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Título da Comunicação: DECISÕES DE CUSTOS EM ÉPOCAS DE CRISE: aspectos relevantes em orçamentos de investimentos (CAPEX) Autor: Luciano Carlos Lauría Brasil Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC Minas Instituto de Ciências Econômicas e Gerenciais – ICEG PUC Minas [email protected] Área temática: A1 – Custos em tempos de crise econômica e financeira Palavras-chave: Investimentos, custos e despesas. CAPEX e OPEX. Tomada de decisões. Produzir ou comprar. Análises. Resultados. Metodologia de investigação: M1 – Analytical/Modelling

Capex e Opex

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Ttulo da Comunicao: DECI SESDECUSTOSEMPOCASDECRI SE:aspectos rel evantes em oramentos de i nvesti mentos (CAPEX) Autor: Luci ano Carl os Laur a Brasil Pontifcia Universidade Catlica de Minas Gerais PUC Minas Instituto de Cincias Econmicas e Gerenciais ICEG PUC Minas [email protected] rea temtica: A1 Custos em tempos de cri se econmi ca e fi nancei ra Palavras-chave: I nvesti mentos,custosedespesas.CAPEXeOPEX.Tomadade deci ses. Produzi r ou comprar. Anl i ses. Resul tados. Metodologia de investigao: M1 Anal yti cal /Model l i ng 2 DECI SES DE CUSTOS EM POCAS DE CRI SE:aspectos rel evantes em oramentos de i nvesti mentos (CAPEX) Luci ano Carl os Laur a [email protected] Resumo Naatualidadedagestodasempresas,emumambientefortemente caracterizadopelarestriodegastosepelanecessidadedarealizaode investimentos para o objetivo da modernizao das operaes, visando maior competitividade, requerida a elaborao de um planejamento acompanhado de anlises oramentrias, envolvendo alternativas para diminuir desembolsos de recursos, de custos e de riscos operacionais, procurando assim assegurar melhorrentabilidade.Asduasopesmaiscomunsparaessasanlises, conhecidas pelas siglas CAPEX (Capital Expenditure, ou investimento em bens decapital)eOPEX(OperationalExpenditure,oudespesasoperacionais),so denominaes nem sempre bem compreendidas, especialmente considerando aspectosrelevantescomooscustosenvolvidos,internoseexternosao negcio, o alinhamento dos resultados econmicos com os fluxos monetrios ecomosrecursosfinanceiros,aspreviseseanliseincrementais, delimitaesdecapitais,custodeoportunidade,dedutibilidadetributriade gastosedependnciasafornecedores,entreoutrasquestes.Aanlise comparativaentreasopespermiteavaliaroscustoseasdespesas operacionais,omontantedeinvestimentoedosriscoscorrespondentes,o retornodosinvestimentosearentabilidadeentreasduasalternativas,bem comoviabilizandoestudoscomplementaresvoltadosaprojeesparaos prazosdociclodevidadeumprojetoeasdiversasestimativasperante cenrioseconmicosdecrescimento,estagnaoourecesso.Coma realizao de estudos apoiados em planilhas de anlise para cada alternativa, adotandotcnicasqueconsideramovalordodinheironotempo,podem-se reduzirasdificuldadesnasdecisesefacilitaraavaliaoentreaopode 3 investimentoouaalternativadarealizaodeservioscomterceirosou aindaaotimizaodasprpriasestruturasdefuncionamentodaempresa, possibilitandoassimeconomiadecapital,muitoimportanteempocasde criseederestriesderecursosemfacedainstabilidadenoscenrios mundiais. DECI SES DE CUSTOS EM POCAS DE CRI SE:aspectos rel evantes em oramentos de i nvesti mentos (CAPEX) 1. I NTRODUO Uma questo recorrente na atualidade da gesto das empresas, no ambiente de restrio de gastos e de corte oramentrio, a deciso, sempre muitodifcil,darealizaodeinvestimentosnoativoimobilizadomotivada pela necessidade da modernizao das operaes e da maior competitividade, em contraponto a alternativa de contratar servios e/ou alugar equipamentos einstalaes,assumindoassimmenoresriscosoperacionais.Porimpactar diretamenteoscustoseosresultados,nemsemprefcilatomadade deciseseoexamedosmltiplosaspectosqueenvolvemaescolhadeuma das opes, pois em cada uma existem prs e contras que afetam os custos e a rentabilidade do negcio. Paraaconstruodeumaboaestratgiaempresarial,o planejamentoqueenvolveoestudosobreasaquisies,manutenoea substituiodeativosfixossovitaisparaasorganizaes,poisalmde envolvergrandescifras,sovinculadosainvestimentosdelongoprazoe difceis de reverter aps a deciso tomada. Acrescente-seaissoque,comosmovimentosdemercadomuito intensos,aliadosaprocessosdefabricaoflexveiseabuscacontnuada inovao, vem a exigir muita rapidez no processo decisrio em um ambiente de incerteza e de turbulncia no sistema econmico mundial. 4 Por isso, medir e examinar as alternativas entre investir (CAPEX) ou comprar(OPEX),degranderelevncianaeradainformaoeda competio,acentuadacomacrisefinanceiraqueafetamuitospasese empresas, exigindo um procedimento amparado em mtodos de anlise e um examebastanterigorosoparasubsidiarasanlisesqueenvolvemgrandes cifras e longos prazos. 