239
O Coordenador da EMEPC Manuel Pinto de Abreu SELVAGENS 2010 CAMPANHA M@rBis | ESTRUTURA DE MISSÃO PARA A EXTENSÃO DA PLATAFORMA CONTINENTAL PC EP ME EM C M P CAMPANHA M@rBis | SELVAGENS 2010 Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental EMEPC No quadro de acções do Projecto de Extensão da Plataforma Continental de Portugal, a campanha científica M@rBis/Selvagens2010, organizado pela Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), decorreu entre 3 de Junho e 5 de Julho, tendo como destino as Ilhas Selvagens, no Arquipélago da Madeira. A campanha teve também como objectivos a inventariação e censos da biodiversidade marinha daquelas ilhas e ilhéus do território nacional. A grande dedicação e esforço de um grupo numeroso de investigadores, estudantes, militares, e outros cidadãos, portugueses e estrangeiros, associados a mais de três dezenas de entidades públicas e privadas, permitiram levar a cabo a primeira etapa de um trabalho que se prolongará no tempo. Segue-se a concretização do potencial das amostras e dos dados recolhidos, tarefa que cabe a todos. Através de algumas das imagens captadas pelos participantes e das palavras publicadas na imprensa, este livro descreve, como contributo para a nova era dos descobrimentos, a Campanha EMEPC/ M@rBis/Selvagens2010.

Campanha M@rBis Selvagens 2010

Embed Size (px)

DESCRIPTION

No quadro de acções do Projecto de Extensão da Plataforma Continental de Portugal, a campanha científica M@rBis/Selvagens2010, organizado pela EMEPC, decorreu entre 3 de Junho e 5 de Julho, tendo como destino as Ilhas Selvagens, no Arquipélago da Madeira. A campanha teve também como objectivos a inventariação e censos da biodiversidade marinha daquelas ilhas e ilhéus do território nacional. A grande dedicação e esforço de um grupo numeroso de investigadores, estudantes, militares, e outros cidadãos, portugueses e estrangeiros, associados a mais de três dezenas de entidades públicas e privadas, permitiram levar a cabo a primeira etapa de um trabalho que se prolongará no tempo. Segue-se a concretização do potencial das amostras e dos dados recolhidos, tarefa que cabe a todos. Através de algumas das imagens captadas pelos participantes e das palavras publicadas na imprensa, este livro descreve, como contributo para a nova era dos descobrimentos, a Campanha EMEPC/ M@rBis/Selvagens2010.

Citation preview

Page 1: Campanha M@rBis Selvagens 2010

O Coordenador da EMEPCManuel Pinto de Abreu

SELVAGENS 2010CAMPANHAM@rBis |

ESTRUTURA DE MISSÃO PARA A EXTENSÃO DA PLATAFORMA CONTINENTAL EMEPCEMEPCEMEPCEMEPCEMEPCEMEPCEMEPCEMEPCEMEPCEMEPCEMEPCEMEPCEMEPCEMEPC

CA

MPA

NH

A

M@

rBis

| SE

LVA

GEN

S 20

10Es

trut

ura

de M

issã

o pa

ra a

Ex

tens

ão d

a Pl

ataf

orm

a Co

ntin

enta

l

EMEPC

No quadro de acções do Projecto de Extensão da Plataforma Continental de Portugal, a campanha cientí�ca M@rBis/Selvagens2010, organizado pela Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), decorreu entre 3 de Junho e 5 de Julho, tendo como destino as Ilhas Selvagens, no Arquipélago da Madeira.A campanha teve também como objectivos a inventariação e censos da biodiversidade marinha daquelas ilhas e ilhéus do território nacional. A grande dedicação e esforço de um grupo numeroso de investigadores, estudantes, militares, e outros cidadãos, portugueses e estrangeiros, associados a mais de três dezenas de entidades públicas e privadas, permitiram levar a cabo a primeira etapa de um trabalho que se prolongará no tempo. Segue-se a concretização do potencial das amostras e dos dados recolhidos, tarefa que cabe a todos.Através de algumas das imagens captadas pelos participantes e das palavras publicadas na imprensa, este livro descreve, como contributo para a nova era dos descobrimentos, a Campanha EMEPC/ M@rBis/Selvagens2010.

Page 2: Campanha M@rBis Selvagens 2010

1

Page 3: Campanha M@rBis Selvagens 2010

FICHA TÉCNICA

Título: Campanha M@rBis|Selvagens2010Autor: Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental - EMEPCIdeia Original: EMEPCCriação, Projecto Gráfico e Concepção: EMEPCCoordenação Geral do Projecto: EMEPCProjecto Gráfico e Paginação: EMEPC e MultitemaImpressão e Execução Técnica: MultitemaEdição: EMEPCDepósito Legal: Edição Numerada – ©EMEPC, Novembro 2010Tiragem: 1000 ExemplaresCitação: Campanha M@rBis|Selvagens2010, 2010, Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental, Paço de ArcosFotografias Capa: Nuno Vasco Rodrigues

Page 4: Campanha M@rBis Selvagens 2010

5

CAMPANHAM@rBis | SELVAGENS 2010

ESTRUTURA DE MISSÃO PARA A EXTENSÃO DA PLATAFORMA CONTINENTAL

Dav

id V

illeg

as R

ios

Page 5: Campanha M@rBis Selvagens 2010

6

EMEP

C

Page 6: Campanha M@rBis Selvagens 2010

7

PREFÁCIO

O mar tem todos os ingredientes de um bom policial: mistério, desejo, violência e até... Crime.

É ainda incerto o número e desfocado o retrato de todas as espécies que habitam os oceanos, a muitos metros de

profundidade ou mesmo onde a terra acaba e a água salgada começa. Mas há vontade. Os “detectives” cientistas desta

trama, densa e envolvente, anseiam descobrir. Na falta do cadáver, sobram as histórias de riscos e sustos. Ora é o caro e

sofisticado robot submarino que fica preso a 600 metros de profundidade, ora é o homem que, por mais preparado que

esteja, às vezes é surpreendido com novas regras de um jogo desigual. E o culpado é só um e não tem identidade secreta: é

o mar que dá e tira. Tem dado, por exemplo, diversão e alimento, para o estômago e para a alma. Conhecer continua a ser

a pista certa para o deslindar perfeito. Mesmo quando a informação é tanta e em tão pouco tempo que parece que vamos

rebentar! Para quem não está habituada, viver e descodificar, durante três semanas, 80 cientistas é tarefa merecedora

de medalha de honra. Mas a honra deve ir também para todos os que fizeram e fazem o esforço necessário para partilhar

e explicar ao mundo, os novos mundos descobertos. A Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental,

organismo que funciona sob dependência do Ministro da Defesa Nacional, pode ter um nome longo e difícil de memorizar,

mas terá certamente um objectivo simples: crescer, alargando Portugal e os portugueses. Que a Marinha portuguesa tenha

meios para ajudar a dar corpo ao sonho é apenas mais uma feliz realidade.

No final, a pergunta: será que neste policial o detective vai vencer tal como acontece sempre nos livros?

Catarina Neves

Page 7: Campanha M@rBis Selvagens 2010

8

AGRADECIMENTOS

A campanha científica EMEPC/M@rBis/Selvagens2010, organizada pela Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC) no quadro de acções do Projecto de Extensão da Plataforma Continental de Portugal, decorreu entre 3 de Junho e 5 de Julho tendo como destino as Ilhas Selvagens, no Arquipélago da Madeira. A Campanha teve como objectivos a inventariação e censos da biodiversidade marinha daquelas ilhas e ilhéus do território nacional.

Os trabalhos que conduziram à realização da Campanha tiveram início em Fevereiro de 2010. Ao longo de muitas sessões de preparação foi estabelecido um programa de acção suportado por um planeamento no qual as componentes científicas e técnica, como a própria logística, constituíram um desafio importante a transpor.

O interesse que uma campanha desta natureza desperta tanto nas comunidades estudantil e científica, como na população em geral, é enorme. Este facto originou o aparecimento de um conjunto muito numeroso de voluntários que ultrapassou largamente as necessidades, pelo que a escolha dos participantes também não foi tarefa fácil. De etapa em etapa o grupo foi ganhando entrosamento e maturidade passando, no decorrer dos diversos períodos da Campanha e até ao seu final, a constituir uma verdadeira equipa. Ficou, assim, concluída com sucesso a primeira de várias fases de um trabalho destinado a aproveitar todo o potencial dos dados e das amostras recolhidas, que necessariamente se prolongará no tempo. Cabe a todos a responsabilidade de lhe dar a continuidade devida.

Os resultados alcançados só foram possíveis, fruto da grande dedicação e esforço de um grupo numeroso deinvestigadores, de estudantes, dos militares da Marinha embarcados no N.R.P. “Almirante Gago Coutinho”e no N.T.M. “Creoula”, da tripulação da caravela “Vera Cruz”, e de outros cidadãos, portugueses e estrangeiros, associados a mais de

Page 8: Campanha M@rBis Selvagens 2010

9

três dezenas de entidades públicas e privadas que participaram na Campanha e também do apoio dos patrocinadores. Em nome da EMEPC, um muito obrigado.

Importa realçar e agradecer o papel fundamental da Força Aérea Portuguesa que assegurou com inexcedível disponibilidade, competência e prontidão, o transporte do equipamento essencial ao resgate com sucesso do fundo dooceano do R.O.V . LUSO.

Também o apoio prestado pelo Comando da Zona Marítima da Madeira merece destaque e um agradecimento por ter sido determinante para a plena realização de todas as actividades, previstas e inopinadas, tanto na Madeira como nas Ilhas Selvagens.

Ao Porto do Funchal agradecem-se as facilidades portuárias concedidas.

Aos Vigilantes da Natureza, Sandro Correia, Ricardo Cabral, Filipe Videiros, Fernando Vieira, Carlos Santos, Maurício Paixão e Jacques da Mata, e ao Parque Natural da Madeira um agradecimento especial pelo grande contributo para o sucessoda Campanha e para o bem estar de todos os que “invadiram” as Ilhas que preservam e salvaguardam comdedicação e zelo inexcedíveis.

A Campanha EMEPC/M@rBis/Selvagens2010 irá agora ter continuidade com a exploração do muito material recolhido e com a criação de informação nova e reforço do conhecimento, sobretudo da biodiversidade marinha. No ano internacional da Biodiversidade o trabalho realizado constitui uma mais valia para a Humanidade e uma demonstração muito forte da determinação de Portugal em se afirmar como nação marítima.

Fern

ando

Tem

pera

Page 9: Campanha M@rBis Selvagens 2010

10

Ilhas SelvagensLatitude 30º N Longitude 16º W

Palheiro de Terra

Ponta do Corgo da Areia

Ponta do Risco

Palheiro do Mar

Pico da Atalaia

Pico dos Tornozelos

Enseada dasPedreiras

OCEANO ATLÂNTICO

Ponta de Leste

Pico do Inferno

Ponta doInferno

Enseadadas Cagarras

Ilhéus do Norte

Ilhéu Redondo

Comprido

Ponta do Sul

Ilhéu de Fora

Ilhéu Alto

Ilhéu Pequeno

Ilhéu Grande

Ponta do Norte

Ponta de Oeste

SELVAGEM GRANDE

SELVAGEM

PEQUENA

Portugal ContinentalAçores

Madeira

Ilhas Selvagens

Ilhéu

Ponta da Atalaia

Ilhéus do Sul

Page 10: Campanha M@rBis Selvagens 2010

11

Món

ica

Alb

uque

rque

Vista da casa de vigilantes sob os navios ao largo da Ilha Selvagem Pequena.

Não tem uma árvore, nem água doce. As gentes da Madeira iam caçar aves marinhas e pescar a este pedaço de terra no Atlântico, que agora é reserva natural. Rochedo apenas, como diz Espanha, ou ilha, como diz Portugal? A maior expedição portuguesa de sempre às Ilhas Selvagens esteve a inventariar a biodiversidade e foi também uma afirmação de soberania.

Teresa Firmino, in Público, 22/06/2010

Citando o professor Thomas Dellinger, (…) é a primeira vez que uma equipa alargada investiga tão exaustivamente a parte aquática e costeira das Ilhas Selvagens.

Raquel Gonçalves, in Diário de Notícias, 06/06/2010

[A] missão conta com os navios Almirante Gago Coutinho, Creoula e Vera Cruz (este é uma réplica das caravelas usadas nos Descobrimentos). Participa ainda o robot submarino LUSO, operado à distância do Almirante Gago Coutinho, por um cabo.

Teresa Firmino, in Público, 10/06/2010

«Não estarei a exagerar se disser que este é um momento histórico para a conservação da natureza», sublinhou o detentor da pasta do ambiente do Governo Regional da Madeira, no lançamento daquela que é já considerada a maior expedição científica de sempre realizada em Portugal.

Diana Catarino, in AmbienteOnline, 08/06/2010

Page 11: Campanha M@rBis Selvagens 2010

12

Qual é a importância desta expedição da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC) para Portugal? Humberto Rosa (Secretário de Estado do Ambiente) - Em primeiro lugar, assinala a biodiversidade marinha como importante para Portugal, não só porque estamos no Ano Internacional da Biodiversidade. É porque, de facto, não temos só extensão, mas muita diversidade no meio marinho, e é dela que depende uma parte do nosso sustento, nomeadamente das pescas. Isso é assinalado no contexto de um projecto em curso, que visa juntar e sistematizar, num sistema de informação, todos os dados científicos sobre biodiversidade marinha, hoje dispersa numa infinidade de meios, de sistemas universitários e institutos de investigação. Por outro lado, e talvez seja o aspecto que me parece mais importante, é a oportunidade de juntar aqui mais de 30 instituições universitárias e académicas num trabalho conjunto, o que quebra barreiras entre essas instituições e facilita a colaboração.

Diana Catarino, in Água&Ambiente, Julho/2010

«Portugal está na linha da frente dos países que se preocupam com o ambiente e que querem explorar recursos sem ferir o equilíbrio», defendeu o Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, Marcos Perestrello, que salientou que apenas através da investigação e do investimento foi possível a Portugal tornar-se, por assim dizer, dono do seu mar.

Diana Catarino, in AmbienteOnline, 08/06/2010

Page 12: Campanha M@rBis Selvagens 2010

13

Os golfinhos são companhia habitual dos navios durante as missões no Atlântico.

