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    HABILIDADES

    SOCIAIS

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    H116 Habilidades sociais: dilogos e intercmbios sobre pesquisa e prtica / organizado por Zilda A. P. Del Prette, Adriana Benevides Soares,

    Camila de Sousa Pereira-Guizzo, Marcia Fortes Wagner e VanessaBarbosa Romera Leme Novo Hamburgo : Sinopsys, 2015. 16x23cm ; 512p.

    ISBN 978-85-64468-45-0

    1. Psicologia Habilidades sociais Pesquisa Prtica. I. DelPrette, Zilda A.P. II. Soares, Adriana Benvides. III. Pereira-Guizzo,Camila de Sousa. IV. Wagner, Marcia Fortes. V. Leme, Vanessa BorbaRomera. VI. Ttulo.

    CDU 159.922Catalogao na publicao: Mnica Ballejo Canto CRB 10/1023

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    2015

    HABILIDADESSOCIAIS

    DILOGOS E INTERCMBIOSSOBRE PESQUISA E PRTICA

    ZILDA A. P. DEL PRETTE

    ADRIANA BENEVIDES SOARES

    CAMILA DE SOUSA PEREIRA-GUIZZO

    MARCIA FORTES WAGNER

    VANESSA BARBOSA ROMERA LEME

    ORGANIZADORAS

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    Sinopsys Editora e Sistemas Ltda., 2015Habilidades sociais Dilogos e intercmbios sobre pesquisa e prticaZilda A. P. Del Prette, Adriana Benevides Soares,Camila de Sousa Pereira-Guizzo, Marcia Fortes WagnerVanessa Barbosa Romera Leme (orgs.)

    Capa:Maurcio Pamplona

    Traduo do espanhol:

    Captulo 3 Alexandre Mller Ribeiro

    Captulos 11 e 15 Valrio CamposReviso: Lvia Algayer Freitag

    Superviso editorial:Mnica Ballejo Canto

    Editorao: Formato Artes Grficas

    Sinopsys EditoraFone: (51) 3066-3690E-mail: [email protected]: www. sinopsyseditora.com.br

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    Autores

    Zilda A. P. Del Prette (Org.) Doutora em Psicologia Experimental pela USP. Mestreem Psicologia Comunitria pela Universidade Federal da Paraba (UFPB). Realizou ps--doutorado na University of California, Riverside (UCR), Estados Unidos. Psicloga.Est vinculada Graduao em Psicologia e ao Programa de Ps-graduao em Psicologiada UFSCar. Coordenadora de um grupo de pesquisa na rea (http://www.rihs.ufscar.br) e do grupo de trabalho Relaes interpessoais e competncia social, da ANPEPP.Publicou livros e inventrios sobre habilidades sociais em coautoria com Almir Del

    Prette. Realiza cursos e assessoria no campo das habilidades sociais. Pesquisadorabolsista do CNPq (Pq-1A). E-mail: [email protected].

    Adriana Benevides Soares (Org.)Doutora e mestre em Psicologia Cognitiva pelaUniversit Paris-Sud, Frana. Graduada em Psicologia pela Universidade Federal doRio de Janeiro (UFRJ). Realizou estgio ps-doutoral na Universidade Federal deSo Carlos (UFSCar). Professora e pesquisadora do Programa de Ps-graduao emPsicologia da Universidade Salgado de Oliveira (Universo) e professora-associada daUniversidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Editora da revista Estudos e Pesquisasem Psicologia. Atua, principalmente, com os seguintes temas: adaptao acadmica universidade, relaes interpessoais, habilidades sociais e processos cognitivos e ensino-aprendizagem. Pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico eTecnolgico (CNPq). E-mail: [email protected].

    Camila de Sousa Pereira-Guizzo (Org.) Doutora em Educao Especial e especia-lista em Gesto Organizacional e Recursos Humanos pela UFSCar. Professora adjuntada Faculdade de Tecnologia do Servio Nacional de Aprendizagem Industrial, Uni-dade Cimatec (SENAI Cimatec). Lder do grupo de pesquisa Fatores humanos eaprendizagem tecnolgica, do CNPq. Membro do grupo de trabalho Relaes

    interpessoais e competncia social, da Associao Nacional de Pesquisa e Ps-gra-duao em Psicologia (ANPEPP). Pesquisa os temas: habilidades sociais, educao emengenharia e tecnologia assistiva. E-mail: [email protected].

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    Marcia Fortes Wagner (Org.) Doutora em Psicologia pela Pontifcia UniversidadeCatlica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Psicloga clnica e Terapeuta Cognitiva certificada

    pela Federao Brasileira de Terapias Cognitivas. Professora da Escola de Psicologia e daEspecializao em Terapia Cognitivo-Comportamental, Coordenadora do Ncleo deEstudos e Pesquisas em Habilidades Sociais (NEPHS) e do projeto de pesquisa Avaliao epromoo de habilidades sociais no transtorno de ansiedade social da Faculdade Meridional(IMED), Passo Fundo, Rio Grande do Sul. Membro do grupo de Doutores da da FederaoBrasileira de Terapias Cognitivas (FBTC) e representante brasileira da Asociacin PsicolgicaIberoamericana de Clnica y Salud (APICSA). E-mail:[email protected]

    Vanessa Barbosa Romera Leme (Org.) Doutora em Psicologia pela Universidadede So Paulo (USP). Realizou ps-doutorado na UFSCar. Psicloga. Professora doPrograma de Ps-graduao em Psicologia (Mestrado) da Universo e da UERJ. Atua,principalmente, na rea da psicologia do desenvolvimento humano, com os seguintestemas: habilidades sociais, relaes interpessoais, relao pais-filhos, relao professor-aluno, adolescncia e transio para a vida adulta, resilincia e vulnerabilidade e teoriabioecolgica do desenvolvimento humano. E-mail: [email protected].

    Alessandra Turini Bolsoni-Silva Doutora em Cincias (rea: Psicologia) pelaUSP. Mestre em Educao Especial e graduada em Psicologia pela UFSCar. Realizou

    ps-doutorado na Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto da USP e livre-docnciaem Psicologia Clnica pela Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita Filho(UNESP), CampusBauru, So Paulo. Tem experincia na rea de psicologia, atuando,principalmente, nos seguintes temas: habilidades sociais, habilidades sociais educativas,anlise do comportamento, relacionamento pais-filhos, relacionamento conjugal,depresso e fobia social em universitrios, avaliao e terapia comportamental e psicologiabaseada em evidncia. Pesquisadora do CNPq. E-mail: [email protected].

    Ana Carolina Braz Doutora e mestre em Psicologia pela UFSCar. Especialista emPsicologia Clnica Comportamental pelo Instituto de Terapia por Contingncias deReforamento (ITCR), Campinas, So Paulo. Psicloga. Membro do grupo de pesquisaRelaes interpessoais e habilidades sociais, da UFSCar, e do grupo de trabalhoRelaes interpessoais e competncia social, da ANPEPP. Tem experincia na reade psicologia, com nfase em relaes interpessoais, atuando, principalmente, nosseguintes temas: habilidades sociais, relaes familiares, envelhecimento, solidariedadeintergeracional programas de habilidades sociais assertivas, promoo de direitos dosidosos, intervenes baseadas em evidncias de efetividade e avaliao psicolgica.E-mail: [email protected].

    Ana Justicia Arrez Professora e pesquisadora do Departamento de PsicologiaEvolutiva e da Educao da Universidad de Granada, Espanha. Colaboradora emprojetos de pesquisa que resultaram na estruturao do Programa Aprender a Conviver.

    vi Autores

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    Sua linha de pesquisa foca o desenvolvimento da competncia social e a preveno deproblemas de comportamento na infncia. Publicou em revistas como School Psychology

    International. E-mail: [email protected].

    Ana Maria El Achkar Mestre, graduada e doutoranda em Psicologia pela Universo,CampusNiteri, Rio de Janeiro. E-mail: [email protected].

    Anne Marie V. G. Fontaine Professora catedrtica da Faculdade de Psicologia e de Cinciasda Educao da Universidade do Porto, Portugal. Pesquisadora do Centro de Psicologia daUniversidade do Porto. Membro do grupo de pesquisa Relaes interpessoais e habilidadessociais, da UFSCar. Publicou 60 artigos em revistas especializadas, 31 captulos de livros eoito livros em diversas reas, entre as quais destaca o gnero, a motivao, a transio para a

    vida adulta e a solidariedade intergeracional. E-mail: [email protected] de Almeida LimaMestre em Psicologia pela Universo. Graduado em Filosofiapela Faculdade de Filosofia Joo Paulo II. E-mail: [email protected].

    Dagma Venturini Marques Abramides Professora-associada do Departamentode Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru da USP. Est realizan-do ps-doutorado na rea de habilidades sociais pela UFSCar. Tem experincia narea de psicologia e atua, principalmente, nos seguintes temas: promoo de habilida-des sociais, entrevista motivacional e aconselhamento individual e familiar. E-mail:

    [email protected] de Oliveira Manoel Graduada em Fonoaudiologia pela Universidadede So Paulo, Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB). Possui mestrado em Fo-noaudiologia pelo Programa de Ps Graduao em Fonoaudiologia da FOB-USP.E-mail: [email protected].

