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Macroeconomia – 6ª
edição
Abel | Bernanke | Croushore
© 2008 Pearson Addison-Wesley. All
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Capítulo 12
Desemprego e inflação
Síntese do capítulo
Desemprego e inflação: existe um trade-off ?
O problema do desemprego
O problema da inflação
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Desemprego e inflação: existe um trade-off ?
• Muitas pessoas pensam que há um trade-offentre a inflação e o desemprego– A ideia originou-se em 1958, quando A.W. Phillips revelou uma
relação negativa entre o desemprego e o salário nominal crescente na Grã-Bretanha
– Desde então, os economistas vêm observando a relação entre o desemprego e a inflação
– Nas décadas de 1950 e 1960, muitos países observaram possuir uma relação negativa entre as duas variáveis
– Os Estados Unidos parecem estar em uma curva de Phillips nos anos 1960 (Figura 12.1)
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Desemprego e inflação: existe um trade-off ?
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Curva de Phillips
Primeira versão
Vamos supor que a inflação esperada seja igual a zero. Ou seja, que et
= 0. A equação se torna, então:
t tz ( ) u
• Vem do equilíbrio da OA e DA, da relações de fixação de
preços e salários (μ (margem) e z (fatores institucionais dos
trabalhadores).
• α >0 representa a força do efeito do desemprego sobre o
salário
• Do livro do Blanchard, cap 8 ou Bacha & Lima (2006) capítulo
14
Desemprego e inflação: existe um trade-off ?
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Curva de Phillips
Primeira versão
Vamos supor que a inflação esperada seja igual a zero. Ou seja, que et = 0. A
equação se torna, então:
t tz ( ) u
• Essa é, precisamente, a relação negativa entre desemprego e inflação que
Phillips encontrou para o Reino Unido e que Solow e Samuelson encontraram
para os Estados Unidos.
• Dado o nível esperado de preços que os trabalhadores tomam como dado o ano
anterior, o desemprego mais baixo leva a um salário nominal mais elevado.
• Um salário nominal mais elevado leva a um nível de preços mais alto
• Blanchard chama de espiral de preços e salários.
Desemprego e inflação: existe um trade-off ?
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Curva de PhillipsEspiral de preços e salários:
• O desemprego baixo leva a um salário nominal mais alto. Em resposta ao salário
nominal mais alto, as empresas aumentam seus preços. O nível de preços
aumenta.
• Em resposta ao nível de preços mais alto, os trabalhadores pedem um salário
nominal mais alto na próxima vez em que os salários são fixados.
• O salário nominal mais alto leva as empresas a um aumento adicional de seus
preços. Consequentemente, o nível de preços sobe ainda mais.
• Em resposta a esse aumento adicional do nível de preços, os trabalhadores
pedem um aumento adicional do salário nominal quando fixam o salário novamente.
E, assim, a corrida entre preços e salários resulta em uma inflação contínua de
salários e preços.
Desemprego e inflação: existe um trade-off ?
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Desemprego e inflação: existe um trade-off ?
• Muitas pessoas pensam que há um trade-off entre inflação e desemprego– Isso sugere que os projetistas de políticas poderiam
escolher a combinação mais desejada entre desemprego e inflação
– Mas a relação deixou de existir nas três décadas seguintes (Figura 12.2)
– Os anos 1970 foram particularmente ruins, com a inflação e o desemprego muito altos, inconsistentes com a curva de Phillips
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Desemprego e inflação: existe um trade-off ?
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Nas décadas de 70 e
80 não!!!
Procurou-se uma
resposta
Curva de Philips no Brasil
• O modelo da CP foi estimado para diversos países. Mazali & Divino (RBE, 2010) o fizeram para o Brasil. A curva estimada foi
ttttttt DvuE 0031,007,012,041,059,00106,0 11
Seus resultados indicam um trade-off tal que 1% de aumento no
desemprego leva a uma redução na inflação OBSERVADA de 0,12%.
Dados trimestrais de 1995:1 (trim) até 2008:4 (trim).
Vocês vão aprender com a professora Ana em econometria como
estimar uma função como esta. Precisa de programa específicos de
estatística como R, STATA, Eviews etc.
Dá até para fazer no Excel.
