45
CADERNO DE RESUMOS Abstracts book Curitiba Novembro de 2017

CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... [email protected]

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

CADERNO DE RESUMOS Abstracts book

Curitiba Novembro de 2017

Page 2: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

2

Comitê organizador Organizing committee

Antonio Edmilson Paschoal (UFPR)

Vilmar Debona (UFSM) Paulo Vieira Neto (UFPR)

Comitê científico Scientific committee

Maria Lu cia Mello e Oliveira Cacciola (USP)

Matthias Koßler (Universita t Mainz) Domenico M. Fazio (Universita del Salento) Yasuo Kamata (Kwansei Gakuin University)

Eduardo Branda o (USP) Jarlee Oliveira Silva Salviano (UFBA) Eduardo Ribeiro da Fonseca (PUCPR)

Jair Barboza (UFSC) Dax Moraes (UFRN)

Comitê de apoio Support committee

Diana Chao Decock (USP/PUCPR) Claudia Assunpça o Dias (UFPR) Felipe dos Santos Durante (UFES) Luana Oliveira Medeiros (UFPR) Jorge Luis Palicer do Prado (USP)

Luan Corre a da Silva (UECE) Guilherme Marconi Germer (USP)

Apoio financeiro Financial support

CAPES

Departamento de Filosofia da UFPR Programa de Po s-Graduaça o em Filosofia da UFPR

Instituto Cultural I talo-Brasileiro (Sa o Paulo)

Apoio Support

UFPR

Goethe-Institut Curitiba Seça o Brasileira da Schopenhauer-Gesellschaft

GT-Schopenhauer da ANPOF Nu cleo de Estudos Nietzschianos da UFPR

Revista Voluntas: Estudos sobre Schopenhauer

Page 3: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

3

ÍNDICE

APRESENTAÇÃO................................................................................................................................................................. p. 4 RESUMOS DAS CONFERÊNCIAS ................................................................................................................................. p. 5 RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES............................................................................................................................... p. 21 PROGRAMAÇÃO GERAL............................................................................................................................................... p. 39 CONFERÊNCIAS E MESAS-REDONDAS.....................................................................................................................p. 39 COMUNICAÇÕES................................................................................................................................................................ p. 42

Page 4: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

4

VIII COLÓQUIO INTERNACIONAL SCHOPENHAUER

VIII Colóquio Internacional Schopenhauer da continuidade a encontros bianuais que ja se consolidaram no cena rio filoso fico brasileiro. O evento reu ne grandes especialistas brasileiros e estrangeiros, assim como pesquisadores iniciantes, para debates sobre questo es especí ficas da

filosofia schopenhaueriana, sobre articulaço es desta com outros pensamentos e sobre possí veis ressona ncias da mesma na cultura contempora nea em geral. A primeira ediça o foi organizada em 2001 pelo Prof. Jair Barboza, em Curitiba; a segunda ediça o foi organizada em 2003 pelo Prof. Joa o Carlos Salles Pires da Silva, em Salvador; a terceira foi organizada em 2005 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Eduardo Branda o, em Sa o Paulo; a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, no Rio de Janeiro; a quinta foi organizada em 2011 pelos Profs. Jair Barboza e Leo Staudt, em Floriano polis; a sexta ocorreu em 2013 e foi organizada pelos Profs. Ruy de Carvalho e Gustavo Costa, em Fortaleza; e a se tima ocorreu novamente em Salvador, em 2015, e foi organizada pelos Profs. Jarlee Salviano e Kleverton Bacelar. As tema ticas das ediço es anteriores foram: Schopenhauer e a histo ria da filosofia (I); Schopenhauer e o idealismo alema o (II); Schopenhauer e as filosofias da vontade (III); Schopenhauer: leitores e leituras (IV); Schopenhauer: este tica e e tica (V); Schopenhauer: metafí sica e significaça o moral do mundo (VI); Schopenhauer e as artes (VII); e agora, em 2017, Schopenhauer: a filosofia e o filosofar (VIII). E nosso desejo que os debates deste colo quio em torno da natureza da filosofia e do filosofar schopenhauerianos ensejem mu ltiplos resultados, como a ampliaça o das pesquisas sobre o pensamento de Schopenhauer, o fortalecimento das colaboraço es entre os pesquisadores e centros de pesquisa participantes (notadamente brasileiros, alema es, italianos e japoneses); e, ademais, a reflexa o sobre o pro prio lugar da Filosofia nessa e poca em que as sombras da ignora ncia e dos dogmatismos se refazem e voltam a nos encobrir.

VIII SCHOPENHAUER INTERNATIONAL COLLOQUIUM

he VIII Schopenhauer International Colloquium continues the bi-annual meetings already consolidated in the Brazilian philosophical scenario. The event brings together great Brazilian and foreign experts, as well as young researchers, for debates on specific issues of Schopenhauerian

philosophy, about its articulations with other thoughts and about possible resonances of it in contemporary culture in general. The first edition was organized in 2001 by Prof. Jair Barboza, in Curitiba; the second edition was organized in 2003 by Prof. Joa o Carlos Salles Pires da Silva, in Salvador; the third was organized in 2005 by Profs. Maria Lu cia Cacciola and Eduardo Branda o, in Sa o Paulo; the fourth was organized in 2009 by Profs. Maria Lu cia Cacciola and Luiz Carlos Pereira, in Rio de Janeiro; the fifth was organized in 2011 by Profs. Jair Barboza and Leo Staudt, in Floriano polis; the sixth took place in 2013 and was organized by Profs. Ruy de Carvalho and Gustavo Costa, in Fortaleza; and the seventh occurred again in Salvador, in 2015, and was organized by Profs. Jarlee Salviano and Kleverton Bacelar. The themes of the previous editions were: Schopenhauer and the history of philosophy (I); Schopenhauer and the German idealism (II); Schopenhauer and the philosophies of the will (III); Schopenhauer: readers and readings (IV); Schopenhauer: aesthetics and ethics (V); Schopenhauer: metaphysics and moral significance of the world (VI); Schopenhauer and the arts (VII); and now, in 2017, Schopenhauer: the philosophy and philosophizing (VIII). It is our wish that the debates of this colloquium on the nature of the Schopenhauerian philosophy and philosophizing yield multiple results, such as the expansion of research on Schopenhauer's thinking, the strengthening of collaborations between researchers and participating research centers (notably Brazilians, Germans, Italians and Japanese); and, in addition, the reflection about the very place of Philosophy at a time when the shadows of ignorance and dogmatism are back and cover us again. Curitiba, novembro de 2017. Prof. Dr. Vilmar Debona e Prof. Dr. Antonio Edmilson Paschoal

O

T

Page 5: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

5

RESUMOS DAS CONFERÊNCIAS 1 - Matthias Koßler 2 - Maria Lúcia Cacciola 3 - Domenico M. Fazio 4 - Yasuo Kamata 5 - Ana Carolina Soliva Soria 6 - Aguinaldo Pava o 7 - Bruno Machado 8 - Dax Moraes 9 - Eduardo Ribeiro da Fonseca 10 - Eduardo Branda o 11 - Fabio Cirací 12 - Felipe dos Santos Durante 13 - Flamarion Caldeira Ramos 14 - Gustavo Bezerra Costa 15 - Jair Barboza 16 - Jarlee O. S. Salviano 17 - Jose Fernandes Weber 18 - Jose Thomaz Brum 19 - Kleverton Bacelar Santana 20 - Leandro Chevitarese 21 - Luan Corre a da Silva 22 - Ma rcio Benchimol Barros 23 - Marco Segala 24 - Paulo Vieira Neto 25 - Roberto Barros 26 - Ruy de Carvalho 27 - Selma A. Bassoli 28 - Yukiko Hayashi

1 - Schopenhauers früheste philosophische Konzeption A primeira concepção filosófica de Schopenhauer Matthias Koßler Presidente da Schopenhauer-Gesellschaft Mainz - Alemanha [email protected] Zusammenfassung: Im Allgemeinen wird die sogenannte Lehre vom besseren Bewußtsein als die früheste philosophische Konzeption Schopenhauers angesehen. In den handschriftlichen Aufzeichnungen vor dem ersten Auftauchen des Begriffs „besseres Bewußtsein“ taucht aber mehrmals der Ausdruck „vollendeter“ oder „wahrer Kritizismus“ als Projekt auf. Mit diesem Vorhaben wollte Schopenhauer über Kants Kritizismus hinausgehen, indem er dessen „größten Fehler“, nämlich die Vernachlässigung der ästhetischen Kontemplation und der Bedeutung anschaulicher Erkenntnis im Unterschied zur begrifflichen, beheben wollte. Dieser Versuch, der einerseits die Auseinandersetzung mit Kant einleitete und andererseits eine Nähe zu den Philosophischen Entwürfen der Frühromantik hat, soll in dem Vortrag erörtert werden. Resumo: Em geral, a assim denominada doutrina da conscie ncia melhor e vista como a primeira concepça o filoso fica de Schopenhauer. Nos Manuscritos, pore m, antes da primeira apariça o do conceito

Page 6: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

6

de "conscie ncia melhor", aparece va rias vezes como projeto a expressa o “completo” ou “verdadeiro criticismo”. Com essa intença o, Schopenhauer almejava ir ale m do criticismo de Kant ao remediar seu "maior erro", a saber, o descuido com relaça o a contemplaça o este tica e ao significado do conhecimento intuitivo em oposiça o ao conceitual. Essa tentativa, que, por um lado, introduziu o conflito com Kant, e por outro, guarda uma proximidade com os projetos filoso ficos do primeiro romantismo, sera discutida na confere ncia.

2 - Um caminho filosófico com Schopenhauer A philosophical path with Schopenhauer Maria Lu cia Cacciola Presidenta da Seção Brasileira da Schopenhauer-Gesellschaft São Paulo [email protected] Resumo: Trata-se de uma breve exposiça o que se remete ao caminho interpretativo da filosofia de Schopenhauer num contexto determinado: a faculdade de Filosofia da USP. Este micro-cosmo produziu a meu ver uma diretiva para a minha pesquisa, tanto possibilitando-a, quanto de algum modo tornando-a mais difí cil. No correr da apresentaça o sera o apontados os direcionamentos por mim tomados, tendo-se em vista na o so a Instituiça o que os acolheu, como, de certo modo, a e poca da histo ria nacional em que se deram. O percurso se estendera desde os anos de chumbo, “a ditadura no Brasil”, passando pela abertura democra tica ate o perí odo do que chamaremos de "golpe branco", no interior da "Repu blica democra tica". Buscaremos mostrar como nossas pro prias idiossincrasias e o "meio social" se entrecruzam neste caminho intelectual. Abstract: It is a brief exposition that refers to the interpretative path of Schopenhauer's philosophy in a given context: The Faculty of Philosophy of USP. This microcosm produced in my view a directive for my research, both making it possible and somehow more difficult. In the course of the presentation, the directives I have taken will be pointed out, considering not only the Institution that welcomed them, but also the period of national history in which they happened. The course will extend from the lead years, "the dictatorship in Brazil", passing through the democratic opening until the period of what we will call a "white coup" within the "democratic republic". We will try to show how our own idiosyncrasies and the "social environment" intersect in this intellectual path. 3 - Un epistolario filosofico. Il carteggio di Schopenhauer con Johann August Becker Um epistolário filosófico. A correspondência de Schopenhauer com Johann August Becker Domenico M. Fazio Presidente da Seção Italiana da Schopenhauer-Gesellschaft Lecce - Itália [email protected] Riassunto: Il carteggio di Schopenhauer coi suoi discepoli, del quale ho appena terminato l'edizione italiana, curando la traduzione e la redazione di un apparato critico nuovo e completo, e la fonte principale per la conoscenza di quella che e ormai nota come la «Scuola di Schopenhauer in senso stretto», e risulta in special modo indispensabile per la conoscenza della personalita dei discepoli di Schopenhauer che non scrivevano su di lui e che Schopenhauer chiamava «Apostoli», per distinguerli dagli «Evangelisti», i suoi discepoli che scrivevano su di lui. Tra gli «apostoli», spicca la figura di Johann August Becker, col quale nel 1844 Schopenhauer intrattenne un epistolario filosofico sul tema della affermazione e della negazione della volonta , della liberta del volere, della dottrina del carattere e del criterio delle azioni morali, giunto fino a noi senza lacune. La sua importanza e tale che all'interno della scuola ne circolavano tre copie: segno di come i discepoli di Schopenhauer lo considerassero come l'atto fondativo del loro sodalizio.

Page 7: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

7

Resumo: A corresponde ncia entre Schopenhauer e seus discí pulos – cuja ediça o italiana eu acabei de finalizar, realizando a traduça o e a redaça o de um aparato crí tico novo e completo – e a principal fonte para o conhecimento daquela que e entendida como a Escola de Schopenhauer em sentido estrito, e constitui-se de um modo especial como indispensa vel para o conhecimento da personalidade dos discí pulos de Schopenhauer que na o escreveram sobre ele e que Schopenhauer chamava de Apóstolos, para distingui-los dos Evangelistas, os seus discí pulos que escreveram sobre ele. Entre os apóstolos, destaca-se a figura de Johann August Becker, com o qual em 1844 Schopenhauer manteve uma corresponde ncia filoso fica sobre o tema da afirmaça o e da negaça o da vontade, da liberdade do querer, da doutrina do cara ter e do crite rio das aço es morais, corresponde ncia que chegou ate no s sem lacunas. A sua importa ncia e tal que no interior da escola circulavam tre s co pias dela: um sinal de como os discí pulos de Schopenhauer consideravam-na como documento fundador de sua organizaça o. 4 - Die transzendentale Idealität und die empirische Realität der Welt als Wille und Vorstellung – Philosophie und Philosophieren bei Schopenhauer A idealidade transcendental e a realidade empírica do mundo como vontade e como representação - filosofar e filosofia em Schopenhauer Yasuo Kamata Tokyo - Japão [email protected]

5 - Organismo e construção discursiva em O mundo como vontade e representação Organism and discursive construction in The world as will and representation Ana Carolina Soliva Soria São Carlos [email protected] Resumo: Em O mundo como vontade e representação, Schopenhauer reafirma o absurdo de se esperar por um Newton do ramo de relva. Mas como expor a unidade da composição orgânica sem reduzi-la a um mero jogo de forças físicas e químicas? O presente estudo trata de investigar, de maneira preliminar, os limites da consciência e da própria linguagem em comunicar a relação característica entre todo e partes nos corpos orgânicos. Palavras-chave: Linguagem; Organismo; Todo; Parte. Abstract: In The World as Will and Representation, Schopenhauer reaffirms the absurd to hope for the Newton of a blade of grass. But how to expose a unit of organic plan without reducing it to a mere freak of physical and chemical forces? The present study tries to investigate, in a preliminary way, the limits of the conscience and language in communicating the distinctive relation between whole and parts in the organic bodies. Keywords: Language; Organism; Whole; Part. 6 - Pessimismo e sabedoria em Schopenhauer Pessimism and wisdom in Schopenhauer

Aguinaldo Pava o Londrina [email protected]

Resumo: O objetivo da apresentaça o e reconstruir e discutir a tese de Schopenhauer segundo a qual “toda

Page 8: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

8

a nossa existe ncia e algo que seria melhor se na o fosse, e que a suprema sabedoria consiste em nega -la e rejeita -la”. Assumo como ponto de partida uma estipulaça o sema ntica mí nima de sabedoria. Sabedoria seria a qualidade que as pessoas possuem e que envolve, ao menos, dois elementos que se interligam. a) componente episte mico: as pessoas sa bias sabem, ou conhecem, ou entendem certas coisas consideradas muito importantes para a conduça o da vida. b) componente pra tico: o modo de viver das pessoas sa bias, em grande medida, reflete o conhecimento cuja posse caracteriza pessoas sa bias. Com base nisso, tento mostrar possí veis fragilidades da compreensa o schopenhaueriana sobre tal suprema sabedoria. Farei isso sem discutir o conceito de sabedoria de vida exposto nos Parerga. Vou me concentrar nos temas do pessimismo e da negaça o da vontade. Assim, na o correrei o risco de me desviar do ponto de vista superior, e tico-metafí sico, da filosofia de Schopenhauer. Palavras-chave: Sabedoria; Pessimismo; Existe ncia; Ascese. Abstract: The purpose of the presentation is to reconstruct and discuss Schopenhauer's thesis that "our whole existence is something that would be better if it were not, and that the supreme wisdom is to deny it and reject it." I assume as starting point a minimal semantic stipulation of wisdom. Wisdom would be the quality that people possess and that involves at least two elements which are interconnected. a) epistemic component: wise people know, or understand certain things considered very important for the conduct of life. b) practical component: the way of living of the wise people, to a large extent, reflects the knowledge whose possession characterizes wise people. On this basis, I try to show possible weaknesses of the Shopenhauerian understanding of such supreme wisdom. I will do this without discussing the concept of wisdom of life exposed in the Parerga. I will focus on the themes of pessimism and denial of will. Thus, I will not take the risk to deviate myself from the superior point of view, ethical-metaphysical, of Schopenhauer's philosophy. Keywords: Wisdom; Pessimism; Existence; Ascese.