2. AS TERMI NOLOGI AS CAPEX E OPEX E SUAS PARTI CULARI DADES comum haver dvidas entre os termos CAPEX e OPEX.Elas so utilizadas na administrao das empresas como uma forma de simplificar as duas opes mais recorrentes na gesto oramentria, a deciso de investir ounoemativosfixos,quecomoesclareceMartins(2003,p.226),a decisodepende,pois,nosdaatualestruturadecustos,masdaque existir aps o momento da deciso. CAPEXasiglaeminglsdaexpressoCapitalExpenditure,que significainvestimentoembensdecapitaledesignaomontantede recursosinvestidosnaaquisiooumelhoriadebens(mquinas, equipamentos, instalaes, terrenos e demais itens de investimento fixo) de umadeterminadaempresa,visandoasoperaes.termoutilizadoem anlisesdeinvestimentosemprojetos,comomedidadebaseaoexamedo retorno sobre o investimento que ser realizado. Esses investimentos podem ser feitos atravs de aquisio ou desenvolvidos pela prpria empresa. OPEXasiglaeminglsdaexpressoOperationalExpenditure, quesignificadespesasoperacionaisedesignaomontantederecursos gastos(custosoudespesas)necessriosparaofuncionamentodeuma empresa. Portanto OPEX o gasto cotidiano (custo ou despesa, conforme a destinao)realizadoconstantementeparamantertantoofuncionamento 5 dasatividadesdonegcio,envolvendocustoscommanutenode equipamentos,custoscomempregados,combustveis,entreoutros,alm dasdespesasgeraiscomoasdaaladaadministrativa,comerciaise tributrias, quanto os gastos para realizao dos servios contratados com terceiros. Porforadadificuldadedeobtenoderecursospara investimentos,bemcomoocenriocompetitivoecriseseconmicas decorrentesdaconjunturafinanceiralocalemundial,asempresasacabam tendoqueoptarporOPEXaoinvsdeCAPEX.Issofeitoatravsda terceirizao ou parcerias com outras empresas em consrcio, bem como o recursoaoaluguel.Nesseaspecto,BerteBeulke(2006,p.252) mencionamqueocontrapontoinevitvelnogerenciamentode desempenho a comparao dos custos internos da empresa com os custos de servios externos similares, disponveis no mercado. UmavantagemdoCAPEXqueoinvestimentoficainteiramente aplicadonasoperaesdaempresa,queirdepreci-lonamedidada previso da sua durao (vida til esperada do bem).Tem o inconveniente dosencargosfinanceirosedocustodeoportunidadedocapitalinvestido, que pode ser alto e exigir um retorno rpido o que nem sempre possvel. A vantagem da OPEX a economia do capital, que no requerido paraoinvestimento,passandoater-seumcustoouumadespesa, dependendodousodogastorespectivamente,separaafabricaode produtosouparaoutrasfinalidadesadministrativaseoperacionais.Conformeessaclassificao(custooudespesaeotempode processamentodoproduto,estocagemevenda),aOPEXpodetrazera vantagemdadedutibilidadetributriadogasto,emcontrapontocomo CAPEX,queserdepreciadoconformeaprevisodavidatilededutvel conforme as taxas definidas na legislao dos impostos sobre o resultado. 6 Osrecursosincorridosnaaquisiodebens(CAPEX)ficamento inseridosnopatrimniodasempresas(ATIVO)eosrecursosgastosno custeio(OPEX)soreconhecidosnoresultadonomsnacompetnciado gasto.Enessalinhaderaciocnio,GroppellieNikbakht(2001,p.120), esclarecemqueumaempresapodeefetuardoistiposdegasto:circulante oucapital.Osgastoscorrentesoucirculantessodecurtoprazoeso debitadoscomodespesasnoexerccioemqueocorrem.Osgastosde capitalsodelongoprazoesoamortizados(seusvaloresso gradualmente reduzidos) durante vrios anos de acordo com o regulamento da Receita Federal. Naanlisedofluxodecaixa,osrecursosdoCAPEXsotratados como sada de caixa integral quando do perodo de aquisio (ou formao) e os recursos do OPEX, no perodo em que forem desembolsados.Como os recursosdoCAPEXsogeralmenteexpressivos,ousodasdisponibilidades docaixaparaatenderaesseinvestimentopodefazerfaltaparaoutros desembolsos, inclusive, o de pagamento de dividendos a acionistas. Atkinson,Banker,KaplaneYoung(2000,p.419),bemcomo outrosautorescomoGarrison,NoreeneBrewer(2007,p.502),tratam dessaquestonaabordagemdadecisodeproduziroucomprar.Nas empresasintegradasverticalmente,porexemplo,comentamquecria-se menor dependncia de fornecedores e garante-se um fluxo mais contnuo de componentesemateriaisproduo,almdeacreditar-seemummelhor controledaqualidadeproduzindoseusprprioscomponentesemateriais, emlugardadependnciadospadresdequalidadedefornecedores externos.Jemcontrapontoaessesaspectos,aterceirizaoea subcontrataocomoutrasempresaspodemresultaremreduesde custoseatenderaosesforoscorporativosglobais,evitando-secustos diretosetambmindiretos,quandoseconseguirsatisfatoriamente reposicionarem-se os recursos e atividades que so alvo de rateios, mas que quase sempre so inevitveis ou fixos. Importantesalientarque,emqualqueranlise,asestimativasde receitas, de custos e despesas devem ser compostas independentemente das 7 atuais, ou seja, so as estimativas incrementais relevantes para o projeto de anliseentreCAPEXeOPEX,queimpactamnosofluxodecaixa,mas tambm trazem grandes influncias nos resultados econmicos e no nvel de investimentos financeiros do negcio. 