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CAPTAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ÁGUA NO ENTORNO DA BACIA HIDRÁULICA DO AÇUDE MANOEL MARCIONILO, TAPEROÁ-PB 1 Lic. em Ciências Agrárias/UEPB, Mestre em Recursos Naturais e Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais/UFCG. e-mail: [email protected] 2 Geógrafa, Mestre em Recursos Naturais e Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais/UFCG 3 Graduando em Agroecologia /UEPB 4 Bióloga/UEPB 5 Professor do Departamento de Engenharia Agrícola/UFCG André Aires de Farias 1 , Telma Lucia Bezerra Alves 2 , José Thyago Aires Souza 3 , Virgínia Mirtes de Alcântara Silva 4 & João Miguel Moraes Neto 5 Resumo: Objetivou-se analisar a captação e o armazenamento de água no entorno da bacia hidráulica do açude Manoel Marcionílo, município de Taperoá-PB. Esta pesquisa foi realizada através de uma pesquisa quali-quantitativa. Os questionários foram aplicados a 10% das famílias residentes no entorno da bacia hidráulica do açude Manoel Marcionilo. Para calcular e gerar os gráficos foi utilizado o Microsoft Excel. Também foi realizado um trabalho de campo, que teve por finalidade fazer um reconhecimento geral da área, onde foram descritos aspectos referentes à captação e ao armazenamento no local. Apesar da irregularidade na distribuição espacial e temporal da precipitação pluvial no município, 40% dos entrevistados não fazem captação de água das chuvas, e apenas 33,4% das famílias fazem armazenamento de água em cisternas. A deficiência na captação e no armazenamento de água da chuva agrava o “drama” social da população rural, por não dispor de água durante as estiagens que possam suprir as necessidades básicas das famílias. Palavras-chave: Captação, Armazenamento, Bacia hidráulica. INTRODUÇÃO No que se refere ao Nordeste Brasileiro, verifica-se ao longo do ano um período curto de 3 a 4 meses com precipitações pluviométricas e um período longo, geralmente chamado de período de estiagem, sem precipitação, apresentando alta capacidade de evapotranspiração durante todo ano, caracterizando um clima semiárido. O semiárido nordestino se destaca pelas precipitações médias anuais muito irregulares e grande variabilidade espacial. As médias de precipitações pluviométricas podem variar de 200 a 700 mm por ano, não tão pequenas comparadas com outras regiões semiáridas do mundo, no entanto as temperaturas são muito elevadas, as perdas por evapotranspiração são acentuadas e é o semiárido com maior densidade populacional do mundo evidenciando a necessidade, do ponto vista social, de estudar formas melhores de convivência com a escassez hídrica. O Nordeste apresenta uma condição especial para utilização de sistemas de captação e armazenamento de água de chuva, visto que é uma região em que quando chove, isso acontece com grande intensidade, e o déficit hídrico decorre basicamente da intensa evaporação e da irregularidade climática. Agravando a situação, a região conta com uma base hidrogeológica de origem cristalina que não favorece a infiltração, mas sim o escoamento (Cabral & Santos, 2007). A captação de água de chuva foi inventada isoladamente em diversas partes do mundo e em diferentes continentes há milhares de anos. Há dois mil anos, já se detinham informações da existência de um sistema integrado de manejo de água de chuva no deserto de Negev, hoje território de Israel e da Jordânia, e também o uso de cacimbas e tanques de pedras para armazenamento de água de chuva na China (Gnadlinger, 2006). No contexto das comunidades rurais, são utilizadas certas estratégias, baseadas em baixo custo, que, são desenvolvidas, há séculos por comunidades das zonas áridas e semiáridas do mundo e que estão sendo resgatadas na atualidade (Lima et al., 2011). As técnicas de convivência com o semiárido, utilizadas para a captação e armazenamento de água mais conhecidas são:

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CAPTAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ÁGUA NO ENTORNO DA BACIAHIDRÁULICA DO AÇUDE MANOEL MARCIONILO, TAPEROÁ-PB

