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TARCÍSIO OLIVEIRA DE MORAES JÚNIOR
SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ENERGIA (ENERGY HARVESTING) POR
DISPERSÃO MAGNÉTICA EM LINHA DE POTÊNCIA
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica - PPGEE, da Universidade Federal da Paraíba - UFPB, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Engenharia Elétrica. Orientador: Prof. Dr. Cleonilson
Protásio de Souza e Prof. Dr. Yuri Percy Molina Rodriguez
Coordenador: Prof. Dr. Fabiano Salvadori
JOÃO PESSOA
2013
FICHA CATALOGRÁFICA
Moraes Júnior, Tarcísio Oliveira Sistema de Captação de Energia (Energy Harvesting) por Dispersão Magnética em Linha de Potência – João Pessoa, 2013. 154 pgs. Área de concentração: Sistemas de Energia. Orientadores: Prof. Dr. Cleonilson Protásio de Souza e Prof. Dr. Yuri Percy Molina Rodriguez. Dissertação – Universidade Federal da Paraíba. 1. Recuperação de Energia; 2. Indução Magnética; 3. Núcleo Magnético
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA – UFPB
CENTRO DE ENERGIAS ALTERNATIVAS E RENOVÁVEIS – CEAR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA - PPGEE
A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova a Dissertação
SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ENERGIA (ENERGY HARVESTING) POR
DISPERSÃO MAGNÉTICA EM LINHA DE POTÊNCIA
Elaborada por
TARCÍSIO OLIVEIRA DE MORAES JÚNIOR
como requisito parcial para obtenção do grau de
Mestre em Engenharia Elétrica.
COMISSÃO EXAMINADORA
PROF. DR. CLEONILSON PROTÁSIO DE SOUZA (Presidente, ORIENTADOR)
PROF. DR. YURI PERCY MOLINA RODRIGUEZ (ORIENTADOR)
PROF. DR. HELDER ROLIM FLORENTINO
PROF. DR. ALEXANDRE CÉZAR DE CASTRO
João Pessoa/PB, 25 de fevereiro de 2013.
Aos meus pais, Tarcisio Oliveira de Moraes e Maria de Fátima Pereira Oliveira, aos
meus irmãos Tarciêudo Pereira Oliveira e Tarciclêudo Pereira de Oliveira, ao meu tio
Francisco Pereira da Silva e família, a minha esposa Jesana Sá Damasceno Moraes
e aos meus orientadores Cleonilson Protásio de Souza e Yuri Percy Molina
Rodriguez.
Dedico
AGRADECIMENTOS
A Deus em primeiro lugar, ao meu tio Francisco Pereira da Silva e família, a
minha esposa, a meus pais, aos meus irmãos e a meu amigo Luiz Derço Santiago.
Aos professores Antônio Augusto Lisboa, Euler Macedo e, principalmente,
aos meus orientadores Cleonilson Protásio de Souza e Yuri Percy Molina Rodriguez,
pela enorme colaboração e empenho.
Aos meus amigos e colegas de pós-graduação e a todos os amigos
conquistados ao longo do curso.
À CAPES pela concessão da bolsa de mestrado.
“O homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do céu.” “O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo a prudência."
Jo 3.27b; Pv 9.10
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS, TABELAS E GRÁFICOS ........................................................ X
LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIMBOLOS ............................................................. XVI
RESUMO............................................................................................................... XVIII
ABSTRACT ............................................................................................................. XIX
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 21
1.1 OBJETIVOS ..................................................................................................... 23
1.2 MOTIVAÇÃO .................................................................................................... 24
2 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................. 27
2.1 REDES DE SENSORES SEM FIO (RSSF) ...................................................... 27
2.2 SISTEMA DE RECUPERAÇÃO DE ENERGIA (ENERGY HARVESTING) ..... 28
2.3 ESTADO-DA-ARTE .......................................................................................... 29
2.3.1 Captação de energia por dispersão magnética ............................................. 31
3 PROPOSTA DE CAPTAÇÃO DE ENERGIA POR DISPERSÃO MAGNÉTICA 34
3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS MAGNÉTICOS ....................................... 34
3.2 DOMÍNIOS MAGNÉTICOS .............................................................................. 36
3.3 LAÇO B X H ..................................................................................................... 36
3.4 CIRCUITO PARA OBTENÇÃO DO LAÇO B X H ............................................. 40
3.5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DO CAMPO MAGNÉTICO ............................. 44
3.6 NÚCLEOS TOROIDAIS UTILIZADOS NESTA PESQUISA ............................. 48
3.7 NÚCLEO DE PÓ DE FERRO DESENVOLVIDO NA UFPB ............................. 49
4 EXPERIMENTOS E EMULAÇÕES ..................................................................... 53
4.1 DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS MAGNÉTICOS – ETAPA 1 .............. 53
4.2 DETERMINAÇÃO DOS VALORES MÁXIMOS DE POTÊNCIA – ETAPA 2 .... 54
4.2.1 Primeira medição .......................................................................................... 58
4.2.2 Segunda medição ......................................................................................... 59
4.2.3 Terceira medição ........................................................................................... 60
4.3 COMPROVAÇÃO DOS CÁLCULOS TEÓRICOS ATRAVÉS DE MEDIÇÕES DE TENSÃO NO CAPTADOR SEM CARGA – ETAPA 3 ................................ 61
5 RESULTADOS .................................................................................................... 63
5.1 PARÂMETROS MAGNÉTICOS – ETAPA 1 ..................................................... 63
5.1.1 Captadores de Ferrite ................................................................................... 63
5.1.2 Captadores Nanocristalinos ......................................................................... 74
5.1.3 Captadores de Pó de Ferro ........................................................................... 77
5.2 VALORES MÁXIMOS DE POTÊNCIA – ETAPA 2 ........................................... 86
5.2.1 Primeira Medição .......................................................................................... 86
5.2.2 Segunda Medição ......................................................................................... 88
5.2.3 Terceira medição ........................................................................................... 96
5.3 COMPROVAÇÃO DOS CÁLCULOS TEÓRICOS ATRAVÉS DE MEDIÇÕES DE TENSÃO NO CAPTADOR SEM CARGA – ETAPA 3 .............................. 101
5.3.1 Captadores de Ferrite ................................................................................. 101
5.3.2 Captadores Nanocristalinos ........................................................................ 110
5.3.3 Captadores de Pó de Ferro ......................................................................... 127
6 CONCLUSÃO ................................................................................................... 136
7 TRABALHOS REALIZADOS ............................................................................ 139
8 REFERÊNCIAS ................................................................................................. 141
APÊNDICE 1 - CÓDIGO RESPONSAVEL POR O MODELAMENTO DOS DADOS AQUISITADO EM OSCILOSCOPIO PARA A DETERMINAÇÃO DAS CARACTARISTICAS MAGNÉTICAS DOS CAPTADORES ..................................................................... 145
APÊNDICE 2 - CÓDIGO RESPONSÁVEL POR O MODELAMENTO DOS DADOS QUE FORAM FEITOS A AQUISIÇÃO EM OSCILOSCOPIO PARA A DETERMINAÇÃO DOS VALORES DE POTÊNCIA NA CARGA DO CCD ................................................. 150
APÊNDICE 3 - CÓDIGO PARA OBTENÇÃO DO VALOR DE TENSÃO DE SAÍDA AFERIDO NO TERMINAL SECUNDARIO DO CAPTADOR SEM CARGA ............................................................ 154
LISTA DE FIGURAS, TABELAS E GRÁFICOS
FIGURA 1 – HARDWARE BÁSICO DE UM NÓ SENSOR....................................... 28
FIGURA 2 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO. FONTE: (BATISTELA, 2001) ............ 38
FIGURA 3 – LAÇO DE HISTERESE. FONTE: (BATISTELA, 2001). ....................... 39
FIGURA 4 – CIRCUITO PARA DETERMINAÇÃO DO LAÇO B X H. ADAPTADO DE (BATISTA, 2010) ............................................................................ 41
FIGURA 5 – CAIXA CONTENDO O CIRCUITO PARA DETERMINAÇÃO DO LAÇO B X H. ........................................................................................ 42
FIGURA 6 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO. FONTE: (BATISTELA, 2001) ............ 44
FIGURA 7 – CAMADAS DO TOROIDE ENVOLVENDO UMA LINHA DE POTÊNCIA. (A) CORTE (B) PERSPECTIVA ....................................... 46
FIGURA 8 – NÚCLEOS EM TESTE. ........................................................................ 48
FIGURA 9 – DIMENSÕES DO NÚCLEO .................................................................. 50
FIGURA 10 – MATRIZ DE PRENSAGEM ................................................................ 51
FIGURA 11 – VISÃO DE TOPO DA PLANTA PILOTO ........................................... 56
FIGURA 12 – PLANTA PILOTO ............................................................................... 56
FIGURA 13 – COMPARTIMENTOS DA PLANTA PILOTO ..................................... 57
FIGURA 14 – CIRCUITO ELÉTRICO DA PLANTA PILOTO ................................... 57
FIGURA 15 – SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ENERGIA ......................................... 58
FIGURA 16 – CIRCUITO PARA MEDIÇÃO DOS NÍVEIS DE POTÊNCIA COM O USO DO REGULADOR DE TENSÃO .................................................. 59
FIGURA 17 – CIRCUITO PARA MEDIÇÃO DOS NÍVEIS DE POTÊNCIA SEM O USO DO REGULADOR DE TENSÃO .................................................. 60
FIGURA 18 – CIRCUITO PARA MEDIÇÃO DOS NÍVEIS DE POTÊNCIA COM A CARGA CONECTADA DIRETAMENTE AO CAPTADOR ................... 60
FIGURA 19 – CIRCUITO PARA MEDIÇÃO DOS NÍVEIS DE TENSÃO SEM CARGA ................................................................................................. 61
TABELA 1 – CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS MAGNÉTICOS – ADAPTADO DE (SHADIKU, 2004) ........................................................................... 36
TABELA 2 – CONDIÇÕES PARA A UTILIZAÇÃO DOS RESITORES DE MEDIÇÃO. ............................................................................................ 41
TABELA 3 – DADOS DOS CAPTADORES EM TESTE .......................................... 49
TABELA 4 – PARÂMETROS DOS CAPTADORES PARA A DETERMNAÇÃO DO LAÇO B X H ................................................................................... 54
TABELA 5 – NÚMERO DE BOBINAS DO SECUNDÁRIO DOS CAPTADORES PARA A CAPTAÇÃO DE ENERGIA .................................................... 55
TABELA 6 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR F1 ......................... 66
TABELA 7 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR F2 ......................... 69
TABELA 8 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR F3 ......................... 71
TABELA 9 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR F4 ......................... 74
TABELA 10 – RESUMO DOS RESULTADOS EXPERIMENTAIS PARA OS CAPTADORES DE FERRITE ............................................................... 74
TABELA 11 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR NC2 .................... 77
TABELA 12 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR P3 ...................... 80
TABELA 13 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR P4.1 ................... 82
TABELA 14 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR PE ...................... 85
TABELA 15 – RESUMO DOS RESULTADOS EXPERIMENTAIS PARA OS CAPTADORES DE PÓ DE FERRO ..................................................... 85
TABELA 16 – TESTES E MEDIÇÕES EXPERIMENTAIS ....................................... 86
TABELA 17 – NÍVEIS DE POTÊNCIA MÁXIMOS DOS CAPTADORES DE FERRITE ............................................................................................... 90
TABELA 18 – NÍVEIS DE POTÊNCIA MÁXIMOS DOS CAPTADORES NANOCRISTALINOS ........................................................................... 92
TABELA 19 – NÍVEIS DE POTÊNCIA MÁXIMOS DOS CAPTADORES DE PÓ DE FERRO ........................................................................................... 94
TABELA 20 – NÍVEIS DE POTÊNCIA MÁXIMOS DOS CAPTADORES DE FERRITE ............................................................................................... 97
TABELA 21 – NÍVEIS DE POTÊNCIA MÁXIMOS DOS CAPTADORES DE LIGA NANOCRISTALINOS ........................................................................... 98
TABELA 22 – NÍVEIS DE POTÊNCIA MÁXIMOS DOS CAPTADORES DE PÓ DE FERRO ......................................................................................... 100
TABELA 23 – RESULTADOS DO CAPTADOR F1.1 ............................................ 102
TABELA 24 – RESULTADOS DO CAPTADOR F1 ............................................... 104
TABELA 25 – RESULTADOS DO CAPTADOR F2 ............................................... 106
TABELA 26 – RESULTADOS DO CAPTADOR F3 ............................................... 107
TABELA 27 – RESULTADOS DO CAPTADOR F4 ............................................... 110
TABELA 28 – RESULTADOS DOS CAPTADORES DE FERRITE ....................... 110
TABELA 29 – RESULTADOS DO CAPTADOR NC1.1 ......................................... 112
TABELA 30 – RESULTADOS DO CAPTADOR NC1 ............................................ 115
TABELA 31 – RESULTADOS DO CAPTADOR NC2 ............................................ 117
TABELA 32 – RESULTADOS DO CAPTADOR NC3 ............................................ 119
TABELA 33 – RESULTADOS DO CAPTADOR NC3.1 ......................................... 121
TABELA 34 – RESULTADOS DO CAPTADOR NC4 ............................................ 124
TABELA 35 – RESULTADOS DO CAPTADOR NC4.1 ......................................... 126
TABELA 36 – RESULTADOS DOS CAPTADORES NANOCRISTALINOS .......... 127
TABELA 37 – RESULTADOS DO CAPTADOR P3 ............................................... 128
TABELA 38 – RESULTADOS DO CAPTADOR P4.1 ............................................ 130
TABELA 39 – RESULTADOS DO CAPTADOR PE ............................................... 132
TABELA 40 – RESULTADOS DOS CAPTADORES DE PÓ DE FERRO .............. 132
TABELA 41 – RESULTADO GERAL DE TODOS OS CAPTADORES TESTADOS – ETAPA 2 – SEGUNDA MEDIÇÃO .............................. 133
TABELA 42 – RESULTADO GERAL DE TODOS OS CAPTADORES TESTADOS – ETAPA 2 – TERCEIRA MEDIÇÃO ............................. 134
GRÁFICO 1 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO F1 ................................................................................. 64
GRÁFICO 2 – LAÇO B X H DO CAPTADOR F1 ..................................................... 65
GRÁFICO 3 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR F1 ......................... 65
GRÁFICO 4 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO F2 ................................................................................. 67
GRÁFICO 5 – LAÇO B X H DO CAPTADOR F2 ..................................................... 68
GRÁFICO 6 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR F2 ......................... 68
GRÁFICO 7 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO F3 ................................................................................. 69
GRÁFICO 8 – LAÇO B X H DO CAPTADOR F3 ..................................................... 70
GRÁFICO 9 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR F3 ......................... 71
GRÁFICO 10 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO F4 ................................................................................. 72
GRÁFICO 11 – LAÇO B X H DO CAPTADOR F4 ................................................... 73
GRÁFICO 12 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR F4 ....................... 73
GRÁFICO 13 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO NC2 .............................................................................. 75
GRÁFICO 14 – LAÇO B X H DO CAPTADOR NC2 ................................................ 76
GRÁFICO 15 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR NC2 .................... 77
GRÁFICO 16 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO P3 ................................................................................ 78
GRÁFICO 17 – LAÇO B X H DO CAPTADOR P3 ................................................... 79
GRÁFICO 18 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR P3 ....................... 79
GRÁFICO 19 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO P4 ................................................................................ 80
GRÁFICO 20 – LAÇO B X H DO CAPTADOR P4.1 ................................................ 81
GRÁFICO 21 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR P4.1 .................... 82
GRÁFICO 22 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO PE ................................................................................ 83
GRÁFICO 23 – LAÇO B X H DO CAPTADOR PE ................................................... 84
GRÁFICO 24 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR PE ....................... 85
GRÁFICO 25 – TENSÃO NA CARGA E NO RETIFICADOR PARA R=97Ω ........... 87
GRÁFICO 26 – POTÊNCIA E CORRENTE ATIVA PARA R=97Ω ........................... 88
GRÁFICO 27 – CAPTADORES COM NÚCLEO DE FERRITE – POTÊNCIA NA CARGA ................................................................................................. 89
GRÁFICO 28 – CAPTADORES COM NÚCLEO DE FERRITE – TENSÃO RMS NA SAÍDA DO SECUNDÁRIO ............................................................. 89
GRÁFICO 29 – CAPTADORES COM NÚCLEO NANOCRISTALINO – POTÊNCIA NA CARGA ....................................................................... 91
GRÁFICO 30 – CAPTADORES COM NÚCLEO NANOCRISTALINO – TENSÃO RMS NA SAÍDA DO SECUNDÁRIO .................................................... 91
GRÁFICO 31 – CAPTADOR COM NÚCLEO DE PÓ DE FERRO – POTÊNCIA NA CARGA ........................................................................................... 93
GRÁFICO 32 – CAPTADOR COM NÚCLEO DE PÓ DE FERRO – TENSÃO RMS NA SAÍDA DO SECUNDÁRIO ............................................................. 94
GRÁFICO 33 – CAPTADORES COM NÚCLEO DE FERRITE, NANOCRISTALINO E PÓ DE FERRO – POTÊNCIA NA CARGA ...... 95
GRÁFICO 34 – CAPTADORES COM NÚCLEO DE FERRITE, NANOCRISTALINOS E PÓ DE FERRO – TENSÃO RMS NA SAÍDA DO SECUNDÁRIO ................................................................................ 95
GRÁFICO 35 – CAPTADOR COM NÚCLEO DE FERRITE – POTÊNCIA NA CARGA ................................................................................................. 96
GRÁFICO 36 – CAPTADOR COM NÚCLEO NANOCRISTALINO – POTÊNCIA NA CARGA ........................................................................................... 98
GRÁFICO 37 – CAPTADORES COM NÚCLEO DE PÓ DE FERRO – POTÊNCIA NA CARGA ........................................................................................... 99
GRÁFICO 38 – CAPTADORES COM NÚCLEO DE FERRITE, NANOCRISTALINO E PÓ DE FERRO – POTÊNCIA NA CARGA .... 100
GRÁFICO 39 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F1.1 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 101
GRÁFICO 40 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F1.1 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 102
GRÁFICO 41 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F1 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 103
GRÁFICO 42 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F1 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 104
GRÁFICO 43 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F2 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 105
GRÁFICO 44 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F2 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 105
GRÁFICO 45 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F3 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 106
GRÁFICO 46 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F3 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 107
GRÁFICO 47 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F4 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 108
GRÁFICO 48 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F4 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 109
GRÁFICO 49 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F4 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 109
GRÁFICO 50 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC1.1 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 111
GRÁFICO 51 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC1.1 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 111
GRÁFICO 52 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC1.1 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 112
GRÁFICO 53 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC1 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 113
GRÁFICO 54 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC1 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 114
GRÁFICO 55 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC1.1 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 114
GRÁFICO 56 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N2 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 115
GRÁFICO 57 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC2 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 116
GRÁFICO 58 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC2 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 116
GRÁFICO 59 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC3 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 117
GRÁFICO 60 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC3 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 118
GRÁFICO 61 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC3 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 118
GRÁFICO 62 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC3.1 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 120
GRÁFICO 63 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC3.1 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 120
GRÁFICO 64 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC3.1 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 121
GRÁFICO 65 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC4 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 122
GRÁFICO 66 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC4 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 122
GRÁFICO 67 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC4 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 123
GRÁFICO 68 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC4.1 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 124
GRÁFICO 69 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC4.1 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 125
GRÁFICO 70 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC4.1 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 126
GRÁFICO 71 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR P3 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 127
GRÁFICO 72 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR P3 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 128
GRÁFICO 73 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR P4.1 – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 129
GRÁFICO 74 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR P4.1 – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 130
GRÁFICO 75 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR PE – RESULTADO EXPERIMENTAL ................................................................................ 131
GRÁFICO 76 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR PE – RESULTADO TEÓRICO ............................................................................................ 131
LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIMBOLOS
RSSF Rede de Sensores Sem Fio
Ni-MH Nickel Metal Hydride
CCD Circuito Condicionador de Potência
Rm Resistor de medição [Ω]
Rv Resistor de carga do CCD [Ω]
N1 Numero de espiras do primário [adimensional]
N2 Número de espiras do secundário [adimensional]
r Raio do captador [mm]
Lr Raio de cada lâmina do captador [mm]
pr Raio de cada entreferro do captador [mm]
Ip Corrente do primário [A]
TV Tensão no resistor de medição [V]
0V Tensão na saída do integrador [V]
A Área de seção transversal do captador [mm²]
w Altura do captador [mm]
h Largura do captador [mm]
Frequência angular [rad/s]
f Frequência [Hz]
S Largura do entreferro do captador [mm]
M Magnetização do material [A/m]
B Densidade do campo magnético [T]
Br Densidade de fluxo residual [T]
H Intensidade do fluxo magnético [A/m]
Hc Força coerciva ou coercitiva [A/m]
0 Permeabilidade magnética do vácuo [H/m]
r Permeabilidade magnética relativa [adimensional]
m Permeabilidade magnética do material [H/m]
mX Susceptibilidade magnética do material [adimensional]
Fluxo magnético [Wb]
T Fluxo magnético total [Wb]
LT Fluxo magnético total das lâminas [Wb]
PT Fluxo magnético total do material isolante [Wb]
Resumo
Neste trabalho é apresentado um sistema de captação de energia por dispersão magnética produzida pela corrente elétrica em uma linha de potência de uma rede de distribuição de energia, para alimentação de dispositivos de uma rede de sensores sem fio. Para a obtenção do melhor sistema de captação foram testados núcleos toroidais com diferentes materiais e dimensões (cinco de ferrite, sete nanocristalino e três de pó de ferro) objetivando a obtenção do captador com maior de potência. Foi desenvolvido um protótipo do sistema que consiste de uma planta piloto capaz de emular as altas correntes da linha de potência e de um circuito condicionador de potência para o tratamento da energia captada. Os testes foram divididos em três etapas. O primeiro restringe-se a determinação dos parâmetros magnéticos (como permeabilidade relativa e curva de magnetização) de cada captador através do uso de um circuito de medição de permeabilidade para a determinação do laço B x H. O segundo, ao circuito de condicionamento de potência, composto de um retificador AC/DC e de um regulador de tensão para a determinação do maior valor de potência no ensaio dos captadores. O terceiro, a comparação dos resultados experimentais com os resultados teóricos. Os resultados experimentais obtidos, que foram condizentes com os teóricos, comprovam que o sistema captador de energia é capaz de fornecer níveis de potência na escala de até a 315,6 mW para captadores de ferrite, 54mW para captadores nanocristalinos e 0,77mW para captadores de pó de ferro, através da captação por dispersão magnética produzida por uma corrente de 15A na linha de potência, a qual pode ser aplicado para dispositivos diversos de baixo consumo, principalmente, em rede de sensores sem fio para a aquisição de dados e os parâmetros de controle da própria linha de potência Descritores: Recuperação de Energia, Dispersão Magnética, Núcleo magnético.
