Rei inimigo, que nãomais dispõe de seu escudo protetor(os Peões do roque). xf6 18.f1+

f5 Forçado. [ se 18...g7 novamente haveriamate em 2 lances: 19.f7+ h8

20.xh7# ] 19.xf5 Melhor que 19.PxC, quepermitiria a fuga do Rei preto via 19...,R2R; com posição igualmente perdida,é ve rd a de , ma s qu e d a r i a ma io rresistência às Pretas. exf5 20.xf5+

e7 Após 20..., R3R; seguir-se-ia amesma continuação. 21.f7+ d6(único lance) 22.f6+ c5 Paga o Reipreto seus pecados por desprezar aproteção dos Peões do roque. Comoa n d a r i l h o , m o r r e r á e m t e r r a ses t ranhas . 23.xb7! ! Entregando aTorre, mas que não pode ser tomadapela Dama inimiga, por causa de 24.

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D 4 C + + m a t e . A o m e s m o t e m p oameaçando 24 . TxP++ mate . b6Única jogada que evita os dois matesapontados. Mas. . . 24.xc6+ xc6

25.b4# Observar que a Dama preta,ao ocupar a casa 3BD, tirou ao seu Reiuma casa de fuga.( V E R E N S I N A M E N T O S D E S T APARTIDA NO LIVRO)1-0

6Von BardelebenSteinitz

Abertura Giuoco Piano 23.12.2003

1.e4 e5 2.f3 c6 3.c4Em 4BD, além de agir sobre as casasda diagonal das Brancas 1BR-6TD,age, mais ainda, nas casas 3CD, 5D,6R e 7BR. Portanto, seu raio de açãofoi ampliado; Tem ação central sobre acasa 5D; Torna poss íve l o r oquepequeno; Vulnera o ponto mais fracodo adversário 2BR. c5 Abonam estajogada as mesmas razões do últimol a n c e d a s B r a n c a s . A p o s i ç ã ocaracteriza a abertura Giuoco Piano.

4.c3 Além de preparar P4D e fortificaro centro, esse lance abre tambémcaminho para a Dama, que pode ir àcasa 3CD, reforçando o ataque sobre ac a s a 2 B R p r e t a . f6 5.d4!As Pretas, com 4..., C3B, ameaçam oPR branco. A rép l ica do p r ime i rojogador 5 .P4D! ameaçou o B ispoinimigo, peça de valor superior ao Peão.Logo, as Pretas não podem capturar oPR branco e sim cuidar da defesa doBR atacado. exd4 As Pretas tinham 2peças atacadas, o B4BD e o P4R,sendo que o PR estava duplamente

atacado, dispondo somente de umadefesa. Retrocedento o Bispo pretoatacado a 3CD ou a 2R, as Brancasganhariam um Peão com 6.PxP. Logo,5. . . , PxP é a melhor respos ta dasPretas. 6.cxd4 Retomando o Peão,a g i n d o n o c e n t r o e a t a c a n d onovamente o Bispo inimigo. Observarque as Brancas poderiam ter retomadoo Peão com 6.CxP, mas o PR brancoseria capturado pelo CR preto e asB r a n c a s n ã o t e r i a m n e n h u m acompensação. b4+ As Pretas nãopoder iam cap tu ra r o PD in im igo .Dispõem elas, é verdade, de 2 ataques,mas as Brancas, por sua vez, de duasdefesas. As ret i radas para B2R ouB3D seriam demasiadamente passivase para B3D seria péssimo. A jogada 6..., B5C+ retira o Bispo da casa atacada,sem perda de tempo. É uma jogadae n é r g i c a , d e i n i c i a t i v a . 7.c3O jogador das Brancas preferiu a outracobertura possível do xeque, que é 7.C3B, alternativa que não defente o PR.Mas as pretas não podem capturarpois conseguiriam as Brancas umac o mp e n s a ç ã o , o b t e n d o p o s i ç ã osuperior. A vantagem não é do tipomaterial, mas sim de posição.

[ 7.d2 Esse lance neutraliza, aomesmo tempo, o xeque e defente oPR a t ac ado por : xe4 8.xb4

xb4 9.xf7+ xf7 10.b3+ d5 11.e5+ e8 12.xb4 As Brancasperdem seu PR, mas ganham o PBRin im ig o , a o m es mo t em po q u eimpedem, definitivamente, o roqueadversário, o que representa umavantagem. ]

7...d5 O jogador das Pretas fugiu àtentação de ganhar material, preferindoum l anc e que a l ém de f ac i l i t a r o

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desenvolvimento do BD e da Dama,objet iva dest ru ir o forte cent ro dePeões brancos formado pelos P4R eP4D.

[ 7...xe4 8.0-0 E com a entrega deum Peão, as Brancas conseguiriam2 lances de desenvolvimento: C3B eO-O, enquanto as Pretas perderamum tempo com a captura do Peão

xc3 9.bxc3 xc3 10.b3 xa1As Pretas ganham a Torre, Cavalo e2 Peões , pe rdendo apenas u mCavalo... (ver ataque Greco). ]

8.exd5 As Brancas tinham duas peçasatacadas, o B4BD e o PR, esse último,duas vezes ameaçado. Observar que,agora, apenas as Brancas dispõem deum Peão central, que fiscaliza as casas5BD e 5R. xd5 As Pretasconseguiram eliminar o PR centralinimigo. Ameaçam, no momento, duasvezes o C3BD branco. (o PD brancoficou isolado) 9.0-0 Colocam o rei emsegurança, l ibertam o C3BD presopela pregadura passando a atacarduas vezes o C4D preto defendidoapenas por sua Dama. Em entregandoum Peão (9.. . , CxC; 10. PxC, BxP)novamente as Brancas repetem aestratégia de sacrificar material a fimd e c o n s e g u i r d e s e n v o l v i m e n t oacelerado de suas peças e ataque aoRe i i n i m ig o . e6 Mais uma vez asPretas resistem à tentação de ganharmaterial, dando preferência a um lancede desenvolvimento e de defesa (aoC 4 D ) a o m e s m o t e m p o . 10.g5Lance de desenvolvimento e ataque àDama preta. Um dos poucos casos emque um lance B5C é bom, apesar denão exist i r um Cavalo na casa 3Bcorrespondente. e7 Interrompendo aação do Bispo inimigo. Não servia 10...,

P3B; por causa da aguda réplica 11.T1R!, ameaçando o Bispo de 3R.

[ Uma continuação possível seria: 10...f6 11.e1 fxg5 12.xe6+ f7 13.xd5 xc3 14.d6+e as B r a nc a s ga n ha m a Da mapreta. ]

11.xd5 As Brancas iniciam uma sériede trocas com o fim de impedir o roquepreto. xd5 12.xd5 xd5 13.xe7

xe7 14.e1 As Pretas não podem,n e s t a h o r a , r o c a r , e m r a z ã o d eprecisar atender à defesa do Cavalo. (oPD isolado é forte neste caso, pois asB r a n c a s t ê m v a n t a g e m n odesenvolvimento, dominando as duasc o l u n a s d o R e i e d o B D ) f6P r e t e n d e n d o j o g a r 1 5 . . . , R 2 B ,comun i cando en t re s i as Tor res ,evitando o avanço do C5R inimigo esaindo da incômoda pos ição, quedetermina o cravamento do Cavalo.

15.e2 Ameaçando mate com 16.DxC.As Pretas dispõem apenas da defesada Dama. d7 16.ac1 Ocupandooutra coluna aberta. c6 Os críticosd e s t a p a r t i d a a p o n t a r a m c o m opreferível, neste momento, o lance 16..., R2B, s em se impor ta rem com aameaça das Brancas...

[ 16...f7 17.xe7+ xe7 18.xe7+ xe7 19.xc7+ d6 20.xb7 hc8 Ameaçando mate emT8BD. 21.g3 c7 Aqui, a partidaseria, talvez, um empate, porque se,por um lado, as Pretas têm umaqualidade a mais (Torre por Cavalo),por outro lado, têm dois Peões amenos. ]

17.d5! Trata-se de um sacrifícioposicional de um Peão, para obter, emc o m p e n s a ç ã o , u m C a v a l o b e mcolocado. Observar que o Peão não

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pode ser capturado pela Dama pordeixar as Brancas livres para o matenem pelo Cavalo que está pregado.

cxd5 Aceitando o Peão oferecido. 18.d4! Dispõe agora, este Cavalo, de2 excelentes vias de penetração nocampo inimigo, as casas 6R e 5BR.(agora são as Pretas que ficam comum Peão isolado e com todas suasdesvantagens) f7 Necessário, emv i r t ude da ameaç a 19 . C5B , q ueganharia a partida. 19.e6 A ameaçaé 20. T7B, o que força a respostapreta. hc8 20.g4 Agora pretendemas Brancas 21. DxP+, R1R; 22. D8B++mate. g6 Evitando a ameaça.

21.g5+ Resultam desta jogada 2ataques: ao Rei e à Dama inimigos. OCavalo não pode ser tomado (21...,PxC, por 22. DxD). e8 Forçado, paran ã o p e r d e r a D a m a . 22.xe7+A Torre não pode ser tomada nem peloR e i , n e m p e l a D a m a . p o r : ( v e rvariantes) Só resta ao Rei preto umacasa. f8 As Brancas não podemcapturar a Dama preta, nem com aDama, nem com a Torre, por causa de23..., TxT+, e mate no próximo lance.

[ B) 22...xe7 23.e1+ a) d8 ( b) 23...d6 24.b4+ c7 25.e6+ b8 26.f4+ c7 27.xc7 xc7 28.e8# ) 24.e6+ e8 25.c5+ e7 26.d7+ f8 27.xe7+ g8 28.e6 Seguido de mate comD7C++. ]

[ A) 22...xe7 23.xc8+ xc8 24.xc8+ d8 25.xd8+E as Brancas ganham facilmente,com a vantagem de uma peça. ]

23.f7+ Novamente não é possivel 23..., DxT, por causa de 24. TxT+, TxT; 25.D x T + , e t c . g8 Forçado. Se 23...,R1R; 24. DxD++ mate. 24.g7+ h8

25.xh7+ g8 Continua a mesmaimpossibilidade em capturar a Torrebranca. 26.g7+ Por sua vez, asBrancas não podem capturar a Damapreta, nem de Dama, nem de Torre, emrazão da ameaça de mate com 26...,TxT+. h8

[ Se 26...f8 27.h7+ xg7 28.xd7+ ]

27.h4+ As Brancas dão mate forçadoem nove lances. xg7 28.h7+ f8

29.h8+ e7 30.g7+ e8 [ Se 30...d6 31.xf6+ e6 32.xe6# ]

31.g8+ e7 32.f7+ d8 33.f8+ e8 34.f7+ d7 35.d6#1-0

7TarraschVogel

Abertura Ruy Lopez 23.12.2003

1.e4 e5 2.f3 c6 3.b5O raio de ação do BR em 5CD é umpouco inferior do que em 4BD, porém,em troca, vulnera o Cavalo inimigo de3BD e, a tacando essa peç a, quedefende o P4R preto, converte-se oBispo, por via indireta, numa peça quecoopera para o domínio do centro. f6Como a defesa do PR atacado, nãoconstitui ainda problema, tratam asPretas de desenvolver uma peça emsua casa ideal, com ação no centro ea t a q u e a o P R b r a n c o . 4.0-0!Em vez de defender seu PR atacado,com 4.C3B, lance que conduziria àAber tura dos 4 Cavalos ou com opassivo 4.P3D, preferem as Brancasoutro bom lance de desenvolvimento,que é o roque, pois si tua o Rei em

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lugar seguro, dando jogo à Torre.Vemos, pois, quanto de vivacidade einiciativa encerra o roque das Brancas,n a a p a r ê n c i a t ã o p a c í f i c o . d6As Pretas, por sua vez, tratam de daruma defesa mais estática ao seu PR.

[ 4...a6 Ja havia a ameaça: 5.xc6 bxc6 6.xe5 e se: xe4 então: 7.e1 f6 8.xc6+ e7 9.xd8e as B r a nc a s ga n ha m a Da mainimiga. ]

[ 4...xe4 Mas, com esse lance nãoperdem as Brancas um peão? Aresposta é negativa, pois as Brancaspodem recuperar facilmente o Peão:

A) Contudo, no caso de 4..., CxP,d i s p õem as B ran c as de u mamelhor cont inuação, que visaexplorar a coluna do Rei aberta eq u e s e i n i c i a c o m 5.d4!ameaçando PxP. e7 A capturado primeiro peão é aceitavel, maso segundo deve ser recusado.J o g a n d o B 2 R , d e s e n v o v epobremente o BR, é verdade, masp o n d o - s e a s a l v o d e u m apregadura de Torre, na coluna doRei. ( 5...exd4 6.e1 d5 7.xd4e agora a ameaça das BrancasP3BR, ganhando o Cavalo, ques e e n c o n t r a c ra va d o e CxC ,g a n h a m m a t e r i a l . e7anu lando a p regadura . 8.xc6

bxc6 9.xc6+ d7 10.xd5 0-0 11.xe4 e as Brancas ganhammaterial; 5...xd4 6.xd4 exd4

7.e1 ganhando o Cavalo quenão pode se mov imenta r po rdeixar o Rei em xeque. f5 8.f3 )Um exemplo seria: 6.e2 d6

7.xc6 bxc6 8.dxe5 b7e t c . e o j o g o d a s B r a n c a s és e m p r e m a i s f á c i l e m a i s

cômodo.; B) 5.xc6 dxc6 6.xe5Possibilidade que demonstra já aforça que o B5C possui sobre oC3BD preto e a eficiência da trocaB x C , r e a l i z a d a n o mo m e n t oexato. ]

5.d4! Permite o desenvolvimento doBD branco, atua no centro e ameaça 6.PxP, ganhando um peão. O Peãobranco em 4D, cedo ou tarde, eliminapela troca o PR inimigo e resulta umaposição em que apenas as Brancasd ispõem de um peão cen t ra l . d7Anulando a pregadura de seu C3BD edefendendo indiretamente seu PR.

[ Vejamos o que pode acontecer àsPretas se seu C3BR continua comapetite: 5...xe4 6.e1

A) b) 6...d5 7.xe5 d7 8.xd7 xd7 melhor jogada que tomarc o m o Re i . ( 8...xd7 9.g4+

e8 10.f3 ganhando o Cavalo.) 9.f3 f5 10.fxe4 dxe4 11.f1etc.;

B) c) 6...f6 7.dxe5 dxe5 8.xd8+ xd8 9.xc6 bxc6 10.xe5 e, novamente, asameaças são CxPBD e CxPBR,ganhando material.;

C) a) 6...f5 7.dxe5 dxe5 8.xd8+ xd8 9.xc6 bxc6 10.xe5 e, além de enfraquecer aposição in imiga, ameaçam asBrancas CxP ou C7B+, ganhandoa Torre. ]

6.c3 Desenvolvendo uma peça edefendendo seu PR. Um lance lógicode abertura.

[ Exemplo: 6.dxe5 dxe5 7.xc6 xc6 8.xe5 xd1 9.xd1 xe4recuperando o peão. ]

6...e7 7.e1 As colunas abertas ou

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semi-abertas devem ser ocupadaspelas Torres. exd4 Troca forçada. Atroca do PR preto pelo PD brancodeixa as Brancas senhoras do centro,porquanto apenas elas dispõem de umPeão central . 8.xd4 0-0 9.f1!Essa peça é impor tan t íss ima, naAbertura Ruy Lopez, para o ataque aoRei Preto.

[ A permanência do BR branco em5CD permitiria às Pretas a seguintemanobra: 9.f4 xd4 10.xd4

xb5 11.xb5 e a troca de duaspeças aliviaria de muito a posiçãop r e t a , t o r n a n d o d i f í c i l , o u a t émesmo impraticável, o ataque dasBrancas. ]

9...xd4 10.xd4 As Pretas apenastrocaram uma peça. Cont inuam asB r a n c a s c o m d o m í n i o c e n t r a l ep o s s i b i l i d a d e s d e a t a q u e . e8As Pretas manobram no acanhadoespaço de que dispõem. Preparam ...,B1BR. 11.b3 Com 11.P3CD, preparamo desenvolvimento do BD na grandediagonal preta, para atuar sobre oroque inimigo. c6 Vulnerando o PRbranco, suficientemente defendido.

12.b2 f8 Defendendo a casa crítica2CR, onde se assesta o ataque brancoe t razendo mais um ataque ao PRbranco (de Torre), que não pode sercapturado ainda, pois convergem sobreele 3 a taques e 3 defesas . 13.d5Ameaça 14.CxC+, ganhando um Peão;ao mesmo tempo abre caminho aoBispo de 2CD. g4 Já que a defesa13...,B2R, seria perigosa, por deixarindefesa a casa 2CR, onde convergema ação do B2C e da Dama brancos,decidem as Pretas por movimentar oC a v a l o a t a c a d o . 14.h3 xd5Eliminam as Pretas o perigoso Cavalo

inimigo; contudo, essa troca não lhestrará benefícios, pois, como o jogadordas Brancas demonstrará, a posiçãodo R e i p r e t o c o r re s é r i o p e r i g o .

15.exd5 f6 Seria mau lance 15...,C4R, porque permite 16.T3R, seguidode TD1R e P4BR, com muita eficiência.

16.b5! Volta este Bispo à suaprimitiva casa, mas desta vez sem op e r i g o d e t r o c a e a m e a ç a n d odiretamente a Torre inimiga. xe1+Essa troca beneficiará as Brancas, quese apoderam da única coluna aberta.

17.xe1 a6 O BR branco era molesto,pois impedia a saída da Dama preta.Daí as Pretas procurarem afastá-lo dacasa que ocupa. 18.d3 Agora os doisB i s p o s e s t ã o a p o n t a n d op e r i g o s a m e n t e s o b r e o r o q u eadversário. d7 Por fim a Dama pretasai da pr imeira hor izontal . 19.h4!A ameaça é 20. BxC, seguido de 21.Dx P T ++ ma t e . h6 Para a ameaçaacima c i tada. Lance prat icamenteforçado. 20.e3! As Brancaspretendem atuar com esta Torre nacoluna BR, sobre o Cavalo inimigo.

h8 Procurando dar a casa 1CR parao Cavalo. 21.f3! Ameaça 22. TxC ese 22..., PxT, então 23. DxPB+, R1C;2 4 . D 8 T + + m a t e . g8 22.h5Ameaçando 23. TxP. f6 Cobrindo aação da Torre branca sobre a casa2BR, ao mesmo tempo que ataca aDama branca. 23.xf6! Acaba de umavez com a defesa das Pretas. gxf6

24.xf6+ g8 [ Ou 24...g7 25.xh6+! g8 26.xg7# ]

25.f5! b5 Única casa para a Damapreta. El iminando a ação da Damapreta sobre a casa 4CR das Brancas,onde se alojará a Dama branca para

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alcançar o Rei preto. Segue: 26.g4+ g7 27.xg7#1-0

8M. AspaN. N.

Gambito Escocês 23.12.2003

1.e4 e5 2.f3 c6 3.d4 Pretendedar às brancas uma partida cômodacom posição aberta; desenvolver o BDe dar à Dama mais duas casas; agirno centro, atacando o PR inimigo eforçar a t roca 3. . . , PxP, deixandoapenas as b rancas com um peãocentral. exd4 A melhor resposta pretapois o PR estava duplamente atacadoe dispunha de apenas uma defesa.

4.c4 A intenção é sacrificar um Peãopara ace le rar o desenvolv imento(Gambito).

[ Mais pacífico é retomar o Peão,ent rando em che io na Abertu raEscocesa: 4.xd4 c5 atacando2x o Cavalo que só tem uma defesa.

( b) 4...f6 Atacando o Peão do Rei. 5.xc6 bxc6 6.d3 d5 7.exd5 cxd5 8.0-0 etc... com partida igual.;a) 4...xd4 (um erro) 5.xd4e as b rancas têm vantagem nodesenvolvimento e no centro.) 5.e3

f6 ( n o v o a t a q u e ) 6.c3(nova defesa) ge7 7.c2 xe3

8.xe3 0-0 9.e2 d6 etc... composição aproximadamente igual. ]

4...b4+ Era preferível 4..., B4B,defendendo o Peão. Com 4..., B5C+ asPretas provocam o avanço P3BD, paratrocar seu Peão avançado. 5.c3! dxc3

6.bxc3 [ Outro bom lance para conseguir

desenvolvimento rápido, seria 6.0-0!e, após cxb2 7.xb2 f6 8.g5(ameaçando 9. CxPB) 0-0 9.e5! d5

10.exf6 dxc4 11.h5 (ameaçandomate) h6 12.e4 as Brancasconseguem forte ataque, em trocade dois Peões. ]

6...a5 [ Se 6...c5 as Brancas poderiamrecuperar seu Peão com 7.xf7+

xf7 8.d5+ e8 9.xc5além de enfraquecer a posição doRei preto. ]

7.a3 d6 Procurando opor-se àpo de ros a aç ão d o BD b ranc o nadiagonal das Brancas 3TD-9BR. 8.e5!Sacrif ício de mais um Peão, com oobjet ivo de abrir a diagonal para oB3TD branco. Ameaça também 9.PxP

dxe5 Entrando nos planos doa d v e r s á r i o . A g o r a o r o q u e e s t ábloqueado pela ação do B3TD branco.

9.b3 Ameaçando, diretamente, oponto mais débil do tabuleiro (2BR).

h6 É jogada forçada, defendendo oPBR. Afora essa cont ingência nãodeve se realizar um tal lance, porquepeça descentralizada tem pequeno raiode ação. 10.0-0 f6 As Brancasa m e a ç a v a m 1 1 . C x P . 11.d1As Brancas dominam com a Torre acoluna aberta da Dama. d7 12.e6Exp lo raçã o de peça c ravada . AsBrancas ameaçam ganhar com 13.BxB+. b8 Única defesa para o BD.

13.xd7! xd7 14.f7+! xf7 15.e6+ e7 16.xe7#1-0

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9Rei e DamaRei

[diagrama 123]

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1.b2 d5 2.c3 e5 3.g6 f4 4.d4 f3 5.g5 Aos poucos o Reipreto vai sendo encaminhado para amargem do tabuleiro. f2 6.g4 e1

7.e3 f1 8.g6 Seria errado 8.Dg3??, que daria empate, pois o Reipreto ficaria sem lances. e1 9.g1#1-0

10Rei e TorreRei

[diagrama 125]

(Diagram)

1.h4 d5 2.b2 e5 3.c3 d5 4.d3 e5 5.d4 Restringindo aação do Rei preto. e6 Se 5. ..., Rf5;segue 6. Te4, ... 6.e4 f6 7.d6+

g5 8.a6 Manobra importante: as

a b c d e f g h

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Brancas perdem um tempo, obrigandoo Re i adversár io a co locar -se nahorizontal do Rei branco, permitindolevar o Rei preto para a margem dotabuleiro. g4 9.g6+ h5 10.f5

h4 11.f4 h5 12.f6 h4 13.h6#1-0

11Rei e 2 BisposRei

[diagrama 128]

(Diagram)

1.d1 e3 2.b2 d2 3.c2 e3 4.c3 f3 5.d4 O Rei brancoprocura, acercando-se de seu rival,res t r ingi r - lhe os movimentos . g4

6.e1 f3 7.d3 g4 8.e4 g5 9.e5 g4 10.f2 g5 11.f5 h6 12.f6 O Rei branco cooperaeficientemente no "empurrão" ao Reiinimigo. h5 13.e6 h6 14.g4

h7 15.f7 h6 16.e3+ h7

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17.f5+ h8 18.d4#1-0

12Rei, Bispo e CavaloRei

[diagrama 131]

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1...c6 2.b3 d6 3.b5 d5 4.f7+ e5 5.c5 f6 6.c4 e5O Rei preto procura manter-se o maispossível no centro do tabuleiro. 7.d2

f4 8.d6 f5 9.d3+ f6O Rei preto começa a perder terreno.

10.f3 f7 11.e5! g7 12.g5 g8! 13.f6 f8 14.f7 g8A primeira parte do final está realizada;é preciso, agora, levar o Rei preto parao outro lado (casa a8, pois o mate sópode ser dado numa casa angular damesma cor das casas por onde o Bispose move , ou em c as a v i s i nh a daangular). 15.f5 f8 16.h7! e8

17.e5 f8 18.d7+ e8 19.e6 d8 20.g6 c7 Parece que o Reipre to va i se l iber ta r de seu t r is tedestino; contudo, as peças brancas,ag indo em harmon ia , conseguemconduzi-lo ao sítio fatal. 21.d3 b7

22.c4 Manobra de espera. c6 23.a6 c7 24.b5 d8 25.b6 c7 26.d5+ d8 27.d6O Bispo domina casas brancas; oCavalo, as pretas; e o Rei coloca-sena f r en t e do Re i adve rs á r i o . c8

28.e7 b7 29.d7 b8P e r d e o R e i p r e t o t e r r e n o ,aproximando-se do canto fat ídico.

30.a6 a7 31.c8 b8 32.e7 a7 33.c7 a8 34.b7+E não Cc6?? EMPATE a7 35.c6#1-0

13Rei e PeãoRei

[diagrama 137]

(Diagram)

Lance das Brancas ou das Pretas;haverá sempre empate, desde que asPretas mantenham a oposição. 1.e4

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e6 2.d5+ d7 3.d4 d8!Essencial para ganhar a oposiçãocontra qualquer lance das Brancas.

4.e5 e7 5.d6+ d7 6.d5 d8! [ E não 6...e8? por 7.e6!ganhando as Brancas a oposição ea part ida: d8 8.d7 c7 9.e7e as Brancas promovem o Peão. ]

7.c6 c8 8.d7+ d8 9.d6Nestas posições (diagrama 137) asPretas não perdem nunca, contantoque mantenham sempre a oposição.½-½

14Rei e PeãoRei

[diagrama 138]

(Diagram)

Quando o Rei branco está duas oumais casas na frente de seu Peão,ganha sempre; se o Rei está apenasuma casa na f rente de seu Peão,ganha somente tendo a oposição. 1.e3

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Ganhando a oposição e o final. d6 2.f5 d7 3.f6 d8 4.e4 d7 5.e5 e8 6.e6 Novamenteganhando a oposição. d8 7.f7

d7 8.e6+ ... e o Peão vai a Dama. d8 9.e7+ c7 10.e8 b6 11.c8 a5 12.e6 a4 13.d5 a5 14.c4 a4 15.a8#1-0

15Rei e PeãoRei

[diagrama 139]

(Diagram)

O Rei branco está na frente do Peão;com o lance, as Brancas perdem aoposição e há empate. 1.f4 f6

2.e4 e6 3.e5 e7 4.f5 f7 5.e6+ e8 6.f6 f8 7.e7+ e8 8.e6½-½

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16Rei e PeãoRei

[diagrama 139]

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O Rei branco está na frente do Peão;se o lance for das Pretas, a vitóriaserá das Brancas. 1...d6 2.f5 e7

3.e5 f7 4.d6 e8 5.e6 d8 6.e4 e8 7.e5 f8 8.d7 f7 9.e6+ f8 10.e7+ f7 11.e8+ g7

12.e3 h7 13.e7 h8 14.f7 h7 15.h3#1-0

17Rei e PeãoRei

[diagrama 140]

a b c d e f g h

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Quando o Rei branco está na sextahorizontal, o ganho se dará com ousem o lance. 1.f6 f8 2.e6 e8

3.e7 d7 4.f7 c7 5.e8 b7 6.e7 a7 7.d7 a6 8.c7 a7 9.a4#1-0

18Rei e PeãoRei

[diagrama 141a]

(Diagram)

O Rei preto não pode ser expulso de

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seu canto, a partida é sempre empate. 1.b6

[ 1.a5 b8 2.b6 a8 3.a6 b8 4.a7+ a8 5.a6 ]

1...b8 2.a5 a8 3.a6 b8 4.a7+ a8 5.a6

19Rei e PeãoRei

[diagrama 141b]

a b c d e f g h

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7

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5

4

3

2

1

Dá-se empate sempre que o Rei pretoconseguir alcançar a casa 1B. 1.g6

[ 1.h6 f7 2.h8 f8 3.h7 f7 ] 1...g8 2.h6 h8 3.h7½-½

20Rei e PeãoRei e Peão

[diagrama 142]

a b c d e f g h

a b c d e f g h

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1

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2

1

Os do is peões são passados. AsBrancas ganham porque fazem Damaem primeiro lugar. 1.f7 h2 2.f8 h1

3.f3+ g1 [ Se 3...h2 4.g3# ]

4.e3+ f1 [ Se 4...g2 5.e2+ g1 6.g3!!ganhando. h2+ 7.xh2+ f1

8.f2# ] 5.c1+ g2 6.d2+ g1 7.e1+ g2 8.e2+ g1 9.g3!!e a s B r a n c a s d ã o m a t e . g2+

10.xg2#1-0

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21Rei e PeãoRei e Peão

[diagrama 143]

a b c d e f g h

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1

As Pretas procuram atingir a casa 7Rpara garanti r seu Peão, ao mesmotempo que ameaçam o Peão branco.

1.a4 b3 2.a5 c3 [ Se 2...c4 segue 3.a6 d3 4.a7 f2 5.a8 f1 6.a6+ ganhando aDama e3 7.xf1 d2 8.f3

c1 9.g2 b1 10.f2 c1 11.e3 b1 12.d3 c1 13.g3 d1 14.g1# ]

3.g1!! Esplêndido lance! [ Seria erro: a) 3.g3? d4! 4.a6 e3 5.a7 f2 com igualdade. ] [ b) 3.a6? d2! 4.a7 f2 5.g2 e2 com igualdade. ]

3...d4 4.a6 e3 5.f1 ... e ganham.A vitória foi possível, graças à manobrado Rei Branco, que ocupou a casa depromoção do Peão preto. f2 6.a7 f3

7.a8+ g3 8.g2+ h4 9.xf2+ h5 10.f6 g4 11.f2 h3 12.f5+ h2 13.h5#1-0

22Rei e PeãoRei e Peão

[diagrama 144]

a b c d e f g h

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1

P a r a g a n h a r a o p o s i ç ã o e ,conseqüentemente, o empate, há, àsvezes, necessidade de sacrif icar oPeão.Assim, o primeiro lance, sendo de Rei,segue: 1...g6

[ As Pretas conseguiriam, porém,empate se agissem da manei raseguinte: 1...e3!! 2.fxe3 g6ganhando a oposição. 3.f4 f6

4.e4 e6 E empate, como nodiagrama 139. 5.f4 f6 6.e4

e6 7.e5 e7 8.f5 f7 9.e6+ e8 10.f6 f8 11.e7+ e8 12.e6 ]

2.f4 f6 3.xe4 e6 4.f4 f6 5.f3 e as Brancas ganham como nodiagrama 138. e6 6.g5 e5 7.f4+

e6 8.g6 e7 9.f5 e8 10.g7 e7 11.f6+ e8 12.f7+ e7 13.f8+ d7 14.c5 d8 15.f6 e8 16.b5+ f8 17.b8#½-½

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23Rei e 2 PeõesRei*

[diagrama 145a]

a b c d e f g h

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1

O ganho é fácil , entregando-se umPeão. 1.b5 a8 2.c5 b7

3.a8+ xa8 4.c6 b8 5.b7 a7 6.c7 a6 7.b8 a5 8.c6 a6 9.a8#1-0

24Rei e 2 PeõesRei*

[diagrama 145b]

(Diagram)

Há uma manobra instrutiva: quandodois Peões estão na mesma horizontal,separados por uma casa, impede-se acaptura de um, avançando-se o outro.A p o s i ç ã o d e d e f e s a d o s P e õ e scorresponde a um salto de Cavalo.

1...h5

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1

[ Se 1...f7 As Brancas devemaproximar o Rei e não jogar de Peão,po is em ambas as var iantes asPretas ganham os Peões. 2.f5? f6

3.h5 xf5 4.h6 g6 5.h7 xh7 ] 2.f5! ... e o Peão não pode sercapturado. O final será jogado: h6

[ Se 2...xh4 3.f6 g5 4.f7 g6 5.f8 g5 6.f2 h4 7.f3 h3 8.h8# ]

3.g2 g7 4.h5 f6 5.h6 f7 6.g3 g8 7.f6 h7 8.f7 xh6 9.f8+ h5 10.f4 h4 11.h8#1-0

25Rei e 2 PeõesRei e Peão

[diagrama 146]

(Diagram)

Geralmente as Brancas ganham. Mashá exceções interessantes. 1...g4!

2.d6 g3 3.d7 f2 4.e2 [ 4.d8 f1+ 5.c3 f3+ 6.c4

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g4+ 7.c5 xh4 8.d3+ g2 9.d5+ f1 10.e5 e1 11.d4 f2 12.xf2+ xf2 ]

4...g2 5.d8 f1+Empate. Instrutiva manobra de Rei,valorizando o Peão passado preto.

6.e3 c4 7.h5 e6+ 8.f4 f7+ 9.g5 e6 10.h6 e5+ 11.h4 f4+ 12.h5 f3+ 13.g6 e4+ 14.f7 f5+ 15.f6 d7+ 16.e7 f5+ 17.f6 d7+ 18.e7 f5+ 19.f6½-½

26Rei e 2 PeõesRei e Peão

[diagrama 147a]

(Diagram)

Os Peões brancos estando unidos e umdeles sendo passado, o ganho é fácil.A manobra é simples: 1.f5 d7

2.g5 e8 3.h6 d7 4.g7 e8 5.g8 d7 6.xf7 ... e ganham.

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27Rei e 2 PeõesRei e Peão

[diagrama 147b]

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1.c1 c4 2.d1 d5 3.e1 e5 4.f2 e4 5.g3 e5 6.f3 f5 7.e4+ e5 8.e3 e6 9.xd3 e5 10.e3 e6 11.d4 d6 12.f4 c6 13.d5+ d7 14.f5 d6 15.f6 d7 16.e5 c7 17.d6+ c8 18.e6

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d8 19.e7+ c8 20.d7+ b8 21.d8+ b7 22.e8 a7 23.d6 b7 24.ee7+ a8 25.dd8#1-0

28Rei e 2 PeõesRei e Peão

[diagrama 148]

a b c d e f g h

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1

As Brancas jogam e ganham. 1.d4 d6 2.c5+ c6 3.c4 c7 4.d5 d7 5.c6+ c7 6.c5 c8 7.d6 d8 8.c7+ c8 9.c6 a5 10.b6 a4 11.a3 O Rei preto é obrigado aa b a n d o n a r s u a c a s a a t u a l . d7

12.b7 d6 13.c8 ... e ganham.

29Rei e 2 PeõesRei e Peão

[diagrama 149]

(Diagram)

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1

Nesta posição, jogando as Pretas, oganho será mais fáci l . As Brancasr e a l i z a m u m a s u t i l m a n o b r a(Tr iangu lação) , chegando a essamesma posição, mas tendo as Pretas olance. 1.b2 c5 2.c1! d5

[ Se 2...c4 3.c2 e o objetivo foiconseguido de imediato. ]

3.d2 c5 [ Jogando 3...e4 as Pretasoferecem mais resistência, porém, oganho é também forçado para asBrancas: 4.e2 d5 5.d3 c5

6.c4! (entregando o PTD paraprogredir com o PB). b4 7.d4

xa4 8.c3!! (engenhoso lance deRei). a3 9.c5 a4 10.c6 a2

11.c7 a3 12.c8 b1 13.b3 a2 14.c2+ a1 15.b2# ]

4.d3 d5 5.c4+ c5 6.c3e a s B r a n c a s g a n h a m c o m o n odiagrama anterior.1-0

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30Rei e 2 PeõesRei e Peão

[diagrama 150]

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1

Este é um exemplo do cuidado que asBra n c a s p rec i s a m t e r e m c e r t a sposições. O ganho, à primeira vista, éf á c i l , a s s u m i n d o a s B r a n c a s aoposição: 1.e4 Mas as Pretas têmuma réplica salvadora. f5+!!

[ Se 1...e7 2.d5 d7 3.f5 e7 4.c6 f7 5.d6 g7 6.e6 f8 7.xf6 e8 8.g5 d8 9.g6 c8 10.e6 d8 11.g7 e8 12.g8# ]

2.gxf5+ f6 ... seguido de RxP comfinal empatado. (Vide diagrama 137)

3.f3 xf5 4.g3 f6 5.g4 g6 6.f5+ f6 7.f4 f7 8.g5 g7 9.f6+ f7 10.f5 f8 11.g6 g8 12.f7+ f8 13.f6½-½

31Rei e 2 PeõesRei e 2 Peões

[diagrama 151]

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1

É grande o número de empates nestesf inais . Mas há pos ições de ganhoinstrutivas. 1.d6+ d8 2.e6

[ 2.e6 a5 3.f6 a4 4.f7 a3 5.e7+ d7 6.e8+ xd6 7.e7+ d5 8.xa3 c4 9.a4+ c5 10.a7+ c6 11.e6 b5 12.xb7+ c4 13.d5+ c3 14.e5 c2 15.c4+ d1 16.d4 e1 17.e3 d1 18.c6 e1 19.h1# ]

2...a5 3.d7 a4 4.d6 a3 5.e6 a2 6.e7#1-0

32Rei e 2 PeõesRei e 2 Peões

[diagrama 152]

(Diagram)

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Peão passado protegido ganha comfacilidade. O Rei preto não pode sairdo quadrado do Peão branco de 5CD.As Brancas ganham o Peão passadopreto e a posição resultante é a dodiagrama 147B. 1.e3 e6 2.e4

d6 3.f5 ... e o resto é simples. g4 4.xg4 c5 5.g5 d5 6.f5 d6 7.f6 d7 8.e5 c8 9.d6 b7 10.c5 a7 11.c6 b8 12.b6 c8 13.xa5 b7 14.b6 c6 15.a6 d7 16.a5 c6 17.a7 b5 18.a6 c6 19.b7 c5 20.b8 c4 21.b6 d3 22.g3+ d2 23.f2+ d3 24.c5 e4 25.a7 e5 26.a8 e6 27.e8#

33Rei e 2 PeõesRei e 2 Peões

[diagrama 153]

(Diagram)

A vitória é fácil nesta posição. Paracapturar o Peão passado branco, as

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Pretas perdem seus Peões. 1.a5 c6 2.a6 b6 3.a7 xa7 4.xc5 b7 5.d6 c8 6.e6 d8 7.xf5 e7 8.g6 ... e ganham. e8 9.g7 e7 10.f5 d6 11.f6 e5 12.f7 d4 13.f8 c4 14.f4+ c5 15.f6 c6 16.c4+ b6 17.e5 b7 18.d6 b6 19.b4+ a7 20.c6 a8 21.b7#

34Rei e 2 PeõesRei e 2 Peões

[diagrama 154]

(Diagram)

Sendo vez das Brancas , ganhamforçando um Peão passado. 1.d5!

[ 1.g4 (Manobra para que oprimeiro movimento seja das Pretasem 3. . . , P4D! g6 2.h3 h6

3.h4 As Pretas empatam,imped indo a formação de Peãopassado inimigo: d5! e as Pretasempatam. 4.g4 g6 5.f4 f6

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6.g4 g6 7.f4 f6 8.g4 g6 ]

1...cxd5 2.b5 ... e ganham. d4 3.g4 g6 4.b6 d3 5.f3 d2 6.e2 f5 7.xd2 e4 8.b7 d5 9.e3 c4 10.b8 c5 11.e4 d5+ 12.d3 d4 13.c7+ d5 14.e7 c6 15.xd4 b6 16.d7 a5 17.b7 a4 18.c4 a5 19.b5#

35Rei e 2 PeõesRei e 2 Peões

[diagrama 155]

(Diagram)

Este exemplo demonstra mais uma veza vantagem de se ter a oposição.J o g a m a s B r a n c a s , g a n h a n d o aoposição vertical: 1.e4

[ 1.d3 (Manobra para que oprimeiro lance seja de Pretas, em 3...., R4R. d6 2.e2 e6 3.e3Jogam as Pretas: e5 As Pretasjogando conseguem apenas empate,

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apesar de ganhar a oposição, e issop o r q u e o P 4 B D b r a n c o e s t ádefendido pelo PCD. Notar que, seas Brancas t ivessem o lance, oP4BD preto não ter ia defesa deP e ã o . E s s a é a d i f e r e n ç a q u epermite empate às Brancas. 4.d3

f4 5.d2!! e qualquer que seja olance preto, as Brancas ganham aoposição e empatam. e4 6.e2

d4 7.d2 e5 8.d3 f5 9.e3 e5 ]

1...d6 2.f5 d7 3.e5 c6 4.e6 Ganhando a oposiçãohorizontal... c7 5.d5 b6 6.d6O b t e n d o a o p o s i ç ã o h o r i z o n t a l ,ganhando o Peão preto e o final. b7

7.xc5 c7 8.xb4 b6 9.c5+ c7 10.b5 b7 11.c6+ c7 12.b4 b8 13.c5 c7 14.b5 c8 15.b6 b8 16.d6 a8 17.d7 b8 18.c7+ b7 19.c8+ xb6 20.c4 a5 21.b3 a6 22.c6 a7 23.b7#

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36Rei e 2 PeõesRei e 2 Peões

[diagrama 156]

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E s t e é u m m a g n í f i c o e x e m p l o ,ilustrando a oposição distante. 1.e2!Ganhando a oposição distante, isto é,situando o Rei na mesma coluna doRei inimigo e separado deste por umnúmero ímpar de casas. d7 2.d3!Outra vez com a oposição distante.

e7 3.e3 Repete-se a mesmamanobra. d6 4.d4 Agora o ganhoé fácil. c6 5.e5 c7 6.d5 b6

7.d6 b7 8.c5 a6 9.c6As Brancas ganham o Peão e o final.

a7 10.xb5 b7 11.c5 c7 12.d5 b6 13.e6 b5 14.f7 xb4 15.g6 c5 16.xh5 d6 17.h6 e6 18.g7 f5 19.h5 e6 20.h6 e5 21.g6 e6 22.h7 d6 23.f5 c5 24.h8 c4 25.e4 c5 26.f6 b4 27.d4+ b5 28.d5 a6 29.b4 a7 30.c6 a8 31.b7#

37Rei e 3 PeõesRei e 2 Peões

[diagrama 157]

a b c d e f g h

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É mais fácil ganhar com 3 Peões contra2 do q ue c om 2 Peõ es c on t ra 1 .Geralmente esses finais se reduzemaos casos vistos anteriormente. AsP r e t a s d i s p õ e m , p o r é m , d epossibilidades de empate em certoscasos. Jogam as Pretas: 1...f7

[ 1...e8 (Manobra para que oprimeiro lance seja de Brancas, em4. P6C, ... 2.d4 d8 3.e5 e7Jogam as Brancas: 4.g6 h6 5.e4

f6 6.f4 e7 7.e5 e8 8.e6 f8 9.d7 g8 10.e7 h8 11.f6 gxf6 12.f7 f5 13.g7+ h7 14.g8# ] [ Jogam as Pretas: 1...g6 2.hxg6 hxg6 3.f6+ e8 4.e6... e ganham. f8 5.f7 g7 6.e7

h8 7.f8+ h7 8.h6+ g8 9.xg6+ h8 10.h5+ g7 11.g6 g8 12.h7# ]

2.g6+ g8 3.e6 h8 4.f7 hxg6 5.h6! gxh6 6.fxg6 ... e ganham. h5

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7.g7+ h7 8.g8+ h6 9.g6#1-0

38Rei e 3 PeõesRei e 2 Peões

[diagrama 158]

a b c d e f g h

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2

1

A vitória é fácil. 1.c6+ c7 2.c5 c8 3.b6 b8 4.xa6 c7 5.xb5 ... e ganham. c8 6.b6 d8 7.b7 e7 8.a4 e6 9.c7 e5 10.a5 d5 11.c8 d4 12.c5+ e4 13.a6 f4 14.d6+ f5 15.d5+ g4 16.b5 g3 17.e5+ g4 18.e4+ g5 19.b6 f6 20.c6 f7 21.c7 g7 22.g2+ f6 23.c6+ e5 24.d6+ e4 25.b7 f5 26.b8 e4 27.e8+ f3 28.f6+ g4 29.g8+ h5 30.g5#

39Rei e 3 PeõesRei e 2 Peões

[diagrama 159]

a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

7

6

5

4

3

2

1

8

7

6

5

4

3

2

1

1.a4 h5 2.b4 g5 3.c4 h4 4.h3Agora o Rei preto sai de sua casa-chave. b6 5.a5+ a6 6.c5 b5

7.g4 Outro lance que obriga asPretas abandonarem a posição em quese encontram. a6 8.c6 a7 9.b5

b8 10.b6 c8 11.a6 b8 12.c7+ c8 13.a7 b7 14.a8+ xa8 15.c8# Este final será melhorentendido com o estudo do final dodiagrama 167.1-0

40Rei e 3 PeõesRei e 2 Peões

[diagrama 160]

(Diagram)

Existe só um meio de ganhar. 1.b4+!

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a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

7

6

5

4

3

2

1

8

7

6

5

4

3

2

1

[ Outro lance qualquer daria aoposição às Pretas e o empate.

1.c2? c6! ( e não 1...b4? 2.b2 c5 3.c3 e ganham. ) 2.d3 d5 3.d2 d4??O lance aqui é R3D, esperando olance das Brancas para depo isreadquirir a oposição até que se dêo empate por repetição de lances.

4.c2 d5 5.d3 c5 6.c3 d5 7.b4 axb4+ 8.xb4 c6 9.c4 b6 10.d5 a5 11.e4 xa4 12.f5 b5 13.xg5 c6 14.g6 d6 15.f7 e5 16.g5 d5 17.g6 e5 18.g7 d4 19.g8 c5 20.g5+ c4 21.e6 c3 22.c5+ d3 23.e5 e2 24.d4 f3 25.d3+ g4 26.e3 h5 27.g3 h6 28.f6 h7 29.g7# ]

1...axb4+ 2.b3 d5 3.xb4... e ganham. c6 4.c4 b6 5.d5

a5 6.e4 xa4 7.f5 b5 8.xg5 c6 9.g6 d6 10.f7 e5 11.g5 d5 12.g6 e5 13.g7 d4 14.g8 c5 15.g5+ c4 16.e6 c3 17.c5+ d3 18.e5 e2 19.d4 f3 20.d3+ g4

21.e3 h5 22.g3 h6 23.f6 h7 24.g7#

41Rei e 3 PeõesRei e 2 Peões

[diagrama 161]

a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

7

6

5

4

3

2

1

8

7

6

5

4

3

2

1

Esta posição ocorreu na partida Kmochx S c h e l t i n g a , A ms t e r d a n , 1 9 3 6 .Jogando as Brancas, a vitória seriafácil com 1.R4B! 1...f5! 2.f3 e5!

3.g4 [ Agora, se 3.h5? f5não ganhando as Pretas um peão.

4.e3 g5 5.e4 f5+ 6.e5 f4 7.e4 g4 8.h6 f3 9.e3 g3 10.h7 f2 11.h8 f1 12.e5+ g2 13.d5+ h2 14.d6+ g1 15.g3+ h1 16.f3+ xf3+ 17.xf3 h2 18.e3 g3 19.d4 f4 20.c5 e5 21.xb4 d6 22.b5 c7 23.a6 d6 24.b6 e5 25.a4 d4 26.b4 c4 27.b5 d5 28.a5 d6 29.a6 d5 30.c7 c5 31.b6 d5 32.d7 c5 33.b7 d4 34.a7 d5

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35.b8 c4 36.c7+ d3 37.d6+ e3 38.a8 f2 39.f4+ e1 40.e3+ f1 41.af3# ]

3...e4 4.h5 f5+ 5.g3 e3 6.h6 f4+ E ambos os Peões fazem Dama aomesmo tempo, resultando posição deempate. 7.g4 f3 8.h7 f2 9.h8

f1 10.e5+ f2 11.f4+ g2 12.xf1+ xf1 13.f3 e1 14.e4 d2 15.d4 c2 16.c4 b1 17.xb4 xa2 18.c4 b2 19.b4 c2 20.b5 d1 21.b6 e2 22.d4 d2 23.b7 d1 24.b8 e2 25.e5+ d1 26.d3 c1 27.a1#

42Rei e 3 PeõesRei e 3 Peões

[diagrama 162]

a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

7

6

5

4

3

2

1

8

7

6

5

4

3

2

1

Estes finais terminam geralmente emempate, a não ser que exista, para umdos lados, clara vantagem posicional.

1.b6! [ 1.f3 (Manobra para que oprimeiro lance seja de Pretas em 3.

..., b6.) g6 2.g2 g5 3.g3Jogam as Pretas: b6! É o lancecorreto. ( a) 3...c6? 4.a6!e ganham. b6 5.cxb6 axb6 6.bxc6

b5 7.c7 b4 8.a7 b3 9.a8 b2 10.a5+ f6 11.b6+ g7 12.c8 b1 13.cb7+ h8 14.d8#; b) 3...a6? 4.c6! e ganham. b6 5.bxa6 bxa5 6.a7 f6 7.a8 e5 8.xa5+ d6 9.b5 e6 10.c5 f6 11.d4+ e6 12.d7+ f6 13.f4 g6 14.xc7 f6 15.e5+ f7 16.g5 f8 17.d6+ f7 18.d7+ f8 19.c7 g8 20.c8# ) 4.axb6 axb6 5.cxb6 cxb6Com posição de empate similar a dodiagrama 139. 6.f3 f5 7.e2

e4 8.d1 d3 9.c1 c3 10.b1 b3 11.c1 c4 12.c2 b4 13.b2 c5 14.c3 xb5 15.b3 c6 16.c4 d7 17.b5 c7 18.a4 b8 19.b5 a7 20.b4 a6 21.a4 b5+ 22.b3 b7 23.b4 c6 24.a3 c5 25.b3 b4 26.a2 b6 27.b3 a5 28.a2 a4 29.b2 b3 30.b1 b5 31.b2 c4 32.b1 c5 33.c1 d6 34.b2 e7 35.xb3 ]

1...cxb6 [ 1...axb6 2.c6! bxc6 3.a6e ganham. c5 4.f3 c4 5.a7 c5

6.a8 f6 7.c6+ e5 8.e3 c3 9.xb6 d5 10.b3+ d6 11.xc3 d5 12.d3+ e5 13.e4+ d6 14.d3 c7 15.e7+ b6 16.d7 a5 17.b7 a4 18.c4 a5 19.b5# ]

2.a6! bxa6 3.c6 e ganham. a5 4.f3 a4 5.c7 f6 6.c8 a5 7.c6+ e7 8.xa4 d6 9.c4 d7 10.d5+

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c7 11.e4 b8 12.d7 a8 13.d5 b8 14.c6 a4 15.b7#

43Rei e 3 PeõesRei e 3 Peões

[diagrama 163]

a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

7

6

5

4

3

2

1

8

7

6

5

4

3

2

1

O P4D branco toma conta de doisPeões p re tos , o que dá , para asBrancas, a vantagem de um Peão.

1...f7 2.f4 f6 3.h4 f7 4.e5 e7 5.g5 hxg5 6.hxg5 f7 7.g6+Entregando um Peão em troca de doispretos. É uma manobra comum emfinais de Peões. xg6 8.xe6 g7

9.xd5 f7 10.c6 ... e ganham. f6 11.d5 f7 12.c7 f6 13.d6 e5 14.d7 f4 15.d8 e4 16.d6 d4 17.h4+ d3 18.d5 c2 19.e4+ c3 20.d4+ c2 21.c4 b1 22.c3 a2 23.f2+ b1 24.b2#

44Rei e 3 PeõesRei e 3 Peões

[diagrama 164]

a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

7

6

5

4

3

2

1

8

7

6

5

4

3

2

1

E s t e f i n a l o c o r r e u n a p a r t i d aBogoljubow x Fine, Zandvoort, 1936. Àprimeira vista, a impressão que se temé que o final é ganho facilmente pelasBrancas, por causa do Peão passadoda Torre. No entanto, a análise do finaln o s m o s t r a r á o c o n t r á r i o . 1...f7

2.d3 e6 3.e4 g6Os Reis aproximam-se do centro. AsPretas impedem o avanço do PBRbranco, que daria a vitória às Brancas.

4.d4 [ Outra variante, aliás interessante,seria, em vez de 4. R4D, o avançoimediato do PTD: 4.a4 d6 5.a5

c5 6.a6 b6 7.d5 g5! 8.f5 h5 9.e6 h4 10.xf6 g4 11.e6 g3 12.hxg3 hxg3 13.f6 g2 14.f7 g1 15.f8 xa6 ... com empate. 16.c8+ b5 17.d7+ b4 18.d2+ c4 19.d5+ b4 20.e4+ c3 21.f3+ b4 22.b7+ c4 23.a6+ b4

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24.d3 b6+ 25.d6+ xd6+ 26.xd6 ]

4...d6 5.e4 h6 (ameaçando 6...,PxC) 6.d4

[ Se 6.a4 g5 e se 7.fxg5 então hxg5! 8.d4 f5 9.a5 f4 e terminamas esperanças das Brancas emvencer o final. 10.e4 c5 11.a6

b6 12.h4 gxh4 13.xf4 xa6 14.g4 h3 15.xh3 ]

6...c6 [ 6...g5? Seria um erro por 7. R4R!,ganhando as Brancas. 7.e4! c6

8.fxg5 fxg5 9.f5 d5 10.a4 d6 11.h3 d5 12.a5 c6 13.g6 b5 14.xh6 xa5 15.xg5 b4 16.h4 c5 17.h5 d4 18.h6 e5 19.h7 e4 20.h8 d5 21.f4 c4 22.e4 b3 23.d4 c2 24.d3+ b2 25.c4 b1 26.e5 b2 27.d4 b1 28.d5 b2 29.e5 a3 30.b5 a2 31.d4 a1 32.c3 a2 33.b2# ]

7.e4 b5 8.d5 g5! O lance doempate. 9.fxg5 fxg5! 10.e5 a4

11.f5 xa3 12.g6 b4 13.xh6 g4! E dá-se o empate, pois as Pretasconseguem atingir a casa 1BR (vided i a g r a m a 1 4 1 b ) . 14.g5 c5

15.xg4 d6 16.h5 e7 17.g6 f8 18.f5 e7 19.e4 f6 20.d3 e5 21.c2 f6 22.d1 g7 23.h3 h8 24.e2 g7 25.f3 h8 26.g4 g7 27.f5 h8 28.e4 g7 29.d3 h8 30.c2 g7 31.d2 h8 32.h4 g7 33.e3 h8 34.f4 g7 35.g5 h8 36.h6 g8 37.g6 h8 38.f5 g7 39.e4 h8 40.d3 g7 41.e2 h8 42.h5 g7 43.f3 h8 44.g4 g7 45.g5 h7 46.h6 g8 47.g4 h7 48.h5 h8 49.g6 g8

50.f5 h7 51.e4 xh6O estudo deste esplêndido final mostra,de um lado, a dificuldade que existenos finais de Peões e, de outro lado,os recursos salvadores que podems u r g i r e m m u i t a s p o s i ç õ e s ,aparentemente, perdidas.

45Rei e 4 PeõesRei e 3 Peões

[diagrama 165]

a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

7

6

5

4

3

2

1

8

7

6

5

4

3

2

1

Tan to ma io r o número de Peões ,quanto mais fáci l se torna o f inal .Assim, o f inal de R3P x R2P é maisfácil que o final de R2P x RP; R2P xRP é mais fácil que RP x R. O Peão amais nos finais atrai, com freqüencia,o Rei inimigo, desviando-o dos outrosPeões, que serão capturados pelo Reido lado majoritário. O final de R4P xR3P não apresenta dificuldades. AsBrancas ( lado major i tá r io) devemreduzir o f inal a uma das posiçõesmais s imp les , em qu e o ganho éforçado. A posição do diagrama 165

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(Berger) é instrutiva por exemplificar aconduta a seguir nos finais de 4P x 3P.Vejamos algumas defesas das Pretas:a) 1...f4

[ e) 1...a5 2.a4 b5 3.axb5 cxb5 4.e2 b4 5.d2 b3 6.e2 a4 7.d2 d5 8.d3 d6 9.c4 c6 10.b4 ... e as Brancasganham os Peões pretos e o final.

a3 11.xa3 d6 12.xb3 c7 13.c4 c6 14.d5+ d6 15.b4 d7 16.c5 c7 17.d6+ d7 18.b5 e8 19.b6 d7 20.c4 e6 21.b7 f6 22.b8 f5 23.b1+ f6 24.b2+ e6 25.g7 f5 26.d5 f4 27.c5 f3 28.c6 f4 29.f6+ e3 30.e5+ d2 31.d4+ e2 32.e5 e1 33.g4 f1 34.c7 e1 35.e4+ f1 36.c8 f2 37.cc2+ g3 38.cg2# ] [ d) 1...b5 2.b4 a6 3.a3 f4 4.d3 f5 5.c4 e6 6.c5 d5 7.e3 e6 8.e4 e7 9.d5 cxd5+ 10.xd5 d7 ... e as Brancasganham como no diagrama 158.

11.c6+ c7 12.c5 c8 13.b6 b8 14.xa6 c7 15.xb5 c8 16.b6 d8 17.b7 e7 18.a4 e6 19.c7 e5 20.a5 d5 21.c8 d4 22.c5+ e4 23.a6 f4 24.d6+ f5 25.d5+ g4 26.b5 g3 27.e5+ g4 28.e4+ g5 29.b6 f6 30.c6 f7 31.c7 g7 32.g2+ f6 33.c6+ e5 34.d6+ e4 35.a7 e3 36.e5+ d3 37.a8 c2 38.a2+ d3 39.ae2# ] [ c) 1...a6 2.b4 a5 3.bxa5 bxa5 4.a4 f4 5.d3 f5 6.e3 e6 7.e4 d6 8.c4 e6 9.c5 d7 10.d5 cxd5+ 11.xd5 ... ganhandoas Brancas como no diagrama 148.

c7 12.c6 c8 13.c5 c7 14.b5 c8 15.xa5 c7 16.b5 d6 17.b6 e6 18.a5 d6 19.a6 e6 20.c7 d5 21.c8 e5 22.c5+ e6 23.a7 f6 24.a8 g7 25.g5+ h7 26.h1# ] [ b) 1...c5 2.dxc5 bxc5 3.b3 a6 4.a3 a5 5.a4 e5 6.e3 d5 7.d3 c4+ 8.bxc4+ c5 9.d2! xc4 10.c2 ... e as Brancasganham como no diagrama 149.

c5 11.d3 d5 12.c4+ e5 13.e3 d6 14.d4 c6 15.c5 d7 16.d5 c7 17.c6 c8 18.c5 c7 19.b5 c8 20.xa5 c7 21.b5 d6 22.b6 e6 23.a5 d6 24.a6 e6 25.c7 d5 26.c8 e5 27.c5+ e6 28.a7 f6 29.a8 g7 30.g5+ h7 31.h1# ]

2.d3 f5 3.c4 f4 4.a4 a6 5.b4 f5 6.a5 bxa5 7.bxa5 f4 8.d5 cxd5 9.cxd5 e5 10.c4 d6 11.d4 ... e o ganho é idêntico ao dodiagrama 148. d7 12.e5 e7

13.d6+ d8 14.d5 d7 15.c5 d8 16.b6 d7 17.xa6 c6 18.a7 xd6 19.b6 d7 20.a6 d6 21.a7 e6 22.a8 e5 23.c5 f4 24.d4 g4 25.e4+ g5 26.e5 h6 27.g4 h7 28.f6 h8 29.g7#1-0

46Rei e 5 PeõesRei e 5 Peões

[diagrama 166]

(Diagram)

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a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

7

6

5

4

3

2

1

8

7

6

5

4

3

2

1

T r i a n g u l a ç ã o é u m e s t r a t a g e m aintimamente ligado à oposição. Realiza-se quando um lado tem mais casasdisponíveis para seu Rei do que ooponente. O diagrama 166 é um casotípico. 1.d2! Notar que as Brancastêm duas vias de acesso para a casa3R, isto é, as casas 2D e 2R (ou 2B e2R), enquanto as Pretas d ispõemsomente de uma via para sua casa 4R,que é a casa 3D. As Brancas podemmanobrar no triângulo 2D-2R-3R (ou2B-2R-3R), ao passo que as Pretasapenas se movimentam na diagonal3 D - 4 R . A t r i a n g u l a ç ã o p e r m i t e ,conforme os casos, o ganho ou aperda de um tempo.

[ Aproximando-se as Brancas doPe ã o p r e t o po r me io d e 1.e3?as Pretas replicam e5 e ganham,pois o Rei b ranco é obr igado aretirar-se. 2.e2 d4 3.d2 e3+

4.e2 e4 5.d1 d3 6.e1 e2 7.f2 d2 8.g2 e1 9.h2 c3 10.g2 e4+ 11.f2 xb3 12.f1 f3+ 13.e1 g2 14.d1 f2 15.c1 c2# ]

1...e5 2.e3 d6 3.xe4

As Brancas ganham o Peão e o final. c6 4.d3 d7 5.c2 d6 6.c3 c7 7.b4 c6 8.b5+ c7 9.d3 d7 10.e3 c7 11.e4 d6 12.b6 c6 13.b7 xb7 14.d5 b6 15.d6 b7 16.e7 c6 17.f7 d6 18.xg7 e5 19.g6 d4 20.xf6 xc4 21.g6 b3 22.f6 c4 23.f7 c3 24.f8 c2 25.c5 b2 26.e5+ a2 27.xg5 b1 28.b5+ c1 29.g5 d2 30.d5+ c3 31.c5+ d2 32.xc2+ xc2 33.f5 d3 34.g6 c4 35.g4 d5 36.g7 c5 37.g8 d4 38.b3 c5 39.g5 d6 40.g6 c6 41.e6+ c5 42.e5+ c4 43.c7+ d5 44.g7 d4 45.g8 e3 46.f4+ e2 47.gc4+ d1 48.fc1#*** Ver síntese destes Finais (pg. 150).

47Rei e 2 PeõesRei e 5 Peões

[diagrama 167]

a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

7

6

5

4

3

2

1

8

7

6

5

4

3

2

1

FINAIS DIVERSOS:Veremos, em seguida, alguns finais

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Edson Fiuza, 20/02/2019

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art ís t icos e out ros produzidos empar t i das de mes t res . É g rand e ad i ferença de mater ia l , pa recendoimpossível uma vitória das Brancas.

1.g5! e5 2.gxh6 f6 O Rei pretoimpde, ago ra , o avanç o do Peãobranco, mas não pode afasta r-sedessa posição, pois o PT iria a Dama.O objetivo das Brancas é ganhar osPeões pretos com o Rei. 3.c2! c4

4.c1! A chave da defesa do Reicont ra 3 Peões. Quando es tes seencontram numa mesma horizontal, oRei branco deve situar-se na mesmacoluna do Peão do meio, afastado deleduas casas; assim, poderá colocar-sena frente do qualquer dos Peões queavançar. c3

[ Se 4...b3 segue 5.b2! ] [ Se 4...d3 segue 5.d2! ]

5.c2! b3+ 6.xb3 d3 7.xc3 d2 8.xd2 As Brancas capturaram os 3Peões. Agora o Rei preto deve jogar.

e6 9.h7 ... e ganham as Brancas. f5 10.e3 e7 11.h8 e6 12.g8+ f6 13.f4 e7 14.h6 d6 15.f8+ d5 16.xf5+ d4 17.e5+ d3 18.e4+ d2 19.h7 c1 20.h8 d2 21.b2+ d1 22.eb1#1-0

48Rei e 4 PeõesRei e 3 Peões

[diagrama 168]

(Diagram)

A posição é desesperada para asBrancas; não há, para elas, meios de

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segurarem o PT preto. 1.f4! a5 [ S e 1 . . . . , P x P : 1...gxf4 2.h4... e as Brancas ganham. c7 3.h5

gxh5 4.gxh5 a5 5.h6 a4 6.h7 d6 7.h8 c5 8.e5+ b4 9.xf4+ b3 10.xa4+ xa4 11.g4 b5 12.g5 c4 13.g6 d5 14.g7 d4 15.g8 c5 16.e6 d4 17.g3 c3 18.f4 b4 19.e4+ c5 20.e5 b5 21.d4 c6 22.e4 c7 23.d5 b6 24.e5 c7 25.d4 c8 26.c5 c7 27.f7+ c8 28.c6 d8 29.d7# ]

2.fxg5! a4 3.g3! a3 4.h4! a2 5.g3 a1 Empate.

49Rei e 5 PeõesRei e 4 Peões

[diagrama 169]

(Diagram)

Se as Brancas jogam: 1.h6 [ Sucede o mesmo com a promoçãodo PR. Mas, neste f inal , há uma

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surpresa: 1.e6! a6 2.e7 a5 3.e8! a6 4.d6! cxd6 5.cxd6e ganham. b6 6.c5+ b7 7.h6

a5 8.h7 a4 9.h8 axb3 10.d7 a6 11.d8 b5 12.d3+ xc5 13.hd4# Eis um bom exemplo dovalor relativo das peças. O Cavalo,peça de valor muito inferior ao daDama, permit iu ganhar o f inal. ADama daria apenas empate. ]

1...a6 2.h7 a5 3.h8 a6! 4.e6Empate.

50Rei e 4 PeõesRei e 3 Peões

[diagrama 170]

(Diagram)

Esta posição ocorreu na partida, porcorrespondência, Berger x Bauer,18 89 -18 91 . O ga nho é po s s í ve l ,sacr i f i cando Peões para fo rçar apromoção a Dama. 1.c4! bxc3 2.e3

g5 3.a4!! xg4 4.b4! axb4 5.d3!

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O único lance que ganha. [ Se: 5.a5 b3 6.d3 b2 7.c2 f3 8.a6 e2 9.a7 b1+ 10.xb1 d2 ... e ambos os lados fazemDama. 11.a8 c2+ 12.a2 c1

13.d5+ e2 14.h5+ f2 15.f5+ g3 16.d3+ f4 17.d6+ f5 18.d5+ g4 19.d7+ h5 20.e8+ g5 21.e5+ g4 22.e6+ g3 23.g6+ g5 24.d3+ h2 25.b1 h5 26.e2+ g1 27.e1+ g2 28.e2+ g3 29.e1+ g4 30.e2+ f5 31.c2+ e6 32.c6+ e7 33.c7+ f8 34.c8+ g7 35.d7+ g6 36.e8+ f5 37.c8+ e5 38.c3+ d6 39.d4+ e6 40.b6+ f5 41.b5+ f6 42.c6+ f7 43.d7+ g8 44.e6+ h7 45.f7+ h6 46.f8+ g7 47.f4+ h7 48.c1 c3+ 49.d1 d3+ 50.e1 g6 51.f2 d5 52.g3+ h7 53.c7+ h6 54.f4+ g7 55.g3+ f6 56.f3+ xf3+ 57.xf3 e5 58.e2 f4 59.f1 g5 60.g2 h4 61.h3 h5

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62.g2 g4 63.f1 f3 64.g1 e4 65.h2 f5 66.g1 g6 67.h2 h6 68.g1 g5 69.g2 f4 70.h3 g5 71.g2 f6 72.h3 g7 73.xh4 ]

5...h5 6.a5 h4 7.a6 h3 8.a7 h2 9.a8 Seguido de D1TR, ganhando. g3 10.h1 c2 11.xc2 h3 12.d2 b3 13.c1 b2+ 14.xb2 g3 15.c2 h3 16.d2 g3 17.e2 h3 18.f2 g4 19.xh2 f5 20.f3 e6 21.e4 d7 22.d5 c8 23.c6 d8 24.d6 c8 25.c6 d8 26.d6+ e8 27.d7+ f8 28.d6 g8 29.e6 h8 30.f6 g8 31.g7#1-0

51Rei e 4 PeõesRei e 3 Peões

[diagrama 171]

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Peões bloqueados. As Brancas sópoderão ganhar se conseguirem invadiras casas 5CD e 5CR. 1.b1!

[ 1.b2 b7 2.c3 ( 2.b1

(Manobra para que o primeiro lanceseja de Pretas em 3. ..., R2C! a7

3.a1 Jogando as Pretas haveráempate. As Pretas devem manterseu Rei na coluna vizinha à do Reibranco e separado deste por umnúmero ímpar de casas (1-3-5), istoé , m a n t e n d o u m a e s p é c i e d eoposição distante. b7! 4.b1

a7! 5.b2 a8! 6.b3 a7 7.c3 b7 8.d3 c7O Rei preto está na coluna vizinha àdo Rei branco e separado deste porum número ímpar de casas (3), oque permite o empate. Na posiçãod o d i a g r a m a 1 7 1 , e m q u e a sBranc as t i nham o lanc e , nes tem o m e n t o c o m p e t i a à s P r e t a sjogarem. Agora são as Brancas.

9.e3 d7 10.f3 e7 11.g3 f7 12.h3 g7 E não R3C; por13. R4T!, e as Brancas ganham.

13.h4 g6 Empate. Este finalrequer estudo atento para ser bementendido.) 2...c7 3.c4 b6

4.d3 c7 5.e3 d7 6.f3 e7 7.g3 f6 8.h4 g6... e as Brancas não podem ganhar. ]

1...b7 2.c1 c7 3.d1 d7 4.c2 d8 5.c3 c7 6.d3e a s Pre tas pe rdem, porque nãopodem jogar nem R2D nem R3C. b7

7.e2 c7 8.f3 d7 9.g3 e7 10.h4 f7 11.g5 g7 12.xf5 f7 13.g5 g7 14.g4 f8 15.f5 f7 16.g5 g7 17.f6+ f8 18.f4 e8 19.g4 f8 20.g5 f7 21.f5 f8 22.e6 e8 23.xd6 f7 24.e5 f8 25.d6 f7 26.d5 g6 27.d7 g5 28.d8 g4 29.g8+ f3 30.d6 f2 31.d7 f3 32.g1 e2 33.d8 f3 34.d3#1-0

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52Rei e 6 PeõesRei e 7 Peões

[diagrama 172]

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Mui tas vez es o Peão b loqueador(P4CD branco) deve ser atacado porma is de um Peão, permi t indo-se,desta maneira, a formação de um Peãopassado. 1...c5! 2.f2 a5!O Peão bloqueador foi atacado duasvezes. 3.e3 axb4 4.axb4 cxb4

5.d2 b7 6.c2 b6 7.b2 c5 8.b3 d4 E as Pretas ganham. 9.xb4 xd3 10.xb5 xe4 11.c4 xf5 12.d5 e4 13.d4 f4 14.c3 e3 15.d3 f3 16.c2 f5 17.d1 f2 18.c2 e2 19.d3 e1 20.d4 e4+ 21.c5 f4 22.b5 e2+ 23.c5 e7+ 24.d4 f3 25.d3 xh4 26.c3 e2 27.b3 f2 28.c3 a4 29.b2 f1 30.c3 f6#

53Rei e 4 PeõesRei e 5 Peões

[diagrama 173]

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Ocor re u es t a pos iç ão n a pa r t i daTe i c h m a n x B l a c k b u r ne , q u e f o iconsiderada empatada. 1...f6!

[ A resposta das Brancas ao avançodo PT deve ser: 1...h4 2.h3 hxg3

3.xg3 ... as Pretas devem perderum tempo, jogando: c5 ... paraforçar a entrada do Rei preto via5BR. 4.g2 f4 5.f2E, as Brancas, tendo a oposição,empatam a partida. ]

2.h3 g6 As Pretas vão realizar atriangulação 3BR-3CR-4BR. Com istoperderão um tempo. 3.h2

[ Se 3.g4 h4 ] [ e se 3.f4 gxf4 4.gxf4 f5 ]

3...h4 4.h3 hxg3 5.xg3 [ Se 5.g2 f6 6.h3 e5! 7.xg3 f5! como na continuaçãoque se segue. ]

5...f5 6.g2 f4 7.f2 c5!E, agora, as Pretas têm a oposição e,por conseguin te, o f inal vi tor ioso.

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8.e2 [ Ou 8.g2 e3 9.g3 d3 10.g4 xc3 11.xg5 b3 12.f4 c3 ... e o Peão preto faz Dama comxeque. ]

8...g3 9.e3 h3!! Preparando-sepa ra o b t e r a op os i ç ão d ia go na l .

10.e4 g2 11.e3 f1 12.e4 f2 13.f5 xf3 14.xg5 e3E as Pretas ganham. 15.f5 d3

16.e5 xc3 17.d5 b3 18.xc5 c3 19.d4 c2 20.d3 c1 21.e4 xa3 22.d5 e7 23.d4 a3 24.d5 c3 25.c6 c4 26.b6 c5+ 27.b7 b5 28.a8 b6 29.b8 f8#0-1

54Rei e 4 PeõesRei e 4 Peões

[diagrama 174]

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Repete-se aqui a manobra do diagrama170: sacr i f íc ios de Peões para seconseguir um Peão passado. 1...c6

2.b4 d6 3.c4 c6 4.f4!!

Primeiro sacrifício de Peão. gxf4 5.e5! fxe5 6.g5! f3 7.d3 e ganham. f2 8.e2 hxg5 9.h6 b5 10.axb5+ xb5 11.h7 c4 12.h8 e4 13.xf2 g4 14.e5 d3 15.d5+ c3 16.xe4 b2 17.d4+ c2 18.g3 b3 19.xg4 c2 20.f5 b3 21.e4 c2 22.d3+ b2 23.c4 b1 24.e5 b2 25.d4 b1 26.c3 a1 27.b5 a2 28.b2#1-0

55Rei e 3 PeõesRei e 4 Peões

[diagrama 175]

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P o s i ç ã o d a p a r t i d a S t a h l b e r g xTartakower, Budapeste, 1934. O ganhos ó é p o s s í v e l c r i a n d o u m P e ã opassado na ala do Rei, mediante oavanço do PT. 1.h4! a5

[ Se 1...f5 2.h5 g5 3.d5 f6 4.d6 e6 5.h6 e ganham. ]

2.h5 a4 3.d2! Nos finais de Peões émister, muitas vezes, ser discreto e,pr inc ipalmente, não ter pressa. b5

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4.d5+ d7 As Pretas não podemcapturar o Peão, devido ao avanço doPTR das Brancas. 5.h6

[ Se 5.c3 a3 6.h6 b4+e as Pretas se põem a salvo. ]

5...a3 6.c2! Sutileza importante. [ Se 6.c3? b4+ e as Pretasencontram salvação. ]

6...b4 7.hxg7 b3+ 8.b1! Outra vezcorreto.

[ Se 8.c3? a2 9.b2 c3+ 10.a1 c2 11.g8 c1# ]

8...a2+ 9.a1! c3 10.g8 e ganham. c2 11.f7+ d8 12.f4 e7 13.d6+ e6 14.c4+ xd6 15.b4+ e5 16.c3+ e6 17.xb3+ f6 18.xc2 g7 19.f5 h6 20.f6 h5 21.g7 g4 22.g8+ h5 23.fh8#1-0

56Rei e 5 PeõesRei e 5 Peões

[diagrama 176]

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Posição da partida Lasker x Aliados,

Moscou, 1899. Havendo mais de 3Peões de cada lado, o Peão passadoganha sempre. Este é um caso típico.

1.h4! a5 2.g4 a4 3.f2 a3 4.e3 e6 5.e4 f6 6.c4 b6 7.c3 e6 8.h5 gxh5 9.gxh5 f6 10.h6 g6 11.xe5 e ganham. xh6 12.d6 g5 13.xc6 f5 14.xb6 e4 15.b5 d3 16.b4 e4 17.xa3 e5 18.b4 d6 19.b5 c7 20.c5 b7 21.c6+ c7 22.a4 d6 23.b6 e6 24.a5 d6 25.a6 e6 26.c7 d5 27.c8 e4 28.g4+ d3 29.d4+ c2 30.c4 b3 31.d3+ a4 32.c2+ a3 33.c5 b4 34.a7 a3 35.a8+ b4 36.a5#1-0

57Rei e 6 PeõesRei e 6 Peões

[diagrama 177]

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Posição da partida Pillsbury x Gunsberg.Hastings, 1895. É este um dos maisl i n d o s f i n a i s d e P e õ e s q u e s econhecem. Há igualdade material. As

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Pretas ameaçam passar um Peão naala da Dama. O Peão passado dasBrancas e 6R parece perdido. 1.e4!

dxe4 2.d5+ O PR recebeu defesa eagora os dois Peões passados sãopoderosos. d6 3.e3 b4 4.xe4

a4 5.d4 e7 6.c4 b3 7.axb3 a3 8.c3 f5 9.gxf5 g4 Aparentementeas Pretas irão à Dama em primeirolugar . Mas : 10.b4 h5 11.b5 a2

12.b2 a1+ 13.xa1 h4 14.b6 g3Em análise l igeira, as Pretas estãobem: s eu Re i b loque ia os Peõesavançados brancos e ameaçam fazerDama com xeque. Mas, inicia-se novasér ie de lances magis t ra is . 15.d6+

xd6 [ Ou 15...f6 16.d7 e7 17.b7 g2 18.d8+ xd8 19.b8+e ganham. ]

16.b7 c7 17.e7 g2 18.b8+ xb8 19.e8+ e ganham. c7 20.f7+ d6 21.e6+ c7 22.e5+ c8 23.h8+ d7 24.d4+ c8 25.c3+ d8 26.d2+ e7 27.xg2 f6 28.g6+ e5 29.e6+ d4 30.f6 c3 31.h3+ d4 32.xh4+ e5 33.f7 d5 34.g5+ d4 35.g4+ d5 36.f8 c6 37.e6+ b5 38.b8+ a4 39.a2#1-0

58Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 178]

(Diagram)

R e g r a g e r a l : S e o R e i p r e t o

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(convencionalmente o lado mais fraco)puder alcançar a casa de promoção doP e ã o b r a n c o , a p a r t i d a e s t a r áem pa t a d a ; e m c as o c o n t r á r i o , apart ida estará perdida. Posição dePhilidor, 1777 (diagrama 178): Quandoo Rei preto se encontra na casa depromoção do Peão branco, empata-seo final, mantendo-se a Torre preta na3a horizontal, à espera de que seja oP e ã o b r a n c o e n ã o o Re i , q u e mchegue primeiro à 6a casa da colunaem que se encontra o Peão. Tão logo oPeão branco chegue à 6a horizontal, esó então, a Torre preta deve dirigir-seà 8a horizontal, para dar xeques aoRei branco, até que este abandone oapoio ao seu Peão, em cujo caso, comtoda evidência, o jogo está empatado.1o CASO: O Rei Preto está na casade promoção do Peão Branco. 1.e5

a6! [ 1...b1 Durante mais de 1 séculoprevaleceram, de fato, as idéias deP h i l i d o r , q u e c o n s i d e r a v a mimprescindível, para a obtenção doempate, a permanência da Torredefensiva na 3a horizontal, até o

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avanço do Peão na 6a casa. Em1897, entretanto, o analista Karstedtdemonstrou o contrário. 1. ..., T8C éum erro decisivo, segundo Philidor,que deve dar vitór ia às Brancas.Karstedt provou, no entanto, quemesmo esse lance empata, nãoobstante o f inal seja mais dif íci l.

2.f6 f1+ Se 2. ..., T3C+; 3. P6R eganham. 3.e6 f8! Fugindo aomate e d ir ig indo-se para o ladoexato. O Rei preto deve deixar a alada Dama livre para sua Torre a fimde q ue es ta pos s a d a r xe queshorizontais ao Rei branco. 4.h8+

g7 5.e8 Dando proteção aoPeão, ass im que o Re i de le seafaste. a1! O correto e chave damanobra iniciada com 1. ..., T8C. Olance 5. ..., T8TD! garante o empate,pois as Brancas não podem evitar osx e q u e s d e f l a n c o . ( Vejamos acontinuação seguinte, partindo dapos ição de Phi l idor , a par t i r dodiagrama 178: 5...e1? Erro fatal;vimos já que o correto é 5. ..., T8TD!

6.d7 f7 7.e6+ g7 8.e7 e2 9.d8 e1 10.d2 e3 11.g2+ h7 12.f7 f3+ 13.e8 e3 14.e7 d3 15.g4!(lance fundamental para o ganho)

d2 16.f7! f2+ 17.e6 e2+ 18.d6 d2+ 19.e5 e2+ 20.e4! e as Brancas ganham.Torna-se, assim, bastante clara arazão do lance 15. T4C!. )]

2.c7 b6! A Torre preta devepermanecer na 3a horizontal até achegada do Peão à 6a casa. 3.a7

c6! 4.e6 Agora sim: c1! 5.f6Ameçando 6. T8T mate. f1+ 6.e5

e1+ 7.d6 d1+ 8.e5 e1+ 9.f6 f1+ 10.e5 e1+

Empate. Porque a Torre preta deveesperar o avanço do Peão na 6a casa,para , em segu ida , d i r ig i r - se à 8ahorizontal? Simplesmente porque acasa ocupada pelo Peão é exatamentea casa de que necessita o Rei brancopara, escapar aos xeques da Torreinimiga.½-½

59Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 179]

a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

7

6

5

4

3

2

1

8

7

6

5

4

3

2

1

Neste f inal, a Torre preta não maisvigia a 3a horizontal, nem tem a colunaTD à sua disposição, ocupada que estápela Torre branca. Estes dois fatoreslevaram a considerar, por muito tempo,o final perdido para as Pretas.As Pretas, tendo o lance, com 1... ,T3C! conseguem facilmente o empate,conservando a Torre na 3a horizontal,até o avanço do Peão branco na 6acasa (manobra de Philidor).O teó r i co Be rger op i nava que as

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B r a n c a s g a n h a r i a m , s e l h e scorrespondesse jogar, baseado nac o n t i n u a ç ã o s e g u i n t e : 1.f6Mau seria 1. R6R?, por 1. ..., T3C+,a t i n g i n d o a p o s i ç ã o d e e m p a t ec o n h e c i d a . e1!! MANOBRA DECHÉRON: O teórico Chéron refutou,p o r é m , a s a n á l i s e s d e B e r g e r ,descobrindo, uma manobra de empate.1. ..., T8R!! esta é a sutil jogada, quegarante o empate.

[ 1...f1+? (veremos que este é oerro de Berger) 2.e6 f8 3.a8+

g7 4.e7 f7+ 5.d6 b7 6.e6 b6+ 7.d7 b7+ 8.c6e as Brancas ganham.Este f inal estar ia empatado se aTorre preta estivesse distanciada 3c o l u n a s d o P e ã o b r a n c o ; p o rexemplo, se estivesse na coluna TDe a Torre branca na coluna CD. e7

9.d6 b7 10.e7 xe7 11.xe7 ] 2.e6 f8 3.a8+ g7 4.d6!

[ há e mpa t e c o m: 4.e8? d1!... colocando a Torre em situaçãoque deixa 3 colunas livres entre elae o Peão inimigo, segredo tát icofundamenta l . 5.e7 a1 6.e6

a7+ 7.d6 a6+ 8.d7 a7+ 9.c6 f6 10.d6 a6+ 11.d5 a4 12.c5 a6 13.e7 a5+ 14.d6 a6+ 15.d5 a5+ 16.d4 a4+ 17.e3 a3+ 18.e4 a4+ 19.d3 a3+ 20.e2 a7 21.f8+ xe7 22.f4 a3 23.f3 xf3 24.xf3 ]

4...f7 Empate. 5.a7+ f8 6.e6 e2 7.a8+ g7 8.d6 f7 9.a7+ f8 10.e6 d2+ 11.c5 c2+ 12.d5 d2+ 13.e5 e2+ 14.f6 f2+ 15.g5 g2+ 16.f4 f2+ 17.e3 f6 18.e7+ e8 19.d4 d6+ 20.e4 e6+ 21.d5 xe7

22.a6 d7+ 23.e4 e7+ 24.d4 d7+ 25.e5 e7+ 26.d6 d7+ 27.c6 e7 28.c5 d8 29.g6 d3 30.h6 d8 31.b6 d7 32.c6 d2 33.g6 d3 34.c4 d6 35.xd6 xd6½-½

60Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 180]

a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

7

6

5

4

3

2

1

8

7

6

5

4

3

2

1

A Torre da defesa exerce o máximo deresistência se sua posição é tal quedeixa 3 colunas livres entre ela e oPeão inimigo. A posse desse espaçoin termediá r io cons t i tu i a pos içãocorreta da Torre defensiva. A Torrepreta dando xeques ao Rei branco, nacoluna TR, distanciada 3 casas doPe ã o B r a nc o ga r a n t e o e mpa t e .

1...h1! Procurando os xeques peloflanco, para afastar o Rei branco dad e f e s a d o P e ã o . 2.e8 h7+A Torre defensiva está em sua melhorposição, afastada 3 casas do Peão

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inimigo. 3.e7 [ Se 3.d8 c6! ganhando o Peão. 4.e6 d7+ 5.e8 xd6 6.xd6+ xd6 ]

3...h8! Facilitando o empate, ao evitara ameaça R8D+ descober to . 4.f7

b6 Com a Torre branca na 7ahorizontal as Pretas devem jogar seuRei a 2C-3C e vice-versa. 5.e7 c6

6.g7 [ Se 6.d7 c7 7.g7 d8! 8.e6 h8! empate por repetição delances. 9.f7 d8 10.f6 c7

11.g6 d8 12.e5 xd7 13.e6 d8 14.e4 d6 15.e5 d7 16.f5 e6+ 17.d4 d6+ 18.d5 xd5+ 19.xd5 ]

6...b7 7.e6+ c8 Empate. AsBrancas não podem ganhar. 8.c7+

d8 9.a7 h6+ 10.d5 h3 11.c6 c3+ 12.b5 d3 13.c5 c3+ 14.d4 h3 15.d7 h5 16.b7 h6 17.e5 e6+ 18.d5 d6+ 19.e4 e6+ 20.f3 d6 21.f4 xd7 22.b6 c7 23.b5 c6 24.b8 e7 25.c8+ d5 26.d8+ c4 27.d6 e8 28.d7 e6 29.d8 e7 30.d6 e8 31.d7 e6 32.d8 e7½-½

61Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 181]

(Diagram)

A Torre da defesa não atinge, nestaposição, sua pos ição ideal . 1...a1

2.c8 a7+ 3.c7 a8 Repete-se a

a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

7

6

5

4

3

2

1

8

7

6

5

4

3

2

1

manobra do diagrama anterior, masaqui será insuf iciente. 4.b7 f6

5.b1 a7+ 6.c8 e6 7.d1 a8+ 8.b7! Esse importante ganho detempo, ao atacar a Torre preta, decorreda má posição da Torre defensiva, quen ã o s e e n c o n t r a e m s u a m e l h o rposição, isto é, distanciada 3 colunaslivres do Peão inimigo. d8 9.c7

d7+ 10.c6 a7 11.e1+ f7 12.d7 a8 13.b7! Possível, por nãose achar a Torre preta em sua melhorposição. d8 14.c7 e ganham. g8

15.d8 xd8 16.xd8 g6 17.d7 f5 18.d6 f4 19.d5 f5 20.e6 f4 21.e5 f3 22.e4 f2 23.e5 f3 24.f5 f2 25.f4 g2 26.e3 f1 27.g3 g1 28.e1#1-0

62Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 182]

(Diagram)

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a b c d e f g h

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2

1

8

7

6

5

4

3

2

1

EXCEÇÕES. POSIÇÕES EM QUE ASB R A N C A S G A N H A M ,CONSERVANDO-SE O REI PRETONA CASA DE PROMOÇÃO DO PEÃOINI MIG O. Há 3 c as os em qu e asPretas perdem o final, muito emboraseu Rei tenha a t ing ido a casa depromoção do Peão imigo. Tal se dá: 1 -Quando a Torre preta fica imobilizada.

