55

CADERNO PEDAGÓGICO 2011 - Operação de … · ... ajudá-los a encontrar o ... (SANTOS , 2005, p.68). Para ... o compromisso aqui levantado é de que realizando a leitura de contos

  • Upload
    vokien

  • View
    212

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Secretaria de Estado da Educação – SEED

Superintendência da Educação

Diretoria de Políticas Públicas e Programas Educacionais

Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE

CADERNO PEDAGÓGICO

JANELA PARA O MUNDO: LEITURA LITERÁRIA DO CONTO

AFRICANO

Professora PDE:Rosane Aparecida Gulgielmin NRE de Guarapuava/PR Professora Orientadora: Níncia Cecília Ribas Borges Teixeira

GUARAPUAVA-UNICENTRO PDE - 2011

CARO (A) PROFESSOR (A):

“Ai de nós se contentarmos em ser somente

galinhas, se permitirmos que nos reduzam a simples

galinha: encerrados em nosso pequeno mundo, de

interesses feitos e de parcos desejos, com um

horizonte que não vai além da cerca mais próxima.

Não disse o poeta Fernando Pessoa: eu sou do

tamanho que vejo e não do tamanho da minha

altura. Somos galinhas, seres concretos e históricos.

Mas, jamais devemos esquecer nossa abertura

infinita, nossa paixão indomável, nosso projeto

infinito: nossa dimensão águia. Ai de nos, se

pretendemos ser apenas águias que voam nas

alturas, que enfrentam as tempestades e tem como o

horizonte o sol e o infinito do universo. Acabaremos

morrendo de fome. A águia por mais que voe nas

alturas, é obrigada a descer ao chão para se

alimentar, caçar um coelho, uma preguiça ou

qualquer outro animal. Somos águias. Mas, devemos

reconhecer nosso enraizamento numa história

concreta, numa biografia irredutível com suas

limitações e contradições: nossa dimensão galinha.

Sejamos galinhas e águias: realistas e utópicos

enraizados no concreto e abertos ao possível ainda

não ensaiado andando no vale, mas tendo os olhos

na montanha. Recordemos a lição dos antigos: se

não buscarmos o impossível (a águia) jamais

conseguiremos o possível (a galinha)”. (BOOF,

1997, p.102).

APRESENTAÇÃO

Este Caderno Pedagógico tem como objetivo auxiliar na implementação do projeto em

sala de aula no terceiro período do Programa de Desenvolvimento da Educação.

Visto que a maioria dos educandos do Ensino Fundamental não têm interesse pela

leitura literária, buscou-se caminhos alternativos para tornar a leitura mais prazerosa e eficaz,

pois são barreiras encontradas nas aulas de Língua Portuguesa.

Diante disso, o caderno pedagógico com a 5ª série, terá o propósito de realizar a leitura

literária através de novas metodologias de ensino, a fim de mostrar aos educandos que ler não

é apenas decifrar sinais e assim, ajudá-los a encontrar o verdadeiro prazer pela leitura.

Pretende-se, também, com esta implementação mostrar como a prática diária do

docente pode ser instrumento mediador diante da problemática de incluir o negro no processo

político e sociocultural, recuperando sua história e, portanto, reconhecendo seu merecimento.

Após várias observações de situações vivenciadas de racismo, preconceito e

discriminação racial no cotidiano escolar, notou-se a necessidade de um diálogo a respeito

dessa temática afro-brasileira/africana em sala de aula. Verificou-se que é fundamental

cooperar com a promoção da igualdade étnico-racial no recinto escolar.

Optou-se iniciar as atividades com uma nova proposta metodológica para o ensino da

leitura literária com os alunos e promover a igualdade racial/étnica no ambiente escolar,

partindo dos contos africanos.

Para que isso aconteça é imprescindível desenvolver a ação da leitura por prazer e

desse modo “dar o pontapé inicial” para a valorização às diversidades étnicas e culturais,

tornando possível afastar, minimizar o preconceito racial.

O mundo africano possibilita à criança afro-brasileira um referencial positivo, pois é

rico de valores e tradições. Pode-se identificar nas narrativas o modo de vida africano, sua

religiosidade, as atividades desenvolvidas nas comunidades, às relações entre as pessoas e

familiares, a culinária, a música e até as vestimentas usadas nos cerimoniais.

Surge, assim, a necessidade de construir referenciais positivos de ser afro-descendente,

pensando sobre atitudes preconceituosas, buscando o respeito à diversidade e à promoção da

igualdade de oportunidades.

As práticas metodológicas para o ensinamento do letramento literário, iniciando com

os contos africanos, cooperam para o prazer pela leitura e em defesa da igualdade; contra o

racismo, a discriminação e o preconceito racial que reinam na escola e na sociedade em geral.

Os professores devem tornar as aulas produtivas e prazerosas ao educando, para que

este aumente sua capacidade de leitura da maneira esperada e saiba posicionar-se frente à

leitura realizada. Para isso acontecer o ideal é realizar um trabalho diferenciado das

metodologias tradicionais que estão nos estabelecimentos de ensino. Os procedimentos de

ensino tradicionais qualificam, tratam a literatura com ênfase no estudo fragmentado de obras;

usam o texto literário para pretexto do trabalho com gramática e para o exercício da reescrita;

estuda a periodização literária, isso tudo sem nenhum significado para os educandos; enfim,

os textos literários estudados em sala de aula são limitados, são os modelos apresentados pelo

livro didático.

As estratégias e os métodos levados para a sala de aula como: resumos, questionários,

fichas de leitura, provas, entre outros, não motivam os leitores à leitura literária, mas causam

o desprazer pela leitura.

Recorrendo às alternativas para tornar o ato de ler prazeroso e constante, almejando

um ambiente que incite o respeito à diversidade, o caderno pedagógico principiará com os

contos africanos e depois com outros textos de vários gêneros discursivos.

A proposta de letramento literário de Rildo Cosson (2006) é uma das mais importantes

de ensino de literatura que em seu livro: “Letramento Literário: teoria e prática” revela duas

sequências a serem trabalhadas, às quais intitula de sequência básica (ensino fundamental) e

expandida (ensino médio).

Nesse panorama, o comprometimento aqui exposto mostrará que se pode começar o

trabalho de escolarização da literatura através da sequência básica e depois pode-se compor

outra, para que a proximidade do educando com a literatura seja uma procura contínua de

acepção própria ou figurada para o texto literário.

A intenção com as atividades aqui descritas é que elas possam cooperar para uma

alteração nas práticas pedagógicas do ensino de leitura literária, despertando o prazer por essa

leitura, combatendo o racismo, à discriminação e o preconceito racial na sala de aula.

Embora se saiba que seja impossível uma escola igual para todos, acreditamos que seja

possível a (re) construção de uma instituição de ensino que reconheça que os educandos são

diferentes, que possuem uma cultura diversa e que repense o currículo, a partir da realidade

existente dentro de uma lógica de igualdade e de direitos sociais.

Segundo Cosson (2006, p.23) a literatura deve ser ensinada na escola:

[...] devemos compreender que o letramento literário é uma prática social e,

como tal, responsabilidade da escola. A questão a ser enfrentada não é se a

escola deve ou não escolarizar a literatura, como bem nos alerta Magda

Soares, mas sim como fazer essa escolarização sem descaracterizá-la, sem

transformá-la em um simulacro de si mesma que mais nega do que confirma

seu poder de humanização.

No letramento literário o professor não pode unicamente ordenar que o aluno leia uma

obra e ao término da leitura realize uma prova ou preencha uma ficha, pois a leitura é

composta a partir dos mecanismos que o estabelecimento de ensino desenvolve para a

competência da leitura literária.

CONTO AFRICANO NA SALA DE AULA

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem

ou ainda por sua religião. Para odiar as pessoas precisam aprender; e, se

podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar!” Nelson Mandela

Inicialmente, o que se percebe nas escolas é um estudo fracionado e estereotipado

quando se trata da pluralidade cultural. O negro sendo ligado à música, ao tambor, à dança e à

comida. Representa que o povo negro, não produz literatura, e se produz, ainda não está

inserida no currículo.

A literatura africana não é conhecida pela grande maioria da população, que muitas

vezes, prejulga, agrega às narrativas ao candomblé (religião africana), por algumas mostrarem

os orixás nos seus textos. A literatura africana é ampla e importante, então, torna-se necessário

quebrar o modelo de que somente o patrimônio europeu deve prevalecer e que as culturas das

classes que pertencem à minoria, só sejam levadas em consideração no horizonte folclórico.

Para tanto, deve-se procurar meios de conhecer a diversidade do povo africano e, socializá-la

na sala de aula, tendo o propósito de despertar nos educandos a autoestima em ser

afrodescendentes. Uma das possibilidades iniciais para tentar acabar com o racismo, a

discriminação e o preconceito racial são os contos africanos, os quais manifestam um mundo

desconhecido, formado de reis, príncipes, orixás e homens fortes que combateram pela

liberdade.

A literatura africana refere-se ao cotidiano, ao trabalho, à guerra e ao amor. Neles os

negros não estão representados como escravos, passivos e fracos que suportaram o cativeiro

forçado pelos europeus. São representados como homens fortes, soberanos de sua vontade,

filhos da divindade que se juntam de forma organizada, para apresentar ou sustentar

argumentos em prol dos ideais que acreditam.

Os contos africanos dão valor à leitura como fonte de formação, informação e

aproximação ao mundo da literatura africana. Esses contos e seu universo mágico contribuem

para a formação de leitores através da promoção da leitura, passaporte para o prazer da leitura

literária.

O caráter próprio dos contos exprime formas específicas de transferência dos valores

da tradição, formadores de caráter educativo, em que o conhecimento adquirido na vida é

capaz de gerar sabedoria.

