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Informe especial desenvolvido para o Jornal Estado de Minas
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Setores apresentam propostaspara vencer o desaf io do século
águaU s o r e s p o n s á v e l d a
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Informe Especial
Realização: Patrocínio:
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Informe Especial
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Informe Especial
Marcos Michelin/eM - 20/10/2005
Apesar de o Brasil deter 12% da água doce do mundo, alguns estados já registram a falta do recurso
Grande São Paulo. O que fazer diante dessa ameaça? A ques-tão é que, embora o país seja o primeiro em disponibilidade hídrica do mundo, a poluição e o uso inadequado compro-metem esse recurso.
Nas cidades, os problemas de abastecimento estão relaciona-dos ao crescimento da deman-da, desperdício e à urbanização descontrolada. Na zona rural, os recursos hídricos também são ex-
plorados de forma irregular, além de parte da vegetação protetora da bacia ser destruída em nome de atividades como agricultura e pecuária.
A industrialização con-some ainda mais água que a urbanização. A concentração populacional também gera demanda adicional. À medida que as pessoas ascendem na cadeia alimentícia e passam a consumir mais carnes bovina,
nar consciência. Consciência de que a água é um bem finito e vulnerável.
Nas próximas páginas você vai ler um pouco do muito que pode – e precisa – ser feito em nome da vida, da pre-servação da espécie. Ações às vezes simples, mas que muito significam para o bem-estar da humanidade. A responsa-bilidade é sua, é nossa, é de todos. O futuro agradece!
suína, aves, ovos e laticínios, consomem mais grãos. Ou seja, o consumo mundial de água cresce, mas as fontes de recursos hídricos são limita-das. Enfim, se os governos não adotarem medidas para elevar a produtividade hídrica, a escas-sez de água se transformará em falta de alimentos. Não podemos mais permitir que o nosso “ouro azul” escorra literalmente pelo ralo. É preciso ter e dissemi-
Dever de todosEspecialistas prevêem que
a água será em breve a causa principal de conflitos. As popu-lações da Arábia Saudita, Egito, Kuwait e Bélgica, por exem-plo, já sofrem com a escassez. Apesar de sermos privilegiados – o Brasil detém 12% da água doce superficial no mundo –, em alguns estados o alerta já foi dado: Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, além de Distrito Federal e até a
Informe Especial
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Informe Especial
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Daniel Mansur 27/9/2007
Caminhão betoneira, ano 1961, restaurado com peças originais e símbolo da Supermix
reciclador possibilita reaproveitar a água
Economia que vem de casa
Desde que foi fundada, em 1976, a Supermix Concreto se dedica a assuntos relaciona-dos com pessoal, tecnologia, comunidade, meio ambiente e legislação. O projeto “Reci-clagem e reaproveitamento do recurso hídrico” numa central dosadora de concreto em Belo Horizonte é o vencedor na categoria Empresa Privada do 6º Prêmio Furnas Ouro Azul. O projeto consistiu na instalação, em 2000, de um reciclador associado a um tanque decantador, onde se processa o reaproveitamento
da água e dos agregados.A necessidade da lim-
peza interna por meio da lavagem dos equipamentos, em especial dos balões dos caminhões betoneiras, com-prometia o ambiente pelos resíduos lançados em áreas não-apropriadas. O recicla-dor resolveu o problema: o equipamento direciona os resíduos para a bacia coletora que os conduz para o sistema rotativo, que por sua vez rea-liza a separação dos sólidos, cortando-os em uma malha de 0,2 milímetro. Os sólidos
A produção média atual de concreto da empresa é de 7,5 mil metros cúbicos/mês. Para isso, são necessários 66 m3/dia de água, perfazendo 1,7 mil m3/mês. O sistema de reaproveitamento de água pro-porciona economia de 50% da quantidade utilizada na do-sagem do concreto. A Super-mix concentra esforços, desde 1998, para implantar o sistema nas 83 centrais existentes em 23 estados. A empresa deve-rá encerrar 2007 com cerca de 60 unidades utilizando o equipamento.
acima desta granulometria são depositados em pilhas e a água com as partículas finíssimas é direcionada para um tanque onde é mantida em suspensão via rotores misturadores. Isso possibilita o seu retorno para reutilização no ponto de carga para dosagem de novo concre-to. Para aperfeiçoar o sistema em circuito fechado, foram instaladas canaletas no ponto de carga da central, onde a água vazada é coletada por uma caixa de pré-decantação e bombeada para o tanque de decantação.
NomeRECICLAGEME REAPROVEITAMENTO DO RECURSO HÍDRICO NUMA CENTRAL DOSADORA DE CONCRETO EMBELO HORIZONTE
ResponsávelSUPERMIX CONCRETO S/A
LocalBELOHORIZONTE (MG)
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Informe Especial
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Informe Especial
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Tanques de armazena-mento de efluentes da
Rexam Brasília
resultado é redução no consumo de matérias-primas
Indústria em sintonia com o ambiente
2ºNomePROJETO USO SUSTENTÁVEL DE MATÉRIAS-PRIMASE DESTINAÇÃODE RESÍDUOS
ResponsávelREXAM BEVERAGECAN SOUTHAMERICA S/A
LocalBRASÍLIA (DF)
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Uma das líderes globais em embalagens para consumo e maior fabricante mundial de latas para bebidas é a segunda colocada na categoria Empresa Privada do 6º Prêmio Furnas Ouro Azul. Trata-se da Rexam Beverage Can South Ameri-ca – unidade Brasília. Como resultados do projeto “Uso sustentável de matérias-pri-mas e destinação de resíduos” podem ser citadas reduções nos consumos das principais matérias-primas do processo de fabricação de latas. Os re-síduos gerados na produção são destinados via parceria
com empresas licenciadas. Os resíduos significativos são reciclados ou co-processados com matéria-prima para outros processos industriais ambien-talmente licenciados.
A idéia se baseia no con-ceito de Lean Enterprise – modelo de gestão que consiste em eliminar desperdícios na linha de produção – para re-duzir o consumo de insumos e alcançar a gestão sustentável de resíduos. Nessa linha, são desenvolvidos os projetos de Kaizen, Six Sigma e Enge-nharia. Entre os principais benefícios estão a redução
reduções nos consumos de água, energia elétrica e gás liquefeito de petróleo (GLP). No caso do GLP, um dos desta-ques para o bom desempenho ambiental foi a eliminação do boiler, equipamento que era utilizado para aquecer a água que lava as latas. Em substitui-ção, foi instalado um trocador de calor nas chaminés dos fornos das impressoras e da lavadora de latas.
do consumo de metal – o alumínio é o principal insu-mo utilizado na fabricação de latas para bebidas – e menos perdas e geração de resíduos – o decréscimo no processo de latas girava em torno de 3%. Melhorias nos processos de fabricação, por meio de ferramentas de Lean Manu-facturing, em conjunto com ações de gestão ambiental, resultaram na diminuição de 60% nas perdas. A idéia é estender a metodologia a todas as fábricas da Rexam na América Latina.