    Daniele C. Lopes Doutora em Psicologia e mestre em Educao Especial pelaUFSCar. Psicloga.Professora substituta do Departamento de Psicologia da UFSCar.Est vinculada ao grupo de pesquisa Relaes interpessoais e habilidades Sociais, da

    UFSCar. Tem atuado na rea de habilidades sociais relacionada com a psicologia, aeducao, a educao especial e a engenharia. E-mail: [email protected].

    Elvira Aparecida Simes de Araujo Doutora em Educao pela UniversidadeEstadual de Campinas (Unicamp). Mestre em Psicologia Escolar pela USP. Psicloga.Professora do Departamento de Psicologia e do Mestrado em Gesto e DesenvolvimentoRegional da Universidade de Taubat (Unitau). Lder do grupo de pesquisa Educaoe regionalidade, do CNPq. Membro do grupo de trabalho Relaes interpessoais ecompetncia social, da ANPEPP. E-mail: [email protected].

    Fabin O. Olaz Doutor em Psicologia pela Universidad Nacional de Crdoba,Argentina. Professor adjunto da disciplina Clnica psicolgica e psicoterapias. Diretordo Laboratrio de Comportamento Interpessoal. Supervisor clnico e coordenador

    Autores vii

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    acadmico do Centro Integral de Psicoterapias Contextuais. Reconhecido treinadorde ACT-Matriz na Argentina, no Chile e no Brasil, onde mais de mil pessoas j par-

    ticiparam de seus cursos e de suas oficinas. Publicou diversos artigos, captulos de livrose livros. E-mail: [email protected].

    Fabiana Carlino-Alves de Almeida Doutora e mestre pela UFSCar. Professora doDepartamento de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Temexperincia na rea de fonoaudiologia e atua, principalmente, nos seguintes temas:linguagem, habilidades sociais e educao especial. E-mail: [email protected].

    Fernando Justicia Justicia Professorcatedrtico de Psicologia da Universidad de Granada.Participa como docente de programas de mestrado e de doutorado de diversas universidades,

    nacionais e estrangeiras. Coordenador de vrios projetos de pesquisa. Suas linhas de pesquisaesto relacionadas com: estratgias de aprendizagem, bullyinge preveno do comportamentoantissocial. Possui uma ampla produo cientfica. E-mail: [email protected].

    Gabriela Mello Sabbag Psicloga. Doutoranda em Psicologia pela UniversidadeFederal de Santa Catarina (UFSC). E-mail: [email protected].

    Guadalupe Alba Corredor Professora e pesquisadora do Departamento de PsicologiaEvolutiva e da Educao da Universidad de Granada. Entre seus interesses de pesquisa,destacam-se o ensino da competncia social e o estudo dos fatores de risco associados

    aos problemas de comportamento. Participou de projetos de pesquisa nacionais einternacionais relacionados com essas temticas. E-mail: [email protected].

    Janana Bianca Barletta Doutora pela UFS. Mestre em Psicologia e especialista emPsicologia Clnica da Sade pela Universidade de Braslia (UnB). Especialista em TerapiaCognitivo-Comportamental pela Faculdade de Cincias Mdicas de Minas Gerais(FCMMG). Psicloga. Membro do Grupo de Estudos em Preveno e Promoo deSade no Ciclo de Vida (GEPPS Vida), da UnB. Atua nos seguintes temas: educao emsade, terapias comportamentais, trabalhos em grupo, psicologia da sade e medicinacomportamental. E-mail: [email protected].

    Jordana Calil Lopes de Menezes Mestre e doutoranda em Psicologia Clnica e Culturapela UnB. Especialista em Gestalt-terapia pelo Instituto de Treinamento e Pesquisa emGestalt-terapia de Goinia (ITGT). Psicloga pela Pontifcia Universidade Catlica deGois (PUC Gois). Orientadora e professora do ITGT. E-mail: [email protected].

    Jos M. Len-Prez PhD pela Universidad de Sevilla, Espanha. Pesquisador daUnidade de Investigao em Desenvolvimento Empresarial (Business Research Unit:BRU) do ISCTE-Instituto Universitrio de Lisboa (ISCTE-IUL), Portugal. Suapesquisa est orientada anlise de processos psicossociais que influenciam o bem-estarde empregados e a produtividade da empresa. E-mail: [email protected].

    viii Autores

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    Jos Mara Len Rubio Catedrtico e, atualmente, diretor do Departamentode Psicologia Social da Universidad de Sevilla. Responsvel pelo grupo de pesquisa

    Comportamentos sociais e sade. Seus temas de interesse de pesquisa so: interaoentre as condies de trabalho e os processos psicossociais e suas repercusses na sadee na qualidade de vida para o trabalho. E-mail: [email protected].

    Luana de Mendona Fernandes Mestre em Psicologia pela Universo, CampusNiteri.Graduada em Psicologia pela Faculdade Santa rsula. E-mail: [email protected].

    Lynn Rosalina Gama Alves Doutora e Mestre em Educao pela Universidade Federalda Bahia (UFBA). Realizou ps-doutorado na rea de jogos eletrnicos e aprendizagempela Universit degli Studi di Torino, Itlia. Graduada em Pedagogia pela Faculdade

    de Educao da Bahia. Professora do SENAI Cimatec e da Universidade do Estadoda Bahia (UNEB). Pesquisa os temas: jogos eletrnicos, interatividade, mobilidade eeducao. E-mail: [email protected].

    Marcelo de Souza Gennari Mestre em Cincias da Sade pela UFS. Especialista emMedicina Desportiva pela Universidade Federal de So Paulo (Unifesp).Graduado emMedicina pela Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo (PUC-SP), Faculdadede Medicina de Sorocaba. Professor do Centro Universitrio de Braslia (UniCEUB)e das Faculdades Integradas da Unio Educacional do Planalto Central (Faciplac).Pesquisador, com nfase nas reas de medicina herbria, imaginologia e educao

    mdica. Atua profissionalmente nas reas de medicina do exerccio e dos esportes,ortopedia geral e medicina diagnstica, com larga experincia em ultrassonografiamusculoesqueltica. E-mail: [email protected].

    Margareth da Silva Oliveira Doutora em Psiquiatria e Psicologia Mdica pela Unifesp.Realizou ps-doutorado na University of Maryland Baltimore County (UMBC),Estados Unidos. Professora titular do Programa de Ps-graduao em Psicologia ecoordenadora do grupo de pesquisa Avaliao e tratamento em psicoterapia cognitiva ecomportamental e do Laboratrio de Intervenes Cognitivas (LABICO) da PUCRS.

    Pesquisadora de produtividade do CNPq (nvel 1D). E-mail: [email protected] Jlia Ferreira Xavier Ribeiro Doutora e mestre em Psicologia Escolare do Desenvolvimento Humano pela USP. Psicloga. Professora (aposentada) doDepartamento de Psicologia da Unitau. Psicoterapeuta em consultrio particular. Membrodo grupo de trabalho Relaes interpessoais e competncia social, da ANPEPP. E-mail:[email protected].

    Marilsa de S Rodrigues Doutora e Mestre em Administrao de Empresas.Professora do Departamento de Psicologia e do Mestrado em Gesto e DesenvolvimentoRegional da Unitau. Psicloga. Lder do grupo de pesquisa Planejamento, gestoe desenvolvimento de carreiras em mbito regional, do CNPq. Membro do grupode trabalho Relaes interpessoais e competncia social, da ANPEPP. Atua nas

    Autores ix

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    seguintes reas: habilidades sociais, carreira e diagnstico organizacional. E-mail: [email protected].

    Marisa Matias Doutora em Psicologia pela Universidade do Porto. Est realizandops-doutorado na Universidade do Porto, com o projeto Conciliao trabalho-famlia edinmicas emocionais do casal, financiado pela Fundao para a Cincia e a Tecnologia(FCT; SFRH/BPD/102326/2014). Seus interesses de pesquisa centram-se nas questes daarticulao trabalho-famlia, nas motivaes para a parentalidade, nos processos diferenciaisde gnero e nas dinmicas conjugais. E-mail: [email protected].

    Neidiany Vieira Jovarini Graduada em Psicologia pela Universidade Federal doEsprito Santo (UFES). Mestranda em Psicologia pela Universo, Campus Niteri.

    E-mail: [email protected] Cipolotti Doutora em Medicina (Oncologia Peditrica), mestre em Medicina(Pediatria) e graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto da USP.Ps-doutora pela University of Liverpool, Reino Unido. Especialista em Cancerologiapela Associao Mdica e Sociedades Brasileiras de Cancerologia Peditrica. Professora-associada da UFS. Mdica do Ministrio da Sade. Tem experincia na rea de medicina,com nfase em pediatria, atuando, principalmente, em oncologia e hematologia. Possuiinteresse tambm em biotica e tica em pesquisa, em ensino (graduao em Medicina) eem cuidados paliativos em oncologia. E-mail: [email protected].

