3
A TÉCNOLOGIA DAS NAVEGAÇÕES: MARES E “INFOMARES” A internet e caravela instrumentos que deram a possibilidade ao ser humano de ultrapassar o desconhecido. REPRESENTAÇÕES EUROPÉIAS DO MUNDO: MEDO, REALIDADE E FANTASIA. O medo e o exótico Os europeus do século XV consideravam o mundo como o conjunto do seu continente, de parte da África e da Ásia. O que a maior parte a população européia conhecia era o que a imaginação havia criado. Pinturas, desenho e literatura. Relato dos viajantes – (Marco Polo e John Mendeville) Seus relatos misturavam realidade e fantasia. Os homens medievais imaginavam como seriam os homens de terras distantes. Leitura de texto complementar – página 56. Entre o medo e a coragem. Sair da Europa = Desejo de melhorar a vida – de conhecer novos mundos. conhecido como o “grande abismo”. Era comum navios saírem para o Oriente e não voltarem. O medo era cultivado por histórias de monstros, sereias encantadas e terrores marítimos. Também havia riscos de viagem muito concretos. As longas distâncias carência de tecnologia. Não se tinha a noção de correntes, de ventos e calmarias. Diversos tipos de animais marinhos poderiam ser perigosos. Para minimizar os perigos do mar, acredita-se no poder da igreja e dos seus representantes. Devoção a santos navegadores. Ex: Santo Amaro e Santelmo. Os europeus implementaram o processo de cristianização dos mares. A TÉCNOLOGIA DAS NAVEGAÇÕES E A AMPLIAÇÃO DAS FRONTEIRAS EUROPÉIAS. Durante muito tempo o termo navegação ficou associado a transporte de pessoas ou de produtos sobre as águas. Nos últimos séculos este conceito foi ampliado: Navegar pelo ar – navegar pelo espaço sideral, navegar pela internet, etc. As fronteiras são ultrapassadas e as pessoas aproximadas. Já que a relação entre o europeu e o além-mar era marcada pelo medo. O que os teria movido a se lançarem em tão grande aventura? A necessidade Os reis precisavam de riqueza para manter e ampliar o seu poder Era interesse dos reis e dos burgueses que o comércio se expandisse cada vez mais. Sem o amplo suprimento de ouro para a fabricação de moeda, o comércio não se expandia. O europeu, de modo geral, não conseguia ficar sem as chamadas especiarias. Tempero e conserva. Os árabes e os italianos mantinham o seu monopólio. Os recursos CAPÍTULO 03: TÉCNOLOGIA A SERVIÇO DA EXPANSÃO DO MERCADO: AS GRANES NAVEGAÇÕES

Capítulo 3 a técnologiaa serviça da expansão do mercado - as grandes navegações

  • Upload
    dayvid

  • View
    1.354

  • Download
    2

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Capítulo 3   a técnologiaa serviça da expansão do mercado - as grandes navegações

A TÉCNOLOGIA DAS NAVEGAÇÕES: MARES E “INFOMARES” A internet e caravela instrumentos que deram a

possibilidade ao ser humano de ultrapassar o desconhecido.

REPRESENTAÇÕES EUROPÉIAS DO MUNDO: MEDO, REALIDADE E FANTASIA.

─ O medo e o exótico ─ Os europeus do século XV consideravam o mundo

como o conjunto do seu continente, de parte da África e da Ásia.

─ O que a maior parte a população européia conhecia era o que a imaginação havia criado. Pinturas, desenho e literatura. Relato dos viajantes – (Marco Polo e John

Mendeville) Seus relatos misturavam realidade e

fantasia. Os homens medievais imaginavam como

seriam os homens de terras distantes.Leitura de texto complementar – página 56.

Entre o medo e a coragem.─ Sair da Europa = Desejo de melhorar a vida – de

conhecer novos mundos.─ O mar era o lugar temido – conhecido como o

“grande abismo”. Era comum navios saírem para o Oriente e não

voltarem. O medo era cultivado por histórias de

monstros, sereias encantadas e terrores marítimos.

Também havia riscos de viagem muito concretos.

As longas distâncias – carência de tecnologia.

Não se tinha a noção de correntes, de ventos e calmarias.

Diversos tipos de animais marinhos poderiam ser perigosos.

─ Para minimizar os perigos do mar, acredita-se no poder da igreja e dos seus representantes. Devoção a santos navegadores. Ex: Santo

Amaro e Santelmo. Os europeus implementaram o processo de

cristianização dos mares.A TÉCNOLOGIA DAS NAVEGAÇÕES E A AMPLIAÇÃO DAS FRONTEIRAS EUROPÉIAS. Durante muito tempo o termo navegação ficou

associado a transporte de pessoas ou de produtos sobre as águas.─ Nos últimos séculos este conceito foi ampliado:

Navegar pelo ar – navegar pelo espaço sideral, navegar pela internet, etc.

─ As fronteiras são ultrapassadas e as pessoas aproximadas.

─ Já que a relação entre o europeu e o além-mar era marcada pelo medo. O que os teria movido a se lançarem em tão grande aventura?