7 - O estatuto psicológico da vaidade em Paul Rée The Psychological statute of vanity in Paul Rée Bruno Machado Aracaju [email protected] Resumo: O presente estudo aponta que em sua psicologia Paul Rée introduz um dinamismo específico no quadro das motivações humanas. O conhecido “amigo de Nietzsche” se distancia de Schopenhauer ao caracterizar motivações como positivas ou negativas considerando as sensações psicológicas de prazer e desprazer. A consequência da mudança é a preponderância de uma psicologia da vontade sobre qualquer metafísica da vontade. Mas, sem uma metafísica, como justificar comportamentos nos quais o homem aparentemente busca situações desprazeirosas? Para responder a esta questão trataremos do termo mais particular do pensamento de Rée: explicitaremos o funcionamento da vaidade no quadro das motivações humanas. Palavras-chave: Rée; Psicologia; Motivações; Vaidade. Abstract: The present study points out that in his psychology Paul Rée introduces a specific dynamism within the sphere of human motivations. Nietzsche’s well-known friend steps out of Schopenhauer's doctrine by characterizing the motivations as positive or negative regarding the psychological sensations of pleasure and displeasure. The outcome of this change is the predominance of a psychology of the will over any metaphysics of the will. However, is it possible to justiffy without a metaphysical framework behaviour such as the search for unpleasent situations? In order to answer this questions I will deal with Rée’s most particular theme and make it explicit how vanity functions in the frame of human motivations. Keywords: Rée; Psychology; Motivations; Vanity.

8 - Observações sobre o pessimismo na filosofia: o caso Schopenhauer

Page 9: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

9

Notes on pessimism in philosophy: the case of Schopenhauer

Dax Moraes Natal [email protected] Resumo: O pessimismo pode ser encontrado sob diversas formas na obra de Schopenhauer, embora na o haja para o pessimismo em geral uma definiça o precisa. Ele se mostra antes de tudo como uma espe cie de valoraça o da existe ncia tal como o otimismo, seu contra rio. Procuro mostrar que o “pessimismo” schopenhaueriano na o deve ser tomado como um pressuposto ou postulado acerca do ser origina rio, tampouco como mero resultado da experie ncia de vida. Pelo contra rio, trata-se da conseque ncia final da crí tica da raza o que leva a total refutaça o de toda e qualquer forma de dogmatismo defensor de uma raza o para a existe ncia do mundo. Essa conseque ncia abrange todas as questo es filoso ficas, mas, segundo suas premissas, mante m-se como uma avaliaça o crí tica dirigida ao mundo enquanto pensado sob o princí pio de raza o. Pode-se, enta o, dizer que esse “pessimismo” parte de uma perspectiva antropomo rfica, na o consistindo em uma doutrina filoso fica sobre um mal metafí sico substancial e impessoal. Palavras-chave: Pessimismo; Valor; Princí pio de raza o; Criticismo; Representaça o; Finitide.

Abstract: Pessimism can be recognized in many ways in Schopenhauer’s work although it doesn’t have a clear definition in general. First of all it appears as a kind of evaluation upon the existence just like it does its opposite ‒ optimism. I try to show that Schopenhauer’s “pessimism” is not to be understood neither as a prejudgment or even a postulate about the originary being nor as a mere result of experience of living. It is rather an ultimate consequence of the critique of reason which leads to a full refutation of each and every kind of dogmatic theory on the reason to the existence of the world. Such consequence spreads itself all over philosophic matters, but according to its starting point it remains as an critical evaluation towards the world so far as it is thought under the principle of reason. So, one can say that Schopenhauer’s “pessimism” is based on an anthropomorphic point of view, not as being a philosophical doctrine about a substantial non-personal and metaphysical evil. Keywords: Pessimism; Value; Principle of reason; Criticism; Representation; Finitude.

9 - Os ardis do querer filosofar: interesse inconsciente e verdade desinteressada The ardis of want to philosophyzing: unconscious interest and disinterested truth Eduardo Ribeiro da Fonseca Curitiba [email protected] Resumo: Schopenhauer não se cansa de exigir do filósofo uma postura de investigação das condições de possibilidade da verdade, que deveria ser, naturalmente, desinteressada, desvinculada dos alvos e objetivos hodiernos que impedem a crítica adequada da realidade. Se o filósofo de Frankfurt sabe que não pode “escapar dos erros (Fehlern) e fraquezas (Schwächen)” necessariamente inerentes à sua natureza como a qualquer outra, porém não as multiplicará com “acomodações indignas”. Interessa-nos saber, no intervalo existente entre o erro e a acomodação indigna, o que de um querer inconsciente estaria necessariamente operando como sintoma, impedindo o filósofo de assumir o papel a ele destinado por Schopenhauer. Palavras-chave: Verdade; Erro; Ardil; Ilusão; Dignidade. Abstract: Schopenhauer does not tire of demanding from the philosopher a posture of investigation of the conditions of possibility of truth, which should of course be disinterested, unrelated to today's goals and objectives that prevent proper criticism of reality. If the philosopher of Frankfurt knows that he can not "escape the errors (Fehlern) and weaknesses (Schwächen)" necessarily inherent in his nature as any other, but will not multiply them with "unworthy accommodations." It is interesting to know, in the gap

Page 10: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

10

between error and undignified accommodation, what of an unconscious will necessarily be operating as a symptom, preventing the philosopher from assuming the role assigned to him by Schopenhauer. Keywords: Truth; Error; Ruse; Illusion; Dignity. 10 - A filosofia e seu discurso The philosophy and its discourse Eduardo Branda o São Paulo [email protected] Resumo: A reflexa o sobre filosofia e discurso e um tema recorrente entre os contempora neos de Schopenhauer, que reflete tambe m sobre este tema. Sera tomando como pano de fundo a relaça o entre Vontade e representaça o – í ndice de seu posicionamento diante de seus interlocutores – que buscaremos indicar alguns aspectos de sua posiça o sobre a filosofia e seu discurso. Palavras-chave: Vontade; Representaça o; Filosofia; Linguagem. Abstract: The reflection on philosophy and discourse is a recurrent theme among Schopenhauer's contemporaries, who also reflects on this theme. It will be against the backdrop of the relation between Will and representation - the index of its positioning before its interlocutors - that we will try to indicate some aspects of its position on philosophy and its discourse. Keywords: Will; Representation; Philosophy; Language. 11 - Il paradosso della doppia nullità del mondo O paradoxo do duplo nada do mundo Fabio Cirací Lecce - Itália [email protected] Riassunto: Cerchero di mostrare che Schopenhauer sostiene da un lato l'idea che il mondo dei fenomeni e pura apparenza (nullita fenomenica), dall'altro lato che la sua essenza deve essere annichilita (nullita noumenica). La conseguenza che segue e che nel caso del santo vi e una opposizione relativa (nihil privativum) alla volonta attraverso la noluntas, mentre nel caso del genio vi e un'opposizione assoluta fra il fenomeno e noumeno. Da cio segue un paradosso ineliminabile che discutero durante il mio intervento. Resumo: Procurarei demonstrar que Schopenhauer sustenta, por um lado, a ideia de que o mundo dos feno menos e pura apare ncia (nada fenome nico), e, por outro lado, que a sua esse ncia deve ser aniquilada (nada nume nico). A conseque ncia que se segue e a de que, no caso do santo, existe uma oposiça o relativa (nihil privativum) a vontade por meio da noluntas, enquanto que no caso do ge nio existe uma oposiça o absoluta entre feno meno e nu meno. Disso se segue um paradoxo incontorna vel que discutirei durante a minha comunicaça o. 12 - A esquerda schopenhaueriana no Brasil The left Schopenhauerian in Brazil Felipe dos Santos Durante Vitória [email protected]

Page 11: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

11

Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar o debate colaborativo estabelecido entre pesquisadores brasileiros sobre a filosofia prática schopenhaueriana. Utilizando as definições de esquerda e direita cunhadas pelo professor Ludger Lütkehaus, apresentaremos e analisaremos os principais aspectos do debate brasileiro no que constitui a sua esquerda schopenhaueriana. Palavras-chave: Esquerda schopenhaueriana; Ética Prática; Eudemonologia; Abstract: This article aims to analyze the collaborative debate established among Brazilian researchers on Schopenhauer's practical philosophy. Starting from the definitions created by Professor Ludger Lütkehaus to interpret the Schopenhauer philosophy – the concepts of Schopenhauerian left and right –, we will present and examine the main aspects of the Brazilian debate about the Schopenhauerian left. Keywords: Schopenhauerian left; Practical ethics; Eudemonology. 13 - Organismo e sistema: observações sobre a filosofia e sua exposição em Schopenhauer Organism and system: observations on philosophy and its exposition in Schopenhauer Flamarion Caldeira Ramos São Bernardo do Campo [email protected]

Resumo: A relaça o entre os quatro livros de O mundo como Vontade e Representação, isto e , entre as quatro partes da filosofia de Schopenhauer (gnosiologia, metafí sica, este tica e e tica), tem sido uma das questo es mais controversas da pesquisa sobre seu pensamento. Saber se a e tica e mais importante que a este tica, ou se a metafí sica deve ser subordinada a teoria do conhecimento, sa o questo es que te m ocupado bastante os inte rpretes do filo sofo. Ha diversas interpretaço es rivais sobre o modo como a filosofia de Schopenhauer deve ser lida, se como um sistema arquiteto nico e linear, ou orga nico e sem subordinaça o de uma parte a outra, por exemplo. As afirmaço es do pro prio autor sobre o estatuto de sua filosofia nem sempre sa o suficientes para dirimir as controve rsias. Em nossa exposiça o, procuraremos reconstruir algumas dessas leituras e propor uma interpretaça o pro pria para o que entendemos ser o sistema filoso fico de Schopenhauer. Palavras-chave: Sistema; Organismo; Arquitetura; Exposiça o; Filosofia. Abstract: The relationship between the four books of The World as Will and Representation, that is, between the four parts of Schopenhauer's philosophy (gnosiology, metaphysics, aesthetics, and ethics), has been one of the most controversial questions within the Schopenhauer-Forschung. To know whether ethics is more important than aesthetics, or whether metaphysics should be subordinated to the theory of knowledge, are matters that have occupied most of the interpreters of the philosopher. There are several competing interpretations of how Schopenhauer's philosophy is to be read, whether as an architectural and linear system, or organic and without subordination from one part to another, for example. The author's own statements about the status of his philosophy are not always sufficient to resolve the controversies. In our exposition, we will try to reconstruct some of these readings and propose a proper interpretation for what we consider to be Schopenhauer's philosophical system. Keywords: System; Organism; Architecture; Exposition; Philosophy. 14 - Clément Rosset e a duplicação do real. O paradoxo do ator entre a proteção fracassada e a aceitação jubilosa Clément Rosset and the doubling of the real. The actor's paradox between failed protection and joyful acceptance Gustavo Bezerra Costa Fortaleza [email protected]

Page 12: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

12

Resumo: Em O real e seu duplo, Cle ment Rosset aponta para a estrutura paradoxal de duplicaça o do acontecimento, do mundo e do homem operada pela ilusa o que anseia por ser, ao mesmo tempo, ela e outra. Duas possibilidades se descortinariam a partir daí : proteger-se do real pela criaça o paradoxal e fracassada de um duplo, ou aceita -lo por meio do ju bilo heroico. Tal estrutura, com efeito, remete ao paradoxo que, ja em Diderot, caracterizaria o ator em cena: “vir a ser todos sem ser ningue m”. E e tendo como imagem esse mesmo ator – dessa vez, nos processos de cultivo e incorporaça o que, segundo Stanislavski, comporiam o personagem – que se pretende contrapor uma terceira possibilidade, presente ja nos gregos, cujo princí pio demanda dominar o kairós, o tempo oportuno a aça o, para com ele roubar do acaso a astúcia que o converte em destino. Palavras-chave: Hipocrisia; Engano; Autoengano; Mêtis; Kairós. Abstract: In The real and its double, Cle ment Rosset points out to the paradoxical structure of duplication of the world, the man and the events operated by the illusion that yearns to be, at the same time, itself and another. Two possibilities would come out: to protect yourself from the real by the paradoxical and failed creation of a double, or accept it through the heroic jubilation. This structure, in fact, refers to the paradox that, since Diderot, would characterize the actor in scene: “to become everyone, being no one”. Taking the image of that same actor – this time, focusing the processes of cultivation and incorporation that, according to Stanislasvki, would make up the character – we intend to counteract a third possibility, known by the Greeks, whose principle demands to dominate kairós, the opportune time to the action, and then, stealing from the chances thecunning that turns them into fate. Keywords: Hypocrisy; Deceit; Self-deception; Mêtis; Kairós.

15 - A identidade metafísica dos seres e o olhar para o céu estrelado. - Zwei Dinge erfüllen das Gemüt mit immer neuer und zunehmender Bewunderung und Ehrfurcht, je öfter und anhaltender sich das Nachdenken damit beschäftigt: Der gestirnte Himmel über mir und das moralische Gesetz in mir. Ich sehe sie beide vor mir und verknüpfe sie unmittelbar mit dem Bewusstsein meiner Existenz. The metaphysical identity of beings and the look at the starry heavens. Two things fill the mind with every new and increasing wonder and awe, the oftener and the more steadily I reflect upon them: the starry heavens above me and the moral law within me. I do not merely conjecture them and seek them as if they were obscured in darkness or in the transcendent region beyond my horizon: I see them before me, and I connect them directly with the consciousness of my own existence. Jair Barboza Florianópolis [email protected] Resumo: O olhar de Quincas Borba cachorro e o olhar de Kant olhados pelo puro sujeito do conhecimento.

Abstract: Quincas Borbas’s eyes and Kant’s eyes by the look of the pure subject of knowing.

Key-words: Machado de Assis; Quincas Borba; Schopenhauer.

