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CADERNO DE CONVERGÊNCIA RELATÓRIOS FINAIS 2008 MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA: Presidente: Deputado Alceu Moreira (PMDB) 1º Vice-Presidente: Deputado Cassiá Carpes (PTB) 2º Vice-Presidente: Deputado Gerson Burmann (PDT) 1º Secretário: Deputado Ivar Pavan (PT) 2º Secretário: Deputado Paulo Brum (PSDB) 3º Secretário: Deputado Mano Changes (PP) 4º Secretário: Deputado Carlos Gomes (PPS) Suplentes: 1º Suplente de Secretário: Deputado Raul Carrion (PC do B); 2º Suplente de Secretário: Deputado Miki Breier (PSB); 3º Suplente de Secretário: Deputado Marquinho Lang (DEM); 4º Suplente de Secretário: Deputado Alberto Oliveira (PMDB) COLÉGIO DELIBERATIVO DO FÓRUM DEMOCRÁTICO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL Assembléia Legislativa Presidente : Dep. Alceu Moreira (PMDB). Vice-Presidente: Dep. Cassiá Carpes (PTB) Titulares : Dep. Raul Pont (PT), Dep. Alberto Oliveira (PMDB), Dep. Mano Changes (PP), Dep. Kalil Sehbe (PDT), Dep. Zilah Breitenbach (PSDB), Dep. Cassiá Carpes (PTB), Dep. Paulo Odone (PPS), Dep. Paulo Borges (Democratas), Dep. Miki Breier (PSB), Dep. Raul Carrion (PCdoB). Suplentes: Dep. Daniel Bordignon (PT), Dep. Álvaro Boéssio (PMDB), Dep. Silvana Covatti (PP), Dep. Adroaldo Loureiro (PDT), Dep. Adilson Troca (PSDB), Dep. Luis Augusto Lara (PTB), Dep. Berfran Rosado (PPS), Dep. José Sperotto (Democratas), Dep. Heitor Schuch (PSB). Conselhos Regionais de Desenvolvimento Titulares : Prof. Paulo Afonso Frizzo (Presidente do Fórum dos COREDES), Sérgio Cardoso (COREDE Metropolitano Delta do Jacuí), José Antonio V. Adamoli (COREDE Serra), Luiz Cézar de O. Leite (COREDE Centro-Sul), Theonas Baumhardt (COREDE Jacuí Centro). Suplentes : Vice-Presidente Delmar Henrique Backes (Substituto do Presidente), Alessandro Dalla Santa Trindade (COREDE Campos de Cima da Serra), Paulo Roberto Fernandes (COREDE Vale do Rio da Várzea), Prefeita Selmira Fehrembach (COREDE Sul), Antonio Carlos S. Jordão (COREDE Centro). Universidades Duas vagas Universidades Públicas: Titulares: Reitor Carlos Alexandre Netto (UFRGS), Reitor Carlos Alberto Callegaro (UERGS). 1

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CADERNO DE CONVERGÊNCIA

RELATÓRIOS FINAIS2008

MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA:

Presidente: Deputado Alceu Moreira (PMDB)1º Vice-Presidente: Deputado Cassiá Carpes (PTB)

2º Vice-Presidente: Deputado Gerson Burmann (PDT)1º Secretário: Deputado Ivar Pavan (PT)

2º Secretário: Deputado Paulo Brum (PSDB)3º Secretário: Deputado Mano Changes (PP)4º Secretário: Deputado Carlos Gomes (PPS)

Suplentes:1º Suplente de Secretário: Deputado Raul Carrion (PC do B); 2º Suplente de Secretário: Deputado Miki Breier (PSB); 3º Suplente de Secretário: Deputado Marquinho Lang (DEM); 4º Suplente de Secretário: Deputado Alberto Oliveira (PMDB)

COLÉGIO DELIBERATIVO DO FÓRUM DEMOCRÁTICO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Assembléia LegislativaPresidente : Dep. Alceu Moreira (PMDB). Vice-Presidente: Dep. Cassiá Carpes (PTB) Titulares : Dep. Raul Pont (PT), Dep. Alberto Oliveira (PMDB), Dep. Mano Changes (PP), Dep. Kalil Sehbe (PDT), Dep. Zilah Breitenbach (PSDB), Dep. Cassiá Carpes (PTB), Dep. Paulo Odone (PPS), Dep. Paulo Borges (Democratas), Dep. Miki Breier (PSB), Dep. Raul Carrion (PCdoB).Suplentes: Dep. Daniel Bordignon (PT), Dep. Álvaro Boéssio (PMDB), Dep. Silvana Covatti (PP), Dep. Adroaldo Loureiro (PDT), Dep. Adilson Troca (PSDB), Dep. Luis Augusto Lara (PTB), Dep. Berfran Rosado (PPS), Dep. José Sperotto (Democratas), Dep. Heitor Schuch (PSB).

Conselhos Regionais de DesenvolvimentoTitulares : Prof. Paulo Afonso Frizzo (Presidente do Fórum dos COREDES), Sérgio Cardoso (COREDE Metropolitano Delta do Jacuí), José Antonio V. Adamoli (COREDE Serra), Luiz Cézar de O. Leite (COREDE Centro-Sul), Theonas Baumhardt (COREDE Jacuí Centro).Suplentes: Vice-Presidente Delmar Henrique Backes (Substituto do Presidente), Alessandro Dalla Santa Trindade (COREDE Campos de Cima da Serra), Paulo Roberto Fernandes (COREDE Vale do Rio da Várzea), Prefeita Selmira Fehrembach (COREDE Sul), Antonio Carlos S. Jordão (COREDE Centro).

UniversidadesDuas vagas Universidades Públicas:Titulares: Reitor Carlos Alexandre Netto (UFRGS), Reitor Carlos Alberto Callegaro (UERGS).Suplentes: Reitora Miriam da Costa Oliveira (Universidade Federal de Ciência da Saúde), Reitor João Carlos Brahm Cousin (FURG).

Duas vagas COMUNG (universidades comunitárias): Titulares : Reitor Prof. Alencar Mello Proença (UCPEL), Reitor Ney José Lazzari, (UNIVATES).Suplentes: Reitor Isidoro Zorzi (UCS), Reitor Ramon Fernando da Cunha (FEEVALE).Uma vaga demais Universidades e IES:Titular : Reitor Prof. Norberto da Cunha Garin (IPA/Metodista do Sul). Suplente: Professor Delmar Henrique Backes (Diretor da Faculdades Integradas de Taquara).

Sociedade Civil OrganizadaQuatro vagas para organizações representativas da produção e do setor patronal:

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Titulares : FIERGS, Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul , Presidente Paulo Gilberto Fernandes Tigre; FEDERASUL, Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul, Presidente José Paulo Dornelles Cairoli; FARSUL, Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul, Presidente Carlos Rivaci Sperotto; OCERGS, Sindicato e Organização das Cooperativas do Rio Grande do Sul, Presidente Vergilio Frederico Perius.Suplentes: SINDIFAR - Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Rio Grande do Sul, Presidente Thômaz Nunnenkamp; FCDL/RS - Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul, Presidente Vitor Augusto Koch; ACSURS- Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul , Presidente Valdecir Luís Folador; AFUBRA - Associação dos Fumicultores do Brasil, Presidente Benício Albano Werner.Quatro vagas para organizações sindicais e profissionais representativas do trabalho:Titulares : CUT-RS, Central Única dos Trabalhadores, Presidente Celso Woyciechowski; F. Sindical, Força Sindical do Rio Grande do Sul, Presidente Cláudio Guimarães da Silva (Janta); UGT, União Geral de Trabalhadores no Rio Grande do Sul, Presidente Paulo Roberto Barck; FASP/RS, Federação das Associações de Servidores Públicos Ativos e Inativos no Rio Grande do Sul , Presidente José Alfredo Santos Amarante.Suplentes: Associação Gaúcha dos Professores Técnicos Agrícolas, Presidente Fritz Roloff; ASSTBM, Associação dos Sargentos, Sub-Tenentes e Tenentes da Brigada Militar, Presidente Aparício Costa Santellano; SENGE, Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio Grande do Sul, Presidente José Luiz Bortoli Azambuja; AFOCEFE, Sindicato dos Técnicos do Tesouro do RS, Presidente Elton Nietiedt Quatro vagas para movimentos sociais e demais organizações da sociedade civil: Titulares : ARI - Associação Riograndense de Imprensa, Presidente Ercy Pereira Torma; Fórum de Desenvolvimento da Mesorregião Metade Sul do RS , Presidente Antônio Carlos Saran Jordão; Borboleta Azul - Instituto Latino Americano de Proteção Ambiental, Presidente Jornalista José Roberto Ramos; Maristas, União Sul Brasileira de Educação e Ensino, Conselheiro Provincial Irmão Miguel Antônio Orlandi.Suplentes : Rotary Internacional, Distrito 4680, Governador Tirone Lemos Michelin; GORS - Grande Oriente do Rio Grande do Sul, Grão-Mestre José Aristides Fermino; Projeto Mira Serra, Coordenadora Lisiane Becker; Maria Mulher – Organização de Mulheres Negras, Presidente Maria Noelci Teixeira Homero.

Instâncias Federativas Titulares: Governo do Estado - José Alberto Wenzel, Secretário Extraordinário para Assuntos da Casa Civil ; Governo Federal – vago; FAMURS – Presidente Prefeito Elir Domingo Girardi; UVERGS - Presidente Vereador Antônio Inácio Baccarin; Bancada Federal Gaúcha - Deputado Federal Pompeo de MattosSuplentes: Governo do Estado - Celso Bernardi, Secretário Extraordinário de Relações Institucionais; FAMURS - Substituto: Ernesto Ferreira Pinto; Bancada Federal Gaúcha – Deputado Federal Onyx Lorenzoni.

TEMA: DESENVOLVIMENTO HARMÔNICO E SUSTENTÁVEL

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GRUPO EXECUTIVO DE ACOMPANHAMENTO DE DEBATES (GEAD)DESENVOLVIMENTO HARMÔNICO E SUSTENTÁVEL

Coordenação e Relatorias:Deputado Nelson Härter – CoordenadorDr. Rodrigo Schoeller Moraes (COREDES).- Coordenador/RelatorEcon. Tirone Lemos Michelin (ROTARY / ARI) - CoordenadorEcon. Adriana Yamasaki (OCERGS)- Coordenadora/RelatoraApoio da Assembléia Legislativa:Heloisa Viviane Borchhardt e Ana Sofia Antunes - Gabinete de Consultoria LegislativaAntonio César Gargioni Nery - Assessoria TécnicaRelatores parciais (primeira fase, junho): Jaime N Lapolli (Tendências), Dr. Rodrigo Schoeller de Moraes (Critérios), Adriana Yamasaki e Esteban Santana Carrion (Eixo Econômico), Helios Puig Gonzales, Salvatore Santagada e Marília Foster Freitas Lima (Eixo Social), Delmar W. Sittoni e Artur Renato Albech Cardoso (Eixo Ambiental), Manuela Lopes, Ângela Bachieri Duarte e José Antônio Adamoli (Governança). Relatório Final (novembro/dezembro): Jaime Nazareno Lapolli; contribuição com conteúdos e propostas: Dr. Rodrigo Schoeller de Moraes, Delmar W. Sittoni, Adriana Yamasaki, Helios Puig Gonzales, Ângela Bachieri, Marília Foster Freitas Lima, Salvatore Santagada, Moacir Donato Rosa de Oliveira, Ane Lise Pereira da Costa Dalcul, Luciano Andreatta Carvalho da Costa, José Antônio Adamoli, Lélio L. Falcão e Tirone Lemos Michelin.Minuta de Anteprojeto de Lei: Dr. Rodrigo Schoeller de Moraes e Delmar W. Sittoni, com conteúdos e propostas dos mesmos do Relatório e apoio técnico da Consultoria Legislativa da Assembléia através da Consultora Heloisa Viviane Borchchardt e da Coordenadora Fernanda Schnorr Paglioli.

