16
Turma e Ano: Reforma Previdenciária (2015) Matéria / Aula: Reforma Previdenciária 01 Professor: Marcelo Leonardo Tavares 1 Monitora: Helena Ribeiro Reforma Previdenciária 2 Minirreforma previdenciária: Medida Provisória 664/2014 A Medida Provisória 664, em razão do assunto de que trata, surpreendeu o mundo jurídico, apesar das modificações, por ela implementadas, serem aguardadas pela comunidade jurídica. Tanto o Regime Geral da Previdência Social [RGPS] quanto o Regime Próprio dos Servidores Públicos [RPPS], em matéria previdenciária, estavam precisando de ajustes. Alguns deles são estruturais e por isso vêm sendo feitos por meio de emendas à Constituição, aprovadas, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos com três quintos dos votos dos respectivos membros. São exemplos disso a Emenda Constitucional nº 20, que alterou o Regime do INSS, e a Emenda 41, que modificou o Regime Próprio dos Servidores Públicos. Mas existem alguns parâmetros no RGPS e no RPPS que podem ser alterados por legislação ordinária. E isso foi feito por meio dessa Medida Provisória 664, fato que não deixa de merecer crítica tendo em vista que retira do Congresso o tempo normal de discussão da matéria obrigando que o Legislativo atue no prazo máximo de 120 dias. 1 Juiz Federal, Mestre e Doutor (UERJ), Professor Adjunto da UERJ, exauxiliar do Min. Luís Roberto Barroso no STF. Professor do Master Juris tanto em matéria de Direito Constitucional, quanto em matéria de Direito Previdenciário. 2 Tribcast – Top Temas – Reforma Previdenciária – aula 01. O objetivo desta aula é discutir a minirreforma Previdenciária e verificar quais foram as alterações importantes trazidas pela MP 664/2014. Esse tema é importante tanto para aqueles que atuam no Direito Previdenciário e precisam de atualização, como também para quem se prepara para concurso público.

CAM - Reforma Previdenciária · 2015. 8. 26. · Turma&e&Ano:&Reforma&Previdenciária&(2015)& Matéria&/&Aula:&Reforma&Previdenciária&01! Professor:&Marcelo&Leonardo&Tavares1& Monitora:Helena&Ribeiro

  • Upload
    others

  • View
    5

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: CAM - Reforma Previdenciária · 2015. 8. 26. · Turma&e&Ano:&Reforma&Previdenciária&(2015)& Matéria&/&Aula:&Reforma&Previdenciária&01! Professor:&Marcelo&Leonardo&Tavares1& Monitora:Helena&Ribeiro

 

 

Turma  e  Ano:  Reforma  Previdenciária  (2015)  Matéria  /  Aula:  Reforma  Previdenciária  01  Professor:  Marcelo  Leonardo  Tavares1  

Monitora:  Helena  Ribeiro  

Reforma  Previdenciária2  

 

Minirreforma  previdenciária:  Medida  Provisória  664/2014  

A  Medida   Provisória   664,   em   razão   do   assunto   de   que   trata,   surpreendeu   o  mundo   jurídico,    

apesar  das  modificações,  por  ela  implementadas,  serem  aguardadas  pela  comunidade  jurídica.  

Tanto   o  Regime  Geral   da   Previdência   Social   [RGPS]   quanto   o  Regime  Próprio   dos   Servidores  

Públicos   [RPPS],  em  matéria  previdenciária,  estavam  precisando  de  ajustes.    Alguns  deles  são  

estruturais   e   por   isso   vêm   sendo   feitos   por  meio   de   emendas   à   Constituição,   aprovadas,   em  

cada  Casa  do  Congresso  Nacional,  em  dois   turnos  com  três  quintos  dos  votos  dos  respectivos  

membros.    São  exemplos  disso  a  Emenda  Constitucional  nº  20,  que  alterou  o  Regime  do  INSS,  e  

a   Emenda  41,   que  modificou   o  Regime  Próprio   dos   Servidores  Públicos.    Mas   existem  alguns  

parâmetros  no  RGPS  e  no  RPPS  que  podem  ser  alterados  por  legislação  ordinária.  E  isso  foi  feito  

por  meio  dessa  Medida  Provisória  664,  fato  que  não  deixa  de  merecer  crítica  tendo  em  vista  que  

retira  do  Congresso  o  tempo  normal  de  discussão  da  matéria  obrigando  que  o  Legislativo  atue  

no  prazo  máximo  de  120  dias.    

           

                                                                                                                         1  Juiz  Federal,  Mestre  e  Doutor  (UERJ),  Professor  Adjunto  da  UERJ,  ex-­‐auxiliar  do  Min.  Luís  Roberto  Barroso  no  STF.    Professor   do   Master   Juris   tanto   em   matéria   de   Direito   Constitucional,   quanto   em   matéria   de   Direito  Previdenciário.    2  Tribcast  –  Top  Temas  –  Reforma  Previdenciária  –  aula  01.  O  objetivo  desta   aula   é  discutir   a  minirreforma  Previdenciária   e   verificar  quais   foram  as   alterações   importantes  trazidas   pela  MP   664/2014.   Esse   tema   é   importante   tanto   para   aqueles   que   atuam   no  Direito   Previdenciário   e  precisam  de  atualização,  como  também  para  quem  se  prepara  para  concurso  público.    

Page 2: CAM - Reforma Previdenciária · 2015. 8. 26. · Turma&e&Ano:&Reforma&Previdenciária&(2015)& Matéria&/&Aula:&Reforma&Previdenciária&01! Professor:&Marcelo&Leonardo&Tavares1& Monitora:Helena&Ribeiro

 

 

Estrutura  previdenciária  brasileira  e  os  focos  específicos  da  MP  664    

• A  Previdência,  no  Brasil,  divide-­‐se  em  Previdência  Pública  e  Previdência  Privada.  

• A  Previdência  Pública  se  divide  em  Regime  Geral  da  Previdência  Social-­‐INSS  e  Regimes  Próprios  

de  Previdência  Social.  

• O  Regime  Geral  da  Previdência  Social-­‐INSS  está  previsto  na  Constituição  Federal  no  art.  201  e  é  

regulamentado  pela  Lei  8.213/91.    

• Os   Regimes   Próprios   estão   previstos   no   art.   40   da   CRFB   e   são   regulamentados,   em   relação   às  

normas  gerais  de  Direito  Previdenciário,  pela  Lei  9.717/98.  A  partir  dela  os  entes  federados  têm  

Regimes  Próprios  para  os  seus  servidores.    

• Os  Regimes   Próprios   de   Previdência   Social   são   os   regimes   instituídos   para   todos   os   servidores  

públicos   da   União,   Estados,  Municípios   e   Distrito   Federal.   Cada   entidade   federativa   institui   um  

Regime   Próprio   para   os   seus   servidores   que   ocupam   cargos   efetivos   ou   para   seus   agentes  

públicos  que  ocupam  cargos  vitalícios.    

 

     

Importante  lembrar:  

• 80%  da  MP  alterou  a  Lei  8.213/91  –  Regime  Geral  de  Previdência  Social.  

• A   MP   664   fez   alteração,   não   em   todo   sistema   dos   Regimes   Próprios,   mas   apenas   no   Regime  

Próprio   dos   Servidores   Federais   que   está   previsto   na   Lei   8.112/90   e,   assim   mesmo,  

especificamente,  na  pensão  do  servidor  público  federal.  