Nessa perspectiva, nota-se a vital importância em ponderar elementos para construção

de um referencial positivo de ser afrodescendente, reflexionando sobre atos preconceituosos e

provocando à crença na liberdade, no respeito, na paciência, na aceitação e na apreciação de

tradições e valores. Para isso acontecer é necessário realizar intervenções pedagógicas que

contemplem a diversidade cultural, garantindo a construção de valores de respeito mútuo e de

convivência agradável entre os povos.

Cavalleiro (2006, p.69) menciona que o preconceito, às vezes, começa nos lares onde

as ligações constituídas manifestam por meio de práticas e discursos à concepção de diferença

a partir de uma visão negativa, errônea do outro. Não adianta apenas trazer personagens

negras e abordagens sobre o preconceito. É imprescindível a atenção no modo como são

trabalhados o texto e a ilustração.

Para trabalhar com diversidade étnico-racial, o professor precisa ser cuidadoso com os

materiais. Devem-se apresentar ilustrações positivas de personagens negras; obras onde

habitem reis e rainhas negras, deuses africanos; as conversações realizadas durante a leitura

devem elevar a autoestima dos (as) alunos (as) negros (as); que representem, sem estereótipos,

a população negra brasileira.

Enfim, não interessa o pertencimento étnico-racial dos estudantes, todos (as) têm

direito a ter acesso às obras literárias compromissadas com a igualdade das relações étnico-

raciais.

A cultura brasileira não seria a mesma sem a participação dos negros, que vieram da

África e foram escravizados na época do Brasil Colônia. Por isso, apresentar elementos da

cultura desse continente para a sala de aula, através dos contos, é essencial para que as

crianças admitam, identifiquem, reconheçam a contribuição africana para o Brasil.

Este trabalho tem como base a aprovação e a implementação da Lei 10.639 de

09/01/2003, que dimensiona o ensino de História da África e Cultura Afro-brasileira no

currículo escolar, tornando-o obrigatório na educação básica; fundamentado pelo Parecer do

CNE/CP003 (BRASIL, 2004), que principiou vastos debates sobre a identidade da cultura

afro-brasileira, como o combate à discriminação racial no espaço escolar em seus diferentes

níveis de ensino. Essas políticas públicas escolhidas pelo Governo Federal têm o propósito de

retratar-se e admitir às desigualdades raciais e sociais experimentadas pelos negros e negras.

Esses documentos certificam que o assunto das relações étnico-raciais seja tratado em

todos os sistemas de ensino, a partir de um estudo que mostre, eleve o valor da diversidade

em nosso país (SANTOS, 2005, p.68).

Para pôr essa lei em prática, a leitura literária pode questionar sobre a maneira como

são tratados os negros e seus descendentes nos contos e outros gêneros textuais, uma vez que

é claro, nítido o racismo, a discriminação e o preconceito racial.

Nesta perspectiva, o compromisso aqui levantado é de que realizando a leitura de

contos africanos e de outros gêneros textuais que abordem questões étnico-raciais, o professor

possa desenvolver uma prática pedagógica que correlacione com os anelos da Lei 10.639/03.

A população do Brasil é culturalmente afro-brasileira e por isso, amparar, defender,

apoiar e dar valor ao estudante negro (a) não representa mera bondade, mas inquietação com a

própria identidade dos brasileiros que têm base africana.

A Lei Federal nº 10.639/2003 que modifica a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional determinadas pela Lei nº 9394/96, ao tornar obrigatório o ensino sobre História e

Cultura Afro-Brasileira e Africana nas instituições de Ensino Fundamental e Médio, garante o

direito à igualdade de condições de vida e de cidadania, assim como assegura igual direito às

histórias e culturas que formam a nação brasileira, além do direito de aproximação às

diferentes fontes da cultura nacional a todos os brasileiros. Cumprir a Lei é compromisso da

sociedade em geral.

Em resumo, a organização do ensino sistemático e constante com os contos africanos

desempenhará importante estratégia didática, tanto para a promoção da igualdade das relações

étnico-raciais na escola, como sendo o gênero textual que contribuirá para despertar o prazer

pela leitura literária.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Este trabalho prático de letramento literário será realizado no Colégio Estadual Profª

Izabel F. Siqueira – Ensino Fundamental e Médio de Reserva do Iguaçu-PR, segundo o

referencial teórico proposto pelo professor Rildo Cosson em seu livro Letramento Literário:

teoria e prática (2006). Serão necessárias dezesseis (14) aulas para a realização da intervenção

pedagógica.

A metodologia que será utilizada para a realização da intervenção pedagógica/caderno

pedagógico com os alunos da 5ª série do Ensino Fundamental é a proposta denominada

sequência básica. “[...] a sequência não é algo intocável”. (COSSON, 2006, p.72).

A seguir, o desenvolvimento a partir de contos africanos e demais gêneros:

Nas quatro etapas da sequência básica a motivação (p.51) se dará de forma lúdica, nela

incita-se o estudante para a leitura ofertada; tenta-se diminuir a distância entre o leitor e a

obra; estuda-se o tema do livro e a estrutura do texto; instiga-se a curiosidade do aluno; isso

tudo deve ocorrer no máximo em uma aula.

A introdução (p.57) precisa ter duração de mais ou menos uma aula e trará

informações básicas sobre o autor e a obra selecionada, apresentando a razão da escolha, a fim

de diminuir a sensação de imposição da leitura. Para o aluno ter o prazer da descoberta é

necessário não apresentar a síntese da obra. Deve-se explorar os elementos textuais como

capa, contracapa e orelhas. Outra sugestão é efetuar uma pré-leitura coletiva das partes

principais do livro, levantando hipóteses e estimulando os estudantes a confirmá-las ou

rebatê-las depois de terminada a leitura integral, explicando às razões da primeira impressão.

E, para terminar, faz-se a leitura das impressões críticas e do prefácio da obra, já que essas

informações são importantes para a compreensão, bem como os pontos de vista diferentes que

proporcionarão elementos para debates que surgirão.

A terceira etapa do método é a da leitura (p.61) propriamente dita. Tem o propósito de

observar atentamente a leitura dos alunos, mas sem fiscalização, com o intuito de ajudá-los

em seus obstáculos, “apuros”, como por exemplo, vocabulário, ritmo de leitura, interação com

o texto e estrutura composicional. Contudo, quando o texto for mais extenso ou um livro, essa

maneira de trabalho pode não ter um bom resultado; mais vantajoso será fazer a leitura de um

texto curto na sala de aula e de um maior, com o mesmo assunto, em lugares favoráveis como

a casa do educando, embaixo de uma árvore, em salas de leitura ou bibliotecas.

Durante essa etapa, o professor deve solicitar aos estudantes que exponham os

produtos de suas leituras nos intervalos (pausas que o professor faz para verificar o

desenvolvimento da leitura). O ideal é realizar no máximo três intervalos no transcorrer do

processo e podem ser postos em prática por meio de conversação com a turma/sala a respeito

do texto lido e também através de diversas atividades mais específicas.

Os intervalos que integram as atividades específicas podem ser executados de diversas

maneiras. São exemplos para o emprego de intervalos: a leitura de outros textos em

conformidade com o texto estudado, permitindo a percepção da intertextualidade; a leitura

coletiva de um trecho de uma obra para estudar os elementos estilísticos. Ainda nos intervalos

é necessário tornar possível estabelecer a aferição da leitura e também responder a certas

dificuldades ligadas à compreensão de vocabulário ou de partes do texto. O espaço de tempo

destinado à leitura não deve se prolongar muito para que não caia por terra a finalidade da

tarefa.

Por fim, acontece o período da interpretação (p.64), parte mais considerável do

método, instante da formação do sentido do texto. A partir das informações agregadas nas

etapas precedentes, os educandos farão a dedução de uma informação a partir de outra, isto é,

momento em que o sentido do texto principia a sua construção.

A interpretação pode ser planejada em dois momentos: a interpretação interior e a

exterior, consequência do processo trabalhado nas duas etapas iniciais do método. Isso

acontece na ocasião que o aluno teve o ensejo de principiar a compreensão da obra até chegar

à concretização da interpretação, como processo de construção do sentido.

O momento interior abrange a decifração. Também chamado de “encontro do leitor

com a obra” não pode ser trocado pelo resumo do livro, filmes, minisséries, entre outros. Já o

momento exterior é a “[...] materialização da interpretação como ato de construção de sentido

em uma determinada comunidade” (COSSON, 2006, p.65).

No momento externo da interpretação, nota-se a diferença entre o letramento literário

posto em prática nos estabelecimentos de ensino e a leitura literária que o aluno realiza de

maneira independente.

Depois desses dois momentos, há a socialização e o “[...] compartilhar a interpretação

e ampliar os sentidos construídos individualmente. A razão disso é que, por meio do

compartilhamento de suas interpretações, os leitores ganham consciência de que são membros

de uma coletividade e de que essa coletividade fortalece e amplia seus horizontes de leitura.”

COSSON (2006, p.65)

Baseado na teoria desenvolvida pelo autor, para o estudante ter prazer na leitura deverá

sujeitar-se ao letramento literário. O estabelecimento de ensino tem nesse momento que

assumir o compromisso pelo desenvolvimento, formação e consolidação de educandos

leitores críticos, agentes de transformação da própria vida e do mundo em que vivem.

Nesta etapa, o andamento a seguir será o de anotar as atividades trabalhadas. As

anotações alteram-se conforme o tipo de texto estudado. O professor deve escolher qual opção

para registro é a mais apropriada ao contexto dos estudantes. Pode ser realizado diário

anônimo, júri simulado, feira do livro, entre outros. De acordo com o teórico (2006, p.68), um

dos objetivos dessa etapa é “dar ao aluno a oportunidade de fazer uma reflexão acerca da obra

lida e externalizar essa reflexão de forma explícita, permitindo o estabelecimento do diálogo

entre os leitores da comunidade escolar”.

Essa sugestão procura cooperar com a carência dos educandos, que é despertar,

estimular o prazer pela leitura literária, colaborando para a formação de leitores que em outros

contextos terão convivência com outros textos literários.

