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CIDADES HISTÓRICAS/ESTRADA REAL – MG
19 a 23 de novembro de 2008
Caderno de Avaliação e Resultados
2
MINISTÉRIO DO TURISMO Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho, Ministro de Estado
Secretaria Nacional de Políticas de Turismo Airton Nogueira Pereira Júnior, Secretário
Departamento de Promoção e Marketing Nacional Márcio Nascimento, Diretor Jurema Monteiro, Coordenadora-geral de Apoio à Comercialização
Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico Tânia Brizolla, Diretora Rosiane Rockenbach, Coordenadora-geral de Segmentação
Equipe Técnica da Coordenação-Geral de Segmentação Carolina C. Neves de Lima
SEBRAE NACIONAL – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Paulo Tarciso Okamotto, Diretor-Presidente
Diretoria de Administração e Finanças Carlos Alberto dos Santos, Diretor
Diretoria Técnica Luiz Carlos Barboza, Diretor
Gerência da Unidade de Atendimento Coletivo, Comércio e Serviços Ricardo Guedes, Gerente Aryanna Nery Décio Coutinho Dival Schmidt Germana Magalhães Lara Franco Valéria Barros
BRAZTOA – Associação Brasileira das Operadoras de Turismo José Eduardo Barbosa – Presidente Mônica Eliza Samia – Diretora Executiva Daniela Sarmento – Coordenadora Geral Leandro Queiroz – Supervisor Técnico Fabricio Takayassu – Equipe Técnica Marina Telles – Equipe Técnica Nivea Lima – Equipe Técnica
Consultores Alessandro Rodrigues Pinto Ana Laura Ravagnani Eduardo Cecchini José Cordeiro Rafael Andreguetto Rosier Saraiva Simone Scorsato
Articuladora Local Mirian Magalhães Rocha
3
SUMÁRIO
O Projeto Caravana Brasil.........................................................................04
1- Características do destino.....................................................................07
1.1- Belo Horizonte-MG .....................................................................07
1.2- Mariana-MG...............................................................................09
1.3- Ouro Preto-MG...........................................................................11
1.4- São João Del Rei-MG ..................................................................13
1.5- Tiradentes-MG ...........................................................................16
2- A oficina de capacitação para o Encontro de Conhecimento.....................18
3- A Viagem Técnica................................................................................21
4- Avaliação de características do destino ..................................................24
4.1- Da percepção do lugar: análise comparativa Fornecedores x
Operadores e Agentes.......................................................................24
5- Análise de produto – Participantes da Oficina de Capacitação ..................32
5.1- Análise de produto – Operadores e Agentes .................................33
6- Avaliação de oportunidades comerciais por Operadores e Agentes ...........35
7- Considerações finais ............................................................................37
4
PROJETO CARAVANA BRASIL
O projeto Caravana Brasil, realizado pela Embratur desde 2003,
tem como principal meta incentivar a comercialização de novos
produtos turísticos brasileiros no mercado internacional. Com
isso, de forma geral, ampliou-se também a oferta turística
brasileira. Foram realizadas 100 caravanas para quase 450
destinos, com a participação de cerca de 900 profissionais
formadores de opinião, operadoras de turismo nacional e
internacional, além da imprensa.
A partir de 2007, o Ministério do Turismo e o SEBRAE
firmaram uma parceria com a Braztoa para realizar a Caravana
Brasil Nacional, que segue as mesmas linhas conceituais do
projeto original. Busca, no entanto, incorporar novas
características a fim de se adaptar com mais eficiência ao
mercado atual. Dessa forma, o projeto realiza:
1- Viagens com Agentes de Viagem, nas quais os
participantes conhecem destinos e produtos turísticos e também
visitam feiras e/ou eventos comerciais de destaque do setor;
2- Viagens com Agentes de Viagem e Operadoras de
Turismo, nas quais Agentes e Operadores conhecem melhor os
destinos já comercializados;
3- Viagens com Operadoras de Turismo, nas quais os
5
participantes conhecem novos destinos com a finalidade de
diversificar sua “cesta de produtos”.
A Caravana Brasil Nacional promove ainda:
1- Capacitação para os fornecedores locais dos destinos
visitados, a fim de melhor prepará-los para atender Agentes de
Viagem e Operadoras de Turismo, bem como adequar seus
produtos às necessidades do mercado. Esta ação acontece
durante a viagem precursora em que representantes do projeto
visitam o destino para a validação do roteiro final.
