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II Seminario Político-Diplomático Maputo 4 de Setembro de 2013 Dr. Jorge Silva O Mar como Factor Estratégico de Desenvolvimento e a Segurança Marítima

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Trata-se de uma das apresentações II Seminário Internacional Político-Diplomático do CAE CPLP sobre segurança marítima no espaço da Comunidade. A apresentação é da responsabilidade do Eng. Jorge Silva (MozLog).Ressalva: os textos dos seminários do CAE CPLP são da exclusiva responsabilidade dos seus autores.

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II Seminario Político-Diplomático

Maputo 4 de Setembro de 2013

Dr. Jorge Silva

O Mar como Factor Estratégico de Desenvolvimento e a Segurança Marítima

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Questões •  Porque é que os Oceanos são realmente importantes? •  Alguns dos grandes desafios? •  Moçambique: Estado Costeiro, Nação Marítima ? •  Existe um papel para África? E para a CPLP? •  Quais as tendências para observação e exploração dos Oceanos? •  Qual o papel de veículos não tripulados na observação e exploração dos

Oceanos?

 

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Também de água, de mar e de portos se faz a nossa História colectiva. Porque navegar é preciso.

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As belas e extensas costas deÁfrica e abundância de recursos marinhos podem contribuir para a segurança económica, alimentar e ambiental do continente. Os recursos costeiros e marinhos, tal como os outros recursos ambientais africanos, continuam a ser explorados de uma forma que não beneficia África e a sua população. Trata-se de um paradoxo: há gente a morrer de fome e a viver na miséria apesar de todas as riquezas e potencialidades do Continente e, em particular, do extenso mar, rios, lagos e bacias hidrográficas Nelson Mandela

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A importância da Segurança no Mar -­‐   Nova  Ordem  internacional  em  construção  -­‐   Emergência  de  algumas  potências  e  ressurgência  de  outras  -­‐   Tendência  para  um  sistema  mul:polar  compe::vo  e  mul:lateral  -­‐   Perda  de  relevância  das  ameaças  clássicas  (novas  ameaças,  difusas,  de  diAcil        previsão  e  definição)  -­‐   Fortes  implicações  na  segurança  global  e,  em  par:cular,  na  do  mar  -­‐   Adensamento  da  complexidade  pela  novidade  da  formatação  da  ameaça  e  pela        falta  de  apoio  conceptual,  e    -­‐    Crescente   contaminação   de   conceitos,   entre   o   que   é  militar   e   civil,   e   o   que é publico e privado

MAR:  factor  central  das  Relações  Internacionais  -  Factor  de  poder  no  mundo  -­‐   Espaço  de  soberania  ou  jurisdição  incluído  solo  e  subsolo  marinhos,  logo        associado  aos  mais  importantes  objec:vos  de  defesa  nacional  dos  Estados        Costeiros  -­‐   Sempre  associado  às  principais  mudanças  das  RI  constatando-­‐se  que  as  principais        potencias  possuíram  construir  poderes  marí:mos  e  navais  capazes  de  projectarem        poder  e  apoiarem  suas  próprias  poli:cas  externas  -­‐   Úl:mas  décadas  mostram  evolução  do  mar  (uso  do...)  como  fonte  essencial  de        recursos  e  meio  de  transferência  de  bens  

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Segundo  alguns  autores,  o  mar  é  elemento  dinamizador  da  globalização.  90%  do  comércio  internacional  é  realizado  no  meio,  envolvendo  50  000  navios  mercantes  Valor  es:mado  dos  bens  transportados  por  mar:    -­‐  4  triliões  de  dólares  americanos    -­‐  17  milhões  de  contentores    -­‐  5  biliões  de  tons  de  carga  -­‐ Implica,  no  plano  estrito  da  segurança,  reconhecimento  dos  principais  choke  points,        o  Indico  tem  7,  onde  se  verifica  maior  densidade  de  tráfego,  principalmente  dado        estreitamento  geográfico  do  espaço  navegável;  -­‐   Mar  também  é  parte  relevante  do  sistema  ambiental  global  que  é  impera:vo  cuidar        e  zelar  -­‐ Em  caso  de  catástrofe,  acidente  ou  ataque  ambiental,  suscitam  questões  que  os        Estados  não  podem  descurar  para  os  enfrentar  -­‐ Dimensões  clássicas  de  poli:ca  marí:ma:  -­‐   Ambiental  -­‐   Económica  (exploração  sustentável  vs  Exploração  depredatória  -­‐ Cultural  -­‐ Militar-­‐securitária  -­‐ Polí:co-­‐diplomá:ca  -­‐ Pressuposto  que  tecnologia  permi:rá  tornar  recursos  marinhos  acessíveis  e  economicamente  vendáveis  

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Moçambique é uma Nação Marítima

Moçambique  é  uma  nação  marí:ma.  A  geografia  é’  simultaneamente  desafio    e  trunfo.  A  enorme  distancia  entre  os  extremos  Norte  e  Sul  impõem  desafios  de  varia  ordem.  (logís:ca  e  operacional)      Isto  significa  que  a  nação  está  dotada  de  uma  dupla  iden:dade  geopolí:ca,    nomeadamente  a  terra  e  o  mar.    Consequentemente,  esta  dupla  benção  (geralmente  ignorada)  molda  em  largo  espectro  os  interesses  estratégicos  nacionais  marí:mos  e  navais.      Estrategicamente  situado  ao  longo  de  rotas  navais  vitais,  o  Oceano    Indico  e    austral,  Moçambique  possui  uma  linha  de  costa  de  cerca  de  2  800  kms    ao  longo    dos  quais  os  seus  recursos  marinhos  e  marí:mos  estão    distribuídos  do  rio    Rovuma  no  norte  à  Ponta  do  Ouro  no  sul.      A  posição  geoestratégica  ocupada  por  Moçambique  é  um  dos  seus  principais    factores  estruturantes  seguido  em  importância  pelas  suas  zonas  marí:mas,    ecologia  e  recursos  marinhos,  bem  como  comércio  marí:mo.    Todos  estes  factores  conjugados  comportam  obrigações  imediatas  em  termos    nacionais,  regionais  e  internacionais.    Por  tudo  isto,  dizemos  que  o  Mar  é,  também,  nosso  futuro.  