    Sheila Giardini Murta Doutora em Psicologia Social e do Trabalho e mestre emPsicologia do Desenvolvimento Humano pela UnB. Psicloga. Ps-doutora pela UFSCare pela Maastricht University, Holanda. Professora adjunta do Departamento de PsicologiaClnica e orientadora no Programa de Ps-graduao em Psicologia Clnica e Cultura daUnB. Investiga o desenvolvimento e a avaliao de programas de preveno primria ariscos para transtornos mentais e a promoo de competncias associadas sade mental.Bolsista de produtividade em pesquisa pelo CNPq. E-mail: [email protected].

    Simone Nen Portela Dalbosco Mestre em Educao pela Universidade Federal do

    Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutoranda em Avaliao Psicolgica pela UniversidadeSo Francisco (USF). Psicloga. Professora da Escola de Psicologia e pesquisadora doprojeto de pesquisa Avaliao e promoo de habilidades sociais no transtorno deansiedade social da Faculdade Meridional (IMED), Passo Fundo, Rio Grande do Sul.E-mail: [email protected]

    Susana Coimbra Professora auxiliar da Faculdade de Psicologia e de Cinciasda Educao da Universidade do Porto. Pesquisadora do Centro de Psicologia daUniversidade do Porto. Membro do grupo de pesquisa Relaes interpessoais e ha-

    bilidades sociais, da UFSCar. Seus interesses de pesquisa incluem: diferenas de n-vel socioeconmico e de gnero, resilincia, habilidades sociais e solidariedade inter-geracional. E-mail: [email protected]

    x Autores

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    Suzi Darli Zanchett Wahl Mestre em Modelagem Matemtica pela UniversidadeRegional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Uniju). Doutoranda em

    Administrao pela Universidade Municipal de So Caetano do Sul (USCS). Professorae pesquisadora voluntria do projeto de pesquisa Avaliao e promoo de habilidadessociais no transtorno de ansiedade social, da Faculdade Meridional (IMED), PassoFundo, RS. E-mail: [email protected]

    Talita Pereira Dias Doutora e mestre em Psicologia pela UFSCar. Professora doCentro Universitrio de Votuporanga (Unifev). Membro do grupo de pesquisaRelaes interpessoais e habilidades sociais, da UFSCar. Pesquisadora e autora deartigos sobre habilidades sociais.E-mail: [email protected].

    Tarso Barretto Rodrigues Nogueira Mestre em Mecatrnica, especialista emTecnologias de Integrao da Manufatura e graduado em Engenharia Mecnica pelaUFBA. Doutorando em Modelagem Computacional pelo SENAI Cimatec, tendocomo rea de pesquisa a modelagem emgamesvoltada ao fomento da inovao. Desde1991, trabalha na rea de metrologia industrial, primeiramente, no Laboratrio deAutomao e Metrologia Industrial da UFBA e, desde 1997, no SENAI Cimatec,onde tambm professor da disciplina Metrologia industrial. No SENAI Cimatec,tambm atua como coordenador de graduao. E-mail: [email protected].

    William Weber Cecconello Graduado em Psicologia pela Faculdade Meridional

    (IMED), Passo Fundo, Rio Grande do Sul. Mestrando em Psicologia e membro do dogrupo de pesquisa Processos Cognitivos da Pontifcia Universidade Catlica do RioGrande do Sul (PUCRS). E-mail: [email protected]. br

    Xisto Lucas Travassos Doutor em Engenharia Eltrica pela cole Centrale de Lyon,Frana. Mestre e graduado em Engenharia Eltrica pela UFSC. Professor adjunto daUFSC, CampusJoinville, Santa Catarina. Suas principais reas de interesse so: antenase propagao, modelagem numrica eletromagntica, compatibilidade eletromagnticae tecnologia assistiva. E-mail: [email protected].

    Autores xi

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    Apresentao............................................................................................ 17

    P IHabilidades sociais em contexto escolar/educacional

    Organizadora:Adriana Benevides Soares

    1 Treinamento em habilidades sociais para universitriosno contexto acadmico: ganhos e potencialidades em

    situaes consideradas difceis ............................................................. 22 Claudio de Almeida Lima e Adriana Benevides Soares

    2 Situaes consideradas difceis no atendimento mdicoe as habilidades sociais: reflexes sobre o ensinoe a formao profissional ...................................................................... 44

    Janana Bianca Barlea, Marcelo de Souza Gennari,

    Sheila Giardini Murta e Rosana Cipolo

    3 A competncia social como objetivo curricularna educao infantil.............................................................................. 72

    Ana Juscia Arrez, Guadalupe Alba Corredor e Fernando Juscia Juscia

    4 Relaes entre as prticas educativas e as habilidadessociais educativas de mes de adolescentes ......................................... 102

    Gabriela Mello Sabbag e Alessandra Turini Bolsoni-Silva

    5 Programas de interveno em habilidades sociais para crianas:

    propostas para a educao infantil e o ensino fundamental ................ 128Talita Pereira Dias, Daniele C. Lopes e Zilda A. P. Del Pree

    Sumrio

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    P IIHabilidades sociais e desenvolvimento humano

    Organizadora: Vanessa Barbosa Romera Leme

    6 Pais idosos e filhos adultos: um estudo sobre habilidades sociais,solidariedade intergeracional e qualidade de vida ................................ 162Ana Carolina Braz, Anne Marie V. G. Fontaine e Zilda A. P. Del Pree

    7 Resilincia e habilidades sociais: reflexes conceituais eprticas para uma nova gerao ........................................................... 186

    Susana Coimbra e Anne Marie V. G. Fontaine

    8 Relaes interpessoais e habilidades sociais de adolescentesde contextos sociais vulnerveis ........................................................... 221

    Vanessa Barbosa Romera Leme, Luana de Mendona Fernandes,

    Neidiany Vieira Jovarini e Ana Maria El Achkar

    9 Conciliao trabalho-famlia e habilidades sociais ................................. 250 Marisa Maas e Anne Marie V. G. Fontaine

    10Intervenes para o desenvolvimento positivo comcrianas brasileiras: uma reviso integrativa ......................................... 273

    Jordana Calil Lopes de Menezes e Sheila Giardini Murta

    P IIIHabilidades sociais em clnica e sade

    Organizadora: Marcia Fortes Wagner

    11Desenvolvimento de um programa de treinamento em empatiapara psicoterapeutas: contribuies do contextualismo funcional ........ 296

    Fabin O. Olaz

    12Habilidades sociais no abuso e na dependncia de maconha ............... 329 Marcia Fortes Wagner e Margareth da Silva Oliveira

    13Repertrio deficitrio de habilidades sociais no transtornode ansiedade social: avaliao pr-interveno ..................................... 348

    Marcia Fortes Wagner, Simone Nen Portela Dalbosco,

    Suzi Darli Zanche Wahl e William Weber Cecconello

    14Habilidades sociais e distrbios de linguagem infantil ......................... 368Dagma Venturini Marques Abramides, Daniela de Oliveira Manoel

    e Fabiana Carlino-Alves de Almeida

    xiv Sumrio

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    P IVHabilidades sociais no trabalho e nas organizaes

    Organizadora: Camila de Sousa Pereira-Guizzo

    15Habilidades sociais para uma gesto participativa de sucesso .............. 390 Jos Mara Len Rubio, Jos M. Len-Prez

    e Elvira Aparecida Simes de Araujo

    16Habilidades sociais e empreendedorismo ............................................. 415 Elvira Aparecida Simes de Araujo, Maria Jlia Ferreira Xavier Ribeiro,

    Marilsa de S Rodrigues e Jos Mara Len Rubio

    17Habilidades sociais na formao de engenheiros inovadores: possibilidades e desafios para instituies de ensino ........................... 445Camila de Sousa Pereira-Guizzo e Tarso Barreo Rodrigues Nogueira

    18Habilidades interpessoais nas competncias gerenciais e de liderana ...... 462 Marilsa de S Rodrigues, Elvira Aparecida Simes de Araujo,

    Maria Jlia Ferreira Xavier Ribeiro e Jos Mara Len Rubio

    19Tecnologia assistida e habilidades sociais: aplicaese implicaes para profissionais ............................................................ 497

    Camila de Sousa Pereira-Guizzo, Xisto Lucas Travassose Lynn Rosalina Gama Alves

    Sumario xv

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    Apresentao

    O presente livro, Habilidades sociais: dilogos e intercmbios sobrepesquisa e prtica, rene trabalhos selecionados dentre os apresentadosno IV Seminrio Internacional de Habilidades Sociais (IV SIHS), umevento realizado em Niteri, Rio de Janeiro, na Universidade Salgadode Oliveira, de 27 a 29 de novembro de 2013. Essa quarta edio do

    SIHS, tal como as edies anteriores, foi uma realizao de pesquisado-res que formam um grupo de trabalho da Associao Nacional de Pes-quisa e Ps-graduao em Psicologia (ANPEPP). Esse grupo, denomi-nado Relaes interpessoais e competncia social,congrega pesquisa-dores de diferentes universidades brasileiras, que desenvolvem estudossob o referencial da rea das habilidades sociais e de temas afins.

