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Sumário RESUMO ........................................................................................................................................ 2 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 3 OBJETIVOS DA PESQUISA .............................................................................................................. 4 OBJETIVO GERAL ....................................................................................................................... 4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................................ 4 QUALIDADE AMBIENTAL URBANA E QUALIDADE DE VIDA ........................................................... 5 PRAÇAS PÚBLICAS ......................................................................................................................... 6 A PRAÇA NO BRASIL ...................................................................................................................... 6 PRAÇAS PÚBLICAS DE SALVADOR ................................................................................................. 6 A PRAÇA DOIS DE JULHO – CAMPO GRANDE .............................................................................. 10 Localização da Praça Dois de Julho - Campo Grande .............................................................. 10 Histórico da Praça Dois de Julho - Campo Grande .................................................................. 10 METODOLOGIA............................................................................................................................ 11 A BUSCA POR UMA METODOLOGIA ....................................................................................... 11 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO ESCOLHIDO...................................................................... 11 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS APLICADOS AO CAMPO GRANDE ................................ 11 ANÁLISE DA QUALIDADE AMBIENTAL URBANA DA PRAÇA DOIS DE JULHO ........................... 12 PLANTA BAIXA PRAÇA DOIS DE JULHO - CAMPO GRANDE ......................................................... 13 ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 14 PERFIL DOS USUÁRIOS ................................................................................................................ 14 A PRAÇA E SUA DINÂMICA .......................................................................................................... 23 A PRAÇA COMO ESPAÇO DE VANDALISMO E FALTA DE MANUTENÇÃO .................................... 23 CONCLUSÕES ............................................................................................................................... 25 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 26 APÊNDICES .................................................................................................................................. 27 ANEXO ......................................................................................................................................... 29

Campo Grande

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A praça sempre desempenhou um papel importante ao longo da história. Com o crescimento dos centros urbanos ocorreram mudanças sociais, culturais e de costumes. Com essas mudanças e o aumento da violência urbana, as praças vêm perdendo lugar para os shoppings centers e condomínios fechados, sendo também alvo de abandono, degradação e falta de investimentos públicos.

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  • Sumrio

    RESUMO ........................................................................................................................................ 2

    INTRODUO ................................................................................................................................ 3

    OBJETIVOS DA PESQUISA .............................................................................................................. 4

    OBJETIVO GERAL ....................................................................................................................... 4

    OBJETIVOS ESPECFICOS ............................................................................................................ 4

    QUALIDADE AMBIENTAL URBANA E QUALIDADE DE VIDA ........................................................... 5

    PRAAS PBLICAS ......................................................................................................................... 6

    A PRAA NO BRASIL ...................................................................................................................... 6

    PRAAS PBLICAS DE SALVADOR ................................................................................................. 6

    A PRAA DOIS DE JULHO CAMPO GRANDE .............................................................................. 10

    Localizao da Praa Dois de Julho - Campo Grande .............................................................. 10

    Histrico da Praa Dois de Julho - Campo Grande .................................................................. 10

    METODOLOGIA............................................................................................................................ 11

    A BUSCA POR UMA METODOLOGIA ....................................................................................... 11

    PROCEDIMENTO METODOLGICO ESCOLHIDO ...................................................................... 11

    PROCEDIMENTOS METODOLGICOS APLICADOS AO CAMPO GRANDE ................................ 11

    ANLISE DA QUALIDADE AMBIENTAL URBANA DA PRAA DOIS DE JULHO ........................... 12

    PLANTA BAIXA PRAA DOIS DE JULHO - CAMPO GRANDE ......................................................... 13

    ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 14

    PERFIL DOS USURIOS ................................................................................................................ 14

    A PRAA E SUA DINMICA .......................................................................................................... 23

    A PRAA COMO ESPAO DE VANDALISMO E FALTA DE MANUTENO .................................... 23

    CONCLUSES ............................................................................................................................... 25

    REFERNCIAS ............................................................................................................................... 26

    APNDICES .................................................................................................................................. 27

    ANEXO ......................................................................................................................................... 29

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    RESUMO

    A praa sempre desempenhou um papel importante ao longo da histria. Com o crescimento dos centros urbanos ocorreram mudanas sociais, culturais e de costumes. Com essas mudanas e o aumento da violncia urbana, as praas vm perdendo lugar para os shoppings centers e condomnios fechados, sendo tambm alvo de abandono, degradao e falta de investimentos pblicos. Este estudo de caso concentra-se na Praa Dois de Julho - Campo Grande, maior praa de Salvador, localizada na rea central da cidade, possui grande valor, histrico, ambiental e cultural. Aps anos de abandono a praa passou por uma grande reforma. Observar e vivenciar a dinmica da praa, entender a relao do usurio com o ambiente, o uso e apropriao do espao, e como esse espao com seus componentes fsicos e ambientais contribuem para a qualidade de vida dos usurios e para a qualidade ambiental urbana de Salvador, foram essenciais para analisar a qualidade ambiental urbana da praa. As descobertas da pesquisa contriburam para conhecer os pontos positivos e negativos da praa atravs da percepo dos usurios.

  • 3

    INTRODUO

    A proposta desta pesquisa foi analisar a qualidade ambiental urbana da Praa Dois de Julho - Campo Grande (maior praa de Salvador) atravs da percepo dos usurios, com o objetivo de compreender atravs de indicativos de quem usa, o desempenho desse espao, o nvel de satisfao dos usurios e seu papel na qualidade ambiental urbana. A percepo foi o recurso utilizado para o conhecimento da praa e o usurio o elemento principal da pesquisa, ele vive e experincia os espaos e tem a capacidade de avaliar criticamente a qualidade do ambiente, identificando erros e acertos que podero servir para realimentao do espao, direcionamento de uma reforma, revitalizao, alm de servir como referencial para novos projetos. Existem inmeros conceitos para qualidade ambiental, qualidade ambiental urbana e qualidade de vida. A abrangncia do conceito de qualidade ambiental se deve a vastido do meio ambiente e suas peculiaridades. J o conceito de qualidade ambiental urbana est diretamente relacionado aos ambientes construdos e qualidade de vida que esses ambientes proporcionam para as pessoas, uma vez que os espaos urbanos construdos, criados pelo homem, podem repercutir de forma positiva ou negativa na qualidade de vida das pessoas. A pesquisa buscou analisar a qualidade ambiental, atravs do comportamento do usurio no ambiente, identificando o sentimento que tem ao frequentar a praa e em o que esse meio fsico contribui para a sensao de bem estar, seja ao fazer caminhadas matinais, contemplar a paisagem, passear com crianas, encontrar com amigos ou outras funes que a praa pode oferecer. Para que o ambiente seja agradvel para quem frequenta necessrio que esse meio fsico atenda s necessidades dos usurios, para isso foram considerados fatores negativos como sujeira, desconforto, degradao, inadequao de usos, falta de manuteno. E positivos como arborizao abundante, pista de cooper, equipamentos conservados, segurana, entre outros.

  • 4

    OBJETIVOS DA PESQUISA

    OBJETIVO GERAL

    Analisar a qualidade ambiental urbana da Praa do Campo Grande atravs da percepo dos usurios.