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O nosso Brasão de Armas “A importância do mar na relação com o nosso País é obviamente reconhecida” Presidente Samora Machel in “Do Mar ao Progresso” Junho 1986

O mar esta presente no nosso brasão de armas representando um dos activos estratégicos do nosso País.

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A politica marítima de Moçambique definida pelo Presidente Samora Machel em Junho de 1986 (capa do opúsculo da época)

“A  polí:ca  de  Estado  está  na  sua  geografia”,    esta  máxima   famosa   de   Napoleão   pode   servir   para  explicar   a   abordagem   da   obra   “Do   Mar   ao  Progresso”,   polí6ca   adoptada   em   1986   pelo  Presidente  Machel.  

…”O  mar  é,  hoje,  o  elo  de   ligação  entre  nações,  ocupando   um   espaço   que   a   era   do   jacto   que  vivemos   não   foi   capaz   de   destronar.   O   mar  transporta  amizade  e  solidariedade,  e  cons:tui  o  elemento   para   a   unidade   entre   os   povos   do  mundo   inteiro,  de   todas  as   raças  e  em  todos  os  con:nentes.”                Samora  Machel  

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A SEGURANÇA MARÍTIMA É FACTOR DE ESTABILIDADE E DESENVOLVIMENTO

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Entendimento Este entendimento sinergético do papel do Mar numa estratégia global de desenvolvimento consubstancia-se na Missão, de: “Destacar  Moçambique  como              nação  marí7ma  da  SADC  e  da          CPLP”  

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Pressupostos v  Reconhece a importância crescente do Mar enquanto

fornecedor de recursos (sustentáculo de um conjunto de actividades económicas genericamente designadas por “economia azul” ou do mar) e de funções ambientais.

v  A virtuosidade desta asserção funda-se precisamente no

reforço da ideia de Mar enquanto: ü Factor de identidade nacional entendido como «marca» distintiva do país no exterior, mas também como percepção que os moçambicanos têm de si próprios enquanto País e Nação”. ü Suporte de um modelo de desenvolvimento sustentável, “que passará, necessariamente, pela identificação de áreas de especialização que dêem resposta à competitividade acrescida no quadro global, africano em geral e no regional em particular, muito especialmente no da CPLP”.

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A  economia  marí:ma  é  crucial  a  um  bem  sucedido  desenvolvimento  da  economia  nacional,  e  se    correctamente   aproveitado,   criará   um   círculo   virtuoso  onde  o   crescimento  nacional   e   regional  será   acelerado.   O   aumento   da   capacidade   da     infraestrutura   de   frete     do   País   exige   uma  combinação  de  inves:mento  público  (Governo)  e  um  maior  envolvimento  do  sector  privado,  que  será   sempre   determinado,   no   fim,     pela   compe::vidade   e   acesso   a   modernas   e   eficientes  infraestruturas.    A  ac:vidade  marí:ma  cons:tui  um  domínio  da  máxima  importância  tendo  em  conta  a  relevância  da    economia  marí:ma.  De  acordo  com  as  previsões,  os  sectores  ligados  à  exploração  dos  mares  representam  entre  3%  e  5%  do  PIB  da  União  Europeia  (UE),    p.  exemplo.      Esta  ocupa  o  primeiro  lugar  a  nível  mundial  nos  seguintes  domínios:  Transporte  marí:mo  (dada  a  dimensão  das  trocas  comerciais  por  via  marí:ma).  Turismo  costeiro.  Produção  de  energia  no  mar  (energias  alterna:vas  maremotrizes,  eólica,  etc.).  Técnicas   de   construção   naval   (construção   de   navios   excepcionais   do   ponto   de   vista   da   sua  complexidade,  segurança  e  impacto  ambiental).  Serviços  conexos  (saber-­‐fazer  no  domínio  das  tecnologias  marinhas).    

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Linha  de  costa  :  2470  Kms  ZEE:    571  955  Km2                    +/-­‐70%  área  terrestre  Plataforma  Con7nental  :  79  451  Km2  Área  de  pesca  costeira:      73  307  Km2              Recifes  de  coral  :  0,7  %  Portos:  11  

Caracterização do sector marítimo e portuário

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• Aumento  da  consciência  de  segurança  /  safety  • Aumento  da  consciência  da  proteção(segurança)  /  security  • Consciência  da  importância  das  condições  de  vida  e  de  trabalho  a  bordo    

• Aumento  da  consciência  prevenção  /  proteção  ambiental  

   • Regulamentar  as  disposições  rela:vas  ao  conceito  de  “força  maior”  constante  na  SOLAS  (ar:go  IV)  

• Avisos  aos  navegantes  •  Instalação  e  manutenção  de  ajudas  à  navegação  Serviços  de  Hidrografia  

• Sistemas  de  reporte  de  navios  /  Sistemas  VTS  •  Inves:gação  de  incidentes  de  poluição  