16 - Ascetismo e liberdade relativa: a função da razão na ética schopenhaueriana Asceticism and relative freedom: the function of reason in Schopenhauerian ethics Jarlee O. S. Salviano Salvador [email protected]

Page 13: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

13

Resumo: Na sua metafísica do belo do terceiro livro de O Mundo como Vontade e Representação, Schopenhauer defende a inutilidade do conceito para a arte. Com a exceção da poesia, para a qual a palavra é a matéria-prima. No quarto livro, no entanto, assim como em seu ensaio premiado Sobre a Liberdade da Vontade, a razão desempenha um papel importante na constituição da moralidade. Por um lado, afirma ele (em meio à descrição mítica do redentor fenômeno da graça, que “vem de fora”, através de uma “mudança no modo de conhecimento”) que a redenção não nos vem através de um pretenso livre-arbítrio, não se dá por um “arbítrio ponderado (obras), mas no conhecimento (fé)” – o filósofo procura manter assim sua vigorosa oposição ao racionalismo ético da deontologia kantiana: “pode-se, pelo contrário”, alerta ele em Sobre o Fundamento da Moral, “agir muito racionalmente, portanto refletida, prudente [besonnen], consequente, planejada e metodicamente, seguindo todavia as máximas as mais egoístas, injustas e mesmo perversas”. Por outro lado, a razão (por sua capacidade de reflexão e recordação), é tomada em certos momentos como um instrumento auxiliar no processo de afirmação consciente da vontade (o caráter adquirido), bem como no próprio fenômeno da negação da vontade, como sentencia ele em O Mundo: “a possibilidade de a liberdade exteriorizar-se a si mesma é a grande vantagem do homem, ausente no animal, porque a condição dela é a clarividência da razão [Besonnenheit der Vernunft], que o habilita a uma visão panorâmica do todo da vida”. Cabe verificar como se sustentam, nesta ambiguidade do estatuto da racionalidade, importantes conceitos éticos como a liberdade, a imputabilidade moral, má consciência (remorso) etc. Palavras-chave: Schopenhauer; Ascetismo; Liberdade relativa; Caráter. Abstract: In his metaphysics of the beautiful of the third book of The World as Will and Representation, Schopenhauer defends the uselessness of the concept to the art. With the exception of poetry, for which the word is the raw material. In the fourth book, however, as in his prize-winning essay On Freedom of Will, the reason plays an important role in the constitution of morality. On the one hand, he affirms (about the mythical description of the redemptive phenomenon of grace, which "comes from without" through a "change in the mode of knowledge") the redemption does not come to us through a alleged free-will, that is not by a "deliberated will (works), but in knowledge (faith)" - the philosopher seeks to maintain his vigorous opposition to the ethical rationalism of Kantian deontology: "one can, on the contrary," he warns in On the Ground of Moral, "to act very rationally, therefore reflected, prudent [besonnen], consequently, planned and methodically, following however the most selfish, unjust and even perverse maxims." On the other hand, reason (by its capacity for reflection and remembrance) is taken at certain moments as an auxiliary instrument in the process of conscious affirmation of the will (the acquired character), as well as in the phenomenon of the negation of the will, as he affirms in The World: "the possibility of freedom to exteriorize itself is the great advantage of human being, absent in the animal, because the condition of it is the clear-sightedness of reason [Besonnenheit der Vernunft], which enables him to a panoramic view of the whole of life". It is necessary to verify how important ethical concepts such as freedom, moral imputability, bad conscience (remorse), etc. are maintained in this ambiguity of the statute of rationality. Keywords: Schopenhauer; Asceticism; Relative freedom; Character.

17 - Resignação como efeito trágico: a teoria schopenhaueriana da tragédia Resignation as tragic effect: Schopenhuaer’s theory of tragedy José Fernandes Weber Londrina [email protected]

Resumo: No capítulo 37 dos Suplementos a O mundo como vontade e representação, intitulado A propósito da estética da poesia, Schopenhauer expressa sua convicção a respeito da superioridade da tragédia dos modernos se comparada à tragédia dos antigos. À tragédia antiga faltaria o verdadeiro efeito trágico: a resignação. Tal constatação assenta-se na contradição que haveria em reconhecer a vaidade de todos os esforços sem assumir a resignação como inevitável conclusão. Algo que faltou aos antigos, nos quais se insinua a esperança como motivadora da ação, enquanto os modernos situam o aprendizado da

Page 14: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

14

resignação como o próprio núcleo da tragédia. A partir disso, buscar-se-á: 1º. Explorar os argumentos apresentados por Schopenhauer de modo a apresentar os elementos constitutivos da contraposição entre a tragédia antiga e moderna; 2º. Mostrar o alcance da teoria da resignação na análise das tragédias antigas e modernas, destacando sua relação com a teoria do sublime dinâmico, cujo efeito seria análogo ao da tragédia; 3º. Contrapor os argumentos de Schopenhuaer à acusação de Nietzsche segundo a qual ele não teria percebido a dimensão afirmativa da tragédia grega. Se Schopenhauer não concebe tal dimensão de um modo absoluto, contudo, a contraposição entre os antigos e os modernos evidencia que a eleição dos modernos como mestres na apresentação do efeito trágico se dá justamente porque os antigos eram ainda excessivamente afirmativos. Palavras-chave: Schopenhauer; Tragédia; Resignação. Abstract: In chapter 37 of the Supplements of The World as Will and Representation, entitled On the aesthetics of poetry, Schopenhauer express his conviction about the superiority of modern tragedy if compared to the tragedy of the ancients. To the ancient tragedy would miss the true tragic effect: the resignation. This observation is settled in the contradiction that would be in recognize the vanity of all efforts without to assume resignation as a inevitable conclusion. Something that ancients miss, in which hope is insinuated as motivator of the action, while the moderns situated the learning of resignation as the proper core of tragedy. From here onwards, we will try: 1º. To explore the arguments presented by Schopenhauer in such a way as to present the constitutive elements of the contraposition of ancient and modern tragedy; 2º. To show the scope of resignation theory in the analysis of the ancient and modern tragedy’s, emphasizing his relation with the theory of dynamic sublime, which effect would be similar to the effect of tragedy; 3º. To contrast Schopenhuaer’s arguments to Nietzsche’s accusation according to which he don’t would perceived the affirmative dimension of Greek tragedy. If Schopenhauer do not conceive this dimension in an absolute way, however, the contraposition between ancients and moderns demonstrates that the election of the moderns as masters in the presentation of tragic effect occurred exactly because the ancients were even excessively affirmative. Keyword: Schopenhauer; Tragedy; Resignation.

18 - Os tempos da vida The periods of life Jose Thomaz Brum Rio de Janeiro Resumo: Este artigo apresenta algumas reflexo es sobre Da diferença das idades da vida [Von Unterschiede der Lebensalter], texto de Schopenhauer contido em Aforismos para a sabedoria na vida (Parerga). Ele compara o ponto de vista schopenhaueriano com ideias de Isidoro de Sevilha, Shakespeare e do pintor veneziano Ticiano. Palavras-chave: Perí odos da vida; Parerga; Schopenhauer. Abstract: This article aims to present some reflections on The different periods of life [Von Unterschiede der Lebensalter], text of Schopenhauer contained in Aphorismen zur Lebensweisheit (Parerga). It compares the Schopenhauerian point of view with ideas of Isidore of Seville, Shakespeare and the Venetian painter Titian. Keywords: Periods of life; Parerga; Schopenhauer. 19 - O desenvolvimento da psicologia de Schopenhauer The development of Schopenhauer´s Psychology Kleverton Bacelar Santana Salvador [email protected]

Page 15: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

15

Resumo: Essa comunicaça o tem por objetivo expor o surgimento e as transformaço es da psicologia na obra de Schopenhauer desde seu iní cio nos anos de formaça o durante as aulas com Schultze e Fichte ate o fim de sua produça o intelectual. O texto esta articulado em cinco partes: 1) A a noça o de psicologia nos Manuscritos e na QR de 1813; 2) a extensa o metafisica (cosmolo gica) da noça o de cara ter no livro II e a distinça o etica dos caracteres no livro IV do MVR; 3) a especificaça o das "diferenças e ticas dos caracteres" nos Dois problemas fundamentais da ética com a introduça o da Trieblehre e seus efeitos na e tica metafí sica do Mundo (excurso: a interpretaça o de M. Kossler); e 4) os ajustes finais dos Triebferdern nos Complementos e nos Parerga. Conclusa o: Nietzsche e as modificaço es na psicologia introduzidas a partir de Humano. Palavras-chave: Psicologia; Cara ter; Triebferdern. Abstract: This study expose the emergence and development of Schopenhauer Psychology in his works from beginning at the formative years in the classes from Schultze and Fichte, until the end of his intellectual productions. Along this line, the communication consists of five parts: 1) the notion of psychology in the Manuscript Remains and The Fourfold Root of 1813; 2) the metaphysical (cosmological) extension of the notion of character in Book II and the ethical distinction of characters in Book IV of The World as Will and Representation; 3) the specification of the "ethical differences of characters" in The Two Basic Problems of Ethics with the introduction of Trieblehre and its effects on the metaphysical ethics of the World (the Interpretation of Matthias Koßler); and 4) the final tweaks of the Triebferdern in the Complements and the Parerga. Conclusion: Nietzsche and the modifications in psychology introduced from Human all too Human. Keywords: Psychology; Character; Triebferdern. 20 - A noção de Spielraum como fundamento para a eudemonologia de Schopenhauer The notion of “Spielraum” as the foundation to the Schopenhauer’s eudemonology Leandro Chevitarese Rio de Janeiro [email protected] Resumo: O conceito schopenhaueriano de “cara ter adquirido” articula a dificuldade de fundamentar as condiço es de possibilidade de um tal aprendizado no curso da vida em face a recusa da liberdade empí rica. Ainda que na o se trate aqui certamente de Freiheit [liberdade], por outro lado, na o ha por que supor que na o haja certo espaço de aça o como condiça o de possibilidade para a sabedoria de vida. Deste modo, a comunicaça o pretende investigar a noça o de Spielraum [Espaço de manobra, Margem de aça o] como chave de leitura para a proposta eudemonolo gica de Schopenhauer. Palavras-chave: Sabedoria de vida; Liberdade; Spielraum. Abstract: The schopenhauerian concept of “acquired character” articulates the difficulty to found the conditions of possibility of such a learning in lifetime before the refusal of the empirical freedom. Although it is certainly not about Freiheit [Freedom], on the other hand there is no need to suppose that a certain space of action as the condition of possibility to the Wisdom of Life does not exist. Thus, this article aims to examine the notion of Spielraum [Space of action, Margin of maneuvre] as a reading key to Schopenhauer’s eudemonological proposition. Keywords: Wisdom of life; Freedom; Spielraum.

21 - Schopenhauer e a magia Schopenhauer and the magic Luan Corre a da Silva Fortaleza

Page 16: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

16

[email protected] Resumo: Esta confere ncia tem por objetivo apresentar o pensamento de Schopenhauer acerca da magia, no intuito de fomentar um debate ainda pouco explorado sobre o tema. Entusiasmado com o sucesso do “magnetismo animal” desenvolvido pelo me dico Franz Anton Mesmer, Arthur Schopenhauer encontra neste procedimento, entendido como parte da magia de outrora, uma confirmaça o empí rica da filosofia de O mundo como vontade e como representação. Uma confirmaça o que, segundo o filo sofo, revela um aspecto pra tico de sua metafí sica teo rica, uma Experimentalmetaphysik. Na o parece pouco relevante, assim, que se lance alguma luz filoso fica sobre o tema, a despeito da sua obscuridade caracterí stica e consequente descre dito na histo ria do ocidente. As consideraço es de Schopenhauer, tal como o pu blico pode constatar, levantam questionamentos que va o da medicina a religia o, do ocultismo a cie ncia experimental, e se mostram relevantes ate hoje. Palavras-chave: Magia; Magnetismo animal; Schopenhauer; Mesmer. Abstract: This conference aims to present Schopenhauer's thinking about magic in order to promote a debate that has not yet been explored. Excited about the success of "animal magnetism" developed by the doctor Franz Anton Mesmer, Arthur Schopenhauer finds in this procedure, understood as part of the magic of the past, an empirical confirmation of the philosophy of The world as will and as representation. A confirmation that, according to the philosopher, reveals a practical aspect of his theoretical metaphysics, an Experimentalmetaphysik. It does not seem to be of little relevance, therefore, that some philosophical light is thrown on the subject, in spite of its characteristic obscurity and consequent discredit in the history of the West. Schopenhauer's considerations, as the audience can see, raise questions that range from medicine to religion, from occultism to experimental science, and are relevant even today. Keywords: Magic; Animal magnetism; Schopenhauer; Mesmer.

22 - Ver as coisas pela primeira vez: considerações sobre o “Schopenhauer como educador”, de Nietzsche Seeing things for the the first time: considerations on nietzsche`s “schopenhauer as educator” Ma rcio Benchimol Barros Marília [email protected] Resumo: O texto “Schopenhauer como Educador” revela em suas entrelinhas a ambivale ncia da atitude do autor para com a pessoa do homenageado. Nele, o jovem Nietzsche rende uma sincera homenagem a seu iniciador na filosofia, ao mesmo tempo em que se afasta decisivamente de importantes concepço es schopenhauerianas. Pois a homenagem na o tem a ver com acordo ou desacordo em relaça o a teses filoso ficas especí ficas, sena o que diz respeito a concepça o mesma de filosofia, como atividade necessariamente conectada a vida. A educação, a que o tí tulo faz mença o, apontaria ao indissolu vel compromisso entre viver e filosofar. Entretanto, a figura do gênio, em que se materializa o ideal formativo que daí surge, discrepa significativamente do conceito schopenhaueriano de gênio. Em meu trabalho procurarei refletir sobre o significado desta discrepa ncia, indicando ao mesmo tempo como o gênio schopenhaueriano po de servir de inspiraça o para a forma como Nietzsche concebe o sentido da atividade filoso fica. Palavras-chave: Schopenhauer; Nietzsche, Formaça o; Ge nio; Filosofia. Abstract: Nietzsche`s “Schopenhauer as Educator” reveals a remarkable ambivalence in the author`s attitude towards the one to whom it is dedicated. In this text, Nietzsche lends a sincere tribute to his iniciator in philosophy, but at the same time distanciates himself from important schopenhauerian views. Then the tribute has less to do with specific philosophical views than with the very conception of philosophy itself, in its close and essential connection to life. Indeed, the “education” that appears in the title pressoposes that insissoluble commitment between living and philosophising. However, the character of the genius, which incarnates the ideal of formation (Bildung) implicated by that conception

Page 17: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

17

of philosophy, differs strongly in its traits from Schopenhauer`s own conception of genius. In my lecture I will try to reflect about the meaning of this discrepancy, as well as to show how the schopenhauerian genius – nevertheless – could be an inspiration to Nietzsche`s conception of philosophy. Key words: Schopenhauer; Nietzsche; Formation; Genius; Philosophy.

23 - Filosofare senza metafisica? Dai Supplementi ai Parerga Filosofar sem metafísica? Dos Suplementos aos Parerga Marco Segala L’Aquila - Itália [email protected] Riassunto: Un’interpretazione diffusa tra gli studiosi è che, nelle opere della maturità (Supplementi e Parerga), Schopenhauer abbia ridotto il suo impegno a sostenere il sistema metafisico, così come esposto nel Mondo come volontà e rappresentazione, in favore di una filosofia rivolta principalmente alla fenomenicità. Ne sarebbe derivata una filosofia meno aporetica e più attraente per i lettori non accademici, che infatti premiarono con il successo la sua opera più matura (Parerga e Paralipomena). Il presente saggio, invece, intende mostrare come il tema metafisico e l’approccio sistematico non vengano mai meno in Schopenhauer. Non si tratta di un filosofare senza metafisica ma di una riflessione sempre più attenta sia alla complessità del mondo (naturale e umano) sia alla crescente importanza e autonomia della conoscenza scientifica in relazione all’indagine filosofica. Proprio il sempre più stretto dialogo con le scienze, infatti, indusse Schopenhauer a rimodulare il sistema e il discorso metafisico in un filosofare innovativo, rispetto alla tradizione classica postkantiana e alla sua propria impostazione del 1819, capace di attrarre intere generazioni di lettori. Resumo: Uma interpretaça o disseminada entre os estudiosos afirma que nas obras de maturidade (Suplementos e Parerga) Schopenhauer teria reduzido seu empenho em sustentar o sistema metafí sico, tal como exposto em O mundo como vontade e representação, em favor de uma filosofia voltada principalmente a fenomenocidade. Isso resultaria em uma filosofia menos apore tica e mais atraente para os leitores na o acade micos, que, de fato, premiaram com o sucesso a sua obra madura (Parerga e Paralipomena). O presente ensaio, pelo contra rio, procura mostrar como o tema metafí sico e a abordagem sistema tica jamais sa o dimuí dos em Schopenhauer. Na o se trata de um filosofar sem metafí sica, mas de uma reflexa o cada vez mais atenta seja a complexidade do mundo (natural e humano), seja a crescente importa ncia e autonomia do conhecimento cientí fico em relaça o a investigaça o filoso fica. E justamente o dia logo cada vez mais estreito com as cie ncias leva Schopenhauer a remodelar o sistema e o discurso metafí sicos, em um filosofar inovativo em relaça o a tradiça o cla ssica po s-kantiana e ao seu pro prio posicionamento de 1819, capaz de atrair inteiras geraço es de leitores.

