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Rua Guaicurus, 460 – Vila Togni Cep 37704-347 Poços de Caldas – MG Tel: (35)3714-2349 – (35)3714-5323 Calendário Maia. 1. Forma: Longa contagem (LC) = (Tz; P, C) (Ha; D, M) (Pa; P, C) (SN). 2. Base numeral : 20 (vinte) 3. Sistema gráfico numeral: É composto de três tipos de glifos, dispostos em até quatro linhas para a formação de uma parcela de um número. Eles são: a- Ponto ”equivale à unidade “1” ou um “bit” significativo em uma “palavra” (dígito). b- Traço “Equivale a cinco unidades “5” ou zero “bits” significativos em uma “palavra” (dígito). c- Concha “Equivale à abstração zero (0), ou zero “palavras” (dígitos) significativos em uma parcela. Os números são escritos de baixo para cima, em colunas, onde cada conjunto de até quatro linhas representa uma parcela, formando-se assim as potências cuja base numeral é vinte. Em linguagem moderna, podemos dizer que a representação de cada potência de base vinte, ou parcela que compõe um número, contém quatro palavras (dígitos) de cinco “bits”. Por exemplo: Decimal Maia Constr. Equivalência 1 (d) – (p) 1 x 20 0 = 1 2 (d) – (p) 2 x 20 0 = 2 3 (d) – (p) 3 x 20 0 = 3 4 (d) – (p) 4 x 20 0 = 4 5 (d) – (p) 5 x 20 0 = 5 7 (d) – (p) (d) - 7 x 20 0 = 7 10 (d) – (p) (d) - 10 x 20 0 = 10 12 (d) – (p) (d) - (d) - 12 x 20 0 = 12 19 (d) – (p) (d) - (d) - (d) - 19 x 20 0 = 19 20 (d) – (p) (d) – (p) 1 x 20 1 + .... 0 x 20 0 = 20

Calendário Maia

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Os mistérios, os segredos e o incrível conhecimento cósmico contidos no mais preciso dos calendários: O calendário Maia.

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Page 1: Calendário Maia

Rua Guaicurus, 460 – Vila Togni Cep 37704-347 Poços de Caldas – MG Tel: (35)3714-2349 – (35)3714-5323

Calendário Maia.

1. Forma: Longa contagem (LC) = (Tz; P, C) (Ha; D, M) (Pa; P, C) (SN). 2. Base numeral : 20 (vinte) 3. Sistema gráfico numeral: É composto de três tipos de glifos,

dispostos em até quatro linhas para a formação de uma parcela de um número. Eles são:

a- Ponto ”” equivale à unidade “1” ou um “bit” significativo em uma “palavra” (dígito).

b- Traço “” Equivale a cinco unidades “5” ou zero “bits” significativos em uma “palavra” (dígito).

c- Concha “” Equivale à abstração zero (0), ou zero “palavras” (dígitos) significativos em uma parcela.

Os números são escritos de baixo para cima, em colunas, onde cada conjunto de até quatro linhas representa uma parcela, formando-se assim as potências cuja base numeral é vinte. Em linguagem moderna, podemos dizer que a representação de cada potência de base vinte, ou parcela que compõe um número, contém quatro palavras (dígitos) de cinco “bits”.

Por exemplo:

Decimal Maia Constr. Equivalência 1 (d) – (p) 1 x 200 = 1 2 (d) – (p) 2 x 200 = 2 3 (d) – (p) 3 x 20 0 = 3

4 (d) – (p) 4 x 200 = 4

5 (d) – (p) 5 x 20 0 = 5

7

(d) – (p) (d) - 7 x 20 0 = 7

10

(d) – (p) (d) - 10 x 20 0 = 10

12

(d) – (p) (d) - (d) -

12 x 20 0 = 12

19

(d) – (p) (d) - (d) - (d) -

19 x 20 0 = 19

20

(d) – (p)

(d) – (p)

1 x 201 + ....

0 x 200 = 20

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Decimal Maia Constr. Equivalência

400

(d) – (p)

(d) – (p)

(d) – (p)

1 x 202 + ......

0 x 201 + ......

0 x 200 = 400

1.680

(d) – (p)

(d) – (p)

(d) – (p)

4 x 202 + .........

4 x 201 + .........