Desenvolvimento de uma “cultura” de Administração Marítima

Responsabilidades de Estado Costeiro

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Governação Marítima  

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Segurança no Mar – conceptualização geral A segurança marítima no Oceano Indico e na CPLP

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À luz da CNUDM (UNCLOS) sobrevêm a co-existência de dois conceitos diametralmente opostos mas simultaneamente complementares: A Soberania Territorial dos Estados Costeiros versus a Liberdade do Uso dos Mares.  O Mar é Herança da Humanidade

Segurança Marítima como “o sistema que, através de um conjunto de medidas de controlo, vigilância e proteção de todas as actividades marítimas, garante a salvaguarda da vida humana e evita a perda ou alienação da propriedade, no respeito pleno dos interesses dos Estados Costeiros e dos que têm navios e plataformas arvorando as suas bandeiras”.

A Segurança consiste “no criar de condições que evitem situações de risco e diminuam a gravidade dos efeitos dos acidentes”

Segurança no Mar : conceptualização geral

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O Uso do Mar

PROTECÇÃO    

SEGURANÇA    

BUSCA  E  SALVAMENTO    

Vigilância  .    

Autoridade    

Presença    

AMBIENTE

Segurança  (conceito):  –  Proteção  (Security)  -­‐  Proteção  da  Navegação  contra  actos  hos:s  perpetrados          por  Forças  Inimigas,  Grupos  Terroristas  ou  Organizações  Criminosas  –  Segurança  (Safety)  –  Navegação  Segura  livre  de  acidentes  ou  incidentes  que          possam  impedir  a  viagem,  missão  ou  a:vidade,  resultantes  de  ações  fortuitas  da          natureza  ou  interação  entre  plataformas  ou  entre  estas  e  a  crosta  terrestre  

África  deve  decidir  quão  importante  é  o  meio  ambiente  marí:mo.  A  segurança  marí:ma  é  componente  chave  da  segurança  colec:va  e  por  isso  faz  parte  integrante  da  fundação  para  o  desenvolvimento  económico.  

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Emergência de uma nova era Geopolítica: a Ordem do Oceano Índico, mar de incerteza

Cobrindo  uma  área  de  pouco  mais  de  68.5  milhões  de  km²  e  ladeado  por  massas  terrestres  em  3  zonas,  o  Oceano  Indico  é  o  3o  maior  oceano.  É  cri:co  para  o  comércio   internacional  e  para  a  segurança  alimentar  e  energé:ca  global.    Recursos  estão  a  ser  crescentemente  explorados  no  seu  litoral  e  nas  suas  ilhas  Estado.  É  também  palco  para    persecução  de  interesses   globais   e   regionais   quer  militares   e   de   segurança  Como  a  região  esta  a  emergir  no  sen:do  de  se  tornar  um  dos  teatros   geoestratégicos   vitais   do   sec.   XXI,   uma   vez   mais  encontrar-­‐se-­‐á  na  encruzilhada  do  comercio  internacional,  do  crescimento   económico   e   potenciais   crises.   É   uma   região   na  qual  a   instabilidade  e  o  conflito  podem  rapidamente  surgir  a  par:r   de   delimitações   fronteiriças   imprecisas,   conflitos  internos,   questões   de   natureza   e   segurança   energé:ca     e  mudanças  súbitas  de  interesses  nacionais  

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Moçambique  tem  um  significa:vo  nr  de  questões  ligadas  ao  mar  que  necessitam  ser  resolvidas  de  modo  a      assegurar  uma  efec:va  e  correcta  implementação  da  Convenção  das  NU  sobre  o  Direito  do    Mar.  E  importante    chamar  a  atenção  que  a  maioria  dos  Estados  costeiros  adoptaram  poli:cas  especiais  sectoriais  para  gerir  o  uso    do  mar  tais  como,  pescas,  hidrocarbonetos,  transporte  marí:mo,  mas  só  a  par:r  de  meados  dos  anos  90  e  que    os  Estados  costeiros  começaram  a  introduzir  uma  abordagem  integrada  das  ac:vidades  e  gestão  dos  oceanos.    Questões  rela:vas  a  uma  poli:ca  ou  estratégia  para  os  oceanos,  infelizmente,  ainda  não  são  uma  prioridade  para    muitos  estados  africanos  ou  mesmo  para  organismos  regionais  como  seja  a  SADC.    A  necessidade  de  um  modelo  para  a  governação  do  mar  em  Moçambique  A  pra:ca  dos  Estados  mostra  que  existem  2  realidades  que  podem  ser  vistas  de  modo  diferente,  uma  que  se    traduz  numa  polí:ca/estratégia  nacional  para  os  oceanos  e  a  outra  que  e  a  gestão  integrada  das  zonas  costeiras    (ICZM).  A  1ª  tem  sido,  maioritariamente,  desenvolvida  pelos  países  desenvolvidos  ,  enquanto  os  países  em  vias    de  desenvolvimento    optam  pelo  estabelecimento  de  ICZM  e  África  não  é  excepção.  Em  vez  de  desenvolverem    programas  sectoriais  como  os  que  são  aplicados  nas  províncias  costeiras  do  sul,  Moçambique  necessita  de  um    ambicioso  plano  nacional  para  o  mar,  surgindo  a  questão  fulcral  sobre  que  modelo  deve  tal  ser  aplicado.  Uma    poli:ca  para  o  mar  e  um  vasto  processo  focado  na  governação  do  oceano/  costa  como  um  todo,  sendo  dele  a    ICZM  parte  integrante  deste  enorme  processo.  Mas,  mesmo  aplicando  este  plano  (polí:ca  ou  estratégia)  há    sempre  o  risco  de  se  descurarem  problemas  costeiros  pela  falta  de  inclusão  de  muitos  aspectos  relacionados    com  o  oceano  que  são  essenciais  para  a  boa  governação  do  mar  e  da  costa.  O  ponto  fulcral  e  que  se  tomarmos    em  linha  de  conta  que  a  polí:ca  nacional  para  o  mar  e  muito  mais  vasta  que  a  ICZM,  desenvolver  esta  ul:ma,  vai    obliterar  muitos  elementos  da  primeira.  