Rui A

lcân

tara

Page 13: Campanha M@rBis Selvagens 2010

14

Pedr

o N

eves

(…) [A] EMEPC concebeu, estruturou e coordenou uma missão às Ilhas Selvagens, reunindo uma vasta equipa de investigadores e cientistas portugueses e estrangeiros de várias universidades e instituições para realizar durante aproximadamente um mês, uma inventariação exaustiva da fauna, flora e habitats marinhos desde os 70m de altitude até aos 2000m de profundidade no mar, terra e linha de costa, com colheita, catalogação das amostras, identificação dos organismos e processamento da informação, sendo os dados coligidos carregados em tempo real no sistema M@rBis.

José Tourais, in Portugal Dive, Novembro/2010

O M@rBis (Marine Biodiversity Information System) pretende desenvolver um sistema de informação para a biodiversidade marinha de apoio à extensão da Rede Natura 2000 ao meio marinho. Resulta de uma parceria entre o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) e a EMEPC, contando com o apoio da Galp Energia e da Marine Biological Association (Reino Unido). As regiões autónomas e os Ministérios com interesses na biodiversidade marinha participam também no programa.

Virgílio Azevedo, in Expresso, 05/06/2010

Page 14: Campanha M@rBis Selvagens 2010

15

A alegria da equipa era visível no dia da partida.

Món

ica

Alb

uque

rque

As condições de mar que os navios enfrentaram nem sempre foram as mais favoráveis.

Fara

h A

limag

ham

Em terra e no mar, mais de 70 cientistas inventariam a biodiversidade marinha, naquela que é a maior expedição científica às Ilhas Selvagens, 163 milhas náuticas a sul da Madeira e apenas 82 a norte das Canárias. O extremo sul de Portugal é aqui.

Teresa Firmino, in Público, 22/06/2010

A maioria dos cientistas são biólogos – marinhos, terrestres, da área da microbiologia e genética. Mas há também oceanógrafos, geólogos e engenheiros ligados à robótica, à electrónica ou à mecânica. Os cientistas vêm de (…) instituições nacionais (30% dos centros de investigação marinha existentes) e da Universidade da Califórnia.

Virgílio Azevedo, in Expresso, 05/06/2010

Cientistas, técnicos e mergulhadores vão vasculhar o pequeno [território] com um enorme aparato de equipamentos de alta tecnologia: submarinos telecomandados, sondas e aparelhos de medição de todo o tipo.

Virgílio Azevedo, in Expresso, 05/06/2010

Page 15: Campanha M@rBis Selvagens 2010

16

A pergunta é: porquê uma expedição às Selvagens e não a outro sítio qualquer?

Teresa Firmino, in Público, 22/06/2010

“As Ilhas Selvagens são muito conhecidas e estudadas a nível terrestre, mas a sua parte marinha ainda é desconhecida”, sublinhou o director do Parque Natural da Madeira, Paulo Oliveira, à agência Lusa. Para o secretário regional do Ambiente da Madeira, Manuel António Correia, também citado pela Lusa, esta expedição poderá servir para consolidar a candidatura das Ilhas Selvagens a património mundial da UNESCO.

Teresa Firmino, in Público, 10/06/2010

“Será certamente um instrumento que o Governo Regional da Madeira utilizará para repor a candidatura e, a curto prazo, poderemos ter o segundo espaço de património mundial natural, em Portugal, localizado na Madeira.”

Teresa Firmino, in Público, 10/06/2010

Dia 3 de Junho ao final da tarde com o pôr-do-sol ao fundo, o Creoula e o Gago Coutinho zarparam da Rocha Conde de Óbidos em Lisboa, com todos os equipamentos e mais de metade dos investigadores e elementos de apoio, com destino ao Funchal onde estava prevista a primeira paragem antes das Selvagens.

José Tourais, in Portugal Dive, Novembro/2010

Page 16: Campanha M@rBis Selvagens 2010

17

Partida do N.R.P. “Almirante Gago Coutinho” rumo ao Oceano Atlântico.

Món

ica

Alb

uque

rque

Page 17: Campanha M@rBis Selvagens 2010

18

[A] EMEPC (…) é um organismo criado em 2005 com o objectivo principal de preparar uma proposta para “alargar Portugal”, tal como se pode ler nas t-shirts que todos usam. Depende do Ministério da Defesa e é a entidade responsável pela organização da viagem que agora começa.

Catarina Neves, in SicOnline, 11/06/2010

Ás 21.30 de dia 8, os navios Gago Coutinho, Creoula e a Caravela Vera Cruz, já com todos os elementos a bordo, soltaram amarras do Funchal, para cobrirem as 170 milhas até às Selvagens. A noite estava fresca e soprava uma brisa, pelo que a bordo do Creoula veio a ordem de [içar] o pano com faina geral de mastros. Era um sem fim de cabos, manobrados pela guarnição e instruendos habilmente coordenados pelo Mestre do navio e sob o olhar atento do Comandante. O Creoula fazia 8 nós e os elementos de quarto entraram em funções na ponte, leme, vigia, limitação de avarias e copa. Perto da meia-noite o cheiro de pão quente com chouriço veio reconfortar as almas dos que ainda acordados viam o esplendor dos astros no céu e viam morrer ao longe as luzes da Madeira.

José Tourais, in Portugal Dive, Novembro/2010

Page 18: Campanha M@rBis Selvagens 2010

19

À partida do Funchal, Nuno Lourenço coordenador na EMEPC, explica as funcionalidades do Veículo de Operação Remota (R.O.V.) LUSO que serão colocadas em utilização nas Ilhas Selvagens.

Rui E

stev

es S

ilva

Page 19: Campanha M@rBis Selvagens 2010

20 |Selvagem Pequena

Page 20: Campanha M@rBis Selvagens 2010

21Selvagem Pequena |Fe

rnan

do T

empe

ra

Selvagem Pequena

Por estes dias, a quietude da Selvagem Pequena acordará para a ansiedade de 15 cientistas desejosos de descobrir e aprender. As aves marinhas, as osgas, as lagartixas, os escaravelhos e as borboletas vão talvez reparar noutros sons para além da voz do mar e talvez notem diferença na paisagem. Na terra a que deram o nome de Selvagem Pequena, a rotina será quebrada e os dias ameaçam ser poucos para tudo o que se quer fazer, mesmo que às tantas todos perguntem: “que dia é hoje?”.

Catarina Neves, in SicOnline, 11/06/2010

Page 21: Campanha M@rBis Selvagens 2010

De forma irregular e com apenas 20 hectares de área, a Selvagem Pequena encanta logo à chegada. Não é qualquer embarcação que consegue aproximar-se da terra, uma vez que o fundo do mar está cheio de rochas vulcânicas que podem danificar os cascos mais baixos das que têm maior calado. Assim como se a ilha estivesse a dizer-nos: “venham, mas portem-se bem se não são castigados”. Nunca foram introduzidos, na ilha, animais ou plantas. Existe apenas uma construção feita pelos homens. Uma cabana de madeira onde ficam os dois guias apenas durante o Verão. São substituídos de três em três semanas.

Catarina Neves, in SicOnline, 11/06/2010

Quando se avistaram as Selvagens passava pouco das seis da manhã, mas só às nove e vinte é que soou ainformação nos altifalantes que tínhamos chegado ao primeiro destino da missão: “vamos dar início à manobra de embarcação”.

Catarina Neves, in SicOnline, 11/06/2010

22 |Selvagem Pequena

Page 22: Campanha M@rBis Selvagens 2010

23Selvagem Pequena |

Íris

Sam

paio

Vista do Pico do Veado para o Lagedo Norte.

Page 23: Campanha M@rBis Selvagens 2010

Chegada de mantimentos à Ilha Selvagem Pequena.

Rosa

Pire

s

Transporte de materiais para o acampamento na Ilha Selvagem Pequena.

Món

ica

Alb

uque

rque

Transporte de alimentos do N.R.P. “Almirante Gago Coutinho” para o acampamento de terra.

Man

uel B

isco

ito

Os 14 elementos da equipa técnica (os investigadores) e os 34 marinheiros uniram-se então para começar uma tarefa que acabou por ocupar todo o dia: colocar comida, tendas, caixas com tubos de plástico e até uma casa de banho com papel higiénico num semi-rígido e em dois botes para transportar até à Selvagem Pequena.

Catarina Neves, in SicOnline, 11/06/2010

24 |Selvagem Pequena

Page 24: Campanha M@rBis Selvagens 2010

25Selvagem Pequena |

Cipr

iano

Cor

reia

Organização logística dos equipamentos e materiais desembarcados na praia.

Page 25: Campanha M@rBis Selvagens 2010

João

Ped

ro P

io

Vista do Pico do Veado (49m) para a Praia do Desembarcadouro.

Cipr

iano

Cor

reia

Reunião de preparação da metodologia a aplicar na zona intertidal.

«Houve uma série de reuniões no sentido de preparar um protocolo para que seja possível uniformizar ao máximo o processo de catalogação das amostras. É importante que as pessoas trabalhem da mesma forma durante os processos», defende Estibaliz Berecibar, lembrando que o planeamento é fundamental.

Diana Catarino, in AmbienteOnline, 15/06/2010

26 |Selvagem Pequena

Page 26: Campanha M@rBis Selvagens 2010

27Selvagem Pequena |

Rui E

stev

es S

ilva

Mobilização da equipa de terra para apoio à Selecção Nacional.

Paul

o A

lexa

ndrin

o

Acampamento da equipa de terra na Ilha Selvagem Pequena.

Bárb

ara

Teix

eira

Na Ilha Selvagem Pequena os recursos são limitados e os cientistas tiveram de improvisar.

Cipr

iano

Cor

reia

Nas Ilhas Selvagens a loiça é lavada com água salgada.

Page 27: Campanha M@rBis Selvagens 2010

Praia do Desembarcadouro na Ilha Selvagem Pequena.

Rui E

stev

es S

ilva

28 |Selvagem Pequena

Page 28: Campanha M@rBis Selvagens 2010

29Selvagem Pequena |

Três semanas sem falar ao telefone, ler jornais ou estar com outras pessoas. Há electricidade através de painéis solares. É suficiente para alimentar uma televisão e um frigorífico.

Catarina Neves, in SicOnline, 11/06/2010

Íris

Sam

paio

Local privilegiado de limpeza depois de uma refeição.

Page 29: Campanha M@rBis Selvagens 2010

João

Ped

ro P

io

Amostragem no intertidal na zona norte da Ilha Selvagem Pequena.

30 |Selvagem Pequena

Page 30: Campanha M@rBis Selvagens 2010

31Selvagem Pequena |

Món

ica

Alb

uque

rque

Após a recolha, todas as amostras foram catalogadas e o seu registo introduzido no Sistema de Informação M@rBis.

Món

ica

Alb

uque

rque

Carregamento em tempo real de dados de biodiversidade no Sistema M@rBis.

Món

ica

Alb

uque

rque

Triagem de algas recolhidas na zona intertidal.

Page 31: Campanha M@rBis Selvagens 2010

Bárb

ara

Teix

eira

Vista ventral de uma lapa da espécie Patella candei.Contabilização de espécies seguindo a metodologia com quadrado de amostragem.

Gastrópode Osilinus atratus selvagensis, uma espécie endémica das Ilhas Selvagens.Craca Megabalanus azoricus.

Rosa

Pire

sBá

rbar

a Te

ixei

ra

Fern

ando

Tem

pera

32 |Selvagem Pequena

Page 32: Campanha M@rBis Selvagens 2010

33Selvagem Pequena |

Paul

o A

lexa

ndrin

o

Amostragem no intertidal com recolha e registo fotográfico de espécies.

Page 33: Campanha M@rBis Selvagens 2010

Cientista conserva em algário a espécie Cystoseira hummilis.

Món

ica

Alb

uque

rque

Rosa

Pire

s

Equipa do intertidal durante uma amostragem.

O que traz a maré:Várias equipas estiveram no terreno durante a expedição que durou aproximadamente três semanas: a equipa do inznham, os ornitólogos estudaram os comportamentos de nidificação das várias aves marinhas e alguns biólogos concentraram-se na osga, espécie endémica das ilhas.

Diana Catarino, in Água&Ambiente, Agosto/2010

34 |Selvagem Pequena

Page 34: Campanha M@rBis Selvagens 2010

35Selvagem Pequena |

Món

ica

Alb

uque

rque

Beat

riz O

livei

ra

Beat

riz O

livei

ra

Polvo-comum Octopus vulgaris.

João

Ped

ro P

io

Caranguejo-judeu Grapsus adscensionis.

Page 35: Campanha M@rBis Selvagens 2010

O tempo e o mar não estavam perfeitos, mas permitiam o mergulho e se a ondulação e algumas correntes fracas poderiam ser um problema, a temperatura da água acima dos 21 graus e sobretudo a visibilidade de 20 a 30 metros, ajudavam bastante as nossas tarefas. Os fundos apesar de várias baixas e ilhéus, são bastante homogéneos e em termos de fauna não proporcionou grandes surpresas, para lá do que se esperava.

José Tourais, in Portugal Dive, Novembro/2010

O que é que mais desejam os 80 cientistas, envolvidos na expedição organizada pela Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), que se distribuem pelos navios “Almirante Gago Coutinho” e “Creoula” e pela Selvagem Pequena? A resposta é: descobrir. Uns dedicam-se a observar as aves, outros a pesquisar a flora, outros analisam os sedimentos do fundo do mar, outros ainda estudam o genoma dos organismos que vão sendo encontrados.

Catarina Neves, in SicOnline, 15/06/2010

Amostragem em apneia.

Cipr

iano

Cor

reia

Ofiurídeo Ophioderma longicauda.

EMEP

C

36 |Selvagem Pequena

Page 36: Campanha M@rBis Selvagens 2010

37Selvagem Pequena |

Món

ica

Alb

uque

rque

Equipa de mergulhadores prepara-se para mais uma amostragem na zona subtidal.

Page 37: Campanha M@rBis Selvagens 2010

Uma das metodologias utilizadas durante a Campanha.

Verme-do-diabo Lygdamis wirtzi.

EMEP

C

Anémona-do-mar Anemonia viridis.

Paul

o A

lexa

ndrin

oEM

EPC

EMEP

C

Quadrado de amostragem com Aglaophenia pluma e Padina pavonica.

38 |Selvagem Pequena

Page 38: Campanha M@rBis Selvagens 2010

39Selvagem Pequena |

Detalhe das brânquias de um exemplar da espécie Hypselodoris picta.

Pedr

o G

omes

- H

ARM

ON

IA

Filip

e H

enriq

ues

Exemplares de Hypselodoris picta: os depósitos de cor branca ao longo do corpo indicam a presença de produtos tóxicos.

