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Aludmita. 2019. Digital. Foto: P. Imagens/Pith Capítulo 4 O que há de novo? p. 2 Capítulo 5 Que ideia você defende? p. 24 Capítulo 6 O que é envelhecer? p. 49

Capítulo 4 O que há de novo? p. 2 Capítulo 5 Que ideia ...€¦ · Capítulo 6 O que é envelhecer? p. 49. 2 5º. ano – Volume 2 Especialistas afirmam que idosos que convivem

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Aludmita. 2019. Digital. Foto: P. Imagens/Pith

Capítulo 4 O que há de novo? p. 2Capítulo 5 Que ideia você defende? p. 24

Capítulo 6 O que é envelhecer? p. 49

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5º. ano – Volume 22

Especialistas afirmam que idosos que convivem com pessoas mais novas se sentem menos sozinhos e passam a enxergar um sentido maior na vida. Em alguns casos, o entusiasmo aumenta tanto que eles podem até ter mais disposição para enfrentar doenças ou outros obstáculos.

NETO desenha para ajudar avó a fazer ligações. Disponível em: <https://jornaljoca.com.br/portal/neto-desenha-para-ajudar-avo-a-fazer-ligacoes/>. Acesso em: 9 jan. 2019.

O que há de novo?

1 Você convive com alguma pessoa idosa? Se sim, relate uma experiência do convívio com essa pessoa.

2 O que uma pessoa idosa pode fazer por você e o que você pode fazer por ela?

3 O que você sabe sobre o modo de vida dos idosos? Que textos deve procu-rar para obter informações atualizadas sobre essa etapa da vida?

Gustavo Ramos. 2019. Digital.

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3Língua Portuguesa

Reportagem

1 Em reportagens, é possível conhecer histórias que dizem respeito a assun-tos de interesse da sociedade.

A revolução dos robôs cuidadores está por vir?Peter Ray AllisonBBC Future5 junho 2019

Um futuro de cuidadores robóticos está mais próximo do que podemos imaginar

Filmes como Frank e o Robô (2012) e Eu, Robô (2004), assim como desenhos

animados como Os Jetsons, retratam um futuro onde empregados robóti-

cos realizam tarefas domésticas, permitindo que as famílias passem mais

tempo juntas e que os idosos fiquem independentes por mais tempo.

Um futuro de cuidadores robóticos está mais próximo do que podemos ima-

ginar. Aspiradores de pó e cortadores de grama autômatos já estão disponí-

veis, por exemplo.

E, no Japão, já existe uma intensa absorção de tecnologias de assistência e

reabilitação para o cuidado de idosos.

O robô Pepper, da Universidade de Middlesex, em Londres, apareceu recen-

temente diante de um comitê parlamentar no Reino Unido para responder a

perguntas sobre o papel dos robôs na educação.

Os robôs cuidadores, enquanto isso, são um fenômeno relativamente

recente. Com o envelhecimento populacional no mundo, há uma crescente

demanda por assistência na rotina de idosos.

No entanto, a falta de cuidadores disponíveis poderá provocar uma crise

num futuro próximo. O Japão, por exemplo, prevê enfrentar um déficit de

370 mil cuidadores até 2025.

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4 5º. ano – Volume 2

Possibilidades tentadoras

Embora as atuais tecnologias de assistência ainda estejam muito longe de pre-

parar nossas refeições ou realizar nossas tarefas domésticas, elas dão uma

tentadora ideia das possibilidades futuras.

A maioria dos robôs hoje é usada na indústria pesada e na manufatura, onde

tarefas perigosas e repetitivas são realizadas rotineiramente por sistemas

automatizados.

No entanto, esses robôs industriais pesados não são projetados para operar

na presença de pessoas, pois se movem rápido e são feitos de materiais rígi-

dos, que podem causar lesões.

Os robôs colaborativos de hoje, ou cobots como são conhecidos, são feitos de

materiais rígidos. Ao trabalhar próximo de seres humanos, sua velocidade é

controlada para garantir que eles possam interagir de forma segura.

Para melhorar a segurança, as próximas gerações de robôs colaborativos

devem ser feitas de materiais mais macios, como borracha, silicone ou tecido.

"Esses robôs são seguros por natureza, devido às propriedades materiais de

que são feitos", diz Helge Wurdemann, roboticista da University College London.

"Eles prometem alcançar a precisão e a repetibilidade dos atuais robôs colabo-

rativos e, ao mesmo tempo, garantir uma interação segura com os humanos."

Um dos maiores desafios é que os sistemas de interação de robôs com huma-

nos ainda não estão totalmente desenvolvidos. Eles funcionam até certo

ponto, mas podem facilmente se confundir, como aspiradores de pó robóticos

que não retornam à base de carregamento.

Em condições simples de laboratório, os robôs conseguem determinar o

melhor caminho a seguir, mas em um ambiente real, como uma casa cheia de

mesas, cadeiras e bagunça, é bem diferente.

"Muitos desses algoritmos foram desenvolvidos em laboratório e são relativa-

mente simples em comparação com o nível de desordem e atividade humana

dentro de uma casa real", explica Nicola Bellotto, cientista da computação da

Universidade de Lincoln e gerente técnico da Enrichme, um projeto que visa a

construir robôs para ajudar a cuidar de idosos.

[...]

ALLISON, Peter R. A revolução dos robôs cuidadores está por vir? Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/ vert-fut-48290191>. Acesso em: 10 jul. 2019.

indústria pesada: tipo de indústria que tem por função extrair matéria-prima da natureza (como as madeireiras) ou produzir matéria-prima processada para outras indústrias (como as siderúrgicas).

manufatura: refere-se à produção de bens acabados em grande escala, como a indústria automobilística.

automatizados: aqueles que utilizam técnicas computadorizadas ou mecânicas.

roboticista: profissional responsável por pesquisar e desenvolver diversos tipos de robô.

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5Língua Portuguesa

2 Releia o início da reportagem e complete os espaços em branco do quadro.

Título

Um futuro de cuidadores robóticos está mais próximo do que podemos imaginar

Data de publicação

Peter Ray Allison

Suporte da publicação

3 Qual é o assunto da reportagem?

Os avanços da robótica.

O uso da robótica para evitar a solidão dos idosos.

O número crescente de idosos em todo o mundo.

4 Assinale as afirmativas corretas a respeito do título e da linha-fina.O título está em forma de pergunta, com o objetivo de levar o leitor a uma reflexão sobre o assunto da reportagem. A pergunta do título já expõe uma opinião do autor do texto sobre o assunto.

A linha-fina responde à pergunta do título.

A linha-fina antecipa para o leitor o assunto do texto sem responder à pergunta do título.

5 O trecho da reportagem lido está estruturado em duas partes. A parte 1 é a que acompanha a linha-fina, e a parte 2 vem logo após o subtítulo Pos-sibilidades tentadoras. Resuma a informação principal de cada uma dessas partes.

Tanto o título quanto a linha-fina visam estabelecer um diálogo com o leitor.

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6 5º. ano – Volume 2

6 Releia o primeiro parágrafo da reportagem.

a) São mencionadas três obras destinadas ao entretenimento. Que obras são essas?

b) Você conhece alguma dessas obras? Converse sobre elas com os cole-gas e o professor.

c) Com que objetivo essas obras foram mencionadas?

7 No título aparece a expressão “robôs cuidadores”.

a) Qual é o significado dessa expressão?

b) De acordo com o texto, por que esse tipo de robô é necessário?

Para escrever uma reportagem, os jornalistas costumam entrevistar pessoas relacionadas de alguma forma ao assunto tratado no texto. Trechos dessas en-trevistas são reproduzidos no corpo da reportagem.

8 Releia este trecho:

a) Sublinhe o trecho que representa a fala de um dos entrevistados.

b) Que sinal de pontuação marca o início e o fim dessa fala?

c) Pinte de vermelho o nome e a ocupação do entrevistado.

d) Circule o verbo que identifica que se trata da fala de outra pessoa.

“Esses robôs são seguros por natureza, devido às propriedades materiais de que são feitos”, diz Helge Wurdemann, roboticista da University College London.