2- Encontros de Negócios, que são encontros entre
Operadoras de Turismo, Representantes Institucionais e
Fornecedores Locais, e possibilitam a convergência de interesses
e o estabelecimento de negócios. Esta ação acontece durante as
viagens com Operadoras de Turismo.
3- Encontros de Conhecimento, que propõem a apresentação
do destino de forma diferenciada para Operadoras e Agentes.
Esta ação acontece durante as viagens entre Operadoras de
Turismo e Agentes de Viagem.
4- Encontros para Apresentação dos Resultados das
Avaliações, que constituem um retorno ao destino das
avaliações feitas pelos Agentes de Viagem e Operadoras de
Turismo. Esta ação acontece em um evento previsto para
aproximadamente um mês depois da viagem.
6
O projeto Caravana Brasil Nacional pretende, com suas ações,
desenvolver o mercado turístico nacional de forma geral. As
ações realizadas, então, constituem uma importante ferramenta
para acompanhar essas mudanças e proporcionar conhecimento
qualificado aos profissionais envolvidos nesse setor, um
importante gerador de divisas do país.
7
1- CARACTERÍSTICAS DO DESTINO
1.1- BELO HORIZONTE-MG
Carinhosamente chamada de BH, Belo Horizonte substituiu Ouro
Preto como capital do estado em 1897, sendo a primeira capital
planejada do país. A cidade merece destaque em sua arquitetura
com o conjunto de Pampulha (Lagoa de Pampulha e Igreja São
Francisco), projetado cerca de duas décadas antes de Brasília,
além de seu desenho
urbano possui avenidas
largas e arborizadas.1
Uma cidade moderna
que consegue manter
suas características e
tradições mineiras
manifestadas em sua
agitada vida cultural, os
museus e a saborosa
gastronomia. Em Savassi e Lourdes a fama dos bons botecos e
petiscos justifica sua vocação boêmia. A vida cultural também é
rica por seus museus e eventos, com destaque para o Museu de
Arte da Pampulha, Museu de Artes e Ofícios e a Expominas,
importante evento de Belo Horizonte.
1 Fonte imagens: www. roteirosdobrasil.tur.br.
8
Descrição geográfica
O clima é tropical de altitude com temperatura média de 21ºC
apresentando verão chuvoso e inverno seco. Com relevo
montanhoso, o município é cortado por três afluentes de rios e
cercado pela vegetação exuberante da Serra do Curral, com
diversas cachoeiras e grutas. Na reserva natural da Mata do
Jambeiro, com 912 hectares, com vegetação típica da Mata
Atlântica. A cidade possui o dobro de área verde recomendada
pela Organização Mundial de Saúde.
Economia
Conhecida pelo potencial – seu parque produtivo é o quinto
maior da América do Sul –, a capital de Minas Gerais se destaca
na indústria automobilística e de autopeças, siderurgia, eletrônica
e construção civil. Também têm grande expressividade o
comércio e a prestação de serviços.
Gastronomia/Restaurantes
Há uma diversidade gastronômica em BH, embora a marca
registrada seja a comida mineira, representada pelo feijão
tropeiro, costelinha de porco, tutu de feijão entre outras delícias
da culinária mineira, a vocação cosmopolita de Belo Horizonte
também e especialmente se manifesta na gastronomia mundial.
Há horizontes para diversos sabores em BH.
9
População
2.434.642 (estimativa para 01/07/08 – IBGE).
1.2- MARIANA-MG
O primeiro arraial de Minas Gerais foi Ribeirão do Carmo, que
mais tarde seria renomeado Mariana. Toda a região se revelaria
uma imensa reserva de ouro, atraindo um grande número de
pessoas. A Coroa Portuguesa, visando o lucro, determinou que o
Capitão Antônio de Albuquerque se dirigisse à região. Em 1711 o
arraial foi elevado à vila, a primeira de Minas, e nela se
estabeleceu a capital da então Capitania de São Paulo e Minas de
Ouro, criada em 1709.
A sede administrativa permanecia em São Paulo do Piratininga. A
Vila Real do Ribeirão de Nossa Senhora do Carmo não perderia a
importância e, em 1745, seria elevada a cidade, com o nome de
Mariana. Para elaborar um projeto urbanístico para a nova cidade
foi contratado o brigadeiro José Fernandes Pinto de Alpoim.