Para Rildo Cosson (2006, p.121), “[...] não há compromisso com as teorias sobre

criatividade nas quais as oficinas usualmente se inserem”.

http://www.dominiopublico.gov.br/download/cp000132.gip

Cultura?

"Acre cultura que só vê o negro

na agricultura e em áreas afins.

E quem pode negar Zumbi

na ação de reinar?

E Rebouças e seu esquadro?

E Gil e a canção?

E Solano e a poesia?

E Pelé e o futebol?

E a luta de Abdias?

E a deputada Bené?

E a saga de Luís Gama?

E João Cândido e o seu mar?

E Ismael Ivo e a dança?

E Pixinguinha e a música?

E o gênio de Nei Lopes?

E a Oxum que reinou

no reino de Gantois?

Acre cultura de branco

que é esquálida

porque quer."

(Luiz de Melo Santos, poeta, negro)

UNIDADE I

MOTIVAÇÃO (1 AULA)

Professor: Vamos preparar o aluno para a leitura do texto (forma lúdica).

É a preparação do leitor para receber o texto literário.

Brancos, pretos, amarelos

I.L.Peretz/Trad: Tatiana Belinky

Brancos, pretos, amarelos,

Vamos misturar as cores.

De um só pai nos descendemos,

São irmãos todos os homens.

Um só Deus criou a todos,

Uma pátria só – o mundo.

São irmãos todos os homens,

Isso está bem constatado.

São irmãos todos os homens,

Brancos, pretos, amarelos.

Diferentes são as cores,

Mas igual é a natureza.

[...]

São iguais todos os homens,

Brancos, pretos, amarelos.

Povos, raças – diferenças

São histórias inventadas.

Um assunto puxa o mesmo assunto

Assistir o livro eletrônico do Projeto “A Cor da Cultura”, a história da “Menina

Bonita do Laço de Fita” (4min64s). Apresentação de Vanessa Pacale. Disponível em

www.acordacultura.org.br e/ou www.futura.org.br ou no DVD nº1: Livros Animados,

encontrado nas escolas municipais. Também encontramos o vídeo no DVD TVESCOLA,

Volume II, Literatura, Parte I, Programa 31, Episódio 1.

Antes de apresentar o vídeo, iniciar a aula com uma conversa informal

perguntando: Com quem cada um se parece? Todos são iguais? Por que as pessoas são

diferentes? (entre outras)

No vídeo a apresentadora conta-nos um pouco sobre a vida da escritora: Ana

Maria Machado.

Durante a apresentação do vídeo: parar e fixar algumas imagens, tecendo

comentários sobre: a beleza da menina, sua cor, suas atividades, etc.

Após o vídeo fazer reflexões, como: Coelho branco pode ter filhote preto?

Explicitar que cada ser humano tem suas características, procedentes de sua família. Desse

modo, somos únicos, diferentes, importantes, especiais.

Se não apresentar o vídeo e trabalhar com o livro “Menina Bonita do Laço de

Fita” (Ana Maria Machado, 2002, Editora Ática, Ilustrações de Claudius) mostrar a capa e

indagar: Quem será esta garota? Quais suas características físicas? Depois da iniciação, ouvir

o que os educandos têm a dizer; segundo passo: apresentar o livro (fazendo a leitura e

mostrando as imagens).

O livro “Menina Bonita do Laço de Fita” também pode ser digitalizado para ser

assistido na televisão multimídia. Pode-se criar outras imagens para ilustrar a história e até

incluir som.

História disponível: http://contandoradehistorias.blogspot.com/2008/01/na-espera-

menina-bonita-do-lao-de-fita.html.

O poema “Brancos, pretos, amarelos” pode ser ilustrado no Power Point para ser

exibido na televisão multimídia. Se quiser colocar uma música (som) é interessante (chama a

atenção, sensibiliza mais o aluno).

Entregar a cada educando uma cópia do poema ou escrevê-lo no quadro de giz.

Para trabalhar com o poema: cada fila pode ler uma estrofe e/ou cada estudante

que se prontificar pode ler um verso e/ou uma estrofe e assim por diante.

Fazer com que observem e comentem sobre o assunto/tema do poema e do

vídeo/livro.

O poema “Brancos, pretos, amarelos” está no livro: I.L.Peretz.In:Di-versos

hebraicos. Tradução de Tatiana Belinky. São Paulo, Scipione,1991. Poema disponível em:

http://meusprojetos-irene.no.comunidades.net/index.php?pagina=181581497320.

a) De que trata o poema? O que levou o autor a escrevê-lo?

b) Você concorda com a mensagem transmitida no vídeo?

c) Busque em suas lembranças: você já leu alguma história em quadrinhos ou algum

conto que tivesse um príncipe negro ou donzela negra?

d) Você notou algum tipo de relação entre o poema e o vídeo?

e) O que mais chamou a atenção na história que você assistiu?

f) Por que os coelhinhos nasceram um de cada cor?

g) Qual a cor da pele da garotinha? Ela é parecida com a mãe? Por quê?

h) Há em sua família pessoas com o mesmo tom de pele da menina da história?

i) Crie desenhos livres (espontâneos) sobre o poema.

No DVD nº1 temos ainda as histórias: “O Menino Nito”; no nº2 encontramos “Ifá,

o Advinho, “A Botija de Ouro” e “O presente de Ossanha”; no nº3: “Os dois Meninos de

Tatipurum” e “Bruna e a Galinha D’Angola”.

Pode-se também contar a história “Menina Bonita do Laço de Fita utilizando o

biombo e fantoches e/ou apresentar através do teatro de sombras.

Oferecer revistas, livros para que os educandos encontrem imagens (figuras,

fotos) de pessoas da mesma cor de pele da menina. É necessário que relatem o que estão

vendo: as características, suposta profissão, idade, etc. Solicitando que observem qual a

atividade ou que “papel” que ela (e) desempenha, representa na ilustração.

Os alunos podem fazer um desenho ilustrativo do livro ou do vídeo.

Sugestões

Atividade Oral

Como o livro é de poucas páginas, o professor pode tirar cópias diminuindo o

tamanho da letra e das figuras e assim, montar um livrinho para cada aluno.

Após conversação com os professores, referente à implementação no

estabelecimento de ensino, vários docentes aceitaram a ideia de trabalharmos

interdisciplinarmente. Os parceiros são das disciplinas de História, Geografia, Arte, Ensino

Religioso, Educação Física, Inglês e Ciências. Os assuntos (conteúdo) serão relacionados com

a África, todos trarão informações/conteúdos (clima, localização geográfica, países e mapa,

colonização, costumes, idioma, dança, música, descendentes, história da África, riqueza e

influência da cultura, culinária, escravidão, etc.) que aumentarão o conhecimento do aluno,

ajudando na promoção da igualdade das relações étnico-raciais na escola.

Observação

UNIDADE II

INTRODUÇÃO (1 AULA)

Professor: Vamos trazer, neste momento, informações básicas sobre a

obra, o autor do livro que será trabalhado em sala de aula e a razão da

escolha; o essencial é instigar a curiosidade e levantar hipóteses.

Levar o livro original (a obra) para a sala de aula. O aluno deve manuseá-lo para

aguçar sua curiosidade.

Apresentar aos educandos informações básicas sobre o autor (sem muitos detalhes

biográficos) e da obra selecionada: “Meus Contos Africanos,” seleção de Nelson Rolihlahla

Mandela, 2009.

Justificar a escolha do conto e sua importância, a fim de diminuir a sensação de

imposição da leitura.

Explicar e localizar com os educando o que é capa, contracapa, orelha e prefácio.

Entregar aos estudantes a cópia (xerox) da capa, contracapa, prefácio e orelhas.

Realizar a leitura coletiva do objeto livro, levantando hipóteses sobre a leitura realizada da

orelha, capa, contracapa, prefácio e impressões críticas presentes na obra. Estimular os

estudantes a confrontá-las ou rebatê-las, depois de terminada a leitura integral, justificando a

razão da primeira impressão.

No momento de socialização é importante que os alunos compartilhem os

conhecimentos construídos. Isto favorece o desenvolvimento da oralidade, portanto, deverá

ser dirigido pelo professor.

Atividades

a) Você julga o livro pela capa?

b) Qual o critério que utiliza para escolher um livro para leitura?

c) Solicitar que formulem todas as hipóteses possíveis sobre o conteúdo do livro (a

partir dos elementos visualizados).

d) Observou algo que não agradou ao manusear a obra?

e) Este livro faz com que recorde de outro que já tenha lido?

f) Quais animais observou na capa?

g) Qual a sua opinião sobre as ilustrações? Gostou? Qual prefere?

h) Lembra-se de ter ouvido falar de Nelson Mandela?

i) Sabe o que é ícone? Quem é Nelson Mandela e porque ele é considerado um

símbolo nacional e mundial?

j) Por que Mandela separou uma coletânea de contos africanos para crianças?

“O livro Meus Contos Africanos. Seleção Nelson Mandela (2002). Tradução de

Luciana Garcia, Editora Martins Fontes, 2009, faz parte do acervo do programa Nacional

Biblioteca da Escola – PNBE 2011, composto por várias obras literárias. Elas foram

encaminhadas para as escolas com o objetivo de garantir a vocês, alunos e alunas, professores

e professoras e demais profissionais da escola, o acesso à cultura e à informação, estimulando

a leitura.

Caro (a) professor (a)

Indagação Oral

Do berço da humanidade, surge o caleidoscópio de um livro que retrata a África

em sua miríade de facetas e cores: o brilho ofuscante do quente sol africano, o tom azul das

montanhas no horizonte, o repouso misericordioso oferecido pela água e pela mata, os

estratagemas e a malícia das criaturas, tanto animais como humanas, que povoam esse vasto

continente selvagem, e sua generosidade humana, seus grandes corações e seu riso sempre

presente. Aqui são encontrados contos tão antigos quanto a própria África, contados ao redor

de fogueiras no final do dia desde tempos imemoráveis, contos herdados dos povos San e

Knoi, originalmente caçadores e criadores de animais pioneiros, deixados à imaginação

daqueles que vieram do mar em grandes embarcações de velas ondeantes” (trecho retirado da

contracapa do livro “Meus Contos Africanos”).