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• Curva de Phillips acrescida de expectativas
– Antes: Relação negativa: inflação x desemprego
– Por causa da estagflação
– Friedman e Phelps (1970): a taxa de desemprego cíclico (a diferença entre as taxas de desemprego real e natural) depende apenas da inflação não prevista (a diferença entre as taxas de inflação real e esperada)
( )e h u u
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• Curva de Phillips acrescida de expectativas
– Note que a ideia do trade-off ainda é mantida, mas agora considera-se que este trade-off SE EXISTE seria resultante da inflação esperada e não mais da inflação observada.
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• Curva de Phillips acrescida de expectativas
– IMPORTANTE PARA ANPEC
– A versão Friedman-Phelps da curva de
Phillips, conhecida também por curva de
Phillips aceleracionista, acrescenta à
equação original a análise das expectativas.
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• Revisando:
• Que característica principal do modelo IS-LM clássico o distingue do modelo IS-LM keynesiano?
• Por que a distinção tem importância prática?
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• Revisando:
A principal característica é o pressuposto que no modelo
clássico que os preços e salários se ajustam rapidamente
para restaurar o equilíbrio.
Já o keynesianos supõe que os preços e salários são lentos
para ajustar para restaurar o equilíbrio.
A distinção é importante porque clássicos são menos
prováveis (não teria tanto efeito) recomendar intervenções
do governo para restaurar equilíbrio do que os keynesianos.
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• Curva de Phillips acrescida de expectativas
Vamos analisar uma economia com uma inflação fixa.
A economia está em pleno emprego no qual a oferta de moeda tem crescido 10% ao ano e espera-se crescer por muitos anos
Vamos analisar o papel da expectativas no modelo clássico da relação da curva de Philips.
REVISANDO
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FIGURA 7.8 (Blanchard)
O aumento da moeda
nominal inicialmente desloca
a curva LM para baixo,
diminuindo a taxa de juros e
aumentando o produto.
Ao longo do tempo, o nível de
preços aumenta, deslocando
a curva LM de volta para
cima até que o produto
retorne ao nível natural de
produto.
O estoque real de Moeda permanece
então inalterado (pq M↑ e P↑) e
produto volta ao seu nível inicial.
NOTA
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• Como é calculado o produto de pleno emprego??
– PIB Potencial é estimado pelo filtro de Hodrick-Prescott (HP)
• É um cálculo que usa a série efetiva e sua tendência de longo prazo (envolve os ciclos econômicos).
• Eviews e STATA têm a opção do filtro HP
• Como é calculado o hiato do produto??
–𝑃𝐼𝐵𝑟𝑒𝑎𝑙 −𝑃𝐼𝐵 𝑃𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑃𝐼𝐵𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙
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Filtro HP no STATA que iremos usar para trabalhar com a PNAD
Nota: As Curvas de OA segundo o Bernanke e Mankiw
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Nota: As Curvas de OA segundo o Bernanke e Mankiw
OACP preferida pelo Mankiw
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Nota: As Curvas de OA segundo o Bernanke e Mankiw
Para Bernanke, é chamado de modelo clássico ampliado por incluir a
teoria das distorções.
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• Curva de Phillips acrescida de expectativas
– Como isso funciona no modelo clássico ampliado?
• Primeiro caso: ANTECIPANDO o aumento na oferta de moeda (Figura 12.3) e economia ao pleno emprego
– Oferta de moeda cresce 10% no ano 1
– DA inclina-se para cima ao longo da OACP, e OACP desloca
– Resultado no ano 2: P cresce, Y permanece inalterado
– A inflação cresce enquanto não há alteração no desemprego que é igual ao desemprego natural
– A inflação não prevista foi zero e assim como o desemprego cíclico
Desemprego e inflação: existe um trade-off ?
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• Curva de Phillips acrescida de expectativas– Como isso funciona no modelo clássico
ampliado?• Segundo caso: CRESCIMENTO NÃO PREVISTO na
oferta de moeda (Figura 12.4) , Ex: ↑ 15% ao invés de 10%
– DA esperada desloca-se para cima para DA2,antiga (oferta de moeda esperada sobe em 10%), mas o crescimento da oferta de moeda não previsto cresce em 15%, portanto DAdesloca-se para cima até DA2,nova
– OACP desloca-se para cima baseada no crescimento esperado de 10% na oferta de moeda e não em 15%
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Desemprego e inflação: existe um trade-off ?