1...c8 A idéia da Torre defensiva, nodiagrama 178 (posição de Philidor), eran ã o p e r m i t i r q u e o R e i b r a n c oalcançasse a sexta casa sem sermoles tado, razão por que a Torrepreta dispunha de mobilidade atacandoo Rei por trás, na oitava horizontal.Co m p r e e n d e - s e a g o r a p o r q u e ap o s i ç ã o d a T o r r e d e f e n s i v a , n od iag rama 182 , se mos t ra a ma i sdesfavorável possível, porquanto devepermanecer imobilizada, na primeirahorizontal, a fim de impedir o mate aoseu Rei, sem o recurso salvador dedar xeques, por trás, ao Rei branco.Daí a vitória das Brancas.

[ Se 1...g8 2.g2+ f8 3.e7+ e8 4.g8+ d7 5.xb8ganhando. ]

2.h2 g8 3.g2+ h8 [ Ou 3...f8 4.e7+ e8 5.g8+ d7 6.xc8 etc. ]

4.f7 c7+ 5.e7 ganhando. O mesmosucede quando o Peão é o PD, ou oPB; em se trantando, porém, de PC ouPT há empate, mesmo com a Torredefensiva na primeira horizontal, poisdeixa de existir a ameaça de mate coma Torre branca. xe7+ 6.xe7 h7

7.f6 h8 8.f7 h7 9.h2#1-0

63Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 182a]

a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

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2

1

8

7

6

5

4

3

2

1

1.a7 c8 2.g7+ h8 3.h7+ g8 4.a7 b8 5.g7 b6+ 6.g5 g6+ 7.f5 xg7 8.a8+ f7 9.d8 e7 10.d4 g8 11.d3 g2 12.d1 f2+ 13.e5 e2+ 14.d5 e6 15.f1 d6+ 16.e5 e6+ 17.d4 d6+ 18.e5 e6+ 19.d4 d6+ 20.e5½-½

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64Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 183]

a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

7

6

5

4

3

2

1

8

7

6

5

4

3

2

1

2 - Quando o Rei preto permite suaexpulsão da casa de promoção doPeão. 1...c8

[ Ou 1...e8 2.h8+ f7 3.d7 a1 4.d6 a7+ 5.c6 a6+ 6.c7 a7+ 7.b6! d7 8.c6e ganham. xd6+ 9.xd6 g7

10.c8 f6 11.f8+ g5 12.e5 g4 13.f7 g5 14.e4 g4 15.f5 g3 16.f4 g2 17.f3 g1 18.f4 g2 19.e3 g1 20.g3+ h2 21.g6 h3 22.f4 h2 23.f3 h1 24.f2 h2 25.h6# ]

2.h8+ b7 3.d7 g1 4.d6 g7+ 5.e6 g6+ 6.e7 g7+

[ Ou 6...c6 7.c8+ b7 8.d7 etc. g7+ 9.e6 xd7 10.xd7 b6 11.c7 b5 12.c6 b4 13.c8 b3 14.d6 b2 15.d5 b1 16.d4 b2 17.d3 b1 18.d2 b2 19.b8+ a3 20.c3 a4 21.b1 a5 22.c4 a6 23.c5

a7 24.c6 a8 25.c7 a7 26.a1# ]

7.f6! d7 8.e6 g7 9.d7e ganham. xd7 10.xd7 b6

11.h5 b7 12.b5+ a7 13.e6 a8 14.d5 a7 15.c6 a6 16.h5 a7 17.h8 a6 18.a8#1-0

65Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 184]

a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

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2

1

8

7

6

5

4

3

2

1

3 - Quando o Rei preto se dirige para olado incorreto. É frequente este casocom o PB. 1.b6 c1! É o únicolance que garante o empate.

[ Se: 1...g6+? 2.c6 ... e ganham. ] [ Se: 1...b1+? 2.c6 d8 3.h8+ e7 4.c7 ... ganhando também. ]

2.c6 b8!! Ponto crucial. Se o Reipreto se dir igi r a 1D o f inal estaráperdido. O lado certo é justamenteesse (1C) e a razão é clara, pois épreciso deixar a ala do Rei livre para aTorre preta dar xeques ao Rei branco.

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[ Vejamos como se perde com ...,R1D? 2...d8? 3.h8+ e7 4.c8

d1 5.b7 b1+ 6.c7 c1 7.c6 a1 8.h8 c1 9.h2 d1 10.e2+ f7 11.c8 c1 12.c7... e ganham como será explicadono diagrama seguinte. f6 13.d7

d1+ 14.e8 c1 15.e7 c5 16.d8 c4 17.d7 e5 18.c8 xc8+ 19.xc8 e4 20.c7 e5 21.c6 e4 22.c5 e5 23.d4 e6 24.e4+ f6 25.d5 f5 26.d4 f6 27.e5 f7 28.d5 g6 29.e6 g7 30.f5 g6 31.e5 h6 32.f6 h7 33.g5 h6 34.f5 h7 35.g3 h6 36.g1 h7 37.f6 h8 38.f7 h7 39.h1# ]

66Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 185]

a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

7

6

5

4

3

2

1

8

7

6

5

4

3

2

1

2o CASO: O Rei Preto está afastado dacasa de promoção do Peão Branco.Consideramos, nestes casos, a Torre

branca situada numa coluna entre seuPeão e o Rei preto, que fica assimimpedido de bloquear o Peão branco.Geralmente se ganha o final, emboraha ja numerosas exceç ões , comoveremos logo mais . A pos ição deLucena é a chave de todos esses finais.Foi esse autor espanhol que, em finsdo século XV, descreveu a manobra deganho nessas posições. A manobra foitambém estudada e d ivulgada porPhilidor, mas sua prioridade pertence,sem dúvida, ao f i lho de Espanha.Ganha-se da seguinte maneira: 1...h3

2.f4!! Situando a Torre na 4ah o r i z o n t a l , o q u e é b á s i c o efundamenta l para o procedimentoganhador. A f inal idade é interpor aT o r r e a x e q u e s i n i m i g o s , c o m overemos logo mais. h1 3.e4+ d7

4.f7 f1+ A única esperança dasPretas é dar xeques, impedindo oavanço do Peão. 5.g6 g1+ 6.f6

f1+ [ Se: 6...g2 7.e5 Seguido de 8.T5CR, ganhando. ]

[ 6...d6 Ineficaz também... 7.d4+ c6 8.d8 f1+ 9.e5 e1+ 10.f4 f1+ 11.e3 e1+ 12.f2... ganhando igulamente. ]

7.g5 g1+ 8.g4! e ganham. Aimportância da Torre branca apoderar-se da 4a horizontal, torna-se, agora,clara e compreensível.1-0

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67Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 186]

a b c d e f g h

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4

3

2

1

8

7

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5

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3

2

1

A) Peão na 5a horizontal. REGRA: Se oPeão estiver na 5a horizontal, com seuRei perto, e o Rei preto afastado dac a s a d e p r o m o ç ã o , a s B r a n c a sganham. 1.a5 a8+

[ Se: 1...d7 2.b6 ] 2.b6 b8+ 3.a6 a8+

[ Se: 3...d7 4.b6 h8 5.b7 e8 6.a7 ... ganhando. d6 7.c8 ( 7.b8+ xb8 8.xb8 e5 ) 7...e7 8.a8 xb7 9.xb7 d5 ]

4.b7 a2 5.b6 b2 6.a7 a2+ 7.b8 b2 8.b7 Atingindo a posiçãode Lucena (diagrama 185).1-0

68Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 187]

a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

7

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3

2

1

8

7

6

5

4

3

2

1

Jogando as Brancas, o final se decidecom: 1.g2!

[ Em se trantando de PR ou PB,estando o Rei preto na margem dot ab u le i r o , a s B ra n c as ga nh a msomente se o Rei preto se encontrarafastado pelo menos duas colunasdo Peão. 1.d3 (Manobra para queas pretas comecem). h7 2.e3

h6 3.e4 Jogando as Pretas háempate com: g7!! 4.f2 a4+

5.d5 a5+ 6.d6 a6+ 7.e7 a7+ 8.e6 a6+ 9.f5 f7Empate. E a razão do empate és imples: o Rei branco não podeescapar aos xeques perpétuos, amenos que jogue sua Torre para aala da Dama, quando então o Reipreto alcança a casa de promoção. ]

1...e8 2.f5 f8+ 3.e6E a s B r a n c a s g a n h a m c o m o n oexemplo anterior (diagrama 186).1-0

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69Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 188]

a b c d e f g h

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8

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3

2

1

8

7

6

5

4

3

2

1

B) Peão na 3a ou na 4a horizontalREGRA: Se o Peão estiver na 3a ou na4a horizontal, com o seu Rei perto, asBrancas podem sempre forçar umganho somente se o Rei preto estiverafastado a uma distância de 3 colunasdo Peão (PC) ou duas colunas doPeão (PB ou PD ou PR). O Peão estána 4a horizontal. Ganha-se o f inal,mantendo-se o Rei preto afastado 3colunas do Peão, pois se trata de PC.Jogam as Brancas: 1.e1!

[ 1.b2 (Manobra para que oprimeiro lance seja das Pretas). g6

2.c2 f6 3.b3 Jogam as pretas: e6! 4.d4 e5! 5.d7 ( se: 5.c4 d5 ) 5...e6! 6.d4 ( Se: 6.c7 d6 ) 6...e5 7.c3 h8 8.b5 ( Ou: 8.d7 e6 9.a7 d5 )

8...b8 9.h4 d6! 10.c4 c7E ob t ém-s e o empat e co mo nodiagrama 178 (posição de Philidor).É essencial para a defesa que o Rei

preto possa atacar a Torre branca,uma vez que esta ameace permitir oavanço do Peão ou livrar o Rei. ]

1...f5 [ Ou 1...f7 2.e5! f6 3.c5 e6 4.b5 d7 5.b4 c8 6.b6!e ganham (diagrama 186). ]

2.c4 c8+ 3.d5 b8 [ Ou 3...d8+ 4.c6 c8+ 5.b7etc... ]

4.b1 f6 5.b5 e7 6.c6! d8 7.b6 c8 8.h1 ... e ganham.1-0

70Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 189]

a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

7

6

5

4

3

2

1

8

7

6

5

4

3

2

1

O Peão está na 4a horizontal, mas set ra ta de P R. O gan ho é poss íve lestando o Rei preto a uma distância deduas colunas do Peão branco, comono diagrama anter ior. A solução é:

1...g6 2.c4 c8+ 3.b5 d8 4.c5 c8+ 5.b6 d8A Torre preta deve atacar sempre o

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Peão, desde que esteja sem defesa. 6.d1 f7 7.c7!! A chave da vitória!

[ Se: 7.d5? e7 8.c7 d7+... apenas empata. ]

7...d5 8.c6 d8 9.d5 a8 [ Se: 9...e8 10.e1+ etc... ]

10.e1 a6+ 11.b5 a2 12.d6A s B r a n c a s g a n h a m , c o m o n odiagrama 186. O ganho neste final foipossível porque se esgotaram cedo osxeques da Torre preta. Quando o Reip r e t o es t i ve r n a c o l u na T D, q u epermite maior mobilidade da Torre dedefesa, o final é um empate. Veja nodiagrama 189a.1-0

71Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 189a]

a b c d e f g h

a b c d e f g h

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1

As Pretas conseguem empate pelaameaça de xeque perpétuo. 1...a4!!

[ E não: 1...a6? por... 2.e4 e8+ 3.d5 d8+ 4.c6! Ganho detempo magníf ico; as pretas não

podem capturar o Peão, por causado mate. Percebe-se, agora, porque1 . . . . , R 3 T ? f o i u m e r r o . M a scont inuemos: a7 5.d5 ... e asBrancas ganham como no diagrama187. ]

2.e4 e8+ 3.f5 d8 4.e5 e8+ 5.f6 d8 6.d1 b5 7.e7 h8! 8.d5 h7+ 9.d8 h8+ 10.d7 h7+ 11.e6 h6+ 12.e5 h5+ 13.f4 b6! 14.d6 h8Empate como no diagrama 187. Adistância entre o Rei branco e a torrepreta (2 casas na ala da Dama, 3 naa l a d o R e i ) f o i a r a z ã o d e s s e sdiferentes resultados.½-½

72Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 190]

a b c d e f g h

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1

De acordo com a reg ra gera l , asBrancas só poderiam ganhar o final,s e es t i ve s s e o Re i p re t o a d ua scolunas do Peão (PR). Neste diagrama,

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o Rei preto está a uma coluna apenas.D e v e , p o i s , e m p a t a r . 1...a8Esta colocação da Torre é inef icazcontra Peões avançados (5a horizontalem diante); porém, quando o Peãoestiver na 4a horizontal ou mais atrás,o procedimento hábil para empatarseria dar xeques frontais, desde que aTorre não possa cobri-los. São débeis,contudo, esses xeques frontais com aTorre se o Rei estiver mais adiantado,porque ele conseguirá desalo jar aTorre, sem perigo de perder o Peão.

2.d6 [ Se: 2.f7 a5+ 3.f6 f4 etc... ]

2...g4 [ E não: 2...d8+? por: 3.e7! ] [ E nem: 2...e8? por: 3.e5 ]

3.e5 g5 4.e6 g6Co mo s e o bs e r v a , o s e g r ed o d oempate é não perder , em nenhummomento, a posse, com o Rei , damesma horizontal em que o Peão rivalse situa, sempre que separado delepor uma coluna; nos demais casos,porém, o Peão ganha. 5.e7 a6+E empate por xeque perpétuo, pores ta r a Tor re pre ta d is tanc iada 3colunas do Peão inimigo.½-½

73Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 191]

(Diagram)

Quando o Rei preto estiver 2 colunasafastadas do Peão, mas situado emcas a marg ina l do t abu le i ro e e m

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horizontal vizinha a do Peão, há umprocedimento curioso para ganhar:

1.e5 a4! Impedindo a passagem doRei, mas.. . 2.e6! Este é o segredo davitória. Especula ameaça de mate,ganhando um tempo. h6

[ Se: 2...h4 3.e7!! a8 4.f4 h3 5.f5 seguido de R6B, ganhando. c8 6.f6 h4 7.f7 c7 8.f8 c8+ 9.e8 xe8+ 10.xe8 h3 11.f7 h2 12.g8 h3 13.f6 h4 14.f5 h3 15.f4 h2 16.f3 h1 17.f2 h2 18.h8# ] [ Se: 2...a6 3.f4 xe6 4.f5... atacando a Torre e ameaçandomate. ]

3.e7!! a8 4.f4 e8 5.f5 xe7 6.f6 As Brancas ganham a Torre pelaameaça de mate.1-0

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74Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 192]

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Peão na 3a ganha, mantendo o Reipreto afastado 3 colunas do Peão.Grigorieff, 1937). 1.e4!! Ganhandoum tempo para proteger, mais tarde, oPeão na 4a horizontal. f5

[ Se: 1...f7 2.b4 ... ganham comono diagrama 188. ]

[ 1...b7 2.c3 c7+ 3.d4 b7 4.c4 c7+ 5.d5 b7 6.b4 f5 7.c4 f6 8.c6 b8 9.b5... e ganham. ]

2.e3! f4 3.e1 f5 E voltamos àposição inicial, mas com o Rei pretoem 4B, em lugar de 3B. Tudo ocorreucomo se na posição inicial jogassemas Pretas 1. ..., R4B. A perda de umtempo para as Brancas é importante,como se verá. Observemos que, nestavariante, a Torre branca somente secolocou atrás de seu Peão, permitindoao Rei preto encurtar sua distância aoPeão, quando o Rei preto se localizounuma horizontal atrás do Rei branco.

[ Se: 3...f3 4.c3 c8+ 5.d4 b8 6.b1! e2 7.b4 d2 8.b5 c2 9.b4 ... ganhando. ]

4.c3 c8+ 5.d4 b8 6.c4 c8+ 7.d5 b8

[ Ou: 7...d8+ 8.c6 c8+ 9.b7 c3 10.b1! e6 11.b4... ganhando. ]

8.b1 f6 E, por estar o Rei brancoem oposição horizontal, o movimentodo Rei preto se faz na mesma coluna.É o motivo da vitória das Brancas, frutoda manobra iniciada com 1. T4R! 9.b4

e7 10.c6 d8 11.b5... e ganham.1-0

75Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 193]

a b c d e f g h

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C) Peão na 2a horizontal. REGRA: Se oPeão estiver na 2a horizontal e o Reip re to na 4a ou 5a ho r i z on ta l , asBrancas vencerão somente se o Reiopreto estiver afastado a uma distância

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d e 5 c o l u n a s d o P e ã o . 1.g1!Mantendo o Rei p re to a fas tado 5colunas do Peão branco.

[ 1.a2 (Manobra para que oprimeiro lance seja de pretas). g4

2.a1 h4 3.b1 Jogam aspretas: g5! 4.f3 g4!A chave do empate está em o Reipreto atacar a Torre branca na 3ahorizontal. ( E não: 4...g6? por:

5.b3 ... e as Brancas ganham.) 5.f1 g5 6.c2 c8+ 7.d3 b8 8.c3 c8+ 9.d4 b8 10.b1 f6 11.b4 e7 12.b5 d7Empate. ]

1...h5 2.c2 c8+ 3.d3 b8 4.c3 c8+ 5.d4 b8 6.b1 g6 7.b4 f7 8.c5! e7 9.c6... e ganham.1-0

76Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 194]

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1

Exceções. Na pos ição de Lucena

(diagrama 185) há duas exceçõespr inc ipais : uma quando o Peão jáa l c a n ç o u a 7 a c a s a ; o u t r a t o d aespecial, a do Peão da Torre. A) Peãona 7a horizontal. Esta posição é muitousual; os resultados diferem quanto aolado que tem o lance inicial. Jogam asBrancas: 1.g1+

[ 1.d8 h7 (Manobra para que opr ime iro lance se ja de Pretas) . ( Com o Rei preto em 1C, posiçãodesfavorável, as Brancas ganhamsempre, com ou sem lance. A razãoé s imples : 1...g8 2.e8 a8+

3.d7 a7+ 4.e6 a6+ 5.e5! a5+ 6.f6 a6+ 7.g5 a5+ 8.g6 a6+ 9.f6 Seguido de T8D,g a n h a n d o . O R e i p r e t o d e v epermanecer, nessas posições, em2C ou 3C , onde o f e rec e ma io rres i s t ênc ia . a8 10.d6 e8

11.d8 xd8 12.exd8# ) 2.d7 g7 3.e8 Jogam as Pretas: a8+ 4.d7 a7+ 5.e6 a6+ 6.e5 a5+ 7.d4 a4+ 8.c5 a5+ 9.b6 e5 Empate, graças àposição defensiva da Torre, afastada3 colunas do Peão branco. ]

1...h7 [ Se: 1...f6 2.f8 ... ganhando deimediato. ]

2.e1 d2 3.f7 f2+ 4.e6... e ganham.1-0

77Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 195]

(Diagram)

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B) O Peão da Torre. Com o PT é muitodifícil ganhar, principalmente nos casosem que ele estiver muito atrasado, ou,então, quando o Rei ou a Torre de seulado se colocarem na sua frente.a) Peão da Torre na 7a horizontal.O Peão colocado na 7a horizontal é oque oferece mais possibil idades deganho. Veremos 3 casos distintos. 1 -O Rei branco está na frente do Peão.REGRA: Quando o PT estiver na 7ahor izon ta l , as Branc as ganharãounicamente se o Rei preto est iverafastado no mínimo 4 colunas do Peão,isto é, na coluna BR, em se tratando doPTD, ou na coluna BD, em se tratandodo PTR. A manobra de ganho consisteem colocar a Torre branca em 8CD,para livrar o Rei branco. 1.h1 e7

2.h8 d6 [ Se: 2...d7 3.b8 h2 4.b7 b2+ 5.a6 a2+ 6.b6 b2+ 7.c5 etc.; e os xeques da Torrep r e t a c e d o s e e s g o t a r ã o . c2+

8.b4 c7 9.b3 c1 10.b2 f1 11.a8 f2+ 12.a3 d6 13.b2 f5 14.a6+ e5 15.e2+ d6 16.d2+ c5 17.b3 f3+

18.d3 xd3+ 19.xd3 c6 20.c4 c7 21.c5 c8 22.d6 b7 23.b5 c8 24.c5 b7 25.e7+ a6 26.d7 a5 27.b5# ]

3.b8 h2 4.b7 h7+ 5.c8! c7+ 6.d8 h7! Ameaçando mate. 7.b6+ c5 8.c6+ b5

[ Se: 8...xc6 9.a8+ ] 9.c8 h8+ 10.c7 h7+ 11.b8... e ganham.1-0

78Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 196]

a b c d e f g h

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Este é o caso em que o Rei preto distaapenas 3 casas do Peão branco. Háempate. 1.h1 d7 2.h8 c7

3.b8 h2 4.b7+ c8 5.b1 c2 6.b8+ c7 E o Rei branco nãoconsegue sair da casa angular em quese encontra. Não é possível promovero Peão.½-½

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79Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 197]

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2 - A Torre branca está na frente doPeão. Para se conseguir o empate épreciso: 1) Evitar que as Brancas, umavez conseguida a defesa do Peão pors e u R e i , p o s s a m m o v i m e n t a rlivremente sua Torre. 2) Conservar oRe i p re to na cas a 2C, ún ica quegarante o empate. 1.b8 Jogam asBrancas:

[ 1.b7 (Manobra para que oprimeiro lance seja de Pretas). f7

2.c6 g7 3.b6 Jogam asPretas: b1+ 4.a5 Para evitar oxe q u e p e rp é t u o , o Re i b r a n c odeverá abandonar a proteção doPeão. a1+ 5.b4 a6 Empate. ]

1...b1+ 2.c5 ... e ganham.1-0

80Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 198]

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O R e i p r e t o d e v e r á m a n t e r - s eimobilizado em 2C (da ala contrária àdo Peão, é c laro), única casa quea f i rma o empa t e (d i ag rama 197 ,jogando as Pretas). Outra qualquerl o c a l i z a ç ã o d a r - l h e - ia a de r r o t a(diagramas 198 e 199). O Rei pretonão está em sua melhor casa, 2CR,por isso perde. 1...b1+

[ 1...g7 Ineficaz, também, por: 2.b8! ganhando como já vimos. ]

2.c5 a1 3.h8!! A chave da vitória.A m e a ç a P 8 T = D . xa7 4.h7+As Brancas ganham a Torre e o final.1-0

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81Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 199]

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Outra localização desfavorável do Reipreto. 1...b1+ 2.c5 a1 3.g8+

f7 4.a8 ... e ganham.1-0

82Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 200]

(Diagram)

3 - A Torre preta está na frente do Peão.A Torre preta estando na frente doPeão e a Torre branca por trás dele,defendendo-o, há ganho na maioriados casos. 1.b4 d7 2.b5 c7

3.a6 h8 [ 3...c6 Não serve, por : 4.c1+ d5 5.b7 ]

4.c1+ d6 5.b7 h7+ 6.b8

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h8+ 7.c8 ... e ganham.1-0

83Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 201]

a b c d e f g h

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1

a) Peão da Torre na 6a horizontal.De uma maneira geral, o PT, na 6ahorizontal, proporciona às Pretas maismeios de defesa; mas, quando o Rei

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b r a n c o p u d e r a l o j a r - s e e m 7 T ,cresceriam as possibilidades de vitória.Nestes casos, os recursos de defesas e r i a m p o s s i b i l i t a d o s c o m aaproximação do Rei Preto. 1.b8!

[ 1.a8 (Manobra para que oprimeiro lance seja de Pretas). c1

2.b7 b1+ 3.a7 Jogam asPretas: d7 Aproximando o Rei doPeão rival. 4.b8 a1 5.b7 b1+

6.a8 a1 7.a7 c7E o Rei branco está impelido de sairda casa angular. Há empate. ]

1...c1 2.b7 b1+ 3.a8 a1 4.a7 d6 5.b7 As Brancas ganham comono diagrama 195.1-0

84Rei, Peão e TorreRei e Torre

[diagrama 202]

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b) Peão da Torre na 5a, 4a ou 3ahorizontal.Salvo raríssimos casos, esses finaist e rm in a m em pa t ad os . A s P r e t a s

devem contrapor Torre a Torre. Asúnicas possibi l idades das Brancassubsistiriam quando tal manobra nãopudesse ser realizada pelo adversário.Este estudo pertence a Chéron, 1926.

1.b5 d8! Opondo Torre x Torrecom a esperança de chegar a um finalde Peão empatado. Se TxT, há empateimediato.

[ 1...b8+? errado, por: 2.c6 b1 3.a6 a1 4.b6 b1+ 5.a5!! a1+ 6.a4 ... ganhando. ]

2.c4 b8+! 3.a4 [ Se: 3.a6 d7 ... com empate jáconhecido. ]

3...d7 4.a6 c8! Opondo, sempreque poss íve l , Tor re x Torre . 5.b4

h8! 6.a5 c7 7.a7 h5+ 8.a6 h6+ 9.a5 h5+ 10.a4 h8Empate. (Ver RESUMO DO FINAL DETORRE E PEÃO X TORRE).½-½

85Rei e TorreRei e Peão

[diagrama 203]

(Diagram)

FINAIS DIVERSOS DE TORRES EPEÕESA - Torre X 1 PeãoREGRA BÁSICA: As Brancas, com aTorre contra Peão, ganharão semprese tan to o Re i como a To r re dasBrancas conseguirem convergir seumovimento para alguma casa por ondeo Peão preto deverá passar. 1...h5

[ 1...f4 (Manobra para que oprimeiro lance seja de Brancas).

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2.a2 g5 3.a1 g4J o g a m a s B r a n c a s : 4.g1+Jogando as Brancas, ganham elas otempo indispensável para impedir oavanço do Peão. f5 5.h1 g6

6.b2 h5 7.c3 g5 8.d2 h4 9.e2 g4 10.f2 h3 11.a1 f4 12.a4+ e5 13.g3... e ganham. ]

2.b2 h4 3.c2 [ 3.g1+ f3 4.h1 g3... sem alterar o resultado. ]

3...h3 4.d2 h2 5.e2 g3 6.h1 g2 7.xh2+ xh2 Resultadoposs íve l , po r se en con t ra r o Re ibranco afastado do Peão inimigo.½-½

86Rei e TorreRei e Peão

[diagrama 204]

(Diagram)

Jogam as Brancas e ganham. 1.c6

a b c d e f g h

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7

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4

3

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1

[ 1.b8 (Manobra para que oprimeiro lance seja de Pretas). e5

2.a7 e4 3.b7 Jogam asPretas e empatam. d3 4.c6 d2

5.c5 e3 6.c4 e2 7.a2 e1 ]

1...d3 2.c5 e3 3.c4 d2 4.c3 e2 5.a2

87Rei e 2 PeõesRei e Torre

[diagrama 205]

(Diagram)

B - Torre X 2 Peões1 ) 2 P e õ e s l i g a d o s e p a s s a d o s ,d i s tan te s dos Re is , ganha rão s eambos estiverem na horizontal; masperderão , no caso con t rá r io . 1.g7Os Peões estão na 6a horizontal; oganho é fácil.

[ 1.d2 (Manobra para que oprimeiro lance seja de Pretas). a6

2.c3 a5 3.c2 Jogam as

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1

pretas: b8 4.g7 g8 5.h7... e ganham. ]

1...g4 2.h7

88Rei e TorreRei e 2 Peões

[diagrama 206]

a b c d e f g h

a b c d e f g h

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Os peões não estão na 6a. Acresce,ainda, que o Rei Branco se encontrana f ren te dos Peões. As Brancas

ganham. 1.a4 g5 2.f2 h5 3.e3 h3 4.f2 h4 5.b4 g5 6.g3 h5 7.xg4 h2 8.h4+O procedimento ganhador consiste embloquear os Peões e capturá- los aseguir.

89Rei e 2 PeõesRei e Torre

[diagrama 207]

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Quando o Rei dos Peões estiver namargem do tabuleiro, a ameaça demate permitirá, muitas vezes, o empate.Exemplo ilustrativo, f inal da partidaKeres x Eliskases, Noordwijk, 1938.

1...c3! Ameaçando mate. 2.b1 a6! 3.b7 b6+! 4.c1

[ Se 4.a1 a6+ etc. ] 4...h6!! Eliskases novamenteameaçando mate. A partida foi, nestemomento, dada por empatada pelosdois mestres. Mas, vejamos qual seriaa continuação. 5.d1 d3 6.e1

e3 7.f1 f3 8.g1 g6+!

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[ E não 8...g3? Erro! por: 9.b8+! ] 9.f1 h6 10.e1 e3! Empate.

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[diagrama 208]

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2) 2 Peões passados não-ligados, naa u s ê n c i a d o s R e i s , t ê m u m apossibilidade sobre a Torre, somentese ambos os Peões est iverem, aome n o s , n a 6 a h o r i z o n t a l . Ne s t ediagrama, jogando as Pretas 1. . .. ,T2BR! Capturam os dois peões. AsBrancas tendo o lance, aproximam seuRei para apoiar um dos Peões. 1.c4

f7 2.h7! xh7 3.d5 c2 4.e6 d3 5.f7 ... e empatam.

91Rei e 2 PeõesRei e Torre

[diagrama 209]

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Se o Rei dos Peões estiver perto deles,e o Rei inimigo distante, 2 Peões na 6a,ou 1 na 6a e out ro na 5a , podemganhar contra a Torre. O diagrama209 (Berger) i lustra este caso. 1.a6!

d1+ 2.c8 a1 3.b7 b1+ 4.a8!! c1 5.a7! f4

[ Ou 5...xc6 6.b7! ] 6.b7 b1+ 7.a6 a1+ 8.b6 b1+ 9.c5 a1 10.c7 e5 11.c4 e4 12.c3 e3 13.b2 e ganham.

92SpoielmannCapablanca

[diagrama 210]

(Diagram)

UM EQUÍVOCO DE CAPABLANCAEste final de Torres e Peões ocorreu

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no Torne io de Moscou , 1925 . Háigualdade de material na posição, masC a p a b l a n c a d i s p u n h a d e u m avantagem apreciável, em virtude deseu P5BD passado. Diante do xequeda Torre inimiga, Capablanca viu-senum dilema: ou jogar R4B, apoiando oavanço de seu PBD, ou retroceder a2B, opondo-se ao PT branco passado.O então campeão mundial preferiuesta última continuação, conseguindoapenas o empate. Ao contrário, o plano,ainda que mais ousado, de apoiar oPBD, ter-lhe-ia dado a vitória. Vejamoscomo: 1...f5!

[ 1...f7 A continuação foi aseguinte: 2.d6 f6 3.h6 g8

4.d7 h8 5.g1 c3 6.c7 f3 7.g2 d3 8.f2 f3+ 9.g2 e3 10.f2 d3 11.c5 h7 12.xd5 xh6 13.c5 g6 14.e2 xg3 15.f2 h3 16.g2 d3 17.h2 f6 18.g2 e6 19.h2 d6 20.g2 d2+ 21.g3 c2 22.h4 g2 23.g5 g1 24.xc2 d5 25.f4 xd4 26.d2+ ... e empated e c o m u m a c o r d o . S p i e l m a n nconduz iu es te f ina l de mane i ra

magistral. O exemplo regist radov e m c o n f i r m a r o q u e d i s s eCapab lanca sob re os f i na is deTorres, isto é, que ninguém os jogac o m p e r f e i ç ã o , a p e s a r de s u afreqüência. ]

2.h6 e4 3.g6 f8! 4.xg4+ d3 5.h4 c3 Este Peão decide a partida. 6.g4 c2 7.h1 h8 Ameaçando 8. ...,TxP!. 8.g5 g8! 9.h7 xg5+ 10.f2

f5+ 11.g2 f8! 12.g1 d2 13.h8 xh8 14.a1 c1 15.xc1 xc1 16.f3 ... ganhando.C a p a b l a n c a e m p r e s t o u m u i t aimportância ao PT inimigo e a partidaterminou, por isso, em empate.

93LaskerSpielmann

[diagrama 211]

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REFUTAÇÃO ELOQÜENTE A UMACRÍTICA DE ALEKHINEOcorreu es ta pos ição também noTorneio de Moscou de 1925. A posiçãodas Brancas é nitidamente superior:

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s e u R e i e s t á c e n t r a l i z a d o , b e mcolocado, existe mais harmonia nadistribuição de seus Peões. Os Peõespretos, ao contrário, estão desligados,sem nenhuma proteção entre si. Coma manobra ganhadora, Alekhine apontaa seguinte, à base do avanço do PCR:

1.g5! [ 1.h5 A part ida continuou: gxh5 2.gxh5

A) 2...b4 Por exemplo : 3.f4Rec omendaç ão de A lek h ine .

( 3.h6 b3 4.xa4 h3 5.d6 xh6 6.b4+ c8 7.xc6 e5+. . . e o f inal estar ia empatado.E s t a v a r i a n t e i n c l u i r i a u m asu t i l eza tá t i c a , d i f í c i l de se rprevista na part ida viva. Esseestudo de Alekhine correu mundoe foi publ icado em numerosasr e v i s t a s e m e s m o e m l i v r o se s p e c i a l i z a d o s e m x a d r e z .P o s t e r i o r m e n t e , p o r é m , ocompositor de finais F. J. Prokop,d e P r a g a , d e m o n s t r o u q u emes mo c o m 1 . P 5T a v i t ó r i acaberia às Brancas e apontou aseguinte recomendação: 2..., T5C3. R4B!!, . . .) 3...xd4+ 4.g5!ganhando. Um método fáci l deganhar e signif icativo o fato denã o t e r s i d o d e s c o b e r t o p o rnenhum dos mest res que, naépoca, analisaram este famosof i n a l . E x e m p l o v a l i o s o ,sumamente demonstrativo paraexemplificar as dificuldades dosfinais de Torres. Com freqüênciaincidem em erro, nesses finais,não somente os executantes daspartidas, mas também os críticos,q u e d i s p õ e m d e t e m p o e d eoutras facilidades para a análise

das posições que se apresentamem xadrez.;

B) 2...c1 Este o lance perdedor,s e g u n d o A l e k h i n e , q u econsiderava necessário, nestemomento, perder um tempo a fimd e c a p t u r a r o P T R b r a n c o ,quando se encontrasse em 6TR;então apoiaria, simultaneamente,os Peões da 3a horizontal. 3.xa4A par t ida Lasker x Sp ie lmannprosseguiu: h1 4.d6 xh5

5.b4+ c8 6.xc6 d5 7.a4 b8 8.b6 As Pretasabandonaram. ]

1...b4 2.h5 gxh5 3.g6 b1 4.g7 g1 5.f6 h4 6.xa4 h3 7.a2 f1+ 8.g6 g1+ 9.h7! e ganham.O grande finalista Lasker (campeãomundial durante 27 anos) preferiu,porém, outra continuação, à base de 1.P5T, a qual, na opinião de Alekhine,apenas daria empate. Tratar-se-ia,portanto, de um equívoco do grandemestre.

94EliskasesKeres

[diagrama 212]

(Diagram)

KERES TAMBÉM SE EQUIVOCAEs te f i na l ocor reu no Torne io deSemmering-Baden, 1937. A partidaparece igual, mas o técnico Eliskasesdescobre uma fraqueza no PCD preto,muito embora esteja defendido poroutro peão! 1.a4! b7

[ 1...bxa4 2.a1 a7 3.xa4 a5

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4.c4 c7+ 5.b3! a7 6.c4! d7 7.a4 b7 8.c5 b2...ganhando o peão. ]

2.d5! Abrindo caminho para o Rei. e6 3.dxe6 fxe6 4.axb5 axb5 Os Peõespretos estão desligados. Sobre elesc o n v e r g e m o R e i e a T o r r e d a sBrancas. 5.e4! As jogadas deEliskases são magistrais. Ameaça,agora, 6. P4B, sem receber xeque daTorre preta em 2D. f7? O erro fatalde Keres, o grande mestre estoniano(e posteriormente, cidadão russo), que,no ano seguinte (1938) obtinha o maisest rondoso êxi to de sua br i lhantecarreira ao vencer o Torneio de AVRO,n a f r e n t e d e F i n e , B o t w i n n i k ,R e s h e v s k y , A l e k h i n e , E u w e ,Ca pab lan c a e F l oh r , os ma io re smestres da época.

[ 5...c7 A melhor defesa era esta 5...., T2B! 6.xb5 xc3 7.b7 c5!E m p a t a n d o o j o g o s e mdificuldades. ]

6.c4 b4 7.d4 e7 8.c5 g5 9.c4 d8 10.xb4 Por fim Eliskases vêseus esforços premiados com o ganhod e u m P e ã o . A c o n t i n u a ç ã o é

instrutiva. f7 11.b2 h5 12.a2!Ameaçando T8T+ seguido de T7T+,trocando as Torres e ganhando com oP e ã o p a s s a d o . c8 13.b5Ameaçando 14.R6B, T2B+; 15.R6D,obr igando as Pretas a um contra-ataque perdedor. h4 14.b6 f3

15.gxh4 gxh4 16.a8+ d7 17.c6+ e7 18.h8 b3+ 19.c7 b2Keres luta, mas, inutilmente. 20.h7+

f6 21.d8 d2+ 22.d7 xf2 23.c7 g5 24.c8 f8+ 25.c7 xc8+ 26.xc8 e5 27.e7E nada mais resta às Pretas do queabandonar. Instrutivo final de Torres,m a g n i f i c a m e n t e c o n d u z i d o p o rEliskases.

95ReshevskyAlekhine

[diagrama 213]

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RESHEVSKY TAMBÉM FALHATorneio de AVRO, 1938. Este exemploilustra dois aspectos importantes nosfinais de Torres: a) o poder de que

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dispõe um forte Peão passado (PTDpreto), que causa dificuldades para ol ad o s u p e r i o r ; b ) u ma van t a ge mmater ial é, muitas vezes, mais umestorvo do que um auxí l io para op roc e d i men to g an had o r . S e nã oexistisse o PD branco, a conduta dasBrancas seria, naturalmente, colocarsua Torre em 5TD, por trás do Peãoinimigo e avançar seus Peões da alado Rei. Fine mostra como as Brancaspoderiam ganhar, seguindo raciocíniosemelhante. 1.a5!

[ 1.d5 A par t ida cont inuou: a3 2.h7+ f6 3.a7 e5 4.a5O Rei preto aproximou-se bastantedo PT; o avanço dos Peões brancostornou-se, agora, mais lento. d2+

5.f3 d3+ 6.e2 b3 7.f2 b2+ 8.g3 b3+ 9.h4 b2 10.h3 a2 Alekhine alcançou omáximo de seu PT, enquanto osPeões brancos permanecem, ainda,em seus lugares in ic ia is . 11.d6+Obrigando o Rei preto a continuarem seu território. xd6 12.g4 c6!Alekhine joga o correto. As Pretase m p a t a m o f i n a l , p o r h a v e raproximado seu Rei do PT passado. ( Se: 12...e6? 13.g3 f6 14.h3

g6 15.h4! ... ganhando.) 13.g3 b6 14.a8 b5 15.h3 b4 16.f4 c2 Ameaçando: a) 17. ...,T5B+; 18. R5B, T4B+; 19. R joga,T4TD!; b) 17. ... , T5B+; 18. R3B,T6B+; 19. R joga, T6TD!; ganhandocom facilidade. As Pretas não têmdefesa contra essa ameaça, e sãoobrigadas a empatar por repetiçãode lances. 17.b8+ c4! 18.a8Lance forçado. b4! 19.b8+ c4

20.a8 Empate. A posição deempate, que Alekhine habilmente

c o n s t r u i u , é i n s t r u t i v a . E s s eresultado é, também, o máximo queas Pre tas pod iam pre tende r . Atentativa de ganho, por parte dasPretas, falha da seguinte maneira:

b3? 21.b8+ c3 22.a8 b2 23.h4 a1 24.xa1 xa1 25.h5 b2 26.g5 c3 27.g6 g2 28.f5... e as Brancas ganham. ]

1...xd4 [ Se: 1...a3 2.e2 b3 3.h4 e6 4.g4 d6 5.h5 ... ganhando comfacilidade. ]

2.e3 b4 3.f3 e7! [ Se: 3...b3+ 4.g4 a3 5.h4 a1 6.h5 a3 7.g4 a2 8.g5... e ganham. ]

4.g4 d7 5.h4 c7 6.h5 b6 7.a8 b7

[ Se: 7...b5 8.h6 c4 9.h7... ganhando. ]

8.e8 a3 9.e1 a2 10.a1 a4 11.h6 c6 12.h7 a8 13.xa2! h8 14.a7 d6 15.g5 e6 16.g6... e ganham. Reshevsky, porém, quisconservar seu PD, dando tempo aogrande Alekhine trazer seu Rei emapoio ao PT.

96NaegeliAlekhine

[diagrama 214]

(Diagram)

INSTRUTIVO FINAL DE ALEKHINETorneio de Zurique, 1934. As Pretasdispõem, praticamente, de um Peão amais, pois seu Peão da ala da Damabloqueia os dois Peões inimigos. A

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m a n o b r a d e g a n h o c o n s i s t e e mcentralizar o Rei preto e avanaçar amaioria de Peões da ala do Rei, o queAlekhine real iza com sua ref inadametria. 1...e5 Centralização do Rei.

2.e3 f5 Avançando a maioria dePeões. 3.h4

[ Outra alternativa seria: 3.f4+ d4! 4.b3 c8! 5.e3 c2+ 6.xc2 xe3 7.a4 bxa4 8.b5 f2 9.b6 e3 10.b7 e2 11.b8 e1 12.a7+ g2 ... e as Pretas conseguem doisPeões na ala do Rei. ]

3...d4 4.b3 h6 5.e3A Tor re b ranc a p rec isa v i g ia r asfraquezas dos Peões da ala de suaDama.

[ Se: 5.b1 c3 6.a1 e3+ 7.fxe3+ xe3 8.a4 bxa4 9.xa4 xg3... e as Pretas ganham. ]

5...g5 6.hxg5 hxg5 7.b3 c8A Torre preta já cumpriu sua missãona coluna BD; dirige-se, agora, paraoutro sítio, isto é, a coluna aberta TR.

8.e3 h8 9.e2 f4 10.gxf4 gxf4 11.c2 Dando casa para a Torrebranca. h2 12.b3

[ Ou t ra a l t e rnat i va s er ia : 12.d2

xf2! 13.xf2 e3+ 14.e2 exf2 15.xf2 c4! ganhando comfacilidade. ]

12...h3+ Para centralizar a Torre. 13.b2 d3 Neste momento, o Reibranco não será mais capaz de pararo avanço do eventual Peão passadoPR ou PB. 14.c2 f3 15.c1 e3

16.fxe3+ xe3 As Brancasabandonam. 17.c8 f2 18.e8+ f3

19.f8+ g2 20.g8+ g3... as Pretas ganham sem dificuldades.

97TarraschThorold

[diagrama 215]

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UM MODELO DE TARRASCHTorneido de Manchester, 1890. AsBrancas possuem um Peão a mais eum Peão do centro, mas o ganho não éfácil, porquanto reclama conhecimentopreciso destes f inais. Reuben Fine,analisando finais similares, distinguecinco etapas na manobra de ganho: 1 -Enfraquecimento dos Peões pretos,

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obringando-os a avançar e deixá-losbloqueados. 2 - Limitando a ação daTor re p re ta , por a tacar os Peõesenfraquecidos. 3 - Avançando o Rei e oPeão passado geralmente até a 5ahorizontal. 4 - Colocando as Pretas em"zugswang", ameaçando marchar como Rei ou capturar mais material. 5 -Transpor tando a pos ição para umganho e lemen ta r . Ve jamos comoTarrasch se conduziu neste final. 1.f2

g6 As Pretas são gentis e colaboramcom o adversár io, avançando seuPeão voluntariamente.

[ Se: 1...d6 2.g3 f4+ 3.e3 f7 4.h3 g6 5.f3 Leva, também,ao objetivo das Brancas. ]

2.h3 h5 A primeira etapa estácompleta: os Peões inimigos estãoenf raquecidos. 3.e3 d6 4.d4A o rdem c om que a segunda e aterceira etapas sejam desenvolvidastem importância secundária, variamcom a posição. e6+ 5.d3 e1

6.g3! e6 A liberdade da Torre pretaestá no fim: completa-se a segundaetapa. 7.e3 d6 8.e5 f6 9.a4Colocando os Peões da ala da Dama asalvo de ataques futuros da Torre pretae preparando o avanço do PD e do Rei.

f2 10.e2 f6 11.b4 f1 12.e5 f2 13.g5! Obrigando o retorno daTor re p re ta . Pe rcebe-se , aqu i , or e s u l t a d o d o s P e õ e s p r e t o senf raquec idos . f6 14.h3 d6

15.e4 e6+ 16.e5 f6 17.d5!!As Pretas são forçadas a permitir aentrada do Rei branco. Jogando aT o r r e p r e t a , c o m 1 8 . T 6 R + , a sBrancas ganham um Peão, ao passoque: ver 17. ..., P4T... d7

[ 17...a5 18.bxa5 bxa5 19.d4! f4+ 20.e4 f6 21.e6+! xe6

22.dxe6 xe6 23.c5 ... com ofinal de Peões ganho. ]

18.g5 d6 19.g3 e7 Evitando atroca das Tor res, que as Brancasameaçavam com T3B. 20.f3 d6

21.e5 Agora se atingiu a segundaposição chave. A Torre preta é forçadaa abandonar a 3a horizontal e o Peãobranco avança até a 6a casa. d8

22.d6+ Excelente detalhe tático. d7A qua r ta e tapa es tá , f i na lmente ,conc lu ída: as peças pre tas foramafastadas o mais possível. Há, agora,diversos meios de ganho. Um deles é:

[ Se: 22...xd6 23.f7+ xf7 24.xd6 ... ganhando o final dePeões. ]

23.f7+ c8 24.c7+ b8 25.c2 e8+ 26.f6 b5 27.d7 h8 28.e7 h7+ 29.d6 h8 30.e2Abandonam. Tarrasch, em seu tempogrande espec ia l i s ta dos f inais deTorres, conduziu, de fato, este final demaneira exemplar.

98TarraschRubinstein

[diagrama 216]

(Diagram)

A I MPO RT ÂNCI A DA TORRE NASÉTIMA HORIZONTALNestes finais a colocação da Torre na7 a h o r i z o n t a l é s o b r e m a n e i r aimportante, pois nessa posição originadif iculdades para o adversário, oraa m e a ç a n d o c a p t u r a r m a t e r i a ldiretamente, ora forçando o sacrifíciode material para evitar xeque perpétuo,

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ou ameaçando combinação de mate.Uma Torre na 7a é, com freqüência,compensação suficiente por um Peão e,muitas vezes, contrabalança a perdade 2 Peões. Vejamos um exemplo.Torneio de San Sebastian, 1911. Nod i a g r a m a 2 1 6 a s B r a n c a s e s t ã oameaçando adiantar seus Peões daa l a d a D a m a , c r i a n d o 2 P e õ e spassados ganhadores. As Pretas nãopodem, no entanto, ficar a espera dosacontecimentos, com jogo passivo. Pori s s o , R u b i n s t e i n p r o c u r a a 7 ahorizontal. 1...d2!! Entregando o PCsob xeque e ficando com desvantagemde 2 Peões, mas a posição da Torre na7a dá-lhe possibilidades de salvação.

2.xb6+ g5 3.e1 [ 3.a4 O convidativo avanço do PTDfalha por: f4 4.a5 f3 5.e1 e2+

6.f1 E não 6.R1D?, por 6. ..., TxPB;7. P6T, P6R!; 8. P7T, T7D+; 9. R1B,P7 B ; g a n h a n d o a s P r e t a s . d2

7.e1 e2+ ... empate por xequeperpétuo. ]

3...c2 4.b5 g4! Ameaçando P5Be P6B 5.h3+ xh3 6.xf5 xb2

7.f4 xa2 8.xe4 h5 9.c4 g2

10.f4 b2 11.h4 f3 O jogo deRubinstein é, na verdade, um modelode precisão.

[ Se: 11...xf2? 12.h2+! xh2 13.xf2 h1 14.c5 ... e as Brancasganham. ]

12.d1 xf2 13.c5 e3 14.xh5 [ Se: 14.c6 f6!! 15.c7 ( se: 15.c4? d3! ganhando a Torre.) 15...c6 com igualdade. ]

14...d4 Empate. Graças ao domíniod a 7 a h o r i z o n t a l , a s P r e t a sconseguiram salvar uma partida, quede outro modo estaria completamenteperdida.

99BotwinnikEuwe

[diagrama 217]

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UMA DE RROTA SALVA PO R UMDETALHE TÁTICOT o r n e i o d e G r o n i n g e , 1 9 4 6 . A sBrancas não devem trocar a Torreporque resultará um final de Peõesperdido. 1.c3 c8 2.f3 f7

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3.e3 e6 4.f4 exf4+ 5.xf4 c4A esperança das Pretas reside nosPeões da ala da Dama. A posição deBotwinnik é pouco agradável. Outraalternat iva interessante para Euweseria 5.. ., P4C+; e se 6. RxP, R4R!

6.bxc4 bxc4 7.h4 h6 Aqui 7..., T4Bfoi apontado pelos críticos como lancepreferível, mas Euwe acha que essajogada conduz ao mesmo resultado dapartida. 8.g5 h5 9.e3! Botwinnikpensou quarenta minutos nesta jogada.

e5 10.c2! c3 11.d3 d8+Euwe fo i cr i t icado por este lance,apontando alguns críticos 11..., R5Bcomo ganhanador, mas... (ver R5B)Euwe evitou não só a troca das Torres,mas também entrou numa linha de jogona aparência ganhadora. Um detalhetát ico f inal , porém, derrubou suasesperanças de vitória.

[ 11...f4 12.d4 d8+ 13.xc3 c8+ 14.d3 xc2 15.xc2 xe4... não ganha o final, pois... 16.c3

f5 17.d4 g4 18.e5 xh4 19.f6 g4 20.xg6 h4... e ambos os lados vão a Dama,com empate. ]

12.e3 d4 13.xc3 xe4+ 14.f3 xh4 15.c6! f4+ 16.e3 e4+ 17.f3 f5 A primeira vista asBrancas parecem perdidas. 18.f6+

xg5 19.xg6+! Detalhe tático, queanulou os es forços das Pretas. Apartida terminou empatada, uma vezque as Pretas não podem promoverseu PT.

100Rei e CavaloRei e Peão

[diagrama 218]

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CAVALO X 1 PEÃOO final de Cavalo contra um Peão estáempatado desde que o Cavalo possaalcançar qualquer casa na coluna doPeão e na frente dele, exceto a casa1T. Quando se tratar de PT, o Peãoconseguirá sua promoção se estiverem 7T. 1...c2

[ 1...b4 (Manobra para que opr imeiro lance seja de Brancas)

2.h7 a4 3.h8 b3Jogam as Brancas: 4.d2+ c2

5.c4 b1 6.a3+ c1 7.xb1Empate. ]

2.a3+ b3 3.b1 a2 4.d2Empate.

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101Rei e CavaloRei e 2 Peões

[diagrama 219]

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CAVALO X 2 PEÕESO final de Cavalo x dois Peões, emge r a l , e mp a t a , p o r q u e o C a va l oconsegue bloquear os Peões, mesmosendo ligados. 1.f3! b3

[ Ou: 1...h7 2.f7 ] [ Ou: 1...c3 2.d4 ]

2.d2 b2 3.b1 h7 4.f7 h6 5.f6 E as Brancas capturam osPeões pretos, alcançando empate.

102Rei e PeãoRei e 2 Cavalos

[diagrama 220]

(Diagram)

2 CAVALOS X 1 PEÃOJ á v i mo s n o c a p í t u l o d o s ma t e selementares, que dois Cavalos não dão

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mate forçado contra Rei sozinho; mas,havendo um Peão para o lado inferior,o mate é, mui tas vezes, poss ível .Vejamos um exemplo. Esta posiçãoocorreu na partida Znosko-Borowski xA. Sei tz. Torneio de Niza, 1931. Aidéia neste final é obrigar o Rei brancoa dirigir-se a uma das casas angulares,sob ação do Rei e 1 Cavalo apenas,f i c a n d o o o u t r o C a v a l o d e 4 B Rbloqueando o Peão, até se atingir umaposição tal que o Rei branco fique semmovimentos, na casa angular . Aí ,en tão , o Cava lo b loqueado r ve mrealizar o mate. Não existindo o Peão,o jogo estará empatado, pois com 2Cavalos não se pode dar mate forçado;os lances deixariam o Rei tolhido, comfalta de movimentos. 1...c4 2.f3

f6 3.e2 c3 4.d1 g4 5.e2 ge3 6.e1 d3 7.f2 d5Apenas este Cavalo se movimenta. Ooutro permanece imóvel, bloqueando oPeão. 8.e1 c3 9.f2 e4 10.f1

f3 11.e1 e3 12.f1 d1 13.e1 f2 14.f1 d3 15.g1 e2 16.g2 f2 17.g1 g4A tarefa das Pretas é árdua, mas o

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o b j e t i v o s e r á a l c a n ç a d o . 18.g2 ge3+ 19.h2 f2 20.h3 f3 21.h2 g4 22.h1 g3 23.g1 h4! E agora há mate em 3 lances. 24.f5 f3+ 25.h1 d1 26.f6 f2#0-1

103Rei, Peão e CavaloRei

[diagrama 221]

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CAVALO E PEÃO X REI 1...c8! O correto. O Rei deve ocuparcasa da mesma cor que a do Cavalo. Arazão é clara: a manobra defensivadas Pretas é conservar seu Rei nascasas 1BD-2BD. Estando o Rei pretoe m 1 B D, c a s a b r a n c a , n o l a n c eseguinte deverá estar em 2BD, casapreta. As Pretas só perderiam no casode 2BD se encontrar dominada peloCavalo branco, o que não se verifica.

[ Se: 1...c7? 2.g3 c8 3.e4 c7 4.d6! e as Brancasganhariam. ]

2.g3 c7 3.e4 c8 4.d6+ c7 5.b5+ c8 Empate.

104Rei, Cavalo e PeõesRei, Cavalo e Peões

[diagrama 222]

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FINAL DE CAVALOS E PEÕESNos finais de Cavalos e Peões, o ladoque tiver um Peão a mais, geralmente,ve n c e , m o r m e n t e s e o P e ã o f o rpassado. A posição do diagrama 222ocorreu na partida Keres x Reshevsky:Leningrado-Moscou, 1939, e constituiuinstrutivo exemplo pelo procedimentoganhador. 1...f8 2.f1 e7 3.e2

d6 4.c2 e5 5.e3 b2 6.d1 a4 As Pretas não podem,naturalmente, trocar os Cavalos. 7.d3

d5 8.e3+ c5 9.f5 Forçandof raquezas nos Peões in imigos . g6

10.h6 f5 11.f7 d5 12.g5 c5+ 13.e3 h6 14.f3 g5 15.g3 e4 16.d4 xc3 17.xf5 h5Transforma-se, agora, a posição numfinal de Cavalo e 3 Peões X Cavalo e

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2 Peões, ganho para as Brancas. 18.f4! Fixando os Peões pretos.Vejamos a continuação ganhadora.

[ Na partida, Keres continuou com: 18.g7 h4 19.gxh4 gxh4 20.f4 h3! 21.f5 e6 22.g3 d5.. . e a pos ição favorável do Reipreto garantiu-lhe o empate. ]

18...g4 [ Ou: 18...gxf4+ 19.xf4 e4 20.h4 f6 21.g7 d6 22.f5 e7 23.g6 ... ganhando. ]

19.g7 d6 20.xh5 e6 21.g7+ f6 22.e8+ As Brancas ganhamsem dificuldades.

105Rei e 2 PeõesRei e Bispo

[diagrama 223]

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BISPO X 2 PEÕESDois Peões podem ganhar cont raBispo, em determinadas posições. Odiagrama 223 (H. Otten) é um exemplo.

1.a5 f8 Para jogar 2..., B4B. 2.d5 h6 Procurando a casa 6R. 3.g5+!!

xg5 [ Ou: 3...xg5 4.a6 etc... ]

4.e4 h4 5.f3! E o Peão marchapara a vitória.

106Rei, Peão e BispoRei

[diagrama 224]

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BISPO E PEÃO DA TORRE X REIHá empate, nestes f inais, quando acasa de promoção do Peão for de cordiferente da casa por onde o Bispomarcha. 1.b5 b7 2.a6+ a8

3.b6 b8 4.e5+ a8 Empate.

107Rei, Peão e BispoRei e Bispo

[diagrama 225]

(Diagram)

BISPO E PEÃO X BISPO

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Quando o Rei preto estiver na frentedo Peão, em casa de cor oposta a doBispo inimigo, o final estará empatado.

1.d5 d8 2.d6 a5 3.d5 b6Empate.

108Rei, Peão e BispoRei e Bispo

[diagrama 226]

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Há possibilidades de vitória, quando o

Rei preto estiver atrás do Peão inimigoe afastado mais de duas horizontais.

1.c6 e2 2.d5 b5 3.e6 e3 4.d7 f1 5.c6 d4 6.c7 a6 7.c6 e5 8.b6 e ganham.

109Rei, Bispo e PeõesRei, Bispo e Peões

[diagrama 227]

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FINAL DE BISPOS E PEÕESNos finais de Bispos e Peões, estandoos Peões do mesmo lado, e havendoum Peão a ma is , es te dec id i r á apart ida. O procedimento ganhardorconsiste em: 1 - Centralizar o Rei eBispo. 2 - Criar um Peão passado eavançá-lo o mais possível. 3 - Quandoo Bispo bloquar o Peão, forçar a trocados Bispos. Quando o bloqueador forRei preto, dirigir-se com o Rei brancopara o ou t ro lado , capturando osPeões inimigos. 1...g6 2.f1 f8

3.e2 e7 4.d3 d6 5.c4O Rei está, agora, centralizado. c6

6.b4 b6 7.f3 c7 8.a4 b6 9.d4

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c7 10.b5+ axb5+ 11.axb5+ b7O Peão passado já apareceu. 12.d5

b8 13.b6 h2 14.e5 g1 15.d6Entregando o Peão passado, mas indoem busca dos Peões pre tos . xb6

16.e7 c5 17.xf7 d5 18.g7 h5 19.xg6 E as Brancas ganhamfacilmente.

110Rei, Bispo e PeõesRei, Bispo e Peões

[diagrama 228]

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BISPO BOM E BISPO MAUQuando um Bispo é forçado a defenderum número de Peões, que estão emcasas da mesma cor desse Bispo,essa figura perde sua agilidade, ficato lhida em seus movimentos . Suafunção reduz-se a de um s implesPeão: torna-se um BISPO MAU; o seuoponente, que conserva sua liberdadee sua mobilidade, é chamado BISPOB O M . M e s m o e m p o s i ç õ e s c o mmaterial equilibrado, ou sem grandesfraquezas, o Bispo mau pode ser uma

contingência fatal. Vejamos um bomexemplo . Nes ta pos i ção (par t i daSchelfhout x Menchik) o Bispo preto éo Bispo mau; seu oponente é o Bispobom. As Pretas estão em "zugzwang",isto é, em jogando, perdem. Mas ol a n c e p e r t e n c e à s B r a n c a s . Oprocedimento ganhador consiste emas Brancas perderem um tempo, paraqu e s e jam as P re t as a j og ar , naposição do diagrama 228. O Bispoperde um tempo, retornando à mesmacasa num número ímpar de jogadas.Ora, isto acontecendo na diagonal 1D-5TR, vai permitir às Pretas repetiremseu movimento na diagonal preta 1R-4TR, voltando a posição inicial. Assim:

1.d1 g6 2.e2 f7 3.f3 e8Mas, se a manobra se realizasse nad ia go n a l 1TR -8 TD da s B r anc as ,apenas estas alcançariam seu objetivopois na diagonal preta 1R-5TD, nãohaverá espaço para essa manobra.Assim: 4.g2 d7 5.h1 e8 6.f3Voltamos à posição do diagrama 228,tendo as Pretas o lance. d7 7.xh5

c8 8.e8 b7 9.d7 g6 10.g3 f6 11.f3 g6 12.e3 f6 13.d4 a8 14.c8 e7 15.e5As Brancas ganham com facilidade.

111Rei, Peão e CavaloRei e Bispo

[diagrama 229]

(Diagram)

CAVALO E PEÃO X BISPOQuando o Rei preto estiver afastado doPeão, o ganho será fác i l . (Kosek,

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1910). 1.d6 g1 2.c6 b6 3.e6 c7 4.d7 b8 5.b5 g2 6.c7 f3 7.c8 a7 8.b5 b6 9.a3!

[ E não: 9.b7? por: d8 10.a3 e4 11.c4 d5 ... com empate. ]

9...e4 10.c4 f2 11.d7 g3 12.d6+ E o Peão vai a Dama.

112Rei, Bispo e PeõesRei, Cavalo e Peões

[diagrama 230]

(Diagram)

CAVALO X BISPO MAUVimos, no diagrama 228, a fraqueza deuma posição com um Bispo mau, isto é,Peões e Bispo situados em casas damesma cor. Contra um Cavalo, o Bispomau é, ainda, mais fraco. Vejamos umexemplo magnífico, tirado de partidaviva. Henneberger X Nimzowi tch.Torneio de Winterthur, 1931. O ganhoé a r q u i t e t a d o , c o l o c a n d o - s eprimeiramente o Bispo em "zugzwang",

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forçando a seguir a entrada do Reipreto. 1...e4 2.e2 d5 3.e3A s p r e t a s p o d e m i m o b i l i z a rcompletamente o B ispo , somentecolocando seu Cavalo em 8CD. Se,feito o lance preto ..., C8CD, o Bispose encon t ra r em 2D, as Brancas ,jogando, empatam com B1R, P6T; B2D,CxB; RxC, R5R; R2R, e as Brancas,t e n do a o p os i ç ão , c o n s e g u e m oempate. Então, as Pretas devem jogar..., C8CD; somente com o Bispo em 1R,pois se então B2D, CxB; RxC, R5R;R2R, P6T!; agora são as Pretas queganham a oposição! Por conseguinte,as pretas devem perder um tempo comseu Rei, isto é, movendo-o e trazendo-o à posição inicial num número ímparde jogadas. d6! 4.e2 c6 5.e3

d5 Agora voltamos à posição doterceiro lance, cabendo o lance àsBrancas. 6.e2 d6 O Cavalo dirige-se à casa chave. 7.e3 b5 8.d2

a3 9.c1 Evitando a continuação,que se inicia com 9.B1R, C8C; 10. B2D,CxB; que como vimos, dá vitória àsPretas. b1 10.b2 a3 11.a1Imobilizado o Bispo, entrará em cena o

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Rei preto. d6 12.e2 c6 13.d1O C a v a l o e s t á p e r d i d o ; m a sNimzowitch tem bem calculada todaseqüência seguinte. d5 14.c2

e4 15.xb1 f3 16.b2 axb2!! [ E não: 16...xg3? por: 17.xa3 f3 18.c5 g3 19.a4 g2 20.d5!e as Brancas ganham! ]

17.a4 xg3 18.a5 h2 19.a6 g3 20.a7 g2 21.a8 g1+ 22.xb2 g2+!! Nimzowitch estava inspirado,sem dúvida. 23.xg2+ xg2 24.a3

f3 25.b4 xf4 26.xc4 e3 27.d5 exd5+ 28.xd5 f4E as Brancas abandonaram. Uma obra-pr ima de Nimzowitch. Excelente emagistral exemplo de cálculo preciso.

113Rei e TorreRei e Bispo

[diagrama 231]

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TORRE X BISPODe uma maneira geral, há empate nosfinais de Torre contra Bispo. Haverá,porém, ganho se o Rei preto estiver em

casa angular da mesma cor de seuBispo, ou se est iver no centro dashorizontais extremas (colunas BD, D, R,e BR), tendo as Brancas a oposição. ORei preto está no ângulo certo, isto é,em casa angular de cor diferente da doBispo. 1.a8+ g8 Empate.

114Rei e TorreRei e Bispo

[diagrama 232]

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O Rei preto está no ângulo errado.Deve, pois, perder. 1...b8 2.b6

g4 3.h7 e6 4.e7 g4 5.e8+ c8 6.h8 a8 7.xc8#1-0

115Rei e TorreRei e Bispo

[diagrama 233]

(Diagram)

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Final de Kling e Horwitz, 1891. O Reipreto está em casa central na margemdo tabu le i ro , em oposição ao Reibranco. A idéia de ganho é obter umtempo, ameaçando mate e o Bispo.

1.g3 e4 [ 1...d5 2.d3 Em todas asalternativas a Torre branca atinge a8 a h o r i z o n t a l , g a n h a n d o a sBrancas. ]

2.e3 g2! 3.e2 f3 4.f2! c6 5.c2 d7 6.b2! c6 7.b8+ e8 8.a8 g8 9.xe8+ h7 10.f8 h6 11.h8#1-0

116Rei e TorreRei e Cavalo

[diagrama 234]

(Diagram)

TORRE X CAVALOO f inal de Torre X Cavalo em geralresul ta em empate. Entretanto, as

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Pretas devem permanecer no centro damargem do tabuleiro, porque todos oscasos de ganho ocorrem com o Rei emcasa angular. 1...d8+ 2.d6 b7+

3.d5 d8 As Brancas nada podemfazer. 4.h8

[ 4.e7 b7 As Brancas não podemameaçar mate, nem obrigar o Reipreto a dirigir-se à casa angular. Oresultado é empate. ]

4...d7

117Rei e TorreRei e Cavalo

[diagrama 235a]

(Diagram)

As Brancas com o lance vencem. 1.b6! b8

[ Ou 1...c8+ 2.c7 a7 3.b8# ] 2.b2!!

[ 2.a5+ (Manobra para que oprimeiro lance seja de PRETAS).

a8 3.a6 Jogam as Pretas: há

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empate. c8 4.b2 Não há nadamelhor. ( Se 4.b7 d6 5.d7

c8 6.d8 b8 etc. ) 4...e7!! ( E não: 4...a7? por: 5.b6... como antes.) 5.b6 b8 6.c5+

c7 Empate. ] 2...c8+ 3.c6+ a8

[ Ou 3...a7 4.c7 a6 5.xc8 ] 4.c7 ... e ganham.

118Rei e TorreRei e Cavalo

[diagrama 235b]

(Diagram)

Para as Brancas ganharem o final deTorre X Cavalo, deverão usar um, oum a i s , d o s 3 e s t r a t a g e m a s : 1 -Ameaçando mates. 2 - Obrigando oCavalo a situar-se em posições sem adefesa do Rei preto. 3 - Colocando oCavalo em "zugzwang" e capturando-o.Neste exemplo encont ramos os 3estratagemas. 1...g7

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[ Se: 1...g3 2.e1 g7 3.g4... ganhando o Cavalo. ]

2.e7 g8 3.g6 h8 4.a7! e8 [ Se: 4...e6 5.a8+ ... com mateno próximo. ]

5.a8 g8 6.xe8#

119Rei e DamaRei e Peão

[diagrama 236]

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DAMA X UM PEÃOA idéia ganhadora é forçar o Rei pretoa ocupar a casa 8R, na frente do seuPeão, dando tempo ao Rei branco dese aproximar. 1.f7+ g3

[ Se: 1...e1 2.c6 etc. ] 2.e6 f2 3.f5+ g2 4.e4+ f2 5.f4+ g2 6.e3 f1 7.f3+!Posição crucial. e1 Agora este lancefoi obrigado. 8.c6 d2 9.f2 d1

10.d4+ c2 11.e3 d1 12.d3+! e1 13.d5 f2 14.d2 A manobraé sempre a mesma. f1 15.f4+

g2 16.e3 f1 17.f3+! e1 18.e4 d2 19.d3+ e1 20.f3 f1 21.xe2+ g1 22.g2#Um simples Peão sustentando umaluta de 22 lances contra uma Dama!Contra o PB, ou o PT, essa manobraem zique-zaque não alcançaria êxito,pois as Pretas dispõem de posição deempate.Os do is d iagramas seguin tes nosmostrarão esses casos.1-0

120Rei e DamaRei e Peão

[diagrama 237a]

(Diagram)

1.b3+ a1! As Brancas não podemtomar o Peão, nem ganhar temponecessário para aproximação do Reibranco. Há, pois, empate.

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121Rei e DamaRei e Peão

[diagrama 237b]

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1.g3+ h1! As Brancas, para evitaro empate, devem dar lance ao Reii n i m i g o . N ã o p o d e m , p o r t a n t o ,aproximar seu Rei . O resu l tado éempate.

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122Rei e DamaRei e Torre

[diagrama 238]

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DAMA X TORREA Dama vence contra Torre embora oprocesso ganhador seja, por vezes,mu i to d i f í c i l . A i d é i a b á s i c a da sBrancas ( lado que tem a Dama) éforçar as Pretas a uma posição de" z u g z w a n g " . A s P r e t a s t ê mp o s s i b i l i d a d e s d e e m p a t e s emantiverem sua Torre perto do Rei eevitando, desta forma, que um xequede Dama possa capturar a Torre. Nodiagrama 238 (Berger), as Pretas,para conservar sua Torre perto do Rei,são forçadas a procurar a margem dot a b u l e i r o , o n d e a p o s i ç ã o d e"zugzwang" será inevitável. 1.b2 f4

2.c3 e4 3.d3 d4+ 4.e3 d5 5.h2+ f5 6.f4+ e6 O Rei pretocomeça a afastar-se de sua melhorposição, isto é, o centro. 7.e4 d6

8.f5+ e7 9.e5 d7 10.f6+ e8 11.h8+!

[ E não: 11.e6?? por: d6+!

12.xd6 e "pat". A esperança dasPretas, no final de Dama x Torre, éconseguir uma dessas posições. ]

11...f7 12.h7+ e8 13.g8+ e7 14.c8 Agora, Rei e Torre das Pretasdevem separar-se. d1

[ Se: 14...d8 15.e6+ f8 16.f6. . . c o m m a t e i n e v i t á v e l . . . d7

17.xd7 g8 18.g6 h8 19.c7 g8 20.c8# ]

15.c5+ d7 16.b5+ d8 17.a5+ c8 18.c3+ d7 19.b4 c7 20.c4+ d8 21.e6 e1+ 22.d6 d1+ 23.c6 d7 24.c5E as Pretas não podem ev i ta r asa m e a ç a s D 8 B m a t e o u D 5 T +ganhando a Torre.

123Rei e DamaRei e Torre

[diagrama 239]

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Este antigo exemplo de Philidor (1782)ilustra as oportunidades de empatedas Pretas . 1...h7+ 2.g2 g7+

3.f3 f7+ 4.g4 g7+ 5.f5

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As Brancas procuram a casa 6BR paraseu Rei; com isso, pretendem esgotaros xeques da Torre. f7+ 6.g6 g7+

7.f6 g6+! 8.xg6 Empate. (VER"REGRAS PARA O FINAL" NO FINALDO CAPÍTULO II)½-½

124Ganho de Peçascaptura de peças defendidas

[diagrama 244]

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1...a6 2.a4? Um erro. As Brancasdeveriam jogar 2. B4B ou 2. B3D. b5

3.b3 c4 Este é um caso interessantede ganho de peça imobi l i zada. OBispo encontra-se defendido por 2Peões, P2T e P2B, e atacado apenaspor um Peão inimigo.

125Ganho de Peçascaptura de peças defendidas

[diagrama 245]

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1...g7 2.h5? e5 Produz-seinteressante posição de bloqueio doCavalo, que se comporta, agora, comopeça imóvel. O Rei preto irá capturá-lo.

3.b3 d7 4.c2 e6 5.d2 f5 6.e3 g4 As Pretas ganham oCavalo e a partida.

126Ganho de Peçasataque simultâneo

[diagrama 254]

(Diagram)

1.f6! Ameaçando mate com TxP+ eDxP. xh5 2.xg7+ h8 3.xf7+E dá-se interessante caso de ataquesimultâneo ao Rei e demais peças.

g8 4.g7+ h8 5.xb7+ g8 6.g7+ h8 7.g5+ h7 8.xh5

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g6 9.h3 xf6 10.xh6+As Brancas ganham. Este final ocorreuna partida C Torre x E. Lasker, Moscou,1925.

127Ganho de Peçasataque simultâneo

[diagrama 255]

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Repete-se, aqui, a mesma idéia dod iagrama anter ior . 1.xg7+ h8

2.xf7+ g8 3.g7+ h8 4.xd7+ g8 5.g7+ h8 6.xc7+ g8 7.g7+ h8 8.xb7+ g8 9.g7+ h8 10.xa7+ g8 11.g7+ h8 12.xg1+ h7 13.xh1+ Verdadeiradevastação! Este exemplo mostra,sif icientemente, a força do Bispo eTorre nessas pos ições, atacando,simultaneamente, várias peças.

128CombinaçõesPregaduras

[diagrama 266]

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O Cavalo branco está pregado pelaDama preta. Há ainda a ameaça deT7B, re forçando o a taque sobre oCavalo branco.As Brancas tomam providências e seuprimeiro lance parece muito inocente.

1.g1! xe2 2.xe2 c2 As Brancasp a r e c e m p e r d i d a s . 3.c1!Ag o ra a T o r re p r e t a é q ue f i c o upregada. Sobre essa peça convergemduas b rancas , a Dama e a Torre ,ameaçando capturá-la.

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Ainda, a Torre preta não pode deslocar-se pela ameaça das Brancas DxD.Verdadeiro dueto de pregadura contrap r e g a d u r a , o u me l h o r a i n d a , d e"caçador caçado".

129CombinaçõesPromoções

[diagrama 270]

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O primeiro lance é fácil de encontrar: 1.PxD, mas que promoção realizar? Sefor Dama ou Torre a part ida estaráempatada, pois as Pretas ficarão semmovimentos.A promoção a Cavalo, contudo, dará avitória às Pretas, com 1..., R7T; e 2...,P8C=D.É necessária outra promoção. 1.gxh8!

h2 2.e5+ g1 Novamente asPretas estão sem movimentos. 3.b5!

axb5 4.c7 b4 5.e6 b3 6.g5 b2 7.f3#

130CombinaçõesAtaque Duplo do Cavalo

[diagrama 274]

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A manobra final do duplo de Cavaloproporciona lances de grande beleza.

1.xh5! xh5 2.g8+ d7 3.xe6+! xe6 4.g7+ d7 5.xh5As Brancas ganham.

131CombinaçõesGarfo

[diagrama 279]

(Diagram)

A possibilidade do "garfo" permite avitória das Brancas. 1.xb6! axb6

2.f2 Ameaçando mate com P3C. g4 [ Se: 2...xh3 segue-se 3.gxh3 g4 4.hxg4 hxg4 5.fxg4 seguido deP4CD e P5T, ganhando. xe4 6.b4

f4 7.a5 bxa5 8.bxa5 xg4 9.a6 e4 10.a7 f4 11.a8 e3+ 12.e2

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e5 13.e8+ d4 14.xe3+ d5 15.f4 c5 16.e4 d6 17.d3 c5 18.c3 d6 19.c4 c7 20.e6 b7 21.c5 a7 22.b3 a8 23.c6 a7 24.b7# ]

132CombinaçõesSacrifício de Dama

[diagrama 280]

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SACRIFÍCIO DE DAMA

O sacr if íc io da Dama, a peça maispoderosa do tabuleiro, efetua-se tendoem v i s t a um a p o s i ç ã o i me d ia t a ,claramente ganhadora.É de efeito surpreendente, deleitandoos espectadores da partida.Exemplos: 1.xc6+! bxc6 2.a6#1-0

133CombinaçõesSacrifício de Dama

[diagrama 281]

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Esta posição é de uma partida jogadaem 1869, no Torne io de Barmen.Brancas: Anderssen. 1.xh7+! xh7

2.f6+ g8 3.h7+! xh7 4.h3+ g8 5.h8#1-0

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134CombinaçõesSacrifício de Dama

[diagrama 282]

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Brancas: KrauseJogam as Brancas e ganham. 1.e7+!

xe7 2.d8+ e8 3.g8+! xg8 4.xe8#1-0

135CombinaçõesSacrifício de Dama

[diagrama 283]

(Diagram)

As Brancas entregam a Dama paravalorizar o Peão avançado. 1.h8+!

xh8 2.g7+ g8 3.h7+! xh7 4.g8+ h6 5.h8# Os sacrifícios deDama são muito freqüentes. Em váriosdos diagramas seguintes serão elesencontrados, principalmente naqueles

a b c d e f g h

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relativos aos "ataques ao roque".1-0

136Ataques ao Roquefalta o PTR

[diagrama 292]

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ATAQUES NA COLUNA TR ABERTA(Falta o PTR)Nos ataques contra o roque, estando acoluna TR aberta, por faltar o PT, ou

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quando existe uma manobra imediatapara abr i r essa co luna, adqui remimportância, como peças de ataque, aD a m a e a s T o r r e s , q u e s emovimentam facilmente pela coluna.Vejamos alguns exemplos:(diagrama 292) A coluna TR aberta nãoé a única fraqueza do roque preto.Falta o Cavalo em 3BR também. Maseste exemplo mostra muito bem comoexplorar a debilidade principal do roque,isto é, a falta do P2TR. 1.h4+! g8

2.h8+! xh8 3.h3+ g8 4.h8+ xh8 5.h5+ g8 6.h7#É importante, nestes casos, ter a casade escape 2BR das Pretas vigiada poruma peça. É o papel do Peão branco,além de apoiar a Dama no mate.1-0

137Ataques ao Roquefalta o PTR

[diagrama 293]

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1...h1+! 2.xh1 h2#O roque privado do seu PT e do Cavalo

em 3B permitiu esse desenlance.0-1

138Ataques ao Roquefalta o PTR

[diagrama 294]

a b c d e f g h

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As Pretas almejam a abertura da colunaTR 1...g3! 2.hxg3 h8+ 3.g1

h2#0-1

139Ataques ao Roquefalta o PTR

[diagrama 295]

(Diagram)

1.h8+! xh8 2.h6+! g8 3.xg7#I n s t r u t i v o e x e m p l o d e a t a q u e epregadura vitoriosa por estar débil oroque das Pretas.1-0

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140Ataques ao Roquefalta o PTR

[diagrama 296]

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1

As Brancas conseguem abrir a colunaTR. 1.xh7+! xh7 2.g6+ g8

3.h8+ f7 4.f8+! xf8 5.d6#1-0

141Ataques ao Roquefalta o PTR

[diagrama 297]

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1...h2+! 2.xh2 f2#0-1

142Ataques ao Roquefalta o PTR

[diagrama 298]

(Diagram)

O xeque de Dama branca em 8T éineficaz, por existir a via de escape2BR.A manobra das Brancas é instrutiva.

1.g6! a6 2.h7 c7 3.h5!Seguido de mate com T8T.Esta manobra de colocar a Dama portrás da Torre permitindo o ataque e av i g i l â n c i a d a c a s a 2 B R é m u i t oi n s t r u t i va . xh2+ 4.xh2 c7+

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5.g1 h2+ 6.xh2 xf1 7.h8#1-0

143Ataques ao Roquefalta o PCR

[diagrama 299]

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ATAQUES NA COLUNA CR ABERTA(Falta o PCR)Diante de um roque em que a colunaCR se encontra aberta, por falta do PC,

ou suscetível de ser aberta por ums a c r i f í c i o d e p e ç a , a d q u i r e mimportância, novamente a Dama e asTorres.As Torres, nestas posições, atuam comfo rça máxima, p r inc ipa lmente sedobradas no sentido vertical.Vejamos alguns exemplos: 1.xg7+!A c o l u n a C R é a b e r t a m e d ia n t es a c r i f í c i o . xg7 2.xg7+! h8

3.g8+ xg8 4.g1#1-0

144Ataques ao Roquefalta o PCR

[diagrama 300]

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Novamen te a c o luna será abe r tamediante sacrifício. 1...xg2! 2.xg2

g4+ 3.h1 f3+ 4.g1 e6 5.e1 g6+ 6.f1 g2 7.b6 xh2 8.d8+ h7 9.h4+ xh4 10.xc4 h1#0-1

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145Ataques ao Roquefalta o PCR

[diagrama 301]

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1...xg2+! 2.xg2 g4+ 3.g3 h3+ 4.g1 f3 E o mate é inevitável. 5.xb6 g2#0-1

146Ataques ao Roquefalta o PCR

[diagrama 302]

(Diagram)

1...h3+! 2.xh3 f3+ 3.h4 g5#Uma combinação instrutiva e elegante.0-1

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147Ataques ao Roquefalta o PCR

[diagrama 303]

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1.g3+ h8 2.h6! Ameaçando matecom D7C. g8 3.e8 Magnífico lance.

xe8 [ Se: 3...xe8 4.g7# ] [ E se: 3...d6 4.g7# ]

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4.f6+ g7 5.xg7#1-0

148Ataques ao Roquefalta o PBR

[diagrama 304]

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ATAQUES NA DIAGONAL ABERTA(Falta o PBR)O avanço do PBR de uma casa abre,sobre o roque, a diagonal 2TD-8CR. Oavanço de duas casas desse Peão,quase sempre acompanhado de P3CR,defendendo o Peão em 4BR, possibilitaa abertura de uma outra diagonal, 1TD-8TR. As peças, que aproveitam essasdiagonais abertas, são os Bispos e aDama.Vejamos alguns exemplos:(diagrama 304) A d iagonal aber tapermite uma combinação brilhante.

1.a2+ h8 É claro que se 1..., R1B,segue 2. D7B++ mate. 2.f7+ g8

3.h6+ h8 4.g8+! xg8 5.f7#1-0

149Ataques ao Roquefalta o PBR

[diagrama 305]

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Brancas: EuweNesta part ida as Pretas f i zeram osacrifício das duas Torres, a f im deg a n h a r t e mp o n o a t a q u e a o Re ibranco.A Dama branca acabou de capturar aTR. 1...h3! Entregando a Torrerestante. 2.xa8 c5+ 3.h1 xg2+!

4.xg2 g4+ 5.f1 f3+ 6.e1 f2#0-1

150Ataques ao Roquefalta o PBR

[diagrama 306]

(Diagram)

O a v a n ç o d o P B R p r e t o a b r i u ad iagona l f a t í d i c a . 1.xf6! gxf6?

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2.d5+ h8 3.xf6+ g7 4.xg7#1-0

151Ataques ao Roquefalta o PBR

[diagrama 307]

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As Pretas acabaram de jogar ...,P4B?,p r o c u r a n d o a t a c a r a p o s i ç ã odesfavorável do Rei inimigo, mas aabertura da diagonal sobre seu roque é

fatal. 1.d5+ g7 [ Se: 1...h8 2.e5# ]

2.e5+ h6 [ Se: 2...f6 3.g8+ h6 4.g5+ h5 5.f3# ]

3.g5+ h5 4.f3#1-0

152Ataques ao Roquefalta o cavalo

[diagrama 308]

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ATAQUES AO P2TR (Falta o Cavaloem 3BR)O Cavalo em 3BR protege o P2TR, queapenas se encontra defendido pelo Rei.A fa l ta desse Cavalo dá or igem aataques sobre o P2TR.Reproduzem-se muitos dos casos quejá estudamos nos ataques à colunaTR suscetível de ser aberta.Vejamos outros exemplos:(diagrama 308) Esta posição sucedeamiúde na Defesa Francesa (1.P4R,P3R). A ausência do Cavalo em 3BRd á m a r g e m a u m b e l o a t a q u e .

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1.xh7+! xh7 2.g5+ g8 [ A o u t r a f u g a d o R e i : 2...g6é c o m b a t i d a c o m : 3.g4!ameaçando CxPR+desc., ganhandotambém. ]

3.h5 e8 4.xf7+ h8 5.h5+ g8 6.h7+ f8 7.h8+ e7 8.xg7#1-0

153Ataques ao Roquefalta o cavalo

[diagrama 309]

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As Brancas estão ameaçando matecom DxPT, o que é possível devido àfalta do Cavalo preto em 3BR. 1...h6

2.h4! Lance muito instrutivo e típiconestas posições. hxg5 3.hxg5 f6Procurando escapar via 2BR. 4.g6!E o mate é inevitável. e4 5.h7#1-0

154Ataques ao Roquefalta o cavalo

[diagrama 310]

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1.xh7+! xh7 2.g5+ fxg5 3.hxg5+ g8 4.h8+ xh8 5.h5+ g8 6.g6E o mate é inevitável. xf2 7.h7+

f8 8.h8#1-0

155Ataques ao Roquefalta o cavalo

[diagrama 311]

(Diagram)

1.xh7+! xh7 2.g5+ g6 [ Se: 2...g8 segue 3.h5 fd8 4.h7+ f8 5.h8+ e7 6.xg7etc. ]

3.g4 f6 4.xe6+! fxe6 5.xe6#1-0

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156Ataques ao Roquefalta a torre

[diagrama 312]

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ATAQUES AO P2BR (Falta a Torre em1BR)A ausência da Torre em 1BR deixa oP2BR defendido apenas pelo Rei.Sobre esse Peão é dirigido o ataqueinimigo e, não raro, é o Cavalo ou o

Bispo que inicia o assalto.Vejamos alguns exemplos:(diagrama 312) Este é um caso muitoelementar. 1.xf7+! xf7? 2.e6#1-0

157Ataques ao Roquefalta a torre

[diagrama 313]

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O Peão de 2BR preto sem defesa e aposição encerrada da Dama permitemum f inal br i lhante . 1.xf7! xf7

2.b3+ g6 [ Se: 2...f8 3.c4 ganhando apartida pela ameaça de mate, em7BR, das Brancas. e6 4.xe6

d5 5.xd5 xd5 6.xd5 etc. ] 3.h4#1-0

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158Ataques ao Roquefalta a torre

[diagrama 314]

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1.xf7! xf7 2.c4+ f6 [ Se: 2...f8 3.d5! e o mate éi n ev i t áv e l . e6 4.xe6 d1+

5.xd1 cd8 6.f7# ] 3.f4+ f5 4.e6+! As Pretas nãopodem tomar a Torre pois o Bispopreto está cravado. f7 5.xf5+ g8

[ Se: 5...f6 segue 6.xf6+ e7 7.e6# ]

6.h6+! h8 7.xh7#1-0

159Ataques ao Roquefalta a torre

[diagrama 315]

(Diagram)

Esta posição sucede com freqüênciaem algumas aberturas. As Brancas

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aproveitam a ausência da Torre em1BR. 1.xf7! xf7 2.xe6+ g6

[ Se: 2...f8 segue 3.f7# ] 3.h4+

[ Um outro mate, por sinal commenor número de lances: 3.d3+

h5 4.h3# ] 3...h5 4.e2+ xh4 5.g3#1-0

160Ataques ao Roqueavanço do P3CR

[diagrama 316]

(Diagram)

ATAQUES DEVIDOS AO AVANÇO DOP3CRO avanço do PC a 3CR determina umaformação característica de roque débil(P2TR, P3CR, P2BR). Duas casasvizinhas do roque, 3BR E 3TR, ficamc o m p l e t a m e n t e s e m p r o t e ç ã o ,convidando o adversário a situar nelassuas peças de apoio ao mate.

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Ainda, esse avanço abre a diagonal1TD-8TR, a chamada "diagonal fataldo roque", onde uma Dama, ou umBispo, pode vulnerar a posição do Reiinimigo e dar-lhe mate.Vejamos alguns exemplos:(diagrama 316) O avanço do PCRpreto enfraqueceu duas casas vizinhasao roque: a casa 3BR, que as Brancasocupam com um Peão, e a casa 3TR,em que se alojará a Dama branca.