É “verdadeiramente fascinante a possibilidade de mergulhar 21 dias na interessante, diversa e bonita zona portuguesa, uma das mais interessantes da Europa” [referiu Thomas Dellinger, investigador na Universidade da Madeira].

Raquel Gonçalves, in Diário de Notícias, 06/06/2010

Page 39: Campanha M@rBis Selvagens 2010

Verme-do-fogo (Hermodice carunculata)É um anelídeo, pertencente à classe das poliquetas, e a cor da zona ventral pode variar entre o amarelo e o vermelho, enquanto a parte dorsal varia entre o castanho pálido e o preto. Em caso de defesa ou ataque, o verme-do-fogo conta com veneno nos seus minúsculos arpões. Mesmo para os seres humanos, o veneno causa irritação intensa da pele e ardor.

Diana Catarino, in Água&Ambiente, Agosto/2010

40 |Selvagem Pequena

Page 40: Campanha M@rBis Selvagens 2010

41Selvagem Pequena |

Verme-do-fogo Hermodice carunculata.

Nun

o Va

sco

Rodr

igue

s

Page 41: Campanha M@rBis Selvagens 2010

Rica

rdo

Ara

újo

Peixe-porco Balistes capriscus.

Paul

o A

lexa

ndrin

o

Sargo-veado Diplodus cervinus.

Lírio Seriola rivoliana.

Nun

o Va

sco

Rodr

igue

s

Juvenil da espécie Kyphosus sectator.

Nun

o Va

sco

Rodr

igue

s

42 |Selvagem Pequena

Page 42: Campanha M@rBis Selvagens 2010

43Selvagem Pequena |

Pedr

o G

omes

- H

ARM

ON

IA

Peixe-cão Bodianus scrofa.

Page 43: Campanha M@rBis Selvagens 2010

Garoupa Serranus atricauda.

Nun

o Va

sco

Rod

rigue

s

Cipr

iano

Cor

reia

44 |Selvagem Pequena

Page 44: Campanha M@rBis Selvagens 2010

45Selvagem Pequena |

Rascasso Scorpaena maderensis.

EMEP

C

EMEP

C

Page 45: Campanha M@rBis Selvagens 2010

Lesma-do-mar Glossodoris ghanensis.

Dav

id V

illeg

as R

ios

EMEP

C

EMEP

C

EMEP

C

Camarão-listado Lysmata grabhami.

Góbio-dourado Gnatholepis thompsoni.

Pepino-do-mar Holoturia sanctori.

46 |Selvagem Pequena

Page 46: Campanha M@rBis Selvagens 2010

47Selvagem Pequena |

Pedr

o G

omes

- H

ARM

ON

IA

Fundo marinho com uma esponja do género Haliclona em primeiro plano.

Page 47: Campanha M@rBis Selvagens 2010

Os fundos da Selvagem Pequena foram divididos em quatro zonas, que deveriam ser cobertas entre as quotas dos 5 aos 25 metros por equipas de 4 a 5 investigadores multidisciplinares, que faziam transectos, contagens, identificações e recolhas de espécies, em locais previamente escolhidos e referenciados por GPS. Todos os dias 4 a 5 equipas partiam do Creoula para fazer este tipo de trabalho e voltavam para identificar,catalogar, organizar e georeferenciar as amostras que traziam para bordo. O trabalho era árduo, mas pareceu-me amplamente compensado pela satisfação de ser real, ao vivo e na natureza.

José Tourais, in Portugal Dive, Novembro/2010

Estrela-do-Mar-Vermelha (Ophidiaster ophidianus)A presença desta estrela, da família Ophidiasteridae, é muito comum na região da Madeira. Pode ser encontrada em substratos rochosos desde a zona intertidal até cerca de 100 metros de profundidade. Espécie que pode alcançar os 30 centímetros de diâmetro total e a superfície do corpo é coberta por uma delicada granulação desprovida de espinhos. A coloração é uniforme, vermelha escura ou carmim.

Diana Catarino, in Água&Ambiente, Agosto/2010

48 |Selvagem Pequena

Page 48: Campanha M@rBis Selvagens 2010

49Selvagem Pequena |

Dav

id V

illeg

as R

ios

Estrela-do-mar-vermelha Ophidiaster ophidianus.

Nun

o Va

sco

Rodr

igue

s

Page 49: Campanha M@rBis Selvagens 2010

Castanheta-amarela Chromis limbata.

Dav

id V

illeg

as R

ios

Cardume de castanheta-amarela Chromis limbata.

EMEP

C

50 |Selvagem Pequena

Page 50: Campanha M@rBis Selvagens 2010

51Selvagem Pequena |

EMEP

C

Equipa de mergulhadores em trabalho de amostragem na zona subtidal.

EMEP

C

Paisagem marinha com cardume da espécie Thalassoma pavo.

Page 51: Campanha M@rBis Selvagens 2010

Pedr

o G

omes

- H

ARM

ON

IA

Fundo marinho da Ilha Selvagem Pequena dominado pela esponja Aplysina aerophoba.

52 |Selvagem Pequena

Page 52: Campanha M@rBis Selvagens 2010

53Selvagem Pequena |

EMEP

C

Esponja-amarela Aplysina aerophoba.

EMEP

C

Paisagem marinha com Aplysina aerophoba e Asparagopis taxiformis.

Page 53: Campanha M@rBis Selvagens 2010

EMEP

C

Dupla de mergulhadores perscruta o fundo de uma baixa.

54 |Selvagem Pequena

Page 54: Campanha M@rBis Selvagens 2010

55Selvagem Pequena |

Nun

o Va

sco

Rodr

igue

s

Caranguejo-eremita Dardanus calidus.

Page 55: Campanha M@rBis Selvagens 2010

Dav

id V

illeg

as R

ios

Alga do género Dictyota.

Dav

id V

illeg

as R

ios

56 |Selvagem Pequena

Page 56: Campanha M@rBis Selvagens 2010

57Selvagem Pequena |

Dav

id V

illeg

as R

ios

Alga Asparagopsis taxiformis.

Page 57: Campanha M@rBis Selvagens 2010

Bivalve Pinna rudis.

EMEP

C

EMEP

C

Pormenor do bivalve Pinna rudis.

Cavaco Scyllarides latus.

EMEP

C

EMEP

C

58 |Selvagem Pequena

Page 58: Campanha M@rBis Selvagens 2010

59Selvagem Pequena |

EMEP

C

Moreia-preta Muraena augusti.

Page 59: Campanha M@rBis Selvagens 2010

EMEP

C

Registo de espécies ao longo de um transecto percorrido pelo mergulhador.

60 |Selvagem Pequena

Page 60: Campanha M@rBis Selvagens 2010

61Selvagem Pequena |

EMEP

C

Um macho e duas fêmeas da espécie Sparisoma cretense.

Page 61: Campanha M@rBis Selvagens 2010

Nun

o Va

sco

Rodr

igue

s

Castanheta-preta Abudefduf luridus.

Dav

id V

illeg

as R

ios

Cada grupo de mergulhadores incluía biólogos de diferentes especialidades: ictiologia (estudo de peixes), estudo das esponjas, algas, corais, moluscos, etc.. A região das Selvagens foi inicialmente dividida em sectores nos quais se fizeram transectos e se recolheram amostras provenientes de raspagens, que foram entretanto identificadas e catalogadas. Para além das raspagens foram também recolhidas e catalogadas amostras da fauna e flora local. Os peixes foram identificados e fotografados.

Diana Catarino, in Água&Ambiente, Agosto/2010

62 |Selvagem Pequena

Page 62: Campanha M@rBis Selvagens 2010

63Selvagem Pequena |

Nun

o Va

sco

Rodr

igue

s

Bodião-verde Thalassoma pavo.

Page 63: Campanha M@rBis Selvagens 2010

Dav

id V

illeg

as R

ios

Alga Caulerpa webbiana.

64 |Selvagem Pequena

Page 64: Campanha M@rBis Selvagens 2010

65Selvagem Pequena |

EMEP

C

Maerl Lithothamnium corallioides.

Page 65: Campanha M@rBis Selvagens 2010

Regresso de mergulhadores após amostragem ao largo da Praia do Desembarcadouro.

Cipr

iano

Cor

reia

66 |Selvagem Pequena

Page 66: Campanha M@rBis Selvagens 2010

67Selvagem Pequena |

Postura de gastrópode da espécie Stramonita haemastoma.

Món

ica

Alb

uque

rque

Món

ica

Alb

uque

rque

Barb

ara

Teix

eira

Laboratório de campo na Ilha Selvagem Pequena.

Identificação das espécies recolhidas na zona intertidal.

EMEP

C

Rocha colonizada por organismos no intertidal.

Page 67: Campanha M@rBis Selvagens 2010

No final de cada dia enquanto o sol despejava os últimos raios era tempo de um banho (de água fria, claro), reorganizar as notas e a informação que devia ser carregada no sistema, jantar, ouvir umas histórias e dormir porque no outro dia bem cedinho começava tudo de novo.

José Tourais, in Portugal Dive, Novembro/2010

Os maiores resíduos [...] permanecem ao largo da ilha, e fazem com que esta pareça saída de um filme de caça ao tesouro: são os destroços de um petroleiro que aqui naufragou e um pedaço de um mastro de um navio que chegou a terra trazido pela maré.

Diana Catarino, in Portal Planetazul, 01/07/2010

68 |Selvagem Pequena

Page 68: Campanha M@rBis Selvagens 2010

69Selvagem Pequena |

Rui E

stev

es S

ilva

O petroleiro Cerno afundado na Ilha Selvagem Pequena em 1971 ainda hoje faz parte da paisagem.

Page 69: Campanha M@rBis Selvagens 2010

Praia do Desembarcadouro na Ilha Selvagem Pequena.

Rui E

stev

es S

ilva

70 |Selvagem Pequena

Page 70: Campanha M@rBis Selvagens 2010

71Selvagem Pequena |

Beat

riz O

livei

ra

Beat

riz O

livei

ra

Instalação de uma Rede de Motes para medição de parâmetros físicos como humidade, temperatura e luminosidade.

Page 71: Campanha M@rBis Selvagens 2010

Em Junho, o chão da Pequena está pejado de calcamares. É uma ave que voa calcando o mar. O calcamar escava profundos ninhos em solos arenosos. Para não pisar ovos é obrigatório não sair dos trilhos.

Catarina Neves, in Expresso, 17/07/2010

“A partir daqui é a colónia de calcamares.” Zona interdita aos caminhantes incautos (…), porque estas aves marinhas que andam sobre o mar, daí o nome, escavam os ninhos no chão arenoso. Só há esta subespécie nas Selvagens.

Teresa Firmino, in Público, 22/06/2010

72 |Selvagem Pequena

Page 72: Campanha M@rBis Selvagens 2010

73Selvagem Pequena |

Trilho principal ladeado de ninhos subterrâneos da espécie Pelagodroma marina. Ao fundo o Pico do Veado, com 49m de altitude, é o ponto mais alto da Ilha.

Cipr

iano

Cor

reia

Page 73: Campanha M@rBis Selvagens 2010

Paisagem vulcânica na Ilha Selvagem Pequena.

João

Ped

ro P

io

Fern

ando

Tem

pera

Afloramento de rocha vulcânica fracturada da Ilha Selvagem Pequena.

74 |Selvagem Pequena

Page 74: Campanha M@rBis Selvagens 2010

75Selvagem Pequena |

Pedr

o Ca

stel

o

Alma-negra Bulweria bulwerii.

Calcamar Pelagodroma marina.

Rui E

stev

es S

ilva

Alma-negra (Bulweria bulwerii)Pardela graciosa e quase toda escura, com asas longas e estreitas e cauda longa. Desliza frequentemente de asas arqueadas. Reproduz-se em colónias, nas ilhas do Atlântico. Na área, reproduz-se sobretudo na Madeira, embora alguns o façam nas Ilhas Canárias entre Junho e Outubro. Regressa às colónias à noite e alimenta-se sozinho, não formando bandos.

Diana Catarino, in Água&Ambiente, Agosto/2010

Calcamar (Pelagodroma marina)É o único painho desta região que possui coloração branca nas partes inferiores. Sobrevoa o mar, rente à água, com asas rigidamente [esticadas], dando um impulso com as pernas longas, na superfície, para ganhar altitude. Reproduz-se em grande número nas Selvagens, regressando ao ninho à noite [sendo] raramente avistado no mar.

Diana Catarino, in Água&Ambiente, Agosto/2010

Page 75: Campanha M@rBis Selvagens 2010

Bárb

ara

Teix

eira

Ninho de cria de calcamar Pelagodroma marina.

76 |Selvagem Pequena

Page 76: Campanha M@rBis Selvagens 2010

77Selvagem Pequena |

Cláu

dia

Sobr

eiro

Cria de calcamar Pelagodroma marina.

Page 77: Campanha M@rBis Selvagens 2010

Rui E

stev

es S

ilva

Caranguejo-judeu Grapsus adscensionis.

78 |Selvagem Pequena

Page 78: Campanha M@rBis Selvagens 2010

79Selvagem Pequena |

Rui E

stev

es S

ilva

Limonium papillatum.

Barrilha Mesembryanthemum crystallinum.

Rui E

stev

es S

ilva

Cláu

dia

Sobr

eiro

Barrilha Mesembryanthemum nodiflorum.

A lagartixa da espécie Teira dugesii selvagensis ocorre exclusivamente nas Ilhas Selvagens.

Món

ica

Alb

uque

rque

Page 79: Campanha M@rBis Selvagens 2010

80 |Selvagem Pequena

Avistam-se os três navios da expedição que assentaram arraiais ao largo deste pedaço de terra, e que representam três tempos da descoberta e exploração dos oceanos pelos portugueses: a Vera Cruz, réplica das caravelas dos Descobrimentos, da Associação Portuguesa de Treino de Vela; o veleiro Creoula, construído nos anos 30 como bacalhoeiro na Terra Nova e agora ao serviço da Marinha; e o navio oceanográfico Almirante Gago Coutinho, também da Marinha, equipado com tecnologias do século XXI.

Teresa Firmino, in Público, 22/06/2010

Page 80: Campanha M@rBis Selvagens 2010

81Selvagem Pequena |

Navios de apoio à Campanha ao largo da Ilha Selvagem Pequena.

Íris

Sam

paio

Page 81: Campanha M@rBis Selvagens 2010

82 |Selvagem Pequena

Caravela “Vera Cruz” ao largo da Ilha Selvagem Pequena.