24 - Analogia, símbolo, alegoria ou conceito: como o movimento voluntário do corpo aponta para a postulação metafísica da vontade? Analogy, symbol, allegory or concept: as the voluntary movement of the body points to the metaphysical postulation of the will? Paulo Vieira Neto Curitiba [email protected] Palavras-chave: Analogia; Vontade; Significaça o. Keywords: Analogy; Will; Signification.

Page 18: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

18

25 - Metafísica imanente: Schopenhauer como ponto de inflexão Immanent metaphysics: Schopenhauer as inflection point Roberto Barros Belém [email protected] Resumo: O pensamento de Schopenhauer se dá no contexto duas tendências decisivas para toda a reflexão contemporânea: a ascensão das ciências naturais e a crise da filosofia idealista. Crítico acerbo tanto da pretensão prescritiva da filosofia da consciência, da pretensão autoreferencial de normatização desta a partir de pressupostos racionais, quanto do reducionismo materialista restrito a aspectos referenciais sensórios, Schopenhauer inverte a hierarquia valorativa da metafísica tradicional e desenvolve uma interpretação metafísica, extra sensória, do mundo, que, entretanto, é concebida como totalmente calcada na necessidade de esclarecer o próprio mundo em sua existência efetiva, mas ultrapassando todo reducionismo materialista. A formulação do operador teórico da Vontade (Wille) como princípio metafísico imanente ao mundo determina uma mudança de orientação do pensamento ocidental e um ponto de inflexão decisivo para a compreensão do pensamento filosófico posterior. A comunicação tem como objetivo evidenciar aspectos desta mudança e as potencialidades desta mudança para a reflexão filosófica contemporânea.

Palavras-chave: Metafísica; Imanência; Transcendência.

26 - Absurdo e limite na filosofia de Schopenhauer Absurd and limit in Schopenhauer's philosophy Ruy de Carvalho R. Junior Fortaleza [email protected]

Resumo: O ponto de partida do trabalho foi a inquietante e surpreendente leitura de Rosset da filosofia schopenhaueriana. Inicialmente, inclina-se mais na direça o crí tica em relaça o a tese de Rosset sobre a filosofia do absurdo, que sobre a tese, de resto talvez bem mais pole mica, da intuição genealógica. Aceitando a diferenciaça o radical estabelecida por Schopenhauer entre os planos metafí sico e empí rico defende-se a hipo tese de que ha , nos textos deste, uma relaça o possí vel entre ambos: uma relaça o que chamamos de hermenêutica. E no seu nascedouro, portanto, que a filosofia de Schopenhauer recebe a cicatriz que a fara alvo daqueles que tentara o força -la a adequar-se a uma das alternativas: saber ou filosofia, sabedoria ou teoria, visão de mundo ou doutrina. Em todo caso, defendemos que o importante e a clara conscie ncia dos limites que parecem estar em jogo na relaça o entre Representaça o e Vontade. Portanto, o problema da realidade e da idealidade, aponta, finalmente, para a necessidade de impormos limites a filosofia e, assim, tornar possí vel a caracterizaça o da metafí sica de Schopenhauer como filosofia do limite. Palavras-chave: Absurdo; Limite; Hermene utica; Sabedoria; Teoria; Doutrina. Abstract: The starting point of the work was Rosset's disturbing and surprising reading of Schopenhauer's philosophy. Initially, it tends to lean more in the critical direction of Rosset's thesis on the philosophy of absurdity than on the perhaps more controversial thesis of genealogical intuition. Accepting the radical differentiation established by Schopenhauer between the metaphysical and empirical planes defends the hypothesis that there is, in Schopenhauer's texts, a possible relation between the two: a relation we call hermeneutics. It is at his birth, therefore, that Schopenhauer's philosophy receives the scar that will make it the target of those who will try to force it to conform to one of the alternatives: knowledge or philosophy, wisdom or theory, worldview or doctrine. In any case, we argue that the important thing is the clear awareness of the limits that seem to be at play in the relation

Page 19: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

19

between Representation and Will. Therefore, the problem of reality and ideality finally points to the need to impose limits on philosophy and thus make possible the characterization of Schopenhauer's metaphysics as a philosophy of the limit. Keywords: Absurd; Limit; Hermeneutics; Wisdom; Theory; Doctrine. 27 - A filosofia como decifração do enigma do mundo The philosophy as decipherment of the enigma of the world Selma A. Bassoli Marília [email protected] Resumo: Para Schopenhauer, a filosofia consiste em uma reflexa o conceitual que nos permite compreender o enigma colocado pela existe ncia inevita vel do sofrimento e da morte, atrave s de uma metafí sica que ele qualifica como imanente. Por ser imanente, a sua metafí sica na o deve ser entendida como uma explicaça o obtida atrave s de um conhecimento situado fora ou ale m da experie ncia, pois ela consiste na interpretaça o que considera os fatos da experie ncia interna e externa que esta o ao alcance de todos e as relaço es desses fatos com o mundo, atrave s da qual podemos compreender a ligaça o mais profunda e oculta existente entre eles. Consequentemente sua metafí sica na o formula concluso es sobre aquilo que esta fora de toda a possibilidade de experie ncia, raza o pela qual ela deixa em suspenso todas as questo es cujas respostas na o podem ser assimiladas por meio das formas e funço es do nosso intelecto. Palavras-chave: Filosofia; Metafí sica imanente; Sofrimento; Schopenhauer. Abstract: For Schopenhauer, philosophy consists of a conceptual reflection that allows us to understand the enigma posed by the inevitable existence of suffering and death, through a metaphysics that he qualifies as immanent. Because it is immanent, its metaphysics should not be understood as an explanation obtained through a knowledge situated outside or beyond experience, for it consists in the interpretation that considers the facts of the inner and outer experience available to all and the relationships of these facts with the world, through which we can understand the deepest and most hidden connection between them. Consequently his metaphysics does not draw conclusions about whatever is beyond all possibility of experience, and for that reason, it keeps hanging all questions to which answers cannot be assimilated through the forms and functions of our intellect. Keywords: Philosophy; immanent metaphysics; Suffering; Schopenhauer. 28 - Die Struktur der Mitleidsethik Schopenhauers in Bezug auf die Transzendentalphilosophie The structure of Schopenhauer's ethic of compassion in terms of transcendental philosophy Yukiko Hayashi Nishinomiya - Japão [email protected] Zusammenfassung: In der bisherigen Auslegung von Schopenhauers Mitleidsethik standen die metaphysische Einheit des Ich und des Anderen oder die Gefu hlsethik gegenu ber der Kantischen normativen Ethik. In den letzten Jahren gab es andere, neue Versuche, seine Erkenntnislehre und die Ethik mit einer weiteren Begru ndung zu interpretieren: na mlich mit der von Kant u bernommenen Transzendentalphilosophie. Ich mo chte mit dieser U berlegung zum transzendentalphilosophischen Versta ndnis des Mitleids in Schopenhauers Mitleidslehre einen Beitrag leisten. Besonderes anhand zweier Aspekte des Leids in der Mitleidsethik, na mlich des Gefu hls als Affekt des Willens und der Vorstellung des Leids, erla utere ich, dass die Mitleidsethik nach dem transzendentalphilosophischen Konzept von Schopenhauer gedacht wurde. Stichwo rter: Erkenntnislehre; Ethik; Idee; Vorstellung; Gefu hl.

Page 20: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

20

Abstract: In the interpretation of Schopenhauer's compassion ethic so far, the metaphysical unity of “I” and of “the other”, or “ethic of feeling” stood in contrast to the Kantian normative ethics. Recently there have been other, new attempts to interpret his epistemology and ethics based on an additional rationale: namely, the transcendental philosophy adopted by Kant. I would like to contribute to this reflection on the transcendental-philosophical understanding of Schopenhauer’s compassion. In particular on the basis of two aspects of suffering in ethics of compassion, namely, the feeling as an affect of the will and the representation of suffering, I explain that the ethic of compassion was conceived according to Schopenhauer's transcendental-philosophical concept. Keywords: Epistemology; Ethics; Ideas; Representation; Feeling.

Page 21: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

21

RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES

1 - A ngela Lima Calou 2 - Camila Berehulka de Almeida 3 - Carlos Alberto Leite de Moura 4 - Diana Chao Decock 5 - Dilermando Aniceto Eleute rio Junior 6 - Ednilson Bernardo Antoniassi 7 - Eli Vagner Francisco Rodrigues 8 - Filipi Oliveira 9 - Florencia Mu ller 10 - Gabriela Nascimento Souza 11 - Gilmara Coutinho 12 - Goura Nataraj 13 - Guilherme Marconi Germer 14 - Iasmim Martins 15 - Jaqueline Engelmann 16 - Je ssica Barros Silva 17 - Jorge Luis Palicer do Prado 18 - Julia Joergensen Schlemm 19 - Juliana dos Reis Cuenca 20 - Lívia Ribeiro 21 - Lucas Lazarini Valente 22 - M. R. Engler 23 - Marcelo Ribeiro Rosa 24 - Ma rcio Jarek 25 - Nilton Jose Sa vio 26 - Rafael Ramos da Silva 27 - Roger A. Pe rez Garcí a 28 - Sarah Fernandes 29 - Suely Poitevin 30 - Thiago de Souza Salvio 31 - William Mattioli 1 - Da crítica à razão moderna ao sentido moral do sofrimento: um diálogo entre Arthur Schopenhauer e Fiódor Dostoiévski From criticism to modern reason for the moral sense of suffering: a dialogue between Arthur Schopenhauer and Fiódor Dostoievsky A ngela Lima Calou Salvador [email protected] Resumo: O presente trabalho assume por objetivo a efetivaça o de um dia logo entre Arthur Schopenhauer e Fio dor Dostoie vski, tendo por base a relaça o entre os conceitos de sofrimento e de compaixa o nas obras O mundo como vontade e como representação (1818), Memórias do subsolo (1864) e O sonho de um homem ridículo (1877). Assumimos por hipo tese a compreensa o de que a partir da recusa a racionalidade de matriz iluminista, Schopenhauer e Dostoie vski tecem entre si uma conflue ncia: a afirmaça o de um sentido moral para o sofrimento, qual seja, a produça o da aça o compassiva. Evidenciaremos, assim, a sua crí tica a raza o moderna. Em seguida, abordaremos o mo bile desta recusa: uma visa o tra gica da vida no interior da qual o sofrimento coincide com a condiça o humana. Em um terceiro e u ltimo momento, explicitaremos

Page 22: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

22

a concessa o em ambos os autores de uma atribuiça o moral ao sofrimento dada na produça o do sentimento da compaixa o. Palavras-chave: Raza o; Sofrimento; Compaixa o; Schopenhauer; Dostoie vski. Abstract: This article aims to present a dialogue between Arthur Schopenhauer and Fyodor Dostoevsky, based on the relationship between the concepts of suffering and compassion in The world as will and representation (1819), Notes from underground (1864) and The dream of a ridiculous man (1877). We assume by hypothesis the understanding that from the refusal to the rationality of enlightened matrix, Schopenhauer and Dostoevsky weave together a confluence: the affirmation of a moral sense for suffering, given in the production of compassionate action. We will thus show their criticism of modern reason. In a second moment, we approach the mobile of this refusal: a tragic vision of life within which suffering coincides with the human condition. In a third and last moment, we will explain the concession in both authors of a moral attribution to the suffering given in the production of the feeling of compassion. Keywords: Reason; Suffering; Compassion; Schopenhauer; Dostoie vsky. 2 - A dimensão artística da filosofia em Schopenhauer The artistic dimension of Philosophy in Schopenhauer Camila Berehulka de Almeida Londrina [email protected] Resumo: A arte e a contemplaça o do Belo constituem um papel importante no pensamento de Schopenhauer, por instaurarem um ponto de converge ncia entre arte e filosofia, no qual o filo sofo para elaborar um pensamento precisa ser dotado de genialidade, ou seja, adentrar ao conhecimento que na o segue as formas da representaça o em geral – e preciso escapar da visa o unilateral pro pria do indiví duo para atingir o estado de contemplaça o da Ideia. Particularmente, Schopenhauer aproxima o poeta do filo sofo, afirmando ser este uma espe cie de artista racional, pois, diferente do poeta, faz uso do conceito na formaça o de uma filosofia. A questa o posta e : o que e filosofia de acordo com Schopenhauer? Este trabalho pretende, por sua vez, explorar esta converge ncia entre arte e filosofia, identificando o cara ter artí stico do pensamento em Schopenhauer. Palavras-chave: Arte; Filosofia; Ideia; Poeta; Filo sofo. Abstract: The art and the contemplation of the Beautiful constitute an important role in Schopenhauer's thought, for establishing a point of convergence between art and philosophy, in which the philosopher to elaborate a thought needs to be endowed with genius, that is, to enter the knowledge that does not follow the forms of representation in general - it is necessary to escape the unilateral vision of the individual to reach the state of contemplation of the Idea. In particular, Schopenhauer approaches the philosophe of the poet, claiming to be a kind of rational artist, since, unlike the poet, he makes use of the concept in the formation of a philosophy. The question posed is: what is philosophy according to Schopenhauer? This work aims, in turn, to explore this convergence between art and philosophy, identifying the artistic character of thought in Schopenhauer. Keywords: Art; Philosophy; Idea; Poet; Philosopher. 3 - Schopenhauer e a relação entre o filosofar, a filosofia e a educação Schopenhauer and the relationship between the philosophize, the philosophy and the education Carlos Alberto Leite de Moura São Paulo [email protected] Resumo: A ideia kantiana resumida na sentença “a filosofia na o pode ser aprendida, mas apenas o filosofar” sofre, em Schopenhauer, uma inversa o. Para ele o filosofar na o se aprende ja que seu agente, o filo sofo, nasce enquanto tal. Ja a filosofia, enquanto obra filoso fica, e de certo modo passí vel de abordagem

Page 23: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

23

pedago gica, pore m sem ví nculos profissionais. Assim, a exclusa o mu tua entre filo sofos e professores conduz ao seguinte questionamento: o que e possí vel ensinar e aprender neste contexto? Tal questionamento surge de uma constataça o ba sica: “filo sofos nascem”, pore m – tal como iremos esclarecer – na o prontos, algo atestado pela biografia do filo sofo de Frankfurt, incluindo a presença do professor Schulze. Desta forma, como relacionam-se a educaça o, o filosofar e a filosofia em termos schopenhauerianos? O presente trabalho pretende discutir estas questo es mediante um eixo articulador dos fatores principais. Palavras-chave: Filosofia; Filosofar; Educaça o. Abstract: The Kantian idea summarized in the sentence “Philosophy cannot be learnt, but only philosophize” is inverted by Schopenhauer. For him is not possible to learn the philosophize because it’s agent, the philosopher, is born as such. The philosophy, as philosophical work, is somehow amenable to a pedagogical approach, but without professional ties. Thus, the mutual exclusion between philosophers and teachers leads to the following question: what is possible to teach and to learn in this context? This question arises from a basic observation: "philosophers are only born", but – as we will clarify – not ready, something attested by the biography of Frankfurt’s philosopher, including the presence of Professor Schulze. In this way, how are the education, the philosophize and the philosophy related in Schopenhauer’s terms? The present work intends to discuss these issues through an articulating axis of main factors. Keywords: Philosophy; Philosophize; Education. 4 - Tat twam asi: o conhecimento imediato e intuitivo da identidade metafísica de todos os seres Tat twam asi: the immediate and intuitive knowledge of the metaphysical identity of all beings Diana Chao Decock Curitiba [email protected] Resumo: Ao longo de sua obra filoso fica, Schopenhauer na o nega esforços para ressaltar a sua influe ncia e admiraça o pela sabedoria indiana, especialmente, pelo texto sagrado Upanixades. Embora a real influe ncia desta obra e a genuí na autenticidade da mesma sejam questionadas por inte rpretes schopenhauerianos e indo logos contempora neos, Schopenhauer a toma como a obra capaz de revelar o fundamento metafí sico da e tica, com a fo rmula tat twam asi “isso e s tu”. Neste trabalho investigaremos como, para Schopenhauer, os sa bios bra manes transformaram em palavras o conhecimento imediato e intuitivo da identidade metafí sica de todos os seres e conseguiram, assim, ilustrar e justificar o fundamento de uma aça o dotada de valor moral. Palavras-chave: Schopenhauer; Pensamento indiano; Tat twam asi; E tica. Abstract: Throughout his philosophical work, Schopenhauer does not deny efforts to emphasize his influence and admiration for the ancient indian wisdom, especially, for the sacred text Upanishads. Although the real influence of this work and the genuine authenticity of it are questioned by cchopenhauerian interpreters and indologists, Schopenhauer takes it as the work capable of revealing the metaphysical foundation of ethics, with the formula tat twam asi "this is you." In this study we will investigate how, for Schopenhauer, the brahmin sages transformed in words the immediate and intuitive knowledge of the metaphysical identity of all beings and, thus, were able to illustrate and justify the foundation of an action endowed with moral value. Keywords: Schopenhauer; Indian thought; Tat twam asi; Ethics. 5 - Sobre o uso prático da razão e o realismo pragmático em Schopenhauer On the practical use of reason and pragmatic realism in Schopenhauer Dilermando Aniceto Eleute rio Junior Curitiba [email protected]