Palestras e apresentações ao Grupo: Técnicos Rubens Soares de Lima e Antonio Paulo Cargnin, da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, Departamento de Planejamento; Maria Elisa dos Santos Rosa, Diretora Técnica da FEPAM; Dr. Rodrigo Schoeller Moraes, Promotor de Justiça, representante dos COREDES; Econ. Tirone Lemos Michelin, Governador do Rotary; Técnica Ângela Bachieri Duarte da SEPLAG, pelos COREDES; Engº e Econ. Jayme Nazareno Lapolli, SENGE/RS; Delmar W. Sittoni, Conselho Estadual das Cidades;Prof. Sérgio Alembrandt (UNIJUÍ – COREDES).

Participaram das discussões deste Relatório ou estiveram presentes numa ou mais reuniões do Grupo (período junho-novembro 2008):

Assembléia Legislativa: Deputado Nelson Härter (PMDB), Técnicos Moacir Donato Rosa de Oliveira (PMDB), Giancarlo Tuysi Pinto (PPS), Marlow Velasquez (PSB), Carlos Fernando Niedersberg (PC do B).

Coredes: Ângela Bachieri Duarte (SEPLAG-RS), Dr. Rodrigo Schoeller de Moraes (Promotor de Justiça, Rio Grande), José Antonio Voltan Adamoli (UCS), Dieter Rugar Siedenberg (UNIJUÍ), Sérgio Alebrandt (UNIJUÍ).

Universidades: Prof.ª Ana Paula Mota Costa (Rede Mettodista, Centro Universitário IPA), Prof. Renato Luiz Tavares de Oliveira (UCPEL), Prof. Ricardo Letizia Garcia (UERGS), Prof. Camilo Colling Pacheco (ULBRA), Prof. Celso Pedreira (UCPEL), Prof. Luciano Andreatta Carvalho da Costa (Rede Metodista, Centro Universitário IPA), Profa. Ane Lise Pereira da Costta (Rede Metodista, Centro Universitário IPA).

Instâncias Federativas: Artur Renato Albech Cardoso (Governo do Estado, representante da Secretaria de Estado do Meio Ambiente), Maria Elisa dos Santos Rosa (FEPAM), Manoel Eduardo de Miranda Marcos (FEPAM), Iara Ferrugem Velasquez (SEMA), Gisela Schuler (Casa Civil), João Luiz Bogorni (FAMURS), Clenio Nailto Pillon (EMBRAPA), Daniel Aquini (EMBRAPA).

Sociedade Civil Organizada: Indicações de Rotary e ARI: Prof. Dr. Erwin Francisco Techitrop Júnior, Irmão Valério Menegat, Econ. Tirone Lemos Michelin; Indicações do Fórum Mesosul: Roselani Sodré da Silva, Waldir Stumpf Junior; Indicações da área empresarial: Econ. Adriana

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Yamasaki (Titular - OCERGS), Dr. Edson Luiz Doncatto (Suplente OCERGS), Dr. Fabrício Barros (FEDERASUL), Econ. Sérgio Leusin Júnior (FEDERASUL), Eng.º Florestal Jorge Farias (AFUBRA), José Lauro de Quadros (AGEFLOR), Ana Cristina Póvoas (AGENDA 2020/FIERGS), Manuela Lopes (AGENDA 2020); Indicações da área sindical: Cássio Calvete (DIEESE - CUT/RS), Eng.º e Econ. Jayme Nazareno Lapolli (SENGE/RS), Lélio Luzardi Falcão (FORÇA SINDICAL/RS), Lísia Coimbra Leite Costa de Araújo (UGT/RS).

Entidades e Organizações Convidadas:Fórum Permanente de Responsabilidade Social (Fórum RS) - Presidente Marilia Freitas Lima e Econ. Helios Puig Gonzales - FEEFEE - Fundação de Economia e Estatística – Técnicos Salvatore Santagada, José Enoir Loss e Clítia MartinsMETROPLAN – Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional - Luiz Carlos V. Flores e Esteban Santana CarrionAgenda 2020 - Representante Ana Cristina PóvoasConselho Estadual das Cidades - Delmar W. SittoniFórum de Microcrédito - Coordenador Henrique Schuster, Cristiano Mross (Portosol), Jaime de Campos Medeiros (Portosol)

RELATÓRIO FINAL

DESENVOLVIMENTO HARMÔNICO E SUSTENTÁVEL

Elaborado pelo Grupo Executivo de Acompanhamento de Debates, considerando o documento inicial e as contribuições das Assembléias nas Nove Regiões

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Funcionais, e aprovado pela Assembléia Estadual de Convergência, em 5 de dezembro de 2008.

CONTEÚDO:

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

2. CONCLUSÕES

3. RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES

3.1. RECOMENDAÇÕES PRIORITÁRIAS3.2. RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES SELECIONADAS

3.2.1. Diretrizes Internacionais para o Desenvolvimento Harmônico e Sustentável 3.2.2. Marco Institucional do Desenvolvimento Harmônico e Sustentável3.2.3. Organização Social para o Desenvolvimento Harmônico e Sustentável

3.2.4. Instrumentos de Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Harmônico e Sustentável3.2.5. Educação para o Desenvolvimento Harmônico e Sustentável3.2.6. Ações Estruturantes para o Desenvolvimento Harmônico e Sustentável

ANEXOS:

1 – PROJETO DE LEI INSTITUINDO A POLÍTICA E O SISTEMA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO HARMÔNICO E SUSTENTÁVEL

2 – RESULTADO DA TABULAÇÃO DAS RESPOSTAS AO QUESTIONÁRIO

3 – NOTAS SOBRE OS PRINCIPAIS CONCEITOS UTILIZADOS NO RELATÓRIO E NO PROJETO DE LEI

4 – FUNDAMENTOS PARA UMA POLÍTICA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO HARMÔNICO E SUSTENTÁVEL

5 – MEDIDAS OPERACIONAIS E ESPECÍFICAS

6 – TABELA COM OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO, DA ONU, ATÉ 2015, NOS COREDES DO RS

.CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O Grupo Executivo de Acompanhamento de Debates Desenvolvimento Harmônico e Sustentável (DHS) apresenta a seguir o seu Relatório Final, resultante de todos os trabalhos desenvolvidos durante o ano de 2008.

Foram realizados neste período:a) reuniões do grupo de trabalho;b) pesquisas individuais dos integrantes do grupo sobre assuntos a serem

apresentados nas reuniões, assembléias, relatórios;

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c) elaboração do Relatório Preliminar, publicado nos cadernos de convergência, volumes 1 e 2;

d) preparação das assembléias regionais;e) elaboração de metodologia e preparação do questionário aplicado durante

as assembléias regionais;f) apresentação do tema nas assembléias regionais e esclarecimentos sobre o

questionário e o processo geral do trabalho;g) respostas ao questionário pelos participantes das assembléias regionais;debates durante as assembléias regionais;h) tabulação e análise das respostas ao questionário;i) elaboração de Projeto de Lei instituindo a Política Estadual de

Desenvolvimento Harmônico e Sustentável;j) elaboração do Relatório Final;k) reuniões do grupo de trabalho para análise da tabulação das respostas ao

questionário, análise e aprovação do Projeto de Lei e do Relatório Final.

Este Relatório Final vem completar a edição dos trabalhos realizados durante o ano, iniciada com o Relatório Preliminar, volumes 1 e 2, todos integrando o conjunto de informações que procuram traduzir os aspectos mais relevantes das atividades realizadas e das proposições dos envolvidos no processo.

2. CONCLUSÕES.

2.1. As questões referentes ao DHS ganham corpo em todas as instâncias do quadro internacional, nacional e regional;

2.2. Cabe ao Estado do Rio Grande do Sul posicionar-se em relação ao tema, reforçando e integrando o suporte institucional, promovendo o debate, a articulação e a implementação de medidas de ação que, de forma sistêmica e integrada, atendam aos três eixos principais do DHS – econômico, social e ambiental;

2.3. A prevenção e a mitigação dos efeitos de alto custo social e econômico que estão se desenhando pela destruição da natureza e pela degradação social exigem o encaminhamento imediato de ações adequadas;

2.4. A Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, como ponto de convergência dos diversos segmentos sociais e por sua função representativa, pode desempenhar um papel de relevância no encaminhamento de medidas e na solução de conflitos que irão modelar um novo paradigma que atenda ao DHS imprescindível à sobrevivência da humanidade.

2.5. CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO HARMÔNICO E SUSTENTÁVEL:

O Relatório Preliminar do Grupo de Trabalho apontou no seu Volume 1 a impossibilidade de manter as tendências de crescimento desordenado e a necessidade de buscar um novo paradigma de desenvolvimento apontado como o de DHS. O Volume 2 do Relatório Preliminar, avançou esta formulação apontando os critérios a serem adotados para conduzir este desenvolvimento, fundamentando-o no complexo das necessidades humanas e nas formulações constantes em documentos de órgãos internacionais.

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Como resultado dos trabalhos, informações e discussões desenvolvidas ao longo do ano, e das sugestões e observações resultantes das assembléias regionais, propõe-se o seguinte conceito para o Desenvolvimento Harmônico e Sustentável:

“Desenvolvimento Harmônico e Sustentável é o processo evolutivo da sociedade, efetivo, dinâmico e articulado, que gera como resultados o pensamento e atuação sistêmicos, a melhora do bem-estar econômico, político, socioambiental e cultural das comunidades e a paz, interna e externa, buscando atender integralmente as necessidades humanas, com impactos proporcionais nos 3 (três) eixos da sustentabilidade e através da participação cooperativa dos 3 (três) setores e da comunidade em geral, o que propicia a utilização racional e equilibrada dos meios necessários, considerando as especificidades regionais”.

Em face da complexidade do tema, sua relativa novidade e os debates que pode suscitar, agrega-se, recuperando pontos anteriormente assinalados, a indicação de parâmetros demarcadores do conceito de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável, os quais constam do Anexo 3. Também são apresentados no Anexo 3. notas esclarecedoras sobre outros conceitos relevantes utilizados neste Relatório e no Projeto de Lei.

2.6. FUNDAMENTOS PARA UMA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO HARMÔNICO E SUSTENTÁVEL.

Os trabalhos efetuados pelo grupo, contando com as informações e colaborações recolhidas no decurso do processo, conduziram à formulação dos fundamentos que orientaram a elaboração do Projeto de Lei instituindo a Política Estadual de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável. Estes fundamentos são apresentados no Anexo 4.

3. RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES.

3.1. RECOMENDAÇÕES PRIORITÁRIAS.

a) Criar um grupo de trabalho, no âmbito da Assembléia Legislativa, abrangendo o tema Desenvolvimento Harmônico e Sustentável (DHS) e dando continuidade ao trabalho até aqui desenvolvido pelo Grupo Executivo de Acompanhamento de Debates – Desenvolvimento Harmônico e Sustentável. Principais atividades: aprofundamento de estudos, debates e encaminhamento de proposições.

b) Encaminhar ao Poder Executivo o Projeto de Lei que institui a Política Estadual de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável, no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul.

3.2. RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES SELECIONADAS.

3.2.1. Diretrizes Internacionais para o Desenvolvimento Harmônico e Sustentável.

a) Promover, no Estado do Rio Grande do Sul, o atendimento, pelos 3 (três) setores e pela comunidade em geral, às diretrizes da Organização das Nações Unidas –

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ONU – expressas na Agenda 21, Agenda Habitat, Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, Movimento Cidades Saudáveis, Declaração dos Direitos Humanos, Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, Carta da Terra, Protocolo de Quioto, entre outras.

b) Promover ações para que os Municípios alcancem os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas.

3.2.2. Marco Institucional do Desenvolvimento Harmônico e Sustentável.

a) Grupo de Trabalho do Desenvolvimento Harmônico e Sustentável (DHS) – Criar, no âmbito da Assembléia Legislativa, um grupo de trabalho para dar continuidade aos trabalhos realizados pelo Grupo Executivo de Acompanhamento de Debates – Desenvolvimento Harmônico e Sustentável, referentes ao tema, aproveitando o acúmulo de conhecimentos e experiências.

b) Conselho Estadual de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável (CDHS) – Criar o Conselho Estadual de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável (CDHS), como prevê o projeto de lei da Política Estadual de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável, ou refundar o Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social (CODES), instituído pela Lei n.º 11.931, de 24 de junho de 2003, com atribuições, competência e constituição adequadas ao DHS.

c) Conferências de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável – Realizar as Conferências de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável, conforme propõe o Projeto de Lei da Política Estadual de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável.