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7Língua Portuguesa

a) Relacione os trechos às definições.

( 1 ) Trecho original ( 2 ) Trecho reescrito

explica afirma discorda defende sugere

9 Por que é comum em reportagens a transcrição da fala de especialistas? Qual é o efeito de sentido da identificação da profissão do entrevistado?

Nem sempre a fala do entrevistado é reproduzida literalmente no texto da reportagem.

10 Leia uma possível reescrita do mesmo trecho da atividade anterior.

Possibilidade de reescrita

Helge Wurdermann, roboticista da University College London, diz que os robôs são considerados seguros por natureza, devido às propriedades materiais de que são feitos.

Apresenta a fala tal como ocorreu.

Apresenta a fala do entrevistado nas palavras do jornalista.

Ocorre discurso direto quando a fala do entrevistado é reproduzida do mesmo jeito como foi dita.

Ocorre discurso indireto quando a fala do entrevistado é reproduzida com as palavras do jornalista.

b) O autor da reportagem optou pelo uso do verbo “dizer” para indicar a fala do roboticista. Sublinhe os verbos do quadro que poderiam substi-tuir “diz” sem comprometer o sentido da frase.

Verbos de elocução são aqueles utilizados para indicar a fala de al-guém expressando atitudes e ações de quem fala. Veja alguns exemplos:

“Devemos buscar ações que ajudem os idosos”, opinou...

“Não quero mais robôs”, desabafou...

Exemplos de verbos de elocução: dizer, falar, comentar, exclamar, afir-mar, defender, reclamar, entre outros.

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8 5º. ano – Volume 2

11 De acordo com o texto, por que os robôs atuam adequadamente nos labo-ratórios, mas não na rotina de uma casa?

12 Após a leitura da reportagem, discuta estas questões com os colegas e o professor:

• Um robô pode ser um cuidador de idosos? Explique sua opinião.

• Quais as vantagens e as desvantagens de um robô ser programado para cuidar de idosos?

• Você gostaria de ter um robô que realizasse tarefas domésticas em sua casa? Por quê?

Reportagem é um texto jornalís-tico cuja finalidade é apresentar infor-mações sobre determinado assunto de interesse da sociedade na época atual.

O repórter, antes de escrever seu tex-to, precisa buscar informações, apurar os fatos, ouvir as pessoas envolvidas – especialistas ou não – e confrontar opi-niões contrárias.

A reportagem surge de uma análise cuidadosa que o repórter faz de todos esses fatos. Essa análise, em geral, é apresentada e exemplificada com os de-poimentos obtidos durante a pesquisa para a elaboração do texto.

ooooo jjjjjjooooooooorrrrrrnnnnnnaaaaaaaaalllllllííííííííísssssssss-------nnnnnntttttttttaaaaaaaarrrrrrrrr iiiiiiiinnnnnnnnffffffffffooooooooorrrrrrrr-------ssssssssssssssssssuuuuuuuuuuunnnnnnnnntttttttttoooooooo dddddddeeeeeee ccccccccaaaaaaaaa aaaaaaattttttttuuuuuuuuuuaaaaaaaallllllll....

eeeeeeerrrrrrr ssssssssseeeeeeeeeuuuuuuu tttttttteeeeeeeeexxxxxxxx-------eeeeeessssssssss,,,,,,,, aaaaaaaaappppppppuuuuuuuurrrrrrraaaaaaaarrrrrrrr vvvvvvvvoooooooooolllllllvvvvvvvviiiiiiiiidddddddaaaaaaassssssssss –––––– oooooooonnnnnntttttttaaaaaaaarrrrrrrrrr ooooooooopppppppppiiiiii-----

mmmmmmmmaaaaaaa aaaaaaaannnnnnnááááááállllllliiiiiiissssssssssseeeeeeee dddddddddeeeeeee ttttttttooooooodddddddddooooooossssss

mmmmm gggggggggeeeeeeeerrrrrrrrraaaaaaaalllllll,,,,,,, éééééééééé ooooooommmmmmmm oooooooooosssssssss ddddddddeeeeeeee------

ppppppppeeeeeeeessssssssqqqqqqqqquuuuuuuiiiiiiisssssssssaaaaaaa

Lupe

. 201

9. D

igita

l.

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9Língua Portuguesa

A palavra “humanoide” é formada por “humano” + “-oide”, terminação que significa com a forma de.

Formação de palavras: terminação -OIDE 1 Leia o título de uma notícia.

SOPRANA, Paula. Brasileiros criam robô humanoide para atender em restaurantes e hotéis. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/tec/2018/10/brasileiros-criam-robo-humanoide-para-atender-em-restaurantes-e-hoteis.shtml>. Acesso em: 10 jul. 2019.

2 Qual dos robôs a seguir é humanoide?

3 Complete as frases com palavras formadas com a terminação -OIDE.

a) Algo na forma de um elefante é um .

b) Algo na forma de um planeta é um .

c) Algo na forma de uma esfera é um .

4 Qual é o significado de geoide? Se necessário, consulte um dicionário.

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Brasileiros criam robô humanoide para atender em restaurantes e hotéis

• Qual é o significado da palavra “humanoide”? Se necessário, consulte um dicionário.

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10 5º. ano – Volume 2

VOVÔ E O VIDEOGAMEVocê já viu seu avô jogando videogame? Provavelmente não, mas talvez isso

se torne mais comum no futuro. Um estudo realizado nos Estados Unidos

mostrou que os jogos eletrônicos podem ajudar a aprimorar certas ativida-

des cerebrais de pessoas idosas.

Se você já está pensando em desafiar seus avós no seu game favorito,

calma! Não estamos falando (ainda) de jogos modernos cheios de monstros

e explosões: o estudo utilizou um jogo especificamente desenvolvido para

esse fim, chamado NeuroRacer.

Ele é composto por duas tarefas: a primeira é guiar um carro por uma pista

sinuosa e a segunda, identificar o surgimento de figuras com certa cor e for-

mato na tela, no meio de uma série com muitas outras. Nada muito difícil,

certo? Mas o desafio é fazer as duas coisas ao mesmo tempo.

Quando realizamos tarefas simultâneas, elas provocam interferências no

processamento das informações em nosso cérebro. A capacidade de lidar

com essas interferências, no entanto, diminui com a idade – por isso, idosos

têm mais dificuldade de enfrentar esse tipo de situação.

Os cientistas pediram a adultos de 60 a 85 anos que treinassem o Neuro-

Racer durante um mês. Alguns jogaram a versão completa, dirigindo o carro

e identificando os símbolos ao mesmo tempo, e outros apenas as provas

separadas. Em seguida, passaram por testes para verificar seu desempenho

no jogo.

Os resultados mostraram que os dois grupos melhoraram de desempenho

nas tarefas isoladas, mas só o primeiro melhorou na versão completa, ou

seja, apenas o cérebro das pessoas treinadas nas duas atividades de forma

simultânea aprendeu a lidar com a interferência.

Texto de divulgação científica

Textos jornalísticos divulgam as descobertas das várias áreas do conheci-mento, como cultura, política, economia, ciências, entre outras.

1 Leia o texto a seguir que divulga informação da área das ciências.

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11Língua Portuguesa

Quem treinou com a versão completa também apresentou melhorias em

áreas como atenção e memória, entre outras atividades cerebrais. Resu-

mindo: ao treinar os idosos para lidar com a interferência, foi possível, com

um único jogo, melhorar suas habilidades em várias áreas.

Embora os resultados sejam apenas iniciais, a pesquisa nos faz pensar se,

no futuro, poderemos usar jogos de alta tecnologia não só para diversão,

mas também para melhorar nossas capacidades cerebrais. Já pensou?

VOVÔ e o videogame. Disponível em: <chc.org.br/vovo-e-o-video-game/>. Acesso em: 2 jan. 2019.

2 Qual é o título desse artigo?

a) Esse título despertou seu interesse pela leitura? Por quê?

b) Que expectativa sobre o assunto do texto é criada com o título?

c) Após a leitura integral do texto, essa expectativa foi confirmada? Justi-fique sua resposta.