Page 24: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

24

Resumo: O estudo da raza o pra tica em Schopenhauer leva-nos a sua eudemonologia. a) Para o desenvolvimento do tema e necessa rio compreender a noça o raza o pra tica em Schopenhauer. Para tanto, e salutar expor a crí tica de Schopenhauer a raza o pra tica kantiana, que fundamenta uma moral a priori. b) No segundo momento, expor a concepça o sobre o uso pra tico da raza o em Schopenhauer, que esta pautada no saber reflexivo e na práxis de vida. Com o intuito de fundamentar melhor sua filosofia pra tica, Schopenhauer se distancia de suas influe ncias tradicionais, e busca principalmente no cinismo, e no estoicismo, elementos para fundamentar seu pensamento; pore m, sem romper com seu pensamento u nico. c) Demonstrar o principal escopo de sua eudemonologia atrelada a raza o pra tica e ao cara ter adquiro, que e propiciar ao indiví duo uma existe ncia com prude ncia e menos infeliz possí vel. d) Expor nossa depreensa o da eudemonologia de Schopenhauer como um realismo pragma tico. Palavras-chave: Schopenhauer; Uso pra tico da raza o; Cinismo; Estoicismo; Eudemonologia. Abstract: The study of practical reason in Schopenhauer leads us to its eudemonology. a) For the development of the theme it is necessary to understand the notion of practical reason in Schopenhauer. For this, it is salutary to expose Schopenhauer's criticism to Kantian practical reason, which grounds an a priori morality. b) In the second moment, to expose the conception on the practical use of reason in Schopenhauer, which is based on the reflexive knowledge and the praxis of life. In order to better substantiate his practical philosophy, Schopenhauer distances himself from his traditional influences, and seeks principally in cynicism, and stoicism, elements to ground his thought; however, without breaking with his unique thinking. c) Demonstrate the main scope of his eudemonology, linked to practical reason and character, which is to provide the individual with a prudent and less unhappy existence. d) Expose our understanding of Schopenhauer's eudemonology as a pragmatic realism. Keywords: Schopenhauer, On the use practice of reason, Cynicism, Stoicism, and Eudemonology. 6 - A noção de palingenesia na filosofia de Schopenhauer: uma contribuição para o entendimento do processo de negação da vontade The notion of palingenesia in Schopenhauer's philosophy: a contribution to the understanding of the denial of will process Ednilson Bernardo Antoniassi Londrina [email protected] Resumo: O propo sito fundamental deste escrito e demonstrar como a noça o de palingenesia em Schopenhauer pode colaborar para o entendimento do processo de negaça o da vontade, apontada pelo filo sofo como o “maior objetivo moral existente” e “obra u ltima da intelige ncia”. Primeiramente, apresentaremos a noça o de palingenesia como fundamental para a compreensa o da tese do autor acerca da indestrutibilidade de nosso ser verdadeiro pela morte, evidenciando a permane ncia de nossa vontade individual apo s o fim do feno meno temporal e o ressurgimento desta vontade aliado a um novo intelecto, constituindo assim um novo indiví duo. Por fim, demonstraremos que apenas a negaça o da vontade pode interromper esses ciclos de nascimento-morte que caracterizam nossa existe ncia ao suprimir a vontade individual, sendo por isto apontada pelo autor como a verdadeira morte, a redença o deste mundo de la stimas. Palavras-chave: Schopenhauer; Morte; Palingenesia; Vontade; Negaça o da vontade. Abstract: The main purpose of this writing is to demonstrate how Schopenhauer's notion of palingenesia can contribute to the understanding of the process of denial of the will, which the philosopher points to as the "greatest moral objective" and "ultimate work of intelligence." Firstly, we will present the notion of palingenesia as fundamental to the understanding of the author's thesis about the indestructibility of our true being by death, evidencing the permanence of our individual will after the end of the temporal phenomenon and the resurgence of this will allied to a new intellect, thus constituting a new individual. Finally, we will show that only the denial of the will can interrupt those cycles of birth and death that characterizes our existence by suppressing individual will, wherefore it is pointed by the author as the

Page 25: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

25

true death, the redemption of this world of pity. Keywords: Schopenhauer; Death; Palingenesia; Will; Denial of will. 7 - O conceito de culpa (Schuld) na Filosofia de Schopenhauer: distinções entre o método filosófico (o filosofar), a teologia e as doutrinas do direito The concept of guilt (Schuld) in Schopenhauer's Philosophy: distinctions between the philosophical method (philosophizing), theology and the doctrines of law

Eli Vagner Francisco Rodrigues Marília [email protected] Resumo: Schopenhauer afirma que “na o no querer, mas no querer com conhecimento reside a culpa”, (MVR, § 28), introduzindo em sua filosofia um conceito primordialmente jurí dico-teolo gico (culpa) como fundamento de sua perspectiva e tico-metafí sica. O emprego do conceito de culpa por Schopenhauer na perspectiva da ordenaça o moral do mundo nos leva a uma necessa ria distinça o entre o me todo adotado em sua filosofia, seu filosofar, e os me todos da teologia nas consideraço es de “Sobre a filosofia e seu me todo”. No entanto, e preciso esclarecer, ainda, como Schopenhauer sustenta sua metafí sica imanente diante da afirmaça o de uma culpa primordial do homem em relaça o a existe ncia e que seria anterior a pro pria experie ncia individual e do aspecto pra tico. “O pecado (delito) maior do homem e haver nascido”. A questa o nos levara a um dos pontos mais crí ticos de sua filosofia, a saber, a possibilidade de autoconhecimento da vontade e ao papel do conhecimento na imputaça o. Palavras chave: Culpa; Dogmatismo; Filosofia; Teologia; Metafí sica; Imputabilidade. Abstract: Schopenhauer states that "not in will but in wanting with knowledge resides guilt" (MVR, § 28), introducing into his philosophy a primarily juridical-theological concept (guilt) as the basis of his ethical-metaphysical perspective. The use of the concept of guilt by Schopenhauer in the perspective of the moral ordering of the world leads us to a necessary distinction between the method adopted in his philosophy, his philosophyzing, and the methods of theology in the considerations of "On philosophy and its method." However, it is necessary to clarify, as well, how Schopenhauer sustains his immanent metaphysics before the affirmation of a primordial guilt of the man in relation to the existence and that would be previous to the own individual experience and the practical aspect. "The greatest sin (offense) of man is to be born." The question will lead us to one of the most critical points of his philosophy, namely, the possibility of self-knowledge of the will and the role of knowledge in imputation. Keywords: Guilt; Dogmatism; Philosophy; Theology; Metaphysics; Imputability.

8 - A pureza e a lisonja: a distinção entre belo e bonito na estética de Schopenhauer

Purity and flattery: the distinction between beautiful and handsome in the aesthetic of schopenhauer

Filipi Oliveira Rio de Janeiro [email protected] Resumo: Em O Mundo como Vontade e Representação, Schopenhauer levantou a questão emergencial sobre a experiência estética do bonito, interessado que estava em compreender sua expressão e seu mecanismo interno com vistas a encetar uma clara e necessária distinção entre o que é bonito e o que é belo. Embora na linguagem ordinária os termos se confundam pelo uso em geral, conceitualmente eles se diferem, porque o “bonito” se liga a “tudo (...) que estimula a vontade, oferecendo-lhe diretamente aquilo que a lisonjeia, aquilo que a satisfaz.” Ao passo que o “belo” conduz o homem a um objeto que seja capaz de “libertar o conhecimento que a vontade subjugava”, de fazê-lo “esquecer o eu individual” transformando “a consciência num puro sujeito que conhece.” Portanto, a presente comunicação se

Page 26: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

26

ocupará da exposição dos pontos divergentes entre essas duas experiências que moldam no homem uma visão de mundo ora servil ora livre. Palavras-chave: Belo; Bonito; Estética. Abstract: In The World as Will and Representation, Schopenhauer raised the emergency question about the aesthetic experience of the handsome, interested who was to understand its expression and its internal mechanism in order to initiate a clear and necessary distinction between what is beautiful and what is handsome. Although in ordinary language the terms are confused by usage in general, they differ conceptually, because the "beautiful" is linked to "everything (…) that stimulates the will, offering directly to it what flatters it, what the satisfies. "Whereas the" beautiful "leads man to an object that is capable of" liberating the knowledge that the will subjugated ", of making him" forget the individual self "by" transforming "consciousness into a pure subject he knows.” The present communication will thus deal with the discussion of the divergent points between these two experiences which shape in man a view of the world now servile and now free. Keywords: Beautiful; Handsome; Aesthetic. 9 - La filosofía y lo inefable en la doctrina de la redención schopenhaueriana Philosophy and the ineffable in the Schopenhauerian doctrine of redemption Florencia Mu ller Córdoba [email protected] Resumen: En el implacable diagno stico schopenhaueriano, el estado propio del hombre es esencialmente funesto: se impone la necesidad de una redencio n o liberacio n. No obstante, la experiencia de una salida del dominio necesario de la voluntad de vivir excede los lí mites del pensamiento racional, el cual esta a su vez condicionado a los dominios del espacio-tiempo, sujeto-objeto, causalidad y personalidad. La filosofí a se ocupa de la delimitacio n del mundo como representacio n, llegando al descubrimiento de la voluntad como esencia y origen del mundo, pero con la doctrina de la redención se alcanza la u ltima instancia del conocimiento positivo y se llega al lí mite de lo que el discurso filoso fico es capaz de expresar. Proponemos estudiar ahora la tarea negativa que asume la filosofí a schopenhaueriana al final del cuarto libro de El Mundo como Voluntad y Representación. Es decir, la de exponer en el lenguaje discursivo aquello expresable, quedando delimitado por contraposicio n el a mbito al cual e ste no llega: la experiencia de la noluntas. Palabras clave: Redencio n; Filosofí a; Mí stica; Noluntas; Lenguaje. Abstract: In the relentless Schopenhauer's diagnosis, the proper state of man is essentially miserable: the need for redemption or liberation is imposed. However, the experience of an exit from the necessary domain of the will to live exceeds the limits of rational thought, which is as well conditioned to the domains of space-time, subject-object, causality and personality. Philosophy deals with the delimitation of the world as representation, arriving at the discovery of the will as essence and origin of the world, but with the doctrine of redemption the ultimate instance of positive knowledge is reached and, thus, the limit of what the philosophical discourse is capable of expressing is also reached. We propose to study now the negative task assumed by Schopenhauer's philosophy at the end of the fourth book of The World as Will and Representation. That is to say, to make explicit in discursive language that which is expressible. By opposition, the sphere of that which is not expressible will be delimited: the experience of the noluntas. Keywords: Redemption; Philosophy; Mysticism; Noluntas; Language. 10 - O sublime schopenhaueriano e A Morte de Empédocles de Hölderlin: a resignação do herói The Schopenhauer´s sublime and The Death of Empédocles by Hölderlin: the resignation of the hero Gabriela Nascimento Souza Porto Alegre [email protected]

Page 27: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

27

Resumo: O tra gico em Ho lderlin e em Schopenhauer remete a tradiça o kantiana de conceptualizaça o do sublime como um sentimento que combina prazer e dor. Embora os filo sofos se distanciem profundamente na o so na forma de argumentaça o, e evidente a contribuiça o de ambos para uma filosofia da arte em contraposiça o a poe tica cla ssica. Tal contribuiça o diz respeito ao conceito de tra gico, que passa a admitir, no lugar de um ge nero com regras de reproduça o determinada, um conceito complexo e paradoxal que se expressa no homem e caracteriza o sentimento de sublime. Para Schopenhauer, o sublime decorre da elevaça o consciente que fomenta a Negaça o da Vontade de Vida. Ho lderlin apresenta Empe docles em dois aspectos e os mesmos do sublime: enquanto aniquila vel pelo destino e enquanto grandeza infinita que se dirige conscientemente ao sacrifí cio. Trata-se aqui de examinar o ponto em comum da argumentaça o destes dois pensadores, a saber: a resignaça o do hero i. Palavras-chave: Sublime; Trage dia; Tra gico; Ho lderlin; Schopenhauer. Abstract: The tragic in Ho lderlin and in Schopenhauer refers to Kant´s tradition of sublime conceptualization as a feeling that combines plasure and pain. Although the philosophers dissociate themselves deeply not just in the argumentation form, it is evident the contribution of both for a philosophy of art as opposed to classical poetics. Such a contribution concerns to the concept of tragic, wich starts to admite, instead of a genre with determinated reprodution rules, a complex and paradoxical concept that express itself in man and caracterizes the feeling of sublime. For Schopenhuaer, the sublime arises through the conscious elevation that fosters the Denial of the Will to Life. Ho lderlin presents Empedocles in two and the same aspects as the sublime: as annihilable by the fate and as infinite magnitude, with consciously adresses himselft to the sacrifice. This is to examine the common point of the argument of those two thinkers, namely: the resignation of the hero. Key- words: Sublime; Tragedy; Tragic; Ho lderlin; Schopenhauer. 11 - Sabedoria de vida para a melhor vida possível Wisdom of life for the best possible life Gilmara Coutinho Natal [email protected] Resumo: A melhor vida possí vel no “pior dos mundos possí veis” esta condicionada a sabedoria de vida. A princí pio, precisa-se saber que para alcança -la deve-se reconhecer a felicidade como negativa e a dor e o sofrimento como positivos. Em seguida, deve-se saber o que fazer a partir disso: Resignar diante dos limites da existe ncia e agir com prude ncia de modo a sofrer o menos possí vel. O homem sa bio na o espera, portanto, a felicidade, o que na o quer dizer que na o a possa fruir. E sa bio em na o criar expectativas, de modo que fica a cargo do destino proporcionar-lhe pequenas alegrias que colorem a vida, tornando-a menos dolorosa. Prude ncia e resignaça o sa o palavras-chave para o homem sa bio. Sem essas duas posturas, na o se consegue evitar a ilusa o do mundo aparente nem, por conseguinte, o sofrimento decorrente da frustraça o com essas iluso es. Palavras-chave: Sabedoria de vida; Felicidade; Prude ncia; Resignaça o. Abstract: The best possible life in the "worst of possible worlds" is conditioned to the wisdom of life. At first, we need to know that in order to achieve happiness we must recognize happiness as negative and pain and suffering as positive. Next, one must know what to do from this: Resign before the limits of existence and act with prudence in order to suffer the least possible. The wise man does not therefore expect happiness, which does not mean that he can not enjoy it. It is wise not to create expectations, so it is up to fate to provide you with little joys that color life, making it less painful. Prudence and resignation are key words for the wise man. Without these two positions, one can not avoid the illusion of the apparent world, and therefore the suffering arising from frustration with these illusions. Keywords: Wisdom of life; Happiness; Prudence; Resignation. 12 - Contemplação e ação em Schopenhauer