 

PREVIDÊNCIA  

PRIVADA   PÚBLICA  

RPPS  Art.  40  da  CFRB  Lei  9.717/98  

União  Lei  8.112/90  

(Pensão  do  servidor)  

RGPS  -­‐  INSS  Art.  201  da  CRFB  Lei  8.213/91  (80%  da  MP)  

Page 3: CAM - Reforma Previdenciária · 2015. 8. 26. · Turma&e&Ano:&Reforma&Previdenciária&(2015)& Matéria&/&Aula:&Reforma&Previdenciária&01! Professor:&Marcelo&Leonardo&Tavares1& Monitora:Helena&Ribeiro

 

 

 

MP  664/2014  e  as  alterações  na  Lei  8.213/91  e  8.112/90  

     

Importante  lembrar:    

• A  Lei  8.213/91  prevê  que  as  regras  da  pensão  por  morte  aplicam-­‐se,  subsidiariamente,  ao  auxílio  

reclusão.  

• Algumas  alterações  da  pensão  por  morte  no  Regime  Geral  [8.213/91]  são  iguais  às  da  pensão  por  

morte  na  Lei  8.112/90.  

• Tenha-­‐se  em  mente  que  a  MP  664/2014  alterou  a  Lei  8.213/91  de  forma  mais  abrangente  (80%  

da  MP  diz  respeita  a  ela),  enquanto  a  Lei  8.112/90  foi  alterada  de  forma  mais  pontual,  mas  mais  

profunda,  em  seus  dispositivos  sobre  pensões.  

 

     

 

1ª  Alteração  introduzida  pela  MP664/2014  Período  de  Carência  na  Lei  8.213/91  [RGPS  –  INSS]  

 Art.  25.  A   concessão   das   prestações   pecuniárias   do   Regime   Geral   de   Previdência   Social   depende   dos  seguintes  períodos  de  carência,  ressalvado  o  disposto  no  art.  26:  [...].      Art.  25.  A   concessão   das   prestações   pecuniárias   do   Regime   Geral   de   Previdência   Social   depende   dos  seguintes   períodos   de   carência,   ressalvado   o   disposto   no   art.   26:   [...]   -­‐     IV   -­‐  pensão   por  morte:   vinte   e  quatro  contribuições  mensais,  salvo  nos  casos  em  que  o  segurado  esteja  em  gozo  de  auxílio-­‐doença  ou  de  aposentadoria  por  invalidez.        Art.   26.  Independe   de   carência   a   concessão   das   seguintes   prestações:     I   -­‐   pensão   por   morte,   auxílio-­‐

MP  664/2014  

RPPS  Serviço  Público  Federal  

Lei  8.112/90  

pensão  

RGPS  Lei  8.213/91  

carência  auxílio  doença  Ap  invalidez  pensão  morte  

(auxílio  reclusão)  

Page 4: CAM - Reforma Previdenciária · 2015. 8. 26. · Turma&e&Ano:&Reforma&Previdenciária&(2015)& Matéria&/&Aula:&Reforma&Previdenciária&01! Professor:&Marcelo&Leonardo&Tavares1& Monitora:Helena&Ribeiro

 

 

reclusão,  salário-­‐família,  salário-­‐maternidade,  auxílio-­‐acidente;      II   -­‐  auxílio-­‐doença  e  aposentadoria  por  invalidez  nos  casos  de  acidente  de  qualquer  natureza  ou  causa  e  de  doença  profissional  ou  do  trabalho,  bem  como  nos  casos  de  segurado  que,  após  filiar-­‐se  ao  Regime  Geral  de  Previdência  Social,  for  acometido  de   alguma   das   doenças   e   afecções   especificadas   em   lista   elaborada   pelos   Ministérios   da   Saúde   e   do  Trabalho  e  da  Previdência  Social  a   cada   três  anos,  de  acordo  com  os   critérios  de   estigma,  deformação,  mutilação,  deficiência,  ou  outro  fator  que  lhe  confira  especificidade  e  gravidade  que  mereçam  tratamento  particularizado;  [...]    Art.   26.  Independe   de   carência   a   concessão   das   seguintes   prestações:   I   -­‐  salário-­‐família   e   auxílio-­‐acidente;        II  -­‐  auxílio-­‐doença  e  aposentadoria  por  invalidez  nos  casos  de  acidente  de  qualquer  natureza  ou  causa  e  de  doença  profissional  ou  do  trabalho,  bem  como  nos  casos  de  segurado  que,  após  filiar-­‐se  ao  Regime  Geral   de   Previdência   Social,   for   acometido   de   alguma  das   doenças   e   afecções   especificadas   em  lista  elaborada  pelos  Ministérios  da  Saúde  e  da  Previdência  Social,  de  acordo  com  os  critérios  de  estigma,  deformação,  mutilação,  deficiência  ou  outro  fator  que  lhe  confira  especificidade  e  gravidade  que  mereçam  tratamento   particularizado;    [...]   VII   -­‐  pensão   por   morte   nos   casos   de   acidente   do   trabalho   e   doença  profissional  ou  do  trabalho.  

 Benefícios  com  Carência  

Antes   MP  664   Depois    

 

 

   

Importante  lembrar:  

• Foi  criada  uma  carência  para  pensão  por  morte  com  reflexo  no  auxílio  reclusão.  

• Existem   três  motivos   para   isentar   a   carência   por  morte:   primeiro,   o   segurado   estar   em   gozo   de  

auxílio  doença;  segundo,  o  segurado  estar  em  gozo  de  aposentadoria  por  invalidez;  terceiro,    se  o  

segurado   for   acometido   por   acidente   do   trabalho   ou   estiver   portando   doença   profissional   ou  

doença  do  trabalho.  

• Os  dispositivos  alterados  pela  MP  66  que  modificaram  as  regras  de  carência  entraram  em  vigor  em  

01/03/2015  [óbito  ou  prisão  ocorrer  a  partir  de  1º/03/15].  Legenda:  CI  –  contrubuinte  individual;  SF  –  segurada  facultativa.  

           

CARÊNCIA  

180  MESES  APOSENT.:  

idade  tp.  contrib  especial  

 12  MESES  

AUX.  DOENÇA  AP.  INVALIDEZ  

 

10  MESES  SAL.  MAT.  (CI,  SF)  

CARÊNCIA  

180  MESES  APOSENT.:  

idade  tp.  contrib.  especial  

 12  MESES  

AUX.  DOENÇA  

AP.  INVALIDEZ  

 

10  MESES  SAL.  MAT.  (CI,SF)  

 24  MESES  

PENS.  MORTE  AUX.  RECL  

.  FOI  CRIADA  

pela  MP    

Page 5: CAM - Reforma Previdenciária · 2015. 8. 26. · Turma&e&Ano:&Reforma&Previdenciária&(2015)& Matéria&/&Aula:&Reforma&Previdenciária&01! Professor:&Marcelo&Leonardo&Tavares1& Monitora:Helena&Ribeiro

 

 

 Benefícios  sem  Carência  

Antes   MP  664   Depois    

 

   

   

 

Importante  lembrar:  

• A  pensão  por  morte  e  o  auxílio  reclusão  não  exigiam  carência,  mas  com  a  MP  644  passaram  a  exigir.  Legenda:  E  –  empregada;  ED  –  empregada  doméstica;  A  –  trabalhadora  avulsa  

 

 2ª  Alteração  introduzida  pela  MP664/2014  

Cálculo  do  auxílio-­‐doença  na  Lei  8.213/91  [RGPS  –  INSS]    Art.  29.  O  salário-­‐de-­‐benefício  consiste:    [...]    Art.   29.   O   salário-­‐de-­‐benefício   consiste:   [...]   §   10.  O   auxílio-­‐doença   não   poderá   exceder   a   média  aritmética  simples  dos  últimos  doze  salários-­‐de-­‐contribuição,  inclusive  no  caso  de  remuneração  variável,  ou,   se   não   alcançado   o   número   de   doze,   a   média   aritmética   simples   dos   salários-­‐de-­‐contribuição  existentes.  (NR)      Art.  29  [por  Prof.  Marcelo  Tavares]  [...]  §  10.  A  renda  mensal  do  auxílio-­‐doença  não  poderá  exceder  à  média  aritmética  simples  dos  últimos  doze  salários-­‐de-­‐contribuição.    