    OBJETIVOS ESPECFICOS

    1. Analisar a contribuio da Praa do Campo Grande para a melhoria da qualidade de vida dos seus usurios.

    2. Analisar como os aspectos fsicos da Praa, tais como: piso, bancos, iluminao,

    equipamentos para atividades fsicas, arborizao, equipamentos para crianas contribui para a qualidade do ambiente.

    3. Analisar, atravs da percepo dos usurios, a satisfao em relao Praa do

    Campo Grande aps a reforma, levando em considerao os aspectos fsicos e ambientais.

  • 5

    QUALIDADE AMBIENTAL URBANA E QUALIDADE DE VIDA

    Nesta pesquisa para que uma praa possua boa qualidade ambiental urbana ser necessrio que o conjunto de fatores descritos abaixo contribuam para um ambiente saudvel. Conforto - trmico, fsico e acstico. O conforto trmico a sensao de bem estar dos usurios proporcionada por ventilao, sol, sombra, presena de rvores. O conforto fsico proporcionado quando os elementos construdos que compem o ambiente como bancos, pisos, postes de iluminao, cabine telefnica, possuem boa qualidade e materiais adequados. O conforto acstico - a sensao de bem estar proporcionada aos usurios quando a calma e tranquilidade do ambiente no sofrem interferncia de fatores externos como rudos, buzinas, som alto.

    Segurana - fsica e pblica. A segurana fsica possvel quando os elementos que compem o ambiente, como rvores, postes de iluminao, cabine telefnica, piso regular e antiderrapante, mobilirios como bancos, parque, equipamentos para atividades fsicas, acessibilidade para portadores de necessidades especiais, so adequados e apresentam bom estado de conservao, possuem manuteno frequente e no coloca em risco a integridade fsica dos usurios contribuindo para a sensao de bem estar. Elementos estticos - quando o conjunto de elementos formado pelo ambiente construdo e natural atrai os usurios proporcionando prazer e bem estar, convidando-os a contemplao. Elementos fsicos os elementos fsicos que compem o ambiente como piso, bancos, telefones pblicos, sanitrios, mobilirio, vegetao, paisagismo, iluminao, quando apresentam qualidade, adequao de material, manuteno e limpeza contribuem para a qualidade do ambiente. Elementos biolgicos so elementos da natureza como fauna e flora que contribuem para equilibrar o ambiente construdo proporcionando satisfao aos usurios. Convvio social - um ambiente democrtico, seguro, acessvel, esteticamente atraente com elementos fsicos e biolgicos satisfatrios, favorecem o convvio social.

  • 6

    PRAAS PBLICAS

    A PRAA NO BRASIL

    A maioria dos estudos sobre praas brasileiras comea descrevendo o surgimento desses espaos nos primeiros assentamentos do Brasil colnia. No entanto, quando os portugueses chegaram ao Brasil j encontraram os ndios com seus costumes e cultura. Livros de histria retratam, atravs de gravuras, ocas ao redor de um grande espao vazio central onde os ndios praticavam diversas atividades, o que sugere ser o incio do conceito desses espaos no Brasil. A evoluo da praa no contexto urbano brasileiro demonstra a capacidade de assimilao desses espaos s novas possibilidades de usos e atividades impostas pelo crescimento das cidades. Desde a poca colonial as funes de comrcio, circulao, militar e recreao, cederam lugar para humanizao das praas eclticas com a vegetao. As praas ajardinadas, alm do convvio social herdado da Praa do Brasil colnia, ganham novas funes como contemplao, passeio e cenrio. As praas foram se adequando s necessidades e os espaos foram evoluindo e se aprimorando com os novos elementos. O convvio social esteve presente em todos os momentos da histria da praa brasileira e a vegetao marca presena desde a praa ajardinada at os dias atuais.

    PRAAS PBLICAS DE SALVADOR

    Salvador foi a primeira capital do Brasil e as praas fizeram parte da evoluo urbana da cidade. As praas mais significativas so as antigas, com monumentos, smbolos, e muita histria. Pontos de referncias da Salvador antiga, a maior parte delas encontra-se no percurso obrigatrio do roteiro turstico histrico, que vai do Campo Grande ao Pelourinho. A primeira praa o Campo Grande; seguindo a Avenida Sete de Setembro encontra-se a Praa da Piedade, a Praa do Relgio de So Pedro, a Praa Castro Alves. Seguindo a rua Chile vem a Praa Municipal e a Praa da S, logo depois vem o Terreiro de Jesus e o Pelourinho. Para entendimento da importncia das praas como elemento urbano da Cidade de Salvador, desde a poca do Brasil colnia, importante conhecer um pouco da histria de algumas dessas praas. A Praa da S nasceu no sculo XVI como o primeiro bairro de Salvador; no seu entorno esto a Santa Casa de Misericrdia da Bahia o Palcio Arquiepiscopal, obras dos sculos XVII e XVIII, respectivamente. Nesse local, a partir de 1553, foi construda a igreja da S, considerada um dos mais suntuosos templos das Amricas, na poca. Em 1765, a igreja perdeu a condio de S para a igreja do Salvador; no entanto, o seu valor histrico continuou at sua demolio, em 1993, quando seu espao foi ocupado por trilhos, bondes e o Belvedere da S. Desde ento, a praa serviu como terminal de nibus (SANTANA, 2004).

  • 7

    Algumas tentativas de reformas foram feitas, mas nenhuma com sucesso. Depois de dcadas de abandono, a necessidade de requalificao da praa foi reforada como complemento da revitalizao do Centro Histrico. Projeto do arquiteto Assis Reis, a reforma iniciada, em 1998, contemplou uma fonte luminosa sonora com cento e setenta e um metros quadrados de espelho d'gua, a maior j instalada na cidade, comandada por sistema informatizado; piso e bancos de granito; restaurao do monumento a D. Pero Fernandes Sardinha. Contemplaram tambm um monumento demolio da Cruz Cada, de autoria de Mrio Cravo e o monumento a Tom de Souza (SANTANA, 2004). A Praa Castro Alves foi um dos primeiros limites da antiga Salvador. No seu centro localizava-se a primeira muralha da cidade com as portas de Santa Luzia. Erguida por Tom de Souza, foi utilizada como praa de pelourinho, onde eram castigadas pessoas que infringiam a lei municipal. No inicio do sculo XX, passou a se chamar Praa Castro Alves, em homenagem ao Poeta dos Escravos. No centro da praa est um monumento com a esttua de Castro Alves e uma urna com seus restos mortais (EMTURSA, 2008). A praa um marco de referncia do centro histrico com vista belssima para a Baa de todos os Santos, citada em varias msicas carnavalescas e conhecida pela multido que se forma no carnaval. A Praa da Piedade, localizada no centro da cidade, foi criada em 1891 e com traado modificado entre 1912 e 1916, no governo de J.J. Seabra, para abertura da Av. Sete de Setembro. Foi lugar de manobras militares e execuo de condenados polticos. Possui no seu entorno prdios importantes como a Igreja Nossa Senhora da Piedade, Igreja de So Pedro, Instituto Geogrfico e Histrico da Bahia, Gabinete Portugus de Leitura, Secretaria de Segurana Pblica. Em 1998, a praa foi reformada conservando o traado original. As rvores antigas, a fonte luminosa importada da Frana que substituiu o chafariz ali existente foi recuperada, ganhou piso e bancos de granito, gradil e quatro portes do artista plstico Carib. conhecida como marco do centro da cidade e tambm pela alta frequncia de aposentados (SANTANA, 2004). As praas histricas de Salvador estiveram abandonadas por longo perodo, com o espao fsico degradado; eram dominadas por moradores de ruas, impossibilitando o uso da populao. Foram feitas algumas tentativas mal sucedidas de reformas onde a histria e a identidade do lugar no foram consideradas. No perodo de 1997 a 2004, o poder pblico municipal investiu na requalificao desses espaos, contratando profissionais qualificados, empregando materiais duradouros e de qualidade. Nessa poca, foram devolvidas populao a Praa da S, no centro histrico, Praa Dr. Paterson, no Largo da Graa, a Praa da Piedade, na Cidade Alta, a Praa Almeida Couto, no Jardim de Nazar, a Praa da Inglaterra e a Praa Marechal Deodoro, no Comrcio, a Praa dos Aflitos, no Largo dos Aflitos, e a Praa Nossa Senhora da Luz, na Pituba. Atualmente, essas praas apresentam problemas por falta de manuteno, mas como as obras foram executadas com boa infraestrutura, com bons materiais como granito, pisos de alta resistncia, ao, esto longe da degradao de dez anos atrs. Isso fortifica a necessidade de investimentos constantes em manuteno, conservao e

