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apresentação do projeto final
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TGI II – Sandra Segnini ______________________________________________________________________________________________________
CONJUNTO HABITACIONAL PARA IDOSOS EM SÃO CARLOS
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SUMÁRIO ____________________________________________________________________________________________________________ Introdução
Conceituação
Localização
Partido e aspectos do trabalho
Adaptações internas
Referências
Bibliografia
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INTRODUÇÃO _________________________________________________________________________________________________
Em todo o mundo atual tem-se observado uma mudança no perfil demográfico, sendo possível notar o grande
aumento na proporção da população idosa, de modo geral, em relação à proporção de população infantil e adulta. No
início do século XX apenas 25% dos brasileiros tinha mais de 60 anos, já há um aumento previsto para o ano de 2025,
totalizando 1,1 bilhões de idosos. A Organização Mundial de Saúde e a ONU já prevêem que a população de idosos no
mundo em breve superará a de crianças entre zero e quatro anos de idade, fato inédito até hoje na história da
humanidade. Tal ocorrência se deve, em parte, aos crescentes avanços da tecnologia e da medicina nos tratamentos de
diversas doenças, e ao desenvolvimento de medicamentos mais eficazes. Melhorias na qualidade de vida das pessoas,
com o conseqüente aumento da longevidade também podem ser apontados como fatores atuantes nesse sentido. A
mudança de estratégia em relação à abordagem dos diversos males de saúde, de curativa para preventiva, confirma a
tendência atual da busca de novas formas de encarar antigas questões com mais eficácia e trazendo resultados mais
condizentes com a situação de cada indivíduo, em particular. Essa adaptação também é responsável pelas melhoras
observadas na qualidade de vida das pessoas.
Diante desta nova realidade que se configura, uma questão de extrema importância é a de como viverão
essas pessoas, com expectativa de vida ampliada; como será a adaptação em relação à saúde, e às redes de suporte
social; de que forma será gerada uma nova dinâmica que dê conta, e também forneça a manutenção da qualidade de
vida e bem-estar adquiridos. Vários são os aspectos a se considerar: saúde, interação social, independência, autonomia,
envolvimento com a comunidade e com o ambiente, trabalho, cuidados médicos, entretenimento.
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O IDOSO Terceira Idade, uma expressão cunhada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1957, para referir-se a
pessoas de 60 anos ou mais. Na Assembléia Mundial sobre o Envelhecimento realizada pela ONU em Viena, em 1982,
ficou estabelecido que 60 anos é a idade em que se inicia a terceira idade em países em desenvolvimento, e 65 anos em
países desenvolvidos. Essa resolução faz referência direta à expectativa de vida e à idade de aposentadoria locais. No
Brasil há a Lei Federal nº 8.842/94, que dispõe sobre a Política Nacional do Idoso em seu artigo 2, e define o idoso como
a pessoa com mais de 60 anos. Em São Paulo o Conselho Municipal da Condição do Idoso define a idade de referência
como a de 65 anos. O IBGE segue as recomendações da OMS, e considera idosa a pessoa de 60 anos ou mais. Na
Constituição Federal Brasileira a idade mínima para a aposentadoria é de 65 anos para homens e 60 para mulheres.
A definição de uma idade, no caso 60 ou 65 anos, como idade de início da velhice é apenas formal, se relaciona às
leis de aposentadoria e a questões práticas muito mais que a modificações ocorridas nos corpos ou mentes das pessoas
assim denominadas. Não há como negar os males que o avanço da idade provoca, nem como fugir deles, porém, em
cada caso, os sintomas do envelhecimento surgem em diferentes épocas, mais cedo ou mais tarde, conforme o tipo de
vida que se leva, ou, conforme a vitalidade e disposição de cada indivíduo. Podem-se observar vários casos em que uma
pessoa com menos de 60 anos já sofre fortes efeitos devidos ao envelhecimento, apesar de não ter atingido formalmente
a terceira idade, enquanto em outros casos, pessoas com mais de 80 ainda levam uma vida ativa e, relativamente
independente, trabalhando, dirigindo, viajando e cuidando de si mesmas e de suas necessidades básicas, sem
necessidade da assistência constante de outros. Cada pessoa tem seu processo de envelhecimento individual, que deve
ser respeitado e jamais generalizado. É possível definir “velho”, “terceira idade”, “idoso”, o que se entende como
necessário para fins práticos, como no caso da idade de aposentadoria, porém, essa divisão não deve ser vista como
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classificação, em sentido restritivo, mas apenas como forma de definir necessidades e demandas de uma parcela da
população que as apresentam, específicas. A “terceira idade” é uma parcela da população que, até bem pouco tempo
atrás, não se constituía alvo de observação e atendimento quanto as suas demandas. Atualmente, devido ao fato, já
mencionado, de estar em crescimento acelerado, passou a chamar a atenção, tanto de governos, como do mercado.
Para os governos a atenção aos idosos mostra-se uma questão de saúde pública, pois a definição e prevenção de vários
problemas, de saúde, econômicos e sociais, relacionados a essa etapa da vida de um cidadão, podem significar melhor
qualidade de vida e menos gastos com saúde, por exemplo, ou com assistência social e problemas jurídicos. Daí a
mudança de atitude gradativa que vem ocorrendo diante desta parcela da população, não só pelos governos e a
população, mas também pelas próprias pessoas com idade mais avançada.