    No encontro de 2013, diversos trabalhos apresentados pelos mem-bros do grupo, somados a outros produzidos por pesquisadores do Bra-sil e do exterior, resultaram na presente publicao. Os textos foram or-ganizados em quatro partes, que evidenciam a diversidade de temas ereas de pesquisa e aplicao do campo das habilidades sociais.

    A primeira parte rene estudos sobre as habilidades sociais emcontexto escolar/educacional e foi organizada por Adriana BenevidesSoares. Nessa parte, encontram-se dois captulos sobre formao profis-sional na universidade, dois referentes educao infantil e ao ensino

    fundamental e um acerca do contexto familiar, abordando a relao en-tre pais e filhos. Destes, dois descrevem programas de interveno e os

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    demais so estudos empricos, tambm importantes para o planejamen-

    to de programas de habilidades sociais nesses contextos.A segunda parte aborda a relao entre habilidades sociais e de-senvolvimento humanoe foi organizada por Vanessa Barbosa RomeraLeme. interessante observar que somente um dos captulos dessa par-te focaliza a infncia, tratando-se, especificamente, de uma reviso inte-grativa sobre intervenes voltadas para o desenvolvimento positivo dascrianas no Brasil. Os outros captulos abordam o desenvolvimentoadulto ou o desenvolvimento em geral, com foco em questes que s

    mais recentemente vm sendo objetos de ateno dos pesquisadores docampo das habilidades sociais, como a solidariedade intergeracional e aqualidade de vida, a resilincia e a conciliao trabalho-famlia.

    A terceira parte rene estudos sobre habilidades sociais em cl-nica e sadee foi organizada por Marcia Fortes Wagner. Um dos estu-dos apresenta um programa de treinamento em empatia para psicotera-peutas. Quanto aos demais, dois abordam a relao entre habilidades

    sociais e problemas clnicos, como dependncia de substncias (maco-nha) e distrbios de linguagem infantil, e o ltimo focaliza a avaliaode habilidades sociais no transtorno de ansiedade social.

    A quarta parte est voltada para as habilidades sociais no traba-lho e nas organizaese foi organizada por Camila de Sousa Pereira-Guizzo. Rene propostas de aplicao das habilidades sociais que visampromover a gesto participativa, a inovao, o empreendedorismo e ascompetncias gerenciais e de liderana. Essa parte apresenta, tambm,um captulo sobre habilidades sociais de engenheiros em contexto deformao universitria e outro sobre o uso de tecnologia assistiva napromoo de habilidades sociais profissionais.

    Em resumo, o leitor encontrar, nesta obra, uma amostra da di-versidade de aplicaes que caracterizam, hoje, o campo terico-prticodas habilidades sociais. Espera-se que esta coletnea traga, ao profissio-nal, ao pesquisador e ao estudante interessados no campo das habilida-

    des sociais, um conjunto de novos subsdios conceituais, prticos e me-todolgicos relevantes. Ao profissional, que contribua para melhores

    18 Apresentao

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    prticas de treinamento em habilidades sociais, em diferentes setores da

    atividade humana. Ao pesquisador, que inspire novas questes de pes-quisa, contribuindo para a ampliao do conhecimento atualmente dis-ponvel nesse campo. E ao estudante, que permita evidenciar parte douniverso de conhecimentos j disponveis sobre o campo das habilida-des sociais, a serem explorados em sua formao e em sua futura atua-o nas diversas reas da psicologia (clnica/sade, social/comunitria,educacional/escolar e organizacional/trabalho).

    Espera-se que a leitura desta coletnea seja til e prazerosa a todos.

    Ela representa parte do esforo de um grupo de pesquisadores e profissio-nais da psicologia, do Brasil e do exterior, comprometidos com a produ-o e a aplicao de conhecimentos do campo das habilidades sociais,com vistas a relaes interpessoais produtivas e satisfatrias e a uma me-lhor qualidade de vida em diferentes setores da atividade humana.

    Zilda A. P. Del Prette

    Habilidades sociais 19

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    Habilidades sociais emcontexto escolar/educacional

    Organizadora:Adriana Benevides Soares

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    INTRODUO

    A universidade apresenta-se hoje como um objetivo de vida para

    muitos jovens. Ao ingressar, porm, muitos manifestam dificuldades emseu processo de adaptao no que se refere ao estabelecimento de novasrelaes de amizade, aos novos mtodos de estudo, administrao dotempo, s novas demandas de avaliao, ao desenvolvimento da autono-mia, entre outras. Todas essas dificuldades podem causar desconforto,problemas de ajustamento, transtornos psicossociais e at mesmo oabandono da instituio.

    O processo de adaptao Universidade vem sendo estudado demaneira substancial nos mbitos nacional e internacional. Para Cunhae Carrilho (2005), adaptar-se a essa nova etapa da vida uma tarefadesafiadora, uma vez que a qualidade da transio para o ensino supe-rior depende tanto do desenvolvimento psicossocial dos alunos quan-to dos mecanismos de apoio que a respectiva instituio universitriadisponibiliza aos estudantes. Considera-se que o primeiro ano na uni-versidade seja o mais desafiador para o jovem ingressante, tamanhas

    so as novas realidades que a ele se apresentam nesse contexto (Fer-nandes & Almeida, 2005).

    1Treinamento em habilidades

    sociais para universitrios no contextoacadmico: ganhos e potencialidades

    em situaes consideradas difceis

    Claudio de Almeida Lima e Adriana Benevides Soares

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    Habilidades sociais 23

    As dificuldades encontradas pelos estudantes nos primeiros pero-

    dos da graduao tm originado um fenmeno denominado evaso es-colar. A evaso escolar universitria ocorre de forma cada vez mais os-tensiva, despertando o interesse de pesquisadores sobre suas possveiscausas e consequncias. Nas universidades brasileiras, o tema vem sendotratado, pricipalmente, sob a tica quantitativa dos nmeros, isto ,considerando quantos alunos so diplomados ao fim de um ciclo, en-quanto em algumas instituies internacionais, os estudos de tal fen-meno so mais explicativos (Teixeira, Castro, & Piccolo, 2007). Dentre

    os fatores importantes para a evaso destacam-se a dificuldade de adap-tar-se ao novo estilo de ensino-aprendizagem (Silva, 2006) e as dificul-dades interpessoais (Ribeiro & Bolsoni-Silva, 2011). Seco (2005) pro-pe, ao considerar as exigncias e os desafios do contexto universitrio,apontar para a necessidade de certos recursos serem contemplados pelouniversitrio, como competncias individuais, emocionais e sociais, le-vando em conta a importncia das relaes familiares e o envolvimento

    em atividades extracurriculares que possibilitem oportunidades de de-senvolver aptides interpessoais.Visando a um melhor ajustamento e permanncia dos estudan-

    tes nas instituies de Ensino Superior, as relaes entre habilidades so-ciais e adaptao acadmica (Gerk & Cunha, 2006; Gomes & Soares,2013) e entre habilidades sociais e vivncias acadmicas (Soares, Poubel,& Mello, 2009) tm constitudo objeto de pesquisa, uma vez que as ha-bilidades sociais tm sido identificadas como comportamentos que per-mitem melhores vivncias e adaptao universidade. Nesse contexto,as habilidades sociais como recursos presentes no indivduo so elemen-tos importantes a serem considerados enquanto facilitadores de uma adap-tao mais segura. Habilidades de comunicao, civilidade, assertividade,empatia e expresso de sentimentos positivos ajudam no desempenho ena competncia social (Del Prette & Del Prette, 2009). Da mesma forma,ter conhecimento acerca dos comportamentos sociais auxilia o indivduo

    nos vrios contextos sociais, sobretudo no acadmico, favorecendo e faci-litando os relacionamentos interpessoais (Gresham, 2009).

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    24 Treinamento em habilidades sociais para universitrios no contexto acadmico:...

    TREINAMENTO EM HABILIDADES SOCIAIS

    Para o desenvolvimento das habilidades sociais, um recurso ade-quado e eficaz o Treinamento em Habilidades Sociais (THS), que vemsendo utilizado nas diversas reas em que as deficincias cognitivas oucomportamentais so observadas. Seu uso torna-se cada vez mais reque-rido, tanto nos casos psicopatolgicos como em ambientes onde h re-laes interpessoais. As pesquisas no campo do THS tm mostrado queas pessoas socialmente competentes tendem a apresentar relaes pes-soais e profissionais mais produtivas, satisfatrias e duradouras, alm demelhor sade fsica e mental e bom funcionamento psicolgico (DelPrette & Del Prette, 2010).

