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Tempo & Espaço percebi. Torrentes de palavras esc ndido. Receei nço ser bem recebido ido. E renascido. Para o que, ainda n ver. Renascer. No renascimento a h zer. Eu (a histçria) existi. Nço me ono nem desprezo a histçria anterio ue, conhecendo-a, reescreva meu fu eu, fragmentado, desconstruido, mu hares. Agora estou por aç. Mil de m edrontados, com frio, sede, fome, fr & Espaço. A idçia ç “caçar” meus i-los, juntç-los, com equilçbrio, se tenho comigo o caos, a depressço. A Tempo & Espaço percebi. Torrentes de palavras esc ndido. Receei nço ser bem recebido ido. E renascido. Para o que, ainda n ver. Renascer. No renascimento a h zer. Eu (a histçria) existi. Nço me ono nem desprezo a histçria anterio ue, conhecendo-a, reescreva meu fu eu, fragmentado, desconstruido, mu hares. Agora estou por aç. Mil de m edrontados, com frio, sede, fome, fr & Espaço. A idçia ç “caçar” meus i-los, juntç-los, com equilçbrio, se tenho comigo o caos, a depressço. A Fernando Duarte Gomes Cancela Cada lágrima que não quis

Cada lágrima que não quis

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Livro de poesia do autor Fernando Cancela

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Page 1: Cada lágrima que não quis

Tempo & Espaço

Na primeira vez, nem percebi. Torrentes de palavras escaparam de mim. Receei nço ser compreendido. Receei nço ser bem recebido. Na segunda vez percebi que tinha morrido. E renascido. Para o que, ainda nço sei. Sç sei que dçi. Dçi morrer e reviver. Renascer. No renascimento a histçria anterior

me atropela. Sç para dizer. Eu (a histçria) existi. Nço me abandone. Nço me despreze. Eu nço abandono nem desprezo a histçria anterior. Pelo contrçrio.

Agarro-me nela para que, conhecendo-a, reescreva meu futuro. Na çltima vez, a caixa se abriu e eu, fragmentado, desconstruido, multipliquei-me em dezenas, centenas, milhares. Agora estou por aç. Mil de mim estço por aç. Atçnitos, perdidos, amedrontados, com frio, sede, fome, frio, sede, fome de saber aonde vço. Tempo & Espaço. A idçia ç “caçar” meus milhares, e qual

um quebra-cabeça, reuni-los, juntç-los, com equilçbrio, se ç que ç possçvel. No momento, sç tenho comigo o caos, a depressço. Angçstia.

Tempo & Espaço

Na primeira vez, nem percebi. Torrentes de palavras escaparam de mim. Receei nço ser compreendido. Receei nço ser bem recebido. Na segunda vez percebi que tinha morrido. E renascido. Para o que, ainda nço sei. Sç sei que dçi. Dçi morrer e reviver. Renascer. No renascimento a histçria anterior

me atropela. Sç para dizer. Eu (a histçria) existi. Nço me abandone. Nço me despreze. Eu nço abandono nem desprezo a histçria anterior. Pelo contrçrio.

Agarro-me nela para que, conhecendo-a, reescreva meu futuro. Na çltima vez, a caixa se abriu e eu, fragmentado, desconstruido, multipliquei-me em dezenas, centenas, milhares. Agora estou por aç. Mil de mim estço por aç. Atçnitos, perdidos, amedrontados, com frio, sede, fome, frio, sede, fome de saber aonde vço. Tempo & Espaço. A idçia ç “caçar” meus milhares, e qual

um quebra-cabeça, reuni-los, juntç-los, com equilçbrio, se ç que ç possçvel. No momento, sç tenho comigo o caos, a depressço. Angçstia.