Atualmente, a pessoa idosa é vista sob a ótica da prevenção, sendo essa abordagem, como o próprio nome já
indica, voltada não para a resolução de problemas depois de instalados, mas para a idéia de criar mecanismos para
minimiza-los já antes que se instalem. A fisioterapia representa bem essa questão no que se relaciona ao corpo, pois
passou a ser utilizada para prepara-lo para a chegada de dificuldades, advindas da idade ou de algum mal físico, e faze-
lo mais forte, com capacidade para melhor reagir a essas dificuldades, mantendo suas funções por mais tempo e com
mais qualidade, ao invés de, como antes, ser utilizada apenas para minimizar dores ou perdas de movimento.
Outra questão importante, que também faz parte dessa concepção preventiva, é a manutenção de atividades,
cotidianas e de entretenimento, e participação na sociedade através da convivência familiar e social. Estar em atividade
não é somente praticar exercícios físicos, mas manter a dinâmica social, a independência e a autonomia, através do
envolvimento com a comunidade, com o trabalho, com eventos culturais e de entretenimento. Todas essas ações
conjuntas buscam garantir um envelhecimento saudável, consciente e includente a todas as pessoas, e, desta forma,
diminuir ou atenuar sintomas como a solidão, o descaso, o isolamento e a reclusão, que são fatores de grande influência
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na qualidade de vida e manutenção do bem-estar de todos, e que, como já vem sendo amplamente debatido, podem
piorar, senão mesmo deteriorar a saúde psicológica e até física dos indivíduos a elas submetidos.
Na atualidade pode-se verificar um grande número de pessoas com 60 anos ou mais, ainda ativas, que continuam
a trabalhar e fornecem o sustento da família, são responsáveis pelo cuidado dos netos, em muitos casos estudam.
Levando em consideração todos estes aspectos, assim como a atual abordagem de prevenção que vem sendo
dada ao tema, o presente trabalho visa dar uma contribuição no que se refere a questão da moradia, sempre buscando a
manutenção da saúde e interação social.
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CONCEITUAÇÃO _________________________________________________________________________________________________
A arquitetura está vinculada ao bem estar e ao conforto das pessoas usuárias, seja através do projeto de centros
médicos, comerciais, culturais, esportivos ou da moradia. No caso específico do idoso, morar bem é antes de tudo uma
questão de segurança, pois seu corpo já não possui a mesma prontidão a reação que o de um jovem e as atividades
mais rotineiras podem se tornar difíceis e até perigosas. Via de regra, os espaços tem sido elaborados para atender a
características de um usuário considerado como uma média representativa do tipo físico da sociedade, em geral, porém,
sabe-se que, de fato, poucas pessoas correspondem a essa idealização, havendo diferenças importantes relativas às
necessidades físicas de cada indivíduo, diferenças que devem ser consideradas em projeto, especialmente quando se
trata de idosos.
Na chamada terceira idade, devido à diminuição da acuidade dos sentidos, os acidentes domésticos costumam ser
mais freqüentes, causando sérios transtornos ao idoso, podendo, inclusive, ocasionar danos físicos que podem se tornar
mais complexos devido à idade. Na maioria das vezes o mobiliário inadequado e o espaço restrito são os maiores
responsáveis por quedas e acidentes caseiros, com conseqüências penosas, no caso do idoso, além de recuperação
lenta. Muitas vezes, pequenas adaptações no ambiente já são suficientes para amenizar o problema, sendo interessante
também uma conscientização por parte das pessoas, de modo geral, sobre cuidados na utilização dos espaços, de modo
a torná-las mais cautelosas e evitar acidentes.
Projetar ambientes para a terceira idade pode parecer inicialmente algo muito específico e restrito a um
determinado tipo de usuário, entretanto, uma solução que atenda às necessidades específicas do idoso abrange também
a maioria dos usuários das demais faixas etárias, em suas diversas condições. Todos os cuidados tomados com a
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ambientação para a moradia de uma pessoa de mais idade revelam-se úteis, em algum momento da vida, a todas as
idades, o que nos faz pensar que, no momento pode-se adaptar as residências para pessoas idosas ou com dificuldade
de locomoção, porém, no futuro, estaremos um passo a frente e passaremos a utilizar tais adaptações para a população
em geral, tornando os ambientes cômodos e seguros para todos.
As instituições asilares existentes na cidade, em sua maioria voltadas para o atendimento de cidadãos carentes,
de baixa renda e sem família, além de não se mostrarem adequadas para a recepção de novos moradores, já
conscientes de suas necessidades, mais independentes e mais adaptados à atual abordagem preventiva, com
características mais dinâmicas, não apresentam grandes adaptações de espaço e mobiliário que possam oferecer ao
idoso ali residente segurança e comodidade ao se deslocar e desenvolver suas atividades de maneira mais autônoma. O
molde mais comum de instituição para idosos, no Brasil, é o asilo, que já traz logo à mente a idéia de abandono,
separação, ausência de autonomia nas escolhas relativas à própria vida, pobreza e descaso. A perda da autonomia e da
individualidade é um grande problema que agrava em demasia o estado de saúde das pessoas. Está claro que as
instituições tradicionais não dão conta de toda a variedade da vida humana vivida com qualidade. Embora ofereçam local
de abrigo às intempéries, é duvidoso que o aconchego, o abrigo emocional e psicológico, tão essenciais para que todo
ser humano possa desenvolver suas potencialidades com plenitude e manter sua identidade, estejam disponíveis em tais
locais. É fato que, a maioria destas instituições não respeita a pessoa que lá se encontra como indivíduo, muitas vezes
nem mesmo no que tange a higiene, quanto mais em relação à privacidade, ao direito ao lazer e atividades de integração.