Fórmula  do  cálculo  da  renda  mensal  inicial  [RMI]  do  auxílio-­‐doença  

RMI = 91% x !  !" !"%

!

Lê-­‐se:  A  Renda  Mensal   Inicial   [RMI]  do  auxílio-­‐doença  é   composta   [=]  pela   incidência  da  alíquota  de  91%  

sobre  [x]  a  base  de  cálculo  que  é  o  Salário  Benefício !  !" !"%

!.

NÃO  EXIGIAM  CARÊNCIA  

Sal.  família  aux.  acidente  

sal.  mater.  (E,  ED,  A)  pens.  por  morte  ✗    aux.  reclusão  ✗  

NÃO  EXIGEM  CARÊNCIA  

Sal.  família  aux.  acidente  

sal.  mater.  (E,  ED,  A)  

Page 6: CAM - Reforma Previdenciária · 2015. 8. 26. · Turma&e&Ano:&Reforma&Previdenciária&(2015)& Matéria&/&Aula:&Reforma&Previdenciária&01! Professor:&Marcelo&Leonardo&Tavares1& Monitora:Helena&Ribeiro

 

 

Salário  Benefício   [SB]    !  !" !"%

!   da  RMI  do  auxílio-­‐doença  é   a  média  aritmética   simples  –  ou   seja,    

somar    [Σ]  as  parcelas  e  dividir  pelo  número  [𝑛]  dessas  mesmas  parcelas  –  dos  80%  maiores  Salários  

de  Contribuição  [SC]  em  todo  período  laboral  do  trabalhador.    

 

Cálculo   da   renda   mensal   inicial:   pegam-­‐se   todos   os   salários   de   contribuição   da   vida   laboral   do  

trabalhador,   que   serão   atualizados,   hoje,   pelo   índice   monetário   do   INPC.   Há   o   desprezo   dos   20%  

menores   salários  de   contribuição.   Faz-­‐se   a  média   aritmética   sobre  os  80%  maiores   salários.   Com  a  

multiplicação  dos  91%  chega-­‐se  ao  cálculo  da  renda  mensal  inicial.

RMI = 91% x !  !" !"%

!

 Antes  

 MP  664  

 Depois  

 

     

   

   

• 1º   Teto:   a   RMI   do   auxílio-­‐doença   fica  

submetida  ao  maior  valor  do  salário  de  

contribuição.    

   

• 1º   Teto:   a   RMI   do   auxílio-­‐doença   fica  

submetida  ao  maior  valor  do  salário  de  

contribuição.  

• 2º   Teto:   passa   também   a   ficar  

submetida  à  média  aritmética  dos  doze  

últimos  salários  de  contribuição.  

 

Importante  lembrar:  

• Não  há  incidência  do  fator  previdenciário  sobre  salário-­‐benefício  do  auxílio-­‐doença.  

• O  §  10  do  art.  29  introduziu  um  limite  adicional  [2º  teto].  

• Haverá  uma  controvérsia  quanto  à  redação  do  §  10  porque  lá  está  escrito  [...]  o  auxílio-­‐doença  não  

poderá  exceder,  então  haverá  uma  dúvida  se  esse  termo  auxílio-­‐doença  está  se  referindo  à  RMI  ou  

ao  salário  de  Benefício.  

LEI  8.213/91  RGPS  

ART.  29  

LEI  8.213/91  RGPS  

ART.  29  

§  10  

Page 7: CAM - Reforma Previdenciária · 2015. 8. 26. · Turma&e&Ano:&Reforma&Previdenciária&(2015)& Matéria&/&Aula:&Reforma&Previdenciária&01! Professor:&Marcelo&Leonardo&Tavares1& Monitora:Helena&Ribeiro

 

 

A  melhor   resposta:   esse   2º   teto   incide   sobre   a   renda  mensal   inicial,   apesar   de   o   §   10   ter   sido  

introduzido  no  art.  29  que  trata  de  salário  de  benefício,  ou  seja,  apesar  de  sua  localização  tópica,  a  

melhor   interpretação   é   a   de   que   o   teto   incida   sobre   a   RMI,   caso   contrário,   haveria   um   duplo  

prejuízo  para  o   segurado,   pois  haveria   a   incidência  do  2º   teto   sobre  o   salário  de  benefício   e   só  

então  seria  aplicada  a  alíquota  de  91%.  Esse  não  é  o  caso.  Assim,  no  §  10  onde  está  escrito  [...]  o  

auxílio-­‐doença  esse   termo  deverá   ser   interpretado  como  a  RMI  do  auxílio  doença   não  poderá  

exceder   à   média   aritmética   simples   dos   12   últimos   salários   de   contribuição,   pois   a   melhor  

interpretação   é   de   que   esse   novo   teto   incida   sobre   a   RMI   e   não   sobre   o   salário   de   benefício,  

propriamente  dito,  do  auxílio-­‐doença.    

 

 3ª  Alteração  introduzida  pela  MP664/2014  

Data  de  início  do  benefício  de  aposentadoria  por  invalidez          Art.  43.  A  aposentadoria  por   invalidez  será  devida  a  partir  do  dia   imediato  ao  da  cessação  do  auxílio-­‐doença,  ressalvado  o  disposto  nos  §§  1º,  2º  e  3º  deste  artigo.          §  1º  Concluindo  a  perícia  médica  inicial  pela  existência  de  incapacidade  total  e  definitiva  para  o  trabalho,  a  aposentadoria  por  invalidez,  quando  decorrente  de  acidente  do  trabalho,  será  concedida  a  partir  da  data  em  que  o  auxílio-­‐doença  deveria  ter  início,   e,   nos  demais   casos,   será  devida:        a)   ao   segurado   empregado  a   contar  do  décimo   sexto  dia  do  afastamento  da  atividade  ou  a  partir  da  data  da  entrada  do  requerimento  se  entre  o  afastamento  e  a  entrada  do  requerimento  decorrerem  mais  de  trinta  dias;    [...]        §  2º  Durante  os  primeiros  quinze  dias  de  afastamento  da  atividade  por  motivo  de   invalidez,  caberá  à  empresa  pagar  ao  segurado  empregado  o  salário.        Art.  43.  A  aposentadoria  por   invalidez   será  devida  a  partir  do  dia   imediato  ao  da  cessação  do  auxílio-­‐doença,  ressalvado  o  disposto  nos  §§  1º,  2º  e  3º  deste  artigo.      §  1º  Concluindo  a  perícia  médica   inicial  pela   existência   de   incapacidade   total   e   definitiva   para   o   trabalho,   aposentadoria   por   invalidez   será  devida:          a)  ao  segurado  empregado,  a  partir  do  trigésimo  primeiro  dia  do  afastamento  da  atividade  ou  a   partir   da   data   de   entrada   do   requerimento,   se   entre   o   afastamento   e   a   data   de   entrada   do  requerimento  decorrerem  mais  de  quarenta  e  cinco  dias;  [...]       §  2o  Durante  os  primeiros   trinta  dias  de  afastamento  da  atividade  por  motivo  de   invalidez,  caberá  à  empresa  pagar  ao  segurado  empregado  o  seu  salário  integral.      