Fern

ando

Tem

pera

Page 82: Campanha M@rBis Selvagens 2010

83Selvagem Pequena |

Dav

id A

beca

ssis

Beat

riz O

livei

ra

Chegada da Caravela “Vera Cruz” à Ilha Selvagem Pequena.

A Caravela “Vera Cruz” transportou até às Ilhas Selvagens grupos de cientistas, estudantes e professores.

Nem toda a gente tem o enorme privilégio de trabalhar no que gosta, mas quis a fortuna, que nesse aspecto, a minha vida tenha sido um mar de aventuras, emoções e de fantásticos momentos que guardo na memória. São momentos mágicos, são pessoas que valeu a pena conhecer e partilhar a sua estima, são avultadas doses de natureza e muito mar pelos quatro cantos do mundo que me enriquecem a alma e o espírito. Nestes projectos de vida, há sempre algo que nos marca mais, e se torna muito especial e no meu caso, em representação da Nautilus-Sub, as expedições em que tenho participado, a bordo do Creoula, como coordenador de mergulho, têm um sabor diferente a mar, à vida dos nossos oceanos, a mergulho, a navegação e também a amizade, profissionalismo e sucesso.

José Tourais, in Portugal Dive, Novembro/2010

Page 83: Campanha M@rBis Selvagens 2010

84 |Selvagem Pequena

N.T.M. “Creoula” próximo dos perigosos baixios da Ilha Selvagem Pequena.

Fern

ando

Tem

pera

Page 84: Campanha M@rBis Selvagens 2010

85Selvagem Pequena |

Dia-a-dia no N.T.M. “Creoula”.

Man

uel B

isco

ito

Pedr

o Ca

stel

o

N.T.M. “Creoula” ao largo da Ilha Selvagem Pequena.

Os biólogos mergulhadores seguem noutro navio da Marinha portuguesa. A bordo do “Creoula” o dia nunca termina sem pelo menos quatro mergulhos de cerca de meia hora cada. Enquanto uns fotografam, filmam e recolhem todo o material que ajude a retratar a biodiversidade das Selvagens, outros separam organismos e identificam-nos, distribuindo-os por pequenos frascos cheios de álcool.

Catarina Neves, in Expresso, 17/07/2010

Page 85: Campanha M@rBis Selvagens 2010

86 |Selvagem Pequena

Dav

id A

beca

ssis

Equipa de cientistas, a bordo do N.T.M. “Creoula”, efectua triagem do material recolhido em mergulho ao largo da Ilha Selvagem Pequena.

Page 86: Campanha M@rBis Selvagens 2010

87Selvagem Pequena |

Cientistas observam um exemplar da espécie Diadema antillarum.

Rui E

stev

es S

Ilva

Cientistas procuram identificar o resultado de um mergulho.

Fern

ando

Tem

pera

No Creoula, equipas de mergulhadores vão até aos 25 metros de profundidade recolher exemplares de fauna e flora, fotografar e filmar. Entre os afazeres obrigatórios para todos - limpar o navio ou ajudar na cozinha a escamar douradas e a lavar panelões -, cumprem-se cinco mergulhos por dia.

Teresa Firmino, in Público, 22/06/2010

Page 87: Campanha M@rBis Selvagens 2010

88 |Selvagem Pequena

Não conheço ninguém, miúdo ou graúdo, homem ou mulher, velho ou novo que não se tenha encantado com este emblemático navio, com a sua guarnição e com a vida a bordo. Se adicionarmos a possibilidade de se fazerem excelentes mergulhos, muita fauna e um projecto interessante, temos os ingredientes para o sucesso de uma missão.

José Tourais, in Portugal Dive, Novembro/2010

Page 88: Campanha M@rBis Selvagens 2010

89Selvagem Pequena |

N.T.M. “Creoula” fundeado com vista para a Selvagem Pequena.

Dio

go A

lpui

m C

osta

Page 89: Campanha M@rBis Selvagens 2010

90 |Selvagem Pequena

N.R.P. “Almirante Gago Coutinho” à chegada à Selvagem Pequena.

Dio

go A

lpui

m C

osta

Page 90: Campanha M@rBis Selvagens 2010

91Selvagem Pequena |

R.O.V. LUSO instalado na tolda do N.R.P. “Almirante Gago Coutinho”.

Rosa

Pire

s

Page 91: Campanha M@rBis Selvagens 2010

92 |Selvagem Pequena

A bordo do N.R.P. “Almirante Gago Coutinho”, a equipa do mergulho mais profundo, tratava de organizar o seu trabalho e a vida para eles também não era de facilidades, e percebia-se à légua uma constante movimentação de pessoas e do navio, sinal que não estavam de férias por lá. Facilmente se poderá imaginar que a logística de verificações e preparação do R.O.V. e dos seus mergulhos, bem como no final toda a panóplia de coisas que é necessário organizar, limpar e arrumar, não deixaria muito tempo livre a este grupo de trabalho.

José Tourais, in Portugal Dive, Novembro/2010

Page 92: Campanha M@rBis Selvagens 2010

93Selvagem Pequena |

Man

uel

Bisc

oito

Preparação de um mergulho com o R.O.V. LUSO.

Man

uel B

isco

ito

Descida do R.O.V. LUSO para um mergulho ao largo da Ilha Selvagem Pequena.

Man

uel

Bisc

oito

Início da operação de mergulho com o R.O.V. LUSO.

Page 93: Campanha M@rBis Selvagens 2010

94 |Selvagem Pequena

“É preciso ter paciência”.

“- O R.O.V. vai mergulhar agora? - Não, ainda não. Talvez daqui a uma hora”. Uma hora depois. “- É agora? - Não, ainda não”. E passam várias horas sem que o robot submarino faça o tão desejado mergulho no Atlântico, ao largo das Selvagens. Para que a operação corra bem é preciso ter paciência e garantir que todas as peças estão a funcionar. E isso é uma tarefa que envolve todos e que tende a arrastar-se no tempo. “Mais meia hora e está pronto”, diz um dos pilotos do R.O.V., enquanto suja as mãos com óleo nos derradeiros preparativos. E lá passa mais, não meia mas, uma hora...

Catarina Neves, in SicOnline, 12/06/2010

Page 94: Campanha M@rBis Selvagens 2010

95Selvagem Pequena |

Man

uel B

isco

ito

Subida do R.O.V. LUSO após mergulho nocturno.

Pedr

o Ca

stel

o

Pedr

o Ca

stel

o

Sala do N.R.P. “Almirante Gago Coutinho” onde os cientistas observam em directo as imagens captadas pelo R.O.V. LUSO.

Cabine de controlo do R.O.V. LUSO durante um mergulho.

Man

uel B

isco

ito

Page 95: Campanha M@rBis Selvagens 2010

96 |Selvagem Pequena

R.O

.V. L

USO

R.O.V. LUSO avista um exemplar de uma esponja a 766m.

Lagarto-do-mar Aulopus filamentosus.R.O.V. LUSO em manobra de recolha com o braço de 7 funções.

R.O

.V. L

USO

R.O

.V. L

USO

Às 17h28, de sexta-feira, o R.O.V. “LUSO” está na água. Vai descer cerca de 800 metros até ao fundo do mar. E vai colocar na cara dos cientistas um delicioso sorriso que só a paciência tornou possível.

Catarina Neves, in SicOnline, 12/06/2010

Page 96: Campanha M@rBis Selvagens 2010

97Selvagem Pequena |

A 848 m um tubarão do género Deania é avistado. R.O.V. LUSO procede à recolha de um coral do género Stichopathes.

R.O

.V. L

USO

R.O

.V. L

USO

Lá em cima, estão dois investigadores que identificam o que aparece na imagem do R.O.V.. Juntos, identificam as amostras e pedem aos operadores do aparelho que as tentem recolher, tarefa que nem sempre é fácil devido às características do fundo e à intensidade da corrente.

Diana Catarino, in AmbienteOnline, 24/06/2010

Page 97: Campanha M@rBis Selvagens 2010

98 |Selvagem Pequena

Como lembra Manuel Biscoito, conservador do Museu Municipal do Funchal (História Natural), “numa rocha com pouco mais de quatro quilos – estamos a falar de uma rochinha - extraíram-se mais de 50 amostras biológicas, ou seja, mais de 50 espécies diferentes viviam numa simples rocha capturada a 800 metros de profundidade”. E isto é só um exemplo da diversidade de vida que existe nas Selvagens, mesmo que para ser descoberta tenhamos de usar microscópio.

Catarina Neves, in Expresso, 17/07/2010

Man

uel B

isco

itoM

anue

l Bis

coito

Primeira análise das amostras provenientes do fundo do mar.

Resultado da recolha de um mergulho ao largo da Ilha Selvagem Pequena.Recolha a 273m de uma gorgónia da ordem Alcyonacea.

R.O

.V. L

USO

Page 98: Campanha M@rBis Selvagens 2010

99Selvagem Pequena |

Leitura dos dados oceanográficos adquiridos.

Operação de recuperação do equipamento UCTD.

Man

uel B

isco

ito

Man

uel B

isco

ito

Man

uel B

isco

ito

O navio “Almirante Gago Coutinho” demorou mais tempo que o Creoula porque foi (...) [navegando mais devagar] para fazer medições de condutividade, temperatura (...) da água do mar. Esses dados são recolhidos por uma sonda colocada na água e depois transferidos para um dos vários computadores a bordo. Serve, por exemplo, para perceber se a água do Mediterrâneo chega às Selvagens. E foi por causa de operações como esta que alguns cientistas não dormiram toda a noite e a expedição ainda mal começou.

Catarina Neves, in SicOnline, 11/06/2010

Page 99: Campanha M@rBis Selvagens 2010

100 |Selvagem Pequena

Se tudo correr bem, no final do ano será possível aos investigadores saber a quantidade e as características das espécies encontradas, o sexo, em que tipo de habitat estavam, a que profundidade e até qual o ponto GPS em que se encontravam. O objectivo do programa é inventariar tudo o que esteja em águas portuguesas e inseri-lo no M@rBis.

Diana Catarino, in Água&Ambiente, Agosto/2010

O Programa M@rBis visa “construir um sistema de informação sobre a biodiversidade marinha que permita a Portugal dispor de um inventário e cartografia dos valores marinhos, identificando as espécies e os locais importantes para a conservação da natureza e integrando os dados numa rede de informação e apoio àdecisão”. Esta é a explicação oficial que, no fundo, o que quer dizer é que os cientistas desejam conhecer cada vez mais a fauna e a flora dos mares assim como noutros tempos houve homens que quiseram descobrir novas terras, dando mundos ao mundo.

Catarina Neves, in SicOnline, 11/06/2010

Page 100: Campanha M@rBis Selvagens 2010

101Selvagem Pequena |

Pedr

o Ca

stel

oFe

rnan

do Te

mpe

ra

Diário de Bordo da Campanha EMEPC/M@rBis/Selvagens2010 sempre actualizado.

Da passagem pela Selvagem Pequena, antes portanto de a expedição se mudar para a Selvagem Grande, encontram-se ecos no diário pessoal de Mónica Albuquerque, bióloga da EMEPC. “O dia promete ser animado, porque vem muita gente a terra e há o jogo de Portugal [com a Costa do Marfim]”, escreve a 15 de Junho, acrescentando que, após o pequeno-almoço, as visitas começam a chegar para ajudar nas saídas entre marés e na recolha de lixo. “Chocou-me o facto de serem ilhas desabitadas, mas com muito lixo provocado pelo Homem e que é lançado no mar chegando a destinos tão longínquos como este”, anota. “De tarde, a vida em terra foi abalada com a chegada de 30 ou 40 pessoas para verem o jogo. Conseguiram mesmo trazer do Creoula uma televisão maior.”

Teresa Firmino, in Público, 22/06/2010

Page 101: Campanha M@rBis Selvagens 2010

102 |Selvagem Pequena

A Selvagem Pequena poderia ser um paraíso intocado. Podia, porque, mesmo a várias milhas das Canárias e do Funchal, toda a zona costeira da ilha foi invadida por resíduos trazidos pela maré, cuja cor contrasta com o castanho que a caracteriza. Os investigadores parceiros da EMEPC decidiram empreender uma nobre missão: munidos de sacos do lixo, cerca de uma dezena esquadrinhou as praias, tentando apanhar o máximo de resíduos possível.

Diana Catarino, in portal Planetazul, 01/07/2010

A prioridade é apanhar o plástico, e vê-se de tudo: desde molas partidas a bocados de tubos, os sacos são rapidamente enchidos e formam uma grande montanha no meio da ilha. Depois, virá o barco patrulha recolher os resíduos para os levar para o Funchal, aproveitando a rendição dos vigilantes.

Diana Catarino, in AmbienteOnline, 27/06/2010

[Os] achados mais inesperados aconteceram à superfície e são uma séria ameaça à biodiversidade. Garrafas, redes de pesca, tubos, bidões, baldes, bóias, tudo se pode encontrar nas praias das Selvagens, apesar de este pequeno arquipélago se encontrar no meio do Atlântico, não ser habitado nem ter praticamente acção humana. A operação de limpeza encheu 40 grandes sacos de lixo que foram embarcados para o Funchal.

Virgílio Azevedo, in Expresso, 02/10/2010

Page 102: Campanha M@rBis Selvagens 2010

103Selvagem Pequena |

Fern

ando

Tem

pera

Lixo resultante da campanha de limpeza pronto a embarcar rumo ao Funchal.

Rui

Este

ves

Silv

a

Os resíduos provenientes das grandes metrópoles dão todos os dias à costa desta ilha.

Rui E

stev

es S

Ilva

O lixo plástico flutua pelo oceano e encontra destino em paragens distantes como na ilha desabitada da Selvagem Pequena.

Paul

o Ca

try

A limpeza das praias da Selvagem Pequena mobilizou toda a equipa.

Page 103: Campanha M@rBis Selvagens 2010

104 |Selvagem Grande

Page 104: Campanha M@rBis Selvagens 2010

105Selvagem Grande |Fe

rnan

do T

empe

ra

Selvagem Grande

Depois de deixar a Selvagem Pequena, os três navios rumaram à Selvagem Grande. Na aproximação à ilha, rapidamente se percebe que as suas características são bastante distintas: umapequena enseada permite o desembarque para escarpas que se vão sobrepondo até perto dos 200 metros de altura.