Abstract
In this work is presented an energy harvesting system based on disperse magnetic energy produced by electric current trough power line of a power distribution network in order to supply energy for devices in a wireless sensor network. The system is based on toroidal cores tested and validated with different materials and dimensions (five based on ferrite, seven based on nanocrystalline, three based on iron powder) aiming harvesting optimal power device. It was implemented a prototype consisting of a test bench capable of emulating power-line high currents and of a power conditioning circuit. Test procedures were executed in three parts. The first was to determine the magnetic parameters (e.g. relative permeability and magnetic curve) of each harvester using a circuit able to measure core permeability in order to obtain B x H cycle. The second was to test a proposed power conditioning circuit composed of an AC/DC rectifier and a voltage regulator. The third, the experimental results were compared with theoretical ones. The obtained experimental results have been in agreement with theory, showing that the energy harvesting system is capable of supplying up to 315.6 mW from ferrite based core, 54mW from nanocrystalline based cores and 0.77mW from iron powder based ones, by capturing magnetic dispersion produced by a 15A current in the power line, which can be applied to various low power devices, mainly in wireless sensor network for data acquisition and control parameters of the power line itself Keywords: Energy harvesting, Magnetic Dispersion, Magnetic Core.
1 INTRODUÇÃO
Introdução
21
1 INTRODUÇÃO
Atualmente, constata-se um elevado desenvolvimento de dispositivos
eletrônicos de baixa potência e das tecnologias de comunicação sem fio, que
proporcionam, por exemplo, o crescimento do uso de redes de comunicação sem fio.
É o caso da computação móvel, que obtém acesso contínuo às informações através
dessas redes.
Particularmente, objetivando-se coletar dados nas mais diversas áreas
surgem então as Redes de Sensores sem Fio (RSSF), as quais podem ser aplicadas
nas áreas industrial, ambiental, militar, biomédica, entre outras, para monitoração e
controle de determinados eventos ou fenômenos para o processamento e
disseminação de informações (SILVA et al., 2008) . Compostas por nós sensores,
nós roteadores e, em alguns casos, atuadores, as RSSF, segundo (PEREIRA et al.,
2007) são um conjunto de nós individuais (nós sensores) que operam
autonomamente, mas que formar uma rede com o objetivo de juntar as informações
individuais dos sensores para monitorar determinados eventos. Há uma observância
especial no que concerne aos meios de alimentação desses nós sensores, os quais
tendem a ser miniaturizados, trazendo-se assim limitações de recursos na sua
capacidade de suprimento de energia. Em geral, os nós de uma RSSF são
alimentados por baterias, isso implica em manutenção periódica para a troca destas,
o que, dependendo da localização do nó sensor, pode tornar inviável ou dificultar
sua manutenção.
Para tanto vem sendo estudado e desenvolvido nos últimos anos sistemas
de alimentação sem baterias (battery-less system) para dispositivos de baixo
consumo, o qual converte energia do ambiente (térmica, solar, mecânica, etc.)
através do uso de materiais piezelétricos, painéis fotovoltaicos, indução magnética
entre outros meios em pequenas densidades de energia elétrica para armazenagem
e uso em dispositivos de baixo consumo, ou seja, se refere ao processo pelo qual a
energia no ambiente é convertida em eletricidade para abastecer pequenos
dispositivos tornando-os autossuficientes (LÓPEZ, 2011). Denomina-se essa
abordagem como Energy Harvesting.
A principal aplicação de Energy Harvesting é no suprimento de energia para
nós sensores objetivando-se torná-los energeticamente autônomos.
Introdução
22
Especificamente considerando recuperação de energia através de indução
magnética, tem-se que um dispositivo capta o campo magnético gerado por uma
corrente elétrica alternada em um condutor, transformando-o em energia elétrica
para alimentação dos nós sensores. Esses dispositivos de captação de energia por
indução magnética são formados por núcleos magnéticos de alta permeabilidade
magnética e, em geral, no formato toroidal e um ou vários enrolamentos condutores.
Vários tipos de materiais podem ser usados nesses núcleos, por exemplo,
ferrite, ligas nanocristalinas, algumas ligas compostas, pó de ferro, entre outros,
possuindo características magnéticas diferentes, como, por exemplo, perdas
magnéticas, permeabilidade e coercividade. Dessa forma, dependendo do material,
é possível obter valores de, por exemplo, permeabilidade magnética que influenciam
diretamente na capacidade de captação de fluxo magnético.
Após a captação de energia existem, na literatura atual, circuitos
condicionadores de potência (BANTHING; MCBEE, 2010) a fim de realizar o devido
tratamento da energia capturada. Esses circuitos geralmente são retificadores, filtros
e/ou reguladores que devem, por sua vez, ser de baixo consumo.
Com base nesses contextos, esta dissertação fundamenta-se em um estudo
para captação de energia por dispersão magnética1 tendo como objetivo principal o
desenvolvimento de um sistema circuito captador de energia para alimentação de
nós sensores de uma rede de sensores sem fio com base em teste com captadores
de energia com características magnéticas diferentes. Além disso, foi desenvolvida
uma plataforma experimental para testes (emulando uma linha de potência) e um
circuito de medição de permeabilidade magnética para os diferentes captadores
utilizados. Para tanto, essa dissertação está dividida da seguinte forma: na Seção 1,
estão descritos os objetivos e a motivação da dissertação; na Seção 2, um breve
comentário sobre redes de sensores sem fio e o levantamento do estado-da-arte
1 Foi utilizada a expressão dispersão magnética, pois considerou-se que o campo
magnético envolto em linhas elétricas de energia é disperso no sentido que este é desperdiçado no
ambiente em sua volta.
Introdução
23
sobre os métodos de captação de energia; na Seção 3, a proposta de captação de
energia por dispersão magnética; na Seção 4, experimentos e emulações; na seção
5, resultados; na Seção 6, as conclusões e na Seção 7 trabalhos realizados.
1.1 OBJETIVOS
Os objetivos gerais deste trabalho são os seguintes:
1. Apresentar um estudo sobre captação de energia de campo magnético
disperso considerando os seguintes materiais: pó de ferro, ferrite e
nanocristalino.
2. Apresentar um circuito de captação de energia através de campo magnético
disperso, mostrar os testes e validação que comprovam a eficiência do
circuito proposto considerando núcleos magnéticos de ferrite, nanocristalino e
pó de ferro.
Os objetivos específicos deste trabalho são:
1. Apresentar um estudo aplicado sobre indução magnética e uma análise
teórica do fluxo magnético captado pelos núcleos em testes.
2. Descrever a plataforma experimental de emulação de uma linha de potência
proposta.
3. Apresentar as características magnéticas dos núcleos considerados.
4. Apresentar o aparato instrumental para medição das propriedades
magnéticas dos materiais magnéticos utilizado.
5. Descrever o circuito básico de condicionamento de potência utilizado no
sistema de recuperação de energia.
6. Descrever os ensaios comparativos realizados com toroides com núcleos
magnéticos convencionais de ferrite, pó de ferro e nanocristalino, visando
levantar a influência do material no processo de captação para otimizar o
sistema proposto.
Introdução
24
1.2 MOTIVAÇÃO
Nos dias atuais a necessidade de comunicação é bastante considerável. Há
uma grande facilidade de troca de informações de pontos extremamente distantes,
como por exemplo, através do uso da telefonia móvel. Sistemas de comunicação e
monitoramento das mais diversas e longínquas localidades interpõem suas
informações em questões de frações de segundos.
Em se tratando de monitoramento, vem sendo desenvolvido, estudado e aos
poucos implantado, nos dias atuais, dispositivos conhecidos como nós sensores.
Esses dispositivos, dependendo da aplicação, possuem vários outros
microdispositivos (sensores) que captam informações do meio onde se encontram
para serem processadas e eventualmente ser feito aquisição para um determinado
fim. Semelhante a uma rede de computadores, esses dispositivos podem se
comunicar a fim de trocarem informações sem a utilização de cabos. Esta última
característica possibilita a rede uma facilidade de monitoramento de algum
parâmetro físico, contudo limita o tempo de vida de cada dispositivo componente da
rede, por esse depender de baterias onde estas não estão conectadas a uma fonte
de energia para o seu carregamento. Essa limitação se retrata relativamente a sua
capacidade de alimentação no tocante as fontes de fornecimento de energia elétrica,
em geral, baterias. Com a miniaturização desses nós sensores, em geral as fontes
de energia reduzem seu tamanho físico, consequentemente, sua capacidade de
armazenamento de energia. Embora com esta característica de miniaturização
consecutivamente um baixo consumo dos nós sensores, as “baterias” continuam
sendo limitadas decorrente a necessidade de realimentação por se tratarem de fonte
de energia finita.
As RSSFs são utilizadas em várias áreas principalmente em regiões de difícil
acesso (SILVA et al., 2008). Nessas regiões, o acesso aos nós sensores fica muito
difícil principalmente no que diz respeito a manutenção destes. Isso implica na troca
de baterias para o estado funcional do nó sensor, sendo que a manutenção do nó
não é restrita somente a essa troca. Disso conclui-se: é necessário o estudo de
métodos de realimentação dessas fontes sem a qual não necessite da intervenção
do homem na troca desta no seu estado regular de funcionamento ou sistemas com
fontes de energia “ilimitada”. Para tanto, pode-se ter como fonte de energia
Introdução
25
alternativa o campo magnético gerado por correntes em linhas de potência para a
conversão em energia elétrica. Ao ponto de vista técnico empresarial das
concessionárias de energia, o campo magnético gerado nas linhas de potência é
considerado perdas técnicas, por se tratar de uma fonte de energia
espontaneamente gerada, porém sem aproveitamento. Neste contexto, pode-se
desenvolver sistemas captadores de energia por dispersão magnética para
alimentação de dispositivos de baixo consumo que formam redes de sensores sem
fio (TOMA et al., 2012).
2 REVISÃO DE LITERATURA
Revisão de Literatura
27
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 REDES DE SENSORES SEM FIO (RSSF)
Em muitas aplicações de controle, monitoramento e disseminação de
informações de um evento ou fenômeno, utilizam-se Redes de Sensores sem Fio
(SILVA et al., 2008), que empregam sistemas autônomos formados por dispositivos
microprocessados, com a capacidade de se comunicarem através de sinais de
radiofrequência e que possuem sensores capazes de traduzir em formato digital as
condições do ambiente físico em que se encontram (TORRI, 2008). Essas redes
podem ser consideradas como um tipo de rede adhoc (LOUREIRO, et al, 2008),
pois, em geral, são projetadas para um determinado fim.
Essas redes são compostas de vários dispositivos, os quais são chamados
de nós sensores capazes de se comunicarem transmitindo e captando informações
do meio em que se encontram. Os principais componentes de um nó sensor são:
unidade de comunicação sem fio (transceptor), unidade de energia (bateria +
sistema de gestão de energia), unidade de sensoriamento (sensores ou detectores +
circuitos de condicionamento) e unidade de processamento, como ilustrado na
Figura 1. O componente lógico de um nó sensor é o firmware/software que é
executado na unidade de processamento. Os nós sensores tendem a serem
projetados com pequenas dimensões e esta limitação de tamanho acaba impondo
limitações nos recursos dos nós, tais como capacidade da fonte de energia,
processador e transceptor (SILVA et al., 2008).
Redes de sensores sem fio estão recebendo cada vez mais interesse porque
oferecem flexibilidade e facilidade de implantação decorrente da não utilização de
cabos. Além disso, existe o potencial para a incorporação de sensores em locais
inacessíveis. Atualmente, a maioria dos nós sensores sem fio é simplesmente
alimentado à bateria.
Apesar das medidas, tais como técnicas de baixa potência para
comunicação e uma gestão inteligente do consumo de energia do nó sensor,
obtendo um prolongamento na vida das baterias, estas ainda terão de serem
substituídas ou recarregadas externamente. Substituição de baterias não é
Revisão de Literatura
28
plenamente compatível com aplicações embarcadas nem é viável para redes com
grande número de nós (BEEBY et al., 2007).
No entanto, estudos de métodos alternativos para captação de energia que
sejam capazes de tornar dispositivos eletrônicos e microeletrônicos autônomos
estão sendo bastante explorados. Esses métodos alternativos buscam o
aproveitamento de energias existentes no meio físico, para conversão em energia
elétrica e posterior utilização nestes dispositivos.
FIGURA 1 – HARDWARE BÁSICO DE UM NÓ SENSOR.
2.2 SISTEMA DE RECUPERAÇÃO DE ENERGIA (ENERGY HARVESTING)
Desde tempos remotos, a ideia de captação ou recuperação de energia do
meio ambiente é utilizada, tais como, por exemplo, energia eólica, solar, energia
hídrica, entre outras. Com a aceleração no desenvolvimento da tecnologia VLSI, a
grande miniaturização dos sistemas eletrônicos é cada vez mais possível. Com isso,
o consumo de energia desses sistemas também vem sendo reduzido,
proporcionando assim meios alternativos de alimentação para funcionamento
energeticamente autônomo. Neste intento, novas fontes de energia alternativas e
métodos de captação estão sendo estudados.
A partir do ambiente em que estão inseridos, esses métodos são capazes de
captar energia em diferentes fontes (por exemplo, onda de luz, vibração, calor e
Revisão de Literatura
29
eletromagnético, etc.). Esses métodos são então integrados em dispositivos, a fim
de torná-los independentes ou autônomos (FLORENTINO et al., 2012).
Nos últimos anos é crescente a aplicação de meios de captação de energia
que possam ser utilizados para a autoalimentação em dispositivos de baixo consumo
para a aquisição e processamento de informações. Conseguinte, vem sendo
bastante desenvolvido o estudo e a aplicação de pesquisas em Energy Harvesting
(como por exemplo, alimentação de microdispositivos para monitoramento de
animais, sistemas de medição, sistemas de iluminação de ambientes prediais
através de células fotovoltaicas, alimentação de dispositivos de baixo consumo para
monitoramento do bem estar físico humano), o qual se refere ao processo pelo qual
a energia do ambiente é convertida em energia elétrica para abastecer pequenos
dispositivos tornando-os autossuficientes (LÓPEZ, 2011). Logo, sistemas de baixo
consumo que contêm tais aplicações possuem dispositivos que podem capturar
energia para a sua autonomia e desempenho de suas funções. A sua aplicabilidade
é imediata em dispositivos eletrônicos inteligentes de baixo consumo e, em
específico, em nós sensores de uma RSSF.
Os sistemas de recuperação de energia podem aumentar o tempo de vida e
capacidade da rede e atenuar o impacto causado pelo descarte de baterias ao
ambiente. Neste contexto, a energia solar é a mais conhecida (BEEBY et al., 2007).
Essa possui o potencial de reduzir e até mesmo substituir baterias para pequenos
dispositivos eletrônicos de baixa potência, proporcionando um maior tempo de vida e
maior confiabilidade, evitando assim interrupções causada por falta de energia. Isso
é particularmente importante para sistemas em que dispositivos eletrônicos
encontram-se em locais remotos, de difícil acesso, com certos riscos ou em casos
onde as redes de sensores necessitam manter a mínima manutenção para troca das
baterias (MINERO-RE et al., 2012).
2.3 ESTADO-DA-ARTE
Baseando-se em um levantamento realizado em várias publicações científicas como
em Taithongchal (2009), Tashiro et al., (2011), Hayat (2011) Toma et al., (2012),
Zhao et al., (2012), os captadores de energia desenvolvidos são capazes de captar
Revisão de Literatura
30
a energia do ambiente na ordem de micro a miliwatts, que pode ser suficiente para
alguns sensores e sistemas microeletrônicos de baixo consumo ou que podem ser
executados em condições de baixa potência. As fontes para captação de energia
mais comuns são luz (energia solar), movimento (como vibrações estruturais), calor
(a partir de gradientes de temperatura), ou eletromagnético (campos magnéticos)
(MINERO-RE et al., 2012).
Os sistemas de captação de energia por vibração estão recebendo uma
quantidade considerável de interesse como um meio alternativo para alimentar nós
sensores sem fio. Exemplo disto é visto em Beeby et al. (2007), o qual um pequeno
gerador eletromagnético com volume de 0,1 cm³, utilizando componentes discretos e
otimizados para um ambiente com baixo nível de vibração, é capaz de produzir
energia útil a partir de um nível de aceleração de 0,59 m/s², proporcionando 46 µW a
uma carga resistiva de 4 kΩ quando o dispositivo é agitado a sua frequência de
ressonância de 52 Hz. Outra aplicação semelhante pode ser vista em Zhu (2010)
que trata de um estudo sobre a variação dos parâmetros geométricos (comprimento,
largura e espessura) de uma viga com referência na potência de saída de um
sistema de captação baseado em piezeletricidade em que converte a vibração em
energia elétrica ligado ao uma carga resistiva.
A captação de energia solar é amplamente utilizada, devido à queda
continua de preço e os melhoramentos técnicos da fabricação de células solares.
Para a substituição de baterias de nós sensores instalados em um edifício, Naveen
(2011) propõem um sistema de captação de energia através de células de energia
solar arranjadas em série e paralelo juntamente com supercapacitores ligados a
baterias alcalinas para armazenamento. Esse sistema tem como desvantagem o fato
de ter sua fonte de energia disponível apenas em uma parte do dia, necessitando
assim de baterias para o fornecimento de energia no período noturno. Esse
problema não é encontrado, por exemplo, em sistemas de captação de energia por
indução magnética em que sua fonte é disponível todo tempo, exceto na ocorrência
de quedas de energia.
Algumas aplicações de captação de energia térmica são possíveis através
de geradores termoelétricos que pode ser visto em Mousoulis et al., (2012).
Revisão de Literatura
31
2.3.1 Captação de energia por dispersão magnética
Embora métodos de captação de energia por dispersão magnética não
sejam tão explorados como os métodos de captação de energia por vibrações
mecânicas, há um crescente interesse neste estudo no que concerne a uma
alternativa viável na alimentação de nós sensores. É proposto em Taithongchal
(2009) um sistema de captação de energia controlado por um microcontrolador em
uma linha de transmissão de alta tensão com corrente entre 65 A e 130A. O sistema
é composto de um gerador de energia magnético, um circuito multiplicador padrão
de tensão, conversor boost DC-DC e um microcontrolador objetivando alimentar
dispositivo de aplicações de baixa energia. O sistema de aplicação é capaz de
operar com tensão senoidal mínima induzida tão baixo como 1 V e pode gerar
58mW a 65 A de corrente de linha para carregar uma bateria 2,4 V Ni-MH. Em outra
aplicação, Toma et al., (2012) descreve nós sensores autônomos que foram
desenvolvidos para monitorar cabos de energia de alta tensão em uma linha
subterrânea, tendo um circuito integrado que capta o campo magnético desses
cabos para conversão em energia elétrica para a sua própria alimentação. Esses
nós são anexados aos próprios cabos contendo um sensor de temperatura que
informa os parâmetros de variação de temperatura a uma estação base.