Page 8: CAM - Reforma Previdenciária · 2015. 8. 26. · Turma&e&Ano:&Reforma&Previdenciária&(2015)& Matéria&/&Aula:&Reforma&Previdenciária&01! Professor:&Marcelo&Leonardo&Tavares1& Monitora:Helena&Ribeiro

 

 

 Antes  

 MP  

 Depois  

 

 

   

     

 

Importante  lembrar:  

• A   3ª   alteração   é   em   relação   à   aposentadoria   por   invalidez,   mais   propriamente   ao   início   do  

pagamento  por  invalidez,  bem  como  no  encargo  que  a  empresa  tem  no  pagamento  do  salário  no  

início  da  cobertura.  

• Os  prazos  para  requerimento  e  afastamento  foram  estendidos  em  15  dias.  

• A  empresa  paga  até  o  30º  dia  de  afastamento.  

• Se  o  segurando  extrapolar  o  prazo  de  45  dias  para  fazer  o  requerimento  ficará  sem  cobertura  no  

período  entre  o  término  da  obrigação  da  empresa  [30º  dia]  e  a  data  do  requerimento.  

• Essa  regra  entrou  em  vigor  em  01/03/2015.  Legenda:  Data  do  Início  do  Benefício  (DIB);  Empregado  Doméstico  (ED);  Trabalhador  Avulso  (TA);  Segurado  Facultativo  (SF);  Contribuinte  

Individual  (CI);  Segurado  Especial  (SE).  

 

4ª  Alteração  introduzida  pela  MP664/2014  Data  de  início  do  benefício  Do  auxílio-­‐doença  

 Art.  59.  O  auxílio-­‐doença  será  devido  ao  segurado  que,  havendo  cumprido,  quando  for  o  caso,  o  período  de  carência  exigido  nesta  Lei,   ficar   incapacitado  para  o  seu  trabalho  ou  para  a  sua  atividade  habitual  por   mais   de   15   (quinze)   dias   consecutivos.          Parágrafo   único.   Não   será   devido   auxílio-­‐doença   ao  segurado  que  se  filiar  ao  Regime  Geral  de  Previdência  Social  já  portador  da  doença  ou  da  lesão  invocada  como   causa   para   o   benefício,   salvo   quando   a   incapacidade   sobrevier   por   motivo   de   progressão   ou  agravamento  dessa  doença  ou   lesão.      Art.  60.  O  auxílio-­‐doença   será  devido  ao   segurado  empregado  a  contar  do  décimo  sexto  dia  do  afastamento  da  atividade,  e,  no  caso  dos  demais  segurados,  a  contar  da  data   do   início   da   incapacidade   e   enquanto   ele   permanecer   incapaz;     [...]      §   1º  Quando   requerido   por  segurado  afastado  da  atividade  por  mais  de  30  (trinta)  dias,  o  auxílio-­‐doença  será  devido  a  contar  da  data   da   entrada   do   requerimento.         §   2º   (Revogado   pela   Lei   nº   9.032,   de   1995).   §   3o  Durante   os  

DIB  

DEMAIS  SEGURADOS  

data  do  requerimento  

(prazo  > 30  dias)  afastamento  

[ED,  TA,  SF,  CI,  SE]  

EMPREGADO  

INSS    PAGA  Dia  do  

requerimento  Afastamento  e  requerimento    prazo  > 30  dias  

INSS  PAGA  16º  Dia  de  afastamento  (acid.  trab.  ou  

doença)  

DIB  

DEMAIS  SEGURADOS  

data  do  requerimento  

(prazo  > 30  dias)  afastamento  

[ED,  TA,  SF,  CI,  SE]  

EMPREGADO  

INSS  PAGA  Dia  do  

requerimento  Afastamento  e    requerimento    prazo  > 45  dias  

INSS  PAGA  31º  Dia  de  afastamento  (acid.  trab.  ou  

doença)  

Page 9: CAM - Reforma Previdenciária · 2015. 8. 26. · Turma&e&Ano:&Reforma&Previdenciária&(2015)& Matéria&/&Aula:&Reforma&Previdenciária&01! Professor:&Marcelo&Leonardo&Tavares1& Monitora:Helena&Ribeiro

 

 

primeiros  quinze  dias  consecutivos  ao  do  afastamento  da  atividade  por  motivo  de  doença,  incumbirá  à  empresa  pagar  ao  segurado  empregado  o  seu  salário   integral.    §  4º  A  empresa  que  dispuser  de  serviço  médico,  próprio  ou  em  convênio,  terá  a  seu  cargo  o  exame  médico  e  o  abono  das  faltas  correspondentes  ao  período  referido  no  §  3º,  somente  devendo  encaminhar  o  segurado  à  perícia  médica  da  Previdência  Social  quando  a  incapacidade  ultrapassar  15  (quinze)  dias.        Art.   60.  O   auxílio-­‐doença   será   devido   ao   segurado   que   ficar   incapacitado   para   seu   trabalho   ou   sua  atividade  habitual,  desde  que  cumprido,  quando  for  o  caso,  o  período  de  carência  exigido  nesta  Lei:      I  -­‐  ao  segurado  empregado,  a  partir  do  trigésimo  primeiro  dia  do  afastamento  da  atividade  ou  a  partir  da  data   de   entrada   do   requerimento,   se   entre   o   afastamento   e   a   data   de   entrada   do   requerimento  decorrerem   mais   de   quarenta   e   cinco   dias;   e      II   -­‐   aos   demais   segurados,   a   partir   do   início   da  incapacidade  ou  da  data  de  entrada  do   requerimento,   se   entre  essas  datas  decorrerem  mais  de   trinta  dias.      §  1º  (Revogado)      §  2º  (Revogado  pela  Lei  nº  9.032,  de  1995).    §  3o  Durante  os  primeiros  trinta  dias  consecutivos   ao  do  afastamento  da  atividade  por  motivo  de   doença  ou  de  acidente   de   trabalho  ou  de  qualquer   natureza,   caberá   à   empresa   pagar   ao   segurado   empregado   o   seu   salário   integral.    §  4º  A  empresa  que  dispuser  de  serviço  médico,  próprio  ou  em  convênio,  terá  a  seu  cargo  o  exame  médico  e  o  abono  das  faltas  correspondentes  ao  período  referido  no  §  3º  e  somente  deverá  encaminhar  o  segurado  à  perícia  médica  da  Previdência  Social  quando  a  incapacidade  ultrapassar  trinta  dias.      §  5º  O  INSS  a  seu  critério   e   sob   sua   supervisão,   poderá,   na   forma   do   regulamento,   realizar   perícias   médicas:       I   -­‐   por  convênio   ou   acordo   de   cooperação   técnica   com   empresas;   e        II   -­‐   por   termo   de   cooperação   técnica  firmado  com  órgãos  e  entidades  públicos,  especialmente  onde  não  houver  serviço  de  perícia  médica  do  INSS.        §   6º  Não   será  devido  auxílio-­‐doença  ao   segurado  que   se   filiar   ao  Regime  Geral   de  Previdência  Social   já   portador   da   doença   ou   da   lesão   invocada   como   causa   para   o   benefício,   salvo   quando   a  incapacidade  sobrevier  por  motivo  de  progressão  ou  agravamento  dessa  doença  ou  lesão.  

 Antes  

 MP  

 Depois  

 

 

   

   

Importante  lembrar:  

• As   alterações   da   DIB   para   aposentadoria   por   invalidez   são   as  mesmas   para   a   DIB   por   auxílio-­‐

doença.  

• §  4º  é  importante  porque  permite  à  empresa  que  tenha  exame  médico  fazer,  ela  mesma,  o  exame  

do  qual  resultará  o  afastamento  de  seu  empregado.  