Diana Catarino, in AmbienteOnline, 28/06/2010

Page 105: Campanha M@rBis Selvagens 2010

106 |Selvagem Grande

Não há uma árvore. A vegetação é rasteira ou limitada a tufos, o terreno pedregoso. O ponto mais elevado, o Pico da Atalaia, a 163 metros, ostenta o farol. Tudo o que se ouve é o vento que assobia. Mas encontra-se gente aqui. No centro do planalto dispõem-se quatro muros de pedra, com ninhos numerados. “Estes muros são quase de certeza anteriores ao século XX. Não se sabe quem os fez, nem quando. Mas deixaram buracos para recolher os pintos.”

Teresa Firmino, in Público, 22/06/2010

Page 106: Campanha M@rBis Selvagens 2010

107Selvagem Grande |

Dio

go A

lpui

m C

osta

Enseada da Fonte das Galinhas vista do planalto da Ilha Selvagem Grande.

Page 107: Campanha M@rBis Selvagens 2010

108 |Selvagem Grande

A Selvagem Grande, assenta numa plataforma que vem de quotas mais profundas e com um fundo mais diversificado em termos de estrutura e profundidades, com dois ilhéus o Palheiro de Terra e do Mar e várias baixas, a mais distante das quais a cerca de 2 milhas. Por ser uma ilha maior (praticamente 1 milha de diâmetro), foi dividida em 8 sectores, a serem cobertos pelos mergulhadores. As zonas a Sul e a Oeste mais abrigadas, facilitaram a tarefa dos grupos de trabalho, mas a Norte e a Leste, mais desprotegidos e praticamente sempre com vento fresco, tornaram a missão mais difícil mas graças ao espírito dos grupos de trabalho, não impossível.

José Tourais, in Portugal Dive, Novembro/2010

Page 108: Campanha M@rBis Selvagens 2010

109Selvagem Grande |

Dav

id V

illeg

as R

ios

Fundo marinho com cardume de bogas Boops boops.

Page 109: Campanha M@rBis Selvagens 2010

110 |Selvagem Grande

Porquinho Canthigaster capistrata.

Nun

o Va

sco

Rodr

igue

s

Dav

id V

illeg

as R

ios

Page 110: Campanha M@rBis Selvagens 2010

111Selvagem Grande |

Um macho da espécie Thalassoma pavo.

Dav

id V

illeg

as R

ios

Dav

id V

illeg

as R

ios

Um cardume de fêmeas de Thalassoma pavo.

Page 111: Campanha M@rBis Selvagens 2010

112 |Selvagem Grande

Pedr

o G

omes

- H

ARM

ON

IA

Fura-vasos Heteropriacanthus cruentatus.

Page 112: Campanha M@rBis Selvagens 2010

113Selvagem Grande |

Nun

o Va

sco

Rodr

igue

s

Dois exemplares do peixe-lagarto Synodus saurus.

Page 113: Campanha M@rBis Selvagens 2010

114 |Selvagem Grande

Rica

rdo

Ara

újo

Alfonsinho Apogon imberbis.

Page 114: Campanha M@rBis Selvagens 2010

115Selvagem Grande |

Dav

id V

illeg

as R

ios

Um mero da espécie Epinephelus marginatus.Fura-vasos Heteropriacanthus cruentatus.

EMEP

CJo

sé T

oura

is

Bicuda Sphyraena viridensis.

Dav

id V

illeg

as R

ios

Pseudocaranx dentex.

Page 115: Campanha M@rBis Selvagens 2010

116 |Selvagem Grande

A Baixa da Joana, a Baixa do Crocodilo a Sul, as Baixas do Oeste, as Baixas do Noroeste e os Palheiros de Terra e do Mar são simplesmente mergulhos fabulosos, com um carinho muito especial pelos 2 palheiros pelo lado exterior e pelas Baixas da Joana e do Oeste. O mesmo tipo de vida que na Selvagem Pequena, mas mais exuberante e em maior quantidade. Vi nesta ilha badejos grandes e encharéus que não tinha visto na Pequena.

José Tourais, in Portugal Dive, Novembro/2010

Page 116: Campanha M@rBis Selvagens 2010

117Selvagem Grande |

Nun

o Va

sco

Rodr

igue

s

Dupla de mergulhadores em direcção ao ponto inicial de amostragem.

Page 117: Campanha M@rBis Selvagens 2010

118 |Selvagem Grande

Moreão Gymnothorax unicolor.

EMEP

C

EMEP

C

Page 118: Campanha M@rBis Selvagens 2010

119Selvagem Grande |

Macho de Sparisoma cretense.

Dav

id V

illeg

as R

ios

Fêmea da espécie Sparisoma cretense.

Dav

id V

illeg

as R

ios

Page 119: Campanha M@rBis Selvagens 2010

120 |Selvagem Grande

Peixe-cão (Bodianus scrofa)É uma espécie de peixe da família Labridae que vive no litoral em zonas de fundo rochoso até aos 50 metros de profundidade. Os machos possuem corpo avermelhado, com tonalidade verde azulada, enquanto as fêmeas possuem dorso vermelho alaranjado e uma banda amarela nos flancos. Medem até 65 centímetros de comprimento.

Diana Catarino, in Água&Ambiente, Agosto/2010

Page 120: Campanha M@rBis Selvagens 2010

121Selvagem Grande |

Nun

o Va

sco

Rodr

igue

s

Peixe-cão Bodianus scrofa.

Page 121: Campanha M@rBis Selvagens 2010

122 |Selvagem Grande

Sapo Chilomycterus atringa.

EMEP

C

Dav

id V

illeg

as R

ios

Page 122: Campanha M@rBis Selvagens 2010

123Selvagem Grande |

José

Tou

rais

Ferro do N.T.M. “Creoula” junto à Selvagem Grande.

José

Tou

rais

Trombeta Aulostomus strigosus.

Page 123: Campanha M@rBis Selvagens 2010

124 |Selvagem Grande

Nun

o Va

sco

Rodr

igue

s

Postura de um nudibrânquio.

Page 124: Campanha M@rBis Selvagens 2010

125Selvagem Grande |

Pedr

o G

omes

- H

ARM

ON

IA

Fundo marinho da Selvagem Grande. Em primeiro plano uma postura de uma lesma-do-mar (nudibrânquio).

Page 125: Campanha M@rBis Selvagens 2010

126 |Selvagem Grande

José

Tou

rais

Ouriço-de-espinhos-compridos Diadema antillarum.

EMEP

C

Page 126: Campanha M@rBis Selvagens 2010

127Selvagem Grande |

Ouriço-coração-branco Brissus unicolor.

Rica

rdo

Ara

újo

EMEP

C

Page 127: Campanha M@rBis Selvagens 2010

128 |Selvagem Grande

Dav

id V

illeg

as R

ios

Hidrozoário Pennaria disticha.

EMEP

C

Lesma-do-mar Hypselodoris picta.

Nun

o Va

sco

Rodr

igue

s

Esponja Crambe crambe. Molusco Charonia variegata.

EMEP

C

Page 128: Campanha M@rBis Selvagens 2010

129Selvagem Grande |

Lesma-do-mar Hypselodoris picta.

Dav

id V

illeg

as R

ios

Page 129: Campanha M@rBis Selvagens 2010

130 |Selvagem Grande

EMEP

C

EMEP

C

EMEP

C

Um grupo de Seriolas preda um cardume de pequenos peixes da espécie Boops boops.

EMEP

C

Page 130: Campanha M@rBis Selvagens 2010

131Selvagem Grande |

Lírio Seriola rivoliana.

EMEP

C

Page 131: Campanha M@rBis Selvagens 2010

132 |Selvagem Grande

Hidrozoário Aglaophenia pluma.

EMEP

C

Page 132: Campanha M@rBis Selvagens 2010

133Selvagem Grande |

Dav

id V

illeg

as R

ios

Alga Caulerpa webbiana.

Page 133: Campanha M@rBis Selvagens 2010

134 |Selvagem Grande

[Um] dos objectivos passava por identificar espécies que integram a Rede Natura 2000: aqui, os biólogos encontraram a [espécie] Scyllarides latus (cavaco grande), algas calcárias, que fazem parte da comunidade de maerl e a [espécie] Caretta caretta (tartaruga boba). De acordo com Manuel Pinto de Abreu, o chefe de missão da EMEPC, estas espécies são importantes para uma eventual classificação da área com estatuto especial de protecção no âmbito da biodiversidade.

Diana Catarino, in Água&Ambiente, Agosto/2010

Page 134: Campanha M@rBis Selvagens 2010

135Selvagem Grande |

Tartaruga boba Caretta caretta.

Cipr

iano

Cor

reia

Page 135: Campanha M@rBis Selvagens 2010

136 |Selvagem Grande

Estrela-do-mar-de-espinhos Marthasterias glacialis. Moreia-preta Muraena augusti.

EMEP

C

Rui A

lcân

tara

Page 136: Campanha M@rBis Selvagens 2010

137Selvagem Grande |

Crinóide Antedon bifida.

EMEP

C

Page 137: Campanha M@rBis Selvagens 2010

138 |Selvagem Grande

José

Tou

rais

Pormenor da amarra do N.T.M. “Creoula”.

Page 138: Campanha M@rBis Selvagens 2010

139Selvagem Grande |

João

Ped

ro P

io

N.T.M. “Creoula” avistado a partir do flanco sul da Ilha Selvagem Grande. A equipa participou nas manobras do pano, que consistem em içar as velas sempre que necessário.

Dio

go A

lpui

m C

osta

Page 139: Campanha M@rBis Selvagens 2010

140 |Selvagem Grande

Aves à vista

Os ornitólogos tinham como missão estudar as aves marinhas, fazendo uma contagem dos avistamentos, identificando as várias espécies, além de sinalizar os comportamentos em época de nidificação. O trabalho começou à saída do Funchal e durante cerca de oito horas por dia, pelo menos um ornitólogo fazia a contagem e identificação das espécies avistadas.

Diana Catarino, in Água&Ambiente, Agosto/2010

Page 140: Campanha M@rBis Selvagens 2010

141Selvagem Grande |

José

Tou

rais

Observação de aves e mamíferos marinhos a partir do N.T.M. “Creoula”.

Page 141: Campanha M@rBis Selvagens 2010

142 |Selvagem Grande

Uniformizar o processo de catalogação das amostras era um dos desafios. «Era importante que as pessoas trabalhassem da mesma forma durante os processos», defende a responsável, lembrando que o planeamento é fundamental para o sucesso de qualquer plataforma deste género. «Os biólogos responderam muito bem, os mergulhadores conseguiram triar as amostras depois de cada mergulho e inserir diariamente a informação no M@rBis. Também as fotografias foram triadas e catalogadas, um trabalho exaustivo mas que funcionou muito bem, especialmente porque existiu um espírito de equipa, independente dos institutos ou universidades para os quais as pessoas trabalham», adianta Estibaliz Berecibar.

É agora tempo de começar a separar e identificar as amostras que ficaram por triar: «Só para dar um exemplo, recolhemos um tapete de cinco centímetros quadrados e identifiquei 40 espécies de algas, já para não falar de poliquetas e gastrópodes. É muita coisa», remata Estibaliz Berecibar.

Diana Catarino, in Água&Ambiente, Agosto/2010

Page 142: Campanha M@rBis Selvagens 2010

143Selvagem Grande |

Man

uel B

isco

ito

Observação à lupa binocular de exemplares recolhidos no mergulho da manhã.

Page 143: Campanha M@rBis Selvagens 2010

144 |Selvagem Grande

Transbordo de elementos da equipa do N.T.M. “Creoula” para terra.

EMEP

C

Page 144: Campanha M@rBis Selvagens 2010

145Selvagem Grande |

Man

uel B

isco

ito

Cientistas efectuam triagens ao largo da Ilha Selvagem Grande.

Rui E

stev

es S

ilva

Laboratório de campanha a bordo do N.T.M. “Creoula”.

Page 145: Campanha M@rBis Selvagens 2010

146 |Selvagem Grande

Professores e alunos também aceitaram o convite e não são mais porque nem a logística nem a época de exames o permite. «Todos os núcleos de investigação querem ir ao mar, não há tantas oportunidades como isso, já que é um conjunto de trabalhos muito grande e é um período de tempo relativamente longo. Isto mostra a aceitação que a EMEPC tem ao nível da comunidade científica, talvez fruto da nossa postura: o que podemos partilhar, ajudar e dar, fazemo-lo», defende o chefe de missão.

Diana Catarino, in AmbienteOnline, 07/06/2010

Page 146: Campanha M@rBis Selvagens 2010

147Selvagem Grande |

Dio

go A

lpui

m C

osta

Registo fotográfico das espécies identificadas.

José

Ped

ro B

orge

s

Triagem de moluscos a bordo do N.T.M. “Creoula”.

Rui E

stev

es S

ilva

Membro da equipa de cientistas ensina os alunos a triar o material recolhido.

Identificação de espécies com ajuda de guias de campo.

Ale

xand

re M

artin

s

Page 147: Campanha M@rBis Selvagens 2010

148 |Selvagem Grande

Algas Asparagopsis armata e Caulerpa webbiana.

Dav

id V

illeg

as R

ios

EMEP

CEM

EPC

Esponja na parede de um gruta.

Camarão-malhado Cinetorhynchus rigens.

Page 148: Campanha M@rBis Selvagens 2010

149Selvagem Grande |

Verme-do-fogo Hermodice carunculata.

Sofia

Hen

rique

s

Page 149: Campanha M@rBis Selvagens 2010

150 |Selvagem Grande

“- Desculpe, um quê? - Um cavaco grande, também chamado lagosta-da-pedra”. O cavaco grande é um crustáceo que habita os fundos rochosos e arenosos e que durante o dia refugia-se em concavidades ou grutas na rocha, só se deslocando à noite para procurar alimento enterrado na areia. Pode ultrapassar os 45 centímetros de comprimento. Tem uma carapaça robusta, castanha-avermelhada e mais ou menos quadrangular. Os conhecedores de marisco devem saber bem que animal é este, uma vez que é uma espécie muito apreciada na culinária madeirense. Mais difícil é encontrá-la no prato. Capturar um cavaco não é tarefa fácil, garantem os entendidos.

Esti adorava ter um [cavaco] na mesa improvisada do laboratório a bordo do “Creoula”, mas essa sorte acabaria por ficar para os investigadores na Selvagem Pequena, alguns dias depois. Um crustáceo que regressou ao mar assim que lhe foi retirada uma parte para análise.