Também foram registradas
Informe Especial
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Informe Especial
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NomePROGRAMAÁGUA VIVA
ResponsávelPROLAGOS S/A
LocalIGUABAGRANDE (RJ)
Estação de captação/tratamento de água da Prolagos
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iniciativa reduz furtos de águaCruzada contra o crimeA terceira posição na cate-
goria Empresa Privada do 6º Prêmio Furnas Ouro Azul é ocupada pelo programa “Água viva”, da Prolagos, empresa concessionária de serviços de águas e esgotos e que abastece os municípios de Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia, situados na Região dos Lagos (Rio de Janeiro). São atendidos cerca de 250 mil habitantes, sendo que em época de férias esse número sobe para 1 milhão. Para a realização do programa, iniciado há dois anos, a Prola-
gos mantém convênio com o Instituto de Pesquisas e Edu-cação para o Desenvolvimento Sustentável (Ipeds), organiza-ção não-governamental (ONG) com atuação socioambiental na região.
O programa criou um fundo resultante dos valo-res auferidos nas ações de danos morais e materiais da empresa contra os autores de furtos de água, comuns na região e que fazem com que apenas 50% da água captada e tratada chegue aos clientes. O objetivo geral do “Água viva” é diminuir
de danos morais e mate-riais e o Setor de Projetos identifica em cada bairro onde ocorrem as ações as instituições filantrópicas, número de habitantes, es-colas e igrejas.
A partir do final do sé-culo 20, a Região dos Lagos, conhecida como de frágil poder econômico, ganhou impulso com a chegada de novos habitantes. Isso obrigou os administradores a amplia-rem o abastecimento de água, energia elétrica, tratamento de esgotos, telefonia, entre outros serviços.
a perda de água tratada de 50% para 20%. O fundo destina 40% para ações de filantropia, 27,5% para ações de campanhas de economia de água, 25% para bolsas de estudo e 7,5% para o Ipeds, que administra o progra-ma. A cada ação ganha, o bairro onde ocorreu o furto é beneficiado por meio do “Água viva”, como forma de ressarcir os incômodos causados à época do crime. Ou seja, a Prolagos repassa ao Ipeds as ações já configu-radas como furto. O Jurídico do instituto propõe a ação
3ºascoM Prolagos Janeiro/2005
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Informe Especial
-50.0%-45.0%-40.0%-35.0%-30.0%-25.0%-20.0%-15.0%-10.0%-5.0%0.0%
Redução 2006-2005
-4.5%
-17.1%
-23.5%
-45.1%
2005-2004 2004-2003
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Redução do consumo de águapotável ao longo dos anos
A Rexam – unidade Bra-sília – é mais uma vez agra-ciada no 6º Prêmio Furnas Ouro Azul, desta vez com a quarta colocação na categoria Empresa Privada. O projeto é o “Uso sustentável da água na Rexam”. Ao longo de sua operação, a Rexam, que pro-duz e fornece embalagens metálicas para acondicio-namento de líquidos com elevada escala de produção e consumo, identificou os as-pectos ambientais e definiu ações e metas para o plane-jamento e gestão, visando à
excelência no desempenho socioambiental.
A água tem forte impacto no processo de fabricação das latas de alumínio, sendo usa-da no processo de lavagem, resfriamento das máquinas, dosagens e preparos de tan-ques de tratamento, entre outros. Este aspecto foi pla-nejado dentro de um sistema de gestão ambiental de forma a estabelecer o melhor desem-penho sustentável dentro da organização. O planejamento passou pela avaliação dos as-pectos ambientais, inovação
água potável. O produto era consumido e encaminhado para a estação de tratamento de efluentes. Agora, o está-gio de lavagem mais puro do processo recebe a água mais nobre e os demais, o efluente deste estágio. Assim, a água passa pelas fases de lavagem do líquido deionizado, lavagem de mobilidade, enxágües de limpeza e pré-lavagem, para, então, ser descartada para a estação de tratamento de efluentes. O processo reduziu pelo menos cinco pontos de adição de água potável.
no projeto, no uso e reuso, participação na gestão am-biental, inovação no controle e na gestão socioambiental. A aplicação destas fases rendeu mais de 45% de reduções no consumo de água potável. A expectativa é de que o progra-ma, pioneiro, seja estendido a todas as unidades da Rexam na América Latina.
O projeto consistiu na al-teração do fluxo de água na lavadora de latas, priorizando o uso mais nobre para o líquido. Antes, em todos os estágios de lavagem da lata era adicionada
Meta é excelência no desempenho socioambientalUso consciente 4º
NomePROJETO USO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA NA REXAM
ResponsávelREXAM BEVERAGECAN SOUTH AMERICA S/A
LocalBRASÍLIA (DF)
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Fonte: Rexam Brasília
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Beto novaes / eM - 20/10/2007
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Um dos resultados do mau uso dos recursos naturais
A quinta colocada na Ca-tegoria Empresa Privada do 6º Prêmio Furnas Ouro Azul é a Organização Não-Gover-namental (ONG) Projeto Água, criada em 2004 pela empresa Carbografite, em Petrópolis (Rio de Janeiro). O Projeto para Conscientização da Po-pulação sobre a Importância da Preservação, Economia e Recuperação da Água Doce através da Educação Ambiental tem como meta mostrar por meio de seus programas e da Fazenda Projeto Água, sede e principal instrumento de efeti-
vação da ONG, que o uso ina-dequado dos recursos naturais tem causado reflexos negativos ao equilíbrio do meio ambiente. E também que a mudança de hábitos é o melhor caminho para a manutenção da vida na Terra.
O Projeto Água realiza as atividades por intermédio de quatro programas: Programa Água é Vida; Programa Água para Todos; Programa Reci-clar/Reutilizar; Programa de Reflorestamento. As ações abrangem todos os tipos de público. O Água é Vida leva
de empresas sobre a coleta seletiva de resíduos sólidos.
Aprender a preservar as florestas para a manutenção de recursos hídricos; reflores-tar a Fazenda Projeto Água e outras áreas; diminuir o impacto de gases emitidos e que causam o efeito estu-fa são alguns dos objetivos do Programa de Refloresta-mento, cujo público-alvo são alunos das redes particular e pública. Os conceitos são re-passados por meio do plantio de mudas de árvores nativas da Mata Atlântica.
aos alunos das redes pública e particular de ensino, funcioná-rios e diretores de empresas, via palestras e brincadeiras, conceitos para a conscien-tização sobre a preservação, economia e recuperação da água doce.