0 x 200 = 1.680

35.449

_____

_____ _____

_____

(d) – (p)

(d) – (p) (d)

(d) – (p)

(d) (d)

(d) – (p) (d)

4 x 203 + ...........

8 x 202 + ...........

12 x 201 + .........

9 x 200 = 35.449

Obs.: (d) = dígito (palavra); (p) = parcela

4. Calendário propriamente dito:

O ano solar oficial Maia, o Haab, é composto de 365 dias, dividido em 18 mêses de 20 dias e um mês de 5 dias, o uayeb.

O uayeb era considerado como o mês onde o ano morria sem a devida correção, portanto, para o povo, época de penitência, o inverso de nosso carnaval, o mês da morte do ano.

Havia também o vigésimo mês, que chamaremos de “C”, com 0 (zero), 1, ou 2 dias, mas que só existia quando o calendário determinava a correção do ano, como veremos adiante.

Os dias do mês “C”, eram chamados de “dias que não se contam”, porque nestes dias, o “Tzolskin”, a Segunda contagem do tempo Maia, parava sua marcha até que se completasse a correção. Para o povo, este era o mês em que o tempo ressuscitava e o ano tomava novamente seu passo normal. O mês da vida! Era tempo de Festa.

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5. Ano sideral: É o tempo, em que a terra em sua órbita, leva para percorrer 360 graus, em relação às estrelas fixas, sua duração é de 365,256.354.166.700 dias siderais.

6. Dia Sideral: É o tempo em que a terra leva para girar em torno de sí

mesma um ângulo de 360 graus, em relação às estrelas fixas, sua duração é de 23,945.556 horas.

É certo que os Maias conheciam o valor exato tanto do ano sideral quanto do dia sideral, porque suas correções no calendário nos leva a um erro de zero segundos em um período de 124.800 anos siderais. Vejamos pois, à partir de sua forma, o que significa cada componente de seu aparentemente complicado calendário.

7. Longa contagem (LC): Integra o tempo total decorrido, a partir de

um determinado “marco zero” convencionado, tendo como base para a contagem, o calendário solar (Haab).

Porém, diferente do que afirma a maioria dos especialistas sua principal função não é contar o número de dias passados, mas anos, mêses e dias passados, à partir da data base. Observe que o conceito do datador Maia é diferente e muito mais eficaz que o conceito do datador moderno. Como exemplo, para ficar mais claro, vamos usar nosso calendário de 12 mêses, a base decimal, e ver como um datador moderno e um datador maia escreveriam datas na longa contagem. Suponha que o marco zero de nossa contagem seja dia 25 do mês 12 do ano zero. Ou seja: início da era cristã, e as seguintes datas:

Data Datador moderno Datador Maia d/m/a Ano Mês Dia Ano Mês Dia

01/01/01 1 1 1 0 0 6 25/01/01 1 1 25 0 1 0 25/12/01 1 12 25 1 0 0 24/11/1000 1000 11 24 999 10 30 25/11/1000 1000 11 25 999 11 0 26/11/1000 1000 11 26 999 11 1 03/05/1941 1941 5 3 1940 4 9 18/06/1987 1987 6 18 1986 5 24

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Repare que o datador Maia registra a longa contagem dizendo: Passaram-se X anos, Y mêses e Z dias à partir do Marco A. Outra particularidade, é que sua contagem sempre começa de zero.

Se considerarmos que o Haab (ano solar Maia) possui 18 mêses de 20 dias, 1mês de 05 dias mais um mês de 0, 1 ou 2 dias, podemos dizer que o total de mêses é 20. Como a maior parte deles (18) tem 20 dias e sua base numérica também é 20, tudo se adapta perfeitamente: a. Número de dias transcorridos à partir do dia base b. Número de mêses transcorridos à partir do mês

base c. À partir desta parcela, inclusive todas as parcelas

restantes, representam o número de anos siderais transcorridos desde o marco zero até a data representada.