Ainda em 1745 o Papa Bento XIV fez de Mariana a sede do
primeiro Bispado de Minas Gerais. Por este fato Mariana é
considerada também berço da religiosidade mineira. A elevação
para Arcebispado se deu em 1906. Veio do Maranhão o bispo
Dom Frei Manoel da Cruz, cuja viagem durou 14 meses, liderada
por Dom Manoel, que chegou a Mariana no dia 15 de outubro de
1748. Preserva arquitetura colonial no centro histórico, tombado
pelo IPHAN, e ricas igrejas.
10
Descrição Geográfica
A cidade se situa a uma altitude de 712m. Possui clima ameno,
com estação chuvosa de setembro a abril e temperatura média
anual de 17,4°C. Há diversas minas e grutas na região,
caracterizada pelo relevo acidentado, e também pela existência
de cachoeiras.
Economia
A extração do minério de ferro é a principal atividade econômica,
destacando-se também pela produção de ouro e pedras preciosas
e pelo artesanato de pedra-sabão. A agropecuária e o turismo
também são responsáveis por significativa parcela da produção
do município.
Gastronomia/Restaurantes
Mariana tem diversos restaurantes de comida tipicamente
mineira, mas também possui pizzarias e restaurantes de comida
variada.
Artesanato
O artesanato de Mariana é especializado na produção de peças
em pedra-sabão, jóias de ouro e pedras preciosas. Além disso,
também podem ser encontrados no centro da cidade diversos
ateliês que vendem pinturas, esculturas de madeira entalhada e
artigos em pedra-sabão. No Distrito de Cachoeira do Brumado
11
podem ser encontrados tapetes de sisal, aparas de malha,
esculturas de toras de cedro de bico e presépios.
População
53.989 (estimativa para 01/07/08 – IBGE)
Esta foto acima é de Ouro Preto e não de Mariana, trocar de
lugar!
1.3- OURO PRETO-MG
A história da cidade começou quando um bandeirante encontrou
pedras escuras no leito do rio Tripuí. Eram pepitas de ouro, mas
um ouro preto, coberto de
óxido de ferro. A
mineração atraiu muita
gente à localidade,
inicialmente batizada de
Vila Rica. Com a riqueza
que saía do solo foram
construídos casarões e
santuários como a Matriz
de Nossa Senhora do Pilar, o segundo templo mais abundante
em ouro no país. Em 1789, também em função do minério, Ouro
Preto foi palco da Inconfidência Mineira, movimento que
pretendia separar o Brasil de Portugal. Os Inconfidentes foram
12
presos e Tiradentes, condenado à forca. Ouro Preto foi capital de
Minas até 1897, quando a capital se transferiu para Belo
Horizonte. Entre as atrações estão: a Casa dos Contos, Igreja
São Francisco de Assis e Museu da Inconfidência; em alguns
destes, pode-se contemplar obras do mestre Aleijadinho.
Descrição Geográfica
O clima é tropical de altitude, úmido e com chuvas que vão de
dezembro a março. A temperatura varia entre 15ºC e 26ºC no
verão e entre 8ºC e 23ºC no inverno, sendo a temperatura média
anual 17,4ºC. O relevo de Ouro Preto é marcado por cristas
rochosas, sendo cercada por montanhas rochosas da Serra do
Espinhaço. A cobertura vegetal nativa da região insere-se nos
domínios dos campos e capoeiras. O fuso horário é o mesmo de
Brasília.
Economia
Entre as principais atividades econômicas do município, destaca-
se a extração mineral de topázio imperial e de ouro. A indústria
siderúrgica é representativa para a economia local. E, entre os
serviços, o comércio de artesanato e gemas de pedras
semipreciosas são significativos, além da atividade turística.
Gastronomia/Restaurantes
Os restaurantes servem pratos da cozinha regional, como a
13
galinha ao molho pardo ou com quiabo e angu. Na mesa não
faltam também o tutu de feijão, a couve e o torresmo, além da
famosa cachaça mineira. Não se deve perder os deliciosos doces,
frutas em calda, como os de cidra, abóbora e figo, além do doce
de leite.
Artesanato
Ouro Preto possui vários ateliês de escultura. O artesanato local é
diversificado e conta com grande variedade de objetos em pedra-
sabão, como vasos, cinzeiros, pratos e xícaras. Também se
encontram gravuras em metal e madeira, mosaicos de vidro e
peças sacras, assim como peças artesanais em ouro, prata, latão,
cobre e taquara de bambu.