Já o Água para Todos di-vulga informações sobre a pre-servação dos recursos hídricos naturais e o Projeto Água. O Reciclar/Reutilizar pretende sensibilizar, com palestras e oficinas, alunos das redes par-ticular e pública, associações de moradores e funcionários
Quando mudar é precisouso inadequado de recursos naturais tem reflexos diretos no ecossistema
NomePROJETO PARA CONSCIENTIZAÇÃO DA POPULAÇÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA PRESERVAÇÃO, ECONOMIA E RECUPERAÇÃO DA ÁGUA DOCE ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
ResponsávelEMPRESA CARBOGRAFITE INDUSTRIAL DE SOLDAS LTDA.
LocalPETRÓPOLIS (RJ)
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Estudantes interagem com informações do mural, usado como instrumento de comunicação pela Fiocruz
Promover a divulgação de conhecimentos sobre o uso sustentável da água e desenvolver processos de autonomia na implantação de projetos de saúde e meio ambiente, por intermédio da participação comunitária. Es-tes são os objetivos do Projeto Bamburral/Fiocruz, implemen-tado por pesquisadores do Laboratório de Educação em Saúde do Centro de Pesquisa René Rachou, da Fundação Oswaldo Cruz, no distrito de Bamburral, em Jaboticatubas (MG), vencedor do 6º Prêmio Furnas Ouro Azul categoria Empresa Pública.
Jaboticatubas foi escolhida por sediar vários projetos da Fiocruz Minas nos últimos dez anos. Já as condições para a escolha da comunidade-alvo se basearam no aceite prévio da população local, uso de ir-rigação na produção agrícola, presença de escola de ensino fundamental e organização de moradores sob forma de associação.
Os maiores desafios na construção de um sistema de sustentabilidade ambiental referem-se à grande demanda de água para irrigação, à falta de proteção do solo e nascentes e ao uso de agrotóxicos. Para a viabilização do trabalho, inicia-do em agosto de 2006, foram utilizados os procedimentos do “Projeto cidade saudável”, com a formação de dois grupos
gestores – local e municipal -, entrevistas com moradores e re-alização de encontros populares que priorizaram os impactos ambientais sobre a saúde.
A maioria das 72 famílias residentes em Bamburral produz hortaliças e legumes
especialistas e comunidade unidos pela qualidade de vidaSaúde em foco1º
NomePROJETO CONSTRUÇÃO DE AUTONOMIA E SUSTENTABILIDADE DE COMUNIDADES NA GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS EM ÁREAS DE ATIVIDADE AGROPECUÁRIA - BAMBURRAL - JABOTICATUBAS (MG)
ResponsávelFUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ (FIOCRUZ)
LocalBELOHORIZONTE (MG)
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por irrigação e cria animais domésticos. Cabe à Associa-ção dos Moradores fazer a gestão da água de consumo – por poço artesiano – , que é medida, clorada e distri-buída a todas as moradias. O custo médio por moradia
é de R$ 12/mês. Existem também no local o Barracão dos Produtores, que cuida da venda dos produtos junto à Central de Abastecimen-to de Minas Gerais (Ceasa), posto de saúde, campo de futebol e igreja.
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Barraginha construída na comunidade de Abóboras, em Montes Claros
2ºNomePROGRAMA MUNICIPAL DE REVITALIZAÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
ResponsávelPREFEITURA MUNICIPAL DE MONTES CLAROS /SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE
LocalMONTESCLAROS (MG)
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Numa região de semi-árido como Montes Claros, no Norte de Minas, defender a água é condição de sobre-vivência. Com a intenção de proporcionar melhoria da qualidade de vida da popu-lação, em 2005, a prefeitura local implantou a Secretaria de Meio Ambiente. A partir da atuação da pasta e entendendo que era preciso fomentar o uso dos recursos naturais, foi criado o “Programa munici-pal de revitalização de bacias hidrográficas”, que consiste em construir estradas eco-
lógicas – bacias de captação de água da chuva e florestas sociais – e gerir os recursos hídricos da cidade. O projeto foi agraciado com a segunda colocação na categoria Em-presa Pública do 6º Prêmio Furnas Ouro Azul.
Posteriormente, foi ins-tituído dentro do programa o Ecocrédito, que surgiu da necessidade de potencializar a revitalização das bacias. Trata-se de um crédito ambiental que tem por intuito incentivar os produtores rurais a delimi-tarem, em suas propriedades,
equivalente a R$ 110,10. O crédito pode ser subtraído de impostos devidos à Fazenda Municipal, valer como título para pagamento de lances em leilões e servir como moeda de troca junto a fornecedores, que, por sua vez, podem usá-la para pagar despesas junto ao fisco de Montes Claros. Além dos incentivos fiscais para preservação de áreas, entre outras melhorias para os produtores estão a cons-trução de barraginhas e de florestas sociais e a gestão dos recursos hídricos.
áreas de interesse ambiental. Hoje, existem 430 hectares (ha) contemplados pelo pro-grama. Outros 600ha estão em fase de demarcação. A meta para 2007 é chegar a 1,5 mil ha. Além de resultar na preservação da natureza, o programa já registrou o res-surgimento de uma nascente na comunidade de Abóboras, em Montes Claros.
No Ecocrédito, para cada hectare preservado o produtor rural tem direito a um crédito de cinco Unida-des de Padrão Fiscal/ano, o
iniciativas driblam clima seco e revertem danosBarreiras transpostas
eMílio versiani Maio/2007
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O próprio morador de Caxambu planta mudas de
vetiver, que estabiliza o solo e controla a erosão
Arma contra a máação do homem
empresa cria solução barata e eficaz
A erosão hídrica é um dos mais graves problemas ambientais decorrentes do mau uso do solo. A espécie Vetiveria zizanioides (L.) Nash. apresenta atributos ecofisio-lógicos únicos no mundo. Ela é capaz de estabilizar o solo e controlar a erosão nas mais diversas condições climáticas, desenvolvendo-se onde ne-nhuma outra planta sobrevi-veria. Este é o projeto terceiro colocado na categoria Empresa Pública do 6º Prêmio Furnas Ouro Azul, “Estabilização de solos e o controle da erosão com Vetiveria zizanioides (L.) Nash”, da Empresa de Assis-tência Técnica e Extensão Ru-ral do Estado de Minas Gerais (Emater/MG) de Caxambu, no Sul do Estado.
Em áreas perturbadas, onde os métodos convencio-nais de proteção ambiental geralmente consistem em soluções complexas, pouco práticas, de custo elevado e de eficiência questionável, a biorremediação vetiver é uma alternativa tecnológica simples, eficaz e de reduzido custo. Ela torna realidade a estabiliza-ção de solos e o controle da erosão, além da proteção de mananciais e a contenção de encostas habitadas localizadas em áreas frágeis. A produção
de mudas ocupa pequenos es-paços, em qualquer parte do território brasileiro.
O vetiver é produzido no Horto Municipal de Caxambu, com a participação de recupe-randos do sistema penal e de adolescentes infratores, fruto da parceria entre a prefeitura, Ministério Público e Poder Judiciário de Minas Gerais
cial de utilização na fabricação de produtos farmacêuticos. O óleo da planta funciona ain-da como fixador de perfumes, entre outras aplicações.