Em Ahola et al., (2008) foi descrito uma forma de captação de energia do
condutor fase de um motor utilizando um transformador de corrente. O transformador
é do tipo U e está instalado em torno do condutor a partir dos terminais do motor.
Em Zhao et al., (2012) foi proposto um sistema de captação de energia do
campo eletrostático criado através da linha de energia. Um protótipo do módulo de
potência foi testado em laboratório. Um experimento de campo mostra que o sistema
pode captar energia suficiente para alimentar um dispositivo sensor de 16 mW.
Em Tashiro et al., (2011) foi estudado um captador de energia através de
indução magnética de uma linha de potência, utilizando um modelo simples de
circuito para validar os resultados teóricos. Como resultado, o nível de potência
atingido foi de 1mW para o núcleo de ar e 6,32mW para o núcleo de ferro a partir de
um campo magnético de 21,2 uT a 60 Hz.
Recentemente, em Guo (2011) foi estudado um tubo de captação de energia
para linha de transmissão AC considerando restrições do circuito de
Revisão de Literatura
32
condicionamento de energia para a tensão constante. Como resultado, a eficiência
do circuito tem influência sobre o seu nível de tensão de saída. Para potência de
saída constante, o nível de tensão do circuito de condicionamento de energia diminui
enquanto que a tensão de linha de transmissão aumenta.
Revisão de Literatura
33
3 PROPOSTA DE CAPTAÇÃO DE ENERGIA POR
DISPERSÃO MAGNÉTICA
Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética
34
3 PROPOSTA DE CAPTAÇÃO DE ENERGIA POR DISPERSÃO MAGNÉTICA
Com o crescente avanço de dispositivos de comunicação sem fio, surgiu a
necessidade de estudos e aplicações de métodos para tornar estes dispositivos
autônomos. Neste âmbito, o uso de fontes de alimentação, tais como baterias e
supercapacitores, tem a desvantagem de ter limitada capacidade temporal de
fornecimento de energia elétrica. Para que esses dispositivos tornem-se
energeticamente autossuficientes, já há na literatura científica atual, dispositivos de
captação ou recuperação da energia do ambiente para conversão em energia
elétrica como mencionados na Seção 2.
O foco deste trabalho será o uso de materiais ferromagnéticos para a
captação de energia por dispersão magnética. Este método utiliza captadores de
energia, como toroides, para captação do campo magnético em um condutor para
conversão em energia elétrica (GUO, 2011). Nesta aplicação são utilizados materiais
com propriedades magnéticas relevantes, tais como, alta permeabilidade magnética
relativa, susceptibilidade magnética positiva, baixa força coerciva ou coercitiva, entre
outros. Para encontrar essas características, faz-se necessário determinar a
densidade de campo magnético e intensidade do fluxo magnético através do ensaio
desses captadores.
Neste aspecto, será descrito algumas características dos captadores de
energia, bem como a fundamentação teórica destes utilizando núcleos de ferrite,
nanocristalino e pó de ferro com permeabilidade magnética diferente.
3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS MAGNÉTICOS
Os materiais magnéticos são classificados em cinco grupos:
ferromagnéticos, paramagnéticos, diamagnéticos, ferrimagnéticos e
antiferromagnéticos (BATISTA, 2010).
Nos materiais paramagnéticos quando submetidos a um campo magnético,
os domínios magnéticos ficam fracamente orientados no mesmo sentido do campo
aplicado, apresentando uma pequena força de repulsão ao material fonte do campo
magnético aplicado. Com a ausência deste campo, perdem a sua característica de
magnetização. Esses materiais possuem susceptibilidade m
X positiva e
Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética
35
permeabilidade relativa r
pouco maior que 1. Como exemplo, tem-se o alumínio,
sódio, platina e o cromo.
Os diamagnéticos quando submetidos a campo magnético, os domínios
magnéticos sofrem pouca influência e ficam alinhados no sentido oposto ao campo
aplicado. Possuem susceptibilidade magnética negativa e permeabilidade relativa
menor que 1. Como exemplo, tem-se o cobre, água, ouro, prata e o zinco.
Os materiais ferromagnéticos quando submetidos a um campo magnético,
seus domínios magnéticos sofrem grande influência de modo a ficarem alinhados
com o campo aplicado. Isso possibilita uma grande concentração de fluxo magnético
dentro de sua estrutura. Esses materiais, em geral, apresentam suscetibilidade
positiva e permeabilidade magnética relativa alta e muito maior que 1. Como
exemplo desses materiais pode-se citar o ferro, níquel, cobalto e algumas ligas.
Diferentemente dos materiais paramagnéticos e diamagnéticos, os ferromagnéticos
podem ser fortemente magnetizados por um campo e após a ausência deste, reter
uma magnetização residual. Entretanto, quando submetidos à temperatura de Curie,
tornam-se paramagnéticos (BATISTA, 2010).
Nos materiais ferrimagnéticos, os campos magnéticos associados com
átomos individuais estão alinhados uns em direção ao campo dos outros em direção
contrária. Neste arranjo, os efeitos de magnetização não se anulam, pois as
intensidades dos domínios alinhados ao campo se tornam maiores resultando na
magnetização do material. Mesmo apresentando uma permeabilidade relativa maior
que a unidade, sua estabilidade térmica não é tão consistente como os materiais
ferromagnéticos (BATISTA, 2010). O ferrimagnetismo ocorre em materiais como
óxido de ferro. O alinhamento espontâneo que produz o ferrimagnetismo também é
completamente rompido acima da temperatura de Curie, característico dos materiais
ferromagnéticos. Quando a temperatura do material está abaixo do Ponto Curie, o
ferrimagnetismo aparece novamente (MUSSOI, 2007).
Nos antiferromagnéticos acontece um ordenamento dos domínios
magnéticos alinhados na mesma direção, mas em sentidos opostos. Esses
materiais, semelhante aos ferromagnéticos, submetidos à temperatura de Néel,
perdem suas propriedades tornando-se paramagnéticos. Para que aconteça o
Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética
36
alinhamento de seus domínios por completo, é necessário um campo magnético
muito intenso. Alguns exemplos desses materiais são o cromo e o manganês.
Considerando somente os valores de sua susceptibilidade magnética mX e
da permeabilidade relativa r , os materiais magnéticos podem ser agrupados em
três categorias: ferromagnético, paramagnéticos e diamagnéticos (SHADIKU, 2004).
Na Tabela 1 estão descritos algumas características desses materiais.
TABELA 1 – CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS MAGNÉTICOS – ADAPTADO DE (SHADIKU, 2004)
Materiais Parâmetros Característica
Diamagnéticos 0 1m rX
Linear Paramagnéticos 0 1m rX
Ferromagnéticos 0 1m rX Não linear
3.2 DOMÍNIOS MAGNÉTICOS
Em materiais com propriedades magnéticas, os átomos nas estruturas
cristalinas se agrupam em regiões de mesma direção magnética se comportando
como pequenos imãs elementares independentes. Essas regiões são conhecidas
como domínios magnéticos. Este efeito de magnetização é, de acordo com a teoria
mais considerada, decorrente do movimento rotacional que os elétrons fazem ao
redor de seu núcleo e de si mesmo denominados de spin. Quando um material está
em seu estado de desmagnetização, os domínios magnéticos encontram-se em
sentidos aleatórios fazendo com que haja um cancelamento do efeito magnético
entre eles. Em ferromagnéticos, quando submetido a campo magnético externo, os
domínios movimentam para o alinhamento no sentido do campo. Idealmente, o
processo de saturação ocorre quando todos os domínios estão alinhados em um só
sentido (MUSSOI, 2007).
3.3 LAÇO B X H
Em materiais ferromagnéticos, no momento da magnetização M a densidade
de campo magnético B é obtida pela soma da intensidade de fluxo magnético H,
Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética
37
produzido por uma corrente elétrica indutora, com o efeito de magnetização M do
material (BATISTELA, 2001) é dada por:
0
01
m
B H M
MB H
H
B H
0 rB H (0.1)
A permeabilidade magnética pode ser compreendida como a capacidade de
se concentrar linhas de fluxo magnético em um material no seu interior quando este
é submetido a um campo. Este parâmetro é dado pela soma dos efeitos das linhas
de fluxo magnético no vácuo com a suscetibilidade magnética do material.
0 0m mX (0.2)
A suscetibilidade pode ser definida como:
m
MX
H (0.3)
Para materiais com características não magnéticas é atribuída a
permeabilidade do vácuo 7
04 .10 /H m e 0
mX .
A permeabilidade relativa é a razão entre a permeabilidade magnética do
material com a do vácuo, ou seja:
0
m
r
(0.4)
Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética
38
A permeabilidade de um material ferromagnético não é linear, pois seu valor
depende da densidade do campo magnético e não pode ser representado por um
único valor (MUSSOI, 2007). Portanto, a equação (4.1) não se aplica a materiais
ferromagnéticos. No entanto, em certas condições essa equação é valida para
materiais não lineares (SHADIKU,2004).
Um material ferromagnético inicialmente desmagnetizado quando submetido
a uma intensidade de campo magnético H, correlacionado com uma dada corrente I,
concentra uma densidade de fluxo magnético B. Sucessivamente com o aumento da
corrente, haverá maior orientação dos domínios magnéticos possibilitando aumento
de B. Esse processo pode ser visualizado na Figura 2.
FIGURA 2 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO. FONTE: (BATISTELA, 2001)
Na primeira região da Figura 2, as paredes dos domínios magnéticos se
movimentam resultando em diferentes direções de magnetização. Essas paredes
são interfaces entre as regiões, as quais são espontaneamente magnetizadas,
resultando diferentes direções de magnetização (BATISTELA, 2001). Nessa região
pequenas variações de H, propiciam grandes variações da densidade do campo B.
Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética
39
Na segunda região, os domínios magnéticos estão em processo final de alinhamento
em um mesmo sentido, determinando assim a saturação do material, ou seja, para
grandes valores de H pequenas ou quase nenhuma variação de B.
Na magnetização de um material ferromagnético, há energia dissipada no
material. Essas perdas são atribuídas ao movimento e a rotação dos domínios e
podem ser representadas graficamente por o laço de histerese visualizado na Figura
3. A área do laço representa as perdas por unidade de volume durante um laço de
magnetização periódica do material, em que a linha pontilhada representa a curva
de magnetização do material.
FIGURA 3 – LAÇO DE HISTERESE. FONTE: (BATISTELA, 2001).
Quando em seu estado de magnetização inicial, é aplicado uma intensidade
de fluxo magnético de 0 a Hmax, é obtido a curva de magnetização para os valores
de B, em que se observa a saturação do material. Ao reduzir o valor H de Hmax para
0, a densidade do campo também reduz, no entanto existem valores de B para H = 0
em Br chamado de densidade de fluxo residual. Para que haja uma
desmagnetização do material, B = 0, é aplicado uma intensidade reversa de 0 a –Hc
denominada de força coerciva ou coercitiva. Ao aplicar uma intensidade H de –Hc a
–Hmax o material tende a saturação no sentido inverso. Tornando a intensidade do
fluxo a 0, é visualizado um Br no sentido contrario, em que para B = 0 é necessário
Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética
40
uma aplicação de H dos pontos 0 a Hc. Esse percurso é conhecido como laço de
histerese.
Os materiais ferromagnéticos possuem laços de histerese diferentes
dependendo da composição do material. Quanto menor for a inclinação e a área do
laço melhor será a permeabilidade relativa do material e a força coerciva e menores
serão as perdas.
Alguns parâmetros de magnetização do material são possíveis de se
determinar através do laço de histerese do material. Este laço simboliza as perdas
magnéticas que o núcleo possui, ou seja, é o atraso existente da relação com a
densidade do campo magnético quando aplicado uma intensidade de fluxo no
material.
3.4 CIRCUITO PARA OBTENÇÃO DO LAÇO B X H
Neste trabalho, foi utilizado o circuito visto na Figura 4 para determinação
experimental do laço B x H tendo como base o trabalho de (BATISTA, 2010).
Basicamente, este é composto de: (I) um varivolt, para variar os níveis da tensão
alternada de entrada, (II) o transformador T2, 1:1 (220V/220V-3A), (III) o núcleo do
captador a ter sua permeabilidade medida e (IV) um amplificador integrador, tendo
como elemento principal o AmpOp 741.
Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética
41
FIGURA 4 – CIRCUITO PARA DETERMINAÇÃO DO LAÇO B X H. ADAPTADO DE (BATISTA, 2010)
C1
1uF
XSC1
A B
Ext Trig+
+
_
_ + _
-15V
15V
R1
1M
R2
1k
V2
741
T2
1:1
P150%
CaptadorRb
200W
Rm
25W
C2
100nF
C3
100nF
R310
-15V
Varivolt
VT
V0
O transformador T2 foi utilizado para isolar o circuito eletrônico da rede
elétrica, V2. Os resistores Rm e Rb são resistores para controle de corrente no
primário do captador, ou seja, eles variam de acordo com o tipo do material do
captador de energia em teste, conforme descrito na Tabela 2, para fins de obtenção
do nível de saturação do mesmo. O resistor Rm é usado para medição da corrente
do terminal primário. Em se tratando de valores de Rm muito baixos para testes em
alguns materiais com alta permeabilidade magnética relativa, o sinal medido é
demasiadamente pequeno não permitindo uma boa avaliação do laço B x H, mesmo
este já estando saturado. Portanto faz-se necessário o uso de valores de Rm mais
altos.
TABELA 2 – CONDIÇÕES PARA A UTILIZAÇÃO DOS RESITORES DE MEDIÇÃO.
Tipo de material Ref. Rm Rb
Pó de ferro Todos 1Ω 25W
88Ω 200W Ferrite
F1 e F2 1Ω 25W
F3 400Ω 25W
F4 180Ω 25W
Nanocristalino Todos 400Ω 25W 440Ω 200W
Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética
42
Este circuito foi armazenado em um gabinete adequado, como pode ser
visto na Figura 5. As entradas e saídas do circuito foram conectadas a terminais
acoplados no próprio gabinete para facilitar os procedimentos experimentais.
FIGURA 5 – CAIXA CONTENDO O CIRCUITO PARA DETERMINAÇÃO DO LAÇO B X H.
Para que seja obtido o laço B x H é necessário aferir a tensão nos pontos T
V
e 0
V , pois os valores de B e H são adquiridos apenas pela multiplicação de
constantes.
Portanto, de acordo com a lei de Ampère tem-se que:
Hdl NI (4.5)
Tratando-se de um núcleo toroidal, tem-se:
Hl NI
1
2
N IH
r (4.6)
Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética
43
De acordo com a equação (4.6), a intensidade do fluxo magnético é
diretamente proporcional a corrente que circula no primário 1
N do toroide. Sendo
assim ela pode ser expressa em função de T
V , sendo 5RVI T , como segue:
1
5
.2
TN V
Hr R
1
52
T
NH V
rR
(4.7)
Para a determinação da densidade de campo magnético B, faz-se uso da lei
de Faraday que diz que um campo magnético variável produz uma força
eletromotriz. Este dedução pode ser descrita por:
2
dV N
dt
(4.8)
sendo que:
.B A (4.9)
Sendo A a área da seção transversal do captador e substituindo (4.9) em
(4.8), tem-se:
2
dBV N A
dt (4.10)
Pela equação do integrador, tem-se:
0
`2 1
1( )V V t dt
R C
2 1
0
2
R CB V
N A
(4.11)
Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética
44
Para que se possa obter a curva de magnetização faz-se necessário variar a
corrente do primário a partir do zero. Dessa maneira pode-se obter vários laços B x
H como pode ser visualizado na Figura 6. Unindo os pontos extremos dos laços é
possível obter uma linha pontilhada representando a curva de magnetização.
FIGURA 6 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO. FONTE: (BATISTELA, 2001)
Analisando a Figura 6, é possível observar a não linearidade da curva de
magnetização que de acordo com a equação (4.1), r
possui valores pequenos no
princípio da magnetização, porém aumenta seus valores atingindo o máximo no
ponto mais linear da curva que antecede o joelho da curva. Após esse ponto o
núcleo entra na região de saturação fazendo com que a permeabilidade diminua. O
circuito integrador é utilizado para obter o valor real do fluxo, já que pela lei de
Faraday a tensão de saída é em função da taxa de variação ou a derivada do fluxo.
3.5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DO CAMPO MAGNÉTICO
Para que se possa ter resultados experimentais é necessário, previamente,
calcular a densidade de campo magnético B que é concentrado no interior do
Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética
45
núcleo, quando este é submetido a uma intensidade de fluxo magnético H. Sendo
assim, faz-se uso de alguns princípios do eletromagnetismo.
Por conseguinte, é necessário calcular o fluxo captado em cada lâmina e em
cada entreferro do núcleo. Sua laminação é para atenuar as correntes de Focault ou
correntes parasitas, consequentemente redução das perdas.
De acordo com a quarta equação de Maxwell ou Lei de Ampère, a densidade
do fluxo magnético em um dado ponto P a uma dada distância r de um condutor
infinitamente longo transportando uma corrente alternada com uma amplitude de
pico I e de frequência angular é dada por:
sin( )
2
mI t
Br
(4.12)
em que B é a densidade de fluxo magnético e m
é a permeabilidade magnética do
núcleo.
Na Figura 7 é visualizado um corte em perspectiva de algumas lâminas de um
núcleo envolvendo uma linha de potência. Estas lâminas estão alinhadas no sentido
do campo magnético gerado pela corrente do condutor primário que fornece o
caminho magnético para canalizar o fluxo, o qual consiste de varias lâminas que são
eletricamente separadas por uma fina camada de material isolante entre si.
Com referência a Figura 7, a atuação do fluxo magnético em toda a laminação
do núcleo com área seccional A num plano perpendicular ao campo magnético é
dada por:
BdA (4.13)
Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética
46
FIGURA 7 – CAMADAS DO TOROIDE ENVOLVENDO UMA LINHA DE POTÊNCIA. (A) CORTE (B) PERSPECTIVA
(A) (B)
em que:
A wdr (4.14)
Para o cálculo do fluxo magnético em uma lâmina é necessário substituir
(4.14) e (4.13) em (4.12), logo é obtido:
sin( )
2
f
L
rm
L r
I t drw
r
(4.15)
A expressão (4.15) pode ser reduzida como se segue:
( )ln
2
m L
L
L
Isin t w r h
r
(4.16)
Definido o fluxo nas lâminas, pode ser analisado o fluxo magnético atuante no
material isolante (entreferro) entre as lâminas de todo o núcleo. Esse fluxo pode ser
obtido de um modo semelhante ao descrito em (4.16). Assim, o campo magnético no
material isolante é dado por:
Condutor
Primário
Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética
47
0( )
ln2
P
P
P
Isen t w r S
r
(4.17)
De acordo com a Lei de Faraday pode ser obtido a tensão de saída do
terminal secundário como segue:
2
T
S
dV N
dt
(4.18)
em que:
T : fluxo magnético total;
2N : número de voltas da bobina do secundário.
A fim de calcular o fluxo magnético total é necessário somar os valores de
fluxo magnético através de todas as lâminas e do material isolante, ou seja:
T LT PT (4.19)
em que:
T : fluxo magnético total;
LT : fluxo magnético em todas as lâminas;
PT : fluxo magnético em todo o material isolante.
A expressão (4.19) pode ser descrita como sendo:
1
1 1
L n P nT L P
L P
d d d
dt dt dt
(4.20)
em que:
cos( )ln
2
L m L
L
d I t w r h
dt r
(4.21)
0cos( )
ln2
P P
P
d I t w r S
dt r
(4.22)
Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética
48
3.6 NÚCLEOS TOROIDAIS UTILIZADOS NESTA PESQUISA
Nos núcleos magnéticos (captadores) experimentais, usados nesta pesquisa
visando o desenvolvimento do sistema captador de energia, foram realizados testes
considerando os seguintes materiais:
Pó de ferro,
Ferrite, e
Nanocristalino
Foram utilizados núcleos laminados e não laminados com dimensões
variadas e enrolados com fios esmaltados de cobre, como podem ser vistos, alguns
exemplos, na Figura 8.
FIGURA 8 – NÚCLEOS EM TESTE.
Para melhor entendimento e detalhamento dos núcleos em teste, estão
descritos na Tabela 3 os dados que foram adquiridos do datasheet do fabricante de
cada núcleo, com exceção de F4, o qual teve suas dimensões medidas em
laboratório e do núcleo denominado de PE, um núcleo projetado nesta pesquisa e
produzido em um laboratório do Departamento de Engenharia de Materiais da UFPB
(Esse núcleo será descrito com maiores detalhes a seguir).
Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética
49
Foi utilizada a seguinte conversão: Núcleos de Pó de Ferro iniciam-se pela
letra P, de Ferrite, letra F e Nanocristalinos, pelas letras NC. Dessa forma, constata-
se o teste de 15 núcleos diferentes: 3 de pó de ferro, 5 de ferrite e 7 nanocristalinos.
TABELA 3 – DADOS DOS CAPTADORES EM TESTE
Material do captador
Ref. Diam. Ext.[mm]
Diam. Int.[mm]
Largura (h) [mm]
Altura (W) [mm]
Lâminas (L)
Pó
de
ferr
o
P3 46.7 24.1 11.3 18
1 P4.1 44.5 27.2 17,3 16.5
PE 39 34 5 20
Ferr
ite
F1 34 21.8 6.1 21
1 F1.1 34 21.8 6.1 21
F2 36 23 6.5 15
F3 22.1 13.7 4.2 8
F4 76 50 13 15 55
Nan
ocri
sta
lin
o
NC1 38.9 30.7 4.1 10.1
152
NC1.1 38.9 30.7 4.1 10.1
NC2 53.8 45 4.4 10.35
NC3 33.5 27.5 3 4
NC3.1 33.5 27.5 3 4
NC4 34.5 31 1.75 4
NC4.1 34.5 31 1.75 4
3.7 NÚCLEO DE PÓ DE FERRO DESENVOLVIDO NA UFPB
Os ensaios realizados nesta pesquisa são baseados em captadores com
núcleo de ferrite, nanocristalino e pó de ferro, fabricados através de processo
industrial. Como esta pesquisa tem por referência ensaios com núcleos toroidais de
características e tamanhos diferentes, foi incluso nos ensaios um núcleo projetado
no decorrer da pesquisa. Com relação a sua construção, o aluno Pedro Romio, do
curso de Engenharia Mecânica da UFPB, e a pós-doutorando do PPGEE/UFPB,
Danielle Guedes, foram os responsáveis por toda a seleção de materiais, projeto e
desenvolvimento da matriz em aço, sinterização e todo o processo final da
construção do núcleo de ferro.
Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética
50
Este núcleo foi produzido através do processo de metalurgia do pó realizado
no Laboratório de Solidificação Rápida (LSR), do Departamento de Engenharia
Mecânica da UFPB. Sua composição é formada por quatro tipos de liga:
1. Ferro puro sinterizado
2. Ferro puro misturado a resina
3. Liga Fe98Si2
4. Liga Fe95Si5
As dimensões do núcleo estão descritas na Figura 9.
FIGURA 9 – DIMENSÕES DO NÚCLEO
Para a fabricação deste núcleo, fez-se necessário o desenvolvimento de
uma matriz de prensagem de forma a produzir os núcleos já nas medidas finais
desejadas, conforme visto na Figura 10.
As compactações foram realizadas na temperatura ambiente, com cargas de
20 toneladas o que correspondiam a pressões de 700 MPa.
Ao final do processo, o núcleo foi submetido a ensaios para a determinação
de suas características magnéticas no Laboratório de Microengenharia do
Departamento de Engenharia Elétrica do Centro de Energias Alternativas e
Renováveis da UFPB e comparado com os núcleos de fabricação industrial. Esses
resultados estão descritos na Seção 5.
Proposta de Captação de Energia por Dispersão Magnética
51
FIGURA 10 – MATRIZ DE PRENSAGEM
4 EXPERIMENTOS E EMULAÇÕES
Experimentos e Emulações
53
4 EXPERIMENTOS E EMULAÇÕES
Para a realização dos experimentos fez-se o procedimento de três etapas: a
primeira se trata da utilização do circuito da Figura 4 para a determinação do laço B
x H e consequentemente as características magnéticas de cada captador; a
segunda referencia-se a captação de energia para a obtenção da maior potência
que cada captador pode fornecer para valores de cargas variáveis puramente
resistivas; e a terceira é concernente a medição, sem carga, da tensão de saída de
cada captador para comprovação dos cálculos teóricos da Seção 3.
4.1 DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS MAGNÉTICOS – ETAPA 1
Esta etapa consiste do cálculo dos parâmetros magnéticos de cada captador,
os quais são:
1. Permeabilidade magnética relativa
2. Força coerciva
3. Densidade do fluxo magnético de saturação
4. Densidade de fluxo residual
5. Permeabilidade magnética do material
Para a realização desta etapa, fez-se necessário bobinar os captadores de
forma que estes ficassem com dois enrolamentos N1 e N2, primário e secundário
respectivamente como descrito na
Tabela 4.
Devido o captador F1.1 ter r
igual ao F1, fez-se necessário realizar o ensaio
com apenas F1. Esta justificativa vale para os captadores NC1, NC1.1, NC3, NC3.1,
NC4 e NC4.1 que possuem r
igual a NC2.
A corrente no primário e a tensão no secundário são medidas pelo
osciloscópio, no qual é feita a aquisição dos dados para serem posteriormente
modelados via software.
Fez-se o uso dos parâmetros físicos dos captadores mencionados na Tabela
3 e Tabela 4 juntamente com código do Apêndice 1 para a determinação das
características magnéticas.
Experimentos e Emulações
54
TABELA 4 – PARÂMETROS DOS CAPTADORES PARA A DETERMNAÇÃO DO LAÇO B X H
Material do captador
Ref.
N1 N2 Fio Primário AWG [mm²]
Fio secundário AWG [mm²]
Voltas
Pó de ferro
P3 120 63 19 19
P4.1 150 52 19 17
PE 198 50 21 21
Ferrite
F1 54 33 19 19
F2 56 40 19 19
F3 57 29 23 21
F4 78 47 17 19
Nanocristalino NC2 75 58 21 21
4.2 DETERMINAÇÃO DOS VALORES MÁXIMOS DE POTÊNCIA – ETAPA 2
Para a realização da segunda etapa, fez-se necessário o enrolamento de
apenas uma bobina em cada captador submetido a ensaio referente ao terminal
secundário, pois o primário é um condutor que percorre por dentro do captador como
visto na Figura 7. Os dados referentes ao número de voltas de cada bobina
secundária, a espessura do condutor utilizado, bem como os captadores submetidos
a ensaios estão referenciados na Tabela 5.
Com a finalidade de obter dados experimentais e validar os resultados
teóricos, foi desenvolvida uma planta piloto capaz de emular a corrente da linha de
potência de um sistema de distribuição para a captação do campo magnético, como
mostrado na Figura 11, Figura 12 e Figura 13. Esta planta consiste de uma bancada
que contém dez resistores de potência de 220Ω (200W) cada, os quais
desempenham a função da carga da linha de potência. A tensão nominal em regime
de trabalho da bancada é de 220V. Para o controle da corrente de carga, são
utilizados três interruptores, cada qual com três seções para o acionamento dos
resistores. Um amperímetro e um voltímetro fazem parte das medições de tensão e
corrente da carga. Como dispositivos de proteção, são utilizados um disjuntor
termoelétrico (DT) 16A e um interruptor bipolar (IB) 10A. Esta planta consiste de três
compartimentos: o primeiro destina-se as ligações dos componentes da bancada; o
segundo, reservatório dos equipamentos utilizados no experimento e no terceiro,
Experimentos e Emulações
55
localiza-se a conexão do condutor primário com a bancada, como pode ser visto na
Figura 13.
TABELA 5 – NÚMERO DE BOBINAS DO SECUNDÁRIO DOS CAPTADORES PARA A CAPTAÇÃO DE ENERGIA
Tipo do Material
Ref.
N2 Fio secundário AWG [mm²] Voltas
Pó
de
ferr
o
P3 63 19
P4.1 52 17
PE 198 21
Ferr
ite
F1 54 19
F1.1 50 21
F2 56 19
F3 57 23
F4 78 17
Nan
ocri
sta
lin
o
NC1 87 21
NC1.1 87 23
NC2 75 21
NC3 43 15
NC3.1 84 23
NC4 77 19
NC4.1 230 29
Na Figura 14, é visualizado o circuito elétrico representativo da planta piloto,
em que A e V representam o amperímetro e voltímetro, respectivamente. S1, S2, S3,
S4 e S5 representam as seções dos interruptores de acionamento dos resistores R1
à R10. V1 é a tensão de alimentação.
Experimentos e Emulações
56
FIGURA 11 – VISÃO DE TOPO DA PLANTA PILOTO
FIGURA 12 – PLANTA PILOTO
Voltímetro
Carga IB
DT
Interruptores
Amperímetro
Experimentos e Emulações
57
FIGURA 13 – COMPARTIMENTOS DA PLANTA PILOTO
FIGURA 14 – CIRCUITO ELÉTRICO DA PLANTA PILOTO
V1
DT
A
V
R1
R2
R3
R4
R5
R6
R7
R8
R9
R10
Circuito
condicionador
de potência
S1 S2 S3 S4 S5
Núcleo
IB
No processo de captação, o condutor primário é envolvido pelo núcleo de
alta permeabilidade magnética, conforme visto na Figura 15. Esse envolvimento é
feito passando-se o fio por dentro do núcleo. O enrolamento secundário deste
núcleo é conectado ao circuito condicionador de potência (CCP).
1
3 2
Experimentos e Emulações
58
FIGURA 15 – SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ENERGIA
Nesta segunda etapa, efetuou-se três tipos de medições com a finalidade de
obter maior nível de potência quando os núcleos são submetidos a uma corrente de
15 A no terminal primário2. Após a aquisição dos dados, a modelagem matemática é
realizada com o auxilio do código do Apêndice 2.
4.2.1 Primeira medição
Para o tratamento da energia captada, foi proposto o circuito de
condicionamento de potência que é composto por um retificador AC/DC, um
regulador de tensão e um resistor variável como carga, como visto na Figura 16.
Nestas medições, são colhidos valores de tensão de 15 resistores diferentes para a
2 A planta piloto fornece uma corrente máxima de 2,5 A. Portanto para aumentar a intensidade de
fluxo magnético, foi dada seis voltas no captador de energia em teste obtendo uma equivalência de
corrente no primário no total de 15 A.
Núcleo
Primário
CCP
Experimentos e Emulações
59
obtenção do maior valor potência na carga com tensão constante de 5 Vcc. Neste
âmbito, foram realizados testes com apenas o captador F4.
FIGURA 16 – CIRCUITO PARA MEDIÇÃO DOS NÍVEIS DE POTÊNCIA COM O USO DO REGULADOR DE TENSÃO
Planta Piloto
Condutor Primário
Captador
680uF Rv
7805CT
XSC1
A B
Ext Trig+
+
_
_ + _
Para a segunda e terceira medições, realizou-se testes com todos os
captadores.
4.2.2 Segunda medição
Para a segunda medição, com o objetivo de obter o maior valor de potência,
realizou-se medições de tensão na carga conectada diretamente ao retificador
AC/DC sem o uso do regulador, vislumbrando também o comportamento do sinal de
tensão na saída do terminal secundário antes do CCD como visto na Figura 17.
Experimentos e Emulações
60
FIGURA 17 – CIRCUITO PARA MEDIÇÃO DOS NÍVEIS DE POTÊNCIA SEM O USO DO REGULADOR DE TENSÃO
Planta Piloto
Condutor Primário
Captador
680uF Rv
XSC1
A B
Ext Trig+
+
_
_ + _
4.2.3 Terceira medição
Para a terceira medição, executou-se medições de tensão na carga
conectadas diretamente ao captador de energia, sendo analisado o maior nível de
potência para cada captador com relação ao valor RMS do sinal medido, Figura 18.
FIGURA 18 – CIRCUITO PARA MEDIÇÃO DOS NÍVEIS DE POTÊNCIA COM A CARGA CONECTADA DIRETAMENTE AO CAPTADOR
RvPlanta Piloto
Condutor Primário
Captador
XSC2
A B
Ext Trig+
+
_
_ + _
Para estes experimentos foram atribuídas cargas puramente resistivas de
valores compreendidos entre 10Ω e 10KΩ de baixa potência. Todos esses testes
experimentais foram realizados no laboratório de microengenharia do Departamento
de Engenharia Elétrica do Centro de Energias Alternativas e Renováveis da UFPB.
Experimentos e Emulações
61
Para o captador F3, os experimentos foram realizados com uma corrente no
primário de 12,5 A, devido as suas dimensões permitirem apenas 5 voltas em seu
interior.
4.3 COMPROVAÇÃO DOS CÁLCULOS TEÓRICOS ATRAVÉS DE MEDIÇÕES DE TENSÃO NO CAPTADOR SEM CARGA – ETAPA 3
Nesta etapa, é realizada a medição, sem carga, dos valores de tensão no
terminal secundário de cada captador com uma corrente AC de 15 A no condutor
primário. Após este procedimento, é simulado via software com o auxílio do código
do Apêndice 3 e dos parâmetros magnéticos obtidos na etapa 1, o mesmo
procedimento citado acima. Por fim, os dados simulados e experimentais são
confrontados para comprovar a veracidade dos cálculos.
O circuito utilizado para esta etapa está ilustrado na Figura 19.
FIGURA 19 – CIRCUITO PARA MEDIÇÃO DOS NÍVEIS DE TENSÃO SEM CARGA
Planta Piloto
Condutor Primário
Captador
XSC1
A B
Ext Trig+
+
_
_ + _
5 RESULTADOS
Resultados
63
5 RESULTADOS
Os procedimentos utilizados nos testes experimentais, emulações e
simulações se dividem em três etapas, como citado acima. Para melhor
entendimento, os resultados serão analisados separadamente.
5.1 PARÂMETROS MAGNÉTICOS – ETAPA 1
Para o cumprimento desta etapa, determinou-se os parâmetros magnéticos
de cada núcleo através de experimentos, fazendo-se uso do circuito da Figura 4.
Neste circuito, foi possível obter vários laços de histerese em função da variação da
corrente no primário. Essa variação decorre do controle no ajuste de tensão do
Varivolt.
Para a obtenção da permeabilidade magnética, fez-se necessário a
aquisição de vários laços B x H. Nestes laços, foram extraídos os valores máximos
de B e H para a obtenção da curva de magnetização. Nesta modelagem, a
permeabilidade relativa é calculada para pequenos trechos lineares da curva.
Observou-se o laço B x H em que inicia o processo de saturação para a
aquisição da densidade de saturação, da densidade residual que são os valores
referentes da diferença da origem do sinal ao valor em que a curva intercepta o eixo
B para valores positivos e da força coerciva que são os valores referentes da
diferença da origem do sinal ao valor em que a curva intercepta o eixo H para
valores negativos.
Utilizando-se esses procedimentos foi possível obter os seguintes
resultados.
5.1.1 Captadores de Ferrite
Para estes captadores, inicialmente foi determinado o maior laço B x H que
antecede o início da região de saturação. Neste ponto, os níveis de tensão de saída
0V , corrente no primário Ip e a forma de onda de saturação na saída do secundário
antes do integrador foram obtidos.
Resultados
64
1. Captador F1
GRÁFICO 1 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO F1
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-1.5
-1
-0.5
0
0.5
1
1.5
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultados Experimentais
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-0.06
-0.04
-0.02
0
0.02
0.04
0.06
Tempo (s)
Corr
ente
(A
)
Integrador
Saturação
Corrente no primário
Quando a corrente do primário atinge valores aproximados de 2A RMS
(54voltas x 38mA RMS), o núcleo F1 entra em sua região de saturação como pode
ser observado no Gráfico 1.
A densidade de fluxo de saturação obtida de 0,35 T pode ser visualizada no
Gráfico 2.
Resultados
65
GRÁFICO 2 – LAÇO B X H DO CAPTADOR F1
-40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40-0.5
-0.4
-0.3
-0.2
-0.1
0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5Resultados esxperimentais
Intensidade (A/m)
Densid
ade (
T)
GRÁFICO 3 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR F1
0 500 1000 1500 2000 25000
0.05
0.1
0.15
0.2
0.25
0.3
0.35
0.4
0.45
0.5Resultados Experimentais
Intensidade de campo(A/m)
Densid
ade d
e f
luxo (
T)
Den
sid
ade
de
flu
xo (
T)
Intensidade de campo (A/m)
Resultados
66
Para a determinação da curva de magnetização e da permeabilidade
magnética, foram colhidas quarenta e duas amostras de dados pelo osciloscópio a
medida que se variava a tensão de entrada no intervalo de 1V de pico. Fez-se a
aquisição desses dados e posteriormente a modelagem matemática via software.
Após este procedimento, foi possível adquirir a curva de magnetização, Gráfico 3.
Decorrente as equações já observadas na Seção 3, foi possível determinar a
permeabilidade relativa r
e do material m
, bem como a força coerciva Hc e o
fluxo residual Br. Todos esses resultados estão resumidos na Tabela 6.
TABELA 6 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR F1
Valores Obtidos
r
Máximo m
[H/m] cH
[A/m]
Bsat
Inicial [T]
Br [T]
Ip
RMS [A]
17.838 0,026 15 0,35 0,1 2,08
2. Captador F2
Quando a corrente do primário atinge valores aproximados de 3,24A RMS
(56 voltas x 58mA RMS), o núcleo F2 entra em sua região de saturação como pode
ser observado no Gráfico 4.
A densidade de fluxo de saturação obtida de 0,43 T pode ser visualizada no
Gráfico 5.
Para a determinação da curva de magnetização e da permeabilidade
magnética, foram colhidas quarenta e duas amostras de dados pelo osciloscópio a
medida que se variava a tensão de entrada no intervalo de 1V de pico. Fez-se a
aquisição desses dados e posteriormente a modelagem matemática via software.
Após este procedimento, foi possível adquirir a curva de magnetização, Gráfico 6.
Decorrente as equações já observadas nas seções anteriores, foi possível
determinar a permeabilidade relativa r
e do material m
, bem como a força
coerciva Hc e o fluxo residual Br. Todos esses resultados estão resumidos na Tabela
7.
Resultados
67
GRÁFICO 4 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO F2
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-1.5
-1
-0.5
0
0.5
1
1.5
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultados Experimentais
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025
-0.1
-0.05
0
0.05
0.1
0.15
Tempo (s)
Corr
ente
(A
)
Integrador
Saturação
Corrente no primário
Resultados
68
GRÁFICO 5 – LAÇO B X H DO CAPTADOR F2
-1500 -1000 -500 0 500 1000 1500-0.8
-0.6
-0.4
-0.2
0
0.2
0.4
0.6
Intensidade (A/m)
Densid
ade (
T)
Resultados Experimentais
GRÁFICO 6 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR F2
0 500 1000 1500 2000 25000
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
Resultados Experimentais
Intensidade (A/m)
Densid
ade (
T)
Den
sid
ade
de
flu
xo (
T)
Den
sid
ade
de
flu
xo (
T)
Intensidade de campo (A/m)
Intensidade de campo (A/m)
Resultados
69
TABELA 7 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR F2
Valores Obtidos
r
Máximo m
[H/m] cH
[A/m]
Bsat
Inicial [T]
Br [T]
Ip
RMS [A]
9.360 0,011 12,5 0,43 0,1 3,24
3. Captador F3
GRÁFICO 7 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO F3
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-0.8
-0.6
-0.4
-0.2
0
0.2
0.4
0.6
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultados Experimentais
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-0.1
-0.05
0
0.05
0.1
Tempo (s)
Corr
ente
(A
)
Integrador
Saturação
Corrente no primário
Quando a corrente do primário atinge valores aproximados de 2,1A RMS (57
voltas x 36,9mA RMS), o núcleo F3 entra em sua região de saturação como pode
ser observado no Gráfico 7.
A densidade de fluxo de saturação obtida de 0,5 T pode ser visualizada no
Gráfico 8.
Resultados
70
GRÁFICO 8 – LAÇO B X H DO CAPTADOR F3
-250 -200 -150 -100 -50 0 50 100 150 200 250-0.7
-0.6
-0.5
-0.4
-0.3
-0.2
-0.1
0
0.1
0.2
0.3
Intensidade (A/m)
Densid
ade (
T)
Resultados Experimentais
Para a determinação da curva de magnetização e da permeabilidade
magnética, foram colhidas quarenta e duas amostras de dados pelo osciloscópio a
medida que se variava a tensão de entrada no intervalo de 1V de pico. Fez-se a
aquisição desses dados e posteriormente a modelagem matemática via software.
Após este procedimento, foi possível adquirir a curva de magnetização, Gráfico 9.
Den
sid
ade
de
flu
xo (
T)
Intensidade de campo (A/m)
Resultados
71
GRÁFICO 9 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR F3
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500
-0.25
-0.2
-0.15
-0.1
-0.05
0
0.05
0.1
0.15
0.2
0.25
Resultados Experimentais
Intensidade (A/m)
Densid
ade (
T)
Decorrente as equações já observadas nas seções anteriores, foi possível
determinar a permeabilidade relativa r
e do material m
, bem como a força
coerciva Hc e o fluxo residual Br. Todos esses resultados estão resumidos na tabela
abaixo.