Page 28: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

28

Contemplation and action in Schopenhauer Goura Nataraj Curitiba 13 - A Concepção de Schopenhauer da Morte como Ilusão, Instrução e Porta de Entrada à Autonegação da Vontade Schopenhauer's Conception of Death as Illusion, Instruction and Doorway to Self-Denial of the Will Guilherme Marconi Germer São Paulo [email protected] Resumo: Nessa comunicaça o analisaremos a concepça o de Schopenhauer da morte. Conforme o filo sofo, a morte e uma ilusa o, uma instruça o e uma porta de entrada a autonegaça o da Vontade. A princí pio, ela e “uma falsa apare ncia” (MVR I, 368) e algo “sem valor” (MVR II, 562), pois decreta o fim do feno meno humano. Como esse, pore m, existe apenas no tempo, ao qual a Vontade, como coisa em si, e alheia, o autor conclui a imortalidade da u ltima. Ale m disso, a morte resume a “instruça o que a vida nos da (...) parcial e fragmentariamente, vale dizer, que toda aspiraça o (...) e va , fu til, autocontradito ria, e que a ela renunciar consiste em uma salvaça o” (MVR II, 758). Sendo assim, a morte na o apenas nos ensina o verdadeiro valor metafí sico da existe ncia, como que indaga, “repetida e incansavelmente (...) a Vontade de vida: ‘Tiveste o suficiente? Queres sair de mim?” (MVR II, 726). Palavras-chave: Imortalidade, Nulidade, Sofrimento, Pessimismo, Soteriologia, Ascetismo. Abstract: In this communication we will analyze Schopenhauer's conception of death. According to the philosopher, death is an illusion, an instruction and an inviting doorway to self-denial of the Will. At first, it is "a false appearance" (WWV I, 392) and something "worthless" (WWV II, 534), because it decrees the end of the human phenomenon. But since this exists only in time, to which the Will, as the thing in itself, is alien, the author concludes the immortality of the latter. In addition, death sums up the "instruction that life gives us (...) partially and fragmentarily, namely, that all aspiration (...) is vain, futile, self contradictory, and that renunciation consists in a salvation" (WWV II, 730). Thus, death not only teaches us the true metaphysical value of existence, but also asks, "repeatedly and relentlessly (...) the Will to life: 'Have you had enough? Do not you want to leave me? "(MVR II, 726). Keywords: Immortality, Vanity, Suffering, Pessimism, Soteriology, Asceticism. 14 - Uma leitura de O Primo Basílio à luz da metafísica de Schopenhauer A Reading of ‘O Primo Basílio’ according to Schopenhauer’s metaphysics Iasmim Martins Rio de Janeiro [email protected] Resumo: Partindo da concepção schopenhaueriana de tragédia, podemos inferir que a obra O Primo Basílio, do autor português Eça de Queirós, contém o caráter sublime do trágico. Encontramos nesta obra a exposição da grande infelicidade essencial à tragédia, bem como a miséria humana, o império da maldade, a resignação, e o caminho inevitável para a morte. Além disso, o romance se configura como uma grande crítica à sociedade, seu falso moralismo, sua mediocridade. Desse modo, aos olhos da filosofia de Schopenhauer, Eça, além de ter escrito uma obra de arte de grau mais elevado, pois apreende a essência dos homens e produz um romance que, em certo sentido, podemos dizer que se trata de uma tragédia, também denuncia todo tipo de embuste contido na sociedade burguesa, no convívio dos homens e até no caráter dos mesmos. Palavras-chave: Tragédia; Realismo; Romance.

Page 29: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

29

Abstract: From the standpoint of the schopenhauerian conception of the tragedy, it can be said that the portuguese writer Eça de Queirós' novel "O primo Basílio" presents the sublime character of the tragic. We can find in this novel not only the exposure of the extreme unhappiness , essential to the tragedy as a text, but also the exposure of the human misery, as well as the empire of evil, the resignation and the unavoidable path towards death. Besides, it is a harsh critique of the society, it's false moralism and it's mediocrity. Thus, in the eyes of the schopenhauerian philosophy, Eça not only has written a masterpiece, for he apprehends the essence of mankind and writes a novel wich might be considered a tragedy in a sense, but also he arraigns all sorts of hoaxes in the bourgeois society, in human affairs and even in human character. Passwords: Tragedy, Realism, Novel. 15 - Apenas a causalidade explica como conhecemos? Causality alone explains how we know? Jaqueline Engelmann Natal [email protected] Resumo: A investigação acerca dos processos que conduzem à obtenção do conhecimento conforme as perspectivas de Kant e Schopenhauer será o objeto desta exposição. Contudo, é a compreensão a respeito das intuições empíricas – principal discordância de Schopenhauer em relação à Kant – que esta abordagem tomará como ponto de partida. A relação que Schopenhauer estabelece entre conhecimento intuitivo e abstrato, entre conhecimento empírico e racional, torna-o um filósofo inovador em relação às teorias do conhecimento até então existentes. Schopenhauer reduz a condição suficiente para a percepção de objetos a apenas uma das dez categorias propostas por Kant, qual seja, a da causalidade. Como se torna possível explicar o conhecimento acerca do mundo a partir desta única categoria? Esta é a pergunta que pretendemos responder. Palavras-chave: Conhecimento; Intuição; Causalidade. Abstract: Kant’s and Schopenhauer’s investigations concerning processes that lead to knowledge achievement will be the subject of the presentation. However, the starting point is the main Schopenhauer’s argument against Kant concerning empirical intuitions. The way Schopenhauer understands the relation between intuitive knowledge and abstract knowledge, empirical knowledge and rational knowledge, makes him an innovative philosopher comparatively to previous theories of knowledge. The core of this innovation is the reduction of the ten categories proposed by Kant to one single sufficient condition for perception of objects: causality. How can be possible that one single category would explain the knowledge of the world? This is the question we intend to answer. Keywords: Knowledge; Intuition; Causality. 16 - Filosofar: um exercício de libertação Philosophizing: a liberation exercise Je ssica Barros Silva Natal [email protected] Neste trabalho buscamos demonstrar como Schopenhauer concebia o filosofar como uma construça o de conhecimento nascida da necessidade metafí sica do ser humano, que se torna possí vel graças ao livre atuar do intelecto quando este se encontra provisoriamente fora do domí nio da Vontade e pode ter um conhecimento puramente objetivo, ou verdadeiro do mundo. O filo sofo e capaz de atingir um conhecimento que independe do princí pio de raza o e construir uma interpretaça o metafí sica do mundo de cara ter atemporal que enxerga ale m das relaço es de causalidade e do princí pio de individuaça o, indo ate a esse ncia í ntima das coisas e apreendendo a sua Ideia. Deste modo, o filosofar nos liberta de falsos desejos e opinio es atrave s da diminuiça o de nossa ignora ncia em relaça o ao que somos e ao que e o

Page 30: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

30

mundo. Palavras-chave: Filosofia; Liberdade; Schopenhauer; Conhecimento; Metafí sica. Abstract: In this article we seek to demonstrate how Schopenhauer conceived the philosophizing as a construction of knowledge born from the metaphysical necessity of the human being, which becomes possible thanks to the free action of the intellect when it is provisionally outside the domain of the Will and can have a purely objective, or, true knowledge, of the world. The philosopher is able to attain a knowledge that is independent of the principle of reason and construct a metaphysical interpretation of the world of an extemporaneous character that sees beyond the relations of causality and the principle of individuation, going until the inner essence of things and apprehending its Idea. In this way, philosophy frees us from false desires and opinions by diminishing our ignorance of what we are and what the world is. Key-words: Philosophy, Freedom, Schopenhauer, Knowledge, Metaphysics. 17 - Filosofia e analogia - A Vontade como o limite extremo do conhecimento Philosophy and analogy - The Will as the Extreme Limit of Knowledge Jorge Luis Palicer do Prado São Paulo [email protected] Resumo: Schopenhauer desenvolveu uma metafí sica na qual a Vontade e pensada como a esse ncia do mundo conforme uma analogia com a experie ncia imediata que temos do nosso corpo. Neste sentido, a analogia desempenha a funça o primordial de me todo filoso fico por excele ncia no pensamento de Schopenhauer. Apesar de tais poderes serem atribuí dos ao referido me todo, o filo sofo teve a cautela de limitar o seu alcance argumentativo afirmando que a caça por analogias na o e uma condiça o suficiente para a filosofia, posiça o esta que revela um espaço ainda pouco explorado entre o uso que o filo sofo fez da reflexa o por analogia e o esforço para justificar o seu emprego na metafí sica. Nossa proposta consiste em explorar as condiço es teo ricas sob as quais a analogia entre o corpo e o mundo e pensada, tendo em vista discernir o seu valor gnosiolo gico, este tico e moral no interior da dina mica teo rica da obra de Schopenhauer.

Palavras-chave: Analogia; Me todo; Filosofia; Vontade.

Abstract: Schopenhauer has developed a metaphysics in which he thinks the Will as an essence of the world by means of an analogy between this metaphysical Will and the immediate experience that we have from our own body. In this sense, the analogy plays a capital role as a philosophical method par excellence in Schopenhauer’s thought. In spite of those powers attributed to the method referred by us, the philosopher has carefully limited the reach of that kind of argumentation by claiming that the search for analogies is not a sufficient condition for philosophy, which is a claim that reveals an aspect barely explored: the use of the reflection by analogy and the effort to justify its use in the metaphysic of Will. Our proposal consists therefore of an exploration of the theoretical conditions by which the analogy between body and world can be thought, with the aim of perceiving its gnosiologic, aesthetic and moral value within the theoretical dynamics of Schopenhauer’s work.

Keyswords: Analogy; Method; Philosophy; Will

18 - A melancolia como posição rígida de percepção de si e do mundo The melancholy as a rigid world and self perception position

Julia Joergensen Schlemm Curitiba [email protected]

Page 31: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

31

Resumo: Para Freud (1917), o melancólico sofre pela perda de um objeto ambivalentemente amado, ao qual se identifica narcisicamente. Ao invés de elaborar sua perda, identifica-se ao objeto perdido, voltando sua libido para seu Eu, identidade que Schopenhauer chamaria de “inessencial”. Este processo pode terminar, mas, mesmo o objeto sendo desinvestido, a libido permanece no Eu. Já Schopenhauer (1844) mostra a melancolia pelo olhar do gênio. Este que intuitivamente capta o mundo percebe de forma desvelada sua condição miserável como ser humano, porém transformando-a em sublime beleza. Portanto, o objetivo deste trabalho é analisar o melancólico como aquele que sofre por uma perda traumática originária, que o levou a uma posição rígida de percepção de si e do mundo com a qual revive sua perda. Sua percepção permite que ele veja o mundo em sua plenitude intuitiva, em sua transitoriedade, encontrando na arte uma saída prazerosa à vontade. Palavras-chave: Melancolia; Freud, Psicanálise; Gênio; Schopenhauer. Abstract: According to Freud (1917), the melancholic suffers from the loss of a narcissistically identified ambivalently loved object. Instead of elaborating his loss, he identifies himself with the lost object, returning his libido to his Ego, an identity that Schopenhauer would call "inessential." This process may end, but even the object being disinvested, the libido remains in the Ego. Sideways, Schopenhauer (1844) shows the melancholy by genius’ eyes. One who intuitively captures the world unveils his miserable condition as a human being, but turns it into sublime beauty. Therefore this work’s aim is to analyze the melancholic at the perspective of one who suffers from a traumatic original loss, which led him to a rigid perception position of himself and the world, in which he relives his loss. His perception allows him to see the world in its intuitive fullness, its transience, finding in art a delightful outlet to the will. Key-words: Melancholia; Freud; Psychoanalyses; Genius; Schopenhauer.

19 - Conhecimento e antropomorfização: diálogo entre Schopenhauer e Nietzsche. Knowledge and anthropomorphization: dialogue between Schopenhauer and Nietzsche. Juliana dos Reis Cuenca Londrina [email protected] Resumo: O texto visa apresentar uma proposta de diálogo entre a filosofia schopenhaueriana e nietzschiana a partir da relação entre conhecimento e o conceito de antropomorfização. O trabalho indica um caminho possível de encontro entre os autores partindo dos textos Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral de Nietzsche e Sobre a visão fundamental do idealismo de Schopenhauer. Por fim, não se pretende estabelecer parâmetros de interpretação para os autores, apenas apresentar balizas conceituais que convergem em suas semelhanças e diferenças. Palavras-chave: Conhecimento; Antropomorfização; Verdade. Abstract: The text aims to propose a dialogue between Schopenhauer’s and Nietzsche’s philosophy based on the relationship between knowledge and the concept of anthropomorphization. The work indicates a possible relation between authors from Nietzsche’s texts On truth and lie in a nonmoral sense and Schopenhauer’s text On the fundamental vision of idealism. Finally, it is not intended to establish parameters of interpretation for the authors, only to present conceptual goals that converge in their similarities and differences. Key-words: Knowledge; Anthropomorphization; Truth.

20 - Caráter e corpo na filosofia de Schopenhauer Character and body in Schopenhauer's philosophy Lívia Ribeiro Rio de Janeiro [email protected]

Page 32: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

32

Resumo: Schopenhauer apresenta a Ideia como fenômeno imediato da vontade. Cada Ideia serve de modelo para o qual os fenômenos submetidos ao princípio de individuação poderiam ser compreendidos como cópias. Enquanto os outros fenômenos são cópias de suas Ideias, o caráter de cada homem não é mera cópia, e sim, a efetivação de um aspecto singular da Ideia de humanidade. Schopenhauer descreve, em Sobre a vontade na natureza, a constituição física de vários animais indicando como isso está relacionado ao querer de cada um. Porque há um desejo de algo, a vontade se manifesta em um indivíduo com determinada constituição. A constituição de cada organismo é adequada para fazer aquilo que quer, e não seu querer adequado ao que sua constituição possibilita. Neste trabalho, pretendo analisar a relação entre caráter e corpo de acordo com o que foi exposto acima. Palavras-chave: Vontade; Ideia; Caráter; Corpo.

Abstract: Schopenhauer presents the Idea as an immediate phenomenon of the will. Each Idea serves as a model for which phenomena submitted to the principle of individuation could be understood as copies. While the other phenomena are copies of their Ideas, the character of each man is not mere copy, but rather the realization of a singular aspect of the Idea of humanity. Schopenhauer describes, in On the will in nature, the physical constitution of various animals indicating how this is related to the will of each one. Because there is a desire for something, the will manifests itself in an individual with a particular constitution. The constitution of each organism is adequate to do what it wants, and not its want adequate to what its constitution makes possible. In this work, I intend to analyze the relationship between character and body according to the above. Keywords: Will; Idea; Character; Body.

21 - Sobre a Ideia como objetidade imediata e adequada On the Idea as immediate and adequate objecthood

Lucas Lazarini Valente Campinas [email protected]

Resumo: Na presente comunicação, pretendemos analisar a caracterização que Schopenhauer faz das Ideias enquanto objetidade da vontade ao qualificá-las como objetidade imediata e adequada. Com essa análise, temos a intenção de indicar a relação que se estabelece entre esses dois adjetivos, mostrando que a mesma razão que permite a caracterização da Ideia como objetidade imediata é também o que faz dela objetidade adequada. Essa razão, julgamos, se encontra na descrição daquilo que Schopenhauer expressa com sua noção do puro sujeito do conhecimento. Na medida em que essa análise depende da compreensão da própria noção de objetidade e na medida em que essa noção nos conduz ao conceito de objeto, fundamental no idealismo transcendental de Schopenhauer, a ideia que guia a presente comunicação é a de que mesmo o conceito de Ideia platônica se vincula indissociavelmente a esse traço do filosofar schopenhaueriano. Palavras-chave: Objetidade; Ideia; Idealismo Transcendental; Puro Sujeito do Conhecimento. Abstract: In this presentation I intend to analyse the meaning of Schopenhauer’s characterization of the Ideas as objecthood of the will as to their qualification as immediate and adequate objecthood. In this analysis it is my intention to indicate the relation established between these adjectives and to show that it is for the same reason that Schopenhauer can call the Idea both the adequate and the immediate objecthood. I consider this reason to be found in the description given by Schopenhauer for that which he terms the pure subject of cognition. Inasmuch as this analysis depends on the understanding of the notion of objecthood itself and as this notion leads us to the concept of object, fundamental in Schopenhauer’s transcendental idealism, this presentation is guided by the idea that even the concept of platonic Idea is intimately bound to this feature of Schopenhauer’s philosophizing. Keywords: Objecthood; Idea; Transcendental Idealism; Pure Subject of Cognition.