Nos colégios estaduais encontramos alguns livros: Contos Africanos dos Países de

Língua Portuguesa; O Segredo das Tranças e Outras Histórias Africanas; “O negro em

Versos; Malungos na Escola. Questões sobre culturas afrodescendentes e educação; Sikulume

e Outros Contos Africanos; “O príncipe medroso e outros contos africanos”.

Deixar claro ao aluno no momento das explanações: Prefácio: palavras de

esclarecimento, justificação ou apresentação, que precedem o texto de uma obra literária, do

próprio autor, editor ou outra pessoa de reconhecida competência ou autoridade. Orelha: parte

da sobrecapa ou da capa de certos livros brochados que se dobra para dentro, sendo também

chamada aba ou asa. Em geral contém dados bibliográficos do autor e comentários sobre o

livro. Contracapa: o lado interno da capa; cada uma das duas faces internas da capa. Fonte:

Moderno Dicionário da Língua Portuguesa-Michaelis, Editora Melhoramentos, 2009, 812 p.

Sobre Nelson Rolihlahla Mandela: É um importante líder político da África do

Sul, que lutou contra o sistema de Apartheid no país. Nasceu em 18 de julho de 1918 na

cidade de Qunu (África do Sul). Mandela, formado em direito, foi presidente da África do Sul

entre os anos de 1994 e 1999. O apartheid, que significa "vida separada", era o regime de

segregação racial existente na África do Sul, que obrigava os negros a viverem separados. Os

brancos controlavam o poder, enquanto o restante da população não gozava de vários direitos

políticos, econômicos e sociais.

[...] Este dia, conhecido como “O Massacre de Sharpeville”, fez com que Mandela

passasse a defender a luta armada contra o sistema.

[...]

Mandela permaneceu preso de 1964 a 1990. Nestes 26 anos, tornou-se o símbolo

da luta anti-apartheid na África do Sul. Mesmo na prisão, conseguiu enviar cartas para

organizar e incentivar a luta pelo fim da segregação racial no país. Neste período de prisão,

recebeu apoio de vários segmentos sociais e governos do mundo todo.

Em 1994, Mandela tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul.

Governou o país até 1999, sendo responsável pelo fim do regime segregacionista no país e

também pela reconciliação de grupos internos.

[...]

Texto disponível para leitura no link:

http://www.suapesquisa.com/biografias/nelson_mandela.htm.

Segue link para acesso sobre Nelson Mandela. Biografia:

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=27778

http://educacao.uol.com.br/biografias/nelson-mandela.jhtm

http://www.klickeducacao.com.br/conteudo/pagina/0,6313,POR-3100-,00.html

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/nelson-mandela/nelson-mandela.php

http://www.brasilescola.com/biografia/nelson-mandela.htm

http://www.suapesquisa.com/biografias/nelson_mandela.htm

http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u722.jhtm

Se considerar necessário, poderá disponibilizar a cada aluno uma cópia impressa

da imagem e/ou apresentá-la através de retroprojetor ou televisão multimídia.

Imagem de Nelson Mandela disponível em:

http://blig.ig.com.br/martamoraes/files/2009/07/nelson-mandela-1918-to-2007-human-rights-

302205_730_800.jpg.

O professor poderá exibir um vídeo sobre Nelson Mandela. Após a exibição,

comentar sobre o que perceberam durante a transmissão. Sanar dúvidas e deixar uns minutos

para conversação.

Vídeos disponíveis:

http://youtu.be/jGHiIYZ_K8k (2min45s)

http://youtu.be/fAAICXGd6vc (6min15s)

http://youtu.be/RZShzi74hsg (5min23s)

http://youtu.be/OcoEHZlNoF8 (5min29s)

Filmes: “Mandela - A Luta pela Liberdade/2007” e “Invictus” /2010.

Phyllis Savory – Recontou o conto africano “A Vingança da Lebre,”p. 78, que

será entregue na próxima aula. Nasceu em 1901 numa fazenda na antiga Rodésia do Sul e que

é agora o Zimbábue. Quando criança, ela ouvia com seus colegas as histórias contadas em

volta das fogueiras – o começo de uma longa paixão pelo folclore africano. Durante sua curta

permanência em muitos países da África, ela coletou muitas histórias, concentrando-se

especificamente nas histórias a respeito da lebre. Começou a escrever apenas aos 60 anos – e

então publicou dezenove volumes de histórias num período de trinta anos.

“Sonho com o dia em que todas as

pessoas levantar-se-ão e compreenderão

que foram feitos para viverem como

irmãos.” (Nelson Mandela)

UNIDADE III

LEITURA

Professor: Chegou a hora do educando penetrar na leitura. O docente

precisa acompanhar a leitura sem policiamento, auxiliando os alunos

nas dificuldades.

Distribuir, em forma de um pequeno livro, o conto “A vingança da Lebre.” Os

alunos devem realizar a leitura e ilustrá-lo.

O segundo texto que será entregue para leitura é “Será que a minha cor vai sujar a

água?” Retirado do livro “Xixi na Cama” de Drumond Amorim, Editora Comunicação, p. 27

a 30, 1979. Para realizar a leitura deste texto o professor distribuirá uma cópia para cada

estudante e disponibilizará tempo para a realização da leitura silenciosa (com o propósito de

levá-lo a experimentar a leitura e não só ouvi-la pelo professor) em sala de aula. A seguir

conversar com os eles para diagnosticar dificuldades na leitura e equipá-los com a “bagagem”

necessária (superar os obstáculos encontrados); respondendo a qualquer “apuro’ ligado à

compreensão de vocabulário, estrutura composicional, ritmo da leitura, interação com o texto

ou de partes do texto. Em seguida, realizar a leitura coletiva.

Indagá-los a respeito de suas “impressões” sobre o texto, para identificar se os

mesmos perceberam qual é o tema (assunto). Momento de conversação com a classe.

O texto “Será que a minha cor vai sujar a água?” será dramatizado. Dividir a sala

em grupos de cinco componentes (narrador e as personagens).

Esclarecer, de uma forma clara e simples, o que é discriminação racial.

Exemplificar, discutir sobre o assunto.

Descubra, abaixo, palavras pejorativas (ofensivas, humilhantes) que estão no texto

e referem-se ao garoto (personagem principal).

P A X I O P L A R O

R E I N O S V I L H

E A Z Q W V A O F N

T X A P R E T O T I

I V A S O F U M O L

N N A T I V O S U U

H D E N T I N P Ç O

O Q E R T A B N O I

F O R M I G O S T R

B O N I T O D E M C

1) ................................. 2) .................................... 3) .......................................

Agora que conversamos, trocamos ideias e não restam dúvidas, vamos começar!

Faça um acróstico. A execução da atividade é individual. Regras: Estilo - poesia em forma

acróstica; Limite - apenas uma palavra na vertical; Tema - discriminação

racial/racismo/preconceito racial.

Acróstico é um gênero de composição, geralmente em verso, que consiste em

formar uma palavra na vertical com as letras iniciais ou finais de cada verso, gerando um

nome próprio, uma sequência significativa.

Brincando e aprendendo

aprendendo

Professor (a)

Os acrósticos já existiam na antiguidade com escritores gregos, latinos e na Idade

Média com os monges. Originou-se da palavra grega Ákros (extremo) e Stikhon (linha ou

verso), onde o prefixo indica extremidade. Mas as letras podem também aparecer no meio do

verso.

São simples, com frases, nomes, palavras que tenham ou não ligação entre si, ou

poemas completos. Podem ser encarados como atividade lúdica, tornando-se um jogo muito

interessante.

Exemplo:

Ler ... prazer

Incendiar a imaginação

Voar no céu anil

Respirar as palavras

Ouvir o coração bater

Leve para a sala de aula dicionários (apoio ao educando).

Explicar aos alunos o significado das palavras: racismo, preconceito e

discriminação racial.

Segundo a fonte: Caderno de Metodologia – Saberes e Fazeres/Modos de Sentir,

volume 2, 2006 (www.acordacultura.org.br): Racismo - conjunto de teorias e crenças que

estabelecem uma hierarquia entre as raças e/ou etnias. Preconceito Racial - conceito negativo

prévio com relação a uma determinada raça. Discriminação racial - prática discriminadora

fundamentada em princípios preconceituosos.

O conto africano “A Vingança da Lebre” está na coletânea: “Meus Contos

Africanos”. Phyllis Savory. Ilustração de Marna Hattingh. Seleção Nelson Mandela. Tradução

Luciana Garcia. Editora Martins Fontes, 2009, p. 78.

a) Que frase com conotação preconceituosa aparece no texto? Só encontrou uma

frase ou mais? Leia para a classe.

b) Você concorda com a frase: “Mas ninguém é ruim ou bom só por ser preto ou

branco. E sei que isso não é novidade nenhuma.” Justifique sua resposta.

c) Quem tinha razão no desenrolar da história?

d) Vamos mudar as personagens. Coloque-se no lugar do menino. Como você

agiria?

e) Por que os seres humanos entram em conflito com tanta frequência?

f) De que modo o preconceito prejudica o convívio entre as pessoas?

g) O que é possível ser feito para que a humanidade se torne mais sensível e

respeite às diferenças?

h) Por que os negros são ofendidos, discriminados? Comente.

i) Em sua opinião: a cor da pele do menino é o motivo da discriminação?

j) Você tem apelido? Quem colocou e por quê? Gosta dele?

O DVD nº1 Heróis de Todo Mundo, é uma obra produzida pelo Ministério da

Educação, um projeto chamado "A Cor da Cultura". São várias personalidades afro-brasileiras

vividas por atrizes e atores contando em poucos minutos um pouco da história de vida. Ele

tem o papel de difundir a história de heróis negros que não constam nos livros de história e

que consagram a presença do negro no Brasil, para além do período escravocrata. Cada vídeo

tem duração de um minuto e trinta segundos. São 30 documentários apresentando aspectos da

biografia de cidadãos e cidadãs brasileiras afrodescendentes, atuantes na nossa História nos

Sugestões

Conversando sobre o texto...