Fernando Duarte Gomes Cancela

Cada lágrima que não quis

“Embora um tanto solitária a jornada não é de todo maçante.Afinal de contas, é a mi-nha estrada, é a minha jornada... Certamente te-

nho que fazê-la sozinho””

“Aqui, na sala, estamos todos (quase todos) reunidos... As idades variam.... As expressões também... No geral, são expres-sões serenas, algumas revelam um pouco de ansiedade, outras são puramente sonha-doras, distraídas, absortas, difícil reconhe-cer – curiosidade -; Medo, insegurança... sem dúvida.... Recolhimento, intimidação, também....Mas...Temos tempo.... muito tempo....Claro, podemos ser interrompidos a qualquer momento....Enquanto isto...Co-meçamos a conversar....

Já vejo algumas lágrimas.... Algum con-tato físico....Um ou outro abraço carinho-so...Formam-se grupos, mas grupos dinâ-micos... com bastante movimento / troca entre eles. Risos.... Parece que já existe um tanto de compreensão....... Que momen-to...!!!....

Que momento...!!!...Mesmo se durar um átimo.... Será inesquecível... Extraor-dinário.... Quanto Amor...Quanto Amor...”

Fernando Duarte Gomes CancelaOutubro - 2009F

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Cada lágrima que não quis

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Tempo & Espaço

Na primeira vez, nem percebi. Torrentes de palavras escaparam de mim. Receei nço ser compreendido. Receei nço ser bem

recebido. Na segunda vez percebi que tinha morrido. E renascido. Para o que, ainda nço sei. Sç sei que dçi. Dçi morrer e reviver. Renascer. No renascimento a histçria anterior me atropela. Sç para dizer. Eu (a histçria) existi. Nço me abandone. Nço me

despreze. Eu nço abandono nem desprezo a histçria anterior. Pelo contrçrio. Agarro-me nela para que, conhecendo-a, reescreva meu futuro. Na çltima vez, a caixa se abriu e eu, fragmentado, desconstruido, multipliquei-me em dezenas, centenas, milhares. Agora estou por aç. Mil de mim estço por aç. Atçnitos, perdidos,

amedrontados, com frio, sede, fome, frio, sede, fome de saber aonde vço. Tempo & Espaço. A idçia ç “caçar” meus milhares, e qual um quebra-cabeça, reuni-los, juntç-los, com equilçbrio, se

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Tempo & Espaço

Na primeira vez, nem percebi. Torrentes de palavras escaparam de mim. Receei nço ser compreendido. Receei nço ser bem

recebido. Na segunda vez percebi que tinha morrido. E renascido. Para o que, ainda nço sei. Sç sei que dçi. Dçi morrer e reviver. Renascer. No renascimento a histçria anterior me atropela. Sç para dizer. Eu (a histçria) existi. Nço me abandone. Nço me

despreze. Eu nço abandono nem desprezo a histçria anterior. Pelo contrçrio. Agarro-me nela para que, conhecendo-a, reescreva meu futuro. Na çltima vez, a caixa se abriu e eu, fragmentado, desconstruido, multipliquei-me em dezenas, centenas, milhares. Agora estou por aç. Mil de mim estço por aç. Atçnitos, perdidos,

amedrontados, com frio, sede, fome, frio, sede, fome de saber aonde vço. Tempo & Espaço. A idçia ç “caçar” meus milhares, e qual um quebra-cabeça, reuni-los, juntç-los, com equilçbrio, se

Fernando Duarte Gomes Cancela

Cada lágrima que não quis

Rio de Janeiro2010

ESTA OBRA FOI IMPRESSA NA

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© Fernando Duarte Gomes Cancela/Oficina de Livros Gráfica e Edi-tora Ltda., 2010.Todos os direitos reservados a Fernando Duarte Gomes Cancela/Oficina de Livros Gráfica e Editoriais Ltda. É proibida a reprodução ou transmissão desta obra, ou parte dela, por qualquer meio, sem a prévia autorização dos editores. Impresso no Brasil. ISBN 978-85-61843-20-5

Projeto gráfico, diagramação e capaRicardo Alexandre Monteiro

CIP-Brasil. Catalogação na FonteSindicato Nacional dos Editores de Livro

RJR31c Gomes Cancela, Fernando Duarte Cada lágrima que não quis. Poesia 108p. : il. ISBN 978-85-61843-20-5

CDD: 304.81913

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Todos os vossos atos sejam feitos com amor.