População
69.251 (estimativa para 01/07/08 – IBGE)
1.4- SÃO JOÃO DEL REI-MG
O povoamento da região onde hoje é São João Del Rei começou
no final do século XVII com o bandeirante Tomé Portes Del Rei,
que deu início à atividade de travessia do Rio das Mortes, que
tem esse nome por ser muito difícil de ser atravessado. O local
ficou conhecido com o nome de Porto Real da Passagem. Em
1702 descobriu-se ouro no local, que deixou de ser apenas um
14
ponto de apoio para ser um importante centro de mineração. Em
1713, o governador, Dom Brás Baltazar da Silveira, elevou o
arraial à categoria de Vila com título de São João Del Rei em
homenagem Dom João V, rei de Portugal. Por estar localizada em
uma região muito fértil, o Campo das Vertentes, São João Del
Rei, após a decadência da exploração aurífera, teve sua
economia refeita com a atividade agrícola. No ano de 1838, foi
elevada à categoria de cidade. Ainda durante o século XIX, o
município participou dos movimentos Sedição Militar de Ouro
Preto e Revolução Liberal de 1842. Quase ao final do século, o
grande acontecimento foi a visita de Dom Pedro II à cidade,
quando inaugurou, em 1881, a estação da Estrada de Ferro
Oeste de Minas. Preserva no centro histórico construções do Ciclo
do Ouro, como solares, museus e igrejas. Para explorar os
arredores, comece pelo passeio de maria-fumaça pela serra de
São José até Tiradentes. Há boas compras de artesanato nos
municípios vizinhos de Prados, Coronel Xavier Chaves e Resende
Costa.
Descrição Geográfica
A cidade possui clima ameno e úmido, com temperatura média
anual de 19,2°C, e altitude de 910m. O relevo é montanhoso e o
fuso horário é o mesmo de Brasília.
15
Economia
A economia do município está baseada principalmente no
comércio e turismo, na indústria de pequeno e médio porte e no
setor primário.
Gastronomia/Restaurantes
Em São João Del Rei é possível encontrar diversas opções em
alimentação. Entre elas podemos citar bares, cafés, confeitarias,
padarias, casas de chá, chopperias, churrascarias, lanchonetes,
pizzarias, restaurantes, sorveterias e casas de sucos.
Artesanato
A cidade é famosa pelo artesanato em estanho. Há também
esculturas de madeira, peças em tear como colchas, mantas para
sofá, tapetes e cortinas. Em Coronel Xavier Chaves as mulheres
retomaram a tradição dos abrolhos, tipo de renda trançada com
as mãos, produzindo toalhas de bandeja, panos de prato e outros
produtos. Há ainda a produção de cachaça e artesãos que
produzem trabalhos em pedra-sabão.
População
84.930 (estimativa para 01/07/08 – IBGE)
16
1.5- TIRADENTES-MG
O poder do ouro deu à velha Tiradentes um dos mais belos
acervos barrocos de Minas Gerais, uma verdadeira preciosidade
setecentista. Esse acervo
permaneceu escondido
durante muito tempo –
talvez por isso esteja
preservado – e está
sendo redescoberto por
visitantes do mundo
inteiro. A cidade possui
em sua arquitetura
casarões, igrejas, casas de telhas coloniais e paredes de abobe,
que ainda estão fortes e o tempo não conseguiu derrubar. O
município também é conhecido por ter sido um dos locais onde
os Inconfidentes se reuniram secretamente. Ainda é possível
encontrar na cidade a entrada de vários túneis, hoje interditados,
que denunciam que algo secreto acontecia naqueles tempos.
Esses indícios excitam a imaginação e dão um ar de mistério a
essa cidade colonial. Cercada pela Serra de São José, por ruas
com calçamento (em grande parte de pé-de-moleque)
distribuem-se charmosos ateliês, antiquários, lojas de artesanato,
hotéis e pousadas, além de bons restaurantes especializados em
comida mineira. Nos fins de semana, uma maria-fumaça leva os
turistas até São João Del Rei.
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Descrição Geográfica
O Município de Tiradentes está localizado na região turística
central, a uma altitude de 887m. Possui clima tropical de altitude,
com temperatura média anual de 19ºC.
Economia
A economia local é baseada principalmente no turismo, na
agropecuária e no artesanato.
Gastronomia/Restaurantes
As cidades históricas de Minas têm uma deliciosa cozinha típica,
que remonta ao Ciclo do Ouro (séculos XVII e XVIII) e ao tempo
dos tropeiros. A culinária dessa época sofreu influência
portuguesa, africana e indígena. A cozinha internacional também
marca presença na cidade. Encontram-se restaurantes que
servem comida portuguesa, italiana, francesa e libanesa, dentre
outras.