    Conforme explicitado por Del Prette e Del Prette (2011), o THSsurge, no panorama da psicologia, a partir da dcada de 1950, com aspesquisas e as publicaes de Argyle, quase concomitantemente ao trei-namento assertivo, que, nessa mesma poca, se estabelecia nos Estados

    Unidos por meio das publicaes realizadas por Wolpe. De acordo comDel Prette e Del Prette, Argyle formulou a expresso Treinamento emHabilidades Sociais (THS), que incorpora os conhecimentos acerca dosmodelos das habilidades sociais no que se refere sua aplicabilidade.Esses autores referem que, nas dcadas de 1980 e de 1990, o THS passaa ser definido como um campo prprio de estudo sobre o desempenhosocial e, consequentemente, de aplicao dos construtos da psicologia.

    Segundo eles, o THS surge como um procedimento e uma estratgiaintimamente conexos com o campo das habilidades sociais (HS), quedeve ser compreendido como um conjunto de atividades programadasque permitem estruturar o processo de aprendizagem. Historicamente,o THS teve como primeiro objetivo (Caballo, 2010) a utilizao de tc-nicas mais eficazes no tratamento dos problemas psicolgicos, visando auma melhor qualidade de vida.

    Estudos contemporneos de Del Prette e Del Prette (2009) esta-belecem para o THS uma funo preventiva de dificuldades comporta-

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    Habilidades sociais 25

    mentais que possam vir a ser apresentadas futuramente por qualquer in-

    divduo. Por meio do THS, permitido ao indivduo aprender habili-dades especficas que sejam deficitrias em seu repertrio (Rao, Beidel, &Murray, 2008). Assim, o THS pode se estruturar em funo de uma ne-cessidade pontual, de uma dificuldade ou, ainda, de problemas que emer-jam do relacionamento interpessoal (Del Prette & Del Prette, 2001).Ademais, o THS no compreende uma nica estrutura de procedimentose apresentaes, havendo um consenso em sua aceitao como um pro-grama direcionado a potencializar as capacidades do indivduo para o de-senvolvimento de uma melhor competncia nas relaes interpessoais,tornando-as socialmente adequadas (Caballo, 2010).

    Inicialmente, o THS desenvolveu-se no formato individual, poisse exigia uma avaliao maior e melhor das habilidades e das debilida-des do indivduo nas situaes psicolgicas existentes (Caballo, 2010).Sua utilizao nesse formato permite obter uma percepo acerca dasdemandas trazidas pelo indivduo e uma observao mais completa do

    processo de crescimento daquele que participa do processo.Contudo, para Caballo (2011), o formato grupal tem sua apli-

    cabilidade fortalecida a partir da categorizao das situaes-problemaque so estabelecidas nos mais variados contextos: clnico, escolar e la-boral. Suas vantagens so consideradas sob os aspectos da participaoe da colaborao, tendo em vista que, no grupo, existem represen-taes subjetivas diversas que colaboram para o crescimento e a per-

    cepo da realidade sob vrios enfoques. Alm disso, o formato gru-pal otimiza o tempo para o terapeuta e o gasto financeiro por partedo cliente.

    Dessa forma, os programas de THS vm ganhando espao e con-fiabilidade, tanto pelo seu escopo terico como por sua aplicabilidadeacompanhada de resultados positivos (Del Prette & Del Prette, 2010).Os THS realizados em mbito nacional so direcionados a diversas re-

    as: melhora dos relacionamentos de trabalho (Del Prette & Del Prette,2003); incentivo empatia (Falcone, 1999); desenvolvimento de intera-

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    26 Treinamento em habilidades sociais para universitrios no contexto acadmico:...

    es sociais de maneira geral (Boas, Silveira, & Bolsoni-Silva, 2005;

    Magalhes & Murta, 2003). O THS utilizado ainda como recursopara os seguintes grupos: crianas da educao infantil (Murta, 2005);

    professores da rede pblica de ensino (Lhr, 2003);

    adolescentes e professores (Del Prette, Del Prette, Torres, & Pon-tes, 1998);

    estudantes universitrios (Gorayeb, Cunha Netto, & Bugliani,

    2003; Falcone, 1999; Z. Del Prette, Del Prette, & Barreto, 1999;

    Magalhes & Murta, 2003.

    TREINAMENTO EM HABILIDADES SOCIAISNO CONTEXTO UNIVERSITRIO

    Del Prette e Del Prette (2011) destacam que inmeros programas

    de THS vm sendo desenvolvidos nas mais variadas reas profissionaisque demandam relaes interpessoais, nos ambientes universitrios eem muitos outros contextos. Em um treinamento realizado por VillasBoas, Silveira e Bolsoni-Silva (2005), com universitrios do interior doestado de So Paulo com queixas de dificuldades interpessoais, foi ob-servada a colaborao do treinamento para a preveno de dificuldadesmaiores, como depresso e evaso escolar. O trabalho realizado em gru-po apresentou vantagens em relao ao trabalho individual. O treina-mento de algumas habilidades especficas resultou em um melhor de-sempenho no exerccio de tais habilidades, bem como auxiliou napercepo de dficits existentes e no identificados at aquele momento.O treinamento permitiu, sobretudo, a troca de experincias entre os es-tudantes: a atuao de uns auxiliava os outros no processo de aprendiza-gem das habilidades.

    Outro estudo, elaborado por Magalhes e Murta (2003), com 13

    estudantes cursando entre o quarto e o ltimo perodo de psicologia deuma universidade privada, incluiu temas como lidar com as emoes,

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    Habilidades sociais 27

    prticas parentais, processo de mudana, autoestima, defesa de direitos

    interpessoais, estilos de comunicao, falar em pblico, comunicaoemptica, elogio especfico, lidar com crticas e manejo da raiva. Aps oTHS, a anlise dos resultados demonstrou melhora em 12 dos 13 parti-cipantes, sugerindo que a interveno realizada possibilitou aquisiesde habilidades sociais. Nos escores totais de HS em sete participantes,foram detectados progressos, nas classificaes clnicas, de bom para aci-ma da mdia e de deficitrio para bastante elaborado.

    A realizao de THS como recurso para o desenvolvimento de

    HS e de uma melhor qualidade de vida no ambiente universitrio temse mostrado eficiente tanto na perspectiva preventiva (Lohr, 2001; Bol-soni-Silva et al., 2009) como na psicoeducativa (Del Prette & Del Pret-te, 2003). Os elementos estressores existentes nos primeiros perodos dauniversidade, provenientes da dificuldade de adaptao ao curso e uni-versidade, podem ser minimizados com o THS. Bento e Mendes (2007)referem que os estudantes iniciantes, nos mais diversos cursos e institui-

    es, necessitam de uma melhor compreenso acerca das demandas edas dificuldades com as quais se deparam e que dificultam a adaptaoprpria a esse perodo. A literatura tem indicado os ganhos obtidos pe-los estudantes, de forma geral, quando inseridos em programas de trei-namento que colaboram para a aquisio de HS (Furtado, Falcone, &Clark, 2003; Magalhes & Murta, 2003).

    de consenso que a entrada na universidade implica uma gamade transformaes que podem ser consideradas de difcil adaptao. Arede de amizades muda, os colegas no so mais os mesmos, o que exigerelaes interpessoais satisfatrias (Pascarella & Terenzini, 2005). Espe-ra-se do aluno uma maior autonomia, a administrao do tempo (Soa-res, Almeida, Diniz, & Guisande, 2006), a apresentao de trabalhosem classe, a realizao de seminrios (Soares & Del Prette, 2014), entreoutras demandas. Esses estressores podem ter seus impactos negativosminimizados a partir do THS. O THS como instrumento de socializa-

    o e de desenvolvimento de HS permite ao indivduo o manejo dessase de outras situaes e, consequentemente, a vivncia do incio da uni-

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    28 Treinamento em habilidades sociais para universitrios no contexto acadmico:...

    versidade de maneira mais segura e menos estressora (Almeida, Soares,

    & Ferreira, 2001).Desse modo, estruturou-se, a partir de situaes consideradasdifceis no contexto acadmico (Soares & Del Prette, 2014), a realiza-o de um THS que visou favorecer o enfrentamento dessas situaespelos estudantes, tendo como objetivos a aquisio de HS pelos parti-cipantes, o fortalecimento das HS j existentes e a extino de com-portamentos concorrentes em um carter preventivo. Esse THS serdescrito a seguir.

    MTODO

    Participantes

    Participaram do estudo 11 universitrios, de instituies pbli-cas e privadas de ensino superior do estado do Rio de Janeiro, que

    cursavam o primeiro ou o segundo perodo da graduao e tinhamidades entre 18 e 25 anos (com mdia de 21,27 anos e desvio padro[DP] de 1,9). Dos participantes, sete eram do sexo feminino (63,6%)e quatro do masculino (36,4%); oito eram de instituies privadas(72,7%) e trs de instituies pblicas (27,3%). Constatou-se que um(9,1%) dos participantes pertencia classe social A2, dois (18,2%) classe social B1, trs (27,3%) B2, dois (18,2%) C1, dois (18,2%) C2 e um (9,1%) D. O sistema de classificao foi baseado na ren-da familiar em funo da posse de itens de consumo durveis e daescolaridade do chefe da famlia (ABEP, 2008). No houve grupo decontrole.