• Curva de Phillips acrescida de expectativas– Como isso funciona no modelo clássico ampliado?
–Resultado no ano 2 : P aumenta e Y aumenta devido às distorções das expectativas
–Portanto, inflação mais alta ocorre com desemprego mais baixo
–A taxa de inflação ao ano será de 13% (inflação não prevista de 3%)
–Portanto, observamos o trade-off
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Desemprego e inflação: existe um trade-off ?
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• Curva de Phillips acrescida de expectativas– Por que o produto está acima do nível de pleno
emprego? – Note que a π = 13% é menor que gm = 15% mas
maior que πe = 10%. – Como P cresce menos que M no ano 2, assim M/P
aumenta reduzindo r e elevando a quantidade demandada de bens acima de Yn
– Ao mesmo tempo P cresce mais que Pe , aumentando a quantidade ofertada de bens pelos produtores, maior que Yn
.
– Produtores estão equivocados ao pensar que preços relativos aumentaram e produzem mais
Desemprego e inflação: existe um trade-off ?
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No ano 2
Desemprego e inflação: existe um trade-off ?
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• No longo prazo, no entanto, os produtores, porém, não podem se enganar indefinidamente sobre o comportamento dos preços, e descobrem, a longo prazo, o nível de preços verdadeiro, o que faz a economia retornar ao nível de pleno emprego e a taxa de inflação observada iguala-se a esperada, igual ao primeiro caso.
• Y2 = 𝑌
Desemprego e inflação: existe um trade-off ?
• Deslocamentos da curva de Phillips– A curva de Phillips mostra a relação entre o
desemprego e a inflação para uma determinada taxa esperada de inflação e uma taxa natural de desemprego
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( )e h u u
Desemprego cíclico
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• quando e, u
• quando e, u
• quando e, u
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( )e h u u
u
u
u
Veja que isso é uma igualdade
1) A inflação real excede a inflação
esperada se a taxa de
desemprego real é menor que a
taxa natural.
2) A inflação real é menor que
inflação esperada se taxa de
desemprego excede a taxa
natural
Analise de Sensibilidade na Gestão de Políticas:
Estudando Cenários
Desemprego e inflação: existe um trade-off ?
u
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1
( )e h u u
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( )e h u u
(12.1)
Exemplo:
Em A no gráfico, a taxa de
desemprego é igual a taxa
natural e as taxas de
inflação real e esperadas
são iguais a 3%.
Quando as taxas de
desemprego são iguais, πe =
π. (Veja que ainda existe o
trade-off).
Agora imagine que πe=12%,
isso deslocará a CP para
cima em 9p.p.
Desemprego e inflação: existe um trade-off ?
• Deslocamento da curva de Phillips
Alterações na taxa natural de desemprego (Figura 12.6)
• Para uma dada taxa natural de desemprego, a curva de Phillips mostra o meio-termo entre o desemprego e a inflação não prevista
• Uma taxa natural de desemprego mais alta também desloca a curva de Phillips para a direita
• Considere que taxas de inflação esperada e observada são iguais
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( )e h u u
Exemplo:
Em A no gráfico, a taxa de
desemprego é igual a taxa
natural e as taxas de
inflação real e esperadas
são iguais a 3%.
Quando as taxas de
desemprego são iguais, πe =
π. (Veja que ainda existe o
trade-off).
Agora imagine que μ=7%,
isso deslocará a CP para
cima.
O resultado é similar ao
deslocamento da πe
Desemprego e inflação: existe um trade-off ?
Choques na oferta e a curva Phillips
Um choque na oferta aumenta tanto a inflação esperada quanto a taxa natural de desemprego
Também Desloca a curva de Philips
1) Espera-se que esse choque causa um surto inflacionário, pessoas esperam inflação mais alta
Ex: Choque do Petróleo
2) Espera-se também que mudanças estruturais acontecerão mudando a taxa natural de desemprego
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3Acreditem ou não, existem explicações distintas quanto as causas desse fenômeno (Inflação alta e mudança na taxa natural)
• Modelo clássico
aumenta a taxa natural de desemprego porque aumenta o desajuste entre empresas e trabalhadores
– Ex: Um choque no preço do petróleo elimina empregos em indústrias que usam esse tipo de energia de forma intensiva, mas PODE tambémaumentar o emprego em indústrias de fornecimento de energia.