22 - Schopenhauer e a topica admirationis: a origem e a necessidade da metafísica

Page 33: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

33

Schopenhauer and the topica admirationis: the origin and the necessity of metaphysics

M. R. Engler Curitiba [email protected]

Resumo: No texto intitulado A necessidade metafísica do homem, Schopenhauer elabora importantes considerações sobre sua metafísica imanente e, na ânsia de explicar por que o homem filosofa, alia-se a uma longa tradição de pensadores que veem na admiração (thaumázein) o real impulso (Anstoß) metafísico do homem. Ele reinterpreta assim as duas mais famosas sentenças sobre o tema (Platão e Aristóteles) consoante o tom fundamental de sua filosofia. A origem da filosofia torna-se o resultado de dois fenômenos: a separação entre Vontade e intelecto e a constatação de que o mundo que agora é poderia perfeitamente não ser. A isso se unem a contemplação dos males do mundo e a consciência da finitude humana (morte). No fim, desse conjunto de fatores emergem os sistemas metafísicos e religiosos. Em minha comunicação, gostaria de comentar detidamente essas ideias, sua relação com os filósofos antigos mencionados e sua relevância para a compreensão schopenhaueriana da filosofia. Palavras-chave: Schopenhauer; Admiração; Metafísica; Morte; Platão; Aristóteles. Abstract: In the text entitled The metaphysical necessity of man, Schopenhauer makes important remarks on his immanent metaphysics and, trying to explain why men philosophize, joins a long tradition of thinkers who see in admiration (thaumázein) man’s real metaphysical impulse (Anstoß). He reinterprets then the two most famous sentences on this subject (Plato and Aristotle) in accordance to the fundamental tone of his philosophy. The origin of philosophy becomes the result of two phenomena: the separation between Will and intellect and the perception that this world, which currently is, could perfectly not be. The contemplation of world’s misfortunes and the consciousness of human finitude (death) are added to these phenomena. In the end, metaphysical and religious systems emerge from these factors. In my paper, I would like to discuss in detail such ideas, their relationship with the ancient philosophers mentioned by Schopenhauer and their relevance to his understanding of philosophy. Keywords: Schopenhauer; Admiration; Metaphysics; Death; Plato; Aristotle.

23 - A questão da história no pensamento de Schopenhauer: a crítica da noção de história como ciência e de um possível progresso através do processo histórico The question of history in Schopenhauer's thought: the criticism of the notion of history a science and of a possible progress through the historical process Marcelo Ribeiro Rosa São Paulo [email protected] Resumo: Segundo Alexis Philonenko, Schopenhauer foi o único dos grandes filósofos alemães que não inseriu a história em seu “sistema”. Tal recusa explica-se por que: a) A história não consegue elevar-se da análise dos fatos particulares, seu principal objeto de estudo, até os princípios universais que lhe confeririam a generalidade necessária para que ela fosse considerada uma ciência. Logo, ela permanece sendo apenas um saber; b) Schopenhauer se opôs a um “filosofar histórico”, uma filosofia da história, que defendia que o ser das coisas se desdobrava progressivamente no tempo se aproximando cada vez mais da perfeição. Para o filósofo este filosofar ignora que o que constitui o cerne do ser humano e de toda a realidade é a vontade que, enquanto tal, não está sujeita ao tempo e às metamorfoses que ele produz nas coisas e que por isso sempre permanece a mesma, algo que a tragédia conseguiria expressar muito bem. Palavras-chave: História; Ciência; Filosofia da história; Filosofia; Tragédia.

Abstract: According to Alexis Philonenko, Schopenhauer was the only one among the greatest German philosophers who did not insert the history into his "system". This refusal is explained by: a) History cannot rise from the analysis of particular facts, its principal object of study, to the universal principles that would give it the generality necessary for being considered a science. Therefore, it remains only a

Page 34: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

34

knowing; b) Schopenhauer objected to a "historical philosophizing", a philosophy of history, which argued that the being of things unfolded progressively in time approaching more and more of perfection. For the philosopher this philosophizing ignores that what constitutes the core of the human being and of all reality is the will that as such is not subjected to the time and metamorphoses that it produces in things and that therefore, it always remains the same, something that tragedy could express very well. Keywords: History; Science; Philosophy of history; Philosophy; Tragedy.

24 - Benjamin e Schopenhauer: aproximações e distanciamentos Benjamin and Schopenhauer: approaches and distances Ma rcio Jarek Curitiba [email protected] Resumo: O presente trabalho tem como objetivo apresentar alguns aspectos do empreendimento crí tico do filo sofo alema o Walter Benjamin (1892-1940) que podem possuir alguma releva ncia para os atuais estudos sobre a obra de Schopenhauer. Nesse sentido, visamos apontar os principais pontos de aproximaça o e de distanciamento entre os autores, tomando como base a obra de Benjamin em uma abordagem cronolo gica que partem do perí odo de juventude (perí odo reconhecido como “metafí sico”), onde as refere ncias ao pensador de Frankfurt sa o mais recorrentes, ate a exposiça o de menço es em escritos mais maduros e “materialistas” do filo sofo berlinense. Nossa suspeita e o de uma inicial “adesa o crí tica”, aos moldes metodolo gicos de Benjamin, que auxiliara o autor em va rias construço es teo ricas da juventude e que passara por profundos distanciamentos na fase madura do autor (sobretudo no contexto do trabalho sobre as Passagens parisienses). Palavras-chave: Walter Benjamin; Schopenhauer; aproximaço es; distanciamentos. Abstract: The present work has as objective to present some aspects of the critical enterprise of the German philosopher Walter Benjamin (1892-1940) that may have some relevance for the current studies on the work of Schopenhauer. In this sense, we aim to identify the main points of approximation and distance between the authors, based on the work of Benjamin in a chronological approach starting from the period of youth (period recognized as "metaphysical"), where references to the thinker of Frankfurt are more recurrent, to the exposition of mentions in more mature and "materialist" writings of the Berlin philosopher. Our suspicion is that of an initial "critical adherence," to the methodological molds of Benjamin, who will assist the author in various theoretical constructions of youth and who will go through deep distances in the mature phase of the author (especially in the context on Arcades Project). Keywords: Walter Benjamin; Schopenhauer; approaches; distances. 25 - O conceito de corpo na metafísica do belo: entrave e fundamento? The Concept of Body in the Metaphysics of Beauty: Obstacle and Foundation? Nilton Jose Sa vio São Carlos [email protected] Resumo: As condiço es de possibilidade da arte, na metafí sica do belo de Schopenhauer, conectam-se intimamente a aça o do ge nio – sino nimo do verdadeiro artista; a investigaça o sobre a arte e antes a da pro pria genialidade. Trata-se de compreender sua capacidade de se tornar puro sujeito do conhecer, afastar as influe ncias corpo reas, por meio da orientaça o objetiva do seu espí rito, acessar as Ideias e as comunicar nas diversas linguagens artí sticas. Este processo expo e o conceito de corpo, enquanto um entrave para o surgimento da arte. Por outro lado, ao nos determos na constituiça o corpo rea do ge nio, constatamos seu intelecto e estrutura fí sica mais desenvolvidos, desse modo, ele consegue suplantar, temporariamente, o domí nio da vontade. Neste caso, o corpo torna-se fundamento da genialidade, logo,

Page 35: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

35

da pro pria arte. Nosso trabalho explora o estatuto do corpo na arte, precisamente nesta tensa o entre ser entrave ou/e fundamento. Palavras-chave: Corpo; Arte; Genialidade; Obra de arte. Abstract: The conditions of possibility of art, in the Schopenhauer's Metaphysics of Beauty, intimately connect with the action of genius - synonymous of the true artist; the investigation of art is rather of the geniality itself. It is a question of understanding his ability to become the pure subject of knowing, to dispel bodily influences, through the objective guidance of his spirit, to access the Ideas and to communicate them in the various artistic languages. This process exposes the concept of body as a hindrance to the emergence of art. On the other hand, as we detain on the corporeal constitution of the genius, we ascertain its intellect and physical structure more developed, in this way, he can supplant, temporarily, the domain of the will. In this case, the body becomes the foundation of the geniality, then of the art itself. Our work explores the statute of the body in art, precisely in this tension between being an obstacle and/or foundation. Keywords: Body; Art; Geniality; Work of Art. 26 - Sobre as noções de personalidade e caráter na filosofia de Schopenhauer On the notions of personality and character on Schopenhauer’s philosophy Rafael Ramos da Silva Londrina [email protected] Resumo: O texto apresentado estabelece uma relaça o entre as noço es de personalidade e cara ter em Schopenhauer. Parte da ana lise dos argumentos do capí tulo II dos Aforismos para a sabedoria de vida a respeito das caracterí sticas distintivas da personalidade individual, a fim de compreender como o autor concebe a pluralidade de interpretaço es dos eventos por parte de indiví duos diferentes. Procura-se traçar um paralelo entre as concepço es apresentadas com a noça o de cara ter, e assim estabelecer uma relaça o possí vel entre ele e a noça o de personalidade. Parto da hipo tese de que se pode compreender a personalidade a partir de dois componentes: um moral e outro intelectual, o primeiro identifica vel como o conjunto das possibilidades volitivas do cara ter inteligí vel do individuo. A personalidade nos e esclarecida atrave s do cara ter empí rico e do adquirido, na medida em que comportam o elemento intelectual, sobre o qual motivos apresentam-se para que a vontade individual se manifeste. Palavras-chave: Cara ter; Intelecto; Personalidade; Sabedoria. Abstract: The presented text establishes a relation between the notions of personality and character in Schopenhauer. It starts on the analysis of the arguments of chapter II of the The wisdom of life regarding the distinctive characteristics of the individual personality, in order to understand how the author conceives the plurality of interpretations of the events by different individuals. It seeks to draw a parallel between the conceptions presented with the notion of character, and thus establish a possible relationship between it and the notion of personality. I start from the hypothesis that one can understand the personality from two components: a moral and an intellectual, the first identifiable as the set of volitional possibilities of the individual intelligible character. The personality is enlightened to us through the empirical and acquired character, insofar as it bears the intellectual element, on which motives are presented for the individual will to manifest itself. Keywords: Caracter; Intelect; Personality; Wisdow. 27 - Muerte, estética y filosofía: el filosofar artístico según Schopenhauer Death, aesthetics and philosophy: the art of philosophizing according to Schopenhauer Roger A. Pe rez Garcí a Lima [email protected]

Page 36: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

36

Resumen: Proponemos interpretar el problema del miedo ante la muerte en Schopenhauer como un error basado en la ilusio n trascendental. En tanto error, este miedo puede ser erradicado por argumentos, pero, en tanto ilusio n, Schopenhauer debe proveernos de una ví a para corregir la intuicio n. Esta ví a, sostendremos, es la de la intuicio n este tica. En ese sentido, analizamos las facultades artí sticas del genio y su relacio n con el quehacer del filo sofo; en particular, la contemplacio n este tica como captacio n las Ideas plato nicas. Allí sostendremos que las Ideas funcionan como bisagra entre el mundo como representacio n y el mundo como voluntad. Estas Ideas permiten 1) vencer la resistencia interna que el sujeto opone a la tesis idealista al proveerla de contenido intuitivo, y 2) romper con la ilusio n trascendental, al revelar el cara cter ilusorio del mundo empí rico e interpretarlo en funcio n de distintos grados de objetivacio n de la cosa en sí , la Voluntad. Palabras clave: Muerte; Ilusio n; Error; Este tica; Idea; idealismo. Abstract: We propose to read Schopenhauer’s fear of death as a mistake based on the transcendental illusion. As a mistake, this fear can be eradicated y arguments; but, as an illusion, Schopenhauer must supply us with a path to correct intuition. This path, we hold, is the aesthetic intuition. For that purpose, we analyze the faculties of the genius and its relation with the philosopher’s task, in particular, the aesthetic contemplation as grasping of the platonic Ideas. There we will argue that the Ideas function as a bridge between the world as representation and the world as will. These Ideas allow 1) overcoming the inner resistance that the subject opposes to the idealist thesis providing it with intuitive content, and 2) breaking the transcendental illusion by revealing the illusory character of the empirical world and translate it in function of the different degrees of objectification of the thing-in-itself, the Will. Keywords: Death, illusion, mistake, aesthetics, Ideas, idealism. 28 - A Filosofia e o Filosofar como meios para um Otimismo Prático em Schopenhauer. Philosophy and The Philosophizing as means to achieve Practical Optimism in Schopenhauer. Sarah Fernandes Natal [email protected] Resumo: O trabalho visa demonstrar como o Otimismo Pra tico, ou a Sabedoria de Vida, se faz presente nas obras de Arthur Schopenhauer a partir de uma atitude filoso fica do indiví duo. A atitude filoso fica em questa o se faz possí vel a partir do uso da raza o diante das expectativas criadas, da reflexa o em favor do autoconhecimento, que permite que o sujeito reconheça seus pro prios limites e possa agir de acordo com o seu bem-estar. Assim, reconhecendo a si pro prio, ha a possibilidade de uma vida menos infeliz e de menos dor. Para tal demonstraça o usaremos o para grafo 55 do Tomo I e o capí tulo “Sobre o uso Pra tico da Raza o e o Estoicismo” do Tomo II do Mundo como Vontade e Representaça o. Palavras-chave: Otimismo Pra tico; Autoconhecimento; Raza o; Sabedoria. Abstract: This work aims to demonstrate how Practical Optimism, or Wisdom of Life is present in the works of Arthur Schopenhauer as the individual’s philosophical attitude. This philosophical attitude is possible through the use of reason when dealing with created expectations, and through the reflexion that brings self knowledge, which allows the individual to know it’s own limits and acting in favor of his well being. The conclusion is that self knowledge allows the possibility of a less unhappy and painful life. For this demonstration we will use the paragraph 55 from tome I and the chapter “About the Practical Use of Reason and Stoicism”, from tome II of the World as Will and Representation. Keywords: Practical Optimism; Self knowledge; Reason, Wisdom. 29 - Noção de sofrimento em Schopenhauer e Freud Concept of suffering to Schopenhauer and Freud Suely Poitevin Curitiba [email protected]