3.2.3. Organização Social para o Desenvolvimento Harmônico e Sustentável.

a) Capital social: desenvolver o capital social, incentivar a participação e propiciar o controle social sobre as políticas públicas.

b) Cooperativismo e associativismo- apoiar, estimular e fortalecer o cooperativismo e outras formas de

cooperação;- apoiar a realização de estudos e pesquisas sobre o cooperativismo;- assegurar a participação das cooperativas na habilitação de procedimentos

licitatórios públicos;- garantir às cooperativas de crédito convênios operacionais com o Poder

Público Estadual para o acesso ao crédito e prestação de serviços de arrecadação de tributos e pagamentos dos vencimentos, soldos ou proventos de servidores estaduais;

- incentivar ações que favoreçam a formação e práticas cooperativistas.c) Parcerias: identificar nos planos, programas e projetos a serem

desenvolvidos e implementados, todas as áreas que podem ser atendidas por meio de parcerias com o setor privado, entidades do ensino superior, entidades de classe, organizações não governamentais e demais entidades da sociedade civil organizada, promovendo e fomentando estas parcerias.

d) Formação e consolidação de novo marco cultural:- fomentar a convergência com diretrizes, nacionais e internacionais, através do

alinhamento de objetivos, critérios e indicadores;

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- incentivar o atendimento integral das necessidades humanas (fisiológicas, psicológicas e de auto-realização), gerando impactos proporcionais nos três eixos da sustentabilidade (econômico, social - abrangendo saúde, educação, cidadania e segurança, e ambiental), através da participação cooperativa dos três setores (público, privado e sociedade civil organizada) e da comunidade em geral;

- estimular a utilização dos critérios previstos nos índices de sustentabilidade empresarial, na Agenda 21, na Agenda Habitat, nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e nas Metas de Educação para Todos, da UNESCO;

- fomentar programas e projetos que estimulem a preservação do meio ambiente dentro dos fundamentos do DHS, priorizando a educação ambiental (com capacitação em DHS), a proteção dos recursos hídricos (preferencialmente através de atuações integradas por bacias hidrográficas, planos municipais de saneamento) e o georeferenciamento;

- fomentar o desenvolvimento socioeconômico e cultural das comunidades, reforçando as ações de proteção ao meio ambiente, promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos à saúde e prevenção à violência, gerando cidades sustentáveis, saudáveis e seguras;

- estimular e fomentar a implementação de políticas municipais integradas, através de grupos de trabalho interdisciplinares e intersetoriais municipais ou consórcios de municípios para o DHS (Grupos de Trabalho de Desenvolvimento – GTD’s, Unidades Gestoras de Projetos – UGP’s etc.).

a) Governança: - instalar fórum de articulação entre representantes do setor público, da

sociedade civil organizada e da iniciativa privada, em cada Região Funcional, formalizando acordo que represente o pacto entre os atores envolvidos, definindo agenda comum, e assegurando estrutura de suporte executivo à governança implantada.

- racionalizar as estruturas estaduais da administração, compatibilizando-as com os limites das Regiões Funcionais e dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento – COREDEs, diminuindo o conflito e a ineficiência e promovendo maior estabilidade institucional.

- definir e implementar uma Agenda Estratégica em/para cada uma das Regiões Funcionais e apoiar a elaboração e execução de Planos Estratégicos em cada um dos COREDEs.

3.2.4. Instrumentos de Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Harmônico e Sustentável.

a) Instrumentos de Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Harmônico e Sustentável

- promover a elaboração de Planos de DHS com a participação do Estado, da sociedade civil organizada e da iniciativa privada, devendo ser incentivada a adoção de seus fundamentos, critérios e metodologia para as demais instâncias dos 3 (três) setores;

- apoiar o desenvolvimento da metodologia e ferramentas de DHS para mensurar a efetividade, a harmonia e a transparência das atividades, planos, políticas e programas que visam ao Desenvolvimento Harmônico e Sustentável;

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- promover o uso dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, estabelecido pela Organização das Nações Unidas, nos Municípios;

- incentivar a utilização de metodologias de Planejamento e Gestão Sistêmicos que busquem a alterar a percepção e atuação mecanicista e reducionista (que priorizam as partes) para o pensamento e atuação sistêmicos, mapeando e integrando necessidades, possibilidades e atividades relativas a um foco prioritário de atuação, de forma a atender a integralidade das necessidades humanas, gerando impactos proporcionais nos três eixos da sustentabilidade e através da cooperação dos três setores e da comunidade em geral;

- fomentar, incentivar e estimular que os planejamentos estratégicos, os mapas estratégicos, os projetos e os programas a serem formulados pelos setores público, privado e terceiro setor, bem como pela comunidade em geral, mesmo quando possuírem um foco prioritário para atuação (como, por exemplo, a construção de uma rodovia), observem os 5 (cinco) critérios básicos do DHS, quais sejam: o atendimento integral das necessidades (fisiológicas, psicológicas e de auto-realização) das pessoas atingidas, com impactos proporcionais nos 3 (três) eixos da sustentabilidade (econômico, social, abrangendo saúde, educação, cidadania e segurança, e ambiental), através da participação cooperativa dos 3 (três) setores (público, privado e sociedade civil organizada) e da comunidade em geral, de modo a gerarem DHS;

- promover a adoção dos fundamentos e critérios do DHS nos Planos Estratégicos a serem desenvolvidos pelos COREDE’s;

- promover a adoção dos fundamentos e critérios do DHS nos Planos de Bacia Hidrográfica a serem desenvolvidos pelos Comitês Gerenciadores de Bacias Hidrográficas;

- promover a adoção dos fundamentos e critérios do DHS nos Planos Diretores Municipais, com a implementação de seus Instrumentos e Planos Setoriais, e a criação dos Fundos Sociais e de um Conselho da Cidade atuante e deliberativo, fazendo cumprir a função social da cidade e da propriedade, como determina o Estatuto da Cidade;

- avaliar a sistemática de Avaliação Ambiental Estratégica – AAE – com abrangência sobre políticas, programas e projetos. Este instrumento vem sendo adotado em outros países e aqui no Brasil, nos Estados de São Paulo e de Minas Gerais. O uso da AAE permite que uma determinada proposta inclua, entre outros, estudos sobre impactos cumulativos, passivos ambientais, serviços ambientais potencialmente prejudicados e relação custo/benefício frente a outras alternativas. Vide Relatório Preliminar, item 3.3;

- promover uma regionalização que atenda o DHS, com a convergência entre as diversas escalas de regionalização dos órgãos do governo estadual, das entidades de classe e demais entes regionalizados;- garantir o valor necessário para custear as atividades de planejamento e gestão

(CDHS, Conferências, Planos Estratégicos, Mobilização/Educação, Seminários), para o processo 2009 da Consulta Popular.

b) Sistema de Informações sobre Desenvolvimento Harmônico e Sustentável: - determinar aos órgãos e entidades geradoras dos dados e informações em

disponibilizá-los em tempo hábil para o sistema produzir suas análises;- utilizar a metodologia de análise dos Objetivos do Desenvolvimento do

Milênio desenvolvida no Estado para fazer parte do futuro banco de dados que permita conhecer a realidade dos municípios gaúchos e de seus habitantes.

c) Formação Continuada em Desenvolvimento Harmônico e Sustentável:

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- incentivar a capacitação/qualificação de gestores estaduais e municipais em Desenvolvimento Harmônico e Sustentável;

- promover a capacitação em elaboração de projetos de DHS.

d) Base Geral Cartográfica Georreferenciada: - desenvolver, com tecnologia de informação para a Internet, uma base geral

cartográfica georeferenciada, pública, com mapas temáticos e bancos de dados relacionados, necessários às atividades de planejamento e de gestão sistêmicos do Estado, Regiões e Municípios.

3.2.5. Educação para o Desenvolvimento Harmônico e Sustentável.

a) Promover a educação e a mobilização para o desenvolvimento harmônico e sustentável nos vários níveis dos três setores (governo, privado e sociedade civil organizada), a partir de estratégias de educação não-formal, produzindo um nivelamento do conhecimento e facilitando o diálogo e a realização de ações articuladas, integradas e complementares.

b) Promover a educação e a mobilização para o desenvolvimento harmônico e sustentável a partir de estratégias para os vários níveis da educação formal, desde a educação básica até a pós-graduação, bem como para a educação não-formal.

c) Submeter à aprovação da Assembléia Legislativa o projeto de alteração da Lei Estadual n.º 11.730, de 09 de janeiro de 2002, que dispõe sobre a Educação Ambiental, institui a Política Estadual de Educação Ambiental, cria o Programa Estadual de Educação Ambiental, e complementa a Lei Federal n.º 9.795, de 27 de abril de 1999, no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul.

d) Prover a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que incentivem a capacidade de reflexão e inspirem mudanças positivas nos seus valores, comportamento e estilo de vida, permitindo que contribuam ativamente para o desenvolvimento harmônico e sustentável.

e) Estimular a formação técnica e superior, promover a educação e a capacitação profissional.

f) Impulsionar os programas de educação formal e não-formal abrangendo o desenvolvimento harmônico e sustentável, a cooperação, a democracia, a educação ambiental e para a saúde, a cidadania e o consumo sustentável, fomentando as iniciativas que busquem efetivar esses conteúdos no ensino fundamental e médio no Estado.

g) Promover a educação de jovens e adultos, priorizando a redução do analfabetismo.

3.2.6. Ações Estruturantes para o Desenvolvimento Harmônico e Sustentável.

a) Disseminação dos princípios do Desenvolvimento Harmônico e Sustentável:

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– Promover a adoção dos fundamentos, objetivos e diretrizes gerais de ação previstos no Projeto de Lei da Política Estadual de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável em planos, programas e projetos estaduais, regionais e municipais.

b) Tecnologias e boas práticas de produção:– estimular o desenvolvimento de tecnologias e boas práticas de produção

que aumentem a produtividade e evitem a degradação dos ambientes;– estimular a implementação de certificação de produtos e serviços que

atendam aos critérios de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável;– fomentar projetos e ações de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável

junto aos grandes empreendimentos, promovendo a redução dos impactos ambientais e o seu enraizamento local e regional;

– implementar programas de incentivo à infra-estrutura e à logística de armazenamento e transporte da produção, contemplando os fundamentos do DHS

– implementar e disseminar boas práticas ambientais, mecanismos de desenvolvimento limpo e de certificação, que contribuam para o uso racional dos recursos naturais, a proteção do meio ambiente, em especial dos nossos mananciais hídricos, o gerenciamento eficaz dos resíduos sólidos, e a redução da poluição e das emissões causadoras do aquecimento global;

– implantar um Plano Estadual de Eficiência Energética e fortalecer ações visando à redução do desperdício de energia nas esferas pública, empresarial e doméstica;

– avaliar e revisar, com a participação de entidades civis, a legislação de registro e uso de agrotóxicos, estabelecendo limites aceitáveis de ecotoxidade.

c) Políticas sociais - criar mecanismos sociais de construção e disseminação de indicadores

demográficos, sociais, econômicos e culturais para avaliar e monitorar as metas do milênio e as políticas sociais;

- incentivar a gestão pública com apoio da sociedade civil organizada: políticas públicas discutidas com a sociedade e os movimentos sociais;

- incentivar e apoiar a destinação de recursos dos orçamentos públicos governamentais em todos os níveis para atender o caráter público das políticas sociais.