Catarina Neves, in SicOnline, 15/06/2010

Page 150: Campanha M@rBis Selvagens 2010

151Selvagem Grande |

O cavaco Scyllarides latus é classificado pela Rede Natura 2000 como espécie de interesse comunitário.

EMEP

C

Page 151: Campanha M@rBis Selvagens 2010

152 |Selvagem Grande

Todos os dias se enchiam garrafas, preparava-se equipamento, distribuíam-se tarefas e faziam-se entre 25 a 30 mergulhos. No final eram recolhidas amostras e fotografias, tudo georeferenciado com coordenadas, triado o material recolhido, identificadas espécies, catalogadas, preparadas e organizadas as amostras. Discutiam-se algas, moluscos, peixes e crustáceos, riscas, pintas, espinhas e barbatanas, espécies e famílias e ainda tinha de sobrar tempo para ajudar na cozinha, na copa, nas limpezas e num sem número de tarefas que enchiam a vida dos instruendos a bordo do Creoula.

No navio muitos (…) ajudavam na organização e gestão do dia-a-dia, como nas limpezas, na copa, a lavar a loiça, na cozinha. Tarefas a que ninguém estava imune, incluindo naturalmente a equipa de mergulho. A guarnição do comandante aos praças, não podia ser melhor escolhida e na minha opinião em muito contribuíram para que o estado anímico dos tripulantes fosse positivo, descontraído e bem-disposto.

José Tourais, in Portugal Dive, Novembro/2010

Page 152: Campanha M@rBis Selvagens 2010

153Selvagem Grande |

Mar

isa

Batis

ta

Preparação de uma refeição na cozinha do N.T.M. “Creoula”.

Page 153: Campanha M@rBis Selvagens 2010

154 |Selvagem Grande

Rui E

stev

es S

ilva

A bordo do N.T.M. “Creoula”.

Page 154: Campanha M@rBis Selvagens 2010

155Selvagem Grande |

Filip

e H

enriq

ues

Fim de tarde no N.T.M. “Creoula”.

Page 155: Campanha M@rBis Selvagens 2010

156 |Selvagem Grande

Man

uel B

Isco

ito

N.R.P. “Schultz Xavier” e Caravela “Vera Cruz” ao largo da Ilha Selvagem Grande.

Page 156: Campanha M@rBis Selvagens 2010

157Selvagem Grande |

Rui E

stev

es S

ilva

Detalhe da Caravela “Vera Cruz”.

Page 157: Campanha M@rBis Selvagens 2010

158 |Selvagem Grande

A expedição marca ainda o arranque do programa “Professores a Bordo”, da EMEPC, que é inédito em Portugal: embarcadas no Creoula, duas professoras de Biologia e de Geologia do ensino secundário e outras duas destacadas nos centros Ciência Viva de Estremoz e Lagos vão participar na ciência feita numa campanha oceanográfica, tal como um cientista, para depois transmitir tudo aos alunos.

Teresa Firmino, in Público, 10/06/2010

Raqu

el C

osta

Raqu

el C

osta

Os alunos do ensino secundário vencedores do concurso “Kit do Mar 2010” tiveram a oportunidade de manobrar o Rovin dos Mares.

Os alunos do ensino secundário descobrem as potencialidades do Rovin dos Mares.

Page 158: Campanha M@rBis Selvagens 2010

159Selvagem Grande |

Preparação do Rovin dos Mares com isco para atrair a atenção dos peixes. Rovin dos Mares.

Ecrãn do Rovin dos Mares transmite em tempo real imagens do fundo marinho.Aluno manobra o Rovin dos Mares debaixo da atenção dos restantes.

Raqu

el C

osta

Ale

xand

re M

artin

s

Raqu

el C

osta

Beat

riz O

livei

ra

Page 159: Campanha M@rBis Selvagens 2010

160 |Selvagem Grande

O içar das velas na Caravela “Vera Cruz”. Caravela “Vera Cruz” ao largo da Ilha Selvagem Grande.

Raqu

el C

osta

Rui E

stev

es S

ilva

Page 160: Campanha M@rBis Selvagens 2010

161Selvagem Grande |

Rui E

stev

es S

ilva

A bordo da Caravela “Vera Cruz”.

Page 161: Campanha M@rBis Selvagens 2010

162 |Selvagem Grande

O navio “Almirante Gago Coutinho” parece uma extensão da terra. As portas são bastante pesadas, os corredores todos iguais, as camas em beliche e as cadeiras estão presas ao chão, mas só nos lembramos que estamos na água quando [vemos] o mar ou quando um marinheiro nos pergunta, com ar trocista: “é a primeira vez?”

Catarina Neves, in SicOnline, 11/06/2010

Page 162: Campanha M@rBis Selvagens 2010

163Selvagem Grande |

Dio

go A

lpui

m C

osta

N.R.P. “Almirante Gago Coutinho” ao largo da Ilha Selvagem Grande.

Page 163: Campanha M@rBis Selvagens 2010

164 |Selvagem Grande

Man

uel B

isco

ito

Vista para o convés do N.R.P. “Almirante Gago Coutinho”.

Page 164: Campanha M@rBis Selvagens 2010

165Selvagem Grande |

Início do lançamento do R.O.V. LUSO para a água. Recolha de amostras trazidas pelo R.O.V. LUSO após o regresso ao convés.

Man

uel B

isco

ito

Man

uel B

isco

ito

Man

uel B

isco

ito

Page 165: Campanha M@rBis Selvagens 2010

166 |Selvagem Grande

O dia seguinte acabaria por trazer novo fôlego aos cientistas. Nem todos os que seguem a bordo do (...) N.R.P. Almirante Gago Coutinho estão ligados à Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental, o grupo técnico-científico do Ministério da Defesa Nacional que lidera esta que é a maior expedição científica portuguesa de sempre. Alguns pertencem a instituições universitárias e de investigação portuguesas e estrangeiras. Pouco sabem sobre o R.O.V., mas não têm dúvidas que sem o aparelho não podem trabalhar. Precisam do material para (…) identificar, analisar e, finalmente, desenhar o mapa da biodiversidade nesta zona do oceano.

Catarina Neves, in SicOnline, 12/06/2010

Page 166: Campanha M@rBis Selvagens 2010

167Selvagem Grande |

Detalhe do crustáceo dentro de uma esponja de grandes dimensões.

Tentativa de aspiração de um pequeno crustáceo a 700m.

Um exemplar Cyttopsis rosea.

R.O

.V. L

USO

R.O

.V. L

USO

R.O

.V. L

USO

Page 167: Campanha M@rBis Selvagens 2010

168 |Selvagem Grande

R.O

.V. L

USO

R.O

.V. L

USO

Braço hidráulico de 7 funções do R.O.V. LUSO em operação recolhendo uma esponja.

R.O

.V. L

USO

Um tunicado do género Pyrosoma rodeado por vários crinóides.

R.O

.V. L

USO

Colonização de uma rocha por organismos sésseis. O braço com 7 funções em operação com o aspirador biológico.

Page 168: Campanha M@rBis Selvagens 2010

169Selvagem Grande |

Exemplares de várias espécies do filo Porifera (esponjas).

R.O

.V. L

USO

Page 169: Campanha M@rBis Selvagens 2010

170 |Selvagem Grande

Man

uel B

isco

ito

Lançamento de uma draga Van Veen durante o período nocturno. Preparação do lançamento de um flutuador para recolha de dados oceanográficos.

Man

uel B

isco

ito

Page 170: Campanha M@rBis Selvagens 2010

171Selvagem Grande |

Man

uel B

isco

ito

Membros da equipa juntaram-se no apoio à Selecção Nacional nos jogos do mundial de futebol 2010.

Page 171: Campanha M@rBis Selvagens 2010

172 |Selvagem Grande

R.O

.V. L

USO

Imagem de alta definição captada pelo R.O.V. LUSO a 353m de profundidade mostrando uma grande diversidade de espécies nos fundos marinhos das Ilhas Selvagens.

Page 172: Campanha M@rBis Selvagens 2010

173Selvagem Grande |

Quase 6 horas depois conseguirá trazer uma esponja (que muito entusiasmou os cientistas) e algumas rochas. Menos do que seria desejado, mas dentro do esperado. A noite terminará por volta das duas da manhã, depois de tudo o que foi recolhido ter sido tratado no laboratório improvisado num contentor.

Para os marinheiros termina assim uma noite de cinema em alta definição com imagens reais do fundo do mar e comentários entusiasmados de quem consegue identificar um animal onde a maioria de nós mais não vê que uma rocha.

Catarina Neves, in SicOnline, 12/06/2010

Colheita de uma esponja-de-vidro da classe Hexactinellida.

Recolha da esponja-de-vidro na caixa de amostras do R.O.V. LUSO.

R.O

.V. L

USO

R.O

.V. L

USO

Page 173: Campanha M@rBis Selvagens 2010

174 |Selvagem Grande

Próximo dos 700m vários exemplares de esponjas “chupa-chupa” do género Stylocordyla.Um peixe-rato pertencente à família Macrouridae.

Esponja de grandes dimensões do género Hyalonema.

R.O

.V. L

USO

R.O

.V. L

USO

R.O

.V. L

USO

Page 174: Campanha M@rBis Selvagens 2010

175Selvagem Grande |

Jardim de coral do género Stichopathes.Aspiração de exemplares de corais e esponjas a 178m de profundidade.

R.O

.V. L

USO

R.O

.V. L

USO

Amostragem de exemplares da família Crinoidea.

R.O

.V. L

USO

R.O

.V. L

USO

Coral do género Stichopathes.

Page 175: Campanha M@rBis Selvagens 2010

176 |Selvagem Grande

Man

uel B

isco

ito

Manutenção da embarcação Selvagem momentos antes da sua largada. Embarcação Selvagem em operação de transbordo de membros da equipa.

Man

uel B

isco

ito

Page 176: Campanha M@rBis Selvagens 2010

177Selvagem Grande |

Man

uel B

isco

ito

Man

uel B

isco

ito

Operação de lançamento de covos ao largo da Ilha Selvagem Grande.

Man

uel B

isco

ito

Page 177: Campanha M@rBis Selvagens 2010

178 |Selvagem Grande

Sara

Fer

reira

Vista a partir da escarpa para a Baía das Cagarras.

Page 178: Campanha M@rBis Selvagens 2010

179Selvagem Grande |

Beat

riz O

livei

ra

Visita dos Secretários de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar (SEDNAM) e do Ambiente (SEA) à Campanha EMEPC/M@rBis/Selvagens2010.

O Secretário de Estado do Ambiente [Humberto Rosa] regressou às Selvagens 26 anos após a sua primeira missão como biólogo marinho.

DC: “A expedição irá ajudar Portugal a marcar pontos junto da ONU na sua candidatura à extensão da plataforma continental?”

HR: “Nessa frente, esta missão traz dois contributos: um deles é, desde logo, ter tantos investigadores, ao mesmo tempo, a procurar novos dados, o que traz nova informação sobre a fauna e a flora das Selvagens. Mas era preciso fazer um ensaio de campo do Sistema M@rBis, que já está hoje carregado com muita informação, o que permite fazer predições do que vamos encontrar. Era preciso ir testá-lo ao terreno.”

Diana Catarino, in Água&Ambiente, Julho/2010

Page 179: Campanha M@rBis Selvagens 2010

180 |Selvagem Grande

Món

ica

Alb

uque

rque

Man

uel B

isco

ito

Man

uel B

isco

ito

Rosa

Pire

s

SEDNAM Marcos Perestrello cumprimenta a guarnição do N.T.M. “Creoula”. SEA Humberto Rosa troca impressões com os cientistas sobre as amostras recolhidas.

Visita dos Secretários de Estado à Ilha Selvagem Grande e aos N.T.M. “Creoula” e N.R.P. “Almirante Gago Coutinho”.

Page 180: Campanha M@rBis Selvagens 2010

181Selvagem Grande |

Man

uel B

isco

ito

Apresentação de resultados preliminares da Campanha EMEPC/M@rBis/Selvagens2010, pelo Responsável pela EMEPC - Manuel Pinto de Abreu, à comitiva visitante a bordo doN.R.P. “Almirante Gago Coutinho”.

Page 181: Campanha M@rBis Selvagens 2010

182 |Selvagem Grande

Eram quase onze da noite. “O robot submarino soltou-se do navio! O cabo partiu-se!”, sussurrou incrédulo um dos elementos da guarnição do navio “Almirante Gago Coutinho”. Corremos todos para a plataforma onde o “LUSO” já devia estar, depois de um mergulho de cinco horas. Ninguém queria acreditar. A missão às Ilhas Selvagens (Madeira) ainda ia a meio. Os mergulhos previstos para o veículo operado remotamente - ou R.O.V., no acrónimo inglês – ainda iam a meio. E as expectativas quanto aos resultados da utilização desta tecnologia de ponta ainda só tinham sido satisfeitas … a meio.

Era preciso perceber o que tinha falhado, mas antes de tudo era fundamental saber a localização exacta do R.O.V., agora que estava solto a 600 metros de profundidade, no Oceano Atlântico, ao largo das Selvagens. Um dado importante no momento de tentar resgatá-lo.

A equipa da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC) tratou logo de descobrir outro robot subaquático capaz de recuperar o R.O.V. português.

Catarina Neves, in Expresso, 17/07/2010

Page 182: Campanha M@rBis Selvagens 2010

183Selvagem Grande |

Observação em directo da descida do R.O.V. LUSO na Ilha Selvagem Grande.

Man

uel

Bisc

oito

Sistema de posicionamento acústico com posições do R.O.V. LUSO em queda livre.

Man

uel B

isco

ito

Page 183: Campanha M@rBis Selvagens 2010

184 |Selvagem Grande

Man

uel B

isco

ito

Man

uel B

isco

ito

Man

uel B

isco

ito

Man

uel B

isco

ito

Lançamento de equipamento Rosette para recolha de amostras de água.

Page 184: Campanha M@rBis Selvagens 2010

185Selvagem Grande |

Durante a recuperação do R.O.V. LUSO foi avistado a 638m um tubarão do género Hexanchus.

EMEP

C

EMEP

C

EMEP

C

EMEP

C

Page 185: Campanha M@rBis Selvagens 2010

186 |Selvagem Grande

Missão a meio

Recuperar o R.O.V. foi uma tarefa complicada e demorada. Mesmo contando com a ajuda de outro veículo não tripulado, seriam necessárias várias tentativas para que voltasse ao convés do navio “Almirante Gago Coutinho”. Quando isso aconteceu, o “LUSO” já não emitia o sinal que permitia localizá-lo com exactidão, uma vez que as baterias estavam sem carga. Mas o que começou por ser um problema transformou-se numa vantagem. Para encontrar o R.O.V. foi preciso varrer o fundo do Oceano Atlântico, ao largo das Selvagens.E isso significa mais informação para o M@rBis (...), uma espécie de catalogação total da diversidademarinha nas Selvagens, que será aberto à comunidade científica mundial.