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    segurana. Com certeza, esse custo justifica o benefcio, evitando assim outras grandes reformas. A seguir, nas figuras: 01, 02, 03, 04, 05, 06, algumas fotos atuais de praas histricas de Salvador.

    Figura 01- Praa da s Figura 02- Praa Castro Alves

    Figura 03- Praa da Piedade Figura 04- Praa Almeida Couto- Nazar.

    Figura 05- Praa da Inglaterra- Comrcio Figura 06- Praa Marechal Deodoro - Comrcio

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    Salvador possui, atualmente, cerca de 340 praas registradas na Superintendncia de Parques e Jardins da Prefeitura Municipal de Salvador, distribudas entre as 17 Regies Administrativas. Ao transitar pelos bairros da cidade, fica evidente a necessidade de espaos de lazer e convvio social para populao. A carncia desses espaos nos bairros mais pobres de Salvador onde no existiu planejamento urbano, consequncia da falta de polticas pblicas e da formao desordenada dos bairros, muitas vezes criados a partir de invases. A populao solicita, frequentemente, da prefeitura a criao de reas de convvio e recreao, mas em funo da falta de espao fsico, resultado do alto adensamento populacional e da falta de planejamento, nem sempre vivel. O que se percebe nesses bairros que qualquer pequena rea situada na convergncia de ruas ou caminhos que recebe bancos, pavimentao e alguma vegetao, so chamadas de praas. Tamanha a carncia desses espaos (vide figuras 07 e 08).

    A falta de investimentos e manuteno dos espaos pblicos de Salvador constantemente divulgada nos jornais da cidade. A Tarde on Line (2008 b) divulgou fotos comparando a diferena de tratamento dado s praas dos bairros do subrbio como Plataforma e s praas dos bairros nobres. Praa como a do Sol, em Periperi, So Brs no bairro de Plataforma, esto abandonadas, enquanto as praas localizadas nos bairros do Itaigara, Pituba, Jardim dos Namorados, so bem conservadas, com equipamentos para atividades fsicas, tratamento paisagstico, bancos. (vide figuras 09 e 10).

    Figura 07 -Praa de Pernambus Antes Fonte: Superintendncia de Parques e Jardins SPJ

    Figura 08 - Praa de Pernambus Depois Construo realizada pela Coelba Fonte: Superintendncia de Parques e Jardins SPJ

    Figura 09 - Praa do Sol, Periperi, no possui projeto de paisagismo. Fonte: Haroldo Abrantes/A Tarde On Line, 2008.

    Figura 10 - No Itaigara, praas so equipadas com brinquedos. Fonte: Haroldo Abrantes/A Tarde On Line, 2008.

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    Para Serpa (2004), a priorizao da implantao dos parques e praas da orla Atlntica de Salvador por parte da administrao pblica, discrimina uma parcela grande da populao, principalmente a que tem dificuldade de deslocamento e carncia de espaos de lazer, por possuir renda baixa. Lcia Maciel, Assessora Chefe de Paisagismo da Superintendncia de Parques e Jardins da Prefeitura Municipal de Salvador SPJ, relata que a degradao das praas muito grande, as pessoas roubam vegetao, lixeiras, fiao e equipamentos mais leves, alm de plantar nos espaos destinados para canteiros, os mais variados tipos de espcies de plantas, na maioria das vezes inadequadas, modificando o partido arquitetnico e paisagstico adotado para o local.

    A PRAA DOIS DE JULHO CAMPO GRANDE

    Localizao da Praa Dois de Julho - Campo Grande

    O Campo Grande a maior Praa de Salvador, A maior rea de lazer do centro da cidade, possui trinta e seis mil trezentos e vinte metros quadrados de rea, est localizada no centro da cidade e tem ligao com a Avenida Sete de Setembro, Forte de So Pedro, Av. Arajo Pinho (Bairro do Canela). De um lado da praa, est o Hotel da Bahia e a Biblioteca da fundao Joo Fernandes da Cunha, antigo Clube Cruz Vermelha; do outro, o Teatro Castro Alves, do lado do vale do Canela; do lado do Corredor da Vitria a praa contornada por prdios residenciais; na esquina da Praa com o corredor da Vitria est a Escola de Puericultura e do outro lado da rua est o Palcio Episcopal monumento tombado pelo Servio do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional SPHAN, que hoje abriga ao fundo o Edifcio Residencial Manso dos Cardeais. O Campo Grande margeia a Avenida Sete de Setembro chegando ao corredor da Vitria. como se fosse entrada principal do Teatro Castro Alves.

    Histrico da Praa Dois de Julho - Campo Grande

    A descrio da evoluo histrica do Campo Grande ser baseada na reconstituio da memria histrica feita pela Arquiteta Socorro Targino Martinez para o anteprojeto de reforma do Campo Grande de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Salvador - Fundao Mrio Leal Ferreira e tambm de matria do Jornal A Tarde. As mudanas iniciadas no sculo XVIII do forma nova cidade do sculo XIX que passou a obedecer a um planejamento moderno atendendo aos interesses do comrcio mercantil internacional. A esttica moderna e a obrigao postural determinada pela administrao urbana definem o novo padro arquitetnico da poca, com a implantao de jardins e grades nas frentes das casas. Os novos espaos urbanos quer sejam na rea sul, na Vitria, na Graa, no Canela, no Campo Grande, ou na rea norte, na regio pennsula, no Bonfim, Monte Serrat e Itapagipe foram obrigados, a recuar suas fachadas com gradis trabalhados.