(Comarca de Caxambu), Ins-tituto Estadual de Florestas (IEF) e Emater/MG. Conheci-do como “capim mágico” nas regiões áridas da Austrália, o vetiver é muito utilizado na estabilização de barreiras em obras rodoviárias na China, Malásia e Tailândia, além de proteger as lavouras etíopes. Tem também grande poten-
3ºNomeESTABILIZAÇÃO DE SOLOS E O CONTROLE DA EROSÃO COM VETIVERIA ZIZANIOIDES(L.) NASH
ResponsávelEMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS (EMATER/MG)
LocalCAXAMBU (MG)
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Fábrica de esperanças
4ºNomePROJETO REPLANTANDO VIDA
ResponsávelCOMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS(CEDAE)
LocalRIO DEJANEIRO (RJ)
Dois rios, o Macacu e o Guandu, são considerados a matéria-prima responsá-vel pelo abastecimento de água potável para cerca de 14 milhões de usuários distri-buídos por vários municípios fluminenses. Consciente da importância da preservação dessa fonte de vida para tanta gente, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) desenvolve há seis anos o projeto “Recuperação da mata ciliar dos rios Macacu e Guandu”, que prevê até o ano de 2010 replantar 5 milhões de mudas de espécies nativas do ecossistema mata atlântica. Entre outros profissionais que fazem parte do corpo técnico estão sendo formados mais de duzentos agentes de reflores-
tamento oriundos do sistema prisional do Rio de Janeiro. Por isso, o projeto – quarto co-locado na categoria Empresa Pública do 6º Prêmio Furnas Ouro Azul – foi batizado de “Replantando vida”.
Há anos, a Cedae partici-pa de ações voltadas para a responsabilidade ambiental.
clarecimento às populações de municípios do interior quanto à importância da conservação de mananciais; e projetos como o de despoluição da Baía de Guanabara (PDBG), que inclu-sive recebeu o Prêmio Furnas Ouro Azul, em 2005.
A expectativa da Cedae é de que a partir da conclusão deste projeto os dois rios pos-sam contribuir para a melhoria das condições de outros dois espelhos d’água: as bacias de Guanabara e Sepetiba. O re-plantio de espécies de mata ciliar traz a fixação de dióxi-do de carbono, contribuindo para a melhoria da qualidade do ar e do equilíbrio térmi-co terrestre e aquático locais, além de auxiliar na redução do aquecimento global.
Entre elas estão o aproveita-mento dos efluentes sanitários, por meio do reuso da água; implantação de um canal tele-fônico gratuito para denúncia de situações de desperdício; divulgação da importância da educação ambiental e aber-tura de setores da empresa à visitação pública e escolar; es-
agentes de reflorestamento vêm do sistema prisional
Trabalho de replantio das margens do Rio Guandu realizado por presos
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Gestores de recursos naturais em ação em Poços de Caldas
leonel sátiro De liMa 26/1/2006
Em ação em Poços de Caldas, gestores de recursos naturais
5º
NomePLANO DE MANEJO INTEGRADO DE SUB-BACIAS HIDROGRÁFICAS DO PLANALTO DE POÇOS DE CALDAS
ResponsávelPREFEITURA MUNICIPAL DE POÇOS DE CALDAS
LocalPOÇOS DECALDAS (MG)
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A união faz a forçaempresas públicas e privadas revitalizam área degradada
O plano de “Manejo inte-grado de sub-bacias hidrográ-ficas do planalto de Poços de Caldas” é o quinto colocado na categoria Empresa Pública do 6º Prêmio Furnas Ouro Azul. Em 1996, a cidade do Sul de Minas vivia o drama de um fenômeno freqüente no Brasil: a dificuldade de percepção social sobre o fato de que re-cursos naturais, como a água, o ar e as florestas, são muito mais do que os que podem ser utilizados pela humanidade. A discussão sobre o tema to-mou grandes proporções com
a descoberta da situação de degradação do entorno da Barragem Saturnino de Bri-to, obra construída na década de 30 e local de captação para abastecimento público. A par-tir daí, instituições públicas e privadas se uniram em torno de uma proposta de revitali-zação da área.
A Empresa de Assistên-cia Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater/MG) de Poços de Cal-das apresentou à Prefeitura a experiência de manejo inte-grado de bacias hidrográficas,
câmaras municipais, empre-sas que prestam serviços de saneamento básico no estado, concessionárias de energia, além dos poderes Legislativo e Judiciário.
Desde a implantação do projeto, vários resultados posi-tivos foram alcançados, como a revegetação e recomposi-ção da vegetação ciliar e de áreas degradadas; ampliação do sistema de coleta e trata-mento de esgotos urbanos; aperfeiçoamento dos sistemas urbanos de drenagem; pro-teção de mananciais.
em especial com água, solo e vegetação, tendo a bacia hidrográfica como unidade de planejamento e gestão, de maneira a garantir a pereni-dade dos recursos ambientais e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os atributos ecológicos. O projeto, cuja execução co-meçou em 2001, tem como parceiros produtores e comu-nidades rurais, organizações não-governamentais (ONGs), cooperativas, sindicatos e entidades ligadas ao setor agropecuário, prefeituras e
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IDA
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NomePROJETO SEMEANDO ÁGUA
ResponsávelORGANIZAÇÃO NÃO-GOVERNAMENTAL (ONG) MÃO NA TERRA
LocalDISTRITOFEDERAL (DF)
Área de cascalheira no Sítio Geranium
com terraçosconstruídos e técni-cas de recuperação
implantadas
Recuperar para viverProjeto ensina como economizar água
“Semeando água.” Com este projeto de conservação dos recursos hídricos, a or-ganização não-governamental (ONG) Mão na Terra, do Dis-trito Federal (DF), conquistou o primeiro lugar na categoria Comunidade do 6º Prêmio Furnas Ouro Azul. O trabalho é desenvolvido desde 2003 em parceria com o Sítio Gera-nium, localizado numa área de 13,6 hectares no Núcleo Rural de Taguatinga, cidade-satélite de Brasília.
O Sítio Geranium apre-sentava problemas, como volume excessivo de água da
chuva – enxurrada –, agrava-dos pelo impacto da ocupação irregular de terrenos vizinhos e sua transformação em pe-quenos condomínios urbanos. O local tinha também áreas degradadas pela mineração e instalação de equipamentos urbanos, o que intensificava o processo de assoreamento do Ribeirão Taguatinga, in-cluído na Área de Relevante Interesse Ecológico Juscelino Kubitschek (Arie JK).