    Procedimentos de coleta de dados

    O THS constou de 12 sesses, realizadas semanalmente, com dura-o de 120 minutos cada. Os recursos utilizados para a realizao do THSforam o Guia terico-prtico para superar dificuldades interpessoais na univer-

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    Habilidades sociais 29

    sidade(Soares & Del Prette, 2014), um gravador digital, uma cmera filma-

    dora e um data-show. A primeira sesso foi de acolhida e aplicao de in-ventrios e a ltima de aplicao de inventrios, avaliao e despedida.As sesses temticas foram:1) Apresentar trabalhos em situaes pblicas apresentar semi-

    nrios. Falar em pblico.2) Mobilizar colegas para atividades extracurriculares Assertivida-

    de exposio a desconhecidos expressar e ouvir opinies.3) Apresentar e defender publicamente propostas relativas as dis-

    ciplinas para os colegas Assertividade exposio a desco-nhecidos 2 expressar opinies.

    4) Mobilizar colegas para reclamar sobre determinada matria professor junto a autoridade pertinente exposio a desco-nhecidos.

    5) Reivindicar direitos junto a autoridade pertinente Importn-cia de conhecer os direitos bsicos humanos enfrentamento.

    6) Ter relacionamentos afetivos de namoro com colegas expres-sar sentimentos positivos sentimentos positivos/feedbackpo-sitive.

    7) Receber crticas do professor pela apresentao de trabalhos lidar com crticas.

    8) Pedir mudana de comportamento pedir aos colegas queno brinquem em aula. Assertividade (Parte 1) Direitos edeveres feedback negative.

    9) Pedir mudana de comportamento pedir aos colegas queno lanchem durante a aula. Assertividade (Parte 2) desa-grado e discordncia.

    10) Pedir mudana de comportamento pedir aos colegas quedesliguem os celulares. Assertividade (Parte 3) resoluo deproblemas.

    A pesquisa foi realizada em um dos laboratrios de psicologiada Universidade. O convite para a participao no THS foi feito por

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    30 Treinamento em habilidades sociais para universitrios no contexto acadmico:...

    meio de cartazes e panfletos contendo o tema, o dia e o local da pes-

    quisa, bem como o telefone e o e-mailpara contato e inscrio. As12 sesses foram gravadas, totalizando 23 horas e 38 minutos degravao, e foram posteriormente transcritas, sendo feitos pequenosajustes de linguagem. Todas as sesses apresentaram o mesmo for-mato, e todo o processo foi realizado apenas pelo pesquisador, sem oauxlio de um coterapeuta.

    Procedimentos ticos

    O estudo foi aprovado pelo Comit de tica da Universidade. Aaprovao se deu sob o nmero 561.495, no dia 25/05/2013. Todos os par-ticipantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE).

    Procedimentos de anlise de dados

    A partir da leitura da transcrio das falas dos alunos, foram iden-tificados, por meio da anlise de contedo (Backes, Colom, Etdmann,& Lunardi, 2011), ncleos temticos, os quais foram organizados coma finalidade de proporcionar uma melhor compreenso do processo deentendimento dos temas abordados, das dificuldades encontradas naapreenso dos temas, dos ganhos obtidos a partir da interveno, daspropostas e possibilidades de aprofundamento e desenvolvimento de

    outras habilidades e, por fim, do papel do terapeuta no processo deaquisio das habilidades sociais.

    RESULTADOS

    Os resultados do estudo so apresentados no Quadro 1.1, que

    mostra os ncleos temticos, suas descries e exemplos de falas dosparticipantes.

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    Habilidades sociais 31

    Quadro 1.1 Resultados do THS*

    Ncleo temco Descrio Falas dos estudantes

    Impacto posivo

    do THS nos

    diversos contextos

    O treinamento em habilidades so-

    ciais para universitrios pode ser

    aplicado aos mais diversos con-

    textos sociais, promovendo ganhos

    reais em situaes de conito ou

    que demandem habilidades so-

    ciais e competncia social.

    Eu aproveitei o aniversrio de minha me, on-

    tem, no almoo em casa, para agradecer pela vida

    dela, e falei um pouco, ela at chorou.

    Depois vieram me dizer que eu falei bem, acho

    que isso me ajudou. (P. 6)

    Eu estava em casa, falando com a me, que esta-

    va estressada. Na hora do almoo, estvamos jun-

    tas, e para poder fazer a crca, falei pra ela que ela

    era muito mezona mesmo, cuidando da gente, fa-

    zendo tudo, e que no damos valor tanto quanto

    ela precisa, mas que o estresse algo ruim e que,

    se estava assim, ela deveria pedir pra gente fazer as

    coisas, que ela no precisava fazer tudo pra agra-

    dar, que a gente entendia bem o que era fazer isso,

    ento ela comeou a chorar e eu tambm, porque

    eu mesma crico muito mais com grosseria, sabe,

    com palavras meio rspidas. (P. 8)

    Importncia do

    THS no processo de

    autoconhecimento

    O treinamento em habilidades so-

    ciais, por meio dos recursos uli-

    zados, como textos, vivncias, a-

    vidades de casa, proporciona aos

    parcipantes uma melhor obser-

    vao de si mesmo e dos seus

    pensamentos, senmentos e com-

    portamentos.

    (...) percebi que tenho muita diculdade de me

    relacionar, sou muito mida e espero, com este

    curso (THS), ser melhor nos meus relacionamen-

    tos (...) (P. 5)

    (...) me chamaram a ateno os temas deste pro-

    grama, li que teria algo sobre asservidade, e des-

    cobri depois do encontro que, de fato, eu no sou

    asserva (...) (P. 5)

    Descobri que me torno muito apreensivo quando

    no sei o que vai acontecer... Eu estava bastante

    nervoso no incio do encontro, pois no sabia sobre

    o que se trataria hoje, agora estou mais tranquilo,

    mas ainda assim um pouco apreensivo. ( P.9)

    Habilidades sociaispara o contexto

    acadmico

    As mais diversas realidades consi-deradas diceis no contexto aca-

    dmico podem ser amenizadas e

    superadas a parr do desenvolvi-

    mento de habilidades sociais pro-

    posto pelo THS.

    H muitas situaes em que precisamos mobili-zar os colegas, mas no sabemos como quando

    no temos um lder que faa isso. (P. 2)

    Pra fazer festa superfcil, todo mundo topa, j pra

    fazer trabalho, sempre ca mais nas costas de um e de

    outro, ningum pode, ningum tem tempo. (P. 9)

    Quando a gente tem facilidade de falar mais

    fcil de chegar e pedir as coisas aos colegas, mas

    quando no tem ca mais dicil. (P. 5)

    connua

    *Disponvel em www.sinopsyseditora.com.br/hsdisp1

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    32 Treinamento em habilidades sociais para universitrios no contexto acadmico:...

    Ncleo temco Descrio Falas dos estudantes

    Desenvolvimentomais aprofundado

    de temas

    pernentes

    Os temas desenvolvidos no THScom universitrios requerem um

    prolongamento para uma melhor

    assimilao e a sedimentao dos

    novos comportamentos adquiri-

    dos, sendo que certos temas de-

    mandam mais tempo e aprofun-

    damento.

    (...) a gente acha que falar em pblico dicil...Mas dicil mesmo... Muito dicil... Eu no co-

    nheo muito o assunto sobre o qual falei, por isso

    quei meio perdida e preocupada se estava agra-

    dando (...) (P. 5)

    Nossa, terrvel, uma sensao de que vo rir da

    gente, eu acho que fui muito mal (...) (P. 5)

    (...) seria bom fazer isso mais vezes. (P. 1)

    Eu preciso fazer mais vezes tambm. (P. 6)

    Acho que sinto a necessidade de certos temas aqui

    serem abordados em mais de um encontro, porque

    no consigo me sair bem sempre. (P. 12)

    Isso seria muito bom, se vessem uns cursi-

    nhos rpidos s sobre um tema, como este, por

    exemplo, para treinar mais. (P. 8)

    dicil, porque exige da gente uma lgica que a

    gente no tem. (P. 2)

    Papel do terapeuta

    no processo de

    aplicao do THS

    A funo do terapeuta no proces-

    so de realizao do THS impres-

    cindvel para o seu sucesso. As ca-

    racterscas posivas e a compe-

    tncia social presentes no terapeu-

    ta facilitam e medeiam, com ec-

    cia, o desenvolvimento do THS.

    (...) pra mim foi bem legal, pois pensei que seria

    mais dicil quando o professor (terapeuta) falou

    pra gente explicar o texto, mas, como ele disse pra

    eu respirar e falar tranquilamente algo que s eu

    nha lido, cou mais fcil, e, por ele nos orientar

    bem, quei mais segura. (P. 7)

    Eu simpazei com o professor e vi que ele enten-

    de do assunto e que pode me ajudar bastante.