  • 11

    A nova cidade do sculo XIX se consolidou como morada de nativos e estrangeiros atrados pela nova forma de habitar. O corredor da Vitria, tornou-se muito valorizado com a inaugurao do Passeio Pblico que, com sua vasta vegetao, caracterizava toda rea. A bela vista Bahia ao lado do mar os mais lindos ornamentos desse extenso aglomerado de casas so os muitos Jardins situados entre elas Quando passava calmamente pelos caminhos sombreados, admirava Darwin o espetculo de vegetao. O Campo Grande de So Pedro surgiu nesta cidade em 1895 que se expandia em reas distantes, do Rio Vermelho Penha, e que crescia fora dos limites fortificados coloniais, tornando-se ponto de convergncia dos baianos nobres do Garcia, da Vitria, da Barra e do Canela.

    METODOLOGIA

    A BUSCA POR UMA METODOLOGIA

    A pesquisa trata da anlise da qualidade ambiental urbana da Praa do Campo Grande atravs da percepo dos usurios. Para buscar uma metodologia que atendesse ao propsito da pesquisa foi necessrio conhecer algumas metodologias que tratassem do tema. Nas pesquisas sobre qualidade ambiental e de vida so frequentemente adotadas metodologias quantitativas que avaliam a qualidade ambiental urbana e de vida atravs de indicadores demogrficos, de expectativa de vida, escolaridade, poluio, culturais.

    PROCEDIMENTO METODOLGICO ESCOLHIDO

    Questionar a realidade cotidiana colhendo informaes diretas no local. Esta etapa da pesquisa busca apreender a realidade para compor a imagem urbana e captar as necessidades de transformao.

    PROCEDIMENTOS METODOLGICOS APLICADOS AO CAMPO GRANDE

    Esse momento da pesquisa foi de visitas constantes praa para observar o espao fsico, a relao do usurio com o ambiente, as possibilidades que o espao fsico da praa oferece para o usurio despertar e desenvolver, atravs do uso, a percepo do lugar. Foram levados em considerao os seguintes procedimentos:

    1. Observao direta do cotidiano da praa 2. Anotaes durante as observaes 3. Fotografias foram utilizadas como recurso de imagem 4. Entrevistas Foram realizadas com os usurios

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    ANLISE DA QUALIDADE AMBIENTAL URBANA DA PRAA DOIS DE JULHO

    Em 1997, aps anos de abandono, o poder pblico estadual contratou as arquitetas Arilda Maria Cardoso e Maria ngela Barreiros Cardoso para iniciarem os estudos do projeto do novo Campo Grande. O Campo Grande, apesar do tempo e das intervenes sofridas, preservou sua forma retangular com dois eixos ortogonais em forma de cruz. Foram preservados tambm o monumento, os canteiros e as fontes luminosas do seu traado neoclssico. A praa foi reinaugurada em 13 de dezembro, de 2003, depois de anos de abandono. O projeto arquitetnico que compe o Campo Grande contemplou novos sistemas de drenagem e iluminao pblica, em frente ao Teatro Castro Alves, esto situadas, em cada lado do eixo central, duas fontes luminosas recuperadas na reforma; contornando as fontes, existem duas prgolas que foram recuperadas e receberam discreta cobertura de policarbonato sobre estrutura metlica; do lado esquerdo do eixo principal, voltado para o Vale do Canela, est um lago; em frente ao Hotel da Bahia, est um parque infantil; no mesmo lado, est um anfiteatro no lugar que antes da reforma era um espelho dgua abandonado. No centro, no encontro dos eixos principais, est o monumento recuperado. A praa, na sua reforma, ganhou piso de granito bruto no centro contornando o monumento, e piso de concreto com detalhes em granito, formao de mosaicos com placas de pedras nos acesos centrais. A praa ganhou, tambm, pista de Cooper interna contornando todo o seu permetro, separada do passeio pelo gradil de ferro, ganhou bancos de granito, bancos de madeira, alm de cabines telefnicas em ao, o que comprova que possvel a harmonia da arquitetura antiga com materiais novos. O passeio em frente ao Teatro Castro Alves foi alargado para abrigar as arquibancadas na poca do carnaval; foram preservadas as 250 espcies existentes e plantios de novas espcies, Os dez portes de acesso, so fechados durante a noite. O Campo Grande possui localizao privilegiada no centro da cidade; ponto de referncia conhecido por toda populao da cidade, onde possvel vir de qualquer bairro, inclusive do municpio de Lauro de Freitas, pagando uma nica passagem de nibus, o que facilita a acessibilidade.

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    PLANTA BAIXA PRAA DOIS DE JULHO - CAMPO GRANDE

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    ENTREVISTAS

    Foram aplicadas 48 entrevistas no perodo de 23 dias, do dia 1 de outubro a 24 de novembro de 2012, em turnos e horrios diferentes, escolhidos aleatoriamente tentando abranger varias idades e as diversas atividades que os usurios praticavam na praa. A entrevista foi dividida em duas partes com o objetivo de conhecer os usurios e, atravs das questes, responder os objetivos da pesquisa.

    PERFIL DOS USURIOS

    Para conhecer melhor os usurios da praa foram considerados: sexo, idade, bairro onde mora, escolaridade, atividade profissional, renda mensal. Depois de analisados, cada item pesquisado foi apresentado em tabelas com o objetivo de auxiliar a visualizao das respostas dos entrevistados.

    Perfil do usurio (Sexo)

    Opes Nmero de entrevistados Percentual

    Masculino 22 45,8%

    Feminino 26 54,2%

    Total 48 100%

    Dos 30 entrevistados, 45,8% so do sexo masculino e 54,2%so do sexo feminino. Constatou-se, portanto, que a frequncia de usurios do sexo feminino um pouco maior do que a do sexo masculino.

    Perfil do usurio (Idade)

    Opes Nmero de entrevistados Percentual

    17 a 30 anos 15 31,3%

    31 a 50 anos 17 35,4%

    51 a 70 anos 12 25,0%

    Acima de 70 anos 04 8,3%

    Total 48 100%

    Para melhor identificar o perfil dos entrevistados no que se referem idade, as faixas etrias foram divididas em intervalos: de 17 a 30 anos, de 31 a 50 anos, de 51 a 70 anos e acima de 70 anos. Dos 30 entrevistados, 31,3 % esto na faixa etria de 17 a 30 anos, 35,4% 86 entrevistados esto na faixa etria de 31 a 50 anos, 25,0% esto na faixa etria de 51 a 70 anos e 8,3% esto na faixa etria acima de 70 anos. Fica evidente que a maioria dos frequentadores da praa est na faixa etria de 31 a 50 anos seguidas de pessoas de 17 a 30 anos.

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    Perfil do usurio (Bairro onde mora)

    Opes Nmero de entrevistados Percentual

    Prximo da praa 30 62,5%

    Distante da praa 18 37,5%

    Total 48 100%

    A identificao do bairro onde mora contribuiu para indicar de onde vm os usurios da praa, alm de dar subsdios para a anlise de aspectos como acessibilidade, atrativos que o lugar oferece motivao de deslocamento at a praa etc.

    Perfil do usurio (Escolaridade)

    Opes Nmero de entrevistados Percentual

    Nvel fundamental 08 16,7%

    Nvel Mdio 12 25,0%

    Nvel superior 28 58,3%

    Total 48 100%

    A escolaridade foi dividida em trs grupos: ensino fundamental, nvel mdio e nvel superior. Dos entrevistados, 58,3% possuem nvel superior, 25% possuem nvel mdio, 16,7 % possuem ensino fundamental. A pesquisa demonstrou que a maioria dos usurios possui nvel superior, seguidos de nvel mdio e ensino fundamental.