Ahá! Você pergunta porque então nunca vimos uma data Maia cuja penúltima parcela seja 19? Claro, lembre-se que os Maias sempre começam sua numeração por zero, portanto de zero a 18, temos 19 meses. O vigésimo mês, O mês “C”, mês de correção do calendário, tem seus dias denominados “dias que não se contam”, portanto são mostrados no calendário, na última parcela, junto com os dias do uayeb, o 19 mês, que é representado pelo dígito 18, na penúltima parcela. Porque isto? Ora, o mês “C” nem sempre está presente no ano, ele só existe em anos de correção do calendário, portanto é mais prático representar o Uayeb, com 5, 6 ou 7 dias, do que representar um mês que só existe de vez em quando. Você acha que isto é uma falha no sistema de base 20? O que dizer então do nosso calendário com referência à base 10? Nossos mêses “viram” com 28, 29, 30 ou 31 dias; Nosso ano vira com 12 mêses; Se datássemos sem separação entre as parcelas que indicam anos, mêses e dias (como faziam os Maias), seria o completo caos, por exemplo: A cifra 871112 poderia significar:

Dia 12 de 11 de 87 Ou Dia 02 de 01 de 8711 Ou Dia 02 de 11 de 871 Ou Dia 12 de 01 de 871

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Mas o sistema base 20 permite que a data seja grafada sem confusão, porque o número máximo de dias em um mês é 20 (de zero à 19), portanto cabem todos em uma parcela. No vigésimo dia, sempre vira o mês, com exceção do Uayeb que vira em 5, 6 ou 7 dias. Os mêses grafados são 19 (de zero à 18), que também sempre cabem na penúltima posição, e sem qualquer confusão.

A teoria admitida pelos especialistas de que a longa contagem representa apenas o número de dias à partir de um marco zero, alterando-se a base da terceira parcela, de 20 para 18, não faz sentido, pois 18 x 20 = 360. Ora, então para que tanto cálculo? É inaceitável que toda uma casta de cientistas, astrônomos e matemáticos que criaram um sistema perfeito para a correção do seu calendário, baseado no ano sideral, não fosse capaz de criar uma notação gráfica suficientemente precisa para registrar o resultado de seus cálculos.

À Partir da 3 Parcela, registra-se o número de anos siderais completos, de 365,2563541667 dias, devidamente corrigidos, e não aleijões de anos de 360 dias, como querem os especialistas.

Vejamos a diferença:

Uma das datas conhecidas como números da serpente, que constam no códice de Dresden, à página 69, é representada pelas seguintes parcelas vigesimais: 8.12.13.19.6.4 (de baixo para cima) Segundo os especialistas quer dizer: 8x200+12x201+13x18+19x203+6x204+4x205 = 13.916.928 dias, ou seja: 38.101,80943 anos siderais. Mas na realidade representa:

13x200+19x201+6x202+4x203 = 34.793 anos + 12 meses + 08 dias

Ou seja: 34.793 x 365,25632541667 + 12 x 20 + 8 = 12.708.612,33 dias, ou 34.793,67897 anos siderais, o que nos dá 3.308,13046 anos siderais de diferença.

Como vimos, não era necessário qualquer separação ou sinal, entre as parcelas para a notação de dias, mêses e anos, no sistema Maia de

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datação, pois os dias jamais passavam de 20, ídem os mêses, portanto bastava convencionar o significado respectivo da última e penúltima parcela, e pronto, grafia perfeita, simples, sem alterar a base 20 ou qualquer outro artifício incômodo e o que é mais importante, o tempo passado desde o marco zero, está expresso com a mais absoluta precisão, em anos siderais, meses e dias. 8. Tzolskin (Tz; P;C): É o chamado ano sagrado ou ano astrológico

Maia. Ele compreende um período exato de 260 dias. Aparentemente sem sentido, é o mais fantástico instrumento de correção de tempo que já foi usado pelo homem.

O “Tz”, se compõe de 13 cifras e 20 nomes. Tanto a variável Cifra que anotamos como “P”, quanto a variável Nome que anotamos como “C”, se sucedem dia-a-dia, perfazendo 13x20 = 260 dias. Para maior clareza da compreensão de sua sucessão, veja como ela se processa na tabela de sucessão dos dias do Tz, a seguir. Var. Nome do Tz Tabela de sucessão dos dias do “Tz” Cifra(P) Nome(C) Dia Nº Cifra(P) Nome(C) Dia Nº Cifra(P) Nome(C)