– incentivar a promoção e prevenção da saúde integral (física, mental e social), priorizando programas focados na família, no planejamento familiar, na primeira infância e no combate à drogadição, como, por exemplo, o PIM (Primeira Infância Melhor), o PSF (Programa de Saúde da Família) e o PPV (Programa de Prevenção à Violência);

- fomentar e incentivar a implementação do Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária, no Âmbito Estadual e Municipal, e do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, principalmente através do incentivo à formação de redes de proteção da criança, do adolescente e suas famílias e municipalização das medidas socioeducativas;

- estimular a regularização fundiária nos municípios (regularização das ocupações e loteamentos ilícitos com finalidade urbana e evitar sua proliferação nas cidades);

- incentivar a criação de planos diretores (ou Leis de Diretrizes Urbanas) e fomentar a adequação dos planos diretores dos municípios ao Estatuto das Cidades;

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- incentivar a adoção de atividades e programas intersetoriais e interdisciplinares de prevenção e repressão às atividades ilícitas, especialmente aqueles focados na drogadição, na violência doméstica, no crime organizado e na corrupção;

- incentivar programas e metas de superação da pobreza através da universalização dos direitos;

- acompanhar e propor programas de saúde acoplados ao novo perfil de morbidade e mortalidade no Estado;

- promover e apoiar campanhas efetivas de erradicação do analfabetismo; - promover medidas que visem a saúde de toda população, implementando

políticas públicas, de soberania alimentar, que garantam condições de vida dignas; - encaminhar Políticas de Segurança Pública, vista e tratada como uma política

pública, mediante ações que envolvam todos os segmentos sociais, abrangendo a vinculação de educação, saúde, habitação, cultura, esporte, lazer, geração de emprego e renda;

- fomentar a participação maciça nas assembléias de planejamento, orçamento e gestão, incidindo sobre as decisões e propiciando que seus integrantes tenham maior conhecimento da estrutura do Estado e as comunidades exerçam seu papel de controle público e social sobre as estruturas governamentais;

- fortalecer os controles públicos e sociais sobre as instituições, através da criação de espaços de formação e discussão social sobre o tema, realizando audiências públicas com as comunidades, criando conselhos municipais de segurança pública, com a participação dos órgãos da Justiça e da comunidade, a fim de ampliar o controle social;

- garantir a igualdade de oportunidades e remuneração para mulheres e homens;

- construir um Modelo de Desenvolvimento que imprima Soberania e Autodeterminação dos Povos, sobretudo que cumpra com as determinações e Convenções Internacionais como a Declaração de Durban Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobismo e Intolerâncias Correlatas, Convenção 169 da OIT e Leis de Proteção aos Povos Tradicionais.

- promover a ampliação e o fortalecimento dos espaços de diálogo dos Poderes com a sociedade civil organizada.

a) Turismo: – Desenvolver e implementar planos estratégicos e ações de promoção do turismo

no Estado que contemplem os fundamentos do desenvolvimento harmônico e sustentável, explorando o potencial do patrimônio histórico, cultural e natural.

b) Agências de Região Hidrográfica; – Viabilizar a criação de Agências de Região Hidrográfica, visando a

implementação e o funcionamento integral de todos os instrumentos da Política Estadual de Recursos Hídricos.

c) Zoneamento ambiental e conservação da biodiversidade – biomas:– biomas: implementar programas de conservação da biodiversidade em

todos os biomas, incluindo zoneamentos ambientais, considerando a visão sistêmica nos eixos econômico, social e ambiental, e inventário das fontes de poluição e contaminantes e de seus níveis de risco, visando ao manejo sustentável dos recursos naturais;

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– implementar programas de pesquisa e estudos para a conservação da biodiversidade e zoneamentos ambientais em todos os biomas, visando ao manejo sustentável dos recursos naturais para o desenvolvimento harmônico e sustentável.

d) Geração de trabalho, emprego e renda:– implementar políticas e programas com a finalidade de utilizar as

competências, habilidades e recursos regionais como estímulo à geração de trabalho, emprego e renda;

– identificar e explorar potenciais regionais com capacidade de gerar trabalho, emprego e renda.

e) Zoneamento de áreas de risco de desastres naturais:– implementar programas de disciplinamento da ocupação de áreas de

encostas e sujeitas a inundações;– implementar estudos, projetos e ações de prevenção de desastres naturais.

ANEXOS

ANEXO 1.

(O Projeto de Lei abaixo já recebeu a redação sugerida pela Consultoria Legislativa da Assembléia, ler a nota ao final para ver as diferenças com o texto aprovado pela Assembléia Estadual de Convergência)

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PROJETO DE LEI N.º

Institui a Política Estadual de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável e dá outras providências.

TÍTULO IDA POLÍTICA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO HARMÔNICO E

SUSTENTÁVEL

Art. 1º Fica instituída a Política Estadual de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul, que será regida pelos termos desta Lei.

Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, considera-se desenvolvimento harmônico e sustentável o processo evolutivo da sociedade, efetivo, dinâmico e articulado, que gera como resultados o pensamento e atuação sistêmicos, a melhora do bem-estar econômico, político, socioambiental e cultural das comunidades e a paz, interna e externa, buscando atender integralmente as necessidades humanas, com impactos proporcionais nos 3 (três) eixos da sustentabilidade e através da participação cooperativa dos 3 (três) setores e da comunidade em geral, o que propicia a utilização racional e equilibrada dos meios necessários, considerando as especificidades regionais.

CAPÍTULO IDOS FUNDAMENTOS

Art. 2º A Política Estadual de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável baseia-se nos seguintes fundamentos:

I – toda pessoa tem direito ao atendimento integral de suas necessidades fisiológicas, psicológicas, incluindo segurança, pertencimento, auto-estima, e de auto-realização;

II – a sustentabilidade é alcançada com a produção de impactos positivos e proporcionais nos eixos econômico, social e ambiental;

III – a harmonia se estabelece com a boa relação e proporção, qualitativa e quantitativa, na participação cooperativa dos 3 (três) setores, público, privado e sociedade civil organizada, e da comunidade em geral;

IV – o desenvolvimento harmônico e sustentável exige metodologias de planejamento e gestão sistêmicos que mapeiem e integrem os critérios básicos previstos nos incisos anteriores a partir de um foco prioritário de atuação;

V – os conceitos de harmonia e sustentabilidade agregam coesão e organicidade às políticas, planos, programas, projetos e atividades;

VI – a qualidade das relações entre os 3 (três) setores e a comunidade em geral propicia a governança e é indispensável para o desenvolvimento municipal, regional e estadual;

VII – a participação e o controle social nas políticas públicas são essenciais para a cidadania e para a democracia;

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VIII – a capacidade de suporte dos ambientes deve ser respeitada e mantida como requisito para atender aos direitos das gerações presentes e futuras à sustentabilidade ambiental, econômica e social;

IX – o respeito às especificidades regionais.

Parágrafo único. O grau de atendimento aos fundamentos referidos neste artigo, em projetos, programas, localidades, municípios e regiões, entre outras atividades e delimitações territoriais, será mensurado por meio de critérios:

I – critérios básicos:a) atendimento integral das necessidades humanas;b) impactos proporcionais nos eixos econômico, social e ambiental;c) participação cooperativa entre os 3 (três) setores e a comunidade em geral.II – critérios complementares: aqueles parâmetros estabelecidos para

aprofundar o grau de mensuração do desenvolvimento harmônico e sustentável.

CAPÍTULO IIDOS OBJETIVOS

Art. 3º São objetivos da Política:I – alinhar políticas, planos, programas, projetos e ações de desenvolvimento

harmônico e sustentável às diretrizes internacionais, em especial às da Organização das Nações Unidas – ONU, expressas em seus acordos, declarações, tratados e documentos;

II – fomentar o atendimento integral das necessidades humanas, gerando impactos proporcionais nos 3 (três) eixos da sustentabilidade e através da participação cooperativa dos 3 (três) setores e da comunidade em geral;

III – fomentar o uso de metodologias de planejamento e gestão sistêmicos que mapeiem e integrem os critérios básicos previstos nos incisos anteriores, a partir de um foco prioritário de atuação, e estabeleçam critérios complementares;

IV – fomentar o uso de metodologias de planejamento e gestão sistêmicos que estabeleçam indicadores para mensurar o grau de atendimento aos fundamentos, objetivos e diretrizes de ação do desenvolvimento harmônico e sustentável;

V – estabelecer ações convergentes, coordenadas e integradas com as 3 (três) esferas de governo e parcerias entre os 3 (três) setores e a comunidade em geral para desenvolver a capacitação em planejamento e gestão sistêmicos de projetos;

VI – disseminar os fundamentos do desenvolvimento harmônico e sustentável nas políticas públicas estaduais, regionais e municipais relacionadas ao desenvolvimento;

VII – trabalhar os conceitos de harmonia e sustentabilidade dentro dos 3 (três) setores e da comunidade em geral, e entre eles;

VIII – trabalhar os conceitos de harmonia e sustentabilidade dentro dos eixos econômico, social e ambiental, e entre eles;

IX – promover ações integradas de estruturação econômica, inclusão social e cuidados ambientais para impulsionar o desenvolvimento municipal, regional e estadual;

X – estimular a implementação de certificação de produtos e serviços que cumpram os critérios de desenvolvimento harmônico e sustentável;

XI – desenvolver municípios harmônicos, sustentáveis, saudáveis e seguros;XII – promover a saúde integral, compreendendo a física, mental e social, e

ações integradas de segurança pública;

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XIII – promover a educação de qualidade como uma forma de intervenção no mundo e valorizar o seu papel central na busca comum pelo desenvolvimento harmônico e sustentável;

XIV – valorizar o papel central da família na construção do desenvolvimento harmônico e sustentável;

XV – incrementar a qualidade social, econômica e ambiental e o aumento da participação nos assentamentos humanos, com melhora nas condições de vida e de trabalho de todas as pessoas nas áreas urbanas e rurais;

XVI – promover a sustentabilidade ambiental com o uso dos recursos naturais renováveis dentro da sua capacidade de regeneração, o uso dos recursos não renováveis num ritmo que permita que novas tecnologias os substituam antes de seu esgotamento, e evitando a fragmentação excessiva dos ecossistemas para impedir perdas significativas de biodiversidade;

XVII – apoiar, estimular e fortalecer a participação cooperativa;XVIII – estimular a participação e a capacidade de organização social como

fatores de desenvolvimento municipal, regional e estadual, com a mobilização e a articulação de instituições e atores da sociedade civil;

XIX – articular todas as instâncias de governo, governança e entidades da sociedade civil organizada e regionalizada para instituir a convergência das suas escalas de regionalização.

Parágrafo único. Para a consecução dos objetivos previstos nesta Lei, poderão ser estabelecidas parcerias entre governo, setor privado, entidades do ensino superior, entidades de classe, organizações não-governamentais, entidades da sociedade civil organizada e organismos internacionais para atender aos pleitos do desenvolvimento harmônico e sustentável.