TABELA 8 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR F3
Valores Obtidos
r
Máximo m
[H/m] cH
[A/m]
Bsat
Inicial[T]
Br [T]
Ip
RMS [A]
6.800 0,0085 14 0,5 0,1 2,1
Den
sid
ade
de
flux
o (
T)
Intensidade de campo (A/m)
Resultados
72
4. Captador F4
GRÁFICO 10 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO F4
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-15
-10
-5
0
5
10
15
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultados experimentais
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-0.2
-0.1
0
0.1
0.2
Tempo (s)
Corr
ente
(A
)
Integrador
Saturação
Corrente no primário
Quando a corrente do primário atinge valores aproximados de 7,53A RMS
(78 voltas x 96,6mA RMS), o núcleo F4 entra em sua região de saturação como
pode ser observado no Gráfico 10.
A densidade de fluxo de saturação obtida de 1,5 T pode ser visualizada no
Gráfico 11.
Para a determinação da curva de magnetização e da permeabilidade
magnética, foram colhidas quarenta e duas amostras de dados pelo osciloscópio a
medida que se variava a tensão de entrada no intervalo de 1V de pico. Fez-se a
aquisição desses dados e posteriormente a modelagem matemática via software.
Após este procedimento, foi possível adquirir a curva de magnetização como se
segue.
Resultados
73
GRÁFICO 11 – LAÇO B X H DO CAPTADOR F4
-200 -150 -100 -50 0 50 100 150 200-2
-1.5
-1
-0.5
0
0.5
1
1.5
2Resultados esxperimentais
Intensidade (A/m)
Densid
ade (
T)
GRÁFICO 12 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR F4
0 20 40 60 80 100 1200
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
1.4
1.6
1.8Resultados Experimentais
Intensidade (A/m)
Densid
ade (
T)
Den
sid
ade
de
flu
xo (
T)
Den
sid
ade
de
flu
xo (
T)
Intensidade de campo (A/m)
Intensidade de campo (A/m)
Resultados
74
Decorrente as equações já observadas nas seções anteriores, foi possível
determinar a permeabilidade relativa r
e do material m
, bem como a força
coerciva Hc e o fluxo residual Br. Todos esses resultados estão resumidos na Tabela
9.
TABELA 9 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR F4
Valores Obtidos
r
Máximo m
[H/m] cH
[A/m]
Bsat
Inicial [T]
Br [T]
Ip
RMS [A]
44.090 0.0554 40 1,5 1,29 7,53
Na Tabela 10, encontra-se um resumo dos resultados obtidos pra todos os
captadores de ferrite.
TABELA 10 – RESUMO DOS RESULTADOS EXPERIMENTAIS PARA OS CAPTADORES DE FERRITE
Ref.
Valores Obtidos
r
Máximo m
[H/m] cH
[A/m]
Bsat
Inicial [T]
Br [T]
Ip
RMS [A]
F1 17.838 0,026 15 0,35 0,1 2,08
F2 9.360 0,011 12,5 0,43 0,1 3,24
F3 6.800 0,0085 14 0,5 0,1 2,1
F4 44.090 0.0554 40 1,5 1,29 7,53
5.1.2 Captadores Nanocristalinos
Devido todos os captadores obterem o mesmo valor de permeabilidade
relativa informado pelo datasheet do fabricante, foi realizado os referidos testes
apenas para o captador NC2.
O procedimento utilizado para a determinação dos parâmetros magnéticos
do NC2 é idêntico ao utilizado para os captadores de ferrite. Portanto, os níveis de
tensão de saída 0
V , corrente no primário Ip e a forma de onda de saturação na saída
do secundário antes do integrador estão descritas nos gráficos abaixo.
Resultados
75
1. Captador NC2
Quando a corrente do primário atinge valores aproximados de 0,70A RMS
(75 voltas x 9,4mA RMS), o núcleo NC2 entra em sua região de saturação como
pode ser observado no Gráfico 13.
A densidade de fluxo de saturação obtida de 1,2 T pode ser visualizada no
Gráfico 14.
GRÁFICO 13 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO NC2
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-4
-2
0
2
4
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultados experimentais
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-0.02
-0.01
0
0.01
0.02
Tempo (s)
Corr
ente
(A
)
Integrador
Saturação
Corrente no primário
Para a determinação da curva de magnetização e da permeabilidade
magnética, foram colhidas quarenta e duas amostras de dados pelo osciloscópio a
medida que se variava a tensão de entrada no intervalo de 1V de pico. Fez-se a
aquisição desses dados e posteriormente a modelagem matemática via software.
Resultados
76
Após este procedimento, foi possível adquirir a curva de magnetização como se
segue.
Decorrente as equações já observadas nas seções anteriores, foi possível
determinar a permeabilidade relativa r
e do material m
, bem como a força
coerciva Hc e o fluxo residual Br.
GRÁFICO 14 – LAÇO B X H DO CAPTADOR NC2
-30 -20 -10 0 10 20 30-2
-1.5
-1
-0.5
0
0.5
1
1.5
2Resultados experimentais
Intensidade (A/m)
Densid
ade (
T)
Den
sid
ade
de
flu
xo (
T)
Intensidade de campo (A/m)
Resultados
77
GRÁFICO 15 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR NC2
0 10 20 30 40 50 60 700
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
1.4
1.6
1.8Resultados Experimentais
Intensidade (A/m)
Densid
ade (
T)
Todos esses resultados estão resumidos na Tabela 11.
TABELA 11 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR NC2
Valores Obtidos
r
Máximo m
[H/m] cH
[A/m]
Bsat
Inicial [T]
Br [T]
Ip
RMS [A]
172.780 0,21 1,42 1,2 0,3 0,70
5.1.3 Captadores de Pó de Ferro
Como mencionado na Seção 4, realizou-se os ensaios para os captadores
P3, P4.1 e PE.
O procedimento utilizado para a determinação dos parâmetros magnéticos
destes captadores é idêntico ao utilizado para os captadores de ferrite e
nanocristalino. Portanto, os níveis de tensão de saída 0
V , corrente no primário Ip e a
forma de onda de saturação na saída do secundário antes do integrador estão
descritas a seguir.
Den
sid
ade
de
flu
xo (
T)
Intensidade de campo (A/m)
Resultados
78
1. Captador P3
Quando a corrente do primário atinge valores aproximados de 295A RMS
(120 voltas x 2,46A RMS), o núcleo P3 entra em sua região de saturação como pode
ser observado no Gráfico 16.
GRÁFICO 16 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO P3
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-15
-10
-5
0
5
10
15
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultados Experimentais
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-4
-2
0
2
4
Tempo (s)
Corr
ente
(A
)
Integrador
Saturação
Corrente no primário
A densidade de fluxo de saturação não pode ser obtida devido o núcleo
exigir uma intensidade de campo magnético referente a uma corrente maior que
300A. Porém até aos limites de teste, foi obtido uma densidade de fluxo de 0,79T
como pode ser visualizada no Gráfico 17.
Para a determinação da curva de magnetização e da permeabilidade
magnética, foram colhidas trinta e seis amostras de dados pelo osciloscópio a
medida que se variava a tensão de entrada no intervalo de 1V de pico. Fez-se a
Resultados
79
aquisição desses dados e posteriormente a modelagem matemática via software.
Após este procedimento, foi possível adquirir a curva de magnetização,
Gráfico 18.
GRÁFICO 17 – LAÇO B X H DO CAPTADOR P3
-6000 -4000 -2000 0 2000 4000 6000-1
-0.8
-0.6
-0.4
-0.2
0
0.2
0.4
0.6
0.8
Intensidade (A/m)
Densid
ade (
T)
Resultados Experimentais
GRÁFICO 18 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR P3
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9Resultados Experimentais
Intensidade (A/m)
Densid
ade (
T)
Den
sid
ade
de
flu
xo (
T)
Den
sid
ade
de
flu
xo (
T)
Intensidade de campo (A/m)
Intensidade de campo (A/m)
Resultados
80
Decorrente as equações já observadas nas seções anteriores, foi possível
determinar a permeabilidade relativa r
e do material m
, bem como a força
coerciva Hc e o fluxo residual Br. Todos esses resultados estão resumidos na Tabela
12.
TABELA 12 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR P3
Valores Obtidos
r
Máximo m
[H/m] cH
[A/m]
Bsat
Inicial [T]
Br [T]
Ip
RMS [A]
117 0,000147 800 0,79 0,18 295
2. Captador P4.1
GRÁFICO 19 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO P4
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-4
-2
0
2
4
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultados Experimentais
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-4
-2
0
2
4
Tempo (s)
Corr
ente
(A
)
Integrador
Saturação
Corrente no primário
Resultados
81
Quando a corrente do primário atinge valores aproximados de 366A RMS (150 voltas
x 2,44A RMS), o núcleo P4 entra em sua região de saturação como pode ser
observado no captador 4.1.
A densidade de fluxo de saturação não pode ser obtida devido o núcleo
necessitar de uma intensidade de campo magnético referente a uma corrente maior
que 400ª para a sua saturação. Porém até aos limites de teste, foi obtido uma
densidade de fluxo de saturação de 0,5T como pode ser visualizada no Gráfico 20.
GRÁFICO 20 – LAÇO B X H DO CAPTADOR P4.1
-8000 -6000 -4000 -2000 0 2000 4000 6000 8000-0.8
-0.6
-0.4
-0.2
0
0.2
0.4
0.6
Intensidade (A/m)
Densid
ade (
T)
Resultados Experimentais
Para a determinação da curva de magnetização e da permeabilidade
magnética, foram colhidas quarenta e duas amostras de dados pelo osciloscópio a
medida que se variava a tensão de entrada no intervalo de 1V de pico. Fez-se a
aquisição desses dados e posteriormente a modelagem matemática via software.
Após este procedimento, foi possível adquirir a curva de magnetização como se
segue.
Den
sid
ade
de
flu
xo (
T)
Intensidade de campo (A/m)
Resultados
82
GRÁFICO 21 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR P4.1
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
Resultados Experimentais
Intensidade (A/m)
Densid
ade (
T)
Desinente as equações já observadas nas seções anteriores, foi possível
determinar a permeabilidade relativa r
e do material m
, bem como a força
coerciva Hc e o fluxo residual Br. Todos esses resultados estão resumidos na tabela
abaixo.
TABELA 13 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR P4.1
Valores Obtidos
r
Máximo m
[H/m] cH
[A/m]
Bsat
Inicial [T]
Br [T]
Ip
RMS [A]
65,5 0,0000823 603 0,5 0,06 366
Den
sid
ade
de
flu
xo (
T)
Intensidade de campo (A/m)
Resultados
83
3. Captador PE
GRÁFICO 22 – TENSÃO DE SAÍDA EM FUNÇÃO DA CORRENTE NO PRIMÁRIO DO PE
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-4
-2
0
2
4
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultados Experimentais
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-4
-2
0
2
4
Tempo (s)
Corr
ente
(A
)
Integrador
Saturação
Corrente no primário
Quando a corrente do primário atinge valores aproximados de 292A RMS
(198 voltas x 1,47A RMS), o núcleo PE entra em sua região de saturação como pode
ser observado no Gráfico 22.
A densidade de fluxo de saturação não pode ser obtida devido o núcleo exigir
uma intensidade de campo magnético referente a uma corrente maior que 480A.
Porém até aos limites de teste, foi obtido uma densidade de fluxo de saturação de
0,6T como pode ser visualizada no Gráfico 23.
Resultados
84
GRÁFICO 23 – LAÇO B X H DO CAPTADOR PE
-8000 -6000 -4000 -2000 0 2000 4000 6000 8000-0.8
-0.6
-0.4
-0.2
0
0.2
0.4
0.6
0.8
Intensidade (A/m)
Densid
ade (
T)
Resultados Experimentais
Para a determinação da curva de magnetização e da permeabilidade
magnética, foram colhidas quarenta e duas amostras de dados pelo osciloscópio a
medida que se variava a tensão de entrada no intervalo de 1V de pico. Fez-se a
aquisição desses dados e posteriormente a modelagem matemática via software.
Após este procedimento, foi possível adquirir a curva de magnetização, Gráfico 24.
Desinente as equações já observadas nas seções anteriores, foi possível
determinar a permeabilidade relativa r
e do material m
, bem como a força
coerciva Hc e o fluxo residual Br.
Den
sid
ade
de
flu
xo (
T)
Intensidade de campo (A/m)
Resultados
85
GRÁFICO 24 – CURVA DE MAGNETIZAÇÃO DO CAPTADOR PE
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
Resultados Experimentais
Intensidade (A/m)
Densid
ade (
T)
Todos esses resultados estão resumidos na Tabela 14.
TABELA 14 – RESULTADOS EXPERIMENTAIS – CAPTADOR PE
Valores Obtidos
r
Máximo m
[H/m] cH
[A/m]
Bsat
Inicial [T]
Br [T]
Ip
RMS [A]
100 0,00012 1700 0,6 0,4 292
Na Tabela 15, encontra-se um resumo dos resultados obtidos pra todos os
captadores de ferrite.
TABELA 15 – RESUMO DOS RESULTADOS EXPERIMENTAIS PARA OS CAPTADORES DE PÓ DE FERRO
Ref.
Valores Obtidos
r
Máximo m
[H/m] cH
[A/m]
Bsat
Inicial [T]
Br [T]
Ip
RMS [A]
P3 117 0,000147 800 0,79 0,18 295
P4.1 65,5 0,0000823 603 0,5 0,06 366
PE 100 0,00012 1700 0,6 0,4 292
Den
sid
ade
de
flu
xo (
T)
Intensidade de campo (A/m)
Resultados
86
5.2 VALORES MÁXIMOS DE POTÊNCIA – ETAPA 2
Nesta subseção, são apresentados os resultados experimentais que foram
obtidos com o fim de visualizar os valores máximos de potência, em função da
carga, que podem ser alcançados do sistema captador de energia para os três tipos
de medição mencionadas na seção anterior. Para tanto faz-se necessário a
exposição destes resultados separadamente.
5.2.1 Primeira Medição
Estes resultados foram obtidos no início do processo de testes de captação
de energia com valores de carga resistiva entre 47Ω e 5MΩ. Este procedimento teve
por objetivo a máxima obtenção de valor de potência com uma tensão constante de
5 V na carga. Foram realizados vários testes com valores de cargas variados dentre
as quais alguns estão descritos na Tabela 16.
Fazendo-se uso da Figura 16 nos experimentos para o captador de energia
F4, foi obtido os seguintes resultados para uma corrente de 15 A no primário. Foi
necessário apenas realizar testes com o captador F4, pois nesta medição foi
possível de visualizar que o regulador de tensão limita a obtenção de maiores
valores de potência no processo de captação.
TABELA 16 – TESTES E MEDIÇÕES EXPERIMENTAIS
Dados Resultados
Rv V (pico)
V (rms)
V (retificador)
V (Carga)
I (Carga)
P (Carga)
[Ω] [V] [A] [mW]
47 20,4 5,7 4,24 3,1 0,065 204
97 21,3 6,5 6,02 5,01 0,050 239
430 22,6 7,5 10,8 5,04 0,0117 58,8
1,5K 23,7 8,3 13,8 5,04 0,0335 16,8
5M 24,1 8,75 14,1 5,04 0,000001 0,005
Os valores de Vpico e Vrms foram aferidos no terminal secundário antes do
circuito condicionador de potência.
Neste experimento foi constatado que para cargas resistivas menores que
97Ω a tensão de saída assume valores menores que 5 V na carga e menores que 6
Resultados
87
V no retificador AC/DC. Embora para cargas maiores ou iguais a 97Ω a tensão varia
de 5,01V a 5,04V na carga. No retificador, a tensão varia entre 6,02 V a 16V para
cargas entre 97Ω e 10kΩ. Para resistores maiores que 10kΩ, há estabilização em
16V no retificador AC/DC.
De acordo com a Tabela 16 é possível analisar no Gráfico 25 e Gráfico 26, a
tensão na carga e no retificador, como também a potência máxima de saída para
uma carga de 97Ω com tensão constante de 5V.
GRÁFICO 25 – TENSÃO NA CARGA E NO RETIFICADOR PARA R=97Ω
-0.25 -0.2 -0.15 -0.1 -0.05 0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.250
1
2
3
4
5
6
7
8Parâmetros de medição
Tempo (s)
Tensão (
V)
Carga
Retificador
Resultados
88
GRÁFICO 26 – POTÊNCIA E CORRENTE ATIVA PARA R=97Ω
-0.25 -0.2 -0.15 -0.1 -0.05 0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.250
0.05
0.1
0.15
0.2
0.25
0.3
0.35Parâmetros de medição
Tempo (s)
Pote
ncia
(W
) e C
orr
ente
(A
)
Corrente
Potência
5.2.2 Segunda Medição
Esta aferição teve por objetivo a obtenção do maior valor de potência
adquirido na carga independente do nível de tensão no resistor, referente ao circuito
da Figura 17. Esse critério foi utilizado Rv devido a primeira medição ter sido
considerado os valores máximos de potência apenas para nível de tensão constante
de 5V na carga. Todos os dados apanhados estão descritos nos gráficos a seguir.
Para uma melhor explanação dos resultados, em cada tipo de material foi
formulado gráficos dos valores de potência obtidos em função do resistor Rv de cada
captador, bem como os valores de tensão RMS aferidos nos terminais do secundário
antes do retificador correspondente a cada carga.
1. Captadores de ferrite
Após realizar os ensaios com cada captador de material de Ferrite obteve-se
os seguintes resultados.
Resultados
89
GRÁFICO 27 – CAPTADORES COM NÚCLEO DE FERRITE – POTÊNCIA NA CARGA
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 20000
0.005
0.01
0.015
0.02
Carga (Ohms)
Potê
ncia
(W
)
F1
F1.1
F2
F3
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 20000
0.1
0.2
0.3
0.4
Carga (Ohms)
Potê
ncia
(W
)Resultados Experimentais
F4
GRÁFICO 28 – CAPTADORES COM NÚCLEO DE FERRITE – TENSÃO RMS NA SAÍDA DO SECUNDÁRIO
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 100000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Carga (Ohms)
Tensão R
MS
(V
)
Resultados Experimentais
F1
F1.1
F2
F3
F4
Resultados
90
No Gráfico 27, é possível visualizar os valores de potência obtidos referente
aos valores de Rv dos captadores F1, F1.1, F2, F3 e F4. Embora os ensaios tenham
sido realizados para valores de Rv entre 10Ω e 10KΩ, é visualizado apenas os
níveis de potência para valores de Rv entre 10Ω e 2KΩ, para fins de visualização
dos maiores níveis de potência, em que estes estão localizados entre 10Ω e 100Ω
de carga. Para valores de Rv maiores que 2KΩ, a potência medida tende a diminuir
alcançando valores menores que 100mW para F4 e 12mW para os demais
captadores.
No Gráfico 28 pode ser visto que os níveis de tensão RMS do secundário
diminuem na medida em que os valores de Rv decrescem. Nos captadores F1, F1.1,
F2 e F3 a tensão RMS obtida possui valores quase que constantes para cargas
maiores que 200Ω. Para o F4, essa estabilização só é iniciada a partir de valores
maiores que 3KΩ.
Os valores de tensão e corrente na carga, tensão RMS e tensão de pico
medidos nos terminais do secundário antes do retificador e o valor de Rv no instante
de potência máxima para cada captador, estão descritos na Tabela 17.
TABELA 17 – NÍVEIS DE POTÊNCIA MÁXIMOS DOS CAPTADORES DE FERRITE
Tipo de material
Ref.
Resultados
V (rms)
V (pico)
V (Carga)
I (Carga)
P (Carga)
Rv (Carga)
[V] [mA] [mW] [Ω]
Ferrite
F1 1,27 2,72 1,0 16,83 16,83 60
F1.1 1,14 2,6 0,8 16,1 12,9 50
F2 1,0 2,01 0,4 10,1 4,0 40
F3 0,48 1,36 0,2 0,34 0,083 10
F4 5,47 7,23 5,025 62,8 315,6 80
2. Captadores nanocristalinos
Para os captadores de energia de material nanocristalino, os resultados
obtidos são os seguintes:
Resultados
91
GRÁFICO 29 – CAPTADORES COM NÚCLEO NANOCRISTALINO – POTÊNCIA NA CARGA
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 20000
0.02
0.04
0.06
Carga (Ohms)
Potê
ncia
(W
)
Resultados Experimentais
NC1
NC1.1
NC2
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 20000
1
2
3x 10
-3
Carga (Ohms)
Potê
ncia
(W
)
NC3
NC3.1
NC4
NC4.1
GRÁFICO 30 – CAPTADORES COM NÚCLEO NANOCRISTALINO – TENSÃO RMS NA SAÍDA DO
SECUNDÁRIO
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 100000
0.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
4
Carga (Ohms)
Tensão R
MS
(V
)
Resultados Experimentais
N1
N1.1
N2
N3
N3.1
N4
N4.1
Resultados
92
No Gráfico 29, é possível visualizar os valores de potência obtidos referente
aos valores de Rv dos captadores NC1, NC1.1, NC2, NC3, NC3.1 NC4 e NC4.1.