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12 5º. ano – Volume 2

3 Qual é o público a que se destina esse texto? O que você considerou para dar essa resposta?

4 Releia estas frases do texto:

Você já viu seu avô jogando videogame?

Se você já está pensando em desafiar seus avós no seu game favorito, calma!

Nada muito difícil, certo?

Já pensou?

• No texto, essas frases

ajudam a criar uma proximidade entre o leitor e o texto.

deixam o texto mais atrativo, pois estabelecem um diálogo com o leitor. criam um distanciamento entre o leitor e o texto em razão da formalidade das frases.

5 Releia o segundo parágrafo do texto.

a) Qual é o recurso utilizado para manter a atenção do leitor?

b) Nesse segundo parágrafo, o autor imagina uma expectativa do leitor e quebra essa expectativa. Explique como isso acontece.

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13Língua Portuguesa

6 Relacione os assuntos aos parágrafos correspondentes.

a) 1.º parágrafo

b) 2.º parágrafo

c) 3.º parágrafo

d) 4.º parágrafo

e) 5.º parágrafo

f) 6.º parágrafo

g) 7.º parágrafo

h) 8.º parágrafo

Aponta possibilidades futuras de uso da tecnolo-gia para a saúde das pessoas.

Cita um estudo cujos resultados serão apresenta-dos nos demais parágrafos da reportagem.

Identifica o nome do jogo que ajuda os idosos.

Descreve o jogo NeuroRacer.

Relata os resultados dos testes realizados pelos dois grupos.

Ressalta os resultados positivos dos testes.

Identifica os grupos participantes dos testes.

Explica as dificuldades dos idosos em realizar tare-fas simultâneas.

7 O assunto apresentado nessa reportagem é atual e de interesse da socieda-de? Justifique sua resposta.

8 Em sua opinião, as reportagens podem mudar atitudes, ou seja, influenciar o comportamento das pessoas? Justifique sua resposta.

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14 5º. ano – Volume 2

Modos verbais: indicativo, imperativo, subjuntivo

1 Leia estas frases:

I. “[...] dê um desconto para o mau desempenho de seus pais [...].”

II. “[...] o estudo utilizou um jogo especificamente desenvolvido para esse fim, chamado NeuroRacer.”

III. “[...] mas talvez isso se torne mais comum no futuro.”

• Relacione cada uma das formas em destaque à ideia representada.

vo,

A forma verbal exprime ideia de certeza.

A forma verbal exprime ideia de possibilidade, incerteza.

A forma verbal exprime ideia de ordem ou conselho.

As formas verbais “dê”, “utilizou” e “torne” estão em modos diferentes. O modo do verbo indica a atitude de quem fala em relação ao fato anunciado. • O modo que indica certeza é o indicativo.• O modo que indica dúvida, incerteza ou possibilidade é o subjuntivo.• O modo que indica ordem, pedido, desejo, súplica, conselho ou recomen-

dação é o imperativo.

2 Identifique a forma verbal e o modo.

b) Jogue mais vezes com seus avós.

c) Se ele jogasse mais, vence-ria a batalha.Forma

verbal Modo

Forma verbal Modo

Forma verbal Modo

Forma verbal Modo

a) Eu jogo videogame com meu neto.

Jefferson Costa. 2015. Digital.

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15Língua Portuguesa

3 Compare as frases.

a) Sublinhe as formas verbais.

b) Em qual das frases a forma verbal indica certeza?

c) Em qual das frases a forma verbal indica possibilidade?

d) Em qual das frases a forma verbal indica pedido?

e) Agora, complete o quadro.

Frase 1 Talvez as meninas decidam pelo passeio de barco.

Frase 2 As meninas decidirão pelo passeio de barco.

Frase 3 Decida o melhor passeio.

Frase Forma verbal Modo verbal

1

2

3

4 Reescreva as frases transformando as incertezas em certezas.

a) Talvez eu leve meu avô ao cinema.

b) É possível que algumas famílias não tratem bem as pessoas idosas.

c) Espero que aumente a procura por jogos pelos idosos.

d) Tomara que os mais jovens respeitem crianças e idosos.

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16 5º. ano – Volume 2

Estrangeirismo

VOVÔ E O VIDEOGAME

1 Releia este título:

Estrangeirismos são palavras ou expressões de origem estrangeira. Há estran-geirismos que sofrem aportuguesamento, ou seja, modificações na pronúncia e/ou na escrita para se adequarem às regras da língua portuguesa. Por exemplo:

delete deletar; buffet bufê

Algumas palavras não foram aportuguesadas, como videogame e mouse.

2 Leia estas palavras:

a) Sublinhe a palavra que tem uma correspondente aportuguesada.

b) Escreva essa palavra aportuguesada.

3 Como fica a palavra scanner aportuguesada? Se necessário, consulte um dicionário.

4 Algumas pessoas preferem sempre usar a palavra aportuguesada. Qual é sua opinião sobre isso? Converse com os colegas e o professor.

e-mail link hamburger

a) Que destaque essa palavra apresenta no dicionário?

b) Por que há esse destaque no dicionário?

Procure a palavra “videogame” no dicionário e responda às questões.

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17Língua Portuguesa

Não estamos falando (ainda) de jogos modernos cheios de monstros e ex-plosões: o estudo utilizou um jogo especificamente desenvolvido para esse fim, chamado NeuroRacer.

Filmes como Frank e o Robô (2012) e Eu, Robô (2004), assim como dese-nhos animados como Os Jetsons, retratam um futuro onde empregados ro-bóticos realizam tarefas domésticas, permitindo que as famílias passem mais tempo juntas e que os idosos fiquem independentes por mais tempo.

Pontuação: parênteses

1 Observe os trechos do texto que apresentam informações entre parênteses.

Uma das funções dos parênteses é intercalar uma informação no texto, ou seja, há o acréscimo de uma informação acessória.

Há também o uso de parênteses para indicar nomes de autores, datas de publi-cação de obras, nomes de livros e de capítulos, assim como possibilitar alternativas de leitura, por exemplo: Prezado(a) senhor(a).

• Nos trechos lidos, os parênteses destacam uma informação intercalada na frase. Essas informações desempenham a mesma função nos textos? Explique sua resposta.

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18 5º. ano – Volume 2

2 Assinale a alternativa em que o uso dos parênteses indica o acréscimo de uma reflexão.

3 Assinale a alternativa em que o uso dos parênteses indica uma opinião.

5 Em “Querido(a) amigo(a)”, o uso dos parênteses tem a finalidade de indicar

4 Assinale a alternativa que justifica o emprego dos parênteses em “Ma-ria Luísa (1960-) foi fundadora da comunidade que abrigava idosos”.

Estou lendo A bolsa amarela (Lígia Bojunga).

Aquele idoso (muito educado) gosta muito de jogar.

dados biográficos.

Introduz uma informação secundária, a data de nascimento.

O Pedro (aquele amigo de João) está fazendo aniversário hoje.

Maria, eu preciso de você! (Saem abraçados do palco.)

o ano de nascimento de uma pessoa.

Delimita um comentário.

Ele tomou a atitude correta (não deveria fazer sempre isso?).

O(s) aluno(s) deve(m) sair do pátio.

informações cênicas em peças teatrais.

Anuncia o ano de publicação de uma obra.

São Paulo (a maior cidade do Brasil) abraça toda a gente do Brasil.

Eu acredito (!?) que o caso está encerrado.

possibilidades alternativas de leitura.

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19Língua Portuguesa

Gráfico 1 Leia o título de uma reportagem, a linha-fina e o gráfico que a acompa-

nham.

Cada vez mais velha, população brasileira chega a 208 milhões Projeção do IBGE aponta que país terá mais idosos que jovens em 2060

[...]

2 Qual é a população representada no gráfico?

3 Qual é o período representado na amostragem do gráfico?

4 O que indica o número 208 milhões no título da reportagem?

5 Que palavra possibilita concluir que a informação numérica presente no título é atual (em relação à data de sua publicação)?

Fonte: Projeção da População – IBGE

Por idadeMédia geral Homens Mulheres

2018 2020 2030 2040 2050 2060

76,25 76,74 78,64 79,83 80,57 81,04

CADA vez mais velha, população brasileira chega a 208 milhões. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/07/com-populacao-cada-vez-mais-velha-brasil-atinge-208-milhoes-de-pessoas.shtml>. Acesso em: 23 jan. 2019.