CAPÍTULO IIIDAS DIRETRIZES GERAIS DE AÇÃO

Art. 4º Constituem diretrizes gerais de ação para implementação da Política:I – fomentar a convergência de políticas, planos, programas, projetos e ações

relacionadas ao desenvolvimento harmônico e sustentável com as diretrizes, nacionais e internacionais, por meio do alinhamento de objetivos, metas, critérios e indicadores;

II – desenvolver ações efetivas e articuladas entre as 3 (três) esferas de governo, os 3 (três) setores e a comunidade para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio;

III – estabelecer articulação, integração e complementaridade com as políticas nacionais, estaduais e municipais, os 3 (três) setores e a comunidade em geral para o desenvolvimento harmônico e sustentável;

IV – fomentar a implementação de políticas, planos, programas e projetos municipais e regionais integrados, com a criação de grupos de trabalho interdisciplinares e intersetoriais, para promover o desenvolvimento de municípios harmônicos e sustentáveis;

V – incentivar os planejamentos estratégicos, os mapas estratégicos, os programas e os projetos, formulados pelos 3 (três) setores e pela comunidade em geral, a observar os critérios básicos de desenvolvimento harmônico e sustentável e que instituam critérios complementares;

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VI – estabelecer ações coordenadas e integradas com as 3 (três) esferas de governo e parcerias entre os 3 (três) setores e a comunidade em geral para desenvolver a capacitação em elaboração e gestão sistêmica de projetos;

VII – definir e implementar uma Agenda Estratégica em cada Região Funcional, e apoiar a elaboração e execução de Planos Estratégicos em cada um dos COREDE’s;

VIII – elaborar e divulgar o mapa do capital social;IX – identificar nos planos, programas e projetos a serem desenvolvidos e

implementados, as áreas que podem ser atendidas por meio de parcerias entre os 3 (três) setores e a comunidade em geral;

X – criar incentivos para elaboração de projetos voltados ao desenvolvimento harmônico e sustentável;

XI – promover o enraizamento local e regional dos grandes empreendimentos com projetos e ações de desenvolvimento harmônico e sustentável;

XII – incentivar a capacitação e a qualificação de gestores estaduais e municipais em desenvolvimento harmônico e sustentável;

XIII – disseminar as informações relativas à qualidade das condições sociais, econômicas, ambientais, de governança e cidadania e dos serviços prestados à população;

XIV – incentivar o fortalecimento da base socioeconômica Regional e Municipal, por meio da diversificação da base produtiva de geração de emprego e renda, do adensamento de cadeias produtivas e do manejo sustentável dos recursos naturais;

XV – estimular o desenvolvimento e a aplicação de tecnologias adequadas e boas práticas de produção e gerenciamento para as diversas áreas produtivas urbanas e rurais;

XVI – estimular a formação técnica e superior;XVII – promover a educação profissionalizante e a capacitação profissional

para qualificar a mão-de-obra local;XVIII – incentivar programas de promoção e prevenção da saúde integral

focados na família, no planejamento familiar, na primeira infância e no combate à drogadição;

XIX – promover a conscientização para o desenvolvimento harmônico e sustentável a partir de estratégias nos níveis de educação formal, desde educação básica até pós-graduação;

XX – fomentar as abordagens multi, inter e transdisciplinar dos temas transversais na educação formal e a participação das famílias para agregar significância e contextualização ao aprendizado;

XXI – promover a troca permanente de conhecimento e de experiências entre as diversas instâncias dos 3 (três) setores, técnicos, lideranças e a comunidade em geral;

XXII – implementar planos de promoção, proteção e defesa do direito de crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária, no âmbito estadual e municipal, com o incentivo à formação de redes de proteção da criança, do adolescente e de suas famílias;

XXIII – criar, com participação social, os Planos Diretores Municipais e, caso já existentes, implementar os Planos Setoriais e os instrumentos do Plano Diretor Municipal, entre eles o zoneamento das áreas de risco, a regularização fundiária, a criação dos Fundos Sociais e dos Conselhos das Cidades, em conformidade com o Estatuto da Cidade;

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XXIV – incentivar e priorizar a adoção de atividades e programas intersetoriais e interdisciplinares de prevenção e repressão às atividades ilícitas;

XXV – articular com os diversos conselhos estaduais e regionais, criados por dispositivo constitucional ou legal;

XXVI – fomentar e incentivar todas as formas de cooperação entre as 3 (três) esferas de governo, os 3 (três) setores e a comunidade em geral para o desenvolvimento harmônico e sustentável;

XXVII – apoiar, estimular e fortalecer o cooperativismo e o associativismo;XXVIII – realizar um conjunto de ações de desenvolvimento harmônico e

sustentável para reduzir as desigualdades regionais e intra-regionais, com a promoção da eqüidade no acesso a oportunidades de desenvolvimento e o aproveitamento das potencialidades locais, em um processo articulado entre as 3 (três) esferas de governo, os 3 (três) setores e a sociedade local;

XXIX – articular e fomentar as linhas de ação relacionadas com o desenvolvimento harmônico e sustentável, tais como o processo da Consulta Popular, as intervenções urbanas e as ambientais, em especial as de recursos hídricos;

XXX – fomentar programas e projetos que estimulem a preservação do meio ambiente dentro dos fundamentos do desenvolvimento harmônico e sustentável, priorizando a proteção dos recursos hídricos através de atuações integradas por bacias hidrográficas;

XXXI – favorecer a integração entre as políticas rurais e urbanas com a aproximação entre produtores e mercados consumidores, na perspectiva do desenvolvimento local e regional;

XXXII – usar a Metodologia de Planejamento e Gestão Sistêmicos, em conformidade com o art. 19, para mensurar o grau de atendimento aos fundamentos, objetivos e diretrizes de ação do desenvolvimento harmônico e sustentável;

XXXIII – usar a Metodologia de Planejamento e Gestão Sistêmicos, em conformidade com o art. 19, para garantir a efetividade, continuidade e transparência das atividades de desenvolvimento harmônico e sustentável e gerar efeitos públicos;

XXXIV – garantir o acesso e a disponibilidade da informação para a tomada de decisão e a formação da opinião pública;

XXXV – implementar e disseminar boas técnicas e práticas ambientais, mecanismos de desenvolvimento limpo, gerenciamento eficaz dos recursos hídricos e dos resíduos sólidos, consumo consciente e a redução da poluição e do efeito estufa.

CAPÍTULO IVDAS DIRETRIZES ESPECÍFICAS DE AÇÃO

Art. 5º Constituem diretrizes específicas de ação para implementação da Política:

I – incentivar que sejam atingidas as metas estabelecidas para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio;

II – criar equipes e grupos estratégicos de assessoria em projetos e ações integradas para atingir os fundamentos e objetivos do desenvolvimento harmônico e sustentável;

III – apoiar a realização de estudos e pesquisas sobre o cooperativismo e associativismo;

IV – estimular as Parcerias Público-Privadas – PPP’s;

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V – implementar programas de incentivo à agricultura familiar, à agro industrialização, à infra-estrutura e logística de armazenamento e transporte da produção;

VI – supervisionar e acompanhar a implementação de ações para comunidades com problemas de baixo desenvolvimento econômico e social, visando à sua organização produtiva e inserção competitiva no mercado de trabalho;

VII – estimular aos respectivos sistemas e arranjos produtivos locais, como instrumentos de dinamização econômica e inserção social;

VIII – fomentar redes de cooperação, cadeias produtivas, arranjos produtivos locais, Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável – DLIS e a economia solidária;

IX – incentivar o tratamento dos conceitos de desenvolvimento harmônico e sustentável, em especial o cooperativismo, o associativismo, o empreendedorismo, o protagonismo, a educação ambiental e para a saúde e a cidadania, e o consumo sustentável como prioritários entre os temas transversais, nos diversos níveis da educação formal e não-formal;

X – criar cursos de pós-graduação e técnicos em parceria com instituições de ensino para disseminação da política de desenvolvimento harmônico e sustentável;

XI – promover cursos, palestras, seminários e outras atividades de capacitação para disseminação da política de desenvolvimento harmônico e sustentável;

XII – promover a inclusão social dos jovens e adultos analfabetos, ou analfabetos funcionais, por meio de processos educativos que aliam a alfabetização e a capacitação para o mercado de trabalho;

XIII – implementar programas de pesquisa e estudos para a conservação da biodiversidade e zoneamentos ambientais em todos os biomas;

XIV – ampliar e integrar os programas e ações de saneamento básico, de forma a acelerar a sua universalização;

XV – instituir e implantar uma estrutura de governança em cada uma das 9 (nove) Regiões Funcionais, com participação das instituições públicas oficiais e de todos os segmentos sociais de âmbito regional, garantindo a continuidade das políticas públicas;

XVI – instalar fórum de articulação entre representantes do setor público, da sociedade civil organizada e da iniciativa privada, em cada Região Funcional, formalizando acordo que represente o pacto entre os atores envolvidos, definindo agenda comum, e assegurando estrutura de suporte executivo à governança implantada;

XVII – racionalizar as Estruturas Estaduais da Administração, compatibilizando-as com os limites das Regiões Funcionais e Conselhos Regionais de Desenvolvimento – COREDE’s, diminuindo o conflito e a ineficiência, e promovendo maior estabilidade institucional;

XVIII – incentivar a elaboração de Mapas Estratégicos baseados nas Regiões Funcionais e a implementação dos Planejamentos Estratégicos dos COREDE’s, com a previsão de capacitação em elaboração de projetos de desenvolvimento harmônico e sustentável;

XIX – incentivar as parcerias entre as 3 (três) esferas de governo e os 3 (três) setores para a realização das obras de infra-estrutura necessárias ao desenvolvimento, em especial nas regiões mais deprimidas do Estado, contemplando na sua implementação os fundamentos do desenvolvimento harmônico e sustentável;

XX – usar as metodologias de planejamento e gestão sistêmicos para mapear e integrar as necessidades, possibilidades e atividades nas escalas Estadual, Regional ou Municipal;

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XXI – desenvolver e implementar um plano estratégico de turismo para o Estado;

XXII – implementar programas de pesquisa, estudo e zoneamento de áreas de risco e desastres naturais, bem como programas de prevenção;

XXIII – incentivar ações de melhora da qualidade do meio ambiente no espaço urbano;

XXIV – implementar a Agenda Ambiental na Administração Pública nos órgãos Estaduais e promover a sua adoção pelas administrações municipais;

XXV – incentivar as empresas a adotarem boas técnicas e práticas ambientais e de qualidade total, mecanismos de desenvolvimento limpo, certificação internacional, neutralização de Carbono, tratamento e destinação adequada dos resíduos sólidos e efluentes.

CAPÍTULO VDOS INSTRUMENTOS

Art. 6º São instrumentos da Política:I – Planos de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável;II – Conferências de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável;III – Sistema de Informações sobre Desenvolvimento Harmônico e

Sustentável;IV – Formação Continuada em Desenvolvimento Harmônico e Sustentável;V – Metodologia de Planejamento e Gestão Sistêmicos para o

Desenvolvimento Harmônico e Sustentável.

Parágrafo único. Além dos instrumentos citados no “caput”, outros poderão ser usados para implementação da Política, bem como outros instrumentos previstos em lei específica.

Seção IDos Planos de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável

Art. 7º Os Planos de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável são instrumentos estratégicos para o desenvolvimento de curto, médio e longo prazo, que estabelecem meios e condições para atender os fundamentos e alcançar os objetivos e diretrizes de ação desta Política.

Art. 8º Os Planos serão desenvolvidos com metodologia de planejamento e gestão sistêmicos e devem contemplar, dentre outros:

I – atendimento dos fundamentos, objetivos e diretrizes de ação do desenvolvimento harmônico e sustentável;

II – mapeamento de necessidades, possibilidades, atividades e a integração de ações;

III – diagnóstico da situação atual em relação ao seu desenvolvimento, explicitando as potencialidades e desigualdades regionais e intra-regionais;

IV – elaboração de cenários para o futuro, definindo objetivos e estratégias para a sua construção;

V – definição de medidas a serem tomadas, programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implementados, para o atendimento dos objetivos e metas previstos;

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VI – organização de um sistema de gerenciamento orientado para resultados, incluindo um conjunto de indicadores referenciados aos objetivos e metas estratégicos do Plano, que permitam mensurar os reflexos da sua implementação.

Seção IIDas Conferências de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável

Art. 9º As Conferências têm por finalidade promover a participação da população nos processos decisórios do Poder Público Estadual sobre assuntos de interesse público no desenvolvimento harmônico e sustentável do Estado.

§ 1º As Conferências ordinárias serão realizadas, bianualmente, em anos ímpares.

§ 2º As Conferências ordinárias, bem como as extraordinárias, serão convocadas pelo Poder Executivo Estadual ou pelo Conselho de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável.

§ 3º Cada Conferência deverá ser organizada com base em regimento aprovado pelo seu plenário.

Art. 10. A Conferência terá, dentre outras atribuições:I – deliberar sobre propostas de revisão da Política, bem como de seus planos,

programas, projetos e ações;II – promover a qualificação do debate e a capacitação da população para a

gestão democrática e participativa do Estado, através da discussão de questões de interesse público;

III – promover o debate acerca de propostas do interesse do desenvolvimento harmônico e sustentável para as Leis Orçamentárias.

Seção IIIDo Sistema de Informações sobre Desenvolvimento Harmônico e Sustentável

Art. 11. O Sistema compreende a coleta, recuperação, tratamento, armazenamento e disseminação de informações sobre o desenvolvimento harmônico e sustentável e fatores intervenientes em sua gestão.