A questão esta em encarar o idoso, não como um indivíduo diferente dos outros participantes da sociedade, que deva ser
visto de forma destacada desta, sob o ponto de vista do preconceito, como se fosse menos capaz ou valesse menos que
os indivíduos de outras faixas etárias, mas como um integrante da sociedade, com características específicas, mais ou
menos comum à uma parcela, atualmente, considerável da população, que pode ter suas especificidades atendidas,
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assim como ocorre quando são promovidas campanhas e discutidas questões relativas ao público infantil, que merece
atenção especial para determinados aspectos relativos às diversas faixas etárias que compõem o que se convencionou
chamar “infância”. A criança tem o direito de viver e se relacionar com outras de sua idade, assim como com professores,
pais, avós, conhecidos ou outras crianças mais velhas ou mais novas, em vários momentos de sua vida; assim também o
idoso pode e deve ter contato social com todos os patamares etários da sociedade, sendo esse relacionamento uma
questão de saúde mental e exercício social. As denominações: “criança”, “idoso”, “adolescente”, existem apenas para
haver uma definição formal à qual se fazer referencia em momentos em que características específicas devam ser
consideradas.
Como já mencionado, a conscientização da necessidade de atendimento ao idoso e suas especificidades vem
crescendo, é possível perceber um mercado se abrindo ao público nesse sentido. Alguns hotéis já apresentam
adaptações além das previstas por norma, que visam facilitar o deslocamento de pessoas com alguma dificuldade de
mobilidade, de forma a atrair esse público, antes esquecido. Em alguns casos de novas moradias, é possível observar o
mesmo tipo de preocupação em apontar soluções simples e eficazes. Também o próprio idoso tem se mostrado mais
consciente de que pode, e deve, reivindicar seu espaço, facilitar e tornar mais cômoda sua vida e o desempenho de
suas atividades. Porém, no que tange a moradia, essa é a tendência, mas, mesmo nos grandes centros do país, ainda
não se pode encontrar grande variedade de opções, por ser algo muito recente, caminhando de braços dados com o
atendimento às pessoas com dificuldade de locomoção, através da Norma 9050.
Pensando desta maneira, e considerando que cada vez mais pessoas chegam à “terceira idade” ainda com vigor
físico, trabalhando, viajando e exercendo atividades variadas com considerável autonomia e independência, o objetivo
deste trabalho é fornecer uma alternativa de moradia a esse público da cidade de São Carlos, em que se possa ter suas
demandas consideradas e atendidas e possibilitar a manutenção da autonomia e da qualidade de vida destas pessoas,
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evitando o desconforto e a insegurança dentro de sua própria casa, já considerando as novas tendências sociais de
prevenção de males. O público alvo, então, seria formado por pessoas com idade superior ou igual a 60 anos, que ainda
vivem com relativa independência, apesar de possíveis limitações ou dificuldades devidas à idade, executando as
atividades básicas como: tomar banho, se trocar, comer e se movimentar, sem a ajuda de terceiros. Essas pessoas
podem, ou não, ter sua própria moradia, que não mais se apresente adequada por diversos motivos: ser grande demais,
provocando a necessidade de muitos cuidados; não apresentar iluminação ou ventilação adequadas; por ser afastada
dos centros urbanos, dificultando o acesso, ou não apresentar vizinhança segura. Atualmente já se pode encontrar
pessoas preocupadas com seu bem-estar na terceira idade, que procuram alternativas de moradia mais confortáveis, que
possibilitem a convivência e facilidades para a vida cotidiana.
Para tanto a proposta é a de um conjunto habitacional, em que cada pessoa tenha sua própria residência, seu
espaço, sem ter que dividi-los com outras não desejadas, mantendo sua privacidade no grau que desejar, diferente das
instituições que se propõem a atender pessoas dependentes e com problemas de saúde, com moradias adaptadas
interna e externamente à sua utilização, de forma a facilitar a circulação e os acessos e a proporcionar maior segurança e
menos riscos ao desenvolvimento de suas atividades. Incentivar a interação de seus moradores entre si, com seus
familiares, amigos e com a comunidade, estimular a independência, a autonomia e a convivência, cultivar novos hábitos
mentais, a formação de laços sócio-afetivos, enfim, ter uma existência normal, são também objetivos deste trabalho .
Uma das maneiras de gerir esse empreendimento seria a cooperativa, em que até os filhos dos proprietários
poderiam participar como associados, podendo usufruir do espaço e contribuindo para a organização do local.
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LOCALIZAÇÃO _________________________________________________________________________________________________
A cidade de São Carlos esta situada na região central do Estado de São Paulo e, devido à presença das
Universidades de São Paulo e Federal de São Carlos, à EMBRAPA e à Fundação ParqTec, além de industrias de alta
tecnologia, que fomentam o desenvolvimento tecnológico da região, é conhecida como “Capital da Tecnologia”. Segundo
informações obtidas através de censo, a cidade tem uma população de 221.936 habitantes, dentre os quais, 13% é
formado de pessoas com mais de 60 anos, considerados idosos. De forma geral, esse público tem poucas opções de
atendimento na cidade, embora seja possível observar tentativas de conscientização e modificação dessa realidade.