1 imix 1 1 imix 21 8 imix 2 IK 2 2 IK 22 9 IK 3 Akbal 3 3 Akbal 23 10 Akbal 4 Kan 4 4 Kan 24 11 Kan 5 Chichan 5 5 Chichan 25 12 Chichan6 Chimi 6 6 Chimi 26 13 Chimi 7 MANIK 7 7 MANIK 27 1 MANIK 8 Lamat 8 8 Lamat ... ... ... 9 Muluk 9 9 Muluk ... ... ... 10 Ok 10 10 Ok ... ... ... 11 Chuen 11 11 Chuen ... ... ... 12 EB 12 12 EB ... ... ... 13 Bem 13 13 Bem E. T. C. ... Ix 14 1 Ix ... ... ...

... Men 15 2 Men ... ... ...

... Cib 16 3 Cib ... ... ...

... CABAN 17 4 CABAN ... ... ...

... Etznab 18 5 Etznab 258 11 Etznab

... Cauak 19 6 Cauak 259 12 Cauak

... Ahau 20 7 Ahau 260 13 Ahau

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Como o Haab (ano solar oficial) ultrapassa o Tz em 105 dias, o Tz apresenta as seguintes propriedades: a. Primeira propriedade: Como o resto da divisão de 105 por 20 é 5, a

variável C (nome) que coincidirá com o primeiro dia do próximo Haab, será 5 unidades C (5 nomes) à frente da variável C que coincidiu com o primeiro dia do Haab de referência.

b. Segunda propriedade: Como o resto da divisão de 105 por 13 é 1, a variável P (cifra) que coincidirá com o primeiro dia do próximo Haab, será uma unidade C (1 cifra), à frente do da cifra que coincidiu com o primeiro dia do Haab de referência.

c. Terceira propriedade: Como o número de variáveis C (nomes) são 20

e vinte dividido por 5 são exatamente 4, apenas 4 variáveis C coincidirão com o primeiro dia do Haab. Por observação sabemos que elas são (no período clássico): IK; MANIK; EB; KABAN.

d. Quarta propriedade: Como o mínimo múltiplo comum (M.M.C.) entre 365 e 260 é 18.980 dias, ou seja, 52 haabs (oficiais) uma mesma data do Tz, só coincidirá outra vez com o primeiro dia do Haab, à cada 52 anos.

À este período, chamamos de calendário circular ou “Round calendar”. Exemplo das propriedades do Tz:

Haab ant. Data 1º dia Tz e Haab Prox. Haab Data 1º dia Tz e Haab 1 MANIK 2 EB 5 KABAN 6 IK 7 EB 8 KABAN 12 IK 13 MANIK 13 KABAN 1 IK 10 IK 11 MANIK 6 EB 7 KABAN

Sim, eu disse que os maias sempre começam a contar a partir do zero. E onde está o zero nas variáveis “P” e “C” do Tz?

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Boa Pergunta, mas ele está aí, o zero é reservado para “os dias que não se contam”, os dias de correção, onde o Tz fica parado, esperando a correção do tempo. É como se usassem a “String” “ ” (espaço em branco). Este é o zero do sistema Tz.

9. Haab (Ha; D; M): O ano solar Maia sempre começava no solstício de

inverno do hemisfério norte, ou seja, no atual dia 22 de dezembro, em nosso calendário. Era composto de 18 mêses de 20 dias, mais um mês de 5 dias, mais um mês de 0, 1 ou 2 dias.

Estes meses eram: 0º Pop 5º Xul 10º Zak 15º Pax 1º Uo 6º Yaxkin 11º Coh 16º Okayab 2º Zip 7º Mol 12º Mak 17º Cumhu 3º Zotz 8º Chen 13º Kankin 18º Uayeb * (5d) 4º Tzec 9º Yax 14º Muan 19º C ** (0,1,2d)

A sucessão de dias do Haab, é exatamente como a sucessão de dias e meses, em nosso calendário: Ao 18 Pop, se sucede o 19 Pop, em seguida o 0 Uo. Isto mesmo, o Maia sempre começa sua contagem pelo zero. O Uayeb é um mês anômalo e tem sempre 5 dias apenas. Em seqüência ao Uayeb, vem o mês “C” que é o mês das correções, (quando existe). Ele pode Ter 0, 1 ou 2 dias, veremos isto adiante.

