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Capitalismo e Liberdade

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Friedman Capitalismo e Liberdade

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ResenhaCapitalismo e LiberdadeMilton FriedmanRaphael de OliveiraO texto de forma geral discute a atuao do capitalismo competitivo como um sistema de liberdade econmica e condio necessria para a liberdade poltica. Um segundo aspecto, no menos importante, o papel do governo deve desempenhar numa sociedade objetivando a liberdade e contando com o mercado como alocador de recursos na economia. O governo deve atuar nas reas que no podem funcionar em termos de mercado ou se podem possuem um alto custo que o uso de vias politicas governamentais se torna mais conveniente.Nos papeis bsicos do governo numa sociedade livre esto, prover os meios para modificar um conjunto de regras que pe ordem na sociedade, regular diferenas sobre seu significado, e garantir o cumprimento das regras estabelecidas por aqueles que no submeteram a elas.O problema mais difcil para o governo solucionar o conflito entre as liberdades dos diversos indivduos. Caso este, por exemplo, da propriedade privada. Qual seria a noo de propriedade privada? ...a propriedade de minha terra e a minha liberdade de usar minha propriedade me permite negar aos outros direitos de voar sobre minha terras com avio? Ou o direito de usar seu avio tem preferncia?...(FRIEDMAN, pag. 32).Outra rea que coloca problemas particularmente difceis a do sistema monetrio. As aes do governo de ir alm de suas competncias de prover uma sociedade livre. Dentre as aes do governo esto cunhar a moeda, regular seu valor e o de moedas estrangeiras, contudo, este pode passar a promover uma estrutura monetria para de partilha de recursos entre os indivduos, interferindo na eficincia do mercado enquanto alocador de recursos.Deste modo entende-se que a organizao de atividade econmica por meio da troca voluntaria tem como base a necessidade de manter a lei e a ordem para evitar a coero de um indivduo por outro, execuo de contratos voluntariamente estabelecidos, definio do significado de direitos e deveres, sua interpretao e a sua aplicao, e o fornecimento de uma estrutura monetria por parte do governo.As atividades do governo at aqui mencionadas se refere em ramos onde o mercado no pode atuar, contudo, o governo pode se inserir em atividade que cabem ao mercado, porm os agentes no mercado no atuam nessas atividades por condies tcnicas ou demais condies que dificultamtal execuo. Tais condies se se referem aos casos onde a troca, voluntaria, cara ou praticamente impossvel.Entende-se que a troca s voluntria se existem alternativas equivalentes entre os agentes. Existncia de monoplio implica em ausncia de alternativas e inibe, deste modo, a liberdade da troca. Nos casos de formao de monoplio o governo deve intervir com regras com o funcionamento de monoplios desse tipo pelo governo e estimular aplicao de regras antitruste.Contudo, o monoplio pode surgir por condies naturais do processo de mercado, como no mercado de telefonia a comunidade. Esses monoplios podem ser considerados como eficientes ou monoplios tcnicos, pois essas empresas geram maior eficincia trabalhando dessa forma.Quando determinadas condies formam o monoplio tcnico, se tem trs aes que podem ser tomadas: monoplio privado, monoplio publico ou regulamentao. Dentre as alternativas, segundo Friedman, o monoplio privado o menor dos males. Porm o autor afirma que no o objetivo no delimitar onde e como o governo deve intervir nesses casos, mas sim propor uma abordagem particular de cada processo e analisar as vantagens e desvantagens de cada ao, no deixando de lado a importncia dos riscos da interveno governamental.A liberdade encarada como objetivo vlido apenas para indivduos responsveis, criana e insanos no objetivam a liberdade. Existe, portanto, uma necessidade de um paternalismo para aqueles que definimos como irresponsveis.Outra discusso que se coloca a participao do Estado como distribuidor de renda. No mercado livre o principio tico que justifica a distribuio de renda cada um de acordo com o que ele e seus instrumentos de trabalho produzem. Quanto distribuio de renda, Friedman acredita que a desigualdade necessria. Funes diferentes devem ser remuneradas de maneiras diferentes. A ideia marxista tende ao fracasso se considerarmos os diferentes nveis de importncia de cada trabalho a ser executado. Sem essas diferenas a expanso que o capitalismo encontrou seria inimaginvel.Para Friedman, no que tange ao problema da pobreza, se o objetivo for reduzi-la, tem-se que construir um programa para ajudar o pobre. Contudo, este programa deve ser estabelecido para as pessoas, sem gerar diferenciao por membros de uma certa ocupao, de determinados grupos de idade, nveis de salrios ou qualquer diferenciao do tipo. E por outro lado o programa no deve, quando possvel, distorcer nem impedir as aes do mercado. Aes como subsidiar salrios, podem gerar distores de preos retirando a eficincia do mercado.