Coríntios 16:14

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Para minha esposa Gina e minha filha, Clarisse.

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Na primeira vez, nem percebi. Torrentes de palavras escaparam de mim. Receei nço ser compreendido. Receei nço ser bem

recebido. Na segunda vez percebi que tinha morrido. E renascido. Para o que, ainda nço sei. Sç sei que dçi. Dçi morrer e reviver. Renascer. No renascimento a histçria anterior me atropela. Sç para dizer. Eu (a histçria) existi. Nço me abandone. Nço me

despreze. Eu nço abandono nem desprezo a histçria anterior. Pelo contrçrio. Agarro-me nela para que, conhecendo-a, reescreva meu futuro. Na çltima vez, a caixa se abriu e eu, fragmentado, desconstruido, multipliquei-me em dezenas, centenas, milhares. Agora estou por aç. Mil de mim estço por aç. Atçnitos, perdidos,

amedrontados, com frio, sede, fome, frio, sede, fome de saber aonde vço. Tempo & Espaço. A idçia ç “caçar” meus milhares, e qual um quebra-cabeça, reuni-los, juntç-los, com equilçbrio, se

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Tempo & Espaço

Na primeira vez, nem percebi. Torrentes de palavras escaparam de mim. Receei nço ser compreendido. Receei nço ser bem

recebido. Na segunda vez percebi que tinha morrido. E renascido. Para o que, ainda nço sei. Sç sei que dçi. Dçi morrer e reviver. Renascer. No renascimento a histçria anterior me atropela. Sç para dizer. Eu (a histçria) existi. Nço me abandone. Nço me

despreze. Eu nço abandono nem desprezo a histçria anterior. Pelo contrçrio. Agarro-me nela para que, conhecendo-a, reescreva meu futuro. Na çltima vez, a caixa se abriu e eu, fragmentado, desconstruido, multipliquei-me em dezenas, centenas, milhares. Agora estou por aç. Mil de mim estço por aç. Atçnitos, perdidos,

amedrontados, com frio, sede, fome, frio, sede, fome de saber aonde vço. Tempo & Espaço. A idçia ç “caçar” meus milhares, e qual um quebra-cabeça, reuni-los, juntç-los, com equilçbrio, se

Este é um livro de dor.

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Se você me ofende, com pensamentos, palavras e obrasAtos, pecados e omissõesSaiba que não aceito tuas desculpasTalvez aceite tua vida, em troca da tua remissão

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Corpo, mente, coraçãoAlma transfixadaSangue diluído, misturado sem sentidoDores centenáriasSonhos impossíveis de acreditar

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De repente, nada (?)O mistério se desfaz(Eu sou o meu espelho)

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Pecado: Descartar pessoasPunição: Ser abandonado pelas pessoas que não descartei. Ainda.

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O que é pior? Ser um e ser solitário ou ser solitário entre vários? Não tenho resposta satisfatória para esta pergunta.

Neste momento não tenho certeza do que vou escrever aqui Não sei como ocupar este espaço

Mas não quero desperdiçá-lo Quero preenchê-lo com todos os aspectos da minha vida

Com todos os momentos da minha vida Tão passageira quanto as nuvens no céu Tão disforme quanto as nuvens no céu

Tão frágeis como as nuvens no céu Não quero poesia agora

Não... É uma palavra recorrente. Um sentimento persistente. Quisera estar mais tranqüilo, mais senhor de mim mesmo

Quero me entender. Quero ter certeza de onde posso chegar. Quero conhecer os meus limites sem, com isto, me limitar.