• §§  5º  e  6º  são  relevantes  porque  possibilitam  ao  INSS  terceirizar  a  realização  da  perícia.  A  perícia  

DIB  

DEMAIS  SEGURADOS  

data  do  requerimento  

(prazo  > 30  dias)  afastamento  

[ED,  TA,  SF,  CI,  SE]  

EMPREGADO  

INSS    PAGA  Dia  do  

requerimento  Afastamento  e  requerimento    prazo  > 30  dias  

INSS  PAGA  16º  Dia  de  afastamento  (acid.  trab.  ou  

doença)  

DIB  

DEMAIS  SEGURADOS  

data  do  requerimento  

(prazo  > 30  dias)  afastamento  

[ED,  TA,  SF,  CI,  SE]  

EMPREGADO  

INSS  PAGA  Dia  do  

requerimento  Afastamento  e    requerimento    prazo  > 45  dias  

INSS  PAGA  31º  Dia  de  afastamento  (acid.  trab.  ou  

doença)  

Page 10: CAM - Reforma Previdenciária · 2015. 8. 26. · Turma&e&Ano:&Reforma&Previdenciária&(2015)& Matéria&/&Aula:&Reforma&Previdenciária&01! Professor:&Marcelo&Leonardo&Tavares1& Monitora:Helena&Ribeiro

 

 

poderá  ser  realizada  por  convênio,  ou  acordo  de  cooperação  técnica  com  empresas  etc.  

• Há  dois  momentos   para   entrada   em  vigência   dessas  modificações:   as   alterações   nos   §§   5º   e   6º  

entraram  em  vigor  em  30/12/2014.  As  demais  alterações  em  01/03/2015.  

 

 

5ª  Alteração  introduzida  pela  MP664/2014  Pensão  por  morte  

 Art.   75.  O   valor  mensal   da  pensão  por  morte   será  de   cem  por   cento   do   valor   da  aposentadoria   que   o  segurado   recebia   ou  daquela   a   que   teria   direito   se   estivesse   aposentado  por   invalidez   na  data   de   seu  falecimento,  observado  o  disposto  no  art.  33  desta  lei.      Art.   75.  O   valor   mensal   da   pensão   por   morte   corresponde   a   cinquenta   por   cento   do   valor   da  aposentadoria   que   o   segurado   recebia   ou   daquela   a   que   teria   direito   se   estivesse   aposentado   por  invalidez  na  data  de  seu  falecimento,  acrescido  de  tantas  cotas  individuais  de  dez  por  cento  do  valor  da  mesma  aposentadoria,  quantos  forem  os  dependentes  do  segurado,  até  o  máximo  de  cinco,  observado  o  disposto   no   art.   33.     §   1º  A   cota   individual   cessa   com   a   perda   da   qualidade   de   dependente,   na   forma  estabelecida  em  regulamento,  observado  o  disposto  no  art.  77.        2º  O  valor  mensal  da  pensão  por  morte  será  acrescido  de  parcela  equivalente  a  uma  única  cota  individual  de  que  trata  o  caput,  rateado  entre  os  dependentes,  no  caso  de  haver  filho  do  segurado  ou  pessoa  a  ele  equiparada,  que  seja  órfão  de  pai  e  mãe  na   data   da   concessão   da   pensão   ou   durante   o   período   de  manutenção   desta,   observado:    I   -­‐   o   limite  máximo  de  100%  do  valor  da  aposentadoria  que  o  segurado  recebia  ou  daquela  a  que   teria  direito  se  estivesse  aposentado  por   invalidez  na  data  de  seu  falecimento;  e      II   -­‐  o  disposto  no   inciso  II  do  §  2º  do  art.   77.       §   3º  O   disposto   no   §   2º    não   será   aplicado   quando   for   devida   mais   de   uma   pensão   aos  dependentes  do  segurado.    

Evolução  histórica,  exemplos  e  observações:  

• Lei  3.807/60.  A  evolução  da  legislação  da  pensão  por  morte  em  relação  à  RMI  é  a  seguinte:  antes  

da  Lei  8.213/91,  quando  ainda  estava  em  vigor  a  Lei  3.807/60,  o  cálculo  da  pensão  era   feito  da  

seguinte  forma:  50%  do  salário  de  benefício  +  10%  do  salário-­‐benefício  para  cada  dependente  que  

o  segurado  tiver.  Ex.:  antes  da  Lei  8.213/91,  se  o  segurado  viesse  a  falecer  e  deixasse  uma  viúva  e  

dois  filhos,  a  pensão  seria  calculada  da  seguinte  forma:  com  50%  que  é  um  percentual  fixo  +  10%  

para  cada  um.  Os  dependentes  receberiam,  então,  80%  de  salário-­‐benefício,  ou  seja,  benefício  de  

50%  +  10  por  dependente.  

• Lei  8.13/91  em  1991.  A  pensão  passou  a   ter  uma  alíquota   fixa  de  80%  quando  a  Lei  8.213/91  

entrou  em  vigor  e  revogou  a  Lei  3.807/60.  

• Lei  8.13/91  em  1997.  Em  1997  a  pensão  se  tornou  integral  e  a  alíquota  passou  a  ser  de  100%.  

• Lei  8.13/91  em  1991  modificada  pela  MP  664.  O  que  a  MP  664/2014  modifica,  novamente,  é  o  

Page 11: CAM - Reforma Previdenciária · 2015. 8. 26. · Turma&e&Ano:&Reforma&Previdenciária&(2015)& Matéria&/&Aula:&Reforma&Previdenciária&01! Professor:&Marcelo&Leonardo&Tavares1& Monitora:Helena&Ribeiro

 

 

cálculo  de  pensão  de  forma  proporcional.  Benefício  de  50%  +  10%  por  dependente  até  o  limite  de  

100%.  E  a  pensão  continua  sendo  paga  em  parcelas  iguais  para  dependentes  da  mesma  classe.    

 

Exemplo  em  três  momentos:    

[1º  momento]  

Suponha  que  o  segurado  faleça  e  deixe  uma  viúva  com  60  anos  e  dois  filhos.  O  primeiro  filho  com  20  

anos   e   o   segundo   com  15   anos.  Ao   falecer,   a   renda  mensal   dele   será   calculada   [após   a  MP  664]  da  

seguinte  forma:  50%  +  10%  para  cada  dependente  =  80%  de  RMI.  Como,  na  previsão  dos  artigos  16  e  

17  da  Lei  8.213/91,  que  não  foram  alterados,  o  cônjuge  e  os  filhos  são  dependentes  da  primeira  classe  

essa  pensão  será  dividida  em  parcelas  iguais.    

[2º  momento  –  quando  o  1º  filho  completar  21  anos]  

A  cota  parte  dele  se  extingue  e  extingue  também  seu  percentual.  Assim  a  RMI  que  era  de  80%  passará  

a   ser   de   70%.   Haverá,   portanto,   um   decréscimo   de   10%,   mas,   em   contrapartida,   haverá   um  

incremento  na  cota  individual.    

[3º  momento  -­‐  2º  filho  completa  21  anos]  

A  RMI  passará  a  ser  de  60%  com  a  perda  da  alíquota  de  10%  correspondente  ao  2º  filho.  Esse  valor  

será  pago  integralmente  à  viúva.    

 

Importante  lembrar:  

• §  2º  -­‐  A  pensão  terá  o  valor  de  50%  +  10  %  para  cada  dependente  e,  se  houver  filho  de  segurado  

ou  pessoa  a  ele  equiparado  que  seja  órfão  de  pai  e  mãe,  na  data  da  concessão  do  benefício,  haverá  

inclusão  de  uma  cota  de  10%  e  o  benefício  será  redistribuído.  