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Acreditem ou não, existem explicações distintas quanto as
causas desse fenômeno (Inflação alta e mudança na taxa
natural)
• Modelo keynesiano
– não tem efeitos sobre a oferta de trabalho, mas reduz o produto marginal do trabalho (Hipótese Keneysiana) e assim reduz a demanda por trabalho, portanto a taxa natural de desemprego aumenta quando a economia está em pleno emprego
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Desemprego e inflação: existe um trade-off ?
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Acreditem ou não, existem explicações
distintas quanto as causas desse fenômeno
–Como assim reduz a demanda por trabalho???
–Trabalhadores não querem baixar seus salários porque perdem incentivos para trabalhar mais (salário está menor)
–Baseado nas hipótese keneysianas do salário real rígido e salário-Eficiência(é aquele que maximiza o esforço
do trabalhador por unidade monetária do salário recebido) que iremos ver quando falarmos em ciclos econômicos.
3
Desemprego e inflação: existe um trade-off ?
• Política macroeconômica e a curva de Phillips
– A curva de Phillips pode ser útil para os formuladores de políticas?
– Eles podem escolher a combinação ótima de desemprego e inflação?
• Modelo clássico: NÃO
• Modelo keynesiano: SIM, temporariamente
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• A curva de Phillips pode ser útil para os formuladores de políticas?
• Modelo clássico: NÃO – A taxa de desemprego retorna ao seu nível natural,
uma vez que as expectativas das pessoas ajustam-se
– Portanto o desemprego pode mudar seu nível natural apenas em um breve momento
– Da mesma forma, as pessoas percebem os jogos políticos; elas têm expectativas racionais e tentam antecipar as alterações na política, portanto, não há maneira de enganar a população sistematicamente
Desemprego e inflação: existe um trade-off ?
• A curva de Phillips pode ser útil para os formuladores de políticas?
• Modelo keynesiano: SIM, temporariamente– Pode sim criar inflação não prevista, e desse modo, REDUZIR o
desemprego abaixo da taxa natural
– A taxa esperada de inflação na curva de Phillips é a previsão de inflação feita no momento em que os preços rígidos mais antigos foram fixados.
– É preciso tempo para os preços e os preços esperados ajustarem-se, por isso o desemprego pode ser diferente da taxa natural por algum tempo
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Desemprego e inflação: existe um trade-off ?
• A curva de Phillips de LONGO PRAZO
– Longo prazo: u
tanto para keynesianos quanto para clássicos
• A curva de Phillips de longo prazo é vertical, desde que
e, u
(Figura 12.8)
• Relacionada à neutralidade de longo prazo da moeda
• Clássicos e keynesianos concordam que alterações na oferta de moeda não terão efeitos de LP sobre as variáveis reais (consumo, estoque de capital, investimento, tecnologia, taxa de
desemprego, produção (PIB), etc)
u
u
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Desemprego e inflação: existe um trade-off ?
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O problema do desemprego
• Custos do desemprego
1. Perda de produto devido aos recursos ociosos
• Trabalhadores perdem renda
• A sociedade paga seguro-desemprego e perde receitas fiscais
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O problema do desemprego
• Custos do desemprego
2. Custo pessoal ou psicológico para os trabalhadores e suas famílias
3. Há alguns fatores de compensação
• O desemprego leva a um aumento na busca por trabalho e na aquisição de novas habilidades, o que deve levar a um aumento no produto futuro
• Trabalhadores desempregados tem mais tempo de lazer, embora a maioria não sinta que o aumento de lazer compense o fato de estarem desempregados
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O problema do desemprego
• Comportamento de longo prazo
• Como calculamos a taxa natural de desemprego?