Catarina Neves, in Expresso, 17/07/2010

Page 186: Campanha M@rBis Selvagens 2010

187Selvagem Grande |

EMEP

C

Man

uel B

isco

ito

Man

uel B

isco

ito

Man

uel B

isco

ito

Operação de recuperação do R.O.V. LUSO ao largo da Ilha Selvagem Grande.

Page 187: Campanha M@rBis Selvagens 2010

188 |Selvagem Grande

O R.O.V. português já não emitia um sinal acústico, que permitiria saber a sua localização exacta. “As baterias gastaram-se. Tínhamos uma ideia do percurso para baixo, que não é linear. É como largar uma folha de papel de um quarto andar: vai andando por ali. Desconfiava-se que estava num raio de 250 metros.”

Foi portanto necessário procurar o LUSO lá em baixo, através de uma sonda com múltiplos feixes sonoros no navio, que indicou vários ecos de dimensão equivalente ao LUSO. Entrou em seguida em acção o R.O.V. norueguês para ver se algum desses ecos correspondia ao veículo português e, ao final da tarde de ontem, o LUSO era localizado.

Para que a segunda tentativa de recuperação não ocorresse de noite, as operações foram retomadasapenas esta manhã, agora com sucesso.

Teresa Firmino, in Público, 06/07/2010

Page 188: Campanha M@rBis Selvagens 2010

189Selvagem Grande |

Man

uel B

isco

ito

Após uma árdua tarefa de recuperação, às 10 horas e 18 minutos do dia 6 de Julho, o R.O.V. LUSO regressa ao convés do N.R.P. “Almirante Gago Coutinho” após 13 dias submerso ao largo da Ilha Selvagem Grande.

Page 189: Campanha M@rBis Selvagens 2010

190 |Selvagem Grande

À semelhança da Pequena, a Grande também tem vigilantes permanentes. (…) Estão três funcionários do Parque Natural da Madeira na ilha. Com eles, está a Selvagem, uma cadela de raça indefinida que ali cresceu e que conhece os caminhos da ilha como ninguém.

Diana Catarino, in AmbienteOnline, 28/06/2010

Rui A

lcân

tara

A cadela Selvagem atenta no topo da Ilha Selvagem Grande.

Page 190: Campanha M@rBis Selvagens 2010

191Selvagem Grande |

Pedr

o Ca

stel

o

Desembarque de mantimentos para o acampamento na Ilha Selvagem Grande.

Page 191: Campanha M@rBis Selvagens 2010

192 |Selvagem Grande

E lá em baixo, deparam-se com a rampa que permite o desembarque de botes entre os rochedos na Selvagem Grande, com a casa dos dois vigilantes da natureza sempre presentes, os únicos habitantes humanos, mais a única casa privada da ilha uns metros acima na falésia - e, nos últimos dias, com um cenário nunca antes presenciado.Há agora um colorido de tendas no terreiro em frente à casa dos vigilantes e no pátio da casa privada, além de estendais com roupa dos 19 recém-chegados à Selvagem Grande, ilha do arquipélago da Madeira.

Teresa Firmino, in Público, 22/06/2010

Page 192: Campanha M@rBis Selvagens 2010

193Selvagem Grande |

Raqu

el C

osta

Casa de vigilantes na Ilha Selvagem Grande onde a equipa de cientistas montou o acampamento.

Page 193: Campanha M@rBis Selvagens 2010

194 |Selvagem Grande

(…) na [Selvagem] Grande é para a cagarra que se voltam as atenções dos ornitólogos. Já foi petiscono prato dos madeirenses, hoje é uma espécie protegida.A cagarra coloca apenas um ovo por ano e espera sete ou oito anos para o fazer pela primeira vez. Regressa à mesma ilha e ao mesmo ninho. Na maior parte dos casos, o parceiro também se mantém. Tem uma média de vida superior a 30 anos e passa a maior parte da vida voando sobre os oceanos. “Às vezes vão visitar sítios que nós gostaríamos de conhecer. É bom sonhar com o voo das cagarras”, desabafa Paulo Catry, biólogo que há sete anos estuda as da Selvagem Grande. Até finais de Outubro, as cagarras vão continuar a animar o céu e a embalar a noite, com o seu cantar tão característico, naquela que é a maior colónia destas aves no mundo (30 mil casais).

Catarina Neves, in Expresso, 17/07/2010

Page 194: Campanha M@rBis Selvagens 2010

195Selvagem Grande |

João

Ped

ro P

io

Cagarra Calonectris diomedea em voo.

Page 195: Campanha M@rBis Selvagens 2010

196 |Selvagem Grande

João

Ped

ro P

io

Forte enchente da maré na Ilha Selvagem Grande.

Page 196: Campanha M@rBis Selvagens 2010

197Selvagem Grande |

Lesma-do-mar Plocamopherus maderae sobre uma postura do gastrópode Stramonita haemostoma.

EMEP

C

Page 197: Campanha M@rBis Selvagens 2010

198 |Selvagem Grande

Dav

id V

illeg

as R

ios

Registo de observações durante uma amostragem de fauna bentónica.

Page 198: Campanha M@rBis Selvagens 2010

199Selvagem Grande |

Paisagem marinha com a esponja da espécie Aplysina aerophoba.

EMEP

C

Page 199: Campanha M@rBis Selvagens 2010

200 |Selvagem Grande

Quando a encontrámos estava de pinça na mão a separar um ouriço do mar de uma alga vermelha. Um vai para um frasco. A outra para um saco de plástico. Estibaliz prontificou-se logo a explicar que o ouriço come o que encontra pela frente. E que a alga vermelha, dura e formada por pequenas bolinhas todas juntas, tem um crescimento lento. Aquela alga cabia na palma da mão, mas deveria ter mais de 50 anos. E agora ia viajar das profundezas do Atlântico para um laboratório em Lisboa.

Catarina Neves, in SicOnline, 15/06/2010

Page 200: Campanha M@rBis Selvagens 2010

201Selvagem Grande |

O maerl Lithothamnium corallioides com a lesma do mar Chromodoris britoi.

EMEP

C

Page 201: Campanha M@rBis Selvagens 2010

202 |Selvagem Grande

Caranguejo-aranha Stenorhynchus lanceolatus.

EMEP

C

EMEP

C

EMEP

C

Vinagreira Aplysia dactylomela.Esponja Cliona viridis.

EMEP

C

Page 202: Campanha M@rBis Selvagens 2010

203Selvagem Grande |

Pedr

o G

omes

- H

ARM

ON

IA

Vinagreira Aplysia dactylomela.

Page 203: Campanha M@rBis Selvagens 2010

204 |Selvagem Grande

Raqu

el C

osta

Recolha, identificação, medição e libertação de exemplares de peixes numa poça na Baía das Cagarras.

Dio

go A

lpui

m C

osta

(…) em terra nem tudo o que vai sendo recolhido nas zonas entre marés tem identificação imediata. Algum material será analisado mais tarde, em laboratório. Dois grupos de biólogos contam, medem e fotografam as espécies que vão encontrando e as zonas onde elas estão.

Catarina Neves, in Expresso, 17/07/2010

Page 204: Campanha M@rBis Selvagens 2010

205Selvagem Grande |

Cientista retira veneno de um peixe da espécie Scorpaena maderensis libertando-o de seguida.

Món

ica

Alb

uque

rque

Món

ica

Alb

uque

rque

Page 205: Campanha M@rBis Selvagens 2010

206 |Selvagem Grande

Todos os dados, das equipas em terra e nos navios, vão sendo inseridos no M@rBis - Sistema de Informação para a Biodiversidade Marinha, desenvolvido pela EMEPC [com a colaboração do] Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade. O projecto pretende inventariar de forma exaustiva as espécies marinhas em Portugal.

Teresa Firmino, in Público, 22/06/2010

Page 206: Campanha M@rBis Selvagens 2010

207Selvagem Grande |

Ana

Alm

eida

Triagens no laboratório de campo improvisado sobre a Baía das Cagarras. Registo em tempo real de dados de biodiversidade no Sistema de Informação M@rBis.

Raqu

el C

osta

Page 207: Campanha M@rBis Selvagens 2010

208 |Selvagem Grande

Osga-das-Selvagens (Tarentola bischoffi)Esta osga, da família Gekkonidae, está presente apenas nas Ilhas Selvagens. Os dados demográficos do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade apontam para uma população que não ultrapassa os dez mil indivíduos. A espécie habita em matos de arbustos semi-desérticos com solo pedregoso.

Diana Catarino, in Água&Ambiente, Agosto/2010

Page 208: Campanha M@rBis Selvagens 2010

209Selvagem Grande |

Ana

Alm

eida

A osga da espécie Tarentola bischoffi é endémica das Ilhas Selvagens.

Ana

Alm

eida

Bárb

ara

Teix

eira

Planalto no topo da Ilha Selvagem Grande.

Page 209: Campanha M@rBis Selvagens 2010

210 |Selvagem Grande

Corre-caminhos (Anthus bertheloti madeirensis)Esta ave, da família Motacillidae, é uma subespécie endémica da Macaronésia. Existe no arquipélago da Madeira, na Ilha da Madeira e nas Ilhas Desertas e do Porto Santo, em zonas abertas com pouca vegetação ou com vegetação rasteira. A população é de cerca de dez mil indivíduos.

Diana Catarino, in Água&Ambiente, Agosto/2010

Page 210: Campanha M@rBis Selvagens 2010

211Selvagem Grande |

Ana

Alm

eida

O corre-caminhos Anthus bertheloti bertheloti.

Page 211: Campanha M@rBis Selvagens 2010

212 |Selvagem Grande

Món

ica

Alb

uque

rque

Món

ica

Alb

uque

rque

Món

ica

Alb

uque

rque

Món

ica

Alb

uque

rque

O destemido corre-caminhos é frequente nas Ilhas Selvagens.

Page 212: Campanha M@rBis Selvagens 2010

213Selvagem Grande |

Món

ica

Alb

uque

rque

Món

ica

Alb

uque

rque

Món

ica

Alb

uque

rque

Món

ica

Alb

uque

rque

Page 213: Campanha M@rBis Selvagens 2010

214 |Selvagem Grande

Devido às características geológicas, os visitantes estão proibidos de passear sozinhos na Selvagem Grande, já que não há trilhos marcados na subida até ao topo, sendo uma subida difícil e perigosa.

Diana Catarino, in AmbienteOnline, 28/06/2010

Page 214: Campanha M@rBis Selvagens 2010

215Selvagem Grande |

Món

ica

Alb

uque

rque

Grupo de alunos em direcção ao Pico da Atalaia, no topo da Ilha Selvagem Grande.

Page 215: Campanha M@rBis Selvagens 2010

216 |Selvagem Grande

Fósseis de moluscos terrestres formam um campo no topo da Ilha Selvagem Grande denominado “Chão dos Caramujos”.

Ana

Alm

eida

Moluscos terrestres da espécie Theba macandrewiana.

Pedr

o G

omes

- H

ARM

ON

IA

Page 216: Campanha M@rBis Selvagens 2010

217Selvagem Grande |

João

Ped

ro P

io

Da avifauna nidificante conhecem-se 9 espécies das quais a cagarra Calonectris diomedea é a mais mediática.

Page 217: Campanha M@rBis Selvagens 2010

218 |Selvagem Grande

Avançam escarpa acima, uma parede castanha árida que, num repente, brota mais de 100 metros do mar como o dorso de um animal marinho, com cabeça e cauda mergulhadas na água. Paulo Catry segue na dianteira, chapéu e mochila às costas, Ana Almeida de lenço na cabeça e também mochila, e pelo trilho íngreme delimitado por pedras, ziguezagueando como equilibristas, cruzam-se a cada passo com os principais habitantes da ilha - as cagarras, aves marinhas, migradoras admiráveis.

Teresa Firmino, in Público, 22/06/2010

Page 218: Campanha M@rBis Selvagens 2010

219Selvagem Grande |

João

Ped

ro P

io

Visita à Gruta do Capitão Kid.

Page 219: Campanha M@rBis Selvagens 2010

220 |Selvagem Grande

Partiam grupos com binóculos, fita métrica, bloco de notas, óculos e chapéu arriba acima para contar aves, ninhos, ovos, répteis e diversas representações da flora local ao que consta algumas com algum grau de endemismo.

José Tourais, in Portugal Dive, Novembro/2010

É (…) possível saber o número aproximado de cagarras na Selvagem Grande porque lhes têm posto anilhas (serão, assim, mais de 60 mil). “Como têm uma taxa de sobrevivência elevada, a maior parte já foi anilhada. Há aves cuja idade é superior a 30 anos.”

Como um ritual, passam em revista cada ninho. Ajoelham-se, retiram a cagarra que choca um único ovo, tomam nota do número da anilha, verificam se é o macho ou a fêmea, cortam o pedaço de uma pena e marcam a ave com tinta. Na próxima ronda podem identificar logo se o ocupante é o mesmo e, se for o outro, repetir o ritual.

Teresa Firmino, in Público, 22/06/2010

Page 220: Campanha M@rBis Selvagens 2010

221Selvagem Grande |

João

Ped

ro P

io

Anilhagem de Calonectris diomedea. Medição do comprimento do bico de uma cagarra.

Ana

Alm

eida

Page 221: Campanha M@rBis Selvagens 2010

222 |Selvagem Grande

Cagarra (Calonectris diomedea)Reproduz-se em colónias, em tocas de ilhas rochosas ou em costas com precipícios, no Mediterrâneo e Este Atlântico. Muitas vezes, avistam-se a partir de terra, em bandos pequenos e dispersos em busca de alimento. O voo consiste em longos deslizes perto da superfície da água. As partes superiores do corpo são cinzentas acastanhadas e têm um bico amarelo rosado pálido, mais escuro junto à ponta.

Diana Catarino, in Água&Ambiente, Agosto/2010

Daqui elas têm vista privilegiada: os ninhos que fizeram nos buracos na escarpa escancaram-se para um azul imenso. Ao longe, a 11 milhas, podem aperceber-se de um pedaço de terra tão esborratado que mal se distingue entre o mar e o céu, a Selvagem Pequena, apenas com 20 hectares e 49 metros de altitude máxima. Ao lado, mais pequeno ainda, fica o Ilhéu de Fora.