Page 37: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

37

Resumo: Considerando a noça o de sofrimento, tanto na Metafí sica imanente de Schopenhauer como seu correlato na teoria Metapsicolo gica de Freud, partindo de conceitos heurí sticos, especialmente no que concerne a ana lise do conceito Trieb (impulso, pulsa o, instinto) pode-se afirmar que todo sofrimento humano procede da vontade (que constitui o ser). Para ambos os autores, a excitaça o da vontade provoca inquietaça o no pro prio corpo (concretude do querer) e, pela mediaça o do intelecto, a conscie ncia se preenche com desejos, emoço es, paixo es e preocupaço es. Assim, toda vida se passa entre um impulso, sempre renovado e com va rias tentativas para amenizar os í mpetos com soluço es insuficientes. Desta forma, Schopenhauer e Freud postulam que o sofrimento e positivo e o prazer meramente negativo. Palavras-chave: Sofrimento; Vontade; Trieb. Abstract: Considering the concept of suffering, both in the Metaphysic to imanente of Schopenhauer as its correlate in the Metapsychological theory of Freud, starting from heuristic concepts, especially as regards the Trieb concept analysis (impulse, drive, instint), we can say every human suffering comes from the will (that consists of being). For both authors the excitment of the will causes restlessness in the body itself (concretness of will) and, by the mediation of the intellect, the consciousness fullfills itself with wishes, emotions, passions and concerns. Thus, all life is between a impulse, always renewed and with several attempts to soften the urges with insufficient solutions. In the way, Schopenhauer and Freud postulate that suffering is positive and merely negative plesure. Keywords: Suffering; Will; Drive. 30 - A música como característica fundamental do filosofar de Schopenhauer The music as a fundamental characteristic of Schopenhauer’s philosophize Thiago de Souza Salvio Marí lia [email protected] Resumo: O tema a ser tratado reflete fundamentalmente um aspecto peculiar no que diz respeito ao sistema filoso fico do pensador alema o, Arthur Schopenhauer (1788-1860). Pessimista por excele ncia, a Weltanschauung do autor de ‘O Mundo como Vontade e Representação’, professa a doutrina da imanência; ora, por um lado, partindo da distinça o kantiana de feno meno e coisa-em-si, pela qual, em primeiro lugar, os objetos sa o representaço es para o sujeito (princí pio de raza o suficiente) ora, em outro momento a esse ncia do mundo se desvela e se mostra como uma terrí vel vontade eterna. Contudo, a genialidade artí stica bem como a contemplaça o pura do Belo, que sera amplamente discutido no terceiro livro da referida obra, nos da a alternativa positiva. Uma vez estabelecido isso, se sobrepo e uma hierarquia das artes, onde a mu sica rege soberana como expressa o humana da esse ncia í ntima do mundo; pois os sentimentos movidos pela linguagem musical perfazem a universalidade do ge nero. Palavras-chave: Filosofia alema ; Pessimismo filoso fico; Metafí sica da mu sica. Abstract: The theme to be dealt with fundamentally reflects a peculiar aspect which concerns the philosophical system of the German thinker, Arthur Schopenhauer (1788-1860). Pessimist par excellence, the Weltanschauung of the author of 'The World as Will and Representation', professes the doctrine of immanence; on the one hand, starting from the Kantian distinction of phenomenon and thing-in-itself, by which, first, objects are representations for the subject (principle of sufficient reason), on the other hand, the essence of the world is revealed and it shows itself as a terrible eternal Will. However, the artistic genius as well as the pure contemplation of the Beautiful, which will be discussed in detail in the third book of the work, gives us the positive alternative. Once this is established, a hierarchy of arts is superimposed, where music rules sovereign as the human expression of the innermost essence of the world; because the feelings moved by the musical language make up the universality of the genre. Key-words: German Philosophy; Philosophical pessimism; Metaphysics of music. 31 - A teleologia em Schopenhauer: hipótese regulativa ou princípio metafísico? Teleology in Schopenhauer: Regulative Hypothesis or Metaphysical Principle?

Page 38: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

38

William Mattioli Rio de Janeiro [email protected] Resumo: Partindo de Kant e de sua noça o de princí pio regulativo, Schopenhauer pensa a teleologia e o finalismo na natureza com base na tese de que “tanto a finalidade do orga nico quanto a legalidade do inorga nico sa o primariamente introduzidas por nosso entendimento na natureza, e concernem ta o somente ao feno meno, na o a coisa-em-si.” (WWV I, p. 188) Mas se em Kant a noça o de princí pio regulativo depende da determinaça o de uma ideia da raza o, a partir da qual somos conduzidos a pensar a natureza, hipoteticamente, enquanto totalidade harmo nica, a crí tica schopenhaueriana a concepça o kantiana de “ideias da raza o” exigira dele um outro caminho para a fundamentaça o do princí pio do finalismo: a tese da unidade metafí sica da vontade. Ora, mas se a vontade e um princí pio ontolo gico metafí sico, e na o um princí pio racional regulativo, enta o a finalidade deve estar fundamentada metafisicamente, e na o como um princí pio regulativo de validade meramente subjetiva. Palavras-chave: Teleologia; Princí pio regulativo; Ideia; Vontade. Abstract: Based on Kant's notion of regulative principle, Schopenhauer conceives of teleology and the finalism in nature against the background of the thesis that "both the purposiveness of the organic and the legality of the inorganic are primarily introduced by our understanding in nature, and belong only to the appearance, not the thing in itself”. Now, whereas in Kant the notion of regulative principle depends on the determination of an idea of reason, which leads us to think of nature, hypothetically, as a harmonic totality, the Schopenhauerian critique of the Kantian conception of "ideas of reason" requires him to follow another path for the foundation of the principle of purposiveness: the thesis of the metaphysical unity of the will. But if the will is a metaphysical ontological principle, and not a regulative rational principle, then nature's purposiveness must be grounded metaphysically, and not as a regulative principle of merely subjective validity. Keywords: Teleology; Regulatory Principle; Idea; Will.

Page 39: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

39

PROGRAMAÇÃO GERAL

CONFERÊNCIAS E MESAS-REDONDAS

TERÇA-FEIRA, 28/11/17 (Goethe-Institut Curitiba)

16:00 Credenciamento 17:00

Mesa de Abertura do Colóquio Matthias Koßler (Universität Mainz), Maria Lúcia Cacciola (USP), Domenico M. Fazio (Università del Salento), Yasuo Kamata (Kwansei Gakuin University), Maria Isabel Limongi (UFPR), Claudia Römmelt (Goethe-Institut Curitiba), Gabriele Frigerio (Instituto Cultural Ítalo-Brasileiro), Antonio Edmilson Paschoal (UFPR) e Vilmar Debona (UFSM).

17:30 Conferência de abertura Matthias Koßler (Presidente da Schopenhauer-Gesellschaft - Mainz - Alemanha) A primeira concepção filosófica de Schopenhauer Coordenador: Jair Barboza

18:30 Coffee break 19:00 20:00

Conferências Marco Segala (L'Aquila - Itália) Filosofar sem metafísica? Dos Suplementos aos Parerga Coordenador: Gabriele Frigerio Maria Lúcia Cacciola (Presidenta da Seção Brasileira da Schopenhauer-Gesellschaft - São Paulo) Um caminho filosófico com Schopenhauer Coordenador: Eduardo Brandão

QUARTA-FEIRA, 29/11/17

(UFPR – Reitoria, Edifício D. Pedro I, 1º andar, Anf. 100)

08:40 09:40

Conferências Luan Corrêa da Silva (Fortaleza) Schopenhauer e a magia Selma Bassoli (Marília) A filosofia de Schopenhauer e a decifração do enigma do mundo Coordenador: Bruno Machado

10:20 Intervalo 10:40

Conferências Ruy de Carvalho (Fortaleza) Absurdo e limite na filosofia de Schopenhauer

Page 40: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

40

11:20 Flamarion Caldeira Ramos (São Bernardo do Campo) Organismo e sistema: observações sobre a filosofia e sua exposição em Schopenhauer Coordenadora: Selma Bassoli

14:00 às 16:00

SESSÕES DE COMUNICAÇÃO (ver programação abaixo)

17:00 17:40 18:20

Mesa-redonda Ana Carolina Soliva Soria (São Carlos) Organismo e construção discursiva em “O mundo como vontade e representação” Roberto Barros (Belém) Metafísica imanente: Schopenhauer como ponto de inflexão Eduardo Brandão (São Paulo) A filosofia e seu discurso Coordenadora: Diana Chao Decock

19:00

Coffee break

19:30 20:20

Conferências Yasuo Kamata (Tokyo - Japão) A idealidade transcendental e a realidade empírica do mundo como vontade e como representação - filosofar e filosofia em Schopenhauer Fabio Ciracì (Lecce - Itália) O paradoxo do duplo nada do mundo Coordenador: Márcio Benchimol Barros

QUINTA-FEIRA, 30/11/17 (UFPR – Reitoria, Edifício D. Pedro I, 1º andar, Anf. 100)

08:40 09:40

Conferências Gustavo Costa (Fortaleza) Clément Rosset e a duplicação do real. O paradoxo do ator entre a proteção fracassada e a aceitação jubilosa Márcio Benchimol Barros (Marília) Ver as coisas pela primeira vez: considerações sobre o “Schopenhauer como educador”, de Nietzsche Coordenador: Felipe dos Santos Durante

10:20 Intervalo 10:40 11:20

Conferências Felipe Durante (Vitória) A esquerda schopenhaueriana no Brasil Bruno Machado (Aracaju) O estatuto psicológico da vaidade em Paul Rée

Page 41: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

41

Coordenador: Guilherme Marconi Germer

14:00 às 16:00

SESSÕES DE COMUNICAÇÃO (ver programação abaixo)

17:00 17:40 18:20

Conferências Kleverton Bacelar (Salvador) O desenvolvimento da psicologia de Schopenhauer Eduardo Ribeiro da Fonseca (Curitiba) Os ardis do querer filosofar: interesse inconsciente e verdade desinteressada José Thomaz Brum (Rio de Janeiro) Os tempos da vida Coordenador: Paulo Vieira Neto

19:00 Coffee break 19:30 20:20

Mesa-redonda Jair Barboza (Florianópolis) A identidade metafísica dos seres e o olhar para o céu estrelado Yukiko Hayashi (Nishinomiya - Japão) A estrutura da ética da compaixão de Schopenhauer em relação à filosofia transcendental Coordenador: Antonio Edmilson Paschoal

SEXTA-FEIRA, 1/12/17 (UFPR – Reitoria, Edifício D. Pedro I, 1º andar, Anf. 100)

09:30

Conferência Dax Moraes (Natal) Observações sobre o pessimismo na filosofia: o caso Schopenhauer Coordenador: Eduardo Ribeiro da Fonseca

10:20 Intervalo 10:40 11:20

Conferências José Fernandes Weber (Londrina) Resignação como efeito trágico: a teoria schopenhaueriana da tragédia Paulo Viera Neto (Curitiba) Analogia, símbolo, alegoria ou conceito: como o movimento voluntário do corpo aponta para a postulação metafísica da vontade? Coordenador: Jorge L. P. do Prado

14:00 às 16:00

SESSÕES DE COMUNICAÇÃO (ver programação abaixo)

Mesa-redonda

Page 42: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

42

17:00 17:40 18:20

Leandro Chevitarese (Rio de Janeiro) A noção de "Spielraum" como fundamento para a eudemonologia de Schopenhauer Aguinaldo Pavão (Londrina) Pessimismo e sabedoria em Schopenhauer Jarlee Salviano (Salvador) Ascetismo e liberdade relativa: a função da razão na ética schopenhaueriana Coordenadora: Ana Carolina Soliva Soria

19:00 Coffee break 19:30

Conferência de encerramento Domenico M. Fazio (Presidente da Seção Italiana da Schopenhauer-Gesellschaft - Lecce - Itália) Um epistolário filosófico: a correspondência de Schopenhauer com Johann August Becker Coordenador: Vilmar Debona

COMUNICAÇÕES

QUARTA-FEIRA, 29/11/17 (Ed. Dom Pedro II da UFPR-Reitoria - 6º andar)

- 3 salas simultâneas -

SALA 600

Coordenadora: Thaise Dias Alves

14:00 Ednilson Bernardo Antoniassi (Londrina) A noção de palingenesia na filosofia de Schopenhauer: uma contribuição para o entendimento do processo de negação da vontade

14:30 Florencia Müller (Córdoba) La filosofía y lo inefable en la doctrina de la redención schopenhaueriana

15:00 Guilherme Marconi Germer (Campinas) A concepção de Schopenhauer da morte como ilusão, instrução e porta de entrada à autonegação da vontade

15:30 Diana Chao Decock (Curitiba) "Tat twam asi": o conhecimento imediato e intuitivo da identidade metafísica de todos os seres

SALA 603

Coordenador: Dilermando A. E. Junior

14:00 M. R. Engler (Curitiba) Schopenhauer e a topica admirationis: a origem e a necessidade da metafísica

14:30 Jéssica Barros Silva (Natal) Filosofar: um exercício de libertação

15:00 Rafael Ramos da Silva (Londrina)

Page 43: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

43

Sobre as noções de personalidade e caráter na filosofia de Schopenhauer

15:30 Lívia Ribeiro (Rio de Janeiro) Caráter e corpo na filosofia de Schopenhauer

SALA 605

Coordenador: Romano Scroccaro Zattoni

14:00 Eli Vagner Francisco Rodrigues (Marília) O conceito de culpa (Schuld) na filosofia de Schopenhauer: distinções entre o método filosófico (o filosofar), a teologia e as doutrinas do direito

14:30 Suely Poitevin (Curitiba) A noção de sofrimento em Schopenhauer e Freud

15:00 Julia Joergensen Schlemm (Curitiba) A melancolia como posição rígida de percepção de si e do mundo

15:30 Márcio Jarek (Curitiba) Benjamin e Schopenhauer: aproximações e distanciamentos

QUINTA-FEIRA, 30/11/17

(Ed. Dom Pedro II da UFPR-Reitoria - 6º andar) - 3 salas simultâneas -

SALA 600

Coordenadora: Alice F. R. Dias

14:00 Goura Nataraj (Curitiba) Contemplação e ação em Schopenhauer

14:30 Gilmara Coutinho (Natal) Sabedoria de vida para a melhor vida possível

15:00 Sarah Fernandes (Natal) A filosofia e o filosofar como meios para um otimismo prático em Schopenhauer

15:30 Dilermando Aniceto Eleutério Junior (Curitiba) Sobre o uso prático da razão e o realismo pragmático em Schopenhauer

SALA 603

Coordenador: Ednilson Bernardo Antoniassi

14:00 Roger A. Pérez García (Lima) Muerte, estética y filosofía: el filosofar artístico según Schopenhauer

14:30 Filipi Oliveira (Rio de Janeiro) A pureza e a lisonja: a distinção entre belo e bonito na estética de Schopenhauer

15:00 Thiago de Souza Salvio (Marília) A música como característica fundamental do filosofar de Schopenhauer

Page 44: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

44

15:30 Camila Berehulka de Almeida (Londrina) A dimensão artística da filosofia em Schopenhauer

SALA 608

Coordenador: Eli Vagner Francisco Rodrigues

14:00 Jaqueline Engelmann (Natal) Apenas a causalidade explica como conhecemos?

14:30 Nilton José Sávio (São Carlos) O conceito de corpo na metafísica do belo: entrave e fundamento?

15:00 Lucas Lazarini Valente (Campinas) Sobre a Ideia como objetidade imediata e adequada

SEXTA-FEIRA, 1/12/17

(Ed. Dom Pedro II da UFPR-Reitoria - 6º andar) - 2 salas simultâneas -

SALA 600

Coordenador: Lucas Lazarini Valente

14:00 Ângela Lima Calou (Salvador) Da crítica à razão moderna ao sentido moral do sofrimento: um diálogo entre Arthur Schopenhauer e Fiódor Dostoiévski

14:30 Gabriela Nascimento Souza (Porto Alegre) O sublime schopenhaueriano e A morte de Empédocles de Hölderlin: a resignação do herói

15:00 Marcelo Ribeiro Rosa (São Paulo) A questão da história no pensamento de Schopenhauer: a crítica da noção de história como ciência e de um possível progresso através do processo histórico

15:30 Iasmim Martins (Rio de Janeiro) Uma leitura de O primo Basílio à luz da metafísica de Schopenhauer

SALA 603

Coordenador: Gabriel Herkenhoff Coelho Moura

14:00 Juliana dos Reis Cuenca (Londrina) Conhecimento e antropomorfização: diálogo entre Schopenhauer e Nietzsche

14:30 Carlos Alberto Leite de Moura (São Paulo) Schopenhauer e a relação entre o filosofar, a filosofia e a educação

15:00 William Mattioli (Rio de Janeiro) A teleologia em Schopenhauer: hipótese regulativa ou princípio metafísico?

15:30 Jorge Luis Palicer do Prado (São Paulo)

Page 45: CADERNO DE RESUMOS - revistavoluntas.com.br · pelo Prof. Jair Barboza, ... a quarta foi organizada em 2009 pelos Profs. Maria Lu cia Cacciola e Luiz Carlos Pereira, ... domenicomfazio@gmail.com

45

Filosofia e analogia - a vontade como o limite extremo do conhecimento