1.h6 E o mate com D7CR éinvevi t áve l . xg2+ 2.xg2 cxd4

3.g7#1-0

161Ataques ao Roqueavanço do P3CR

[diagrama 317]

(Diagram)

O domínio da grande diagonal permiteuma vi tór ia rápida. 1.xh7! xh7

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2.h4+ g8 3.h8#1-0

162Ataques ao Roqueavanço do P3CR

[diagrama 318]

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O rei branco teve necessidade dedefender as casas fracas 3BR e 3TR,expondo-se a ataque mortal. 1...xf3!!

2.xf3 xf3+! 3.xf3 xd4+ 4.g4

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c8+ 5.h4 f3#0-1

163Ataques ao Roqueavanço do P3CR

[diagrama 319]

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As Brancas ameaçam mate com amanobra B6B e D7C, mas as Pretastêm boa defesa, voltando com o Bispoa 1BR. Como existe também a ameaçadas Pretas ...,BxPB+, o primeiro lanceé fácil de achar. 1.xc5! xc5 2.b5!Procurando desviar a a tenção daDama preta da casa 1BR, mas asPretas fogem à tentação de capturaresse Bispo. f8 3.xe8 xe8 4.f6

f8 Evitando o mate. 5.xf8+ xf8 6.d1! d7 7.xd7 E as Brancasganham.É es te um ins t ru t i vo e xemp lo doaproveitamento do roque fraco, emrazão do avanço do PCR.

164Ataques ao Roqueavanço do P3TR

[diagrama 320]

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ATAQUES DEVIDOS AO AVANÇO DOP3TRS o b r e o P e ã o a v a n ç a d o P 3 T Rconverge, com freqüência, a ação daspeças inimigas, que abrem brechas noescudo do roque.Exemplos: 1.xh6! gxh6? 2.g4+

h7 3.g7# O avanço do PT dasPretas permitiu um ataque de mate.1-0

165Ataques ao Roqueavanço do P3TR

[diagrama 321]

(Diagram)

O ataque das Brancas é valorizadopela pos ição do PTR das Pretas .

1.xh6!! gxh6 2.gxh6+ f8 3.g8+!

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xg8 4.h7+ f8 5.h8#1-0

166Ataques ao Roqueavanço do P3TR

[diagrama 322]

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Quando o PBR está cravado, o avançodo PTR possibilita combinações comoa s e g u in t e : 1.g6!! hxg5 2.g1E o mate é inevitável. e4 3.h5

xg3 4.h8#1-0

167Ataques ao Roqueavanço do P3TR

[diagrama 323]

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O roque das Pretas apresenta-se coma debilidade do P3TR; além disso, háo entorpecimento das peças pretas.A m e l h o r d i s p o s i ç ã o d a s p e ç a sbrancas permite um remate magnífico.

1.xg7!! xg7 2.xh6+! g8 [ Se: 2...h8 as brancas ganhariamcom: 3.xf8 ameaçando CxP+,ganhando a Dama. g8 4.h6 a3

5.c4 c5 6.xc5 xc5 7.f3 f8 8.xf6 d7 9.g5+ h8 10.xf8 xf8 11.h6+ g8 12.h7# ] [ E se: 2...xh6 segue-se 3.d2+ g7 4.g5+ h8 5.h6+ g8 6.g6! fxg6 7.xg6+ h8 8.h5+ xh5 9.h7# ]

3.f3 e8 4.g4+ h8 5.g7+! xg7 6.h3+ h4 7.xh4+ h5

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8.xh5+ g7 9.g5+ h8 10.h6+ g8 11.h7#1-0

168CombinaçõesAtaques ao Rei Centralizado

[diagrama 324]

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A T A Q U E S C O N T R A O R E ICENTRALIZADOJá vimos que o roque, além de dar jogoà Torre, permi te colocar o Rei emlugar seguro. Sabemos também que oroque deve estar bem protegido, semdebilidades, para não tornar o Rei alvofácil de ataques.O Rei centralizado (Rei em sua casain ic ia l ) const i tu i , com f reqüência,o b j e t i v o d e a t a q u e , s o b r e e l ec o n v e r g i n d o a a ç ã o d a s p e ç a sadversár ias . E a pos ição do Rei ,nessa situação, é tanto mais incômodae insegura quanto mais atrasado estejao desenvolvimento de suas peças.São f reqüêntes os sacr i f íc ios quev is am exp lo ra r a pos i çã o do Re i

c e n t r a l i z a d o e i m p e d i r odesenvolvimento de suas peças.Vejamos alguns exemplos:(d iagrama 324) Nes ta pos ição asPretas têm um Peão a mais, porém seencontram com posição restringida e oRei centralizado.O tempo perd ido com P3TR (quemelhor teria sido aproveitado com ...,O-O) agrava mais ainda seu jogo.As Brancas ganham de maneira rápida.

1.xf7! xf7 O Cavalo necessita sercapturado, caso contrário as Brancasganham a Torre do Rei. 2.xe6+ g6

[ Se: 2...e8 3.f7# ] 3.d3+ h5 4.h3# Este exemploilustra uma combinação freqüênte naprática.1-0

169CombinaçõesAtaques ao Rei Centralizado

[diagrama 325]

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As Pretas acabaram de jogar ...,P4D;com a in tenção de so l i d i f icar sua

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posição debil itada com .. . ,C3R; . .. ,B2CR; e ...,O-O.Porém a continuação das Brancas édecisiva. 1.xd5! cxd5 2.xd5E as Brancas ganham, pois ameaçam3.DxP++ mate e 3.BxT. As Pretas, sequiserem salvar o Rei, deverão perdera Torre.Este exemplo elementar mostra comoexplorar a posição do Rei centralizadoe conseguir ganho de material.

170CombinaçõesAtaques ao Rei Centralizado

[diagrama 326]

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O desenvolvimento das Pretas estáatrasado. O último lance branco foi O-O-O!, en t regando uma peça paraexplorar a saída prematura da Damai n i m i g a e a p o s i ç ã o d o R e icen t ra l i zado . 1...xe4? As Pretasaceitam a peça.

[ Se: 1...xe4? 2.e1! ganhando aDama. ]

2.d8+!! xd8 3.g5+ c7

[ Ou: 3...e8 4.d8# ] 4.d8# Combinação maravilhosa,explorando a posição insegura do Reipreto. (Partida Reti x Tartakower, Viena,1910).1-0

171CombinaçõesAtaques ao Rei Centralizado

[diagrama 327]

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Esta posição ocorre na abertura após 1.P4R, P4R; 2. C3BR, C3BD; 3. P4D,PxP; 4. P3B, PxP; 5. B4BD, PxP; 6.BxPC, P3D; 7. O-O, C3B. Em troca dedois Peões sacrificados, as Brancasdispõem de jogo aberto com vantagemno desenvolvimento.As Pretas preparam 8...,B2R; 9...,O-O;colocando o Rei em lugar seguro edesfrutando, a seguir, a vantagemmaterial.Como devem as Brancas aproveitarsua vantagem em desenvolvimento? Aresposta é: procurando impedir oroque adversário e tirando proveito da

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posição do Rei centralizado.Vejamos o procedimento correto. 1.e5!

dxe5 [ Ou: 1...xe5? 2.xe5 dxe5 3.xf7+! e7 4.a3+ ganhando aDama. xf7 5.xd8 ]

[ Ou: 1...a5 2.e1! decidindo apartida. ]

2.b3! e7 [ Ou: 2...d7 3.g5 d8 4.xe5 d6 5.xd6 cxd6 6.xf7 xf7 7.b5 ganhando a Dama. c6 8.xc6+ ] [ Ou: 2...e6 3.xe6 fxe6 4.xb7com forte ataque. ]

3.g5 d8 4.a3 d7 5.ad1 d6 6.xd6 cxd6 7.xf7 E as Brancasganham pois ameaçam 8. CxT e se:

xf7 8.b5 ganhando a Dama. xb5 9.xb5+ e7 É este um magníficoe xe m p l o , q u e b e m e s c l a r e c e a spossibil idades de ataque contra umRei central izado. Exemplo val ioso,ainda, por se produzir a posição críticaem fase precoce da abertura.

172CombinaçõesAtaques ao Rei Centralizado

[diagrama 328]

(Diagram)

As Pretas obt iveram um Peão emdetrimento do desenvolvimento desuas peças.Almejam realizar o roque e dar saídaàs peças da ala da Dama. Mas asBrancas impedem esses p lanos eexploram a posição insegura do Reipreto no meio da horizontal. 1.g5! f6

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Resposta forçada. 2.xf6! gxf6 3.d6!B l o q u e i a d e f i n i t i v a m e n t e odesenvolvimento das peças pretas.

cxd6 [ Ou: 3...c6 4.d5 f8 5.h5+ f7 6.xf7# ]

4.d5 b6 [ Se: 4...f8 5.h5+! f7 6.xf7# ]

5.f7+ d8 6.xe7+ c7 7.d4E as Pretas nada podem fazer contrauma das ameaças. a6 8.e6+

[ 8.b5+ b8 ( 8...c6 9.xd6# ) 9.xf6 c5 10.e7 d8 11.xd6 e6 12.f7 d5 13.xd8 xd8 14.e5+ c7 15.d1 d7 16.xd5 xe7 17.xe7 a5 18.xd7 a6 19.d8+ a7 20.c5+ b6 21.xc7 c6 22.xa5+ a6 23.xa6 b6 24.d5 xa6 25.a8# ]

8...b8 [ 8...c6 9.d1 b4 10.xa6 dxe6 11.xb4 d8 12.xd8 bxa6 13.xd6# ]

9.xf6 e8 10.g5 c7 11.ae1 e6 12.b4 xb4 13.xe6 a5 14.f5 c3 15.c4 xe1+ 16.xe1 xe1+ 17.f1 e5 18.d3 d5

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19.f7 e6 20.g3+ d6 21.xd6 g6 22.f4 c7 23.xc8+ d8 24.e5 d7 25.xa7 xa7 26.xd5+ c8 27.c5+ c6 28.xa7 h6 29.d4 c7 30.f4+ d6 31.b5 b6 32.e5 h5 33.e7+ d7 34.xd7+ b8 35.c6 b5 36.b7#1-0

173CombinaçõesAtaques ao Rei Centralizado

[diagrama 329]

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A posição do diagrama 329 ocorreunuma partida de Spielmann, após 1.P4R, P3BD; 2. C3BD, P4D; 3. C3B,C3B; 4. P4R, C5R; 5. D2R, CxC; 6.PD xC , P3 C D; 7 . C4 D , P4 B D? ( ocorreto era 7...,P3R).Vejamos como o grande mestre deataque continua a partida, explorandoa p o s i ç ã o d o R e i i n i m i g o . 1.e6!Bloqueando a posição adversária. fxe6

[ Se: 1...cxd4 2.b5+ d7 3.xd5a m e ç a n d o P x P + + m a t e . xe6

4.xa8 dxc3 etc. ] 2.h5+ d7

[ Se: 2...g6 3.e5 g8 4.b5+ d7 5.xe6 c8 etc. ]

3.f3 c7 Lutam as Pretas comdificuldades em seu desenvolvimento.

4.e5 d7 5.f7 e8 6.e5+ b7 7.f4! "aquila non capit muscas."Spielmann despreza o ganho da Torrea fim de ameaçar o prório Rei (D7B++mate). c4 8.c7+ a6 9.d8! c6

10.b7+ b5 11.a4+ c5 12.xc6+! xc6 13.xe6#Uma partida maravilhosa.1-0

174Combinaçõesentrega de material

[diagrama 330]

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ENTREGA DE MATERIAL PARA DARMATEA finalidade do jogo de xadrez é darmate ao adversár io. Del ineado ump l a n o c o m e s s e o b j e t i v o edeterminadas as peças para executá-lo,

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os d ema is e l emen t os po dem s e rsacrif icados, desde que colaborempara o fim em vista, isto é, o mate.Exemplos: 1.xh7+! xh7 2.h5#Este exemplo ilustra também o temado sacrifício da Dama.1-0

175Combinaçõesentrega de material

[diagrama 331]

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A idéia é dar mate com a Dama em7TR. 1.h4+ g8 2.h8+! xh8

3.h3+ g8 4.h8+ xh8 5.h5+ g8 6.h7# Exemplos deste temaserão encontrados com freqüência nosdiagramas seguintes, que fazem partede outras manobras instrutivas.1-0

176Combinaçõesdesvio de peças defensivas

[diagrama 332]

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DESVIO DE PEÇAS DEFENSIVASFreqüentemente, um plano de ataqueé frustrado pela posição defensiva deuma ou mais peças do adversár io.Nesses casos, a conduta a seguir é aeliminação, ou o deslocamento dessaspeças, embora à custa de sacrifíciomaterial.Exemplos:Conseguindo colocar a Dama em 6TR,as Brancas ganharão a par t ida. Épreciso, porém, desviar a ação daDama preta dessa casa. 1.f3! xf3?

2.h6+ g8 3.g7#1-0

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177Combinaçõesdesvio de peças defensivas

[diagrama 333]

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O Rei preto defende a Dama, que estáa t a c a d a p e l a D a m a b r a n c a . Éindispensável neutralizar essa defesa.

1.xf7+! xf7 [ Se: 1...e7 2.a3+ xf7 3.xd8 ]

2.xd8

178Combinaçõesdesvio de peças defensivas

[diagrama 334]

(Diagram)

As Brancas intentam dar mate comT1TR. 1.g5+! xg5 2.h1+ xh1

3.xh1#1-0

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179Combinaçõesdesvio de peças defensivas

[diagrama 335]

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O xeque da Dama branca em 6R seriafatal, se não existisse a Dama pretadominando essa casa. É mister desviara Dama dessa diagonal. 1.d8+! xd8

2.e6+ h7 3.xh6+! gxh6 4.f7#1-0

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180Combinaçõesdesvio de peças defensivas

[diagrama 336]

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A idéia, neste exemplo, é jogar ...,DxP,dando mate. Mas se torna necessáriodesviar a ação da Dama branca ebloquear a casa 1BD das Brancas.

1...c1+ 2.xc1 xc1+ 3.xc1 xb3#0-1

181Combinaçõesdesvio de peças defensivas

[diagrama 337]

(Diagram)

Brancas: Paulo MorphyPretas: Duque de Brunswick e CondeIsouardÉ este um magníf ico exemplo, comd i v e r s o s t e m a s e m j o g o c o m opregadura, entrega de material, desvio

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de peça defensiva, sacrifício de Dama,etc.As Pretas ameaçam o Bispo de 4BD.

1.xb5! cxb5 2.xb5+ bd7Ag ora es t e Cava lo f i ca c ravado .

3.0-0-0! d8 4.xd7! xd7Agora é a vez da pregadura da Torre.

5.d1 e6 Libertando o Cavalo dapregadura do Bispo (e propondo at roca de Damas) . 6.xd7+ xd7Este Cavalo in tercepta a ação daTorre Branca em 8D. Será desviado.

7.b8+! xb8 8.d8#1-0

182Combinaçõesdesvio de peças defensivas

[diagrama 338]

(Diagram)

A Dama preta está impedindo o matecom C6B. Com a entrega, porém, deduas peças, será possível o matealmejado. 1.e8+! xe8 2.g4+!

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xg4 3.f6# Desviada a ação dapeça defensiva, fo i possível dar omate.1-0

183Combinaçõesrei sem respiro

[diagrama 340]

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P E R I G O S D O R E I " S E MRESPIRAÇÃO"

O Re i , d i z - s e , " sem res p i ração " ,q u a n d o s e c o n s e r v a i s o l a d o n aprimeira horizontal, sem a companhiade outras peças, bloqueado pelos 3Peões do roque, PT, PC, PB, quepermanecem em suas casas iniciais.Assim localizado, o Rei está sujeito axeques mortais de Dama ou Torre. Épreciso ter sempre em mente o perigo,q u e s e o r i g i n a d e u m a p o s i ç ã osemelhante.A situação apresentada constitui temaexcelente para grande número decombinações brilhantes.Exemplos:(diagrama 340) Mediante sacrifícios,as Brancas conseguem criar ao ReiPreto uma posição "sem resp i ro" .

1.xc8! xc8 2.d8+ xd8 3.xd8#1-0

184Combinaçõesrei sem respiro

[diagrama 341]

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As Brancas exploram a posição do Rei

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inimigo. 1.g8+!! Inesperado sacrifíciode Dama. Visa colocar o Rei preto empos iç ão de recebe r um xeque deCavalo, ao mesmo tempo que facilita aação da Torre branca na coluna doBispo da Dama. xg8

[ As Pretas não podem jogar 1...xg8por causa de 2.f7# ]

2.e7+ h8 3.f7+ xf7 4.xc8+ f8 5.xf8#1-0

185Combinaçõesrei sem respiro

[diagrama 342]

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A idéia é semelhante a do exemploanterior. 1...e2+ 2.h1 xf2+!

3.xf2 d1+ 4.f1 xf1#0-1

186Combinaçõesrei sem respiro

[diagrama 343]

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O Rei "sem respiro" dá ensejo à belacombinação. 1.e8+ f8 2.h6+!

xh6 As Pretas deixam livre o caminhopara a Dama branca. 3.xf8+! xf8

4.d8#1-0

187Combinaçõessacrifícios de peças

[diagrama 344]

(Diagram)

S A C R I F Í C I O S D E P E Ç A S Q U EOBSTRUEM O ATAQUESucede, muitas vezes, que um planode ataque apresenta dificuldades ou,a i n d a , i m p o s s i b i l i d a d e e m s u aexecução, em virtude da existência depeças próprias, que prejudicam a ação

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de conjunto das peças dispostas àofensiva.Aqui, a conduta a seguir é uma só:eliminar esses obstáculos próprios,s e m p e r d a d e t e m p o , o q u e s econsegue sacrificando-os e, sempreque possível, realizar com eles lancesde xeque, ameaças de mate ou ganhode material.Mantém-se, desta forma, o adversáriop r e o c u p a d o c o m t a i s a m e a ç a s ,h a v e n d o t e m p o p a r a odesenvolvimento do primitivo plano deataque.Exemplos:(diagrama 344) A Torre preta estáimpedindo o mate com a Dama nacasa 7C. O sacrifício dessa peça seimpõe. 1...a2+ 2.xa2 b2#0-1

188Combinaçõessacrifícios de peças

[diagrama 345]

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As Brancas têm um plano de mate comB5R+, seguido de D7C mate. Mas,duas peças próprias obstruem essaidéia. 1.g6+! A primeira peça éel iminada e com ganho de tempo.

xg6 2.xh7+! xh7 A segunda peçabranca foi, igualmente, sacr if icadacom ganho de tempo.Resta agora a posição inicialmenteideada. 3.e5+ f6 4.xf6+ g8

5.g7#1-0

189Combinaçõessacrifícios de peças

[diagrama 346]

(Diagram)

Conseguindo-se colocar a Dama branca

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em 7CD haveria mate. Porém, a Torrebranca de 5CD impede essa manobra.Aqui o exemplo é enriquecido por maisum sac r i f í c i o , o da To r re de 7D.

1.a7+! A idéia é sacrificar a Torre dacoluna CD com ganho de tempo. xa7

2.b7+ a8 3.a7+ xa7 4.b7#1-0

190Combinaçõessacrifícios de peças

[diagrama 347]

(Diagram)

As Brancas planejam T5CD mate.Neste exemplo aparece mais um tema,qu e c on s i s t e n o d es v i o da p e ç ade f en s iv a (Ca va lo p r e t o d e 6 T) .

1.d6+! xd6 O Bispo branco, queestorvava a movimentação da Torreque vai dar mate, é eliminado. 2.b7+!

xb7 Foi desviada, assim, a açãodesse Bispo sobre a casa TBD dasBrancas. 3.c2+! xc2 4.b5#

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Dois temas bem tratados.1-0

190Combinaçõessacrifícios de peças

[diagrama 347]

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As Brancas planejam T5CD mate.Neste exemplo aparece mais um tema,qu e c on s i s t e n o d es v i o da p e ç ade f en s iv a (Ca va lo p r e t o d e 6 T) .

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1.d6+! xd6 O Bispo branco, queestorvava a movimentação da Torreque vai dar mate, é eliminado. 2.b7+!

xb7 Foi desviada, assim, a açãodesse Bispo sobre a casa TBD dasBrancas. 3.c2+! xc2 4.b5#Dois temas bem tratados.1-0

191Combinaçõesmanobras de obstrução

[diagrama 348]

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MANOBRAS DE OBSTRUÇÃOA o b s t r u ç ã o , e m x a d r e z , é ainterposição de um obstáculo entre aspeças inimigas, com a finalidade deiso lá - las , t o rná- las inde fesas ouimpedir sua ação de conjunto.Advém da obstrução a vantagem depermit i r um ataque sobre as peçasdeslocadas, ou sobre um ponto capital,enfraquecido pela desordem e peladesarmonia das peças defensoras.Exemplos: 1.d5! Fina manobra deobstrução. Ameaçam as Brancas jogar

DxT, dando mate.A Torre branca não pode ser tomadade maneira alguma. Se: xd5

[ Se: 1...exd5 segue 2.xd8# ] [ Se: 1...xd5 segue 2.f6# ]

2.f8# As Pretas abandonaram apartida.1-0

192Combinaçõesmanobras de obstrução

[diagrama 349]

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O Bispo preto embaraça o avanço dosPeões brancos. Surge uma manobrade obs t rução . 1.f6! exf6 2.e5!Magníf ico lance de obstrução. xe5

3.e4 c3 4.f5! E o Peão brancovai, sossegadamente, a Dama.

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193Combinaçõesmanobras de obstrução

[diagrama 350]

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As Brancas pretendem ganhar com oavanço do Peão; é preciso, contudo,impedir a promoção do Peão preto, qued a r i a v i t ó r i a à s P r e t a s . 1.g1!Fina manobra de obstrução. xg1 2.g7

f1 3.g8+ d7 4.xg2e as Brancas ganham.

194Combinaçõesmanobras de obstrução

[diagrama 351]

(Diagram)

A i d é i a d a s B r a n c a s é j o g a rC(4T)6C+desc., mas o Bispo pretoameaça capturar a Torre.Torna-se necessário, assim, impedir aação desse Bispo, o que se obtémgraças à obstrução. 1.e6!! xe6

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[ Se: 1...xe6 a continuação é 2.hg6+ g8 3.h8# ] [ Se: 1...xe6 para continuaratacando a Torre de 3TR, segue

2.f5+ g8 3.e7# ] 2.hg6+ g8 3.h8#Esta continuação é possível, pois oB i s p o p r e t o e m 3 R d i f i c u l t a omovimento da Torre preta a 3TR comor e s p o s t a a o s e g u n d o l a n c e d a sBrancas.1-0

195Combinaçõesrei em asfixia

[diagrama 352]

(Diagram)

REI "EM ASFIXIA"Bloquado por suas próprias peças epelo movimento das peças inimigas, omonarca fica, às vezes, sem lance,praticamente "em asfixia", sem vias dees c ape . T a l s i t uaç ão d espe r ta a

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atenção do adversário, que engendraum xeque; no caso, será xeque-mate,pouco importando para isso que sejamprecisos sacrifícios de várias peças.Exemplos:(diagrama 352) O Rei branco está "emasfixia". Um xeque de Cavalo em 7BRserá mortal, uma vez afastada a Damabranca. 1...xh2+! 2.xh2 f2#0-1

196Combinaçõesrei em asfixia

[diagrama 353]

(Diagram)

Bloqueado pelo próprio Bispo e pelaação das peças brancas, o Rei pretoe s t á s e m m o v i m e n t o s . 1.f2A m e a ç a n d o m a t e c o m T 2 T . d1Único lance para evitar a ameaça domate. 2.h2+ h5 3.e2! xe2 4.g4!

xh2 5.g5#1-0

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198Combinaçõesrei em asfixia

[diagrama 355]

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A posição do Rei "em asfixia" permiteuma combinação magníf ica. 1.b8!Ameaçando mate com D7T. xb8

[ Se: 1...e7 segue 2.xe7 e1+ 3.d7 d1+ 4.c7 ganhando. d8+ 5.xd8 a5 6.a7# ]

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2.c7! xb6 3.cxb6 a5 [ E se: 3...e1 4.b7+ a7 5.b8# ]

4.b7+ a7 5.b8+ a6 6.b6#1-0

199Combinaçõesrei em asfixia

[diagrama 355]

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A posição do Rei "em asfixia" permiteuma combinação magníf ica. 1.b8!Ameaçando mate com D7T. xb8

[ Se: 1...e7 segue 2.xe7 e1+ 3.d7 d1+ ( E se: 3...d2+ 4.c8 ganhando igualmente.) 4.c7ganhando. d8+ 5.xd8 a5

6.a7# ] 2.c7! xb6 3.cxb6 a5

[ Se: 3...e1 4.b7+ a7 5.b8# ] 4.b7+ a7 5.b8+ a6 6.b6#1-0

200Combinaçõesatração do rei inimigo

[diagrama 356]

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ATRAÇÃO DO REI INIMIGO A ZONADE MAIOR PERIGOO Rei, em meio da part ida, ocupa,ge ra lmen t e , um l uga r s eg u ro n otabuleiro; rocado, estará protegidopela barreira estática de seus Peões( P T , P C , P B ) , b e m c o m o p e l avigilância dinâmica de outras peças(Dama, Torre, Cavalo, Bispo). Bemguarnecido, o Rei, nessa posição,p o d e r e s i s t i r g a l h a r d a m e n t e aassédios impetuosos do adversário.Há man ob ras , p o ré m, à ba s e d esacrifícios sucessivos, que desalojam oRei de sua fortaleza, obrigando-o adirigir-se à zona de maior perigo, parao meio do tabuleiro, onde se achamconcent radas as forças in imigas ;a fas tado , as s im, de s ua pos iç ãoh a b i t u a l , c o m s u a s f o r ç a s m a ld i s t r i b u í d a s p a r a a d e f e s a o udificultando até sua retirada, recebe ogolpe mortal.

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Exemplos:(diagrama 356) O Rei preto parecedesfrutar uma posição segura; porém,atraído a uma zona de perio, receberámate. 1.xh7+!! Espetacular eimprevisto sacrifício de Dama. xh7

2.f6+ h6 [ Se: 2...h8 3.g6# ]

3.eg4+ g5 4.h4+ f4 5.g3+ f3Todas as jogadas das Pretas sãoforçadas. 6.e2+ g2 7.h2+ g1

8.d2#! Maravilhoso! Não se sabe oque mais admirar neste f inal : se oespetacular sacrifício da Dama, se a"via-crúcis" do Rei preto, ou o últimolance das Brancas, verdadeiro "broche"final.1-0

201Combinaçõesatração do rei inimigo

[diagrama 357]

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Out ro exemplo marav i lhoso , comidêntico sacrif íc io inicial de Dama.

1...h3+!! 2.xh3 e3+ O Cavalo

vigia a casa 2CR das Brancas. 3.h4 g5+ 4.h5 g4+ 5.h6 f5+ 6.h7As Pretas têm seus lances forçados.

f8+ 7.h8 g6+ 8.h7 e6+ 9.xg6 g7#0-1

202Combinaçõesatração do rei inimigo

[diagrama 358]

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1.xf4! exf4 2.e5+ c5 [ Se: 2...xe5 segue-se 3.e4+ d5 4.d1+ ganhando a Dama. e6 5.xd8 g6 ]

3.a4+ xb5 4.e2+ xa4 5.c4+ a5 6.b4+ a4 7.b3+ b5 8.a4+ b6 As peças pretas nada podemfazer em auxí l io do seu pobre Rei.

9.a5+ b5 10.c4+ a6 11.b5#1-0

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203Combinaçõesatração do rei inimigo

[diagrama 359]

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Combinação parecida com a anterior,provocando a peregrinação do Rei.

1.xh6+! xh6 2.e6+! h5 3.e2+ h4 4.f4+! xf4 5.g3+ h3 6.exf4# Observar o lance 4.T4B+!,que desviou a ação do Cavalo preto dacasa 4BR.Desenvolvem-se, neste exemplo, 3temas de combinação: sacrifício deDa ma , de s v i o de peç a i n im iga eatração do Rei adversário à zona demaior perigo.1-0

204Combinaçõesatração do rei inimigo

[diagrama 360]

(Diagram)

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O Rei preto ocupa sua casa inicial,mas logo estará em marcha. 1.xh7!

f7 [ Se: 1...xh7 segue-se 2.xg6+ganhando a seguir a Torre, comsaldo de um Peão. f8 3.xh7

g4 ] 2.xg6+!! xg6 As Pretas "pagam"para ver... 3.xe5+!! fxe5

[ Se: 3...xh7 as Brancas ganhamcom 4.h5+ g8 5.f7+ h7

6.0-0-0!! h3! 7.h1 c8 8.g4!e o mate é inevitável. xg4 9.xg4

c5 10.xh3# ] 4.h5+ f6 5.xe5+ f7 6.xg7+ e6 7.e5# Este final recebeu op r i m e i r o p r ê m i o d e b e l e z a n oCampeonato das Nações de 1927, emLondres.1-0

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205Combinaçõessacrifício das 2 torres

[diagrama 361]

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SACRIFÍCIO IMORTAL DAS DUASTORRESH á , e m x a d r e z , u m a m a n o b r ain teressante , que tem por base aentrega de ambras as Torres, com oobjetivo de distrair as principais peçasdo adversár io , permi t indo ganhartempo e realizar um ataque decisivocontra o Rei inimigo.Geralmente, essa manobra se iniciacom a entrega do PCD.Exemplos: 1.d5! xb2 2.d6!!

xa1+ [ A captura do Bispo seria fatal: 2...xd6 3.xd6+ d8 4.xf7+ e8 5.d6+ d8 6.f8# ]

3.e2 xg1 As duas Torres foramsacr i f icadas. Em t roca, porém, asBrancas vão tecendo sut i l rede demate. 4.e5!! Fechando a diagonal àDama preta. Ameaça, também, CxPC+,s e g u i d o d e m a t e c o m B 7 B . a6Evitando o mencionado mate, mas...

5.xg7+ d8 6.f6+!! xf6O Cavalo preto deixou de vigiar a casa2R. 7.e7# Esta posição pertence àfamosa Partida "Imortal", realizada em1851, em Londres.1-0

206Combinaçõessacrifício das 2 torres

[diagrama 362]

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As Pretas acabaram de jogar D3C,ameaçando o PCD do adversário. AsB r a n c a s e n g e n d r a m a m a n o b r aga n h a d o r a , e n t r e g a n d o a s d u a sTorres. 1.xd5 xb2 2.xc4! xa1+

3.e2 xh1 Os tempos preciosos,que as Pretas perderam ganhandopeças , f o ram aprove i tados pe lasBra nc as para o a taque de ma t e .

4.f7+ d7 5.e6+ c7 6.d5+ c6 7.e8+ d6 8.f4+ xe6 9.f6+ xf6 10.f7# A Dama preta,"empanturrada", dorme a sesta...1-0

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207Combinaçõessacrifício das 2 torres

[diagrama 363]

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As Brancas aparentemente estão emmelhor pos ição. O Rei pre to es tádesguarnecido e sem roque. Porém, osacrifício das duas Torres permite umabri lhante vi tór ia . 1...d6! 2.xh8

xg5 Ameaçando, agora, B6T,atacando o PCR com mate e a Damapreta com a Torre restante. 3.f4 h4Claro, se as Pretas tomam o Peão,segue-se T1BR das Brancas, cravandoa Dama. 4.xe4 h3! Entregando aoutra Torre. 5.xa8 c5+ 6.h1

[ Se: 6.dd4 segue xd4+ 7.xd4 e1# ]

6...xg2+ 7.xg2 g4+ 8.f1 f3+ 9.e1 f2#0-1

208Combinaçõessacrifício das 2 torres

[diagrama 364]

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As Brancas acabam de jogar P3TD,atacando o Bispo preto.As Pretas, considerando inviável acaptura desse Bispo, por ficar a Torrebranca sem defesa, despreocupam-sedo ataque. 1...0-0-0? 2.axb4! xa1+

3.d2 xh1 Está completo o sacrifíciodas dua s To r res . 4.xc6+! bxc6

5.a6#1-0

209Combinaçõestorres na 7a horizontal

[diagrama 365]

(Diagram)

TORRES NA SÉTIMA HORIZONTALA finalidade lógica das aberturas decolunas é seu domínio pelas Torres

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ass im como a pene t ração des taspeças no campo inimigo, através dasétima e oitava horizontais. A possed e s s a s h o r i z o n t a i s d e v e s e rconsiderada como vantagem no final,embora grande o número de partidasp o s s a d e f i n i r - s e n o m e i o j o g o ,justamente em virtude dessa manobra.A T o r re , na s é t ima , é d e g ran deeficiência, não somente pelo perigoque c r ia às peças in imigas ne lasexistentes (freqüentemente Peões),mas, também, dev ido à sua açãorestritiva, confinando o Rei inimigo àho r i z on t a l e x t e rn a e m o t i va nd o ,inclusive, ameaças de mate.Uma Torre na sétima é, com freqüência,compensação suficiente para um Peãoe, em mui tos casos , va le mesmosacrifício de dois Peões.Quando ex is tem duas Tor res , nas é t i ma , e n t ã o s e u p o d e r c r e s c econsideravelmente, e seus efeitos,não raramente, são devastadores.Vejamos alguns exemplos: 1.xg7+

xg7 2.c7+ h8 3.xh7#Exemplo e lementar dos efe i tos da

Torre na sétima.1-0

210Combinaçõestorres na 7a horizontal

[diagrama 366]

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Esta posição ocorreu no Torneio deN o v a Y o r k d e 1 9 2 7 . 1...e5!!Sacrificando um Peão para conseguirdobrar as Torres, na sétima horizontal.

2.xe5 dd2 3.b7 [ As Brancas não podem jogar 3.f1por d5 4.d4 h5! 5.h4 f3

6.ac1 xf2 forçando o mate. 7.h3 g2+ 8.h1 h2+ 9.g1 cg2+ 10.xg2 xg2# ] [ Nem: 3.f1 por xe3! 4.f4 xf2!com mate a seguir 5.xe3 g2+

6.h1 xh2+ 7.g1 cg2# ] 3...xf2 4.g4 e6 5.g3 xh2!Capablanca quebra a resistência deseu adversário. 6.f3

[ Se, agora 6.xh2 xg4+ 7.h1 h3! seguido de mate. 8.e2 xe2 9.xf7+ xf7 10.f1+ g8

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11.xf8+ xf8 12.a4 xh2# ] 6...hg2+ 7.xg2 xg2+ 8.xg2 xg4 9.ad1 h5 E as Pretas ganham.É este, indubitavelmente, um exemplomag is t ra l das poss ib i l idades queo f e r e c e m a s T o r r e s , n a s é t i m ahorizontal.

211Combinaçõestorres na 7a horizontal

[diagrama 367]

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1.g7+ f8 2.h7 Ameaçando mate. g8 3.cg7+ f8 4.g5! fxg5 5.f6seguido de mate. d4 6.h8+ g8

7.hxg8#1-0

212Combinaçõestorres na 7a horizontal

[diagrama 368]

(Diagram)

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1.h7+ g8 2.fg7+ f8 3.xd7Ameaçando mate. g8 4.dg7+ f8

5.xc7 g8 6.cg7+ f8 7.xb7 g8 8.bg7+! E não 8.TxC?, P8T=D!,etc. f8 9.xa7 xa7 10.xa7As Brancas ganham. Este exemplo ésuficiente e cabal demonstração daf o r ç a q u e p o s s u e m a s T o r r e s ,dobradas quando situadas na sétimahorizontal.

213Combinaçõessacrifícios de peões

[diagrama 369]

(Diagram)

SACRIFÍCIO DE PEÕESÉ este um exemplo clássico, tirado dedois grandes mest res do xadrez eocorrido no Torneio de S. Petersburgo,1914.Brancas: LaskerPretas: CapablancaAs Brancas possuem um Cavalo bem

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ins ta lada (o de 6R) e ace leram aentrada do outro Cavalo (o de 3BD),sacrificando o Peão atrasado de 4R.Essa casa passará a ser ocupada peloCavalo, que, dominando ponto centraltão valioso, decidirá a partida. 1.e5!

dxe5 2.e4! As Brancas ameaçamCxPB+, atacando 3 peças pretas. d5

3.6c5 c8 Não há melhor lance. [ Se: 3...c7 4.xb7 xb7 5.d6+ganhando. ]

4.xd7 xd7 5.h7 f8 6.a1 d8 7.a8+ c8 8.c5 As Pretasabandonam.O sacrifício do Peão (1.P5R!) foi, porconseguinte, decisivo.

214Combinaçõessacrifícios de peões

[diagrama 370]

(Diagram)

À primeira vista esta posição estariaempatada, visto as cadeias de Peões

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não permitirem a passagem nem dosR e i s n e m d o s C a v a l o s . P o r é m ,novamente o recurso do avanço esacrifício de um Peão decide a partida.

1...f4! 2.gxf4 [ Se: 2.d1 f3! 3.c1 e7 4.e1 f5 5.f1 f8 6.g1 g6 7.h2 gxh4! 8.gxh4 xh4 9.g3 f5+ 10.h2 h4 11.g1 g3 12.fxg3 hxg3 13.f1 c6 e, após atingir oRei preto na casa 7T, o ganho éfácil. 14.g1 d6 15.f1 e6

16.g1 f6 17.f1 g5 18.g1 h4 19.f1 h3 20.g1 g4 21.f1 h4 22.g1 h3 23.f1 h2 24.e1 g2 25.f2 g1# ] [ Inef ic iente ser ia também: 2.exf4 cxd4+! 3.d1 ]

2...e7 Rumo à casa 4BR, vaga peloavanço do Peão. 3.f5 Devolvendo oP e ã o e u t i l i z a n d o - s e d a m e s m amanobra das Pretas. Mas, agora, nãohá tempo.

[ Se: 3.g3 segue-se g7 4.e1 ef5 5.xf5 xf5 e as Pretasganham o PT e o final. 6.d2 xh4

7.e2 ] 3...xf5 4.g3 eg7 5.c1 xg3

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E as Brancas abandonaram. Após 6.fxg3 f5 as Pretas ganham o PC eo final. 7.d2 xg3 8.d1

215Combinaçõessacrifícios de peões

[diagrama 371]

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P o s i ç ã o o c o r r i d a n o T o r n e i o d eMunique, 1937.As Brancas têm pos ição super iorgraças à mobilidade maior de suaspeças. Seu PR, porém, constitui umadeb i l idade, por se t ra tar de Peãoatrasado em coluna aberta.E l i s k a s e s d e c i d e s a c r i f i c á - l o ,consegu indo ab r i r sua pos ição eganhar a partida. 1.e5! dxe5

[ Ou: 1...xe5 2.xe5 dxe5 3.d6 e4 4.f4 b7 5.d7+ d8 6.xf7etc. ]

2.d6 Abre-se a grande diagonal brancae, imediatamente, a Dama do primeirojogador ataca a TD inimiga. a7

[ Se: 2...e4 segue 3.g2 b7 4.xc5 etc. ]

3.xe5 xe5 4.ae1 As Pretasabandonam. Se: c4+

[ 4...f6 5.xe5+ f8 6.c6e ganham. ]

5.h2 f6 6.xe5+ f8 7.e7 b8 8.e6 a7 9.h5!! ganhando.

216Combinaçõessacrifícios de peões

[diagrama 372]

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As B ranc as d i s põ em d e p o s i ç ã os u p e r i o r e m c o n s e q ü ê n c i a d em o b i l i d a d e m a i o r e d e m e l h o rdisposição de ataque de suas peças.Para ampliar o raio de ação de suasforças, abrindo-lhes novas vias dea t a q u e , a s B r a n c a s r e a l i z a m osacrifício do PR. 1.e5! O Bispo brancot e m j á d i a g o n a l a b e r t a à s u adisposição. dxe5 2.h4 h6 3.xh6

d6 4.e7+ xe7 5.h8+As Pretas abandonam. Após f7

[ E se: 5...xh8 6.h5+ g8 7.h7+ f7 8.g6# ]

6.xf8+ xf8 7.h5+ g8 8.h7+

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f7 9.g6# Outros exemplos desacrifício de Peões serão vistos notema seguinte (Rupturas), pois que,freqüentemente, esses dois temas seapresentam associados na prática decombinações.1-0

217Combinaçõesrupturas

[diagrama 373]

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RUPTURASHá posições em que as peças nãoatingem a plenitude de seu poder, emvirtude de Peões se travarem entre si,f o r m a n d o v e r d a d e i r a s c a d e i a sentrelaçadas.As Torres são as peças mais limitadasem sua ação.Nessas s ituações, as Torres, e asdemais peças, só podem chegar àeficiência máxima, mediante algumarup t u ra v i o l en ta da pos i ç ã o . Ta lprocedimento permite, com freqüência,abrir diagonais, horizontais e colunas

no campo inimigo.A ruptura marca, freqüentemente, o fimdo jogo posicional e o começo do jogode combinação. Nãoé propriamenteu m a c o m b i n a ç ã o , m a s s i m u m apreliminar de combinações. Na maioriadas vezes é o único meio de valorizaruma vantagem em desenvolvimento.A ruptura deve ser bem preperada e aspeças precisam ser dispostas de talmodo que participem imediatamente daluta, tão logo ela se produza.Uma vez efetuada a ruptura, usarámais ef ic ientemente suas peças ojogador que disponha de vantagem emespaço.A ruptura se pratica, geralmente, comum lance de Peão, que produz trocasde P eõe s e , c ons eqüe n t emen t e ,abertura de vias de ataque. Menosve z e s p e ç as de ma i o r va l o r s ã osacrificadas para abrir a posição.Exemplos:( d i a g r a m a 3 7 3 ) E s t e é u m c a s oe l e m e n t a r e , p o r c o n s e g u i n t e ,instrutivo.Só existe um ponto de ruptura (casa5D branca); o Cavalo está bem situadoe pronto a entrar em jogo, tão logo seproduza a ruptura.Observe-se que as Brancas dispõemd e v a n t a g e m e m e s p a ç o . 1.d5!Ameaça 2. PxPBD, seguido de 3. C4De 4. CxPBD. exd5

[ As Pretas não podem respondercom 1...cxd5 por 2.d4 seguido de3.CxPC, etc. ]

2.d4 Ameaçando nova ruptura com 3.P6R. g8 3.e6 dxe6 4.xe6 e7

5.d4 f8 6.xc6 ganhando o jogo. e8 Exemplo simples, mostrando aruptura mediante sacrifício de peça.

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218Combinaçõesrupturas

[diagrama 374]

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Neste caso, não há ruptura com jogadade Peões , po is as cade ias es t ãocompletamente entrelaçadas, semnenhum lance possível.A pa r t ida es ta rá empatada se asPretas movimenta rem seu Re i oujogarem 1 . . . ,B1R; ao cont rár io , ajogada 1...,B1B?; permitirá o ganho daseguinte maneira: 1...c8? 2.h5!

d7 [ Ou: 2...gxh5 3.g6 hxg6 4.h7 b7 5.h8 c7 e ganham. ]

3.xg6 b8 4.f7 c7 5.g6 hxg6 6.h7 g5 7.h8 gxf4 ganhandoigualmente.

219Combinaçõesrupturas

[diagrama 375]

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Há igualdade de mater ial; porém oB i s p o p re t o é i n f e r i o r ao Cava loadversário, visto encontrar-se em casada mes ma c or de s eus Peões . Éportanto, um Bispo imobilizado pelospróprios Peões.A p o s i ç ã o e s t á c o m p l e t a m e n t ebloqueada, mas existe um ponto deruptura no território das Pretas, isto é,a casa 4BD do segundo jogador, pontoesse que proporcionará a vitória àsBrancas. 1.c5! Sacrifíco de Peão com2 objetivos:a) destruir a cadeia de Peões inimigoseb) dar a casa 4BD para o Cavalo.A ameça direta é a captura do PC (2.PxPC!) e não 2.P6B?, que fechariadefinitivamente a posição. bxc5

[ A outra alternativa daria ganho àsBra n c a s d a ma ne i ra s e gu i n t e :

1...dxc5 2.d6 f8 3.c4 e8 4.d5 d7 5.c4 e8 6.e6

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f8 7.d7 g6 8.xd8 gxf5 9.c7 fxe4 10.d7 g7 11.d8 e3 ] [ Se: 1...c7 2.cxb6! xb6 3.c4 c7 4.b6 b8 5.xa5e as Brancas ganhariam. ]

2.c4 E as Brancas têm agora umPe ão pas s ado e um Ca va lo be mcolocado. e7 3.b6 d7 4.b7 c7

[ Ou: 4...c7 5.xd6 e7 6.f7 f8 7.d6+ xb7 8.d7 ganhando. ]

5.xa5! b8 6.c6 c7e as Brancas ganham.

220Combinaçõesrupturas

[diagrama 376]

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Esta posição ocorreu no Torneio deSão Petersburgo, 1909.As Brancas necess i tam jogar comenergia, pois as Pretas ameaçamobter vantagem na ala da Dama. Mas,a posição debilitada do flanco Rei pretoe a possibilidade de ruptura na casa5BR branca decidem a partida. 1.f5!

exf5 As Brancas ameaçavam 2.P6B!

[ Se: 1...bxc3 2.f6! gxf6 forçado. ( Se: 2...e8? 3.g5 g6 4.h6

cxb2 5.g7# ) 3.exf6 xf6 4.e5 e7 5.xd7 xd7 6.g5+ h8 7.f6+ g8 8.xh7+! xh7 9.f4 cxb2 10.h4+ g8 11.h8# ]

2.g4!! Novo sacrifício magnífico dePeão , que deve , i gua lmente, s e raceito. fxg4 3.g5 g6 4.f6 g7

5.ef1 e8 Defendendo o ponto 2BRtrês vezes atacado. 6.f4! Reforça oataque à casa 2BR inimiga e ameaça 7.C6R+! d8 A resposta preta éforçada.A grande força das combinações estánão só na l imitação das respostasadversárias, nos lances forçados enecessários à defesa de pontos vitais,mas também na posição congesta queresulta para as peças inimigas. 7.e6!Atacando uma vez mais o ponto débil2BR. a6 Defendem-se as Pretas pelapregadura do Peão branco. Se PxP,TxT! 8.e5! E agora as Brancasameaçam xeque descoberto mortal.

h6 9.1f5! Os lances brancos sãomagis t ra is . A Tor re não pode sertomada, pois o PCR está cravado. fxe6

10.f7+ [ Se: 10.xf8 gxf5! ]

10...xf7 11.h5+! g7 12.xg6#!Excelente remate com numerosostemas de combinação em jogo , epossível graças à manobra inicial deromp iment o da cade ia de Pe õespretos.Uma vez prevista a manobra de rupturae, mais, realizada no momento exato,o ataque se desenvolve com facilidade.1-0

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221Combinaçõesrupturas

[diagrama 377]

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Pos ição ver i f icada no Torne io deNuremberg, 1896.Novamente o ponto de ruptura é a casa5BR das Brancas. A entrega do PBdeixará, ainda, vaga a excelente casa4BR para o Cavalo branco de 2R. 1.f5!

gxf5 2.f4 h4 3.a1 e7 4.xa4! xa4 5.dxe6! Como sempreacontece, após a ruptura segue-se acombinação. fxe6 6.xe6! c7??Um cochilo inacreditável do grandemestre Lasker, que abandonou logo aseuir, pois perde a Dama (7.CxD).Po rém, ou t ras joga das d e Damaperdem, igualmente a partida.Exemplos:

[ a) 6...c8 para defender a Torre. 7.xf5 c6 8.g5! f8 9.xf8+ xf8 10.xf8+ d7 11.c5# ] [ b) 6...d7 7.xf5 ganhando. ] [ c) 6...b8 7.xf5 h3 ( 7...d7? 8.f7# ) 8.c7+ d8 9.e6e ganham, igualmente, as Brancas. ]

222Combinaçõesposições desesperadas

[diagrama 378]

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R E C U R S O S E M P O S I Ç Õ E SDESESPERADASH á p o s i ç õ e s q u e p a r e c e mc o m p l e t a m e n t e p e r d i d a s , s e mpossibilidades de salvação. Surgem,então, recursos imprev is tos , quealteram, de pronto, o desfecho dapartida.Exemplos:(d iag rama 378) Não há me ios deimpedir o avanço dos Peões pretos econsqüente promoção.A posição parece desesperada para oprimeiro jogador. 1.d2 h2 2.a5

h1 3.b4! E qualquer que seja o lancedas Pretas haverá empate, pois asBrancas ficam sem movimentos ("pat").É um exemplo de auto-obstrução. g2½-½

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223Combinaçõesposições desesperadas

[diagrama 379]

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As Pretas ameaçam jogar .. .,T8B+,segu ido de P8D=D+, ganhando apartida. Não se vê como evitar essasameaças. 1.d6!! Lance de obstrução,interrompendo a defesa da Torre pretasobre o Peão candidato à promoção.

xd6 [ Se: 1...cxd6 segue-se 2.f7ganhando facilmente. c1+ 3.xd2

g1 4.f8 g2+ 5.d3 d5 6.g5 xf8 7.gxf8+ d7 8.e7+ c6 9.e6+ c7 10.f7+ c6 11.d8 d4 12.c7+ d5 13.d7+ c5 14.b4+ xb4 15.xb7+ c5 16.e7# ]

2.g8+ d7 3.f7+ c6 4.e8+ b6 5.e3! As Brancas pararamt o d a s a s a m e a ç a s , g a n h a n d ofacilmente o jogo. xf6 6.b4 ff5

7.bxc5+ xc5 8.f8 a6 9.xc5 h5 10.c4+ b6 11.c5+ c6 12.b4+ d7 13.d5+ c8 14.e6+ d8

15.e7+ c8 16.e8#1-0

224Combinaçõesposições desesperadas

[diagrama 380]

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As Pretas ameaçam ...,R7T, ganhandoa par t ida . O lance das Brancas éforçado. 1.g3 h5 As Brancasparecem perdidas, pois o adversáriod i s p ó e d e u m P e ã o p a s s a d odefendido.Há, porém, uma solução imprevista.

2.e4 g1 3.e5!! dxe5 Forçado, casocontrário as Brancas fariam Dama emprimeiro lugar. Mas, agora, as Brancasnão têm lance e o final está empatado("pat").

[ Se: 3...d5 4.e6 d4 5.e7 d3 6.e8 d2 7.e3+ h1 8.xd2 g1 9.g2# ]

½-½

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225Combinaçõesposições desesperadas

[diagrama 381]

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Este final parece absolutamente ganhopelas Pretas, que ameaçam coroar seuPeão. Mas, há uma manobra salvadorapara as Brancas. 1.d7 h2 2.c6+

g1 3.h1!! Surpresa! Recurso ques a l v a a p a r t i d a . xh1 4.f2!!Empate. Ao contrário, 4.R1B?, queparece igual, perderia. Vide diagrama221.

226Combinaçõesposições desesperadas

[diagrama 382]

(Diagram)

Esta posição ocorreu numa part idaentre Lasker e Tarrasch. As Brancasparecem perdidas.Como poderá o Rei branco atingir sua

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casa 3BD para enfrentar o Peão pretopassado, que se forma após ...,P5B,etc.?L a s k e r d e m o n s t r a c o m o i s s o épossível. 1.h4! g4 2.f6!Agora o Rei preto é forçado a tomar oPT e as Brancas ganham espaço etempo. xh4 3.f5 g3 4.e4 f2

5.d5 e3 6.xc5 d3 7.xb5 c2 8.xa5 xb3 9.b6 xb2E o R e i p r e t o d á g r a ç a s p o r t e rchegado a tempo.½-½

227 C90AberturasImportância do Peão Central

[diagrama 400]

IMPORTÂNCIA DO PEÃO CENTRALJá vimos que o domínio das casascent ra is pode ser rea l izado pe losPeões, bem como por outras peças.No entanto, o domínio mais efetivo é odos Peões, porque as outras peças,sendo mais rápidas que os Peões,movimentam-se, por isso, com maior

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freqüência; disso resulta o abandonoda vigilância e do controle das casascentrais. Os Peões, de ação menosdinâmica, fiscalizam mais efetivamenteas casas centrais.Assim, deve-se jogar as aberturasprocurando-se manter, pelo menos, umPeão central. Após 1.P4R, por exemplo,o P e ã o p a s s a a c o n t r o l a rimed ia tamente duas impo r tan tescasas centrais no território inimigo,que são as casas 4D e 4BR das Pretas;t o r n a , t a m b é m , e s s a s c a s a sinacessíve is às peças in imigas ep r e p a r a s u a p o s s e p e l a s p e ç a sbrancas, desde que o adversário nãotome medidas preventivas para talação.Com a resposta 1..., P4R, colocandotambém um Peão no centro, as Pretasse reservam os mesmos objetivos.Um bom plano para as Brancas, efreqüênte, seria então procurar eliminaro PR inimigo, propondo trocas, sejac o m P 4 D , s e j a c o m P 4 B R ( n a spartidas com 1. P4D, P4D, a mesmaidéia se satisfaz com P4R ou P4BD),para que somente elas permaneçamnão só com um Peão, senão ainda,com o domínio do centro.Como proceder, agora, um jogadorc o n v i d a d o a u m a t r o c a t ã odesvantajosa?Posições há em que é possível evitaressa troca; há outras, porém, em quetal não se dá. Em sendo possível, claroé, o enxadrista deverá procurar manter,a t o d o c u s t o , s e u P e ã o c e n t r a l ,evitando a troca. Quando a troca nãopode er impedida (por resultar, sejauma posição difícil, ou uma vantagempara o adversár io) , deve-se entãoacei tá- la, mas seguindo-a de uma

manobra, que permita compensar odesaparecimento de seu Peão central.E essa manobra, mais freqüentemente,se rá um c on t ra -a taque , v i s ando ,igualmente, o desaparecimento doPeão central do inimigo.Vejamos exemplos desses casos.Numa das variantes mais comuns daAber tu ra Ruy Lope z , che ga-s e àposição do diagrama 400, após osseguintes lances: 1.e4 e5 2.f3 c6

3.b5 a6 4.a4 f6 5.0-0 e7 6.e1 b5 7.b3 d6 8.c3 Com estelance as Brancas procuram evitar atroca de seu valioso BR, possível com8...,C4TD, e 9...,CxB, ao mesmo tempoque preparam o lance P4D, a fim devulnerar o PR inimigo.Toda a cont inuação seguin te dasPretas (Defesa Tchigorin) visa garantiro Peão central. a5 9.c2 c5 10.d4

c7! As Pretas garantiram seu Peão eobtêm posição equilibrada. Se: 11.dxe5

dxe5 ficando sempre as Pretas com umPeão no centro.Neste caso foi possível conservar oPeão central.Casos há em que não é poss íve lrecusar a troca dos Peões centrais.

228 C47AberturasImportância do Peão Central

[diagrama 401]

Vejamos a posição do diagrama 401,que se origina após: 1.e4 e5 2.f3

c6 3.d4 As Brancas dispõem-se aeliminar o PR inimigo, para f icaremapenas elas com o Peão central.A s P r e t a s d e v e m r e s o l v e r e s s eproblema agudo do ataque ao seu PR.

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S e p r e t e n d e m d e f e n d ê - l o : ( v e rvariantes)Por todas estas razões, as Pretasc h e g a m à c o n c l u s ã o q u e s ã oobrigadas à troca de seu Peão central,sem permanecer em inferioridade ejogam exd4

[ a) com 3...d6 fica obstruído odesenvolvimento do seu BR. ]

[ b) com 3...f6 fica enfraquecida a alado Rei, privando, ainda, o CR de suamelhor casa. ]

[ c) com 3...d6 há bloqueio do PD,dificultando o desenvolvimento deseu BD. ]

[ d) com 3...f6 outra vez fica o CRprivado de sua melhor casa. ]

4.xd4 As Brancas conseguiram ocontrole das casas 5D e 5BR enquantoas Pretas perderam o controle dascasas correspondentes.Se as Pretas ficarem na passividade,sua posição se tornará inferior e, comtoda certeza, perderão a partida. Mas,como já dissemos, as Pretas devemprocurar uma compensação por suadesvantagem atual e raciocinar dos e g u i n t e m o d o : s e a s B r a n c a sconseguiram remover meu PR contral,não seria possível, também, eliminar oPR das Brancas? Felizmente, essapossibilidade é quase sempre viável,mormente quando o avanço P4D dasBrancas tenha sido precoce.No caso em apreço, após 4. CxP, asPretas devem preparar o avanço ...,P4D, para forçar, também, por seuturno, a troca do Peão central inimigo.O avanço do PD preto deve ser feitoem momento oportuno.Os melhores lances, para cada lado,são: f6

[ Imediatamente, 4...d5 não serve,

por 5.b5! atacando duas vezes oCa va l o p re t o , e s e e n t ã o ge7fica bloqueado o BR das Pretas. ( enquanto 5...d7 perde um Peão,com 6.exd5 )]

5.c3 b4 Agora o PR está atacado. 6.xc6

[ Se 6.f3 a resposta correta é d5! ] 6...bxc6 7.d3 d5! 8.exd5 cxd5E as Pretas alcançaram seu objetivo:conseguiram remover o PR inimigo.O lance 8. PxP e o melhor para asBrancas, na posição. A ameaça preta é8...,PxP. A posição, que resulta após 8.PxP , PxP , dá u m p ouc o ma i s d eliberdade para as peças brancas, mase m c o m p e n s a ç ã o , a s P r e t a s s easseguram forte centro.Vimos, neste exemplo, que as Pretasconseguiram livrar-se do PR inimigo,jogando ...,P4D! lance chave dessasposições.Ou t ras vez e s , p o rém, a r e f e r i d acompensação das Pretas reside noataque direto ao PR adversário.Observe o leitor que, após 1.P4R, P4R;2.C3BR, C3BD; 3.P4D, PxP; 4. CxP,em virtude da troca dos Peões, resultauma coluna aberta para as Brancas (acoluna da Dama) e uma coluna abertapara as Pretas (a coluna do Rei). UmaTorre branca em 1D não será muitoefetiva, pois as Pretas com ...,P3D,limitam suas aspirações. Ao contrário,uma Torre em 1R agirá, imediatamente,sobre o PR das Brancas. Em muitasposições é por essa coluna que asPretas desenvolvem o contra-jogo,conseguindo eliminar o PR inimigo.

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229 C45AberturasImportância do Peão Central

[diagrama 402]

Um exemplo ilustrativo é o seguinte: 1.e4 e5 2.f3 c6 3.d4 exd4 4.xd4 f6 5.xc6 bxc6 6.e5(para restringir a posição inimiga) e7

7.e2 d5 8.d2 b7 mas, agoraas Pretas desenvolvem-se rapidamentee atacam o PR inimigo, alcançandoposição superior: 9.b3 0-0-0 10.c4

b6 11.d2 e8 12.f4 f6e as Pretas chegam a eliminar o PRadversário.

230 C46AberturasAbandono do Centro

[diagrama 403]

CONSEQÜÊNCIAS DO ABANDONODO CENTROÉ péssima conduta, nas aberturas, oa b a n d o n o d o c e n t r o , c u j a sc o n s e q ü ê n c i a s s ã o u mdesenvolvimento difícil, além de umentorpec imento gera l da pos ição.Outrossim, possibilita ao adversário,graças à maior mobilidade que adquire,ataques de sucesso na ala do Rei.Escolhemos, para o exemplo, umamagn í f i ca p a r t i da no T orne io deScheveningen, 1913, entre EdwardLasker (Brancas) e Alexandre Alekhine(Pre tas ) , a qua l i lus t r a , também,a s p e c t o r s r e l a t i v o s a odesenvolvimento geral das peças. 1.e4

e5 2.f3 c6 3.c3 b4 4.d5Jogando duas vezes a mesma peça naabertura. Típica perda de tempo.

Mais de acordo com o princípio dodesenvolvimento seria 4.B5C ou 4.B4B. e7 Haveria a ameaça de 5.CxB,CxC; 6.CxP, ganhando um Peão. Estaretirada do Bispo é a melhor jogada,embora devolvendo o tempo ganho,após 4.C5D.Contando-se os tempos, vemos queambos os lados jogaram um Peãocentral e desenvolveram duas peças.As Brancas apenas têm o tempo dasaída. 5.c4 f6 6.d3 d6 7.xe7

xe7 As Brancas trocaram uma peça eo adversário respondeu com um lancede desenvo lv imento . As Branc asperderam, portanto, um tempo (5ocaso de perda de tempo). Contando-se,agora, os tempos, veremos que ambosjogaram um Peão central (P4R), mas,a s B r a n c a s s ó t ê m d u a s p e ç a sdesenvolvidas, enquant as Pretas, três.As Brancas perderam o tempo dasaída. 8.c3 h6 9.e3 0-0 10.d2

e6 11.b3 xb3 12.axb3 d5A lek h ine , c om s eu ú l t imo l anc e ,a m e a ç a g a n h a r o P R i n i m ig o . Aresposta correta das Brancas seria 13.D2B!, defendendo e mantendo seuPeão central, o que é importante nasaberturas. Mas, em vez desse lance,j o g a m 1 3 . P x P ? , a b a n d o n a n d o ocontrole das casas centrais.Alekhine tira proveito dessa situação,de maneira magistral, desenvolvendouma técnica, que é, em verdade, ummodelo nessas pos ições . 13.exd5?

xd5 14.0-0 f5 As Pretas têm bomdesenvolvimento e domínio das casascentrais. Está justificado o ataque aoRei inimigo, que se inicia com esselance. 15.b4 b6 Evitando 16. B5B.

16.e2 d6 17.b5 ce7 18.d2 g6 19.a4 ae8! Entregando o PTD.

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O jogo das Pretas está l indamentedesenvolvido, enquanto as Brancasestão paralisadas, sem nada poderemfazer. As Torres pretas estão bems i t u ad as : a t ua m s o b r e as c as a scentrais e estão prontas a participar noataque final. Tudo isto, como resultadodo desenvolvimento inferior das peçasb r a n c a s e , p r i n c i p a l m e n t e , d oa b a n d o n o d o c e n t r o . 20.g3Para impedi r a ent rada do Cavaloinimigo em 4BR, mas enfraquecendo acasa 3BR. E é o que sempre acontecepara o lado que se defendo de uma t a q u e a p o i a d o p o r b o mdesenvolvimento e completo domíniocent ra l . Cr iam-se f raquezas paradesviar ameaças e, de repente, o jogose desfaz, por completo, como umcastelo de cartas. d7 Ou as Brancastomam agora o PTD, ou nunca mais,pois as Pretas ameaçam 21...,P4TD!.

21.xa7 e4 22.d4 exd3 23.xd3 e5 As Pretas "passeiam" no centro avontade e fazem dele base para oataque. 24.e2 f4 25.h5 f6

26.f5 f3+ Conseqüência dafraqueza da casa 3BR. O jogo dasB r a n c a s e n t r a e m c o l a p s orapidamente. 27.h1

[ Se 27.xf3 xf5 ] 27...xf5 28.xf5 xd2 As Pretasganharam uma peça . As Brancaspo de r i am aban dona r o j ogo maspreferem cont inuar desenvolvendomais alguns lances. 29.d1 fe4

30.xg7 xg3+ 31.g2 f3+As Brancas abandonam.E s t a p a r t i d a d e m o n s t r a ,suficientemente, as inconveniênciasdo abando do centro.

231 D96Aberturasde Colunas para as Torres

[tema 7. e)]

7. ABERTURA DE COLUNAS PARAAS TORRESAs Torres, já o sabemos, são muitopoderosas em colunas abertas ondeatingem eficiência máxima. Por isso, odesejo de cada jogador, em todas asaberturas, é procurar o controle deuma coluna aberta para suas Torres aomesmo tempo que impede o adversáriode fazê-lo.A a b e r t u r a d e u m a c o l u n a e s t áintimamente ligada com a provocaçãoe t r oc a do Peã o cen t ra l i n im igo ,manobra ue já podemos reconhecerc o m o u m d o s o b j e t i v o s d e t o d aestratégia na abertura.São nessas colunas centrais (BD, D, Re BR) que as Torres operam com maiseficiência, principalmente, se dobradas.A finalidade das Torres nas colunasabertas é dominar casas vi tais doterritório inimigo, sobretudo as casasda 7a e 8a horizontais; em verdade,q u a n d o c o n s e g u e m o c u p a r u m adessas hor izonta is , a sét ima, porexemplo, seus efeitos são, via de regra,devastadores.As aberturas de colunas podem serimediatas, constituindo os primeirosobjetivos das aberturas, ou podem sert a r d i a s , a p ó s o c o m p l e t odesenvolvimento das peças.Exemplos:(os exemplos a)No Gambito do Rei;b ) N a A b e r t u r a V i e n e n s e ; c ) N aAbertura Escocesa e d)No Gambito daDama Aceito estão nas respectivasaberturas, entre parenteses, com o

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número *7)e) 1.d4 d5 2.c4 c6 (Defesa Eslava)

3.f3 f6 4.c3 g6 5.cxd5as Brancas ob têm a co luna BD etratam de ocupá-la cxd5 6.b3 g7

7.g5 e6 8.e3 0-0 9.d3 c6 10.0-0 h6 11.h4 g5 12.g3 h5 13.ac1 Completado odesenvolvimento das peças menores(Cavalos e Bispos), as Torres passama agir na coluna aberta (Partida Keresx Frydman, Buenos Aires, 1939).

232 D04Aberturasde Colunas para as Torres

[tema 7. f)]

f) 1.d4 f6 2.f3 c5 3.e3 d5 4.b3 cxd4 abrindo a coluna BD, uma dasmanobras favoritas de Keres 5.exd4

g4 6.e2 e6 7.0-0 d6 8.bd2 c6 9.b2 c8 E a Torre presa,n e s t a c o l u n a , t e m a ç ã o e f e t i v a(Partida Palau x Keres, Buenos Aires,1939).

233 D05Aberturasde Colunas para as Torres

[tema 7. g)]

g) 1.d4 d5 2.f3 f6 3.e3Abertura Colle, tendendo a prepararum futuro P4R, abrindo a coluna do Rei

c5 4.c3 e6 5.bd2 c6 6.d3 d6 7.0-0 0-0 8.e1 o avanço do PR foibem preparado c7 9.e4! cxd4

10.cxd4 dxe4 havia a ameaça do" g a r f o " 1 1 . P 5 R 11.xe4 xe4

12.xe4 e8 13.h4!

E aqui, aprendemos outro modo de nosservir de uma coluna aberta.A Torre serve-se da coluna aberta(diagrama 406) não só para agir aolongo de la , como , t ambém, pa rapermitir sua passagem a uma das alas,geralmente a do Rei, valorizando umataque.

234 C41Aberturaspartida ilustrativa

[diagrama 407]

PARTIDA ILUSTRATIVAA célebre " jóia de Primeira Água",jogada em 1858, no camarote real daópera de Paris, durante um intervaloda ópera "O Barbeiro de Sevilha", porPaul Morphy (Brancas) contra o DuqueKarl de Brunswick e o Conde Isouard(Pretas), é um exemplo clássico ded e s e n v o l v i m e n t o r á p i d o e d oaproveitamento de uma coluna aberta.

1.e4 e5 2.f3 d6 Tendo em mira ocentro e o desenvolvimento, o correto é...,C3BD.O lance P3D caracter iza a DefesaPhilidor. 3.d4 g4 Protegendoindiretamente o PR preto, mas esselance constitui uma perda de tempo.Mais lógico seria 3.. . ,C3BR. 4.dxe5

xf3 Forçado. [ Pois se 4...dxe5 5.xd8+ xd8 6.xe5 ganhando as Brancas umPeão. ]

5.xf3 dxe5 Contando-se os tempos,vemos que ambos os lados jogaramum Peão central, mas as Brancas jápossuem uma peça desenvolvida e asPretas, nenhuma.Isso dá a vantagem de um tempo que,

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com a saída, perfazem dois tempos am a i s , s i g n i f i c a n d o m e l h o rdesenvolvimento e, por conseguinte,melhor partida.E por que as Pretas perderam umt e m p o ? S i m p l e s m e n t e p o r q u erealizaram uma troca 4...,BxC, e asBrancas retomaram desenvolvendouma peça (5o caso de perda de tempojá estudado). Observar que, após atroca dos Peões centrais, resultou acoluna da Dama aberta. 6.c4 f6E v i t a n d o o m a t e ! 7.b3!Lance magistral, ameaçando o PBR eo PCD adversários. e7 8.c3!

[ As Brancas poderiam ganhar umPeão com 8.xb7 b4+ 9.xb4

xb4+ etc.; mas, Morphy, artista dot a b u l e i r o , d á m a i s v a l o r a odesenvolvimento do que ao ganhode um Peão. ]

8...c6 Defendendo com a Dama oPCD. 9.g5 b5 (diagrama 407)O correto era 9...,D2B. Agora Morphyremata o jogo de maneira magistral.

10.xb5 cxb5 11.xb5+ bd7 12.0-0-0! Dominando integralmente acoluna da Dama com a TD, inclusive ascas as v i z i nhas do Re i p re t o . d8

13.xd7! xd7 14.d1 Observar asduas pregaduras de peças pretas. e6Propondo a troca de Damas, aliviando,assim, o ataque e a posição restringidade suas peças. Porém Morphy vê, nodomínio absoluto da coluna da Dama,um final magnífico. 15.xd7+ xd7

16.b8+! Excelente lance de desvio dep e ç a i n i m i g a . xb8 17.d8#Este exemplo é ilustrativo, porquantove m d e m o n s t r a r a v a n t a g e m d odesenvolvimento rápido das peças,assim como da abertura de uma colunapara as Torres, no centro do tabuleiro.

Nesta par t ida, as Torres brancastiveram a oportunidade de invadir asegunda e pr imeira hor izontais doadversário, com ataque de mate.Os princípios gerais das aberturas (ocent ro e o desenvo lv imento ) s ãoconeitos importantes, sadios e devemsempre ser atendidos pelos jogadoresde xadrez.Sucede, muitas vezes, na prática doxadrez dos mestres, que "posiçõesnormais" são atingidas, por ambos osa d v e r s á r i o s , n u m a a p a r e n t econtradição desses pr incípios. Háaberturas em que um jogador permitea o o u t r o a c o n s t r u ç ã o d e u m apoderosa posição de Peões no centro,não porque considere essa posiçãof rac a , mas p orque es t á c e r t o dedestruir esse centro, mais cedo oumais tarde. Ótimo exemplo é a DefesaAlekhine (1.P4R, C3BR), que veremosno capítulo das aberturas.

235 C45AberturasMobilidade de Peças

[diagrama 408]

8. MOBILIDADE DE PEÇASTambém vimos que a mobilidade depeças é uma conseqüência lógica domelhor desenvolvimento e do domíniodas casas centrais. É uma primaziaque o jogador obtém seguindo osprincípios funamentais das aberturas edeve ser utilizada para o ataque a umdos flancos e, em especial, ao flancodo Rei.A vantagem em mobilidade deverá,porém, ser explorada energicamente,caso contrário, desaparecerá em curto

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tempo.'Mobilidade e domínio do centro sãov a n t a g e n s q u e n ã o d e v e m s e rapresentadas , apenas, como "umreluzente par de botas", no dizer deNinzowitch, nem são finalidades por simesmas; são, isto s im, o caminhomais racional para obter sucesso numa t a q u e a u m a d a s a l a s , e ,particularmente, na ala do Rei.O va lor de um cen t ro super ior dePeões é que ele mantém a posiçãoin im iga con ges ta ; o t aque s e r ia ,logicamente, o meio de se exploraruma posição congesta.Com muitas peças no tabuleiro, o ladoinferior será obrigado a ter um jogorestringido, visto que dispõe de poucoterreno; mas, uma vez trocadas váriaspeças , ganhara e le mais espaço.Conseqüentemente, a mobilidade depeças do lado superior perderá muitod e s u a e f i c á c i a . U m a p o s i ç ã orest r ingida será explorada por umataque, mas será livrada por trocas.Assim, o jogador, que conseguir maiormobilidade para suas peças, deverá,imediatamente, iniciar uma investida aqualquer das alas, evitando, porém, omais possível a troca de peças.Em verdade, as trocas são o melhorme io pa ra red uz i r a f o r ç a de u mataque.O a t a q u e b a s e a d o n o m e l h o rdesenvolv imento, no domínio dascasas centrais e na consqüente maiorm o b i l i d a d e d a s p e ç a s c o n d u z ,invar iave lmente , auma van tagemmaterial ou mesmo a uma posição demate.Vejamos exemplos:a ) M o b i l i d a d e m a i o r d e p e ç a sconduzindo ao ganho de material.

A posição do diagrama 408 é atingidaapós 1.e4 e5 2.f3 c6 3.d4 exd4

4.xd4 xd4? (perda de tempo) 5.xd4 f6 6.g5 e7 7.c3 d6Esta posição é francamente favorávelpara as Brancas, que têm o controled a s c a s a s c e n t r a i s , m e l h o rdesenvolvimento e maior mobilidadepara suas peças. Têm, ainda, cincohorizontais à sua disposição, ao passoque as Pretas estão confinadas a trêshorizontais apenas.As Brancas devem prossegu i r nodesenvolvimento (incompleto ainda)antes de iniciar o ataque. 8.0-0-0 0-0

9.c4 Tudo está pronto para ainvestida, e um plano viável seria oavanço do PBR e do PR, conseguindoa co luna BR aber ta , po r onde asTorres teriam ação.Note-se que as Brancas, jogando emm o m e n t o o p o r t u n o T 1 D e T 3 D ,poderão lançar essa peça no ataque àala do Rei . e6 As Pretas procuramtrocar peças , a f im de a l i viar suaposição restringida. Nesses momentoso lado, que tem maior mobi l idade,deverá agir de forma enérgica, paran ã o p e r d e r s u a s u p e r i o r i d a d eposicional.

[ E se 9...g4 10.xe7 xe7 11.d5 d8 12.h3 e5 13.f4 xc4 14.xc4 c6 15.c3e as Brancas ganharão logo o PDinimigo, que perdeu a proteção doPBD. ]

10.e5! Quando se tem um forte Peãocentral é essencial usá-lo para umataque. dxe5

[ Se 10...xc4 segue 11.xc4 h6 12.xf6 gxf6 13.exd6 cxd6 14.f4e a p o s i ç ã o d a s P r e t a s e s t áperdida. ]

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11.xe5 c8 12.xe6 xe6 13.xe6 fxe6 14.he1 E as Brancasganham pelo menos um Peão.Este exemplo é suficiente para mostrarcomo a vantagem em mobi l i dadeconduz ao ganho de material.

236 D31AberturasMobilidade de Peças

[diagrama 409]

b ) M o b i l i d a d e m a i o r d e p e ç a sconduzindo a um ataque de mate.A posição do diagrama 409 ocorreu napartida H. N. Pillsbury x M. Judd, SaintLouis, 1899, após 1.d4 d5 2.c4 e6

3.c3 b6 4.f3 b7 5.f4 d6 6.xd6 xd6 7.cxd5 xd5?( um e r ro ; me lh o r s e r i a 7 . . . , P xP ,conservando um Peão central) 8.e4!

b7 9.c1 a6 10.d3 e7 11.0-0 0-0 A posição das Brancas éfrancamente favorável, pois dispõemde um forte centro de Peões, melhordesenvolvimento e mobilidade maiorpara suas peças.O desenvolvimento das Brancas foil ó g i c o , c o n t r a s t a n d o c o m o d oadversário, que pouco ampliou o raiode ação de suas peças. Além disso,as Pre tas desp rezaram as cas ascentrais; seu lance 7...,BxP? constituiuum e r r o . Co r r e t o s e r i a 7 . . . ,P xP ,mantendo um Peão no centro, o que éimp or t an t e nas a be r t u r a s , c om osabemos.Observar o pouco espaço de quedispõem as peças pretas, confinadasàs suas três primeiras horizontais.Como resu l t ado de tudo i sso , asBrancas adquirem maior mobilidade

para suas peças, vantagem em espaçoe o direito de encetar um ataque aoRei inimigo.Todas as peças estão prontas para aação agressiva, inclusive a TR, que,c o m o a c o n t i n u a ç ã o d a p a r t i d amostrará, será pela própria coluna BRque irá atuar. 12.e5! Quando se têmum forte Peão central, deve-se usá-lopa ra um a t aque . d8 13.xh7+!Um s a c r i f í c i o q u e s u r p r e e n d e oprincipiante, mas que está plenamentejust i f icado. As peças pretas estãodistantes da ala do Rei, impedidas desocorrer seu monarca. xh7 14.g5+

h6 [ Se 14...g8 segue 15.h5!(ameaçando 16.D7T++ mate) e8( ú n i c a d e f e s a ) 16.xf7+ h8

17.h5+ g8 18.h7+ f8 19.xe6+ ganhando a Dama. ]

15.d2! g6 A ameaça branca era 16.CxP+desc., ganhando a Dama.

[ Procurando as Pretas escapar aosalto do Cavalo, movimentando aD a m a , t e r í a m o s a s s e g u i n t e scontinuações:a) 15...e8 16.xe6+ h7

17.xc7 d8 18.xa8 ganhandomaterial. ]

[ b) 15...d7 16.xe6+ h7 ( se 16...g6 (ou 16...,R4T segue 17.D 5 C + + m a t e ) 17.g5+ h7

18.xg7# ) 17.xf8+ ganhandomais a Dama. ]

[ c) 15...c8 16.e2! e o ataquedas Brancas se torna irresistível. ]

16.e2 d5 17.d3+! Prosseguindocom energia no ataque. Sacrificam asBrancas o Cavalo para colocar sua TRem jogo sem perda de tempo.A mob i l i dade da s peç a s , q ue s eprocura nas aberturas como vantagem,

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não é uma finalidade por si mesma; éum meio para um ataque ao inimigo.Esse ataque deve ser bem conduzido,com técnica aprimorada. E é o querealiza Pillsbury, grande mestre norte-americano do passado. xg5

[ Se 17...h5 segue 18.h7+ xg5 ( 18...g4 19.f3+ xg5 20.h4# ) 19.h4+ g4 20.f3#Não há alternativa satisfatória paraas Pretas. ]

18.f4+ h6 19.h3+ g6O monarca preto é um joguete nasmãos do primeiro jogador. Sozinho,sofre o ataque violento das Brancas,sem possibilidades do socorro de suaspeças, que se encontram afastadas daluta, tolhidas em sua ação. É o castigop o r d e s p r e z a r e m o b o md e s e n v o l v i me n t o d a s p e ç a s e ocontro le das casas centrais . 20.f5+

exf5 21.xf5 h8 Evitando a ameaçada mate com 22.D5T. 22.g4+ h7

23.xf7 Abandonam.O mate é inevitável. A ameaça é 24.DxP++ mate. Se 23...,T1C; então 24.D5T++ mate.Um exemplo ilustrativo da mobilidadedas peças conduzindo a um ataque demate.

237 C45AberturasDebilidades Transitórias

[diagrama 410]

10.1 DEBILIDADES TRANSITÓRIAS(DE PEÇAS)O fator de superioridade é a maiormobilidade das peças que se utilizapara um ataque ao adversário.A) A posição do diagrama 410 pode

ser atingida após 1.e4 e5 2.f3 c6 3.d4 exd4 4.xd4 xd4? (perda detempo já es tudada) 5.xd4 f6

6.c3 d6 7.g5 e7 8.c4 d7 9.0-0 0-0 10.ad1 Analisemos estaposição:1.Material: O material está igual.2. Segurança dos Reis: Ambos os Reisgozam de boa segurança.3. Estrutura dos Peões: Não há defeitona estrutura dos Peões, para nenhumdos lados.4. Mobil idade das peças: As peçasbrancas têm mais mobilidade.5 . P o s s i b i l i d a d e s d e a t a q u e s ec o m b i n a ç õ e s : A s B r a n c a s t ê mpossibilidades de ataques na ala doRei.As Brancas têm, portanto, posiçãosuper ior. Granças ao domínio dascasas centrais, as Brancas dispõem emaior mobilidade para suas peças, quese movimentam, l i v remente, pe lotabuleiro, com numerosas casas à suadisposição, enquanto as peças pretass e e n c o n t r a m r e s t r i n g i d a s , s e ml iberdade e sem casas para suaspeças.As Brancas, t i rando part ido dessavantagem conseguida na abertura,iniciam um ataque à ala do Rei preto,justo colorário à primazia alcançada.O ataque terá por base o avanço P4BR,forçando, em momento oportuno, oavanço P5R, resultando daí a aberturadas importantes colunas da Dama e doBR, onde já se encontram as Torres.O Cavalo preto será expulso da casa3BR, onde defende o roque (o PTR), ea investida das Brancas terá todas aspossibilidades de sair vitoriosa, poisque a prática, em um sem número depar t idas , tem demons t rado que o

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ataque ao Rei inimigo, fundamentadonum bom desenvolvimento, no domíniodas casas centrais e na mobilidadem a i o r d a s p e ç a s , c o n d u z ,freqüentemente, a um ataque vitorioso.Quem domina o centro do tabuleiro enão teme contra-manifestações nessesetor, poderá e deverá iniciar ataquesnos flancos e, em especial, no flancodo Rei.

238 C28AberturasDebilidades Transitórias

[diagrama 411]

B) A posição do diagrama 411 ocorreuna par t ida W jakh i re f f x A lekh ine,Rússia, 1908, após 1.e4 e5 2.c3

f6 3.c4 c6 4.d3 b4 5.ge2 d5 6.exd5 xd5 7.xd5 xd5 8.0-0 d8 9.g3 0-0 Analisemos estaposição:1. Material: O material está igual.2. Segurança dos Reis: Os dois Reisestão em lugar seguro. Observar, noentanto, que o Rei branco não estábem protegido, porque a posição doCavalo em 3CR não é tão favorável,como em 3BR, para a defesa do roque.3. Estrutura dos Peões: Não há defeitona estrutura de Peões, para nenhumdos lados.4. Mobil idade das peças: As peçaspretas têm mais mobilidade.5 . P o s s i b i l i d a d e s d e a t a q u e s ec o m b i n a ç õ e s : A s P r e t a s t ê mpossibilidades de ataque na ala do Reiinimigo.As Pretas saíram da abertura comvantagem: possuem o domínio dascasas centrais e maior mobilidade de

suas peças, visto que o par de Bisposé mais forte que Bispo e Cavalo naspart idas abertas. Essas vantagenspermitem um ataque das Pretas na alado Rei branco.A continuação da partida foi a seguinte:

10.f4 f5! 11.ce2 h4 12.h1 d6 13.d4 e4

[ Alekhine cita, ainda, a seguintecon t inuação : 13...exd4 14.xd4

xd4 15.xd4 d7 seguido de ...,B3B; ..., T3B; ...,T3T, etc. ]

14.c4 f6 15.c5 h6 e o ataque estáformado.

239 D46AberturasDebilidades Transitórias

[diagrama 412]

C) A posição do diagrama 412 ocorreuapós 1.d4 d5 2.f3 f6 3.e3 c6

4.c4 e6 5.c3 bd7 6.d3 d6 7.0-0 0-0 8.e4 dxe4 9.xe4 xe4 10.xe4 f6 11.c2 h6 Analisando-se esta posição, em considerando oscinco fatores já estudados, vemos quea vantagem das B rancas es tá nod o m í n i o d o c e n t r o e n a m a i o rmobilidade de suas peças.As Pretas acabaram de jogar 11... ,P3TR, para evitar 12.B5C, seguido deD3D e BxC, ameaçando mate em 7TR.Mas o avanço do PTR enfraqueceu oroque preto.A própria posição clama por um ataqueà ala do Rei, que é o caminho certo davitória.A continuação foi: 12.b3 b6 13.b2

b7 14.d3 g6 (evitando 15.P5D,seguido de 16.BxC) 15.ae1 h5

16.c1! g7 17.xe6! f6 18.e5!

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c5 [ Ou 18...fxe6 19.xg6+ h8 20.xh6+ g8 21.g6+ h8 22.e1 e8 23.h6+ g8 24.e3decidindo a partida. ]

19.xh6+! xh6 20.xf7+Abandonam (Partida J. R. Capablancax C. Jaffe, Nova York, 1910).

240 A40AberturasDebilidades Transitórias

[diagrama 413]

D) A posição do diagrama 413 ocorreuna par t ida S . G l igo r i c x L . Pr ins ,Estocolmo, 1952, após 1.d4 e6 2.f3

b6 3.e4 a6 4.xa6 xa6 5.0-0 e7 6.e2 c8 7.c3 g6 8.g5 h6 9.e3 e7 10.ad1 0-0Analisando-se esta posição, vemosque:1. O material está igual.2. A posição do Rei preto está algoenfraquecida, devido ao avanço doPTR e à colocação do Cavalo em 3CR,que não é, como sabemos, a casaideal para essa peça.3. Não há alteração na estrutura dePeões para nenhum dos lados.4 . A s p e ç a s b r a n c a s t ê m m a i smobilidade.5. Há possibilidades de ataque na alado Rei preto.As Brancas têm o controle das casascentrais e maior mobilidade para suaspe ç as . Sua p os i ç ão , po r t an t o , ésuperior e dá direito a um ataque aoroque inimigo, que apresenta, aindamais, algumas fraquezas.Vejamos como o iugoslavo Gligoricarquiteta o ataque ao Rei preto. 11.h4

A p l i c a ç ã o p rá t i c a d a s i d é i a s d eSteinitz (pioneiro da escola modernad e x a d r e z ) , q u e ma n d a v a , a p ó sconsolidação do centro, atacar nosflancos. f5 Este lance, que permitirá aab er tu ra do jogo , bene f i c i a rá asBrancas, que estão melhor colocadas.

[ Se 11...xh4 12.xh4 xh4 13.g4 g6 14.f4 com forteataque. ]

12.h5 Eis um dos inconvenientes doCavalo colocado em 3CR: é facilmentealvo de ataque por um Peão do flanco.

fxe4 13.xe4 h8 14.e5As peças brancas possuem uma basepoderosa no centro do tabuleiro efazem dela trampolim para o ataque.Observar como as peças pretas seencontram tolhidas e como o avaço doPTR preto enfraqueceu o roque, aodeixar a casa 3CR sem fiscalização.

b4 15.g4 h7 A ameaça brancaera 16.BxP, explorando a fraqueza doP T R a d v e r s á r i o . 16.g6 xg6

17.xg6+ h8 18.c3 d5 19.xh6!Como s empre , os s ac r i f í c ios , asc o m b i n a ç õ e s , s u r g e m e mconseqüência de uma má disposiçãodas peças contrárias, principalmentedo Rei. gxh6 20.xh6+ g8 21.d3

h4 Com a idéia de evitar 22.T3C+,mas... 22.g3+ xg3

[ Se 22...f7 segue 23.c4! f6 24.f3 ganhando. ]

23.g6+ h8 24.g5 Abandonam.Não há defesa contra a ameaça demate. Se f6 segue 25.h6!ameaçando mate em 2CR.Observar que a saída do Bispo pretoda casa 5TR (22.. . ,BxT) permit iu osalto decisivo do Cavalo branco em5CR.É este mais um exemplo ilustrativo de

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como se deve realizar um ataque aoRei inimigo, tendo por base vantagensadquiridas na abertura.