A necessidade─ Os reis precisavam de riqueza para manter e

ampliar o seu poder─ Era interesse dos reis e dos burgueses que o

comércio se expandisse cada vez mais.─ Sem o amplo suprimento de ouro para a

fabricação de moeda, o comércio não se expandia.

─ O europeu, de modo geral, não conseguia ficar sem as chamadas especiarias.

Tempero e conserva. Os árabes e os italianos mantinham o seu

monopólio. Os recursos

─ No início das grandes navegações, poucos eram os recursos náuticos disponíveis. A medida que as viagens iam acontecendo,

novas técnicas instrumentos de navegação eram criados ou aperfeiçoados.

Navegava-se mais por experiência do que por instrumentos náuticos.

─ Aos poucos as técnicas de navegação foram aperfeiçoadas.Análise de texto e imagem – página 63.

Os resultados─ O horizonte dos europeus se ampliou.─ Os europeus entraram em contato com outros

povos e aprenderam coisas novas.─ Tiveram acesso a regiões antes desconhecidas.

O PREDOMÍNIO LUSO: A CONSTRUÇÃO DE UM IMPÉRIO MERCANTILISTA Foi Portugal que se destacou como pioneiro das rotas

oceânicas. Portugal navegava sozinho

─ A primeira grande expedição marítima, em 1415 Com o objetivo de vencer os muçulmanos,

tomaram a cidade de Ceuta, no Norte da África.

A disputa pelo controle das rotas do Atlântico─ Colombo, navegando em nome da Espanha,

produziu uma das maiores surpresas da história. Seguiu o Atlântico para o oeste e acabou

chegando onde hoje é a América, pensando serem as Índias.

CAPÍTULO 03: TÉCNOLOGIA A SERVIÇO DA EXPANSÃO DO MERCADO: AS GRANES NAVEGAÇÕES

Page 2: Capítulo 3   a técnologiaa serviça da expansão do mercado - as grandes navegações

A rainha da Espanha, Isabel de Castela, interessada nas riquezas que poderia conseguir e na expansão da fé católica, apoiada por banqueiros espanhóis, patrocinou a viagem de Colombo, em 1492.

A divisão das terras a serem descobertas entre Portugal e Espanha.─ Tratado de Alcáçovas – Toledo – assinado em

1481─ Bula (Inter Coetera) – 1493─ Tratado de Tordesilhas – 1494

Os outros países europeus, quando entraram na corrida marítima, questionaram o Tratado de Tordesilhas. O rei Francisco I, da França, teria dito o

seguinte: “gostaria muito de ver no Testamento de Adão a passagem em que ele divide o Novo Mundo entre meus irmãos, o Imperador Carlos V (Espanha) e o rei de Portugal”.

Outras expedições vitoriosas─ Uma expedição comandada por Vasco da Gama –

partiu em 1497. Em 1498, Vasco da Gama inaugurou a nova

rota marítima chegando a Calicute, nas Índias.─ Menos de seis meses após a volta do descobridor

do caminho para as Índias uma armada de treze navios e 1200 homens foi despachada sobre o comando de Pedro Álvares Cabral. Ao penetrar Atlântico adentro, a frota afastou-

se para oeste o suficiente para tocar as costas do Brasil. Cabral tratou logo de reivindicar as terras

para Portugal. Contornando o Cabo da Boa Esperança chegou

as Índias e travaram uma grande batalha pelo comércio e voltaram para Lisboa em junho de

1501 com apenas 7 barcos e metade de seus homens, mas trazendo um carregamento de especiarias.

─ Navegando pela Espanha, Fernão de Magalhães, partiu em 1519 com cinco navios e 260 homens. A viagem levou mais de três anos para se

completar e custou a vida não só do próprio comandante como também da vasta tripulação. 18 homens sobreviveram.

Essa foi considerada a primeira viagem de circum navegação. Desta forma pôde provar que a terra era

redonda. As mudanças no comércio

─ O comércio mundial se ampliou─ As rotas comerciais ficaram mais longas e

arriscadas─ A concorrência aumentou─ O Estado passou a estabelecer regras e

regulamentos comerciais. Os burgueses fariam o comércio sob o

controle do Estado, ao qual deviam pagar impostos.

─ As moedas de ouro e prata eram a base das transações comerciais, e o país que tivesse maior quantidade desses metais estava tranqüilo. Desde o século XIV as minas européias se

esgotaram. Boa parte do ouro europeu foi para as Índias

em troca de especiarias. O ouro e a prata passaram a ser sinônimos de

riqueza.─ Cada país adotou medidas, regras e mecanismos

que permitissem o acúmulo cada vez maior de metal precioso.

Esse conjunto de medidas adotadas foi denominado de mercantilismo.

─ O mercantilismo caracterizou-se: Pelo controle estatal sobre as atividades

econômicas. Pelo exercício do protecionismo alfandegário –

monopólios. Esforços contínuos para favorecer o

desenvolvimento da navegação. Rigoroso controle da qualidade da produção. Proteção da moeda dos estoques de metais

preciosos. Busca de uma balança comercial favorável.