10. Portadores do ano (Pa): Como já vimos no Tz, apenas 4 das

variáveis C podem coincidir com o primeiro dia do Haab, isto é, com o 0 Pop. Portanto se cada variável C (nome), é combinada com as 13 variáveis P (cifra), existem apenas 4 x 13 = 52 combinações que podem coincidir com o 0Pop. Estes são os portadores do ano. Isto é, esta data do Tz fica anotada no calendário durante todo o Haab e estende “sua influência” sobre aquele ano. Ou ainda, identifica dentro do calendário circular, que ano é este. O portador do ano é peça muito importante no mecanismo de correção do tempo, como veremos adiante.

Sintetizando: O portador do ano é a data do Tz que coincide com o 1º dia do Haab e nomeia este Haab dentro do calendário circular.

11. Senhores da Noite (SN): Este último elemento do calendário é

obtido como o resto da divisão do número completo de Haabs

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registrado na LC (longa contagem), por nove, mais um, de forma “circular”. Portanto, são nove e variam de zero a oito.

Também os SN extendem sua influência sobre todo o Haab em curso. Reparem que o SN do Haab em curso depende exclusivamente do marco zero. Note também que para seu cálculo é necessário desprezar as duas últimas parcelas da LC (dias e mêses).

12. Elementos de cálculo:

O mecanismo de correção Maia, do tempo, baseava-se em elementos simples e fáceis de se notar por qualquer pessoa que simplesmente soubesse contar, conforme passamos a mostrar abaixo:

a- Sistema de numeração de base 20.

b- O Ha = 20 x 18 + 5 + 0, 1 ou 2 dias.

c- O Tz = 20 x 13 = 260 dias.

d- O Pa = 4 x 13 = 52 Ha (oficiais).

e- O SN = 9 Ha.

f- SN/3 = 3 Ha (oficiais).

g- Conjunção fixa Sol-Vênus (em Capricórnio) = 8 Ha (oficiais). Os Maias sabiam que a revolução sinódica média de Vênus é de 584 dias, e que a revolução sinódica média da Terra é de 365 dias, (o que nos confirma os códices de Dresdem e o de Groler), Portanto “descobriram” que cinco anos sinódicos venusianos eram equivalentes à oito anos sinódicos terrestres:

584 x 5 = 2.920 dias. 365 x 8 = 2.920 dias.

Então a cada 8 anos terrestres acontece uma conjunção fixa Sol-Vênus, onde o Sol e Vênus estarão em uma constelação fixa e determinada: Capricórnio. (Mesma condição sinódica). E isto nos dá : CFTV = 8 Ha.

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13. Ciclos: Os elementos de cálculos, acima descritos, determinam certos ciclos e estes ciclos eram a chave da correção do tempo.

Os principais ciclos eram:

Ciclo Condição de reconhecimento a- SN/3 = 3 Ha (oficiais) SN = 0, 3 ou 6 b- N Pa = 4 Ha (oficiais) N Pa = Caban * c- CFTV = 8 Ha (oficiais) N Pa = Caban + CFTV d- MMC(CFTV;SN/3)=24 Ha N Pa = Caban + CFTV + SN = 0, 3 ou 6 e- Rc = 52 Ha Pa = 1 Caban f- MMC(Rc;SN/3)=156 Ha Pa = 1 Caban + SN = 0, 3 ou 6 * g- MMC(Rc;SN/3;CFTV)=312 Ha Pa = 1 Caban + SN = 0, 3 ou 6 + CFTV h- 202 = 400 Ha Pa = 1 Caban + CFTV + final em i- MMC(geral) = 15.600 Ha Pa = 1 Caban + SN = 0,3 ou 6 + CFTV + final em * j- M.312 x 202 = 124.800 Ha Pa = 1 Caban + SN = 0,3 ou 6 + CFTV + LC/400 = M.312 *

14. Como os Maias corrigiam o tempo, considerando–se o ano sideral

AS= 365,2563541667 dias:

a- Todas as vezes que o nome do Pa fosse “Caban”, o mês “C” tinha 1 dia, isto é: À cada 4 anos se soma 1 dia ao ano. Então, (0,2563541667 x 4) – 1 = 0,025416667 dias de resíduo em cada período de 4 anos.