Politica dos Oceanos e Direito comparado

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Ciência e Tecnologia como Resposta Auxiliar aos Desafios da Segurança Marítima

Criação de sistemas inteligentes para gerir recursos escassos e ajudar a realizar o potencial económico, social e cultural das comunidades

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SEGURANÇA MARÍTIMA: UM DESAFIO A Tecnologia ao Serviço da Segurança no Mar

O desafio da segurança marítima africana é definido pela necessidade de controlar grandes áreas geográficas com escassez de recursos. No caso da CPLP estamos a falar de um domínio oceânico comum de 7,5 milhões De km². A ciência e a tecnologia constituem instrumentos de extrema valia para o reforço da segurança marítima. O investimento na tecnologia sem o devido apoio da ciência é insustentável. São necessários investimentos complementares nas instituições de investigação africanas em geral, e nas nacionais em particular, para criar âncoras de colaboração e cooperarão que sustentem a eficácia dos esforços de segurança marítima.

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Os espaços marítimos africanos acoitam um crescente número de ameaças que põem em risco quer África quer a comunidade internacional. Desde a droga (estima-se que entre 50 a 60 tons/ano de cocaína passam pela costa ocidental africana com destino à Europa. Do lado oriental do continente só em 2010 houve registo de 218 ataques de pirataria, duplicando o nr. registado somente 2 anos antes. A pesca ilegal e a sobre- exploração custam a região subsaariana cerca de 1 bilião de dólares/ano. As ocorrências climatéricas desfavoráveis provocam de igual modo sérios danos avaliados em muitos milhões de dólares. A economia marítima africana, que representa mais de 1 bilião de dólares ou sejam cerca de 90% do comercio continental, é assolada por tráfico ilegal de pessoas, armamento militar ilegal, produtos florestais resultantes de actividades ilícitas (70% da exploração madeireira africana), medicamentos contrafeitos (+/- 50% do comercio farmacêutico continental). África, em geral, tem mostrado debilidades gritantes no ataque a estas ameaças e várias são as razões que tal justifica. Desde as vastas ZEE’s nacionais difíceis de controlar e fiscalizar pela escassez de recursos. Outro problema e que muitos Estados africanos optam por investimentos em forcas terrestres em detrimento de unidades marítimas o que leva a uma deficiente ou mesmo inexistente vigilância para alem da observação costeira. Acresce que a gestão e o policiamento marítimos não são efectuados por uma única agencia o que exige um grau de colaboração interministerial normalmente difícil de concretizar.

SEGURANÇA MARÍTIMA: UM DESAFIO A Tecnologia ao Serviço da Segurança no Mar

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Os espaços marítimos africanos acoitam um crescente número de ameaças que põem em risco quer África quer a comunidade internacional. Desde a droga (estima-se que entre 50 a 60 tons/ano de cocaína passam pela costa ocidental africana com destino à Europa. Do lado oriental do continente só em 2010 houve registo de 218 ataques de pirataria, duplicando o nr. registado somente 2 anos antes. A pesca ilegal e a sobre- exploração custam a região subsaariana cerca de 1 bilião de dólares/ano. As ocorrências climatéricas desfavoráveis provocam de igual modo sérios danos avaliados em muitos milhões de dólares. A economia marítima africana, que representa mais de 1 bilião de dólares ou sejam cerca de 90% do comercio continental, é assolada por tráfico ilegal de pessoas, armamento militar ilegal, produtos florestais resultantes de actividades ilícitas (70% da exploração madeireira africana), medicamentos contrafeitos (+/- 50% do comercio farmacêutico continental). África, em geral, tem mostrado debilidades gritantes no ataque a estas ameaças e várias são as razões que tal justifica. Desde as vastas ZEE’s nacionais difíceis de controlar e fiscalizar pela escassez de recursos. Outro problema e que muitos Estados africanos optam por investimentos em forcas terrestres em detrimento de unidades marítimas o que leva a uma deficiente ou mesmo inexistente vigilância para alem da observação costeira. Acresce que a gestão e o policiamento marítimos não são efectuados por uma única agencia o que exige um grau de colaboração interministerial normalmente difícil de concretizar.

SEGURANÇA MARÍTIMA: UM DESAFIO A Tecnologia ao Serviço da Segurança no Mar

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Ciência e Tecnologia como parte da solução: -  Investimento em C&T e em nosso singelo entender parte da solução para ultrapassar as limitações de recursos. -  Redes de sensores que permitem cobertura de vastas extensas com altos índices de repetição, recolha de

informação a custos controlados, substancialmente mais baratos que os da observação directa. -  Sistemas de Identificação Automática (AIS) são um meio relativamente económico de reforço da vigilância e

controlo do domínio marítimo. Permitem aos estados a identificação e monitoria de embarcações mercantes numa área ate 20 milhas. (custo estimado de USD 85k + 15-20K/ano para capacitação). Apesar do AIS não permitir um quadro completo de vigilância e muito mais barato que o custo de operação de barcos-patrulha.