IBGE: sigla do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

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20 5º. ano – Volume 2

6 O número acima das colunas do gráfico indica a expectativa de vida da popu-lação. O que significa expectativa de vida? Pesquise e registre o significado.

7 Na linha-fina, a palavra “projeção” permite concluir que os dados de 2020 a 2060 são

uma estimativa do que pode vir a acontecer.

os dados desejados para a população brasileira.

8 Seguindo a leitura do gráfico da esquerda para a direita, pode-se concluir que a expectativa de vida de homens e mulheres aumenta ou diminui? Jus-tifique sua resposta.

9 Entre 2018 e 2060, de quanto será o aumento da expectativa de vida segun-do a projeção do IBGE?

10 Reescreva, na forma de texto, as principais informações presentes no gráfico.

11 O que difere o gráfico do texto escrito? Por que muitas informações são apresentadas em forma de gráfico?

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21Língua Portuguesa

Reportagem Agora que você já leu vários textos sobre idosos, é sua vez de escrever

uma reportagem sobre esse mesmo assunto. Reúna-se com dois ou três colegas e, juntos, elaborem o texto. As reportagens ficarão expostas no mu-ral da escola para que os alunos de outras turmas possam ler.

1 Quanto mais as pessoas souberem como tratar os idosos, mais qualidade de vida eles terão. Portanto, façam uma pesquisa para que a reportagem ajude a esclarecer aos leitores os cuidados com as pessoas idosas. Anotem pelo menos dois cuidados essenciais.

2 Se possível, entrevistem um profissional da área de saúde ou um cui-dador de idosos sobre os principais cuidados com a pessoa idosa e seus benefícios. Anotem três trechos com informações importantes, que poderão constar na reportagem.

Cuidado 1:

Trecho 1:

Cuidado 2:

Trecho 2:

Trecho 3:

dosos, é sua vez de esm dois o

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22 5º. ano – Volume 2

Fizeram uma pesquisa sobre o assunto da reportagem?

Selecionaram as principais informações pesquisadas?

Escolheram ao menos dois cuidados para serem apresentados na reportagem?

Foram feitas entrevistas e selecionados depoimentos?

O título da reportagem está relacionado ao assunto abordado?

A linha-fina complementa a informação do título?

O texto está dividido em parágrafos?

Há imagens (fotos ou desenhos) acompanhadas de legendas?

3 Façam a primeira versão do texto.

• Primeiro parágrafo: com base na pesquisa feita, apresentem informações gerais sobre a situação dos idosos em nosso país e a importância de conhecer os cuidados que familiares e conhecidos devem ter com eles.

• Segundo e terceiro parágrafos: informem os principais cuidados pesquisados e esclareçam ao leitor os benefícios desses cuidados. Se possível, acrescentem os depoimentos das pessoas entrevistadas.

• Parágrafo final: retomem a importância de cuidar dos idosos, tendo em vista que a expectativa de vida vem aumentando nos últimos anos.

4 Selecionem fotos ou desenhos relacionados ao assunto da reportagem.

5 Elaborem legendas para as fotos.

6 Escrevam o título e a linha-fina da reportagem.

7 Avaliem a reportagem escrita por vocês.

8 Feitos os ajustes, elaborem a versão definitiva da reportagem.

9 O texto deverá ficar exposto no mural da escola.

10 Leia as reportagens elaboradas pelos colegas.

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23Língua Portuguesa

Modo indicativo

Expressa certeza em relação ao fato. A menina ajuda o avô.

Modo subjuntivo

Expressa incerteza ou possibilidade em relação ao fato.

Se a menina ajudasse o avô, tudo se resolveria.

Modo imperativo

Expressa ordem, pedido, súplica ou recomendação em relação ao fato.

Ajude seu avô.

Gráfico é um texto que expressa visualmente informações com dados nu-méricos.

O modo verbal indica uma atitude do falante diante do fato anunciado. São três os modos verbais: indicativo, subjuntivo e imperativo.

Reportagem é um texto jornalístico publicado em revistas, jornais e sites. Como é um texto em que predomina a apresentação de informações, cabe a seu autor fazer pesquisas sobre o assunto e entrevistar pessoas que este-jam diretamente ligadas aos fatos ou que estejam relacionadas às pessoas citadas no texto.

Os parênteses são usados com diversas finalidades, como destacar expli-cações, fazer observações ou reflexões e possibilitar alternativas de leitura.

Estrangeirismos são palavras ou expressões que têm origem em outra lín-gua. Por exemplo: videogame (inglês).

ccccccciiiiiiiiiiiitttttttttaaaaaaaaaddddddddaaaaaaaassssssss nnnnnnnnoooooooo tttttttteeeeeeeeeexxxxxxxxxxxxtttttttoooooooo....

Gus

tavo

Ram

os. 2

019.

Dig

ital.

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5º. ano – Volume 224

Que ideia você defende?

1 Descreva a situação retratada nessa imagem.

2 Você percebe algo inadequado na imagem? Explique sua resposta.

3 O que você sabe sobre os direitos dos idosos?

Lupe

. 201

9. D

igita

l.

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25Língua Portuguesa

Artigo de opinião

1 Leia o título do texto que será apre-sentado a seguir.

Respeitar os idosos é aceitar o próprio futuro

• Esse título estabelece uma relação entre duas ações. Observe:

a) Qual é o objetivo dessa comparação?

b) Você concorda com essa comparação? Por quê?

2 A seguir, leia o texto de Rosely Sayão, que está dividido em partes para que você analise trecho a trecho.

Respeitar os idosos é aceitar o próprio futuroO que temos ensinado aos nossos filhos a respeito da velhice? Pelo jeito, não

temos passado boas lições sobre o assunto, e quem levantou o tema de nossa

conversa de hoje foi o pai de um bebê de dez meses. Em sua correspondência,

ele conta que teve de ir a um ambulatório de um hospital e, na sala de

espera, encontrou muita gente. Acomodados nas cadeiras disponíveis no

local estavam vários jovens e adultos e, em pé, várias senhoras – com mais

de 70 anos –, uma delas cega. Parece que ninguém “viu” as idosas, ou seja,

ninguém cedeu o lugar mais confortável a elas.

“O que aconteceu? De quem é a culpa pelo comportamento dessa geração

que não se importa se um senhor com bengala está em pé com muito

custo? Das escolas? Dos pais, que não ensinam o respeito aos outros – ou,

se ensinam, praticam o oposto?” A indignação e a reflexão de nosso leitor,

expressas nessas perguntas, fazem muito sentido. Só que pais e escolas não

estão sozinhos nessa história.

respeitar idosos = aceitar o futuro

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26 5º. ano – Volume 2

3 Qual é o assunto do texto?

4 Releia a primeira frase do texto: “O que temos ensinado aos nossos filhos a respeito da velhice?”.

a) Que palavras desse trecho identificam o uso da 1.ª pessoa do plural? Sublinhe-as.

b) O uso da 1.ª pessoa do plural se refere a quem?

À autora do texto e ao leitor.

pais e escolas são os únicos responsáveis por essa situação.

pais e escolas não podem ser responsabilizados por essa situação.

além de pais e escolas, há outros responsáveis pela situação.

A toda a sociedade.

5 Que fato originou a escrita desse texto?

6 No primeiro parágrafo, é narrado um fato.

a) Sublinhe esse fato.

b) O que causou indignação no leitor?

c) “Parece que ninguém ‘viu’ as idosas, ou seja, ninguém cedeu o lugar mais confortável a elas”. Você já presenciou cenas como essa? Se sim, relate aos colegas o que aconteceu.

7 Releia esta outra frase: “Só que pais e escolas não estão sozinhos nessa história”.

a) É possível deduzir que, para a autora,

Aos leitores do texto e a seus filhos.