b- Todas as vezes que o Pa fosse 1 Caban e o Senhor da Noite fosse SN = 0, 3 ou 6 o mês “C” tinha 2 dias. Isto é, a cada 4 x 39 = 156 anos, se corrigia 39 + 1 = 40 dias, portanto o resíduo em 156 anos seria: (0,2563541667 x 156) – 40 = -0,00874999 dias.

c- Todas as vezes em que o Pa fosse 1 Caban e o Senhor da Noite fosse SN = 0, 3 ou 6, houvesse uma conjunção fixa Sol-Vênus e ainda por cima a longa contagem fosse múltipla de 400 (observe que no sistema vigesimal significa Ter as duas últimas parcelas iguais à zero : “ ”), o mês “C” que deveria Ter 2 dias, tem apenas 1 dia. Isto é: A cada 100 x 156 = 15.600 anos se corrigia (40 x 100) – 1 = 3.999 dias, o resíduo em 15.600 anos seria: (0,2563541667 x 15.600) – 3999 = 0,12500052 dias

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d- Todas as vezes em que o Pa fosse 1 Caban e o Senhor da Noite fosse SN = 0, 3 ou 6, houvesse uma conjunção fixa Sol-Vênus, a longa contagem fosse múltipla de 400 e ainda mais, a longa contagem dividida por 400 fosse múltiplo de 312 [note, 312 é o M.M.C.(Rc; SN/3; CFTV) ou seja, MMC(52; 3; 8)], O mês “C” volta a Ter os 2 dias que o ítem (c) havia confiscado. Ou seja: a cada 8 x 15.600 = 124.800 anos, se corrigia: 3.999 x 8 + 1 = 31.993 dias, e o resíduo em 124.800 anos seria: (0,2563541667 x 124.800) - 31.993 = 0 (zero dias).

Note que a correção é perfeita para um período de 124.800 anos.

15. Simbologia Maia e seus significados: Certamente os Maias conheciam nosso sistema solar, muito melhor que certos astrônomos atuais. Prova disto é a simbologia usada em seu calendário.

Comecemos com o Tz. Treze eram os seus dias e cada um representava uma das camadas celestes. Observe que não é religião, mas pura astronomia, pois podemos distinguir hoje treze corpos celestes e suas respectivas órbitas (camadas) como se segue:

1. Sol. É claro que é um corpo celeste e tem sua órbita própria 2. Mercúrio 3. Vênus 4. Terra. Também é um corpo celeste com órbita definida. 5. Lua, não é um planeta, mas visto da terra é bem singular. 6. Marte 7. Júpiter 8. Saturno 9. A órbita média do cinturão de asteróides, chamada neste

trabalho de “planeta X”. Simbolicamente os Maias a deslocavam de seu lugar verdadeiro, para depois de saturno, por motivos que veremos adiante.

10. Urano 11. Netuno 12. Plutão 13. Nêmesis, a estrela anã marrom, companheira do sol e recém

descoberta pelos voyagers e pelo telescópio infravermelho orbital, Albert Einstein.

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Atualmente está a mais de dez vezes a órbita máxima de Plutão, mas ainda não conhecemos bem sua órbita.

Portanto nove são os planetas reais e quatro os símbolos de seus movimentos. Ou como os representam os Maias: Nove são os Senhores da Noite, planetas que embora não tenham luz própria, brilham na noite, refletindo a luz do sol, não “camadas subterrâneas do inferno”, como dizem os especialistas, mas órbitas planetárias (Camadas das “terras” e não, Camadas “da terra”). Quatro são os nomes dos portadores do ano, marcos celestes que simbolizam os movimentos dos planetas, como se segue: 1º Pa (nome) : Sol = Ik.

Senhores da Noite simbolizados pelo Sol: Mercúrio, Vênus e Terra. Os dois primeiros, vistos da terra, tem seus movimentos como que presos ao sol (planetas interiores à órbita terrestre), só conseguem se afastar alguns graus da estrela e retornam. Não teêm liberdade para se afastarem dele. A terra, por depender virtualmente da luz e do calor solar.

2º Pa (nome) : Lua = Manik.

Senhores da Noite simbolizados pela Lua: Marte Júpter e Saturno. Assim como a lua, estes planetas vistos da terra, são completamente livres do Sol (planetas exteriores à órbita terrestre), e em seus movimentos podem percorrer todo o zodíaco independentemente da posição solar.