Atualmente, podemos encontrar seis instituições, ou abrigos, voltadas ao atendimento de pessoas idosas: O mais
conhecido, Cantinho Fraterno Dona Maria Jacinta; e o Abrigo de Velhos Dona Helena Dornfeld; que atendem idosos sem
família, que permanecem internados, vários acamados, mas não possuem a modalidade Centro Dia, em que é possível
usufruir a estrutura do local apenas por um período, sem internação; o Residencial Nova Jerusalém; o Pensionato
Aconchego; o Núcleo cristão Guardiães do Amor e a Clínica Espaço Livre, também recebem idosos para internação, para
passar o dia, ou para recuperação cirúrgica. Todos apresentam equipes multidisciplinares, mas também apresentam
limites no atendimento devido à escassez de recursos, e alguns não oferecem muitas atividades de lazer e integração,
além de não estarem localizados próximos ao centro da cidade, já que as pessoas ali residentes não podem deixar o
local sem acompanhantes.
Outros grupos que atendem a essa parcela da população na cidade com atividades e eventos culturais e
educacionais voltados a ela ou com apoio social, religioso e espiritual são: a FESC ou Universidade Aberta da Terceira
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Idade; grupos do SESC e SESI; Casa da Avó, Pastoral da Pessoa Idosa; Grupo de Convivência Péricles; CPP, Centro de
Professorado Paulista; Vivência Lassalista; APAISC e grupo Vida Nova. Esses grupos oferecem cursos, atividades físicas,
promovem viagens, concursos e campanhas para a população dessa faixa etária.
Embora seja possível dizer que mais atenção vem sendo dada a questão do idoso na cidade de São Carlos- como
exemplo pode-se indicar a FESC, que a cada temporada apresenta mais atividades e campanhas, buscando integrar as
várias faixas etárias da população nestes eventos - ainda há muito o que ser feito para se chegar a um atendimento mais
adequado e, principalmente, atuar de acordo com a abordagem preventiva adotada agora por médicos e profissionais da
área de saúde, sendo essa mudança de mentalidade o desafio maior.
A área de intervenção escolhida esta situada na cidade de São Carlos, em um bairro conhecido como Centreville,
com localização próxima ao centro, margeando a Avenida Comendador Alfredo Maffei. Está próxima ao Fórum da cidade
e tem seu entorno caracterizado por uma região residencial, que apresenta, cada vez mais, um comércio variado, de
modo a proporcionar opções aos moradores da região. A possibilidade da utilização de percursos planos através das
ruas Bento Carlos e Santa Cruz, que ladeiam a área de intervenção, para chegar até a Avenida São Carlos, ajudam a
tornar o local interessante. Na Rua Bento Carlos com a Avenida São Carlos tem-se a Praça Santa Cruz, que apresenta
pontos de táxi e de ônibus, um comércio ativo em torno dela, incluindo supermercados, sacolão, bancos e até mesmo o
calçadão, principal centro de compras da cidade.
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Levantamento da área - usos
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Equipamentos próximos à área de intervenção
A proximidade de locais como o Orquidário Municipal, onde ocorrem eventos festivos importantes da cidade, o
Mercado Municipal e a Catedral, com suas praças, que concentram a movimentação mais intensa, além do espaço
conhecido como CICA, no qual se encontram quadras de areia para prática de esportes e onde, no futuro, será
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implantado parte do programa do Parque linear previsto para a região, torna a região bastante atrativa para se viver com
comodidade e inserido no contexto da cidade, além da facilidade de acesso.
Além da disponibilidade de transporte e comércio variado, o que levou a escolha do local foram os investimentos
previstos para essa região. A Prefeitura Municipal da cidade investiu na duplicação da Avenida Comendador Alfredo
Maffei, uma das vias que leva até o local, como uma primeira intervenção que pretende-se ampliar. Está prevista para a
região central da cidade, abrangendo a área de intervenção, a criação de um Parque Linear, que deve apresentar
grandes áreas verdes, com alternativas de lazer e esporte, e deve fazer a ligação dessa região com o centro da cidade.
Esse parque deve se iniciar no Mercado Municipal e seguir pela Praça do Mercado, o Orquidário, a CICA, percorrer a
Avenida Comendador Alfredo Maffei e se expandir em uma extensa massa verde, exatamente na região próxima ao
Fórum. Essa massa verde constituirá o Parque da Chaminé, ao lado da área escolhida para a intervenção. As atividades
previstas para a área são, principalmente, esportivas, com percursos para caminhada e locais de estar, além de algumas
quadras esportivas, ao ar livre ou cobertas; enfocam também a cultura, através da construção de espaços educacionais,
onde se pretende promover e estimular as práticas esportivas e culturais mais variadas, sendo uma excelente
oportunidade de lazer para os cidadãos de São Carlos, que ainda não tem um local como esse para desfrutar em sua
cidade. A presença do Parque da Chaminé foi fator importante na decisão do local da implantação do projeto, pois com
suas atividades complementa a área de lazer do conjunto habitacional, além de fornecer ótimas condições para estimular
o convívio entre os moradores e os freqüentadores do parque.
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Localização da área de intervenção – Avenida Comendador Alfredo Maffei – Centreville – São Carlos
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Área de intervenção e área do Parque da Chaminé – Centreville – São Carlos
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Área de intervenção
Área do Parque da Chaminé
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Buscou-se, com a escolha, localizar o projeto do conjunto habitacional de forma a oferecer aos moradores a
possibilidade de utilização da estrutura do futuro parque e da proximidade de uma área verde que promova melhor
qualidade de vida.