Desde a implantação do Centro de Tecnologias e Es-tudos Sustentáveis no Sítio Geranium, planejado para in-
Terra e o Sítio Geranium desenvolvem um projeto educativo. O intuito é des-pertar a participação ativa das comunidades do entorno da Arie JK, a consciência para a ação comprometida com um meio ambiente sustentável e o compromisso ético com todas as formas de vida.
centivar o desenvolvimento de habilidades e valores que motivarão novos estilos de vida com qualidade, muitos dos problemas vêm sendo re-vertidos. Foram implantadas diversas técnicas, como canais de infiltração, terraceamen-to, cujo objetivo principal é reduzir riscos de erosão hí-drica e proteger mananciais (rios, lagos e represas, entre outros), captação de água da chuva e tratamento de dejetos e resíduos sólidos.
Para difundir esses co-nhecimentos e ampliar sua aplicação, a ONG Mão na
Maya terra FigueireD0 - DezeMBro/2007
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arquivo aMBiente Brasil
Equipe da ONG Ambiente Brasil em campanha em Três Marias,
na região central de Minas
O segundo colocado na categoria Comunidade do 6º Prêmio Furnas Ouro Azul é o projeto “Educação ambiental em aefesa do rio São Francis-co”, realizado pela organização não-governamental (ONG)/Or-ganização da sociedade civil de interesse público (Oscip) Ambiente Brasil, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e o Ministério Público de Minas Gerais, entre janeiro de 2006 e junho deste ano. O principal objetivo foi sensibilizar a população de Três Marias, na região central do estado, para a proteção do
Rio São Francisco por cau-sa dos sucessivos acidentes ambientais registrados em suas águas.
Para isso, foram utilizadas como estratégias a formação de uma equipe multidisciplinar composta por 20 integrantes; criação do personagem O Ve-lho Chico; distribuição da car-tilha O Velho Chico, a voz do rio, por meio de apresentações teatrais para várias instituições, além de conversas informais com as comunidades locais; blitz ecológica com a distri-buição de mudas de plantas nativas e frutíferas em locais
Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas), o São Francisco banha mais de 500 municípios e abastece de energia todo o Sudeste do Brasil. O rio é conhecido como de integração nacional, já que liga o Sudeste e o Centro-Oeste com o Nor-deste. Mais de 13,3 milhões de brasileiros vivem em sua bacia, sendo que muitos de-pendem diretamente do rio para viver.
de grande fluxo de veículos; elaboração de relatório técnico e documentário. A cartilha foi distribuída em escolas, igrejas, comércio e instituições públi-cas, atingindo 80% da popu-lação de Três Marias – cerca de 20 mil pessoas. A partir da campanha, a expectativa é de que a comunidade se envolva ainda mais para ajudar a con-servar o São Francisco.
A importância do rio para o território brasileiro é indis-cutível. Considerado o maior rio de águas exclusivamente brasileiras, por percorrer cinco estados (Minas Gerais,
ações que podem mudar o curso das águas...SOS São Francisco2º
NomePROJETO EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM DEFESA DO RIO SÃO FRANCISCO
ResponsávelORGANIZAÇÃO NÃO-GOVERNAMENTAL (ONG) / ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO (OSCIP) AMBIENTE BRASIL
LocalVIÇOSA (MG)
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NomeCORREDOR ECOLÓGICO DA MANTIQUEIRA
ResponsávelVALOR NATURAL
LocalBELOHORIZONTE (MG)
ambientalistas contribuem para a preservação das paisagens naturais
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Por uma boa causaUm projeto pioneiro vem
sendo desenvolvido pela Valor Natural, uma associação sem fins lucrativos com sede em Belo Horizonte, criada em 2004 por pesquisadoras e técnicas da área ambiental, preocupadas em contribuir para a manutenção da riqueza da fauna, flora e paisagens naturais brasileiras. É o Corre-dor Ecológico da Mantiqueira. A idéia foi contemplada com o terceiro lugar na categoria Comunidade do 6º Prêmio Furnas Ouro Azul.
O objetivo é incentivar a
formação de ligações entre trechos isolados de florestas da Mantiqueira, cenário que abriga as montanhas mineiras, os campos de altitude e a mata atlântica. Entre as estratégias adotadas está a gestão integra-da das unidades de conserva-ção existentes. Os corredores ecológicos fazem parte de uma nova forma de abordar a ques-tão ambiental: incentivando a integração regional e a parti-cipação direta da sociedade. As unidades de conservação do poder público deixam de ser consideradas isoladas e
das. A região do Corredor da Mantiqueira foi identificada como de relevância biológi-ca pelo Ministério do Meio Ambiente e pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente. A mata atlântica é o bioma mais ameaçado de Minas. Hoje, restam pouco mais de 4% da cobertura original. E é justamente na Mantiquei-ra que está reunida grande parte do que ficou dessa floresta no estado (20% dos remanescentes), bem como uma enorme concentração de espécies endêmicas.
passam a ser tratadas como uma rede de áreas protegidas públicas e particulares.
Na primeira etapa, o Cor-redor Ecológico da Mantiquei-ra estende-se por 42 municí-pios do Sul de Minas. Nesta região fica uma importante rede de áreas protegidas: Parque Nacional de Itatiaia, Parque Estadual da Serra do Papagaio, Parque Estadual de Ibitipoca, Área de Proteção Ambiental (APA) Serra da Mantiqueira, APA Fernão Dias, Floresta Nacional de Passa Quatro e reservas priva-
Participantes da Oficina de Planejamento Conservacionista da Propriedade Rural do Corredor Ecológico da Mantiqueira
gisela herrMann/valor natural 22/09/2007
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Equipe do Terra Brasilis junto ao pato-mergulhão, personagem-símbolo do projeto
Preservar éa palavra de ordem
espécie é essencial à valorização ambientalA água representa para
moradores e visitantes da Serra da Canastra, no Alto São Francisco, fonte de vida, renda e lazer. Divisor de águas e berço de duas importantes bacias hidrográficas do país – as dos rios São Francisco e Paraná –, a região abriga o Parque Nacional da Serra da Canastra, que por sua vez representa um dos últimos refúgios da fauna e flora do Brasil Central. É neste meio que vive a maior população do pato-mergulhão “Mergus octosetaceus”. A ave aquática figura entre as 10 mais amea-çadas de extinção do planeta. Tendo como espécie-bandeira o pato-mergulhão, o projeto “Pato aqui, água acolá” busca envolver moradores e visitan-tes da Serra da Canastra para que participem da conserva-ção da biodiversidade e dos ambientes úmidos, com vistas à sustentabilidade do uso da água. O projeto é o quarto colocado na categoria Comu-nidade do 6º Prêmio Furnas Ouro Azul.
O pato-mergulhão vive em rios de água limpa e é extremamente sensível à de-gradação de seu habitat, o que o torna indicador da qualidade de ambientes aquáticos. Sua conservação beneficia espécies
que dependem dos mesmos ecossistemas, incluindo-se a população humana. A presença dessa ave aquática serve como instrumento de valorização do ambiente local, facilitando o diálogo relativo ao resgate de práticas sustentáveis e a discus-são de ações de recuperação e conservação ambiental.
calendários e folhetos com a foto da ave. A próxima etapa prevê a expansão para os demais municípios do Par-que Nacional da Canastra (Capitólio, São João Batis-ta do Glória, Delfinópolis e Sacramento) e junto à bacia hidrográfica dos rios Grande e Araguari.