• Só  não  será  aplicado  se  o  dependente  vier  a  receber  dois  tipos  de  pensão.  

• Observação:  o  cálculo  inicial  não  levará,  necessariamente,  a  um  valor  integral  da  pensão;  

• A  alteração  é  válida  para  óbitos  de  servidores  a  partir  de  01/03/2015.    

 

6ª  Alteração  introduzida  pela  MP664/2014  Pensão  por  morte  –  com  reflexo  no  auxílio-­‐reclusão  

 Art.   74.   A   pensão   por   morte   será   devida   ao   conjunto   dos   dependentes   do   segurado   que   falecer,  aposentado  ou  não,  a  contar  da  data:    [...]    Art.   74.   A   pensão   por   morte   será   devida   ao   conjunto   dos   dependentes   do   segurado   que   falecer,  aposentado   ou   não,   a   contar   da   data:        §   1º  Não   terá   direito   à   pensão   por   morte   o   condenado   pela  

Page 12: CAM - Reforma Previdenciária · 2015. 8. 26. · Turma&e&Ano:&Reforma&Previdenciária&(2015)& Matéria&/&Aula:&Reforma&Previdenciária&01! Professor:&Marcelo&Leonardo&Tavares1& Monitora:Helena&Ribeiro

 

 

prática  de  crime  doloso  de  que  tenha  resultado  a  morte  do  segurado                §  2º  O  cônjuge,  companheiro  ou  companheira   não   terá   direito   ao   benefício   da   pensão   por  morte   se   o   casamento   ou   o   início   da   união  estável  tiver  ocorrido  há  menos  de  dois  anos  da  data  do  óbito  do  instituidor  do  benefício,  salvo  nos  casos  em  que:         I   -­‐  o  óbito  do   segurado  seja  decorrente  de  acidente  posterior  ao  casamento  ou  ao   início  da  união  estável;  ou    II  -­‐  o  cônjuge,  o  companheiro  ou  a  companheira  for  considerado  incapaz  e  insuscetível  de  reabilitação  para  o  exercício  de  atividade  remunerada  que  lhe  garanta  subsistência,  mediante  exame  médico-­‐pericial  a  cargo  do  INSS,  por  doença  ou  acidente  ocorrido  após  o  casamento  ou  início  da  união  estável  e  anterior  ao  óbito.          

Importante  lembrar:  

• Com  relação  ao  §  1º  no  art.  74,  a  lei  não  se  refere  ao  homicídio.  Ela  se  refere  ao  crime  doloso  do  

qual   tenha  resultado  a  morte.  Essa  é  uma  inovação  nessa   lei,  apesar  de  ser  princípio  em  Direito  

Penal  ninguém  poder  aproveitar-­‐se  da  própria  torpeza.    

• §  2º   traz  uma   inovação   importantíssima:  exigir  o  prazo  de  dois  anos   tanto  para  a  união  estável  

quanto  para  o  casamento.  Segundo  a  lei,  não  haverá  pagamento  de  pensão  se  a  união  estável  ou  o  

casamento   tiver   menos   de   dois   anos.   Em   relação   à   união   estável   nunca   houve   previsão,   em  

matéria  de  Direito  Previdenciário,  acerca  do  que  seria  necessário  para  que  houvesse  cobertura.  O  

INSS   e   o   judiciário   sempre   tiveram  muita   abertura   para   dizer   o   que   significa   união   contínua   e  

duradoura.   Já  em  relação  ao  casamento  bastava  que  este   tivesse  ocorrido,   ainda  que  o  óbito  do  

segurado  ocorresse  no  dia  do  casamento  civil.  As  exceções  estão  nos  incisos  I  (óbito  decorrente  de  

acidente)  e  II  (se  o  cônjuge,  dependente  do  segurado  falecido,  for  considerado  incapaz).  

• Essas  alterações  [art  74]  serão  aplicadas  para  óbitos  a  partir  de  14/01/2015.    

 

7ª  Alteração  introduzida  pela  MP664/2014      Art.  77.  A   pensão   por   morte,   havendo   mais   de   um   pensionista,   será   rateada   entre   todos   em   parte  iguais.      §  1º  Reverterá  em  favor  dos  demais  a  parte  daquele  cujo  direito  à  pensão  cessar.          §  2º  A  parte  individual  da  pensão  extingue-­‐se:  [...]          III  -­‐  para  o  pensionista  inválido  pela  cessação  da  invalidez  e  para  o  pensionista  com  deficiência  intelectual  ou  mental,  pelo  levantamento  da  interdição.      Art.  77.  A  pensão  por  morte,  havendo  mais  de  um  pensionista,  será  rateada  entre  todos  em  parte  iguais.      §  1º    Reverterá  em  favor  dos  demais  a  parte  daquele  cujo  direito  à  pensão  cessar,  mas  sem  o  acréscimo  da  correspondente  cota  individual  de  dez  por  cento        §  2º  A  parte  individual  da  pensão  extingue-­‐se:  [...]    III  -­‐  para  o  pensionista  inválido  pela  cessação  da  invalidez  e  para  o  pensionista  com  deficiência  mental,  pelo  levantamento  da  interdição;  e      IV  -­‐    pelo  decurso  do  prazo  de  recebimento  de  pensão  pelo  cônjuge,  companheiro  ou  companheira,  nos   termos  do  §  5º  [...]        §  5º  O  tempo  de  duração  da  pensão  por  morte  devida  ao  cônjuge,   companheiro  ou  companheira,   inclusive  na  hipótese  de  que   trata  o  §  2º  do  art.  76,  será   calculado   de   acordo   com   sua   expectativa   de   sobrevida   no   momento   do   óbito   do   instituidor  segurado,  conforme  tabela  abaixo:        

Page 13: CAM - Reforma Previdenciária · 2015. 8. 26. · Turma&e&Ano:&Reforma&Previdenciária&(2015)& Matéria&/&Aula:&Reforma&Previdenciária&01! Professor:&Marcelo&Leonardo&Tavares1& Monitora:Helena&Ribeiro

 

 

 Expectativa  de  sobrevida  à  idade  x  do  cônjuge,  

companheiro  ou  companheira.  

   Duração  do  benefício  de  pensão  por  morte  

Expectativa  de  vida  [EV]  maior  que  55  anos     03  anos  EV  maior  que  50  e  menor  ou  igual  a  55  anos     06  anos  EV  maior  que  45  e  menor  ou  igual  a  50  anos     09  anos  EV  maior  que  40  e  menor  ou  igual  a  45  anos     12  anos  EV  maior  que  35  e  menor  ou  igual  a  40  anos     15  anos  EV  menor  que  35  anos     vitalícia    §  6º    Para  efeito  do  disposto  no  §  5o,  a  expectativa  de  sobrevida  será  obtida  a  partir  da  Tábua  Completa  de   Mortalidade   -­‐   ambos   os   sexos   -­‐   construída   pela   Fundação   Instituto   Brasileiro   de   Geografia   e  Estatística   -­‐   IBGE,   vigente   no   momento   do   óbito   do   segurado   instituidor                 §   7º  O   cônjuge,   o  companheiro  ou  a  companheira  considerado   incapaz  e   insuscetível  de  reabilitação  para  o  exercício  de  atividade  remunerada  que   lhe  garanta  subsistência,  mediante  exame  médico-­‐pericial  a  cargo  do   INSS,  por   acidente   ou   doença   ocorrido   entre   o   casamento   ou   início   da   união   estável   e   a   cessação   do  pagamento  do  benefício,  terá  direito  à  pensão  por  morte  vitalícia,  observado  o  disposto  no  art.  101.                  