-  Drogues, ou bóias oceânicas que recolhem dados oceanográficos: salinidade, acidificação de agua, temperatura e direcção de correntes, são outro exemplo.

-  As bóias “Argo floats” (tipo de drogue) fornecem 10 vezes mais dados e de forma melhor distribuída e mais precisa do que aquele produzido a partir de embarcações. Custam cerca de USD 15k e funcionam num intervalo de 2 a 5 anos. Um navio de investigação custa entre USD 15 e 40k/dia.

-  Estas redes de sensores podem fornecer dados vitais para a segurança marítima africana. -  Dados ambientais e oceanográficos são também de extrema valia para fiscalização e prevenção de

movimentação de cardumes (permitindo a localização de zonas sensíveis de pesca ilegal), detecção de poluição marítima e padrões atmosféricos de risco, alem de permitirem a avaliação das condições oceânicas para as forças operacionais e prevenção de locais propícios ao despejo de narcotráfico no mar.

SEGURANÇA MARÍTIMA: UM DESAFIO A Tecnologia ao Serviço da Segurança no Mar

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O  inves7mento  em  C&T  na  Segurança  Marí7ma  em  África  -­‐  Experiência  demonstra  que  inves:mento  em  C&T  no  con:nente  pode  ter  sucesso.  O  caso  da  telefonia  móvel  é  um  desses  

casos.  -­‐  Imagiologia    por  satélite  monitoriza  uso  de  solos  e  degradação  ambiental  em  zonas  inóspitas.      -­‐  Está   neste  momento   em   curso   a   análise   de   viabilidade   de   uso   de   tecnologia  HICO   (Hyperspectral   Imagery   for   Coastal  

Ocean)  –  Imagiologia  Hiperespectral-­‐por  parte  da  NASA  para  Moçambique  ao  abrigo  de  acordo  de  cooperação  entre  a  UP  e   a   UEM   patrocinado   pela   Mozlog   e   com   apoio   num   futuro   próximo   da   Google   (Google   Oceans),   para   estudo   de  escoamentos  (  bacias  hidrográficas  e  estuários).  

-­‐  Tecnologia   pode   ser   instrumento   relevante   na   segurança   marí:ma   mas   não   é   suficiente   só   por   si.   É   importante   o  inves:mento   simultâneo  na   ciência   e   na   tecnologia   para   se   colher   e   conservar   todos  os   beneAcios   da   tecnologia.   Caso  assim  não  seja,  não  haverá  ninguém  para  gerir  a  tecnologia  e  analisar  os  dados  ob:dos.  

-­‐  Maioria  dos  governos  africanos  concentra  a  despesa  em  segurança  em  ops  de  1ª  linha  como  as  relacionadas  com  barcos-­‐patrulha.  Não  criam  unidades  de  inves:gação  e  desenvolvimento.  

-­‐  Parceiros   internacionais  doam  ou  vendem  equipamento  de  segurança  de  forma  fragmentada,  somente  com  capacitação  básica.  A  ausência  de  qualquer  apoio  a  uma  a  adaptação  tecnológica  local  é  extremamente  grave.

SEGURANÇA MARÍTIMA: UM DESAFIO A Tecnologia ao Serviço da Segurança no Mar

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Integração  C&T  por  via  das  ins7tuições  de  Ensino  Superior  -­‐  Para   integrar   a   ciência   e   a   tecnologia   e   reforçar   a   segurança   no  mar,   os   governos   africanos   necessitam   de   explorar   um  

recurso  manifestamente  subaproveitado:  as  universidades  e  os  centros  de  inves:gação.  -­‐  Não   descurando   o   facto   de   muitas   universidades   serem   primacialmente   ins:tuições   de   ensino,   existem   no   seu     seio  

departamentos  e  centros  de  pesquisa  que  albergam  inves:gadores  de  talento  que  se  dedicam  a  temas  conexos  à  segurança  no  mar.  

-­‐  Cabe   aqui   o   caso   da   parceria   que   se   estabeleceu   em   Maio   passado   aquando   da   realização,   no   Porto,   do   congresso   :  Oceanos:  Desafios  e  Oportunidades,   organizado  pela   Faculdade  de  Engenharia  da  U.P.  por   via  do   LSTS  –   Laboratório  de  Sistemas   e   Tecnologias   Subaquá:cas,   dirigido   pelo   Eng.   João   Tasso   de   Sousa   que   se   deslocou   ao   n/   Pais   para   “in   situ”  verificar   as   condições   para   o   estabelecimento   de   um   protocolo   de   cooperação   bi   e   mul:lateral   para   os   sistemas   e  tecnologias   dedicadas   ao   conhecimento   do   Mar,   já   em   marcha.   A   Mozlog,   que   aqui   represento,   patrocinou     esta  aproximação  a  este  tema  estratégico  que  beneficiou  igualmente  do  apoio  da  Ordem  dos  Engenheiros  nacionais  

 -­‐  Concluímos  que  a  colaboração  com  inves:gadores  moçambicanos  e  africanos  oferece  vantagens  múl:plas  que  asseguram  a  

sustentabilidade  dos  inves:mentos  em  C&T,  tais  como:  enraizamento  nas  suas  áreas  de  trabalho  que    facilitam  a  ancoragem  de  projectos  com  con:nuidade  que  permita  parcerias  fortes;  acompanhamento  de    progressos  tecnológicos  e  manutenção  de  programas  actualizadas.  

