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Camões lírico - século XVI
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Escola secUNDRIA ProfESSOR Herculano de CarvalhoPORTUGUS MDULO 2___/___/___
A poca de CamesAspectos econmicos, sociais, polticos e religiosos Assiste-se a uma centralizao do poder na Coroa, o que gera um conflito entre o rei e o clero, uma vez que aquele pretende chamar a si o poder religioso e os bens eclesisticos. Erasmo e, posteriormente, Lutero lutam contra os desmandos da Igreja e pretendem a sua reforma, em busca da moralizao dos seus elementos e o retorno s ideias crists de origem. Na Pennsula Ibrica, surge um movimento religioso, que pretendia impedir o avano da corrente reformista, designado por Contra-Reforma, cujo principal instrumento de represso vir a ser a Inquisio. Os senhores feudais passam por um perodo de crise, sendo obrigados a vender os seus produtos a baixos preos e a exigir uma maior produo dos seus servos. Os camponeses revoltam-se, devido ao agravamento da sua situao de trabalho. H um desenvolvimento da burguesia, que introduz uma economia mercantil e a comercializao dos produtos atravs da moeda. A procura de mercadorias, o aparecimento de novas invenes e os melhoramentos tcnicos introduzidos contribuem para o desenvolvimento da indstria. Ao desenvolvimento comercial e industrial corresponde o aparecimento e desenvolvimento das cidades onde habita a burguesia. Os burgueses mandam os filhos para as universidades, deixando a educao de ser um privilgio quase exclusivo do clero. Durante o perodo de vida de Cames, reinaram em Portugal D. Joo III, D. Sebastio e D. Henrique. O seu tempo biogrfico corresponde decadncia da poltica portuguesa: a implementao da Inquisio e o desastre de Alccer Quibir, que acabou por culminar com a perda da independncia portuguesa, em 1580, so dois dos factos mais marcantes. Aspectos culturais O Renascimento, o Humanismo e o Classicismo marcam uma viragem na concepo do Homem e do Mundo - o Homem passa a privilegiar a razo e a experincia, evitando os devaneios e a fantasia. Ao teocentrismo medieval sobrepe-se o antropocentrismo, em que o Homem passa a ser o centro do Mundo. O humanista acredita em si, no seu saber e na sua experincia. Dante e Petrarca, precursores do Humanismo, procuram o retorno pureza dos clssicos e interessam-se pelo estudo crtico dos textos latinos. Assiste-se a uma imitao dos autores gregos e latinos, presente nos temas adoptados, nas formas poticas usadas e no recurso mitologia. Constroem-se palcios, parques e fontes que podem contribuir para o conforto do homem. Na pintura e na escultura surge, em primeiro plano, a figura do homem e privilegia-se o nu. A nvel literrio, coexistem formas medievais e renascentistas.
Em Cames coexistiu a poesia com sabor tradicional, com uma poesia cujos modelos formais e temticos revelam a cultura humanstica e clssica do poeta. Assim, e por influncia tradicional escreveu vilancetes, cantigas, esparsas, trovas, ...Fez uso da medida velha e cultivou o verso de cinco slabas mtricas (redondilha menor) e de sete slabas mtricas (redondilha maior). As temticas tradicionais e populares usadas por Cames so: o amor, a natureza, o ambiente palaciano e a saudade.Da influncia clssica Renascentista, Cames cultivou a medida nova fazendo uso do verso decasslabo, atravs da composio potica, o soneto (composto por duas quadras e dois tercetos) introduzido em Portugal por S de Miranda.Nas temticas de influncia Renascentista cultivou o amor platnico, a saudade, o destino, a beleza suprema, a mudana, o desconcerto do mundo, a mulher vista luz do Petrarquismo e do Destino.http://portuguesonline.no.sapo.pt/liricacamoes.htm
Silva, Dulce [et al], Guia de Estudo Portugus, 10 ano, Porto Editora, 2009