3.AABORDAGEMECONMI CA,FI NANCEI RAEMONETRI ANAS DECI SES DE I NVESTI MENTOS No exame que envolve a deciso entre CAPEX e OPEX, necessrio definiraabordagemutilizadaparasubsidiaraproposioparaotomadorde deciso,evidenciandoasvantagenseosganhosdeumaopoperantea outra.Essaabordagempodecompreenderumcontextoeconmico,e/ou financeiroouaindamonetrio,dependendodaextensodaanliseedos resultados. Aocomentaremqueosestudosparaarealizaodeum investimentodevemconsiderarasvariveistcnicas,mercadolgicas, econmicasefinanceiras,BerteBeulke(2006,p.253),informamque quandosefalaemcustos,emgeral,seestvinculandoseustemasao aspectoeconmico.Ecomplementamque,noquedizrespeitoaum estudodeinvestimento,normalmentesedesejasaberqualovolume necessriodeprodutosouserviosquedevesergerado,eemquetempo, para que o valor investido retorne ou seja recuperado. Provavelmente,ocontextodaanlisedecisorialentreproduzirou comprardeverabrangertodosestestrspontosdevista,poisamelhor deciso a que leva em considerao os resultados econmicos (a viabilidade econmica),comumageraoadequadadecaixa(autilizaoderecursos monetrios gerados e disponibilizados pelo caixa do projeto/investimento) e a questo das fontes de recursos prprios e de terceiros para o financiamento dos investimentos fixos e de giro para o projeto (a questo financeira). Emgeral,adecisoqueenvolvetantoaaquisiodeativos imobilizados(CAPEX)quantoodeincorreremmaioresdespesasecustos 8 (OPEX),implicaemimpactoseconmicos(aumentooureduodelucros), em monetrios (gerao e necessidade de caixa) e em financeiros (fontes de financiamento e estruturas de capital). Essecompostodeanlisebemevidenciadoatravsdosprprios relatrioscontbeisdemaiorutilizaoparamensuraodeviabilidadeede avaliaodageraoderiqueza,quesoaDemonstraodeResultadodo Exerccio(DRE),oBalanoPatrimonial(BP)eaDemonstraodosFluxosde Caixa (DFC), pois de toda forma, qualquer anlise que envolver a aquisio de ativosimobilizadosouoassumirdedespesastrarimpactosnessestrs contextos e nesses demonstrativos. 4.ASPECTOSRELEVANTESPARAOEXAMEDASALTERNATI VAS ENTRE CAPEX E OPEX O foco da gesto das empresas tem migrado da ideia convencional dageraodamargemdelucroparaodarentabilidadedocapitaleda riqueza dos acionistas.Como afirma Assaf Neto (2012, p. 159), ao ponderar sobre as alternativas das empresas no mundo globalizado, torna-se cada vez mais difcil s organizaes viabilizar economicamente seus investimentos por meiodedecisesdirecionadasaoaumentodepreosedeparticipaode mercado, conforme consagradas por longo tempo no passado. E, em paralelo aessasrestries,AssafNetocomplementaqueareduodedespesas, tendo como base o corte de valores monetrios, outra medida adotada com ampla preferncia, no introduz maior vantagem competitiva na nova ordem econmica,emquetodasasempresaspodemteracessoeseguiromesmo receiturio de economia de gastos. Paraoobjetivodeagregarvaloraonegcioegerarriquezaaos acionistas,concluiAssafNeto(2012,p.160)quecriarvalorparauma empresa ultrapassa o objetivo de cobrir os custos explcitos identificados nas vendas,incorporandooentendimentoeoclculodaremuneraodos custos implcitos como o do custo de oportunidade do capital investido. 9 Assim, para que uma anlise possa ser empreendida e culminar com umaescolhaqueproporcionemaiorreduoemelhorracionalizaodos custosedespesas,permitindoqueumaalternativasejaescolhidae recomendada para a tomada de deciso, necessrio que se considere, com basenamodernateoriadasfinanasecomoabordadoporBrealeyeMyers (1992),Atkinson,Banker,KaplaneYoung(2000),WestoneBrigham (2000),Ross,WerterfieldeJordan(2000),Brigham,Gapenski,Ehrhardt (2001), entre outros, as seguintes questes: daoportunidadedarealizaodoprojeto,comouseminvestimento imobilizado; da estimativa das receitas, dos custos e das despesas que envolvem o projeto e dos tributos sobre o resultado; da previso da durao do investimento e do tempo de anlise; da escolha dos mtodos de avaliao de investimento; da determinao do custo de oportunidade do capital. Todos esses aspectos precisam merecer especial cuidado nas duas opes,diminuindoaincertezaedesenvolvendoaindicaoconsistenteda melhor alternativa em termos no s de resultados econmicos, mas tambm financeiros e monetrios.