    Perfil do usurio (Atividade profissional)

    Opes Nmero de entrevistados Percentual

    Aposentados 09 18,8%

    Estudantes 06 12,5%

    Funcionrios pblicos 07 14,6%

    Donas de casa 05 10,4%

    Motorista de nibus 01 2,1%

    Porteiro 01 2,1%

    Empresrios 05 10,4%

    Profissionais liberais 10 20,8%

    Prestadores de servios 04 8,3%

    Total 48 100%

    Quanto atividade profissional, detectou-se que 18,8% so aposentados, 12,5 % so estudantes, 14,6 % so funcionrios pblicos, 10,4% so donas de casa, 2,1 % so motoristas de nibus, 2,1% so porteiros, 10,4% so empresrios, 20,8% so profissionais liberais e 8,3 % so prestadores de servios. Constatou-se que os usurios da praa exercem as mais variadas atividades profissionais desde ocupaes que no exigem alto grau de escolaridade como profisses que solicitam nvel superior, o que demonstra a diversidade de nvel cultural dos usurios, com a predominncia de pessoas de nvel superior.

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    Perfil do usurio (Renda Mensal)

    Opes Nmero de entrevistados Percentual

    No possuem renda 08 16,7%

    Possuem renda de 01salrio mnimo 03 6,2%

    De 01 a 04 salrios mnimos 10 20,8%

    De 05 a 08 salrios mnimos 07 14,6%

    De 09 a 10 salrios mnimos 08 16,7%

    Acima de 10 salrios mnimos 12 25,0%

    Total 48 100%

    Para identificar a renda mensal foram colocadas para escolha dos entrevistados as opes: no possui renda, possui renda de um salrio mnimo, possui renda de 02 a 04 salrios mnimos, possui renda de 05 a 08 salrios mnimos, possui renda de 09 a 10 salrios mnimos, possui renda acima de 10 salrios mnimos. A pesquisa demonstrou que entre os entrevistados 16,7% no possuem renda, 6,2 % possuem renda de um salrio mnimo, 20,8 % possuem renda de 02 a 04 salrios mnimos, 14,6% possuem renda de 05 a 08 salrios mnimos, 16,7 % possuem renda de 08 a 10 salrios mnimos, 25,0 % possuem renda acima de 10 salrios mnimos.

    1. O que a praa do Campo Grande significa para voc? O objetivo desta questo aberta foi a de obter as impresses particulares que os usurios tm do lugar e o que ele representa. Apesar da subjetividade da questo os entrevistados demonstraram segurana nas respostas e todos relacionaram a praa a significados positivos, muitos deles enumeraram vrios significados. Percebeu-se que as pessoas que utilizam a praa com mais frequncia demonstraram uma relao de proximidade com o lugar, falam da praa com afeto e deixam transparecer a sua importncia para a vida cotidiana e os benefcios para a qualidade ambiental e de vida.

    2. Qual dessas palavras define o Campo Grande?

    Opes Nmero de entrevistados Percentual

    Bem estar 06 12,5%

    Verde 10 20,8%

    Relaxamento 04 8,4%

    Lazer 09 18,8%

    Paz 05 10,5%

    Todos anteriores 14 29,0%

    Outros - -

    Total 48 100%

    A maioria dos entrevistados (29,0%), respondeu que o Campo Grande poderia ser definido com todos os itens: bem estar, verde, relaxamento, lazer, paz, o que demonstra que a definio do lugar composta de vrios fatores que contribuem para a qualidade ambiental. Alguns relataram que estar na praa em contato com o verde proporciona a sensao de bem estar, relaxamento e paz.

  • 17

    3. O que voc sente quando est na praa?

    Opes Nmero de entrevistados Percentual

    Conforto 08 16,7%

    Tranquilidade 10 20,8%

    Satisfao 16 33,3%

    Segurana 02 4,2%

    Todos anteriores 12 25,0%

    Outros - -

    Total 48 100%

    Dos entrevistados, 33,3% disseram que sentem satisfao quando esto na praa, representando a maioria, seguidos de 25,0% que sentem conforto, tranquilidade, satisfao, segurana. Eles disseram, ainda, sentir satisfao e relataram a sensao de bem estar que sentem quando esto na praa; quando estou aqui me sinto equilibrado, gosto de vir praa, o ar puro me faz bem, a praa minha vlvula de escape, aqui esqueo dos problemas, ando todos os dias quando no venho o dia no bom. Os que escolheram conforto, tranquilidade, satisfao e segurana, comentaram a importncia de se sentir seguro para poder aproveitar os benefcios da praa; muitos, em seus depoimentos, se referiam ao estado de abandono e insegurana da praa antes da reforma;

    4. O que voc gosta na praa? Por qu? A ambincia da praa como elemento nico foi citada majoritariamente pelos entrevistados, entretanto, as justificativas foram diferenciadas mostrando a percepo pessoal de cada um. Os entrevistados que responderam gosto de tudo justificaram de formas diferentes os porqus. Relatando porqu a praa bonita, porqu a praa atrativa e possui vegetao abundante, porqu aqui o meu encontro com a natureza, porqu o conjunto que faz a beleza da praa, porqu todo o lugar traz boas energias.

    5. O que voc no gosta na praa? Por qu? Poucos foram os relatos indicando insatisfao com os elementos fsicos da praa. As maiores queixas foram relacionadas conservao, sujeira, manuteno e vigilncia da praa. A preocupao com a preservao do espao fsico da praa demonstra a afetividade que o usurio tem com o lugar, muitos usurios demonstram conhecer toda a praa e enumerar todos os problemas, com conhecimento de quem cuida de sua casa ou de seu prdio.

    6. Qual o seu lugar preferido na praa? As dimenses grandiosas da praa e os diversos ambientes e possibilidades de uso que proporcionam, justificam a diversidade de lugares escolhidos pelos entrevistados. Os relatos demonstram a percepo e a relao afetuosa dos usurios ao indicar o lugar preferido, mostrando o elo afetivo com o lugar. Muitos lugares escolhidos esto relacionados s atividades que o usurio pratica na praa.

  • 18

    7. O que voc acrescentaria na praa? Muitos usurios disseram que no precisavam acrescentar nada, que a praa aps a reforma est tima. Algumas sugestes foram dadas pelos entrevistados de acrscimos de equipamentos como bar, lanchonete, posto policial, rea coberta para apresentao teatral, elementos coloridos; mas, as maiores solicitaes foram construo de sanitrios, acompanhada de equipamentos adequados para o parque infantil.

    8. O que voc mudaria na praa? Quando questionados sobre o que mudariam na praa, a maioria dos entrevistados, refletiram um pouco, e responderam; nada. Justificando sempre com as qualidades fsicas do espao aps a reforma. Esses depoimentos muitas vezes eram complementados com: mas precisa de manuteno. O que demonstra um alto nvel de satisfao com o conjunto formado pelo espao construdo, disponibilizado com a reforma, somados grandiosidade dos elementos naturais existentes, sinalizando, entretanto, a preocupao com a possvel degradao por falta de manuteno.