241 C47AberturasDebilidades Permanentes

[diagrama 414]

DEBILIDADES PERMANENTES (DEPEÕES)Exploração de um Peão atrasado.A posição do diagrama 414 surge após

1.e4 e5 2.f3 c6 3.c3 f6 4.d4 exd4 5.xd4 xd4? (perda de tempo) 6.xd4 d6 7.g5 c5? 8.e3Analisando-se esta posição, vemosque:1. O material está igual.2. Os Reis têm proteção.3. A estrutura dos Peões pretos estáabalada, por existir um Peão atrasado(o P3D).4. A mobilidade das peças brancas émaior, visto que as Brancas dominamas casas centrais.5. Há possibilidades de ataque ao PDpreto atrasado.Ind iscu t ive lmente , a pos ição dasBrancas é superior.Além da perda de tempo 5...,CxC?, asPretas cometeram um grave erro aojogar 7...,P4BD?, deixando atrasadoseu PD. Torna-se agora impossívelcombater o domínio central, que asBrancas possuem, com ...,P4D, únicaoposição a esse domínio.O PD preto const i tui uma fraquezairreparável, sobre o qual as Brancasirão convergir a ação de suas peças. E,en quan to as peç a s b ranc as i r ãomovimentar-se, livremente, para esse

objetivo, as Pretas deverão ficar nadefensiva, protegendo-o, sem nenhumcontra-jogo.Uma cont inuação viável ser ia e7

9.b5+ (para eliminar o BD preto er e d u z i r o m a t e r i a l a o m í n i m onecessário à exploração do PD inimigo,segundo a técnica de Capablanca) d7

10.xd7+ xd7 11.d1 c7(havia a ameaça 12.P5R!) 12.0-0 0-0

13.f4! a6 14.d5 xd5 15.xd5 ad8 16.fd1 d7 17.d2 fd8 18.e5! e as Brancas ganham o Peão.Outros exemplos de exploração ded e b i l i d a d e s t r a n s i t ó r i a s e d edebilidades permanentes serão vistosno cap í tu l o qu in to , no es tudo departidas de mestres.( V E R R E G R A S P R Á T I C A S N A SABERTURAS PAG. 326)

242 C221. Abertura do Centro1.P4R, P4R; 2.P4D

[diagrama 416]

1. ABERTURA DO CENTRO: 1.P4R,P 4 R ; 2 . P 4 D 1.e4 e5 2.d4As Brancas pretendem conseguir seusobjetivos de maneira imediata, uma vezque as Pretas são forçadas a capturaro Peão, visto que 2...,P3D, obstruindoo BR, resultaria favorável às Brancas.

exd4 3.xd4 O inconveniente destaabertura é a saída prematura da Dama,que dá oportunidade às Pretas deresolverem, sat isfatoriamente, seuproblema de abertura, el iminando,igualmente, o PR inimigo.O domín io cen t ra l das Brancas éapenas temporário. c6 4.e3 f6

5.c3 e7 6.d2 d5! Eliminando o

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PR in imigo, neutral izando assim odo mí n i o c en t ra l q u e a s B ra nc a smant inham. 7.exd5 xd5 8.xd5

xd5 9.e2 As Brancas não podemrocar, por estar seu PTD ameaçado.

g4 10.f4 d7 11.f3 0-0-0! 12.0-0-0

[ Se 12.fxg4 segue he8 13.d3 xg4 14.e2 g5 15.d1 xe2 16.xe2 xf4 e as Pretasganham. ]

12...f5 13.d3 f6 E o jogo dasPretas é mais livre..CRÍTICAE s t a a b e r t u r a n ã o p o d e s e rc o n s i d e r a d a a d e q u a d a p a r a a sBrancas, que aspiram vantagem naabertura; as Pretas conseguem bomjogo sem maiores dificuldades.Se é com P4D que as Brancas obtêmvantagem na abertura, vemos que esseavanço não pode ser precoce. Deveser, portanto, preparado.

243 C472. Abertura Escocesa1.P4R,P4R; 2.C3BR,C3BD; 3.P4D

[diagrama 417]

2. ABERTURA ESCOCESA: 1.P4R,P4R; 2.C3BR, C3BD; 3.P4D 1.e4 e5 2.f3 c6 3.d4 As Brancasrealizam o avanço P4D na terceirajogada. Já vimos (pag. 303) que amelhor resposta das Pretas é agora 3...,PxP, conseguindo as Brancas domíniocentral e um forte Peão no centro.Porém, como na abertura anter ior(Abertura do Centro), esse domínio éapenas momentâneo, pois o contra-ataque ao PR branco é igualmentee f i c i e n t e . exd4 4.xd4

(*7 As Brancas reservam a coluna daDama para suas Torres) f6

[ Variante: A) 4...c5 com promissorcontra-ataque: 5.e3 f6 6.c3

ge7 7.c2 xe3 8.xe3 0-0 9.e2 d6 preparando ...,P4D 10.0-0 e6 11.d2 d5! 12.exd5 xd5 13.xd5 xd5 14.f3 ad8E a p o s i ç ã o d a s P r e t a s él i g e i r a m e n t e m e l h o r ( P a r t i d aMartinez x Zukertort, 1884). ]

5.c3 [ Variante: B) 5.xc6 é favorável aosegundo jogador: bxc6 6.e5 e7

7.e2 d5 8.d2 b7 As Pretas,desenvolvendo-se com rapidez erealizando ataque ao PR inimigo,asseguram-se de ligeira vantagem:

9.b3 0-0-0 10.c4 b6 11.d2 e8 12.f4 f6 13.a4 a6 14.e4 f7 As Pretas estão melhores(Mieses x Tarrasch, Metz, 1916). ]

5...b4 6.xc6 bxc6 7.d3 [ Var iante: C) 7.d2 dá às Pretasjogo excelente: 0-0 8.d3 d5 9.f3

dxe4 10.xe4 xe4 11.fxe4 c5 12.f3 b8 As Pretas têm bom jogo(Alekhine x Alexander, Margate,1937). ]

7...d5! O lance que sempre iguala. 8.exd5 cxd5

[ Variante: D) 8...e7+ simplifica op r o b l e m a d a s P r e t a s 9.e2(forçado) xd5 10.xe7+ xe7

11.a3 a5 12.d2 xc3 13.xc3 xc3+ 14.bxc3 com posição deempate (Spielmann x Rubinstein,Teplitz Shonau, 1922).Em todas as aberturas do tipo daAber tu ra Escoces a , quando asBrancas aspiram a um ataque aoRei inimigo, devem elas evitar atroca das Damas, bem como das

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peças menores; caso contrário oa t a q u e d e i xa d e e x i s t i r , c o mosucedeu nesta linha de jogo iniciadacom 8...,D2R+ ]

9.0-0 0-0 10.g5 c6 11.f3 e7 12.ae1 b8 13.d1 e8 14.h3 e6 A posição é aproximadamenteigual : as Brancas dispõem de umpouco mais de l iberdade para suaspeças, porém, em compensação, asPretas têm um fo r te Peão cent ra l(diagrama 417).As Brancas e as Pretas saíram-se bemna abertura.CRÍTICAComo na Abertura do Centro, tambémaqui o avanço P4D das Brancas nãoatingiu em cheio seu objetivo, pois asPretas conseguem igualar o jogo comfacilidade e, algumas vezes, ficar atécom melhor partida.Por que não obtiveram vantagens asBrancas?S i m p l e s m e n t e p o r q u e o a v a n ç oprecoce P4D é fe i to , pagando asBrancas um certo tributo. Na Aberturado Centro, com a saída prematura daDama branca é esta que, atacada poruma peça menor, deverá retroceder,perdendo um tempo na abertura. NaAbertura Escocesa as Brancas, paramanterem seu Peão central, obrigam-s e a p e r d a s d e t e m p o edesenvolvimentos anormais de peças,o que é aproveitado pelo adversário,que coloca bem suas próprias peças;E m a m b o s o s c a s o s , a s P r e t a sconseguem jogar ...,P4D; e, ao trocarseu PD pelo forte PR central inimigo, oque faz desaparecer o domínio centraldas Brancas, alcançam o equilíbrio deposições.É por não conseguirem as Brancas

vantagens duradouras na abertura, queambas, Abertura do Centro e AberturaEscocesa, não são encontradas naprática dos torneios, entre mestres,principalmente quando o enxadristadas Brancas tem vontade de vencer.O avanço P4D precoce não traz, assim,nenhuma vantagem às Brancas.

244 C533. Abertura "Giuoco Piano"ilustração passiva

[diagrama 418]

3. ABERTURA "GIUOCO PIANO": 1.P4R, P4R; 2.C3BR, C3BD; 3. B4B,B4B 1.e4 e5 2.f3 c6 3.c4 c5 4.c3Com o imediato 4.P3B, as Brancasp r e p a r a m o a v a n ç o P 4 D , p a r aconservarem sempre um Peão centralem 4D.As P re ta s d evem a do t a r , a go ra ,qualquer dos dois métodos de defesajá conhecidos, is to é, o do contra-ataque ou o do ponto forte. Neste caso,o mais promissor é o do contra-ataque,que se inicia com o lance 4...,C3B.I n t e r e s s a n t e n o t a r q u e u m acontinuação passiva deixa as Pretascom inferioridade. Por exemplo: d6?

5.d4 exd4 6.cxd4 b6 7.c3 f6 8.d3 g4 9.e3 0-0 10.a3 e8 11.a2 d7 12.d2 e7 13.f3 h5 14.0-0 E a posição das Brancas éligeiramente superior (diagrama 418).

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245 C543. Abertura "Giuoco Piano"método do contra-ataque

[diagrama 419]

3. Abertura "Giuoco Piano" 1.e4 e5 2.f3 c6 3.c4 c5 4.c3A) Método de defesa do contra-ataque: f6 5.d4 exd4 6.cxd4

[ Se 6.e5 segue d5! 7.b5 e4com igualdade. Em quase todas asvariantes desta abertura, em que asBrancas jogam P5R, a respostacorreta das Pretas será sempre ...,P4D! ]

6...b4+ [ No "Giuoco Piano" as Pretas devemjogar sempre com energia. Seria umerro a retirada do Bispo por 6...b6?em virtude de 7.d5 b8 8.e5 g8

9.0-0 e7 10.d6 g6 11.g5 0-0 12.h5 h6 13.xg6! ganhando. ]

7.c3! Para manter a iniciativa e avantagem inicial, as Brancas deverãoneste momento, sacrificar um Peão.

[ Pois se 7.d2 segue xd2+ 8.bxd2 d5! quebrando o centrodas Brancas e igualando a partidarapidamente. ]

7...xe4! [ Interessante notar que as Pretases tão ob r igadas a ace i ta r es tesacrifício, visto que sua recusa seriamá: 7...d5 8.exd5 xd5 9.0-0

xc3 10.bxc3 e6 11.e1 0-0 12.g5 e8 13.h5 f6 14.xe6 xh5 15.xf7+ h8 16.xe8+ xe8 17.xe8 xe8 18.e3e as Brancas ganharam um Peão. ]

8.0-0 xc3 Com este lance as Pretasresolvem reter o Peão a mais, emborapermitindo às Brancas um forte ataque(diagrama 419).

[ Outra conduta seria devolver essePeão e contentar-se com um empate,o q u e é e x e m p l i f i c a d o p e l acontinuação de Greco, que se iniciacom 8...,CxC. 8...xc3 9.bxc3 xc3T a m b é m e f i c i e n t e é 9 . . . , P 4 D .

10.b3 A) E não 10...xa1? que permiteo velho Ataque de Greco, qued a t a d e 1 6 1 9 : 11.xf7+ f8

12.g5 e7 13.e5! d5 14.f3 f5 15.e6 xd4 ( Ou 15...g6 16.h6+ e8 17.f7# ) 16.xf5 xe5 17.e6+ e as Brancasganham.;

B) 10...d5! Variante Bernstein. 11.xd5 0-0 12.xf7+ h8! 13.xc3 xf7 14.e1 E, apesardas Brancas terem uma l igeirav a n t a g e m , a p r á t i c a t e md e m o n s t r a d o q u e a s P r e t a spodem empatar. ]

9.d5! Com 9.P5D! inicia-se o velhoA t a q u e M o l l e r , q u e d á l u g a r àr e a l i z a ç ã o d e l a n c e s c h e i o s d einteresse e grande complexidade e noqua l as Brancas depos i t am suasesperanças no Peão sacrificado.Não há como negar que o ataque éperigoso, forçando as Pretas a jogaremcom grande cuidado e precisão. Àmenor falha, as Pretas perderiam, maso s r e c u r s o s d e f e n s i v o s , s e n d oadequados , a lém de jogo cor re topermitem às Pretas igualdade.

[ Se 9.bxc3 a resposta indicada é d5! ]

9...e5! As Pretas desejam, também,jogar para ganhar.

[ A a l t e rn a t i va 9...f6 leva a ume m p a t e , e m b o r a c o m l a n c e scomplicados. Vejamos: 10.e1 e7

11.xe4 d6 12.g5 xg5 13.xg5

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0-0 14.xh7! xh7 15.h5+ g8 16.h4 f5! 17.h3! ( Inovação deKeres. Se 17.e1 segue g6

18.h3 f6! 19.h7+ f7 20.e6 xe6 21.dxe6+ xe6 22.xe6+ xe6 23.xg6+ f6 com empateprovável ) 17...f4! 18.g4 fxg3

19.h7+ f7 20.h5+ g8!e as Brancas devem dar xequeperpétuo. ( Qualquer outro lancedi fe ren te de 20 . . . ,R1C! leva asP r e t a s à d e r r o t a . S e 20...g6

21.h7+ e8 22.xg3e a s B r a n c a s t ê m a t a q u eganhador. )]

10.bxc3 xc4 11.d4 f5 12.xc4 d6 13.d4 0-0 14.b1 b6 15.e1 d7 O desenvolvimento das Brancas éideal , mas as Pretas possuem umPeão a mais e uma posição sólida.A m b o s o s l a d o s p r o c u r a r ã odesenvolver e ampliar as vantagensobtidas.Por todas estas combinações, vemosque, no "Giuoco Piano", o método dedefesa do contra-ataque confere àsP r e t a s u m j o g o p e r f e i t a m e n t esatisfatório.

246 C533. Abertura "Giuoco Piano"método do ponto forte

[diagrama 420]

B) Método de defesa do ponto forte 1.e4 e5 2.f3 c6 3.c4 c5 4.c3

b6! Este método de defesa é maissossegado que o do contra-ataque eseus adeptos crêem poder rechaçar oataque das Brancas.

[ Errado seria 4...d6? por 5.d4 b6? 6.dxe5 dxe5 7.xd8+ ganhando um

Peão. ] 5.d4 e7 6.0-0!

[ As Brancas não devem eliminar oPR inimigo com 6.PxP, pois ficariamcom seu Rei exposto a um ataque.Exemplo: 6.dxe5 xe5 7.xe5

xe5 8.0-0 f6 9.e2 d6 10.d2 0-0 11.f3 h5 etc. ]

6...f6 7.e1 d6 Vide diagrama 420.A estratégia a seguir pelas Brancasdeverá ser:a) enfraquecer as defesas do PR pretona esperança de que ele seja forçadoa realizar a troca de Peões;b) manobrar seu CD para 5D ou 5BR,pontos dominados por seu PR.U m a d a s d e f e s a s d o P R p r e t o ,suscetível de ser atacada, é o Cavalode 3BD. A ele se dirige, em primeirolugar, a ação das Brancas. 8.a4 a6

9.h3 Prevenindo-se de um futuro ...C5CR. As Brancas tomam todas asprecauções antes de executarem seuplano estratégico, afastando, assim,contra-ataques adversários. 0-0 10.b4

h6 11.a3 d7 As Pretas estãoobrigadas a este lance ant inatural,substituindo uma defesa do PR, queserá, agora, eliminada. 12.b5 d8

13.bd2 E, agora, será possível a esteCavalo, via 1BR e 3R, dirigir-se a 5Dou 5BD.As Pretas teimam em conservar seuPR na quarta casa, mas à custa de umentorpecimento na posição de suaspeças. Conseqüentemente, as Brancastêm jogo ligeiramente superior. (Videpart ida 6 - Spielmann x El iskases,capítulo quinto).

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247 C503. Abertura "Giuoco Piano"Variante Canal

Variante Canal 1.e4 e5 2.f3 c6 3.c4 c5Nas continuações em que as Brancasnão procuram colocar o PD na casa 4D,a s P r e t a s , n ã o t e n d o m a i o r e sproblemas, devem preparar o avanço ...,P4D, garant indo, para s i , melhorposição. Contudo, as Pretas devemp e r m a n e c e r a t e n t a s , t o m a n d oprecauções para que as Brancas nãopo ss am j oga r P4D, em momen t ooportuno.H á u m a e x c e ç ã o i m p o r t a n t e acha mada Va r i an t e Cana l , que j áalcançou algum sucesso.Após: 4.d3 f6 5.c3 d6 6.g5Inicia-se a Variante Canal. h6!

[ Ou 6...e6! ] [ ou 6...a5! excelentes réplicas,que se opõem a essa linha de jogo. ]

7.xf6! xf6 8.d5 d8 9.c3Aqui a idéia do peruano Canal: formarum centro forte com os dois Peõescentrais em 4D e 4R, porém cedendoàs Pretas o par de Bispos, o que éuma vantagem nas posições abertas.Ainda mais, a possibilidade de trocade várias peças anulará a força dosdois Peões centrais.Sabemos, outrossim, que os Peõesc e n t r a i s s ã o u m m e i o p a r a s econsegui r um f im, qual seja, o deataque ao inimigo. Desaparecendo, oureduzindo-se as forças necessáriaspara o ataque, deixará de existir podernesses Peões.São essas as considerações teóricas,que se apresen tam ao p lano dasBrancas. e7

[ Procurando trocas, o que sec o ns e g u e , t a m bé m c o m 9...a5

10.b4 xc4 11.bxc5 a5 12.cxd6 xd6 13.d4 c6 14.dxe5 xe5com igualdade. ]

10.d4 exd4 11.xd4 xd5 12.xd5 0-0 13.d3 xd4 14.cxd4 c6 15.b3 a5+ Com partida igual(Tartakower x Rubinstein, 1929).CRITICANa abertura "Giuoco Piano", o lancec h a v e P 4 D d a s a b e r t u r a s q u ep r i n c i p i a m c o m 1 . P 4 R , P 4 R , ér e a l i z a d o a p ó s a l g u n s l a n c e s ,preparado com P3BD, que vem a sersuperior ao avanço imediato do PDverificado nas aberturas já estudadas( A b e r t u r a d o C e n t r o e A b e r t u r aEscocesa).Das duas defesas que as Pretas têm àsua disposição, o contra-ataque é,teoricamente, mais indicado. A defesado ponto forte é mais sutil, porém levaa uma partida seriamente restringida.E m b o r a n o " G iu o c o P i a n o " h a j anumero s a s l i n has , que re s u l t a mvantajosas para as Brancas, poucofazem elas contra as melhores defesas.A vantagem da abertura, é verdade,pe rdu ra por ma i s t empo que nasaberturas anteriormente estudadas,mas o correto jogo das Pretas acaba,também, por anular essa vantagem.

248 C574. Defesa dos 2 CavalosA) 4. C5C, ...

[diagrama 421]

4. DEFESA DOS DOIS CAVALOS: 1.P4R, P4R; 2. C3BR, C3BD; 3. B4B,C3B

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1.e4 e5 2.f3 c6 3.c4 f6Des v ia o s pe r i gos o s a t aque s do"Giuoc o P ian o" , os qua i s , quas esempre, têm origem com a jogada P4Ddas Brancas, que ataca o B4BD preto,ganhando assim um tempo valioso nodesenvolvimento.Há duas variantes principais para asBrancas, que se iniciam com 4.C5C e 4.P4D.A) 4. C5C,... 4.g5 Para assegurar-sealguma vantagem, as Brancas devemp r a t i c a r e s t a j o g a d a , a i n d a q u eviolando o princípio fundamental dasaberturas, que proíbe jogar duas vezesa mesma peça no início da partida, e opr inc íp io e lementar da es t ra tég iaenxadrística, que determina que sedesenvolvam primeiramente as peçasantes de se iniciar um ataque.O lance das Pretas, 3...,C3B, é umlance normal, de desenvolvimento.Todavia, diz, pitorescamente; EdwardLasker: "se houver justiça em xadrez,o lance 4.C5C deverá ser mau". Noentanto, veremos, logo mais, por quenão o é, ou melhor, por que assim nãoé considerado. d5 Único lance qued e f e n d e o P B R d a s P r e t a s ,duplamente atacado. 5.exd5 a5!O l a n c e c o r r e t o . A s P r e t a s s ã oo b r i g a d a s a j o g a r u m g a m b i t o ,ent regando um Peão em t roca dedesenvolvimento para suas peças.E é justamente nessa vantagem de umP e ã o , q u e s e a p e g a m o s q u edefendem o antinatural de 4.C5C.

[ A resposta 5...d4 é refutada por 6.c3 ] [ enquanto a resposta natural queseria 5...xd5 conduziria as Pretasà inferioridade:

A) m e l h o r q u e 6.xf7

que constitui o Ataque Fegatello.Vejamos, porém, a continuaçãodesse ataque: xf7 7.f3+ e6

8.c3 ce7? (este é o grandeerro das Pretas, que deu prestígioao Ataque Fegatel lo por longotempo. O correto é 8 . . . ,C5C!) ( A melhor defesa contra oFegatello se inicia, como vimos,com 8...cb4! 9.e4 c6 10.a3

a6 11.d4 ac7 12.f4 f7 13.xe5 O ataque das Brancas époderoso, mas as Pretas têmexcelentes possibilidades.) 9.d4

c6 10.g5 d7 11.dxe5 e8 12.0-0-0 e6 13.xd5 xd5 14.xd5! cxd5 15.b5+ganhando.;

B) 6.d4! e6 7.xe6 fxe6 8.dxe5 xe5 9.h5+ f7 10.0-0 e7 11.e1 d7 12.g4e as Brancas têm superioridade. ]

Após 5 . . . ,C4TD!, a l inha pr inc ipalprossegue: 6.b5+

[ Superior à alternat iva 6.d3 h6 7.f3 e4 8.e2 xc4 9.dxc4 c5!e as P re t as t êm c ompens aç ãosuficiente pelo Peão a menos. ]

6...c6 7.dxc6 bxc6 8.e2 h6Não dando tempo às B rancas deprepararem a instalação do CR naexcelente casa 4R. 9.f3 e4 10.e5

d6 Todos estes lances sãop r a t i c a m e n t e f o r ç a d o s . A r a i ze s t r a t é g i c a d a De f e s a d o s Do i sCavalos, na variante que principia com4.C5C, é a entrega de um Peão, emtroca do desenvolvimento rápido daspeças pretas, com diagonais e colunasabertas, que serão aproveitadas paraum ataque ao Rei branco. 11.f4!

[ Vejamos alguns ataques dasPretas: a) 11.c4 xc4 12.xc4

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0-0 13.0-0? ( b) 13.d3 exd3s eg u id o d e . . . , T1 R ; e . . . , C5R ,cr iando prob lemas às Brancas.)

13...xh2+ 14.xh2 g4+e as Pretas ganham. ]

[ c) 11.d4 exd3 12.xd3 c7! 13.a3?! ( FRITZ 8: 13.b3 0-0 14.b2 etc. ) 13...a6! 14.g3 0-0 15.0-0 ad8 e as Pretas têm melhorjogo.Estas continuações demonstram queas Brancas não devem insistir emconservar o Peão que possuem devantagem. ]

O lado que se defende de um gambito(no caso, as Brancas) pode, muitasv e z e s , c o n s e g u i r b o m j o g o ,desenvolvendo o material extra emmomento oportuno. E é justamente apolítica que as Brancas devem seguirneste momento, a qual se inicia com olance 11.P4BR! 11...0-0

[ Após 11...exf3 12.xf3 o Cavalovolta à sua casa natural. ]

12.c3 c7 13.0-0! xe5 14.fxe5 xe5 As Brnacas devolveram o Peão. 15.d4 exd3 16.xd3! A vantagemd a s B r a n c a s , n e s t a p o s i ç ã o , émanifesta, porque o CD preto está forade jogo e os Peões pretos da ala daDama se acham enfraquecidos.As Brancas dispõem do par de Bispos,n u m a p a r t i d a a b e r t a , v a n t a g e mapreciável.Estas as conclusões de Reuben Fine,que recomenda a variante que se iniciacom 11.P4BR.Foram procuradas melhorias para asPretas e apontada a continuação 10...,D2B (em vez de 10...,B3D); 11.P4BR,B4BD!; que continua a pôr dificuldadesao desenvolvimento das Brancas.A última palavra nesta variante, que

principia com 4.C5C, não foi dada,ainda. FRITZ 8: g4 17.f4 c5+

18.d4 xd4+ 19.xd4 e5 20.f4etc.

249 C564. Defesa dos 2 CavalosB) 4. P4D, ...

4. Defesa dos Dois Cavalos:B) 4. P4D 1.e4 e5 2.f3 c6 3.c4 f6 4.d4Cont inuação agress iva, que, semquebrar as regras do desenvolvimentodas peças, retém a iniciativa para asBrancas, às expensas de um Peão,ainda que temporar iamente. Mas,mesmo nesta continuação as Pretaspodem alcançar bom jogo. exd4 5.0-0

xe4 6.e1 d5 7.xd5 [ A Variante Canal, que se inicia com7. C3B, pode colocar as Pretas emdificuldades; porém não resiste a umjogo preciso como: 7.c3 dxc3!

8.xd5 e6! 9.xc6+ bxc6 10.xd8+ xd8 11.xe4 d1+ 12.e1 xe1+ 13.xe1 cxb2 14.xb2 f6 15.d3 d6e as Pretas têm melhor jogo graçasao par de Bispos. ]

7...xd5 8.c3 a5 9.xe4 e6! 10.eg5 0-0-0 11.xe6 fxe6 12.xe6 d6! Lance que dásuperioridade às Pretas. 13.e2 h5!

14.h3 de8 15.d2 e5! 16.xe8+ xe8 17.d1 xf3+ 18.xf3 xf3 19.gxf3 c5 E as Pretas têmsuperioridade. O avanço da maioriados Peões, na ala da Dama, decide ofinal.CRÍTICAA Defesa dos Dois Cavalos evita os

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perigosos ataques do "Giuoco Piano";é m a i s e s p e c u l a t i v a e m a i se m p r e e n d e d o r a d o q u e a scon t inuações que se o r ig inam dorotineiro 3...,B4BD.Se as Brancas aceitam o Peão quelhes oferece o adversário - e nissoconsiste a única maneira de aspiraremao melhor jogo - e enveredam por 4.C5C, as Pretas podem conseguir umbom desenvolvimento de peças alémde um forte ataque.As Brancas têm poss ib i l idades deatingir bom jogo desde que realizem otipo de defesa, que é sempre efetivacontra gambitos, isto é, a devoluçãodo Peão extra, em momento oportuno,propiciando bom desenvolvimento.A lg uma s va r i an te s des t a de f es afornecem esplêndida oportunidadepara exercícios de imaginação; se bemque a es t ra tég ia das Pre tas se jasimples, sua execução tática, contudo,apresenta d if icu ldades, porquantoexige boa dose de imaginação e deimprovisação.A Defesa dos Dois Cavalos é boa linhade jogo para enxadristas, cujo estilod e j o g o s e o r i e n t a p a r aprosseguimentos agressivos.

250 C555. Ataque Max Lange[diagrama 422]

5. ATAQUE MAX LANGE: 1.P4R, P4R;2. C3BR, C3BD; 3. B4B, B4B; 4. O-O,C3B; 5. P4DO ataque, que principia com 5. P4D,oferece possibilidades ilimitadas decombinações brilhantes, em troca deum Peão. 1.e4 e5 2.f3 c6 3.c4

c5 4.0-0 f6 5.d4 A linha principaldo Max Lange, que deve ser estudada,é a q u e s e i n i c i a c o m exd4E isto porque a posição característicadeste ataque, após o sétimo lance dasPretas , é , geralmente , a lcançadapartindo de outras aberturas, como aAbertura do B ispo , a Abertura doCentro, o Gambito Escocês e a Defesados Dois Cavalos.

[ Ma s o m e lh o r , a q u i , é 5...xd4Vejamos uma var iante com estelance: 6.xd4 xd4 7.f4 d6

8.fxe5 dxe5 9.g5 e7 10.a3 e6 11.c3 xc4 12.xc4 e6 13.xf6 gxf6 14.a4+ c6 15.e3 c5 16.ae1 0-0-0 17.h1 b8e as Pretas nada têm a recear. ]

6.e5 d5! 7.exf6 dxc4 etc., em quenão foi possível realizar o lance 5...,BxP. (Posição do Ataque Max Langeapós 7...,PxB, que pode ser atingidapor transposição de várias aberturas).Durante muitos anos esta posição foiconsiderada favorável às Pretas, atéque o amer icano Frank Marsha l l ,introduzindo uma inovação no Torneiode Hamburg, 1910, quando venceuTarrasch, deu então às Brancas motivode superioridade. 8.e1+ e6 9.g5

d5 10.c3 f5 11.ce4 0-0-0 12.xe6 fxe6 13.g4 e5 14.fxg7 hg8 15.h6! Esta inovação deMarshall, que vitalizou o Ataque MaxLange, tornando-o temido e evitado naprática dos torneios.As Brancas dispõem de uma posição,que resulta, freqüentemente, vitoriosae m p a r t i d a s d e t o rn e i o , e m b o r aexistam recursos para as Pretas.O ataque das Bancas é baseado naposição exposta do BR das Pretas e naforte posição de seu PCR passado e

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defendido. A oportunidade das Pretasestá no contra-ataque ao Rei inimigo.Como sempre, aparecem estudiososque procuram contestar as novidadesteóricas. Ass im, em 1935, Seiboldapresentou fortes argumentos contra asolidez do ataque das Brancas. Umacontinuação é a seguinte: d3! 16.c3

d2 17.e2 d3! 18.f1 [ Ou 18.xc5 xc5 19.xd2 e5! 20.xd3 cxd3 21.a4! d5 22.f4 f3+ 23.f1 d8 24.f8 d2 25.d1 xh2+ e as Pretas têm fogoganho. ]

18...b6 19.d1 d8 20.g5 f7 21.g3 d5 22.h3 e5E a s P r e t a s t ê m a s m e l h o r e sperspectivas (análises de Seibold)CRÍTICAÉ implícita nas considerações após 15.B6T!. E difícil é dizer quem está melhorna posição que resulta em seguida àinova ção de Mars ha l l . Há t an taspossibilidades para cada lado, que aanálise completa se torna impossível.A est ra tég ia é re la t ivamente semimportância nesta abertura. A vitóriasorrirá a quem souber aproveitar commais rapidez a vantagem obtida.

251 C666. Abertura Ruy Lopezintrodução

[diagrama 423]

6. ABERTURA RUY LOPEZ: 1.P4R,P4R; 2. C3BR, C3BD; 3. B5CAproveitamento máximo da iniciativaque o lance de saída concede naabertura do PR. O lance 3.B5C é acontinuação lógica mais comum, poisa t a c a o d e f e n s o r d o P R p r e t o ,

conservando a série de ameaças, semdar às Pretas um ganho de tempo com...,P4D, o que é permitido quando oBR branco se instala em 4BD, comono "Giuoco Piano". Também sabemosque, em sendo possível o avanço ...,P4D, o prob lema de aber tura dasPretas fica resolvido. 1.e4 e5 2.f3 c6 3.b5Es t e l a n c e d e B i s p o é c a pa z d eexercer desagradável pressão sobre oPR preto, por muito tempo. porquanto,cedo ou tarde, as Pretas devem jogar ...,P3D, e o CD ficará cravado.Com P4D as Brancas podem forçar atroca do PR inimigo; e recuperando oPeão com o Cavalo, pela segunda vezo CD preto ficará atacado. As Pretasdevem, então, defender seu CD com ...,B2D, l ance que n ão des en vo lve ,satisfatoriamente, o BD. Logo mais asPretas precisam desenvolver seu BR, oq u a l n ã o p o d e i r a l é m d e 2 R ; or e s u l t a d o é u m j o g o r e s t r i n g i d odurante longo tempo, a menos que asPretas se arrisquem em energéticoscontra-ataques.Esses são os motivos por que de todasas aberturas do PR, a Ruy Lopez é amais árdua para as Pretas alcançarema igualdade.A Ruy Lopez ocupa posição de líderd a s a b e r t u r a s d o P R , p o r q u e aseqüência mais natura conduz a umaposição ideal para as Brancas: d6

[ 3...a6 3.B5C não ameaça ganhar oPeão central inimigo, imediatamente,com 4.xc6 dxc6 5.xe5p o r q u e c o m d4 as Pretasrecuperam o Peão com a lgumavantagem (posse dos dois Bispos). ]

[ É inadequada, também, a jogada 3...,B4B (Defesa Clássica) , pois as

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Brancas se asseguram de um fortecentro de Peões. Um exemplo é

3...c5 4.c3 f6 5.d4! exd4 6.e5! d5 7.0-0 0-0 8.cxd4 b6etc. (Vide partida Smyslov x Barcza,capítulo quinto). ]

[ A Defesa Bird, 3...,C5D, é,teoricamente sem solidez. Afastadadurante muito tempo da prática doxadrez magistral, nos últimos anosvem merec endo a a tenção dosenxadristas russos. Vejamos doisexemplos: 3...d4 4.xd4 exd4

5.d3 ( 5.0-0 e7! 6.e1 g6 7.c3 c6 8.b3 g7 9.b2 0-0 10.a3 d5 também o simples 10...,PxP, dáà s P r e t a s e x c e l e n t e p o s i ç ã o .(Smys lo v x B rons t e in , Rús s ia ,1944). ) 5...c6 6.c4 f6 7.0-0 d5

8.exd5 xd5 9.e1+ e6 10.d2 e7 11.e4 0-0 12.d2 d7etc. (Boleslavsky x Ravinsky, Rússia,1944). ]

4.d4 d7 5.c3 f6 6.0-0 e7 7.e1 exd4 (forçado, como veremosl o g o m a i s ) 8.xd4 0-0 9.f1!As Brancas têm o domínio das casascent ra is e a pos ição das Pretas érestringida (diagrama 423).Com 9.B1B!, as Brancas evitam trocas,que aliviariam a posição preta.

252 C666. Abertura Ruy LopezDefesa Steinitz

6. ABERTURA RUY LOPEZPara a defesa das Pretas estudaremosos dois grupos seguintes:1o Grupo - As Pretas não jogam 3...,P3TD;2o Grupo - As Pretas jogam 3...,P3TD

(Defesa Morphy).E m a m b o s o s c a s o s p o d e m s e rutilizados os dois métodos de defesajá conhecidos, isto é, o do ponto forte eo do contra-ataque.1 o G R U P O - A S P R E T A S N Ã OJOGAM ...P3TD.A) Defesa do Ponto ForteÉ a Defesa Steinitz, que se inicia com3...,P3D. 1.e4 e5 2.f3 c6 3.b5

d6 4.d4 d7 5.c3 f6 6.0-0 [ As Brancas podem, porém,m e l h o r a r s e u j o g o , t o m a n d oprecauções para evitar as trocas depeças e jogar: 6.xc6! (em lugar de6. O-O) xc6 forçado 7.d3! exd4

8.xd4 d7 9.g5 e7 10.0-0-0 0-0 11.f4 e as Brancas têm umpoderoso ataque. O ataque é o meiopa r a s e e xp l o r a r u ma p o s i ç ã ocongesta. ]

6...e7 7.e1 exd4 Troca forçada. NaD e f e s a S t e i n i t z a s P r e t a s s ã oobrigadas a real izar a troca de seuPeão central e disso resultará, paraelas, uma inferioridade no centro euma posição restringida.

[ As Pretas não podem rocar, emvirtude da continuação conhecidac o m o V a r i a n t e o u C i l a d a d eTarrasch: 7...0-0? 8.xc6 xc6

9.dxe5 dxe5 10.xd8 axd8 ( Se 10...fxd8 (em vez de 10...,TDxD),segue 11.xe5 xe4 12.xe4

xe4 13.d3 f5 14.f3 c5+ 15.f1! f8 16.e2! b6 17.fxe4e as Brancas igualmente ganham.)

11.xe5 xe4 12.xe4 xe4 13.d3 f5 14.f3 c5+ 15.xc5 xc5 16.g5 d5 17.e7 f7 18.c4 e as Brancas ganham. ]

8.xd4 xd4 As trocas, que se irãoseguir, beneficiarão as Pretas, porque

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u m a p o s i ç ã o r e s t r i n g i d a , c o m osabemos, é favorecida com as trocasde peças. 9.xd4 xb5! 10.xb5

a6! 11.c3 0-0 12.g5 d7A vantagem das Brancas é mínima, porcausa do desaparecimento de duasp e ç a s d e c a d a l a d o . A s P r e t a sc o n s e g u e m e m p a t e s e m m u i t adificuldade.

253 C676. Abertura Ruy LopezDefesa Berlinense

B) Defesa do Contra-ataqueÉ a Defesa Berlinense, que se iniciacom 3.. . ,C3B, levando as Pretas au m a p o s i ç ã o r e s t r i n g i d a , s e mesperanças.A s B r a n c a s c o n t i n u a m s e udesenvolvimento normal. 1.e4 e5

2.f3 c6 3.b5 f6 4.0-0 xe4 5.d4 e7 6.e2! d6 7.xc6 bxc6 8.dxe5 b7 (forçado) 9.c3As Brancas têm vantagem, porque oCavalo preto perdeu vários tempos. 0-0

10.e1 Impedindo ...,P4D, eassegurando-se vantagem, em virtudedo desenvo lv imento anorma l dasPretas.N a D e f e s a B e r l i n e n s e h á u m acontribuição do mestre brasileiro dopassado, Dr. Caldas Vianna, que sedenomina Variante Rio de Janeiro, eque se produz após c5 11.d4 e6

12.e3 xd4 13.xd4 c5 (início daVariante Rio de Janeiro) 14.e3 d5

15.exd6 xd6 16.ad1 e as Brancastêm l igeira vantagem, dif íci l de serexplorada.Estas análises mostram que a defesado ponto forte (Defesa Steinitz) e a

defesa do con t ra-a taque (DefesaBerlinense), sem o lance 3...,P3TD,concedem às Brancas vantagem naabertura.

254 C986. Abertura Ruy LopezDefesa Morphy/Variante Fechad

[diagrama 424]

2o GRUPO: Vejamos as continuaçõescom o lance 3...,P3TD. 1.e4 e5 2.f3

c6 3.b5 Após a6 4.a4 f6 5.0-0 A - Defesa do Ponto Forte: 5...,B2R (Variante Fechada da DefesaMorphy).A d e f e s a d o p o n t o f o r t e épe r fe i t a me nt e s ó l i da , mas ex i gepaciência e conhecimento dos motivosposicionais.Ambos os lados devem dar atenção aodesenvolvimento e à manutenção doseu Peão em 4R.Às Brancas cabe evitar a troca de seuBR e às Pretas avançar o PBD a 4BD,a fim de libertarem seu CD. e7 6.e1

b5 7.b3 d6 8.c3 a5 9.c2 c5 10.d4 c7 Esse sistema de defesadas Pretas, à base de 8.. .,C4TD, éconhecido como a Defesa Tchigorin.Os objetivos são:Para as Brancas:1 - Ataque na ala do Rei.2 - Instalação de um Cavalo em 5D ou5BR, t irando vantagem do domíniocentral.Para as Pretas:1 - Ataque na ala da Dama.2 - Fechar o centro, compelindo asBrancas a jogarem PDxPR ou P5D,resultando daí solidif icação de seuponto 4R e libertação de suas peças,

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que atuam nesse ponto.Vejamos a linha crucial. 11.h3

[ Ou 11.bd2 0-0 12.f1 g4 13.e3 xf3 14.xf3 cxd4 15.cxd4 exd4 16.f5 com jogopromissor para as Brancas. ]

11...0-0 12.bd2 c6 [ Ou 12...cxd4 13.cxd4 c6 14.d5 b4 15.b1 a5 e as Pretas têmjogo na coluna aberta. ]

13.d5 [ Ou 13.f1 cxd4 14.cxd4 exd4 15.g5 h6 etc. ]

13...d8 14.a4 b8 Na Ruy Lopez,contra P4TD, as Pretas devem evitarjogar ...,P5C o mais possível, e, paraisso, empregam ...,T1C, e outras vezes,conforme os casos, ...,B2D ou ...,T2T.

[ O avanço prematuro ...,P5C,conduz, com freqüência, à ruína,como s e r i a nes t e c a s o : 14...b4?

15.c4 b7 16.cxb4 cxb4 17.b3com vantagem para as Brancas. ]

15.c4! b4 16.f1 e8 17.g4Evitando ...,P4B. g6 18.g3 g7

19.h2 f6 20.g1 f7 21.b3 b7 22.d2 h8 23.e2 d8Esta cont inuação confere mín imavantagem para as Brancas, eis que asPretas ficaram desprovidas de suascontrachances na ala da Dama. Porém,com defesa correta, a partida poderáterminar em empate.

255 C896. Abertura Ruy LopezContra-ataque Marshall

[diagrama 425]

6. ABERTURA RUY LOPEZCONTRA-ATAQUE MARSHALLEngenhosa inovação fo i dada por

Marshall para as Pretas. Baseado nolance 8. P3B após 1.e4 e5 2.f3

c6 3.b5 a6 4.a4 f6 5.0-0 e7 6.e1 b5 7.b3 Após 7. B3C, asPretas jogam 0-0! preparando já seucontra-ataque. Vejamos como segue:

[ em vez de 7...d6 na DefesaTchigorin, atrasa o desenvolvimentod a a l a d a D a m a d a s B r a n c a s ,Marshall imaginou, então, assumira iniciativa com as Pretas, rocandono sétimo lance e respondendo a 8.P3B com 8..., P4D!. ]

8.c3 d5 (diagrama 425). Essa linha deMarshall implica no sacrifício do PRdas Pretas, mas a perda de tempo queas Brancas cometem ao aceitar esseP e ã o , a s s i m c o m o a f a l t a d edesenvolvimento de sua ala da Dama,dão às Pretas oportunidade de instituirum forte ataque na ala do Rei inimigo.E m c o m p a r a ç ã o c o m a D e f e s aTchigorin, onde a posição das Pretasé sólida, mas restringida, o Contra-Ataque Marsha l l fo rnece ráp ido eespeculativo desenvolvimento. 9.exd5

xd5 10.xe5 xe5 11.xe5 c6!Melhoria do próprio Marshall, que dáe n s e j o a a t a q u e s d e g r a n d ecomp l i c aç ão , em que o j ogo dasBrancas não é nada fácil.As Brancas dispõem, agora, de duascontinuações possíveis, com 12. BxC e12. P4D.A) 12.xd5 cxd5 13.d4 d6 14.e1

[ Se 14.e3 a r e s p o s t a é f5!seguido de P5B, e a defesa dasBrancas se torna difícil ]

14...h4 15.g3 h3 16.f3 f5! 17.g2

[ As Brancas não podem jogar 17.xd5 por ae8 18.xe8 xe8 19.e3 e4 e as Pretas ganham. ]

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17...h5 18.xd5 [ Melhor para as Brancas seria 18.f3e m b o r a a p ó s h3 19.f2 f5a s P r e t a s m a n t i v e s s e m f o r t einiciativa. ]

18...ad8 19.g2 h3 20.h1 g4! 21.d2 fe8 Com ataque devastadorpara as Pretas.

256 C896. Abertura Ruy LopezContra-ataque Marshall

6. ABERTURA RUY LOPEZCONTRA-ATAQUE MARSHALL 1.e4 e5 2.f3 c6 3.b5 a6 4.a4

f6 5.0-0 e7 6.e1 b5 7.b3 0-0! 8.c3 d5! 9.exd5 xd5 10.xe5 xe5 11.xe5 c6! B) 12.d4Esta linha de jogo conduz a variantesainda mais complicadas. d6 13.e1

[ Alternativa para as Brancas (Em 13.T2R! parecem residir as maiorespossibilidades das Brancas.) 13.e2!Vejamos uma con t inuação : h4 ( Se 13...g4 segue 14.f3 h4

15.g3 e nada mais há para asPretas. ) 14.g3 h5 ( Se 14...h3então 15.f1! ) 15.d2! g4 ( Inferior é 15...f5 por 16.e1 h3

17.e4 xe4 18.xe4 ae8 19.c2 d7 20.d2 f5 21.xe8 xe8 22.f3 d7 23.e1e o ataque das Pretas foi anulado.As Brancas têm vantagem materialdecisiva. ) 16.f3 xf3 17.xf3 xf3

18.f1 xf1+ 19.xf1 ae8 20.d2 E, depois da troca de ambasas Torres, as Brancas ficam com umfinal superior, por terem o par deBispos. ]

13...h4 14.g3 (única)

[ Se 14.h3 xh3 15.gxh3 xh3e as Pretas ganham. ]

14...h3 15.d3! Parece ser aqui omelhor.

[ Vejamos duas continuaçõesdiferentes: a) 15.xd5 cxd5 16.f3

f5 17.xd5 fe8 18.xe8+ xe8 19.e3 ( b) 19.f3 e1+ 20.f2 h5 e as Pretas, igualmente,ganham. ) 19...e4 e as Pretasganham. ]

15...f5 16.f1 h5 17.e3 ae8 18.d2 e6 Com posição complexapara ambos os lados.

257 C866. Abertura Ruy LopezAtaque Worrall

[diagrama 426]

6. Abertura Ruy LopezATAQUE WORRALLApós 1.e4 e5 2.f3 c6 3.b5 a6

4.a4 f6 5.0-0 e7 as Brancaspodem jogar 6. D2R (em vez de 6.T1R), lance que inicia o Ataque Worralle que parece ter mais iniciativa que oantigo 6. T1R. Com este último lance(6. T1R) as Brancas defendem apenasseu PR, mas com 6. D2R, além desseobjet ivo, a Dama branca terá açãosobre os Peões da ala da Dama preta,reservando, ainda, a casa 1D para asua TR. Mas ambos, 6. T1R e 6. D2R,são considerados bons lances. 6.e2

b5 7.b3 d6 8.a4 Lance enérgico,exercendo pressão sobre o PCD preto,já atacado pela Dama branca de 2R.

g4! O correto. [ Com 8...b8 9.axb5 axb5 10.c3 g4 11.d1 (observar a excelentec a s a q u e a T o r r e t e m à s u a

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disposição no Ataque Worrall) 0-0 12.d4 a8 13.xa8 xa8 14.d5!e o PCD das Pretas fica isolado efraco. ]

9.c3 0-0 10.d1! O jogo das Pretasn ã o é f á c i l . d5 Tentando a jogadalibertadora, que, porém, aqui falha por

11.d3 a5 12.c2 b4 13.d4 b3 14.d3 exd4 15.e5! d7 16.cxd4e o jogo das Branc as é super ior .(Re in fe ld x Reshevsky, S i racuse,1934).

258 C836. Abertura Ruy LopezDefesa Morphy/Variante Aberta

[diagrama 427]

6. Abertura Ruy LopezB) DEFESA PELO CONTRA-ATAQUE:5...,CxP. (Variante Aberta da DefesaMorphy).Depois de 1.e4 e5 2.f3 c6 3.b5

a6 4.a4 f6 5.0-0 [ Exemplo de desprezo de centro: b) 5.d3 (modesto demais para a RuyLopez) b5 6.b3 c5 (somentequando as Brancas desprezam ocentro é que este Bispo pode ocupara casa 4BD) 7.e3 d6 8.bd2 e6com igualdade completa. ]

5...xe4 inicia-se a Variante Aberta daDefesa Morphy, linha mais agressivaque a anteriormente estudada (à basede 5..., B2R).As Pretas obtém uma partida aberta,l i v r e , m a s à c u s t a d e a l g u m ainsegurança de posição.Os primeiros lances são forçados. 6.d4

[ Exemplo de desprezo de centro: a) 6.e1 (já sabemos que o indicado é

6. P4D) c5 7.xc6 dxc6 8.d4 e6 9.xe5 e7 com igualdadecompleta. ]

6...b5 7.b3 d5 8.dxe5 e6 9.c3 e7 (diagrama 427) As idéias, nestepasso, são as seguintes:Para as Brancas:1 - C o n s e r v a ç ã o d e s e u B R emanutenção do forte Peão em 5R.2 - O P5R exerce ação restrit iva nojogo p re t o e s e rve d e bas e p a ravigoroso ataque na ala do Rei dasPretas, com C4D e P4BR.3 - As Brancas podem, igualmente,explorar, fraquezas na ala da Damai n i m i g a , s e c o n s e g u i r e m t o r n a ratrasado o PBD adversário, jogando,em dado momento, C4D e forçando ...,CxC; PxC.Para as Pretas:1 - Conservação do seu CR em 5R, emanutenção de seu forte P4D.2 - Forçar o lance ...,P4BD, que, emsendo possível, dará às Pretas umaboa posição.Na p o s i ç ã o d o d i a g r a ma 4 2 7 a sBrancas possuem duas continuações:especular na ala da Dama, começandocom 10. CD2D, ou atacar na ala do Rei,e s e u l a n c e i n i c i a l é 1 0 . P 4 T D .Vejamos essas diferentes estratégias.A) 10.bd2

[ B) 10.a4 Mais promissoras para asB r a n c a s s ã o a s l i n h a s q u e s eorientam na idéia do ataque à ala doRei, todas elas baseadas em C4D en o a v a n ç o d o P B R e m t e m p ooportuno. b4 11.d4 As Brancassacrificam um Peão para conseguirataque. xe5 12.f4! g4! 13.c2

c5 Desenvolvendo o Peão a fim dealiviar o ataque pelas trocas. 14.fxe5

cxd4 15.cxd4 As Brancas têm as

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melhores possib i l idades, já quedominam mais território da ala doRei.A Abertura Ruy Lopez deixa de serperigosa para as Pretas, quando ojogador das Brancas permite a trocade seu BR (por não avançar o PBD)ou quando despreza o centro.]

10...0-0 11.e2 [ Se 11.c2 f5! 12.b3 d7 13.fd4 xd4 14.xd4 c5e a s P r e t a s t ê m b o mdesenvolvimento. ]

11...c5 12.d4 xb3! 13.2xb3 d7 14.xc6 xc6 15.e3A primeira impressão que se tem é queas Brancas conseguiram vantagemmas a prática tem demonstrado que asPretas alcançam a igualdade desdeque avancem os Peões da ala daDama. Um exemplo é f5 16.fd1

fd8 17.f3 f8 18.f2 a5 19.d2 b4 com igualdade (Botwinnik x Euwe,Leningrado, 1934).

259 C866. Abertura Ruy LopezDefesa Steinitz Retardada

[diagrama 428]

6. Abertura Ruy LopezDEFESA STEINITZ RETARDADA 1.e4 e5 2.f3 c6 3.b5 a6 4.a4

d6 Esta defesa pertence ao sistema doponto forte (diagrama 428)As cons iderações teór icas são asseguintes:1 - As Pretas protegem seu ponto forte4R mas sem avançar a ala da Dama.Não há, pois, fraquezas de Peões naala da Dama, mas, em conseqüência,

privam-se de compensações nessesetor.2 - As Brancas geralmente fecham ocentro, conservando a estrutura deP e õ e s P 5 D e P 4 R , b e m c o m oprocuram atacar o P3D preto, alicerceda cadeia inimiga de Peões.3 - As Pretas desejam o fechamentodo centro, para terem possibilidadesde ataque com o avanço . . . ,P4BRatacando, por sua vez, o P4R branco,a p o i o d a c a d e i a d e P e õ e s d a sBrancas.C o m f r e q ü ê n c i a , a s P r e t a sdesenvolvem seu BR por "fianchetto"(...,P3CR e ...,B2CR), solidificando ocentro.A v a r i a n t e n o r m a l , p a r t i n d o d odiagrama 428, é a seguinte: 5.c3 d7

6.d4 [ 6.0-0 g6 7.d4 g7

A) Outra boa alternativa para asBrancas é 8.dxe5 dxe5 ( Se

8...xe5 segue 9.xe5 dxe5 10.f4! e as Brancas têm bomataque. ) 9.g5 ge7 10.d3 h6

11.e3 g4 12.e2 0-0 13.c5e o jogo das Pretas é difícil.;

B) 8.e3 ge7 9.c4! ( nesta variante as Brancas nãodevem fechar o centro. Exemplo:

9.d5? b8 10.c2 0-0 11.c4 f5e as Pretas estão bem) 9...exd4

10.xd4 0-0 11.c3 xd4 12.xd4 e as Brancas têm melhorposição de Peões e melhor final. ]

6...f6 7.e2 e7 8.0-0 0-0 9.d5 b8 10.c2 a5 11.c4 a6 12.c3 c5 13.e3 e as Brancas têm umal i g e i r a v a n t a g e m , e m b o r apossibilidades existam para as Pretas.As Brancas orientam seu jogo para umavanço na ala da Dama, à base de

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P3CD-P3TD-P4CD e, eventualmente,P5BD, enquanto as Pretas manobramna ala do Rei, com ...,P3CR e ...,P4BR.As Pretas devem procurar contra-açãona ala do Rei, caso contrário seu jogoficará perdido.Na D e f e s a S t e i n i t z R e t a rd a da éfreqüente o desenvolvimento do BRpreto por "fianchetto", com o objetivode so l i d i f i car o cen t ro e apo ia r oavanço ...,P4BR

260 C736. Abertura Ruy LopezDefesa Steinitz Retardada

6. Abertura Ruy LopezDEFESA STEINITZ RETARDADA 1.e4 e5 2.f3 c6 3.b5 a6 4.a4

d6 Partindo-se da posição do diagrama428, há as var iantes seguintes: A)

5.xc6+ Teoricamente boa, jogadacom o ob je t ivo de consegu i r bomdesenvolvimento, visto que assegura am e l h o r e s t r u t u r a d e P e õ e s . A scompensações das Pretas estão nosdois Bispos e na coluna aberta CD.

[ B) 5.d4 (leva a uma linha deempate) b5 6.b3 xd4 7.xd4

exd4 8.d5 b8 9.c6+ d7 etc. ] [ C) 5.c4 A idéia é impedir ...,P4CD,e conseguir a vantagem da variante,que se inicia com 5. BxC+, qual seja,a melhor estrutura de Peões, sempermitir compensações, isto é, osdois Bispos e a semicoluna abertaC D . U m e x e m p l o é f6 ( Porém, nesta variante, as Pretasp o d e m s u a v i z a r s u a p o s i ç ã o ,trocando peças, manobra que, jásabemos, beneficia o lado que temposição restringida, e jogar 5...d7!

6.d4 exd4 7.xd4 xd4 8.xd7+ xd7 9.xd4 f6 e as Pretas têmdesenvolvimento satisfatório.) 6.c3

e7 7.d4 exd4 8.xd4 d7 9.de2 A partida das Brancas éideal, com seus poderosos PR e PB,t o r n a n d o i m p o s s í v e l . . . , P 4 D ,d e i x a n d o a s P r e t a s c o m u m apermanente fraqueza na estruturade Peões. ]

[ D) 5.0-0 (esta variante transpõecom facilidade para a que se iniciacom 5. BxC+. Se as Pretas nãodesejarem, com 5. ..., B2D, transporpara essa l inha, deverão, então,jogar ...,C3B) f6 6.xc6+ bxc6

7.d4 xe4 8.e1! f5 9.dxe5 d5 10.d4 h4! 11.g3 h3 12.c3 xc3 13.bxc3 b7 14.e6e as Brancas têm melhor jogo. ]

5...bxc6 6.d4 f6 Lutando pelo pontofor te, mas com a desvantagem defechar o jogo para os seus Bispos, quetêm maior ef iciência nas diagonaisabertas.

[ A alternativa é 6...exd4 que implicaem abandono do cen t ro , 7.xd4

d7 8.c3 f6 9.0-0 e7 10.e1 0-0 11.b3 e as Brancas têm melhorcentro, enquanto as Pretas têm jogona coluna CD meio-aberta. ]

7.e3 g6 8.d2 g7 9.c3 d7 10.0-0 e7 11.h3 0-0 12.ad1 b8 13.b3 b7 14.h6 As Brancas, apósa troca do BR preto, devem continuarcom C1R e P4BR, a f im de faz erpressão sobre o PR inimigo.

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261 C746. Abertura Ruy LopezVariante Siesta

6. Abertura Ruy LopezVARIANTE SIESTA 1.e4 e5 2.f3 c6 3.b5 a6 4.a4

d6 5.c3 f5!? Contra-ataque das Pretas,que visa atingir o centro das Brancasde maneira precoce. Mas as Brancasrefutam essa linha, abrindo a partida,p o i s e l a s l e v a m v a n t a g e m n odesenvolvimento: 6.exf5! xf5 7.d4

e4 8.g5! e7 9.0-0! xg5 10.h5+ g6 11.xg5 xg5 12.xg5As Brancas têm todo o jogo porque asPretas não podem evitar a troca deseu ún ico t runfo , o poderoso PR.Cont inuemos : ge7 13.d2 b5

14.b3 d5 15.ae1 d7 16.f3! exf3 17.xf3! e as Brancas têm melhor jogo(Szabo x Zno sko Bo rovsk y , Ta t aTovaros, 1935).

262 C686. Abertura Ruy LopezVariante das Trocas

[diagrama 429]

6. Abertura Ruy LopezVARIANTE DAS TROCAS 1.e4 e5 2.f3 c6 3.b5 a6

4.xc6 Jogado com vistas naresultante maioria de 4 Peões contra 3,na a la do Re i , e u t i l i zação dessavantagem teórica para um final. Masa s P r e t a s s e m p r e e n c o n t r a mcompensação suf ic iente nos do isBispos e no desenvolvimento mais livre.Na verdade, se essa variante fosseconcludente, todas as demais variantesda Defesa Morphy (que se iniciam com

3...,P3TD) não teriam razão de ser. dxc6 5.d4 Sabemos que 5. CxP érespondido com 1...,D5D!, e as Pretasnão têm mais problemas. exd4 6.xd4

xd4 7.xd4 Esta é a posição dodiagrama 429. Todas as t rocas seencaixam no plano das Brancas que é,reduzindo a partida a um final, explorara maioria de Peões na ala do Rei, comf o r ma ç ã o d e u m P e ã o p a s s a d o .Enquanto isto, a maioria de Peões naala da Dama, que as Pretas possuem,é i n a t i v a , p o r c a u s a d o s P e õ e sdobrados na coluna BD.As Brancas jogam para o f inal , aopasso que as Pretas, devido os seusdois Bispos e ao desenvolvimento livre,jogam para o meio jogo.A prática tem ensinado que, com jogoat ivo e evi tando t rocas, as Pretasconseguem jogo sat isfatór io. Umacontinuação possível seria: d7 8.e3 0-0-0 9.d2 e7

10.0-0-0 Para defender os Peões daala da Dama, proteger o Rei e, ainda,livremente manobrar com os Peões daala do Rei. O grande roque das Pretasteve os mesmos objetivos: protegerseu Rei e contra-atacar na ala do Rei,opondo-se ao plano das Brancas. e8

11.he1 g6 12.e2 d6 13.h3 f5!A s P r e t a s p o s s u e m t o d o o j o g o(Peterson x Alekhine, Orebro, 1935).Observar que as Pretas atrasam odesenvolvimento de seu BR, até queas Brancas não pudessem trocá-locom B4BR. As Pretas precisam dosd o i s B i s p o s p a ra c o n s e g u i r b o aposição.CRÍTICAA Ruy Lopez é a abertura do PR maisc a p a c i t a d a p a r a c o n f e r i r u m avantagem duradoura na abertura.

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As Brancas controlam o centro, suaspeças têm mais mobilidade do que asdo adversário e a abertura propiciaataques imediatos e persistentes.O l anc e P4D é e f e t i vo co mo nasoutras aberturas já estudadas, mas ocontrajogo preto, à base de ...,P4D,que é o fator de igualdade e de fácilexecução nas outras aberturas, aqui,na Ruy Lopez, é impedido, devido àpregadura que realiza o lance 3. B5Cdas Brancas.Co n t r a d e f e s a s p a s s i v a s , s e m ainterpolação 3...,P3TD, como a DefesaS t e i n i t z ( 3 . . . , P 3 D ) , a D e f e s aBer l i nense (3 . . . ,C3B) e mesmo aDefesa Steinitz Retardada (3...,P3TD;e 4. . . ,P3D), o jogo das Brancas éextremamente empreendedor.Tentativas das Pretas, como a DefesaClássica (3...,B4B), a Defesa Bird (3...,C5D) ou a Variante Siesta (5...,P4BR),correm o risco de deixar as Brancascom superioridade decisiva.As Pretas encont ram as melhoreslinhas de defesa no grupo da DefesaMorphy (linhas que se iniciam com 3...,P3TD) e, tanto a Variante Fechada (5...,B2R) como a Variante Aberta da RuyL o p e z ( 5 . . . , C x P ) , s ã o a s m a i saconselhadas para a solução dosproblemas das Pretas.Não se deve, porém, ir ao exagero depen s a r q ue es s a a be r tu ra d e va ,necessariamente, e sempre, fornecero melhor jogo. Mas é, fora de dúvida,que é com a Ruy Lopez que maisfaci lmente se pode conseguir umavantagem duradoura na abertura. Daíse r cons iderada a abe r tu ra ma isperfeita do PR.

263 C497. Abertura dos 4 CavalosVariante Simétrica

[diagrama 430]

7. ABERTURA DOS 4 CAVALOS: 1.P4R, P4R; 2. C3BR, C3BD; 3. C3B,C3BVARIANTE SIMÉTRICA 1.e4 e5 2.f3 c6 3.c3 f6Para as Brancas é uma das ma issólidas aberturas, porém as Pretasd i s p õ e m d e v á r i a s l i n h a ssimplificadoras à sua escolha, contraas quais as Brancas não conseguemobter vantagem.As Brancas afastam-se da idéia deconseguir melhor jogo com o lance-chave P4D e contentam-se, apenas,com a vantagem do lance a ma isproveniente da saída. Daí conseguirema s P r e t a s p r o n t a i g u a l d a d e n aabertura.A s P r e t a s p o s s u e m d o i s m e i o spr i nc i pa i s de de f es a : a Va r ian t eSimétrica, em que imitam, até certoponto, os lances inimigos, e a DefesaRubinstein, reconhecida como a melhorlinha para as Pretas. 4.b5 Interessante notar que é omelhor lance deste Bispo. Contra 4.B4B, as Pretas resolvem cedo seusproblemas de abertura, com 4...,CxP!.

[ E nas duas continuações: a) 4.c4 xe4! 5.xe4 ( b) 5.xf7+ xf7 6.xe4 d5 7.eg5+ g8seguido de ...,P3TR, e ...,R2T, asPretas têm bom jogo.) 5...d5 6.xd5

xd5 ] 4...b4 5.0-0 0-0 Na Abertura dos 4Cavalos, ainda que as Brancas nãojoguem logo P4D, aprove i tam-se,porém, da primeira oportunidade para

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realizá-lo com eficiência. [ E não 5...d6? por 6.d5! c5 7.d4! exd4 8.xd4 e as Brancastêm jogo superior. ]

6.d3 d6 7.g5 xc3Nesta passagem as Pretas deveminterromper a simetria.

[ Pois com 7...g4 8.d5 d4 9.c3 xb5 10.xb4 c6 11.c2 c7 12.e3 e6 13.xf6 xf3 14.xf3 xf6 15.xf6 gxf6resulta enfraquecimento das casaspretas 3BR e 4BR. Além disso asBrancas podem instalar seu Cavaloem 5BR, o que não será possívelpara as Pretas, pois as Brancasd ispõem de P3CR, a fas tando oCavalo.Esta variante é um dos exemplosma i s i l us t r a t i vo s d a van t ag e mconferida às Brancas por terem olance inicial. ]

[ Uma alternativa para as Pretas é 7...e7 com idéia de trabalhar ocentro com ...,C3C; ...,P3BD; e ...,P4D; sem temer as conseqüênciasde 8.xf6 ( Vejamos outra linha comessa jogada: 8.h4 c6 9.c4 g6!

10.xg6 hxg6 11.f4 c5+ 12.h1 e3! (tornando o jogo das Pretassat is fatór io pelas t rocas) 13.f3

xf4 14.xf4 exf4 15.xf4 e7 16.g3 e6 com jogo igual .) 8...gxf6 9.h4 pois a abertura dacoluna em sua ala do Rei pode serv a n t a j o s a : c6 10.c4 g6!

11.xg6 hxg6 12.f4 g7 13.f3 c5+ 14.h1 e6 15.b3 h8e as Pretas têm a coluna TR abertaà sua disposição. ]

8.bxc3 (diagrama 430) Analisando-seesta posição, vemos, para orientaçãofutura, que:

1 - As Brancas têm uma est ruturainferior de Peões. Dispõem dos doisBispos e, para suas peças, um poucomais de liberdade. Logo, aspiram auma par t ida aber ta e a um cent romóvel de Peões.2 - As Pretas, com seus dois Cavalos,preferem uma partida fechada, com PDbranco em 5D, para desfrutar a casa4BD para um Cavalo.A linha normal, para ambos os lados,será: e7 Constitui a Variante Metger.

[ Se 8...e7 9.h4! g6 10.xg6 hxg6 11.f4 e as Brancas têm umaposição excelente. ]

9.e1 d8 10.d4 e6 11.c1 c5! 12.g3 c7 13.f1 g4 14.h3 h5 15.g2 ad8 16.d5 As Pretasa m e a ç a v a m 1 6 . . . . , P 4 D . d7Com oportunidades iguais. As Brancasresistiram longo tempo para fechar ocentro, mas não puderam retardá-loindefinidamente.

264 C487. Abertura dos 4 CavalosDefesa Rubinstein

[diagrama 431]

7. Abertura dos 4 CavalosDEFESA RUBINSTEIN 1.e4 e5 2.f3 c6 3.c3 f6

4.b5 d4! Apesar de, na aparência,violar importante princípio de abertura(não jogar duas vezes a mesma peçana abertura), este lance é consideradoo antídoto da outrora terrível Aberturados 4 Cavalos. Não há meio conhecidopara as Brancas obterem a mínimavantagem; ao contrário, as Brancasdevem ser sempre cuidadosas para

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não comprometerem sua posição.As Pretas jogam um gambito e, emtroca do Peão, obtém contrajogo àbase do rápido desenvolvimento eataque no centro. O sacrifício do Peãoé cons ide rado s ó l i do e , segundoA l e k h i n e , s e a s B r a n c a s n ã odesejarem correr o risco de perigosascombinações resultantes da aceitaçãodo Peão oferecido, deverão jogar: 5.xd4

[ As variações para as Brancas são:A) 5.xe5 e7! 6.f3 ( B) 6.f4

xb5 7.xb5 d6 8.f3 xe4+ 9.f2 g4+ 10.g3 g6!e a posição das Brancas é crítica.)

6...xb5 7.xb5 xe4+ 8.e2 xe2+ 9.xe2 d5 10.c4 a6com jogo igual. ]

[ C) 5.a4 c5! 6.xe5 0-0! 7.0-0 ( ou 7.f3 d5 8.d3 g4e o jogo das Brancas não é fáci l)

7...d6 8.d3 (forçado, pois 8. C3B?,B5CR! seria desastroso. A grandeforça desta variante para as Pretas éa falta do BR branco na sua diagonal1D5TR) b6! 9.h1! g4! 10.d5

h4 11.h3 f5 e as Pretas têm bomataque. ]

[ D) 5.c4 c5! 6.xe5 e7! ( agora 6...0-0 não é bom, porque oBR branco toma conta da diagonal1D5TR das Brancas. Exemplo: 7.0-0

d6 8.f3 g4 9.e2 etc. ) 7.f3 d5! 8.xd5 g4 9.d3 c6 10.b3 d7 (tirando vantagem da diagonalfraca 1D5TR das Brancas) 11.g5

xf3+ 12.gxf3 xg5 13.fxg4 e5 14.h3 f4 e as Pretas têm melhorjogo. ]

[ E) 5.0-0 xb5 6.xb5 c6 7.c3 d6 8.d4 c7 com jogo igual. ] [ F) 5.e2 xf3+ 6.xf3 c5 7.0-0

0-0 8.d3 d6 9.e3 e8 com jogoigual. ]

5...exd4 6.e5 dxc3 7.exf6 xf6 [ E não 7...cxd2+ por 8.xd2 xf6 9.0-0 com ataque irresistível. ]

8.dxc3 e7! Com jogoaproximadamente igual.Mesmo nas continuações em que asB r a n c a s f i c a m c o m u m a l i g e i r avantagem central, as trocas, que aDefesa Rubinstein proporciona, anulamessa vantagem, pois as Pretas ficamcom posição livre.CRÍTICAN a A b e r t u r a d o s 4 C a v a l o s , a sBrancas mantém apenas a vantagemdo lance inicial.Mui tos mestres evi tam jogar essaa b e r t u r a p o r c a u s a d a D e f e s aRubinstein, que dá às Pretas pelomenos igualdade.

265 C468. Abertura dos 3 Cavalos

8. ABERTURA DOS 3 CAVALOS1o RAMO: 1. P4R, P4R; 2. C3BR,C3BD; 3. C3B 1.e4 e5 2.f3 c6

[ 2o RAMO: 1.P4R, P4R; 2. C3BR,C3BR; C3B 2...f6 3.c3 b4 4.c4 ( ou

4.xe5 0-0 5.e2 e8 etc. ) 4...0-0 5.d3 c6! 6.0-0 d5 7.b3 g4e o jogo das Pretas é inteiramentesatisfatório. ]

3.c3 b4 As Pretas adotam em seuterceiro lance uma jogada diferente de3...,C3B, para evitar as variantes deempate da Abertura dos 4 Cavalos e,com freqüência, o lance usado é 3...,B5C. 4.d5 (aproveitando o Bispo

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exposto, para continuar com P3B eP4D.)

[ Querendo jogar mesmo a Aberturados 4 Cavalos, as Brancas podemefetuar 4.b5 e, após a melhorresposta 4...,C3B, conseguem seuobjet ivo, já que não serve ge7?por 5.d4! exd4 6.xd4e as Brancas têm melhor posição nocentro ]

4...f6 5.c4 0-0 (as Brancas jogama Defesa Rubinstein da Abertura dos 4Cavalos com um lance a mais) 6.c3

e7 7.xf6+ xf6 8.d3 [ e não 8.d4? por exd4 9.cxd4 e8 10.e5 d6 com excelente posiçãopara as Pretas ]

8...d6 e há igualdade.CRÍTICAEsta abertura tem valor psicológico, aoprocura r ev i t a r a Aber tu ra dos 4Cavalos, mas as Pretas têm escassosrecursos de obter chances de ganho.Ambos os lados não têm nada melhorque a igualdade o que, evidentemente,não pode satisfazer as Brancas, quedevem aspirar a melhor jogo.

266 C419. Defesa Philidor1. P4R, P4R; 2. C3BR, P3D

9. DEFESA PHILIDOR 1.e4 e5 2.f3 d6 É a defesa doponto forte reduzido à sua essência.Caracterizam-na solidez, por um lado,e falta de mobilidade, por outro.A c o n t i n u a ç ã o n o r m a l é : 3.d4Atacando, energicamente, no centro. Af a l t a d e s t e l a n c e p e r m i t e b o a scontrachances às Pretas com 3.. . ,P4BR! d7 Variante Hanhan.

[ ao contrário, contra 3.P4D, o lance 3...f5? é prematuro por 4.c3 f6 5.dxe5 xe4 6.xe4 fxe4 7.g5 d5 8.e6 c5 9.xe4! dxe4 10.h5+ seguido de 11.DxB. ] [ Se 3...g4? então 4.dxe5 xf3 5.xf3 dxe5 6.c4 f6 7.b3ganhando, pelo menos, um Peão. ]

4.c4 c6 [ Se 4...e7? 5.dxe5 dxe5 6.d5é desastroso para as Pretas. ]

5.c3 e7 6.0-0 gf6 7.a4!Para evitar, de uma vez por todas, 7...,P4CD. 0-0 8.e2 h6 9.b3 c7

10.h3! Para poder jogar B3R, sempermitir .. .,C5C. h7 11.e3 g6

12.ad1 Os dois lances profiláticos 7.P4TD e 10.P3T previnem contrajogod a s P r e t a s , r e d u z i n d o - a s àpassividade.As Brancas têm jogo mais l i vre esupremacia no centro, com decorrentemaior mobi l idade, o que permi t i ráataque direto ao Rei preto.CRÍTICAAs Brancas, com desenvolvimentonormal, asseguram, para si, domíniocentral e jogo mais l ivre. A posiçãodas Pretas é sustentável, mas passiva.

267 C4210. Defesa Petroff1. P4R, P4R; 2. C3BR, C3BR

10. DEFESA PETROFF: 1. P4D, P4D; 2.C3BR, C3BR 1.e4 e5 2.f3 f6 É o sistema docont ra-ataque em sua forma maiselementar, e adotado, freqüentemente,para evitar uma Abertura Ruy Lopez.A s B r a n c a s d i s p õ e m d e d u a spossibilidades para conseguir alguma

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vantagem, à base de 3. CxP e 3. P4D.A) 3.xe5

[ B) 3.d4 A idéia é explorar o centroi nde fe s o das P re t a s (Va r i an t eSteinitz). exd4 4.e5 e4 5.xd4

d5! Resposta adequada, pois aDa m a b r a n c a e s t á e xp o s t a . Aposição das Pretas ficará restringida,mas sem fraquezas. ]

3...d6! [ E não 3...xe4? que custa umPeão: 4.e2 e7 ( 4...f6??

5.c6+ ganhando a Dama.) 5.xe4 d6 6.d4 dxe5 7.dxe5 ]

4.f3 xe4 5.e2 Constitui aVariante Lasker, que fornece ligeiravantagem posicional para as Brancas,mas que é insuficiente conra cuidadosojogo defensivo.

[ Outra linha é a Variante Marshall: 5.d4 d5 6.d3 d6 7.0-0 0-0 8.c3 xc3 9.bxc3 g4 10.b1 b6 11.c4 c6 12.e1com possibilidades iguais. ]

5...e7 6.d3 f6 7.g5 xe2+ 8.xe2 e7 9.c3 d7 10.0-0-0E as Brancas têm dois lances a maisn o d e s e n v o l v i m e n t o ; n o c a s o ,vantagem tão pequena, que não dápara ganhar.CRÍTICAA t eo r i a d i z que es t a abe r t u ra él igeiramente favorável às Brancas;c o n t u d o , a s a n á l i s e s a i n d a n ã oestabeleceram vantagem decisiva.Se as Brancas desejarem evi tar aPetroff e jogam 3.C3B, então 3...,B5C;conduzirá à Abertura dos 3 Cavalos,com igualdade.

268 C4011. Contra Gambito Greco1. P4R, P4R; 2. C3BR, P4BR

11. CONTRA GAMBITO GRECO: 1.P4R, P4R; 2. C3BR, P4BR 1.e4 e5 2.f3 f5 Réplica violentadas Pretas, almejando jogo na colunaBR aberta e um forte Peão central.Porém, com 3.xe5 f6! 4.d4! d6

5.c4! fxe4 6.c3 g6 7.f4! f6 8.e3! e7 9.c4 c6 10.d5!as Brancas têm melhor jogo. Toda aestratégia das Brancas gira ao redorde impedir ...,P4D.CRÍTICAAs Brancas conseguem superioridadenesta abertura, refutando o contra-ataque violento das Pretas.

269 C4012. Contra Gambito do PD1. P4R, P4R; 2. C3BR, P4D

12. CONTRA GAMBITO DO PEÃO DADAMA: 1. P4R, P4R; 2. C3BR, P4D 1.e4 e5 2.f3 d5 Outra violentaréplica das Pretas. Procuram elas,precocemente, o lance de libertação.Após 3.exd5 xd5 4.c3 e6

5.b5+ d7 6.0-0 o desenvolvimentodas Pretas é mau.CRÍTICAÉ uma abertura imprópria para asPretas. Esta e a anterior são exemplosilustrativos de que réplicas violentass ã o i n f e r i o r e s . É ma i s p e r i g o s oexperimentar com as Pretas do quecom as Brancas nas aberturas.

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270 C4413. Abertura Ponziani1.P4R,P4R; 2.C3BR,C3BD; 3.P3B

13. ABERTURA PONZIANI: 1. P4R,P4R; 2. C3BR, C3BD; 3. P3B 1.e4 e5 2.f3 c6 3.c3A finalidade é constituir um centro fortede Peões, mas pr iva o CD de suamelhor casa. Por outro lado, concedeàs Pretas contra-ações no centro.As Pre tas d ispõem de duas boascontinuações:A) d5

[ B) 3...f6 4.d4 d5! (liquidando ocentro, nada deixando às Brancas)

5.b5 exd4 6.xd4 d7 7.exd5 xd4 8.xd7+ xd7 9.xd4 xd5com igualdade. ]

4.a4 f6 5.xe5 d6! (sacrificando um Peão, as Pretas conseguemesplêndido desenvolvimento) 6.xc6

bxc6 7.d3 0-0 8.g5 h6 9.xf6 xf6 10.d2 b8! e as Pretas têmbom jogo.CRÍTICANenhuma primazia obtêm as Brancascom esta abertura. As Pretas igualamcom facilidade.

271 C2414. Abertura do Bispo1. P4R, P4R; 2. B4B

14. ABERTURA DO BISPO: 1. P4R,P4R; 2. B4B 1.e4 e5 2.c4 Ramo da partidaaberta, levando ao atrat ivo jogo dec o m b i n a ç ã o , m a s n ã o t r a z e n d onenhuma vantagem às Brancas. Aresposta mais usual é 2...,C3BR, aD e f e s a B e r l i m . S ã o t a m b é m

adequadas 2...,P3BD, e 2...,B4B. Após f6 a linha normal é 3.d4 sacrificandou m P e ã o p e l o s u p e r i o rdesenvolvimento. (Defesa Berlim)

[ Não serve 3.f4 por xe4! 4.d3 d6! 5.b3 c6 etc. e as Pretastêm bom jogo. ]

[ Uma continuação calma para asBrancas é 3.d3 c6! 4.f4 exf4!

5.xf4 d5 6.exd5 xd5 liquidandoo cent ro e as Pretas f icam semproblemas. ]

3...exd4 4.f3 xe4 5.xd4 f6 6.g5 e7 7.c3 c6 8.h4 d6 9.0-0-0 e6 10.d3 d7 11.b5 0-0As Brancas dispoõem de jogo maislivre, porém as Pretas têm um Peão amais e sua posição é sólida.CRÍTICAEsta abertura não traz vantagem paraas Brancas. Uma de suas principaisc a r a c t e r í s t i c a s é t r a n s p o r p a r ava r i a n t e s p r e p a r a d a s d e o u t r a saberturas, como a Abertura Vienense,o Gambito do Rei Aceito, etc.

272 C2915. Abertura Vienense1. P4R, P4R; 2. C3BD

[diagrama 432]

15. ABERTURA VIENENSE: 1. P4R,P4R; 2. C3BD 1.e4 e5 2.c3 A idéia é abrir acoluna BR com P4BR, para conseguirataque na ala do Rei. f6 A melhorresposta das Pretas. As Brancas têmagora duas boas continuações: 3. P4Be 3. B4B.A) 3.f4

[ B) 3.c4 É a principal alternativada s B ranc as (Va r i an t e B lak e ) .

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Impede ...,P4D, mas as Pretas têmuma continuação que iguala. xe4!Liquidando o centro. 4.h5! d6

5.b3 e7! 6.f3 c6 7.xe5 0-0 As Pretas têm,momentaneamente, uma posiçãorestr ingida, mas sem fraquezas.C o n s e g u e m l i b e r t a r - s e s e mdif iculdades. 8.d5 d4! 9.0-0

xb3 10.axb3 e8! 11.d4 d6 12.f3 e6 E as Pretas têmigualdade. ]

3...d5! É o lance mais indicado. 4.fxe5 xe4 5.f3 (as Brancas terão ocontrole da coluna BR para sua Torreapós o roque) As idéias são claras: asBrancas pretendem desalojar o CRpreto com P3D e formar, a seguir, umforte centro de Peões com P4D e P5R.As Pretas devem conservar seu Cavaloem 5R o ma io r t empo poss íve l epreparar-se para quebrar o centro queas Brancas irão formar.A partir do diagrama 432, as Pretast ê m vá r i a s c o n t i n u a ç õ e s : a ) b4(para evitar P3D)

[ b) 5...c5 (Variante Marshall, cujaidé ia é j ogar . . . ,B5CD em do i stempos, a fim de provocar P4D dasBrancas) 6.d4 b4 7.d3 c5

8.dxc5 xc5 9.e3 c6 10.b5com possibilidades iguais para osdois lados. ]

[ c) 5...e7 (resposta sólida e a maissimples para evitar as complicaçõesde outras linhas) 6.d3 ( ou 6.d4 0-0

7.d3 f5! 8.exf6 xf6!com igualdade.) 6...xc3 7.bxc3

0-0 8.e2 f6 9.exf6 xf6 10.d4e as Pretas estão bem. ]

[ d) 5...g4 (o objetivo é minar adefesa do Peão central das Brancas)

6.e2 ( ou 6.d3 xc3 7.bxc3 c5

8.e2 c6 e as Pretas criamameaças ao Peão central branco.)

6...xc3 7.bxc3 c5 As Pretasobtêm jogo satisfatório, completandoseu desenvolvimento e provocando,em momento opor tuno , o Peãocentral inimigo com ...,P3B. ]

[ e) 5...c6 (promissor contra-ataque) 6.e2 ( ou 6.d3 xc3

7.bxc3 d4 e as Pretas isolam o PRadversár io) 6...f5! 7.b5 a6!e as Pretas obtêm contrajogo peloPeão sacrificado. Um exemplo é acontinuação seguinte: 8.xb7 b4!

9.xe4 dxe4 10.d4 b8 11.a7 c5! 12.xc5 xd4 13.xd4 xc2+ 14.f2 xd4 e o jogo dasPretas é preferível. ]

6.e2! (se 6.B2R, O-O; 7. O-O, C3BD!;e as Pretas estão bem) xc3 7.dxc3

e7 8.f4 c5 9.0-0-0! que dá àsBr an c a s b oa s p os s i b i l i d a de s d eataque.Esta variante, que se inicia com 5...,B5CD, é vantajosa para as Pretas, seas Brancas, no sexto lance, jogam 6.B2R, mas com 6.D2R! (recomendaçãod e S p i e l m a n n ) , à s B r a n c a s s ereservam as melhores possibilidades.CRÍTICAEmbora esta abertura seja perigosanas mãos de um jogador de ataque,possibilitando combinações brilhantes,devido às ameaças de ataque direto aoRei preto, o segundo jogador, comjogo correto, dispõe de várias linhas,que igualam a partida, e de outras, emque se reserva promissores contra-ataques.

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273 C3416. Gambito do Rei Aceito1. P4R, P4R; 2. P4BR, PxP

OS GAMBITOSNos gambitos a idéia é sacrificar umou mais Peões (raramente outra peça),s e j a p a r a c o n s e g u i r u m r á p i d odesenvolvimento, seja para alcançarum ataque ao Rei inimigo.Nos gambitos, que ocorrem após 1.P4 R, P4R , h á ou t ros f a t o res e mcomum:1 - O ataque das Brancas é dirigidocontra a casa 2BR das Pretas, o pontomais vulnerável do inimigo.2 - Se as Pretas pretendem agarrar-seà va n t a g e m d o m a t e r i a l , d e v e msubmeter -se a um a t raso em seudesenvolvimento.3 - A me l h o r c o n d u t a c o n t r a u mgambito, bem como dele tirar vantagem,é aceitar o sacrifício (Steinitz dizia queo meio de refutar um gambito é aceitá-l o ) , c o n c e n t r a r - s e n o r á p i d odesenvolvimento e, ainda, preparar ade vo lu ção do ma te r i a l e xt ra , e mmomento oportuno.Quem se defende de um gambito nãodeve apegar-se à vantagem material,pois disso resultará uma posição muitorestringida, difícil de ser defendida.A grande força de um gambito está naobsessão do lado que o acei ta emconservar o material sacrificado.A vantagem imediata, que as Brancastiram de um gambito, ora é um fortecentro, ora de um desenvolvimentomais efetivo, possibilitando um ataque.As Pretas devem procurar jogar ...,P4Do mais cedo possível. Nos gambitosprevalecem considerações táticas, emvez de considerações estratégicas.

16. GAMBITO DO REI: 1. P4R, P4R; 2.P4BR 1.e4 e5 2.f4 A) GAMBITO DO REIACEITO: exf4 (No Gambito do Rei, as Brancasjá no segundo lance entregam umPeão, visando o domínio do centro e aaber tu ra da co luna BR, que se rátrabalhada pela Torre após o roque.) Oalvo de ataque das Brancas é a casa2BR inimiga. Torna-se fácil agora P4D,pois o PR preto foi eliminado.As Brancas podem agora jogar 3.C3BR ou 3. B4B.a) 3.f3 (constitui o Gambito doCavalo do Rei)

[ b) 3.c4 (constitui o Gambito doBispo do Rei) d5! 4.xd5 f6É o me io ma is s imp les para asPretas igualarem. 5.c3 b4 6.f3

xc3 7.dxc3 c6 8.c4 xd1+ 9.xd1 0-0 10.xf4 xe4C o m i g u a l d a d e . A s P r e t a sresolveram, satisfatoriamente, seuproblema de abertura. ]

3...f6! É o melhor sistema defensivodas P re tas . V isa fo rç ar imed ia t aliquidação do centro.São complexas e difíceis as variantesque se originam de 3...,P4CR, muitoem voga no século passado. 4.e5

[ Se 4.c3 d5! 5.exd5 xd5 6.xd5 xd5 7.d4 e7! 8.d3 g5 9.e2 f5! e as Pretas têm bomdesenvolvimento e bom jogo. ]

4...h5 5.d4 d5 E as Pretas nadatêm a recear . Após completar seudesenvolvimento, as Pretas podemtentar ...,P3BR, abrindo, também, acoluna BR para elas.O Cavalo pre to em 4TR não es táidea lmente co locado, mas, se asBrancas desejarem aproveitar a coluna

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do BR, deverão remover o Peão pretodessa coluna, quando então o C4TRserá trocado.

274 C3216. Gambito do Rei Recusado

16. GAMBITO DO REI: 1. P4R, P4R; 2.P4BRB) GAMBITO DO REI RECUSADO 1.e4 e5 2.f4 As Pretas dispõem deduas maneiras principais de recusar oGambito do Rei, seja com 2...,P4D,seja com 2...,B4B.a) d5 Denominado Contra GambitoFalkbeer, em que as Pretas entregamum Peão para conseguir um ataque.Considerado, há alguns anos, como ademolição do Gambito do Rei. Mas,a n á l i s e s r e c e n t e s , d e v i d a sprincipalmente a Keres, dão sempreàs Brancas uma clara superioridade.A conduta das Brancas é a condutag e r a l c o n t r a g a m b i t o s :desenvolvimento rápido em vez dereter a vantagem material.

[ b) 2...c5 Possível, porque 3. PxP?tem a aguda resposta de 3...,D5T!+.