VIAS DE ACESSO
Como mencionado anteriormente, uma das vias de acesso do centro da cidade ao local, é a Avenida Comendador
Alfredo Maffei. Até o momento de sua duplicação, esta via não era o principal acesso à região, pois não se encontrava
em condições adequadas e confortáveis para um bom fluxo de veículos. Após a duplicação, ela se tornou mais utilizada e
atende melhor as necessidades de deslocamento da população, oferecendo maior comodidade de tráfego, com potencial
para se tornar um dos principais meios de acesso à área de intervenção por comportar maior fluxo de veículos.
Além da Avenida outras duas ruas que dão acesso à área, atualmente as principais formas de acesso, são a Rua Bento
Carlos e a Rua Santa Cruz, que levam diretamente ao centro e à Avenida São Carlos, principal via de circulação da
cidade. Estas vias já são bastante movimentadas e, provavelmente, no futuro, serão ainda mais, devido a presença do
Parque.
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Vias de acesso à área de intervenção – Avenida Comendador Alfredo Maffei – Centreville – São Carlos
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PARTIDO _________________________________________________________________________________________________
Por se tratar de um local para residência que busca se diferenciar de instituições asilares, a idéia é que cada
morador tenha sua própria moradia, na qual viva só ou acompanhado, segundo sua conveniência, com liberdade para
sair e receber visitas a qualquer hora. Não se pretende isolar os moradores do mundo exterior, mas que levem uma vida
normal, andando pela cidade, indo a bancos, fazendo compras, participando de eventos, enfim, tudo o que estejam
habituados a fazer em sua vida cotidiana. Com isso em mente, pensou-se em uma distribuição de edificações que
gerasse um espaço de convivência interno, isto é, voltado à convivência dos moradores entre si, porém, sem fechar
totalmente esse espaço à convivência externa. Desta maneira, todos os elementos do conjunto se encontram dispostos
de forma a compor um grande pátio, como um claustro, para o qual se voltam todas as unidades residenciais, tanto as
unifamiliares como a multifamiliar. Para reforçar o aspecto de pátio e para oferecer uma gradação mais suave do privado
ao público, as residências unifamiliares também foram projetadas conformando pátios menores, ou pequenos claustros,
que se abrem ao pátio maior da área de convívio.
Embora todas as edificações estejam voltadas para o pátio interno elas também tem comunicação com o exterior
do conjunto, ou seja, elas tem acessos voltados à rua, permitindo a circulação externa independente, para a cidade, para
o parque, sem necessidade de passar pelo pátio.
A configuração de pátio se apresenta como fechada em si, o que , de fato, ocorre em quase toda a extensão do
quadrilátero abrangido pelo conjunto, porém, na lateral em que se encontra o edifício ou residência multifamiliar há uma
alteração nessa configuração, que decorre do fato de este ter entre si e o pátio uma passagem que corta o conjunto e liga
a Rua Sorbonne ao futuro parque. Essa passagem deve permanecer livre para circulação de pedestres e dela tem-se
vista do pátio. Em caso de necessidade ela comporta a passagem de veículos, já que tem 4m de largura.
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Conjunto habitacional para idosos em São Carlos - Implantação
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Aproveitando o declive do terreno o conjunto foi instalado em quatro patamares ligados entre si por escadas e
rampas com não mais que 8% de inclinação, de acordo com a Norma 9050.
Patamares
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Optou-se por organizar a área de forma a privilegiar a circulação do pedestre, e as áreas de atendimento e estar, o
que levou à localização do estacionamento de veículos nas extremidades do terreno, nos contornos externos do conjunto,
deixando livre o interior. Há também um ponto de ônibus localizado a rua Bento Carlos, em frente a área de intervenção,
buscando facilitar o acesso ao conjunto habitacional e ao parque.
Para a definição das moradias, buscou-se manter o gabarito local, que é baixo nas cercanias mais próximas,
optando-se por edificações térreas e um único edifício, não muito alto, que contrasta apenas ligeiramente com o entorno,
enfatizando a horizontalidade local.
RESIDÊNCIAS UNIFAMILIARES
Em cada uma das laterais, leste e oeste do quadrilátero que forma o pátio se encontram seis edifícações que são
as moradias unifamiliares. Elas consistem em uma unidade residencial com sala e cozinha integradas, um quarto, um
sanitário e área de serviço, dispostos em forma de U, configurando um pequeno pátio, que se abre para o pátio maior do
conjunto, e foram pensadas para atender pessoas que vivam com acompanhantes, sejam familiares ou amigos. A sala
tem dimensões que apresentam possibilidade para a ampliação de mais um cômodo, se desejado. Todos os cômodos
tem suas aberturas, que são compostas por áreas envidraçadas, voltadas para o pátio, permitindo a iluminação, que
pode ser mais controlada através de beirais. Como anteriormente mencionado, todas as residências apresentam também
aberturas e acessos a partir da rua, não sendo necessário entrar no pátio para se chegar a elas. Essa característica visa
facilitar a circulação sem impor restrições e também ajuda a reforçar a abertura ao convívio em contraposição a
conformação de claustro.