Para alcançar os objeti-vos, o Instituto Terra Brasilis, com sede em Belo Horizonte, mentor do projeto, desen-volveu junto à comunidade local várias atividades a par-tir de 2005, tais como expo-sição ambiental itinerante e a campanha “Procura-se vivo”, com a distribuição de
4ºNomePROJETO PATO AQUI, ÁGUA ACOLÁ
ResponsávelINSTITUTOTERRA BRASILIS
LocalBELOHORIZONTE (MG)
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arquivo/FeaMa - DezeMBro/2006
NomePROJETO FORMANDO E TRANSFORMANDO PESSOAS
ResponsávelFUNDAÇÃO EDUCACIONAL, ASSISTENCIAL E DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE (FEAMA)
LocalFORMIGA (MG)
5ºLUGAR
Vista aérea da Feama mostrando o laboratório, a escola e o alojamento, entre outros locais
Mão-de-obra carcerária é usada na produção de mudas nativas“Formando e Transfor-
mando pessoas” é o nome do projeto classificado em quinto lugar na categoria Comuni-dade do 6º Prêmio Furnas Ouro Azul. Em parceria com os poderes constituídos e a sociedade civil, a Fundação Educacional, Assistencial e de Proteção ao Meio Ambiente (Feama), com sede em Formi-ga (Região Oeste de Minas), procura, por meio da mão-de-obra carcerária, reinserir esses presos na sociedade civil em condições de igualdade.
Voltado inicialmente para
a produção de mudas nativas, o projeto tem como objetivo proteger e recuperar as nas-centes – são cerca de 1,6 mil já catalogadas em Formiga. Por meio do Adote uma mina foi feita uma campanha para conscientizar a comunidade sobre a preservação do meio ambiente. Foram realizadas palestras e visitas técnicas, tendo como público-alvo as lideranças comunitárias e es-tudantes. A meta foi atingida – as lideranças selecionadas e os alunos tornaram-se agentes multiplicadores.
público (Oscip) fundada há seis anos em Formiga. Para restaurar áreas degradadas das nascentes dos ribeirões que compõem a bacia hidrográfica de Formiga, foi criado o projeto “Vista Alegre”, com a implanta-ção, na sede da fundação, de um viveiro de mudas de espécies nativas. A infra-estrutura do viveiro, com capacidade para produção de até 600 mil uni-dades/ano, está a cargo dos de-tentos sentenciados. Foi criado também o projeto “Semeando vidas”, que consiste em oferecer aulas aos recuperandos.
O “Formando e transfor-mando pessoas” surgiu de um trabalho realizado na Feama com os presos da Peniten-ciária Regional de Formiga. Trabalhando em prol do meio ambiente com produção de mudas, criação de animais, apicultura e em projetos de recuperação de áreas degra-dadas, os detentos passam por profissionalização técni-ca e participam de aulas na própria Feama, organização não-governamental (ONG) qualificada como organização da sociedade civil de interesse
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NomeA ECOLOGIA POLÍTICA E A EXPLORAÇÃO DAS ÁGUAS MINERAIS DE SÃO LOURENÇO
ResponsávelALESSANDRA BORTONI NINIS
LocalBRASÍLIA (DF)
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como conciliar?
A região do Circuito das Águas de Minas Gerais, da qual fazem parte cinco impor-tantes estâncias hidrominerais do país – São Lourenço, Ca-xambu, Lambari, Cambuquira e Contendas – é a mais rica e diversificada em qualidade e quantidade de fontes hi-drominerais do planeta. As águas minerais são especiais por serem dotadas de proprie-dades medicinais presentes apenas na fonte, perdendo-se, portanto, no processo de engarrafamento. O projeto campeão da categoria Estu-dante Nível Superior do 6º Prêmio Furnas Ouro Azul aborda justamente a ques-tão – “A ecologia política e a exploração das águas minerais de São Lourenço”. A aluna do curso de Desenvolvimento Sustentável Alessandra Bor-
toni Ninis, da Universidade de Brasília (UnB), teve como professor orientador José Au-gusto Leitão Drummond.
A pesquisa, realizada na estância hidromineral de São Lourenço em 2006, analisou o conflito socioambiental rela-cionado à exploração da água mineral pela multinacional
mil metros quadrados. Dentro dele fica a indústria de engar-rafamento de águas minerais. Depois de várias sucessões de posse, a francesa Perrier com-prou, na década de 70, a Águas de São Lourenço. Em 1992, a Perrier foi vendida para a Nestlé, que implantou uma unidade destinada à comercialização de águas envasadas. Com esta tran-sação, a empresa tomou posse do Parque das Águas.
No trabalho, recomenda-se à Nestlé, entre outros pontos, a promoção do desenvolvimento limpo e sustentável. No caso do município, propõe-se a for-mação de um conselho gestor e fiscalizador. É necessário também que São Lourenço adote uma postura mais ri-gorosa no controle do cres-cimento urbano, perfuração e cadastramento de poços.
suíça Nestlé. A principal constatação do trabalho é que a continuidade da eco-nomia relativamente estável e próspera de São Lourenço depende também da manu-tenção da exploração turística das águas minerais.
A grande atração da cidade é o Parque das Águas, com 430
Ação humana pode provocar a extinção da água
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NomeIDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS GERADOS NO DISTRITO INDUSTRIAL DE BETIM
ResponsáveisCLEONICE DA CONCEIÇÃO MARTINS SILVA, ELOIZA RODRIGUES DA SILVA PEREIRA, GUSTAVO RANGEL LEITE
LocalBETIM (MG)
NomeA PROTEÇÃO DE NASCENTES NA ZONA DA MATA NORTE MINEIRA: UMA ESTRATÉGIA DE INCLUSÃO SOCIAL
ResponsávelANA PAULA VILELA CARVALHO
LocalVIÇOSA (MG)CA
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A disposição inadequada dos resíduos sólidos indus-triais é um dos principais problemas ambientais do país. Produzidos em qua-se todos os segmentos das atividades industriais, os resíduos, quanto à com-posição e volume, variam de acordo com as práticas produtivas e os materiais de produção. Os resíduos perigosos, produzidos so-bretudo pela indústria, são mais preocupantes, já que, quando incorretamente ge-renciados, tornam-se uma ameaça ao meio ambiente global. O segundo colocado na categoria Estudante Ní-vel Superior do 6º Prêmio Furnas Ouro Azul tem por objetivo conhecer os resí-duos gerados por indústrias de pequeno, médio e grande portes de diferentes tipo-
O terceiro lugar na catego-ria Estudante Nível Superior é o trabalho intitulado “A pro-teção de nascentes na Zona da Mata norte mineira: uma estratégia de inclusão social”, da estudante de Engenharia Florestal da Universidade Fe-deral de Viçosa (UFV) Ana
Alunos do Unincor/Betim com a professora Iara Jardim
resíduos sólidos industriais são grave ameaça
Preocupaçãocom o futuro
Inclusão socialPaula Vilela Carvalho, sob orientação do professor Herly Carlos Teixeira Dias.