Embora os ensaios tenham sido realizados para valores de Rv entre 10Ω e 10KΩ,
são visualizados apenas os níveis de potência para valores de Rv entre 10Ω de
2KΩ, para fins de visualização dos maiores níveis de potência, em que estes estão
localizados entre 10Ω e 1k4Ω de carga. Para valores de Rv maiores que 100Ω, a
potência medida em NC1, NC1.1 e NC2 tende a diminuir alcançando valores na
escala de microwatts. Nos captadores NC3, NC3.1, NC4 e NC4.1 essa escala é
alcançada para valores de Rv maiores que 1K4Ω.
No Gráfico 30, pode ser visto que os níveis de tensão RMS do secundário
diminuem na medida que os valores de Rv decrescem. Nos captadores NC1, NC1.1
e NC2 a tensão RMS assumi valores quase que constantes para cargas maiores que
9KΩ . Para o NC3, NC3.1, NC4 e NC4.1, essa estabilização só é iniciada a partir de
valores maiores que 500Ω.
Os valores de tensão e corrente na carga, tensão RMS e tensão de pico
medidos nos terminais do secundário antes do retificador e o valor de Rv no instante
de potência máxima no resistor Rv de carga, são descritos na Tabela 18.
TABELA 18 – NÍVEIS DE POTÊNCIA MÁXIMOS DOS CAPTADORES NANOCRISTALINOS
Tipo de material Ref.
Resultados
V (rms)
V (pico)
V (Carga)
I (Carga)
P (Carga)
Rv (Carga)
[V] [mA] [mW] [Ω]
Nanocristalino
NC1 1.54 3,34 1,6 16,1 25,9 100
NC1.1 1,51 3,21 1,53 17 26,1 90
NC2 2,03 3,43 1,64 32,9 54 50
NC3 0,52 2,41 0,96 0,96 0,93 1K
NC3.1 0,79 3,21 1,6 1,2 2 1K3
NC4 0,41 1,55 0,06 6,3 0,39 10
NC4.1 0,89 2,81 1,4 1,2 1,6 1K2
3. Captadores de pó de ferro
Para os captadores de energia de material de pó de ferro, os resultados
obtidos são os descritos abaixo.
No Gráfico 31, é possível visualizar os valores de potência obtidos referente
aos valores de Rv dos captadores P3, P4.1e PE. Embora os ensaios tenham sido
Resultados
93
realizados para valores de Rv entre 10Ω e 10KΩ, é visualizado os valores de
potência obtidos para Rv entre 10Ω e 300Ω para o captador P3 e entre 10Ω e 100Ω
para P4.1 e PE, apenas para fins de visualização dos maiores níveis de potência.
Esses maiores níveis estão localizados entre 10Ω e 100Ω para os captadores P3,
P4.1 e PE. Para valores de Rv maiores que 100Ω, a potência medida em P3 tende a
diminuir alcançando valores menores que 0,2mW , para PE valores menores que
1µW e menores que 0,5 µW para P4.1.
No Gráfico 32, pode ser visto que os níveis de tensão RMS do secundário
praticamente de todos os captadores obtiveram pequenas variações na ascensão
dos valores de Rv. Para todos os captadores, a tensão RMS assumiu valores quase
que constantes para cargas maiores que 2KΩ.
GRÁFICO 31 – CAPTADOR COM NÚCLEO DE PÓ DE FERRO – POTÊNCIA NA CARGA
50 100 150 200 250 3000
2
4
6
8x 10
-4 Resultados Experimentais
Carga (Ohms)
Potê
ncia
(W
)
P3
10 20 30 40 50 60 70 80 90 1000
2
4
6
8x 10
-6
Carga (Ohms)
Potê
ncia
(W
)
P4.1
PE
Resultados
94
GRÁFICO 32 – CAPTADOR COM NÚCLEO DE PÓ DE FERRO – TENSÃO RMS NA SAÍDA DO SECUNDÁRIO
0 500 1000 1500 2000 2500 30000.06
0.065
0.07
0.075
0.08
0.085
0.09
Carga (Ohms)
Tensão R
MS
(V
)
Resultados Experimentais
P3
P4.1
PE
Os valores de tensão e corrente na carga, tensão RMS e tensão de pico
medidos nos terminais do secundário antes do retificador e o valor de Rv no instante
de potência máxima para cada captador, são descritos na Tabela 19.
TABELA 19 – NÍVEIS DE POTÊNCIA MÁXIMOS DOS CAPTADORES DE PÓ DE FERRO
Tipo de material
Ref.
Resultados
V (rms)
V (pico)
V (Carga)
I (Carga)
P (Carga)
Rv (Carga)
[mV] [mA] [mW] [Ω]
Pó de ferro
P3 84,4 17,9 88,9 8,8 0,77 10
P4.1 62,9 12,5 2,4 0,24 0,00058 10
PE 64 15,6 5 0,5 0,0025 10
Resumindo-se, pode ser visualizado no Gráfico 33 e Gráfico 34 os valores
máximos de potência e tensão RMS dos captadores com maior captação de energia
obtidos para cada tipo de material submetidos a cargas de 10Ω a 10KΩ.
Resultados
95
GRÁFICO 33 – CAPTADORES COM NÚCLEO DE FERRITE, NANOCRISTALINO E PÓ DE FERRO – POTÊNCIA NA CARGA
500 1000 1500 2000 2500 30000
0.05
0.1
0.15
0.2
0.25
0.3
Carga (Ohms)
Potê
ncia
(W
)
Resultados Experimentais
F4
NC2
P3
GRÁFICO 34 – CAPTADORES COM NÚCLEO DE FERRITE, NANOCRISTALINOS E PÓ DE FERRO – TENSÃO RMS NA SAÍDA DO SECUNDÁRIO
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 100000
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Carga (Ohms)
Tensão R
MS
(V
)
Resultados Experimentais
F4
N2
P3
Resultados
96
5.2.3 Terceira medição
Esta aferição teve por objetivo a obtenção do maior valor de potência
adquirido na carga independente do nível de tensão no resistor Rv, referente ao
circuito da Figura 18. Neste circuito a carga é conectada diretamente ao secundário
do captador. Os resultados obtidos para cada captador são baseados no valor RMS
da tensão do secundário.
Para uma melhor explanação dos resultados, em cada tipo de material foi
formulado gráficos dos valores de potência obtidos em função do resistor Rv. Esses
gráficos estão descritos abaixo.
1. Captadores de ferrite
O desempenho dos captadores de material de Ferrite após submissão dos
ensaios, obtiveram os seguintes resultados.
GRÁFICO 35 – CAPTADOR COM NÚCLEO DE FERRITE – POTÊNCIA NA CARGA
50 100 150 200 250 3000
0.02
0.04
0.06
0.08
0.1
0.12
Carga (Ohms)
Potê
ncia
(W
)
100 200 300 400 500 600 700 800 900 10000
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
Carga (Ohms)
Potê
ncia
(W
)
Resultados Experimentais
F1
F1.1
F2
F3
F4
Resultados
97
No Gráfico 35, é possível visualizar os valores de potência obtidos referente
aos valores de Rv dos captadores F1, F1.1, F2, F3 e F4. Embora os ensaios tenham
sido realizados para valores de Rv entre 10Ω e 10KΩ, é mostrado os valores de
potência obtidos para Rv entre 10Ω e 1KΩ para o captador F1 e entre 10Ω e 300Ω
para os demais, apenas para fins de visualização dos maiores níveis de potência.
Para valores de Rv maiores que 1KΩ, a potência medida tende a diminuir
alcançando valores menores que 100mW para o captador F4 e menores que 22 mW
para os demais com Rv maior que 300Ω.
Os valores de tensão e corrente na carga e o valor de Rv no instante de
potência máxima para cada captador são descritos na Tabela 20.
TABELA 20 – NÍVEIS DE POTÊNCIA MÁXIMOS DOS CAPTADORES DE FERRITE
Tipo de material Ref.
Resultados
VRMS (Carga)
I (Carga)
P (Carga)
Rv (Carga)
[V] [mA] [mW] [Ω]
Ferrite
F1 1,086 108,6 118 10
F1.1 1,06 106 112,3 10
F2 0,852 85,2 72,5 10
F3 0,381 38,1 145 10
F4 4,75 0,118 564,5 40
2. Captadores nanocristalinos
Para os captadores de energia de material nanocristalinos, os gráficos
obtidos são os seguintes.
No Gráfico 36, é possível visualizar os valores de potência obtidos referente
aos valores de Rv dos captadores NC1, NC1.1, NC2, NC3, NC3.1 NC4 e NC4.1.
Embora os ensaios tenham sido realizados para valores de Rv entre 10Ω e 10KΩ, é
mostrado os valores de potência obtidos para Rv entre 10Ω e 2KΩ para os
captadores NC1, NC1.1 e NC2 e entre 10Ω e 600Ω para os demais, apenas para
fins de visualização dos maiores níveis de potência. Para valores de Rv maiores
que 400Ω, a potência medida em NC1, NC1.1 e NC2 tende a diminuir com valores
menores que 50mW. Nos captadores NC3, NC3.1, NC4 e NC4.1 a potência assumi
valore menores que 10 mW para valores de Rv maiores que 100Ω.
Resultados
98
GRÁFICO 36 – CAPTADOR COM NÚCLEO NANOCRISTALINO – POTÊNCIA NA CARGA
200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 20000
0.05
0.1
0.15
Carga (Ohms)
Potê
ncia
(W
)
Resultados Experimentais
N1
N1.1
N2
50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 6000
0.01
0.02
0.03
Carga (Ohms)
Potê
ncia
(W
)
N3
N3.1
N4
N4.1
Os valores de tensão e corrente na carga e o valor de Rv no instante de
potência máxima são descritos na Tabela 21.
TABELA 21 – NÍVEIS DE POTÊNCIA MÁXIMOS DOS CAPTADORES DE LIGA NANOCRISTALINOS
Tipo de material Ref.
Resultados
V (Carga)
I (Carga)
P (Carga)
Rv (Carga)
[V] [mA] [mW] [Ω]
Nanocristalino
NC1 1,13 113,6 129 10
NC1.1 1.15 115,3 132,8 10
NC2 1,77 88,8 157,8 20
NC3 0,44 44,4 19,7 10
NC3.1 0,49 49,7 24,7 10
NC4 0,34 34,2 11,7 10
NC4.1 0,46 46,6 21,8 10
Resultados
99
3. Captadores de pó de ferro
Para os captadores de energia de material de pó de ferro, os resultados
obtidos são descritos abaixo.
É possível visualizar os valores de potência obtidos referente aos valores de
Rv dos captadores P3, P4.1 e PE. Embora os ensaios tenham sido realizados para
valores de Rv entre 10Ω e 10KΩ, é mostrado os valores de potência obtidos para Rv
entre 10Ω e 100Ω para todos os captadores, apenas para fins de visualização dos
maiores níveis de potência. Os maiores níveis de potência estão localizados entre
10Ω e 30Ω de carga para os todos os captadores. Para valores de Rv maiores que
100Ω, a potência medida nos captadores tende a diminuir alcançando valores
menores que 0,2mW para todos os captadores.
GRÁFICO 37 – CAPTADORES COM NÚCLEO DE PÓ DE FERRO – POTÊNCIA NA CARGA
10 20 30 40 50 60 70 80 90 1000
1
2
3
4
5
6
7
8x 10
-4 Resultados Experimentais
Carga (Ohms)
Potê
ncia
(W
)
P3
P4.1
PE
Os valores de tensão e corrente na carga e o valor de Rv no instante de
potência máxima para cada captador são descritos na Tabela 22.
Resultados
100
TABELA 22 – NÍVEIS DE POTÊNCIA MÁXIMOS DOS CAPTADORES DE PÓ DE FERRO
Tipo de material Ref.
Resultados
V (Carga)
I (Carga)
P (Carga)
Rv (Carga)
[mV] [mA] [mW] [Ω]
Pó de ferro
P3 85 8,5 0,72 10
P4.1 58 5,8 0,33 10
PE 64 6,4 0,41 10
Um resumo dos valores máximos de potência dos núcleos com maior
captação de energia obtidos para cada tipo de material pode ser visualizado no
Gráfico 38.
GRÁFICO 38 – CAPTADORES COM NÚCLEO DE FERRITE, NANOCRISTALINO E PÓ DE FERRO – POTÊNCIA NA CARGA
100 200 300 400 500 600 7000
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
Carga (Ohms)
Potê
ncia
(W
)
Resultados Experimentais
F4
N2
P3
Resultados
101
5.3 COMPROVAÇÃO DOS CÁLCULOS TEÓRICOS ATRAVÉS DE MEDIÇÕES DE TENSÃO NO CAPTADOR SEM CARGA – ETAPA 3
Nesta etapa, tomando como referência o circuito da Figura 19, foi
inicialmente desenvolvida a aquisição dos dados para a obtenção das formas de
onda no processo de aferição dos valores de tensão no secundário de cada
captador, quando o condutor primário foi submetido a uma corrente de 15A RMS.
Em seguida, este procedimento foi simulado via software com base nos dados
adquiridos na etapa 1. Para melhor compreensão, os resultados foram
separadamente divididos por tipo de material como se segue.
5.3.1 Captadores de Ferrite
1. Captador F1.1
O Gráfico 39 referencia-se a medição experimental no terminal secundário.
GRÁFICO 39 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F1.1 – RESULTADO EXPERIMENTAL
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-10
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
10Resultados Experimentais
Tempo(s)
Tensão (
V)
Resultados
102
GRÁFICO 40 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F1.1 – RESULTADO TEÓRICO
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-10
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
10
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultados Teóricos
No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no
Gráfico 39, em que foi obtido o valor Vrms = 1,72V e Vpico=9,24V.
No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no
terminal primário, foi possível obter Vrms= 6,69V e Vpico= 9,4V, como referenciado
no Gráfico 40.
As diferenças das formas de onda dos gráficos acima são devido ao efeito
de saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado.
Na Tabela 23 estão descritos os valores dos resultados experimental e
teórico.
TABELA 23 – RESULTADOS DO CAPTADOR F1.1
Tipo de material Ref.
Experimental Teórico
V (rms)
V (pico)
V (rms)
V (pico)
[V]
Ferrite F1.1 1,72 9,24 6,69 9,4
2. Captador F1
O Gráfico 41 referencia-se a medição experimental no terminal secundário.
Resultados
103
GRÁFICO 41 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F1 – RESULTADO EXPERIMENTAL
0.015 0.02 0.025 0.03 0.035-15
-10
-5
0
5
10
15Resultados Experimentais
Tempo(s)
Tensão (
V)
No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no
Gráfico 42, em que foi obtido o valor Vrms = 2,31V e Vpico=13,25V.
No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no
terminal primário, foi possível obter Vrms= 7,35V e Vpico= 10,35V como
referenciado no Gráfico 42.
As diferenças das formas de onda dos gráficos acima são devido ao efeito
de saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado.
Na Tabela 24 estão descritos os valores dos resultados experimental e
teórico.
Resultados
104
GRÁFICO 42 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F1 – RESULTADO TEÓRICO
0.015 0.02 0.025 0.03 0.035-15
-10
-5
0
5
10
15
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultados Teóricos
TABELA 24 – RESULTADOS DO CAPTADOR F1
Tipo de material Ref.
Experimental Teórico
V (rms)
V (pico)
V (rms)
V (pico)
[V]
Ferrite F1 2,31 13,25 7,35 10,35
3. Captador F2
O Gráfico 43 referencia-se a medição experimental no terminal secundário.
No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no
Gráfico 43, em que foi obtido o valor Vrms = 1,14V e Vpico= 3,9V.
No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no
terminal primário, foi possível obter Vrms= 2,8V e Vpico= 3,98V, como referenciado
no Gráfico 44.
As diferenças das formas de onda dos gráficos acima são devido ao efeito
de saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado.
Resultados
105
GRÁFICO 43 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F2 – RESULTADO EXPERIMENTAL
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
5Resultados Experimentais
Tempo(s)
Tensão (
V)
GRÁFICO 44 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F2 – RESULTADO TEÓRICO
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultados Teóricos
Na Tabela 25 estão descritos os valores dos resultados experimental e
teórico.
Resultados
106
TABELA 25 – RESULTADOS DO CAPTADOR F2
Tipo de material Ref.
Experimental Teórico
V (rms)
V (pico)
V (rms)
V (pico)
[V]
Ferrite F2 1,14 3,9 2,8 3,98
4. Captador F3
O Gráfico 45 referencia-se a medição experimental no terminal secundário.
GRÁFICO 45 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F3 – RESULTADO EXPERIMENTAL
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-2.5
-2
-1.5
-1
-0.5
0
0.5
1
1.5
2
2.5Resultados Experimentais
Tempo(s)
Tensão (
V)
No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no
Gráfico 45, em que foi obtido o valor Vrms = 0,46V e Vpico= 1,85V.
No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no
terminal primário, foi possível obter Vrms = 1,19V e Vpico= 1,67V como referenciado
no Gráfico 46.
Resultados
107
GRÁFICO 46 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F3 – RESULTADO TEÓRICO
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-2.5
-2
-1.5
-1
-0.5
0
0.5
1
1.5
2
2.5
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultados Teóricos
As diferenças das formas de onda dos gráficos acima são devido ao efeito
de saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado.
Na Tabela 26 estão descritos os valores dos resultados experimental e
teórico.
TABELA 26 – RESULTADOS DO CAPTADOR F3
Tipo de material Ref.
Experimental Teórico
V (rms)
V (pico)
V (rms)
V (pico)
[V]
Ferrite F3 0,46 1,85 1,19 1,67
Resultados
108
5. Captador F4
O gráfico a seguir referencia-se a medição experimental no terminal
secundário.
GRÁFICO 47 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F4 – RESULTADO EXPERIMENTAL
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04 0.045 0.05-25
-20
-15
-10
-5
0
5
10
15
20
25Resultados Experimentais
Tempo(s)
Tensão (
V)
No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no
Gráfico 47, em que foi obtido o valor Vrms = 8,74V e Vpico= 23.6V.
No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no
terminal primário, foi possível obter Vrms= 17,1V e Vpico= 23,9V, como referenciado
no Gráfico 48.
As diferenças das formas de onda dos gráficos são devido ao efeito de
saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado.
Também foi calculado a tensão obtida no entreferro do captador, devido este
ter seu núcleo laminado com 55 divisões. O resultado está descrito no Gráfico 49.
Resultados
109
GRÁFICO 48 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F4 – RESULTADO TEÓRICO
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04 0.045 0.05-25
-20
-15
-10
-5
0
5
10
15
20
25
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultados Teóricos
GRÁFICO 49 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR F4 – RESULTADO TEÓRICO
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-0.8
-0.6
-0.4
-0.2
0
0.2
0.4
0.6
0.8
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultado Teórico
A tensão total de saída teórico é a soma de Vrms = 23,9 V e Vrms = 0,6V.
Resultados
110
Na Tabela 27, estão descritos os valores dos resultados experimental e
teórico.
TABELA 27 – RESULTADOS DO CAPTADOR F4
Tipo de material Ref.
Experimental Teórico
V (rms)
V (pico)
V (rms)
V (pico)
[V]
Ferrite F4 8,74 23,6 17,32 24,5
Todos os resultados para os captadores de ferrite estão descritos na Tabela
28.
TABELA 28 – RESULTADOS DOS CAPTADORES DE FERRITE
Tipo de material Ref.
Experimental Teórico
V (rms)
V (pico)
V (rms)
V (pico)
[V]
Ferrite
F1.1 1,72 9,24 7,66 10,78
F1 2,31 13,25 8,4 11,84
F2 1,14 3,9 2,29 3,22
F3 0,46 1,85 1,19 1,67
F4 8,74 23,6 17,32 24,5
5.3.2 Captadores Nanocristalinos
1. Captador NC1.1
O Gráfico 50 referencia-se a medição experimental no terminal secundário.
No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no Gráfico 50,
em que foi obtido o valor Vrms = 5,28V e Vpico= 56,28V.
No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no
terminal primário, foi possível obter Vrms = 28,2V e Vpico = 39,9V, como
referenciado no Gráfico 51.