1 Lic. em Ciências Agrárias/UEPB, Mestre em Recursos Naturais e Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais/UFCG. e-mail: [email protected] Geógrafa, Mestre em Recursos Naturais e Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais/UFCG3 Graduando em Agroecologia /UEPB4 Bióloga/UEPB5 Professor do Departamento de Engenharia Agrícola/UFCG

André Aires de Farias1, Telma Lucia Bezerra Alves2, José Thyago Aires Souza3,Virgínia Mirtes de Alcântara Silva4 & João Miguel Moraes Neto5

Resumo: Objetivou-se analisar a captação e o armazenamento de água no entorno da bacia hidráulica doaçude Manoel Marcionílo, município de Taperoá-PB. Esta pesquisa foi realizada através de uma pesquisaquali-quantitativa. Os questionários foram aplicados a 10% das famílias residentes no entorno da baciahidráulica do açude Manoel Marcionilo. Para calcular e gerar os gráficos foi utilizado o Microsoft Excel.Também foi realizado um trabalho de campo, que teve por finalidade fazer um reconhecimento geral da área,onde foram descritos aspectos referentes à captação e ao armazenamento no local. Apesar da irregularidadena distribuição espacial e temporal da precipitação pluvial no município, 40% dos entrevistados não fazemcaptação de água das chuvas, e apenas 33,4% das famílias fazem armazenamento de água em cisternas. Adeficiência na captação e no armazenamento de água da chuva agrava o “drama” social da população rural,por não dispor de água durante as estiagens que possam suprir as necessidades básicas das famílias.

Palavras-chave: Captação, Armazenamento, Bacia hidráulica.

INTRODUÇÃO

No que se refere ao Nordeste Brasileiro, verifica-se ao longo do ano um período curto de 3 a 4 meses comprecipitações pluviométricas e um período longo, geralmente chamado de período de estiagem, sem precipitação,apresentando alta capacidade de evapotranspiração durante todo ano, caracterizando um clima semiárido. Osemiárido nordestino se destaca pelas precipitações médias anuais muito irregulares e grande variabilidadeespacial. As médias de precipitações pluviométricas podem variar de 200 a 700 mm por ano, não tão pequenascomparadas com outras regiões semiáridas do mundo, no entanto as temperaturas são muito elevadas, asperdas por evapotranspiração são acentuadas e é o semiárido com maior densidade populacional do mundoevidenciando a necessidade, do ponto vista social, de estudar formas melhores de convivência com a escassezhídrica. O Nordeste apresenta uma condição especial para utilização de sistemas de captação e armazenamentode água de chuva, visto que é uma região em que quando chove, isso acontece com grande intensidade, e odéficit hídrico decorre basicamente da intensa evaporação e da irregularidade climática. Agravando a situação,a região conta com uma base hidrogeológica de origem cristalina que não favorece a infiltração, mas sim oescoamento (Cabral & Santos, 2007).

A captação de água de chuva foi inventada isoladamente em diversas partes do mundo e em diferentescontinentes há milhares de anos. Há dois mil anos, já se detinham informações da existência de um sistemaintegrado de manejo de água de chuva no deserto de Negev, hoje território de Israel e da Jordânia, e tambémo uso de cacimbas e tanques de pedras para armazenamento de água de chuva na China (Gnadlinger, 2006).

No contexto das comunidades rurais, são utilizadas certas estratégias, baseadas em baixo custo, que, sãodesenvolvidas, há séculos por comunidades das zonas áridas e semiáridas do mundo e que estão sendo resgatadasna atualidade (Lima et al., 2011). As técnicas de convivência com o semiárido, utilizadas para a captação earmazenamento de água mais conhecidas são:

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1 - Pequena escala de abrangência – cisterna de placas, barreiros, cacimbas, caxios, caldeirão ou tanque napedra, “mandallas”, cacimbões e barragens subterrâneas;

2 - Grande escala de abrangência – açudes e barragens.

Tabela 1. Síntese das Estratégias de Armazenamento e Convivência com a Escassez de Águano Semiárido Nordestino

Estratégia de captação Descrição Construção Utilização da Água

Armazenada Gestão

Cisternas de Placas

Reservatório, em geral, cilíndrico, fechado, para armazenar água da chuva captada do telhado. É formado por um tanque de armazenamento, área de captação e um condutor.