Um olhar sobre as diferenças

campos da cultura, da ciência e da vida política. A trajetória destes heróis é apresentada por

outros ilustres negros brasileiros, que reproduzem suas falas e, no final, dizem seu nome e

área de atuação, qualificando-se, orgulhosamente, como “cidadão (cidadã) negro (a) brasileiro

(a).

Livros: Alfabeto Negro/Autora: Rosa M. Carvalho Rocha; Histórias da

Preta/Autora: Heloísa Pires Lima; Luana – a menina que viu o Brasil neném/Autores: Aroldo

Macedo e Oswaldo Faustino; Pretinho, meu boneco querido/Autora: Maria Cristina Furtado;

Felicidade não tem cor/Autor: Júlio Emílio Braz; Tanto, Tanto/Autora: Trish Cooke; Os

comedores de palavras/Autores: Edimilson A. Pereira e Rosa Margarida Rocha; Coleção

Bichos da África (4 volumes)/Autor: Rogério A. Barbosa.

Subsídio de apoio - sugestões de filmes, documentários para trabalhar na escola as

relações étnico-raciais: Adivinhe quem vem para jantar (1967); Além de trabalhador, negro

(documentário); Alguém falou de racismo? (documentário); Amistad; Angola (documentário);

Atlântico negro: na rota dos orixás (documentário); A cor da amizade; Besouro: da capoeira

nasce um herói; Bopha! À flor da pele; História dos Quilombos do Estado do Rio de Janeiro -

a verdade que a história não conta; Hotel Ruanda; Jornada pela liberdade; Kiriku e a feiticeira;

Mandela – A luta pela liberdade; Marcha Zumbi dos Palmares contra o racismo, pela

cidadania e a vida (documentário); O Sol é para todos; O xadrez das cores; Os donos da rua

(1991); Pastinha – uma vida pela capoeira; Pretos contra brancos; Quando o crioulo dança?

(documentário); Quanto vale ou é por quilo?; Quase deuses; Quilombo; Quilombo espaço de

resistência; Retrato em preto e branco; Vista a minha pele (documentário); Xica da Silva; A

outra história americana; Malcolm X; A autobiografia de Miss Jane Pittman; Tempo de matar;

Mississipi em chamas; As barreiras do amor; Um grito de liberdade; Duelo de Titãs; O grande

debate; Em minha terra; Os soldados Búfalos; A história de um soldado; A cor púrpura;

Longe do paraíso; Animal; Febre da selva; Segredos e Mentiras; Hurricane - O Furacão; No

calor da noite; Um grito de Liberdade; Conduzindo Miss Daysi; Panteras negras (Panther);

Uma escola muito louca; Homens de honra; Imitação da vida; O massacre de Rosewood;

Fantasmas do passado; Tempo de Glória; A História de Rosa Parks; O poder de um jovem;

Estrada para a glória; Mississipi em chamas; Assassinato no Mississipi.

Quer outros filmes? Documentários? Sugiro: www.portacurtas.com.br

http://www.pbh.gov.br/cultura/crav/aacrav.htm e www.cedefes.org.br/new/index.php.

UNIDADE IV

Vocês levaram o conto “A Vingança da Lebre” (Zâmbia) para casa. Estão lendo?

Podemos conversar sobre ele? Pode contá-lo? Observaram que a narrativa é agradável e

divertida?

Entregar aos educandos os exemplos abaixo de dobraduras (coelho e boi). Iniciar

em sala de aula com a colaboração do professor e terminar em casa a tarefa.

Disponível em: http://crisantoniol.blogspot.com/2010/08/obrigada-geyse-

httppicasaweb.html e http://terapiadopapel.blogspot.com/2011/01/2011-paz-e-tranquilidade-

no-ano-do.html. Vídeo no link: http://www.youtube.com/watch?v=My4gCmtw1LE.

Intervalo de leitura

UNIDADE V

INTERPRETAÇÃO

Professor: Nesta etapa é o momento da interpretação, parte mais

considerável do método. Chegou o momento da construção do sentido do

texto.

Faça uma HQ mudando o desfecho do texto: “Será que a minha cor vai sujar a

água?”

Dicas:

1. Elabore um roteiro. Coloque no papel como será a história toda, incluindo

personagens e suas falas.

2. Calcule quantos quadrinhos sua história vai ter. Tente descobrir de quantas

páginas ela precisa. Por exemplo, se forem 12 quadrinhos, você pode colocar em 2 páginas e

com 6 quadrinhos cada uma.

3. Pense na diagramação. Diagramar é decidir a forma e o tamanho dos

quadrinhos, lembrando que um pode ser o dobro dos outros e/ou ocupar uma tira inteira.

4. Invente as personagens. Qualquer "coisa” que existe pode virar uma

personagem. Basta um par de olhos, duas pernas ou qualquer característica para "animar" algo

que não tem vida. Se preferir pode fazer colagem.

5. Comece pelos balões das personagens e depois faça os desenhos. Geralmente,

você se empolga com o cenário, as personagens, e não sobra espaço para os balões. Fica tudo

encolhido e ninguém consegue ler direito.

6. Use apenas letras maiúsculas. Capriche bem nas letras para ficarem mais ou

menos do mesmo tamanho. Você pode destacar palavras importantes ou gritos com cores

mais fortes. Escreva as letras antes de contornar com o balão adequado.

Produzindo

7- Capriche no desfecho. O final é muito importante. É o desfecho do seu

trabalho. Imagine que todo leitor gosta de uma surpresa no final. Coloque a palavra "fim" no

último quadrinho.

8- Não esqueça o título. Quando souber como será sua história, invente um título.

Lembre-se de deixar espaço no início da primeira página.

9- Não complique! Se a cena for complicada para desenhar, pense em outra.

Sempre há uma solução mais simples. Se a frase for comprida demais, corte o que não faz

falta.

10- Faça a lápis. Depois passe a caneta. Deste modo, poderá mudar algo que não

gostou, diminuir os textos, entre outras coisas.

Obs: As dicas acima serão entregues aos alunos. As histórias em quadrinhos

ficarão expostas na sala de aula e/ou no saguão do estabelecimento.

Vamos responder as questões abaixo?

a) Qual seria sua atitude se você fosse o fiscal? Agiria igual a ele?

b) Que outro título daria ao texto? Por quê?

c) O título é pertinente em relação ao tema apresentado?

d) Apareceram no texto palavras que desconhecia o significado? Quais foram?

e) É possível descobrir o significado de algumas delas no contexto ou foi

necessário consultar o dicionário?

f) Já vivenciou alguma situação parecida com a do menino? Foi vítima de algum

tipo de preconceito? Comente.

g) Você presenciou algum fato real de discriminação, preconceito? Como você

agiu no momento do acontecimento? Com quem foi? Pode contar?

h) Existem várias músicas que nos remetem ao assunto do texto. Conhece

alguma? Qual?

i) Você já agiu de forma preconceituosa? Pode comentar?

j) O conflito do texto foi solucionado?

Dialogando

Vamos brincar um pouco!

Leia as quadrinhas abaixo e depois faça uma paródia. Não esqueça que o

assunto/tema é discriminação e preconceito racial.

Lá no fundo do quintal

Tem um tacho de melado

Quem não sabe cantar verso

É melhor ficar calado.

Chupei uma laranja

A semente joguei fora

Da casca fiz um barquinho

Para levar você embora.

Paródia é a recriação de um texto, uma reescritura de caráter contestador, irônico,

zombeteiro, crítico, satírico, humorístico, jocoso...

O que é uma quadra popular? É a forma lírica mais comum entre o povo. Foi

também utilizada por poetas de renome. Composta por quatro versos, a rima surge geralmente

(não obrigatoriamente) no 2.º e 4.º versos, sendo os outros dois versos sem rima. A quadra

popular pode ser composta por uma única estrofe ou por várias.

Professor (a):

EXPANSÃO

Vocês gostaram do conto “A vingança da Lebre”?

Vamos criar a Roda do Conto Africano para podermos ler e/ou ouvir outros

contos africanos?

Podemos escolher o local ideal para nossos encontros. A sugestão é embaixo da

árvore que fica atrás do colégio. Por que este local? Tem grama para sentarmos, há sombra,

podemos estender tapetes e almofadas para deitarmos, é fresquinho, ao ar livre, não tem

barulho, enfim ... é delicioso!!!!

Para participar da Roda do Conto Africano é necessário estar propenso a aprender a

gostar, ter prazer pela leitura literária. Ouvir e ler histórias são formas de ficar sabendo como

os outros povos vivem e pensam. Viajaremos no mundo da imaginação através da leitura

literária e compartilharemos histórias interessantes. Ficaremos próximos do universo mágico

dos contos africanos que ensinam e transformam o ouvinte, o contador e o leitor.

Para nossa Roda de Conto Africano teremos um baú repleto de contos africanos e

até outros gêneros textuais: crônica, poesia, charge, cartum, música, propaganda, notícia entre

outros.

Nos encontros, após falarmos sobre o conto escolhido, trocaremos opiniões.

Também faremos um lanche: chimarrão de coco com leite, pipoca, cri-cri (amendoim com

açúcar), suco, cueca-virada, suco entre outras delícias.

Todos aceitam? Podemos deixar certo o dia e a hora dos nossos encontros?

Sugestão: duas vezes na semana (período vespertino). O que acham? Posso ser o griot de

vocês?

Obs: Quando chover, no dia marcado para a Roda do Conto Africano,

realizaremos num local coberto (sala de vídeo, biblioteca, sala de aula).

Novidade ...Roda do

Conto Africano

Griot - O griot não tinha que trabalhar nos campos. Sua tarefa era preservar e

transmitir as histórias, lendas e canções dos povos africanos.