4.1 A oportuni dade da real i zao do proj eto Todoequalquerinvestimentoprecisaserexaminadoem profundidade,poisrequerrecursosquepodemimpactarfortementeos resultadosdasempresas,queprecisamantecipar-seaosconcorrentesno atualambientecompetitivodecrisefinanceira.Olequedeprobabilidades requerqueseexaminecomprofundidadeadecisodoinvestimento, contrapondo-acomadenoinvestirerealizaroquefornecessrioatravs de servios de (ou com) terceiros. Como caracterstica de um investimento, afirmam Atkinson e outros (2000, p. 523), um valor monetrio dos recursos que uma empresa libera 10 na aquisio de um ativo de longo prazo, e assim, torna-se imprescindvel um processofocalizadoemaspectosrelevantes,dentrodosobjetivos estratgicosdaempresa,visandoseuposicionamentocompetitivocom melhores resultados. Paraassegurarmaiorcompetitividade,exige-seumexame cuidadosodoscenrioseconmicos,dasincertezas,dasimplicaespara todosospblicosinternoseexternoseprincipalmentedasforas competitivas,demodoaavaliarasestratgiasetticasaseremestudadas antes de serem implementadas. Um caminho importante nesse exame verificar a consistncia das informaesedados,competnciasehabilidades,fundamentadase conhecidasqueimpactam(emmaioroumenorgrau)asprevises, especialmente os custos e o alinhamento dos resultados econmicos e sociais parapromoveroaumentodovalordaempresanotempo.AlertamRosse outros (2000, p. 247) que, independentemente de quo cuidadosos formos aoorganizareprocessarosnmeros,osresultadosaindapoderoser extremamenteenganososequeacontecerumamdecisoseformos exageradamente otimistas a respeito do futuro, e, consequentemente, nossas previsesdefluxosdecaixanorefletiremdemaneirarealistaosfluxosde caixa futuros possveis. Outro aspecto importante o exame do conjunto de procedimentos voltados a avaliar, comparar e selecionar projetos, processo esse denominado de oramento de capital. Nesse aspecto e quanto a disponibilidade do capital para investimento, observam Groppelli e Nikbakht (2001, p. 119) que um recursomuitolimitado,sejanaformadecapitaldeterceiros,sejanade capitalprprio.Aodepararcomfonteslimitadasdecapital,a administrao deve decidir com cuidado se um determinado projeto ou no economicamente aceitvel. 4.2Aesti mati vadasrecei tas,dosi mpostos,doscustosedas despesas 11 No foco da identificao da melhor alternativa para a realizao do projeto,primordialaestimativadasreceitas,dosimpostosqueoneramas receitas, dos custos para a fabricao de produtos, aquisio de mercadorias ou prestao de servios, bem como das despesas operacionais, permitindo o exame entre as duas opes, CAPEX ou OPEX, pois o resultado econmico que assegurar a viabilidade do projeto.E o resultado econmico a primeira abordagem, por sinal a mais importante, pois como salientado na seo 3, a visoeconmicatratadamedidadacapacidadedageraodolucro,que decorrente do confronto entre receitas, tributos, custos e despesas. Asreceitas,oscustos,asdespesaseosimpostosdevemser consideradascumprindooprincpiodacompetnciadoexerccio,tendopor objetivoapresentaroresultadoeconmicoacadaexerccio.Devem-se separarosgastosoperacionais,vinculadosafatoscontbeisquetenham relaocomasoperaescontinuadasdaatividadeprincipal.Osgastos financeiros e receitas financeiras devem ser segregados, para evidenciar-se o resultado operacional antes dessas influncias.Na abordagem monetria, em que se estimam os fluxos de caixa, ou seja, o fluxo lquido real de dinheiro, esclarecem Weston e Brigham (2000, p. 561),queaqueseopemaolucrolquidocontbilquefluiparadentro (ouparafora)deumaempresaemumperodoespecificado,eopasso maisimportante,mastambmmaisdifcil,naanlisedeumprojetode capital.Issopelarazoquemuitasvariveisestorelacionadasna estimativadofluxodecaixa.ExplicamaindaWestoneBrigham(2000,p. 562)queumimportanteelementonaestimativadofluxodecaixaa identificaodosfluxosdecaixarelevantes,quesodefinidoscomouma srie especfica de fluxos de caixa que deveria ser considerado na deciso em questo.E para obter o fluxo de caixa lquido, soma-se ao lucro lquido do perodoovalordadepreciao,itemnomonetrio,poiscomosalientam WestoneBrigham(2000,p.563),paraamaioriadosprojetos,a depreciao de longe o maior custo no monetrio. 12 Ross e outros (2000, p. 64) informam que, para calcular o fluxo de caixa operacional, deve-se obter a diferena entre receita menos custos, mas nodeveserincludaadepreciao,poisnoumasadadecaixa,enem incluirjuros,poissodespesasfinanceiras.Quantoaosimpostos,Rosse outros(2000,p.61)registramquepodemrepresentarumadasmaiores sadas de caixa da empresa e que a magnitude do pagamento de impostos determinadapelalegislaotributria,umconjuntodenormas frequentemente revisto e alterado. NaanlisedecisorialenvolvendoCAPEXeOPEX,comomencionam Garrisoneoutros(2007,p.40),cadaalternativapossuircustose benefcios que precisaro ser comparados aos custos e benefcios das outras alternativasexistentes.Essadiferenadecustosentreduasalternativas denominadadecustodiferencialouincrementaleadiferenadereceitas entre quaisquer das duas alternativas chamada de receita diferencial. Oconhecimentodoscustosessencial,poissooscustosque refletemosrecursosqueaempresainvesteparaobterprodutosou mercadorias e/ou prestar servios a seus clientes.Atkinson e outros (2000, p.85)chamamaatenoparaaimportnciadocusto,poisrealizandoas mesmascoisascommenosrecursose,portanto,menorescustos,significa que a empresa est tornando-se mais eficiente. 