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27Língua Portuguesa

um fato. uma opinião.

b) Essa frase revela

8 Agora, leia outros dois parágrafos do texto.

É bom lembrar que vivemos um tempo em que ninguém quer envelhecer:

usamos todos os recursos para maquiar a idade e temos bons motivos para

isso. O velho não é bem-visto – nem sequer é visto – pela sociedade. Quem

tem mais de 50 anos tem dificuldade para arrumar emprego, encontrar um

parceiro quando está sozinho, ter um programa de lazer adequado e ser

respeitado pelas crianças e pelos jovens. A palavra "coroa" deixou de ter

um sentido carinhoso – se é que um dia já teve – e passou a ser pejorativa.

Ofende-se quem é chamado de "coroa", mas a mesma pessoa pode sentir-se

orgulhosa quando o adjetivo escolhido é "animal".

[...] O recado social é claro: depois dos 50, perde-se a humanidade e a cidada-

nia. Se não admitimos envelhecer, faz sentido ignorar que é preciso ensinar

crianças e jovens a respeitar os idosos, não é? Fazemos de conta que quem

é velho já morreu e pronto.

9 De acordo com a autora, por que as pessoas usam “recursos para maquiar a idade”?

10 Releia a opinião da autora e complete o quadro com dois exemplos que a justificam.

Opinião

“O velho não é bem-visto – nem sequer é visto – pela sociedade.”

Argumento Argumento

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28 5º. ano – Volume 2

11 Leia mais um parágrafo do texto.

Respeitar o velho – escondido até na denominação “terceira idade” ou “melhor

idade” – não é apenas uma questão de bons modos. Respeitar o idoso é

reverenciar a experiência de vida, o conhecimento, a sabedoria acumulada

de quem viveu e aprendeu, de quem sofreu, de quem tem um passado e uma

história, de quem colaborou com a construção desse mundo e de quem deu

a vida a quem hoje é jovem. Respeitar o velho é preservar nossa memória,

aceitar o futuro e reconhecer o passado. Mas parece que o que vale hoje é

o presente: viver o aqui e o agora é imperativo. Vivendo assim, como será o

amanhã?

12 Releia a primeira frase desse parágrafo e assinale as alternativas verdadeiras. “Terceira idade” e “melhor idade” são outras formas de se referir ao idoso. “Terceira idade” e “melhor idade” são denominações preconceituosas para se referir ao idoso. De acordo com a autora, as denominações “terceira idade” e “melhor idade” não mudaram a forma como a sociedade considera o idoso. De acordo com a autora, a denominação “velho” não deve ser utilizada, pois é preconceituosa.

13 Anote pelo menos dois benefícios para a sociedade quando há respeito ao idoso.

Benefício 1

Benefício 2

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29Língua Portuguesa

14 Leia os parágrafos finais do texto.

Temos um problema: a população brasileira envelhece, e os dados do censo

são prova disso. Que contradição é essa que nos faz cegos a essa reali-

dade? Ensinar e estimular crianças e jovens a conviver com os velhos pode

ser positivo para ambos: aos mais novos, para que aprendam sobre a vida

e a importância dos vínculos afetivos e dos compromissos assumidos, e

aos mais velhos, para que ganhem um sopro de alegria, de entusiasmo, de

esperança.

Uma amiga contou que, no supermercado, observou uma cena interessante.

Uma velha senhora fazia suas compras acompanhada da neta de mais ou

menos 12 anos, que, consciente da importância de seu papel, desempenha-

va-o de modo exemplar. Apontava o que a avó precisava, perguntava as

preferências dela, dirigia o carrinho, fazia tudo o que fosse necessário para

poupar a avó o mais que pudesse. De tão inusitada, a cena chamou a aten-

ção de outra mulher que não se conteve e disse: “Muito bem, ajudando a

avó a fazer compras; meus parabéns!”.

O lugar destinado ao velho em nossa sociedade se expressa na educação

que damos a filhos e alunos. Temos, no mínimo, um motivo bem egoísta

para ter mais cuidado com essa questão: vamos envelhecer. E nossos filhos

também. Por incrível que pareça.

SAYÃO, Rosely. Respeitar os idosos é aceitar o próprio futuro. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq2703200312.htm>. Acesso em: 25 jan. 2019.

censo: estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que busca levantar informações sobre a população e suas condições de vida. inusitada: que não é comum; estranha.

Rosely Sayão (1950), psicóloga, presta consultoria a escolas tratando de questões sobre cidadania e educação de crianças e adolescentes. Durante muito tempo, escreveu para o jornal Folha de S.Paulo. Atualmente, participa de um programa de rádio em que fala com os ouvintes sobre a educação de filhos de todas as idades.

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30 5º. ano – Volume 2

15 Releia esta frase:

Temos um problema: a população brasileira envelhece, e os dados do censo são prova disso.

a) Nessa frase, há uma opinião e um fato.

• Sublinhe com cor verde o fato.

• Sublinhe com cor vermelha a opinião.

b) O que significa dizer que “a população brasileira envelhece”?

c) Para a autora, por que o envelhecimento da população brasileira é um problema?

Porque os idosos não são respeitados.

Porque as pessoas não gostam de envelhecer.

16 No primeiro parágrafo desse trecho final, há a narrativa de uma cena.

a) Sublinhe no texto essa narrativa.

b) Releia este trecho: “De tão inusitada, a cena chamou a atenção de outra mulher que não se conteve e disse: ‘Muito bem, ajudando a avó a fazer compras; meus parabéns!’”. Por que essa cena chamou a atenção?

c) De que forma essa cena ajuda a defender esta opinião da autora: “Só que pais e escolas não estão sozinhos nessa história”?

Em um texto, há muitas ideias que não estão expostas explicitamente, o leitor precisa deduzi-las.

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31Língua Portuguesa

Artigo de opinião é um texto jornalístico argumentativo, ou

seja, publicado em veículos de comunicação, como jornais, re-

vistas e sites, visando expor uma opinião e defendê-la por meio

de argumentos. Como se trata da exposição e defesa de uma opi-

nião pessoal, o texto, em geral, é escrito na 1.ª pessoa do singular

(eu) ou do plural (nós).

O assunto em análise no artigo de opinião, em geral, envolve uma

situação cotidiana ou um fato de interesse da população.

No parágrafo argumentativo, você precisa expor sua opinião e apresentar ao menos um argumento para defendê-la.

17 Assinale as características que comprovam que o texto é um artigo de opinião.

A autora expõe um posicionamento sobre determinado assunto.

Os argumentos utilizados ajudam a defender a opinião exposta.

O texto apresenta humor e linguagem informal.

18 Exercite sua capacidade de argumentação e escreva um parágrafo argu-mentativo em resposta a esta pergunta:

Os idosos estão sendo bem tratados pelas pessoas mais novas?

ooooouuuuuu

----

aaaaaaaarrrrrrrr

uuuuuuuummmmmmmmmmaaaaaaaaa

Lupe. 2019. Digital.

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32 5º. ano – Volume 2

Conjunções: oposição

1 Releia estas frases que estão numeradas:

(I) Respeitar o velho é preservar nossa memória, aceitar o futuro e reconhe-cer o passado. (II) Mas parece que o que vale hoje é o presente [...].

a) Na frase I, a ideia é que o respeito ao idoso é algo

positivo.

mas

negativo.

parece vale hoje

b) A ideia presente na frase II revela uma oposição em relação à frase I. Que palavra deixa evidente essa contradição?

c) Escolha uma das palavras do quadro para substituir “mas” e reescreva as frases.

e, contudo, pois, portanto

Ofende-se quem é chamado de “coroa”, mas a mesma pessoa pode sentir-se orgulhosa quando o adjetivo escolhido é “animal”.

• Que ideia a palavra “mas” expressa na oração?

Palavras que estabelecem sentido entre frases ou orações são chamadas de conjunções. Quando há uma expressão (duas ou mais palavras) com essa mesma função, chama-se de locução conjuntiva. A palavra “mas” é uma conjunção que estabelece sentido de oposição entre as ideias de um texto.

2 Releia este outro trecho:

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33Língua Portuguesa

oposição. soma. tempo.

As conjunções e as locuções conjuntivas são muito importantes em um texto. Por meio delas, é possível perceber e entender as relações entre as ideias do texto. Há muitas conjunções e locuções conjuntivas, e você vai estudar algumas delas.