Contar aos alunos que depois de um bom jantar, com a lua brilhando, as pessoas

de uma aldeia na África antiga podiam ouvir o som de um tambor, chocalho e uma voz que

gritava: "Vamos ouvir, vamos ouvir!" Estes foram os sons do griot, o contador de histórias.

Havia geralmente apenas um contador de histórias por aldeia. Se uma vila tentava

roubar um contador de histórias de outra aldeia, era motivo de guerra. Os griots não eram as

únicas pessoas que podiam contar uma história. Qualquer um poderia gritar: "Vamos ouvir,

vamos ouvir!" Mas os griots eram os "oficiais" contadores de histórias.

As histórias eram sobre a tribo, outras eram das grandes guerras e batalhas e sobre

a vida cotidiana. Não havia linguagem escrita na África antiga. Os narradores acompanhavam

a história do povo.

Mil anos mais tarde, novas histórias sobre novos triunfos e novas aventuras ainda

estão sendo informadas para a aldeia pelos griots.

Vídeo sobre griot (Galissa - Griot - Mestre de Korá) disponível em:

http://youtu.be/UEL5Y7vFZmw e http://youtu.be/zQMFN-whbEU

“O verbo ler não suporta o imperativo. Aversão que partilha com alguns outros: o verbo 'amar'... o verbo 'sonhar'... bem, é sempre possível tentar, é claro. Vamos lá: 'Me ame! Sonhe! Leia! Leia logo, que diabo, estou mandando você ler!' - Vá para o seu quarto e leia! Resultado? Nulo." (Daniel Pennac)

Professor (a)

UNIDADE VI

RODA DO CONTO AFRICANO

Neste dia, da Roda dos Contos Africanos, os contos fotocopiados já estarão no

baú. Cada aluno deverá trazer seu conto ilustrado (foi entregue no terceiro dia da

implementação).

Mostrar novamente a orelha, capa, contracapa, ilustrações, tecer comentários e

instigá-los na conversação.

Leitura do conto em voz alta pelo professor (a): “A Vingança da Lebre.”

Professor (a):

a) Narre com clareza e utilize a entonação adequada na passagem que esteja

narrando.

b) Evite a teatralização exagerada já que a mesma tende a distrair os ouvintes da

narração.

c) Assegure-se de que conta com tempo suficiente para narrar o conto por

completo.

d) Observe os rostos e a expressão corporal de sua audiência para saber se está

atingindo seu objetivo.

e) Se o livro contém ilustrações, faça as pausas necessárias para que os estudantes

possam observá-las.

Como a maioria dos educandos já realizou a leitura em casa e já fizemos alguns

comentários em sala, tudo ficará mais fácil.

Não se esqueça de oferecer o lanche para os alunos.

Duração da Roda do Conto Africano: 120 min. (duas vezes por semana/

contraturno).

Se algum aluno não ilustrou o conto, agora é o momento.

Leitura

1) Fale sua impressão sobre as seguintes frases do texto:

a) “Pouco depois, foi presenteada com urros e gritos vindos da cabana.”

b) “[...] conforme a lei da terra exigia que ele fizesse.”

2) As personagens são pessoas ou animais?

3) Você já leu ou ouviu algum conto semelhante a este? Qual?

4) Qual é sua opinião sobre o comportamento da Lebre? E do Búfalo?

Comente.

5) Você gostou do desfecho do conto? Por quê?

6) O que sente ao ouvir ou ler este tipo de história?

7) As ilustrações estavam relacionadas com a história? Como?

8) As palavras usadas no conto são próprias de um conto ou há alguma

palavra que não está adequada a esse gênero.

9) Que outro título daria ao conto?

10) As hipóteses levantadas foram confirmadas? Comente.

11) Qual é a ideia de ensinamento presente neste texto? O conto condiz com a (s)

ideia (s) apresentada (s)?

12) No conto há palavras que você desconhece o significado? Quais?

Descobriu o significado de algumas delas no contexto?

13) Se você fosse o Búfalo, como agiria?

14) Gostou da história? Justifique.

15) Como seria o desenrolar da história se as personagens fossem pessoas?

16) Quem é o elemento causador de conflito no texto?

17) Que personagem mais gostou? Associe qualidades a ela (e).

Conversando sobre o

Conto

Levar juntamente com o baú de contos uma pasta ou caixa com muitas máscaras

de diversos animais. Os estudantes devem pintá-las. Não esquecer de colocar o elástico ou

barbante na máscara.

Comentar que após a pintura poderão utilizar as máscaras para dramatizar o conto

lido. Eles formarão grupos (observar para identificar se houve discriminação) e seus

integrantes decidirão como será realizada a dramatização. Os grupos podem optar por

apresentar todo o conto, apenas a parte de que mais gostaram, etc. Obs: Explicar aos alunos

que as personagens podem ser outras (cão, gato, sapo, zebra, etc).

Máscaras disponíveis em: http://tialucimar.blogspot.com/2008/09/moldes-das-

mscaras-ii.html e http://michellestipp.blogspot.com/2009_09_01_archive.html.

Dramatizando

Solicitar aos alunos que escolham qual opção de registro é a mais apropriada:

quadras, poesias, acrósticos, poemas cinéticos, tiras e/ou HQ.

Oferecer sugestões para o momento do registro: fazer a troca de personagens;

mudar o final da história; trazer para a atualidade; fazer o casamento entre os bichos, entre

outras.

As produções dos educandos farão parte de uma coletânea que será apresentada à

comunidade escolar no término da implementação do projeto.

A produção de um novo texto oferece aos educandos a oportunidade de

colocarem-se criticamente diante de uma determinada realidade; e/ou de buscarem uma forma

de extrapolar suas ideias e concepções sobre o tema em questão.

Relembrá-los: o que é um poema cinético. No poema cinético as palavras “estão

em movimento” no papel ou pelo menos, ocupando um espaço não convencional, o que lhe

confere uma forma original. Mostrar exemplo:

Disponível n íntegra em: http://amorecultura.vilabol.uol.com.br/cinetico.htm.

Registro das

Interpretações

Professor (a):

UNIDADE VII

MOTIVAÇÃO

Levar para sala de aula duas ou três fotocópias de figuras de animais (exemplos

abaixo), para que os alunos brinquem do jogo da memória. O ideal é colocar muitos animais

para ficar um pouquinho mais difícil. Deve-se colar cartolina atrás das folhas, antes de

recortar.

Conversação com os alunos para relembrá-los do conto “João e o pé de feijão.”

Conduzi-los até o laboratório de informática para assistirem ao vídeo referente ao conto.

Disponível em: http://youtu.be/qSKYe7MTROQ. Aceso em 31 jul 2011.

Distribuir aos alunos envelopes com um quebra-cabeça. Cada um deve montar o

seu. Após a montagem, o educando deve colar cada peça no seu devido lugar. Depois

colocaremos no mural e/ou na parede da sala. Exemplo:

Hora de lazer

Entregar a cada aluno uma fotocópia colorida deste cartum.

Disponível em: http://www.imageafter.com

Você já leu alguma fábula? O leão e o camundongo, a lebre e a tartaruga, a raposa

e a cegonha, a cigarra e a formiga são algumas das duplas que protagonizam fábulas muito

conhecidas.

Explanar o cartum com os educandos. Fazê-los observar detalhadamente a

imagem. Questioná-los.

a) É provável que na 4ª série/5º ano você tenha lido várias narrativas envolvendo

animais e que apresentavam esse tipo de desfecho - ensinar algo a alguém, dar

uma lição de moral. Lembra-se? Que nome dava a esses textos?

b) Recorda de alguma história? Pode contar rapidamente?

c) Qual foi o primeiro livro que leu? Qual foi a sensação?

d) Que animal você mais gosta? Que bicho gostaria de conhecer?

d) Já tentou ludibriar (enganar) alguém? Por quê?

e) Gosta de histórias que terminam com um final feliz?

f) Você sente ou sentiu medo, receio de alguém? Por quê?

g) Alguma pessoa já enganou você? Mentiu? O que ela fez? Qual foi sua atitude

quando descobriu a mentira? Você “deu o troco”? Comente.

h) Já julgou alguém pela aparência?

i) Alguma vez já teve que mentir para não apanhar de sua mãe, irmão (ã), amigo

(a) ou do seu pai? Qual o motivo?

l) Gostou do cartum? Qual a cor predominante?

m) Você gostaria de estar na “pele” da ovelha negra?

n) Precisou de linguagem verbal para compreender o cartum? Qual o assunto/tema

abordado?

Cartum: a linguagem do cartum é mais acessível ao público em geral, já que trata

de temas universais e atemporais, podendo ser compreendido por qualquer pessoa em

qualquer período. Quanto ao objetivo, os cartuns questionam, refletem, provocam humor e

também criticam, sendo que, em todos esses casos, a abordagem é mais descontraída, mais

Professor (a):

Refletindo sobre...

sutil. Relata um fato universal que não depende do contexto específico de uma época ou

cultura, sendo assim atemporal. Temas universais são frequentemente explorados em cartuns.

São temas que podem ser entendidos em qualquer parte do mundo por diferentes culturas em

diferentes épocas. É comum vermos a ausência de textos em cartuns. São os chamados

cartuns pantomímicos ou cartuns mudos onde a ideia é representada somente pela expressão

dos personagens no desenho sem que seja necessário o emprego de texto como suporte.

Caso queira explicar a diferença entre cartum e charge - Charge é circunstancial, o

que significa dizer que, para compreender sua mensagem, é preciso estar atualizado

diariamente sobre os fatos políticos e seus personagens, já que a maioria deles é retratado.

Além do alto teor informativo exigido pelo gênero charge, percebe-se, ainda a exigência

quanto aos recursos expressivos, tanto no âmbito verbal como no não verbal. Quanto ao

objetivo, nota-se uma função específica nas charges - criticar.