3.f3 d6 4.c3 ( Se 4.c3a resposta correta é f5! ) 4...f6

5.c4 c6 6.d3 e6!Lance recomendado por Tarrasch eque neutral iza a diagonal crítica. ( Se 6...g4 7.h3! xf3 8.xf3

d4 9.g3! xc2+? 10.d1 xa1 11.xg7 dá às Brancas um ataqueganhador. ) 7.b5 a6 8.xc6+ bxc6

9.e2 exf4 As Brancas obtêm umforte Peão central, mas as peçaspretas estão bem colocadas. ]

3.exd5 [ Se 3.fxe5?? h4+ 4.g3 xe4+

ganhando a Torre. ] 3...e4! A força das Pretas residei n t e i r amen t e no P e ão de 5 R. A sBrancas procuram destruí-lo. 4.d3 f6As Pretas estão obrigadas a jogar umve r d a d e i r o g a m b i t o , p o r q u e , s erecapturam o material, sua posiçãoficará inferior.

[ Um exemplo é: 4...xd5 5.e2 f6 6.c3 b4 7.d2 xc3 8.xc3 g4 9.dxe4 xe4 10.xe4+ xe4 11.xg7e o jogo das Brancas é ganhador. ]

5.d2! Lance de Keres, que dávantagem às Brancas. Superior a 5.C3BD, pois evita a pregadura do CD eobriga as Pretas a abandonar seu fortePeão central, sem possibilidades desubstituí-lo por uma peça. e3 6.c4

xd5 7.xe3 xf4 8.g3 g6 9.g2 d6 10.f3 E as Brancasficam com notória superioridade nocentro.CRÍTICAO G a m b i t o d o R e i f o i u m a d a saberturas mais es tudadas e maisjogadas pelos mestres antigos.As Pretas têm jogo cômodo, evitandoas complicadas linhas, que surgem dadeterminação de reter a vantagemmaterial. O Gambito do Rei Aceito dáàs Pretas jogo pelo menos igual e émais fácil de ser jogado pelas Pretasdo que o Gambito do Rei Recusado. Ar e c u s a d o g a m b i t o p e l o C o n t r aGambito Falkbeer leva as Pretas aposição inferior, enquanto a recusa por2 . . . , B 4 B , o f e r e c e à s B r a n c a spossibilidades de ataque na ala do Rei.

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275 C2117. Gambito Nórdico1.P4R,P4R; 2. P4D,PxP; 3. P3B

17. GAMBITO NÓRDICO: 1. P4R, P4R;2. P4D, PxP; 3. P3BD 1.e4 e5 2.d4 exd4 3.c3 SucessivosPe ões s ão s ac r i f i c ados n a l i n haprincipal: dxc3

[ No Gambito Nórdico Recusado, asPretas podem recusar o segundoP e ã o e j o g a r 3 . . . , P 4 D ! , q u e és u f i c i e n t e p a r a i g u a l a r : 3...d5!

4.exd5 xd5 5.cxd4 c6 6.f3 g4 7.c3 b4 com jogo igual. ]

4.c4 [ ou 4.xc3 c6 5.c4 d6 6.b3 d7 7.f3 h6 As trocasdiminuem a força de um ataque ]

4...cxb2 5.xb2 d5! (o lance quesempre sa lva as P re tas , devo lvematerial para obter desenvolvimento, ame lhor po l í t i ca con t ra gambi tos )

6.xd5 f6 7.xf7+ xf7 8.xd8 b4+ 9.d2 xd2+ 10.xd2 c5e as Pretas têm o melhor final, porquesua maioria de Peões, na ala da Dama,pode avançar mais rapidamente.CRÍTICAAs Pretas não têm dif iculdades emigualar o jogo, desde que adotem acon du t a c e r t a : a c e i t a r os Pe õessacrificados e procurar devolvê-los,mas com bom desenvolvimento.

276 C4418. Gambito Escocês

18. GAMBITO ESCOCÊS: 1.P4R, P4R;2. C3BR, C3BD; 3. P4D, PxP; 4. B4BD 1.e4 e5 2.f3 c6 3.d4 exd4

4.c4 As Brancas não retomam o Peão

e, após c5 5.c3 dxc3 6.xc3 d6 7.b3! d7 8.d5! ge7 9.c3 0-0as possibilidades são iguais.As Brancas têm vantagem no centro esuperior desenvolvimento à custa deum Peão. Mas as Pretas não têmfraquezas.CRÍTICAO Gambito Escocês leva a uma partidaaberta para as Brancas, em que elastêm pouca compensação pelo Peãosacrificado.Esta linha de jogo pode transferir-separa diversas outras aberturas como o"Giuoco Piano", o Ataque Max Lange ea Defesa dos 2 Cavalos.

277 C5219. Gambito Evans[diagrama 433]

19. GAMBITO EVANS: 1.P4R, P4R; 2.C3BR, C3BD; 3. B4B, B4B; 4. P4CD 1.e4 e5 2.f3 c6 3.c4 c5 4.b4A) GAMBITO EVANS ACEITO xb4

[ B) GAMBITO EVANS RECUSADO 4...b6 (muitos mestresrecomendam recusar o Gambi toEvans, considerando que o lanced a s B r a n c a s 4 . P 4 C D é u m afraqueza na estrutura de Peões.)

5.b2 ( A tentativa de ganhar umPeão com 5.b5 a5 6.xe5falha por h6! 7.d4 d6 8.xh6

dxe5 9.xg7 g4 e o jogo dasPretas é superior.) 5...d6 6.a4 a6

7.b5 axb5 8.axb5 xa1 9.xa1 a5 com possibilidades iguais. ]

5.c3 a5 6.d4 (diagrama 433) A forçadeste gambito deve-se:a) não ser possível o lance das Pretas

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...,P4D;b) pressão sobre o PBR inimigo;c) jogo reduzido das Pretas;d) forte Peão central das Brancas e;e) evitar o roque inimigo com B3TD.As Pretas salvam-se das dificuldades,adotando a Defesa Lasker. d6 7.0-0

[ Tão forte é a Defesa Lasker, que asBrancas procuram, por vezes, evitá-la com 7. D3C, ameaçando o pontofraco 2BR das Pretas. Porém, após

7.b3 e7 8.dxe5 b6! ( Se 8...dxe5 9.a3 evita o roque preto.) 9.bd2! h6 10.0-0 0-0 11.exd6 xd6 e as Brancas têm algumaspossibi l idades de ataque, mas aestrutura de seus Peões é sempreinferior, e mais se agrava à medidaque a partida se encaminha para umfinal. ]

7...b6! Defesa Lasker, que, no dizerde Ruben Fine, colocou o GambitoEvans fora de negócio. A idéia é atacaro centro imediatamente, pois são osPeões cent ra is que rest r ingem aspeças pretas. 8.dxe5

[ Ou 8.a3 exd4 9.cxd4 g4 10.b5 xf3 11.xc6+ bxc6 12.gxf3 e7 e as Pretas têmexcelente jogo. ]

8...dxe5 9.xd8+ xd8 10.e3O final é favorável para as Pretas,porquanto sua estrutura de Peões ésuperior. Se as Brancas não capturamo Peão, que a Defesa Lasker lhesproporciona, a constante ameaça dasPretas sobre o centro inimigo anulaseus planos ofensivos.CRÍTICAO Gambito Evans é uma linha de jogosumamente delicada para as Pretas,oferecendo às Brancas uma partidaaberta, com poderoso Peão central e

possibilidades de ataques perigosos naala do Rei.As Pretas têm suas melhores chancesn a D e f e s a L a s k e r , a t a c a n d o d eimediato o centro inimigo.

278 C011. Defesa FrancesaVariante das Trocas

1. DEFESA FRANCESA: 1. P4R, P3R 1.e4 e6 Vejamos suasparticularidades:a ) A s P r e t a s a s s u m e m ,t e m p o r a r i a m e n t e , u m a p o s i ç ã orestringida, mas sem fraquezas.b) Uma das maiores preocupações dasPretas é a falta de desenvolvimento doseu BD.c) As Brancas procuram explorar aposição tolhida das peças pretas comataques na ala do Rei.d ) A s P r e t a s p r o c u r a mdesenvolvimento adequado e quebrar ocentro inimigo.e) É uma das melhores defesas àdisposição do segundo jogador.Com 1...,P3R, as Pretas cedem umaparte de seu território central, a fim deestabelecer, com sua jogada seguinte,2 . . . , P 4 D , u m a b a s e f i r m e p a r aoperações posteriores. Estas incluem,quase sempre, a jogada de ruptura ...,P4BD, sem a qual a Defesa Francesaperderia seu direito de existência.A continuação normal é: 2.d4 d5Após o que:a) O centro de Peões das Brancas émelhor e a base das operações é jogarP5R, P4BR e, eventualmente, P5BR.b ) A s P r e t a s t ê m u m a p o s i ç ã orestringida, da qual procuram livrar-se

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atacando os Peões brancos. Por estarazão ...,P4BD é vital para as Pretas,na De fesa Francesa , s em o qua lj a m a i s c o n s e g u i r ã o i g u a l d a d e .Eventualmente, as Pretas podem usar,para libertar-se, ...,P3BR, desde queas Brancas tenham avançado seu PRna casa 5R.c) O BD preto deve permanecer longotempo inativo, ou desenvolver-se por"fianchetto", via 2CD.d) A cadeia de Peões brancos, à basede P4D e P5R, restringe o jogo preto eé sobre ela que as Pretas procuramag i r . São t á t i cos os mot i vos quepermi tem, ou não , a manutençãodessa cadeia.No terceiro lance as Brancas dispõemde quatro principais continuações: 3.PxP (simplificação), 3. C3BD e 3. C2D,mantendo a tensão central, e 3. P5R(constituindo a cadeia restr it iva dePeões. I - 3.exd5 VARIANTE DASTROCAS, raramente adotada se asBrancas desejarem assegurar-se dealguma vantagem.É jogada, com freqüência, quando asBrancas desejam forçar um empate.M a s a s P r e t a s p o d e m o b t e rpossibilidades de ataque. Vejamos umexemplo: exd5 4.f3 d6 5.d3

c6! 6.c3 ge7! 7.0-0 g4 8.e1 d7 9.g5 f6 10.h4 h5! 11.bd2 g5 12.g3 xg3 13.hxg3 0-0-0e as Pretas têm bom ataque.

279 C101. Defesa FrancesaVariante Clássica

[diagramas 434 e 435]

1. Defesa Francesa: 1. P4R, P3R 1.e4 e6 2.d4 d5 II - 3.c3VARIANTE CLÁSSICA, indicada paramanter a tensão central. As Pretastêm vár i as c on t inuações : A ) dxe4Variante Rubinstein, que procura asimplificação:

[ B) 3...b4 Variante Winawer, queprocura contra-ataque. As Brancastêm várias continuações:a) Simplificação, com 4. PxP, queconduz à igualdade.b) Mantendo a tensão central, com

A) c) Formando a cadeia restritivade Peões: 4.e5 c5 5.a3 xc3+

6.bxc3 As Brancas possuem osdois Bispos e superioridade nascasas pretas , mas, na a la daDama, sua posição é inferior.;

B) d) Ataque na ala do Rei: 4.g4 f6 5.xg7 g8 6.h6 g6 7.e3 c5 e as Pretas têmvigorosa contra-ação no centro.;

C) e) Rápido desenvolvimento àcusta de um Peão: 4.ge2 dxe4

5.a3 e7! ( Aceitando o Peão, asPre tas pe rm i tem à s Brancaspoderoso ataque após 5...xc3+

6.xc3 f5 7.f3 exf3 8.xf3 xd4 9.g3! , etc. ) 6.xe4 c6 7.e3 f6 e o jogo das Pretas ésatisfatório.;

D) f) 4.a3 xc3+ 5.bxc3 dxe4com possibilidades para ambos oslados.;

E) 4.d2 e7 5.exd5 exd5com igualdade. ]

[ C) 3...f6 Mantendo a tensão

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c en t ra l . É a c on t i nua ç ã o ma i scomum. Vejamos a linha principal:

4.g5 e7 ( Há 3 continuaçõesimportantes, com característicaspróprias: a) 4...b4 (em vez de 4...,B2R), denomina-se Variante MacCutcheon. 5.e5 h6 6.d2 xc3

7.bxc3 e4 8.g4 g6 9.d3 xd2 10.xd2 c5 11.h4 c6! 12.h3 cxd4 13.cxd4 b6!e as Pretas evitam o sacrifício dasBrancas BxP, ao mesmo tempo queiniciam forte ataque.; b) 4...dxe4é a Variante Rubinstein Atrasada. Atroca dos Peões no quarto lance écons ide rada me lhor d o que noterceiro. 5.xe4 e7 6.xf6 gxf6!as Pretas têm posição restringida,mas sem pontos vulneráveis paraum ataque. O desenvolvimento dasPretas se faz à base de ...,C2D; ...,P3CD; ...,P3BD; ...,D2B; ...,B2C; ...,O-O-O; ...,P4BR; com contrajogo nacoluna aberta CR.) 5.e5 ( Ou

5.xf6! (para ter um ataquevigoroso) xf6 6.e5 e7 7.g4

0-0 8.d3 c5 9.dxc5 g6! 10.h3 c6 11.f4 xc5 12.f3 f6!e as Pretas estão bem. ) 5...fd7

A) c) 6.h4 inicia o famoso AtaqueChatard. Comporta um sacrifíciode Peão, que é bom, pois impedeo desenvolvimento normal dasPretas e cria tensão. A aceitaçãodo sacrifício conduz à

A1) As variações das Pretassão: 1) 6...0-0 que é refutadopor 7.d3 c5 8.h3!com ataque poderoso.;

A2) 2) 6...c5 que conduz à 7.xe7 xe7! ( se 7...xe7 8.b5! ) 8.f4 c6 9.dxc5 xc5 10.g4! f8 11.0-0-0

seguido de T3T e T3C, comforte ataque para as Brancas.;

A3) 3) 6...f6! é a resposta maisadequada das Pretas contra oAtaque Chatard , cu ja l i nhaprincipal é: 7.d3! ( se 7.exf6

xf6 e as Pretas igualam com...,P4BD ) 7...c5! 8.h5+ f8

9.exf6 xf6 10.xf6 xf6e a s B r a n c a s t ê m s u a sesperanças na posição expostado Rei preto.;

A4) 6...xg5 7.hxg5 xg5 8.h3 e7 9.f4 a6 10.g4! g6 11.0-0-0 e, à custa de umPeão, as Brancas adqui rembom jogo.;

B) 6.xe7 xe7 7.e2 0-0 8.f4 c5 9.f3 c6 10.0-0-0 ( Ou 10.g3 f6 11.exf6 xf6! 12.g2 cxd4 13.xd4 e5! e as Pretastêm bom cont ra jogo.) 10...f6

11.exf6 xf6 12.g3 cxd4 13.xd4 As Brancas têm ligeiravantagem por causa do PR pretofraco e exposto. Vide diagrama435. ]

4.xe4 d7 5.f3 gf6 6.xf6+ xf6 7.d3 c5! 8.dxc5 xc5(As Brancas têm maioria de Peões naala da Dama e possuem ataque na alado Rei. Esta variante é favorável aoprimeiro jogador) 9.0-0 0-0 10.g5

b6 11.e2 b7 12.ad1 (diagrama434)As Brancas têm maioria de Peões naala da Dama e possível ataque na alado Rei.

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280 C081. Defesa FrancesaVariante Tarrasch

1. Defesa Francesa: 1.P4R, P3R 1.e4 e6 2.d4 d5 III - 3.d2VARIANTE TARRASCH. Mantém atensão central, evitando a pregadurado CD e possibilitando a defesa do PDcom o PBD.A s P r e t a s d i s p õ e m d e d u a scontinuações: 3...,P4BD (a melhor) e3...,C3BR. A) c5

[ B) 3...f6 (é inferior à alternativaanterior) 4.e5 fd7 5.d3 c5 6.c3

c6 7.e2! b6 8.f3 cxd4 9.cxd4 b4+ 10.f1! e a posiçãodas Pretas fica restringida. ]

4.exd5 exd5 (4...,DxP é possíveltambém) 5.b5+

[ ou 5.gf3 f6 ] [ Na Defesa Francesa, após 5.dxc5 xc5 6.b3 o PD preto ficaisolado. ]

5...d7 6.e2+ e7 7.xe7+ xe7 8.xd7+ xd7 9.dxc5 xc5 10.b3 a4 e, apesar de seu PD isoladoconstituir uma fraqueza, as Pretas têmliberdade compensadora para suaspeças.

281 C021. Defesa FrancesaVariante Nimzowitch

1. Defesa Francesa: 1. P4R, P3R 1.e4 e6 2.d4 d5 IV - 3.e5VARIANTE NIMZOWITCH. Estabelecea cadeia restritiva de Peões. Após c5!os seguimentos são: A) 4.c3

[ C) 4.g4 Nesta variante asB r a n c a s e n t r e g a m s e u P D ,

temporária ou definitivamente, a fimde obter um forte Peão em 5R euma posição restr ingida para asPretas, na ala do Rei: c6 5.f3

ge7 6.c3 f5 7.d3 cxd4!obrigando a trocas, que nivelam ojogo, ou a sacrifício inadequado porparte das Brancas. ]

4...c6 5.f4? [ B) 5.f3 b6 6.d3 cxd4 7.cxd4 d7 8.e2 ge7 9.b3 f5 10.b2 b4+ 11.f1 h5 12.g3 c8 13.g2 g6 e as Pretas têm bomjogo. ]

5...cxd4 6.cxd4 b6 7.f3 h6 8.d3 d7 e o jogo das Pretas é fácil.Na variante Nimzowitch, 3. P5R, asP r e t a s i g u a l a m a p a r t i d a c o mfacilidade.CRÍTICASendo uma das melhores defesas àdisposição do segundo jogador, és em pr e emp re ga da e m t od os o st o r n e i o s , p o r g r a n d e n ú me r o d emestres.Ap e s a r d a a pa r ên c ia de f en s i va ,constitui a Defesa Francesa uma linhade jogo agressiva, possuindo grandesrecursos contra ataques prematurosdas Brancas . Ob r iga , é ve rdade ,durante algum tempo, a uma posiçãore s t r i ng i d a , n ã o s e n do i n d i c a d aàqueles que pretendem, precocemente,a iniciativa na abertura.E x i g e d o e n x a d r i s t a g r a n d ec o n h e c i m e n t o t e ó r i c o d e s u a smúltiplas variantes.

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282 B152. Defesa Caro-Kann1. P4R, P3BD

[diagrama 437]

2. DEFESA CARO-KANN: 1.P4R, P3BD 1.e4 c6 A vantagem desta defesa éprevenir um ataque inimigo contra acasa 2BR das Pretas, como na DefesaFrancesa , t odavia sem f ica r composição restringida, porque o BD pretoé desenvolvido.A desvantagem é proteger um Peãocentral, o P4D preto, com um Peãolateral, o P3BD, o que dá às Brancasposição favorável no centro.A Caro-Kann é mais segura que aD e f e s a F r a n c e s a , m a s , e mc o m p e n s a ç ã o , o f e r e c e m e n o soportunidades de contrajogo.Depois de 2.d4 d5 as Brancas têmquatro continuações distintas: 3. C3BD(mantendo tensão no centro), PxP( i n i c i a n d o u m a t a q u e ) , 3 . P 5 R(formando a cadeia restritiva de Peões)e 3 . P 3 B R ( m a n t e n d o a t e n s ã ocentral). I - 3.c3 dxe4 Forçado.Tanto 3...,P3R, como 3...,C3BR; levama variantes desfavoráveis da DefesaFrancesa, em que as Pretas devemjogar ...,P4BD. 4.xe4 As Pretas têmagora dois caminhos diferentes: 4...,C3B, e 4...,B4B. A) f6

[ B) 4...f5 Mais passiva que a linhaanterior. 5.g3 g6 Como esteBispo pode exercer pressão na alada Dama das Brancas, estas deveminiciar um plano forçando sua troca.

6.h4! h6 7.f3 f6 8.d3 xd3 9.xd3 bd7 10.d2 e6 11.0-0-0As Brancas realizam o grande roque,p o r q u e s u a a l a d o R e i e s t áe n f r a q u e c i d a . c7 12.b1!

( O natural 12. TR1R, na mesmacontinuação, levaria à troca de maisuma peça: 12.he1 d6 13.e4

xe4 14.xe4 f6 15.e2 f4etc. As posições restringidas aliviam-se pelas trocas de peças.) 12...d6

13.e4 xe4 14.xe4 f6 15.e2 As Brancas têm vantagem,pois dominam o centro e a posiçãop r e t a e s t á r e s t r i n g i d a . ( V i d ediagrama 437).O obje t ivo das Pretas, agora, éprocurar trocas, que tornarão suaposição menos restringida e maisjogável. Entende-se, assim, porque12.R1C! foi um bom lance. ]

5.g3 [ Ou 5.xf6+ gxf6! ( e não 5...exf6que deixa as Brancas com levevantagem no final, diante de suamaioria de Peões na ala da Dama,muito embora seja vantagem difícilde ser explorada (encontramos asBrancas com sua maioria de Peõesn o f l a n c o d a D a m a , s e m acorrespondente maioria inimiga noflanco do Rei. A compensação dasPretas está no jogo livre de suaspeças). )]

5...e6 6.f3 c5! 7.d3 c6 8.dxc5 xc5 As Brancas possuem duaspossibilidades, a partir desta posição(diagrama 436):a) valorizar sua maioria de Peões, naala da Dama, com P3TD-P4CD-P4BD,procurando um final favorável e;b) atacar o Rei preto, com P3CD-B2C-O-O-D2R-C5R-P4B-C5T etc.As Pre tas devem procura r t rocasaceleradas e manter o domínio dacoluna da Dama.

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283 D262. Defesa Caro-KannAtaque Panoff Botwinnik

[diagrama 438]

2. Defesa Caro-Kann: 1. P4R, P3BD 1.e4 c6 2.d4 d5 II - 3.exd5 cxd5

4.c4 ATAQUE PANOFF BOTWINNIK.P o r m u i t o t e m p o p a r e c e u s e r arefutação da Defesa Caro-Kann. Aforça deste ataque é que ele alcança ocent ro das Pretas imediatamente,colocando o adversário no seguintedilema: manter o centro com ...,P3R;mas pr ivando a Caro-Kann de suamelhor vantagem (libertação do BD) oujogar o BD, abandonando o centro ed e i x a n d o a a l a d a D a m a m u i t oenfraquecida. Após: f6 5.c3 c6

[ Se 5...dxc4 6.xc4 as Brancas têmvantagem no desenvolvimento, poisjogaram já seus dois Peões centraise d e s e n vo l ve r a m d u a s p e ç a s ,enquanto as Pretas apenas jogaramum Peão cent ra l , tendo uma sópeça desenvolvida. O PD brancoisolado é, por conseguinte, forte. ]

6.g5! e6 A resposta preta é forçada.A partir da posição do diagrama 438,a s B r a n c a s t ê m d u a s c o n d u t a sdistintas: atacar na ala do Rei (com 7.C3B) ou valorizar a maioria de Peõesda ala da Dama (com 7. P5B).

[ Pois se 6...dxc4 7.d5!ganha a partida. ]

A) 7.f3 [ B) 7.c5 e7 8.b5 0-0 9.ge2! e4 10.xe7 xe7 11.0-0 b6 12.b4 a5 13.a3 e as Brancas têmboa partida. ]

7...dxc4 8.xc4 e7 9.0-0 0-0 10.c1 a6 11.d3 e as Brancas têmbom jogo.

284 B132. Defesa Caro-KannVariante das Trocas

2. Defesa Caro-Kann: 1.P4R, P3BD 1.e4 c6 2.d4 d5 III - 3.exd5

[ IV - 3.e5 Procurando formar acadeia restri t iva de Peões, mas,após f5 4.d3 xd3 5.xd3 e6seguido de . . . ,P4BD; as Pretasdispõem de pelo menos, igualdade.Ob s e rva r qu e , n es t a va r i a n t e ,existem, para as Pretas, todas asvantagens da Defesa Francesa, semnenhum de seus inconvenientes. ]

3...cxd5 4.d3 VARIANTE DASTROCAS. É menos promissora que oAtaque Panoff Botwinnik. As Pretasobtêm bom jogo com: c6 5.c3 f6

6.f4 g6! 7.f3 g7 8.h3 f5 9.0-0 xd3 10.xd3 0-0 com jogo igual.

285 B122. Defesa Caro-KannVariante Tartakower

2. Defesa Caro-Kann: 1. P4R, P3BD 1.e4 c6 2.d4

[ No segundo lance as Brancaspodem variar. Uma das linhas é 2.c4quando o mais s imples para asPretas seria d5 3.exd5 cxd5 4.cxd5

xd5 5.c3 d8 ] [ Transposições desfavoráveis devemser evi tadas. Assim, após 2.c3(este lance encerra alguns perigos)a) d5 3.f3

A) b) 3...dxe4 4.xe4 g4O c o r r e t o . ( Se, ao contrário

4...f5? transpondo para aalternativa já conhecida, então

5.g3 g6 6.h4 h6 7.e5 h7

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8.h5 g6 9.f3 f6 10.c4 e6 11.d4! dá grande superioridade àsBrancas. );

B) 3...e6 4.d4 levando a umavariante da Defesa Francesa, emqu e a p o s i ç ã o é má p a ra a sPretas. ]

2...d5 V - 3.f3 VARIANTETARTAKOWER. Mantém a tensãoc e n t r a l c o m p o s s i b i l i d a d e s d evantagem. Exemplo: dxe4?

[ Mas com 3...e6! as Pretastranspõem para uma espécie deDefesa Francesa, onde o jogo dasPretas é satisfatório. ]

4.fxe4 e5 5.f3 exd4 6.c4!e a casa preta 2BR ficou exposta.CRÍTICAO julgamento desta defesa tem sofridoinúmeras f l u tuaç ões a t r avés dostempos. Já foi considerada a melhordas réplicas irregulares a 1. P4R. Maso Ataque Panoff Botwinnik, quandoapareceu, em fins de 1933, quase pôsfora de jogo essa defesa.A Caro-Kann goza, ainda, de algumprestígio entre os grandes mestres doxadrez. Tem sobre outras defesas as u p e r i o r i d a d e d e n ã o o b s t ru i r odesenvolvimento do BD das Pretas,bem como é quase impossíve l àsBrancas construírem um forte ataque.Por outro lado, 1...,P3BD não atacauma importante casa central, comosucede na Defesa Siciliana (1...,P4BD).Conseqüentemente, se as Brancas sedesenvolvem normalmente, as Pretas,na maioria das vezes, têm que arcarcom uma posição sem vitalidade.

286 B853. Defesa SicilianaVariante Scheveningen

[diagrama 439]

3. DEFESA SICILIANA: 1.P4R, P4BDAlém de atuar no centro, esta defesapermite contra-ataque na ala da Dama.Tem a característica notável de seruma partida de combate. Vejamos asconsiderações teóricas para cada lado.Para as Brancas:a) As Brancas quase sempre saem daabertura com maior terreno. Logo,devem atacar. Veremos que precisame devem atacar.b ) A s B r a n c a s q u a s e s e m p r econseguem evitar ...,P4D.c) as Brancas não podem f icar napassividade: devem atacar, porque otempo ajuda o lado das Pretas, quegeralmente obtêm melhor f inal. Poresse mot ivo, a Defesa Sic i l iana éef icaz con t ra jogadores de es t i lodefensivo, que não procuram ataques.d ) A c o l o c a ç ã o d o B R b r a n c o ée f i c i e n t e n a d i a g o n a l 1 T R- 8 T D ,enquanto em 4BD quase sempre é má.Para as Pretas:a) O jogo normal das Pretas é fazerpressão na coluna BD, especialmentena casa 5BD.b) Devem manter o PR inimigo sempreem observação.c) Devem preparar sempre a réplica ...,P4D ao avanço P5R das Brancas, aqual permite ao menos igualar.d) Não devem permit i r o lance dasBrancas P4BD, porque, então, ficamna passividade, sem jogo na colunaBD.e) Após P4D das Brancas, as Pretasnão devem jogar ...,P4R, o que levaria

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seu PD a f icar atrasado na colunaaberta. 1.e4 c5 Na Defesa Siciliana há duaslinhas principais de jogo, segundo oB R p r e t o é d e s e n vo l v i d o e m 2 R(levando à Variante Scheveningen) ouem 2CR (Var iante Draconiana) . I -

2.f3 e6 3.d4 cxd4 4.xd4 f6 5.c3 VARIANTE SCHEVENINGEN(diagrama 439)O objetivo das Pretas é terminar odesenvolvimento e colocar um Cavaloem 5BD, ao passo que o das Brancasé construir um forte ataque na ala doRei, à base de P4BR e P4CR. Vejamosa linha principal, partindo do diagrama439: d6

[ Há duas continuações interessantes,n a l i n h a p r i n c i p a l : A ) 5...b4( e m ve z d e 5 . . . , P 3 D) f a z e n d oimediatamente pressão sobre o PRbranco 6.e5! d5 7.d2 xc3

8.bxc3 e7 9.d3 c6 10.xc6 dxc6 11.g4 e as pretas estãores t r i ng idas , a mob i l i dade dasBrancas sendo maior. ]

6.e2 c6 [ B) 6...a6 (em vez de 6...,C3B),seguido do desenvolvimento do CDa 2D, conduz à Defesa Paulsen, cujaidéia é atuar sobre o PR branco como CD, via 4BD; 7.0-0 c7 8.e3

e7 9.f4 0-0 10.f3 bd7 11.b3 b8 12.a4 b6 13.e2 c5a posição das Pretas é restringida. ]

7.0-0 e7 8.h1 a6 9.f4 c7 10.e3 0-0 11.e1 d7 12.d1 b5 13.a3 a5 14.g3 c4 15.c1e o j o g o d a s B r a n c a s é o m a i sesperançoso.

287 B593. Defesa SicilianaVS-Defesa Boleslavsky

[diagrama 440]

3. Defesa Siciliana: 1.P4R, P4BDI - Variante ScheveningenNos ú l t imos anos a s Pre tas vê mensaiando, com freqüência, um métodode jogo interessante, tendo por baseu m p r e c o c e a v a n ç o P 4 R , q u econdiciona uma rápida mobilização daspeças pretas. Há duas linhas de jogocom essa idéia: A Defesa Boleslavskye a Defesa Boleslavsky Najdorf.A ant iga jogada .. .,P4R, da DefesaSiciliana, foi revivida pelos mestresrussos e seus defensores opinam quea debilidade do PD preto atrasado éapenas momentânea, dif íc i l de serexplorada pelas Brancas, e que asPretas, cedo ou tarde, conseguirão alibertação à base de ...,P4D.Mas, se impossível essa manobra, oj o g o d a s P r e t a s f i c a r áestrategicamente perdido.Vejamos algumas l inhas instrutivascom essa idéia.DEFESA BOLESLAVSKY 1.e4 c5 2.f3 c6 3.d4 cxd4

4.xd4 f6 5.c3 d6 6.e2 e5!?(diagrama 440) A) 7.b3 (é a variantemais usual, possibilitando o avanço doPBR)

[ B) 7.f3 (com a idéia de exercer,após T1R, uma pressão dupla sobreo PR preto, impedindo, por essaforma indireta, a libertação ...,P4D.Ao evitar, porém, a mobilidade doPBR, a pos ição das Brancas setorna muito rígida, com redução dasp o s s i b i l i d a d e s a g r e s s i v a s ) h6!(jogada preventiva contra 8. B5CR!,

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que visa eliminar a importante peça,que controla a casa 5D) 8.0-0 e7

9.e1 0-0 10.h3 a6! 11.f1 b5 12.a3 b7 13.b3 c8 14.b2 c7! 15.b1 a8 16.bd2 d8! 17.d3 e6 18.c1 fc8e as Pretas têm bom jogo (partidaUnzicker x Taimanov, Saltsjabaden,1953). ]

7...e7 8.0-0 0-0 9.f4(linha agressiva e conseqüente com aidéia de 7.C3C. Outras alternativas são9. B3R e 9. B3B) a5 10.a4 b4!

11.h1! e6 12.f5! (caso contrário,12...,T1B; garantindo a casa 5BD parao BD após o avanço do PBR branco)

d7 13.g5 c8 14.f3 c6 15.d2 h6 16.h4 c7 com possibilidadesequ i va l en t es (p a r t i d a Lok ve nc xGligoric, Oesterreich, 1949).

288 B923. Defesa SicilianaVS-Def. Boleslavsky-Najdorf

[diagrama 440]

3. Defesa SicilianaI - Variante ScheveningenDEFESA BOLESLAVSKY-NAJDORFTambém denominada Defesa Najdorf-Opocensky.Difere da defesa anterior, por atrasar odesenvo lv imento do CD - que sedestina com freqüência a 2D - e peloa v a n ç o . . . , P 3 T D . T e m a g r a n d evantagem de evitar o perigoso AtaqueRichter, o qual é possível no SistemaBoleslavsky puro.Após 1.e4 c5 2.f3 d6 3.d4 cxd4

4.xd4 f6 5.c3 a6 6.e2 e5!?(diagrama 440) as Brancas podemcontinuar com 7. C3C (o mais usual e

o melhor) ou com 7. C3B.Ve jamos a lguns exemp los com aprimeira linha: A) 7.b3 e6

[ C) 7...e7 8.0-0 ( D) 8.g5 bd7 9.0-0 0-0 10.d3 c7 11.xf6 xf6 12.fd1 b5 13.d5 xd5 14.xd5 b7 15.d3 ad8 16.c3 d5! com ótima partida para as Pretas(Salomon x Panno, Mar Del Plata,1954). ) 8...0-0 9.a4 b6 10.e3

bd7 11.f3 b7 12.c4 c7 13.e2 fc8 14.d2 d5! 15.xd5 ( se 15.exd5 seria suficiente b4! ) 15...xd5 16.exd5 f6 17.d3 d8 18.b3 xd5 e as Pretas têmboa partida (Matanovic x Gligoric,Campeonato Iugoslavo de 1953). ]

8.f3 [ B) 8.0-0 bd7 (aqui o exato,segundo Pilnik, é atrasar a saída doCD e jogar 8...,D2B!; para respondera 9. P4B, com 9...,P4CD!. E, se 9.P4TD, então 9...,C3B; com vistasn a s c a s a s 5 C D e 5 D ) 9.f4!( l i n h a a g r e s s i v a , m a s q u eenfraquece o PR branco) ( E) 9.e3

e7 10.f3 b6 11.f2 c7 12.a4!( p r o c u r a n d o a t a c a r u m d o sdefensores da casa 4D preta) c4

13.xc4 xc4 14.e1 0-0 15.d2 e6 16.f1! c6 17.e3e o PD in im igo es tá b loqueadof icando as Brancas com melhorp a r t i d a ( S m y s l o v x N a j d o r f ,Budapeste, 1950).) 9...c7! 10.f5

c4 A) F) 11.a4! c8 12.e3 e7 ( ou 12...h5 13.h3 h4 14.f2

d5!? 15.exd5 xb3 16.cxb3 c5 17.xc5 xc5 18.a5! 0-0 19.a4 fe8 20.xh4 e4com posição complexa - Marini xElikases, Campeonato Argentino

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de 1953 ) 13.a5 h5 14.xc4 xc4 15.a4 c7 16.h3 h4 17.f2 (defendendo o PBD) b5 18.axb6 xb6 19.xb6 xb6e as Brancas têm melhor partidadevido à fraqueza do PTD preto(Geller x Najdorf, Zurique, 1953).;

B) 11.d3 (se 11.P4C, P3T!; eagora o avanço P5C é fraco pelaresposta ...,PTxP; e a Torre pretapassa a ter ação sobre o roqueinimigo) b5 12.e3 e7 13.e2

c8 14.ac1 0-0 (se 15. P4CR?,P 5 C ! ; e t c . ) 15.d2 d5!e as Pretas têm excelente partida(Rico x Najdorf, "match" pelo rádioEspanha x Argentina, 1950). ]

8...e7 9.0-0 0-0 10.e1 bd7 11.d2 c7 12.f1 b6 13.e3 fd8 Todos os lances giram ao redorde ...,P4D, que, agora, as Brancas nãomais podem evitar, depois de ...,T2D, e...,TD1D das Pretas. Resta ao primeirojogador: 14.cd5 bxd5 15.exd5

d7 16.d2 e8 17.c3 f5 18.g3 f6 19.g2 f8 e as Pretas têm bomjogo (Kovacs x Kot tnauer , V iena,1947).

289 B413. Defesa Sicilianaerros na abertura

3. Defesa SicilianaAs Pretas vêem-se em dif iculdadespermi t indo P4BD das Brancas, ouquando jogam ...P4D prematuramente.Vejamos um exemplo de cada: A) 1.e4

c5 2.f3 e6 3.d4 cxd4 [ B) 3...d5? (Variante Marshall) 4.exd5 exd5 5.e2! (contra o PDi s o l a d o o B R b ra n c o d e v e s e r

desenvolvido em 2CR ou em 2R) f6 6.0-0 e7 7.dxc5 0-0 8.bd2!(e o PD preto ficou isolado) e não 8.C3B, pois, contra o Peão isolado,deve-se manobrar para colocar oCavalo no ponto forte. xc5 9.b3

e7 10.g5 h6 11.h4 c6 12.c3 e6 13.fd4 e, novamente, afraqueza do PD das Pretas lhes darájogo inferior. ]

4.xd4 a6? (o correto seria 4...,C3BR) 5.c4! f6 6.c3 d6 7.e2

c6 8.0-0 c7! 9.b3 e7 10.b2 0-0 11.c2 d8! 12.e3e a fraqueza do PD preto leva a umjogo inferior.

290 B743. Defesa SicilianaVariante Draconiana

[diagrama 441]

3. Defesa SicilianaII - VARIANTE DRACONIANA 1.e4 c5 2.f3 c6 3.d4 cxd4

4.xd4 f6 5.c3 d6 (diagrama441) 6.e2 g6 Considerações para asPretas:1 - O contrajogo se localiza na colunaBD; a casa 5BD é importante para ainstalação de um Cavalo e, algumasvezes, de um Bispo.2 - O BR, desenvolvido por "fianchetto",é ma i s a t i vo do q ue na V a r i an t eScheveningen.3 - O lance . . . , P4D igua la quas eautomaticamente.Considerações para as Brancas:1 - O objetivo é o ataque imediato, poiso tempo trabalha em favor das Pretas.O ataque se realiza com o avanço dosPeões da ala do Rei, que restringirá o

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jogo preto.2 - Devem procurar alojar um Cavaloem 5D, onde terá grande força. Suaexpulsão, com ...,P3R, deixará o PDpreto fraco.3 - As Brancas devem impedir ...,P4D.E s t a s c o n s i d e r a ç õ e s t e ó r i c a sp e r m i t i r ã o c o m p r e e n d e r a l i n h aprincipal: 7.e3 g7 8.0-0 0-0 9.b3

e6 10.f4 a5 11.f5! c4! 12.d3! xb3 13.axb3 xd3 14.cxd3 d5 15.d4 dxe4 16.dxe4 c7As Brancas retêm a iniciativa e umaligeira vantagem, que a prática revelouserem insuficientes para a vitória. Aposição das Pretas é algo restringida,mas as trocas aliviaram-na em parte.

291 B673. Defesa SicilianaVD-Ataque Richter

[diagrama 442]

3. Defesa SicilianaII - Variante DraconianaV a r i a ç õ e s n a l i n h a p r i n c i p a l d aVariante Draconiana: 1.e4 c5 2.f3 c6 3.d4 cxd4

4.xd4 f6 5.c3 d6 A) 6.g5(em vez de 6. B2R). Este lance inicia,n a p o s i ç ã o d o d i a g r a m a 4 4 1 , oATAQUE RICHTER, cuja finalidade éevitar a Variante Draconiana (...,P3CR),real izar o grande roque e começarataque rápido na ala do Rei (diagrama442).O seguimento normal deste ataque é

e6! [ As Pretas não podem jogar 6...g6?por 7.xf6 e o PD preto torna-semuito fraco. ]

7.d2 e agora possuem as Pretas dois

diferentes planos de defesa: a) a6! [ b) 7...e7! Parece ser mais forteque a linha anterior, à base de 7...,P 3 T D . A s P r e t a s r e a l i z a m opequeno roque, sem dar atenção àperda do PD e tratam de construirum ataque contra o flanco da Damainimigo, onde se encontra o Reib ra n c o . E s t e p l an o vem t e nd oaceitação dos mestres russos, nosúltimos anos.Após 8.0-0-0 0-0 é forte para asBrancas 9.f4! ( A tentativa deg a n h a r o P D c o m 9.db5é perigosa pela continuação a5

10.xf6 xf6 11.xd6 d8(ameaçando ganhar o Cavalo com ...,B4R) 12.e3 d4 13.xd4 xd4

14.xd4 e5 e, em seguida, a Damaataca o Cavalo, capturando-o. )

A) se 9...xd4 segue 10.xd4 a5 11.e5! dxe5 12.xe5!

A1) Interessante que, após 12.DxP!, pode ser jogado 12.. . ,P3CD; mas não é pos s íve l

12...b6? por 13.a4!e, agora, se b4 segue ( e se

13...c6 segue 14.b5 xg2 15.hg1 e 16. BxC, ganhandoi g u a l m e n t e .) 14.d4e a s P r e t a s a b a n d o n a m(Kramer x Kottnauer, Beverwijk,1954);

A2) 12...xe5 13.fxe5com final difícil para as Pretas,q u e t ê m d i f i c u l d a d e s e mdesenvolver a ala da Dama eevitar a ameaça branca C4R eC6D.;

B) 9...e5! 10.f3 ( 10.xc6 bxc6 11.fxe5 dxe5 12.xd8 xd8 13.xd8+ xd8e a posição é aproximadamente

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igual (Kotov x Geller, Zur ique,1953) ) 10...g4 11.h3 ( ou

11.e2 completando odesenvolv imento das peças -Boleslavsky x Gel ler, Zurique,1953 ) 11...xf3 12.gxf3 d4

13.fxe5 dxe5! ( 13...xf3? 14.exf6! xd2 15.fxe7 a5 16.exf8+ xf8 17.xd2e a s B r a n c a s t ê m va n t a g e mmaterial ) 14.g1?!

B1) A o c o n t r á r i o 14...xf3?c o n d u z a u m r e m a t em a r a v i l h o s o : 15.f2 b6

16.e3 d4 17.xd4! exd4 18.xd4 d8 19.d5 e8 20.g3 f6 ( se 20...g6 21.e5! ) 21.c4 f7 ( se 21...h8 22.f4 ameaçandomate ) 22.f4! d6 ( 22...xd4

23.xf7+ xf7 24.b3+e 2 5 . C 6 R + , g a n h a n d o)

23.xf7+ xf7 24.b3+ e7 25.xf6+! E as Pretasabandonam (Korchnoj x Geller,Ca m p e o n a t o S o v i é t i c o d e1953).;

B2) 14...c8! e a posição dasPretas é preferível, devido àspossibilidades de ataque na alada Dama. ]

8.0-0-0 d7! 9.f4 h6 10.h4 e7! 11.e2

[ se 11.xf6 xf6! 12.xc6 xc6 13.xd6 xd6 14.xd6 xc3 15.bxc3 xe4 e as Pretas têmmelhor final ]

11...c7 12.f2 c8! 13.b3 b5 14.f3 a5! 15.xa5 xa5 16.b1 b4 17.e2 e5! 18.c1 0-0e as Pretas têm contrajogo na ala daDama (Szabo x Lundin, Groningen,1946).

292 B703. Defesa SicilianaVD-outras continuações

3. Defesa SicilianaII - Variante DraconianaAs Pretas podem, contudo, entrar naVar i an te Dracon iana , ev i t ando oAtaque Richter; mas, para isso, devematrasar o desenvolvimento de seusCavalos.Assim: 1.e4 c5 2.f3 d6

[ O Ataque Richter é a variação maisimportante na l inha pr incipal daVar ian te Dracon iana . Ve jamosoutras continuações após 2...c6

3.d4 cxd4 4.xd4 f6 5.c3 d6 6.e2 g6 7.e3 g7

A) B) 8.b3 (em vez de 8. O-O) e6 ( C) 8...0-0 9.f3! d7! 10.d5 xd5 11.exd5 a5e as Brancas não podem impedirtrocas aliviadoras.) 9.f4 0-0

10.g4 d5! 11.f5 ( 11.e5 d4! ) 11...c8! com igualdade.E s t a v a r i a n t e i l u s t r a b e m oprincípio de que se deve combaterum ataque sem desenvolvimentocompleto com um contra-ataqueno centro (...,P4D!).;

B) D) 8.d2 0-0 9.b3 ( ou 9.0-0-0 d5! ) 9...e6 ameaçando...,P4D;

C) 8.0-0 0-0 C1) E) 9.h3 (em vez de 9.C3C) d5! (mesma resposta a 9.D2D) 10.exd5 xd5 11.xd5

xd5 12.f3 c4 13.xc6 bxc6 14.c3 e6com igualdade.;

C2) F) 9.f4 b6! ( se 9...d5? 10.e5! ) 10.d3! g4! 11.d5! xd4 12.xb6 xe3+ 13.h1

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xb6 14.xg4 xg4 15.f5 h5 com igualdade. As trêsp e ç a s c o n t r a b a l a n ç a m aDama.;

C3) 9.b3 e6 etc. ( G) 9...a5( e m ve z d e 9 . . . , B 3 R) v i s aenfraquecer o CD branco 10.a4

e6 11.d4 d5! 12.exd5 xd5 13.xd5 xd5 14.xc6 bxc6 15.d4 e5 16.c5 e8com igualdade. )]

3.d4 cxd4 4.xd4 f6 (necessáriopara evitar 5. P4B) 5.c3

[ Se aqui 5.f3 (em vez de 5. C3BD),com a idéia de jogar P4BD, então

e5! 6.b5 a6 7.5c3 e6 8.d5 xd5 9.exd5 f5 e a ameaça dasBrancas não tem mais razão deser. ]

5...g6 e uma continuação normal levaráà Variante Draconiana.

293 B293. Defesa SicilianaVariante Nimzowitch

3. Defesa SicilianaVARIANTE NIMZOWITCH 1.e4 c5 2.f3 f6 Tem a mesmaidéia da Defesa Alekhine (1. P4R,C3BR), que é provocar o avanço dePeões brancos para, depois, atacá-los.Exemplo: 3.e5

[ 3.c3 d6 leva à variante normalda Defesa Siciliana ]

3...d5 4.d4 [ 4.c3 xc3 conduz à igualdade ]

4...cxd4 5.xd4 e6 6.c4 c6 7.d1 de7! seguido de ...,C3C; e asBrancas não podem desenvolver-se,normalmente, porque ficam com seuPR exposto.

294 B243. Defesa SicilianaSistema Fechado

3. Defesa SicilianaSISTEMA FECHADO 1.e4 c5 2.c3 c6 3.g3 g6! 4.g2

g7 5.ge2 e6! 6.0-0 ge7 7.d3 0-0 8.e3 d4 9.d2 ec6há igualdade.As Brancas têm jogo na ala do Rei, àbase de P4BR-P5BR, enquanto asPretas d ispõem de jogo na ala daDama, com ...,P4CD; ...,P5CD.É uma continuação para as Brancas,menos promissora que o Sis temaAberto, à base de 1.P4R, 2. C3BR e 3.P4D.

295 B203. Defesa SicilianaGambito Wing

3. Defesa SicilianaGAMBITO WING 1.e4 c5 2.b4 sacrificando um Peãopara obter forte centro, restringindo aposição inimiga. As Pretas devem agirlogo no centro.Um exemplo é

[ O Gambito Wing Atrasado 2.f3 d6 3.b4 , uma idéia de Keres, é ricoem possibilidades de ataque para asBrancas. ]

2...cxb4 3.a3 d5! [ e não 3...e6? por 4.axb4 xb4 5.c3 e7 6.d4 etc ]

4.e5 c6! 5.d4 c7! (ameaçando ...,CxPR) 6.f3 g4 e as Pretasconservam bom desenvolvimento.CRIÍTICAA Defesa Siciliana leva a uma partida

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de c omb a t e , c om l u t a não s ó naabertura, mas ainda no meio jogo. Ébem indicada para os enxadristas quenão se contentam com um empate.Os objet ivos de ambos os lados seap r e s en t a m em d i f e r e n t e s a l a s ,r e s u l t a n d o , p o r i s s o , v a r i a n t e scomplicadas e muito animadas.É u m a d e f e s a , q u e t e m s i d oempregada por grandes campeões dop a s s a d o e d o p r e s e n t e , c o mresultados satisfatórios.Modernamente, vem merecendo apreferência dos mestres, sendo atéconsiderada a melhor das defesasirregulares, de que as Pretas dispõemcontra 1. P4R.

296 B034. Defesa Alekhine1. P4R, C3BR

[diagrama 443]

4. DEFESA ALEKHINE: 1. P4R, C3BR 1.e4 f6 Linha de jogo hipermoderna,q u e c o n t r a r i a , v i o l e n t a m e n t e , oprincípio fundamental de que se devesempre manter, na abertura, um Peãocentral.Seu fundamento é provocar o avançoprematuro dos Peões centrais brancos,na esperança de que eles se tornemfracos e possam, em vista disso, seratacados.A linha principal, que se caracterizape los sucess ivos movimentos dePeões das Brancas, é a seguinte: 2.e5

d5 3.c4 [ Variações na linha principal daDefesa Alekhine: a) 3.d4 (em vez de3. P4BD) d6 4.f3 g4 5.e2 c6!

( e não 5...xf3 por 6.xf3 dxe5

7.dxe5 e6 8.c4 ) 6.0-0 xf3! 7.xf3 dxe5 8.dxe5 e6 9.e2 c7 10.c4 e7 e as Pretas têm contrajogo noataque ao PR inimigo. ]

3...b6 4.d4 [ b) 4.c5 (em vez de P4D) d5 5.c3 xc3 6.dxc3 d6com igualdade. ]

4...d6 5.f4 [ c) 5.exd6 (em vez de 5. P4B) exd6dá às Brancas vantagem no centro emais l iberdade para suas peças,enquanto as Pretas ficam com umCavalo mal colocado em 3CD. Avantagem das Brancas é, porém,a p e n a s m o m e n t â n e a , p o i s ,continuando as Pretas com ...,CD2D;. . . , C3 B R; . . . , P 3 B D; e . . . , P 4 D ,igualam a partida completamente.No e n t a n t o , s e a s B r a n c a s s eopuserem a esse plano com P5R,restarão, então, duas excelentescasas para os Cavalos pretos: ascasas 4BD e 4R. ]

[ d) 5.f3 (em vez de 5. P4B) g4 ( e não 5...c6 6.e6! ) 6.exd6 exd6

7.e2 e7 8.c3 0-0 9.b3 e8 10.e3 e as Brancas têm mínimavantagem, que pouco significa naprática. ]

5...dxe5 6.fxe5 c6 7.e3 f5 8.c3 e6 9.f3 (diagrama 443).Para atacar o centro das Brancas, asPretas dispõem de duas continuações,à base de ...,P4BD, e ...,P3BR. A) b4

[ B) 9...e7 10.e2 0-0 11.0-0 f6 12.h4 ( se 12.exf6 xf6com igualdade) 12...fxe5 13.xf5

exf5 14.d5 d4! e as Pretas nadatêm a recear. ]

10.c1 c5 (as Pretas conseguiram seuobje t ivo , que e ra a tacar o cen t roinimigo) 11.e2 cxd4 12.xd4 g6

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13.a3 c6 14.xc6 bxc6A posição é considerada equilibrada.As Pretas têm fraquezas nos Peõesisolados da ala da Dama, enquanto asBrancas têm exposto seu PR.CRÍTICAA Defesa Alekhine vem resistindo atodos os esforços que os analistas têmfeito com o intuito de contestar essal i n h a d e j o g o , q u e f e r e t ã oprofundamente o princípio clássicodas aberturas, que manda conservarum Peão no centro do tabuleiro.É perfeitamente sólida e muitas vezesadotada por laureados mestres doxadrez, como Euwe, Flohr, Reshevsky,Fine, etc.

297 D691. Gambito da DamaDefesa Ortodoxa

[diagrama 445]

A) GAMBITO DA DAMA1. DEFESA ORTODOXA E DEFESASAFINS: 1.P4D, P4D; 2. P4BD, P3R

1.d4 d5 2.c4 e6 O desenvolvimentonormal leva à seguinte linha de jogo:

3.c3 f6 4.g5 Ameaçando 5. PxP,PxP; 6. BxC, PxB; enfraquecendo aestrutura de Peões das Pretas. bd7

5.f3 Renovando a ameaça anterior. e7 6.e3 0-0 (diagrama 445)Considerações Gerais:1 - As Brancas têm jogo mais l ivre,significando que elas devem não sóatacar como, também, transformar suasuperior mobilidade em permanentevantagem.2 - Se as Pretas conseguem jogar ...,P4BD, na De fesa Or todoxa , se mprejuízo imediato, alcançam jogo igual.

3 - N a a u s ê n c i a d e a l g u m asuperioridade concreta, as Brancasdevem procurar evitar que as Pretaslibertem seu jogo.4 - Para assegurar -se de a lgumavantagem, as Brancas devem reter omaior número possível de peças.5 - As Pretas libertam seu jogo pelastrocas. 7.c1!

[ Variações na Linha Principal: A) 7.c2 (em vez de 7. T1B!) chamadaVariante Argentina, mas que nadaconsegue contra c5! 8.cxd5 cxd4

9.xd4 xd5 10.xe7 xe7 11.xd5 exd5 12.d3 b4+ 13.d2 xd2+ 14.xd2e a pequena vantagem das Brancasnão é suficiente para o ganho. ]

[ B) 7.d3 (em vez de 7. T1B!)permite dxc4 8.xc4 c5e as Pretas desenvolvem seu BD via2CD, conseguindo igualdade. ]

7...c6 [ Agora 7...c5? seria precipitado, por 8.dxc5 dxc4 9.c6! b6 10.b5com superioridade. ]

[ C) 7...b6 (em vez de 7...,P3B) éinferior para as Pretas: 8.cxd5! exd5

9.d3 b7 10.0-0 c5 11.e2 c4 12.b1 a6 13.e5 b5 14.f4 e4 15.xe4 dxe4 16.xd7 xd7 17.xe7 xe7 18.f5! e o PR pretoisolado é uma fraqueza séria. ]

8.d3 [ E) 8.c2 (em vez de 8.B3D). AsBrancas querem evitar a perda deum tempo, que ocorre após 8. B3D,PxP; 9. BxP, jogando duas vezes oBispo. a6 9.a3 ( se 9.c5 e5! )

9...e8 10.h3 (esta continuação éconhec ida como "a lu ta por umtempo") h6 11.h4 dxc4 12.xc4

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b5 13.a2 c5 14.dxc5 xc5 15.b1 cd7 e as Pretasconsegu i ram l i be r ta r seu jogo .Nes ta con t inuação é exce lenteescolha para as Pretas, após 9.P3TD, jogar 9...,P4CD!. ]

8...dxc4 [ D) 8...h6 (em vez de 8...,PxP) levaa 9.h4 dxc4 10.xc4 b5 11.d3

a6 12.0-0! c5 13.a4 e os Peõesp r e t o s f i c a m u m p o u c oenfraquecidos. ]

9.xc4 d5 Esta jogada tem porf i na l idade a t roca de peças , que,sabemos, beneficia o jogo das Pretas.

10.xe7 xe7 11.0-0 [ F) 11.e4 (em vez de 11. O-O). Éo Ataque Alekhine. Segue-se 5f6

12.g3 e5! 13.0-0 exd4 14.f5 d8 15.3xd4 e5 e as Pretasnada têm a recear. ]

11...xc3 12.xc3 e5!Jogada libertadora da posição preta.

13.dxe5 [ G) 13.b3 (em vez de 13. PxP) écontinuação promissora. Se exd4então 14.exd4 f6 15.e1 d6

16.e5 com bom jogo para asBrancas. ]

[ H) 13.c2 (em vez de 13. PxP)const i tu i o Ataque Vidmar. Sãoindicadas as respostas 13...,PxP ou1 3 . . . , P 5 R , a s q u a i s , e m b o r aadequadas, não estão isentas ded i f i c u l d a d e s . V e j a m o s u m acontinuação com a primeira, que é ama is usua l : exd4 14.exd4 f6 ( aqui, 14...b6 parece ser omelhor: 15.e1 f6 16.b3 f5 )

15.e1 d6 16.g5!A l g u m a s p o s s i b i l i d a d e sinteressantes são as seguintes: a)

A) b) 16...h6 17.xf7! xf7

18.g6 f8 19.f3! d5 20.xf7 xf7 21.e8+ f8 22.xf8+ xf8 23.xd5 cxd5 24.d6+ ganhando.; B) c) 16...g4 17.ce3! h5 18.e6!! f4 ( se 18...fxe6 segue 19.xe6 xe6 20.xe6ganhando. ) 19.xf6 xg5 20.f5

g6 21.xg5 xc2 22.d5!e a p o s i ç ã o d a s B r a n c a s ésuperior.;

C) 16...xd4 17.f3 h6 18.xf6 hxg5 19.xf7 e as Brancasganham. ]

13...xe5 14.xe5 xe5 15.f4Const i tu i o A taque Rubins te in daDefesa Ortodoxa. e4! 16.b3 f5

17.h5 g6 18.h4 ad8 E a posiçãoé de igualdade. A despregadura 9...,C4D, permitindo a troca de duas peças,e 12.. .,P4R libertaram o jogo pretocompletamente.

298 D361. Gambito da DamaVariante das Trocas

[diagrama 446]

A) GAMBITO DA DAMAVARIANTE DAS TROCASAs Brancas podem realizar a troca dePeões PBxPD entre o terceiro lance eo nono. Mais freqüentemente ocorredepois de 1.d4 d5 2.c4 e6 3.c3

f6 4.g5 e7 5.e3 c6 6.d3 bd7 7.cxd5 (vide diagrama 446)Apesar do caráter simplificador estavariante concede, muitas vezes, jogopromissor às Brancas, que têm suasmelhores possibilidades no "Ataque daMinoria" e no melhor final. Por outrolado, as possibi l idades das Pretas

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residem num precoce ...,C5R; seguido,se possível, de contra-ataque.Após 7. PxP as Pretas podem retomaro Peão de três modos, isto é, com aPR, o PB ou com o CR. Vejamos umexemplo de cada.A) exd5

[ B) 7...cxd5 8.f3 0-0 9.0-0 a6 10.c1 b5 11.e5 b7 12.f4 h6 13.h4 xe5 14.fxe5 e4 15.xe7 xe7 16.xe4 dxe4e o f inal é favorável às Brancas,po is nes ta pos i ç ão o Cava lo ésuperior ao Bispo. Trata se do casodo mau Bispo, rest r ingido pelosseus próprios Peões, colocados queestão em casas da mesma cor doBispo. ]

[ C) 7...xd5 8.xe7 xe7 ( Porém, se 8...xe7 9.f3 0-0

10.0-0 c5 11.c2 h6 12.fd1e as Brancas conseguem melhorcentro e superior desenvolvimento.)

9.xd5 atingindo uma das variantesanteriores. ]

8.c2 0-0 9.ge2 (melhor do que 9.C3BR) e8 10.h3 e4 (superior a10. . . ,C1B) 11.xe7 xe7 12.xe4

dxe4 13.g4 f6 14.g3 h6 15.0-0-0O jogo das Brancas é l igeiramentesuperior, mas as Pretas, graças àstrocas, aliviaram consideravelmentesua posição.

299 D361. Gambito da DamaAtaque da Minoria

[diagrama 447]

A) GAMBITO DA DAMAATAQUE DA MINORIAA Variante das Trocas possibilita às

Brancas uma manobra interessante,denominada "Ataque da Minoria", eque se realiza após: 1.d4 d5 2.c4 e6

3.c3 f6 4.g5 c6 5.e3 bd7 6.cxd5 exd5 7.d3 e7 8.f3(também 8. CR2R é bom lance) 0-0

9.c2 e8 10.0-0 (ou 10. B4BR) f8 11.ab1 Este lance indica as intençõesdas Brancas: avanço da minoria dosPeões brancos da ala da Dama.O objetivo deste ataque é enfraquecera estrutura dos Peões pretos, criandopontos débeis no campo inimigo. Amelhor tática, para as Pretas, contra aoperação citada, é uma ação imediatano centro (...,C5R) e na ala do Rei,mediante o avanço dos Peões PBR ePCR.Vejamos uma continuação após g6

12.b4 ( d i a g r a m a 4 4 7 ) d6(se as Pretas jogassem 12...,P3TD, olance preparatório de P5C seria P4TD)

13.b5 d7 14.bxc6 xc6 (o PD pretoisolado const i tui já uma fraqueza)

15.b3 e7 (para defender o PD coma Dama) 16.xf6! xf6 17.b5! d6

18.fc1 h5 19.e2 h4 20.xc6 bxc6 21.a4 e7 22.b7! a5 23.h3As Brancas neutralizaram o ataque doinimigo e podem, em seguida, exploraras f raquezas da ala da Dama dasPretas (Smyslov x Keres, Moscou,1948).Melhoramentos para as PretasEm nenhuma das defesas clássicas daDefesa Ortodoxa conseguem as Pretasjogo inteiramente satisfatório. Isto nãoquer dizer, porém, que elas devamp e r d e r f o r ç o s a m e n t e a p a r t i d a .Submeter-se-ão, quase sempre, a umaposição restringida e jogarão com amáxima cautela e exatidão, para quenão conheçam, de pronto, a derrota.

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As dificuldades das Pretas são devidasa dois fatores importantes:1 - A força da pregadura do BD brancosobre o CR preto.2 - A falta do desenvolvimento do BDpreto.Por esse motivo, muitas das defesasdas Pretas, na Ortodoxa, visam deperto esses dois fatores, quer anulandoa p r e g a d u r a d o C R , p e l odeslocamento prematuro da Damapreta, quer removendo o CR, ou ainda,movimentando precocemente o BD.

300 D521. Gambito da DamaDefesa Cambridge Springs

[diagrama 448]

A) GAMBITO DA DAMADEFESA CAMBRIDGE SPRINGS 1.d4 d5 2.c4 e6 3.c3 f6 4.g5

bd7 5.e3 c6 6.f3 [ Um dos inconvenientes daC a m b r i d g e S p r i n g s é q u e a sBrancas podem evitá-la jogando 6.PxP, ou 6. P3TD, ou 6. P4R!, com aidéia de liquidar o centro inimigo,conseguir um bom desenvolvimentoe um forte ataque. Exemplo: 6.e4!

dxe4 7.xe4 e7 ( se 7...b6 8.d3! dá às Brancas perigosoataque à custa de um Peão) 8.f3

0-0 9.c2 e5 10.0-0-0e a s B r a n c a s t ê m b o a sperspectivas. ]

6...a5 Com 6...,D4T (diagrama 448),as Pre tas não s omente anu lam apregadura de seu CR, como ameaçam...,C5R; fazendo pressão sobre o CDbranco.As melhores continuações para as

Brancas seriam 7. C2D e 7. PxP. B) 7.cxd5 Considerado o melhor, cujaidéia é enfraquecer o centro inimigo. Aretomada com qualquer dos Peõest ranspõe a pos ição para uma daslinhas da Variante das Trocas, em quea saída precoce da Dama preta nãotem signif icação. Logo, 7.. . ,CxP, évirtualmente forçado.

[ A) 7.d2 b4 ( se 7...e4 8.dxe4 dxe4 9.h4 e a posiçãopreta é inferior) 8.c2 dxc4 9.xf6

xf6 10.xc4 c7 11.a3 e7 12.g3 0-0 13.g2 d7 14.b4 b6e as Pretas realizam logo ...,P4BD,conseguindo igualdade. ]

[ As Brancas não podem desenvolver-se n orma lmen te c om: a ) 7.e2?

e4 8.c1 dxc4 ganhando asPretas um Peão. ]

[ b) 7.d3? e4 8.0-0? xg5 9.xg5 dxc4 ganhando as Pretasuma peça. ]

Após 7...xd5 8.b3! b4 9.c1 e5! (sacrificando um Peão pelo rápidodesenvolvimento) 10.c4! (recusandoo Peão) 0-0 11.0-0 e as Brancas têmpequena vantagem posicional.

301 D381. Gambito da DamaVariante Manhattan

A) GAMBITO DA DAMAVARIANTE MANHATTAN 1.d4 d5 2.c4 e6 3.c3 f6 4.g5

bd7 5.f3 b4 A idéia é um contra-ataque com ...,P4BD e ...,C5R; mas asBrancas com 6.cxd5 exd5 7.e3 c5

8.d3 a5 9.c2 c4 10.f5 0-0 11.0-0 e8 12.a3 conseguem

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vantangem, porque a estrutura de seusPeões é mais sólida.

302 D571. Gambito da DamaDefesa Lasker

[diagrama 449]

A) GAMBITO DA DAMADEFESA LASKER 1.d4 d5 2.c4 e6 3.c3 f6 4.g5

e7 5.e3 0-0 6.f3 h6 7.h4 e4(d iagrama 449) A idéia bás ica é adespregadura com 7...,C5R; que libertao jogo das Pretas pelas trocas. Após

8.xe7 xe7 as Brancas dispõem dasc o n t i n u a ç õe s 9 . P xP e 9 . D2 B . A)

9.cxd5 [ B) 9.c2 f6! 10.d3 dxc4 11.xc4 c5! 12.0-0 c6 13.fd1 d7 com igualdade. ]

9...xc3 10.bxc3 exd5 11.b3(ou 11. . . ,T1D) d6 12.c4 dxc4

13.xc4 c6! com igualdade.As Brancas dispõem de um forte centro,mas as trocas de peças aliviaram asPretas, tornando a vantagem centralinimiga difícil de ser aproveitada.A Defesa Lasker é, em verdade, umadas melhores defesas à disposiçãodas Pretas para obter igualdade.

303 D341. Gambito da DamaDefesa Tarrasch

[diagrama 450]

A) GAMBITO DA DAMADEFESA TARRASCH 1.d4 d5 2.c4 e6 3.f3 c5A idéia da defesa é conseguir l ivre

desenvolvimento para as peças pretase compensações pelo Peão isolado,que dela resulta. Mas as vantagensque as Brancas obtêm são muitas emrazão da Variante Rubinstein, que é alinha de jogo mais forte contra essadefesa e que se in ic ia com 4.cxd5

exd5 [ Algumas variações interessantes,na l inha pr incipal são: A) 4...cxd4(em vez de 4...,PRxP). É o GambitoVon Hennig Schara, que é refutadopor 5.a4+! d7 6.xd4 exd5

7.xd5 f6 8.b3 etc. ] 5.c3 c6 6.g3! f6

[ B) 6...c4 (em vez de 6...,C3B). É aVariante Folkestone, que evita o PDisolado, mas deixa de agir sobre oc e n t r o b r a n c o . A r e a ç ã o d a sBrancas se inicia com 7.e4! dxe4

8.g5 xd4 9.f4! h6 10.gxe4 xd1+ 11.xd1 e6 12.b5e as Pretas ficam em dificuldades. ]

7.g2 e7 [ C) 7...g4 (em vez de 7...,B2R)visa enfraquecer o centro brancomas, após 8.e5! cxd4 9.xg4

dxc3 10.xf6+ xf6 11.bxc3 xc3+ 12.d2 f6 13.0-0 d8 14.b3! as Pretas têm jogo inferior. ]

8.0-0 0-0 9.dxc5! (diagrama 450) xc5

[ D) 9...d4 (em vez de 9...BxP)sac r i f ica um Peão pe lo a taque.Porém, com 10.a4 f5 11.f4!

e4 12.b4! xb4 ( ou 12...f6 13.b5 e7 14.e5 ) 13.xd4 g6 14.b1! a5 15.a3 c6 16.xc6 bxc6 17.b7 com jogo ganho paraas Brancas. ]

10.a4! e7 11.e3 e4 12.d4!As B r a n c a s p o s s u e m o c o n t r o l eabs o lu t o da c a s a 4D, o c o n t ro l e

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temporár io de 5BD, o domín io dacoluna BD, assim como as melhorespossibilidades no final, graças, ainda,às fraquezas pretas do PD isolado e domau BD. O jogo das Pretas é muitodifícil.

304 D411. Gambito da Damaoutras variações

VARIAÇÕES NO GAMBITO DA DAMAA) 1.d4 d5 2.c4 e6

[ C) 2...c5 Com a idéia de liquidar ocentro branco, mas é refutado por

3.cxd5 xd5 4.f3 cxd4 5.c3 a5 6.xd4 f6 7.b3 c7 8.g3e as Brancas têm van tagem nodesenvolvimento. ]

[ D) 2...c6 (Defesa Tchigorin). Visacontra-ataque imediato. Mas com

3.f3 g4 4.a4! xf3 5.exf3 e6 6.c3 b4 7.a3 xc3+ 8.bxc3as Brancas têm vantagem, po isconservam o par de Bispos.O grande mestre russo do passado,Tchigorin, estava convencido de queo Cavalo era sempre superior aoBispo; daí sua idéia, nesta defesa,de procurar permanecer com o pard e C a v a l o s e e l i m i n a r o d oadversário. Hoje, sabemos, que éo contrário: o par de Bispos constituiu m a v a n t a g e m a p r e c i á v e l ,p r i n c i p a l m e n t e n a s p a r t i d a sabertas. ]

[ E) 2...f6 (abandonando o centro);mas com 3.cxd5 xd5 4.f3! ( e não 4.e4? f6 5.d3 e5!

6.dxe5 g4 e as Pretas recuperamo Peão com bom jogo) 4...f5 5.e3

c6 6.bd2 b6 7.e4 g4 8.d5

e o jogo das Brancas é superior. ] [ F) 2...f5 pretende resolver oeterno problema do desenvolvimentodo BD, mas falha porque enfraquecea ala da Dama. Após 3.f3 e6

4.b3 c6 5.c5! b8 6.f4as Brancas mantêm superioriade,com ataque na ala da Dama à basedo avanço de seus Peões nestaala. ]

3.c3 [ G) 3.f3 f6 4.g5 h6(Variante Duras). Dá às Brancascontrole do centro, retendo as Pretaso p a r d e B i s p o s . C o m j o g oenergé t ico , porém, as Brancasalcançam jogo superior: 5.xf6 xf6

6.b3 c6 7.bd2 d7 8.e4 dxe4 9.xe4 f4 10.d3 e5 11.0-0 e7 12.fe1 e o jogo das Pretas édifícil. ]

3...f6 4.f3 c5 Constitui a DefesaSemi-Tarrasch

[ B) 4...b4 (Variante Ragosin) 5.a4+ c6 6.e3 0-0 7.d2 a6! 8.c2 dxc4 9.xc4 d6! 10.a3 e5!e as Pretas têm contrajogo. ]

5.cxd5 xd5! [ se 5...exd5 6.g3 transpõe para aVar iante Rub ins te in da DefesaTarrasch ]

6.e4! xc3 7.bxc3 cxd4 8.cxd4 b4+ 9.d2 xd2+ 10.xd2 0-0As Brancas têm o melhor cent ro epossibilidades de ataque na ala do Rei.As Pretas, por causa de sua maioriade Peões na a la da Dama, t êm omelhor final.Uma cont inuação poss íve l se r ia :

11.c4 c6 12.0-0 b6 13.fd1 b7 14.f4 c8 15.d5 exd5 16.xd5 e7 17.g5! e5! 18.xb7 g6com possibilidades iguais.

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305 D142. Defesa EslavaVariante das Trocas

2. DEFESA ESLAVA: 1. P4D, P4D; 2.P4BD, P3BD 1.d4 d5 2.c4 c6 Já sabemos que osfatores, que permi tem às Brancasexercer pressão no Gambito da Dama,são a falta de desenvolvimento do BDpreto e a incômoda pregadura que oBR branco realiza sobre o CR inimigo.A Defesa Eslava é uma das melhoresdefesas que procuram evitar essesinvonven ientes , cons t i tu indo seuprincipal objetivo o desenvolvimento doBD preto.Em seu terceiro lance, as Brancasdispõem de quatro diferentes linhas dejogo a sua disposição 3. PxP, 3. C3BR,3 . C 3 B D e 3 . P 3 R . A ) 3.cxd5(Var iante das Trocas) . Apesar docaráter simplificador, já foi consideradaa refu tação da Defesa Eslava. AsPretas devem jogar com cuidado. Após

cxd5 4.f3 f6 5.c3 c6 6.f4 f5 (o melhor é 6...,P3R) 7.e3 a6(essencial para evitar 8. B5CD) 8.e5!

c8 9.g4! e as Brancas exercem fortepressão na partida.

306 D192. Defesa Eslavalinha principal

[diagrama 451]

2. DEFESA ESLAVALINHA PRINCIPALB) 1.d4 d5 2.c4 c6 3.f3É a linha mais importante da Eslava.Após f6 4.c3 se as Pretasquiserem desenvolver seu BD deverão

antes jogar dxc4 [ pois à 4...f5 as Brancascon t inuar iam com 5.cxd5 cxd5

6.b3 b6 7.xd5 xd5 8.xd5 e6 9.b3 e as Pretas não teriamcompensação pelo Peão a menos. ]

[ Variações na linha principal: a) 4...e6 (em vez de 4...,PxP) conduz a 5.e3 bd7 ( b) 5...e4 VarianteStonewall 6.d3 f5 7.e5!(contra um "stonewall" - muro depedra - o melhor é outro "stonewall")

h4! 8.0-0 d6 9.f4 0-0conduz a um jogo complicado emque as Brancas conseguem ligeiravantagem. ) 6.d3 dxc4 a famosaVariante Merano, uma das linhasmais analisadas e discut idas daDefesa Eslava. 7.xc4 b5 8.d3

a6 9.e4! início de uma série decomp l i c aç ões , que gera lment eterminam em favor das Brancas. Ume x e m p l o é : c5 10.e5 cxd4

11.xb5! xe5! 12.xe5 axb5 13.f3 b4+ 14.f1 b8 15.g3! d6! 16.f3! xg3 17.hxg3e as Brancas têm melhor jogo. ]

Mas, com 4...,PxP, as Pretas cedem ocentro. É o tr ibuto que pagam pelodesenvolvimento de seu BD. A linhaprincipal é, pois: 5.a4 (prevenindo ...,P4CD)

[ c) 5.e3 (em vez de 5. P4TD)permitindo a defesa do PB. Após b5

6.a4 b4 7.a2 e6 8.xc4 bd7 9.0-0 b7 10.e2 c5 11.d1 b6(o melhor é 11...,PxP) 12.e4! cxd4

13.xd4 c5 14.b3 e as Brancastêm ligeira vantagem. ]

5...f5 6.e3 [ d) 6.e5 (em vez de 6. P3R). É oAtaque Krause, que visa retomar oPeão com o Cava lo e p repa rar

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controle do centro com P3B e P4R,ou com o "fianchetto" do BR.A l inha principal é a seguinte: e6(aqui 6...,CD2D é inferior) 7.f3 b4

8.xc4! ( se 8.e4 xe4 9.fxe4 xe4 10.f3 xd4!com contrajogo para as Pretas.)

8...0-0 9.g5 c5! 10.dxc5 xd1+ 11.xd1 xc5 12.e4 g6com igualdade. ]

6...e6 7.xc4 b4! Impedindo P4Rdas Brancas (diagrama 451). 8.0-0 0-0

9.e2 g4 [ e) 9...e4 (em vez de 9...,B5C).Segue-se 10.d3! (uma idéia deEuwe, sacrificando um Peão pararestringir o jogo preto) xc3 11.bxc3

xc3 12.c2 xd3 13.xd3 d5 14.a3 e8 15.ab1 b6 16.fc1 f6! com possibilidades para ambosos lados. ]

10.d1 bd7 11.h3 h5 12.e4 e7 13.e5 d5 14.e4 a6!Com igualdade. As Pretas rompem acadeia de Peões brancos com ...,P3B.

307 D102. Defesa Eslavaoutras variações

2. DEFESA ESLAVA 1.d4 d5 2.c4 c6 C) 3.c3Tem a f ina l idade de cr iar pressãosobre o centro.

[ D) 3.e3 transpõe para uma daslinhas já estudadas. O melhor paraas Pretas é f5 ( Se 3...f6? então

4.c3 e as Pretas devem jogar oi n f e r i o r 4 . . . , P 3 R , f e c h a n d o odesenvolvimento do BD preto, pois,se f5 então 5.cxd5 cxd5 6.b3!já estudado e que dá vantagem às

Brancas. ) 4.c3 e6 etc. ] 3...f6

[ As Pretas não podem jogar 3...f5?por 4.cxd5 cxd5 5.b3e as Brancas ganham um Peão. ]

[ Contra 3. C3BD, as Pretas dispõemde duas continuações interessantes,à base de 3...,PxP e 3...,P4R.a) 3...dxc4 4.e4! (Ataque Alekhine)

e5! 5.f3 exd4 6.xd4 ( ou 6.xc4!? dxc3 7.xf7+ e7 8.b3 f6 9.e3 a5 10.0-0-0 b5! ) 6...c5 7.e3 f6 8.xc6! xd1+ 9.xd1 xc6 10.xc5 e as Brancastêm bom jogo. ]

[ b) 3...e5 (Contra Gambito Winawer) 4.dxe5 d4 5.e4 a5+ 6.d2 d7 7.gf3 xe5 8.xd4 xc4 9.4b3 a4 10.xc4 xc4 11.e3 b4+ 12.d2 xd2+ 13.xd2com igualdade. ]

4.e3 f5 5.cxd5 cxd5 6.b3! c8!( v i r t u a l m e n t e f o r ç a d o ) 7.f3s e g u i d o d e C5 R e P 4 B R d ã o à sBrancas um bom jogo.

308 D083. Contra Gambito Albin1. P4D, P4D; 2. P4BD, P4R

3. CONTRA GAMBITO ALBIN: 1.P4D,P4D; 2. P4BD, P4R 1.d4 d5 2.c4 e5 As Pretas sacrificamum Peão a fim de conseguir liberdadepara suas peças e um poderoso Peãoc e n t r a l . A s B r an c a s c o n s e g u e mvantagem posic ional devolvendo oPeão em momento apropriado.A continuação, que celebrizou estalinha de jogo, é 3.dxe5 d4 4.e3??

[ A linha de jogo favorável àsB r a n c a s b a s e i a - s e n o

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d e s e n v o l v i m e n t o d o B R p o r"fianchetto": 4.f3 c6 ( ou 4...c5

5.e3! ) 5.bd2 e6 6.g3 c5 ( As Pretas podem recuperar o Peãocom 6...d7 (em vez de ...,B4BD);mas permitindo às Brancas pressãona ala da Dama: 7.a3 ge7 8.a4

g6 9.g2 e7 10.0-0 0-0 11.b4etc. ) 7.g2 ge7 8.0-0 a5 9.b3

0-0 10.b2 g6 11.e4 a7 12.c5 e as Brancas têm vantagem. ]

4...b4+ 5.d2 dxe3! 6.xb4 exf2+ 7.e2 fxg1+ e as Pretas ganham.

309 D284. Gambito da Dama Aceito1. P4D, P4D; 2. P4BD, PxP

[diagrama 452]

4. GAMBITO DA DAMA ACEITO 1.d4 d5 2.c4 dxc4 (fica a coluna BDaberta para as Brancas). A idéia dasPretas é obter jogo l ivre para suaspeças , mesmo cedendo o cent ro ,embora temporariamente. A ambiçãodas Brancas situa-se em P4R, seguidode ataque na ala do Rei.A linha principal é a seguinte: 3.f3

[ Se 3.e3 , as Pretas com e5!obtém igualdade. ]

3...f6 [ As Pretas não devem pretenderconservar o Peão com 3...b5? por

4.a4 c6 5.e3 b7 6.axb5 cxb5 7.b3 e as Brancas têm melhorpartida. ]

[ Variações na linha principal:A) 3...c5 (em vez de 3...,C3BR),embora não sendo muito freqüente,conduz à igualdade: 4.d5 e6 5.e4

exd5 6.exd5 f6 7.xc4 d6 8.0-0 0-0 9.g5 g4 10.c3

bd7 11.e4 e5com igualdade. ]

4.e3 [ B) 4.a4+ (em vez de 4.P3R)consti tui a Variante Bogoljubow.Para evitar ou diminuir a força de ...,P4BD, que sempre liberta o jogo dasPretas, as Brancas experimentamesta interessante alternativa.A melhor l i nha para o segundoj o g a d o r é : d7 5.xc4 c6

6.a3! ( ou 6.e3 e6! ) 6...xc4 7.xc4 e6 8.a3 c5 9.f4 c6 10.dxc5 xc5 11.b4 e7 12.b5 b8 13.d6+ xd6! 14.xd6 e4 15.c7 a6 e as Brancas têm ligeiravantagem. ]

4...e6 5.xc4 c5 6.0-0 a6(diagrama 452)

[ Se 6...cxd4 7.exd4 e o PD isoladoé forte, por possuírem as Brancasvantagem no desenvolvimento e pordar apoio às peças brancas nasc as a s 5 BD e 5R , p e rmi t i n do odomínio das colunas do BD e do Reipelas Torres. ]

7.e2 c6 [ C) 7...b5 (em vez de 7...,C3B) 8.b3 b7 9.d1 bd7! 10.a4 b4 11.bd2 c7 12.c4 e7As Brancas têm ligeira pressão naala da Dama, mas o jogo das Pretasé sólido e está bem desenvolvido. ]

8.c3! [ D) 8.d1 (em vez de 8.C3B!). Éinfer ior, pois permite a t roca depeças: b5 9.b3 c4 10.c2 b4!

11.c3 xc2 12.xc2 b7 13.d5! c7! 14.e4 e5 com igualdade. ]

8...b5 9.b3 c4 [ E) 9...cxd4 (em vez de 9...,P5B) 10.d1 e7 11.exd4 0-0 12.d5!e as Brancas têm jogo superior. ]

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[ F) 9...e7 (em vez de 9...,P5B) 10.dxc5! xc5 11.e4 b4 12.e5!e o j o g o d a s B r a n c a s é b e msuperior. ]

10.c2 b4 11.b1 As Brancasevitam a troca de peças e ameaçamP4R, com poderoso centro.

310 D051. Sistema Colle[diagrama 453]

B. Aberturas com 1.P4D, P4D, em queas Brancas não jogam o Gambito daDama.Após 1.P4D, P4D, a continuação maisforte para as Brancas, já o sabemos, é2.P4BD. Nas aber turas em que asBrancas omitem esta jogada, as Pretastêm ma is f ac i l idade em igua la r apartida.A conduta das Pretas é jogar cedo ...,P4BD, lance que, sendo possível, és e mp r e b o m , s e g u i d o d e r á p i d odesenvolvimento e preparação de ...,P4R.1. SISTEMA COLLE: 1.d4 d5 2.f3 f6 3.e3 c5

[ As Pretas desenvolvendo cedo seuBD podem consegu i r , t ambém,i g u a l d a d e f á c i l , d e s d e q u e a sBrancas tentem jogar o SistemaColle: 3...f5 (3...,B5C, também ébom) 4.d3 e6 5.xf5 exf5 6.d3

c8 7.b3 a6 8.0-0 e7 9.c4 0-0 10.c3 c6 11.b2 e4e as Pretas têm partida fácil. ]

4.c3 O sistema Colle (diagrama 453) éuma das linhas mais promissoras nasaberturas, em que o primeiro jogadornão utiliza o gambito.Ve jamos a l gumas c on t i nua ç ões ,

partindo da posição do diagrama 453.A) e6

[ C) 4...bd7 5.bd2 c7(a idéia é jogar ...,P4R) 6.a4! g6

7.c4! g7 8.cxd5 xd5 9.e4 5b6 10.c2 e as Brancas têm asmelhores possibilidades. ]

[ D) 4...g6! É a melhor resposta dasPretas, que dá completa igualdade.Após 5.bd2 bd7 6.d3 g7

7.0-0 0-0 8.b4! é o único meio dasBr an c a s i g u a l a r em. A s P r e t a sdevem, o mais cedo possível, alojarum Cavalo em 5BD. Exemplo: ( Se

8.e4 segue dxe4 9.xe4 cxd4 10.xd4 e5 11.xf6+ xf6 12.e2 d7 e as Pretas estãomelhores. Com 8. P4CD! as Brancasabandonam a idéia de ruptura nocentro e dirigem sua ação para a alada Dama. ) 8...cxb4 9.cxb4 e8

10.b2 d6 11.b3 b6 12.a4 f5! 13.xf5 gxf5 14.b5 bc4com igualdade. ]

5.bd2 c6 [ B) 5...bd7 6.d3 d6 7.0-0 0-0 8.e1 c7 9.e4 cxd4 10.cxd4 dxe4 11.xe4 xe4 12.xe4 e8 13.h4! com excelentespossibilidades de ataque. ]

6.d3 d6 7.0-0 0-0 8.dxc5! xc5 9.e4 e5 10.exd5 xd5 11.e2 g4 12.e4 e as Brancas estão melhores,graças ao desenvolvimento superior eàs possibilidades de ataque na ala doRei.A excelente linha de jogo, que se iniciacom 4...,P3CR!, é a razão por que oSistema Colle é raramente visto noxadrez entre mestres.

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311 D002. Variante Stonewall

2. VARIANTE STONEWALLAqui também as Brancas omitem 2.P4BD, com a idéia de formar um centrode Peões em 3BD, 4D, 3R e 4BR;colocar um Cavalo em 5R, desenvolveras peças menores e iniciar assalto naala do Rei.Exemplo: 1.d4 d5 2.e3 f6 3.d3

c5 4.c3 c6 5.f4 e6 [ Porém as Pretas possuem linha dedefesa, à bae do desenvolvimentoprecoce de seu BD, que é suficientepara conseguir igualdade: 5...g4!

6.f3 e6 7.bd2 d6 8.h3 h5 9.b3 cxd4 10.cxd4 c8 e as Pretasnão têm mais preocupações. ]

6.f3 d6 7.0-0 0-0 8.e5 c7 9.d2 e8 10.g4 com forte ataque.

312 E341. Defesa NimzowitchVariante Capablanca

[diagrama 454]

A) DEFESAS INDIANAS 1. P4D, C3BRT o d a s a s d e f e s a s p r e t a s , q u ep r i n c i p i a m c o m e s s a j o g a d a ,per tencem ao g rupo das DefesasIndianas.O lance 1...,C3BR não só desenvolveuma peça, senão também previne oavanço do PR inimigo.Dois fa tores são comuns a t odasessas defesas:1 - A realização ou não do lance P4Rdas Brancas.2 - Se as Pretas permitem P4R, elasdeverão assegurar -se de a lgumacompensação, seja

a) com um ataque de suas peças aocentro de Peões brancos;b) com uma ruptura à base de . . . ,P4BR;c ) c om uma so l i d i f i c aç ão de s uaestrutura de Peões, tornando semsignificação o controle de mais terreno,que as Brancas possuem.1. DEFESA NIMZOWITCH: 1. P4D,C3BR; 2. P4BD, P3R; 3. C3BD, B5C 1.d4 f6 2.c4 e6 3.c3 b4Esta defesa é uma linha de combate;n ã o s o m e n t e e v i t a P 4 R , c o m oposs ib i l i ta chances de cont ra jogo(diagrama 454).A s B r a n c a s d i s p õ e m d e c i n c ocontinuações: 4. D2B, 4. D3C, 4. P3TD,4. P3R, e 4. C3B. As melhores são 4.D2B E 4. P3R.A) 4.c2 - Variante Capablanca. Aidé ia é defender o CD e , caso asPretas joguem ...,BxC+, retomar a peçacom a Dama, para não enfraquecer osP e õ e s d a a l a d a D a m a , o q u esucederia após BxC; PxB. As Brancas,c o m 4 . D 2 B , a s p i r a m , a i n d a , aconservar o par de Bispos.As Pretas possuem duas continuaçõesdistintas, à base de 4...,P4D, e 4...,C3B.a) d5 As Pretas procuram a igualdadepelas trocas. Após

[ b) 4...c6 (Variante Zurique ouMilner Barry). O objetivo da varianteé jogar . . . ,P4R, e cons t ru i r umataque na ala do Rei.A s B r a n c a s , p o r s e u l a d o ,c o n s e r v a m o p a r d e B i s p o s epossibilidades de ataque na ala daDama.A linha principal desta variante é:

5.f3 d6 6.a3 xc3+ 7.xc3 0-0 8.b4 e8! 9.e3 e5 10.dxe5 dxe5

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11.e2 com igualdade. ] 5.cxd5 xd5 6.e3

[ Uma outra linha se inicia com 6.f3(em vez de 6. P3R) c5 7.d2 xc3

8.xc3 cxd4 9.xd4 e5 10.f3 c6 11.d1 c5 As Brancasconservam os dois Bispos, mas asPretas não têm dificuldades. ]

6...c5 7.a3 xc3+! 8.bxc3 0-0 9.f3 cxd4! 10.cxd4 b6 11.c4 d6há igualdade.E s t a c o n t i n u a ç ã o i l u s t r a b e m oprincípio de que um forte Peão centralnão tem utilidade se o adversário see n c o n t r a s a t i s f a t o r i a m e n t edesenvolvido.