    (P. 10)

    Cada abrao recebido aqui e cada palavra foramfundamentais para que eu casse at o m, a

    gente desanima s vezes, mas sempre que o profes-

    sor perguntava como estavam as coisas, antes ou

    depois do encontro, isso me animava muito. (P. 8)

    Foi muito bom mesmo, tudo bem organizado, o

    professor era bem legal, foi bom e proveitoso.

    (P. 7)

    A experincia que ve aqui ao conhecer os te-

    mas, o modo como fui conduzida nos trabalhos, ofato de ter me permido olhar para mim mesma...

    Tudo foi muito, mas muito bom mesmo. (P. 7)

    Quadro 1.1 Continuao

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    Habilidades sociais 33

    DISCUSSO

    Na anlise do primeiro ncleo temtico impacto positivo doTHS nos diversos contextos , pode-se destacar que habilidades comofalar em pblico, expressar sentimentos positivos, discordar, solucionarproblemas e fazer crticas so comportamentos cotidianos que os uni-versitrios nem sempre desempenham com competncia social. A partirdo THS, foi possvel desenvolver essas e outras habilidades facilitadorasde relaes interpessoais competentes.

    Falar em pblico e manifestar sentimentos positivos no so con-sideradas tarefas fceis para aqueles que apresentam dficits nessas habi-lidades, as quais exigem do indivduo comportamentos assertivos. Ocomportamento assertivo pode ser definido como aquele que envolve aexpresso direta, pela pessoa, das suas necessidades, preferncias, emo-es e opinies, sem que, ao faz-lo, ela experiencie ansiedade indevidaou excessiva e sem ser hostil com o interlocutor. , em outras palavras,

    aquele comportamento que permite defender os prprios direitos semviolar os direitos dos outros.

    Segundo Osrio, Crippa e Loureiro (2008), estudos evidenciamque o medo de falar em pblico o mais prevalente na populao emgeral e independe de gnero, etnia e idade. Soares e Del Prette (2014)corroboram essas informaes ao afirmar que falar em pblico difcilpara a maior parte das pessoas. Essas situaes so geradoras de ansieda-de, causando batimentos cardacos mais fortes e sensao de desconfor-to. Pacini (2005) sustenta que falar em pblico tem sido consideradoum importante estressor psicossocial. A utilizao de tcnicas de respi-rao e a percepo do prprio conhecimento acerca do que se vai falarpodem ajudar nesse processo.

    Segundo Soares e Del Prette (2014), expressar sentimentos positi-vos, ser emptico, elogiar e agradecer so tarefas consideradas, por mui-tos, fceis e frequentes, pois essas habilidades so reconhecidas e aprova-

    das e o seu exerccio permite uma melhor interao. Para Bolsoni-Silvae Maturano (2008), a expresso de sentimentos positivos possibilita uma

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    interao agradvel e significativa, fortalecendo as relaes. Qualquer

    comentrio positivo em direo a uma pessoa ou a alguma coisa feitapor ela pode ser considerado um elogio (Bolsoni-Silva, 2008). Nessamesma perspectiva, Soares e Del Prette (2014) propem que a habilida-de de elogiar seja uma manifestao positiva na interao com as demaispessoas e um modo de experienciar o que o outro est vivenciando.

    Destaca-se ainda a habilidade de solucionar problemas. Essa ha-bilidade pode ser descrita como a capacidade de identificar e solucio-nar um problema antes que este se torne evidente para os outros ou

    atinja nveis elevados de emoo (Bedell & Lenox, 1997). Um proble-ma uma situao na qual se tenta alcanar algum objetivo encon-trando um meio de solucion-lo. Para Leme (2004), a resoluo deproblemas pode ser entendida como um processo atitudinal comple-xo, envolvendo aspectos comportamentais, cognitivos e afetivos. DelPrette e Del Prette (2005) definem tal resoluo como um processometacognitivo que leva a pessoa a reconhecer seus prprios sentimen-

    tos e pensamentos para, ento, modificar seu comportamento subse-quente. importante considerar que, ao processo da soluo de pro-blemas, subjazem realidades de conflitos que, segundo Chrispino(2007), so representados pelas diversas opinies ou alternativas deinterpretar ou ver algum acontecimento. Para a resoluo de proble-mas e de conflitos, Desses e Polonia (2007) propem que o compor-tamento assertivo, no qual o indivduo expe seus prprios direitos,sentimentos e pensamentos sem ferir a opinio do outro, seja o modomais adequado e evoludo sob o ponto de vista sociocognitivo.

    As falas obtidas a partir das gravaes das sesses de THS, algumasdelas apresentadas no Quadro 1.1, reforam a perspectiva positiva domodo de trabalho em grupo, tendo em vista os resultados encontradosnas mudanas comportamentais dos seus participantes. De acordo com asfalas dos participantes do THS, o desenvolvimento de certas HS no re-presentou ganhos apenas para a experincia na universidade, mas se mos-

    trou relevante tambm aos demais contextos de interao social, o quedemonstra que as aquisies de determinadas HS no so realizadas so-

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    mente para uma demanda especfica existente, podendo ser generalizadas

    para realidades similares presentes no cotidiano de cada indivduo.Na anlise do segundo ncleo temtico desse estudo, foi possvelevidenciar a importncia do THS como favorecedor do autoconheci-mento. O processo desenvolvido ao longo do THS pode ser considera-do constitutivo de autoconhecimento a partir da observao e da avalia-o dos comportamentos manifestados no decorrer do treinamento(Magalhes & Murta, 2003; Bolsoni-Silva et al., 2009, Ferreira, Olivei-ra, & Vandenbergue, 2014). Nas falas obtidas durante as sesses, foi

    possvel considerar o treinamento como um facilitador nos processos deautocompreenso e autoconhecimento.

    Nas sesses de THS, possvel facilitar ao indivduo o estreitamentode sua percepo de como ele pensa, sente e faz. Essa trade, prpria daabordagem cognitivo-comportamental, leva o sujeito a tornar-se mais apto aquisio de novas habilidades. Segundo Bolsoni-Silva (2002), a aprendi-zagem durante o THS aumenta o repertrio de autoconhecimento e auxilia

    na execuo de comportamentos mais competentes socialmente, contri-buindo para uma leitura das realidades sociais de maneira mais adequada econduzindo o indivduo a uma adequao aos seus contextos.

    No terceiro ncleo temtico habilidades sociais para o contextoacadmico , diretamente ligado ao contexto-alvo da pesquisa, foi poss-vel encontrartemas como falar em pblico, reivindicar direitos e mobili-zar colegas.A universidade , sem dvida, um dos lugares mais propciospara as relaes interpessoais, para o crescimento acadmico e para a cons-truo de perspectivas futuras acerca da profisso a ser exercida. No en-tanto, o ambiente universitrio requer, daquele que nele ingressa, maturi-dade e uma viso realista das vivncias que nele podem ocorrer.

    A integrao universidade considerada, por Polydoro, Prima,Serpa, Zaroni e Pombal (2001), a mais importante varivel sobre a qualse firma a deciso de continuar ou abandonar o objetivo de graduao.Em pesquisa realizada por Igue, Bariani e Milanesi (2008), as expectati-

    vas positivas presentes nos alunos de primeiro ano constituram o prin-cipal fator para que a percepo acerca das vivncias acadmicas nesse

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    perodo fosse melhor. Em contrapartida, quando as expectativas eram

    menores e mais realistas, o nvel de integrao e relao com a institui-o e com os colegas foi o principal fator para que a percepo acercadas vivncias acadmicas dificultasse o processo de adaptao.

    Habilidades assertivas e de enfrentamento so requeridas nos di-versos momentos da vida acadmica. Uma pesquisa realizada por Carra-ra e Betetto (2009), que comparou universitrios a outros grupos de es-tudantes (alunos de ensino mdio e pr-vestibulandos), encontrouescores elevados no fator de enfrentamento e autoafirmao com risco

    do IHS. Entende-se esse fator como um indicador de assertividade e decontrole da ansiedade em situaes como manter conversaes com des-conhecidos, fazer perguntas a desconhecidos, discordar de colegas emgrupo e falar a pblico conhecido.

    Sobre o desempenho social, estudos realizados por Del Prette e DelPrette (2006) com alunos de cursos de psicologia detectaram dificuldadesinterpessoais generalizadas relacionadas a alguns pontos prprios do ingres-

    so na universidade, como lidar com autoridade, reivindicar direitos e apre-sentar trabalhos. Porm, ao longo do curso, os estudantes apresentavam, demodo informal, o desenvolvimento de uma maior percepo das relaesinterpessoais, contudo, no foram encontrados indicadores de maior habili-dade para lidar com as situaes difceis da universidade. Esses e outros es-tudos (Bandeira & Quaglia, 2005; Furtado et al., 2003) corroboram os da-dos encontrados na pesquisa descrita neste captulo, que apresentam umdesenvolvimento cognitivo do indivduo a partir da prpria experincia ins-titucional, porm, sem a aquisio de habilidades que gerem um comporta-mento competente. Isso refora a importncia do THS para proporcionarganhos em habilidades sociais para os universitrios.