-­‐  Sem   o   envolvimento   dos   inves:gadores   os   militares   africanos   ficam   dependentes   de   parceiros   externos   para   gerir   a  tecnologia.  

-­‐  Acresce  que  os  centros  de  inves:gação  independentes  podem  ser  pólos  de  atracção  de  inves:mento,  sobretudo  porque  na  óp:ca   do   inves:dor   e/ou   doador   externo,   os   inves:gadores   são   garante   de   credibilidade   e   de   consolidação   de  relacionamentos   ins:tucionais   de   longo   prazo,   para   não   referir   que   no   chapéu   das   ins:tuições   de   inves:gação   o  financiamento  militar  e  civil  convive  com  maior  fluidez  

SEGURANÇA MARÍTIMA: UM DESAFIO A Tecnologia ao Serviço da Segurança no Mar

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-­‐  Os  inves:gadores  são  entendidos  em  tecnologias;  dominam  as  linguagens  das  TIC’s  para  uso  de  redes  de  sensores  ou  sistemas  remotamente  controlados,  possuindo  acrescidamente  o  imprescindível  conhecimento  das  condições  locais  para  a  adaptabilidade  daqueles.  

-­‐  A   capacidade   de   liderança   de   projectos   de   alta   tecnologia   por   parte   dos   inves:gadores   africanos   e   de   igual   modo   factor  relevante   dado   o   seu   alto   nível   de   conhecimento   cien:fico,   o   que   se   traduz   na   atenção   que   prestam   aos   beneAcios   de   tais  projectos  a  nível  nacional,  regional  e  con:nental,  contrariando  o  “brain  drain”  que  aflige  África.  

-­‐  Apesar  da  valia  do  envolvimento  de  inves:gadores  africanos  na  segurança  do  mar  (marí:ma)  tal  não  significa  que  seja  a  chave  mestra   da   sustentabilidade.   É   irrefutável   que   os   cien:stas   carecem   de   apoio   para   aquisição   de   competências   especificas  tendentes  ao  desenvolvimento  de  inves:mentos  em  C&T  direccionados  para  a  segurança  no  mar.    

-­‐  Aqui   importa   realçar   que   esta   matéria   (segurança   marí:ma)   é   complexa   e   vasta   onde   não   cabem   medidas   avulsas   ou   de  facilidade,   como   p.   ex.   usar   mais   navios.   Recomenda-­‐se,   com   carácter   de   urgência,   o   estabelecimento   de   parcerias   e   de  coordenação  intersectorial  alargada.  

-­‐  Exemplos:  Processos  costeiros  e  conhecimento  do  domínio  marí:mo;  Meteorologia,  Oceanografia  e  Hidrografia...  -­‐  Assim  os  centros  de  inves:gação  possuem  capacidade  para  desenvolver  uma  bateria  de  ferramentas    (mapas,    programas,  etc.)  

que  alicercem  o  factor  nuclear  de  um  conhecimento  do  domínio  do  Mar,  ou  seja  os  dados  de  base  que  definem  o  teatro  em  que  as  forcas  de  defesa  e  segurança  marí:ma  operam.  

-­‐  Conclui-­‐se  que  :                      1-­‐  A  C&T  oferece  possibilidades  não  descuráveis  para  melhorar  a  segurança  no  mar  em  África  em  geral  e  na  CPLP                              em  par:cular  nas  seguintes  áreas:  Avaliação  de  viabilidade  das  estratégias  para  um  Conhecimento  Alargado  do                              domínio  do  Mar;  inclusão    da  inves:gação  nos  esforços  conjuntos  (CPLP)    de  segurança  no  mar.                    2-­‐  os  trabalhos  na  inves:gação  e  na  segurança  marí:ma  são  geralmente  descoordenados.  A  sua  reformulação  geral,                              devido  aos  altos  custos  envolvidos  e  ao  risco  de  militarização,  estaria  condenada  ao  fracasso.  Logo,  os                                  inves:mentos  devem  ser  orientados  para  as  áreas  onde  já  existe  competência  local  no  meio  tais  como;                                            comunicações,  redes  de  sensores  oceânicos,  energias  alterna:vas  maremotrizes.                    3-­‐  tal  assenta  na  certeza  de  que  a  tecnologia  e  imprescindível  para  cobrir  toda  a  extensão  do  domínio  marí:mo  do                              espaço  comum  africano  e  da  cplp  em  par:cular  (7,5  milhoes  de  km2.)  

SEGURANÇA MARÍTIMA: UM DESAFIO A Tecnologia ao Serviço da Segurança no Mar

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VEÍCULOS NÃO TRIPULADOS PARA PRESENÇA SUSTENTADA NOS OCEANOS UNMANNED VEHICLE SYSTEMS FOR A SUSTAINED PRESENCE IN THE OCEAN

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Estratégia

•  Forte componente experimental (operações no mar) –  Veículos robustos e fiáveis –  Desenvolvimentos incrementais –  Conops e know-how operacional

•  Parcerias estratégicas (impacto na sociedade) –  Marinha –  Portos –  Força aérea –  Rede de transportes –  Extensão da plataforma continental

•  Engenharia de Sistemas (projectar, construir e operar sistemas) –  Sistemas e ciclo de vida

•  Redes de cooperação (Connecting the dots)  

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•  Moçambique (a constituir) –  Marinha e Força Aérea –  Inamar, Inahina, outros –  Missão para a Extensão da

Plataforma Continental –  Universidade Eduardo Mondlane –  Portos –  Instituições publicas –  Mozlog e sector privado

•  Estados Unidos da América –  MBARI –  UC Berkeley –  Naval Postgraduate School –  US Coast Guard –  Google Oceans –  University of Michigan –  Naval Undersea Warfare Center –  NASA