Page 17: Cada lágrima que não quis

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Não consigo entrar em contato com meu próprio interior Não consigo me concentrar

Não consigo abstrair o que ocorre em meu redor Não consigo, efetivamente, viver sem conflitar com minha

fragilidade Com a real, concreta, objetiva ansiedade

Com a certeza que, num átimo, eu desapareço

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Tempo & Espaço

Na primeira vez, nem percebi. Torrentes de palavras escaparam de mim. Receei nço ser compreendido. Receei nço ser bem recebido. Na segunda vez percebi que tinha morrido. E renascido. Para o que, ainda nço sei. Sç sei que dçi. Dçi morrer e reviver. Renascer. No renascimento a histçria anterior

me atropela. Sç para dizer. Eu (a histçria) existi. Nço me abandone. Nço me despreze. Eu nço abandono nem desprezo a histçria anterior. Pelo contrçrio.

Agarro-me nela para que, conhecendo-a, reescreva meu futuro. Na çltima vez, a caixa se abriu e eu, fragmentado, desconstruido, multipliquei-me em dezenas, centenas, milhares. Agora estou por aç. Mil de mim estço por aç. Atçnitos, perdidos, amedrontados, com frio, sede, fome, frio, sede, fome de saber aonde vço. Tempo & Espaço. A idçia ç “caçar” meus milhares, e qual

um quebra-cabeça, reuni-los, juntç-los, com equilçbrio, se ç que ç possçvel. No momento, sç tenho comigo o caos, a depressço. Angçstia.

Tempo & Espaço

Na primeira vez, nem percebi. Torrentes de palavras escaparam de mim. Receei nço ser compreendido. Receei nço ser bem recebido. Na segunda vez percebi que tinha morrido. E renascido. Para o que, ainda nço sei. Sç sei que dçi. Dçi morrer e reviver. Renascer. No renascimento a histçria anterior

me atropela. Sç para dizer. Eu (a histçria) existi. Nço me abandone. Nço me despreze. Eu nço abandono nem desprezo a histçria anterior. Pelo contrçrio.

Agarro-me nela para que, conhecendo-a, reescreva meu futuro. Na çltima vez, a caixa se abriu e eu, fragmentado, desconstruido, multipliquei-me em dezenas, centenas, milhares. Agora estou por aç. Mil de mim estço por aç. Atçnitos, perdidos, amedrontados, com frio, sede, fome, frio, sede, fome de saber aonde vço. Tempo & Espaço. A idçia ç “caçar” meus milhares, e qual

um quebra-cabeça, reuni-los, juntç-los, com equilçbrio, se ç que ç possçvel. No momento, sç tenho comigo o caos, a depressço. Angçstia.

Fernando Duarte Gomes Cancela

Cada lágrima que não quis

“Embora um tanto solitária a jornada não é de todo maçante.Afinal de con-tas, é a minha estrada, é a mi-nha jornada... Certamente tenho que fazê-la sozi-

nho””

“Aqui, na sala, estamos todos (quase todos) reunidos... As idades variam.... As expressões também... No geral, são expres-sões serenas, algumas revelam um pouco de ansiedade, outras são puramente sonha-doras, distraídas, absortas, difícil reconhe-cer – curiosidade -; Medo, insegurança... sem dúvida.... Recolhimento, intimidação, também....Mas...Temos tempo.... muito tempo....Claro, podemos ser interrompidos a qualquer momento....Enquanto isto...Co-meçamos a conversar....

Já vejo algumas lágrimas.... Algum con-tato físico....Um ou outro abraço carinho-so...Formam-se grupos, mas grupos dinâ-micos... com bastante movimento / troca entre eles. Risos.... Parece que já existe um tanto de compreensão....... Que momen-to...!!!....

Que momento...!!!...Mesmo se durar um átimo.... Será inesquecível... Extraor-dinário.... Quanto Amor...Quanto Amor...”

Fernando Duarte Gomes CancelaOutubro - 2009F

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