4.3A previ so da durao do i nvesti mento e do tempo de anl i se Osplanoseconmicosefinanceirosdequalquerempresaso elaboradosconsiderandoasmetasorganizacionais,provendo,como mencionadoporRosseoutros(2000,p.43)amaximizaodelucro,pois este o objetivo empresarial mais freqentemente citado. SalientamAtkinsoneoutros(2000,p.530),queamaioriados investimentosprovumasriederendimentosduranteumperodo 13 especificadonofuturo,denotandoquenohcomosabersehvantagem ou no em considerar se um investimento deve ser feito, se no estabelecer um prazo de durao em que o projeto seja examinado como vivel. necessrio observar, conforme Bruni e Fam (2011, p. 312) que segundoocusteiodociclodevida,ocustodedeterminadoprodutoou servio deveria ser analisado ao longo de sua vida til e, para isso, podem ser empregadas tcnicas de engenharia econmica ou oramento de capital, devendoserfeitaemaquisiesdebenscujoaproveitamentoeconmico ocorra ao longo de uma vida til relativamente extensa, como a aquisio de itens do ativo imobilizado. Comoosinvestimentostratamdocomprometimentodegrandes somas de recursos e so feitos para um grande perodo de tempo, envolve o elemento de incerteza, como mencionam Figueiredo e Caggiano (1997).Uma vez tomada a deciso, muito difcil de ser revertida, obrigando a um cuidado primordialquantoaoprazoeaotempodeduraodoprojetode investimento. Ross e outros (2000, p. 61), ao tratarem das duas partes do futuro deanlisedeinvestimento,ocurtoeolongoprazo,esclarecemqueessa distinoestrelacionadaaofatodequeoscustospodemserfixosou variveis.Alongoprazo,afirmam,todososcustossovariveis,oque significadizerquenoexamedealternativasdelongoprazo,oscustosestarovinculadasademonstraoderesultadocomocustodamercadoria vendidaeque,demaneiraanloga,oscustosdoperodosoincorridos duranteumdeterminadoperodoepodemserdivulgadossobosnomesde despesas de venda, gerais e administrativas. 4.4A escol ha dos mtodos de aval i ao de i nvesti mento 14 Como o valor de uma empresa depende das decises gerenciais que envolvemcontinuadamenteaquestodarealizaodeinvestimentospara assegurarmelhorcompetitividade,tantoemtermosdeaquisiodebense equipamentosquantoemtermosdemelhoriasemudanasemcustose despesas, os gestores procuram conhecer os resultados prevendo o que pode acontecernofuturoetomandoadecisodefazer,seperceberem,parao prazodeterminado,orecebimentodealgomaisqueovalorinvestidoou sacrificado.Essamotivaodeterminaaescolhadecritriosparaavaliao das alternativas. Os critrios mais usados, segundo Figueiredo e Caggiano (1997, p. 91), envolvem o mtodo do perodo de payback, a taxa contbil de retorno eastcnicasdefluxodecaixadescontado,paraosquaisexistemduas formas principais, o valor presente lquido e a taxa interna de retorno. AfirmaAssafNeto(2003,p.299)queosmtodosquantitativos deanliseeconmicadeinvestimentospodemserclassificadosemdois grandes grupos: os que no levam em conta o valor do dinheiro no tempo e osqueconsideramessavariaopormeiodocritriodofluxodecaixa descontado.Emrazodomaiorrigorconceitualeconsiderandoqueas decisesimplicaminvestimentosdelongoprazo,concluiAssafNeto(2003, p.299)qued-seatenopreferencialparaosmtodosquecompemo segundogrupo,portanto,osmtodosdovalorpresentelquidoedataxa internaderetorno,poislevamemconsideraoosbenefciosfuturos esperadosdecaixa,descontadosavalorpresentemedianteumataxade descontoquevenhaamedirerefletiroriscodedecisoedaoportunidade do investimento. Noexameconclusivodosmtodosdeoramentodecapital,entre ValorPresenteLquidoVPL(NetPresentValue-NPV)eTaxaInternade RetornoTIR(InternalRateofReturnIRR),Brighameoutros(2001,p. 437)afirmamqueoVPLoqueapresentamelhormedidaisoladade lucratividadeequeaTIRtambmmedealucratividade,pormaquiela 15 expressa como uma taxa de retorno em pontos percentuais, que a maneira preferidadequemtomaasdecises.Econcluemqueasdiferentes medidasproporcionamdiferentestiposdeinformaesparaaquelesque tomaro as decises e que, por serem fceis de calcular, todas as medidas devem ser levadas em considerao no processo de deciso. 4.5 A determi nao do custo de oportuni dade do capi tal Ocustodeoportunidadedocapitalumamedidadereferncia paraaavaliaoderemuneraodecapitaldeinvestimento.Lauria(2008, p.285)explicaqueocustodeoportunidaderepresentaoquantodeganho seria atribudo a um investimento, caso fosse feito em outro negcio ou outra aplicao alternativa.Significa que, para merecer ateno do investidor, um projetodeinvestimentoquerequercapitalprecisatrazerumarentabilidade pelomenosigualaoretornoqueteriaemalternativacomnvelderisco similar.Ross e outros (2000, p. 241) observam que quando pensamos em custos, normalmente imaginamos os custos desembolsados, ou seja, aqueles que exigem realmente que se pague alguma coisa.Mas esclarecem que um custo de oportunidade ligeiramente diferente; requer que desistamos de um benefcio. Pois quando se investem recursos, a alternativa mais valiosa que sacrificadaparaserealizaresseinvestimentoobrigaaconsiderarqueasua rentabilidade a que foi sacrificada para obteno de outra. A esse sacrifcio sedenominacustodeoportunidade,queumamedidaapartirdeuma rennciadeganhoalternativo,mantendoomesmonvelderiscodo investimento. SegundoAssafNeto(2012,p.164),oinvestimentodoacionista revelaatratividadeeconmicasomentequandoaremuneraooferecidafor suficiente para remunerar o custo de oportunidade do capital prprio aplicado no negcio. 