Relata um fato ocorrido em uma época definida, dentro de um determinado

contexto cultural, econômico e social específico e que depende do conhecimento desses

fatores para ser entendida. Fora desse contexto ela provavelmente perderá sua força

comunicativa, portanto é perecível. Justamente por conta desta característica, a charge tem um

papel importantíssimo como registro histórico.

Fábula: Fábula é uma narrativa alegórica em prosa ou verso. São composições

literárias em que os personagens são geralmente animais, forças da natureza ou objetos, que

apresentam características humanas, tais como a fala, os costumes, etc. Estas histórias

terminam com um ensinamento moral de caráter instrutivo. O espírito é realista e irônico e a

temática é variada: a vitória da bondade sobre a astúcia e da inteligência sobre a força, a

derrota dos presunçosos, sabichões e orgulhosos, entre outras. A fábula comporta duas partes:

a narrativa e a moralidade.

É um gênero narrativo que surgiu no Oriente, quando era feito um conjunto de

pequenas histórias, de caráter moral, cujos papéis principais eram desenvolvidos por animais,

que por meio dos diálogos entre os bichos e das situações que os envolviam, procurava-se

transmitir sabedoria de caráter moral ao homem, assim, os animais tornavam-se exemplos

para o ser humano.

Cada animal simboliza algum aspecto ou qualidade do homem como, por

exemplo, o leão representa a força; a raposa, a astúcia; a formiga, o trabalho; é uma narrativa

com fundo didático. Quando os personagens são seres inanimados ou objetos, a fábula recebe

o nome de apólogo.

[...]

Cada moral de fábula representa um ditado popular, que pode também ser

associado a outros ditados cujo campo semântico é similar.

Disponível em: http//www.dominiopublico.gov.br

UNIDADE VIII

INTRODUÇÃO

O conto escolhido é “A tartaruga e o gigante.” Fazer com que o aluno receba a

obra de uma maneira positiva. Mostrar o livro e fazê-lo manusear.

Falar um pouquinho da sua importância, justificando a escolha.

Na televisão multimídia mostrar imagens do escritor e um brevíssimo relato sobre

ele (Rogério Andrade Barbosa) e a ilustradora (Thaís Linhares).

Apresentar a obra fisicamente: leitura da capa, orelha e contracapa. Fazê-los

observar, levando outros livros para a sala, que alguns trazem apenas o título, outros imagens

com o título, enfim, mostrar a pluralidade de capas.

Conduzir os alunos ao laboratório de informática para que possam dar asas à

imaginação. Para isto acontecer é só selecionar a história que deseja contar e pronto! O

educando é o autor. E tem mais, ele pode imprimir e apresentar. A história escolhida será

“João e o Pé de Feijão”. Disponível em: http://www.colecaoferinha.com.br/ Acesso em: 21

ago 2011.

Entregar os enigmas para que resolvam em casa. Lembrá-los: devem escrevê-los

no caderno.

Conversando...

Dando Asas à Imaginação

Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=18988

UNIDADE IX

LEITURA

Distribuir uma cópia, na íntegra, do poema “Irene no Céu”. Ele é um dos mais

famosos da obra de Manuel Bandeira.

Conversar rapidamente sobre o autor do poema: Manuel Bandeira.

Irene no Céu (Manuel Bandeira)

Irene preta

Irene boa

[...]

Imagino Irene entrando no céu:

- Licença, meu branco!

E São Pedro bonachão:

- Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.

Leitura silenciosa realizada pelos alunos. Apresentar na televisão multimídia o

poema declamado pelo ator Wagner Dias. Disponível em:

http://www.jornalinformacao.com/index.php?option=com_content&view=article&id=478:ire

ne-no-ceu&catid=99:cultura. Acesso em 10 jul 2011. Poema encontrado no livro

Libertinagens (1930), p.39. Composto por 38 poemas. Em sua maioria, nota-se a intenção do

poeta em cortar laços com as formas tradicionais, acadêmicas e passadistas. É considerado o

livro mais vanguardista de Manuel Bandeira e o primeiro totalmente modernista. Poema

disponível:http://www.jornalinformacao.com/index.php?option=com_content&view=article&

id=478:irene-no-ceu&catid=99:cultura.

Entregar para cada educando a cópia do conto “A tartaruga e o Gigante”.

Ler é o melhor remédio!

Leitura silenciosa. A seguir, o professor faz a leitura em voz alta. Depois, se a

turma preferir, cada aluno lê um parágrafo, ou cada fila, enfim, é necessário encontrar uma

maneira prazerosa para realizar a leitura.

Conversação oral:

a) Entre as personagens que participaram do conto “A tartaruga e o gigante” há

algumas mais importantes que outras? Qual personagem mais gostou?

b) O título criou expectativas sobre o tema?

c) Que atributos físicos você daria à Lebre se ela fosse uma pessoa?

d) Houve descrição de algum personagem no conto africano?

e) Que mensagem esta narrativa quer transmitir?

f) Você gostaria de ser o gigante na história? Como se sentiria sendo chamado

de feio e diferente?

g) Suas expectativas quanto ao conto foram confirmadas? O texto confirmou as

hipóteses levantadas? Comente.

h) Há alguma relação entre o conto africano “A tartaruga e o Gigante”, “João e o

pé de feijão” e o poema “Irene no céu? Qual (is)?

i) Conseguiu identificar qual o tema abordado em “Irene no céu”?

j) Após a leitura do poema você mantém a mesma definição construída sobre ele

antes da leitura?

k) Para você quem pode (merece) ir para o céu?

l) Em “João e o pé de feijão”, “A tartaruga e o gigante” e “Irene no céu”

apresentam algum tipo de preconceito? Justifique.

m) Os gigantes das histórias têm as mesmas características físicas e psicológicas?

Cite-as.

n) Como identificar quando estamos diante de uma situação que nos trará

crescimento e desenvolvimento?

o) O outro tem o poder de destruir nossos sonhos?

p) Como devemos lidar com os obstáculos quando encontramos?

Conversa vai ... Conversa vem!

q) Acha correta a atitude tomada por João? Você agiria desta maneira?

r) Estamos conhecendo os contos africanos. Você gostou? Observou que o povo

africano tem histórias maravilhosas para nos contar? Vamos aprender muito

com eles!

Mostrar e distribuir para os estudantes os fantoches de dedos (dedoches)

confeccionados com feltro, tecido e/ou papel para que representem um dos textos. Os alunos

podem dramatizar o poema. Não esquecer o palco/cenário para utilização dos fantoches.

Manuel Bandeira - Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho nasceu em Recife

(PE) em 1886. Depois de morar no Rio, em Santos e em São Paulo, a família regressou ao

Recife, onde permaneceu por mais algum tempo. A nova mudança para o Rio levou o menino

a ser matriculado no colégio Pedro II. Com 17 anos, Manuel Bandeira foi para São Paulo, a

fim de ingressar na Escola Politécnica, mas já no ano seguinte (1904) ficou tuberculoso.

Abandonou os estudos, passando temporadas em várias outras cidades, de clima mais propício

ao seu estado de saúde. Em 1913 partiu para a Suíça em busca de tratamento. Regressou no

ano seguinte, pois estava começando a Primeira Guerra Mundial. Em 1917 publicou seu

primeiro livro: A Cinza das Horas.

Caso seja necessário explicar o que é poema e poesia: Poesia, segundo o

Minidicionário Aurélio Século XXI, é a “arte de criar imagens, de sugerir emoções por meio

de uma linguagem em que se combinam sons, ritmos e significados”. Já o poema é definido

como “obra em verso ou não em que há poesia”. Então, esta é a diferença: quando falamos em

poemas, estamos tratando da obra, do próprio texto; e, quando falamos em poesia, tratamos da

arte, da habilidade de tornar algo poético. Uma pintura, uma música, uma cena de filme

também podem ser poéticas.

Professores...

UNIDADE X

INTERPRETAÇÃO

Vamos comentar mais um pouco sobre os textos?

a) Selecione no poema de Bandeira as palavras que se referem às características

exteriores e interiores de Irene.

b) O poema constrói uma imagem do negro: de um indivíduo socialmente

respeitado? De um indivíduo que luta por seus direitos? De um indivíduo que

recebe um tratamento respeitoso?

c) Na vida social brasileira, na época da escravidão, quem eram as mães pretas?

d) A linguagem utilizada pelo autor é coloquial? Exemplifique.

e) Observou em “Irene no céu” o tom humorístico? Consegue identificar esta

característica no conto e no vídeo?

f) Você identifica a “lição de moral” tanto no vídeo como no conto?

g) Você gostaria de ser Irene, o Gigante ou o João? Por quê?

a) O autor tem a capacidade de seduzir o leitor, envolvendo-o no clima em que a

história acontece. No conto, por qual caminho o autor introduz o leitor?

b) Alguns provérbios e ditos populares podem ser aplicados aos contos como

moral da história ou por algo relacionado ao contexto. Qual (is) provérbio (s)

pode (m) ser aplicado (s) ao conto e ao vídeo (conto)?

c) Que atributos físicos atribuiria para Irene? E qual (is) elencaria para João e o

Gigante?

Externalização da

leitura

Iniciar a conversação sobre a lenda do Saci-Pererê (fazê-los contar o que sabem

sobre lenda). Disponível em: http://educacaoinfantilbetim.blogspot.com/2009/08/folclore-

saci-perere.html. Acesso em: 03 jul 2011.

Vamos brincar? Divertido brinquedo cantado “O Saci-Pererê”: as crianças em pé,

na roda, devem cantar e imitar as habilidades do saci mostradas na música. Esta brincadeira é

aberta à improvisações na letra, pode-se colocar quantos instrumentos quiser para o Saci tocar

e consequentemente para as crianças imitarem.

Brincadeira cantada (levá-los para o pátio da escola):

O Saci-Pererê pula numa perna só,

Ele toca o tambor, toca como ele só.

O Saci-Pererê pula numa perna só,

Ele toca o pandeiro, toca como ele só. (...)

Vamos terminar em samba com uma brincadeira muito conhecida. As crianças

finalizam a música sambando conjuntamente na roda - como fazem os adultos.