3º Pa (nome) : Planeta X (cinturão de asteróides) = Eb.

Senhores da Noite simbolizados pelo planeta X: Urano, Netuno e Plutão. Estes planetas, vistos da terra, são quase tão invisíveis quanto a órbita dos asteróides.

4º Pa (nome) : Nêmesis = Kaban, a estrela limite. A que representava e presidia Nêmesis? Ao fim dos ciclos, mudanças e direções a serem tomadas e que poderiam ser em direção à:

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a. Equilíbrio, ponderação, restauração, Presteza comedida, justiça.

b. Prostração, reação, vida, lentidão, Passividade. c. Movimento, ação, Morte, rapidez, violência.

Note que Caban, na realidade, significa terremoto. Nêmesis era um resumo dos Senhores da Noite, que eram representados conforme suas características, dentro dos grupos, portanto, SN/3. Os SN do grupo (a), cujos atributos eram: equilíbrio, ponderação, etc. eram os planetas de movimentos médios dentro dos subgrupos representados pelos 3 Pa, anteriores. Isto é: Vênus, Júpter e Netuno. Ou ainda, os SN : 0 (zero), 3 e 6 Os SN do grupo (b) cujos atributos eram: prostração, reação, etc..., eram os planetas lentos dentro dos subgrupos representados pelos 3 Pa, anteriores. Isto é: Terra, Saturno e Plutão. Ou ainda, os SN : 1, 4 e 7. Os SN do grupo (c) cujos atributos eram: movimento, ação, etc..., eram os planetas rápidos dentro dos subgrupos representados pelos 3 Pa, anteriores. Isto é: Mercúrio, Marte e Urano. Ou ainda, os SN : 2, 5 e 8. Portanto, Nêmesis (Kaban) representava mudanças e seus SN símbolos que eram as características indicativas destas mudanças. Eles representavam as mudanças a se fazer aqui e agora. Por isto, planetas do “terremoto”. Para uma perfeita observação astronômica e futuras referências, os Maias associaram à cada nome de portador do ano, um “ponto cardeal”: Ao Sol, o Leste, de onde ele sempre provinha. À Lua, O Norte, de onde vinha o frio, que lembrava a sua luz Ao Planeta X, o Oeste, para onde sempre seguiam as trevas

indefinidas como sua órbita. À Nêmesis, o Sul, região cujas mutações, na época, ainda era

uma incógnita.

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A conexão de todos estes elementos, formam a base não só do calendário Maia, mas de toda a estrutura de sua vida e cultura. Vejamos: a- Nove são os SN = Planetas. b- Quatro são os Nomes dos Pa = Pontos símbolos dos movimentos

dos planetas. c- 4 + 9 = 13 . Que são as camadas celestes, ou seja, as órbitas

planetárias e 13 também são as cifras do Tz, portanto cada cifra do Tz, representa um corpo celeste.

d- 13 x 4 = 52 . Que são todos os Pa, ou seja, o RC (o round calendar).

e- 4 são 0s pontos cardeais (PC) e 4 + 4 = 8 = = (4SN + 4PC) = MMC (ano sinódico Vênus-Terra) = CFTV

f- Três são as condições de mudança = SN/3 g- 9 + 4 + 4 + 3 = 20 = sistema de numeração base 20 =

= Nº de Nomes do Tz = Nº de dias do Ha = Nº de mêses do Ha. Portanto todas estas variáveis e cada dígito de uma parcela base 20, são representados por uma camada celeste ou ponto cardeal ou condição de mudança, o que pode ser visto na tabela seguinte:

E que pode ser legendada da seguinte forma: Onde: SN = Senhores da Noite Pa = Portadores do ano PC = Pontos Cardeais CM = Condições de mudança.

OU

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Outros significados são: Kaban = Terremoto (Terra) Ik = Ar Manik = Fogo Eb = Água Observe que posição geográfica é diferente de pontos cardeais. Pontos Cardeais são 4 e Posições geográficas 5. As posições geográficas eram associadas à raças humanas, à bits de uma parcela vigesimal e à cores básicas. Vejamos:

L (leste ) Vermelha Vermelho 1 N (norte) Branca Branco 2 W ( oeste) Preta Preto 3 S ( sul ) Amarela Amarelo 4 C (centro) Deuses Incolor 0 elem.vazado

C = centro, aqui. Isto possibilitava aos Maias escreverem números usando cores, raças ou posições geográficas, ou vice-versa, o que abre um enorme espaço para inscrições em códigos que provavelmente nem foram ainda percebidas.