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Residências unifamiliares
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RESIDÊNCIA MULTIFAMILIAR
O bloco residencial de moradias multifamiliar se encontra instalado no edifício de quatro andares configurando um
dos lados do quadrilátero que conforma o pátio. Ele é pensado para abrigar moradores individuais, ou seja, que vivem
sós, ou até um casal, com comodidade. Este edifício tem suas aberturas voltadas para o norte, com vista para o pátio, e
esta implantado de forma a que os dois primeiros pavimentos estejam em nível com o terreno para permitir acesso direto,
do primeiro pavimento com o passeio que corta o conjunto e leva ao parque, e do segundo com a Rua Santa Cruz. Para
chegar ao terceiro e quarto pavimentos utiliza-se a circulação vertical, constituída por elevadores e rampas.
Corte longitudinal do terreno
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A planta do edifício apresenta onze apartamentos por andar, com sala, cozinha, sanitário e área destinada a
serviços. Da mesma maneira que as residências unifamiliares, a cozinha se encontra integrada a sala, buscando deixar o
espaço mais amplo, com o mínimo de barreiras à circulação. Há um apartamento por andar, na extremidade leste do
edifício, que apresenta uma área maior, podendo ser ocupado por pessoas que necessitem de suporte locomotor e,
portanto, de maior espaço para circulação com comodidade, embora todas a unidades prevejam espaços amplos e
desobstruídos e portas com aberturas de 0,90 m.
A área de circulação horizontal interna apresenta espaço suficiente para circulação cômoda dos habitantes sendo
vedada às variações climáticas através de esquadrias com vidro, que permitem a iluminação do local. O edifício está
dividido em dois blocos que apresentam circulação vertical e acesso aos patamares superiores e inferior, através de
rampas, com inclinação cômoda para utilização dos moradores, e elevadores com fechamento em esquadrias com vidro.
O primeiro andar, ou térreo, apresenta um apartamento a menos devido à instalação do hall do edifício, que serve como
passagem de acesso ao pátio e ao estacionamento pelos moradores.
Como já mencionado, todos os ambientes das moradias foram pensados de forma a permitir seu uso com
comodidade, sem obstáculos, procurando facilitar a locomoção e o desenvolvimento de tarefas sem barreiras, permitindo,
inclusive, a circulação de pessoas que necessitam de elementos auxiliadores para locomoção, como cadeiras de roda,
andadores ou bengalas.
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Vista do Conjunto habitacional da rua Bento Carlos
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Planta do apartamento – Unidade multifamiliar do conjunto habitacional
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ÁREAS DE SUPORTE
Além das residências também existem no conjunto três edificações que visam atender aos moradores em diversos
aspectos pertinentes. Uma delas conforma um dos lados do quadrilátero que define o pátio e foi pensada como um local
que oferecesse atividades culturais e de entretenimento aos moradores do conjunto e que também pudesse ser utilizada
por freqüentadores do parque e a comunidade, promovendo a interação de camadas da população de diferentes faixas
etárias. As atividades presentes nesse edifício buscam complementar as oferecidas pelo parque, que se constituem em
quadras cobertas e de areia para prática de esportes, pistas de caminhada, além de espaços destinados à palestras,
cursos e eventos esportivos e culturais. Entre as atividades aí previstas estão: salão de jogos, sala de leitura, cyber
espaço e serviço de lanchonete. Esse edifício tem uma abertura para a Rua Bento Carlos, permitindo a entrada de
pessoas da comunidade e faz comunicação com o pátio do conjunto habitacional através de uma passagem, que facilita
o acesso ao local pelos moradores.
Há ainda dois outros blocos voltados à atividades terapêuticas e de interesse apenas dos moradores, por esta
razão se encontram localizados internamente ao pátio. Um deles abriga a piscina aquecida, pensada apara a prática de
atividades físicas fisioterapêuticas e de prevenção, embora possa ser usada para o lazer, os vestiários e uma pequena
sauna.
O último bloco presente no conjunto abriga uma sala de fisioterapia/ginástica, que oferece atividades lúdicas e
esportivas com o objetivo de promover a manutenção de habilidades motoras. Este espaço pode ainda servir como sala
multiuso, abrigando reuniões; danças; e até confraternizações; pequenos cursos e oficinas que possam vir a ser
ministrados no local. Ao lado da sala de fisioterapia encontra-se o ambulatório e um consultório para atendimento de
suporte e emergência diário.
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Este último bloco de serviços é um dos atrativos do conjunto habitacional, pois a maioria das pessoas da terceira
idade se preocupa muito com a questão da saúde; sentir-se mal, cair, se machucar e não ter a confiança de que será
socorrido é um dos maiores medos de pessoas idosas, principalmente das que vivem sozinhas. Saber que terá suporte
nesse sentido, no caso de necessitar de atendimento de emergência, primeiros socorros, ou ,simplesmente ter alguém
que monitore sua saúde e sua medicação, deixa o morador do conjunto muito mais seguro e tranqüilo, e é um dos
serviços mais procurados pelos idosos.
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Área de lazer – leitura, internet e jogos
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Área de apoio – Piscina coberta e sauna
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Saúde – ambulatório, sala de fisioterapia e consultório médico
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ADAPTAÇÕES INTERNAS _________________________________________________________________________________________________
O ponto importante em projetar moradias para idosos, e principal para este projeto, consiste em uma série de
adaptações, principalmente no interior das residências, que, apesar de simples, tornam mais confortável e segura a vida
de todos, independente de sua condição física. A simplicidade das adaptações pode torná-las quase imperceptíveis, o
que deve ser considerado muito bom, já que, assim, não são ressaltadas e colocadas em evidência as necessidades
específicas dos indivíduos ocupantes do espaço, não havendo a indesejada estigmatização social. Além disso, a maioria
dessas adaptações é muito indicada a todas as faixas etárias e condições de mobilidade, pois todos podem se beneficiar
delas e ter um dia-a-dia mais seguro.