Art. 12. São princípios básicos para o funcionamento do Sistema:I – a descentralização da obtenção e produção dos dados e informações;II – a disponibilização obrigatória dos dados e informações pelos órgãos e

entidades geradoras em tempo hábil para o sistema efetuar análises;III – o estabelecimento de um conjunto de indicadores que mensurem o

cumprimento dos fundamentos, objetivos e diretrizes de ação do desenvolvimento harmônico e sustentável;

IV – a coordenação unificada do Sistema;V – a garantia de acesso e disponibilidade universal das informações;VI – a disseminação regular e sistemática de informações relativas às

condições sociais, econômicas, ambientais, de governança e participação cooperativa, incluindo os serviços prestados à população.

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Art. 13. São objetivos do Sistema:I – a reunião, tratamento e disseminação dos dados e informações sobre a

situação qualitativa e quantitativa dos fundamentos, objetivos e diretrizes de ação do desenvolvimento harmônico e sustentável no Estado;

II – o fornecimento de subsídios para a elaboração e gerenciamento dos planos, programas, projetos e ações;

III – o processo contínuo, permanente e sistematizado de atualização, monitoramento e avaliação de informações sobre o grau de desenvolvimento harmônico e sustentável de projetos, programas, localidades, Municípios e Regiões, entre outras atividades e delimitações territoriais.

Art. 14. Compõem o Sistema:I – a base cartográfica, geral, pública, georreferenciada sobre imagem de

satélite, desenvolvida com tecnologia de informação para a rede mundial de computadores, composta de mapas temáticos com base de dados associada a cada tema, integrando dados estaduais, regionais e municipais;

II – os dados e informações necessários para a construção e atualização do conjunto de indicadores que contemplem os fundamentos, objetivos e diretrizes de ação do desenvolvimento harmônico e sustentável e outros que se façam necessários para a correta avaliação e monitoramento dos resultados alcançados.

Seção IVDa Formação Continuada em Desenvolvimento Harmônico e Sustentável

Art. 15. A Formação Continuada é um processo que reúne ações de divulgação e de práticas educativas para a sensibilização, educação e formação de representantes dos 3 (três) setores e da comunidade em geral, principalmente, gestores públicos, membros das instâncias de governança e lideranças da sociedade, de todos os níveis, promovendo a sua mobilização, organização e participação ativa no desenvolvimento harmônico e sustentável do Estado.

Art. 16. Compõem a Formação Continuada:I – um conjunto de materiais didáticos, impressos e audiovisuais, voltados para

o ensino fundamental e médio, para membros das instâncias de governança, lideranças e comunidade em geral, abordando os temas do desenvolvimento harmônico e sustentável;

II – um conjunto de estratégias educacionais que possibilitem a disseminação do conhecimento acerca dos melhores métodos de gestão pública para o desenvolvimento harmônico e sustentável;

III – um portal na internet sobre o desenvolvimento harmônico e sustentável, com informações, textos, indicadores, tecnologias adequadas, projetos e boas práticas de desenvolvimento, bem como ferramentas de relacionamento com gestores públicos, técnicos, lideranças, estudantes e a sociedade em geral;

IV – a educação profissionalizante e a capacitação profissional nos Municípios, através de cursos, palestras e seminários.

Art. 17. Para o desenvolvimento da Formação Continuada, o Poder Público deverá:

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I – difundir, através dos meios de comunicação de massa, programas, campanhas educativas e informações acerca de temas relacionados ao desenvolvimento harmônico e sustentável;

II – envolver as redes de ensino público e particular do ensino fundamental, médio e superior, na formulação, desenvolvimento e execução de programas, projetos e atividades vinculados à formação continuada, atendendo aos fundamentos, objetivos e diretrizes de ação desta Política;

III – propiciar parcerias com as instâncias do desenvolvimento harmônico e sustentável, empresas públicas e privadas, entidades de classe, organizações não-governamentais, entidades da sociedade civil organizada e órgãos públicos estaduais e municipais, na formulação e execução de programas, projetos e atividades vinculados à formação continuada, atendendo aos fundamentos, objetivos e diretrizes de ação desta Política;

IV – utilizar a rede de instâncias de governo e de governança, envolvidas nesta Política, para apoiar a implementação do processo de formação continuada.

Seção VDa Metodologia de Planejamento e Gestão Sistêmicos para o Desenvolvimento

Harmônico e Sustentável

Art. 18. A Metodologia de Planejamento e Gestão Sistêmicos para o Desenvolvimento Harmônico e Sustentável é composta por processos dinâmicos e sistêmicos de formulação, implementação, avaliação e mudança, e possuem a função de escolher um foco prioritário para atuação e, a partir dele:

I – mapear e integrar, de forma sistêmica, necessidades, possibilidades e atividades, relativas aos 3 (três) eixos da sustentabilidade e junto aos 3 (três) setores e à comunidade;

II – dar suporte a todas as etapas de desenvolvimento, implementação e acompanhamento de políticas, planos, programas, projetos e ações relacionadas ao desenvolvimento harmônico e sustentável;

III – mensurar o grau de atendimento aos fundamentos, objetivos e diretrizes de ação do desenvolvimento harmônico e sustentável com o uso dos critérios previstos no parágrafo único do artigo 2º, incluindo indicadores de processo e de resultado;

IV – dar suporte à tomada de decisões estratégicas que direcionam o processo de desenvolvimento em direção à harmonia e à sustentabilidade.

Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, considera-se foco prioritário de atuação aquele parâmetro delimitador das atividades de planejamento e gestão sistêmicos, decorrente de um processo de escolha que considere critérios de conveniência, oportunidade e urgência.

TÍTULO IIDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 19. Lei específica regulará o Sistema Estadual de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável e disporá sobre a composição, competência, estrutura de gestão e funcionamento do Conselho Estadual de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável – CDHS.

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Art. 20. O Poder Público deverá garantir a continuidade das políticas de interesse do desenvolvimento harmônico e sustentável das regiões e do Estado, por ocasião das trocas de governantes.

Art. 21. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data de sua publicação.

Art. 22. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Nota:- O texto aprovado pela Assembléia Estadual de Convergência possuía como ementa:

Institui a Política e cria o Sistema Estadual de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável, e dá outras providências.- A organização era diferente a partir do Título II conforme registrado a seguir:

TÍTULO IIDO SISTEMA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO HARMÔNICO E

SUSTENTÁVEL

Art. 19. Lei específica regulará o Sistema Estadual de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável e disporá sobre a composição e o funcionamento do Conselho de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável.

TÍTULO IIIDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 20. O Poder Público deverá garantir a continuidade das políticas de interesse do desenvolvimento harmônico e sustentável das regiões e do Estado, por ocasião das trocas de governantes.

Art. 21. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da data de sua publicação.

Art. 22. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.- A Consultoria Legislativa sugeriu o texto anterior por razões de técnica legislativa.

ANEXO 2RESULTADO DA TABULAÇÃO DAS RESPOSTAS AO QUESTIONÁRIO

I. Existe algum critério complementar e/ou prioritário que pode ser acrescido aos critérios básicos como forma de aprofundar a mensuração do grau de Desenvolvimento Harmônico e Sustentável?Critérios citados nos questionários:Aliança entre os critérios básicos usando a sustentabilidadeArranjo Institucional (política/sistema DHS)Cálculo real dos índices de desemprego, redução do fluxo migratórioCombate ao uso de drogas (crack), pela educação dos usuários e repressão dos traficantesComunicação, divulgaçãoComunicação, informaçãoCultura

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CulturaEducação e saúde, dar mais ênfase sem elas não há desenvolvimento harmônicoEducação, educação profissionalEducação, formação básica do indivíduo (básico mais profissionalizante), qualidade de vidaEducação, incluir a cidadania como foco principalEducação, promover as potencialidades regionaisEducação, tecnológica/científicaEixo ambiental, enfatizar a reciclagemEixo culturalEixo política, efetivação de políticas públicas, combate à corrupção, capacitação técnica dos servidoresÉtica e Cultura, o desenvolvimento sustentável deve resultar do empoderamento das regiões coredianas, é nas especificidades regionais que teremos vários desenvolvimentos locais e regionaisÉtica e moralFortalecimento da família que é a base de uma cultura e educaçãoIdentificação da busca por objetivos múltiplos (econômicos, sociais, ambientais) no processo de avaliação dos atores do processo, estimulando a busca de um equacionamento entre os três e da mudança de equilíbrio que transforma o objetivo econômico em meio para alcançar objetivos sociais e ambientaisInclusão socialPolítico, cultural e participaçãoRS Parcerias S/A, município x Parcerias S/ASaneamento básicoSaneamento, educaçãoSituação das águas e da infra-estrutura para receber o desenvolvimentoAnálise das microrregiõesConselho popular deliberativo de preservação sustentávelConsultar Prefeitura, Universidades e entidadesCursos profissionalizantes, ação comunitária nos bairrosDesenvolvimento (versus consumismo)EducaçãoEducaçãoEducaçãoEducação, básicaEducação, eixo culturalEfeito público, formaçãoEixo da EducaçãoEixo Social, Sócio-econômicoIdentificar a vocação de cada municípioMaior apoio aos Coredes e ComudesMaior apoio aos Coredes e ComudesMelhor distribuição de renda, mais incentivos para as regiões da fronteira, oeste e campanhaMunicípios, maior integração com o EstadoOrganização, harmonizaçãoTrabalho e RendaValoração do dano ambientalPreservar cada vez mais o meio ambienteSaúde, moradia

II. Qual a principal vocação econômica de seu Município?111 – Agrícola, pecuária, mineração, etc62 – Industrial22 – Comércio e serviços

III. Na sua Região, quais são as três principais propostas e atividades em andamento para o Desenvolvimento Harmônico e Sustentável?Respostas com maior incidência (número de questionários: 195; total de respostas: 358): 38 – Desenvolvimento

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29 – Agricultura26 – Educação19 - Turismo18 – Saneamento17 – Indústrias16 – Transportes14 – Meio Ambiente13 – Leite12 – Social12 – Saúde11 – Recursos hídricos10 – Energias limpas10 – Agroindustrialização

IV. Elencar os três principais novos projetos e atividades necessários em prol do Desenvolvimento Harmônico e Sustentável.Respostas com maior incidência (número de questionários: 195; total de respostas: 336):55 – Desenvolvimento38 – Educação25 – Turismo23 – Meio Ambiente17 – Agricultura16 – Indústria14 – Social13 – Transporte10 – Saúde10 – Geração de Trabalho e Renda

V. Quais os potenciais de sua Região que podem ser melhor aproveitados para o Desenvolvimento Harmônico e Sustentável. Cite até três.Respostas com maior incidência (número de questionários: 195; total de respostas: 324):81 - Turismo42 – Agricultura25 – Desenvolvimento19 – Pecuária18 – Recursos hídricos18 – Educação16 – Agroindutrialização12 – Leite10 – Fruticultura

VI. Quais as principais dificuldades para atingir o Desenvolvimento Harmônico e Sustentável na sua Região?100 – Vontade política99 – Recursos econômico-financeiros77 – Comprometimento da sociedade24 – Recursos humanos

VII. Caso a sua Região/Município tenha recebido incentivo fiscal nos últimos cinco anos, houve contribuição significativa ao Desenvolvimento Harmônico e Sustentável?Acessos asfáltico às vinícolas Almadén e Santa ColinaAtração de nova unidade industrialAumento de geração de emprego e rendaBeneficiamento de leite e arrozConservação do papagaio-charãoDiversificação da matriz produtivaGeração de emprego e rendaGeração de empregosGeração de empregos, renda e impostos

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Melhoria na infra-estrutura geralMelhoria na infra-estrutura geralPequenos projetos, poucos recursosSolucionar os problemas de crescimento do município

VIII. O que é preciso realizar para que ocorra uma maior integração entre desenvolvimento Sustentável e crescimento harmônico? Cite até três sugestões.Respostas com maior incidência (número de questionários: 195; total de respostas: 325):101 – Comprometimento da sociedade.49 – Educação geral e ambiental, qualificação profissional e assistência técnica.42 – Governança regional e gestores comprometidos.40 – Planejamento das políticas públicas (integração município/região/estado).33 – Crédito e investimentos em projetos regionais.