•  Portugal (UP-FEUP) –  Marinha Portuguesa –  Força Aérea Portuguesa –  Instituto Hidrográfico –  Estrutura de Missão para a Extensão da

Plataforma Continental –  Portos de Douro e Leixões –  Oceanscan MST

•  Europa –  Naval Undersea Research Center

(NATO) –  National Oceanography Center (UK) –  NTNU (Noruega) –  Plocan (Espanha) –  Universidade de Delft (NL) –  Swedish Defence Agency (SE) –  Royal Institute of Technology (SE) –  Parceiros em projectos europeus

Redes de Cooperação

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Veículos para Operações no Mar

Baixo custo

Partilha de plataformas de software/hardware inter-operáveis

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LAUV – Light Autonomous Anderwater Vehicle

Charging/Power  Connector  

GPS/GSM/Wi-­‐Fi  Antennas  

External  trimming  

PC-­‐104  Stack(s)  IMU  

Emmergency    pinger  

Micro-­‐modem  Side-­‐scan  sonar  DVL   CTD  

Versões/evoluções •  Mine sweeping •  Oceanografia •  Mapeamento e topobatimetria •  Deep ocean vehicle

Payload modular •  Evologics

modems •  Multi-beam sonar •  Imaging sonar •  Fluormeter •  Video camera •  Sidescan •  IMU

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Missão em porto

NAUV

ACCU

Neptus CCU

Manta-1

LBL beacon

LBL beacon

Swordfish ASV

Estação  Base     Visualização  

Neptus CCU

ROV-KOS

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Sensores

Veículo autónomo de superfícia

Bóia com sensores

Sensores fundeados

Drifters

AUV AUV

UAV

AUV Links    

localização  

Coms.  links  

Links  sensores  

UAV

Veículos  entram/saem  

Control station

Control station

Control station

Operador  entram/saem  

Sistema  observação  /  intervenção  

AUV

Mulas  de  dados/DTN  

Inicia:va  mista  

UAV

Bóia

Visão

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Imagens sonar side-scan Produtos

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Imagens sonar multi-feixe

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Mapeamento 3D topobatimétrico

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Operações com UAV’s Veículos Autónomos não tripulados

Operações  com  UAV’s  baseados  em  terra  •  Busca  e  reconhecimento  de  alvos  •  Vigilância  de  tráfego  marí:mo  em  rotas  de  navegação  •  Passagem  de  controlo  de  base  terrestre  para  plataforma  

marí:ma  (navio  não  mercante)  •  Video  feed  para  base  terrestre  e  para  navios  de  Marinha  

Operações  com  UAV’s    baseados  em  navios  de  Marinha  •  Vigilância  de  curto  raio  de  acção  •  Lançamento  manual  /  recolha  em  rede  

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Veículos não tripulados: projecto e aplicações em vigilância remota

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O futuro da observação dos oceanos

“Our   ability   to   observe   the   ocean   is   in   the   midst   of   a  revolu:on     ...   ships   has   been   the  mainstay   of   seagoing   ocean  sciences.    However,  a   ship  can  only  be  at  one  place  at  a  :me,  can  only  carry  a  small  number  of  scien:sts,  and  can  only  stay  at  sea  for  so  long  ...    By  using  fleets  of  robo:c  vehicles  we  address  one  of  the  greatest  challenges  to  ocean  observing  -­‐  the  fact  that  the   interior   of   the  ocean   changes   faster   than  we   can  measure  it.  ...  Genomic  techniques  are  opening  our  eyes  to  the  microbial  ocean,  revealing  a  world  where  every  drop  of  water   is  teaming  with   life   ...     Our   ability   to   understand   and  wisely  manage   our  interac:ons   with   the   ocean   will   determine   the   world   our  decedents  inherit.”        James  Bellingham  [Chief  Technologist,  Monterey  Bay  Aquarium  Research  Ins:tute]    Citris  Seminar  2007,  Feb.  21,  UC  Berkeley.    

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O papel de veículos não tripulados Veículos autónomos

Vários  graus  de  autonomia  -­‐  Scripts  -­‐  Planos  com  condições  lógicas  -­‐  Planeamento/decisão  a  bordo  

AUV, UUV UAV, UAS, VANT

ASV

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I.  Veículos  aéreos  não  tripulados  Ø  3  ANTEX  01  (6.5  m  envergadura)  Ø  3  ANTEX  02E  (3.6m  envergadura)  Ø  8  ANTEX  02  (2.4m  envergadura)  Ø  10  pequena  envergadura    

II.  Esta�s:cas  Ø  >  800  voos  autónomos  Ø  Voos  diurnos  e  nocturnos    

III.  Prioridade:  voos  sobre  o  mar  Ø  Vigilância  (Pescas,  poluição,  imigração  ilegal,  an:-­‐pirataria,  etc.)  Ø  Longa  duração  (>8  horas)  

Veículos aéreos UAV’s Plataformas de baixo custo

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Modelo Antex-02

Picollo  autopilot  

PC-­‐104  stack  

Gimbaled    camera  

Electric  or  combustion  engines  

Wingspan:  2.4  mts  

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Sistemas autónomos podem fazer ultrapassar os gaps entre documentação espacial e temporal quer de eventos naturais quer de actividades humanas

1)  Capacidades  de  monitoria  persistentes  

2)  Poluição(derrames,  ruído,  harmful  algal  blooms,  espécies  estranhas,  e  organismos  doentes  quer  humanos  quer  piscícolas)  