16 5. ETAPAS E PROCEDI MENTOS PARA A ANLI SE DE DECI SO Para ilustrar como adotar um direcionamento para a anlise entre a opo do CAPEX e a opo do OPEX, nos termos abordados e com foco nas questesrelevantesmencionadasnaseoanterior,utilizaremosuma exemplificao desenvolvida em planilha em Excel, tendo por objetivo permitir objetividadedeanliseeapresentaodosresultadossequenciadamente, acompanhados de explicaes a cada passo.Consideremos a elaborao de um oramento anual com a previso de receitas totais de R$ 490 mil por ano e custos e despesas totais anuais de R$310mil(noincludasdepreciaes).AempresaprecisarinvestirR$ 400milemequipamentoseinstalaesquepossibilitaroafabricaoea receita de venda de produtos.Esses ativos sero integralmente depreciados durante a vida til de cinco anos desse investimento. Alm disso, supe-se que o custo de remoo do equipamento ser aproximadamenteigualaoseuvalordaquiacincoanos,ouseja,noter, essencialmente,qualquervalordemercadoaofinaldessesanos.Oprojeto demandar um investimento inicial de R$ 49 mil em capital de giro lquido.A alquota dos impostos sobre o resultado estabelecida em 30%. Para essa exemplificao, considera-se que o capital necessrio ser suportado pelos acionistas, sem obteno de recursos externos financeiros. Asegundaalternativaqueenvolveaexemplificaoempautaa contrataodeserviosporterceiros,quetraravantagemdadispensada aquisio dos equipamentos, mas elevar os custos da operao em R$ 130 mil por ano. Nas etapas sequenciadas a seguir, numeradas de 1 a 4, identificam-se os procedimentos para a anlise das alternativas objeto da exemplificao. Etapa 1: Oprimeiropassoacomposiodoperododeanlise,a demonstraoderesultadoseofluxodecaixa,emumaplanilhaemExcel. Com a planilha, ser facilitada a realizao das simulaes e das medidas para 17 asavaliaesderesultadoseconmicos,financeirosemonetriosperante cada alternativa de escolha, CAPEX ou OPEX (Fi gura 1) Etapa 2: Para a anlise da deciso de investimento (CAPEX), deve-se considerar os dados orados do valor do investimento, da necessidade do capitaldegiro(NCG),dasreceitas,doscustosedespesasoperacionais,da vida til dos bens ativos resultantes do investimento, obtendo-se o valor do lucrooperacionalantesdadeduodovalordadepreciao(EBITDA1).Na seqncia, aps a depreciao, calculando-se o valor do lucro tributvel.Com aindicaodopercentualdosimpostos,obtendo-seovalordolucrolquido para cada um dos anos de anlise, que tambm conhecido como NOPAT2Nessemomento,obter-se-oosresultados,tantoeconmicos (lucrolquido)quantomonetrios(fluxodecaixadoprojeto),conforme demonstrado na Fi gura 1. Fi gura 1 Resul tados econmi cos e monetri os - CAPEX Em R$ 1.000 DI SCRI MI NAOAno 0Ano 1Ano 2Ano 3Ano 4Ano 5 I NVESTI MENTO (400) CAPI TAL DE GI RO (NCG) (49) RECEI TA L QUI DA 490490490490490 CUSTOS E DESPESAS OPERACI ONAI S (310)(310)(310)(310)(310) LUCRO ANTES DOS JUROS, I MPOSTOS E DEPRECI AO (EBI TDA) 180180180180180 DEPRECI AO (Vi da ti l ) 5(80)(80)(80)(80)(80) LUCRO OPERACI ONAL (EBI T) 100100100100100 1EBITDA,siglaeminglsEARNINGSBEFOREINTEREST,TAXES,DEPRECIATIONANDAMORTIZATION, significa ganhos (lucros) antes dos juros, impostos sobre o lucro, depreciao e amortizao.Devido a suasimplicidadeerapidezdeclculo,muitoutilizadaemanlisesedecisescomfoconagerao bruta de caixa.Corresponde ao caixa gerado pelos ativos utilizados na operao. (ASSAF NETO, 2012, p. 130) 2NOPAT, sigla em ingls NET OPERATING PROFIT AFTER TAXES, lucro operacional lquido aps impostos, aquantiadelucrosqueumaempresagerariacasoelanotivessedvidanemmantivesseativos financeiros. (BRIGHAM e outros, 2000, p. 61). 18 I MPOSTOS SOBRE LUCRO 30%(30)(30)(30)(30)(30) LUCRO OPERACI ONAL L QUI DO (NOPAT) 7070707070 Aj ustes para o fl uxo de cai xa: Depreciao8080808080 Valor residual do investimento - Recuperao do capital de giro 49 FLUXO DE CAI XADOI NVESTI MENTO (449)150150150150199 Pelaopodoinvestimento(CAPEX)econsiderandoosdadosda exemplificao, observa-se que o projeto trar um lucro lquido de R$ 70 mil por ano, ou R$ 350 mil nos cinco anos, aps os impostos sobre o resultado, demonstrandoqueoprojetovivel,sobopontodevistaeconmico,em valores nominais anuais. Sob o ponto de vista monetrio, deve-se considerar que aos valores doslucroseconmicosanuaisdeveroserincludasasdepreciaesanuais (que no so desembolsadas), bem como a recuperao do capital de giro, ao finaldoperododeanlise,adicionando-o,umavezqueparafechamentodo ciclodeanlise,osvaloresdosinvestimentosdevemserrecuperadosata suafinalizao,retornandoaocaixaeproporcionandoaanliseconclusiva sobreaviabilidadedessesinvestimentos,tantofixos(ativosimobilizados) quandodegiro(ativoscirculantes).Tomando-seporbaseainformaoda