Família e comunidade

Consumo familiar Família

Barreiros Reservatório de armazenamento de água, aberto, cuja captação é feita diretamente da chuva e da água que escoa no solo. É exposto à evaporação e à poluição.

Comunidade e/ou

Técnicos do governo.

Dessedentação animal, lavagem de roupa,

banho e limpeza em geral.

Comunidade

Cacimba e/ou Cacimbão

Reservatório fechado, de forma cilíndrica, com profundidade variável, até encontrar um veio d’água, escavado no leito de um rio, em locais onde existe uma camada de rocha em decomposição, contida por anéis pré-moldados ou alvenaria de tijolos e coberta por uma laje de concreto, deixando uma abertura para manutenção e retirada da água.

Comunidade, Proprietários de

terra.

Consumo humano, animal e agricultura.

Família e/ou comunidade

Caldeirão ou Tanque de Pedra

Reservatórios que se formam naturalmente nas fendas das aflorações rochosas do embasamento cristalino e permitem o acúmulo da água das chuvas.

Fenômeno natural,

aprofundado pela comunidade

Uso humano, animal e agrícola

Comunidade

Barragens subterrâneas

Reservatórios para armazenamento de água no solo, geralmente no leito dos rios e riachos que foram barrados com a construção de uma parede subterrânea, também conhecida como septo impermeável.

Família e/ou técnicos

especializados

Produção agrícola Comunidade

Mandallas Reservatório que compõe um sistema de produção que capta água de uma fonte preexistente para utilizá-las na produção de pequenos animais, hortas, evoluindo até árvores frutíferas.

Famílias e comunidade

Produção agropecuária

Comunidade e família

Açude ou barragens

É uma barreira artificial, construída em cursos de água para retenção desta, em grandes quantidades.

Técnico do Governo,

proprietários de Terra.

Consumo doméstico, industrial,

agropecuário, lazer, comercial.

Governo e/ou

proprietário

Fonte: (Silva, 2008)

Estas tecnologias de captação e manejo de água de chuva costumam ser chamadas de “tecnologias sócias” (Gnadlinger,2006) ou sociais, como são mais conhecidas. Elas estão espalhadas por todo lugar, mas, por serem extremamentesimples, nem sempre o status de tecnologia lhes é facilmente conferido (Lassance Junior & Pedreira, 2004).

Na atualidade, há um incremento da difusão dessas práticas mais tradicionais pelo semiárido nordestino,por considerar tais comportamentos mais adequados à região, tanto econômica, quanto social e ambientalmente.Diante do exposto, objetivou-se analisar a utilização destes reservatórios no entorno da bacia hidráulica doaçude Manoel Marcionílo, no município de Taperoá-PB, tendo em vista a sua utilização como fonte de captaçãoe armazenamento de recursos hídricos.

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MATERIAL E MÉTODOS

O município de Taperoá localiza-se na região central do Estado da Paraíba, Mesorregião Borborema eMicrorregião Cariri Ocidental (Figura 1). A sede municipal situa-se a uma altitude de 532 metros (Cprm,2005). A população do município de Taperoá é de 14.936 habitantes, sendo 8.939 na zona urbana e 5.997 nazona rural (Ibge, 2012).

Bacia Hidráulica do Açude Manoel Marcionilo

Fonte: AESA (2006)

Figura 1. Localização da área de estudo

Este trabalho foi realizado através de uma pesquisa quali-quantitativa. A pesquisa qualitativa costuma serdirecionada ao longo de seu desenvolvimento, não buscando enumerar ou medir eventos, e onde o pesquisadorfrequentemente procura entender os fenômenos, segundo as perspectivas dos participantes da situação estudada,enquanto a abordagem quantitativa, de modo geral procura seguir com rigor um plano previamente estabelecido,ou seja, baseia-se em hipótese claramente indicadas e variáveis que são objetos de identificação operacional(Neves, 1996).

Para composição da amostra foi escolhido intencionalmente o grupo de elementos, caracterizando, portanto,uma amostragem probabilística intencional (Cunha & Araújo, 2000).