IX. Assinale os três principais Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs) que você considera prioritários para seu Município/Região:143 – Parceria para o desenvolvimento.131 – Garantir a sustentabilidade ambiental.99 – Erradicar a extrema pobreza e a fome.92 – Atingir o ensino fundamental universal.31 – Combater o HIV/AIDS, a tuberculose e outras doenças.16 – Reduzir a mortalidade infantil.15 – Melhorar a saúde materna.13 – Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres.

X. Considerando o Desenvolvimento Harmônico e Sustentável, com relação ao tema Cidades Sustentáveis, indique três proposições que você considera prioritárias para seu Município/Região:94 – Promover a integração e convergência de instrumentos, instâncias e estratégias de planejamento e gestão municipal/regional (planos, conselhos,etc).92 – Fortalecer o controle social sobre os processos de Desenvolvimento sustentável, por intermédio dos conselhos municipais (Cidade, Meio Ambiente e COMUDES).82 – Ampliar programas de educação ambiental e para a cidadania nas escolas.81 – Implementar, com participação social, os instrumentos e planos setoriais do Plano Diretor, com um Conselho da Cidade atuante e deliberativo.53 – Estabelecer Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), programas de qualidade (PGQP), certificação internacional (ISO) e Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) para os setores empresarial e público.48 – Apoiar, por meio de ações estaduais (Consulta Popular e outras) a elaboração de bases cartográficas georeferenciadas sobre imagem de satélite, visando aprimorar o planejamento e gestão municipal/regional.45 – Fortalecer e ampliar a descentralização das atividades de controle ambiental e fiscalização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente.41 - Implementação das Agências de Região Hidrográfica, visando a consolidação do Sistema Estadual de Recursos Hídricos.4 – Outras respostas:A hidrografia é importantíssima para o desenvolvimentoAmpliar os investimentos na educaçãoDesenvolver programas de saneamentoImplantação de Agência de desenvolvimento

XI. Considerando o Desenvolvimento Harmônico e Sustentável, com relação ao tema Agricultura Sustentável, indique três proposições que você considera prioritárias para seu Município/Região:116 – Estimular o desenvolvimento de tecnologias e práticas de produção agrícola que aumentem a produtividade e evitem a degradação dos ambientes.114 – Estimular a criação/ampliação de cooperativas de produtores e o beneficiamento da produção (agro industrialização).95 – Implantar linhas de crédito voltadas ao financiamento de sistemas produtivos baseados na preservação e valorização da biodiversidade.

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81 – Realizar e divulgar pesquisas necessárias à transição para a agricultura sustentável, contemplando aspectos relativos ao manejo sustentável dos sistemas.76 – Criar programa de incentivo à infra-estrutura para armazenamento da produção e estimular mecanismos de comercialização, incluindo a certificação ambiental.30 – Avaliar e revisar, com a participação de entidades civis, a legislação de registro e uso de agrotóxicos, estabelecendo limites aceitáveis de eco toxidade.5 - Outras respostas:Desenvolver ações para fortalecer as cooperativasDestinar mais recursos para a agropecuária estadualFortalecimento da agricultura familiar, alternativas de produçãoProdução de embalagens deve observar normas ambientaisPrograma de conscientização do produtor rural

XII. Considerando o Desenvolvimento Harmônico e Sustentável, com relação ao tema Gestão dos Recursos Naturais, indique três proposições que você considera prioritárias para seu Município/Região:136 – Implementar programas de conservação da biodiversidade em todos os biomas, visando o manejo sustentável dos recursos naturais.112 – Implementação de zoneamentos ambientais para o planejamento do desenvolvimento sustentável em áreas de especial interesse ambiental.105 – Realizar inventário das fontes de poluição/contaminantes e de seus níveis de risco nos diferentes biomas.89 – Divulgar e disseminar mecanismos de desenvolvimento limpo e de certificação que contribuam para a redução de emissão de CO2.48 – Promover a conservação de espécies ameaçadas com a recuperação de seus habitats.28 – Criar /implementar Unidades de Conservação de modo que formem um conjunto que corresponda a pelo menos 10% da área de cada bioma estadual.6 – Outras respostas.Acesso aos programas de captação de recursos no programa de seqüestro de carbonoDesenvolver uma política integrada de saneamento urbano e ruralDivulgar, disseminar mecanismos que evitem o desperdício dos recursos hídricosPolíticas públicas para utilização da água e energia e geração de trabalho e rendaProjeto de aproveitamento de energia renovável de acordo com o potencial da regiãoPromover o enquadramento e o Plano de Bacias Hidrográficas

XIII. Que tipos de atividades e projetos poderão ser encaminhados pelo Programa Sociedade Convergente, visando promover o Desenvolvimento Harmônico e Sustentável da Região e do Estado (sugestões de projetos de lei, encaminhamento de solicitações às esferas de Governo, articulação de iniciativas, adoção de premiações e certificações, discussão quanto à transparência, revisão dos critérios para concessão de incentivos e de fruição dos mesmos)? Indique os três mais importantes.Respostas com maior incidência (número de questionários: 195; total de respostas: 279):39 – Investimentos públicos, incentivos governamentais e participação popular.35 – Educação, merenda escolar e capacitação.27 – Projetos e planejamento estratégico.23 – Articulação de iniciativas com o Governo Estadual.18 – Meio ambiente e zoneamento ambiental.17 – Agricultura, agroindústria, ecologia. 15 – certificação - adoção e premiação. 14 – Transparência no uso de recursos públicos.14 – Saneamento básico e recursos hídricos.12 – Infra-estrutura, energia, transporte e logística.

XIV. Em sua opinião, qual(is) seria(m) o(s) tipo(s) de organização mais adequado(s) para desempenhar essa função executiva em sua Região Funcional?69 – Um Fundo de Desenvolvimento Regional gerenciado por um Conselho Diretor53 – Uma organização ligada a uma Universidade Regional36 – Uma Agência de Desenvolvimento25 – Um Consórcio Regional8 – Outras respostas:A agência deverá ser estatal e de âmbito administrativo gerido pelo Estado.

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Agência de desenvolvimento por Corede.Aparelhar melhor os COREDES para administrar este interesse regional.Criar uma estrutura do estado em cada região, vinculada à uma secretaria de Estado.Estamos constituindo o IDESA - Instituto de Desenvolvimento de Santo Ângelo.RS Parcerias.RS Parcerias S/A.Uma agência de desenvolvimento vinculada às entidades civis.

ANEXO 3 NOTAS SOBRE OS PRINCIPAIS CONCEITOS UTILIZADOS NO RELATÓRIO E NO PROJETO DE LEI

DESENVOLVIMENTO HARMÔNICO E SUSTENTÁVEL

I - Desenvolvimento Harmônico e Sustentável é o processo evolutivo da sociedade, efetivo, dinâmico e articulado, que gera como resultados o pensamento e atuação sistêmicos, a melhora do bem-estar econômico, político, socioambiental e cultural das comunidades e a paz, interna e externa, buscando atender integralmente as necessidades humanas, com impactos proporcionais nos 3 (três) eixos da sustentabilidade e através da participação cooperativa dos 3 (três) setores e da comunidade em geral, o que propicia a utilização racional e equilibrada dos meios necessários.II – necessidades humanas, compreende as necessidades fisiológicas, psicológicas (segurança, pertencimento e auto-estima) e de auto-realização;III – três eixos da sustentabilidade, corresponde aos eixos econômico, social (saúde, educação, cidadania e segurança) e ambiental;IV - três setores, são os setores público, privado e sociedade civil organizada; e comunidade em geral, corresponde tanto aos seres humanos considerados individualmente quanto aos indivíduos como um todo; V - harmonia, a boa proporção e relação, quantitativa e qualitativa, entre as partes, paz interna e externa;VI – pensamento e atuação sistêmicos é uma forma de perceber o mundo e de atuar nele através da compreensão das interconexões entre as partes e o sistema como um todo; VII – Planejamento e Gestão Sistêmicos é a metodologia de gestão que busca alterar da percepção e atuação mecanicista e reducionista (que priorizam as partes) para o pensamento e atuação sistêmicos (que beneficiam a população global como um todo), mapeando e integrando necessidades, possibilidades e atividades relativas a um foco prioritário de atuação, de forma a atender a integralidade das necessidades humanas, gerando impactos proporcionais nos três eixos da sustentabilidade e através da cooperação dos três setores e da comunidade em geral;VIII – critérios são aqueles parâmetros escolhidos para mensurar o grau de DHS, que devem gerar indicadores e são indispensáveis para transparência e efetividade; critérios básicos correspondem ao atendimento integral das necessidades humanas (critério básico número um), ao impacto proporcional no eixo econômico (critério básico número dois), no eixo social (critério básico número três), no eixo ambiental (critério básico número quatro) e participação cooperativa (critério básico número cinco); critérios complementares e prioritários são aqueles parâmetros estabelecidos para aprofundar o grau de mensuração do DHS e para priorizar determinadas atividades;IX - efeitos públicos é o resultado da atuação que busca satisfazer a integralidade das necessidades humanas;

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X – paradigma da especialização, corresponde ao hábito condicionado de pensar e agir através do marco delimitador de uma área de atuação, desconsiderando as inter-relações horizontais, necessárias para uma ação sistêmica e integradora;XI – capacidade de suporte do ambiente, corresponde ao uso dos recursos naturais renováveis dentro da sua capacidade de regeneração, ao uso dos recursos não renováveis num ritmo que permita que novas tecnologias os substituam antes de seu esgotamento, e a evitar a fragmentação excessiva dos ecossistemas, de modo a impedir perdas significativas de biodiversidade;XII – transversalidade sistêmica, corresponde à capacidade de atingir, permear e influenciar todas as ações, etapas, processos, setores, eixos e instâncias de um sistema; XIII – capital social, a capacidade de compartilhar valores coletivos que contribuam para aumentar a eficiência da sociedade mediante ações coordenadas; XIV – governança – instância de interlocução e modelo de relacionamento entre Governo, sociedade civil organizada e iniciativa privada, reconhecida e compartilhada por todos os atores envolvidos, para potencializar iniciativas, coordenar esforços e criar caminhos que contribuam para a viabilização de projetos estratégicos visando ao desenvolvimento regional;XV – saneamento básico, conforme a Lei Federal nº 11.445, compreende os serviços de água, esgoto, drenagem e resíduos sólidos.

Considerações complementares indicando parâmetros delimitadores do conceito de DHS:- é um processo evolutivo da sociedade que busca contemplar os aspectos econômicos, sociais e ambientais, como seus três eixos principais. Poderiam também ser agregados outros aspectos importantes como o político-institucional e o cultural, os quais, entretanto, podem ser entendidos como abrangidos nos aspectos sociais;- não se restringe ao simples crescimento econômico com a aceitação passiva de suas conseqüências, especialmente quanto aos impactos resultantes nos eixos social e ambiental;- é um processo que tem por principio conduzir todas as intervenções do homem na natureza, produção, infra-estrutura, consumo, lazer, considerando a sua compatibilização com os eixos econômico, social e ambiental;- situa-se como um processo que tem por principio respeitar, no presente e na sua projeção futura, a capacidade de suporte do meio ambiente;- é um processo que propõe ações includentes na área social, buscando eliminar as desigualdades e suas conseqüências;- é um processo que busca atender as necessidades humanas, em sua plenitude, fisiológicas, psicológicas e de auto-realização;- é um processo que deve ser implementado de forma harmônica, buscando evitar conflitos e media-los quando necessário, buscando a paz interna e externa entre indivíduos e segmentos sociais;- exige na sua implementação ações sistêmicas, participação e controle social.