Teresa Firmino, in Público, 22/06/2010

Page 222: Campanha M@rBis Selvagens 2010

223Selvagem Grande |

João

Ped

ro P

io

Ana

Alm

eida

Cria de Calonectris diomedea.

Raqu

el C

osta

Cagarra Calonectris diomedea. Ninho artificial de Calonectris diomedea no topo da Ilha Selvagem Grande.

Rosa

Pire

s

Ovo de Calonectris diomedea.

Page 223: Campanha M@rBis Selvagens 2010

224 |Selvagem Grande

Beat

riz O

livei

ra

Iris

Sam

paio

Ale

xand

re M

artin

s

Visita de geólogos, professores e alunos à Gruta do Inferno.

Page 224: Campanha M@rBis Selvagens 2010

225Selvagem Grande |

Món

ica

Alb

uque

rque

Preparação da operação com o Veículo Subaquático Autónomo (A.U.V.).

Page 225: Campanha M@rBis Selvagens 2010

226 |Selvagem Grande

O grupo de trabalho de terra e da linha de costa, a equipa atarefava-se de manhã à noite em múltiplas actividades tratando da sua própria logística como cozinhar, tratar da higiene, limpezas e arrumações bem como organizando os diversos trabalhos de identificar, catalogar, e organizar as amostras conseguidas.

José Tourais, in Portugal Dive, Novembro/2010

Page 226: Campanha M@rBis Selvagens 2010

227Selvagem Grande |

A equipa em terra dedicou ainda o seu tempo a tarefas domésticas, como fazer o seu prório pão!

Ana

Alm

eida

Ana

Alm

eida

Raqu

el C

osta

Ana

Alm

eida

Page 227: Campanha M@rBis Selvagens 2010

228 |Selvagem Grande

As cagarras são a expressão mais visível da biodiversidade das Selvagens (e audível, dirá quem dorme nas tendas). Ou não albergasse a Selvagem Grande a maior colónia mundial desta ave do tamanho de uma gaivota - desde o final de Fevereiro, quando chegam as primeiras para a época de nidificação, até Novembro, quando partem as últimas.

Enquanto um dos elementos do casal permanece no ninho, o outro viaja durante uma semana no mar alto à procura de alimento. Depois ficam juntos alguns dias e revezam-se.

Teresa Firmino, in Público, 22/06/2010

Page 228: Campanha M@rBis Selvagens 2010

229Selvagem Grande |

Paul

o Ca

try

Paul

o Ca

try

Paul

o Ca

try

Paul

o Ca

try

Ritual de acasalamento de cagarras da espécie Calonectris diomedea.

Page 229: Campanha M@rBis Selvagens 2010

230 |Selvagem Grande

No final e apesar de um ou outro problema e adversidades aqui e acolá, era notória a grande satisfação dos participantes com a consciência da missão cumprida e que revelam a enorme tarefa deste grupo de trabalho.

E para que tudo isto fosse possível, não pode deixar de se referir alguns aspectos e circunstâncias mais relevantes que contribuíram para o sucesso desta missão:

1 – A enorme capacidade de trabalho e organização dos colaboradores de EMEPC, que durante meses de trabalho deram vida a este projecto e seria injusto salientar alguém em especial, porque todos foram enormes a começar pelo seu coordenador e coordenadores das várias áreas de trabalho.2 – O voluntarismo, entrega, dedicação e até algum carinho por parte de todos os investigadores que deram o seu melhor em prol deste projecto. E salienta-se o espírito de equipa e interligação entre vários profissionais e instituições de diferentes interesses que souberam integrar-se, ultrapassar barreiras e preconceitos, unindo-se e trabalhando em prol de um só objectivo: levar a missão a bom porto.3 – A espantosa capacidade de entrega, adaptação e flexibilidade das guarnições dos navios que tudo fizeram para minimizar os problemas e desafios do dia-a-dia e que me perdoem os outros, mas aqui quero deixar um caloroso e especial cumprimento para a guarnição do Creoula a começar no seu comandante e a acabar no último gromete.4 – A equipa da Nautilus-Sub que me acompanhou e que apesar das adversidades, soube sempre lidar com frontalidade e capacidade de trabalho para que nada faltasse durante todos os dias de missão.

José Tourais, in Portugal Dive, Novembro/2010

Page 230: Campanha M@rBis Selvagens 2010

231Selvagem Grande |

Cata

rina

Nev

es

Membros da equipa observam os navios ao largo da Enseada da Atalaia.

Page 231: Campanha M@rBis Selvagens 2010

232 |Selvagem Grande

Os dados a que o Expresso teve acesso da expedição “Campanha EMEPC/M@rBis/Selvagens2010” revelam que foram registados 7203 avistamentos de espécies marinhas ao largo das Selvagens desde a zona entre marés - o chamado intertidal - ao subtidal (...) e ao subtidal profundo (...), contra apenas 602 avistamentos registados antes da expedição.

[De salientar] que se identificaram “pela primeira vez cefalópodes (polvos e chocos) nas Selvagens” e que se descobriram “espécies com interesse comunitário referidas na directiva europeia Habitats da Rede Natura 2000”, nomeadamente aves marinhas como a alma-negra, a cagarra, o paínho da Madeira, o calmamar e o garajau, mas também golfinhos, (...) rodólitos (algas) e cavacos grandes (crustáceos).

Foram ainda encontrados “habitats considerados ameaçados pela Convenção OSPAR (Convenção para aProtecção do Ambiente Marinho do Nordeste do Atlântico, a que Portugal pertence), como jardins de corais, jardins de esponjas e campos de maerl” (algas calcárias), e espécies com o mesmo estatuto, como a Caretta caretta (tartaruga), a Megabalanus azoricus (craca) e a Patella aspera (lapa, um molusco).

A expedição envolveu três navios, 214 participantes, 70 cientistas, 100 mergulhos, 50 horas de operação do (...) R.O.V. LUSO e 35 Universidades, Laboratórios e Instituições nacionais e internacionais.

Virgílio Azevedo, in Expresso, 02/10/2010

Page 232: Campanha M@rBis Selvagens 2010

233Selvagem Grande |

Rosa

Pire

s

Page 233: Campanha M@rBis Selvagens 2010

234

EQUIPA EMEPC

Manuel Pinto de AbreuPaulo Neves CoelhoFernando Maia PimentelNuno LourençoAldino Santos de CamposFrederico Carvalho DiasMaria Ana MartinsMariana NevesAntónio CaladoFilipe BrandãoMaria SimõesLuísa Pinto RibeiroPatrícia ConceiçãoRaquel CostaPedro MadureiraCristina Roque Adolfo LoboMiguel SoutoAndreia AfonsoMónica AlbuquerqueEstibaliz Berecibar Inês TojeiraLuís BernardesMaria José MiguensIvo CavacoRomina NunesLuís VicenteJoana LeiteTânia PereiraCarla BarradasSara PereiraJoana LeitePaulo Monteiro

PARTICIPANTES

Alexandra BotoAlexandre MartinsAllison LassiterAna AlmeidaAna Cristina GouveiaAna RamosAnabela BritoAndré AlmeidaAndré BorgesAntónio MúriasBárbara Horta e CostaBárbara TeixeiraBeatriz OliveiraCarla PachecoCarlos MouraCarlos SimãoCarolina MadeiraCasimiro SampaioCatarina CúcioCatarina FranciscoCatarina NevesCélia CasteloCipriano CorreiaCláudia RibeiroCláudia SobreiroDavid AbecassisDaniela GabrielDavid Villegas RiosDiana CatarinoDiego CanalesFarah AlimaghamFernando NeivaFernando TemperaFilipe Henriques

Francisco FernandesFranco SantosFrederico AlmadaFrederico Pinto Gil Pena CostaGisela DionísioGualter SilvaGuilherme WeisharHany AlonsoHélder PereiraIacopo BertocciÍris SampaioIsabel AraújoJoana AndradeJoana BoavidaJoana Catarina FernandesJoana MartinsJoana Xavier João NevesJoão Pedro PioJohn RoddyJorge Ferreira José Maria LourençoJosé Pedro BorgesJosé RibeiroJosé TouraisKarla CisnerosKim LarsenLuís MadureiraLuísa FigueiredoLuísa RibeiroMadalena FonteManuel Biscoito

Maria AlmadaMaria Ana Dionísio Maria Manuel PassasMarisa BatistaMiguel PaisMónica CabritaNelson CoelhoNuno AraújoNuno FreixoNuno RodriguesPaulo AlexandrinoPaulo CatryPedro CasteloPedro MatiasPedro NevesRenato BettencourtRicardo AraújoRicardo GuerreiroRicardo Meireles Rosa PiresRui AlcântaraRui AmaralRui CaldeiraRui Esteves da SilvaRui GomesRui GonçalvesSara FerreiraSara MadeiraSérgio CastroSofia HenriquesTânia AiresTeresa FirminoThomas DellingerTiago Reis

PARTICIPANTES ASSOCIADOS

Iate HARMONIA

Miguel NóbregaLígia NóbregaPedro GomesCarolina SantosFernando SilvaFrancisca LinoRicardo BasílioVirgílio Gomes

Page 234: Campanha M@rBis Selvagens 2010

235

GUARNIÇÃO DOS NAVIOS

N.R.P. “Almirante Gago Coutinho”

Capitão-de-fragata Bessa Pacheco1º Tenente Sá Granja1º Tenente Gomes de Carvalho2º Tenente Falua dos SantosGuarda Marinha Serrano dos SantosAspirante Martelo CorreiaAspirante Ana Martinho Nunes1º Sargento Medeiros Vicente1º Sargento Vânia Moreira1º Sargento Susana Alves Pina1º Sargento Santos Silva2º Sargento Domingues Arieiro2º Sargento Neves da Silva2º Sargento Silva PereiraCabo Conceição CâmaraCabo Rodrigues BeiraCabo Schwalbak SerranoCabo Teresa Ribeiro TavaresCabo Patrícia SalsinhaCabo Gonçalves MoreiraCabo Ferraz Cordeiro1º Marinheiro Silva Teixeira1º Marinheiro Feliciano Silvério1º Marinheiro Pombinho da Silva1º Marinheiro Rebelo Monteiro1º Marinheiro Rodrigues Ferreira1º Marinheiro Silva Faustino1º Marinheiro Sabrina Fernandes1º Marinheiro Pedro dos Santos1º Marinheiro Bernardo Emídio1º Marinheiro Horta Ferro

1º Marinheiro Márcio dos Santos2º Marinheiro Ferreira Oliveira2º Marinheiro Brás Passarinho

N.T.M. “Creoula”

Capitão-de-fragata Cornélio da SilvaCapitão-tenente Santos Matos1º Tenente Santos Martins1º Tenente Mendes Valente2º Tenente Robalo Franco2º Tenente Santos Costa1º Sargento Magalhães e Sousa1º Sargento Horta Madeira1º Sargento Santos Paulino1º Sargento Rodrigues da Costa2ª Sargento Silva Santos2ª Sargento Afonso NobreCabo Lopes PegasCabo Santiago Neves Cabo Rodrigues AfonsoCabo Conceição Dias Cabo Vieira de SousaCabo Ascenção PiresCabo Galamba FortunatoCabo Mateus MarquesCabo Abelho Tomaz1º Marinheiro Barrela da Cruz1º Marinheiro Marta Falagueira1º Marinheiro Jesus Miranda1º Marinheiro Mendes Pinto1º Marinheiro Gouveia Ribeiro1º Marinheiro Silva Santos

1º Marinheiro Palma Mestre 1º Marinheiro Peixoto Mendes1º Marinheiro Hilário Santos1º Marinheiro Tibério Sardinha1º Marinheiro Julião Charréu1º Marinheiro Bastos Marante1º Marinheiro Barbosa de Almeida2º Marinheiro Guedes Fernandes2º Marinheiro Rodrigues Martins2º Marinheiro Santos Martins1º Gromete Candeias Mestre2º Gromete Silva Machado

Caravela “Vera Cruz”

João Lúcio da Costa Lopes Francisco AlbinoJoão BarachoAntónio Pinto CorreiaCarlos PossoloCatarina LobbertEugénio RibeiroJoão Duarte SilvaJoão José Passos RêgoJoão MaiaJoão OliveiraJoão RamosMarta ValentePedro DuartePedro MaldonadoRicardo Costa LopesRodrigo SemedoRui José Pereira Costa

Page 235: Campanha M@rBis Selvagens 2010

236

INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES

AboutNet - Comunicação Social Lda.Argus Remote SystemsCentro de Ciência Viva de EstremozCentro de Ciência Viva de LagosCentro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO)Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR)Departamento de Oceanografia e Pescas, Universidade dos AçoresDirecção Regional das Pescas - Direcção de Serviços Investigação e PescasEscola do Ensino Básico dos 2º e 3º Ciclos do Bairro Padre CruzEscola Secundária Augusto GomesEscola Secundária de Albergaria a VelhaEscola Secundária de LouléEscola Secundária Poeta António AleixoEscola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de PenicheEstação de Biologia Marinha do FunchalFaculdade de Ciências da Universidade de LisboaFaculdade de Ciências da Universidade de Lisboa - Centro de OceanografiaFaculdade de Eng. da Univ. do Porto - Institute of Systems and RoboticsInstituto Português de Malacologia (IPM)ISPA - Instituto UniversitárioMuseu da Baleia da MadeiraMuseu Municipal do FunchalMuseu Nacional de História Natural - Universidade de LisboaNautilus-SubParque Natural da MadeiraPúblico-Comunicação Social SAReitoria da Universidade do PortoSEA LIFE PortoSIC-Sociedade Independente de Comunicação SASociedade Portuguesa para o Estudo das Aves – SPEAUniversidade da Madeira - Licenciatura em BiologiaUniversidade de Aveiro - CESAM

Universidade de ÉvoraUniversidade do Algarve - CCMARUniversidade dos Açores - Departamento de BiologiaUniversity of California, Berkeley

APOIOS E PARCEIROS

Page 236: Campanha M@rBis Selvagens 2010

237

Món

ica

Alb

uque

rque

Page 237: Campanha M@rBis Selvagens 2010

238 |Selvagem Pequena

Page 238: Campanha M@rBis Selvagens 2010

239Selvagem Pequena |

Page 239: Campanha M@rBis Selvagens 2010

240 |Selvagem Pequena