313 E221. Defesa NimzowitchSpielmann 4. D3C

1. DEFESA NIMZOWITCH 1.d4 f6 2.c4 e6 3.c3 b4 B)

4.b3 - Intimamente ligada à varianteanterior. As Pretas dispõem de duasprincipais linhas defensivas: 4...,C3B,e 4...,P4B. Vejamos dois exemplos: a)

c6 (a melhor) [ b) 4...c5 5.dxc5 c6 6.f3 e4 7.d2 xc5 ( ou 7...xd2 8.xd2 f5 9.e3 xc5 10.e2 0-0 11.0-0-0 b6 12.f3 com possibilidades deataque na ala do Rei) 8.c2 f5

9.g3! 0-0 10.g2 d6 11.d1 e5 12.a3 xc3 13.xc3 e as Brancastêm superioridade, pois conservamos dois Bispos, e o PD preto é umafraqueza. ]

5.f3 a5! 6.a3 a4 (as Pretas entramna Variante Zurique com um tempo amais) 7.c2 xc3+ 8.xc3 etc.

314 E241. Defesa NimzowitchVariante Saemisch

1. Defesa Nimzowitch 1.d4 f6 2.c4 e6 3.c3 b4 C)

4.a3 VARIANTE SEAMISCH.Enfraquece a estrutura dos Peões daala da Dama, em troca de um fortecentro e um ataque na ala do Rei. AsP r e t a s , p o r é m , t ê m b o a spossibilidades defensivas.Após xc3+ 5.bxc3 as Pretasd i s p õ e m d e d u a s c o n t i n u a ç õ e sdistintas, à base de ...,P4B, e ...,P3D.Vejamos as duas continuações:a) c5

[ b) 5...d6 (a idéia é um ataque aoPBD inimigo) 6.f3 c5 7.e4 c6

8.e3 b6 9.d3 e5 10.e2 a5(ameaçando ...,B3T) 11.0-0 a6

12.g3 d7 e, logo mais, asBrancas perdem um peão. ]

6.f3 d5! 7.e3 0-0 8.cxd5 (necessáriopela ameaça 8...,D2B em resposta a 8.B3D) xd5! 9.d2 c6 10.d3

cxd4 11.cxd4 e5! 12.dxe5 xe5 13.e4 c4 As Pretas desmantelaramo cent ro branco e têm, agora, boapartida.

315 E491. Defesa NimzowitchVariante Rubinstein

1. Defesa Nimzowitch 1.d4 f6 2.c4 e6 3.c3 b4 D)

4.e3 VARIANTE RUBINSTEIN.I n t i m a m e n t e r e l a c i o n a d a c o m aVariante Saemisch. Freqüentementeuma transpõe noutra.A idéia é desenvolver, rapidamente, a

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ala do Rei e jogar para um ataque.A melhor resposta das Pretas é 4...,P4D, permi t indo às Brancas duascontinuações diferentes, com 5. P3TD,que transpõe para a Saemisch, e 5.B3D, que visa rápido desenvolvimento.

[ E) 4.f3 Permite igualdade fácil àsPretas. Após b6 5.e3 b7 6.d3

e4 7.c2 f5 8.0-0 xc3 9.bxc3 0-0 10.e1 d6 11.f3 f6 12.e4 fxe4 13.fxe4 e5 com igualdade.E s t a c o n t i n u a ç ã o i l u s t r a ,conven ien te me n te , a l u t a pe loavanço P4R. ]

4...d5 Exemplos:a) 5.a3

[ b) 5.d3 0-0 6.ge2 c5 7.0-0 ( ou 7.a3 dxc4! 8.xc4 cxd4!

9.exd4 e7 ) 7...c6 8.cxd5 exd5 9.dxc5 xc5 10.a3 e6 11.b4e as Brancas têm bom jogo. ]

5...xc3+ 6.bxc3 c5 7.cxd5 exd5 [ ou 7...xd5! ]

8.d3 0-0 9.e2 b6 10.0-0 a6 11.xa6 xa6 12.d3! c8 13.f3ameaçando P4R, com forte ataque.

316 E172. Defesa Índia da Damavariante principal

[diagrama 455]

2. DEFESA ÍNDIA DA DAMA: 1. P4D,C3BR; 2. P4BD, P3R; 3. C3BR, P3CD 1.d4 f6 2.c4 e6 3.f3 b6E s t a d e f e s a e s t á i n t i m a m e n t erelacionada com a Defesa Nimzowitche, freqüentemente, as idéias básicassão as mesmas.O ponto fundamenta l é a casa 4Rbranca, que o primeiro jogador procuraalcançar com seu PR, ao passo que as

Pretas tentam impedi-lo. O métodoe s c o l h i d o p e l a s P r e t a s é o d o"fianchetto" do BD, exercendo controle,à distância, dessa casa crítica.Constitui princípio geral que melhorme io, para um lado se opor a um" f i a n c h e t t o " d o a d v e r s á r i o , édesenvolver, também, seu Bispo por"fianchetto", na mesma diagonal. Porisso, nesta abertura, as Brancas têmsuas me lhores l inhas com P3CR,desenvolvendo seu BR via 2CR.As Brancas lu tam pelo lance P4Rimediato ou, dada sua impossibilidade,preparam-no com P5D, em momentoapropriado, bloqueando a diagonal aoBD preto e tornando possível o avançodo PR. Outra idéia das Brancas étrocar os Bispos, mas as trocas livramo jogo das Pretas.As Pretas previnem P4R, seja com ...,P4D, com ...,P4BR, com ...C5R, oucom .. . ,B5R. O lance . . . ,P4R tem oinconveniente de bloquear o BD preto,enquanto . . . ,P4BR fac i l i ta P5D doinimigo.Na impossib i l idade de as Brancasjogarem P5D, as Pretas devem ensaiarum contra-ataque à base de ...,P4BD.Desenvolvimento normal das peças ev i g i l â n c i a d a c a s a 4 R b r a n c aconduzem à variante principal. 4.g3

b7 5.g2 e7 6.0-0 0-0 (diagrama455) 7.c3 Ameaçando 8.D2B,seguido de 9. P4R! e4 Opondo-se àessa manobra. 8.c2 xc3 9.xc3

f5 Impedindo o avanço P4R. 10.e3 f6 11.d2 e4 12.e1 As Brancasnão podem protelar por muito tempo atroca dos Bispos. xg2 13.xg2

c6! Com 13...,C3B!, as Pretasdispõem de contrajogo na ala do Rei eno centro, compensando sobremaneira,

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sua inferioridade na ala da Dama.As Brancas retém possibilidades nofinal e na ala da Dama.

[ E não 13...d6 por 14.f4 e7 15.d5 e as Brancas instalam umCavalo em 6R. ]

317 E212. Defesa Índia da Damaoutras variações

2. Defesa Índia da Dama 1.d4 f6 2.c4 e6 3.f3 b6 4.g3

[ VARIAÇÕES NA LINHAPRINCIPALA) 4.c3 (em vez de 4. P3CR). Aidéia é continuar com 5. D2B paraseguir com P4R rapidamente. Após

b7 (4...,B5C leva a uma variantesuficiente da Defesa Nimzowitch)

5.c2 b4 6.a3 xc3+ 7.xc3 e4 8.c2 0-0 9.g3 f5há igualdade. ]

[ B) 4.e3 (em vez de 4. P3CR).Omite o "fianchetto" do BR, tornandomais f ác i l a t a re f a das Pre tas .Exemplo: b4+ 5.bd2 b7 6.d3

e4 7.0-0 f5 8.c2 xd2 9.xd2 h4 10.f3 e7 11.e2 0-0 12.d2 d6 13.b3 etc. ]

4...b7 5.g2 e7 [ C) 5...b4+ (em vez de 5...,B2R)leva as Pretas a um jogo inferior.Após 6.d2! (o me l h o r ) xd2+

7.xd2 0-0 8.c3 d5 ( se 8...e4? 9.c2 xc3 10.g5! ganhando natroca. Esta continuação não seriapossível se as Brancas t ivessemrocado, por causa de . . . ,CxPR+)

9.e5 a estrutura dos Peões pretosé inferior. ]

[ D) 5...c5 (em vez de 5...,B2R), com

a f inal idade de quebrar o centrobranco, porém, falha depois de 6.d5!

exd5 7.h4! c7 8.cxd5 d6 9.0-0 bd7 10.c3 a6 11.e4e as Brancas têm violento ataque.Na Defesa índia da Dama o lancelibertador ...,P4BD somente é bomse puder ser seguido imediatamentede ...,P4D. Caso contrário, conduz aum jogo inferior. ]

[ E) 5...c8 (em vez de 5...,B2R). Aidéia é jogar ...,P4BD, sem temerP5D das Brancas, pois o BD pretoestá defendido. Após 6.0-0 c5 7.b3

cxd4 8.b2 e7 9.xd4 xg2 10.xg2 d5 há igualdade. ]

6.0-0 [ F) 6.c3 (em vez de 6.O-O)conduz a e4! 7.c2 xc3

8.xc3 ( a retomada da Dama émelhor. Se 8.bxc3 então c6 9.0-0

0-0 10.e4 a5 11.d2 a6 12.e5 b8 13.a4 d5! e as Pretas estãomelhores ) 8...e4! 9.0-0 0-0

10.e1 xg2 11.xg2 c6! 12.e4 d5 13.cxd5 cxd5 14.e5 c8!e as Pretas têm bom jogo. ]

6...0-0 7.c3 [ G) 7.c2 (em vez de 7. C3B) anada conduz. Após c6 8.c3 d5!

9.cxd5 b4 10.b3 bxd5 11.d1 c8 12.g5 xc3 13.xc3 c5há igualdade. ]

[ H) 7.b3 (em vez de 7. C3B) permiteà s P r e t a s r o m p e r o c e n t r o : c5

8.e5 d5 9.dxc5 bxc5 10.cxd5 exd5 11.c3 bd7com igualdade. ]

7...e4 [ I) 7...d5 em vez de 7...,C5R, éinadequado nesta defesa, por 8.e5

c6 ( Se nesta linha 8...bd7 então 9.cxd5 exd5 10.a4! b8

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(forçado) ) 9.e4 e as Brancas têmposição favorável. ]

8.c2 xc3 9.xc3 f5 10.e3 f6 11.d2 e4 12.e1 xg2 13.xg2 c6!

318 E122. Defesa Índia da Damano 2o lance

DEFESA ÍNDIA NO 2o LANCE: 1.d4 f6 2.f3 (ou 2.P4BD) b6Depois de 3.c4

[ Uma continuação interessante seria 3.g3 b7 4.g2 c5 5.0-0 cxd4 6.xd4 xg2 7.xg2 g6 8.c4 g7 9.c3 c8 10.b3 b7+ 11.f3 d5 12.cxd5 xd5 com igualdade. ] [ Se as Brancas quiserem evitaressas linhas deverão, certamente,desenvolver rapidamente seu BD ouadotar um Sistema Colle com:a) 3.g5 e4 4.h4 b7 5.e3 h6

6.bd2 g5 7.g3 xg3com igualdade. ]

[ b) 3.e3 b7 4.bd2 e6 5.d3 c5! 6.0-0 c6 7.c3 e7 8.e4 cxd4 9.xd4 0-0 10.e2 e5! 11.c2 c8! 12.f4 a6 e as Pretas têmbom jogo. ]

3...e6 conduz às linhas regulares daDefesa índia da Dama.

319 E113. Variante Bogoljubow

3. VARIANTE BOGOLJUBOW: 1. P4D,C3BR; 2. P4BD, P3R; 3. C3BR, B5C+ 1.d4 f6 2.c4 e6 3.f3 b4+Est ra tég icamente é uma l i nha daDefesa Índia da Dama, não obstante

a p r e s e n t a r a l g u m a s d i f e r e n ç a sinteressantes. Para as Brancas, olance melhor, a seguir, é 4. B2D, pois 4.C3B leva a um ramo inferior da DefesaNimzowitch.Depois de 4.B2D, BxB+, as Brancaspodem retomar a peça, com a Dama,ou com o Cavalo. Se. DxB, as Pretasteriam a excelente resposta 5...,P4D!; ese CxB, a melhor continuação para asPretas se iniciará com 5...,P3D.V e j a m o s a l g u m a s c o n t i n u a ç õ e spossíveis.A) 4.d2 xd2+

[ C) 4...e7 5.g3! 0-0 6.g2 xd2+ 7.xd2 d6 8.c3 c6 9.0-0 e5 10.d5! xd5 11.cxd5 xd4 12.xd4 exd4 13.fe1 g4 14.xd4 d7 15.ac1e a s B r a n c a s p o s s u e m j o g osuperior. ]

5.xd2 [ B) 5.bxd2 d6 6.e4 ( ou 6.g3desenvolvendo o BR por "fianchetto",que é o melhor) 6...0-0 7.d3 e7

8.a3 e5 9.d5 h5 10.g3 g6 11.0-0 g7 e as Pretas têmcontrajogo com ...,P4BR. ]

5...d5! 6.e3 0-0 7.c3 bd7 8.d3 c6 9.0-0 dxc4 10.xc4 e5! 11.b3 exd4 12.xd4 b6 com igualdade.

320 E724. Defesa Índia do ReiA

[diagrama 456]

4. DEFESA ÍNDIA DO REI: 1. P4D,C3BR; 2. P4BD, P3CR 1.d4 f6 2.c4 g6 Nesta defesa, asPretas não se esforçam por evitar P4R.Permitem-no e até o encorajam, a fim

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de procurar tirar compensações desseavanço, à base de uma ruptura com ...,P4BR.As Brancas constroem, via de regra,um forte centro e têm possibilidadesde ataque em uma das alas, conformeo caso. O desenvolvimento do BRbranco, por "fianchetto", é o melhorpara o primeiro jogador. Após: 3.c3

g7 4.e4 d6 Partindo-se da posiçãodo diagrama 456 vejamos algumascontinuações:A) 5.g3 0-0 6.g2 bd7 7.ge2 e5

8.0-0 [ Nesta continuação, em vez de 8. O-O, as Brancas poderiam tambémjogar 8.d5 procurando restringir ojogo inimigo. Após a5 (para poderjogar ...,C4B, sem ser molestado porP4CD das Brancas) 9.a3 c5

10.0-0 e8 11.e3 f5(esta ruptura é fundamental para asPretas) 12.exf5! gxf5 13.f4e , novamente , as B ran cas tê mmelhor jogo. ]

8...e8 9.e1 exd4 (necessário paraconseguir jogo mais livre)

[ Se 9...c6 segue-se 10.b3 c7 11.b2 f8 12.d2 e o contrajogodas Pretas não leva à libertação ]

10.xd4 c5 11.b3 g4 12.f3 d7e as Brancas têm vantagem.

321 E684. Defesa Índia do ReiB, C e D

4. Defesa Índia do Rei 1.d4 f6 2.c4 g6 3.f3 g7 4.e4

d6 B) 5.g3 [ C) 5.c3 Menos forte do que estaslinhas são as continuações em que

a s B r a n c a s n ã o r e a l i z a m o"fianchetto" de seu BR. Um exemploé 0-0 6.h3 e5 7.d5 h6 8.e3 h7

9.g4 g8 10.d2 b6 11.0-0-0 a6 12.e2 e as Brancas têm boasperspectivas. ]

[ D) As Brancas não devem cometero erro de expor seu centro durantemuito tempo, porquanto permitiriam,a s s i m , f o r t e c o n t r a - a t a q u eadversário. Exemplo: 5.f4 0-0

6.c3 c5! 7.d5 ( se 7.dxc5 a5! ) 7...e6 8.d3 exd5 9.cxd5 b6!e as Pretas têm forte iniciativa. ]

5...0-0 6.g2 bd7 7.c3(em vez de 7. CR2R da linha anterior)

e5 8.0-0 e8 9.d5! (o melhor) c5 10.e1 a5 11.b3! (e não 11.P3TD,por 11...,P5T!) d7 12.h3 (para jogarB3R, sem ser incomodado por ...,C5R),e as Brancas dispõem de bom jogocom possibilidades nas duas alas.

322 D855. Defesa Grunfeld[diagrama 457]

5. DEFESA GRUNFELD: 1. P4D, C3BR;2. P4BD, P3CR; 3. C3BD, P4D 1.d4 f6 2.c4 g6 3.c3

[ As Brancas podem evitar a DefesaGrunfeld, jogando 3.f3 com a idéiad e u m i m e d i a t o P 4 R ,desenvolvimento acelerado, roquecom o TD e ataque na ala do Rei.Um exemplo é g7 ( Contra essaidéia das Brancas, o melhor, para osegundo jogador, é 3...d5 4.cxd5

xd5 5.e4 b6 6.c3 g7 7.e3 0-0 8.f4 c6! 9.d5 b8 10.f3 c6e a s P r e t a s t ê m v i g o r o s ocontrajogo.) 4.e4 d6 5.c3 0-0

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6.e3 e5 7.d5 a5 8.d3 a6 9.d2 c5 10.e2 b6 11.0-0-0seguido de P4CR, P4TR, com forteataque. ]

3...d5 É uma das defesas maispopulares, também de muita luta.Apresenta numerosos problemas aindanã o s o l u c i o na d o s e o p i n i õ e s d eanalistas contraditórias em diversospontos. É além disso, l inha de jogobastante rica de idéias táticas.Geralmente, as Brancas ficam com umforte centro e possibilidades de ataqueno meio jogo na ala do Rei, enquantoentão sua vantagem posicional maisse valoriza.As Brancas procuram formar um fortecentro, com P4D e P4R, mas devemevitar a troca de peças. Sua melhorpolítica é exercer pressão sobre o PDinimigo, forçando a troca ...,PDxPB;q u a n d o e n t ã o l h e s r e s u l t a u m aposição favorável no centro. Daí D3Cdas Brancas ser um lance bás icocontra a Defesa Grunfeld, constituindoa c ha ve de t od o s os a t aqu es d oprimeiro jogador nessa linha de jogo.Partindo da posição do diagrama 457,as Brancas têm seis continuações: 4.PxP, 4. P3R, 4. B4B, 4. D3C, 4. B5C, e4. C3B.Vejamos essas linhas:A) 4.cxd5 Continuação óbvia e,historicamente, a primeira a ser usada.Após

[ B) 4.e3 com a idéia de conseguirrápido desenvolvimento, porém, temo inconveniente de não exercerpressão na coluna BD, não evitandoassim ...,P4BD. Ainda, o BD brancof i c a c om s eu d es envo l v imen t oprejudicado. Após g7 5.f3 0-0

6.b3! c6 (6...,P3R; também é bom)

7.d2 b6 8.e2 ( Nesta continuação com 4. P3R asBrancas dispõem de duas l inhaspromissoras, com 8. PxP e 8. B3D.a) 8.cxd5 (em vez de 8. B2R)conduz a cxd5 9.e5 b7 10.b5

a6 11.e2 c6! 12.f4 etc.; b) 8.d3(em vez de 8. B2R, para forçar P4R)

b7 9.0-0 e6 10.e4! etc. ) 8...b7 9.0-0 bd7 10.fd1 dxc4 11.xc4 e8! 12.ac1 d6 13.e2 c5há igualdade.Esta manobra à base de ...,C1R, e ...,C3D, é, freqüentemente, usadapelas Pretas. ]

[ C) 4.f4 Considerado um dos maisfortes prosseguimentos. A principalidéia é desenvolver o BD e aumentara p r e s s ã o n a c o l u n a B D . Adesvantagem é enfraquecer a ala daDama, valorizando o lance libertadordas Pretas ...,P4BD. Após g7 5.e3

0-0 6.b3 ( Se as Brancasace i t a rem o sac r i f í c io de Peãooferecido com 6.cxd5 resultará umap o s i ç ã o c o m p l i c a d a e m u i t od i s c u t i d a : xd5 7.xd5 xd5

8.xc7 c6 9.e2 g4 10.f3 xf3 11.gxf3 xf3 12.g1 xe3com um ataque intrincado, difícil.)

6...c6 7.f3 dxc4 8.xc4 bd7 9.0-0 b6 10.e2 e6 (ou 10...,B4B!) 11.c2 bd5! 12.e5 f5(prevenindo P4R) 13.b3 b6há igualdade.As Pretas não puderam jogar . . .,P4BD, mas seu jogo será libertadopor meio de trocas. ]

[ D) 4.b3 É outra das continuaçõesfortes contra a Grunfeld. A melhorresposta das Pretas parece ser c6a s B r a n c a s p o d e m t r a n s p o r apos ição para uma das l inhas já

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consideradas, com 5. P3R ou B4B.Há, ainda, outra idéia, que é forçar ..., P 3 R . A p ó s ( Se, por outro lado

4...dxc4 as Brancas seguiriam com 5.xc4 e6! 6.d3! e, logo emseguida, P4R.) 5.f3 g7 6.cxd5

cxd5 7.g5! (ameaçando ganhar oPD) c6 8.e3 e6 as Brancaspodem atacar na ala do Rei, ou nocentro com P4R, ou pela colunaBD. ]

[ E) 4.f3 quase sempre transpõenuma das l inhas já examinadas.Uma variante distinta é g7 5.cxd5

xd5 6.g3 0-0 7.g2 c5 8.0-0 xc3 9.bxc3 cxd4 (9...,C3B! émelhor) 10.xd4!c r i a n d o d i f i c u l d a d e s n odesenvolvimento das Pretas. ]

[ F) 4.g5 com a idéia deenfraquecer a posição dos Peõesp r e t o s , m a s f a l h a c o n t r a e4

5.xe4 dxe4 6.d2 c5! 7.d5 d7 8.f3 b6! 9.fxe4 g7 10.0-0-0 a6 e as Pretas têm um poderosoataque. ]

4...xd5 5.e4 xc3 6.bxc3 c5!(necessário para prevenir B3T) 7.f3

g7 8.c4 c6 9.e3 0-0 10.h3(ev i tando . . . ,B5C) cxd4 11.cxd4(As Pretas têm maioria de Peão na alada Dama, o que lhes dá melhor final.As Brancas têm o melhor cent ro epossibilidades de ataque no flanco doRei) a5 12.e2 b6 as Pretas obtémigualdade.As p os s i b i l i dades d as P re tas s eencontram na coluna BD e no final, emvir tude da maior ia de Peões, quepos s u em n e s s a a l a . As B ra nc a sp o s s u e m u m f o r t e c e n t r o epossibilidades na ala do Rei.

323 A521. Variações UsuaisDefesa Budapeste

1. DEFESA BUDAPESTE: 1. P4D,C3BR; 2. P4BD, P4R 1.d4 f6 2.c4 e5 Esta defesa podeser considerada como um gambito, ecomo tal tratada.A s B r a n c a s a c e i t a m o P e ã o edevolvem-no em momento apropriado,a s s e u g u r a n d o , p a r a s i , m e l h o rdesenvolvimento.Após 3.dxe5 g4 as Brancaspossuem duas boas continuações, com4. P4R, que devolve o Peão, e 4. B4B,que retém, em muitos casos, o Peãode vantagem.A) 4.e4

[ se 4.f4? c5! e as Pretas têm todoo jogo. ]

[ B) 4.f4 c6 5.f3 b4+ 6.c3 xc3+ 7.bxc3 e7 8.d5 a3 9.c1 f6 10.exf6 xf6 11.d2 d6 12.d4 0-0 13.f3! e as Brancasretêm o Peão, embora à custa dafraqueza de seus Peões da ala daDama. ]

4...xe5 5.f4 ec6 6.e3 b4+ 7.f2! 0-0 8.f3 e7 9.d3 c5 10.e1 e as Brancas têm melhor jogo,porquanto suas peças gozam de maisliberdade.

324 E102. Variações UsuaisContra-Gambito Blumenfeld

2. CONTRA-GAMBITO BLUMENFELD:1. P4D, C3BR; 2. P4BD, P3R; 3. C3BR,P4B; 4. P5D, P4CD 1.d4 f6 2.c4 e6 3.f3 c5 4.d5

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b5 Idéia semelhante à do GambitoEvans, no PR. As Pretas entregam umPeão não só para conseguir poderosocentro de Peões, mas, ainda, rápidode senvo lv imen t o . Um exemp lo é

5.dxe6 [ As Brancas conseguem vantagem,c o n t i n u a n d o c o m 5.g5 exd5

6.cxd5 h6 7.xf6 xf6 8.c2 d6 9.e4 a6 10.a4! (para conseguir acasa 4BD) b4 11.h3! prevenindo apregadura do CR pelo BD preto. Ojogo das Brancas é bem superior,em virtude da melhor estrutura dePeões. ]

5...fxe6 6.cxb5 d5 7.e3 d6 8.c3 0-0 9.e2 b7 10.b3 bd7e, eventualmente ...,P4R, seguido deforte ataque.

325 A44B) Contra Gambito Benoni1. P4D, P4BD

B) CONTRA GAMBITO BENONI: 1.P4D, P4BD 1.d4 c5 Réplica agressiva, mas semsolidez.As Pretas baseiam seu plano numavanço na ala do Rei, com ...,P4BR,mas as Brancas conservam sempremelhor jogo.Exemplo: 2.d5! e5 3.e4 d6 4.d3 a6

5.a4 e7 6.e2 g6 7.a3 e7 8.c4 0-0 9.0-0 d7 10.d2!(ev i t ando 10 . . . , C3C) b6 11.c3com superioridade para as Brancas.

326 A96C) Defesa Holandesa1. P4D, P4BR

[diagrama 458]

C) DEFESA HOLANDESA: 1. P4D,P4BR 1.d4 f5 A idéia é evitar P4R doinimigo e contruir um ataque na ala doRei.A melhor l inha para as Brancas sebaseia no "fianchetto" do BR, quandoessa peça não só atua no centro, postoque à distância, como na defesa deseu Rei. Uma posição de Rei com" f i a n c h e t t o " é m a i s f a c i l m e n t edefendida.A continuação principal ocorre após

2.g3 [ Gambito StauntonPro duz -s e a pós 2 . P 4R. É umac o n t i n u a ç ã o c o mp l i c a d a , ma spromissora para as Brancas; aindanão foi refutada. Aspira a um rápidodesenvolvimento e ao ataque na alado Rei. Exemplo: 2.e4 fxe4 3.c3

f6 4.g5 g6 ( Melhor para asPretas é vigiar o centro com 4...b6(em vez de 4...,P3CR) 5.c4 e6!

6.xf6 xf6 7.xe4 e7 8.d3 c6 9.c3 b7 seguido de ...,O-O-O,com boas perspectivas.) 5.h4 d6

6.h5 com forte ataque. ] 2...f6 3.g2 e6 4.f3

[ Para jogar P4R as Brancas devemrealizar previamente P3BR e, paraisso, necessitam mover seu CR. Aidéia de desenvolver o CR branco,via 3T, é justamente impedir essap e r d a d e t e m p o . C o n t r a e s s amanobra, a resposta preta ...,P4D éinferior, porém ...,P3D é a melhor.Exemplo: 4.h3 d5 ( Ao contrário,

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após 4...d6! segue-se 5.0-0 e7 6.c4 0-0 7.c3 e8 8.f4 d8 9.e4 e5 10.dxe5 dxe5 11.d3 fxe4 12.xe4 c6 13.e1 g6e as Pretas têm um jogo mais livre.A razão é que C3T das Brancas nãocontribui para impedir ...,P4R.) 5.0-0

d6 6.c4 c6 7.c3 bd7 8.d3 e4 9.f3 xc3 10.bxc3 e7 11.e4e as Brancas têm superioridade. ]

4...e7 5.c4 0-0 6.0-0 (diagrama458) . As Pre tas d i spõem de t rêscontinuações em seu sexto lance: 6...,P3D, 6...,P4D, e 6...,C5R.A) d6 É um prosseguimento inferior,porque as Pretas não evitam o avançoP4R in imigo . As Brancas fo rçam,muitas vezes, P5D, e no caso dasPretas não poderem replicar com ...,P4R ou PRxPD, ou quando as Brancasrea l i zam PDxPR, t o rnará f raca ac o n f i g u r a ç ã o d o P e õ e s p r e t o s .Exemplo:

[ B) 6...e4 (a idéia é forçar ...,P4R,antes do desenvolvimento do CDpreto, pois a ...,C3BD, as Brancassempre dispõem de P5D!). Mas,mesmo aqu i , é com P5D! que oprimeiro jogador logra vantagem:

7.d5! f6 8.c2 e5 9.bd2 xd2 10.xd2! d6 11.c5 e as Brancastêm superioridade. ]

[ C) 6...d5 é a melhor continuação,pois impede, por muito tempo, oavanço P4R do adversário. Após

7.c3 c6 8.d3 e4 9.e5 d7 10.xd7 xd7 11.f3 xc3 12.bxc3 dxc4 13.xc4 d6 as Pretastrocaram peças suf ic ientes paraobter jogo livre, muito embora asBrancas conservem ligeira vantagemteórica. ]

7.c3 e8

[ se 7...c6 8.d5! ] 8.e1 h5 9.e4 fxe4 10.xe4 xe4 11.xe4 c6 12.f4 f6 13.h4 h6 14.c1! a6 15.c5 e a posição dasPretas surge inferior, em virtude daconfiguração de seus Peões.

327 A09IV - Abertura Reti1. C3BR, P4D; 2. P4B

[diagrama 459]

IV - ABERTURA RETI: 1. C3BR, P4D; 2.P4B 1.f3 d5 2.c4 É o modernismo emseu mais alto grau. Visa, inicialmente,controle em lugar de posse do centro.Sua idéia básica, porém, é ocupar ocentro em momento apropriado, isto é,quando for diretamente favorável àsBrancas.Encora ja , t ambém, o avanç o dosPeões cent ra is das Pre tas , para,depois, atacá-los, criando-lhes, assim,fraquezas irremediáveis.O "fianchetto" é a característica destaabertura. As Pretas, na posição dodiagrama 459, têm quatro répl icaspossíveis, baseadas em diferentesidéias: 2...,PxP, 2...,P5D, 2...,P3BD, e2...,P3R.A) dxc4 Evita complicações e preparaconstrução de poderoso centro, com ...,P4BD e . . . ,P4R. Uma cont inuaçãot íp ica , obedecendo f ie lmente aosprincípios hipermodernos, é

[ B) 2...d4 É muito forte para asPre tas . Das duas cont inuaçõesusuais para as Brancas, 3.P4CD,c a r a c t e r í s t i c a d a e s c o l ahipermoderna, é inferior a 3. P3R.Vejamos um exemplo de cada:

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a) 3.b4 ( b) 3.e3 c5 4.exd4 cxd4 5.g3 c6 6.g2 g6 7.d3 g7 8.0-0 e5 9.e1 f6 10.b4! xb4 11.a4+ c6 12.xd4 xd4 13.xc6+ d7 com igualdade.) 3...f6 4.b2 e5 5.a3 c5 6.bxc5 xc5 7.d3 c6 8.bd2 f5! 9.g3 f6 10.g2 0-0 11.0-0 e8e as Pretas têm jogo superior. ]

[ C) 2...c6 A idéia é manter um Peãono centro e desenvolver o BD. AsPretas devem jogar com energia,porquanto jogo passivo as levaria auma posição inferior.a) 3.b3 ( b) 3.g3 f6 4.g2 f5!(o desenvolvimento deste Bispo dáàs Pretas jogo sat is fa tór io) 5.b3

bd7 6.b2 e6 7.0-0 d6 8.d3 0-0 9.bd2 e5! 10.cxd5 cxd5 11.c1 e7 12.c2 a5! 13.a4 h6 14.a1 fe8 e as Pretas têmmelhor jogo (Reti x Lasker, NovaYork, 1924).) 3...f6 4.b2 e6

5.g3 bd7 6.g2 d6 7.0-0 0-0 8.d4 e8 9.bd2 e4 10.xe4! dxe4 11.e5! f5 12.f3 exf3 13.xf3 c7 14.xd7 xd7 15.e4e a s B r a n c a s t ê m c l a r asuperioridade (Reti x Bogoljubow,Nova York, 1924). ]

[ D) 2...e6 Mais passiva e menospromissora que 2...,P3BD, mas éuma continuação sólida. ]

3.a3 c5 4.xc4 c6 5.b3 [ Nesta continuação as Brancasp o d e m i g u a l a r c o m 5.ce5(em vez de 5.P3CD) xe5 6.xe5

f6 7.e3 e6 8.b3 d7 9.b5 d6etc. ]

5...e5 6.b2 f6! 7.g3 ge7 8.g2 f5! 9.0-0 e7 10.c1 e6 11.d3 0-0 12.fd2 d7 e as Pretas têmcontrajogo em ambas as alas.

Em todas as variantes da Abertura Reti,n a s q u a i s a s B r a n c a s a p e n a scontro lam o centro à d istânc ia, asPretas, em ocupando com seus Peõesa s c a s a s c e n t r a i s , o b t é m c l a r asuperioridade.Se as Brancas impedirem a formaçãodo cent ro preto, ou , formado e le ,neutralizam-no em seguida, resultaráuma posição de igualdade.Se as Pretas não ocuparem o centro,sua posição se apresentará inferior.

328 E06V - Abertura Catalã[diagrama 460]

V - ABERTURA CATALÃHá d iversas formas in ic ia is des taabertura, tornando difícil, por isso, aap rese n tação de uma seqüênc ianormal. Pode resultar da transposiçãode várias aberturas, como a AberturaReti, o Gambito da Dama Aceito, oGambito da Dama Recusado, etc.Há, porém, sempre uma idéia básicapara as Brancas: a combinação deP4D com P3CR.A Abertura Catalã possibilita, ainda,transposições para outras aberturas.Consideremos a posição depois de

1.f3 d5 2.c4 e6 3.d4 f6 4.g3(diagrama 460).A Abertura Catalã combina o controlereal à distância do centro (aspiraçãoda Aber tu ra Ret i ) com o con t ro leefetivo das diagonais para os Bispos,bem como faculta a instalação de seusPeões no centro; evi ta, também, oforte centro preto, que se forma naAbertura Reti.As Pretas podem escolher: ruptura

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precoce, com ...,P4BD, acompanhadode um rápido desenvolvimento, ou atroca ...,PDxPB, transpondo a partidapara um tipo de posição do Gambito daDama Aceito.A) e7

[ B) 4...dxc4 5.a4+ bd7 ( ou 5...d7 6.xc4 c6 7.g2 d5 8.c2 c6! com boasperspect ivas) 6.g2 a6! 7.c3!

b8 8.xc4 b5 9.d3 b7 10.0-0 c5 11.dxc5 xc5 12.xd8+ xd8 13.f4 d6 com igualdade,aproximadamente. ]

5.g2 0-0 6.0-0 c5 7.cxd5 xd5!(7...,PRxP, transpõe para uma linhadesfavorável da Defesa Tarrasch) 8.e4

b6 9.c3 cxd4 10.xd4 c6! 11.xc6 bxc6 12.e2 e5 13.e3 e6 14.fd1 c7 com igualdade. OPBD preto é facilmente defendido.

329 A28VI - Abertura Inglesa1. P4BD

[diagrama 461]

VI - ABERTURA INGLESA: 1. P4BD 1.c4 Semelhante à Abertura Reti emmuitos aspectos, principalmente naspossibilidades de transposições. Emambas as aberturas, as Brancas nãose apoderam do centro, mas controlam-no à distância, pelos flancos.As Pretas devem ocupar o centro comseus Peões.E m m u i t o s c a s o s , p r o d u z e m - s eaberturas famil iares, com as coresinvertidas.A réplica natural das Pretas é 1...,P4R,colocando um Peão no centro; origina-se então, uma Defesa Siciliana para

as Brancas, que têm um lance a mais.Três pontos di ferentes devem serassinalados:1 - O lance P4D, que é um problemapara as Pretas na Defesa Siciliana,aqui, porém, não o é, visto que podeser jogado pelas Brancas, a qualquermomento.2 - As Brancas podem construir seujogo na coluna BD mais rapidamente.Já na Defesa Sic i l iana, essa idéiaseria para as Pretas de execução maisdemorada.3 - O lance ...,P4D das Pretas não ésimples, ao contrário, do que sucedeàs Brancas, quando jogam contra aSiciliana.Após e5

[ Contra 1. P4BD, as Pretas podemj o g a r t a m b é m 1...c5mas as B rancas se asseguramligeira vantagem. Um exemplo é

2.f3 f6 3.d4 cxd4 4.xd4 d5 5.cxd5 xd5 6.e4 etc. ]

2.c3 f6 3.f3 c6 origina-se aposição do diagrama 461.A s B r a n c a s d i s p õ e m d e q u a t r ocontinuações à sua escolha: 4. P4D, 4.P3D, 4. P4R e 4. P3R.A) 4.d4 É o lance que na DefesaSiciliana dá igualdade às Pretas. Aquias Brancas conseguem, geralmente,algo mais.

[ B) 4.d3 Leva à Variante Draconianada Siciliana, com um lance a mais.É provavelmente, a mais promissorapara as Brancas. Após d5 5.cxd5

xd5 6.g3 e7 7.g2 b6 8.0-0 0-0 9.e3 f5 10.a4 f4 11.c5 d6! exatamente como na VarianteDraconiana da Siciliana. ]

[ C) 4.e4 Ensaiado para prevenir ...,P4D; mas as Pretas igualam em:

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c5 5.xe5 xe5 6.d4 b4 7.dxe5 xe4 8.d4 f5e há igualdade, aproximadamente. ]

[ D) 4.e3 Omite P4R. As Pretasigualam sem dificuldade: b4 5.c2

0-0 6.e2 e8 7.0-0 d6 8.e1 e6 e, eventualmente, ...,P4D, comexcelente jogo. ]

A linha principal é 4...exd4 5.xd4 b4 6.g5 h6! 7.h4 xc3+ 8.bxc3 e5! 9.e3 d6 10.e2 g6 11.g3 e4 12.c2 e7 13.d3com possibilidades iguais.

330 A03VII - Abertura Bird1. P4BR

VII - ABERTURA BIRD 1.f4 A resposta mais usual é d5e, após

[ G a m b i t o F r o m : 1...e5N ã o t e m s o l i d e z . A s B r a n c a sc o n s e g u e m m e l h o r j o g o . U mexemplo é: 2.fxe5 d6 3.exd6 xd6

4.f3 g5! 5.g3 h5 6.d4 g4 7.h4 e7 8.g2 h4 9.f4 f5 10.c3 hxg3 11.xg3 f6 12.f4 e4 13.xe4 xe4 14.g2 e as Pretasnão obtêm compensação pelo Peãoa menos. ]

2.e3 as Pretas têm duas escolhas: 2...,C3BR e 2...,P3CR.A) f6 3.f3 g4 4.e2 xf3!(prevenindo C5R a todo custo) 5.xf3

bd7 6.c4! e6! 7.cxd5 exd5 8.c3 c6 9.0-0 e7 com igualdade.

331 A06VII - Ataque Nimzowitch

VII - ATAQUE NIMZOWITCH 1.f3 em conjunto com o "fianchetto"do BD. As Pretas defendem-se, sejat r o c a n d o o C R b r a n c o , s e j adesenvolvendo seu BR por "fianchetto"A) d5 2.b3 c5

[ C) 2...f6 3.e3 g4! 4.b2 bd7etc. ]

3.b2 c6 4.e3 f6 [ B) 4...c7 5.b5 a6 6.xc6+ xc6 7.d3 f6 8.e2 e5 9.c4 e7 10.0-0 g4 etc. ]

5.b5 d7 6.0-0 e6 7.d3 e7 8.bd2 0-0 9.xc6! xc6 10.e5 c8 11.f4 d7 12.g4com perspectivas de ataque.

332 C41W. SteinitzMc Donnell

Partida 1[Defesa Philidor]

PARTIDA No 1Dublin, 1865 (PR - Defesa Philidor) 1.e4 e5 2.f3 d6 3.c4V imos a con t inuação 3 .P4D, queconfere às Brancas superioridade naaber tu ra . S te in i t z não p rocu ravarea l i z a r o a va nç o P4R , ma s s i mavançar o PD unicamente um passo,p a r a c o n s t i t u i r s u a f o r m a ç ã ocaracterística de Peões. e7 4.c3 f6

5.d3 Esta é a posição característica dePeões de Steinitz: P3BD, P3D e P4R.A idéia é construir um centro seguro, afim de realizar um ataque no flanco doRei, sem dar ao adversário ensejos decontra-ataque central. 0-0 6.0-0 g4

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7.h3 xf3 Esta troca deixa às Brancasa v a n t a g e m d o p a r d e B i s p o s ,c o n h e c i m e n t o e s s e a i n d a n ã odifundido na época (1865).Observar que o Peão branco em 3TRservirá de apoio ao avanço do PCR.

8.xf3 c6 9.b3 bd7 10.e2 c5 11.c2 Nesta posição, as Pretas nãotêm inferioridade no centro; dispõeme l a s d e u m P e ã o c e n t r a l e s u aestrutura de Peões, nesse setor, éanáloga à das Branc as . Mas s uapos iç ão é in fer ior , em v i r tude dasituação de seu BR, limitado em seuraio de ação, fato que confere, aos e g u n d o j o g a d o r , u m a p o s i ç ã orestringida.As Brancas deverão aproveitar essasituação com um ataque no flanco doRei, ataque que se acha em preparo.S e u B R é p e ç a v a l i o s a p a r a arealização desse ataque. A troca ...,CxB benef ic iar ia sobremaneira asP r e t a s , p o i s s a b e m o s q u e u m aposição restringida se livra por meiode t r oc as . e6 12.g3! Com duasfinalidades:1. Evita 12...,C5B, que obrigaria asB r a n c a s a j o g a r 1 3 . B x C ,desaparecendo assim a vantagem dopar de Bispos, dando oportunidade àsPretas de trocarem peças.2. Reforça o avanço do PBR e, se após1 3 . P 4 B R , P x P ; e n t ã o 1 4 . P x P ,retomando de Peão e não de peça,com a vantagem de abrir a coluna CRe e v i t a r a s t r o c a s b e n é f i c a s a os e g u n d o j o g a d o r . c7 13.f4O ataque no flanco do Rei tem início esuas perspectivas de vitória são asmelhores, pois as Pretas não podemefetuar cont ra -a taques ao cent robranco, seguro e estabilizado que ele

se encont ra . fe8 14.d2 ad8 15.f3 h8 (diagrama 462) A posiçãor e s t r i n g i d a d a s P r e t a s n ã o l h e spermite plano algum. Ao contrário, apartida das Brancas, neste momento,joga-se por si, visto que o ataque éfácil de conduzir. 16.f5 f8 17.g4 h6

18.g5 hxg5 19.xg5 g8 20.h1Com a idéia de fazer atuar as Torresna coluna CR aberta, manobra a queas Pretas assistem, sem nada poderfazer.As desvantagens das Pretas são oespaço reduzido e o entorpecimento desua posição. A primazia das Brancasconsiste na vantagem em espaço,assim como na maior mobilidade des u a s p e ç a s . 6h7 21.f3!Nada de trocas desnecessárias! d7Preparando-se para defender a casa2CR, alvo do ataque branco; porémessa manobra, embora possível, maisento rpece a pos ição pre ta . 22.g1

d8 23.h6 f6 24.g2 d5Uma tentat iva de l iber tação que anada conduz: o centro branco estábem seguro. As peças pretas devem,ainda, permanecer estáticas, na defesade seu Rei. 25.ag1 ee7 26.exd5

cxd5 27.a4 Eliminando uma dasdefesas do ponto atacado 2CR. d6

28.xg7+ xg7 29.xg7+ xg7 30.xg7 E as Brancas ganham, graçasa sua vantagem material.1-0

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333 C42S. TarraschG. Marco

Partida 2[Defesa Petroff]

PARTIDA No 2Viena, 1898 (PR - Defesa Petroff) 1.e4 e5 2.f3 f6 3.xe5 d6

4.f3 xe4 5.d4 e7 A últimajogada das Pretas não é recomendável.Estudamos o lance correto 5...,P4D!,mantendo um Peão cent ral . Nestapartida as Pretas não se ligam a essefato e, como resul tado, terão umaposição restringida, conseqüente doabando do centro. 6.d3 f6 7.0-0

0-0 8.h3! Uma boa jogada e quea t i n g e a d u a s f i n a l i d a d e s : u m aimediata, limitando o desenvolvimentodo BD preto, e outra tardia, ao prepararum futuro ataque com P4CR. e6 9.c4

c6 10.g5! Fina jogada e que nãodeve ser considerada como um ataqueprema t uro . Sua p r inc ipa l i dé i a éf a v o r e c e r o a v a n ç o P 4 B R , p a r acooperar no ataque ao flanco do Rei.

a6 Desenvolvimento anormal doCavalo provocado pelas Brancas.

[ Ao mesmo tempo, impede odesenvolvimento do CD preto, via2 D , p o i s s e 10...bd7 11.e2!seguido de 12. CxB e 13. DxP+,ganhando um Peão ]

[ Inút il seria 10...h6 por 11.xe6 fxe6 e o PR torna-se débil, alvo fácilde ataque. ]

11.c3 Desenvolve normalmente umapeça, reservando, ao mesmo tempo, acasa 1CD para o Bispo de 3D, caso asPretas o ataquem com ...,C5CD. c7

12.f4 h6 13.f3! As Pretasreal izaram o avanço do PTR após

terem defendido seu BD com o CD,t o r n a n d o s e m e f e i t o a v a r i a n t eapontada após o déc imo lance dosegundo jogador.A ret irada 13. C3B! é a alternat ivamelhor. Inferior seria 13. CxB, trocaque somente beneficiaria as Pretas,que se encontram em posição coibida.A análise da posição revela o seguinte:1. Devido às imperfeições da abertura,a s P r e t a s s e e n c o n t r a m c o minferioridade no centro, resultando daíuma desvantagem em espaço e umalimitação no movimento de suas peças.Sua posição se torna, pois, restringida.2. As Brancas, ao contrário, dispõemde mais liberdade para suas peças, ded o m í n i o c e n t r a l e d e b o a spossibilidades de ataque no flanco doRei. c8 14.c2 b8 As Pretasnada podem fazer no centro nem nof l a n c o d o R e i ; s u a s ú n i c a soportunidades situam-se no flanco daDama. 15.f5! d7 16.f4Completando o desenvolvimento desuas peças menores, necessário parao bom êxito do ataque. b5 17.b3 c5

18.d5! O centro está agora seguro eperfeitamente estabilizado, condiçõesfundamentais que asseguram a vitóriape lo a t aq ue ao f l anc o do Re i . b4

19.e2 a5 20.g4 O ponto de rupturaestá f ixado em 5CR; sua realizaçãopermitirá a abertura de colunas sobreo roque preto. h7 21.h4 O ataquese desenvolve com segurança, poisnão há poss i b i l i dades de con t ra -ataques do adversário no centro. d8

22.g3 Defende o PTR, ao mesmotempo que abre a coluna BR à Torrebranca. a4 23.h1 a8 24.ae1!Aqui, temos um ót imo exemplo daimportância em se evitar as trocas

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desnecessárias. As Pretas ameaçavam24. . . ,PxP; 25 . PxP, TxT; 26. TxT,conseguindo trocar sua inativa TD. Aocontrário, com 24...,TD1R! importantecoluna passa a ser dominada peloprimeiro jogador, enquanto a TD pretacontinua sem ação. e8 Defendendoo PD, para poder jogar ...,B3BR, compressão na ala da Dama. 25.f4 f6A ruptura em 5CR não é ainda possível,pois enquanto as Brancas fiscalizamessa casa com apenas duas peças, asPretas a dominam com quatro.O próximo lance das Brancas acelerao desenvace. 26.e6! Todas as peçasbrancas cooperam no ataque ao flancodo Rei inimigo. axb3

[ Este Cavalo não pode ser tomado,p o r q u e a p ó s 26...fxe6 seguiria

27.fxe6 c8 28.xh7+ etc. ] 27.axb3 b6 28.xf8 xf8 29.g5!A ruptura final, bem preparada pelogrande mestre Tarrasch.A p os iç ão p re t a de s mor ona c o mrapidez. hxg5 30.hxg5 xg5

31.h2! Ameaçando mate pela colunarecém-aberta. g8 32.xg5 xg5

33.f6 Novamente ameaçando matec o m D 7 T + e D 8 T . g6 34.xg6!Abandonam. Se fxg6 35.f7+ g7

36.f8# Esta partida constitui bomexemplo do aproveitamento prát icodas pos ições res t r ing idas e es táintimamente vinculada aos temas deruptura e de ataque direto ao Rei.1-0

334 C71KashdanS. Reshevsky

Partida 3[Abertura Ruy Lopez]

PARTIDA No 3"Match" pelo Campeoanto dos EstadosUnidos, 1942. 4a partida, Nova York -Abertura Ruy Lopez 1.e4 e5 2.f3 c6 3.b5 a6 4.a4

d6 Constitui a Defesa SteinitzRetardada. 5.c4 d7 6.c3 f6Esta par t i da tem mér i t os para osestudiosos de xadrez, não somente porseu alto grau ilustrativo para o temaem foco (exploração das posiçõesrest ringidas) , como também peloscomentários feitos a ela pelos grandesmes t res Reuben F ine , em ChessReview, e Alexandre Alekhine, em suaobra póstuma Legado!.

[ Comentando o último lance dasPretas (6 . . . ,C3B) , embora semcriticá-lo, Alekhine citou a alternativado desenvo lv imento do BR por"fianchetto", como oferecendo àsPretas melhores perspectivas: 6...g6

7.d4 g7 8.e3 exd4 9.xd4 ge7 etc.De opinião contrár ia é Fine, queconsidera mau esse "f ianchetto",baseado no insucesso das Pretas napartida Keres x Alekhine, Margate,1937, em que o campeão mundialfoi fragorosamente derrotado. ]

7.d4 exd4 8.xd4 Analisando estaposição vemos que:1. As Brancas mantêm o domínio dascasas centrais, dispõem de melhordesenvolvimento e de vantagem emespaço. Em resumo, conseguiramuma mobilidade maior para as suas

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peças.2. As Pretas, devido à perda do centro,encontram-se em posição restringida;seu Peão ma i s a vanç ado (o P D)controla apenas casas de seu próprioterritório; o BR se encontra limitadoem sua ação. Há desvantagem emespaço e na movimentação das peças.São as desvantagens das posiçõesrestringidas.O meio de explorar essa posição é uma t a q u e a o R e i , q u e a s B r a n c a sprocuram construir e desenvolver comêxito. xd4 Alekhine coloca umainterrogação a esse lance e comenta:"Por que essa pressa em trocas aspeças desenvolvidas? Mais indicadoseria 8...,B2R, seguido de ...,O-O."O fato é que Reshevsky procura, com atroca de suas peças, suavizar suaposição restringida, manobra que éigualmente recomendada por Fine emseu l ivro Ideas Behind The ChessOpenings. 9.xd7+ xd7 10.xd4

e7 11.0-0 0-0 12.b3! As trocasa l i v i a ram em pa r te a p os i ç ão deReshevsky, mas padece ela ainda docaráter restritivo.A ação do BR preto é praticamentenula e grande a inferioridade central.O desenvolvimento do BD branco via2CD é excelente, pois sua ação seestenderá até a casa preta 2CR, umdos a lvos do a taque b ranco . fe8Outra manobra criticada por Alekhine,que a conceitua como "demasiadopassiva, porque o retrocesso do Bispoa 1BR tira-lhe, por muito tempo, umaforte perspectiva de atividade. Com asPretas eu ter ia jogado 12. . . ,P3B,criando uma debilidade mais imagináriaque real (a do PD). Impedindo o saltod o C a v a l o b r a n c o a 5 D , t e r i a

aumen tado c on s iderave lmen t e aliberdade de manobra das Pretas. Emambos os casos, 13. B2C, ou 13. B5C,P3TR; 14. B4T, TR1R; etc., as Pretasteriam mais possibilidades do que napartida."

[ 12...c6 13.g5 h6 14.h4 fe8etc. ]

13.b2 f8 Defende o ponto crítico2CR exercendo pressão, ao mesmotempo, sobre o PR branco. 14.ad1Torna-se agora impossível a libertaçãoi n i m i g a , à b a s e d e . . . , P 4 D . e6Com o objetivo de dobrar as Torres nacoluna do Rei, idéia que Alekhineconsidera pouco feliz,

[ apontando como continuação lógica 14...ad8 e se 15.f3 então c6! etc. ]

15.fe1 ae8 16.f3! "O ponto maisameaçado dos Peões brancos é agorareforçado convenientemente, e asBrancas têm excelentes perspectivasn o f l a n c o d o R e i , o n d e e x i s t e am a g n í f i c a c a s a 5 B " ( F i n e ) h8?Fine e Alekhine estão de acordo nestainterrogação. Diz o primeiro "uma májogada, que c r ia às Pretas sér iosinconvenientes. Era melhor continuarcom 16...,P3CR".Opina Alekhine: "uma jogada sem valor,porém a posição é, há muito, difícil.Um pouco melhor seria 16...,D1B, coma intenção de ...,P3BD.

[ Infer ior ser ia, igualmente 16...g6por 17.d5 g7 18.a7! c8

19.f4 6e7 20.c5 etc., comsuperioridade pronunciada". ]

A d i f e r en ç a d e e s t i l o e xp l i c a a spreferências de ambos os mestres.

17.e2 c8 18.f2 Aqui há umcomentário de Alekhine, que se casaàs mi l maravi lhas com o tema queestamos estudando (exploração das

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posições restringidas).Ei-lo: "O Cavalo branco se apodera deuma formidável posição em 5BR. AsP r e t a s t e r ã o u m a p a r t i d aestratégicamente perdida, porém nãopelo caminho escolhido em princípio."Seu erro consistiria em uma falta deresolução e de um plano definitivo nomomento de começar a luta.Há 50 anos , estas der rotas , erammuito freqüentes, e a presente partidapoderia ter sido facilmente conduzidacom as Brancas pelo Dr. Tarrasch.Atualmente são menos freqëntes, e, nocaso de um mest re da al tura e daexperiência de Reshevsky, são umaexceção. d7 19.d4 6e7 20.g3

f6 21.f5 e6 22.h4! Um grandereforço para o ataque.Pretende P5T, garant indo a for teposição do Cavalo, e abrindo brechasn a d e f e s a d o R e i p r e t o . b5Uma contramanifestação perfeitamenteinofensiva, porque, em vista da faltade ação das Torres, não faz senãocriar novas debilidades (Alekhine).Como na partida anterior, as Pretastratam de contestar o ataque em seuflanco Rei com um contra-ataque naala da Dama. Seus resultados, porém,são nulos, porquanto sabemos que,nesses casos, eficientes são apenasos contra-ataques no território central.

23.cxb5 axb5 24.h5 a6 [ Se 24...h6 formar-se-ia umadebilidade grave em 3CR. ]

25.a3 c5 26.d5 e5 [ "Contra a aparente e lógicac o n t i n u a ç ã o 26...c4 as Brancast i ra r iam imed ia to p rove i t o com

27.ed1 e5 28.xd6! etc." (Fine) ] 27.ed1 Ameaçando 28. TxPD. f7

[ " N o v a m e n t e e r a m á 27...c4

por causa da continuação 28.d4 6e7 29.xb5 d3 30.c3!etc." (Fine) ]

28.h4 Com ameaça de P6T. e5 [ Após 28...h6 29.g4! As Pretasestariam paralisadas. ]

A g o r a K a s h d a n p r o s s e g u e c o mprecisão e energia. 29.f4! f7

[ ou 29...d7 30.h6 g6 31.g3etc. ]

30.h6 g6 Resposta forçada. Oexcelente trabalho de Kashdan culminacom a abertura da grande diagonalpreta, dominada pelo Bispo de 2C.

31.xf6+ g8 32.g3 xh6 [ Após 32...xh6 seria decisivo 33.f5 ]

33.b2 "Kashdan conduz o ataquefinal com clara segurança. Preparaagora P5B que não servia de imediatopor 33.. . ,P4C." (Fine) g7 34.f5!

xb2 Desesperação. [ "Se 34...gxf5 35.xg7 xg7 36.h5+ f8 37.exf5 h6 38.g4e ganham." (Alekhine) ]

35.fxe6 xe6 36.g4! e8 [ "Se 36...c8 37.f5! e5 38.xe5! etc." (Fine) ]

37.d7 d8 38.e7 f8 39.f1 e5 40.d3 c8 41.df3 e8 42.xf7!O mais simples. xe7 43.xe7 xg3

44.xf8+ xf8 45.b7 c4 46.bxc4Abandonam."Esta partida é de grande interessedidático. Demonstra, de uma formamuito convincente, os perigos dasposições restr ingidas (mesmo semdebilidades) e também a maneira deaproveitar-se desse inconveniente.Foi uma derrota (porém, também umavitória) bem merecida." (Alekhine)1-0

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335 C64V. SmyslovG Barcza

Partida 4[Abertura Ruy Lopez]

PARTIDA No 4Ol impíadas de He ls inque , 1952 -Abertura Ruy Lopez 1.e4 e5 2.f3 c6 3.b5 c5Constitui a Defesa Clássica, inferior a3...,P3TD (Defesa Morphy).Permite às Brancas um forte centro dePeões. 4.c3 f6 5.d4! O lance-chavedas partidas do PR é aqui realizadocom vantagem, tornando evidente amá colocação do BR in imigo. exd4entregando o centro.

[ Mas após 5...b6 6.dxe5 xe4 7.0-0 0-0 8.d5! c5 9.g5as Brancas adquirem, igualmente,superioridade. ]

6.e5! irá restringir o jogo adversário. [ Se 6.cxd4 b4+ como em uma dasvar ian tes da Abe r t u ra "G iu oc oPiano". ]

6...d5 [ A a l t e r n a t i v a s e r i a 6...e4mas, comenta o soviético Smyslov,após 7.0-0! dxc3 8.d5 c2!

9.xe4 cxb1 10.xb1 0-0 11.c4d i s p õ e m a s B r a n c a s d e f o r t eataque. ]

7.0-0 0-0 Evidente não é possível 7...,PxP; porque perde uma peça (8. DxC).

8.cxd4 b6 9.c4! ce7 10.g5As Brancas ameaçam ganhar o Cavalode 4D. O domínio das casas centrais eo melhor desenvolv imento dão àsBrancas vantagem em espaço e maiormobilidade para suas peças. As Pretas,ao contrário, possuem uma posiçãorestringida, difícil de ser manejada.

e8 11.b3 c6 12.bd2 h6 13.xe7 xe7 14.e4Com a ameaça C6D, ganhando o PBRe a partida. O domínio absoluto, queas Brancas têm do centro, permite-lhesusá-lo com base para a investida finalao monarca adversário.Observar a inatividade do BD preto e oentorpecimento das peças do segundojogador. d5 Libertação tardia. 15.exd6

f5 16.fe1 d8 Fugindo à ameaça17. C6B+, ganhando a Dama, mas aposição preta não tem mais defesa.

17.e5 xd6 18.xd6 xd6 19.xf7+ xf7 E o ataque branco foivitorioso, pois ganhou material.

[ Se 19...h8 segue 20.g6+ h7 21.xf8+ xf8 22.d3+ h8 23.e8 ganhando a Dama. ]

20.xf7+ h7 21.c4 Abandonam.Se xd4 segue 22.ad1acompanhado de CxB e T8D ou T7R,ganhando.1-0

336 E72A. KotovG Barcza

Partida 5[Defesa Índia do Rei]

PARTIDA No 5Estocolmo, 1952. 2o Prêmio de beleza(PD - Defesa Índia do Rei) 1.d4 f6 2.c4 g6 3.c3 g7 4.e4

d6 5.g3 0-0 6.g2 e5 7.ge2 exd4 8.xd4 Estudamos esta abertura ondefoi recomendado o desenvolvimentodas Brancas à base de P3CR e CR2R.A idéia das Pretas, com 7...,PxP, éconsegui r para s i jogo mais l ivre;contudo, para isso, abandonam o

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centro, e o tributo que pagam é a perdade espaço e a conseqüente menormobilidade de suas forças. É a origemde uma posição rest r ingida, comosabemos. c6 9.c2! As Brancasconseguiram superioridade no centro,vantagem em espaço e conseqüentemaior movimentação para suas peças.O objetivo agora é o ataque ao flancodo Rei. Logo, acertada é a conduta doenxadrista soviético ao evitar a trocad o s C a v a l o s , q u e , p o r c e r t o ,beneficiaria o segundo jogador.Além disso, a retirada do Cavalo em 2Bé um lance que atende às exigênciasposicionais, pois o Cavalo, via 3R, iráexercer f isca l ização per igosa nascasas 5D e 5BR. e6 10.b3 d7

11.0-0 h3 As Pretas conseguemtrocar o BR inimigo; a idéia é, além delivrar parcialmente seu jogo restringido,privar o Rei branco de seu defensor eenfraquecer as casas brancas 3TR e3BR. Porém, da mesma manei ra ,ficam enfraquecidas as casas brancasno território do segundo jogador, comoas casas 4BR e 3R. 12.f3 xg2

13.xg2 a6 Não podendo atacar nocentro nem na ala do Rei, as Pretasintentam um ataque na ala da Dama,manobra que resultará inútil, pois aofensiva das Brancas, no flanco do Rei,será real izada com maior rapidez.

14.b2 a7 15.d2 b5 16.e3! c6Evitando a entrada do Cavalo brancoem 5D, mas criando uma debilidade noPD. 17.ad1 ad8 18.e2Rumo à 4D! c7 19.c3! Ameaçando20 . B 5T , gan hand o a qua l i d ade .Também situa melhor o Bispo e ganhaum tempo, visto obrigar a Dama pretaa mover-se, mais uma vez, para 2R,onde deve permanecer em defesa de

seu Rei. e7 20.d4 e8?É difícil jogar nas posições restringidas.Carecem e las de planos, a lém deobrigar o jogador a defesas delicadas e,não raro, à formação de debilidadesem sua estrutura de Peões.O ataque preto na ala da Dama ficouparado e o CD afastado do campo deluta. Há fraquezas nos Peões pretos daa l a d a D a m a , a o l a d o d e u mentorpecimento na posição.O ataque das Brancas necessita, emposições como estas, do apoio dasTor res . Logo, co lunas devem serabertas sobre o Rei preto, quer peloavanço do PTR, quer pelo avanço doPBR.Este último deveria ser bem preparado,pois o PR branco ficaria sem defesa.Porém, o ú l t imo lance das Pretaspropicia ao mestre Kotov uma irrupçãoviolenta na ala do Rei, graças a umacombinação igualmente instrutiva eelegante. 21.df5! gxf5 22.xf5

c7 [ Se 22...e6 segue 23.xg7 xg7 24.g5 e5 ( se 24...g6 25.e7+ ganhando a Dama.) 25.f4 c3 26.e5! e a Dama preta ficainterceptada na diagonal. ]

23.xg7 xg7 24.f6! h8 25.g5 g8 26.h4! Rumo à 6TR e nadaimpedirá a marcha deste Peão. de8

27.h5 e5 28.xe5 dxe5 29.f6! c8 30.h6 e7 31.d2!Abandonam.Não há defesa contra a manobra TR1De T7D ou T8D, conforme o caso.Neste exemplo apreciamos, como naspartidas anteriores, a elaboração deuma partida superior para as Brancas,graças ao domínio das casas centraise à maior mobilidade de suas peças.

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O ataque final diferiu dos anteriores;houve um assalto violento de peças,precedido de um sacrifício magníficode Cavalo. A combinação foi possívelgraças à boa disposição das peçasatacantes e ao erro da jogada 20a dasP r e t a s . M a s e r r o s e m p o s i ç õ e scoibidas são freqüentes, em face dadificuldade no manejo dessas posiçõese , n ã o r a r o , p e r m i t e m r e m a t e sfulminantes, como foi o caso destapartida.1-0

337 C53SpielmannE. Eliskases

Partida 6[Abertura "Giuoco Piano"]

PARTIDA No 6Campeonato da Áustria, 1937. 5a do"match" - Abertura "Giuoco Piano" 1.e4 e5 2.f3 c6 3.c4 c5 4.c3

e7 5.d4 b6! 6.a4 a6 7.0-0 d6 8.h3 f6 9.e1 0-0 10.b4! h6 11.a3 d7 12.b5 d8 13.bd2E s t a p o s i ç ã o f o i e s t u d a d aanteriormente e a conclusão foi que asB r a n c a s m a n t i n h a m p o s i ç ã oligeiramente superior, em virtude damaior mobilidade de suas peças, emcontraste com o entorpecimento quese verifica na posição inimiga.Cumpre notar que as Pretas não sedescuidaram do centro; mantêm elasum Peão central, que defendem comardor.A causa de sua inferioridade está nocongestionamento de suas forças, quese estorvam entre si, e que chegarama tal si tuação por quererem a todo

custo manter o Peão central.A maior mobilidade das peças brancasé o fator de superioridade do primeirojogador.A maneira pela qual Spielmann tirapartido dessa vantagem é altamenteinstrutiva. f6 14.f1 e6 15.e3Ru m o a 5 D o u 5 B R , o b j e t i v o d amanobra iniciada por este Cavalo. g5Eliskases procura aliviar sua posiçãopelas trocas, conduta acertada nestassituações. 16.xg5 xg5 17.bxa6

bxa6 18.a5! As possibilidades deataque das Brancas estão na ala doRei e devem ser aproveitadas semdemora; caso contrár io, as Pretasconso l idam sua pos ição. Ass im ocompreendeu Spielmann, que realizaeste interessante sacrifício de Peão,para ganhar tempo no ataque. xa5A aceitação do sacrifício é necessária.Com 18...,B2T, a posição das Brancas,com 19. C5D, seria muito superior.

19.c1! b6 20.f5 Percebe-seagora o alcance da inteligente manobrade Spielmann, explorando a posiçãoincômoda das peças adversárias, comum ataque na ala do Rei que é sempreo método para t irar proveito de umaposição coibida. f6 Forçado.

[ Pois a 20...d8 segue 21.xh6! gxh6 22.g4+ g5 23.xh6+ganhando. ]

21.e3 b8 Atacando o Cavalobranco e defendendo-se também daameaça 22. T3C.

[ Se 21...h8 haveria a continuaçãoseguinte: 22.g3 g8 23.h5 f8

24.xh6 etc. ] 22.xg7! Sacrifício elegante e correto.Observar que, enquanto a ala da Damapreta se mantém inat iva, todas aspeças brancas convergem no ataque

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ao Rei do segundo jogador. O mestreSpielmann, tendo por base uma maiormobilidade de suas forças, consegueformar um ataque vitorioso no flanco doRe i i n imigo . xg7 23.h5 h7Para poder jogar com a Dama nacoluna CR, em resposta ao lancebranco T3B.

[ Se, por exemplo 23...d7? segue 24.f3 e7 ( 24...g6 25.g3! ) 25.xh6+ ganhando. ]

24.f3 g6 25.h4 d7 Evitando 26.T6B, que ganharia de imediato. 26.g3

f6 27.g5 g7 28.e7! h8 29.h5 Spielmann conseguiu afastar aDama inimiga da defesa do Rei preto.Agora ameaça mate com D5B+ f6

30.f3 Cada jogada do mestrevienense encerra uma ameaça terrível.

g8 [ Não há salvação para o Cavalopreto. Se 30...e8 seguiria

31.xf7 ] [ e contra 30...g8 31.xf8 ganha. ]

31.xf6 xg3 32.fxg3 g8 33.d5 b8 34.h2 Para poder jogar PxP. a5

[ Se agora 34...exd4 seguiria 35.e5com a ameaça de B4R+, ganhandode imediato. ]

35.dxe5 dxe5 36.xe5Somente agora conseguem as Brancasvantagem material de um Peão.M a s , p o s i c i o n a l m e n t e , s u asuperioridade era bem mais antiga.

e6 37.xe6 fxe6 38.d1 g6A s P r e t a s e s t ã o p e r d i d a s . N ã op o s s u e m n e n u m a o u t r a d e f e s a .

39.d7+ g8 40.g7+ xg7 41.xg7 xg7 42.c4! e8 43.c5 a7

[ Claro, se 43...xc5 44.c3+ganhando o Bispo. ]

44.c3+ e5 45.xa5 b8 46.b5

f7 47.g4 Abandonam.As Brancas ganham com avanço deseus Peões da ala do Rei.Um e x e m p l o m a i s d i f í c i l q u e o santeriores, porém igualmente ilustrativo,porque demonstra a maneira de seutilizar de uma maior mobilidade dasp e ç a s c o n t r a u m a p o s i ç ã o a l g orestringida.1-0

338 B72A. AlekhineBotwinnik

Partida 7[Defesa Siciliana]

PARTIDA No 7No t t i n g h a m , 1 9 3 6 . P R - D e f e s aSiciliana 1.e4 c5 2.f3 d6 3.d4 cxd4

4.xd4 f6 5.c3 g6 6.e2 g7 7.e3 c6 A inversão 2...,P3D, comatraso no desenvolvimento do CD preto,tem a finalidade de evitar o AtaqueRichter. 8.b3 e6 9.f4 0-0 10.g4!?Este assalto de Peões para combatero "fianchetto" do Rei preto, na VarianteDracon iana, é conhec ido como o"ataque à baioneta". E aqui é realizadoem sua forma mais precoce e violenta,"bárbara", sem os preparativos de D2D,O-O, ou O-O-O.Em que se baseia as Brancas paraefe tuar tão prematuramente esseataque? Cer to , a pos ição pre ta érestringida, com inferioridade no centro,mas se trata de uma posição sólida,sem outras fraquezas.V e r d a d e q u e a s B r a n c a s s ã oconduzidas pelo grande Alekhine, umdos maiores gênios da história do

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xadrez, o que é, como diz bem MaxEuwe em "Meet the Masters!" - obra deque extraímos as variantes básicasdesta partida "Uma garantia de quecada possibi l idade de ataque seráenergicamente aproveitada."A ameaça das Brancas é 11.P5Ca l i j a n d o o C R e d i m i n u i n d o s u ainfluência no centro, a fim de tornarperigoso o ataque com P4TR!A resposta das Pretas deve ser firme,vigorosa, do contrár io sua posiçãotornar-se-á imediatamente inferior.Como devem elas contestar o planod e A l e k h i n e ? d5!! O centro dasBrancas não estava estabilizado. Logo,novamente tem apl icação o sad ioprincípio do contra-ataque no centrocont ra os a taques p rematuros deflanco, ainda que o atacante seja umAlekhine!A r e s p o s t a d e B o t w i n n i k ,posicionalmente justificada, é a únicamaneira de rebater o violento intentodas Brancas.Segue-se um jogo difícil, e complicado,mas de grande beleza. 11.f5

[ Agora não são mais possíveis osavanços:a) 11.g5 por xe4 ou ]

[ b) 11.e5 por d4! 12.xd4 ( se 12.exf6 xf6! recuperando a peçacom bom jogo) 12...xd4 13.xd4

( 13.exf6 xf6! ) 13...xg4! 14.xg4 xg4 15.xg4 xd4 e as Pretastêm bom jogo. ]

11...c8! Esta retirada em posição tãocrucial parece significar uma perda detempo; mas é a melhor jogada naposição. Observamos que o avaço 11.P5 B e n f ra q ue c e u a p o s i ç ã o d a sBrancas no centro e que não será fácilrealizar P5R. 12.exd5 O PD preto era

por demais incômodo e sua troca é omelhor que existe. Assim o entendeu omest re Alekhine. b4 E agora asPretas ameaçam recuperar o Peão,seja com 13...,CDxPD, seja com 13...,PxP. 13.d6! Alekhine realiza o lancemais forte na posição. Há, agora, duasameaças importantes: 14. P3TD e 14.PxPR, DxP; 15. B5B.

[ Se 13.f3 segue-se gxf5 14.a3 fxg4! etc. ] [ Para evitar essa continuação, asBrancas podem t rocar antes osPeões: 13.fxg6 hxg6 14.f3e c o loc am as P re tas d i an te degrave problema, pois após 15. P3TD,C3T, a posição das Pretas estariaperdida. Porém, mesmo nesta"infernal" posição haveria recursospa r a o s e g u n d o j o g a d o r : xg4!

15.xg4 xg4 16.xg4 xc3+ 17.bxc3 xc2+ 18.e2 xa1 19.xa1 xd5 e as Pretas, comdois Peões e a Torre pelas duasp e ç a s p e r d i d a s , t e r i a mcompensação suficiente. ]

13...xd6 O lance de Botwinnik é,portanto, forçado.

[ Não serve para as Pretas 13...exd6por causa de 14.a3 seguido de 15.P5C e 16. P6B. ]

14.c5! A chave do contra-sacrifíciodas Brancas.

[ Não convinha a troca 14.xd6 por exd6 e as Pretas teriam à suadisposição 15. . . ,CxPB+; e 15. . . ,PxP. ]

14...f4! O campeão soviético exploramagistralmente a exposta situação doRei branco.

[ Após 14...xd1+ 15.xd1! c6as Brancas têm melhor jogo e ainiciativa. ( se 15...xc2+ 16.d2

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b6 17.xe7 e ganham. )] 15.f1 Alekhine reconhece que seuataque fracassou e, com sua últ imajogada, obriga seu valente adversárioa entrar numa combinação de empate.

xh2! 16.xb4 xg4! Ameaçando17 . . . ,D6C+; 18 . R2D, B3T+, co mposição de mate.

[ A tentativa de xeque-perpétuo com16...,D6C+? (em vez de 16...,CxP!)falharia por 16...g3+ 17.f2 g1+

18.f1! ] 17.xg4 g3+ 18.f2 Lance forçado.

[ Após 18.e2? xg4+ ] [ e d e p o i s d e 18.d2 h6+ganhando as Pretas em ambas ascontinuações. ]

18...g1+ 19.f1 As Brancas nãopo dem move r s eu Re i . A pa r t i daterminou empatada por xeque-perpétuode Dama em 6CR e em 8CR.O b s e r v a r o a l t o s i g n i f i c a d o d osacrifício 16...,CxP!, afastando o Bispobranco da casa 2R (17. BxC).Apesar do resultado pacífico, é estauma part ida magníf ica, que honraigualmente os dois grandes mestres.Exemplo ilustrativo ainda de como sedeve replicar a um prematuro ataquede flanco pelo contra-ataque no centro.Verdade que se trata de um jogo difícil,c o m p l i c a d o , c h e i o d e r i c a sc om b in aç õ e s . O u t ra l u t a não s ep o d e r i a e s p e r a r d e t ã o d i g n o sexpoentes do xadrez. g3+ 20.f2

g1+ 21.f1 g3+½-½

339 D41M. EidelmanL. Engels

Partida 8[Defesa Semi-Tarrasch]

PARTIDA No 8Torneio Cinqüentenário do Clube deXadrez São Paulo, 1952. PD - DefesaSemi-Tarrasch 1.d4 f6 2.c4 e6 3.f3 d5 4.c3

c5 5.cxd5 xd5 6.e4 [ Se 6.e3 segue c6 7.c4 cxd4 8.exd4 e7 e o PD isolado é forte,por estar associado à vantagemem desenvolv imento, a inda queapenas representada pela vantagemdo lance inicial. ]

6...xc3 7.bxc3 cxd4 8.cxd4 b4+ 9.d2 xd2+ 10.xd2 0-0Es ta pos ição já f o i es tudada e aconclusão foi que as Brancas têm omelhor cent ro e poss ib i l idades deataque na ala do Rei, enquanto asPretas, por causa de sua maioria dePeões na ala da Dama, possuem omelhor final.Há, por assim dizer, um equi l íbr iodinâmico da posição (as Pretas, porcausa de sua maioria de Peões noflanco da Dama, têm o melhor final. AsB r a n c a s t ê m o m e l h o r c e n t r o epossibilidades de ataque no flanco doRei (meio jogo pre fer ível )) . 11.e2Na opinião de Alekhine, esta jogadatem o mesmo valor de 11.B4B, muitoembora esta últ ima tenha sido maise m p r e g a d a p e l o s m e s t r e scontemporâneos, por parecer algomais ativa. b6 12.0-0 b7 13.e3

[ P r e f e r í v e l s e r i a 13.f4com a possível continuação d7

14.ac1 f6 15.d3 c8 16.xc8

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xc8 17.c1 b7com possibilidades iguais (Alekhinex Grunfeld, Praga, 1931). ]

13...d7 Com o objetivo de atingir acasa 3BR, para exercer pressão no PRbranco. 14.d2 f6 15.f4?O campeão paulista procura atacar naala do Rei, mas seu lance tem o graveinconveniente de enfraquecer aindamais a posição dos Peões centrais.

d7! Para jogar em seguida a TR em1D, atacando o PD branco. É instrutivaa estratégia do mestre alemão Engelsao atacar os Peões centrais do inimigo.

16.f3 fd8 17.b3 ac8 18.g4?Esta é a posição que verdadeiramentenos interessa e que passaremos aestudar.As Brancas querem, a todo custo,atacar no flanco do Rei. Mas, terãoelas conseguido direito a esse ataque?Que vantagens posicionais lhe dão oensejo de atacar? Foram satisfeitos osrequisitos para o ataque no flanco, istoé, bom desenvolvimento, centro seguroe estável preparo de ruptura?A análise da posição nos mostrará que:1. O desenvolvimento das Brancas éimper fe i to : a TD es tá inat i va e oCavalo ocupa s í t io des favoráve l ,imobilizado na defesa do PD.2. O centro branco é inseguro, instável,suje i t o que es tá aos ataques daspeças pretas.As peças brancas em jogo (Cavalo,Dama e Bispo) devem permanecer nadefesa dos Peões centrais; não podem,assim, empreender ação em outrosetor.3 . A ruptu ra em 5BR não fo i bempreparada, visto que as peças brancasnão se encontram bem situadas paraaproveitá-la.

4. Devido ao avanço dos Peões, of lanco do Rei branco encont ra-sedebilitado.Logo, as Brancas não estavam emcondições de atacar. Sua estratégia foidefeituosa.Como devem as Pretas tirar partidodessa situação?J á s a b e m o s q u e o s a t a q u e sprematuros nos flancos falham pelocontra-ataque do inimigo no centro. Éexatamente a conduta a seguir nestapartida.O contra-ataque não é possível à basede Peões, como na partida anterior(A lekh ine x Botwinn ik ) , mas seráigualmente eficaz, por meio de peças,d o m e s m o m o d o e f i c i e n t e . e8!Manobra inicial, que visa destruir ocentro das Brancas. 19.f5 Uma rupturaineficaz por lhe faltar os preparativosi n d i s p e n s á v e i s . exf5 20.gxf5A ruptura foi realizada e revelou-seinócua. Dela resul tou uma co lunaa b e r t a ( C R ) , q u e n ã o p o d e s e raprovei tada pelo pr imeiro jogador.Bem diferente seria o resultado dapartida se, neste momento, uma Torrebranca dominasse a coluna CR! d6!R e f o r ç a o a t a q u e s o b r e o P R ,ameaçando, ainda, ...,T1R. Impede 21.P5R, por 21...,CxP, e torna igualmentep e r d e d o r o a v a n ç o d o P B . 21.f6Não dando atenção, ou não se dandoconta da resposta do adversário. Ave rd a de é qu e a s B ra n c a s j á s een c o n t ra m em p o s i ç ão b as t a n t einferior. xe4 22.fxg7

[ Se 22.xe4 a continuação seria g4+ 23.f2 xe4 ganhando apartida. ]

22...c3 O ataque branco morreu noestado embrionár io. Agora são as

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Pretas que atacam a enfraquecidaposição do jogador brasileiro. 23.f4

g5 24.g4 Uma divertida variante demate.

[ Ou 24.xg5 xf3 e uma dasameaças seria 25.h3 ( 25.f4 xb3

26.axb3 xd4+ 27.xd4 xd4 28.xf3; 25.ae1 xb3 26.axb3 xd4+ 27.f2 ) 25...xb3! 26.axb3 xd4+ 27.f2 xa1+ 28.f1 d4+ 29.f2 e8! 30.c1 Forçado. e2 31.f1 xg7+ 32.g2 xg2+ 33.h1 g1+ 34.h2 g3# ]

24...d5 25.f2 g2+ 26.e1 e8+ 27.d1 c2# O contra-ataque aoinseguro e instáve l cent ro brancodecidiu a partida.0-1

340 C10BrinkmannNimzowitch

Partida 9[Defesa Nimzowitch]

PARTIDA No 9N i e n d o r f , 1 9 2 7 . P R - D e f e s aNimzowitch 1.e4 c6 Defesa Nimzowitch,freqüentemente usada por seu autor.

2.c3 e6 3.d4 d5 4.e5 Esta posiçãop o d e s e r a l c a n ç a d a n a D e f e s aFrancesa, após 1. P4R, P3R; 2. P4D,P4D; 3. C3BD, C3BD; 4. P5R. A críticaque se pode fazer é que o Cavalo pretoem 3BD impede o lance ...,P4BD, queé fundamental nessa defesa. ge7

5.f3 b6 6.e2 a6! As Pretas já see n c o n t r a m c o m u m a p o s i ç ã orestringida, situação deliberadamenteprocurada. Como já sabemos, o ataquebranco, no f lanco do Rei, deve ser

precedido de uma ruptura em 5BR,manobra que o segundo jogador deveevitar, para que sua posição não setorne inferior. Nimzowitch dá início aesses preparativos; daí tratar de trocarseu inativo BD pelo melhor Bispo dasBrancas (o que corre por casas de coro p o s t a a d o s P e õ e s b r a n c o savançados) . 7.g3 xf1 8.xf1Desaparece assim o BR branco, peçade grande valor para um futuro ataque,e que poderia agir eficientemente noponto de ruptura, a casa 5BR.A retomada de Rei pode ser explicada,por desejarem as Brancas a tacarprecocemente, evitando assim a perdade tempo com a retirada do Cavalo (8.CxB). h5! Ameaça ...,P5T paradesalo jar o Cavalo branco de 3C,permitindo a instalação do CR preto em4BR. Desse modo se dificulta a rupturad a s B r a n c a s e m 5 B R . 9.g5Impede o avanço ...,P5T e, ao mesmotempo, intenta 10. C4T, ameaçandocapturar o PTR com a Dama. Se 10.C4T, P3CR; 11. B6B, etc. As Pretasprecisam descobrir uma defesa paraseu PTR, sem recorrer a ...,P3CR, qued e b i l i t a r i a s u a p o s i ç ã o . c8!Eis a solução! 10.d3

[ Se agora 10.h4 seguiria a6+ 11.g1 a4 12.c3 xd1+e o PTR estar ia suf ic ientementeprotegido sem ajuda do PCR. ]

10...g6 11.c3 [ Se agora 11.h4 a resposta seria b4 seguido de 12...,P4BD. ]

11...h4 12.e2 e7 13.h3 xg5 14.xg5 ce7 Esta posição émagnificamente analisada pelo mestreRicardo Reti em sua monumental obra,"Los Grandes Maestros Del Tablero".Ensina o insigne didata: "Pode-se tirar

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muito proveito do estudo desta posição.As Brancas controlam mais espaço eassim poder-se-ai pensar que têmvantagem.Porém, este não é o caso.O verdadeiro critério pelo qual se deveapreciar as posições fechadas é apossibilidade de ruptura. Em geral, ojogador que tem mais l iberdade demovimentos e uma maior área está emmelhores condições para colocar suaspeças mais vantajosamente, ante umapossível ruptura, que seu adversário,que tem uma posição mais restringida.Esta é a idéia do método a jogar nasposições restringidas, que se deve emgrande parte a Tarrasch.Nimzowitch demonstra-nos, agora,como uma posição restringida pode serboa. Há possibilidades de ruptura paraas Brancas, seja com P4BD, seja comP4BR e P5BR.A primeira é dificilmente boa, posto queas Brancas dominam mais espaço nocentro e no flanco do Rei, porém nãono f lanco da Dama. E, no presentecaso, é particularmente duvidosa amanobra, porque o PD branco converte-se-ia em um Peão atrasado.A jogada l ibertadora, imposta pelaposição, seria P4BR e P5B. Porém,estas jogadas não podem ser feitas,porque as Brancas nunca dominariamo ponto 5BR.Ainda mais, as Pretas fizeram bonspreparat ivos para o futuro, com aaparente manobra artif icial - porémverdadeiramente efetiva - ...,C3C; ...,P4TR; ...,P5TR; ...,C2R; e, sobretudo,a troca do BR branco.Assim, enquanto as Brancas não têmpossibilidades de ruptura e se vêemlimitadas a realizar jogadas de espera,

por detrás de sua muralha de Peões, osegundo jogador tem à sua disposiçãoas possíveis rupturas com ...,P3BR e ...,P4BD.Unicamente as Pretas são capazes detomar a iniciativa e, por conseguinte,têm melhor posição, apesas de ter umespaço rest r ingido" . 15.g1 f6!

16.f3 d7 17.h2 c5 18.c4 c7 19.cxd5 c4 20.c2 exd5 21.he1 0-0 22.c3 fxe5 23.xe5

[ E não 23.dxe5 por xf3! 24.gxf3 xe5 com ataque decisivo. ]

23...xe5 24.dxe5 d4 25.b5 c5 26.d6 d3

[ Se 26...b5 27.e4 e, como diz opróprio Nimzowitch, "as Brancasestão centralizadas". ]

27.xc4+ xc4 28.xc4 xf2A e n t r a d a d a T o r r e n a s é t i m ahorizontal decide a partida. 29.ad1

c8 30.e3 d8 31.c4 f5Previne 32. C6D e ameaça ...,P4CD!

32.a4 [ Se 32.e6 seguir-se-ia e2! e se 33.xd3 então xe1 34.xd8+ h7e a ameaça preta C6C seria mortal. ]

32...f7 33.e4 e2! 34.f4 [ Ou 34.xe2 dxe2 35.e1 d1 36.xe2 g3 etc. ]

34...e6 35.g4 d2 36.g6+ f7 37.g4 a6 38.f4 e6 39.d6 e3Abandonam.0-1

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341 C62AndersenPaulsen

Partida 10[Defesa Philidor]

PARTIDA No 10Viena, 1873. PR - Defesa Philidor 1.e4 e5 2.f3 d6 Defesa Philidor,abandonada na prá t ica do xadrezm o d e r n o , p o r d a r à s P r e t a sinferioriadade no centro. 3.d4! exd4

4.xd4 c6 5.b5 d7 6.xc6 xc6 7.g5 f6 8.c3 e7 9.0-0-0 0-0 10.he1 e8 As Brancasobtiveram superioridade na abertura.S ã o s u a s v a n t a g e n s : m e l h o rdesenvolvimento e predomínio nasc a s a s c e n t r a i s , o q u e s i g n i f i c av a n t a g e m e m e s p a ç o , m a i o rm o b i l i d a d e p a r a s u a s p e ç a s epossibilidades de ataque na ala do Rei.