3 Escreva as ideias presentes na frase e circule a conjunção ou a locução con-juntiva conforme o modelo.

a) Ele tinha fome, mas não comia.

Ideia 1: Ele tinha fome.

Ideia 2: Ele não comia.

b) A senhora chegou atrasada, porém assistiu ao filme todo.

Ideia 1:

Ideia 2:

c) O estudante comprou o computador, contudo o aparelho estava que-brado.

Ideia 1:

Ideia 2:

d) Os jovens saem em grupo, no entanto preservam a individualidade.

Ideia 1:

Ideia 2:

e) Os atletas ganharam o prêmio, todavia estavam descontentes.

Ideia 1:

Ideia 2:

4 Copie as conjunções ou locuções conjuntivas circuladas na atividade anterior.

• Essas palavras estabelecem sentido de

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34 5º. ano – Volume 2

Conjunções: adição

5 Leia o trecho de uma história que mostra o afeto entre um menino e seu avô. O menino Tito ganhou um quadro de seu avô. Nesse quadro, são retra-tados vários girassóis.

Naquela noite, Tito esperou até tarde para ver se aparecia no quadro, escondidinho, um broto de girassol. Quando adormeceu, sonhou com um pintor caminhando num campo de feno, de cabeça baixa, com uma telinha debaixo do braço. O nome dele era Van Gogh, e era meio doidinho.

MOREIRA, José R. A Terra dos avós. Curitiba: Positivo, 2008. p. 14.

a) Por que o menino ficou acordado até tarde?

b) Na última frase desse trecho, há duas informações sobre o pintor. No quadro a seguir, faça o que se pede.

• Anote essas informações na primeira e na última coluna.

• Que conjunção liga essas duas ideias? Anote na coluna do meio.

• Essa conjunção estabelece um sentido de

oposição. soma. tempo.

6 Complete as frases conforme o sentido indicado entre parênteses.

a) Van Gogh é um pintor famoso... (sentido de adição, soma)

b) Van Gogh é um pintor famoso... (sentido de oposição)

Informação 1 Informação 2

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35Língua Portuguesa

As conjunções e locuções conjuntivas estabelecem diversos sentidos entre as ideias de um texto.

Respeite os idosos e proteja seu futuro. conjunção (sentido de soma)

Nas horas de lazer, brinque muito, mas reserve um tempo para a leitura. conjunção (sentido de oposição)

7 Identifique nas frases se a conjunção em destaque tem sentido de soma de ideias (S) ou de oposição (O).

Pedro entrou de férias e Maria voltou ao trabalho.

Eles não praticam esporte nem andam no parque.

O jovem chegou ao museu, mas não entrou.

Choveu muito, porém não en-cheu os reservatórios.

8 Complete as orações acrescentando outra que expresse a ideia presente nos parênteses.

a) O aniversário estava muito divertido... (ideia de oposição)

b) Os idosos têm muitas histórias para compartilhar... (ideia de soma, adição)

c) Os jovens querem expressar suas ideias... (ideia de oposição)

d) Crianças e jovens têm muito acesso a tecnologias... (ideia de soma, adição)

e) O neto não queria andar de bicicleta... (ideia de oposição)

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36 5º. ano – Volume 2

Texto de opinião

Você vai escrever um texto de opinião tendo como assunto a situação dos idosos nos dias atuais. Para tanto, leia alguns textos e discuta as ideias presentes neles.

1 Agora, leia uma notícia sobre o assunto. As informações podem ajudá-lo no momento da escrita de seu texto.

Texto 1

Estatuto do Idoso completa 15 anos; especialistas apontam conquistas e pontos a melhorarCriado em 2003, documento trouxe princípios da proteção integral e prioridade às pessoas com mais de 60 anos 01/10/2018 – 13h14min

Ver uma pessoa com mais de 60 anos ter prioridade na fila do supermercado,

de bancos, no ônibus ou em outros locais se tornou mais comum no país. Por

vezes ainda desrespeitado, o direito dos idosos em diferentes serviços ficou

amplamente conhecido depois do Estatuto do Idoso, que completa 15 anos

de vigência nesta segunda-feira (1).

Criado pela Lei 10. 741, em 1.º de outubro de 2003, quando o Brasil tinha 15

milhões de idosos, o estatuto trouxe, de forma inédita, princípios da pro-

teção integral e da prioridade absoluta às pessoas com mais de 60 anos e

regulou direitos específicos.

“Foi a primeira legislação que de fato passa a regular os direitos humanos

das pessoas idosas. Eu trabalho na área de envelhecimento há quase 40

anos e, na época, nós éramos um dos países que não tínhamos uma legis-

lação que permitisse penas e sanções administrativas para aqueles que

praticassem maus-tratos e violência”, relata Laura Machado, representante

da Associação Internacional de Gerontologia e Geriatria na Organização das

Nações Unidas (ONU) e membro do conselho do HelpAge Internacional.

A partir do estatuto, pela primeira vez, negligência, discriminação, violência de

diferentes tipos, inclusive a financeira, e atos de crueldade e opressão contra

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37Língua Portuguesa

GAUCHAZH. Estatuto do Idoso completa 15 anos; especialistas apontam conquistas e pontos a melhorar. Disponível em: <https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2018/10/estatuto-do-idoso-completa-15-anos-especialistas-apontam-conquistas-e-pontos-a-melhorar-cjmqdcv7p014a01piav0mvm5q.html>. Acesso em: 20 fev. 2019.

o idoso foram criminalizados e hoje são passíveis de punição. O estatuto

também aumentou o conhecimento e a percepção dos idosos sobre seus

direitos.

Art. 4.º Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omis-são, será punido na forma da lei.

§ 1.º É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do idoso.

§ 2.º As obrigações previstas nesta lei não excluem da prevenção outras decorrentes dos princípios por ela adotados.

Art. 5.º A inobservância das normas de prevenção importará em responsabilidade à pessoa física ou jurídica nos termos da lei.

Art. 6.º Todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade competente qualquer forma de violação a esta lei que tenha testemunhado ou de que tenha conhecimento.

BRASIL. Estatuto do Idoso. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/a-camara/estruturaadm/gestao-na-camara-dos-deputados/responsabilidade-social-e-ambiental/acessibilidade/legislacao-pdf/Legislaoidoso.pdf>. Acesso em: 21 fev. 2019.

Como o gênero textual estudado neste capítulo é o artigo de opinião e você vai produzir um texto de opinião nesses moldes, discuta com os colegas sobre algumas questões a respeito dos idosos.

Atenção! Participe das discussões e reflita sobre o que foi discutido. Quanto mais informações e ideias tiver sobre o assunto, mais facilidade terá para escrever.

3 Qual é o fato que motivou a notícia (texto 1)?

4 Cite ao menos um direito do idoso mencionado na notícia.

2 Leia, agora, um trecho do Estatuto do Idoso.

Texto 2

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38 5º. ano – Volume 2

5 De acordo com o Estatuto do Idoso (texto 2), o que não pode ser feito con-tra o idoso?

6 Qual é o dever da pessoa que vê um idoso tendo seus direitos violados?

7 Em sua opinião, por que foi necessária a elaboração de um Estatuto do Idoso?

8 Como você vê os idosos de seu convívio serem tratados? Há algo que você possa fazer para contribuir para o exercício dos direitos dos idosos? Conver-se sobre isso com os colegas e o professor.

9 Após a leitura dos textos e a discussão sobre a situação dos idosos, planeje seu texto dando sua opinião sobre a seguinte questão: Como ajudar os ido-sos a ter seus direitos garantidos?

Que ideia você vai defender? Escolha ao menos dois argumentos que com-provem essa sua ideia. Complete o esquema para planejar seu texto.

Ideia a ser defendida

Argumento 1 Argumento 2

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39Língua Portuguesa

10 Faça a primeira versão de seu texto seguindo estas orientações:

• comece o texto apresentando o assunto, que é a situação dos idosos em nosso país;

• em seguida, apresente seu ponto de vista sobre a questão proposta (Como ajudar os idosos a ter seus direitos garantidos?);

• exponha os argumentos que reforcem seu ponto de vista;

• conclua o texto reafirmando a posição que assumiu sobre a questão tratada, pois agora essa posição já está fortalecida pelos argumentos que você apresentou.