Resultados
111
GRÁFICO 50 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC1.1 – RESULTADO EXPERIMENTAL
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04 0.045 0.05-60
-40
-20
0
20
40
60Resultados Experimentais
Tempo(s)
Tensão (
V)
GRÁFICO 51 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC1.1 – RESULTADO TEÓRICO
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04 0.045 0.05-50
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
50
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultados Teóricos
Resultados
112
As diferenças das formas de onda dos gráficos são devido ao efeito de
saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado.
Também foi calculado a tensão obtida no entreferro do captador, devido este
ter seu núcleo laminado com 152 divisões. O resultado está descrito no Gráfico 52.
A tensão total de saída teórico é a soma de Vrms = 39,9 V e Vrms = 0,15V.
GRÁFICO 52 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC1.1 – RESULTADO TEÓRICO
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04 0.045 0.05-0.2
-0.15
-0.1
-0.05
0
0.05
0.1
0.15
0.2
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultado Teórico
Na Tabela 29 estão descritos os valores dos resultados experimental e
teórico.
TABELA 29 – RESULTADOS DO CAPTADOR NC1.1
Tipo de material Ref.
Experimental Teórico
V (rms)
V (pico)
V (rms)
V (pico)
[V]
Nanocristalino NC1.1 5,28 56,28 28,31 40,05
Resultados
113
2. Captador NC1
O Gráfico 53, referencia-se a medição experimental no terminal secundário.
GRÁFICO 53 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC1 – RESULTADO EXPERIMENTAL
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04 0.045 0.05-60
-40
-20
0
20
40
60
Tempo(s)
Tensão (
V)
Resultados Experimentais
No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no
Gráfico 53, em que foi obtido o valor Vrms = 5,16V e Vpico= 52,11V.
No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no
terminal primário, foi possível obter Vrms = 28,2V e Vpico = 39,9V, como
referenciado no Gráfico 54.
As diferenças das formas de onda dos gráficos são devido ao efeito de
saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado.
Também foi calculado a tensão obtida no entreferro do captador, devido este
ter seu núcleo laminado com 152 divisões. O resultado está descrito no Gráfico 55.
A tensão total de saída teórico é a soma de Vrms = 39,9 V e Vrms = 0,15V.
Resultados
114
GRÁFICO 54 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC1 – RESULTADO TEÓRICO
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04 0.045 0.05-50
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
50
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultados Teóricos
Gráfico 55 – Tensão de saída do captador NC1.1 – resultado Teórico
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04 0.045 0.05-0.2
-0.15
-0.1
-0.05
0
0.05
0.1
0.15
0.2
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultado Teórico
Resultados
115
Na Tabela 30 estão descritos os valores dos resultados experimental e
teórico.
TABELA 30 – RESULTADOS DO CAPTADOR NC1
Tipo de material Ref.
Experimental Teórico
V (rms)
V (pico)
V (rms)
V (pico)
[V]
Nanocristalino NC1 5,16 52,11 28,31 40,05
3. Captador NC2
O Gráfico 56 referencia-se a medição experimental no terminal secundário.
GRÁFICO 56 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR N2 – RESULTADO EXPERIMENTAL
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-30
-20
-10
0
10
20
30Resultados Experimentais
Tempo(s)
Tensão (
V)
No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no
Gráfico 56, em que foi obtido o valor Vrms = 4,61V e Vpico= 26,15V.
No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no
terminal primário, foi possível obter Vrms = 18,92V e Vpico = 26,62V, como
referenciado no Gráfico 57.
As diferenças das formas de onda dos gráficos são devido ao efeito de
saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado.
Resultados
116
GRÁFICO 57 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC2 – RESULTADO TEÓRICO
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-30
-20
-10
0
10
20
30
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultados Teóricos
Também foi calculado a tensão obtida no entreferro do captador, devido este
ter seu núcleo laminado com 152 divisões. O resultado está descrito no Gráfico 58.
GRÁFICO 58 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC2 – RESULTADO TEÓRICO
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-0.1
-0.08
-0.06
-0.04
-0.02
0
0.02
0.04
0.06
0.08
0.1
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultado Teórico
Resultados
117
A tensão total de saída teórico é a soma de Vrms = 26,62 V e Vrms = 0,1V.
Na Tabela 31 estão descritos os valores dos resultados experimental e
teórico.
TABELA 31 – RESULTADOS DO CAPTADOR NC2
Tipo de material Ref.
Experimental Teórico
V (rms)
V (pico)
V (rms)
V (pico)
[V]
Nanocristalino NC2 4,61 26,15 18,92 26,63
4. Captador NC3
O Gráfico 59 referencia-se a medição experimental no terminal secundário.
GRÁFICO 59 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC3 – RESULTADO EXPERIMENTAL
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04 0.045 0.05-15
-10
-5
0
5
10
15Resultados Experimentais
Tempo(s)
Tensão (
V)
No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no
Gráfico 59, em que foi obtido o valor Vrms = 0,89V e Vpico= 11,72V.
Resultados
118
GRÁFICO 60 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC3 – RESULTADO TEÓRICO
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04 0.045 0.05-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultados Teóricos
GRÁFICO 61 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC3 – RESULTADO TEÓRICO
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04 0.045 0.05-0.04
-0.03
-0.02
-0.01
0
0.01
0.02
0.03
0.04
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultado Teórico
Resultados
119
No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no
terminal primário, foi possível obter Vrms = 6,57V e Vpico = 4,69V, como
referenciado no Gráfico 60.
As diferenças das formas de onda dos gráficos acima são devido ao efeito
de saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado.
Também foi calculado a tensão obtida no entreferro do captador, devido este
ter seu núcleo laminado com 152 divisões. O resultado está descrito no Gráfico 61.
A tensão total de saída teórico é a soma de Vrms = 6,57 V e Vrms = 0,03V.
Na Tabela 32 estão descritos os valores dos resultados experimental e
teórico.
TABELA 32 – RESULTADOS DO CAPTADOR NC3
Tipo de material Ref.
Experimental Teórico
V (rms)
V (pico)
V (rms)
V (pico)
[V]
Nanocristalino NC3 0,89 11,72 4,69 6,57
5. Captador NC3.1
O Gráfico 62, referencia-se a medição experimental no terminal secundário.
No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no Gráfico 62,
em que foi obtido o valor Vrms =1,7 V e Vpico= 26,5 V.
No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no
terminal primário, foi possível obter Vrms = 9,16V e Vpico= 12,83 V, como
referenciado no Gráfico 63.
As diferenças das formas de onda dos gráficos são devido ao efeito de
saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado.
Resultados
120
GRÁFICO 62 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC3.1 – RESULTADO EXPERIMENTAL
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04 0.045 0.05-30
-20
-10
0
10
20
30
Tempo(s)
Tensão (
V)
Resultados Experimentais
GRÁFICO 63 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC3.1 – RESULTADO TEÓRICO
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04 0.045 0.05-15
-10
-5
0
5
10
15
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultados Teóricos
Resultados
121
Também foi calculado a tensão obtida no entreferro do captador, devido este
ter seu núcleo laminado com 152 divisões. O resultado está descrito no Gráfico 64.
A tensão total de saída teórico é a soma de Vrms = 12,83 V e Vrms = 0,06V.
GRÁFICO 64 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC3.1 – RESULTADO TEÓRICO
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04 0.045 0.05-0.08
-0.06
-0.04
-0.02
0
0.02
0.04
0.06
0.08
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultado Teórico
Na tabela abaixo estão descritos os valores dos resultados experimental e
teórico.
TABELA 33 – RESULTADOS DO CAPTADOR NC3.1
Tipo de material Ref.
Experimental Teórico
V (rms)
V (pico)
V (rms)
V (pico)
[V]
Nanocristalino NC3.1
1,7 26,5 9,16 12,89
6. Captador NC4
O Gráfico 65, referencia-se a medição experimental no terminal secundário.
Resultados
122
GRÁFICO 65 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC4 – RESULTADO EXPERIMENTAL
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04 0.045 0.05
-10
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
10
Resultados Experimentais
Tempo(s)
Tensão (
V)
GRÁFICO 66 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC4 – RESULTADO TEÓRICO
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04 0.045 0.05-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultados Teóricos
No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no
Gráfico 65, em que foi obtido o valor Vrms = 0,77V e Vpico= 9,77V.
Resultados
123
No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no
terminal primário, foi possível obter Vrms = 4,55V e Vpico = 6,38V, como
referenciado no Gráfico 67.
As diferenças das formas de onda dos gráficos são devido ao efeito de
saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado.
Também foi calculado a tensão obtida no entreferro do captador, devido este
ter seu núcleo laminado com 152 divisões. O resultado está descrito no Gráfico 67.
A tensão total de saída teórico é a soma de Vrms = 6,38V e Vrms = 0,05V.
GRÁFICO 67 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC4 – RESULTADO TEÓRICO
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04 0.045 0.05-0.06
-0.04
-0.02
0
0.02
0.04
0.06
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultado Teórico
Na Tabela 34 estão descritos os valores dos resultados experimental e
teórico.
Resultados
124
TABELA 34 – RESULTADOS DO CAPTADOR NC4
Tipo de material Ref.
Experimental Teórico
V (rms)
V (pico)
V (rms)
V (pico)
[V]
Nanocristalino NC4 0,77 9,77 4,55 6,43
7. Captador NC4.1
O Gráfico 68, referencia-se a medição experimental no terminal secundário.
GRÁFICO 68 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC4.1 – RESULTADO EXPERIMENTAL
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04 0.045 0.05-30
-20
-10
0
10
20
30
Tempo(s)
Tensão (
V)
Resultados Experimentais
Resultados
125
GRÁFICO 69 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC4.1 – RESULTADO TEÓRICO
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04 0.045 0.05-20
-15
-10
-5
0
5
10
15
20
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultados Teóricos
No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no
Gráfico 68, em que foi obtido o valor Vrms = 2,14V e Vpico= 24,52V.
No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no
terminal primário, foi possível obter Vrms = 13,6V e Vpico = 19,05V, como
referenciado no Gráfico 69.
As diferenças das formas de onda dos gráficos são devido ao efeito de
saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado.
Também foi calculado a tensão obtida no entreferro do captador, devido este
ter seu núcleo laminado com 152 divisões. O resultado está descrito no Gráfico 59.
A tensão total de saída teórico é a soma de Vrms = 19,05V e Vrms = 0,17V.
Resultados
126
GRÁFICO 70 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR NC4.1 – RESULTADO TEÓRICO
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04 0.045 0.05-0.2
-0.15
-0.1
-0.05
0
0.05
0.1
0.15
0.2
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultado Teórico
Na Tabela 35 estão descritos os valores dos resultados experimental e
teórico.
TABELA 35 – RESULTADOS DO CAPTADOR NC4.1
Tipo de material Ref.
Experimental Teórico
V (rms)
V (pico)
V (rms)
V (pico)
[V]
Nanocristalino NC4.1 2,14 24,52 15,55 19,22
Na Tabela 36, encontra-se um resumo dos resultados para os captadores
nanocristalinos.
Resultados
127
TABELA 36 – RESULTADOS DOS CAPTADORES NANOCRISTALINOS
Tipo de material Ref.
Experimental Teórico
V (rms)
V (pico)
V (rms)
V (pico)
[V]
Nanocristalino
NC1.1 5,16 52,11 28,31 40,05
NC1 5,16 52,11 28,31 40,05
NC2 4,61 26,15 18,92 26,63
NC3 0,89 11,72 4,69 6,57
NC3.1 1,7 26,5 9,16 12,89
NC4 0,77 9,77 4,55 6,43
NC4.1 2,14 24,52 15,55 19,22
5.3.3 Captadores de Pó de Ferro
1. Captador P3
O Gráfico 67, referencia a medição experimental no terminal secundário.
GRÁFICO 71 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR P3 – RESULTADO EXPERIMENTAL
-0.1 -0.08 -0.06 -0.04 -0.02 0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1
-0.1
-0.05
0
0.05
0.1
0.15
Tempo(s)
Tensão (
V)
Resultados Experimentais
Resultados
128
GRÁFICO 72 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR P3 – RESULTADO TEÓRICO
-0.1 -0.08 -0.06 -0.04 -0.02 0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1-0.2
-0.15
-0.1
-0.05
0
0.05
0.1
0.15
0.2
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultados Teóricos
No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no
Gráfico 71, em que foi obtido o valor Vrms = 89,6mV e Vpico= 140,6mV.
No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no
terminal primário, foi possível obter Vrms = 130mV e Vpico= 188mV como
referenciado no Gráfico 68.
As diferenças das formas de onda dos gráficos acima são devido ao efeito
de saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado.
Na Tabela 37 estão descritos os valores dos resultados experimental e
teórico.
TABELA 37 – RESULTADOS DO CAPTADOR P3
Tipo de material Ref.
Experimental Teórico
V (rms)
V (pico)
V (rms)
V (pico)
[mV]
Pó de ferro P3 89,6 140,6 130 188
Resultados
129
2. Captador P4.1
O gráfico a seguir referencia-se a medição experimental no terminal
secundário.
GRÁFICO 73 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR P4.1 – RESULTADO EXPERIMENTAL
-0.1 -0.08 -0.06 -0.04 -0.02 0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1
-0.1
-0.05
0
0.05
0.1
0.15
Tempo(s)
Tensão (
V)
Resultados Experimentais
No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no
Gráfico 73, em que foi obtido o valor Vrms = 61mV e Vpico= 100,7mV.
No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no
terminal primário, foi possível obter Vrms = 64,1mV e Vpico= 89,8mV, como
referenciado no Gráfico 74.
As diferenças das formas de onda dos gráficos acima são devido ao efeito
de saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado.
Resultados
130
GRÁFICO 74 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR P4.1 – RESULTADO TEÓRICO
-0.1 -0.08 -0.06 -0.04 -0.02 0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1-0.1
-0.08
-0.06
-0.04
-0.02
0
0.02
0.04
0.06
0.08
0.1
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultados Teóricos
Na Tabela 38 estão descritos os valores dos resultados experimental e
teórico.
TABELA 38 – RESULTADOS DO CAPTADOR P4.1
Tipo de material Ref.
Experimental Teórico
V (rms)
V (pico)
V (rms)
V (pico)
[mV]
Pó de ferro P4.1 61 100,7 64,1 89,8
3. Captador PE
O Gráfico 75, referencia-se a medição experimental no terminal secundário.
No experimento foi constatada a saturação do núcleo como mostrado no Gráfico 75,
em que foi obtido o valor Vrms = 44,1mV e Vpico= 53,3mV.
No processo de simulação, quando aplicado uma corrente de 15 A no
terminal primário, foi possível obter Vrms = 78,7mV e Vpico = 111mV como
referenciado no Gráfico 76.
Resultados
131
GRÁFICO 75 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR PE – RESULTADO EXPERIMENTAL
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025
-0.1
-0.05
0
0.05
0.1
0.15
Tempo(s)
Tensão (
V)
Resultados Experimentais
GRÁFICO 76 – TENSÃO DE SAÍDA DO CAPTADOR PE – RESULTADO TEÓRICO
-0.025 -0.02 -0.015 -0.01 -0.005 0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025-0.2
-0.15
-0.1
-0.05
0
0.05
0.1
0.15
Tempo (s)
Tensão (
V)
Resultados Teóricos
As diferenças das formas de onda dos gráficos acima são devido ao efeito
de saturação do núcleo, o qual não foi possível de ser simulado. Na Tabela 39 estão
descritos os valores dos resultados experimental e teórico.
Resultados
132
TABELA 39 – RESULTADOS DO CAPTADOR PE
Tipo de material Ref.
Experimental Teórico
V (rms)
V (pico)
V (rms)
V (pico)
[mV]
Pó de ferro PE 44,1 53,3 78,7 111
Os resultados obtidos para os captadores de pó de ferro estão descritos na
Tabela 40. O resultado geral de todos os núcleos encontra-se nas Tabelas 41 e 42.
TABELA 40 – RESULTADOS DOS CAPTADORES DE PÓ DE FERRO
Tipo de material Ref.
Experimental Teórico
V (rms)
V (pico)
V (rms)
V (pico)
[mV]
Pó de ferro
P3 89,6 140,6 130 188
P4.1 61 100,7 64,1 89,8
PE 44,1 53,3 78,7 111
Resultados
133
TABELA 41 – RESULTADO GERAL DE TODOS OS CAPTADORES TESTADOS – ETAPA 2 – SEGUNDA MEDIÇÃO
Tipo do
Material Ref.
PARÂMETROS MAGNÉTICOS – ETAPA 1 CAPTAÇÃO DE POTÊNCIA MÁXIMA – ETAPA 2 – SEGUNDA MEDIÇÃO
COMPARAÇÃO – ETAPA 3
Experimento Teoria
r
Máximo
m cH Bsat
Inicial Br
Ip
RMS
VRMS (Carga)
I (Carga)
P (Carga)
Rv (Carga)
V (rms)
V (pico)
V (rms)
V (pico)
[H/m] [A/m] [T] [A] [V] [mA] [mW] [Ω] [V]
Pó
de
ferr
o
P3 117 0,000147 800 0,79 0,18 295 0,0889 8,8 0,77 10 0,0896 0,1406 0,013 0,188
P4.1 65,5 0,0000823 603 0,5 0,06 366 0,0024 0,24 0,00058 10 0,061 0,1 0,0641 0,0898
PE 100 0,00012 1700 0,6 0,4 292 0,0005 0,5 0,0025 10 0,0441 0,0533 0,0787 0,111
Ferr
ite
F1 17.838 0,026 15 0,35 0,1 2,08
1,0 16,83 16,83 60 2,31 13,25 7,35 10,35
F1.1 0,8 16,1 12,9 50 1,72 9,24 6,69 9,4
F2 9.360 0,011 12,5 0,43 0,1 3,24 0,4 10,1 4,0 40 1,14 3,9 2,8 3,98
F3 6.800 0,0085 14 0,5 0,1 2,1 0,2 0,34 0,083 10 0,46 1,85 1,19 1,67
F4 44.090 0.0554 40 1,5 1,29 7,53 5,025 62,8 315,6 80 8,74 23,6 17,32 24,5
Nan
ocri
sta
lin
o
NC1
172.780 0,21 1,42 1,2 0,3 0,70
1,6 16,1 25,9 100 5,16 52,11 28,31 40,05
NC1.1 1,53 17 26,1 90 5,16 52,11 28,31 40,05
NC2 1,64 32,9 54 50 4,61 26,15 18,92 26,63
NC3 0,96 0,96 0,93 1K 0,89 11,72 4,69 6,57
NC3.1 1,6 1,2 2 1K3 1,7 26,5 9,16 12,89
NC4 0,06 6,3 0,39 10 0,77 9,77 4,55 6,43
NC4.1 1,4 1,2 1,6 1K2 2,14 24,52 15,55 19,22
Resultados
134
TABELA 42 – RESULTADO GERAL DE TODOS OS CAPTADORES TESTADOS – ETAPA 2 – TERCEIRA MEDIÇÃO
Tipo do
Material Ref.
PARÂMETROS MAGNÉTICOS – ETAPA 1 CAPTAÇÃO DE POTÊNCIA MÁXIMA – ETAPA 2 – TERCEIRA MEDIÇÃO
COMPARAÇÃO – ETAPA 3
Experimento Teoria
r
Máximo
m cH Bsat
Inicial Br
Ip
RMS
VRMS (Carga)
I (Carga)
P (Carga)
Rv (Carga)
V (rms)
V (pico)
V (rms)
V (pico)
[H/m] [A/m] [T] [A] [V] [mA] [mW] [Ω] [V]
Pó
de
ferr
o
P3 117 0,000147 800 0,79 0,18 295 0,085 8,5 0,72 10 0,0896 0,1406 0,013 0,188
P4.1 65,5 0,0000823 603 0,5 0,06 366 0,058 5,8 0,33 10 0,061 0,1 0,0641 0,0898
PE 100 0,00012 1700 0,6 0,4 292 0,064 6,4 0,41 10 0,0441 0,0533 0,0787 0,111
Ferr
ite
F1 17.838 0,026 15 0,35 0,1 2,08
1,086 108,6 118 10 2,31 13,25 7,35 10,35
F1.1 1,06 106 112,3 10 1,72 9,24 6,69 9,4
F2 9.360 0,011 12,5 0,43 0,1 3,24 0,852 85,2 72,5 10 1,14 3,9 2,8 3,98
F3 6.800 0,0085 14 0,5 0,1 2,1 0,381 38,1 145 10 0,46 1,85 1,19 1,67
F4 44.090 0,0554 40 1,5 1,29 7,53 4,75 0,118 564,5 40 8,74 23,6 17,32 24,5
Nan
ocri
sta
lin
o
NC1
172.780 0,21 1,42 1,2 0,3 0,70
1,13 113,6 129 10 5,16 52,11 28,31 40,05
NC1.1 1.15 115,3 132,8 10 5,16 52,11 28,31 40,05
NC2 1,77 88,8 157,8 20 4,61 26,15 18,92 26,63
NC3 0,44 44,4 19,7 10 0,89 11,72 4,69 6,57
NC3.1 0,49 49,7 24,7 10 1,7 26,5 9,16 12,89
NC4 0,34 34,2 11,7 10 0,77 9,77 4,55 6,43
NC4.1 0,46 46,6 21,8 10 2,14 24,52 15,55 19,22
Resultados
135
6 CONCLUSÃO
Conclusão
136
6 CONCLUSÃO
Neste trabalho foram apresentados estudos teóricos e proposições
experimentais referentes a um protótipo de um sistema de captação de energia por
dispersão magnética em linha de potência de uma rede elétrica. Esses estudos e
proposições tiveram por base, testes com captadores baseados em núcleos
toroidais, com características diferentes, sendo que 5 destes são de ferrite, 7
nanocristalino e 3 de pó de ferro, com a finalidade de obtenção do maior nível de
potência.