    Os temas abordados no THS desenvolvido para universitrios fo-caram as situaes consideradas difceis no contexto acadmico. Essasdemandas apontaram para a necessidade de mais tempo para o desen-volvimento dos temas; se as sesses fossem ampliadas, poderiam promo-

    ver um melhor aproveitamento. Os 120 minutos de durao de cadasesso e as 10 sesses de treinamento respaldados pela literatura e por

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    resultados encontrados por outras pesquisas na prtica mostraram-se

    teis e importantes para a aquisio de habilidades sociais, ainda da quemais tempo pudesse ter trazido melhores resultados.A aquisio de habilidades sociais, de acordo com Del Prette e

    Del Prette (2009), envolve um processo de aprendizagem contnuo eum perodo maior de interveno. O desenvolvimento das habilidadesvaria de acordo com as demandas prprias do estgio de desenvolvi-mento do indivduo e de seu repertrio atual.

    Na anlise do quarto ncleo temtico, foi possvel observar a ne-

    cessidade de um desenvolvimento mais aprofundado dos temas perti-nentes.Os temas abordados no THS desenvolvido para universitriosfocaram as situaes consideradas difceis no contexto acadmico. Essasdemandas apontaram para a necessidade de mais tempo para o desen-volvimento dos temas; se as sesses fossem ampliadas, poderiam promo-ver um melhor aproveitamento. Os 120 minutos de durao de cadasesso e as 10 sesses de treinamento respaldados pela literatura e por

    resultados encontrados por outras pesquisas na prtica mostraram-seteis e importantes para a aquisio de habilidades sociais, ainda da quemais tempo pudesse ter trazido melhores resultados.

    Em um estudo, Bolsoni-Silva, Marturano e Loureiro (2009), apso trmino de um THS que contou com 20 sesses semanais de duas ho-ras de durao, concluram que metade dos que participaram obteve indi-cao clnica; assim, foi possvel considerar o programa como preventivo.As sesses, estruturadas com temas sobre comunicao, assertividade, de-senvoltura social, entre outros, possibilitaram aos pesquisadores uma aten-o especfica ao dado acerca da funcionalidade do THS como elementofacilitador e preventivo. Isso significa que a resposta ao treinamento gerano indivduo a capacidade de lidar melhor com as realidades que requei-ram HS no campo das relaes interpessoais. O programa de THS fazemergirem as demandas trazidas pelos participantes, possibilitando, as-sim, que estes sintam a necessidade de um acompanhamento clnico.

    Como possvel notar, um nmero maior de sesses pode ter umaeficcia maior e proporcionar uma melhor compreenso cognitiva e

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    comportamental das habilidades sociais. Em pesquisa realizada por Bol-

    soni-Silva et al. (2009), verificou-se que futuras intervenes demanda-riam um investimento maior de tempo com queixas que, de forma ge-ral, envolvem um conjunto complexo de comportamentos, como terautocontrole e expressar sentimentos positivos e negativos.

    Nas falas dos participantes, foram encontradas solicitaes de ummaior desenvolvimento de certas habilidades sociais, como falar em pbli-co, reivindicar direitos, etc. Isso se deve, possivelmente, ao contedo decada HS. Determinadas habilidades requerem uma maior compreenso,

    bem como um tempo de treinamento adequado para seu desenvolvimento.Na anlise do ltimo ncleo temtico, foi identificadaa impor-

    tncia do terapeuta no processo de THS. de consenso que, em qual-quer rea do conhecimento, as habilidades pessoais favorecem o desen-volvimento social e de projetos. As habilidades dos que lideraminfluenciam e promovem o bem comum.

    Na percepo de Goldiamond (2002), cabe ao terapeuta compor-

    tamental atentar para a ecologia do comportamento, ou seja, tentar tra-balhar com os repertrios funcionalmente relacionados, e no apenascom o comportamento-problema. Essa percepo conduz reflexo so-bre as habilidades que o terapeuta precisa apresentar no processo detreinamento (Rang, 1998):

    procurar mobilizar a confiana do paciente no terapeuta;promover a confiana nos procedimentos teraputicos;fornecer informaes;aceitar incondicionalmente o paciente;ser corts e compreensivo;ser emptico;encorajar a participao ativa;envolver terceiros;adaptar o procedimento de tratamento ao paciente;oferecer apoio e ajuda;ter autenticidade;ter autoconfiana;

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    Habilidades sociais 39

    ter flexibilidade na aplicao de tcnicas;

    entre outras.

    Nessa mesma direo, Bechelli e Santos (2005) afirmam que o te-rapeuta deve facilitar a participao e a interao entre os membros dogrupo, de modo que eles possam verbalizar livremente seus pensamen-tos e suas emoes. No decorrer desse processo, importante que eleempenhe-se em manter o foco da conversa, apoiar os participantes quese sentem embaraados, mediar conflitos e assegurar o cumprimento

    das regras estabelecidas. Coutinho et al. (2003) acrescentam outras ha-bilidades relevantes para o terapeuta que trabalha com THS: recuperarfalas anteriores dos clientes, a fim de produzir confirmao/correo/re-elaborao do cliente quanto a essas falas; e oferecer verbalizaes mni-mas para promover a continuidade da verbalizao do cliente. Para Bol-soni-Silva, Carrara e Marturano (2007), o terapeuta precisa:

    construir um relacionamento encorajador (ser emptico e usar

    efetivamente habilidades de comunicao: autorrevelao, hu-mor, otimismo);ensinar (persuadir, explicar, sugerir, adaptar, incentivar a prtica

    das tarefas de casa, garantir a generalizao, usar videoteipe, uti-lizar role playings, pedir feedback sobre a qualidade das discus-ses em grupo e sobre as informaes apresentadas na sesso acada fim de encontro e ao fim do treinamento);

    interpretar (usar analogias e metforas, traduzir);guiar e contestar (estabelecer limites, estimular a participao

    do grupo, lidar com as resistncias do grupo); eantecipar aspectos futuros (antecipar problemas e recadas, predi-

    zer a resistncia para a mudana, a mudana positiva e o sucesso).

    Algumas habilidades presentes no terapeuta, como empatia e as-sertividade, favorecem o processo de realizao do THS. Aspectos rela-

    cionados permanncia no grupo, possibilidade de se expressar comliberdade, ao clima de aprendizado e descontrao so essenciais para

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    40 Treinamento em habilidades sociais para universitrios no contexto acadmico:...

    que o indivduo esteja engajado nesse processo. O terapeuta, ao apre-

    sentar tais habilidades e relacionar-se de modo habilidoso, permite queseu papel encontre um lugar de destaque no processo de transmisso docontedo a ser aprendido, na realizao das atividades propostas como fa-cilitadoras da aquisio de HS e nofeedback a ser dado ao participante.

    CONSIDERAES FINAIS

    A anlise dos ncleos temticos apontou para a importncia darealizao do THS e para os ganhos obtidos pelos participantes a partirdo treinamento. As falas destacadas indicam que o THS pode ser tilpara o universitrio no apenas em sua relao com o contexto acad-mico, mas tambm em outras realidades sociais.

    Outro aspecto a ser ressaltado no que diz respeito aplicao doTHS se refere ao seu potencial preventivo. Mesmo que os alunos partici-

    pantes no tenham tido prvia indicao para a participao no THS, osque dele participaram puderam se auto-observar ao longo do processo,considerando til o aprendizado adquirido. O contexto universitrio cons-titui um lugar e um tempo propcios ao desenvolvimento de habilidadesque favoream o convvio social, uma melhor qualidade de vida psicol-gica e uma melhor adaptao a essa nova fase de estudos e de conheci-mentos. Assim, o universitrio, ao vivenciar o THS, torna-se capaz de en-frentar, de maneira mais saudvel, o perodo inicial da universidade.

    Os resultados encontrados e a permanncia dos estudantes aolongo do THS apresentam-se como elementos constitutivos da validadedo treinamento. A abertura ao novo, ao conhecimento e ao treinamentofoi imprescindvel para a sua realizao e, sobretudo, para os ganhos ob-tidos pelos participantes.

    Faz-se necessrio considerar algumas limitaes acerca do estudoaqui relatado. A falta de um grupo de controle, o que possibilitaria a

    realizao de um comparativo entre grupos, uma delas. Outra limita-o, apontada pelos prprios participantes, a necessidade de mais tem-

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    Habilidades sociais 41

    po para a realizao de umfollow-upe para a avaliao da permanncia no

    tempo dos ganhos alcanados no THS. Outros estudos podem favorecernovos conhecimentos acerca da eficcia das habilidades sociais entre univer-sitrios tendo em vista os ganhos observados neste e em outros estudos.

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