    9. Como o sombreamento da praa?

    Opes Nmero de entrevistados Percentual

    timo 20 41,7%

    Bom 24 50,0%

    Regular 04 8,3%

    Ruim - -

    Pssimo - -

    Total 48 100%

    10. Como a ventilao da praa?

    Opes Nmero de entrevistados Percentual

    timo 22 45%

    Bom 24 50,0%

    Regular 02 4,2%

    Ruim - -

    Pssimo - -

    Total 48 100%

    O sombreamento e a ventilao da praa foram considerados satisfatrios pelos entrevistados, 50% acham o sombreamento da praa bom, seguidos de 41,7% que acham timo. Quanto ventilao, 50% dos entrevistados acham boa, seguidos de 45,8%que acham tima.

  • 19

    11. Qual a qualidade acstica da praa? (ouve barulho dentro da praa)

    Opes Nmero de entrevistados Percentual

    timo 12 25,0%

    Bom 23 48,0%

    Regular 09 18,7%

    Ruim 04 8,3%

    Pssimo - -

    Total 48 100%

    A qualidade acstica da praa foi considerada boa por 48,0% dos entrevistados, seguidos de tima por 25,0% e regular por 18,7% dos entrevistados. A vegetao abundante e as dimenses grandiosas da praa contribuem para amenizar o barulho provocado pelo grande nmero de veculos que transitam contornando a praa. Alguns depoimentos revelam que quando as pessoas esto na praa no ouvem barulho de carro.

    12. Com que frequncia voc vem praa?

    Opes Nmero de entrevistados Percentual

    Diariamente 26 54,1%

    Finais de semana 14 29,2%

    s vezes 08 16,7%

    Outros - -

    Total 48 100%

    Dos entrevistados, 54,1 % so usurios que frequentam a praa diariamente, na sua maioria, vindos de bairros prximos; utilizam a praa para fazer caminhadas, encontrar com amigos, jogar domin, passear e relaxar. Alguns usurios que frequentam a praa diariamente vm de bairros distantes. Alm dos grupos de aposentados que frequentam a praa diariamente, as pessoas que fazem caminhadas so os usurios mais assduos. Percebeu-se que a frequncia diria para praticar atividades fsicas, fazer caminhadas, se encontrar com os amigos, permite que as pessoas se conheam e estabeleam novas relaes sociais.

    13. O que mais lhe atrai na praa ?

    Opes Nmero de entrevistados Percentual

    O verde 17 35,4%

    A tranquilidade 09 18,8%

    O valor histrico 08 16,7%

    Opo de lazer 14 29,1% Outros - - Total 48 100%

    35,4%, das pessoas entrevistadas escolheram verde, seguidos de opo de lazer (29,1%), tranquilidade (18,8%), valor histrico (16,7%).

  • 20

    14. Com qual finalidade voc usa a praa?

    Opes Nmero de entrevistados Percentual

    Convvio social 08 16,7%

    Lazer 16 33,3%

    Atividades fsicas 20 41,7%

    Busca de Silncio 04 8,3%

    Outros - -

    Total 48 100%

    Dos entrevistados 41,7% utilizam a praa com a finalidade de praticar atividades fsicas, seguidos de 33,3% que vo praa em busca de lazer, 16,7% que vo em busca de convvio social e de 8,3% que vo em busca de silncio.

    15. Como voc avalia a segurana da praa?

    Opes Nmero de entrevistados Percentual

    tima 02 4,2%

    Boa 18 37,5%

    Regular 15 31,2%

    Ruim 08 16,7%

    Pssima 05 10,4%

    Total 48 100%

    A avaliao da segurana da praa foi considerada por 37,5% dos entrevistados como boa, por 31,2 % como regular, por 16,7 % como ruim, por 10,4% como pssima e por 4,2 % como tima. Os 37,5 % dos entrevistados que consideraram a segurana da praa boa disseram que o ambiente tranquilo, nunca presenciaram nenhum ato de violncia e que a presena diria dos guardas municipais que rondam a praa, traz segurana para os usurios e inibem a presena de marginais; alguns falaram da presena eventual de moradores de rua que utilizam os bancos para dormir, mas no incomodam os usurios. A segurana foi considerada regular por 31,2 % dos entrevistados, que criticaram a atuao dos guardas municipais, atribuindo a ineficincia do trabalho deles a alguns atos de vandalismo ocorridos como luminrias quebradas, algumas pichaes, bancos quebrados e sujeira. A segurana da praa foi considerada ruim por 16,7 % dos entrevistados e pssima por 10,4%. Esses entrevistados disseram que a praa precisa de mais guardas municipais e que a falta de segurana que permite o vandalismo. Afirmaram ainda, que os guardas deixam os estudantes ficarem em p nos bancos, permitem que moradores de rua entrem na praa e durmam nos bancos. Alguns enfatizaram que a presena de moradores de rua deixa a praa feia e causa insegurana.

  • 21

    16. Qual a qualidade esttica da praa?

    Opes Nmero de entrevistados Percentual

    tima 22 45,8%

    Boa 24 50,0%

    Regular 02 4,2%

    Ruim - -

    Pssima - -

    Total 48 100%

    Alguns entrevistados no entenderam a pergunta, pois no sabiam o que significava esttica. Para auxiliar o entendimento, a questo foi complementada: Como voc avalia a beleza do conjunto de elementos que compe a praa? Dos entrevistados, consideraram boa 50,0 %, tima 45,8 %, regular 4,2 %. A qualificao da praa como boa e tima demonstra a aceitao do conjunto por parte dos entrevistados, revelando tambm a influncia de um lugar bonito, harmnico e atrativo na frequncia e permanncia dos usurios na praa.

    17. A praa do Campo Grande contribui em que para a sua vida?

    Opes Nmero de entrevistados Percentual

    Sade 12 25,0%

    Convvio social 08 16,7%

    Lazer 13 27,0%

    Atividades fsicas 15 31,3%

    Outros - -

    Total 48 100%

    A maioria dos entrevistados 31,3% disse que a prtica de atividades a contribuio da praa para suas vidas, o que revela a importncia de espaos pblicos abertos para a prtica de atividades fsicas. A proximidade da praa ao local onde mora fator essencial para os usurios utilizarem o espao com mais frequncia.

    18. A praa do Campo Grande contribui para a vida da cidade em quais questes?

    Opes Nmero de entrevistados Percentual

    Ambiental 15 31,2%

    Social 09 18,7%

    Lazer 08 16,7%

    Cultural 05 10,4%

    Todos anteriores 11 23,0%

    Outros - -

    Total 48 100%

    A maioria dos entrevistados (31,2%) acredita que a praa contribui para a vida da cidade na questo ambiental, seguidos de 23,0% que optaram por todas as questes citadas: ambiental, social, lazer e cultural; 18,7% optaram por social, 16,7% lazer e 10,4% cultural.

  • 22

    19. A praa do Campo Grande contribui de que maneira para melhorar a qualidade de vida dos usurios?

    Opes Nmero de entrevistados Percentual

    Como opo de lazer 11 23,0 %

    Como local para relaxamento 06 12,5 %

    Como opo para atividades fsicas 09 18,7 %

    Como local de encontro com a natureza 07 14,5 %

    Todos anteriores 15 31,3 %

    Outros - -

    Total 48 100%

    Dos entrevistados, 31,3% atriburam as atividades praticadas na praa do Campo Grande como lazer, atividades fsicas e ao uso do local para relaxamento e encontro com a natureza, como fatores importantes para melhorar a qualidade de vida dos usurios.