Importante  lembrar:  

• O   inc.   IV   do   art.   77   já   prepara   para   uma   das   principais   alterações   que   foram   feitas   pela  MP.   A  

pensão  por  morte,  no  Regime  Geral,  que  era  um  benefício  vitalício,  independentemente  da  idade  

do   cônjuge  ou  do   companheiro   [ele   era   temporário  para   o   filho  21   anos   se  não   fosse   inválido].  

Antes  da  MP,  se  um  segurado  de  70  anos  casasse  com  uma  mulher  de  25  anos  e  viesse  a  falecer  ela  

receberia  pensão  vitalícia.  Essa  regra  valia  para  cônjuge  ou  companheira/o.  O  art.  77  foi  alterado,  

exatamente,   para   prever   que,   dependendo   da   expectativa   de   sobrevida   do   cônjuge   ou   do  

companheiro/a,  a  pensão  deixa  de  ser  vitalícia.      

• §   7º   também   é   de   grande   relevância   porque   prevê   pensão   vitalícia   para   aquele   dependente  

temporário   que   se   torne   inválido   no   período   de   vigência   dessa   modalidade   de   pensão.   Nessa  

situação,  a  pensão  temporária  passará  a  ser  vitalícia.    

• Essas  regras  incidem  para  óbitos  que  ocorreram  a  partir  de  01/03/2015.  

 

Alteração  na  Pensão  por  Morte  no  RPPS  dos  Servidores  Federais  Lei  8.112/90    Art.  215.    Por  morte  do  servidor,  os  dependentes  fazem  jus  a  uma  pensão  mensal  de  valor  correspondente  ao  da  respectiva  remuneração  ou  provento,  a  partir  da  data  do  óbito,  observado  o  limite  estabelecido  no  art.  42.            Art.  215.    Por  morte   do   servidor,   os   dependentes,   nas   hipóteses   legais,   fazem   jus   à   pensão   a   partir   da  data  do  óbito,  observado  o   limite  estabelecido  no  inciso  XI  do  caput  art.  37  da  Constituição  e  no  art.  2º  da   Lei   nº   10.887,   de   18   de   junho  de   2004.           Parágrafo   único.   A   concessão  do   benefício   de   que   trata  

Page 14: CAM - Reforma Previdenciária · 2015. 8. 26. · Turma&e&Ano:&Reforma&Previdenciária&(2015)& Matéria&/&Aula:&Reforma&Previdenciária&01! Professor:&Marcelo&Leonardo&Tavares1& Monitora:Helena&Ribeiro

 

 

o  caput  estará   sujeita   à   carência   de   vinte   e   quatro   contribuições   mensais,   ressalvada   a   morte   por  acidente  do  trabalho,  doença  profissional  ou  do  trabalho.      Importante  lembrar:  

• Pensão  por  morte  no  serviço  público  pode  não  ser  integral  (cônjuge  ou  companheiro/a).  

• Pensão  por  morte  passa  a  estar  sujeita  à  carência  de  24  meses.  

• Modificação  na  relação  dos  dependentes.  

• Exigência  de,  no  mínimo,  dois  anos  de  relacionamento  para  cônjuge  ou  companheiro/a.    

   Art.  217.    São  beneficiários  das  pensões:          I  -­‐  vitalícia:      a)  o  cônjuge;      b)  a  pessoa  desquitada,  separada  judicialmente  ou  divorciada,  com  percepção  de  pensão  alimentícia;          c)  o  companheiro  ou  companheira  designado   que   comprove   união   estável   como   entidade   familiar;            d)  a  mãe   e   o   pai   que   comprovem  dependência   econômica  do   servidor;          e)  a  pessoa  designada,  maior  de  60   (sessenta)  anos   e  a  pessoa  portadora  de  deficiência,  que  vivam  sob  a  dependência  econômica  do  servidor;        II  -­‐  temporária:      a)  os  filhos,  ou  enteados,  até  21  (vinte  e  um)  anos  de  idade,  ou,  se  inválidos,  enquanto  durar  a  invalidez;      b)  o  menor  sob  guarda  ou  tutela  até  21  (vinte  e  um)  anos  de   idade;      c)  o   irmão  órfão,  até  21  (vinte  e  um)  anos,   e   o   inválido,   enquanto   durar   a   invalidez,   que   comprovem   dependência   econômica   do   servidor;        d)  a  pessoa  designada  que  viva  na  dependência  econômica  do  servidor,  até  21  (vinte  e  um)  anos,  ou,  se  inválida,   enquanto   durar   a   invalidez.        §  1o    A   concessão   de   pensão   vitalícia   aos   beneficiários   de   que  tratam  as  alíneas  "a"  e  "c"  do  inciso  I  deste  artigo  exclui  desse  direito  os  demais  beneficiários  referidos  nas  alíneas  "d"  e  "e".        §  2o    A  concessão  da  pensão  temporária  aos  beneficiários  de  que  tratam  as  alíneas  "a"  e  "b"  do  inciso  II  deste  artigo  exclui  desse  direito  os  demais  beneficiários  referidos  nas  alíneas  "c"  e  "d".      Art.  218.    A  pensão  será  concedida  integralmente  ao  titular  da  pensão  vitalícia,  exceto  se  existirem  beneficiários  da  pensão  temporária.        §  1o    Ocorrendo  habilitação  de  vários  titulares  à  pensão  vitalícia,  o  seu   valor   será   distribuído   em   partes   iguais   entre   os   beneficiários   habilitados.            §  2o    Ocorrendo  habilitação  às  pensões  vitalícia  e  temporária,  metade  do  valor  caberá  ao  titular  ou  titulares  da  pensão  vitalícia,   sendo   a   outra   metade   rateada   em   partes   iguais,   entre   os   titulares   da   pensão  temporária.            §  3o    Ocorrendo   habilitação   somente   à   pensão   temporária,   o   valor   integral   da   pensão  será  rateado,  em  partes  iguais,  entre  os  que  se  habilitarem.          Art.  217.    São  beneficiários  das  pensões:      I  -­‐    o  cônjuge;    II  -­‐  o  cônjuge  divorciado,  separado  judicialmente  ou  de   fato,  com  percepção  de  pensão  alimentícia  estabelecida   judicialmente;           III  -­‐  o  companheiro  ou  companheira  que  comprove  união  estável  como  entidade  familiar;        IV  -­‐  os  filhos  até  vinte  e  um  anos  de  idade,   ou,   se   inválidos,   enquanto   durar   a   invalidez;       V  -­‐  a   mãe   e   o   pai   que   comprovem   dependência  econômica  do  servidor;  VI  -­‐  o  irmão,  até  vinte  e  um  anos  de  idade,  ou  o  inválido  ou  que  tenha  deficiência  intelectual  ou  mental  que  o  torne  absoluta  ou  relativamente   incapaz,  enquanto  durar  a   invalidez  ou  a  deficiência   que   estabeleça   a     e   pendência   econômica   do   servidor        §  1o    A   concessão   de   pensão   aos  beneficiários  de  que  tratam  os  incisos  I  a  IV  do  caput  exclui  os  beneficiários  referidos  nos  incisos  V  e  VI.        §  2o    A   concessão   de   pensão   aos   beneficiários   de   que   trata   o   inciso   V   do  caput  exclui   os   beneficiários  referidos  no  inciso  VI.          §  3o  Nas  hipóteses  dos  incisos  I  a  III  do  caput:          I  -­‐  o  tempo  de  duração  da  pensão  por  morte  será  calculado  de  acordo  com  a  expectativa  de  sobrevida  do  beneficiário  na  data  do  óbito  do  servidor  ou  aposentado,  conforme  tabela  abaixo:    