16. O “Planetárium” Maia: É óbvio que tal precisão na contagem do tempo, revela um profundo conhecimento da terra e seus movimentos, ou em outras palavras, uma grande intimidade com os aparentes movimentos dos céus, o que demandaria em um período de observações de pelo menos da ordem de algumas centenas de milhares de anos.

Antes de vermos o alucinante mecanismo de relógio com que os Maias equiparam seus céus, vamos falar sobre o fenômeno chamado “Precessão Dos Equinócios” e suas conseqüências.

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O plano em que a terra executa seu movimento de translação orbital em torno do sol, é chamado “plano da eclíptica”. O eixo de rotação da terra, não é perpendicular ao plano da eclíptica, mas faz com ele um ângulo de aproximadamente 66º, ou seja, aproximadamente 24º com a ortogonal ao plano da eclíptica, que passa pelo centro da terra. Esta inclinação é responsável pelas estações do ano, pois, como um giroscópio, o eixo de rotação da terra mantém relativamente fixa sua orientação, durante toda a trajetória de translação em torno do sol e distribuindo assim diferentemente a insolação nos dois hemisférios, criando então as estações do ano. Mas também, como um giroscópio perturbado, a direção do eixo da terra, descreve na esfera celeste, lentamente, um grande círculo em sentido horário (observando-se a terra, com o hemisfério norte para “cima”). Este movimento é em sentido contrário tanto ao de rotação quanto ao de translação do planeta e seu efeito faz com que o ano tropical seja ligeiramente mais curto que o ano sideral, antecipando-se assim o encontro com equinócios e solstícios. Portanto, “Precessão Dos Equinócios”. A precessão dos equinócios faz com que o ponto vernal (equinócio de primavera do hemisfério norte e ponto inicial de nosso ano zodiacal), ano-a-ano antecipe-se ligeiramente. O ciclo total deste movimento, ou seja: Para que o ponto vernal volte à sua posição de origem é, sabemos hoje, de 25.740 anos exatos, ou como costumamos dizer: “em torno de 26.000 anos”. Os Maias conheciam bem este ciclo e para representá-lo, dividiram seu zodíaco em 13 constelações (uma para cada “camada celeste” ou “cifra” do TZ). Como sua base numeral era 20, dividiram cada constelação em 20 casas, criando assim 20 “casas astrais” dentro de suas constelações e 20 foram os “nomes” do TZ.

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Como se referia ao curso solar, cada casa astral foi dividida em 20 dias, conforme o são os dias dos meses solares. Cada “dia solar” então, foi então dividido em 5 aspectos (5 “posições geográficas” ou “bits” de uma parcela vigesimal) tal como sua grafia. Se considerarmos cada aspecto final como um ano, teremos: 13 x 20 x 20 x 5 = 26.000 anos, o que seria a precessão dos equinócios ideal. Porém os Maias sabiam que este não era o ciclo correto e na sua obsessão por precisão, prepararam uma correção admirável e “cabalística”, mesmo para nossa matemática atual: Se a cada 500 anos fosse suprimida a contagem dos “aspectos” finais, teríamos:

26.000 500 = 52 eventos (igual ao RC); e: 52 x 5 = 260 (igual ao número de dias do TZ); Ora, suprimindo 260 anos de 26.000 (100 x TZ), teremos: 26.000 – 260 = 25.740 anos, que é a duração exata da Precessão. Ou seja: a precessão dos equinócios dura 99 períodos de 260 anos. Ou ainda 495 RC de 52 anos. Esta é a origem do chamado “ano sagrado” Maia, de 260 dias. Quando os conquistadores espanhóis perguntaram aos herdeiros da cultura Maia, “O que era um ano de 260 dias”, a resposta foi: “O ano celeste”, que foi interpretado pela ignorância óbvia dos conquistadores como “SAGRADO”, que era a única coisa que um cristão daquela época podia relacionar com “CELESTE”.