O projeto foi desenvolvido em 18 meses, a partir de julho de 2005, junto a sete comuni-dades da zona rural de Viçosa, Porto Firme e Guaraciaba, com o propósito de garantir água
em qualidade e quantidade adequadas aos seus diversos usos para as gerações presen-tes e futuras. Para promover a reflexão sobre a importância do tema, ainda são realizadas atividades com crianças e pro-dutores rurais da região, que se mostram interessados.
logias, sediadas no Parque Industrial de Betim, em Minas Gerais.
O trabalho dos alunos Cleonice da Conceição Martins Silva, Eloiza Ro-drigues da Silva Pereira e Gustavo Rangel Leite, sob
a orientação da professo-ra Iara Moreira Jardim, do curso Tecnologia em Gestão Ambientalda Universidade Vale do Rio Verde (Unincor), também pretende ser um diagnóstico para as empresas localizadas no município.
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NomeESTUDO DA EFICIÊNCIA DO CORDÃO DE CONTORNO NA REDUÇÃO DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL EM PLANTIO DE EUCALIPTO
ResponsávelJOSÉ GERALDO DE ÂNGELO RAMOS
LocalVIÇOSA (MG)
NomeZONAS DE RECARGA DE AQÜÍFEROS: CONSEQÜÊNCIAS DA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO NA DINÂMICA SOCIAL E AMBIENTAL DAS ÁGUAS EM BELO HORIZONTE
ResponsáveisBRENNER MAIA RODRIGUES, GLAUCO UMBELINO, MIGUEL FERNANDES FELIPPE
LocalBELOHORIZONTE (MG)
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O recurso natural água está intimamente ligado à sustentabilidade de plan-tios florestais. O eucalipto é uma espécie plantada em grande escala e nos mais diferentes climas, relevos e declividades. Uma das formas de se diminuir o escoamento superficial é a utilização de práticas de manejo corre-to do solo. O quarto lugar, categoria Estudante Nível Superior, é ocupado pelo graduando em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) José Geraldo de Ângelo Ramos, sob orientação do professor Herly Carlos Teixeira Dias.
Depois do plantio, o terreno, situado na bacia hidrográfica do Ribeirão São Bartolomeu, foi queimado em fevereiro deste ano e
A conservação da água depende diretamente da ma-nutenção do equilíbrio dinâ-mico promovido pelo ciclo hidrológico. Processos como a evaporação, precipitação, infiltração, escoamento, entre outros, são imprescindíveis nesse contexto. Os estudantes do curso de Geografia da Uni-
Somente com práticas corretas conseguiremos equilíbrio entre homem e natureza
A água e osplantios florestais
Equilíbrio ambientalversidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Brenner Maia Rodrigues, Glauco Umbelino e Miguel Fernandes Felippe, orientados pelo professor Antônio Pereira Magalhães Júnior, conquistaram o quinto lugar na categoria Estudante Nível Superior e buscaram com o projeto
ampliar os conhecimentos sobre a dinâmica entre as águas superficiais e subter-râneas de Belo Horizonte. Para os alunos, o essencial é que todos saibam que a preservação da água e dos aqüíferos é a garantia de que novas gerações possam viver neste planeta.
as covas foram abertas por meio de uma broca de metal. Para a quantificação da pre-cipitação foram montadas duas parcelas contendo seis pluviômetros cada. O que se observou até o momento,
depois de sete eventos de chuva, é que as parcelas contendo o cordão tive-ram 0,8% de escoamento, enquanto as que não contêm o cordão tiveram 1,67% de escoamento.
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NomePROJETO GAIA
ResponsáveisADA BETSA COSTA, ARINA DOS SANTOS BETSA, CARMELIZA MARIA DE ALMEIDA, EDSON RICARDO MAIA FERRAZ, KELVYN ROBERTO SILVEIRA REZENDE, SÉRGIO GALDINO DA SILVA JÚNIOR, TALITA GABRIELE DE SOUSA BARBOSA, THAÍS APARECIDA COSTA DA SILVA, THAÍS DE CÁSSIA MACHADO DE ASSIS, TIAGO ACÁSSIO DE OLIVEIRA JÚNIOR E VANESSA FRANCIELI RAFAEL
LocalCACHOEIRADE MINAS (MG)
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o que falta para mais respeito e responsabilidade?Meio ambiente
Criado como forma de conscientização da sociedade sobre os problemas causados ao meio ambiente pela falta de informação e até mesmo de responsabilidade e respeito, o “Projeto Gaia” é o campeão na categoria Estudante Nível Médio/Técnico do 6º Prêmio Furnas Ouro Azul. A idéia foi desenvolvida pelos estudantes do 2º ano do ensino médio Ada Betsa Costa, Arina dos Santos Betsa, Carmeliza Maria de Almeida, Edson Ricardo Maia Ferraz, Kelvyn Rober-to Silveira Rezende, Sérgio
Galdino da Silva Júnior, Tha-ís Aparecida Costa da Silva, Thaís de Cássia Machado de Assis, Tiago Acássio de Oli-veira Júnior e Vanessa Fran-cieli Rafael. Talita Gabriele de Sousa Barbosa foi a aluna coordenadora e os professores responsáveis foram Andréia Santoreli, Bruna Dirceli Ri-beiro, Isolina Maura da Silva Lopes, Maria Gorete Betsa e Mário Augusto Guerzoni Figueiredo, da Escola Esta-dual Cônego José Eugênio de Faria, em Cachoeira de Minas, a 405 quilômetros de
Entre os objetivos do Gaia estão plantar árvores, fazer mutirões para a limpe-za de margem de rios, sen-sibilizar o maior número de pessoas e realizar palestras e concursos. As atividades vêm sendo desenvolvidas ao longo do ano. A cada 15 dias são realizadas na escola reuniões com os participantes do projeto e outros envolvidos. Na oportunidade, são debatidos os problemas e elaborados programas para a melhoria ambiental da região.
Belo Horizonte, no Sul do Estado.
Os estudantes se reuniram com o intuito de melhorar o desenvolvimento sustentável da cidade, que é vítima de degrada-ções devido ao grande número de plantações que não seguem a legislação e à poluição da água e demais áreas ambientais. Em prol desta causa foi implanta-do o “Projeto Gaia” que, em parceria com a Associação de Valorização Ambiental e Social Cachoeirense (Avasc), busca aprimorar a questão ambiental e social do município.