– Desemprego estrutural: Desemprego de longo prazo e
crônico proveniente de desequilíbrios entre as qualificações e outras características dos trabalhadores no mercado e as necessidades dos empregadores
– Desemprego friccional: Desemprego que surgem em decorrência do processo de ajuste entre trabalhadores procurando empregos apropriados e empresas procurando trabalhadores apropriados.
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O problema do desemprego
• Comportamento de longo prazo
• Como calculamos a taxa natural de desemprego?
• O Congressional Budget Office estima: 5% a 5½% atualmente, similar aos anos 1950 e 1960; acima de 6% nos anos 1970 e 1980
• Por que a taxa natural aumentou de 1950 até o final dos anos 1970?
– Em parte, devido a mudanças demográficas: mais adolescentes e mulheres com taxas de desemprego mais altas
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O problema do desemprego
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O problema do desemprego
• Comportamento de longo prazo
– Como calculamos a taxa natural de desemprego?
• Alguns economistas acham que a taxa natural de desemprego é de 4,5% ou até mais baixa
– O mercado de trabalho tem-se tornado mais eficiente ao compatibilizar melhor trabalhadores e trabalhos, reduzindo tanto o desemprego friccional quanto estrutural
– Agências de emprego temporários têm-se multiplicado, ajudando no processo de procura por emprego e reduzindo a taxa natural de desemprego
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• Comportamento de longo prazo
– Taxa natural variável
• O aumento na produtividade do trabalho pode reduzir a taxa natural de desemprego
–Se o salário real e produtividade vem crescendo 2% a.a. e em seguida a produtividade começa a crescer 4%, trabalhadores estão acostumados com 2% podem demorar a perceber. A empresas podem contratar mais trabalhadores
O problema do desemprego
• Comportamento de longo prazo da taxa de desemprego
– Medindo a taxa natural de desemprego
• O que os formuladores de políticas deveriam fazer em resposta à incerteza da taxa natural de desemprego?
– Eles poderiam ser menos agressivos com as políticas do que eles seriam se soubessem, com maior precisão, a taxa natural
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Medindo a taxa natural de desemprego no Brasil
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Medindo a taxa natural de desemprego no Brasil
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O problema da inflação
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• Os custos da inflação
Quais são os impactos da uma inflação perfeitamente prevista?
E aquela não prevista?
Inflação e Expectativa – BR2001-2011
Paula, S.B.,Nakane, M.I. Bacen http://www.anpec.org.br/encontro/2013
O problema da inflação
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• Os custos da inflação
– Inflação perfeitamente prevista
1. Sem efeito se todos os preços e salários subirem também
2. Os retornos sobre os ativos também podem aumentar exatamente com a inflação
3. Custos indiretos de tempo e esforço: as pessoas tentam minimizar a quantidade retida de moeda em seu poder; o custo estimado de 10% de inflação é de 0,3% do PIB
4. Custos de menu: os custos de alterações nos preços (mas a tecnologia pode atenuar um pouco esse custo)
O problema da inflação
slide 58
• Os custos da inflação
– Inflação não prevista ( – e)
1) Ex: Sob sua caderneta de poupança
• A taxa de juros real efetiva difere da taxa de juros esperada
– Taxa de juros esperada: r i – e
– Taxa de juros real: r i –
– Taxa de juros real r é diferente da taxa de juros esperada rporque e e podem ser diferentes
– Exemplo numérico: i 6%, e 4%, portanto, a taxa de juros esperada é r 2%;
– Mas se 6%, a taxa de juros real é r 0%;
– Ou se 2%, taxa de juros real é r 4%
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• Os custos da inflação– Inflação não prevista ( – e)
2) Efeito também parecido sobre os salários e vencimentos
• Resultado: transferência de riqueza– Daqueles que emprestam para os tomadores de empréstimos
quando e
– Dos tomadores de empréstimos para aqueles que emprestam quando e
• Portanto, como as pessoas querem evitar os riscos de uma inflação não prevista
– Elas gastam tempo e esforço para prever a inflação
O problema da inflação
• Os custos da inflação
– Inflação não prevista ( – e)
3) Sob Perda de valiosos sinais fornecidos pelos preços
• Confusão entre as mudanças nos preços agregados vs. mudanças nos preços relativos
• As pessoas gastam tempo e esforços para conseguir compreender os sinais fornecidos pelos preços corretamente
Macroeconomia – 6ª
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O problema da inflação
• Contratos indexados
– As pessoas poderiam utilizar contratos indexados para evitar o risco de transferência de riqueza por causa de uma inflação não prevista
– Muitos contratos trabalhistas norte-americanos são indexados por ajustes pelo custo de vida
– Contratos indexados são mais comuns em países com inflação elevada
– INDEXAÇÃO (BOM OU RUIM????)Macroeconomia – 6ª
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O problema da inflação
• Combatendo a inflação: o papel das expectativas inflacionárias– Se o rápido crescimento monetário causa inflação,
por que os Bancos Centrais continuam a aumentar a oferta de moeda tão rapidamente?