11.b1 Após o grande roque o PTDnecessita de proteção do Rei. Essajogada de espera cont r ibui para asegurança da posição branca. d7?Com a idéia de B3R, para jogar, talvez,. . . , P3BD; e . . . , P4D. Porém, va ipermitir a formação de uma debilidadepermanente no campo das Pretas.

12.xf6! A manobra iniciada pelasBrancas vai concluir pela formação deu m P e ã o i s o l a d o d a s P r e t a s ,debilidade essa permanente.É o t ipo de debil idade que se deveprocurar no jogo de posição, pois suaexploração técnica é mais simples.

xf6 13.e5! e7 [ Nã o é p o s s í ve l 13...dxe5 por 14.xd7 ] [ nem 13...xe5 por 14.xe5 xe5 15.xe5 dxe5 16.xd7 ganhandoigualmente uma peça. ]

14.d5 f8 Todos os lances dosegundo jogador são forçados. AsB r a n c a s a m e a ç a v a m 1 5 . C x B + ,ganhando um Peão.

[ Se 14...dxe5 15.xe7+ xe7 16.xe5 ganhando uma peça, domesmo modo. ]

15.exd6 cxd6 [ Não servia 15...xd6 por 16.xc7!ganhando um Peão. ]

O grande mestre alemão do passado,Adolfo Andersen, campeão mundial de1843 a 1851 e de 1858 a 1863, famosopor suas brilhantes combinações, dá,nesta partida, magnífico exemplo decomo se deve conduzir uma partidaposicional.A manobra in ic iada com 12 . BxC!permitiu ao mestre Andersen criar umPeão i so lado in imigo (deb i l i dadepermanente), fraqueza essa que, alémde ser uma obstrução para o BR preto,limitando, portanto, seus movimentos,permite a instalação de um Cavalobranco em 5D, imposs íve l de sere l iminado por me io do a taque deP e õ e s , e o n d e t e r á s e u p o d e renormemente ampliado.A c a s a 5 D d a s B r a n c a s é u m aexcelente base para um futuro ataqueao Rei preto. 16.xe8 xe8 17.d2! O forte C5Dsó pode ser desalojado de sua casa,após uma troca com o BD preto. Daímanobrar Andersen com o CR, para,via 4R e 3BD, poder manter sempreum Cavalo em 5D. c6 18.e4 f5

[ E não 18...xd5 por 19.xd5ganhando a seguir o PD. ]

19.ec3 d7 20.a3 f7 21.h3! a6As Pretas não podem jogar seu BRpor "fianchetto", pois a 21..., P3CR;seguiria 22. C6B+. A forte colocação

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deste Cavalo impede, por conseguinte,a movimentação do BR. O avanço doPCR preto deverá ser precedido de ...,T1R; e ..., T3R; tomando a casa 3B aosal to do Cavalo . Mas, para isso épreciso avançar o PTD, para não sercapturado pe la Dama branca. Aomesmo tempo , o ava nç o do PT Dprepara um ataque na ala da Dama.

22.g4 e8 23.f4 e6 24.g5!Impede assim o plano do adversário,que era jogar ..., P3CR, e que seriaagora rebatido com o mesmo C6B+!.

b5 25.h4 e8 26.d3! Para jogar 27.P5T, trocando o PTR branco pelo PBRinimigo. b8 27.h5 a5 28.b4!Acabando de uma vez com o contra-ataque preto. axb4 29.axb4 xh5

30.xf5 f7 31.d3! Claro, a trocadas Damas beneficiar ia as Pretas.Agora as Brancas têm a coluna TRa b e r t a p a r a o a t a q u e a o R e ia d v e r s á r i o . d7 32.e4 f5Visa impedir 33. C3C, seguido de 34.P5B.

[ Se 32...f5 a resposta seria 33.ef6+! ]

33.h1! Com a ameaça de 34. C3R,D3C; 35. P5B, que as Pretas procuramev i ta r c om o l a nc e s eg u in t e . e8Agora Andersen remata a partida comuma de suas combinações , que otornaram imorta l . 34.ef6+! gxf6

35.xf6+ f7 36.xh7+ g7 [ Ou 36...g6 37.f3 ameaçandomate em 5T. ]

[ Ou 36...e6 37.e3+ ] 37.xg7+ xg7 38.xe8+ f8 39.xf5+ xf5 40.xd6E a s B r a n c a s g a n h a m a p a r t i d afacilmente.1-0

342 D33RubinsteinMarshall

Partida 11[Defesa Tarrasch]

PARTIDA No 11Breslau, 1912. PD - Defesa Tarrasch 1.d4 d5 2.f3 c5 3.c4 e6 4.cxd5

exd5 5.c3 c6 6.g3 VarianteRubinstein, o antídoto contra a DefesaTarrasch. f6 7.g2 cxd4para não perder um tempo após 7...,B2R; 8. PxP. As Pretas conseguem umjogo mais livre para suas peças, mas àcus ta de um Peão isolado. 8.xd4

c5 9.b3 b4 10.0-0 xc3A estratégia empregada pelo mestrenorte-americano Marshall não podeser recomendada: isola um Peão dasBrancas, é verdade, mas desfaz-se dopar de Bispos - e de seu melhor Bispo -com enfraquecimento nas casas pretasde sua posição. Mais debilidades seajuntam a do PD isolado. 11.bxc3 0-0

12.g5 e6 Desempenha este Bispoo papel de um simples Peão, para adefesa do PD, ameaçado que estavade captura após 13. BxC.Observar que o PD isolado funcionacomo uma peça de obstrução à açãodeste Bispo. 13.c5 e7 14.xe6!

fxe6 Iludem-se as Pretas se pensamter reforçado seu centro. Com 14.CxB!,e a jogada seguinte, o mestre polonêsRubinstein consegue desfazer-se deseu PD isolado, que poderia chegar aser uma compensação para as Pretas,e iso lar todos os Peões in imigos.

15.c4! Observar a ação do BR brancodesenvolvido por "fianchetto" sobre ocentro do tabuleiro, idéia principal daVariante Rubinstein. dxc4 16.xc6

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bxc6 17.d4! d8 18.xf6 xf6 [ Se 18...gxf6 seguiria 19.g4+ f7 20.h5+ g8 21.fd1 etc. ]

19.xc4 As Brancas têm dois blocosde Peões, enquanto as Pretas têmquatro.Três de seus Peões estão isolados;são débeis e factíveis de exploração,principalmente o PR e o PBD.A técnica, empregada por Rubinsteinconstitui um modelo nessas posições.

d5 20.ac1 af8 [ Se 20...xc4 21.xc4 c8 22.c5!e as Pretas estariam perdidas. ]

21.e4 [ Agora, se 21.xc6 xa2! ]

21...h5 22.f4! Os Peões pretosdevem cair de "maduro". No momentoainda estão "verdes".

[ Se 22.xc6? seguiria h6! 23.h4 g5! etc. ]

22...a5 23.e5 h6 24.c2Para defender o PTD, po is se 24.D x P B , e n t ã o 2 4 . . . , D x P T . b6+

25.g2 d8 26.ff2! O correto. [ Um erro seria 26.xc6 por xc6+ 27.xc6 d2+ 28.f2 xh2+! 29.xh2 xf2+ 30.g1 xa2e as Pretas se salvariam. ]

26...c8 Agora é preciso defender oPBD atacado. 27.fd2 h8 28.d6

b1 29.xc6 Cai o primeiro Peão. Oresto é simples g8 30.c8 b7+

31.g1 b6+ 32.c5 xc5+ 33.2xc5 g5 34.xg8+ xg8 35.fxg5 h5 36.h4 h6 37.gxh6 xh6 38.c8+ Abandonam.Uma par t ida que bem acen tua asdesvantagens dos Peões isolados.1-0

343 A06E. EliskasesH. Keller

Partida 12[Ataque Nimzowitch]

PARTIDA No 12Berlim, 1939. Ataque Nimzowitch. 1.f3 d5 2.b3 f6 3.b2 c5 4.e3

c6 5.b5 Esta abertura,freqüentemente usada por Eliskases,leva o nome de Ataque Nimzowitch.A s B r a n c a s j o g a m u m a D e f e s aNimzowi tch do PD, com as coresinvertidas e com um tempo a mais: 1.P4D, C3BR; 2. P4BD, P3R; 3. C3BD,B5C; 4. C3B, P3CD.O tempo a mais é representado pelolance B2C, que as Brancas possuemneste momento.Esta predi leção, por jogar com asBrancas defesas próprias das Pretas,tem t i do ace i tação pe los mest resmodernos, que bem valorizam o tempoa mais que o lance inicial proporciona.Vimos, a esse respeito, no estudo daA b e r t u ra I n g l e s a , u m a V a r i a n t eDraconiana (da Defesa S ic i l iana)jogada pelas Brancas com a vantagemd e u m t e m p o . d7 Após 1. P4D,C3BR; 2. P4BD, P3R; 3. C3BD, B5C; 4.B2D, P3CD; o lance 4. B2D, para asBrancas é inferior, pois elas devemaspirar à vantagem na abertura. Jápara as Pretas não sofre tal crít ica,visto que as Pretas devem procurarjogo igual na primeira fase da partida.

6.0-0 e6 7.xc6! Para jogar emseguida 8. C5R. A troca é realizada nomomento oportuno, caso contrário, 6...,B3D impediria o plano das Brancas.

xc6 8.e5 c8 Evita assim osPeões dobrados que se produziriam

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após 9. CxB. 9.d3 Para efetuar a idéiabásica das defesas índias, que é jogarP4R. Não esquecer que o primeirojogador emprega com as Brancas umadefesa índia. e7 A nada conduziriaagora 8...,B3D; por 9. P4BR. 10.d2

0-0 11.e2 d7 12.xc6 xc6 13.e4! Avanço central bem preparado ecumprido no momento exato. A idéiad a s P r e t a s d e j o g a r . . . , B 3 B éenergicamente refutada. f6

[ Se 13...dxe4 segue-se 14.xe4 f6 15.ad1 xe4 16.dxe4 c7e, do mesmo modo, as Pretas nãopoderiam jogar ...,B3B. ]

14.e5! e7 O P5R das Brancas limitao jogo das Pretas. Esses avanços dosP e õ e s c e n t r a i s d e v e m s e r b e mcalculados, pois não raro podem tornar-se Peõ es dé be is , c omo ve remosadiante. 15.c4 b8

[ Se 15...d4 seguiria 16.f4e 17. C4R, com partida satisfatória. ]

16.f4 f5 Com a idéia de jogar P5D semceder a casa 5R. Mas se trata de umaj o g a d a p o s i c i o n a l m e n t e f r a c a ,porquanto vai ser a causa de um Peãoatrasado. 17.exf6! xf6 18.xf6

xf6 Devido a jogada débil 16...,P4B,cr iou-se no te r r i tó r io do segundoj o g a d o r u m P e ã o a t r a s a d o , q u erepresenta uma séria desvantagem.A retomada 18...,PxP, para evitar oPeão atrasado, seria igualmente umaa l t e r n a t i v a i n f e r i o r , p e l oenfraquecimento na estrutura dosPeões e pela própria posição do Reipreto, que ficaria descoberto.O PR tornou-se um Peão atrasado,debil idade que teve como causa aestratégia defeituosa das Pretas, aojogarem 16...,P4B.É sempre a origem de tal desvantagem,

porque não confere nenhuma primaziaa o j o g a d o r q u e a p o s s u i . L o g o ,deliberadamente ninguém se permitiráum peão atrasado, visto não concedernenhuma das possíveis vantagens dopeão isolado (bom desenvolvimento,posse de forte casa central, o par deBispos); ademais, é uma fraqueza maisséria do que o próprio Peão isolado.U m d o s p o u c o s c a s o s e m q u e ,proposi tadamente, é admit ida suac r iação oco r re numa var ian te daDefesa Siciliana, muito estudada pelosmestres russos modernos e que surgedepois de 1. P4R, P4BD; 2. C3BR,C3BD; 3. P4D, PxP; 4. CxP, C3B; 5.C3B, P3D; 6. B2R, P4R!?.Acredi tam seus defensores que adebil idade do PD preto atrasado é,momentaneamente , d i f í c i l de seraproveitada pelas Brancas e que, cedoou tarde , conseguem as Pretas alibertação à base de ...,P4D.Não sendo possível essa manobra, oj o g o d a s P r e t a s f i c a r áestratégicamente perdido (vide DefesaS i c i l i a n a ) 19.g3 Um lance, quedetermina enfraquecimento nas casas3BR e 3TR. Porém se trata de umadebilidade mais aparente que real, poiso adversário não mais dispõe do BD,que corre pelas casas de cor branca.

d6 20.f3 Impede ...,P4R, que fariade s apa rece r a d eb i l i dad e do P Ratrasado.O PR preto é fraco, nesta posição,pelas razões seguintes:1 - Encontra-se paral isado em 3R,impedido de avançar, o que ocasionadif iculdades na movimentação daspeças pretas.2 - Sendo um Peão central, torna maisdifícil a livre comunicação entre a ala

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da Dama e a ala do Rei.3 - Uma das casas por ele atacada( 4 D ) e s t á o c u p a d a p o r p e ã ocompanheiro.4 - Não há co l una s abe r tas , quepoder iam autor izar um cont ra jogoeficiente. c8 Da mesma maneira queno Peão isolado, tira-se proveito doPeão atrasado em se ocupando a casaque lhe fica em frente.A casa 4R preta tornou-se uma casafraca, um "hole", isto é, uma casa quenão pode ser defendida por Peões.O lado com um "hole" deve vigiá-lo,não consentindo que peças inimigas aíse instalem. 21.ae1

[ Para se tirar proveito de um "hole",d e v e - s e o c u p á - l o c o m p e ç a s ,pr incipalmente Cavalo ou Bispo,porém, não prematuramente, comoser ia o caso de 21.e5? xe5

22.fxe5 e desapareceria a fraquezadas Pretas. Deve-se retomar umapeça capturada num "hole", comoutra que não seja Peão.A maneira como Eliskases se valede ta l deb i l i dade é s umamenteinstrutiva. ]

21...d8 22.b2! A idéia é dobrar asTorres na coluna do Rei, valorizando aameaça C5R.

[ Seria igualmente precoce 22.e5por xe5 23.xe5 xe5 24.xe5

dxc4 e as Pretas se serviriam dacoluna aberta da Dama. ]

O plano é esperar, para jogar C5R, atéo momento em que o segundo jogadorre t i re o Cavalo de 2D. Ora, se asPretas não executarem tal lance, nãopoderão servir-se da coluna da Dama.

22...f7 23.e3 f8 24.fe1 h6 25.h4! Com sua última jogada, asPretas se previnem contra um futuro

C5C, ao mesmo tempo que ameaçameventual ...,P4CR, para atacar o PBRbranco, que vigia a casa 5R.Com 25 . P4TR! , não s omen te s emantém o bloqueio na ala do Rei ,como também se constitui o primeiropasso ao ataque do Cavalo preto em1BR, que é a peça de maior poderdefensivo do Peão atrasado.É necessário eliminar tal peça, o quese consegue com P5T, C4T e C6C,ma n o b ra l o n g a , ma s v i á ve l , p o rdominarem as Brancas o tabuleiro. b6

26.e2! b7 O Cavalo preto paralisa oataque das Brancas ao PR. 27.h5 b5

28.cxb5 xb5 29.h4 b6É preciso cuidar da defesa do PR, trêsvezes atacado, visto que sua maisforte defesa, o Cavalo, está prestes adesaparecer. 30.g4!

[ E não ainda 30.g6 por xg6 31.hxg6 e5! 32.xe5 xg6 etc. ]

30...e8 31.g6 xg6Por fim desapareceu o Cavalo preto.

[ Se 31...d7 a continuação seria 32.e2 para ameaçar P5B. ]

32.xg6 d7 33.e5! Bloqueia oP e ã o a t r a s a d o e a m e a ç a P 5 B ,ganhando um Peão. f7 34.xd5!A perda de um Peão era inevitável emtodas as variantes. xg6 35.hxg6

c6 Além da desvantagem material, aposição preta é débi l pelos Peõesisolados de 2TD, 4BD e 3R. 36.d7 a6

37.f5 O ponto mais fraco das Pretas émais uma vez atacado! f8 38.f2!A centralização do Rei é importantep a r a o f i n a l q u e s e s e g u e . e7

39.d8+ e8 40.xe8+ xe8 41.xe6+ Por fim cai o PR, centro detoda a partida. xe6 42.fxe6 e7

43.e3 O final é facilmente ganhopelas Brancas. xe6 44.d4 cxd4+

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45.xd4 f5 46.b4 xg6 47.a4 f6 48.b5 axb5 49.a5 Abandonam.Este exemplo mostra, com evidência,os inconvenientes do Peão atrasado.1-0

344 C02FogelM. Czerniak

Partida 13[Defesa Francesa]

PARTIDA No 13Campeonato de Jerusalém, 1935. PR -Defesa Francesa 1.e4 e6 2.d4 d5 3.e5 VarianteNimzowi tch. As Pretas igua lam apartida com facilidade.O PR branco, em fase precoce daa b e r t u r a , r e a l i z o u o a v a n ç o e mquestão.Não se trata, evidentemente, de ummau lance. A única crítica que se lhepode fazer é que não traz vantagemàs Brancas, pois não é feito com ganhode t empo , c omo s e r i a o c a s o s eexistisse um Cavalo inimigo em 3BR.A cadeia de Peões com um vérticeavançado (P4D e P5R) é aceitável,quando o rival tenha provocado esseavanço por meio de um Peão (lance 2...,P4D), e, especialmente, quando ascasas la tera is ao Peão avançadoestão ocupadas por peões inimigos.Na posição, o P4D preto ocupa umadas casas laterais; resta apenas a casa4BR preta, que pode vir a ser ocupadapor uma peça do segundo jogador(exemplo ...,C4BR).O avanço do PR a 5R é usual namaio r ia das var ian tes da Defes aFrancesa; a posição restringida que

decorre para as Pretas é, amiúde, acausa de grande número de derrotassofridas pelos adeptos dessa linha dejogo. Porém, quando ao avanço P5Rnão se seguem, por parte das Brancas,a ç õ e s o p r e s s i v a s i m e d i a t a s eenérgicas, as Pretas costumam saircom vantagem, pois a luta, assaz longa,que se estabelece, com manobraslentas e planos indi retos, tem seuvértice no peão branco avançado eimobilizado, que vem a sofrer açãotenaz do adversário.Essas eventualidades são usuais; é aexp l i c a ç ã o d o po rq uê d e mu i t o senxadristas se encherem de assombroao perderem partidas erroneamenteju lg adas f avo ráve is . c5 4.f3A proteção do PR com 4. P4BR seriaum erro, porque, além de limitar o BD,facil itaria o desenvolvimento do CRinimigo via 3T (para posterior 4BR).

c6 5.c3 b6 As jogadas pretasvisam o PD branco, apoio eficiente doPR. 6.e2 d7 7.0-0 cxd4!Troca que não deve ser demorada,devido à ameaça 8. PxP!, seguido deP4CD, que restringe o jogo inimigo.

8.cxd4 ge7 9.a3 Para jogar 10.C2B, defendendo mais uma vez o PD.

g6 [ Outra idéia seria 9...f5 10.d2 h5! explorando a casa 4BRenfraquecida pelo avanço do PR. ]

Czerniak, porém, jogou com outro plano,que foi aproveitar o PR avançado paraabrir a coluna BR mediante ...,P3B.

10.c2 e7 11.h1 0-0 12.g1 f6!O avanço P5R não fo i seguido denenhuma ação agressiva imediata. Oataque, que as Brancas pretendemefetuar com P4BR, apresenta doisgraves inconvenientes: foi lento demais

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e o desenvolvimento de suas peçasnão foi sat isfatór io pois a TD estáinativa, o BD ainda em sua casa deorigem, o CD com função defensiva eoCR afastado do campo de luta. Aoc o n t r á r i o , a s P r e t a s t ê m u mdesenvolvimento superior de peças;daí o p lano de ab r i r a co luna BRresultar-lhes favorável. 13.f4 fxe5

14.fxe5 Se 14. PDxP, o PD pretop a s s a d o s e r i a m u i t o f o r t e . xf1

15.xf1 f8 As Pretas conseguiram odomínio da coluna BR aberta, justar e c o m p e n s a à b o a e s t r a t é g i adesenvolvida. Como suas peças estãobem colocadas, tal vantagem pode serdecisiva para um ataque direto ao Reibranco. 16.d3 e8! Protege o CRa m e a ç a d o e , a o m e s m o t e m p o ,convida o adversário a atacar o PRpreto, que f icou indefeso. 17.g4?Caindo na cilada habilmente preparadapelo mes t re pa les t ino . As P retasganha m a par t i da me d ian t e su t i lcombinação. cxe5! 18.dxe5 xe5

19.h3 xd3 20.xd3 b5! 21.b3 [ Se 21.d1 a continuação seria f1 22.e3! xd1 23.xb6 xa1 24.xa1 axb6 etc. ]

21...xg1+! 22.xg1 f1#Uma partida jogada pobremente pelasBrancas, mas ilustrativa para o temaem estudo.As Brancas realizaram precocemente oavanço P5R e não tiraram proveito daposição restringida imposta ao inimigo.A v a n t a g e m e m e s p a ç o , q u eadquir i ram, não fo i seguida, comodeveria ser, de rápida ação agressivaao roque preto. O desenvolvimento daspeças brancas foi defeituoso e muitolentos os preparativos de ataque na alado Rei.

As Pretas tiveram tempo de completarsatisfatóriamente seu desenvolvimentoe explorar o PR avançado, mediante aabertura da coluna BR.A linda combinação, que finalizou apartida, foi possível graças ao domínioque conseguiram da coluna aberta BR.0-1

345 B29YatesNimzowitch

Partida 14[Defesa Siciliana]

PARTIDA No 14Londres, 1927. PR - Defesa Siciliana 1.e4 c5 2.f3 f6 Inovação dopróprio Nimzowitch. Provoca o avançoP5R, para dele tirar proveito. Se bemque conseguem as Brancas vantagemem es paço , c abe - l hes também ap r e o c u p a ç ã o d e a p o i a r o P e ã oavançado, o que não se consegue sema criação de pontos débeis. 3.e5 d5

4.c4 b6 5.e2 c6 6.c3 d5 7.d4 cxd4 8.cxd4 f5 9.0-0 e6Comparando-se esta posição com a dapartida anterior, observamos que o BDpreto agora atua por fora da cadeia deseus Peões. Na part ida de Fogel xCzerniak, esse BD era um Bispo mauestát ico. Aqui ele é um Bispo maudinâmico, de valor superior. 10.c3

e7 11.e1 Com idéia de realizar umataque à posição inimiga, com P4B,P 4 C R e P 5 B . d7! Impedindo oavanço do PB. 12.g4!

[ Pois a 12.f4 dxe5! seguido de13...,B4B. ]

12...g6 13.f4 xd4 14.xd5! c6 [ Se 14...exd5 segue 15.xd4! c5

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16.xd7+ etc. ] 15.xe7 b6+ 16.h1 xe7Como conseqüência do avanço P5Rbranco e da lu ta desenvolv ida naabertura, as duas casas laterais ao PRbranco tornaram-se fracas, permitindosua ocupação por figuras adversárias.

17.a4 h5! 18.h3 Retirada forçada. [ À 18.f3 seguiria f5 e 19...,P5T,e ...,C6C+; etc. ]

18...f5 19.a3 b5! Ganha tempoatacando a Torre branca, para darpassagem ao CD a 4D, via 3C. 20.g1

b6 21.f3 bd5 22.b3 b6+ 23.f2 c8 24.d2 h6 25.d1 xh3 26.xh3 f5 A posição ésumamente instrut iva e demonstracomo aproveitar as debilidades dascasas laterais provocadas pelo avançodo PR branco.Os dois Cavalos são poderosos, vistooc up a r em p os i ç ã o p ra t i c am en t einexpugnável e firmemente apoiadospelo PR preto . Atuam próximo àsforças inimigas, o que compensa seucurto raio de ação.Convidamos o leitor a comparar estaposição com aquelas das lutas de doisBispos x do is Cavalos ou Bispo eCavalo, em que faltam aos Cavalosprecisamente tais posições (vide osdois Bispos, item X).E n q u a n t o i s t o , o P R b r a n c ope r man ec e i mob i l i z ad o , i n a t i vo ,ameaçando duas casas sem valor.

27.d3 g6 As vantagensconseguidas pelas Pretas (ocupaçãode casas fracas) são um meio para ofim em mira, que é o ataque ao roquebranco. A esplêndida colocação dosCa v a lo s p r e t o s p e r m i t i r á o b o mdesenvolv imento do a taque f ina l .

28.f3 g4 29.h3 g3 30.a4 h4

31.f1 c6 32.a5 d8 33.g1 f5 [ Não servia 33...xf3+ por 34.xf3 xf3 35.xf3 f6 36.f5!e as Brancas conseguiram romper aposição dos Peões adversários. ]

34.h2 a6 35.b1 Ameaçando 36.C4D, pois se 36...,CxC; 37. RxT. e7!Nimzowitch permite a jogada seguinte,por lhe encontrar resposta adequada.

36.d4 h4! 37.e1 [ Não é possível nem 37.xf5 por xh3+ ] [ nem 37.xc6 xh3+com vantagem ganhadora. ]

37...xf4 Ameaça mate com 38...,TxPC+, seguido de ...,DxPT+; e ...,DxTmate. 38.xf4 xh3+ 39.gxh3 xf4+

40.g2 e3+ As Brancas abandonam,pois o mate é inevitável após 41.h1

f1+ 42.h2 g2# O avanço P5Rdebilitou as casas brancas 5D e 5BR,a s q u a i s f o r a m t r a b a l h a d a s p o rNimzowitch, que conseguiu ocupá-lascom seus Cavalos.E , d e s s a s p o s i ç õ e s , t a i s p e ç a sc oo pe r am c om e f i c i ên c i a p a ra oataque vitorioso ao Rei inimigo.P a r a t e r m i n a r o e s t u d o d e s t einteressante tema veremos uma lindapart ida do mestre soviét ico DavidBronstein, na qual se conjugam os trêsprocedimentos recomendados para oaproveitamento do avanço P5R branco.0-1

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346 C02StoltzBronstein

Partida 15[Defesa Francesa]

PARTIDA No 15X Olimpíada-Helsinque, 1952. DefesaFrancesa (Por inversão) 1.e4 c5 2.f3 c6 3.c3 O usual é 3.P 4 D . O l a n c e d o t e x t o n ã o érecomendável para as Brancas. e6

4.d4 d5 5.e5 A partida iniciada com aDefesa Siciliana transpõe agora, parauma Defesa Francesa, em que asBrancas jogam uma variante inferior.O avanço P5R, freqüente nessa linhade jogo, foi realizado com perda detempo, como sabemos, pois em 3BRn ã o h á p e ç a a s e r a t a c a d a . b6

6.dxc5? Com o desaparecimento doPD branco, o Peão de 5R torna-seextremamente débil.O prosseguimento da par t ida nosmostrará as três maneiras de exploraro avanço P5R, quando tal avançoresulta débil.São elas:1. ataque direto ao P5R;2. instalação de uma peça na casalateral a esse Peão e;3 . a b e r t u r a d a c o l u n a B R . xc5O Bispo é desenvolvido com ganho detempo. 7.c2 Já um lance forçado,p a r a d e f e n d e r o P B R . c7!1a FASE: Ataque Direto ao PRInicia-se o ataque ao débil P5R branco.

8.e2 Segundo movimento com aDama e, outra vez, obrigado.

[ A defesa natural 8.f4 falharia por f6! e as Pretas ganhariam o PR. ]

Porém, o lance da Dama irá dificultar ode s e n v o l v ime n t o d o B R b r a n c o .

8...ge7 Com a ameaça 9...,C3C,ganhando o PR. Interessante observarque as Pretas, jogando uma DefesaFrancesa (de caráter restritivo), apósapenas oito lances se encontram emp o s i ç ã o s u p e r i o r e d e p o s s e d ainiciativa.O P5R branco passa a constituir o eixod e t o d a a p a r t i d a . 9.e3(Defesa indireta do PR) O sueco Stoltzencontra a única defesa para seu PR.Agora ...,C3C não é ameaça, porqueapós 9...,BxB; 10. DxB, C3C; 11. B5C,as Branc as conseguem defenderindiretamente o PR.Estas dif iculdade das Brancas, emdefender o Peão em fase tão precoceda partida, demonstram, sem dúvida, ainferioridade decorrente, não tanto doavanç o P5 R, ma s da e l im ina ç ã ogratuita de sua única defesa eficiente( 6 . P x P ? ) . xe3 10.xe3 f52a FASE: Instalação do Cavalo naCasa Fraca Lateral ao PR Branco.

11.e2 Outra vez um movimentoobrigatório, obstruindo o BR, pois 11.D4B não é possível devido a 11. . . ,P3B! ganhar o Peão.Com esta jogada, a Dama branca járea l izou qua t ro movimentos, compre ju í z o do des envo lv imento . 0-0

12.a3 f6! 3a FASE: Abertura daColuna BR.Não é mais possível acumular peçass o b r e o P R b r a n c o . A p ó s h a v e restorvado o desenvolvimento normaldas peças brancas, pela constanteameaça da captura desse Peão, oadmi ráve l mest re sov ié t ico DavidBrons te in lança mão de ma is umprocedimento correto na exploração doPR branco, isto é, a abertura da colunaBR.

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Basta atentar que as Brancas aindan ã o r o c a r a m , p a r a a v a l i a r aimportância de tal coluna aberta, queincide diretamente sobre o ponto fraco2BR das Brancas . 13.b5 a5!Pregadura importante do PBD branco.Ameaça, ainda, 14...,P3TD, criandosé r ios p rob lemas a o ad ve rs ár io .

14.exf6 xf6 E pretendem agora asPretas avançar seu PR, para obter umataque ganhador. 15.d2 Impedindo oavanço do PR inimigo, pela ameaças o b r e o P D . a6! Agora quedesapareceu o PR branco é lógicoperguntar quais as conseqüênciasfinais resultantes desse avanço, ou, oque é o mesmo, quais as vantagensauferidas pelo segundo jogador.A resposta será:1. um melhor desenvolvimento depeças;2. a abertura favorável da coluna BR e;3. um centro móvel de Peões, difícil deser bloqueado.T a i s v a n t a g e n s s ã o m a i s q u esuficientes para o jovem mestre russopretender ganhar a partida.Com seu últ imo lance (15...,P3TD!),Bronstein simplifica a posição, parareduzi-la tão somente aos elementosindispensáveis ao aproveitamento desua vantagem (teoria da simplificaçãode Capablanca). 16.bd4

[ Não é possível 16.a3 por e5!e o a t a q u e d a s P r e t a s s e r i avencedor. ]

16...fxd4 17.cxd4 A retomada dePeão é obrigatória.

[ Se 17.xd4 a resposta seriasempre e5! ]

17...xd2+ 18.xd2 d7 Para jogaro Bispo a 1R e a 4TR, fazendo pressãos o b r e o P B R b r a n c o e s o b r e o

defensor do PD.A fraqueza do PR atrasado é apenasaparente, pois não pode ser explorada.Não é possível C5R, por exemplo, porficar indefeso o PBR.A força do domínio da coluna abertaBR far-se-á sentir até o final da partida.

19.d3 e8 20.e3 Defende aomesmo tempo os pontos fracos 4D e2B, antepondo-se, assim, ao defeito de...,B4T. Mas essa centralização forçadad o R e i t e r á , i g u a l m e n t e , s u a sconseqüências funestas. h5 21.e5Bloqueado o PR inimigo e impedindoseu avanço, que seria possível após:a) 21. C5C (ou 21. C2D), P4R!b) 21. B2R, T1R, seguido de ...,P4R; e,em ambas as variantes, o Rei estariasob o fogo direto de todas as peçasinimigas. xe5 22.dxe5 d4+A posição resultante de 22. PxC jáestava estratégicamente ganha paraas Pretas, mercê de seu for te PDpa s s ado . Mas , c o m s eu ava nç o -sacrifício, Bronstein troca-o pelo PBRinimigo, conquistando a 7a horizontal,fator último de sua bem concatenadavitória nesta partida. 23.xd4 xf2

24.e4 d8+ Observar a inervantepassividade das Torres brancas, emcontraste com as ativas e dinâmicasTorres das Pretas. 25.c5

[ Não era possível:a) 25.e3 por e2+ 26.f4 f8+

27.g5 ( 27.g3 xe4 ) 27...xe4 28.xh5 f5# ] [ b) 25.c3 por c8+ 26.b3 c5 27.he1 b5+ seguido de ...,T(4C)xP; e as Pretas ganham. ]

25...xb2 26.hb1 c8+ Decide apa r t i da c om um a taq ue de mate .

27.d6 [ Ou 27.d4 d2+ 28.e3 e2+

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29.f4 f8+ 30.g5 xe4 31.xh5 f5# ]

27...d2+ As Brancas abandonam.Havia mate forçado aos:a) 28.e7 com

[ b) 28.xe6 com g4+ 29.f5 ( 29.e7 d7# ) 29...e8# ]

28...e8# Merecem reparos especiaisnesta partida, os pontos seguintes:1. Uma inversão ocorrida na abertura,q u e , p r i m i t i v a me n t e e r a De f e s aSiciliana (1. P4R, P4BD), transpôs paraa Defesa Francesa (1. P4R, P3R), emque as Brancas não levaram a melhor,porque jogaram uma l inha infer iordessa defesa.2. O avanço branco P5R foi realizados em gan h o de t empo (n ão h av i aCavalo preto em 3BR para ser corrido);mas, em todo caso, defendido queestava pelo PD, impunha sempre umcaráter da ação inimiga.3. Porém, com o grave erro estratégico6. PxP?, que fez desaparecer a únicadefesa forte do Peão avançado, o PRbranco passou a constituir um Peãodébil.4 . Numa pr imei ra fase, as Pretaspassaram ao ataque ao PR adversário.A defesa foi-se tornando cada vezmais dif íci l , obr igando a lances deD a m a , q u e d i f i c u l t a r a m od e s e n v o l v i m e n t o d a s p e ç a s d oprimeiro jogador.5. Numa segunda fase, as Pretasocuparam com o Cavalo a casa 4BR,casa enfraquecida pelo avanço do PRbranco, ganhando tempo no ataque àDama branca e dificultando novamentea saída do Bispo.6. Após essas duas fases, haviam asPretas conseguido impedir o normaldesenvolvimento das peças brancas,

principalmente do BR e de ambas asTorres.7. Numa terce i ra fase, as Pretas,explorando o P5R branco, abri ramfavoravelmente a coluna BR.8. Depois da realização dessas trêsfases, as vantagens obt idas pelasPretas eram as seguintes:a) melhor desenvolvimento;b) domínio da coluna aberta BR e;c) centro móvel de Peões.9. A seguir, as Pretas simplificaram aposição, para mais facilmente valorizarsua vantagem.10 . C on ju gan do ame aç as de u mavanço central e ataque aos pontosfracos inimigos 4D e 2BR, as Pretasconseguiram:a) forçar o lance branco C5R, que lhesdeu um forte Peão passado defendidoe;b) aproximar o Rei branco do centrodo tabuleiro.11. O Peão passado teve duraçãoefêmera. Foi trocado pelo PBR rival,dando às Pretas o domínio absoluto da7a horizontal, decidindo-se a partidamediante um lindo ataque de mate.12. Lembrar que tudo decorreu dolance 5. P5R em conjugação com ograve erro estratégico 6. PxP?.É inc r íve l ac red i ta r , mas como oprossegu imento o demonst rou , apart ida já estava estratégicamentedecidida após esses dois lances dasBrancas.Outros exemplos da fraqueza do P5Rbranco podem ser vistos nas partidasBrinckman x Nimzowitch; Reshevsky xFine; e J. M. Crstiá x Eliskases.0-1

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347diagrama 478

a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

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2

1

8

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1

A P R O V E I T A M E N T O D O P E Ã OPASSADOHá três maneiras diversas de se tirarproveito de um Peão passado:1 - Conseguir sua promoção a Dama,ou outra peça de valor. Evidentemente,é a aspiração máxima do Peão.2 - Avançando-o, mesmo com seusacrifício:a ) p a r a d a r s u a c a s a à p e ç acompanheira, principalmente o Cavalo(diagrama 478) eb) para abrir diagonais para a Dama eos Bispos (diagrama 479).3 - Avançando-o, para dar apoio aoutras peças em terr i tór io in imigo(diagrama 480).No diagrama 478, as Brancas ganham,s a c r i f i c a n d o o P B R p a s s a d o d amaneira seguinte: 1.xd5+ xd5

2.f7+! Sacrificando o Peão para dar acasa 6BR ao Cavalo b ranco . xf7

3.f6+ E as Brancas ganham a Damainimiga. O sacrifício do Peão passadotornou possível um fulminante remate.

348diagrama 479

a b c d e f g h

a b c d e f g h

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1

8

7

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4

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1

No d iagrama 479, o PBD pre to épassado. Em sua pos ição obst ru iimportante diagonal para a Dama preta.Com seu sacrifício, o segundo jogadorconsegue um remate magnífico. 1...c4!Abre a d iagonal para a Dama comganho de tempo, em virtude do "garfo".

2.xc4 f2+ 3.g1 h3+Realiza-se o mate já visto (diagrama304). 4.h1 g1+!! 5.xg1 f2#Uma combinação magnífica, possívelgraças ao sacrifício do Peão passado,que abr iu a diagonal para a Damacompanheira.Outros sacrifícios de Peões, emboranão passados, mas com a mesmaidéia de dar casas ou abrir diagonaispara as próprias peças, podem servistas no capítulo terceiro e na partidaSteinitz x Von Bardeleben.

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349diagrama 480

a b c d e f g h

a b c d e f g h

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1

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1

A posição do diagrama 480 ocorreu napartida A. Pomar x Reshevsky, Havana,1952. 1.d6! O avanço deste Peãopassado objet iva dar apoio à Torreb r a n c a n a c a s a 7 R . xh6+Apuradíssimo pelo tempo (o maiorinimigo do grande mestre americano)Reshevsky captura o PT, não se dandoconta do perigo iminente da entradada Torre branca na sétima horizontal.

2.g1 f8 3.e7+! Ganhando asét ima horizontal e uma peça. g8

4.d5+ h8 5.d4+ g8 6.d5+ h8 Repetição de lances feita parag a n h a r t e m p o n o r e l ó g i o , v i s t oencontrar-se igualmente "apertado"pelo relógio o espanhol Pomar. 7.xd7

c1+ 8.f1 f6 9.e5 Abandonam.O avanço do Peão passado possibilitoua entrada da Torre na sétima horizontal,o que decidiu a partida.1-0

350diagrama 482

a b c d e f g h

a b c d e f g h

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1

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1

C O M O C O M B A T E R O P E Ã OPASSADO(ver mais informações no livro)A pos ição do d iagrama 482 - comalgumas modif icações fe i tas paraadaptá-lo ao tema em estudo - é, emessência, a que ocorreu na part idaAndersen x Paulsen.O Cavalo branco de 5D bloqueia o PDpassado das Pretas, à semelhança doque ocorre na luta con t ra o Peãoisolado (Peão isolado e Peão passadog u a r d a m m u i t a a n a l o g i a n o q u econcerne às suas desvantagens).O Cavalo bloqueador não pode sera tacado f ron ta lmente e , a lém derestringir a posição inimiga (observar apouca ação do PR preto), coopera paraa combinação ganhante seguin te:

1.ef6+! gxf6 2.xf6+ f7 3.xh7+ g7 4.xg7+ xg7 5.xe8+ f8 6.xf5+ xf5 7.xd6 e a vantagemobtida é suficiente para o ganho.

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351diagrama 483

a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

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6

5

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3

2

1

8

7

6

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4

3

2

1

PEÕES PASSADOS PRIVILEGIADOSNimzowitch dá essa denominação aPeões que gozam de maior liberdadede atuação e que são superiores aosPeões passados comuns.São eles:1 - Peão passado distante2 - Peão passado defendido3 - Dois Peões passados ligados.O Peão passado d is tan te (o PTDbranco no diagrama 483), avançandoou sacrificando-se, atrai o Rei inimigo,d e s v i a n d o - o d e o u t r o s s e t o r e simportantes. É temido nos finais dePeões.No d i ag ra ma 4 83 , o PT D b ra nc opassado distante atrai o Rei preto,afastando-o de seus Peões da ala doRei. Conseqüentemente, o Rei brancof i ca em l ibe rdade para a tacar osPeões adversários.Jogando as Pretas na pos ição dod iag ra ma 4 8 3 , u ma c on t i nu a ç ã oprovável seria: 1...c6 2.a5 b5

3.d5 xa5 (o Rei preto foi no canto

da Sereia...) 4.e6 f5 5.gxf5 gxf5 6.xf5 e as Brancas ganham o finalcom facilidade.Outra magnifica ilustração da força doPeão passado distante pode ser vistano diagrama 176.

352diagrama 484

a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

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5

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2

1

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6

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3

2

1

No diagrama 484, o PBD branco é umPeão passado defendido, superior aoPTR in imigo, que é s implesmentepassado.A razão é simples, pois enquanto oRei branco pode dirigir-se à ala do Reie capturar o PTR contrário, o Rei pretod e v e r á p e r m a n e c e r d e n t r o d oquadrado do PB branco e sem podercapturá-lo. A força desse Peão residejustamente no fato da impossibilidadede sua cap tu ra pe lo Re i in imigo .Const i tu i um e lemento de g randeeficiência nos finais.Uma continuação possível, tendo asPretas o lance, no diagrama 484, seriaa seguinte: 1...e5 2.f3 f5 3.g3

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e5 (o Rei preto não pode afastar-sedo quadrado do PB branco).

[ Se 3...g5 4.c6 e ganham asBrancas. f6 5.c7 e7 6.c8 ]

4.h4 d5 5.xh5 c6 e o final éfacilmente ganho pelas Brancas após

6.g5 d5 7.f5 c6 8.e6 c7 9.d5 d7 10.c6+ c8 11.d6 d8 12.c7+ c8 13.c6! a5 14.bxa5 b4 15.a6 b3 16.a7 b2 17.a8#1-0

353diagrama 485

a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

7

6

5

4

3

2

1

8

7

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5

4

3

2

1

Os Peões passados unidos ganhamfacilmente.Vejamos o procedimento ganhante nodiagrama 485, tendo as Brancas olance: 1.a6! (O correto)

[ Se 1.b6+? após b7 2.d6 f3 3.e6 e2 4.f6 f3 5.g7 e2 6.xh7 h5! 7.h6 a6haveria empate. ]

1...d3 2.d4 f1 3.b4+ a8 4.a5 e2 5.b6 e ganham.

Dois Peões passados e unidos nasexta horizontal são superiores mesmoa uma Torre (vide diagrama 205).Mais exemplos de Peões passados(c omun s , d i s tan t es , d e f end idos ,unidos) poderão ser vistos no capítulodos finais diversos de Rei e Peões. Nodiagrama 177 (final da partida Pillsburyx Gunsberg, Hastings, 1895) há umve r d a d e i r o r a m a l h e t e d e P e õ e spassados.QUANDO SE DE VE AVA NÇAR OPEÃO PASSADO?Resumindo:1 - Quando seu bloqueio, sendo débilou inexistente, é possível:A - Realizar sua promoção.B - Quando o avanço aumenta seuvalor, no sentido de contribuir paradefender novos pontos importantes, oudar apoio a outras peças.C - Quando serve para abrir caminhoao Rei, que vem atrás ou ao seu lado.D - Quando se pretende sacrificar oPeão, seja:a) para dar sua casa a outra peça;b) para abrir diagonais e;c ) pa ra f a z e r o i n i m igo p e rde r omáx imo de tempo (c aso do Peãopassado distante).QUANDO NÃO SE DEVE AVANÇAR OPEÃO PASSADO?Resumindo:1 - Quando faltar uma das boas razõesacima apontadas.2 - Q uando pode s e r f o r t emen t ebloqueado, ou quando iria defender ouapoiar pontos sem importância.Como diz Nimzowitch: "é fácil obterPeões passados; o difícil é velar porseu futuro". Daí o cuidado que se deveter, quando se pretende avançá-los.

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354 D05NimzowitchVon Gottschall

Partida 16[Ataque Nimzowitch]

PARTIDA No 16Breslau, 1925. Ataque Nimzowitch 1.f3 e6 2.d4 d5 3.e3 f6 4.b3O lance 1. C3BR, em conexção com o"fianchetto" do BD, constitui o AtaqueNimzowitch. bd7 5.d3 c6 6.0-0

d6 7.b2 c7 8.c4 Para evitar aameaça 8...,P4R, as Brancas dão inícioa um ataque no centro. b6

[ Já agora 8...e5 não seriarecomendável, por 9.cxd5 xd5 ( se 9...cxd5 10.dxe5 e o PD pretoficaria isolado) 10.c3 e as Brancasteriam melhor jogo. ]

9.c3 b7 10.c1 c8 11.cxd5 exd5 12.e4! Abrindo vias para aspeças brancas. dxe4 13.xe4 xe4

14.xe4 0-0 De nenhuma maneira oPD branco isolado é fraco. As Brancast ê m c o m p e n s a ç õ e s n o m e l h o rdesenvolvimento, nas possibilidadesde ataque na ala do Rei e na coluna doRei, aberta para suas Torres. 15.d5!Com es te avanço, conseguem asBrancas abrir a diagonal para seu BD,ganhando um tempo pelo ataque aoPBD in im igo . c5 O PD passado doprimeiro jogador, viu-se, logo ao nascer,f o r t e m e n t e b l o q u e a d o . H á u mb l o q u e a d o r p r i n c i p a l ( o B i s p oa d v e r s á r i o ) e , a i n d a m a i s , u mbloqueador reserva, isto é, o Cavalopreto.Como t i ra r p rove i to de ta l Peão?Evidentemente, em levantando ta lbloqueio, para torná-lo um Peão móvel,i dé i a q u e N imz o wi t c h re a l i z a d e

manei ra magi s t ra l . 16.e1 d8 17.b1! Inicia Nimzowitch um plano,com o fim de distrair e anular as peçasbloqueadoras de seu Peão passado.

e8 18.d3 f8 Para nãoenfraquecer a estrutura do roque - oque sucederia após 18...,P3C.As Pretas defendem seu PTR atacadocom o Cavalo; o bloqueador reserva jáfoi, portanto, desviado. 19.xe8! xe8

20.h4 f6 21.f5 Atacando obloqueador principal. d8 22.xf6!Este sacrifício está relacionado com aidéia de afastar o Bispo preto de 3D, afim de levantar o bloqueio do Peãopassado. xh2+ As Pretas estãoobrigadas a aceitar a troca indireta dosBispos.

[ Se 22...gxf6 segue 23.xd6 xd6 24.g3+ g6 25.xd6 ]

23.xh2 gxf6 O PD tornou-sef i n a l men t e m óve l , c o m ân s ia d eexpansão. 24.g3+ g6 25.f4Defendendo indiretamente o Peãopassado, que se encon t rava s obameaça de captura. Se 25...,BxP; ou25...,TxP; seguir-se-ia 26. T1R e 27.C7R+, etc. h8 26.e1 f8!

[ Uma variante citada por Nimzowitchem seu livro, e que bem acentua ovalor do Peão passado, aconteceriaapós 26...g8? 27.e7 xe7

28.xe7 xg3+ 29.xg3 g8+ 30.f2 g7 31.d6 xe7 32.dxe7 c6 33.e4 e8 34.f5!! g7 35.d5! (o PD não pode ser sequera m e a ç a d o ! ) h6 36.f3 g5

37.e4 e as Pretas não têm defesacontra a ameaça B7C, R5D e B6B,que determina a queda do bloqueioe promoção do Peão passado. Ex:

h5 38.b7 h4 39.d5 xf5 40.c6 f7+ 41.d6 f4 42.d5

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g6 43.d7 e5 44.c6 f5 45.d8 f6 46.e8 h3 47.gxh3 xe8 48.xe8 c4 49.d8 cxb3 50.axb3 e5 51.e8+ f4 ]

27.d6! Agora, a excelente casa 7R estáa disposição da Torre ou do Cavalodas Brancas. d7

[ Se 27...c8 haveria a continuaçãoseguinte: 28.e7 h6+ 29.g1

xf4 30.xc8 xc8 31.d7ganhando. ]

28.c3! xd6 [ Se 28...f7 a ameaça era 29.e8+ xe8 30.xf6+ g8 31.h6# ] [ Se 28...d8 então 29.e7!ganhando igualmente.As jogadas ganhadoras T7R e C7Rsão conseqüências do avanço doPeão passado. ]

As Pretas resolveram-se pelo sacrifíciod a q u a l i d a d e , p a r a a l i v i a r s u aincômoda posição. 29.xd6 xd6

30.xg6 hxg6 31.e8+ g7 32.g3As Brancas ganharam de acordo coma continuação seguinte: c6 33.e3

d7 34.f5! xg3+ 35.xg3 xf5 36.e7+ h6 37.xa7 b1 38.a6 b5 39.a4 bxa4 40.bxa4 (novo Peãopassado em cena) g5 41.b6 e4

42.a5 f5 43.a6 c4 44.a7 c3 45.b3 f4+ 46.f2 c2 47.c3 E as Pretasabandonaram.Na análise desta partida, os marcosprincipais foram os seguintes:1 - O avanço do Peão centra l (15.P5D!), que permitiu abrir a diagonalpara o BD "fianchettado" e originar umPeão passado.2 - Como ta l Peão se encont ravafortemente bloqueado, as Brancasmanobraram de forma a desviar aspeças bloqueadoras, conseguindo,pela ameaça direta ao roque preto (17.

B1C! e 18. D3D), afastar o bloqueadorreserva.3 - Com um sacr ifíc io de peça (22.BxP), forçaram a troca indireta dosBipos, desaparecendo o bloqueadorprincipal. O Peão passado tornou-semóvel, ansioso por expansão.4 - Vimos por que não seria possível26...,D1C; por uma variante que levariao Peão passado à promoção, suaaspiração máxima.5 - Com 27. P6D!, as Brancas deramapoio, na casa 7R, às duas peças,Cavalo e Torre.6 - As P re t as f o ram f o r ç ada s aosacrifício de qualidade, evitando, assim,as jogadas ganhadoras 28. C7R e 29.T7R, as quais devem ser consideradascomo conseqüências do avanço doPeão passado.7 - As Brancas venceram graças àvantagem material obtida, possível pelobom aproveitamento do PD passado.1-0

355 E00S. ReshevskyR. Fine

Partida 17[Abertura Catalã]

PARTIDA No 17AVRO (Holanda), 1938. PD - AberturaCatalã 1.d4 f6 2.c4 e6 3.c3 d5 4.g3

dxc4 5.a4+ bd7 6.g2 a6 7.f3!(Vide estudo teórico desta abertura)

e7 [ As Pretas não podem jogar 7...b5por 8.xb5! ]

8.e5 Uma novidade de Reshevsky,que se revelou de duvidoso valor. b8

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9.xc4 As Pretas ameaçavamdefender o PBD com 9.. . ,P4CD. b5

10.b3 xe5 11.dxe5 (As Pretasconseguiram maioria de Peões na alada Dama) A estratégia empregada porReshevsky, na abertura, não foi feliz;as Pretas obtiveram jogo cômodo e oPR b ranco , l onge de res t r i ng i r aposição preta, tornou-se débil , porconstituir alvo fácil de ataque.Ao lado dessa debilidade, acresce,ainda, a maioria de Peões pretos naala da Dama, uma vantagem para of i n a l . C o n t r a l e s s a p r i m a z i a d osegundo jogador, não dispõem asBrancas de nenhuma compensação.

d7 12.f4 Este lance foi criticadopor Euwe, num artigo em "Chess", emque estuda as aberturas do torneio deAVRO. O ex-campeão mundial opinouq u e R e s h e v s k y d e v e r i a t e rexperimentado 12. P4B, pois, com olance do texto (12. B4B) originam-sed i f i cu ldades na de fesa do PR. c5A maior ia de Peões pre tos é umavantagem real, que permite a formaçãode um Peão passado. Já a maioriadas B ranc as é apenas aparen te .Encontram-se Peões dobrados em seumeio, que tornaram difícil a obtençãode um Peão passado (na par t i daseguinte estudaremos esse assunto).Não têm, pois, as Pretas, necessidadede b l o quea r a m a io r i a de Pe õe sbrancos na ala do Rei. Sua condutaresume-se em apenas dois dos itensacima apontados, isto é:1 - Troca de peças.2 - Avanço da maioria da ala da Dama.

13.0-0 c7 Ao estudanterecomendamos tirar do tabuleiro todasas peças de ambos os lados, comexceção dos Reis e dos Peões, e jogar

o final que se depara, o qual é ganhopelas Pretas, sem muitas dificuldades.Tal exercíc io tornará mais c laro oobjetivo das Pretas nesta posição ee m o u t r a s s i m i l a r e s . ( V e r o smovimentos no l i vro) 14.a4 0-0!

15.axb5 axb5 16.e4 [ É claro que não é possível 16.xb5? por b6 ganhando asPretas uma peça. ]

16...b7 17.a7 Ameaçando 18.DxPC. b6 18.fa1 a8! O últimolance de Fine obriga a troca das duasTorres, manobra que facilita o planodo segundo jogador, que é chegar oquanto antes a um final.Aqui , a teor ia da simpl i f icação deCapablanca, se aplica admiravelmente.As Pretas precisam reduzir o materialao mín imo (Peões) , conservandoa p e n a s a q u e l e s e l e m e n t o s q u eapresentam desequilíbrio posicionalentre si. 19.xa8 xa8 20.xa8+

xa8 21.d3 c6 22.g5 xg5!Mais uma t r oca que bene f i c ia àsPretas. 23.xg5 b7!

[ Não era possível 23...xg2? por 24.xd7! ] [ nem 23...xe5 por 24.d6ganhando sempre as Brancas. ]

24.f3 Evitam as Brancas novasimplificação, que mais agravaria suainferioridade. h6! Já era tempo de daruma casa de escape ao Rei preto.

25.e7 [ Ao mesmo tempo, priva oenf raquecido PR branco de suadefesa, porque à 25.f4 seguir-se-ia g5! ]

25...c4! O PR branco está no "papo".Urge defender a maioria de Peões daala da Dama. 26.c3 xe5 27.c5

[ Claro, a 27.xe5 xe7 ]

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27...d7 28.d4 e5! Elegante epreciso. Fine devolve o Peão, porémconsegue ainda mais s impl i f icar aposição. 29.xe5 b4! Ganhando umtempo para o avanço dos Peões, vistonão poderem jogar as Brancas 30.DxPB, atentas que devem f icar nadefesa do BD.Agora, as Brancas possuem tambémuma ma io r i a de Pe ões c ap az d ep a s s a r u m P e ã o , p o r é m t a leventualidade, na posição, é utópica:os Peões pretos estão próximos àmeta de chegada. 30.d4 xe5

31.xe5 c3! 32.b3 [ Aqui 32.bxc3 permitiria o ganhocom a continuação b3 33.f5 e4!etc. ]

Mas, agora, conseguiram as Pretas oobjetivo pretendido na fase inicial domeio jogo, que é a formação de umPeão passado, e sua conseqüentepromoção. O resto é muito simples.

32...b6+ 33.f1 c2 34.b2 c5 35.c1 d5 36.f4 xg2+ 37.xg2 d5+ As Brancas abandonam, poisnão há defesa contra 38...,D8D.Uma partida ilustrativa para o temaque estamos estudando.0-1

356 C68E. LaskerS. Tarrasch

Partida 18[Abertura Ruy Lopez]

PARTIDA No 18Du s s e l d o r f , 1 9 0 8 . " M a t c h " p e l ocampeonato mundial (1a Part ida) -Abertura Ruy Lopez 1.e4 e5 2.f3 c6 3.b5 a6

4.xc6 dxc6 5.d4 exd4 6.xd4 xd4 7.xd4 Esta posição éfac i lmente at ingida, desde que asBrancas empreguem a Variante dasTrocas da Abertura Ruy Lopez.As Brancas têm igualdade de Peões,mas o final lhes é facilmente ganho,porque possuem super ior idade dePeões no flanco do Rei e as Pretastêm um Peão dobrado no setor oposto.Os t rês Peões brancos da a la daDama conseguem, sem dificuldade,deter os quatro adversários, por estarum deles dobrado.Eis a razão porque são débeis osPeões dobrados. A causa não está napossibilidade de sua captura, ou nafraqueza de casas, como sucede como Peão isolado e o Peão atrasado. Ad e b i l i d a d e d o s P e õ e s d o b r a d o smanifesta-se, simplesmente, quandose faz sentir a necessidade de obterum Peão passado. São bastante fortespara ev i ta r qua lquer i n tenção doinimigo em querer forçar um Peãopassado através deles, porém sãodébeis demais para produzir um Peãopassado entre eles.Sua debi l idade aumenta quando oadversário tem uma maioria de Peõesna outra ala, como é o caso presente.

c5 Estudamos a continuação correta,que nasce de 7...,B2D! 8.e2 d7

9.b3! c6 10.f3 e7 11.b2 f6?Quem tenha entendido o tema, quevimos desenvolvendo, criticará, e comrazão, esta jogada de Tarrasch, quep e r m i t e a t r o c a d e s e u B R ,desaparecendo assim a compensaçãodas Pretas, que é o par de Bisposcontra a maioria de Peões das Brancasna ala do Rei.Talvez fosse prefer ível 11. . . ,C3B,

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seguido de O-O-O. 12.xf6 xf6 13.d2 0-0-0 14.0-0-0! O Rei estarámelhor situado na ala da Dama. OsPeões brancos da ala do Rei podemagora avançar impunemente. Com omonarca na ala do Rei esse avançolhe enfraqueceria a própria posição.

d7 15.f4 e8 16.c4 b6 17.a4!As Brancas protelam por um lance atroca das Torres, na coluna da Dama.Lasker deseja provocar a jogada 17...,P4TD, com a idéia de bloquear osPeões inimigos dessa ala. a5 18.xd7Simp l i f i cação, um dos requ is i t osexigidos para a valorização de umamaioria de Peões. xd7 19.d1 e5

20.xe5 Repete-se o comentárioanterior. xe5 21.c4! O grandemest re a lemão Lasker consegu iuconstituir uma formação muito fortecontra os Peões inimigos da ala daDama. Os Peões brancos dispostosem "V" sustam qualquer avanço dosPeões inimigos. e8 22.h5 g8

[ Se 22...g6 a resposta seria 23.f6! ]

23.d3 f6 24.d2 Como sempre, acentralização do Rei é fundamentalpara um final de partida. e8 25.g3

d7 26.e3 São fatores dasuper ior idade das Brancas, nestaposição:1 - A vantagem teórica de um Peão naala da Dama, já que os três Peõesbranc os des s a a la b loqu e iam osquatro inimigos.2 - A vantagem material de um Peãona ala do Rei.3 - A melhor posição de seu Rei.4 - A superioridade do Cavalo sobre oBispo. e8 27.h5 e7 28.g4 c6

29.h4 c7 30.g5 f5 31.g3!Para retomar em 4R com o Cavalo e

não com o PB, a idéia é manter ligadosos Peões da ala do Rei. fxe4 32.xe4

f5 33.h5 d7 34.c3! Agora nãoconvém a troca das Torres, em cujocaso a v i t ó r ia das B ranc as se r i adificultada, visto que o Bispo, cedo outarde, atacaria os Peões da ala daDama.

[ Para exemplo citemos a variante: 34.xd7+ xd7 35.f4 e6 36.d6 c2! etc. ]

A permanência da Torre branca, naterceira horizontal, é indispensávelpara o avanço dos Peões brancos naala do Rei. 34...d1 35.f4 d7

[ Se 35...xe4 a continuação seria 36.xe4 h1 37.d3 xh5 38.f5seguido de P4B e R6R. ]

36.e3 h1 37.g3 h4+ 38.e5 h3 39.f4 d8

[ Ineficaz seria a continuação 39...g4 por 40.f5 xh5 41.e6ganhando. ]

40.f5 Nada pode deter o avanço damaioria dos Peões brancos. A maneirade valorizar essa vantagem, por partede Lasker, é magistral. h4 41.f6

gxf6+ 42.xf6 e8 43.f5!Um lance magnífico. f4

[ Se 43...xh5 ganhariam asB r a n c a s c o m 44.xe8+ xe8

45.g7+ etc. ] 44.g6 hxg6 45.hxg6 Finalmente, estáorganizado o Peão passado, objetivoprocurado pelas Brancas desde olance 4. BxC. g4 46.xe8+! xe8

47.g7 d7 48.h4! xg7Desespero.

[ Se 48...f4+ seguiria 49.f5 g4 50.f7 etc. ]

49.xg7 e6 50.f3 f5 51.f7 e4 52.e7! d3

[ Se 52...xf3 53.d7 ganhando os

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Peões inimigos. ] 53.d7 c3 54.xc6 xb3 55.b5Abandonam.Uma magnífica lição técnica do grandemestre Emanuel Lasker , campeãomundial durante 27 anos (de 1894 a1921).1-0

357 C42CapablancaKostich

Partida 19[Defesa Petroff]

PARTIDA No 19Havana, 1919. (1a do "match") PR -Defesa Petroff 1.e4 e5 2.f3 f6 3.xe5 d6

4.f3 xe4 5.e2! Embora estelance permi ta a t roca das Damas,torna possível manter a vantagem dedesenvolvimento para as Brancas. e7

6.d3 f6 7.g5 xe2+ 8.xe2 e7 9.c3 d7 10.0-0 0-0 11.fe1 c6 12.d4 fe8 13.b5 a6 14.a4 b5 15.b3 a5 16.e3 c6

[ Após 16...xb3 as Pretas ficariamcom um par de Bispos restringidos.Daí Kostich procurar reter seu CD. ]

17.ae1 f8 18.f4 b7 19.h3 h6 20.h2 d8 21.xe8+ xe8 22.a4 c5 23.e4 xe4 24.d5 a7 25.xe4 e7 26.axb5 axb5 27.dxc5 dxc5 28.b8 a8 29.g3 a7 30.b8 a8 31.g3 a7Esta repetição de lances é feita com oobjetivo de ganhar tempo no relógio.

32.e5 d8 33.b3 e6 34.d5 d4 35.c3 f5 36.h2 b4 37.g4 d6 38.c4 a3 39.e3 c8 40.b7Os do is l ados d ispõem do par de

Bispos, mas enquanto o das Brancas éat ivo e domina o tabu le i ro , o dasPretas é de pouca ação, visto tratar-sede um par de Bispos restringidos. a7

41.d5 f6 42.f3 c6 43.h4 d4 44.f5 xf5 45.gxf5 d7 46.e4 a6 47.d3 c6 48.xc6 xc6Co m o v e r e m o s ( t e m a d o p a r d eB ispos ) , o lado que tem o par deBispos em atividade contra um par deBispos restringidos, ou contra Bispo eCavalo, vence a part ida, seja pelaprópr ia f orça dessas duas peçascombinadas (os dois Bispos), sejapela troca, em momento oportuno, deum dos Bispos, ficando que com umBispo superior a um Cavalo (Bispo bomx Cavalo), quer com um Bispo superiora outro Bispo, como é o caso presente.A posição do diagrama 490 é a querealmente nos interessa para o estudodo tema em ques tão. As Brancaspossuem o Bispo bom, ao passo queas Pretas têm o Bispo mau, isto é, oBispo de cor igual a de seus Peõesfixos. Por se situar atrás desses Peões,trata-se de um Bispo mau estático.A vantagem das Brancas se refere,pois , à maior mobi l idade que seuBispo desfruta. Basta contar as casasque a mb os o s B i s p o s t ê m à s u ad ispos iç ão , para s e ava l ia r quãosuperior é o Bispo de cor igual a deseus.Ainda mais, as Brancas têm um únicoponto débil em seu território, que é oPeão de 3CD; ao contrário, as Pretaspossuem dois pontos débeis, o P4BD ea casa 3CR. O P5BR branco, emboradobrado, exerce ação restr i t iva nocampo in imigo. Longe de ser umadebil idade, const i tui, isto sim, umavantagem.

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A superioridade do Bispo bom e ospontos débeis inimigos dão às Brancasuma vantagem incontestável. 49.g2Nos f i na i s , o Re i é uma peç a deg r a n d e v a l o r ; d e v e s e r l o g ocentralizado. a6 50.f3 a2 51.g3Protege seu PBR atacado, libertando oRei de sua defesa e tornando possívelo avanço do monarca. e8 52.f4

a3 53.e3 O Bispo ocupa, agora,casa idea l : defende o P2BR e, aomesmo tempo, ataca o Peão débi li n i m i g o d e 4 B D . a1 54.g4Rumo à casa fraca inimiga 3 CR. a7

55.h5 f7 56.d5 Nas lutas purasde Bispo bom contra Bispo mau, isto é,com apenas Bispos e Peões, há maisdificuldades para se impor a vantagemdo Bispo superior. Por via de regra,são necessários três pontos fracos nocampo inimigo para se pretender avitória.Ao contrário, existindo mais peças,uma Torre para cada lado, por exemplo,como é o caso da partida, a vantagemdo Bispo bom mais se acentua e éma is f ac i lmente aprove i táve l . a3A única defesa das Pretas consiste ematacar o PCD das Brancas.

[ Inútil seria 56...c7 por 57.h4 f8 ( 57...c8? 58.d7! seguido de 59.T7T ) 58.d8 e7 59.a8 etc. ]

57.d7 e8 [ Se 57...xb3 segue-se 58.xc5!e ganham. ]

58.d3 f7 59.h4 a7 60.d5 a5Nesta posição jogam as Brancas.Se o lance fosse das Pretas, estariamelas (as Pretas) em "zugzwang", isto é,perder iam qualquer que fosse suajogada.As Brancas devem, pois, perder umtempo, o que conseguem, na posição,

movimentando a Torre e fazendo-aocupar sua casa primitiva num númeroímpar de jogadas, isto é, três lances.Se a s P r e t as pu d es s em rea l i z a rmanobra idênt ica, as Brancas nãoobteriam o resultado almejado. 61.d7

e8 Lance forçado, já que a Torre nãopode abandonar a defesa do PBD porcausa de 62. BxP, ganhando, ainda, oBispo preto. 62.d3! Agora a ameaçaé 63. R6C, o que força, mais uma vez,a r e s p o s t a p r e t a . f7 63.d5!E foi atingida a posição, obtida após o60o lance das Pretas, mas tendo elas olance. a3

[ Sea) 63...f8 64.d7+ e8 ( ou

64...e7 ) 65.c7 e ganhariam ojogo as Brancas. ]

[ b) 63...f8 64.g6 a3 65.xc5 xc5 66.xc5 xb3 67.c8+ganhando igualmente. ]

64.xc5! xc5 65.xc5 xb3Os Bispos foram trocados e igualado omaterial. Mas, as Brancas já dispõemde vantagem posicional suficiente parao ganho, graças à entrada de seu Reina casa 3CR preta . 66.c7+ f8

67.g6 E, por fim, realiza-se a entradado Rei branco em 3CR, decidindo apartida. f3 68.f7+ e8 69.xg7

f4 70.h5 xc4 71.xh6 f8 72.b7 g4 73.f3! Coloca as Pretasnum di lema: ent regar o PCD, suaúnica esperança, ou impedir o Reib r a n c o d e a t i n g i r à c a s a 3 C R ,capturando o PBR e avançando seuPT. g5 74.xb4 f7 O final estáabsolutamente ganho para as Brancas.C a p a b l a n c a d e m o n s t r a , n oprosseguimento, sua alta técnica definalista. 75.g4! xf5 76.f4 a5

[ Se 76...e7 77.g6! ]

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77.g7+ f8 78.b7 f5 79.g6 a6+ 80.xf5 a5+ 81.g4! a6 82.g5 c6 83.f5 g8 84.f6 c1 85.g7+ f8 86.h6 Abandonam.Não há defesa contra a manobra P7Tseguido de T8C+ e P8T=D. Se g1+segue 87.f5 f1+ 88.e5 e1+

89.d4 d1+ [ 89...f1 90.h7! ]

90.e3 e1+ 91.f2 etc.U m a p a r t i d a c o m m ú l t i p l o sensinamentos, tais como a arte demanter uma pequena vantagem naa b e r t u r a ( v a n t a g e m e mdesenvo lv imento ) , exp loração deponto débeis (os pontos pretos 4BD e3CR), como proceder para perder umtempo (movimentando uma peça efazendo-a voltar a sua casa de origemnu m n ú me ro í mp a r d e c a s a s ) e ,sobretudo, uma boa ilustração da lutade um Bispo bom cont ra um Bispomau.1-0

358 A15BogoljubowRomanovsky

Partida 20[Abertura Reti]

PARTIDA No 20Moscou, 1925. Abertura Reti 1.f3 f6 2.c4 d5 São boas asrespostas 2...,P4B; 2...,P3R; 2...,P3CRe 2...,P3D; esta última com a idéia dejogar ...,P4R. O lance escolhido porRomanovsky permite trocar um Peãode ala branco por um Peão centralpreto, o que é favorável ao primeirojogador. 3.cxd5 xd5 4.d4 g6 5.e4

f6 6.c3 g7 7.h3! Impede a

pregadura do CR pelo BD inimigo, oque enfraqueceria a defesa do PDbranco, e, ao mesmo tempo, tornapossível o desenvolvimento do BD em3R, reforçando o centro, sem temerum eventual ...,C5CR, seguido de ...,CxB. 0-0 8.e3 c6 9.d2 e8

10.d3 bd7 A ameaça das Pretas é,agora, 11.. . ,P4R!, com f inal idadesdiversas como:a) anular o domínio das casas centrais,que as Brancas possuem;b) dar jogo à TR preta e;c) transformar o PR branco num alvode ataque, após a troca do PR pretocom o PD adversário.As Brancas devem jogar com energia.

11.e5 Todo avanço de um Peão centraldeve ser bem meditado, porquanto,real izado sem a provocação de umPeão inimigo, enfraquece a posição edebilita os Peões e, não raro, o Peãoavançado torna-se alvo de ataque.Com este avanço, por exemplo, asBrancas deixam de controlar com o PRas casas 5D e 5BR e seu PD torna-seatrasado, uma fraqueza séria, comosabemos.Mas, neste caso, o avanço P5R revela-s e u m b o m l a n c e , p o i s s e n d o aresposta preta forçada, após 11...,C4D;12. CxC, PxC; desaparece a fraquezad o P D d o p r i m e i r o j o g a d o r . d5

12.xd5 cxd5 13.0-0 f6 E já o Peãobranco passa a ser atacado. 14.h6!

[ Não serve 14.exf6 porque após exf6 as Pretas obteriam posiçãoequilibrada. ]

Como as Pretas têm três ataques sobreo Peão branco, e as Brancas possuema p e n a s d u a s d e f e s a s , o g r a n d emestre ucraniano Bogoljubow decide-s e p o r e l i m i n a r u m a d a s p e ç a s

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atacantes, o Bispo de 2CR. 14...fxe5 [ Não é possível 14...h8 por 15.e6seguido de 16. B5CD, ganhando aqualidade. ]

15.xg7 xg7 16.dxe5 As Brancasrealizaram a troca de seu Bispo mau -o que agia pelas casas da mesma corde seus Peões avançados (os de 4D e5R) - pelo melhor Bispo do inimigo - oBispo de 2CR, que atuava por casasde cor oposta a de seu Peão maisavançado - o PD.O plano das Brancas é, agora, efetuartrocas de peças, principalmente deseu Bispo pelo Cavalo contrário, parareduzir a partida a uma luta de Cavalocontra Bispo estático, favorável aoCavalo, pela maior mobilidade que talpe ç a po s s u i n e s s a p o s i ç ã o . c5

17.d4! e6 Acertadamente,Romanovsky procura a t roca dosCavalos, após o que o final de Bispos,que se produziria, ainda que superioràs Brancas, por possuírem um Bispobom contra um Bispo estático, seriadifícil de ganhar, visto disporem asPre tas de um Peão passado, quep o d e r i a r e s u l t a r f o r t e . 18.e2!Claro! É preciso conservar este Cavalo.A troca que as Brancas desejam é a deseu Bispo pelo Cavalo inimigo, paraeliminar a única peça preta capaz dedesalojar o Cavalo branco da fortecasa 4D. f8 19.f4 b6+ 20.h2

d4 21.c3 Repete-se o últimocomentár io. e6 É preciso defender oPD atacado, porém esse lance limitama i s a i n d a a a ç ã o d o B D p r e t o .

22.ad1 f5 Fugindo à ameaça 23.BxP!, seguido de DxC, mas permitindoao primeiro jogador a desejada troca.

23.xf5 xf5 24.e2! d7 25.d4 f7 A posição branca indiscutivelmente

é superior e tal se deve:a) à ação restritiva que exerce o Peãobranco de 5R, o qual fiscaliza, ainda,as casas pretas 3D e 3BR e;b) à superioridade do Cavalo sobre oBispo, pois enquanto o Cavalo, situadoem casa inexpugnável, desenvolvegrande poder ofensivo, o Bispo preto,obstruído por seus próprios Peões,tem muito limitada a sua ação. 26.h4!A vantagem das Brancas, em resumo,é uma maior mobi l idade para suasforças , a qual se aprovei ta , comosabemos, com um ataque ao flanco doRei inimigo. Daí a razão do lance dotexto, e bem justificado por se achar ocentro bloqueado. af8 27.f3 h8

28.c1! O tema que estamosestudando (Cavalo x Bispo estático)constitui xadrez superior, estratégiarefinada.Mas, não devem ser o lv idados ostemas de menor f ida lgu ia , porémaltamente eficientes, como é o domíniode uma coluna aberta. d8 29.g3!Substitui a Dama na defesa do PBR, aqual pode , a segu i r , empreenderações agressivas na ala da Dama. b8

30.b4 g8 31.d6! e8Por que evitaram as Pretas a troca dasDamas?

[ A resposta está na continuação 31...xd6 32.exd6 d8 33.c7 e8 34.fc3 xd6 35.xf7 xf7 36.c7 seguido de TxPCD, etc. ]

32.c7 c8 33.xf7 xf7 34.c3 e8

[ Se 34...f8 haveria a elegantejogada 35.h3! e se então xf4?

36.f3 ganhando. ] 35.c7 g7 36.b5 a6

[ A troca das Torres daria ensejo àsseguin tes var iantes : a ) 36...xc7

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37.xc7 f7 ( b) 37...g8 38.e7!seguido de C8R e C6B.) 38.d8+

g8 39.e8! ganhando o Bispopreto. ]

37.c5! xc7 38.xc7 f7Perde um Peão, que é o menor dosmales.

[ a) 38...d8 39.d6 xd6 40.exd6 g7 41.a8 seguido de 42. C6C,ganhando o Bispo. ]

[ b) 38...g8 39.e7 g7 40.d8+ g8 41.e8 ganhando, igualmente,o Bispo. ]

39.xd5! d7 [ Se 39...exd5 seguiria 40.xc8+ g7 41.e6! e7 42.d7 f8 43.xd5 etc. ]

40.f6 c6 Por fim, o Bispo pretoconseguiu jogar, mas à custa de umPeão e de uma precária situação deseu Rei. O Cavalo branco continua aexercer pressão considerável sobre ojogo preto. 41.d6 h5 42.h3 g7

43.g4 f3 44.gxh5 gxh5 45.d3Ameaçando, ao mesmo tempo, o Bispoe o xeque em 7TR, seguido de DxD eCxPT. g4+ 46.xg4 hxg4+O Cavalo branco, tormento das Pretas,é, finalmente, eliminado, mas à custade mais um Peão. Prat icamente, apar t ida es tá dec id ida a favor dasBrancas. 47.xg4 h6 48.d8 h7

[ Ineficaz seria 48...f5+ por 49.g3ameaçando D5C+ ou D6B+, seguidode DxPR. ]

49.f6 g8+ 50.g5 c8 51.h5 c6 52.g6+ h8 53.g5Abandonam.Partida magnífica, muito elogiada naé p o c a ( 1 9 2 5 ) p e l o e x - c a m p e ã omundial Emanuel Lasker e que seencontra, igualmente, ilustrando o temaem estudo (Cavalo x Bispo estático)

num magistral artigo de Roberto Grau("Ajadrez Americano", janeiro de 1940),o inolvidável mestre argentino e umdos maiores didatas de xadrez que omundo já teve.1-0

359Partida 20[complemento]

a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

7

6

5

4

3

2

1

8

7

6

5

4

3

2

1

COMPLEMENTO DA PARTIDA 20A partida anterior é um caso da luta deum Cavalo contra um Bispo estático,com outras peças no tabuleiro.Igualmente interessantes são aquelescasos de finais puros dessas peças,sem outras que não sejam os Peões.Vejamos um exemplo: (diagrama 494)Es ta pos i ç ão oc or re u na p ar t i daEliskases x J. Birch e J. Mac-Grouther,Glasgow, 1933. Extraímo-la da grandeo b r a d o m e s t r e a u s t r í a c o E r i c hEliskases (atualmente natural izadoa r g e n t i n o ) , " J o g o d e P o s i ç ã o " ,esp lênd ido compênd io de xadrezescrito na língua portuguesa, editado

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no Rio de Janeiro em 1943.FATORES DA SUPERIORIDADE DASBRANCAS:A) O Cavalo é bem superior ao Bispoestático, limitado que esse último seencontra na defesa de seus PCD ePBR.B) As Pretas têm três pontos fracos(os Peões de 3CD, 3D e 3BR) e, tantonas lutas individuais de Bispo bomcontra Bispo estático, como nas deCavalo, Bispo estático, são precisos,pelo menos, três pontos débeis para olado que tem a melhor peça pretendera vitória.Na pos iç ão do d iagrama 494 , asBrancas tem, por tan to , vantagemsuficiente para obter o ganho.A p a r t i d a p r o s s e g u i u : 1.e3As Brancas vão manobrar para colocaro Rei em 5D e Cavalo em 4D. c7

2.d5 d8 3.c4 c7 4.d2 d8 5.f3 c7 6.d4 d8 7.e6 e7Ne s t a p o s i ç ã o , c l a r o é , o l a n c epertence às Brancas, mas, fossem asPretas a jogar, elas estariam perdidas("zugzwang").A luta individual do Bispo bom x Bispoestático e de Cavalo x Bispo estáticocaracteriza-se pelos "lances de perdade tempo".Já vimos essa manobra, que consisteem movimentar uma peça e voltar àsua posição primit iva, num númeroímpar de jogadas (3), com a Torre(partida Capablanca x Kostich) e como Bispo (diagrama 492). Vejamos talm a n o b r a c o m o R e i , j á q u e ,exclusivamente com lances de Cavalo,não se pode perder um tempo, isto é,n ã o s e c o n s e g u e t r a n s f e r i r a oadversário a obrigação de jogar. Éfácil verificar que o Cavalo volta à sua

posição primitiva num número par dejogadas.O R e i , p o r é m , p o d e e f e t u a r t a lmanobra, real izando o movimentotriangular do Rei, já visto. O monarcabranco movimenta-se e volta à suaposição inicial em três jogadas; assim,R4D, R4B e R5D. Tal procedimento éeficaz para o ganho, desde que nãopossa ser imitado pelo Rei preto, o quese dá no caso presente, visto que omonarca do segundo jogador podevoltar a 2D apenas vindo de 1D ou 2BD.Não podendo o Re i preto imi tar omovimento t r iangular do monarcabranco, a partida das Pretas estaráperdida. 8.d4! e8 Tem o mesmovalor de 45...,R1B.Na p a r t i d a e m q u e s t ã o , o s d o i sadversários de Eliskases, que jogavamem consulta, realizaram 45...,P3TR?; eapós 46. R5D! tiveram que abandonar,por se encontrarem em "zugzwang".

[ Interessante é a alternativa 8...d8à qual se segui r ia 9.c4! c7

10.d5 b8 11.d4! c7 12.c6e ganham as Brancas penetrandocom o Rei via 6R. ]

9.c4 d7 10.d5 E agora o lancepertence às Pretas, quando, após a44a jogada preta, o era das Brancas.

h6 11.h3 d8 As Pretas são forçadasa abandonar sua melhor posição dedefesa. Se 48...,R1B, ou 48...,R1R, asBra n c as s e gue m c om 4 9 . R6 B eganham. 12.xd8 xd8 13.xd6e ganham.Em resumo:1 - Nas lutas individuais de Bispo bomx Bispo estát ico e Cavalo x Bispoestático, assumem grande importânciaos chamados " lances de perda detempo", possíveis com a Torre, com o

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Bispo e com o Rei, mas impossíveiscom o Cavalo somente.2 - Tais manobras serão vitoriosasdesde que não possam ser repetidaspelo adversário; caso contrário, haveráempate.3 - Para pretender ganhar, o ladosuperior deve contar com pelo menostrês pontos débeis do adversário.

360 A11A. AlekhineM. Euwe

Partida 21[Abertura Reti]

PARTIDA No 21Ams te rd am, 1937 . 3 a par t i da dee x i b i ç ã o a p ó s o " m a t c h " p e l oCampeonato Mundial 1.f3 d5 2.c4 c6 3.e3 Usuais são 3.P 3 C D e 3 . P 3 C R . f5Tem por objetivo evitar que o BD pretose torne um Bispo mau estático, poisassim ficará fora da cadeia de Peões.Alekhine considerou perigosa essajogada, recomendando antes 3...,C3B.

4.cxd5 cxd5 5.b3 c7 6.b5+?Uma interrogação do próprio Alekhine,que indica como correta a jogada 6.C3B.

[ Pois, após 6.c3 e6 7.b5+ c6 8.a4 ameaçam as Brancas C4D,com vantagem. ]

O lance do texto permite às Pretasconseguir igualdade. 6...d7! 7.c3

e6 Euwe ameaça, agora, 8...,C3BD,tornando sem efeito a sexta jogada deseu adversário, daí Alekhine trocar osBispos. 8.xd7+ xd7 9.d4A abertura não foi favorável a Alekhine,pois as Brancas ficaram com o Bispo

d a m e s m a c o r d e s e u s P e õ e savançados e por t rás deles (Bispomau estático). O BR preto, ao contrário,é um Bispo bom. Para contornar essadesvantagem estratégica, teria sidomelhor 9. P3D, com a idéia de jogarP4R, após adequada preparação.

gf6 10.d2 a6! Um bom lance, coma finalidade de:a ) o p o r - s e à a m e a ç a 1 1 . T 1 B D ,seguido de 12. C5CD e;b) preparar B3D, sem os perigos deC5CD das B rancas . 11.0-0 d6

12.fc1! E não 12. TD1B, porqueA l e k h i n e , a e s t a s a l t u r a s , j á s eencontrava preocupado com seu BDinativo, e planejava um meio de fazê-loj o g a r . P o r i s s o m o v e u a T R ,reservando a TD para apoiar o avançodo PTD, essencial para o objetivo emmira. b6 As Pretas desejam a trocad a s D a m a s , p o i s d i s p õ e m d evantagem posicional, decorrente daposse do melhor Bispo, vantagem essaque mais se acentua com a troca depeças. 13.c2 c8 14.a4!Aparentemente sem finalidade, estel a n c e é o i n í c i o d e u m p l a n osurpreendente, que visa dar jogo aoBD. 0-0 Se 14...,P4TD, as Brancasteriam a casa 5CD para seu Cavalo.

15.a5 c7 16.b1 b8 17.h3!P a r a d e f e n d e r o P T R e j o g a rlivremente com o CR.

[ Já 17.b4 não seria bom, por e5! 18.dxe5 xe5 19.xe5 xe5ameaçando 20.. . ,BxP+; ou 20.. . ,P5D. ]

17...c6 18.b4 c4 19.a4 xc1+ 20.xc1 e4 21.c5! Eis aqui aprofundidade do plano de Alekhine.Es t e Ca va lo c r i a à s P re t a s u m asituação embaraçosa, pois:

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a) não pode ser desalojado por umP e ã o ( 2 1 . . . , P 3 C D ? ; 2 2 . C x P T ,ganhando um Peão);b ) d e n ã o s e r e l i m i n a d o , s u adominante posição compensar ia adesvantagem do Bispo estático e;c) se capturado, poderá ser retomadode PD e o Bispo branco de estáticopassaria a dinâmico. xc5 22.dxc5!Graças ao genia l p lano, A lekh inec o n s e g u i u v a l o r i z a r s e u B D eassegurar-se maioria de Peões na alada Dama, uma vantagem eficiente parao final.Numa conferência realizada em 1941,na sede do Clube de Xadrez São Paulo,em que esta partida foi apresentadacomo i lustração do tema do Bispodinâmico contra o Cavalo, o mestreEliskases, "secundante", traz à bailaas seguintes declarações de Alekhine:"Todos os meus esforços nesta partidat i v e r a m u m a ú n i c a f i n a l i d a d e :ressuscitar o Bispo morto com que mebrindara a abertura.Despertou muita admiração o extensoplano de jogar o PTD a 5T, o PCD a 4Ce o Cavalo a 5B, via 4TD, para retomarcom o PD, no caso de ser o Cavalocapturado. No entretanto, esse plano,qu e mo d i f i c o u c o m p le t a men t e oaspecto da luta, nada mais foi do queo resultado natural de consideraçõesposicionais." e5 23.xe5 xe5

24.b2 c7 25.d3 f6 26.c1!Ameaçando 27. P6B! c6 Chegamos,as s im , a uma l u t a de B i s po maudinâmico contra Cavalo, com maispeças no ta bu le i ro , f avorá ve l aoprimeiro, como sabemos.O Cavalo pode ser desalojado por meiodo P3B e os Peões colocados de talmaneira, que impeçam o Cavalo preto

de t o mar a s c as as c e n t r a i s ; po rconseguinte, o Cavalo, não tendopontos de apoio, será de pouco valor.

27.f3 g5 28.d1! f7 29.f4!Esto rva o sa l to do Cavalo a 4R ea m e a ç a 3 0 . P 5 B . b5?Uma das características do jogo deEuwe é procurar a troca de Damas emposições inferiores e, com freqüência,tal conduta lhe aumenta a inferioridade,ou mesmo lhe apressa a der ro ta ,como aconteceu no caso presente ena primeira partida do Torneio peloCampeonato do Mundo, em 1948,contra o russo Botwinnik.Em um artigo publicado logo após suabrilhante vitória nessa competição, sobo título "Minha luta pelo CampeonatoM u n d i a l " , o c a m p e ã o c h a m o u aa t e n ç ã o p a r a e s s a e o u t r a spart icularidades, não só do mestreh o l a n d ê s , c o m o d e s e u s o u t r o sadversários (V. Smyslov, P. Keres e S.Reshevsky) e várias de suas vitóriasforam devidas ao exato conhecimentod o e s t i l o d e c a d a u m , d e s u a speculiaridades, da reação diante desituações que podem ser provocadas.É a aplicação da psicologia ao xadrez,esgrimida com sucesso no passadopelo grande mestre alemão EmanuelLasker (considerado o fundador deuma verdadeira escola psicológica),b r i lhantemente desenvo lv ida porAlekhine, em seu tempo, e, igualmentedesenvolvida, pelo campeão seguinte,Botwinnik.Na partida em curso, apreciamos o ex-campeão mundial Max Euwe ceder aseus impulsos psicológicos, propondoa t roca de Damas. Mas o faz cominfelicidade. A casa 5CD branca é um"hole" e, após a t roca das Damas

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nessa casa, o "hole" perde importância,além de dar ao pr imeiro jogador ap o s s i b i l i d a d e d e c r i a r u m P e ã opassado, mediante a ruptura P6T ouP6B, além de possibilitar, igualmente,a ruptura P4R!.Preferível seria 29. . . ,T1D. 30.xb5

axb5 31.e4! d8 O final está ganhopara as Brancas.