Avaliação ambiental estratégica

"A avaliação ambiental estratégica é um procedimento sistemático e contínuo de avaliação ambiental da qualidade e das conseqüências ambientais de visões, e intenções

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alternativas de desenvolvimento, incorporadas em iniciativas de política, planejamento e programas, assegurando a integração efetiva de considerações biofísicas, econômicas, sociais e políticas, o mais cedo possível, em processos públicos de tomada de decisão." (SMA,1998)(vide item 3.3 do Relatório Preliminar)

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ANEXO 4FUNDAMENTOS PARA UMA POLÍTICA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO HARMÔNICO E SUSTENTÁVEL

DOS FUNDAMENTOS

– o fomento à convergência de diretrizes, nacionais e internacionais, através do alinhamento de objetivos, critérios e indicadores é necessário para o desenvolvimento;- toda pessoa humana tem direito ao atendimento integral de suas necessidades fisiológicas, psicológicas e de auto-realização;– a sustentabilidade é alcançada com a produção de impactos positivos e proporcionais nos eixos econômico, social e ambiental;– a harmonia se estabelece com a boa relação e proporção, qualitativa e quantitativa, na participação cooperativa dos setores público, privado e da sociedade civil organizada;- a governança social valoriza a interação entre os cidadãos e estimula a democratização da informação e a articulação em redes cooperativas, desenvolvendo práticas de confiança entre as pessoas, de respeito à pluralidade, ao estado democrático de direito e ao saber acumulado das crenças, convicções e procedimentos que regulam a vida coletiva;– a ação cooperativa resultante da soma de esforços, talentos, conhecimentos e recursos do Governo, da sociedade civil organizada e da iniciativa privada – governança - gera o compromisso de todos com a comunidade onde estão inseridos, em harmonia com o meio ambiente;- a efetividade, continuidade e transparência das atividades que visam o desenvolvimento é obtida através da utilização de metodologias e ferramentas de planejamento e gestão sistêmicos, bem como pela implementação de sistemas de avaliação; - a observância dos critérios básicos, previstos no inciso VIII do artigo 1º da presente lei, e o estabelecimento de critérios complementares e critérios prioritários em planos e mapas estratégicos, bem como em projetos e programas, são necessários para gerar o DHS; - o pensamento e a ação sistêmicos são essenciais para concretizar o DHS;– os efeitos públicos são produzidos buscando-se atender integralmente as necessidades humanas, com harmonia e agregação de valor sustentável às ações desenvolvidas; a capacidade de suporte dos ambientes deve ser respeitada e mantida como requisito para atender os direitos das gerações presentes e futuras; – a família é a unidade básica da sociedade, devendo ser valorizado o seu papel construtivo para o desenvolvimento;– a educação é uma forma de intervenção no mundo e desempenha papel central na busca comum pelo desenvolvimento;– o desenvolvimento socioeconômico e cultural das comunidades é básico para a construção de sociedades sustentáveis, saudáveis e seguras;– o conhecimento, a ciência e a tecnologia impulsionam o desenvolvimento;– a infra-estrutura em energia, comunicações, saneamento, transporte e logística é determinante para o desenvolvimento; mas devem se adequar nas ações concreta ao DHS;– as parcerias entre os setores público, privado e sociedade civil organizada, bem como com a comunidade em geral, são essenciais para o desenvolvimento, mas devem se adequar aos princípios do DHS;

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ANEXO 5MEDIDAS OPERACIONAIS E ESPECÍFICAS

01. Planejamento e Gestão:- fomentar/estimular a utilização de metodologias e ferramentas de planejamento e gestão, bem como a implementação de sistemas de avaliação, que, de forma sistêmica, efetivem o mapeamento e a integração de necessidades, possibilidades e atividades, dos três setores e da comunidade em geral, priorizando a qualidade das relações e através de um sistema de informações e de reuniões, projetos e atividades de replicação (conferências, fórum, seminários, jornadas, internet, etc.).- fomentar, incentivar e estimular que os planejamentos estratégicos, os mapas estratégicos, os projetos e os programas a serem formulados pelos setores público, privado e terceiro setor, bem como pela comunidade em geral, além de utilizarem os cinco critérios básicos referidos na recomendação anterior, estabeleçam um foco prioritário para atuação, bem como instituam critérios complementares para aprofundar a mensuração do grau de DHS decorrente da atuação. - incentivar a elaboração de mapas estratégicos baseados nas regiões funcionais e a implementação dos planejamentos estratégicos pelos COREDES, bem como que, em ambos os casos, sejam utilizados s critérios básicos do DHS e que prevejam a criação de bancos de projetos e a capacitação em elaboração de projetos de DHS;- definir a metodologia de construção e a implementação de sistemas de avaliação para mensurar a efetividade e a transparência das atividades, planos, políticas e programas que visam o DHS;

02. Cooperativismo e Associativismo:- garantir às cooperativas de crédito convênios operacionais com o Poder Público Estadual para o acesso ao crédito e prestação de serviços de arrecadação de tributos e pagamentos dos vencimentos, soldos ou proventos de servidores estaduais;- conferir as cooperativas de crédito tratamento igualitário com as Entidades da Administração Estadual quanto às consignações em folha de pagamento dos servidores públicos;- condicionar a concessão de incentivos fiscais a Programas de Fomento para produção de matérias-primas, quando se tratar de investimentos agroindustriais. Os programas de fomento deverão ser devidamente comprovados mediante:1) apresentação mensal da folha de pagamento de salários que demonstre, a contratação no mínimo, de 20%(vinte por cento) de técnicos agropecuários;2) relação anual, com visto da Emater-RS, dos produtores rurais assistidos tecnicamente pela empresa que se instala, discriminando a área de produção de cada produtor rural;3) comprovação, de aplicação do percentual mínimo de 20% do valor total do investimento agroindustrial, destinado ao fomento da matéria-prima, mediante a apresentação de notas fiscais;- extinção do fator de correção UIF – Unidade de Incentivo do Fundopem/RS – das empresas já instaladas no Estado;- inclusão do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul – OCERGS como membro do Conselho Diretor do Fundopem/RS;

03. Políticas Sociais:- educação, cultura e direitos para a Juventude Educação pública, gratuita e de qualidade para todos, com a universalização do acesso, promoção da qualidade e incentivo à permanência, seja na educação infantil, educação básica e ensino superior;

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- lutar por políticas públicas que garantam o pagamento de creches pelas empresas sem discriminação de gênero – creche é proteção à criança, dever do Estado e responsabilidade da sociedade. Bem como deve ser defendida a função social da maternidade.- fortalecimento, pelo Estado, da Política de Transversalidades, nos diversos setores do Governo que tratam dos programas sociais com ênfase nos programas de promoção da igualdade racial, que ampliando os recursos públicos, através da regulamentação Fundo Estadual de Reparação, previsto na Lei Estadual nº 11.901/2003 do Conselho Estadual de Desenvolvimento e Participação da Comunidade Negra o CODENE.

04. Apoiar as propostas da Agenda Mundial de Políticas Sociais (FSM, 2003), destacando-se:- a criação de políticas econômicas específicas de valorização do trabalho, de geração de emprego e renda;- o desenvolvimento de um novo modelo de produção e distribuição de riquezas, que garanta a todos um padrão de dignidade e inclusão;- a garantia de padrões de segurança e soberania cidadã, especialmente alimentar e pública, fundadas na eqüidade e dignidade humanas;- gestionar para que sejam assegurados universalmente os direitos de cidadania, redistribuindo a riqueza socialmente produzida; com implementadas pelo Estado;- gestionar para que os recursos públicos sejam geridos de forma articulada e transparente, sendo divulgados seus processos de deliberação, gestão, financiamento e controle;- gestionar para que se “desnaturalizem” a miséria humana, enfatizando a responsabilidade do Estado na garantia dos Direitos Sociais;- gestionar para que se supere a focalização, a fragmentação e a setorização e se constitua a perspectiva da universalização, intersetorialidade e da atenção integral;- gestionar para que se atendam as particularidades do contexto social local e as especificidades da subjetividade e das relações de etnia, gênero, idade, condições físicas e mentais;- gestionar para que se viabilizem as demandas populares, com participação da sociedade civil organizada na sua deliberação e controle sobre a totalidade de recursos, iniciativas e padrões de serviços;- gestionar para que se fortaleçam o protagonismo da Sociedade Civil na ideação de um novo modelo de Estado.

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ANEXO 6TABELA COM OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO, DA ONU, ATÉ 2015, NOS COREDES DO RS

Fonte: OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO NOS MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO SUL/ FORUM RS/FEE

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Obs.: (1) Os números, com negritos em bordas circundadas, apontam COREDES com mais de 70% dos municípios ameaçados de não cumprir com as metas do milênio da ONU.

Obs.: (*) Objetivos e Metas dos Indicadores.

Objetivo: Erradicar a extrema pobreza e a fome.Meta: Reduzir pela metade entre 1990 e 2015 a proporção da populaão com renda inferior a 1 dolar PPC por dia.Indicador:1 - Proporção dos indivíduos com rendas domiciliares per capita inferiores a 1/2 salário mínimo.2 - Taxa de crianças com baixo peso ao nascer (por 100 nascidos vivos).

Objetivo: Atingir o ensino fundamental universal.Meta: Garantir que, até 2015, todas as crianças, de ambos os sexos, terminem um ciclo completo do ensino fundamental.Indicador:3 - Percentual de não-escolarizados no ensino fundamental, na faixa etária de 7 a 14 anos.4 - Percentual de não-alfabetizados na faixa etária de 15 a 24 anos.

Objetivo: Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres.Meta: Eliminar a disparidade entre os sexos nos ensino fundamental e medio, se possível, até 2005, e em todos os níveis de ensino, no mais tardar até 2015.Indicador:5 - Razão entre mulheres e homens no ensino fundamental.6 - Razão entre mulheres e homens no ensino médio.7 - Razão entre mulheres e homens no ensino superior.8 - Razão entre mulheres e homens alfabetizados na faixa etária de 15 a 24 anos.9 - Proporção de mulheres no total de assalariados.10 - Proporção de mulheres exercendo mandatos nas câmaras de vereadores.

Objetivo: Reduzir a mortalidade infantil.Meta: Reduzir em dois terços, entre 1990 e 2015, a mortalidade de crianças menores de 5 anos.Indicador:11 - Taxa de mortalidade de crianças menores de 5 anos (por 1.000 nascidos vivos).12 - Taxa de mortalidade infantil (por 1.000 nascidos vivos).

Objetivo: Melhorar a saúde maternaMeta: Reduzir em 75%, entre 1990 e 2015, a taxa de mortalidade materna.Indicador:13 - Taxa de mortalidade materna (por 100.000 nascidos vivos).

Objetivo: Combater o HIV/AIDS, a tuberculose e outras doenças.Meta: Até 2015, deter e começar a inverter a propagação da AIDS.Indicador:14 - Taxa de incidência do HIV/AIDS entre as mulheres na faixa etária de 15 a 24 anos (por 100.000 habitantes).

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Page 38: CADERNOS DE CONVERGÊNCIA€¦  · Web viewVice-Presidente Delmar Henrique Backes (Substituto do Presidente), Alessandro Dalla Santa Trindade (COREDE Campos de Cima da Serra), Paulo

15 - Taxa de incidência da AIDS por município (por 100.000 habitantes).Meta: Até 2015, deter e começar a inverter a propagação de doenças importantes.16 - Taxa de mortalidade ligada à tuberculose (por 100.000 habitantes).

Objetivo: Garantir a sustentabilidade ambiental.Meta: Reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população sem acesso permanente e sustentável à água potável e segura.Indicador:17 - Proporção de domicílios sem acesso a uma fonte de água ligada à rede geral.18 - Proporção de domicílios sem acesso à rede geral de esgoto ou pluvial.

Texto aprovado pela Assembléia Estadual de Convergência, em 5 de dezembro de 2008, com base em Relatório apresentado pelo Grupo Executivo de Acompanhamento de Debates – GEAD, DESENVOLVIMENTO HARMÔNICO E SUSTENTÁVEL.A Assembléia deliberou sobre os itens 2 e 3 do Relatório (Conclusões – Recomendações e Sugestões) e sobre o Anexo I, Projeto de Lei, aprovando-os com alterações (já incorporadas neste texto) e recebeu como informação os demais Anexos.FÓRUM DEMOCRÁTICO DE DESENVOLVIMENTO REGIONALPROGRAMA SOCIEDADE CONVERGENTE

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