• Países em desenvolvimento ou assolados pela guerra podem não ser capazes de aumentar os impostos ou de arrumar empréstimos, portanto eles imprimem mais moeda para financiar os seus gastos
• Países industrializados podem tentar usar políticas monetárias expansionistas para combater recessões, seguida de uma política monetária rígida não muito mais tarde
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O problema da inflação
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• Combatendo a inflação: o papel das expectativas inflacionárias
– A desinflação é uma redução na taxa de inflação
• Mas desinflações podem levar a recessões
• Uma redução não prevista na inflação leva a um aumento no desemprego ao longo da curva de Phillips
– Os custos da desinflação podem ser reduzidos se a inflação esperada cair ao mesmo tempo que a inflação real cair
O problema da inflação
• Combatendo a inflação: o papel das expectativas inflacionárias
– Desinflação rápida versus gradual
• A desinflação, do ponto de vista clássico, é a redução radical (ou cold-turkey, no Brasil=Tratamento de Choque (Simonsen) — uma rápida e decisiva redução no crescimento monetário
– Tais economistas argumentam que a economia se ajustará com relativa rapidez, com baixos custos de ajustamento, se a política for anunciada com bastante antecedência
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O problema da inflação
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• Combatendo a inflação: o papel das expectativas inflacionárias
– Keynesianos discordam em relação à desinflação rápida
• A rigidez dos preços, devido aos custos de menu e a rigidez dos salários devido aos contratos de trabalho, fazem que o ajuste seja lento
• A desinflação radical (cold turkey) causaria uma recessão ainda maior
• A estratégia pode não reduzir as expectativas inflacionárias porque, se os custos da política são elevados (devido à recessão), o governo inverterá a política
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• Combatendo a inflação: o papel das expectativas inflacionárias
– Para os keynesianos, a receita para a desinflação é o gradualismo
• Uma abordagem gradual confere tempo suficiente para os preços e salários ajustarem-se à desinflação
• Essa estratégia será politicamente sustentável por causa dos custos baixos
• Artigo Clássico do Pastore (1975)
O problema da inflação
• Controle de salários e preços (Congelamento)
– Prós: controles manteriam a inflação baixa, reduzindo, assim, tanto a inflação esperada quanto os custos de inflação
– Contras: controles levariam à escassez e à ineficiência; uma vez que os controles são temporários, os preços subirão novamente
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O problema da inflação
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• Controle de salários e preços– A consequência dos controles de salário e de preços pode
depender do que acontece com as políticas fiscal e monetária
• Se as políticas permanecerem expansionistas, as pessoas esperarão por uma nova inflação assim que os controles forem suspensos
• Se políticas rígidas são adotadas, a inflação esperada deve cair
– O controle salários e preços estabelecido por Nixon de agosto de 1971 a abril de 1974 levou à escassez de muitos produtos; o controle reduziu a inflação, mas os preços retornaram para os níveis que deveriam ter alcançado depois que o controle foi suspenso (No Brasil, Plano Cruzado)
O problema da inflação
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• Credibilidade e reputação
1. Determinante-chave dos custos da desinflação: com que rapidez se ajusta a inflação esperada
2. Isso depende da credibilidade da política de desinflação; se a população acreditar no governo, e se o governo seguir em frente com sua política, a inflação esperada deverá cair rapidamente
3. A credibilidade pode ser reforçada se o governo tem a reputação de cumprir suas promessas
4. Da mesma forma, um Banco Central forte e independente que compromete-se a manter a inflação baixa, confere credibilidade