Procure usar argumentos convincentes, pois, para o artigo de opinião alcançar seu objetivo, é preciso sustentar seu ponto de vis-ta com informações e outros elementos que comprovem a ideia defendida.

O assunto está exposto logo no início do texto?

Sua opinião está defendida com argumentos?

No final do texto, sua opinião é retomada?

O título chama a atenção do leitor?

O texto foi revisado e foram feitas as correções necessárias?

Há uma opinião sua sobre o assunto?

11 Avalie seu texto.

12 Deixe seu texto exposto no mural da sala de aula para que todos possam ler.

13 Leia as produções feitas pelos colegas e, depois, comente-as.

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40 5º. ano – Volume 2

Caricatura

1 Observe a caricatura de Ziraldo, feita pelo cartunista Amarildo.

FIGUEIREDO, Benahia. Livro presta homenagem aos 85 anos do multitalentoso artista Ziraldo. Disponível em: <https://www.gazetaonline.com.br/entretenimento/cultura/2018/06/livro-presta-homenagem-aos-85-anos-do-multitalentoso-artista-ziraldo-1014136614.html>. Acesso em: 28 jan. 2019.

2 Descreva essa caricatura.

3 Por que o retratado está com um lápis na mão? Por que, nesse lápis, há a bandeira do Brasil?

©A

mar

ildo

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41Língua Portuguesa

4 Qual é a cor da roupa de Ziraldo?

5 O que essas cores representam?

6 O humor da caricatura está no fato de o cartunista Amarildo ter

exagerado nos traços fisionômicos característicos de Ziraldo.

usado a cor verde no fundo da imagem.

retratado Ziraldo sorrindo.

7 Pode-se dizer que um texto não verbal, como a caricatura, também é lido? Explique sua resposta.

8 É possível dizer que essa caricatura expressa uma opinião do cartunista Amarildo a respeito de Ziraldo? Explique sua resposta.

A caricatura é um texto de humor gráfico, tal qual o cartum, já estudado em volumes anteriores. Consiste em um retrato no qual se destacam de forma exagerada alguns traços do retratado. Pode-se dizer que é um texto opinativo, pois a caricatura revela uma opinião sobre a pessoa retratada.

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42 5º. ano – Volume 2

Livro presta homenagem aos 85 anos do multitalentoso artista ZiraldoA obra idealizada pelo cartunista Edra, conterrâneo de Ziraldo, traz biografia e ilustrações de 85 cartunistas convidados

Publicado em 20/06/2018 às 20h09Benahia [email protected]

Uma homenagem traçada por muitas mãos celebra os 85 anos do escri-

tor, jornalista, desenhista, cartunista e chargista Ziraldo. “Ziraldo 85 – Ao

Mestre Com Carinho” é o livro idealizado e organizado por Élcio Danilo Russo

Amorim, conhecido como Edra, que traz 85 cartunistas convidados a pres-

tar tributo a Ziraldo e uma biografia do artista. Entre os convidados estão

os capixabas Amarildo, chargista, caricaturista e cartunista de A Gazeta, e

Alpino, cujas tirinhas “Samanta” você acompanha no C2.

O livro será lançado no dia 28 de junho, na Casa Ziraldo de Cultura, em

Caratinga, cidade natal tanto de Ziraldo quanto de Edra. A obra não é o pri-

meiro tributo que Edra presta ao seu grande ídolo.

[...]

9 Agora leia parte da resenha em que essa caricatura aparece.

FIGUEIREDO, Benahia. Livro presta homenagem aos 85 anos do multitalentoso artista Ziraldo. Disponível em: <https://www.gazetaonline.com.br/entretenimento/cultura/2018/06/livro-presta-homenagem-aos-85-anos-do-multitalentoso-artista-ziraldo-1014136614.html>. Acesso em: 21 fev. 2019.

a) Que obra está sendo resenhada?

b) Qual é a relação entre essa resenha e a caricatura de Ziraldo?

c) Releia a linha-fina.

A obra idealizada pelo cartunista Edra, conterrâneo de Ziraldo, traz biografia e ilustrações de 85 cartunistas convidados

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43Língua Portuguesa

• O que significa dizer que “a obra foi idealizada pelo cartunista Edra”?

Edra quis apresentar nessa obra as ideias de Ziraldo.

Edra pretendeu que o leitor tivesse uma ideia da biografia e da arte de Ziraldo.

Edra planejou o livro.

• Edra e Ziraldo são conterrâneos. O que isso quer dizer?

• Pesquise e registre um sinônimo de “conterrâneo”. Se necessário, use o dicionário.

d) Releia estas palavras do texto:

jornalista desenhista cartunista chargista

• Quanto à forma, o que há em comum em todas essas palavras?

• Quanto ao significado, o que há em comum em todas essas palavras?

A terminação -ista tem sentido de ocupação ou ofício, por isso está presente no nome de diversas profissões, como cientista e florista.

Outra terminação presente no nome de profissões é -eiro, como em jornaleiro e verdureiro.

10 Pesquise e anote nome de profissões com as terminações indicadas no quadro.

Terminação -ista Terminação -eiro(a)

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44 5º. ano – Volume 2

indicativo, pois indica certeza.

subjuntivo, pois indica possibilidade.

imperativo, pois indica ordem ou recomendação.

Modo indicativo: presente

Livro presta homenagem aos 85 anos do multitalentoso artista Ziraldo

a) Sublinhe a forma verbal.

b) Qual é o agente dessa ação verbal?

c) Essa forma verbal está no modo

d) A forma verbal indica que a ação é praticada no tempo

presente. passado. futuro.

2 Releia algumas formas verbais presentes no primeiro parágrafo da resenha e complete a frase.

celebra é traz estão acompanha

Todas essas formas verbais estão no tempo do modo .

3 Releia o segundo parágrafo da resenha.

a) Qual das formas verbais não está no tempo presente?

b) Por que esse outro tempo verbal foi empregado?

Há três modos verbais: indicativo, subjuntivo e imperativo. O modo imperativo tem dois tempos verbais: imperativo afirmativo e im-

perativo negativo. Já o modo indicativo e o subjuntivo têm os seguintes tem-pos verbais: presente, passado, ou pretérito, e futuro.

1 Releia o título da resenha:

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45Língua Portuguesa

Vou ao Rio de Janeiro neste fim de semana.

Chove lá fora enquanto escrevo esta carta.

No café da manhã, tomo suco de laranja.

Preciso de sua ajuda agora.

À noite termino de ler o livro.

Adoro esta parte do filme.

Todos os dias brinco com meus amigos.

Amanhã trago os jogos de tabuleiro.

Faço essa tarefa depois do jantar.

Sempre passeio de bicicleta com meus irmãos.

Levo meu cachorro para passear todas as terças-feiras.

Treino aos fins de semana.

No final do ano vou à praia.

Converso com o professor.

Tomo banho todos os dias.

Falo com você em seguida.

Escrevo no caderno.

Jogo bola aos sábados.

Amanhã vou ao museu com a professora e os colegas da turma.

Quando um verbo expressa uma ação realizada no momento da fala ou da escrita, ele está conjugado no presente do indicativo.

O presente do indicativo também pode expressar

• ações que acontecem com frequência;

• ações que vão acontecer em breve.

4 Associe as colunas.

(A) Ações do momento da escrita.

(B) Ações frequentes.

(C) Ações que acontecerão em breve.

a.

ta.

a.

migos.

ro.

m meus irmãos.

feiras.

ooooooossssssss ssssssssááááááááábbbbbbbbaaaaaaaaddddddddoooooooossssssssss.......

aaaaaaasssssss ddddddddaaaaaaaaa tttttttttuuuuuuuurrrrrrrrmmmmmmmmaaaaaaaaa.....

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46 5º. ano – Volume 2

Sugestões

• Usar celular em sala de aula: a favor ou contra?

• Proibir o uso de canudinhos plásticos em restaurantes e lanchonetes: a fa-vor ou contra?

• Restringir o tempo de uso da internet: a favor ou contra?