Artesanato
As lojas de Tiradentes expõem artesanato variado. O trabalho
dos santeiros e escultores é mais facilmente encontrado em suas
casas.
População
6.859 (estimativa para 01/07/08 – IBGE)
18
2- A OFICINA DE CAPACITAÇÃO PARA O
ENCONTRO DE CONHECIMENTO
Houve a participação de representantes de empresas e de
instâncias de governança local da região que abrange as Cidades
Históricas e a Estrada Real – MG. Ao todo foram 49 participantes
da oficina, no entanto, houve participantes que não especificaram
seu empreendimento/negócio, impossibilitando a análise do setor
especifico de todos os participantes. Na avaliação final este grupo
foi representado por:
Participantes por município
Belo Horizonte 8 Mariana 9 S. João Del Rei 8 Tiradentes 2 Ouro Preto 5 Conselheiro Lafaiete 1 Total 34
Entre os participantes encontravam-se representantes de
diversos setores empresariais como pousadas, hotéis, receptivo
local, restaurantes, além de expressiva participação das
secretarias de turismo dos municípios, além de outras
organizações como conselhos de turismo, Conventions Bureaux,
e instâncias governamentais de toda a região.
19
EMPRESAS E INSTITUIÇÕES – OFICINA DE CAPACITAÇÃO
Encontro de Conhecimento
Empresa Representante 1 Agente de Viagens Carine Reis Amaral 2 Agente de Viagens Maria de Fátima G. Gomes 3 Andarilhos da Luz Marcus Pavani 4 Arqueo Brasil Viagens Ouro Preto Henrique Drago F. Braga 5 Associação Comercial de Mariana Heliélcio Jesus Vieira 6 Atelier da Pintura Edésio Rita de Souza 7 Atrium Viagens – Ouro Preto Cláudio Machado Filho 8 Avenida Palace Hotel – Mariana Tane de Oliveira Araujo 9 Bela Geraes Luciene Brandão Palhares 10 Kessia Costa 11 Iremar Viera 12
Belotur – BH
Sérgio 13 Rita Lana da Mata 14
Cervejaria Grill Mariana Jose Ernesto Ferreira
15 Circuito do Ouro Leonardo Campolina 16 Circuito do Ouro Isabela Ricci 17 Marina Fontini 18
Consultora do Instituto Estrada Real Maria Helena Mendes Sá
19 Convention Ouro Preto Wilian Adeotado 20 Gald Turismo Anderson de Freitas 21 Garden Rio Resort São João Del Rei Erika Bueno 22 Gestor Administrativo Hélio Jesus Vieira 23 Guia de Turismo Maria Cristina Rodrigues 24 Guimarães Tour Hamilton Costa 25 Hotel Providencia – Mariana Antonio Diniz 26 Frederico Coelho 27 Alison José Junior 28
Instituto Estrada Real
Gustavo Jose Rosa Araújo 29 Lazer e Aventura Turismo Marcello Carvalho Couto 30 Mariana Turismo Valeria Maria de A. Gomes 31 Master Receptivo Rafael Ribas 32 Museu da Música – Mariana Juno Alexandre Carneiro 33 Museu de Alphonsus de Guimarães – Mariana Ana Cláudia Rola Santos
20
EMPRESAS E INSTITUIÇÕES – OFICINA DE CAPACITAÇÃO
Encontro de Conhecimento Empresa Representante 34 Pampulha Turismo Ludmila Lage 35 Pizzaria Erica Chaves 36 Anísio Chaves 37
Pizzaria Dom Silvério – Mariana Erika Chaves
38 Pousada Contos de Minas – Mariana Patrícia Camelo Lage 39 Pousada da Terra Tomás Cavalcanti 40 Pousada Encanto da Serra Cristina de Paiva Fiche 41 Pousada Paço do Lavradio Vanessa Moraes Haddad 42 Pousada Pousadium Tiradentes Luiz Antonio C. Resende 43 Pousada Rotunda Ana Cristina Mascarenhas 44 Marcilio Queroz 45 Silas Sampaio 46 Mariana Barbosa 47
Prefeitura de Mariana
Tatiana Toledo 48 Prefeitura de São João Del Rei Giovanni Igof 49 Primotur Helder Primo 50 Restaurante Monica Rezende 51 Restaurante Rita Maria da Mata 52 Restaurante José Ernesto 53 Restaurante Acaso Maria das Graças Álvares 54 Restaurante Casa dos Contos – Ouro Preto Anna Paola Faria Mansur 55 Restaurante Chafariz Olga Silva 56 Restaurante Pelourinho Tadeu Claudio Pires 57 Secretaria de Turismo de Ouro Preto Cecília Alfenas 58 Secretaria de Turismo Tiradentes Sebastião Jones 59 Teatro de Marionete Cássia Saldanha 60 Trilhas de Minas Lucio Ribeiro 61 Ver Gerais Carine Reis Amaral 62 Vereda Park São João Del Rei Nilza Alvarenga da Silva 63 Via Verde Turismo Márcia Aline Correia