    20. Qual a avaliao que voc faz da reforma da praa?

    Opes Nmero de entrevistados Percentual

    tima 20 41,7 %

    Boa 25 52,0 %

    Regular 03 6,3 %

    Ruim - -

    Pssima - -

    Total 48 100%

    A reforma da praa foi considerada boa por 52,0 % dos entrevistados, tima por 41,7 % e regular por 6,3 %, o que significa a aceitao, quase que total, por parte dos entrevistados. Muitos, principalmente os usurios mais assduos, consideram a reforma um marco para o Campo Grande. Sempre comparando o Campo Grande de antes e o de depois da reforma.

    21. LEVANTAMENTO QUALITATIVO DOS ASPECTOS FSICOS DA PRAA

    Itens timo Bom Regular Ruim Pssimo Total

    Piso 35,4% 45,8% 18,8% - - 100%

    Bancos 33,3% 45,8% 16,7% 4,2% - 100%

    Telefones pblicos - 27,0% 52,0% 21,0% - 100%

    Sanitrios - - - 43,7% 56,3% 100%

    Mobilirio 33,3% 66,7% - - - 100%

    Vegetao 58,3% 41,6% - - - 100%

    Paisagismo 37,5% 43,7% 18,8% - - 100%

    Iluminao 41,6% 58,4% - - - 100%

    Conservao e manuteno - 20,8% 29,2% 33,3% 16,7% 100%

    Limpeza - 33,3% 18,8% 29,1% 18,8% 100%

    reas de circulao 58,4% 45,8% - - - 100%

  • 23

    A PRAA E SUA DINMICA

    A praa durante a semana das caminhadas, das atividades fsicas, dos estudantes, dos aposentados cede lugar, nos finais de semana, para o colorido dos vendedores de bolas, bichos inflveis, algodo doce e para a alegria das crianas sempre em movimento e para a populao em geral que d vida praa. Nas tardes de domingos e feriados a praa recebe pessoas de vrios bairros da cidade em busca de lazer e entretenimento, principalmente para as crianas. A alta frequncia da praa possibilitada, tambm, pelo grande nmero de linhas de nibus que passam pelo local. De acordo com informaes obtidas no site do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Salvador SETEPS (2012) so setenta e quatro linhas de nibus que circulam dentro do permetro urbano de Salvador que passam na Praa Dois de Julho Campo Grande. Aos domingos as potencialidades de usos do espao so usufrudas, em sua totalidade por diversas pessoas de vrias idades, as crianas acompanhadas de seus pais disputam o parque infantil, rodeiam o lago para jogar comida para os peixes, ficam atentas s apresentaes de teatro ou correm em todas as direes.

    A PRAA COMO ESPAO DE VANDALISMO E FALTA DE MANUTENO

    A falta de manuteno da praa a maior queixa dos usurios. O parque infantil que usado, diariamente, por um grande nmero de crianas, encontra-se com os brinquedos em pssimo estado de conservao, com escorregador quebrado expondo os parafusos, troncos que compem os brinquedos com rachaduras, piso sinttico rasgado, ou seja, inapropriado para o uso. Os bancos de madeira da praa possuem boa qualidade, no entanto, percebeu-se que so usados de forma inapropriada por

    Figura 11 Domingo no Campo Grande. Fonte: Google Imagens

  • 24

    muitos estudantes, que ficam em p e sentam no encosto dos bancos. Foram identificados alguns atos de vandalismos como: bancos pixados, placa pixada. Os atos de vandalismo e a falta de manuteno indicam que a administrao pblica precisa investir em segurana e em campanhas de educao ambiental com o objetivo de incentivar os usurios a cuidarem da praa e em manuteno do patrimnio.

    Figura 12 Chafariz destrudo. Fonte: Autor 2012.

    Figura 13 Banco degradado Fonte: Autor 2012.

    Figura 14 Cabine telefnica pinxada. Fonte: Autor 2012.

    Figura 15 Telefone pblico destrudo. Fonte: Autor 2012.

    Figura 16 - Piso sinttico do parque infantil estragado. Fonte: Autor 2012.

    Figura 17 - Ervas daninha crescendo por todos os canteiros. Fonte: Autor 2012.

  • 25

    CONCLUSES

    Analisar a qualidade ambiental urbana do Campo Grande atravs da percepo dos usurios, no perodo estabelecido, no foi uma tarefa fcil, devido grandiosidade e riqueza de elementos que compem o espao e as diversidades de informaes que surgiram da relao do usurio com a praa. As concluses aqui apresentadas no so respostas definitivas aos questionamentos que direcionaram este trabalho, mas sim, anlise de um processo de observao de um determinado espao temporal. Nas reas mais carentes de Salvador formadas por invases e bairros sem infraestrutura existem poucas praas e, quando existe, esto degradadas. A escassez de praas traz muitos prejuzos para a populao da cidade, principalmente para a populao mais carente que no dispe de lugares para recreao lazer e convvio social. Como soluo, estas pessoas procuram lazer nos parques de Pituau, Parque da Cidade, Parque do Dique do Toror e Praa do Campo Grande. A carncia de espaos de lazer na cidade no mais grave por causa das praias, que ainda um lazer barato disponvel para a populao. A administrao pblica de Salvador pouco investe na criao de praas, alm de desqualificar as existentes, transformando essas reas to importantes no passado em espaos de ningum. A maioria das praas de Salvador so pouco atrativas, possuem a mesma linguagem arquitetnica com pavimentao excessiva, pouca ou nenhuma arborizao, bancos e mesas pr-moldados padronizados e desconfortveis que no conseguem atender s necessidades da populao, o que ocasiona vandalismo e degradao. O poder pblico pouco tem feito para requalificar e manter estas reas, alegando sempre que a manuteno e conservao so onerosas. A pesquisa indicou que a vida e as funes da praa do Campo Grande esto subordinadas principalmente a existncia da grande quantidade de rvores e tambm s boas condies dos elementos fsicos construdos. Constatou-se que o Campo Grande exerce hoje as funes: ambiental, de atividade fsica, de convvio social, de lazer, cultural e histrica. Os usurios utilizam a praa para vrias finalidades como prtica de atividades fsicas; caminhadas matinais, ao final da tarde e noite; como convvio social, onde as pessoas vm para a praa ver o movimento, encontrar com os amigos, conversar; as pessoas que procuram lazer, vm praa em busca de diverso ou para trazerem os filhos para o parque, para jogar comida para os pombos e ver as atraes dos finais de semana. A manuteno dos equipamentos urbanos um problema crnico da administrao pblica de Salvador, pouco se investe em obras pblicas, e quando se investe, na maioria das vezes, utilizam materiais de baixa qualidade, pouco resistentes e mais sujeitos a desgaste e atos de vandalismo.