exemplificao,nofoiincludo,paraessesclculos,umvalorresidualdo investimento.Observando a ltima linha da Figura 1, que apresenta os valores ano a ano dos saldos do fluxo de caixa do projeto, verifica-se que, contrapondo-se ao montante da sada de recursos iniciais do projeto (Ano 0) de R$ 449 mil, nosanosseguinteshaverageraoderecursospositivosquesomados, resultaro em R$ 799 mil. Significa que, para uma sada inicial de recursos do caixa, de R$ 449 mil, resultar em uma entrada de caixa total de R$ 799 mil nos cinco (5) anos do projeto, demonstrando assim um ganho lquido de R$ 350mil,confirmandooresultadoeconmico,disponvelaocaixa,apsa recuperao dos capitais investidos (giro e imobilizado). 19 Etapa 3: Umavezavaliadaaopodoinvestimento(CAPEX),deve-se analisar a alternativa da contratao de servios por terceiros e/ou o aluguel deequipamentos(OPEX),comumcustoanual,conformeexemplificao,de R$ 130 mil alm dos gastos estimados para o projeto. Alterando-se os dados, comaexclusodoinvestimentoeoimpactodamajoraonoscustose despesasoperacionais,osresultadosseriamapresentadosconformeFi gura 2: Fi gura 2 Resul tados econmi cos e monetri os - OPEX Em R$ 1.000 DI SCRI MI NAOAno 0Ano 1Ano 2Ano 3Ano 4Ano 5 I NVESTI MENTO 0 CAPI TAL DE GI RO (NCG) (49) RECEI TA L QUI DA 490490490490490 CUSTOS E DESPESAS OPERACI ONAI S (440)(440)(440)(440)(440) EBI TDA 5050505050 DEPRECI AO 00000 LUCRO OPERACI ONAL (EBI T) 5050505050 I MPOSTOS SOBRE LUCRO 30%(15)(15)(15)(15)(15) LUCRO L QUI DO (NOPAT) 3535353535 Aj ustes para o fl uxo de cai xa: Depreciao00000 Valor residual do investimento - Recuperao do capital de giro 49 FLUXO DE CAI XADO PROJETO (49)3535353584 20 Verificando-seosresultadosdessaalternativa,pelaopode despesaseaumentodoscustosoperacionais(OPEX)ecomosdadosda exemplificao, observa-se queo projeto possibilitar um lucro lquido de R$ 175mil(R$35milporcadaano),apsosimpostossobreoresultado, demonstrandoqueessaopotambmvivelsobopontodevista econmico,emvaloresnominaisanuais.Entretanto,essaalternativa apresenta um valor bem menor que o resultado nominal da opo CAPEX, que evidenciouummontantedeR$350mildelucroparaoscincoanosde durao do investimento. Pode-se ento concluir que, em uma anlise superficial e perante os dadosdoexemplo,aopoCAPEXmelhorqueaOPEX,emfacedos resultadosapresentadosemcadaum,comprevalnciadomaiorvalorpela alternativaCAPEX.Entretanto,aanliseemvaloreshistricosnominais (correntes), para um perodo de anlise de longo prazo, traz o inconveniente denoexpressarovalordariquezaabsolutadoinvestimento,comotalum valorpresentedeumfluxoderesultadoseconmicoslquidosdecaixa estimadosparaoperodofuturonocasodoexemplo,decinco(5)anos.Poressarazo,deve-seutilizaromtododoFluxodeCaixaDescontado (FCD),comomencionadonaseo4.4.Dessaforma,paraavaliarseo resultado final vivel economicamente, em valores presentes, utiliza-se uma taxadocustodeoportunidadequevenhaamedir,anoaano,ocustodo investimentoemtermosdeumaremuneraoquetorneatrativaao investidor aportar recursos nesse projeto, mediante a deciso de compra de ativos fixos ou por terceirizao. Etapa 4: Procede-seaoreclculodosresultadosapsautilizao docustodeoportunidadeestabelecidoparaoprojeto,considerando-seque todoorecursonecessrioparainvestimentoseraportadopelosscios investidores, requerendo-se uma taxa de atratividade mnima de 16% ao ano.Comisso,deve-seadicionarnaplanilhaocustodecapitalparamensurar, atravs dos mtodos do Valor Presente Lquido e da Taxa Interna de Retorno, osresultadosparacadaumadasopes,expressospelariquezaeconmica 21 geradaavalorpresente,dimensionadapelosresultadosdecaixaesperados paraoscincoanosdoprojeto,descontadosaumataxadeatratividade composta somente pelo custo de oportunidade dos scios investidores. Esses resultados assim indicariam: Resultados CAPEX: Custos e despesas incorridos:R$ 390 mil por ano Valor Presente Lquido: R$ 65,470 mil Taxa Interna de Retorno:21,87% Resultados OPEX: Custos e despesas incorridos:R$ 440 mil por ano Valor Presente Lquido: R$ 88,930 mil Taxa Interna de Retorno:71,43% Comparando-se esses dados e resultados, obtm-se a indicao que arealizaodosinvestimentosatravsdeinversesfixas(ativoimobilizado) deR$400milexigiraportedecapital(CAPEX)resultandoemuma rentabilidade medida pela Taxa Interna de Retorno (TIR) de 21,87%, superior ataxamnimadeatratividaderequeridapelosinvestidoresde16%aoano, masmenorqueaTIRobtidapelaopodenoinvestimentoepela contrataodeserviosdeterceirose/oualugueldeequipamentos.Nessa segundaalternativa(OPEX),viabiliza-seumarentabilidadebemmaior,de 71,43%,umavezquenohaver,nessaopo,umaportefixodecapital, diminuindoanecessidadederecursose,portanto,docapitalinvestido, assegurando melhor rentabilidade nessa alternativa. SimilaranliserealizadapelocritriodoValorPresenteLquido (VPL), que nas duas opes acusa uma gerao de riqueza acima do custo