21
3- A VIAGEM TÉCNICA
A viagem técnica aconteceu de 19 de novembro a 23 de
novembro seguindo o seguinte roteiro:
Belo Horizonte
19 de novembro (quarta-feira)
– Encontro de Conhecimento com jantar (Restaurante Redondo)
– Check-in hotel – Belo Horizonte Othon Palace
20 de novembro (quinta-feira)
– Café da manhã
– Visita Técnica (Belo Horizonte Othon Palace)
– Check-out
– City tour panorâmico: Lagoa da Pampulha, Mercadão, Praça do
Papa, Estádio Governador Magalhães Pinto (Mineirão), Museu de
Artes e Ofícios, Praça da Estação
– Almoço típico – Dona Lucinha
Mariana
– Transfer para Mariana
– Visita: Mina da Passagem
Ouro Preto
– Transfer para Ouro Preto
– Check-in hotel
– Visita Técnica: Hotel Pousada do Arcanjo, Pousada Sinhá
22
Olímpia, breve city tour noturno no Centro Histórico
– Jantar (Pizzaria O Passo)
21 de novembro (sexta-feira)
Ouro Preto
– City tour em Ouro Preto
– Almoço (Restaurante Casa dos Contos)
– Visita à Casa de Chocolates e Milagre de Minas
– Jantar e programação: Restaurante Raro (com apresentação de
congado)
22 de novembro (sábado)
Ouro Preto/São João Del Rei/Tiradentes
– Check-out hotel
– Transfer para Tiradentes com parada em São João Del Rei
Tiradentes
– Almoço (Restaurante Villeiros)
– Saída de Trem SJDR para Tiradentes
– Visita Técnica: Pousada Vivenda Tiradentes
– Check-in hotel (com Visita Técnica) – Villa Alferes
– City tour pelos principais pontos turísticos: Chafariz de São
José, Antiga Cadeia, Sobrado Ramalho
– Jantar no Empório Santo Antonio
– Visita à Matriz de Santo Antônio com show de som e luz
23
23 de novembro (domingo)
– Café da manhã
– Check-out
– Saída de Tiradentes com parada em Lagoa Dourada e retorno
para Belo Horizonte
PARTICIPANTES OPERADORES DE TURISMO EMPRESA REPRESENTANTE 1 Planalto Operadora Claiton Balzan 2 Sua Viagem Ana Claudia Capelari AGENTES DE VIAGEM 1 Extremo Sul João Vitor Feijó 2 Fontana Viagens e Turismo Cassiano Renosto 3 Gute Reaise Viagens e Turismo Claudir Roos 4 Lajetur Roberto Breunig 5 Lou Wagner Maria de Lourdes Piazenski 6 Matte Viagens Débora Matte 7 Mundo do Vinho Mauro Noskowski 8 Personal Trip & Travel Elenice Dias 9 Sunpower Turismo Michele Lovato 10 Universo Turismo Rogério Azevedo
24
4- AVALIAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS DO
DESTINO
As atividades propostas na oficina de capacitação tiveram como
objetivo analisar o olhar e a percepção dos empresários locais
sobre seu destino. Para isto foram elaboradas atividades e das
tabulações de cada uma delas extraídos índices de avaliação.
Exercício 1
Percepção do lugar: a hospitalidade do destino/cidade
Exercício 2
Análise de produto e mercado
No decorrer da viagem técnica os operadores e os agentes foram
convidados a opinar e destas opiniões também foram extraídos
índices de avaliação com o objetivo de informar os fornecedores
e também de propiciar, quando possível, referenciais de
comparação entre as visões (fornecedor x operadores e agentes).
4.1- Da percepção do lugar: análise comparativa
Fornecedores x Operadores e Agentes
A análise da hospitalidade do destino foi feita por meio de
atividade individual, e os fornecedores avaliaram os aspectos de
hospitalidade, de acordo com valores de referência abaixo. Estas
avaliações foram agrupadas e tabuladas de acordo com a cidade
dos participantes.