Representantes do Projeto Gaia plantando uma das mudas do viveiro no Parque ecológico de Cachoeira de Minas
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NomePROGRAMAÁGUA VIVA
ResponsávelPREFEITURA DE NOVA LIMA/SECRETARIA MUNICIPALDE MEIO AMBIENTE
LocalNOVA LIMA (MG)
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Mobilização pela conservação dos recursos hídricos
esforço conjunto dá resultadoO Destaque Estadual por
Minas Gerais do 6º Prêmio Furnas Ouro Azul é o progra-ma “Água viva”, da Prefeitura de Nova Lima, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em parceria com a Secretaria de Educação. Ele tem como proposta preparar os profissionais da educação, o corpo discente das escolas e a comunidade para servirem de agentes multiplicadores, oferecendo condições para o trabalho com vistas à proteção, recuperação e conservação dos recursos hídricos locais.
A idéia é tornar a população nova-limense co-responsável pelo processo e personagem central do trabalho.
Inserido na zona urbana de Nova Lima, priorizando as sub-bacias do Córrego do Cardoso/Cristais, os maiores receptores de esgoto domés-tico da cidade, o “Água viva” teve início em janeiro passado. Várias são as ações desenvol-vidas ao longo do ano para a divulgação do programa, como a Patrulha da Água, por exemplo, uma atividade escolar, onde são escolhidos
ambientais e uma medalha. Em quatro meses do Patrulha da Água, seis das 15 escolas municipais tiveram redução no consumo de água.
Outra atividade é a Ginca-na Ecológica, que envolve toda a rede municipal de ensino. Os objetivos são integrar os alunos e professores do ensino fundamental no trabalho de preservação local; criar agentes multiplicadores de defesa ao patrimônio natural e cultural de Nova Lima; sensibilizar e a comunidade para a impor-tância da reciclagem.
os alunos para patrulhar o uso da água na escola e em casa. Cada aluno recebe um Kit Patrulheiro, contendo um boné, uma camisa e uma bolsa. O patrulheiro fica responsá-vel por anotar pequenos pro-blemas e possíveis soluções referentes ao desperdício de água. As questões são discu-tidas em sala de aula. Há uma recompensa para todos os pa-trulheiros e os que melhor desempenham suas atividades têm destaque na premiação, que consiste em uma coleção de livros tratando de questões
Marcos Michelin / eM - 20/10/2005
A natureza pede socorro
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NomeRECUPERAÇÃO DA MATA CILIAR DO RIO BARRA MANSA
ResponsávelPREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA MANSA
LocalBARRA MANSA (RJ)
NomeAGENDA DA ÁGUA PARA O DISTRITO FEDERAL
ResponsávelMINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
LocalBRASÍLIA (DF)
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Levantamento feito em Barra Mansa (RJ), pela Se-cretaria Municipal de Pla-nejamento Urbano e Meio Ambiente, por meio da Ge-rência de Habitação, Divisão de Fiscalização de Obras, do Geoprocessamento e da Coor-denadoria de Meio Ambiente, apontou a degradação da mata ciliar do Rio Barra Mansa. Foram detectados também o assoreamento e poluição das águas por esgoto e lixo depositado ao longo da mar-gem. Diante desse quadro, a prefeitura decidiu implantar a partir do segundo semestre deste ano um projeto pilo-to para o reflorestamento da mata ciliar da Bacia Hidro-
Com o título “Agenda da água para o Distrito Fede-ral”, o Ministério Público Federal – 1ª Procuradoria Regional da República/Procuradoria Geral da República ganhou como Destaque Estadual pelo Distrito Federal. Atento à sua responsabilidade na tutela do meio ambiente, o órgão constatou que o au-mento da demanda de água
Mais um exemplo de poluição dos recursos hídricos que compromete o ecossistema
Rio Barra Mansa recebe projeto pioneiro
Compromissodoce para múltiplos usos, a agressão aos mananciais de superfície e subterrâne-os e a crescente perda da qualidade físico-química e biológica estão tornando es-sas águas escassas, causando conflitos entre os usuários e gerando problemas de saúde pública.
Foram criadas alianças en-tre os distintos grupos sociais capazes de estimular as trans-
formações e elaborada, há sete anos, a Agenda da Água, que trata da proteção, conservação e uso sustentável dos recursos hídricos do Distrito Federal. O órgão particularizou cinco áreas ambientalmente per-turbadas: Parque Nacional de Brasília, Bacia Hidrográfica do Rio Descoberto, Águas Emendadas, Rio Melchior ou Belchior e Chapada da Contagem.
gráfica do Rio Barra Mansa. O trabalho, que prossegue até 2010, é o Destaque Estadual Rio de Janeiro. O rio é um dos maiores contribuintes, pela margem direita, da Bacia
Hidrográfica do Paraíba do Sul. Nasce em Getulândia, município de Rio Claro, e tem extensão de 27 quilôme-tros, sendo 15,6 km dentro de Barra Mansa.
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Festa encerra mais uma edição do prêmio
Agraciados do Ouro Azulcomemoram conquista
Ganhadores das várias categorias exibem os troféus e certificados ao final da premiação
da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Minas, primeira colocada na categoria Em-presa Pública, com o projeto “Construção de autonomia e sustentabilidade de comuni-dades na gestão de recursos hídricos em áreas de atividade agropecuária, em Bamburral, Jaboticatubas (MG)”, financia-do pelo Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq).
Para o procurador regio-nal da República Alexandre
Camanho, do Ministério Pú-blico Federal, contemplado como Destaque Estadual pelo Distrito Federal, o órgão conseguiu colocar a natureza, por meio da “Agenda da água”, na pauta permanente das ins-tituições públicas e privadas. A conscientização da popu-lação também foi citada pelo secretário de Meio Ambiente de Nova Lima (MG), Antônio Henrique dos Santos, como principal instrumento do “Plano
de revitalização das águas do município”, Destaque Estadual Minas Gerais. “Temos obtido retorno das comunidades. Es-tamos no caminho certo.”
O diretor-geral dos Asso-ciados Minas e presidente dos Associados, Édison Zenóbio, lembrou o objetivo do prêmio, de estimular a conscientização para o mais sério problema do homem hoje: a água. “Este precioso bem representa hoje uma ameaça para as pessoas.
Precisamos fazer com que as futuras gerações não sofram com a falta dele”, completou. A gerente regional Minas de Furnas, Dulce Maria de Miran-da Campos, também ressaltou que a premiação incentiva a preservação dos recursos hí-dricos. O Ouro Azul integra o programa de Responsabilidade Social de Furnas, “Iluminan-do o novo”, com o propósito de despertar o protagonismo dos jovens.
Uma cerimônia no Impe-rador Recepções e Eventos, em Belo Horizonte, marcou no último dia 3 a entrega do 6º Prêmio Furnas Ouro Azul. Os ganhadores destacaram a importância da iniciativa dos jornais Estado deMinas, Cor-reio Braziliense e Jornal do Commercio, em parceria com Furnas Centrais Elétricas. “Es-tamos gerando esta sementinha de transformação”, resumiu a pesquisadora Virgínia Schall,
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