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A TÉCNOLOGIA DAS NAVEGAÇÕES: MARES E “INFOMARES” A internet e caravela instrumentos que deram a
possibilidade ao ser humano de ultrapassar o desconhecido.
REPRESENTAÇÕES EUROPÉIAS DO MUNDO: MEDO, REALIDADE E FANTASIA.
─ O medo e o exótico ─ Os europeus do século XV consideravam o mundo
como o conjunto do seu continente, de parte da África e da Ásia.
─ O que a maior parte a população européia conhecia era o que a imaginação havia criado. Pinturas, desenho e literatura. Relato dos viajantes – (Marco Polo e John
Mendeville) Seus relatos misturavam realidade e
fantasia. Os homens medievais imaginavam como
seriam os homens de terras distantes.Leitura de texto complementar – página 56.
Entre o medo e a coragem.─ Sair da Europa = Desejo de melhorar a vida – de
conhecer novos mundos.─ O mar era o lugar temido – conhecido como o
“grande abismo”. Era comum navios saírem para o Oriente e não
voltarem. O medo era cultivado por histórias de
monstros, sereias encantadas e terrores marítimos.
Também havia riscos de viagem muito concretos.
As longas distâncias – carência de tecnologia.
Não se tinha a noção de correntes, de ventos e calmarias.
Diversos tipos de animais marinhos poderiam ser perigosos.
─ Para minimizar os perigos do mar, acredita-se no poder da igreja e dos seus representantes. Devoção a santos navegadores. Ex: Santo
Amaro e Santelmo. Os europeus implementaram o processo de
cristianização dos mares.A TÉCNOLOGIA DAS NAVEGAÇÕES E A AMPLIAÇÃO DAS FRONTEIRAS EUROPÉIAS. Durante muito tempo o termo navegação ficou
associado a transporte de pessoas ou de produtos sobre as águas.─ Nos últimos séculos este conceito foi ampliado:
Navegar pelo ar – navegar pelo espaço sideral, navegar pela internet, etc.
─ As fronteiras são ultrapassadas e as pessoas aproximadas.
─ Já que a relação entre o europeu e o além-mar era marcada pelo medo. O que os teria movido a se lançarem em tão grande aventura?
A necessidade─ Os reis precisavam de riqueza para manter e
ampliar o seu poder─ Era interesse dos reis e dos burgueses que o
comércio se expandisse cada vez mais.─ Sem o amplo suprimento de ouro para a
fabricação de moeda, o comércio não se expandia.
─ O europeu, de modo geral, não conseguia ficar sem as chamadas especiarias.
Tempero e conserva. Os árabes e os italianos mantinham o seu
monopólio. Os recursos
─ No início das grandes navegações, poucos eram os recursos náuticos disponíveis. A medida que as viagens iam acontecendo,
novas técnicas instrumentos de navegação eram criados ou aperfeiçoados.
Navegava-se mais por experiência do que por instrumentos náuticos.
─ Aos poucos as técnicas de navegação foram aperfeiçoadas.Análise de texto e imagem – página 63.
Os resultados─ O horizonte dos europeus se ampliou.─ Os europeus entraram em contato com outros
povos e aprenderam coisas novas.─ Tiveram acesso a regiões antes desconhecidas.
O PREDOMÍNIO LUSO: A CONSTRUÇÃO DE UM IMPÉRIO MERCANTILISTA Foi Portugal que se destacou como pioneiro das rotas
oceânicas. Portugal navegava sozinho
─ A primeira grande expedição marítima, em 1415 Com o objetivo de vencer os muçulmanos,
tomaram a cidade de Ceuta, no Norte da África.
A disputa pelo controle das rotas do Atlântico─ Colombo, navegando em nome da Espanha,
produziu uma das maiores surpresas da história. Seguiu o Atlântico para o oeste e acabou
chegando onde hoje é a América, pensando serem as Índias.
CAPÍTULO 03: TÉCNOLOGIA A SERVIÇO DA EXPANSÃO DO MERCADO: AS GRANES NAVEGAÇÕES
A rainha da Espanha, Isabel de Castela, interessada nas riquezas que poderia conseguir e na expansão da fé católica, apoiada por banqueiros espanhóis, patrocinou a viagem de Colombo, em 1492.
A divisão das terras a serem descobertas entre Portugal e Espanha.─ Tratado de Alcáçovas – Toledo – assinado em
1481─ Bula (Inter Coetera) – 1493─ Tratado de Tordesilhas – 1494
Os outros países europeus, quando entraram na corrida marítima, questionaram o Tratado de Tordesilhas. O rei Francisco I, da França, teria dito o
seguinte: “gostaria muito de ver no Testamento de Adão a passagem em que ele divide o Novo Mundo entre meus irmãos, o Imperador Carlos V (Espanha) e o rei de Portugal”.
Outras expedições vitoriosas─ Uma expedição comandada por Vasco da Gama –
partiu em 1497. Em 1498, Vasco da Gama inaugurou a nova
rota marítima chegando a Calicute, nas Índias.─ Menos de seis meses após a volta do descobridor
do caminho para as Índias uma armada de treze navios e 1200 homens foi despachada sobre o comando de Pedro Álvares Cabral. Ao penetrar Atlântico adentro, a frota afastou-
se para oeste o suficiente para tocar as costas do Brasil. Cabral tratou logo de reivindicar as terras
para Portugal. Contornando o Cabo da Boa Esperança chegou
as Índias e travaram uma grande batalha pelo comércio e voltaram para Lisboa em junho de
1501 com apenas 7 barcos e metade de seus homens, mas trazendo um carregamento de especiarias.
─ Navegando pela Espanha, Fernão de Magalhães, partiu em 1519 com cinco navios e 260 homens. A viagem levou mais de três anos para se
completar e custou a vida não só do próprio comandante como também da vasta tripulação. 18 homens sobreviveram.
Essa foi considerada a primeira viagem de circum navegação. Desta forma pôde provar que a terra era
redonda. As mudanças no comércio
─ O comércio mundial se ampliou─ As rotas comerciais ficaram mais longas e
arriscadas─ A concorrência aumentou─ O Estado passou a estabelecer regras e
regulamentos comerciais. Os burgueses fariam o comércio sob o
controle do Estado, ao qual deviam pagar impostos.
─ As moedas de ouro e prata eram a base das transações comerciais, e o país que tivesse maior quantidade desses metais estava tranqüilo. Desde o século XIV as minas européias se
esgotaram. Boa parte do ouro europeu foi para as Índias
em troca de especiarias. O ouro e a prata passaram a ser sinônimos de
riqueza.─ Cada país adotou medidas, regras e mecanismos
que permitissem o acúmulo cada vez maior de metal precioso.
Esse conjunto de medidas adotadas foi denominado de mercantilismo.
─ O mercantilismo caracterizou-se: Pelo controle estatal sobre as atividades
econômicas. Pelo exercício do protecionismo alfandegário –
monopólios. Esforços contínuos para favorecer o
desenvolvimento da navegação. Rigoroso controle da qualidade da produção. Proteção da moeda dos estoques de metais
preciosos. Busca de uma balança comercial favorável.