3)  Acidificação  do  Oceano    4)  Sobreexploração  piscícola  5)  Mudanças  climá:cas  6)  gelo  7)  Navegação  8)  Produ:vidade  primaria  9)  Oxygen  Minima  10)  Evitar  colisões  baleia-­‐navios  11) Comunicações  de  dados  

(largura  de  banda  e    :meliness)  12) Gestão  de  dados  e  Real-­‐:me  

Displays  

Principais vanatgens dos UAV’s

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Fotografia aérea de precisão e HD

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Filmagens com camaras IR* * infravermelhos

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Software tool chain Testada em milhares de missões com veículos aéreos, de superfície e submarinos

Utilizadores: MBARI (EUA), NURC (NATO), UC Berkeley (EUA) Marinha e Força Aérea Portuguesas

Comando, controlo e comunicações para consolas de operação

Protocolos de comunicação para comando e controlo de veículos heterogéneos

Software de bordo para veículos, bóias, data loggers, etc.

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Exercício REP 10 Julho 2010

Cooperação Institucional Multilateral

Bacamarte & Swordfish Seacon

Iver 2v

Gavia

Cooperação internacional multilateral: Marinha Portuguesa (PT); NUWC (USA); Universidade do Porto - FEUP (PT); NURC (NATO)

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Exemplo de Missão: Análise de dados online em tempo real

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Sistemas interligados para aviso e intervenção em caso de acidentes marítimos

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Protecção  Portuária;  Hidrografia  e  Oceanografia;  Busca  e  Salvamento  Aplicação  do  Direito  Marí:mo;  Monitoria  Ambiental  

Aplicações Diversas

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Porque é que os oceanos são realmente importantes?

Antes do mais porque sabemos muito pouco... e. logo depois, porque 40% da população mundial vive a menos de 100 kms do litoral...

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Title  Layout  

Sub:tle  

Senão Vejamos:

O meio subaquático é o Maior Ambiente do planeta mas dos menos estudados. Inclui uma variedade única de habitats com um nr. elevado de descobertas no ultimo meio século.

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Mas sabemos que …

• Os oceanos são essenciais para a vida nos continentes • Os oceanos são complexos e estão a mudar muito rapidamente, e de formas imprevisíveis

• Precisamos desenvolver modelos muito sofisticados que terão que ser “alimentados” por muitos dados para se fazerem previsões credíveis

• Há novas tecnologias que podem ajudar a transformar as actuais percepções e contribuir para uma melhor “gestão” do eco-sistema global.

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    O Projecto MIDAS - Managing Impacts of Deep seA reSource

exploitation (2014-2016)

?

Os  objec7vos  MIDAS:  

1.  Iden:ficar  a  escala  de  possíveis  impactos,  e  sua  duração,  nos  eco  sistemas  subaquá:cos  associados  ás  diferentes  ac:vidades  extrac:vas  de  recursos;  

2.  Desenvolver  soluções  exequíveis  e  códigos  de  melhores  prá:cas  para  ac:vidades  comerciais  ambiental  e  socialmente  aceitáveis;  

3.  Desenvolver  tecnologias  cost-­‐effec:ve  para  monitoria  de  impactos  de  exploração  mineira  e  subsequente  recuperação  dos  eco  sistemas;  

4.  Trabalhar  com  legisladores  a  nível  internacional  e  europeu  de  modo  a  enraizar  as  melhores  pra:cas  nas  legislações  nacionais  e  internacionais  e  organismos  suprancaionais  to  enshrine  e  overarching  quadros  legais  

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Oceano Indico, Inverno Boreal

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A par do Árctico, África, fronteira final dos recursos naturais

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Ocean Health Index (OHI- ISO) (http://www.oceanhealthindex.org/Countries/) O  Índice  é    uma  nova  medida  detalhada  que  mede  a  saúde  dos  oceanos  de  0-­‐100.  Define  um  oceano  saudável   como   aquele   que   sustentavelmente   fornece   uma   gama   diversa   de   beneAcios   à   população    quer  no  presente  quer  no  futuro.        Índice  por  País    O   índice   de   saúde   dos   oceanos   avalia   a   saúde   dos   oceanos   adjacentes   a   171   países   e   territórios.   A  unidade  de  monitoria  standard  vai  da  linha  de  costa  de  dado  país    ao  extremo  da  sua  Zona  Económica  Exclusiva   (ZEE),   ou   sejam   200   milhas   náu:cas   offshore,   ou   de   outro   modo   a   área   sobre   a   qual  determinado   país   possui   controlo   jurisdicional   exclusivo   (exercício   de   soberania   nacional)   sobre   a  gestão  económica  e  de  recursos  naturais.  O  resultado  é  calculado  para  cada  Estado  costeiro  em  função  dos  10  objec:vos  públicos  para  um  saudável  sistema  Homem-­‐Oceano:  o  resultado  final  de  cada  País  é  a  média  resultante  dos  resultados  ob:dos  parcialmente  nos  10  objec:vos.    

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Existe um papel para todos os países? Sim, existe, mas é necessário...

Criar  confiança  nacional  Visão  de  longo  prazo  Coordenar  e  agregar  esforços    Planeamento  visionário    Iden:ficar  aspectos  fortes  e  fracos,  ameaças  e  oportunidades  Começar  com  pequenos  passos,  para  um  longo  caminho  Reflec:r  sobre  modelos  de  cooperação  nacional  e  de  cooperação  internacional  

Precisamos de homens que consigam sonhar com coisas que nunca foram feitas. John F. Kennedy

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Muito Obrigado

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