 Expectativa  de  sobrevida  à  idade  x  do  cônjuge,  

   Duração  do  benefício  de  pensão  por  morte  

Page 15: CAM - Reforma Previdenciária · 2015. 8. 26. · Turma&e&Ano:&Reforma&Previdenciária&(2015)& Matéria&/&Aula:&Reforma&Previdenciária&01! Professor:&Marcelo&Leonardo&Tavares1& Monitora:Helena&Ribeiro

 

 

companheiro  ou  companheira.  Expectativa  de  vida  [EV]  maior  que  55  anos     03  anos  EV  maior  que  50  e  menor  ou  igual  a  55  anos     06  anos  EV  maior  que  45  e  menor  ou  igual  a  50  anos     09  anos  EV  maior  que  40  e  menor  ou  igual  a  45  anos     12  anos  EV  maior  que  35  e  menor  ou  igual  a  40  anos     15  anos  EV  menor  que  35  anos     vitalícia      II   -­‐   o  cônjuge,   companheiro   ou   companheira   não   terá   direito   ao   benefício   da   pensão   por  morte   se   o  casamento   ou   o   início   da   união   estável   tiver   ocorrido   há   menos   de   dois   anos   da   data   do   óbito   do  instituidor   do   benefício,   salvo   nos   casos   em   que:      a)   o   óbito   do   segurado   seja   decorrente   de   acidente  posterior  ao  casamento  ou  início  da  união  estável;  ou      b)  o  cônjuge,  o  companheiro  ou  a  companheira  for  considerado  incapaz  e  insuscetível  de  reabilitação  para  o  exercício  de  atividade  remunerada  que  lhe  garanta   subsistência,   mediante   exame   médico-­‐pericial,   por   doença   ou   acidente   ocorrido   após   o  casamento  ou   início  da  união  estável  e  anterior  ao  óbito,  observado  o  disposto  no  parágrafo  único  do  art.  222.    III  -­‐    o  cônjuge,  o  companheiro  ou  a  companheira  quando  considerado  incapaz  e  insuscetível  de  reabilitação   para   o   exercício   de   atividade   remunerada   que   lhe   garanta   subsistência,  mediante   exame  médico-­‐pericial,   por   doença   ou   acidente  ocorrido   entre   o   casamento   ou   início   da   união   estável   e   a  cessação  do  pagamento  do  benefício,  terá  direito  à  pensão  por  morte  vitalícia,  observado  o  disposto  no  parágrafo  único  do  art.  222.      §  4o    Para  efeito  do  disposto  no  inciso  I  do  §  3º,  a  expectativa  de  sobrevida  será  obtida  a  partir  da  Tábua  Completa  de  Mortalidade  –  ambos  os   sexos   -­‐   construída  pela  Fundação  Instituto   Brasileiro   de   Geografia   e   Estatística   -­‐   IBGE,   vigente   no   momento   do   óbito   do   servidor   ou  aposentado.        §  5o    O  enteado  e  o  menor  tutelado  equiparam-­‐se  a  filho  mediante  declaração  do  segurado  e   desde   que   comprovada   a   dependência   econômica   na   forma   estabelecida   no  Regulamento      Art.  218.    Ocorrendo  habilitação  de  vários  titulares  à  pensão  o  seu  valor  será  distribuído  em  partes  iguais  entre  os  beneficiários  habilitados.    Importante  lembrar:  

• Os   beneficiários   passam   ser   o   cônjuge;   cônjuge   divorciado   ou   separado   com   percepção   de  

alimentos;  o  companheiro  ou  companheira  que  comprove  união  estável  como  entidade  familiar;  e  

os   filhos   até   21   anos   ou   inválidos,   enquanto   durar   a   invalidez.   Esses   primeiros   quatro   incisos  

dividem   a   pensão   em   parcelas   iguais.   Se   não   houver   pensionista   nessas   categorias   pode   haver  

pagamento  para  mãe  ou  pai  do  servidor,   se  comprovar  dependência.  Se  não  houver  mãe  ou  pai  

pode  ser  para  o  irmão/ã,  se  comprovar  dependência.  

• Benefícios  iguais  para  as  pessoas  da  mesma  categoria  [já  era  assim].  

• Incide  a  partir  de  01/03/2015.  

 

Page 16: CAM - Reforma Previdenciária · 2015. 8. 26. · Turma&e&Ano:&Reforma&Previdenciária&(2015)& Matéria&/&Aula:&Reforma&Previdenciária&01! Professor:&Marcelo&Leonardo&Tavares1& Monitora:Helena&Ribeiro

 

 

   

 Art.  222.    Acarreta  perda  da  qualidade  de  beneficiário:      [...]      IV  -­‐  a  maioridade  de   filho,   irmão  órfão  ou  pessoa   designada,   aos   21   (vinte   e   um)   anos   de   idade;          VI  -­‐  a   renúncia   expressa.      Parágrafo  único.     A  critério   da   Administração,   o   beneficiário   de   pensão   temporária   motivada   por   invalidez   poderá   ser  convocado  a  qualquer  momento  para  avaliação  das  condições  que  ensejaram  a  concessão  do  benefício.    Art.  223.    Por  morte  ou  perda  da  qualidade  de  beneficiário,  a   respectiva   cota   reverterá:        I  -­‐  da  pensão  vitalícia  para  os  remanescentes  desta  pensão  ou  para  os  titulares  da  pensão  temporária,  se  não  houver  pensionista  remanescente  da  pensão  vitalícia;          II  -­‐  da  pensão  temporária  para  os  cobeneficiários  ou,  na  falta  destes,  para  o  beneficiário  da  pensão  vitalícia.      Art.  225.    Ressalvado  o  direito  de  opção,  é  vedada  a  percepção  cumulativa  de  mais  de  duas  pensões.          Art.  222.    Acarreta  perda  da  qualidade  de  beneficiário:   [...]         IV  -­‐  o  atingimento  da   idade  de  vinte  e  um  anos  pelo  filho  ou  irmão,  observado  o  disposto  no  §  5º  do  art.  217;  [...]      VI  -­‐  a  renúncia  expressa;        VII  -­‐  o  decurso  do  prazo  de  recebimento  de  pensão  dos  beneficiários  de  que  tratam  os  incisos  I  a  III  do  caput  do  art.  217        Parágrafo  único.    A  critério  da  Administração,  o  beneficiário  de  pensão  motivada  por  invalidez  poderá  ser  convocado  a  qualquer  momento  para  avaliação  das  condições  que  ensejaram  a  concessão  do  benefício.        Art.  223.    Por  morte  ou  perda  da  qualidade  de  beneficiário,  a  respectiva  cota  reverterá  para  os  cobeneficiários.        Art.  225.    Ressalvado  o  direito  de  opção,  é  vedada  a  percepção  cumulativa  de  pensão  deixada  por  mais  de  um  cônjuge,  companheiro  ou  companheira,  e  de  mais  de  duas  pensões.      

Importante  lembrar:  

• [art.  225]  não  é  possível  acumular  mais  de  uma  pensão  de  cônjuge  ou  companheira/o.  Ele/a  pode  

optar  pela  mais  vantajosa.  

• Ninguém  poderá  acumular  mais  de  duas  pensões.  

• Alterações  que  entraram  em  vigor  em  01/03/2015.  

 

1ª  CATEGORIA  cônjuge  ou  

companheiro/a  div.  ou  sep.  com  

alimentos  filho  

2º  CATEGORIA  pai  ou  mãe  

(se  houver  comprovação  de  dependência  

econômica  e  não  haja  os  da  1ª  categoria)  

3ª  CATEGORIA  irmãos/  irmãs  

(se  houver  comprovação  de  dependência  

econômica  não  haja  os  da  1ª  e  2ª  categorias)