Os questionários foram aplicados a 10% das famílias residentes no entorno da bacia hidráulica do açudeManoel Marcionilo. Para calcular e gerar os gráficos foi utilizado o Microsoft Excel. Também foi realizado umtrabalho de campo, que teve por finalidade fazer um reconhecimento geral da área, onde foram descritos osaspectos referentes à captação e ao armazenamento de água.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Apesar da irregularidade na distribuição espacial e temporal da precipitação pluvial no município, 40% dosentrevistados não fazem captação de água das chuvas (Figura 2). Com isso vem se agravando o “drama” socialda população rural, por não dispor de água potável para suprir as necessidades básicas das famílias. A captaçãoé uma maneira rápida de se obter um grande volume de água e de razoável qualidade em um período de tempobastante reduzido.

Tendo em vista a degradação dos recursos hídricos, torna-se imprescindível adotar um racionamento egerenciamento eficaz, e uma das formas de obtê-los é justamente a partir do aproveitamento das águas pluviais.

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Faz captação de água da chuva

60 %

40 %

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Sim Não

Figura 2. Faz captação de água da chuva

Ela pode ser aproveitada para uso doméstico, industrial, agrícola, entre outros, estando em franco crescimentoesse tipo de utilização. O primeiro passo é armazenar a água de chuva mediante sistema de captação, comutilização de calhas nos telhados, levando-a para um filtro para retirada de impurezas maiores, como galhos efolhas. Essas águas podem ser armazenadas em açudes, barreiros, tanques naturais, caixas d’agua, cisternas,entre outros. Assim, o uso racional dos recursos hídricos aliado à captação da água de chuva são, certamente,as ferramentas fundamentais para a minimização da problemática da água em um futuro próximo.

Como exemplos bem sucedidos de captação de água no semiárido, temos o Programa Um Milhão de Cisternas,que tem por objetivo construir 1 milhão de cisternas, beneficiando cerca de cinco milhões de pessoas, oprincipal objetivo dessa tecnologia é disponibilizar água para beber e cozinhar. Outro exemplo é o P1+ 2, o P1significa terra para produção, o 2 corresponde a dois tipos de água, a potável, para consumo humano, e águapara produção de alimentos. O objetivo do programa é promover a soberania, a segurança alimentar e nutricionale a geração de emprego e renda às famílias agricultoras, através do acesso e manejo sustentável da terra e daágua para produção de alimentos. Por isso, tem-se na captação de água de chuva uma alternativa para odesenvolvimento social e econômico desta região.

Foi observado que apenas 33,4% das famílias fazem armazenamento de água em cisternas (Figura 3). Aconvivência do homem com o semiárido brasileiro tem sido um dos maiores desafios dos últimos cem anos,não por falta de tecnologias, conhecimentos ou obras dirigidas, mas sim pela falta de políticas públicas deincentivos à produção e difusão de soluções práticas, específicas para os grupos familiares. Mas apartir de

Figura 3. Formas de armazenamento das águas

Formas de armazenamento das águas

26,6 %33,4 %

13,3 %

26,6 %

0102030405060708090

100

Caixa d'água Cisternas Barreiros Açudes

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2000, o governo federal, por meio da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), criou o “Programa de Formaçãoe Mobilização Social para a Convivência com o Semiárido: Um Milhão de Cisternas Rurais – P1MC”. Esseprograma tem como objetivo principal a construção de 1 milhão de cisternas, procurando beneficiaraproximadamente 5 milhões de pessoas que convivem com o problema da escassez de água. As outras fontesde armazenamento tais como caixa d’água, barreiros e açudes apresentam também grande importância nomeio rural, alguns recebem críticas em relação à pequena capacidade de armazenamento, exemplo disso é acaixa d’água e os barreiros, já os açudes recebem críticas devido a alta evaporação e infiltração, fazendo comque grandes quantidades de água sejam perdidas e por não garantir um suprimento de água para todas asfamílias da zona rural, principalmente aquelas que moram distantes desses reservatórios.