[ Se 31...dxe4 seguiria 32.d7 e: a) d8 ( b) 32...b8 33.c6! bxc6 34.a6 a8 35.a7 d8 36.d4seguido de 37. B6C e ganham asBrancas. ) 33.f2 e as Pretasficariam paralisadas. ]

32.exd5 exd5 [ Se 32...xd5 a continuaçãovenc edo ra se r i a 33.xd5 exd5

34.c6! bxc6 35.a6 etc. ] 33.e1! f8

[ Ou 33...d4 34.xd4! xd4? 35.e8# ]

34.d4! Bloqueando o Peão passadodas Pretas. a8 35.c6! Um rematepossível devido à superioridade doBispo branco sobre o Cavalo inimigo.

d8 [ Se 35...bxc6 a continuação seria 36.c5+ g8 37.a6! d8 ( 37...xa6 38.e8# ) 38.a7seguidos lances brancos T7R, B6C,BxC, T7C e T8C, ganhando. ]

36.c5+ g8 37.e8+ Abandonam.Após f7 seguir-se-ia 38.cxb7 b8

39.xd8 xd8 40.a6 etc.Esta partida nos ensina que o tema doBispo bom, do Bispo mau estático edinâmico pode ser um ponto decisivono meio jogo.1-0

361 D17A. AlekhineM. Euwe

Partida 22[Defesa Eslava]

PARTIDA No 22Roterdã, 1937. Campeonato do Mundo- 2a partida do "match" - Gambito daDama/ Defesa Eslava. 1.d4 d5 2.c4 c6 3.f3 f6 4.c3

dxc4 5.a4 f5 6.e5 e6!Vide estudo teórico da Defesa Eslava.

7.g5 b4 8.xc4 d5Lance agressivo, atacando o Cavalo eimpedindo, no momento, o avanço P4Rdo inimigo. Taxado de inconvenientep o r a l g u n s c r í t i c o s , f o i , p o r é m ,considerado bom lance pelo próprioAlekhine.Após curta e forte tensão, as Pretasatingem posição equilibrada. 9.xf6

[ Inferiores seriam as continuações:a) 9.e3 por a5 10.xf5 xf5e; ]

[ b) 9.b3 por a6 com vantagempara as Pretas. ]

9...xc4 [ Retomada preferível a 9...gxf6 por 10.e3 a5 11.b3 e as Brancasteciam ligeira vantagem. ]

10.d2! A jogada de Alekhine é únicana posição.

[ A ameaça preta era 10.g5 xc3+ 11.bxc3 xc3+ 12.d2 xa1+etc. ]

[ Se 10.c1? a continuação seria gxf6 11.e4 a2 e as Pretas teriammelhor jogo. ]

10...gxf6 11.e4 b3 12.exf5 d7 13.fxe6 fxe6 Ambos os ladosapresentam fraquezas. O PD brancoficou isolado, porém, em compensação,

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é delicada a posição dos Peões pretos,e do próprio Rei, que está inseguro.

14.e2 0-0-0 15.0-0 Alekhine opinaque esta posição oferece idênticaspossibilidades ofensivas a um e outrolado. e5! Boa jogada de Euwe, quepermite instalar o Cavalo preot numaforte posição.

[ Seria perigosa para as Pretas aalternativa 15...b6 por 16.a5! a4

17.e3 xb2 18.fc1 e as Brancast e r i a m f o r t e a t a q u e n a a l a d aDama. ]

16.dxe5 xe5 17.c1 xc3?O então campeão mundial Euwe temeuo lance de Alekhine 18. C4R, daí essatroca que, na verdade, se revelouinoportuna e debilitante.

[ Como bem opina seu grande rival,seria preferível 17...hg8 pois se

18.e4 s e g u i r - s e - i a ( 18.e3 xb2! ) 18...f3+ 19.xf3 xf3 20.g3 g4 e as Pretas, dispondode um forte Bispo, teriam posiçãosatisfatória. ]

Após a débil jogada de Euwe, adquiremas Brancas partida superior, pois sãoelas que retêm um Bispo forte, superiorao Cavalo inimigo, uma vez que estaúltima peça será facilmente desalojadade sua forte posição atual. Um bomexemplo, que se deve ter ao realizar atroca de um Bispo por um Cavalo.

18.bxc3 hg8 19.e3 b8Defendendo o PTD do a taque daDama adversár ia. Após o pequenoroque, o PTR automaticamente passaa ser defendido pelo Rei; já no granderoque, com freqüência se requer ajogada R1C, para proteger o PTD. Éum tempo que se perde, ou, de umamaneira geral, uma das vantagens dopequeno roque. 20.g3 d7 21.ab1!

c2 [ É evidente que não é possível 21...xa4 por 22.a1! ]

22.fe1! É muito sutil esta jogada deAlekhine. Ameaça P4BR, expulsando oCavalo inimigo de sua forte posição, oque não seria possível sem o lance dotexto.

[ Pois a 22.f4? as Pretasresponderiam d2! 23.fe1 d3! ]

22...d2 A vantagem do Bispo bomb r a n c o c o n t r a o C a v a l o i n i m i g o(vantagem para o final) encontra-seainda apagada, devido à existência demu i t as peç a s no t abu le i r o . P a r ausufruírem essa primazia, as Brancasdevem procurar a troca das Damas ede uma Torre.O f inal , que então se apresentará,será conduzido com mais facilidadepelo primeiro jogador.Com 22...,D7D, Euwe propõe a trocadas Damas, pois acreditou atenuar aforte ameaça de Alekhine P4BR e, aomesmo tempo, obter compensação porsua desvantagem estratégica (Cavalo xBispo bom), em instalando uma Torrena sétima horizontal.Veremos como o genial Alekhine refutaas i n t en ç ões de s eu ve lh o r i va l .

23.xd2 Uma troca que, como jásabemos, torna mais aproveitável avantagem estratégica das Brancas. Éuma aplicação prática da teoria dasimpli f icação de Capablanca. xd2

24.f4 g6 Denominam-se casasfracas aquelas que não mais podemser defendidas por Peões. A fraquezad e s s a s c a s a s é p o s s i b i l i t a r s u aocupação por peças inimigas, queassim ganham em ef ic iênc ia e empoder.Desde que essas casas se originam

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de movimentos de Peões (daí a regra:t o d o a v a n ç o d e P e ã o p r o v o c aenfraquecimento de casas), não sepoderá jogar xadrez sem a criação detais debilidades.As casas fracas são verdadeiramentei m p o r t a n t e s q u a n d o p o d e m s e raproveitadas (só é débil o que podeser aproveitado) e tanto mais próximasse encontram, via de regra, do Rei. Senão é possível jogar sem cr iá- las,dever-se-á, porém, tratar de protegê-las por meio de peças.As Brancas têm casas fracas em 3D,4 R , 3 B R , 4 C R , 3 T R e 3 R , q u epoderiam ser ocupadas, por exemplo,pelo Cavalo preto.Porém, tais casas (com exceção da3R apenas) se encontram protegidas,ou facilmente protegidas, pelo Bispoque corre por diagonais da mesma cord e s s a s c a s a s f r a c a s . T a l f a t opossibilita medir a força do Bispo bom,p o i s e l e a t e n u a a f r a q u e z a d a schamadas casas fracas.Nenhum valor tem, igualmente, a casafraca de 3R, visto encontrar-se numacoluna dominada pela Torre branca de1R. 25.c4 gd8 Aparentemente éforte a pos ição das Torres pretas,dobradas em coluna aberta.Porém A lekh ine se encar rega dedesfazer essa harmonia e, com seupróximo lance, força a troca de umaTorre. 26.e6! A ameaça ésimplesmente 27. TxPBR e não 27.TxPBD? 8d6

[ Se 26...f5 27.f6 ( a 27.xc6?seguiria d1+ 28.xd1 bxc6 )]

[ Contra 26. T6R! não podem asPre tas responder 26...c2 por

27.a6! b6 28.xc6 etc. ] 27.be1 c7 28.xd6 xd6

[ Se 28...xd6 segue-se 29.g8!ameaçando BxP e T6R+, ganhandoum peão. ]

O Cavalo, peça de curto raio de ação,para ser ef ic iente, deve estar bempróx imo d as p eças in im igas ; da ínecessitar de fortes pontos centrais deapoio. O Bispo, ao contrário, peça delongo alcance, age mesmo à distância.Na posição do diagrama acima, dispõeo Bispo branco de um grande númerode casas , v is to não se encont ra robstruído por seus Peões, nem pelosdo adversário, o Cavalo, ao contrário,tem l imitada sua ação. O Bispo, nalimitação dos movimentos do Cavalo,atua em harmonia com seus Peões; opr imei ro domina as casas de c orbranca e os Peões, as casas de corpreta, impedindo os saltos do Cavalonas casas do primeiro jogador 4D, 5R,5CR e 4TR. Não dispondo, ainda, oCavalo preto de apoios centrais, parase aproximar do Rei branco, torna-seele uma peça de combate muito débil.Numa luta individual de Bispo bom xCavalo (com Peões, naturalmente, massem Torres), as Brancas não poderiamganhar, dado que a posição seria deequi l íbr io. Mas, com uma Torre dec a d a l a d o , s ã o g r a n d e s a spossibilidades das Brancas de obterema vi tór ia . 29.h4 Para poder jogar 30.R2B. d7 30.f2 e7

[ E se 30...d2+ 31.f3sem preocupar-se com o PTR. ]

31.f3 d5? Em sua obra póstuma"Legado!", diz Alekhine: "Após estaúltima jogada, a posição das Pretas sec o n v e r t e r a p i d a m e n t e e mdesesperadora, já que o Rei brancopode atacar e ganhar o Peão de 2TR.

[ Porém, é duvidoso que a partida

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pudesse salvar-se pela resposta 31...f5 As Brancas, então, nãoj o g a r i a m i m e d i a t a m e n t e 32.g4p o r c a u s a d e ( Com 32.h5seguido de P4C, l ibertar iam seuPBR com efeitos desastrosos paraas Pretas, uma vez que sua maioria,no f l anco da Dama, é somentenominal, pela passiva disposição desuas peças.") 32...fxg4+ 33.xg4

g6+ seguido de 34...,C4B, comcontra-ataque. ]

32.d3 h6 [ Se 32...xc3 após 33.xh7teríamos uma posição típica da lutade Bispo contra Cavalo com Peõesl i v r e s e m a m b o s o s l a d o s ,francamente favorável às Brancas,pois enquanto o Bispo pode apoiar oavanço de seus Peões e defender-se do avanço dos Peões inimigos, oCavalo somente pode realizar umad e s s a s f u n ç õ e s . É m a i s u margumento da super io r idade doBispo sobre o Cavalo nas posiçõesabertas. ]

33.f5+ d8 34.g4 e7 [ Ou 34...xc3 35.h5 xa4 36.xh6 e o avanço do PT passadoganha a partida. ]

35.b1 e8 [ Se 35...d5 36.f5! ]

36.h5 f7 37.a2+ O Bispo é umapeça de longo alcance. Age mesmo àdistância, ao contrário do Cavalo, decurto raio de ação. Este xeque deBispo é importante, porque afasta oRei preto da casa 2B.

[ S e , i m e d i a t a m e n t e 37.xh6a s P r e t a s s e g u i r i a m c o m f5+e 38...,R3B, ameaçando 39...,T1D, e. . . ,T1TR+, tornando duvidosa avitória das Brancas. ]

37...f8 38.xh6 d2 [ Ou 38...f5+ 39.g6 xg3 40.f5e o PTR igualmente avança. ]

39.e6 d3 40.g4 xc3 41.g5A b a n d o n a m . S e fxg5 42.fxg5e o ganho é fácil.1-0

362 C60B. EnglishW. Steinitz

Partida 23[Abertura Ruy Lopez]

PARTIDA No 23Londres, 1883. 1.e4 e5 2.f3 c6 3.b5 g6Uma defesa empregada em váriasocasiões por Steinitz e Pi l lsbury eabandonada após o aparecimento davariante 4. P4D, PxP; 5. B5C!, que dásuperioridade às Brancas. 4.d4 exd4

5.xd4 [ D e f e s a " F i a n c h e t t o " 5.g5!cuja continuação é: e7 6.xe7

xe7 ( 6...gxe7 7.xd4 d5 8.c3 dxe4 9.xc6+ xc6 10.xc6 xd1+ 11.xd1 bxc6 12.xe4 f5 13.0-0 0-0 14.d4 g7 15.f3 fe8 16.fd1 ab8 ) 7.xc6 ( Ou 7.0-0 f6 8.xc6 dxc6 9.xd4 0-0 10.c3 d8 11.e3 g4 12.d2 b5 13.h3 ) 7...dxc6 8.xd4 f6 9.c3 g4 10.0-0-0 xf3 11.gxf3 0-0 ]

5...g7 6.e3 f6 7.c3 0-0 8.0-0 e7! Preparando ...,P4D; que liberacompletamente o jogo preto, dando-lhe igualdade. 9.d2 Com o textualameaçam as Brancas B6TR, paraeliminar o forte BR inimigo.

[ Ou 9.e5 e8 10.f4 d6

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e o PR avançado torna-se alvo deataque. ]

9...d5 10.exd5 exd5 11.xd5 xd5 12.e2 Com 12. B2R, asB r a n c a s c o n c e d e m a o s e g u n d ojogador a vantagem do par de Bispos.T a l c o n c e s s ã o ( s e m m ú t u acompensação) dificilmente se vê naspartidas dos mestres modernos, mascumpre frisar que a noção teórica daprimazia do par de Bispos não estavaainda d i fund ida na época (1883) ,sendo o próprio Steinitz, como já vimos,o p r i m e i r o e n x a d r i s t a q u e s eapercebeu dessa vantagem.

[ Não era agora possível 12.h6 por xh6 13.xh6 xd4 ganhandouma peça. ]

12...g4 Ameaça capturar o Bispo de3R, o qual não pode afastar-se de suacasa, visto ter de atender à defesa doCavalo.O lance do Cavalo a 5CR é típico emm u i t a s o c a s i õ e s s e m e l h a n t e s ,ameaçando o Bispo colocado em 3R;daí em muitas aberturas as Brancasrealizarem o profilático lance P3TR.

13.xg4 xg4 Quem desconheça otema que vimos estudando, julgará aposição equilibrada, mas, na verdade,a posição de Steini tz é superior; arazão dessa superioridade é o par deB ispos em par t i da aber ta , o qua lconcede às Pretas maior mobilidade.Para explorar tal vantagem, o objetivoprimeiro das Pretas é realizar trocas,para chegar logo ao final, onde essavan tagem rea lmente se acen tua .

14.b3 Antecipando-se à ameaça ...,TD1D, mas entrando nos planos doadversár io , que é t rocar peças echegar a uma posição com apenas aspeças de desequilíbrio estratégico.

xd2 15.xd2 ad8 [ É claro que, se 15...xb2 16.ab1seguido de 17. TxP. ]

16.c3 O PCD estava agora diretamenteameaçado com 16....,BxP.

[ 16.a4 xb2 17.ab1 d4! 18.xb7? xe3 19.fxe3 xd2ganhando as Pretas uma peça. ]

[ D e f e n d e r o P C D c o m 16.ab1igualmente não serviria, por f5! ]

Logo, o avanço 16. P3BD foi forçado;porém, tal jogada cria uma debilidadeséria no território branco, a casa 3D,que não mais pode ser vigiada, nempor Peões, nem pelo Bispo.Com o avanço P3BD, as Brancassituaram o Peão em casa da mesmacor do Bispo, quando, atendendo aestratégia enxadrística, quem dispuserde um único Bispo deverá situar seusPeões em casas de cor contrária, a fimde compensar a falta do outro Bispo.A debilidade da casa 3D se acentua nof i n a l , q u a n d o s e t o r n a v i a d epenetração para as peças inimigas.

16...fe8 17.b3 b6 A idéia não éd e f e n d e r o P T D , i n d i r e t a m e n t edefendido que se encontra.O objetivo é, isso sim, firmar a cadeiade Peões pretos, P2TD, P3CD e P4BD,colocados em casas da mesma cor doBispo branco, para restr ingir- lhe aatividade. Ao mesmo tempo, após ...,P4BD, evitam as Pretas o salto doCavalo à casa 4D branca, única casaavançada defend ida por um Peãobranco.

[ Por exemplo: 17...h6 (em vez de17...,P3C) 18.xa7 b6! seguido de19...,T1T, ganhando o Bispo. ]

18.h3 e6 19.fd1 c5Agora o Cavalo não mais tem a casa4D para nela se instalar.

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O s i s t e m a d e c o n f i n a me n t o d o sCavalos consiste, fundamentalmente,em tirar-lhes as boas casas em quepossam estar apoiados por Peões.

20.g5 f6 21.f4 f7 Diante do final,que se aproxima, t rata Steini tz deaviz inhar seu Re i do cen t ro . 22.f3J á , a g o r a , n ã o c a b e m a sconsiderações fietas após 16. P3BD. Acasa 3R do primeiro jogador, de corpreta, torna-se uma casa fraca por nãodispor mais da proteção de um Peão,mas sua fraqueza é compensada pelaex is t ênc i a do B is po b ranco , q ued o m in a c a s a s d a m e s m a c o r . g5O leitor deve observar como Steinitzsitua seus Peões nas casas de coridêntica a do Bispo rival, tirando-lhe,as s im, cada vez ma i s l i b e rda de .

23.xd8 xd8 24.e3 h6!Evita a instalação do Cavalo na casa4R (após C2D e C4R) , casa essaapoiada por um Peão branco.As Pretas querem jogar ...,P4BR comessa f inal idade, mas antes devemd e f e n d e r o P C R . 25.e1 f5O Cavalo está agora eliminado comopeça ativa, pois lhe são inacessíveisas casas mais avançadas. 26.f4 f6!

27.g3 [ Se 27.fxg5 hxg5! ]

27...a5 Com a idéia de ...,P5T.Os ataques de Peões caracterizam aluta contra os Cavalos. 28.c1 a4

29.a3 Evitando 29...,P6T; que seriadesas t roso para as Brancas . c4!O forte Bispo preto de 5BD dominatodas as casas fracas de cor brancado primeiro jogador.A co locaçã o do B is po na mesmacoluna ou na mesma horizontal em quese encontra um Cavalo, e separadodeste duas casas, é altamente eficiente,

por dominar todos os saltos do Cavalo.Já o Cavalo é incapaz de cercar oBispo dessa maneira. Eis mais umponto da superioridade do Bispo sobreo Cavalo, em posições abertas. 30.f2

gxf4 31.xf4 g5! Ameaçando 32...,BxB; e após 33. PxB, T7D+, ganhamas Pretas.Steinitz permite agora a troca de seuBispo do Re i , po is tem suf i c ientevan tagem para ganhar a pa r t i da .

32.xg5 [ Ou 32.e3 e8+ 33.f2 xe1 34.xe1 e6 e ganham as Pretas,penetrando com seu Rei na posiçãoinimiga, via 4D e 5R. ]

32...hxg5 Eis um caso de transferênciad a v a n t a g e m d o p a r d e B i s p o s .Steinitz desfaz-se de um dos Bispos,ficando com um final de Bispo bom xCavalo , a lém de peças já em boaposição; para ganhar só lhe falta ai r rupção do Re i p re to na pos içãoinimiga. 33.e3 f6 34.h4

[ Se 34.h1 as Pretas ganhariamcom e5 seguido de ...,P5B+; e ...,T7D. ]

34...gxh4 35.gxh4 e8+ 36.f2 xe1 Esta última troca permite ganhofácil. 37.xe1 e5 O Peão passadodas Brancas é inef icaz ; não podea v a n ç a r , p o i s f a c i l m e n t e s e r i acapturado. E o Cavalo nada pode fazerpara ajudá-lo. 38.e2 xe2 39.xe2

f4 40.c4 g4 41.e3 f4+! [ E não 41...xh4? por 42.f4e ganhariam as Brancas! ]

O final foi bem calculado pelo mestreSteinitz. 42.e4 f3 43.e3 g3Abandonam.Em resumo, para as Pretas, as etapasmais importantes nesta partida foram,como segue:

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1 - Obtenção do par de Bispos contraBispo e Cavalo do adversário.2 - Troca das Damas, para chegarmais facilmente ao final.3 - Cr iação da casa f raca 3D dasBrancas.4 - Restrição dos movimentos do Bispoe, pr inc ipa lmente , do Cava lo dasBrancas.5 - Mais uma simplificação, com a trocade uma Torre.6 - Após restrição máxima das peçasbrancas , t roca de um dos B ispospretos para atingir a um final de Bispobom x Cavalo, francamente superior àsPretas.7 - Irrupção do Rei preto na posiçãoinimiga e vitória pelo avanço de umPeão passado das Pretas.0-1

363 C48S. TarraschRubinstein

Partida 24[Abertura dos Quatro Cavalos]

PARTIDA No 24San Sebastian, 1912. Abertura dosQuatro Cavalos. 1.e4 e5 2.f3 c6 3.c3 f6

4.b5 c5 5.xe5 d4 6.a4O correto era 6. B2R! 0-0 7.d3 d5

8.g5 c6 9.d2 e8 10.f4 b5! 11.b3 h6 12.h4 xe4 13.xd8 xd2 14.xd2 xd8 15.e2 xe2 16.xe2 e8 17.f1 b7 18.c3Deixamos de comentar a complexaluta desenvolvida na abertura, paranos ater à análise do final, que se inicia,tendo as Pretas vantagem posicional,que decorre da superioridade do par

de Bispos sobre Bispo e Cavalo.Em seu livro "Los Grandes Maestrosdei Tablero", dis Ricardo Reti: "... apart ida tem um interesse especial,porque Tarrasch, grande conhecedordo método de Steinitz, é um mestreexperimentado na vantagem dos doisBispos.Por conseguinte, apresenta ele tenazres is tênc ia, em cont ras te com osoponentes de S te in i t z , os qua is ,provavelmente, nem sempre estiveramatentos aos perigos. Apesar disso, nãopôde escapar da der ro ta cont ra aquase milagrosa precisão com queRub ins te in conduz suas fo rças àvitória". f6 Esta e a seguinte jogadapreta têm a finalidade de restringir osmovimentos do Cavalo, expulsando-opara lugares mais distantes. 19.g4

h5 20.f2 E agora seria interessantepara as Brancas um plano à base deP 4 D , C 3 D , P 5 B , C 4 B e C 6 R ,valorizando seu Cavalo. Conseguiriamainda as Brancas Peões avançados emcasa de cor preta, compensando,assim, a ausência do Bispo de igualcor. e3! Rubinstein explora afraqueza das casas pretas e, pelaameaça ao PBR, embaraça o avançod e P D i n i m i g o . 21.d1Defende indiretamente o Peão atacadope la ameaça ao PTR in im igo ; aomesmo tempo prepara-se, após oinevitável avanço de seu Peão a 3CR,a ocupar com o Bispo a diagonal 1TR-8TD, onde o Bispo preto poderia agircom grande força. Sem dúvida, umajogada que revela a classe magistral deque era dotado o mestre Tarrasch. h4

22.g3 É preciso defender o Peãoatacado. a5 Inicia agora o grandemestre polonês Rubinstein um avanço

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de Peões na ala da Dama, que tempor finalidade:1 - abrir e simplificar a posição;2 - enfraquecer a estrutura dos Peõesbrancos dessa ala e;3 - permitir posterior entrada do Reipreto através de uma das fraquezascriadas. 23.f3 Agora a Torre estáprotegida de eventual ataque do Bispode 2C. b4 24.g2 bxc3 25.bxc3

a6 Quem tem o par de Bispos deveabrir o jogo e simplificar a posição. Éjustamente o que conseguiu Rubinsteincom o avanço de seus Peões da ala daD a m a . O B D p r e t o p a s s a , p o rconseguinte, a ter maior ação. 26.c4!A cadeia de Peões pretos de 3BD e 4Dlimita a atividade do Bispo branco. Daíp ro c u ra r T a r r as c h de s t ru i r e s s aformação a f im de dar mais jogo aoseu Bispo. Como d iz Re t i , c r í t i coprofundo e perspicaz, os adversáriosde Steinitz, por desconhecerem o tema,permitiam que tais cadeias de Peõesinutilizassem seus Bispos. ad8

[ É claro que se 26...dxc4 27.xc6ganhando a qualidade. ]

27.cxd5 cxd5 28.hd1 A ameaça era28...,BxC; 29. RxB, BxP. e7 29.g4Após longo "sono", esboça o Cavaloleve despertar... hxg3 30.hxg3

[ Se 30.xe3 seguiria xe3 31.hxg3 xd3 etc. ]

30...d4 É verdadeiramente importantea colocação deste Bispo, fiscalizandoas enfraquecidas casas pretas doadversá r io . 31.ac1 b7 32.c2Era preciso evitar a entrada da Torren a s é t i m a h o r i z o n t a l . f7!Aproximando o Rei para o final que jáse vislumbra, e procurando tambémdefender o PD, a fim de substituir aTor re de 1D nessa função . 33.f2

Volta o Cavalo ao seu antigo leito. b2As Pretas procuram a troca das Torres,vis to terem conseguido suf ic ientevan tagem para o f inal , ou se ja , al im i taçã o das peças b rancas e aentrada de seu Rei na ala da Damainimiga; já é tempo, pois, de reduzir ap a r t i d a a q u e l e s e l e m e n t o s q u eapresentam desequilíbrio estratégicoentre si (2BB x B+C), segundo a teoriad e C a p a b l a n c a . 34.xb2 xb2

35.d2 d4 A posição do diagrama éinstrut iva; com efeito, analise-se apassividade do Cavalo branco. Talpeça, para ser eficiente, necessita desustentação, mas seus dois pontos deapoio dominam casas, que, por suavez, se acham sob controle de Peõespretos.Deste modo, as casas brancas 4BD e4R, apoiadas que estão pelo Peão de3D, são inacessíveis ao Cavalo porcausa da presença do PD preto. Damesma forma, o PBR preto impede ainstalação do Cavalo nas casas 5R e5CR, ambas apo iadas pe lo Peãobranco de 4BR.Tar rasch , g rande conhecedor dasuperioridade do par de Bispos e dainocuidade do Cavalo em tais posições,concebe um plano que torne ativa aação dessa peça, à base de C3T, P5B,C 4 B e C 6 R . S e r e a l i z á v e l , asuperioridade das Pretas esfumar-se-ia.Porém, Rubinstein, cujas partidas sãoa mais perfei ta demonst ração dosensinamentos de Steinitz, encontrameios para frustar tal intento. 36.h3

e6 Impedindo P5B, seguido de C4B,não obstante tal impedimento não serdefinit ivo, pois o Rei será afastadodessa casa.As Pretas não devem permitir a criação

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de um ponto de apoio para o Cavalobranco, que se transformaria em peçamuito forte. 37.c2 d6 Evitando oataque da Torre branca em 6B.

[ Grave erro seria 37...xd3? por 38.d2! ganhando uma peça. ]

38.f5 O plano de Tarrasch se afiguravitorioso, já que o prosseguimento comC4B e C6R parece inevi tável . c8!Força nova simplificação com o ganhode tempo, para combater o objetivo deTarrasch. 39.d1

[ Se 39.xc8 segue xc8 40.g4 e5! e as Brancas não maispoderiam jogar C4B. ]

[ Se 39.d2 c3! ] 39...xc2+ 40.xc2 e5 41.g4Forçado, para defender o PBR, masagora C4B não mais é possível. e3!Dá passagem ao Rei e coloca o Bispona pos ição ideal para imobil izar oCavalo, isto é, na mesma horizontal eseparado dele duas casas.O f inal torna-se fác i l a Rubinsteingraças à:a) suas manobras anter iores, queenfraqueceram os Peões da ala daDama branca (plano iniciado com 22...,P4TD);b) imobilização do Cavalo inimigo e;c ) f r a q u e z a d a s c a s a s p r e t a sdecorrente da ausência do Bispo quecorre por iguais casas. 42.f3

[ Se 42.f2 ganham as Pretas com xf2 43.xf2 f4 ]

42...d4 43.b3 b7 [ Comentando este lance em seul ivro "Basic Chess Endings", dizReuben Fine: "Seria mais simples

43...xd3 44.xd5 f1 e se então 45.b7! a continuação seria xh3! 46.a6!! c3!! 47.g3! b2 48.c4 f1 49.xf1 xa2 50.f3

h6 51.b5 b3 52.e4 a4 53.d4 a3 e as Pretas ganham." ]

Sem dúvida, uma análise magnífica deFine, mas di f íci l de ser achada notabuleiro, mormente pela exigüidadedo tempo com que Rubins te in seencontrava e que se pode deduzir doseguinte lance preto. 44.e2 a6Uma repetição de jogadas devidas,provavelmente, ao relógio controladordo tempo que cada jogador gasta napartida.As Brancas estão em "zugzwang".

45.c2 [ Se 45.xd5 segue xd3+ 46.f3 f1 transpondo a posição para avariante descrita por Fine. ]

45...b5 46.a4 d7 Ameaça agora47 . . . ,P3C ! 47.f3 c3! 48.xe3Por fim é eliminado o poderoso Bispopreto, mas numa fase em que a partidajá está completamente perdida para asBranc as . O f i na l de B i spo bom xCavalo está ganho sem dificuldades.

d4+ 49.e2 xc2 50.f4 xa4 51.e6 As Brancas conseguiraminstalar seu Cavalo em 6R, mas essas a t i s f a ç ã o é f u g a z , e m f a c e d od e s e n la n c e q u e é i m e d i a t o . b3

52.xd4+ b2 53.b5 a4 54.e3 a3 55.xa3 xa3 56.d4 b4Abandonam.Nesta partida é interessante assinalars e u s p o n t o s e s s e n c i a i s , a p ó s oadvento do par de Bispos pretos, e quesão os seguintes:1 - Confinamento do Cavalo branco,com 18...,P3B, e 19...,P4TR.2 - Avanço dos Peões pretos na ala daDama, com a finalidade de simplificara posição e enfraquecer os Peõesresultantes nessa ala, para permitirposter ior penetração do Rei preto

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nesse setor.3 - Simplificação com 33...,T7C, parareduzir a partida a um final típico de2BB x B+C.4 - A e s p l ê n d i d a m a n o b r a d eRubinstein, iniciada com 38...,T1BD!,forçando nova simplificação e evitandoa consecução do plano das Brancas,que era criar um ponto forte para seuCavalo em 6R.5 - P e n e t r a ç ã o d o R e i p r e t o n aposição inimiga pelas enfraquecidascasas pretas do primeiro jogador.6 - A transferência da partida para umf i n a l d e B i s p o b o m x C a v a l o ,facilmente ganho para as Pretas.Por outro lado, cumpre assinalar ose s f o r ç o s d e T a r r a s c h , q u e , p o rconhecer o tema da superioridade dopar de Bispos, procurou oferecer forteresistência, demonstrada:1 - Pelo seu lance 26. P4B!, paradestruir a cadeia de Peões pretos daa la da Dama, a qua l res t r inge osmovimentos do Bispo branco.2 - A elaboração de um plano, iniciadocom 36. C3T, tendo em mira valorizarseu Cavalo, dando-lhe um ponto deapoio.S e u s e s f o r ç o s , c o n t u d o , f o r a minfrutíferos, devido â alta precisão deseu fortíssimo rival, o polonês AkibaRubinstein, em seu tempo, um dosm a i o r e s j o g a d o r e s d o m u n d o econsiderado, juntamente com Tarrasch,os mais sérios adversários do entãocampeão mundia Emanuel Lasker.Enquanto Tarrasch conseguiu medir-secom Lasker - embora sem vencê-lo - ogrande mestre Rubinstein, por lhefaltarem recursos financeiros, jamaispôde satisfazer essa justa ambição.0-1

364 D41R. GrauG. Maroczy

Partida 25[Defesa Semi-Tarrasch]

PARTIDA No 25Londres, 1927. PD - Defesa Semi-Tarrasch. 1.f3 f6 2.d4 d5 3.c4 e6 4.c3

c5 5.cxd5 xd5! 6.e3 Aqui se jogatambém 6. P4R!. (ver "outras variaçõesdo Gambito da Dama") c6 7.b5Esta partida, o próprio Grau apresenta-a como ilustração do tema que vimosestudando (superioridade no par deB i spos ) , num a r t i go em "A jed rezAmericano", de 1942.Criticando este seu último lance, diz ogrande didata: "Primeiro indício de queo jogador argent ino, nessa época(1927), desconhecia a importância dasuperioridade do par de Bispos. E odetalhe é valioso, se se recorda que jáera campeão nacional e que jogavatalvez melhor do que agora (1942), porseu maior entus iasmo, sua maiorjuventude e menor número de errossérios em que incorria.Porém é evidente - a jogada 7. B5C oprova - que estratégicamente seu jogooferecia falhas graves, pois não épossível aceitar como boa essa jogada,que lhe cria tecnicamente a obrigaçãode trocar o Bispo, que agora se situaem 5C, precisamente seu melhor Bispo,o que origina a debilidade definitivadas casas brancas.Poder-se-á realizar isso em troca dealguns tempos importantes, mas estesp o d e m r e c o b r a r - s e ; t a l t i p o d evantagem costuma diluir-se, quandonão se transforma rapidamente em

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vitória.Em troca, a falta de um dos Bispos,desde que o rival mantenha ambos, ég e r a l me n t e u m ma l o rg â n i c o d aposição, que só se consegue atenuaruma vez que se torne possível eliminarum dos Bispos. Se tal não sucede,basta este detalhe para se ter a vitória,porque a van tagem se acen tua àmedida que se aviz inha o f inal dapartida." cxd4 8.xd4 A retomada dePeão daria às Brancas a desvantagemde um Peão isolado.

[ A o u t r a c o n t i n u a ç ã o 8.xd4originaria a seguinte variante: xc3

9.bxc3 d7 10.0-0 xd4 11.xd7+ xd7 12.cxd4 e as Pretas ficariamcom maioria de Peões na ala daDama (uma vantagem para o final) eposse de Bispo superior. A únicacompensação branca , o melhorc en t ro , s e r i a i nóc ua , de v i do àposição estar simplificada. ]

8...d7 9.xc6 Um vício estratégico,mas f ruto da jogada anterior desteBispo.As Pretas têm, agora, a vantagem dopa r de B i spos , s em conc ede r aoadversário nenhuma compensação.Na boa preparação da abertura está,i n d u b i t a ve l me n t e , o s e g r e d o d asuperioridade dos Bispos sobre osCavalos. xc6 10.xd5 xd5!As Pretas desejam a permuta dasDamas e bom sabemos porque: o parde Bispos é uma vantagem que sedistingue no final. Este é um exemplode como o conhec imento do temafacil i ta o raciocínio, principalmentequando se trata de simpli f icar umaposição. 11.0-0 c5 12.xd5 xd5A posição já oferece um desequilíbrioestratégico apreciável. Os dois Bispos

c o n f e r e m à s P r e t a s u m a m a i o rmobilidade.As casas brancas do primeiro jogador,são muito débeis principalmente a casa3D, que é uma casa fraca, por lhe faltara defesa de um Peão. Se o Bispotrocado das Brancas fosse o BD, suaposição não seria tão grave, pois osP e õ e s d e 2 C D e 3 R e s t a r i a mdominando casas pretas, substituindopa rc ia lmen t e o B i spo d ess a c or ,enquanto o outro Bispo vigiar ia ascasas de cor branca.Quem dispõem de B ispo e Cavalocontra os dois Bispos deve manobrarde modo a colocar seus Peões emcasas correspondentes ao do Bispoausente.Na partida em estudo veremos de quemaneira essas casas fracas, sobretudo3D, terão influência no desenrolar dapartida. 13.d2 f6Lance característico que restringe osmovimentos do Cavalo e prepara, aomesmo tempo, a cadeia de Peõespretos 2CR, 3BR e 4R, l imi tando,outrossim, a ação do Bispo inimigo.

14.c3 f7 15.fd1 hd8Muitos jogadores for tes , e a té deprimeira categoria, desconhecendo otema em estudo, apreciarão a posiçãocomo equil ibrada. Mesmo Grau dizhonestamente: "Ass im o supunhaquando joguei este final. Porém, pode-s e a f i r m a r q u e , a o c o n t r á r i o , asituação das Brancas é muito delicadae devem jogar com bastante cautela afim de evitar a derrota, que talvez já seapresenta inevitável.O Bispo de 4D é muito forte e sua açãohá d e o b r i g a r qu e au m e n t e m a sdebilidades das Brancas. Agora atacao PTD e escraviza a TD na sua defesa.

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Jogando-se P3TD, fica a casa 3CD amercê do B ispo, que, desde esseponto (3CD), vulnera a casa 1D e, apóso lance P3CD, f icará sem ponto deapoio o Bispo de 3B; isto também éimportante". 16.e1 e5 17.d2 b6É característico dos mestres realizarlances preventivos, como o do texto,retirando o Bispo antes de ser atacadopelo Cavalo inimigo em 3D. Reti vianessa tática um dos fatores da grandef o r ç a d e C a p a b l a n c a . 18.b3Para jogar com a TD, as Brancasdevem antes proteger seu PTD, mas,além de criar nova debilidade (a casa3T), deixa o Bispo sem defesa, o queserá aproveitado pelas Pretas, comoveremos. e4! Ampliando o raio deação desse Bispo, diminuído que forape l o ava n ç o P 3 CD b r a n c o e , a omesmo tempo, propondo a troca dasTorres, favorável ao segundo jogador.Observar de que maneira domina esteBispo as enfraquecidas casas brancasd o p r i m e i r o j o g a d o r . 19.f3A nada de pos i t i vo conduz em osmovimentos deste Cavalo, visto queseu ponto de apoio (o P3R) age emc a s a s ( 4 D e 4 B R ) i g u a l m e n t ef i s c a l i z a d a s p e lo P R p r e t o . ac8

20.xd8 xd8! Conservando apressão sobre o Bispo inimigo. 21.c1

e7 Maroczy desenvolve, nesta partida,um estilo de jogo claro e harmonioso,comparável ao de Capablanca emseus melhores d ias. Sua ameaça,agora, é ...,B6T, explorando a casafraca 3T, o que obriga à troca forçadadas Torres, atingindo assim um finalpuro de dois Bispos contra Bispo eC a v a l o , q u e l h e é f r a n c a m e n t efavoráve l . 22.b2 xc1+ 23.xc1

d3! O grande finalista húngaro

explora habilmente a fraqueza dascasas brancas de seu adversário. Evita,agora, a aproximação do Rei brancor u m o à a l a d a D a m a , z o n a d epenetração das peças pretas. 24.d2

c5! Impede a manobra P3B e R2B. 25.c4 e6 26.d2

[ De nada serviria 26.d2 ] [ ou 26.b2 visto que, após ...,R4D,seguido de ...,P4CD, e ...,P5CD, osPe õe s da a l a da Dama s e r i a mfixados e a seguir capturados. ]

26...d5 Este Rei está idealmentecolocado para ag ir com ef ic iênc iaplena. 27.h3 a5! 28.h2 Constrastando com o monarca r i va l , o Re ibranco, impedido de atuar na ala daDama, tende a afastar-se mais aindad o c a m p o d e l u t a . b5! 29.a3Opondo-se à ameaça ...,B5C, seguidod e . . . , B xC , . . . , P 5 C , ( e . . . , B 7 C ) ,ganhando sem dificuldade. b4 30.a4

f5 31.b2 f4 Abandonam.Esta decisão, longe de ser precipitada,está justificada, porque após 32. PxP,gan ha m a s P re t a s e m amb as a svariantes:a) 32.exf4 exf4

[ b) 32...xf2 33.xe5 e3 34.f3 c2 35.c7 xb3 36.xa5 xf4+ 37.g3 d6 seguido de ...,BxPT;etc. ]

33.xg7 xf2 seguido de 34...,B6R, e35...,B7BD.Uma magní f i ca demosnt ração detécnica enxadrística, tendo por base otema da super io r idade do par deBispos em partidas abertas.Como bem d isse Roberto Grou, omes t re Maroczy d i tou cá tedra noassunto.0-1

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365P. S. LeonhardtO. S. Bernstein

diagrama 500

a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

7

6

5

4

3

2

1

8

7

6

5

4

3

2

1

Esta posição ocorreu na partida P. S.Leonhardt x O. S. Bernstein, Barmen,1905, e ilustra a grande força do Peãopassado de ala, quando acompanhadoda vantagem do par de Bispos.A técnica, para ganhar estes f inais,consiste nas seguintes fases:1 - Colocar as peças atacantes nasm e l h o r e s c a s a s e r e s t r i n g i r am o b i l i d a d e d a s p e ç a s i n i m i g a sprincipalmente do Cavalo.2 - Forçar um Peão passado, ou umPeão passado em potencial, numa dasalas.3 - A vanç a r o ma i s r a p i da men t epossível esses Peões.4 - Em relação ao bloqueio do Peãop a s s a d o i n i m i g o , h á d u a seventualidades:a) de não ser possível esse bloqueiopelo Rei inimigo, o avanço do Peãopassado lateral acaba custando umapeça e;

b) conseguindo o Rei inimigo impedir oavanço do Peão, a manobra ganhanteconsiste em conduzir o Rei, que aspiraà vitória, para a ala oposta a do Peãopassado, a fim de, juntamente com osBispos, ganhar material ou conseguira entrada do Rei na posição inimiga.Vejamos a continuação da par t idaLeonhardt x Bernstein.1a FASEPraticamente concluída, pois as peçasbrancas se encontram bem dispostas,o Bispo preto restringido pela açãodos Peões brancos e o Cavalo, apesarde se encontrar em território inimigo, éinef icaz, porquanto as Brancas lheimpedem qualquer salto perigoso.O Cavalo só é ativo quando dispões doapoio de seus Peões, o que não é ocaso presente.2a FASEA formação do Peão passado é amanobra que vai seguir. 1.d6! exd6Captura forçada.

[ se 1...e6 2.d7! ] 2.xb7 E, agora, temos a distribuiçãonão balanceada de Peões na ala daDama; isto é, as Brancas têm maioriade Peões nessa a la (2x1) , o queequ iva le a um Peão passa do e mpotencial.A força de semelhante Peão com o pard e B i s p o s , c o n s t i t u i q u a s e u m avantagem ganhante. Os dois Bisposdominam todas as casas que o Peãotem que vencer para chegar à oitavahor izonta l . A lém de rea l i zar essaescolta ao Peão passado, os Bisposi m p e d e m t a m b é m o a v a n ç o d eeventual Peão passado ou da maioriade Peões inimigos em outra ala. f5Vai o Cavalo a procura de outro sítiomais favorável.

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[ É claro que 2...f1? seria um erropor 3.f2 seguido de 4. R2R e 5.B1C, ganhando o Cavalo. Ou h6

4.e2 h2 5.g3 ] 3.f2 Lógico, conservando o par deBispos! Permitindo as Brancas a trocade 4...,CxB, a partida estaria com todacerteza empatada, pois, muito emboratenham as Brancas maioria de Peõesna a la da Dama, a p resença dosB i s p o s d e c o r e s o p o s t a s d a r i apossibilidades amplas de empate. h6

4.e4 Defende o PB atacado ecentraliza o Rei, posição ideal para ofinal. e7 Não se vê bom futuro paraes te Ca va lo . Enc on t ra - se e le namesma horizontal do BR branco es e p a r a d o d e s t e d u a s c o l u n a s ,justamente naquela posição em quemais se aprecia sua inferioridade, vistoque o Bispo lhe toma os saltos 1BD,3BD e 4D. 5.d5! Restringe mais aindaa posição inimiga e ameaça ganhar oP2TD preto . f5+ 6.f3 As Pretasmantêm o Rei branco escravizado nadefesa do PBR, mas nem por isso suaposição se torna mais livre, visto que oBispo preto, igualmente, fica limitadono ataque ao Peão. a6 Uma maneiraindireta de defender esse Peão.

[ N ã o s e r v i a 6...a5 por 7.b6!ganhando o Peão. ]

7.a4 [ Pois a 7.xa6 xd5 ]

3a FASEInicia-se o avanço da maioria de Peões,da ala da Dama, para formar o Peãopassado. A ameaça é P4C, P5C, e, seen t ão . . . , P xP , P 5 T ! , P 6T , P 7 T eP8T=D! 7...g7 Precavendo-se contraa c i t a d a m a n o b r a . 8.e2!Nem sempre convém ter muita pressa.

[ P o r e x e m p l o s e 8.b4?

a continuação seria c3 9.b5 axb5 10.axb5 e8 11.a7 d7 12.b6 d4 e as Pretas teriampossibilidades de luta. ]

8...c3 Aparentemente impediram asPretas o avanço do Peão passado empotencial.Mas este é o caso em que o bloqueiodos Peões brancos não foi feito peloRei.Co mo e s t e B i s p o , s o z i nho , s e r áinsuficiente para conter os Peões, oavanço da maioria custará material aoadversário. No caso de ser possível aoRei preto bloquear os Peões brancos,estando, por exemplo, em 1CD, amanobra de ganho das Brancas seria,após imobi l izar o Rei pre to nessebloqueio, conduzir seu Rei à ala opostae procurar penetrar na posição inimigapara capturar os Peões dessa ala.Essa manobra veremos no estudo dodiagrama seguinte.4a FASEO avanço do Peão pas s ado s ó ésustado mediante sacrifício de peça.

9.d3! b4 10.xa6 Ganhando oPeão e explorando a impossibilidadeda captura do PD branco. h6

[ Pois a 10...xd5 segue 11.c4 c7 12.xb4 xa6+ 13.b5 c7+ 14.b6 d5+ 15.b7e nada impede o avanço do PTD. ]

11.b7 Claro, defendendo o PD. g5 12.fxg5 hxg5 Nenhum temor causa amaioria de Peões pretos na ala do Rei,porque é facilmente bloqueada pelaação dos Bispos brancos. 13.c4 d2

14.b4 E não há meios de as Pretasembaraçarem a promoção de um dosPeões brancos.O avanço do PTD e do PCD custa àsPretas pelo menos uma peça. Se, por

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exemplo, e8 uma continuaçãopossível seria 15.a5 d8 16.a6 c7

17.b5 f4 18.b6+ b8 19.c6 e3 20.a7+ c8 21.a8#1-0

366W. HasenfusR. Fine

diagrama 501

a b c d e f g h

a b c d e f g h

8

7

6

5

4

3

2

1

8

7

6

5

4

3

2

1

Ocorreu esta posição na partida W.Hasenfus x R. Fine, Kemeri, 1937, eilustra mais um caso da força do Peãopassado de ala acompanhado do parde Bispos.Seremos breves nos comentários, jáq u e o e x e m p l o a n t e r i o r p e r m i t ec o m p r e e n d e r e s t e o u t r o . 1...f5!É gr i tante a debi l idade das casasbrancas do primeiro jogador. 2.e1

b1! 3.d2 h7 4.f2 g6 5.e3 f5 6.a5 g5! Este lance garante àsPretas um Peão passado na ala do Rei,visto que as Brancas não podem jogar7. PxP. 7.d3

[ Se 7.fxg5 xg5+ 8.e2 xd2

9.xd2 e4 10.c1 d3 11.d2 b5 12.c2 a6 13.b4 c4 14.c1 d3! ganhando. ]

7...c2 8.c5 gxf4+ 9.gxf4 b6 10.axb6 axb6 11.d7 b5 12.b4 h4! 13.c5 Pela primeira vez, no estudodeste tema, vimos um Cavalo numacasa forte, com sólido apoio. Mas, aforça do Peão passado lateral é de talo rdem que au tor i za mesmo cer tal iberdade ao Cavalo. g3 14.hxg3

hxg3 15.f3 h4 16.e3 d1+ 17.g2 g4 Este é o caso em que oR e i b l o q u e i a o a v a n ç o d o P e ã opassado. Vejamos como proceder deacordo com a regra já es tudada.

18.d2 f3+ 19.g1 f5 20.e3 e4 21.d2 g2 Imobilizado o Reibranco no bloqueio do Peão passado,tratam as Pretas de ganhar material.Por isso ameaçam 22. . . ,B6C, paraseguir com ...,BxP. 22.xe4 xe4E, agora, a entrada do Rei sentencia apartida. 23.xg2 xd4 24.h3 e7

25.g4 d3 E o PD decide o final. Se 26.e1 d4 27.f5 e2 ganhandofacilmente.0-1

367 A47J. CristiaE. Eliskases

partida 26[Defesa Índia da Dama]

PARTIDA No 26Ro s á r i o (A rgen t i n a ) , 19 3 9 . PD -Defesa Índia da Dama. 1.d4 f6 2.f3 b6 3.e3 b7 4.d3

c5 Vide estudo teórico desta defesana abertura "Defesa Índia da Dama no2o lance", letra "b". 5.bd2 g6 6.0-0

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g7 7.c3 0-0 8.e2 c6 9.e4 cxd4 10.cxd4 A retomada do Peão constituiuma falta estratégica, pois vai permitira troca do Bispo de 3D por um Cavalo.

[ Preferível seria 10.xd4 ] [ A o u t r a c o n t i n u a ç ã o 10.e5não seria recomendável, por d5!e se 11.cxd4 f4 seguido de ...,CxB, eliminando da mesma forma oBispo visado. ]

10...b4! A resposta adequada adefeituosa jogada das Brancas. 11.e1Resignando-se a perder seu Bispo de3 D , m a s o u t r o s l a n c e s s e r i a migualmente pouco satisfatórios.

[ Assim:a) 11.b1 a6! 12.c4 d5

13.exd5 c8! 14.b3 fxd5e as P re t as f i c a r i am c o m j og opreferível. ]

[ b) 11.c4 d5 12.exd5 bxd5e o PD branco iso lado dar ia àsPretas melhor posição. ]

[ c) 11.b5 a6 12.a4 b5 13.b3 d5! 14.e5 e4 15.a3 c6 16.xe4 dxe4 17.xe4 a5 18.d3 xb3 19.xb3 xf3 20.gxf3 xd4 e o jogo das Pretasseria igualmente preferível. ]

11...c8 Não há pressa em tomar oBispo, por isso E l iskases procuradesenvolver suas peças e ocupar aimportante coluna BD. 12.f1

[ Se 12.b1 segue c2! 13.xc2 xc2 etc. ]

12...c7 13.g5 xd3 Agora sim,pois as Brancas ameaçavam 14. TD1B,seguido de 15. B1C. 14.xd3 c2!Um lance fácil de achar para quemsabe o valor da simplificação, quandose d i spõe do pa r de B is pos e dodomínio da coluna BD. 15.xc2 xc2

16.xf6 Novo erro estratégico e desta

vez ainda mais grave, porquanto fazd e s a p a r e c e r o ú n i c o B i s p o d a sBrancas , deixando as Pretas comampla vantagem pos ic iona l , v is topossuírem o par de Bispos contra o parde Cavalos em posição aberta. Masc o m o d e f e n d e r o P C D e o P Ratacados?

[ Se 16.e5 segue d5 17.e3 xe3 18.xe3 f6! 19.exf6 exf6e as Pretas ganham o PCD. ]

16...xf6 17.ab1 d6 18.e3 c7 19.d1 Para defender o PR, quec o n t i n u a v a a m e a ç a d o . b5!E começam os avanços t ípicos dePeões para res t r ing i r os Cavalosinimigos. 20.e5 dxe5 21.dxe5 g7A t r o c a d e P e õ e s b e n e f i c i o usobremaneira as Pretas, que têm suavantagem acresc ida (2BB x 2CC)quanto mais aberta for a pos ição.

22.d4 b4! Impede agora o saltoC3BD. 23.f4 Para defender o PRavançado e l ibe r ta r a T1R des sasimples função. Porém, tem o granveinconveniente de enfraquecer maisainda as casas pretas do pr imeirojogador e, principalmente, a diagonalaberta sobre o Rei.

[ Se 23.b5 c5 24.xa7? a8!ganhando o Cavalo. ]

23...c4 24.e2 f6! Para romper acadeia de Peões brancos 4BR-5R,que restringia o BR preto. Demonstra,também, como t irar proveito de umpeão cen t ra l avançado, de d i f í c i lsustentação. 25.c1 xc1 Uma trocaque apraz às Pretas, pois simplifica aposição e mais salienta a vantagemposicional do par de Bispos. 26.xc1

fxe5 27.fxe5 a6! A posição mostra ocontraste entre a ação dos Bispospretos e os Cavalos b rancos . Os

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primeiros são ativos, pois agem mesmoà distânc ia, enquanto os Cavalos,peças de curto raio de ação, quandolh e s f a l t a m o s po n t o s de a p o i o ,carecem de valor como elementos deluta.O Peão preto de 5CD proíbe o saltodo Cavalo a 3BD; o Bispo de 3TD tomaconta da casa 3D branca e o BR, ematacando o PR inimigo, escraviza aTorre branca em sua defesa.Agora a Torre preta vai ser manobradapara ocupar a s ét ima hor i zon ta l .

28.f2 d8! 29.e4 d2! 30.b3 [ Se 30.xb4 xe5 seguido de 31...,B5D. ]

30...d5 31.xb4 Para compensar aperda do PR, que parece inevitável.

[ Se 31.e6 d2! com as ameaças de32...,B7C, e 32...,B5D. ]

31...h6! Como salvar o Cavaloatacado? 32.a4 Esta defesa pelocontra-ataque, única na posição, étambém ineficaz. e3! 33.h3

[ Se 33.xa6 d1# ] 33...d1+ 34.h2 xf2 Abandonam.As Brancas perdem uma peça.Esta partida demonstra a fraqueza dopar de Cavalos na luta contra o par deBispos, nas posições abertas.De nada valem os Cavalos quandolh e s f a l t a m o s po n t o s de a p o i o .Perdem em eficiência, desde que nãopo s s am a t ua r p róx imo à s fo r ç asinimigas.Seus movimentos são fac i lmentetolhidos pela ação dos Bispos, que osinutilizam como forças de combate.0-1

368 E19M. EuweP. Keres

partida 27[Defesa Índia da Dama]

PARTIDA No 27Rotterdam, 1940 (9a do "match"). PD -Defesa Índia da Dama.Principais temas em jogo:1 - Avanço P5D branco não provocado.2 - F o r m a ç ã o d e P e ã o p a s s a d odefendido.3 - Avanço-sacrifício do Peão passado.4 - Domínio absoluto da coluna aberta.5 - A força do par de Bispos sobre oroque. 1.d4 f6 2.c4 e6 3.f3 b6 4.g3

b7 5.g2 e7 6.0-0 0-0 7.c3 e4 8.c2 xc3 9.xc3 d6

[ Ou 9...e4 opondo-se ao avançoP4R. V ide es tudo teór i co des tadefesa. ]

10.c2 f5 Impedindo o avanço P4Rdas Brancas . 11.e1 A idéia destelance é forçar a troca dos Bispos, paratornar possível o avanço P4R. c8

12.e4 d7 13.d5 O lance 13. P5Drestringe, é verdade, a posição preta,mas deixa ao adversário as casas 4BDe 4R à s ua d i s pos i ç ão , uma dasi n c o n v e n i ê n c i a s d o a v a n ç o n ã oprovocado (por outro Peão) do Peãocentral. Mais ainda, permite a aberturada coluna BR a favor das Pretas.

[ A c e r t a d o s e r i a 13.exf5 exf5 ( 13...xf5? 14.h3! ) 14.d5c r i ando uma c a sa fo r t e p ara oCavalo em 6R. ]

13...fxe4! 14.xe4 [ Não é possível 14.xe4 por f6e as Pretas ganhariam um Peão. ]

14...c5 Ocupando a casa 4BD -

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tornada fraca pelo avanço do PD - comganho de tempo pelo ataque à Damabranca. 15.e2 f6Com as seguintes finalidades:a) aumentar a mobilidade deste Bispo;b) impedir o avanço P4CD e;c) preparar a defesa ...,T1R para o PR,q u e s e r á a t a c a d o p o r B 3 T d a sBrancas. 16.h3 e8 17.e3 d8

18.xc5 exd5! Original defesa indiretado PR.

[ Se 18...bxc5 seguiria 19.xe6+ganhando um Peão. ]

19.e6+ h8 20.d1 [ Se 20.cxd5 a resposta seria xd5! ]

20...dxc5 21.g2 [ Claro, não é possível 21.cxd5 por xd5 ganhando. ]

21...d4 Estratégicamente a partida estádecidida a favor de Keres, que possuio poderoso par de Bispos, um fortePeão passado central defendido e odomínio da coluna aberta do Rei.A maneira pela qual o brilhante mestreestoniano (e posteriormente cidadãosoviético), transforma essa vantagemposicional em vitória é muito instrutiva.

22.f4 Euwe pretendeu com seu lance22. P4B dar apoio ao seu Bispo de 6R,ameaçado que estava por 22...,B1B.Mas esse avanço abre perigosamentea diagonal sobre o roque branco, aqual se torna valiosa para o segundojogador, por possuir o Bispo de casaspretas.Evidentemente o ex-campeão mundialnão previu a combinação realizada porKeres.

[ Caso contrário teria jogado 22.f4seguido de 23. D4C. ]

22...d3!! Keres inicia uma lindacombinação, que decide a partida. Oa va n ç o -s a c r i f í c i o d o f o r t e P e ã o

passado de 5D objetiva dar a casa 5Dao Bispo preto, explorando, destarte, afraqueza da diagonal de cor pretaaberta sobre o roque. 23.xd3 xd3!!Magistral! As duas Torres e os doisBispos pretos serão superiores a Dama,Torre e Cavalo das Brancas. 24.xd3

d4+ Atua agora este Bispopoderosamente sobre o roque branco,ocupando a excelente casa deixadav a g a p e l o s a c r i f í c i o d e s e u P Dpassado. 25.f2

[ Após 25.h1 as Pretas ganhariamcom xe6 seguido de ...,TD1R, e ...,T7R. ]

25...xe6 26.f1 ae8 [ Superior a 26...xf2 , o Bispo pretod e 5 D v a l e m a i s q u e a T o r r einimiga. ]

27.f5 e5 28.f6 gxf6 29.d2 c8!!Ameaça a pregadura do Cavalo com30...,B6T, e mate em 8R. 30.f4 e3

31.b1 f3+ 32.g2 xf4!A abertura da coluna CR é decisiva.

33.gxf4 g8+ 34.f3 g4+ 35.e4 e8+ 36.d5 f3+ As Brancasabandonam.Após 37.e4 xe4# Os Bispos pretosbem mereciam promoção a cardeal...Um a p a r t i d a v i go ro s a , c o m u m acombinação final brilhante e onde sedesenvolveram vários dos temas jáestudados.0-1

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369 C32P. KeresV. Petrov

partida 28[Contra Gambito Falkbeer]

PARTIDA No 28L e n i n g r a d o , 1 9 4 0 . P R - C o n t r aGambito Falkbeer.Principais temas em jogo:1 - Desenvolvimento acelerado depeças.2 - Expansão do Peão cent ral nãobloqueado.3 - O poder do par de Bispos sobre oroque.4 - Domínio de coluna aberta.5 - Ataque ao roque. 1.e4 e5 2.f4 d5 3.exd5 e4 4.d3

f6 5.d2 Uma idéia de Keres. [ S u p e r i o r a 5.c3 pois evita apregadura b4 ]

5...exd3 6.xd3 xd5 Estas jogadasp r e m a t u r a s d e D a m a n ã o s ã orecomendáveis.

[ Correto seria 6...xd5 ] 7.gf3 c5 8.e2+ e6 9.e5 0-0 10.e4 xe4 11.xe4 g6Com jogadas simples e enérgicas,Keres conseguiu melhor jogo dispondode boas possibilidades de ataque aoroque in imigo , enf raquec ido pe loavanço do PCR.

[ Se 11...f5 as Brancas jogariam 12.e2 ameaçando 13. B4B. ]

12.b4! Para desenvolver rapidamente oBD na importante diagonal 1TD-8TR.

e7 13.b2 f6 14.0-0-0 É soberboo desenvolvimento das peças brancas.

c6 15.h4! Ataque clássico de ala,quando as Pretas têm o PCR em 3C.

h5 16.g4! xe5 17.fxe5 xg4 18.e3 xb4 Com desenvolvimento

atrasado, perdem as Pretas ainda maistempo na captura de Peões.

[ Porém, se 18...e6 seguiria 19.dg1 e 20. D6T. ]

19.e6! Abrindo a diagonal para BD. d5

[ Oua) 19...xe6 20.h6! ]

[ b) 19...xd3+ 20.cxd3 fxe6 21.df1! f5 22.hg1 f7 23.xg4 xf1+ 24.c2 hxg4 25.e5e as Brancas ganham (análises deKeres). ]

20.exf7+ xf7 21.c4!!Jogada magistral! c6

[ Sea) 21...xc4 segue 22.e8+ f8

( 22...h7 23.h8# ) 23.xg6# ] [ b) 21...xe3 22.d8+ h7 23.h8# ]

22.xd5! xc4 23.e8+ Abandonam.A f8 seguiria 24.xg6#1-0

370 E49BotwinnikCapablanca

partida 29[Defesa Nimzowitch]

PARTIDA No 29AVRO (Holanda), 1938. PD - DefesaNimzowitch.Principais temas em jogo:1 - Ocupação de "hole".2 - Avanço cent ra l de Peões bempreparado.3 - Exploração de casas fracas.4 - Força de um Peão passado.5 - Levantamento do bloqueio ao Peãopassado. 1.d4 f6 2.c4 e6 3.c3 b4 4.e3

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d5 5.a3 xc3+ 6.bxc3 c5 7.cxd5 exd5 8.d3 0-0 9.e2 b6 10.0-0 a6 As Pretas eliminam o forte BRinimigo, mas em troca seu Cavalof icará numa posição desfavorável .

11.xa6 xa6 12.b2 d7 13.a4 fe8 14.d3 c4 Com seu último lancepretende Capablanca:1 - Restringir a ação do BD adversário(P4BD das Brancas valoriza o Bispo).2 - Explorar o "hole" formado na casapreta 6CD.Trata-se de um plano de execuçãolenta, que será vencido por vigorosoataque central das Brancas. 15.c2

b8 Iniciando a longa viagem rumo a6CD. 16.ae1 c6 17.g3 a5

18.f3 b3 Por fim consegue o mestrecubano tomar posse da casa fraca de6CD ("hole") e, como conseqüência,ganhar o PTD inimigo. Porém, agorase in ic ia o bem preparado ataquecentral de Botwinnik. 19.e4! xa4

20.e5 d7 21.f2! Opondo-se a 21...,C(6)4B, que dar ia boa posição àsPretas. g6 22.f4 Com a terrívelameaça de P5B. f5 23.exf6 xf6

24.f5 O plano do jogador soviéticorevelou-se superior ao de seu genialadversário. Em troca do PTD perdido,as Brancas obtiveram o deslocamentoda Dama e do Cavalo inimigos e umf o r t e a t a q u e a o R e i p r e t o . xe1

25.xe1 e8 26.e6! Uma jogadatípica nestas posições.Para l ivrar-se da Torre branca, asPretas devem conceder ao seu rival umforte Peão passado. xe6 27.fxe6Botwinnik possui, agora, um poderosoPeão móvel, difícil de ser bloqueado.

g7 28.f4! Botwinnik explorahabi lmente a f raqueza das casaspretas do seu contendor. e8 29.e5

e7 [ A tentat iva 29...a5 deslocandoessa peça para a defesa, ser iacontestada com 30.c1! c6 ( se

30...e7 31.a3! ) 31.c7+ e7 ( 31...g8 32.h6 e7 33.g5e as Brancas ganham.) 32.a3 f8

33.f4 g7 34.g5 etc. ] 30.a3 Este lance teria feito as delíciasde Nimzowitch, o grande estudioso doPeão passado e do bloqueio.Discorrendo sobre o bloqueador, dizNimzowitch, em "Mi Sistema":"Quanto mais baixa a l inhagem dapeça bloqueadora, tanto melhor. Creio,também, que o bloqueador deve ter o"couro duro" , não ser, sobremodo,suscetível; de fato, a sensibi l idadeexcessiva dos Reis e das Damas nãoconcordam com o papel do bloqueador.Uma peça menos importante - Cavaloou Bispo - pode, assim, manter-secont ra um a taque (so l i c i tando osesforços necessários), enquanto aD a m a r e a g e f r e n t e à m e n o rdesconsideração, retirando-se da salacom sua orgulhosa cabeça levantada.O Rei também é muito mau bloqueador,porém, nos finais, sempre faz sentirseus privilégios reais". xa3 31.h5+Magnífico e contundente. O ganho,conquanto, longo, é matematicamenteseguro. gxh5 32.g5+ f8 33.xf6+

g8 34.e7 c1+ O forte Peãopassado, decide a partida. Segue-seuma série de xeques, até situar-se oRei branco em lugar seguro. 35.f2

c2+ 36.g3 d3+ 37.h4 e4+ 38.xh5 e2+ 39.h4 e4+ 40.g4 e1+ 41.h5 Abandonam.Não há defesa contra a ameça D8B.Apreciamos nesta partida a idealizaçãoe o desenvolvimento de dois planos

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distintos. Capablanca agiu na ala daDama, procurando rest r ingi r o BDinimigo e explorar o "hole" criado nacasa adversária 3CD. Como fruto deseus esforços, ganhou um Peão, maspermaneceu com a Dama e o Cavaloem posição desfavorável, afastados docampo de luta.Botwinnik, ao contrário, trabalhou nocentro e na ala do Rei. Realizou umf o r t e a va n ç o c en t ra l , mu i t o be mpreparado, obr igando as pre tas ac o n c ed e r - l h e u m p e r i g o s o P e ã opassado.Explorando habilmente a fraqueza dasc a s a s p r e t a s d e C a p a b l a n c a ,conseguiu o mestre soviético criar,para si, uma posição ganhadora. Odébil bloqueio de seu Peão passado (aDama não é e f i c ien te como peçabloqueadora, po is , atacada, devere t i rar -se da casa que ocupa) fo ilevantado mediante magnífico sacrifíciode peça, decidindo-se a partida graçasao p od e ros o P eão pa s s a do be mescudado por sua Dama.Em declarações prestadas logo apósconquistar o título de campeão mundialde xadrez (1948), Botwinnik afirmoutratar-se estar part ida de uma dasmelhores produções em toda sualonga carreira de enxadrista.1-0

371 D28J. BolbochanL. Evans

partida 30[Gambito da Dama Aceito]

PARTIDA No 30X O l im p í a d a - H e l s i n q u e , 1 9 5 2 .

Gambito da Dama Aceito.Principais temas em jogo:1 - Captura de Peão, na abertura, comprejuízo do desenvolvimento.2 - Os perigos da falta do roque.3 - Ataque ao Rei centralizado. 1.d4 d5 2.f3 f6 3.c4 dxc4 4.e3

a6 5.xc4 e6 6.0-0 c5 7.e2 c6 8.c3! b5 9.b3 cxd4 10.exd4A jogada de Júlio Bolbochan, 10. PxP,implica no sacrifício do PD.

[ Ou 10.d1 e7 11.exd4 0-0 12.d5! e as Brancas têm jogosuperior. ]

10...xd4? Perda de tempo. Em vezde capturar o Peão, melhor teria sido1 0 . . . , B 2 R , a p r e s s a n d o odesenvolvimento da ala do Rei. Essevoraz apetite, na abertura, contra ummestre, costuma resultar em indigestão,que é o caso desta partida. 11.xd4

xd4 12.d5! Bolbochan começa aexplorar sua superioridade posicionaldecorrente do melhor desenvolvimentode suas peças. Ameaça, agora, seja 13.C7B+, seja 13. B3R, seguido de TR1De TD1B, com domínio completo dot a b u l e i r o . xd5 13.d1! c3O campeão norte-americano trata deobs t ru i r a co luna BD, to rnando-ainoperante para as Brancas. 14.bxc3

b6 [ A captura 14...xc3 seria má, por 15.b2 etc. ]

15.e5!! A Dama branca, centralizada,adquire força extraordinária. Evita,principalmente, o desenvolvimento doB i s p o p r e t o e i m p e d e q u a l q u e rcontrajogo adversário. b7 16.e3

c6 17.d5! A pregadura do PR pretop e l a D a m a c o n s e n t e a o m e s t r eargentino atuar na casa 5D, como senã o es t i ve ss e a ta c ada po r Pe ão

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inimigo. c8 18.xb7 xb7 19.a4!Bolbochan não dá tréguas ao seu rival.

c8 [ Ameaça, agora, 19...c6 20.axb5 axb5 21.xa8+ xa8 22.xb5+ e7 23.d7+ f6 24.g5# ]

20.axb5 xb5 A retomada de Dama éforçada.

[ Se 20...axb5 21.a7! dá ganhoimediato às Brancas. ]

21.d4! Cada lance de Bolbochancontém uma ameaça aguda. e5

[ 21...h5 No caso: 22.ab1! c6(forçado, para defender a casa 2D)

23.b6 c7 24.f4! e7 ( 24...a7 25.xe6+ ganhando aDama. ) 25.a4+ seguido de mate

c6 26.xc6+ d7 27.xd7# ]A f a l t a d o r o q u e e a p o s i ç ã oc e n t r a l i z a d a d o R e i d a s P r e t a sau to r i z am ao p r ime i ro j oga do r aelaboração de constantes ameaças.

22.g4! d8 23.xd8+ xd8 24.d1+ e7 25.f5!! Abandonam.As Pretas não têm defesa contra c6

[ Se 25...e8 após 26.b6!igualmente, não haveria salvação. ]

26.c5+ xc5 27.d7+ e8 28.xf7# Uma partida que prova sermá política capturar Peões na abertura( 1 0 . . . , C x P ) e m p r e j u í z o d odesenvolvimento. Com base na melhordisposição de suas peças, na falta dod e s e n v o l v i m e n t o i n i m i g o e ,principalmente, da ausência do roquepreto, as Brancas obt iveram umavitória em grande estilo.1-0

372 D16BoleslavskyV. Smyslov

partida 31[Defesa Eslava]

PARTIDA No 31Budapeste, 1950. PD - Defesa Eslava.Principais temas em jogo:1 - Vantagem no desenvolvimento.2 - Criação de casa fraca ("hole").3 - E x p l o r a ç ã o d e c a s a s f r a c a s("holes"). 1.d4 d5 2.c4 c6 3.c3 f6 4.f3

dxc4 5.a4 c5 Usual é 5...,B4B (videestudo teórico). A jogada de Smyslovpretende t ransformar a par t ida noGambito da Dama Aceito, mas à custade um tempo. 6.e4! Superior a 6. P3R.

cxd4 7.xd4 Tendo conseguidomelhor desenvolvimento, o mestrerusso Boleslavsky não exita em trocaras Damas. xd4 8.xd4 e6 9.db5

a6 10.xc4 c5 11.f4!Com jogadas simples, Boleslavskyconseguiu apreciável vantagem emdesenvolv imento. In ic ia , agora, oataque a casa 3D adversár ia . e7

12.0-0 d7 13.e5! A casa preta 3D éuma casa f raca ( "ho le " ) po is nãodispõe da defesa de um Peão. Seudomínio é importante, visto situar-seem pleno território inimigo e próximodo Rei preto.A posse da casa fraca 3D é o objetivodo pr imeiro jogador. A deb i l idadedesse ponto torna-se-á maior, desdeque seja eliminado o BR preto, tarefaque Boleslavsky realizará com plenoêxito. h5 14.e3! Magnífica jogada.O Bispo atacado retrocede com ganhode tempo, visto atacar o BR inimigo,única peça que defende a casa fraca

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preta 3D. A troca 14...,BxB, além deeliminar o citado Bispo, abrirá a colunaBR para as Brancas, vantagens maisque suficientes e compensadoras dad e b i l i d a d e d o s P e õ e s b r a n c o sdobrados, que resultariam na colunaRei. hc8 15.e2! Com 15. B2R! asBrancas fogem a um ataque da Torreinimiga e o fazem com ganho de tempo,pois atacam o Cavalo inimigo. A únicadefesa consistirá em 15...,P3CR, queirá determinar nova debilidade, o "hole"d e 3 B R , f r a q u e z a d e c a r á t e rpermanente, objetivo ideal do jogo deposição. g6 16.e4! Rumo a casaf r a c a 3 B R . xe3 17.fxe3 c2O s o v i é t i c o S m y s l o v p r o c u r acompensações com a Torre na sétimahorizontal. 18.bd6! f8

[ Não era possível 18...xe2 por 19.xf7+ d8 20.f8+ ganhando aTorre. ]

19.xa6 bxa6 20.g4! Para jogar C6B. g7 21.f6! As casas 3D e 3BR, nãodefendidas por Peões ("holes" = casasfracas), foram finalmente ocupadaspelos Cavalos brancos. c6 22.fc1!Abandonam. Se xc1+ segue 23.xc1

d7 24.c7 d8 25.b7 etc.Observamos, nesta partida, de quemaneira o melhor desenvolvimentodas Brancas contribuiu para a decisãodo jogo.As Brancas exploraram a casa fracainimiga 3D, enfraquecendo-a, aindam a i s , p e l a t r o c a d o B R p r e t o .Habilmente criaram nova debilidade em3BR. A instalação dos Cavalos nos"holes" do adversário decidiram, porfim, a partida.1-0

373 D45NajdorfGudmunsson

partida 32[Defesa Eslava]

PARTIDA No 32Amsterdam, 1950. PD - Defesa Eslava.Principais temas em jogo:1 - Enfraquecimento do roque.2 - D e s m a n t e l a m e n t o d o r o q u emediante sacrifício.3 - A jodada de espera.4 - Domínio de coluna aberta.5 - Ataque ao roque. 1.d4 d5 2.c4 c6 3.f3 f6 4.c3

e6 5.e3 bd7 6.c2 Variante Stoltz,para evitar a Variante Merano, linhadas mais analisadas e discutidas daDefesa Eslava. Vide estudo teórico daDefesa Eslava. e7 Lance passivo.

[ M a i s d i n â m i c o s e r i a 6...d6como sucedeu na partida Najdorf xK o t o v , B u d a p e s t e , 1 9 5 0 , q u econtinuou: 7.e2 0-0 8.b3 e7

9.0-0 dxc4 10.bxc4 e5 etc., combom jogo para as Pretas. ]

7.b3 0-0 8.b2 b6 9.d3 b7 10.e5! Percebem-se, claramente,agora, as desvantagens de 6...,B2R.Além de tornar possível a instalaçãodo Cavalo branco em 5R, rouba àDama preta a casa 2R. g6 Para jogar. . . ,C1 R, e . . . , P3B , exp u ls ando oCavalo branco. Porém, trata-se de umplano que enfraquece o roque preto.

11.f4! e8 12.0-0-0! f6 [ Se 12...f5 as Brancas teriamexcelentes possibilidades de ataque,graças às perspectivas de rupturasem 4CR e 5TR. ]

13.xg6!! Uma jogada que suscitouimportantes controvérsias entre os

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Edson Fiuza, 20/02/2019

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críticos.Não acreditamos que o mestre Najdorftenha calculado a combinação emseus mínimos detalhes. Aliás, não sefazia mister todo esse esforço mental.Najdorf entrega seu Cavalo por doisP e õ e s e c o n s e g u e , e m t r o c a ,e n f r a q u e c e r o r o q u e i n i m i g o eexcelentes possibilidades de ataque.Compensações suficientes, sem dúvida,para a pequena desvantagem materialque resul ta para as Brancas . hxg6

14.xg6 d6 15.f5!! Uma jogadam a g n í f i c a . C o m e l a c h e g a m a sBrancas a restringir a posição inimiga,dificultando a defesa do adversário. e5

16.e2 e7 17.g4 g7 18.e2Rumo a 5T R, v i a 3 CR. O a taq uebranco é lento, mas nada podem fazeras Pretas para truncá-lo, devido à suaposição restringida e à desarmoniaex is ten te en t re suas peç as . exd4

19.exd4 c7 É muito dissonante obloco de peças pretas na ala da Dama.

20.b1! Quando mais acesa sea p r e s e n t a v a a l u t a , o p o l o n ê s(na t u ra l i za do a rgen t i no ) Na jdo r fin te rca la uma pac í f i ca jogada deespera. O objetivo é desocupar a casa1BD para o BD agir na outra diagonalq u e s e o r i g i n a d e s s a c a s a . fe8

21.g3 A qualidade (21. BxT) nãointeressava ao jogador das Brancas:"Aquila non capit muscas"... e7

[ I n s u f i c i e n t e s e r i a 21...xg3visto a abertura da coluna TR serdecisiva para as Brancas. 22.hxg3 ]

22.h5 h8 23.he1 xe1 24.xe1 f8 Defendendo-se o monarca pretop o r s e u s p r ó p r i o s m o v i m e n t o s ,enquanto o bloco de suas peças, naa l a d a D a m a , p e r m a n e c e e me n e r v a n t e p a s s i v i d a d e . 25.c1

A razão da calma jogada de espera doRei (20. R1C!). d8 26.f4! e5Com es te sacr i f í c io , procuram asPretas a l i v ia r sua conges t ionadaposição.

[ Se 26...xf4 27.xf4 e a entradada Dama em 6D seria decisiva. ]

27.dxe5 xe5 28.xf6! xf4 [ As Pretas não podem tomar esteCavalo:a) 28...xf6 29.xc7 d7 30.e8+seguido de mate inevi tável . g7

31.h5+ h6 32.g6# ] [ b) 28...xf6 29.xe5 seguido de30. D5T, etc. ]

29.h7+ g8 30.f7+! Abandonam.Contra qualquer tomada das Pretasseguir-se-ia 31. D6C mate.Nesta genial partida, observamos umataque ao roque preto, estimulado peloseu enfraquecimento em virtude doavanço do PCR preto.O sacrifício do Cavalo por dois Peões,rea l i zado por Na jdor f , t rouxe- lhec o m p e n s a ç õ e s , t a i s c o m o odesmoronamento do roque inimigo emagníficas possibilidades de ataque.Esse ataque foi algo lento, contudovitorioso, graças à posição restringidae à desarmonia entre as peças pretas.1-0

374 D26E. LaskerS. Reshevsky

partida 33[Gambito da Dama Aceito]

PARTIDA No 33Nottingham, 1936. Gambito da DamaAceitoPrincipais temas em jogo:

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Edson Fiuza, 20/02/2019

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1 - Falta de continuidade na idéia deuma variante.2 - Fixação do centro e anulação deataque ao roque.3 - Ataque ao roque. 1.d4 d5 2.c4 dxc4 3.f3 f6 4.e3

e6 5.xc4 c5 6.c3 [ O usual é 6.0-0 seguido de 7. D2R.( V i d e e s t u d o t e ó r i c o d e s t aabertura) ]

6...a6 7.0-0 b5 8.d3 Nesta varianteas Brancas devem retroceder com oB i s p o a 3 CD , p a r a n ão e s t o r va re v e n t u a l P 5 D , q u e f a z p a r t e d avariante empregada. Aqui reside aprimeira e mais importante das falhasdas Brancas. cxd4! Com seu últimol a n c e , o g r a n d e m e s t r e n o r t e -americano Reshevsky consegue fixar ocentro inimigo. Após 9. PxP, perdemas Brancas seu centro móvel de Peões,pelo desaparecimento do PR. 9.exd4

b7 10.g5 e7 11.e2 0-0 12.ad1 Com a idéia de C5R e P4B,construindo forte posição de ataque,plano que Reshevsky desmantela comf a c i l i d a d e . bd7 13.e5 d5!

14.c1 [ Após 14.xe7 xe7 15.f4 xc3 16.bxc3 fc8 a posição dos Peõespretos é superior e reduzidas asp o s s i b i l i d a d e s d e a t a q u e d a sBrancas. ]

Mas o retrocesso do Bispo, além deimplicar na perda de um tempo, vaide ixa r a s B ran cas c om um Pe ãoatrasado em 3BD. 14...xc3 15.bxc3

f6 16.a4 Entregando um Peão. d5!Reshevsky ignora o Peão oferecidope l o mes t r e a l e mã o e p roc u r a oataque direto ao Rei inimigo.

[ Q u e , s e n d o a c e i t o 16...bxa4daria ensejo à continuação 17.b2

seguido de 18. P4BD, com boasoportunidades de ataque. ]

17.f3 O avanço 17. P4BR promoveriadebi l idades no roque branco. fc8!

18.b2 [ Ou 18.axb5 axb5 19.xb5 xc3 20.e5 e as Brancas não teriamcompensações pe lo déb i l Peãoisolado. ]

18...e4! 19.c1 [ Outras continuações dariam, domesmo modo, excelente posiçãopara as Pretas.a) 19.xe4 xe4 20.xe4 xe4e as Pretas ficariam com o par deBispos. ]

[ 19.axb5 axb5 20.xb5 xc3 21.xc3 xc3 etc. ]

19...g5! 20.axb5 axb5 21.xb5Perde de imediato.

[ Mas, mesmo após o necessário 21.e1 as Pretas obteriam posiçãomelhor: h3+ 22.h1 f4seguido de ...,CxB, ficando as Pretascom o par de Bispos. ]

21...xf3+ 22.gxf3 g5+ 23.h1 g4! Abandonam.Não há defesa contra a ameaça 24...,BxP+.A derrota de Lasker não pode seratribuída a esta ou aquela jogada empart icu lar . Houve, s im, no grandemest re, uma omissão na idé ia daabertura empregada. As Brancas nãocuidaram do avanço P5D, essencial navariante empregada; ao contrár io,prejudicaram-no, até, com 8. B3D.O ataque planejado pelas Brancas,sem a mobilidade do centro (houvef ixação do cent ro) , fo i , de pronto,destruído por Reshevsky, que alcançou,por fim, merecida vitória.0-1

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375 E41B. GellerH. Golombek

partida 34[Defesa Nimzowitch]

PARTIDA No 34B u d a p e s t e , 1 9 5 2 . P D - D e f e s aNimzowitch.Principal tema em jogo:1 - Recursos tá t icos em pos içõescomprometidas. 1.d4 f6 2.c4 e6 3.c3 b4 4.e3

c5 5.a3 Sistema Saemisch retardado.V id e e s t u d o t e ó r i c o d a V a r i a n t eRubinste in (4. P3R) e da VarianteSaemisch (4. P3TD). cxd4 O correto é5 . . . , B x C + . 6.axb4 dxc3 7.f3!O mestre soviético sacrifica um Peão afim de desenvolver o BD. cxb2 8.xb2

d5! 9.c5 b6 10.b5+ d7 11.xd7+ fxd7!

[ E não 11...bxd7? por 12.c6 ] [ e nem 11...xd7 por 12.cxb6ficando as Brancas com vantagemem ambos os casos. ]

12.c2 c6! Uma jogada bemcalculada, pois envolve a perda dosPeões pretos da ala do Rei. 13.xg7

xb4 14.b1 g8 15.c6! xc6 16.xh7 f6!! Um lance magnífico,que salva a partida do mestre inglêsGolombek. 17.xf6 xf6 18.xg8+

d7 19.e5+! Por sua vez, Geller dá,i g u a l m e n t e , m o s t r a d e g r a n d eengenho. xe5!

[ Após 19...xe5 20.xa8 xa1+ 21.e2 xh1 22.b7+ d6 23.xf7 xg2 as Brancas teriamjogo difícil. ]

20.xa8 f3+!! Abre a diagonal paraa Dama preta. 21.gxf3 xa1+ 22.e2

xh1 Empate por xeque perpétuo.

Esta partida mereceu o 1o prêmio debeleza, acontecimento raro em partidasque terminam sem vencedor.Belo exemplo, que faz sobressair osrecursos táticos, salvando uma partidacomprometida.½-½

376 C82E. BogoljubowM. Euwe

partida 35[Abertura Ruy Lopez]

PARTIDA No 35Holanda, 1941. Abertura Ruy LopezPrincipais temas em jogo:1 - Forte posição de uma peça.2 - Abertura de coluna.3 - Ataque ao roque. 1.e4 e5 2.f3 c6 3.b5 a6 4.a4

f6 5.0-0 xe4 Variante Aberta daRuy Lopez, a favorita de Euwe. 6.d4

b5 7.b3 d5 8.dxe5 e6 9.c3 c5A alternativa é 9...,B2R. (Vide estudoteórico) 10.bd2 0-0 11.c2 f5Esta posição é bastante conhecida deEuwe.

[ Na partida Lasker x Rubinstein,São Petersburgo, 1914, as Pretasjogaram 11...xd2 e após 12.xd2!

f6 13.exf6 xf6 14.d4 xd4 15.cxd4 b6 16.a4! as Brancasficaram com melhor jogo. ]

12.b3 b6 13.fd4 xd4 14.xd4 e7 15.b3 xd4 16.cxd4 f4 17.f3 g3! 18.e1

[ Após 18.hxg3 fxg3 19.e1 h4como seguiu na partida. ]

18...h4! 19.hxg3 fxg3 20.e3 c6!Euwe planejou ...,B5C, para evitar afuga do Rei branco.

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Edson Fiuza, 20/02/2019

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[ Se imediatamente 20...g4 com 21.xd5+ as Brancas teriamd e f e n d i d o s e u P 3 B R . D a í an e c e s s i d a d e d e d e f e n d e rpreviamente o PD com 20...,P3B.

( 21.fxg4?? h2# )] 21.c1

[ Se 21.f1 seguiria h1+ 22.g1 ( 22.e2 xg2+ 23.d3 xf3etc. ) 22...h3 23.e2 xg2+

24.xg2 xf3+ e as Pretasganham. ]

21...g4! 22.c2 h2+ 23.f1 xf3+!! O ex-campeão mundial (1935 a193 7 ) , t eó r i c o p ro f undo , g r a nd econhecedor das aberturas e completomestre no jogo posic ional , nestesúltimos anos vem desenvolvendo umanova virtuosidade tática.Um exemplo é esta partida, em quepõe à mostra seus dotes de perfeitocombinador.Este segundo sacrifício é decisivo.

24.xf3 [ Ou 24.gxf3 h3+ 25.g2 xg2# ]

24...h1+ 25.e2 xg2+!In teressan te pregadura da Damabranca. 26.d3 xf3 Terminou acombinação, com vantagem materialp a r a a s P r e t a s . 27.xc6 c8

28.xc8+ xc8 29.c3 a5 30.d1 e4 31.c2 g2 32.d3 b4+ 33.b3 a4+ 34.xa4 xb2 35.b1 a3+ Abandonam.As Brancas perdem o Bispo e a Torre.A forte colocação do Cavalo preto em5 R e a a b e r t u r a d a c o l u n a B Rpermitiram que as Pretas realizassemum ataque ao roque das Brancas, oqual se iniciou com a entrega de umCavalo e culminou com um energéticosacr i f íc io de Torre que resolveu a

partida.0-1