25
Assim, foi possível verificar as diferentes percepções entre as
cidades do destino alvo do Projeto Caravana Brasil Nacional do
ponto de vista dos fornecedores locais.
Responderam essa avaliação durante a oficina:
15 participantes de Mariana
14 participantes de Belo Horizonte
9 participantes de São João Del Rei
7 de Ouro Preto
3 de Tiradentes
Durante a viagem técnica foram coletadas informações
semelhantes dos operadores e agentes, o que possibilita as
comparações exibidas a seguir. Cabe destacar os critérios
adotados para a tabulação, de acordo com a tabela abaixo:
Valores de referência para as tabelas 0 – Inexistência de tais aspectos
1 – Insuficiência e/ou deficiência nos serviços ou produtos 2 – Serviços ou produtos regulares
3 – Excelência nos atributos indicados
Operadores e agentes Fornecedores (média)
ótimo acima de 2,25
bom de 1,5 à 2,25
regular de 0,75 à 1,49
ruim abaixo de 0,75
26
A avaliação do índice hospitalidade pelos fornecedores locais
resultou na média “BOM”.
Na avaliação dos operadores houve predomínio do conceito
ótimo.
27
Por acesso entendeu-se o grau de facilidade com o que o lugar e
seus produtos podem ser acessados. Aqui a avaliação se refere
aos meios de transporte que trazem o turista ao destino e ao
grau de mobilidade que se tem dentro do destino, qualidade dos
transportes turísticos de todos os tipos, estradas, etc. A média
geral aproximada mostra que se considerou o item acesso
“REGULAR”.
Para os operadores e agentes participantes o item acesso foi
avaliado como “BOM” por 50% conforme gráfico abaixo.
28
A Legibilidade, entendida como a facilidade com a qual as partes
da cidade podem ser visualmente apreendidas, reconhecidas e
organizadas de acordo com uma imagem coerente foi avaliada
conforme os gráficos que seguem.
Nota-se uma avaliação mais “generosa” por parte dos operadores
e agentes, com predomínio do conceito “BOM”.
29
No olhar dos fornecedores, o item notoriedade, aqui considerado
como o grau de conhecimento do destino pelo mercado, foi
avaliada como “REGULAR”.
Entre os operadores e agentes, em que pese o predomínio do
conceito “BOM”, há parcela considerável que considera o produto
pouco conhecido pelo mercado, avaliando como RUIM ou
REGULAR (33%).
30
Já o item identidade que está relacionado ao grau de experiência
que o turista pode ter no destino por meio da interpretação dos
hábitos, costumes, história e memória do lugar, todos os lugares
tiveram pontuações mais elevadas com destaque para Ouro
Preto.
A avaliação dos operadores e agentes é ainda mais positiva com
predomínio do conceito “ótimo”.
31
Em relação à concentração de oferta, ou seja, a possibilidade do
destino de possuir uma gama abrangente de produtos e serviços
a serem ofertados ao turista, ampliando as taxas de permanência
e gasto, houve avaliação bastante positiva que resultariam na
média “ÓTIMO” não fosse pelo conceito um pouco mais baixo
atribuído a Belo Horizonte, paradoxalmente a área metropolitana
do roteiro.
Os operadores e agentes, avaliando a mesma questão pareceram
concordar.
32
5- ANÁLISE DE PRODUTO – PARTICIPANTES DA
OFICINA DE CAPACITAÇÃO
Os participantes, em grupos formados aleatoriamente, foram
convidados a citar e avaliar produtos turísticos regionais. O
objetivo era verificar aqueles produtos mais lembrados
espontaneamente e a forma que são avaliados (precário, regular,
bom ou excelente). Nota-se a tendência de lembrança de
atrativos de maior potencial e fica evidenciada a vocação
histórica e cultural das cidades mineiras.
Estão colocados na tabela aqueles atrativos de lembrança
recorrente entre os diferentes grupos, em meio a outras
lembranças isoladas, pois muitos foram os atrativos lembrados,
merecendo destaque entre estes, as igrejas barrocas, a
arquitetura, os museus e os atrativos naturais como cachoeiras e
parques.