Embora à captação e o armazenamento de águas de chuva se mostrem uma solução interessante, se faznecessário a criação de um sistema que garanta também a qualidade da água que será consumida pelos usuáriosdesse sistema. Segundo Andrade Neto (2003), a proteção sanitária de cisternas rurais para o abastecimentodoméstico é relativamente simples, requerendo, basicamente, cuidados como o desvio das primeiras águas daschuvas, a tomada d’água por tubulação e o manejo adequado, sendo que esta última depende muito do nívelde informação a que o usuário tem acesso sobre o tema.

CONCLUSÕES

Apesar da irregularidade na distribuição espacial e temporal da precipitação pluvial no município, 40% dosentrevistados não fazem captação de água das chuvas, e apenas 33,4% das famílias fazem armazenamento deágua em cisternas. Uma maior quantidade de cisternas no local proporcionaria uma maior captação earmazenamento de água, consequentemente, isso facilitaria a aquisição desse recurso natural tão necessitado.

A deficiência na captação e no armazenamento de água da chuva agrava o “drama” social da populaçãorural, por não dispor de água durante as estiagens que possam suprir as necessidades básicas das famílias. Essealto valor expressa a deficiência de ações que visem minimizar os efeitos de ameaças climáticas, como a secarecorrente nessa região.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Aesa. Agência executiva de gestão das águas do estado da Paraíba. Dados Pluviais. 2006. Disponível em:(http://www.aesa.pb.gov.br/geoprocessamento/geoportal/index.php) Acesso em 15 de Junho de 2012.

Andrade Neto, C.O. Segurança Sanitária das Águas de Cisternas Rurais. In: IV Simpósio Brasileiro de Captaçãoe Manejo de Água de Chuva. Petrolina –PE. Jul. 2003. 8 p.

Cabral, J.J.S.P.; Santos, S.M. Água Subterrânea no Nordeste Brasileiro. In: O uso sustentável dos recursoshídricos em regiões semi-áridas. Editora Universitária, Recife – PE, 1 ed., p. 65-104. 2007.

Cunha, A. M.S.; Araújo, A, M. S. Estatística Aplicada à Educação. Fortaleza-CE: Universidade Estadual Valedo Acaraú, 2000.

Cprm. Diagnóstico do município de Taperoá, Paraíba/ Orgs. João de Castro Mascarenhas, Breno AugustoBeltrão, Luiz Carlos de Souza Junior, Franklin de Morais, Vanildo Almeida Mendes, Jorge Luiz Fortunatode Miranda. Recife: CPRM/PRODEEM, 2005, 10 p.

Instituto brasileiro de geografia e estatística – Ibge. Histórico de Taperoá – PB. Disponível em: (http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=251650#.) Acesso em 15 de Junho de 2012.

Gnadlinger, J. Tecnologias de captação e manejo de água de chuva em regiões semi-áridas. In: KÜSTER,Ângela; MARTÍ, Jaime Ferre; MELCHERS, Ingo (Org.). Tecnologias apropriadas para Terras Secas: manejosustentável de recursos naturais em regiões semi-áridas no Nordeste do Brasil. Fortaleza: Fundação KonradAdenauer, GTS, 2006.

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Lassance Junior, A. E.; Pedreira, J. S. Tecnologias sociais e políticas públicas. In: Tecnologia social: umaestratégia para o desenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundação Banco do Brasil, 2004. 116p. Disponível em:<http://www.rts.org.br/publicacoes/arquivos/tecnologia_social_uma_estrategia__desenvolvimento.pdf>.Acesso em: 11 de Junho de 2012.

Lima, A.E.F; Silva, D.R; Sampaio, J.L.F. As Tecnologias sociais como estratégia de convivência com a escassezde água no semiárido cearense. Conex. Ci. e Tecnol. Fortaleza/CE, v. 5, n. 3, p. 9-21, nov. 2011.

Neves, J. L. Cadernos de Pesquisas em Administração. São Paulo, v- 1, nº 3, 1996.Silva, D. R.. Buscando água: as estratégias de convivência com a escassez de água no assentamento Serra das

Moças e dos Caboclos – Parambu – Ceará. 2008. 155f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento eMeio Ambiente – PRODEMA) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2008.