Samba Lelê tá doente

Tá com a cabeça quebrada

Samba Lelê precisava

É de umas boas lambadas (palmadas)

Samba, samba, samba ô Lelê

Samba, samba, samba ô Lalá. (bis)

O Saci-Pererê é elemento tradicional no nosso folclore. A Lenda do Saci data do

fim do século XVIII. Durante a escravidão, a ama-seca e os caboclo-velho assustavam as

crianças com os relatos das travessuras do saci. Seu nome no Brasil é de origem tupi-guarani.

Em muitas regiões do Brasil, o saci é considerado um ser brincalhão. Em outras é visto como

um ser maligno.

Os brinquedos cantados surgem na espontaneidade da cultura popular. Geralmente

são cantigas anônimas acompanhadas de movimentos expressivos, saltitantes e ou

Brincando e cantando...

dramatizados. Nestes brinquedos as crianças imitam o mundo do adulto vivenciando emoções,

sensações e conflitos como veículos de elaboração e amadurecimento.

Proporcionar ao aluno à oportunidade de brincar, cantar e dançar é investir num

caminho de busca da essência do ato, da mente, da voz e do pertencimento ... Inventando o

prazer de ser feliz!

Solicitar que o educando ilustre uma cena do conto, uma do vídeo (conto) e outra

do poema. Cada um deve explicar aos colegas por que considera a cena merecedora de ser

reproduzida.

É necessário registrar o resultado das leituras realizadas pelos educandos. Sugerir,

então, que façam paródias de quadrinhas/quadras (versinhos), poesias; criem acrósticos e

peças teatrais (pequenas), enfim, o que julgarem conveniente para a externalização da leitura.

Cada aluno deve ilustrar seu registro.

Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br

Registrando...

UNIDADE XI

Conto escolhido: “A princesa, o fogo e a chuva” (Gana e outros países da África

Ocidental). Retirado do livro: “O príncipe medroso e outros contos africanos” (p.27) de Anna

Soler- Pont. Tradução de Luis Reyes Gil.

Apresentação da obra para os alunos: título, capa, contracapa, orelha, imagens.

Também comentar com os educandos sobre a autora, o ilustrador e o tradutor do livro. Deve-

se ativar o conhecimento prévio, estabelecer previsões sobre o tema, criar expectativas.

Questionar oralmente os alunos, provocá-los:

a) O que este título sugere?

b) O título traz informações suficientes para que possamos descobrir, de

imediato, qual o assunto tratado? Faça suposições.

c) Observem a imagem. Que cores são usadas? Por quê? Já viu este tipo de

pintura, desenho?

d) Será que no final deste conto a princesa casa-se com o príncipe?

O professor deve acrescentar outras questões pertinentes.

Solicitar ao educando que ilustre o conto (ainda está no campo das hipóteses).

Imagina-se que realmente desenharão algo que expresse o sentido literal do texto. Espera-se

que essa ilustração mude de foco após a leitura e discussão do conto.

Distribuir uma cópia do conto para cada aluno. Realizar a leitura silenciosa.

Convidá-los para acompanharem a leitura que você (professor) fará em voz alta.

O professor e os alunos irão constatar ou refutar as hipóteses levantadas antes da

leitura. Reflexão e externalização das interpretações. Compartilhamento das interpretações:

a) Do que fala o texto?

b) O texto confirmou suas hipóteses, expectativas? Comente.

Hora do Conto

Africano

c) Há alguma personagem com quem se identificou? Por quê?

d) Há descrição de alguma personagem? Qual?

e) Identifique os lugares onde acontecem os fatos?

f) Na sociedade atual o pai escolhe o marido ou a esposa para seus filhos?

g) Que nome você daria para a princesa e ao rei? Por quê?

h) Você costuma ver famílias negras apresentadas como personagens principais de

uma história feliz e aparentemente são bem-sucedidas? Teria algum comentário a

fazer sobre isto?

i) Descreva as personagens do conto; como são e o que fazem?

j) A princesa é negra? Comprove a sua resposta baseando-se no texto.

k) Qual era o elemento da natureza mais poderoso (a)? Por quê?

l) Por que você acha que elementos da natureza, como a árvore, receberam

características humanas no conto?

m) A princesa teve um final feliz? Seu príncipe era “encantado’?

n) Está gostando de entrar neste mundo mágico dos contos africanos?

Justifique.

o) Qual é a nacionalidade da princesa? Como descobriu?

p) A princesa negra era linda. Construa uma descrição dela. Use a imaginação.

q) Agora que já discutimos bastante sobre o texto, analise o desenho que você fez.

O que você modificaria? Faça outro com as mudanças. Comparando os desenhos

que você produziu: o que mudou? Por quê?

s) Construa outro final para o conto.

Assistir o filme: “A princesa e o sapo”. Uma animação que apresenta a primeira

heroína negra da Disney Feature Animation.

Tiana, a princesa negra, brilha entre à ilustre lista de nobres criada pelo estúdio,

formada por Branca de Neve, Cinderela, Bela Adormecida, entre outras.

“A Princesa e o Sapo” será mais um conto de fadas americano estrelado pela

personagem Tiana, uma menina de aproximadamente 19 anos de idade, dona de uma

personalidade forte e que vive no bairro de Nova Orleans, EUA. A trama acontece por volta

de 1920, em pleno apogeu da cultura Jazz, e que terá como fada madrinha uma sacerdotisa

vodu, de nome Mama Odie.

Lembre-se: a primeira heroína étnica (não branca) desenvolvida pela companhia

surgiu no filme Aladim, em 1992. Era a personagem Jasmine que representava o Oriente

Médio. Três anos depois foi a vez da princesa indígena americana Pocahontas. E em 1998,

nasceu a protagonista chinesa Mulan. E 2009 vimos a princesa negra Tiana (o par da princesa

no filme, o príncipe Naveen, não é negro).

Download do filme disponível em: www.justfilmeseseriados.org/ e

www.baixarfilmeseseries.com e http://www.topgameskids.com.br.

Distribuir aos alunos cópias de várias e diferentes cenas do filme “A princesa e o

sapo”, para que possam colorir. Solicitar que abaixo de cada figura registrem por escrito um

ou dois parágrafos referentes à imagem. Desenhos/imagens disponíveis em:

http://www.coloring-book.info/coloring/coloring_page.php?id=230.

Solicitar que os alunos entreguem na próxima Roda do Conto Africano a atividade

proposta (acima). Após a correção, confeccionar um livrinho.

Obs: Realizar com os alunos em outros encontros (continuação) a interpretação

(ato de construção de sentido) e o compartilhamento das interpretações (reflexão e

externalização) referentes ao filme “A princesa e o sapo” e o conto “A princesa, o fogo e a

chuva”.

Agora, vamos organizar a nossa coletânea. Reunir todos os trabalhos. Como

iremos fazer? Comentar e solicitar sugestões:

Os textos serão digitados no laboratório de informática pelo funcionário

responsável.

Serão ilustrados?

Vamos escolher o título?

Como será a capa?

Terá dedicatória? Para quem?

Vamos colocar as fotos de vocês?

Produção final

Organizando a coletânea

Vamos organizar a exposição?

Como será feita a exposição? Em que espaço (saguão, sala de aula, pavilhão da

igreja)?

Como será a decoração do local escolhido? Vamos pedir ajuda aos pedagogos

(supervisores)?

E os convidados? Podemos convidar a comunidade para apreciar seus trabalhos e

a coletânea?

Sabiam que o NRE (Núcleo Regional de Educação) de Guarapuava estará

presente? (Explicar o que fazem; quem faz parte)

Quais atividades estão realizando com os outros professores? Vamos expor os

trabalhos realizados em todas as disciplinas?

Vamos solicitar a colaboração dos outros professores para ajudarem na

exposição?

Como iremos exibir a coletânea de textos? Recitando, lendo, dramatizando,

expondo?

Exposição

Momento da Exposição

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A COR DA CULTURA. Menina Bonita de Laço de Fita. Animações. Disponível em:

<www.acordacultura.org.br>. Acesso em 1 set 2011.

A COR DA CULTURA. Menina Bonita de Laço de Fita. Texto. Disponível em:

<www.futura.org.br>. Acesso em 1 ser 2011.

AMORIM, Drumond. Xixi na cama. São Paulo: Comunicação, 1979.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem e a Estrela da manhã. São Paulo: Nova Fronteira,

2005.

COSSON, Rildo. Letramento Literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2006.

JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO. Disponível em: <http://youtu.be/qSKYe7MTROQ>.

Acesso em 31 jul 2011.

MACHADO, A.M. Menina bonita do laço de fita. São Paulo: Ática, 2002.

MANDELLA, Nelson. Meus Contos Africanos. Tradução Luciana Garcia. São Paulo:

Martins Fontes, 2009.

MANDELLA, Nelson. Biografia. Disponível em

<http://www.suapesquisa.com/biografias>. Acesso em 26 jul 2011.

MICHAELIS - Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo:

Melhoramentos, 2009, 812 p.

PENNAC, Daniel. Como um romance. Rio de Janeiro: Rocco, 2008.

PERETZ, I.L. Brancos, pretos, amarelos. In: Di-versos hebraicos. Tradução de

Tatiana Belinky. São Paulo, Scipione,1991.

POEMA CINÉTICO. Disponível em:

<http://amorecultura.vilabol.uol.com.br/cinetico.htm>. Acesso em 16 jul 2011.

PROGRAMA LIVROS ANIMADOS. A Cor da Cultura. Disponível em

<www.acordacultura.org.br>. Aceso em 01 ago 2011.

SABERES E FAZERES. Modos de sentir/coordenação do projeto Ana Paula Brandão.

Rio de Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2006. Disponível em

<www.acordacultura.org.br>. Acesso em 12 jul 2011.

MÁSCARAS. Disponível em: <http://tialucimar.blogspot.com/2008/09/moldes-das-

mscaras-ii.html>. Acesso em 07 ago 2011.