CIDADES HISTÓRICAS E ESTRADA REAL PRODUTOS MAIS LEMBRADOS – AVALIAÇÃO
Produto (por ordem de mais citados) Avaliação (poder de atratividade)
Igrejas Barrocas (São Francisco, Santo Antônio) BOM Patrimônio/cidades históricas/arquitetura EXCELENTE Orquestras/concerto de órgão/sinos BOM Museus EXCELENTE Maria Fumaça BOM Trem da Vale BOM Parque das Andorinhas/Horto Municipal EXCELENTE Festas religiosas/festivais BOM Cachoeiras (de Cocais, do tabuleiro) BOM City tour histórico (Ouro Preto) BOM
33
5.1- Análise de produto – Operadores e Agentes
Os operadores e agentes participantes da viagem técnica
avaliaram pontos fortes e fracos dos locais visitados, na tabela
abaixo uma síntese da avaliação com as menções mais
recorrentes.
CIDADE PONTOS FORTES PONTOS FRACOS
Qualidade de acesso, legibilidade e planejamento
Falta de atividades na Lagoa da Pampulha
Infra-estrutura Diversidade de atrativos
Promoção Sinalização
Obras de O. Niemeyer Limpeza urbana
Bom atendimento Mau cheiro na lagoa
Belo Horizonte
Hospitalidade Poluição visual
Hospitalidade Acessibilidade (pessoas com deficiência)
Material promocional Poucos hotéis
Acesso
Esforço de divulgação
Preços
Mariana
A Mina como diferencial
Hospitalidade e concentração de oferta Organização dos guias
Material promocional Acessibilidade (pessoas com deficiência)
Arquitetura Sinalização turística
Oferta de hotéis e restaurantes "vida noturna"
Ouro Preto
Museu da Inconfidência Veículos no centro
Concentração de oferta Poluição visual
Igreja e santeiros Diversidade de atrativos São João Del Rei
Maria Fumaça
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Igreja Sujeira dos cavalos
Notoriedade Preços
Conservação do patrimônio Limpeza urbana Tiradentes
Hospitalidade
São observações importantes. Vale ressaltar, entretanto, que em
função do pouco tempo de visita às cidades certas avaliações
podem estar prejudicadas.
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6- AVALIAÇÃO DE OPORTUNIDADES
COMERCIAIS POR OPERADORES E AGENTES
O objetivo foi avaliar se os operadores e agentes identificaram, a
partir da caravana e, sobretudo, do encontro de conhecimento,
novas possibilidades de comercialização e divulgação do destino.
A primeira questão, conforme gráfico abaixo, referia-se à
imagem:
Nota-se que apesar de se tratar de destino turístico estruturado e
conhecido pelo mercado, a Caravana contribuiu para a melhoria
da imagem.
O próximo gráfico diz respeito à identificação de novas
possibilidades de comercialização, com a diversificação do
portfólio das empresas.
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Nota-se também que o objetivo de projeto foi alcançado já que
100% dos participantes identificaram tais possibilidades.
Outra indagação se fez sobre o Projeto: Foi possível estabelecer
contatos que auxiliem em negócios futuros.
Novamente, as respostas foram bastante satisfatórias como se vê
no próximo gráfico.
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7- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por tudo o que se avaliou neste documento, os objetivos do
Projeto Caravana Brasil nacional em Minas Gerais,
especificamente nas cidades do roteiro aqui denominado Cidades
Históricas – Estrada Real foram satisfeitos.
Os operadores e agentes apontaram alguns problemas que
devem ser considerados para efeito de planejamento, gestão e
comercialização porque tendem a estar próximos da visão dos
próprios turistas.
Mais importante ainda é o fato de haver tantas “surpresas”
positivas ao longo das avaliações, ou seja, mesmo se tratando de
um destino estruturado e conhecido a Caravana parece ter
propiciado uma nova visão de vários aspectos do roteiro.
O encontro de conhecimento foi avaliado muito positivamente
também conforme gráficos abaixo.
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Os participantes mostraram-se também satisfeitos com a forma
com que foram apresentados os produtos.
Além disso, o último gráfico reforça o fato de terem sido
surpeendidos pela existência de novos produtos.
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Em relação à oficina de capacitação, ela parece ter propiciado
reflexão coletiva suficiente à melhoria dos resultados do Encontro
de Conhecimento.
A aproximação entre fornecedores e os canais de distribuição
parece ter ocorrido de forma bastante satisfatória.
O desafio que se sugere vencer é o de ampliar tanto a reflexão
coletiva quanto a aproximação dos fornecedores com os canais
de distribuição e, mais que isso, fazer com que isso ocorra com a
máxima freqüência possível.
Os resultados positivos serão constantes.
É para o que se espera ter contribuído este projeto.
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