de oportunidade (taxa de atratividade), de R$ 65,470 mil para a opo CAPEX e deR$88,930milparaaopoOPEX,queamelhor,comprovandoqueo projetoviveleconomicamente,remunerandoocapitalaportadoem16%, recuperandomelhoropequenoinvestimento(que,nessaopodaOPEX, 22 somenteonecessrioparasustentarocapitaldegirodasoperaes).Ao contrrio da alternativa CAPEX em que o empate de maior capital resulta em uma remunerao menor, a opo OPEX, com investimento restrito ao capital de giro, assegura melhor resultado. Essaconclusovlidasomenteparaaexemplificao,quepode levaraoutrosresultadoseconclusesse,porexemplo,ovalordo investimento na opo CAPEX for menor que os estimados R$ 400 mil, se o valor dos custos e despesas operacionais forem maiores que os orados para aopoOPEX,bemcomooutrasalteraesemreceitasedespesas.Entretanto, a tcnica de anlise empreendida, com uso instrumental da planilha em Excel, inteiramente vlida, por contemplar uma avaliao com osfatoresrelevantesepontosdevistaeconmicosemonetrios, complementadoscomoscritriosdeanliseVPLeTIR,necessriosparaa escolha da melhor opo para longos prazos de anlise. Sobretudo,esseexameentrealternativaspermiteavaliar,apartir dosdadosoriginaisenvolvidos,anlisesvinculadasafatorescomoaumento de custos, diminuio de receitas e outras estimativas que possam variar, no futuro,individualmenteouemconjunto,realizando-seumaanlisede sensibilidade para avaliar os efeitos das variabilidades das estimativas perante os resultados VPL e TIR. Outras anlises podem ser empreendidas adicionalmente, a partir da planilhadeclculoapresentada,visandoamensurao,porexemplo,da alavancagemfinanceiracomutilizaoparcialderecursosviafinanciamento, emqueosjuros,quandocontratadoscomtaxasmenoresqueoda remunerao do investimento (TIR), acabam gerando um ganho adicional para oinvestidor.decisodeinvestimentopode,ento,sercomplementada comadecisodefinanciamento,nocontextodaanlisefinanceiraparao empreendimento. 6. CONCLUSO 23 Os objetivos estratgicos das empresas, em um ambiente de muita competitividade,envolveumabuscaincessantededesempenhoemmetase resultados.AanlisedasopesentreCAPEX,quesignificainvestirem aquisiesdeativosimobilizados,eOPEX,querepresentaaalternativade contrataodeservioscomterceirosealugueisdemquinase equipamentos,vemaoencontrodessanecessidade,poisessasmetas precisamestaratreladasaobjetivosadequadosquepossamgerar oportunidades de melhorias e ganhos de produtividade. Oestabelecimentodecritriosparaavaliaodosresultados planejadosemumaououtraopo,dentrodosprazosdefinidosdeanlise, reduz a dificuldade de determinar qual escolha deve ser feita.Assim, atravs dousodeumaplanilhadeclculo,estruturadacomosdadosdoscustose receitasdevidamenteprojetadosevoltadaparaarealizaodeclculose simulaesparadiminuiroriscodepreviso,tem-seporobjetivofacilitara tomadadedecisescommaioreficcia.Essaplanilhademonstradano seo 5, com clculos exemplificativos. Aimportnciaqueserevestemessasanlises,amparadasem previses e dados oramentrios de um projeto incremental, ou seja, que vai almdosresultadosatuaisdeumaempresa,insere-senumaformade mensuraoeavaliaodirecionadaaquantificar,atravsdoscritriosde avaliaodeprojetosdeinvestimento,oValorPresenteLquidoedaTaxa InternadeRetornodecadaopo,umavezque,considerando-sevalores muitoexpressivoseumlongoprazodeanlise,precisa-seadotaro procedimentodofluxodecaixadescontado,paragarantirqueoobjetivode maximizao dos resultados ocorra com uma remunerao acima do custo de oportunidade do capital. Emumaeraemqueasdecisesfinanceirassotomadasemum ambientedemuitacompetioegrandesdesafios,sujeitosaleise regulamentaesprovenientesdediversosrgoseentidades,aanlisedas estimativasperanteosdiversoscenriosrequerumexamecontinuado, combinando as tcnicas disponveis com uma gesto voltada ao controle e a 24 umhorizontedeperspectivasquedemonstremaviabilidadedeuma estratgia ao invs de outra. Asdecisesqueresultamdeanlisescomoasqueenvolvema escolhaentreinvestirrecursos(CAPEX)ouassumircustosedespesas (OPEX), visam assegurar resultados e compromissos concretos, pois o capital investido requer um retorno com menos riscos, em um ambiente empresarial deincerteza,complexidadeedificuldadescompetitivas.Issoreforanosso entendimento de que o processo sistemtico de anlise passa pela adoo de umaestruturadeclculoquetornefacilitadaaoramentaodecustose resultadoscomaadoodaanlisecomparativa,comoapresentadanesse estudo. REFERNCI AS ASSAF NETO, Alexandre.Fi nanas corporati vas e val or.So Paulo: Atlas, 2012. ATKINSON, Anthony A(et al.).Contabi l i dade gerenci al .So Paulo: Atlas, 2000.BERT, Dalvio J., BEULKE, Rolando.Gesto de custos.So Paulo: Saraiva, 2006. BRIGHAM, Eugene, GAPENSKI, Louis, EHRHARDT, Michael.Admi ni strao fi nancei ra: teoria e prticaSo Paulo: Atlas, 2001. BRUNI, Adriano, FAM, Rubens.Gesto de custos e formao de preos.So Paulo: Atlas, 2011. 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