  • 26

    REFERNCIAS

    Campo Grande volta cena urbana, A TARDE, Salvador, caderno local, p. 3, 13 dez. 2003. Dia de festa e protesto na Bahia, A TARDE on line, Disponvel em: http://www.atarde.com.br/cidades/ noticia.jsf?id=909131. MARTINEZ, S. Projeto Executivo de Paisagismo da Praa 2 de Julho Campo Grande, Volumes 1 , fundao Mario leal Ferreira, Salvador, 1997.

    PALAVIZINI ,R. ESPAO PBLICO: ambiente e percepo.Dissertao apresentada ao mestrado de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia UFBA.

    Pista concretada vai cobrir rio da Centenrio, A TARDE on line a , Disponvel em: http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=917383.

    Salvador tem a maior densidade populacional do Brasil, A TARDE on line, Disponvel em: www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=951016.

    SPJ - Superintendncia de Parques e Jardins - Governo da Bahia, Disponvel em:

    http://www.jb.salvador.ba.gov.br/index.asp

    SANTANA,A. Salvador da Bahia, praas histricas. Prefeitura Municipal de salvador.2004

    SETPS- Sindicato das Empresas de Transportes Pblicos de Salvador. Consulta de linhas - Campo Grande. Disponvel em: http://www.setps.com.br/sistema_transporte/linhas.asp,

  • 27

    APNDICES

    ENTREVISTA Data: / / Horrio: Nome: Sexo: M( ) F( ) Idade: Bairro onde mora: Escolaridade: Atividade profissional: Renda mensal: At 1 salrio mnimo( ); de 1 a 4 salrios ( ); de 5 a 8 salrios ( ); de 9 a 10 salrios ( ); acima de 10 salrios ( ).

    1. O que a praa do campo grande significa para voc?

    2. Diga uma palavra que defina o Campo Grande? bem estar ( ); verde ( ); relaxamento ( ); lazer ( ); paz ( ).

    3. O que voc sente quando est na praa? conforto( ); tranquilidade ( ); Satisfao ( ); segurana( ); outros.

    4. O que voc gosta na praa? Por qu?

    5. O que voc no gosta na praa? Por qu?

    6. Qual o seu lugar preferido na praa?

    7. O que voc acrescentaria na praa?

    8. O que voc mudaria na praa?

    9. Como o sombreamento da praa? timo ( ); bom ( ); regular ( ); ruim( ); pssimo( ).

    10. Como a ventilao da praa? tima ( ); boa ( ); regular ( ); ruim( ); pssima( ).

    11. Qual a qualidade acstica da praa? (voc ouve barulho quando est na praa?) tima ( ); boa ( ); regular ( ); ruim( ); pssima( ).

    12. Com que frequncia voc vem praa? diariamente ( ); finais de semana ( ); As vezes ( ); outros( ).

    13. O que mais lhe atrai na praa? o verde ( ); a tranquilidade ( ); o valor histrico ( ); opes de lazer ( ); outros ( ) .

  • 28

    14. Com qual finalidade voc usa a praa? convvio social ( ); lazer ( ); atividades fsicas( ); busca de silencio( ); outros ( ).

    15. Como voc avalia a segurana da praa? tima ( ); boa ( ); regular ( ); ruim( ); pssima ( ).

    16. Qual a qualidade esttica da praa? tima ( ); boa ( ); regular ( ); ruim( );. pssima ( ).

    17. A praa do campo grande contribui em que para sua vida? sade ( ); convvio social ( ); lazer ( ); atividades fsicas( ); outros ( ).

    18. A praa do campo grande contribui para a vida da cidade em quais questes? ambiental ( ); social ( ); lazer ( ); cultural ( ) outros ( ).

    19. A reforma do Campo Grande contribuiu de que maneira para melhorar a qualidade de vida dos usurios? como opo de lazer ( );como local para relaxamento( ); com opo para atividades fsicas ( ); como local de encontro com a natureza ( ) outros ( ).

    20. Qual a avaliao que voc faz da reforma da praa? tima ( ); boa ( ); regular ( ); ruim( ) pssima ( ).

    21. LEVANTAMENTO QUALITATIVO DOS ASPECTOS FSICOS DA PRAA

    Itens timo Bom Regular Ruim Pssimo

    Piso

    Bancos

    Telefones pblicos

    Sanitrios

    Mobilirio

    Vegetao

    Paisagismo

    Iluminao

    Conservao e manuteno

    Limpeza

    reas de circulao

  • 29

    ANEXO

    Linhas de nibus que passam no Campo Grande. De acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Salvador SETEPS so setenta e quatro linhas de nibus que circulam dentro do permetro urbano de Salvador que passam na Praa Dois de Julho Campo Grande, so elas: Aeroporto x Campo Grande, Aeroporto x Praa da S, guas Claras x Campo Grande, Alto do Cabrito x Lapa, Alto do Coqueirinho x Campo Grande, Base Naval x Campo Grande, Boa Vista do So Caetano x Campo Grande, Boca da Mata x Lapa/ Barra, Bom Ju x Barra, Cabula 6 x Ondina, Cajazeira 10x lapa/ barra, cajazeira 6/7x Lapa/ Barra Avenida, Cajazeira 8xLapa/Barra, Castelo Branco x Campo Grande, Colina Azul x Frana/ Campo Grande, Conjunto Piraj I x Campo Grande/ Barra, Conjunto Piraj I x Engenho Velho da Federao, Cosme de Farias x barra, Curuzu x Contorno R2, Daniel Lisboa x Barra 2, Duque de Caxias x Barra, Engenho Velho da Federao x Nazar, Estao da Lapa x Brotas, Estao da Lapa x Paripe, Estao da Lapa x Pituba/ Ribeira, Estao da Lapa x So Cristovo, Estao da Lapa x Estao Piraj R1, Estao da Lapa x Estao Piraj R2, Estao Piraj x Barra1, Fazenda Garcia x CAB, Fazenda Grande 1 / 2 x Lapa/ Barra, Federao Nazar, Graa x Praa da S, Grande Circular 1, Grande Circular 2, IAPI x Frana / Campo Grande, Iguatemi x Comrcio, Iguatemi x Praa da S, Imbu x Praa da S, Itapu x campo grande, Lus Anselmo x Sabino Silva Circular, Marechal Rondon x Barra, Mata Escura x Jardim Sto. Incio/ Campo Grande, Mussurunga 2 x Campo Grande, Nordeste x Campo Grande R2, Paripe x Campo Grande, Pau mido x Frana / Campo Grande, Periperi x Campo Grande, Pituau x Campo grande, Pituba Campo Grande R2, Praia do Flamengo Campo Grande, pau Mido x Frana/ Campo Grande, Periperi x Campo Grande, Pituau x Campo Grande, Pituba x Campo Grande R2, Praia do Flamengo x Campo Grande, Ribeira x Federao, Ribeira x Sabino Silva, Rio das pedras x Campo Grande R1, Rio das pedras x Campo Grande R2, Rodoviria Circular A, Santa Cruz x Campo Grande R2, santa Mnica X Barra, So Caetano x Eng. Velho da Federao, So Marcos x Lapa/ Barra Avenida, Stiep/ Centro de Convenes x Comrcio, Sussuarana x Barra 1, Sussuarana x Barra 2, Tancredo Neves x Campo Grande, Vale dos Rios x Stiep R4, Vista Alegre x Barra.