Através de pesquisa, pode-se observar que, de forma geral, as áreas de uma casa ditas frias apresentam maior
índice de acidentes, especialmente quedas, pois é aí que se concentram atividades molhadas, ou seja, relacionadas a
utilização de água, umidade, vapor, sem contar o próprio revestimento utilizado, que pode prejudicar a segurança ao
invés de ajudar. Dito isto, pode-se concluir que um primeiro pensamento a respeito de segurança deve estar voltado para
os revestimentos de toda a residência, o piso e as paredes. É muito importante escolher pisos antiderrapantes, agora já
disponíveis no mercado com mais opções, tanto para pisos residenciais, como para áreas de circulação mais intensa,
dentro ou fora da edificação, especialmente em locais que podem ficar molhados, como escadas, calçadas, rampas,
quintais, piscinas e banheiros, sendo recomendada sua colocação por toda a residência, no caso de moradia que preveja
uso acessível.
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Circulação
O piso deve ser antiderrapante, regular, firme e estável, sem padronagens que possam induzir a erro de interpretação da profundidade, levando à quedas.
Da mesma forma, tampas de caixa de inspeção e grelhas de drenagem, devem ser posicionadas preferencialmente fora das rotas de acesso, sempre niveladas com o piso, firmes e estáveis, antiderrapantes, com vãos ou aberturas de, no máximo, 15 mm.
Tapetes devem ser evitados; capachos e carpetes devem ser embutidos no piso e nivelados, de forma a que não excedam desníveis de 5 mm.
Portas devem ter vãos livres de, pelo menos, 0,80m. As maçanetas devem ser do tipo alavanca, para facilitar o uso, a uma altura de 0,90m a 1,10m. O trinco deve ser colocado acima da maçaneta, de preferência.
Na existência de rampas ou escadas em frente à portas, deve-se sempre colocar patamares.
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Desde a entrada da residência, devem-se prever condições que favoreçam a acessibilidade, sem apresentar
empecilhos ou situações que possam confundir o usuário. O piso deve apresentar marcações claras, indicando o
caminho, a porta de entrada deve ter largura igual ou superior a 80 cm e espaço livre para a circulação ao seu redor,
deve ter iluminação apropriada para facilitar a visão noturna e número de identificação grande, para evitar confusões.
De modo geral, as paredes no interior da casa devem ter cor clara, se possível apresentar texturas que devem
servir como estímulo e podem ajudar na diferenciação de cômodos, no caso de locais públicos. Deve-se evitar estampas
no piso ou paredes, pois podem confundir a visão e gerar insegurança. A iluminação deve ser suficiente e uniforme, nem
clara demais, nem escura demais, e anti-ofuscante, pois a iluminação direta pode prejudicar a visão e causar confusão;
janela amplas são interessantes, os interruptores devem estar localizados a alturas confortáveis, 1,10m do chão,
próximos às entradas para facilitar sua utilização. Os ambientes devem apresentar uma variedade de objetos pessoais
como fotografias de familiares e plantas para ajudar na localização temporal e tornar o local aconchegante.
Um detalhe importante, principalmente em se tratando de pessoas idosas, é evitar o excesso de mobiliário criando
barreiras e situações que possam provocar quedas ou impedir a livre circulação; mobiliário muito baixo também pode
causar esse tipo de problemas, sendo melhor evita-los. Quinas arredondadas ajudam a evitar acidentes, assim como
moveis presos ao chão, pois não se movem quando usados como apoio. Tapetes são quase sempre os maiores vilões
causadores de acidentes, devendo ser evitados, ou, quando necessários, devem ser anti-derrapantes e não apresentar
pontas dobradas onde se possa tropeçar.
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Circulação interna
Nos quartos, as camas devem ter cabeceiras que permitam se recostar. Sua altura em relação ao piso, incluindo o colchão, deve permitir que uma pessoa sentada apóie os pés no chão com firmeza. H = 0,45 a 0,50 m do chão.
As luminárias devem permitir acionamento fácil, para possibilitar uma transição entre escuro e claro mais gradual, e estarem sempre próximas.
Mesas laterais devem ter bordas arredondadas, ser fixas e estar 0,10m acima da altura da cama.
Os trajetos, especialmente da cama ao sanitário, devem estar livres de obstruções, como móveis, fios soltos e tapetes. Durante a noite, de preferência, deixar alguma luz acesa, ou instalar sensores de acendimento automático no trajeto entre cama e sanitário.
Interruptores e campainhas devem estar entre 0,60 a 1,00 m de altura, tomadas entre 0,40 e 1,00m, telefones e torneiras entre 0,80 e 1,20 m, maçanetas entre 0,80 e 1,00m.
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Como mencionado anteriormente, o sanitário é um dos locais críticos da residência, devendo-se dispensar atenção
especial a ele. A norma NBR 9050 apresenta adaptações e medidas mínimas para box, vasos sanitários e lavatórios, que
devem ser levadas em conta para obter mais segurança na utilização destas peças. O piso deve ser anti-derrapante, se
houver algum tapete, deve ter ventosas para fixá-lo. O desnível máximo entre o piso do box e o do banheiro deve ser de
1,5 cm. No box, assim como no sanitário e no lavatório, devem ser fixadas barras de apoio que permitam ao usuário
utilizar a peça sem incomodo, mantendo o equilíbrio. Existem algumas disposições diferentes para a colocação dessas
barras, todas apresentadas na norma NBR 9050. Todos os acessórios como saboneteiras, suporte de papel higiênico,
porta objetos, devem ter uma altura de 1,20 a 1,30 cm, os espelhos devem ter inclinação para permitir sua utilização de
alturas mais baixas, as torneiras devem ser de fácil manuseio, sem necessitar do uso de força para acioná-las, um bom
exemplo são as de alavanca.