O protótipo consiste de uma planta piloto utilizada para emular as altas
correntes da linha de distribuição e de um circuito de condicionamento de potência
para a retificação e filtragem da energia captada. Para tanto, este processo foi
dividido em três etapas.
A primeira etapa teve por objetivo, a determinação dos parâmetros
magnéticos de cada captador de energia. Para os núcleos de ferrite, o captador
referenciado como F4, obteve o maior valor de permeabilidade magnética relativa,
força coerciva, densidade de fluxo residual e densidade de fluxo de saturação,
porém foi constatado o núcleo com maiores perdas, devido ter a área do laço B x H
maior que os demais. Para os captadores nanocristalinos, ambos obtiveram a
mesma permeabilidade magnética relativa com valores de Br e Hc bem próximos
uns dos outros, sendo que o captador NC2 obteve a maior densidade de fluxo de
saturação. Para os captadores de pó de ferro, o P3 obteve melhor desempenho por
apresentar a maior permeabilidade magnética relativa, consequentemente a maior
densidade de fluxo de saturação. Comparando-se os captadores de melhor
desempenho de cada tipo de material (F4, NC2 e P3) submetidos a testes em
questões de desempenho de captação de fluxo, o captador F4 de ferrite foi o de
maior destaque, embora este tenha permeabilidade magnética inferior ao NC2.
A segunda etapa teve por resultados os níveis de potência obtidos no
processo de captação de energia. Mesmo os núcleos nanocristalinos obtendo os
maiores níveis de permeabilidade magnética relativa, o núcleo de ferrite F4 obteve
os níveis de potência mais elevados dentre todos os tipos de núcleo em teste. Os
núcleos de pó de ferro obtiveram resultados relativamente baixos com valores de
potência na escala de microwatts a nanowatts. Os núcleos nanocristalinos
Conclusão
137
mostraram possuir excelente captação de campo magnético, porém a sua saturação
ocorre para pequenos valores de corrente. Quando submetidos a altas correntes,
seu valor de tensão RMS na saída do secundário é pequeno devido o sinal medido
ter uma pequena área decorrente a saturação do núcleo. Ainda para esses núcleos,
foi constatado nos experimentos que quando o condutor secundário é submetido a
cargas com valores baixos, a corrente que circula na carga gera um contra fluxo no
núcleo reduzindo assim a tensão de saída no secundário.
De acordo com os ensaios, foi constatado que os núcleos magnéticos
fornecem um maior nível de tensão quando estão em sua região de saturação inicial.
Quando se encontram em um estágio de saturação muito elevado, sua tensão de
saída é reduzida, causando uma diminuição no fornecimento de energia. Essa
situação só foi vista nos captadores nanocristalinos.
Nos experimentos, alguns núcleos como as mesmas dimensões foram
bobinados com o mesmo número de voltas, porém com fios de espessuras
diferentes. Em condições iguais de testes, foi verificado que os núcleos obtiveram o
mesmo nível de tensão.
Em outros ensaios, núcleos assimétricos foram bobinados um com número
de voltas elevado, porém com um fio fino e outros com um número de voltas baixo,
porém com um fio grosso. Foi observado que o captador com o número de voltas
elevado obteve melhor captação bem acima do que o núcleo com fio de bitola mais
grossa.
Portanto, para o sistema proposto foi possível fornecer uma potência
máxima de até 315 mW com tensão de 5 Vcc para uma carga de 80Ω com o uso de
um retificador e um capacitor de filtro. Para cargas conectadas diretamente no
terminal secundário do captador foi possível obter uma potência de até 564,5 mW
com tensão 4,75 VRMS para uma carga de 40Ω. Ambos os valores de potência
adquiridos retratam-se ao captador de ferrite F4
Enfim, conclui-se que o uso de captadores de material de ferrite é mais
viável (embora não apresentem os maiores valores de r ), pois estes não saturam
tão rápido como os captadores de material nanocristalino (onde foi constatado os
maiores valores de r ) e também não são tão insensíveis a captação de fluxo como
os materiais de pó de ferro (onde foi constatado menores valores de r ).
Conclusão
138
7 TRABALHOS REALIZADOS
Trabalhos Realizados
139
7 TRABALHOS REALIZADOS
MORAES JUNIOR, T. O.; RODRIGUEZ, Y. P. M.; SOUZA, C. P. Sistema de
Recuperação de Energia através de Ruído Magnético em Linha de Potência,
IBERCHIP 2013 - Cusco, Peru. February 27-March 1, 2013.
Patente depositada
DISPOSITIVO DE MEDIÇÃO ALIMENTADO POR INDUÇÃO MAGNÉTICA
DISPERSA EM CONDUTORES ELÉTRICOS Número da patente:
BR1020130000051 (ou PI1020130000051). INPI, em 19 de dezembro de 2012
140
8 REFERÊNCIAS
Referências
141
8 REFERÊNCIAS
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APÊNDICE 1
Apêndice 1
145
APÊNDICE 1 - CÓDIGO RESPONSAVEL POR O MODELAMENTO DOS DADOS AQUISITADO EM OSCILOSCOPIO PARA A DETERMINAÇÃO DAS CARACTARISTICAS MAGNÉTICAS DOS CAPTADORES
clear all; %zera todas a variáveis path='C:\Users\Tarcisio\Dropbox\Tarcísio_Protásio_Yuri\TESTES\Dados
colhidos\LAÇOBH\N2\'; % Diretório para upload dos arquivos
cont=0;
%////////////ESPECIFICAÇÕES DO CIRCUITO E DA BOBINA/////////////////
ht=0.0044;%ht é a espessura total do núcleo w=0.01035;%w é a altura total do núcleo r1=0.0225;% r1 é o raio inicial para a primeira lamina N1=75;%N1 é o número de espiras do primário N2=58;%N2 é o número de espiras do secundário L=155; %L é o número de lâminas A=ht*w; % cálculo da area do núcleo h=ht/L; %cálculo da largura de cada lamina S=0.0000006;%largura da isolação entre cada lamina u0=4*pi*10^-7; %permeabilidade do ar
C1=1*10^-6; % Capacitor C1 de realimentação do integrador R6=1*10^3; % resistor R6 na entrada inversora do integrador Rm = 400; %Resitor de medição
%////////////DADOS DO CÓDIGO E DAS AMOSTRAS REALIZADAS/////////////////
n =28; %é o número de arquivos de amostras N = 2000; % número de amostras por arquivo
%//////////LAÇO PARA O CARREGAR TODOS AS AMOSTRAS COLHIDAS///////////////
for i=1:n; %laço para carregar arquivo por arquivo da pasta e extrair os %valores maximos de cada laço colhido
file=strcat(path,'scope_',num2str(i-1),'.csv'); % lê o arquivo
scope_(i).csv, onde %i indica o número do nome do arquivo
D = importdata(file,',',2); % importa os dados do arquivo que estão %separados por virgula sendo que a leitura é feita apartir da %terceira linha. O 2 simboliza que a leitura pula as duas linhas
iniciais %e começa da terceira. ESSE COMANDO (pular duas linhas)FOI UTiLIZADO %PORQUE AS DUAS PRIMEIRAS LINHAS DO ARQUIVO SÃO TEXTO E ESTE COMANDO SÓ %LER DADOS NUMERICOS %A é uma matriz 2000x4 chamada data
Apêndice 1
146
vetor1=D.data(1:N,2); %VT é um vetor que recebe os elementos da %da segunda coluna da matriz DATA correspondente a corrente do %primário do toroide vetor2=D.data(1:N,3);%V0 é um vetor que recebe os elementos da %da terceira coluna da matriz DATA correspondente a tensão de %saída do integrador de miller
VT(i)=max(vetor1);% b é um vetor formado por os valores maximos dos % laços de histerese colhidos na medição correspondente a corrente no % primário do toroide
V0(i)=max(vetor2);% c é um vetor formado por os valores maximos dos % laços de histerese colhidos na medição correspondente a tensão % de saída do integrador de miller %plot(VT,V0); %clear A;
%////////////////////CALCULO DO CIRCUITO/////////////////////
Ipmax=(VT(i)/Rm); %Calculo da corrente do primário para plotar % a curva de magnetização. VT foi dividido por Rm, pois se trata %do valor do resistor em que a tensão foi colhida. Ip=(vetor1/Rm); %cálculo da corrente do primário para plotar % o laço BxH. vetor1 foi dividido por Rm pois se trata do valor do
resistor %onde a tensão foi colhida. r(i)=r1+(i-1)*(h+S); % Calculo da raio de cada lamina l=2*pi*r(i); % comprimento médio do núcleo
%////////////// CALCULO DA INTENSIDADE E DENSIDADE /////////////
H=(N1*Ip)/l; % intensidade do campo magnético B=((C1*R6)/(N2*A))*vetor2; % densidade do campo magnético Hmax(i)=(N1*Ipmax)/l; % intensidade do campo magnético MÁXIMO Bmax(i)=((C1*R6)/(N2*A))*V0(i); % densidade do campo magnético MÁXIMA
%//////////////// PERMEBILIDADE RELATIVA ///////////////////
ur(i)=(B(i+1)-B(i))/((H(i+1)-H(i))*u0);%permebilidade relativa %com relação a dB/dh ur2(i)=Bmax(i)/(Hmax(i)*u0);%%permebilidade relativa %com relação cada ponto de b e h um=ur*u0; %permeabilidade do material
%////////// FLUXO MAGNÉTICO /////////////
Fi=B*A; %Fi é o fluxo magnético, B é a desnsidade e A é a area
Apêndice 1
147
%///////// CÁLCULO DA MÉDIA ///////////////////////
Passo = 15; % Número de amostras sequenciais que serão utilizadas para
o cálculo da média local z = 1;
for m = N+1:1:N+1+Passo, H(m)=H(N); B(m)=B(N); end % Completar passos
finais (Erro se não o fizer)
for k = 1:Passo:N % Varrer todo o arquivo H_med(z) = 0; B_med(z) = 0;
for m = k:1:k+Passo % Média do Passo H_med(z) = H(m) + H_med(z); B_med(z) = B(m) + B_med(z); end H_med(z) = H_med(z)/Passo; B_med(z) = B_med(z)/Passo;
z = z + 1; end
%////////////////////// CURVAS H x B ////////////////////////////
%//Pontos da Curva de magnetização considerando a média de H //////
[H_med_max(i), I_max] = max(H_med); % I_max é o índice do valor %máximo de H B_med_max(i) = B_med(I_max);
%//Pontos da Curva de magnetização considerando a média de B //////
[B_med_max2(i), I_max] = max(B_med); % I_max é o índice do valor máximo
de B H_med_max2(i) = H_med(I_max);
%******************************************************* % Cálculo do ponto inicial de saturação N_med = length(H_med);
%O ponto inicial de saturação é o ponto em que a derivada dB/dH é %mínimo, ou seja, não há praticamente variação de B (dB ~ 0)
for k = 2:1:N_med % Considerando somente o 1º quadrante (H e B positivos), pois é % neste quadrante que queremos plotar a saturação if (H_med(k) > 0) & (B_med(k) > 0) % ur_med(k) = dB/dH em cada ponto k ur_med(k) =(B_med(k)-B_med(k-1))/((H_med(k)-H_med(k-1))*u0); else % Aqui, se fora do 1º quadrante, colocamos o valor máximo % possível, pois o importante é o valor mínimo ur_med(k) = +inf; end end
Apêndice 1
148
% Computação do valor mínimo de dB/dH = ur_med(k) [ur_med_max, I_min] = min(ur_med); % I_min é o índice do ponto de saturação H_med_sat(i) = H_med(I_min); B_med_sat(i) = B_med(I_min); ur_sat(i) =B_med_sat(i)/(H_med_sat(i)*u0);
end
%/PLOTAR CURVA DE MAGNETIZAÇÃO: CONSIDERANDO PONTO DE SATURAÇÃO COMPUTADO//
plot(H_med_sat, B_med_sat,'b-','LineWidth',2);grid on; hold off axis([0 70 0 1.8]); title('Resultados Experimentais'), xlabel('Intensidade
(A/m)'),ylabel('Densidade (T)');
%////////////////AJUSTE DE CURVA DA PERMEABILIDADE///////////////////
if cont==1 %Condição para entrar no ajuste de curcva. Se cont==1 não %executa. Se cont==0 executa p=polyfit(H_med_sat,B_med_sat,10); xp= linspace(0,60); %este vetor foi criado apenas para o calculo do %ajuste de curva ter um eixo x de referencia, ou seja, xp estar %representando a intesidade H. z=polyval(p,xp); %este vetor representa os novos pontos das coordenadas % da densidade B ja ajustados plot(H_med_sat,B_med_sat,'r-*',xp,z,'LineWidth',2) %plot(xp,z,'LineWidth',2) axis([-1 60 0 1]); %mostra a resolução do sinal para o plot do grafico grid on; title('Resultados Experimentais'), xlabel('Intensidade
(A/m)'),ylabel('Densidade (T)'); end
APÊNDICE 2
Apêndice 2
150
APÊNDICE 2 - CÓDIGO RESPONSÁVEL POR O MODELAMENTO DOS DADOS QUE FORAM FEITOS A AQUISIÇÃO EM OSCILOSCOPIO PARA A DETERMINAÇÃO DOS VALORES DE POTÊNCIA NA CARGA DO CCD
clear all; %zera todas a variáveis cont=0; m=5; %m é o número de diretórios n=27; %é o número de amostras colhidos R=[10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100
1200 1300 1400 1500 2000 3000 10000];% Este vetor % é formado por os valores dos resitores de carga que foram realizados os % testes
%//////////////////////// ENDEREÇAMENTO DO DIRETÓRIO///////////////// %Este laço direciona as pastas que contem os arquivos de extensão .csv %que necessitam ser abertos. Quando todos os arquivos da pasta forem %forem lidos, este laço seleciona a próxima pasta para a leitura %de novos arquivos de extensão .csv
for j=1:m
switch cont case 0 path='C:\Users\Tarcisio\Desktop\T1\TESTES\Testes
CCD\Ferrite\F1\F1CCD\'; case 1 path='C:\Users\Tarcisio\Desktop\T1\TESTES\Testes
CCD\Ferrite\F1.1\F1.1CCD\'; case 2 path='C:\Users\Tarcisio\Desktop\T1\TESTES\Testes
CCD\Ferrite\F2\F2CCD\'; case 3 path='C:\Users\Tarcisio\Desktop\T1\TESTES\Testes
CCD\Ferrite\F3\F3CCD\'; otherwise path='C:\Users\Tarcisio\Desktop\T1\TESTES\Testes
CCD\Ferrite\F4\F4CCD\';
end Pmax=0;
%//////////////////////// CARREGAR ARQUIVOS/////////////////// %Laço para carregar arquivo por arquivo da pasta selecionada por o laço % anterior e extrair os valores médios de cada laço colhido.
for i=1:n; %laço para carregar arquivo por arquivo da pasta e extrair os %valores maximos de cada laço colhido s=strcat('scope_',num2str(i-1),'.csv'); % lê o arquivo scope_(i).csv,
onde %i indica o número do nome do arquivo file=strcat(path,s);
Apêndice 2
151
A = importdata(file,',',2); % importa os dados do arquivo que estão %separados por virgula sendo que a leitura é feita a partir da %terceira. o 2 simboliza que a leitura pula as duas linhas iniciais %e começa da terceira. ESSE COMANDO (pular duas linhas)FOI UTLIZADO %PORQUE AS DUAS PRIMEIRAS LINHAS DO ARQUIVO SÃO TEXTO, E ESTE COMANDO %SÓ LER DADOS NUMERICOS. A é uma matriz 2000x4 chamada data
VoltR=A.data(1:2000,2); %VT é um vetor que recebe os elementos da %da segunda coluna da matriz DATA correspondente a corrente do %primário do toroide
clear A;
%///////////////////////CÁLCULO DA CORRENTE E DA POTÊNCIA NA CARGA////////
Ip(i)=median(VoltR)/R(i); %Corrente calculada com base no valor médio do % sinal dc da tensão na carga P(i)=median(VoltR)*Ip(i);%Potência calculada com base no valor médio do % sinal dc da tensão na carga
%//// ESSA CONDIÇÃO DETERMINA OS VALORES DO RESITOR DE CARGA, A TENSÃO E A
CORRENTE NA CARGA QUANDO A POTÊNCIA É MAXIMA.
if P(i)>Pmax % Compara sempre o estado atual de P com relação ao seu
próximo valor clear Pmax V I Res Núcleo Pmax=P(i); V=median(VoltR); I=Ip(i); Res=R(i); end
end
% Mostra no command window do software os valores alistados abaixo
Núcleo=j
Pmax V I Res
%///////////////////////////PLOT DOS GRÁFICOS///////////////////////
switch cont % Este comando executa o plot de cada valor de potência % media em função da carga case 0 subplot(212),plot(R,P,'b-'); % comando para plotar dois graficos em
uma mesma tela
case 1 subplot(212),plot(R,P,'r-.'); case 2 subplot(212),plot(R,P,'k-x'); case 3 subplot(212),plot(R,P,'m-*'); axis([0 2000 0 0.020]); legend('F1','F1.1','F2','F3')
Apêndice 2
152
xlabel('Carga (Ohms)'),ylabel('Potência (W)');
otherwise subplot(211),plot(R,P,'g--'); axis([0 2000 0 0.4]); legend('F4') title('Resultados Experimentais'),xlabel('Carga
(Ohms)'),ylabel('Potência (W)');
end
hold on; % executa o comando plot de todos os graficos na mesma janela cont=cont+1; % variável que controla o comando CASE Pmax_2(j)=max(P); % vetor responsavel por armazenar os maiores valores %maximos de potência de cada amostra, ou seja, de cada núcleo % text(80,Pmax_total,'\leftarrow 317mW','HorizontalAlignment','left')
end
Pmax_2 Pmax_total=max(Pmax_2)% variável responsavel por armazenar o maior valor % de potência captada dos núcleos em teste.
153
APÊNDICE 3
Apêndice 3
154
APÊNDICE 3 - CÓDIGO PARA OBTENÇÃO DO VALOR DE TENSÃO DE SAÍDA AFERIDO NO TERMINAL SECUNDARIO DO CAPTADOR SEM CARGA
ht=0.00175;%ht é a espessura total do núcleo w=0.004;%w é a altura total do núcleo rL=0.0155;% r1 é o raio inicial para a primeira lamina N2=77;%N1 é o número de espiras do primário A=ht*w; % cálculo da area do núcleo L=152;%numero de laminas h=ht/L; %cálculo da espesura de cada lamina S=0.0000001;%espessura da isolação entre cada lamina
I=15;%corrente do primário atribuida para os testes e a simulação F=60; % frequencia em Hz W = 2*pi*F; % frequencia angular ur=172780; %permebilidae relativa t=linspace(0,0.05); %vetor tempo. Mesmo valores usados no experimento u0=4*pi*10^-7; %permeabilidade do ar um=ur*u0; % calculo para permeabilidade do material
P=151;%numero de materiais isolantes entre as laminas FT=0; % Fluxo Total inicialmente igual a zero
for j = 1:1:P % laço que começa em 1, incrementando 1 por vez até L que é o
numero de laminas r(j)=rL+h+(j-1)*(S+h); % Calculo da raio de cada lamina fi(j)=((um*w*I*W)/(2*pi))*(log((r(j)+S)/r(j))); % calculo da derivada do
fluxo em uma lamina Vi(j)=-N2*fi(j); % calculo da tensão de saída correspondente a cada lamina FT=fi(j)+FT; % Fluxo total da bobina end Vs=-N2*FT*cos(W*t); % Vs é a tensão de saida, n numero de espiras do
secundario plot(t,Vs); %axis([-0.025 0.025 -0.8 0.8]); xlabel('Tempo (s)'),ylabel('Tensão (V)') title('Resultado Teórico');