Exemplos de torneiras de fácil manuseio para adaptação de sanitário.
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Se possível, utilizar cortinas no box ao invés de portas, que se existirem, devem ser de correr ou abrir para fora, e
colocar um banco fixo, de largura definida na norma, que facilite o banho e dê equilíbrio, para maior segurança. Os
registros ficarão melhor localizados se estiverem à entrada do Box, pois evitam que a pessoa se queime com a água
quente. Deve-se garantir bom escoamento do ralo para evitar acúmulo de água e conseqüentes escorregões.
O vaso sanitário deve ter sua base aumentada em 10 cm, descarga de simples manuseio, que não requer uso de
força para acioná-la, e os acessórios, como porta papel higiênico, devem estar ao alcance fácil da mão.
Na cozinha deve-se seguir o padrão de colocação de tomadas e interruptores a alturas adequadas, e elas devem
ter a voltagem sinalizada para evitar confusão; deve-se utilizar contrastes de cor para diferenciar objetos próximos de
outros mais distantes, torneiras de fácil manuseio, se possível instalar sistema de segurança que desliga o gás quando
não houver chama e piso anti-derrapante. Uma boa iluminação para ajudar no desenvolvimento das tarefas executadas
no local é sempre recomendada, além de ventilação, importante também devido ao uso de gás para aquecimento. As
gavetas devem ser deslizantes e com travas de segurança, a alturas confortáveis para o uso cotidiano. Nunca é demais
organizar objetos de forma a que os mais usados estejam mais a mão, e os de menos uso fiquem mais distantes, regra
essa aplicada a qualquer tipo de objeto, para qualquer usuário.
A circulação no espaço, seja ele qual for, deve ser sempre observada com cuidado para que portas de armários ou
de acesso, ao se abrirem, não impeçam ou obstruam a passagem. Um carrinho com rodas será útil para o transporte de
objetos mais pesados, além de tornar possível transportar vários de uma vez. Mesas, pias e bancadas devem ter altura
de 85 a 90 cm para permitir utilização cômoda, sem que se provoque esforço além do necessário.
De forma geral, utilizar, sempre que possível, rampas ao invés de escadas, e quando estas forem necessárias,
marcar com fita anti-derrapante os degraus. Os corrimãos devem ter altura em torno de 80 cm do chão, devem ser
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contínuos, com diâmetro de 4 cm, e devem estar afastados 5 cm da parede. É interessante que os corrimãos tenham
cores diferentes das coeres das paredes para facilitar a visão. Finalmente, deve-se evitar quinas vivas, vidros e fiação
solta pelos cômodos da casa.
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Rampa
As rampas devem ter, no máximo inclinações de 8,33%.
No caso de não haver paredes nas laterais, é necessária guia de balizamento de, no mínimo h=0,05mm, nas projeções do guarda-corpo.
A largura mínima admissível para rampas é de 1,20m, sendo a recomendável 1,50 m. No caso de haver patamares, os mesmos deverão permitir o giro de uma cadeira de rodas, para tanto, devem ter a largura de 1,50m.
O piso tátil deve ter cor contrastante com o piso adjacente.
Os corrimãos laterais devem ser contínuos e ter duas alturas: 0,92 e 0,70 m do piso.
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Escadas
Não se deve utilizar degraus com espelhos vazados.
A largura mínima admissível de escadas é de 1,20m, porém, o recomendável á de 1,50m.
O corrimão deve avançar em 0,30 m antes do início e depois do término de escadas e rampas, sem prejudicar a área de circulação.
Deve haver sinalização visual em cada degrau para alertar a diferença de nível. Também deve-se utilizar faixas antiderrapantes na beirada de cada degrau.
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Elevadores
As dimensões mínimas dos elevadores devem ser de 1,40x 1,10m.
Deve haver sinalização tátil de alerta em frente á porta.
O piso da cabine deve contrastar com o adjacente. Dever haver corrimãos instalados nas paredes , com altura de 0,89 a 0,90 m.
Na entrada a abertura livre deve ser de 0,80 m, no mínimo.
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Acesso à piscina
O piso ao redor da piscina deve ser antiderrapante. As bordas e degraus devem ser arredondados.
A escada ou rampa de acesso à piscina deve ter corrimão em três alturas: 0,45, 0,70 e 0,92 m, de ambos os lados.
Deve-se instalar barras de apoio nas bordas internas da piscina, em locais que não interfiram no acesso.
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Armários
Armários, assim como mesinhas laterais, que podem vir a servir de apoio, devem ser, de preferência, fixos no chão ou parede. A amplitude de utilização do armário deve estar entre 0,40 a 1,20 m do piso.
Puxadores e fechaduras devem estar a 0,80 a 1,20m de altura. O alcance máximo confortável para uma pessoa erguer o braço é de 1,55m, devendo, portanto a prateleira mais alta estar, no máximo a esta altura. Os armários devem ter iluminação embutida e prateleiras retráteis.
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REFERÊNCIAS
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JØRN UTZON – KINGO HOUSES
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