Assunto escolhido

DebateParticipe de um debate e aprenda a defender seu ponto de vista.

Para debater, é preciso estar bem-informado e ter uma opinião clara sobre o assunto.

1 Qual é o assunto a ser debatido? Você e sua turma vão escolher um assunto polêmico e atual. Seguem algumas sugestões, mas vocês podem optar por outro de interesse da turma.

2 O debate deverá seguir estas orientações:

• O professor formará três grupos.

– O primeiro grupo é formado pelos alunos que são A FAVOR.

– O segundo grupo é formado pelos alunos que são CONTRA.

– O terceiro grupo é formado pelos alunos que vão observar o debate e decidir qual grupo defendeu melhor sua opinião.

• Assinale seu grupo.

Primeiro grupo Segundo grupo Terceiro grupo

• O professor será o mediador, ou seja, determinará a ordem de quem vai falar e o tempo de fala de cada um.

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47Língua Portuguesa

Argumento 1

Argumento 2

Todos se prepararam adequadamente para fazer a apresentação das ideias e da defesa?

Todos os integrantes da equipe participaram da apresentação?

Falaram em tom de voz calmo para que todos pudessem ouvir claramente?

A apresentação do grupo prendeu a atenção dos colegas?

• Pesquise sobre o assunto escolhido e anote pelo menos um argumento para ajudar seu grupo a defender a opinião de vocês.

• Reúna-se com seu grupo e, juntos, escolham os melhores argumentos para apresentar durante o debate.

3 No dia previamente marcado pelo professor, um representante de cada gru-po, alternadamente, expõe os argumentos em tempo breve, previamente acertado.

4 Depois de cada grupo expor seus argumentos, o júri se reúne e avalia o debate decidindo quem argumentou melhor, ou seja, qual grupo expôs os argumentos mais convincentes.

5 Um representante do júri expõe o resultado para os outros grupos e justifi-ca sua decisão.

6 Avalie sua participação e a de seu grupo.

Foi feita uma pesquisa de preparação para o debate?

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48 5º. ano – Volume 2

Presente do indicativo

Venta muito lá fora. Ação que ocorre no momento da fala.

Pulo corda toda manhã. Ação repetitiva.

Assisto a esse filme com você amanhã. Ação que vai acontecer em breve.

Caricatura é um texto não verbal caracterizado por apresentar um retrato de alguém, em geral uma pessoa de destaque na sociedade. Esse retrato busca destacar de forma exagerada algumas características físicas do retra-tado, a fim de provocar humor e revelar uma opinião sobre ele.

Conjunções são palavras que relacionam duas ideias presentes no texto, estabelecendo uma relação de sentido entre elas.

Artigo de opinião é um texto jornalístico, publicado em revistas, jornais ou sites, em que os autores apresentam seu ponto de vista so-bre algum fato ou assunto atual e de interesse da sociedade. O que caracteriza esse texto é a defesa de uma opinião, que deve ser apre-sentada de forma clara e defendi-da por meio de argumentos.

Gus

tavo

Ram

os. 2

019.

Dig

ital.

Leio muitos livros e me divirto.conjunção (sentido de soma)

Leio muitos livros, mas esqueço fácil as histórias.conjunção (sentido de oposição)

Presente do indicativo é um tempo verbal que expressa uma ação reali-zada no momento da fala ou da escrita. O presente do indicativo também pode ser empregado para indicar ações que acontecem com frequência ou aquelas que vão acontecer em breve.

ESSA É MINHA

OPINIÃO.

VOU PENSAR SOBRE ISTO.

NÃO HAVIA PENSADO NISSO!

NÃO CONCORDO!

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aria

49Língua Portuguesa

O que é envelhecer?

1 Você já ouviu a frase “O tempo não para”? Qual é o significado disso para sua vida? Em que momentos você gostaria que o tempo parasse?

2 Para você, o que é envelhecer? Com que idade alguém é considerado velho ou idoso? Que imagem você tem dessa pessoa?

1

2

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50 5º. ano – Volume 2

1 Leia a crônica a seguir e perceba o que a autora, Lya Luft, tem a dizer sobre envelhecer.

Deixem a gente ter o privilégio de envelhecer em pazLya Luft

No mês de setembro, ocorre a maioria dos aniversários de minha família:

eu mesma, netas, filho, irmão, além dos que já se foram, como mãe e avó

materna, sem contar os amigos. Suponho que tenhamos sido inventados nos

cálidos meses de verão. Tenho, em relação ao correr do tempo, não amar-

gura ou medo real, mas curiosidade – desde quando, menina mimada, bati o

pé porque queria alguma coisa “agora”. Algum adulto presente achou graça

e resolveu liquidar a minha manha: “Deixa de ser boba, o agora nem existe”.

Iniciou-se um diálogo surreal: a menina curiosa e teimosa insistia em saber

que história era aquela. Explicaram que o tempo passa constantemente,

de modo que, quando pronunciamos a última letra da palavra “agora”, esse

agora já é passado. Obstinada, várias vezes tentei pensar a palavra “agora”

empilhando as letras numa coisa só – mas desisti.

Então, a cada momento, tudo passava, mudava e já era outro? Eu já era

outra? Comecei a me angustiar, eu me angustiava com coisas que pouco

tinham a ver com crianças, que, segundo adultos de então, deviam brincar,

comer, dormir e se portar bem. [...]

Sempre tive vontade de ser adulta: achava a vida e os assuntos dos “gran-

des” muito mais interessantes do que os infantis. Detestava ser coman-

dada, numa época de educação bastante severa: por que ir para a cama às

sete e meia? Por que só comer comidinha inocente, como purê de batata e

carne de frango?

Por que não falar muito à mesa? Por que ter de aprender prendas domésti-

cas como toda boa menina? Eu não queria ser uma boa menina: queria ser

a Emília do Monteiro Lobato.

Crônica argumentativa

Alguns escritores gostam de expressar sua opinião e sua forma de ver o mun-do em crônicas, as quais, em geral, são publicadas em jornais, revistas ou sites.

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51Língua Portuguesa

LUFT, Lya. Deixem a gente ter o privilégio de envelhecer em paz. Disponível em: <http://www.50emais.com.br/lya-luft-deixem-a-gente-ter-o-privilegio-de-envelhecer-em-paz/>. Acesso em: 31 jan. 2019.

lúcida: que tem clareza de ideias; que demonstra uso da razão.

A escritora gaúcha Lya Luft (1938) sempre gostou de ler. Formou--se em Pedagogia, mas, como aprendeu alemão desde pequena, com o passar do tempo, começou a trabalhar como tradutora para algumas editoras. Também traduziu obras de escritores de língua inglesa. Além de professora e tradutora, Luft escreve poemas, contos, romances e crôni-cas, como o texto lido.

2 De maneira geral, qual é a finalidade dessa crônica?

a) Ensinar as pessoas a envelhecer de forma saudável.

b) Expor um ponto de vista sobre a necessidade de respeitar como as pessoas se comportam a respeito do próprio envelhecimento.

c) Narrar o primeiro contato de uma pessoa com a ideia de envelhecimento.

Aí fui vendo que a passagem do tempo não apenas significava transformação

e novidades (parte boa para quem facilmente se entediava), mas também

perdas, e para muitos o terror da perda da juventude. Tornou-se uma epi-

demia a busca desesperada por deter a qualquer custo os sinais do tempo:

parecer trinta aos sessenta, ter lábios sensuais aos setenta – vale a pena?

A velhice (desde que não com o detestável nome de melhor idade) é uma

fase natural da vida – um dom a ser curtido. Dor e doença não escolhem

idade. Nem sempre a juventude é linda. No avançar do tempo, importa

preservar certa elegância (quando dá…) e cultivar o bom humor (quando

possível…). Tônia Carrero, ao fazer oitenta, respondeu a uma jovem jorna-

lista que lhe perguntava como encarava a velhice: “Velhice? Eu acho ótimo!

Porque a alternativa é morrer jovem”. E minha amada comadre Mafalda

Verissimo, que sempre me faz falta, contou, fingindo-se indignada, que

alguém ao telefone, sabendo que era ela, exclamou: “Dona Mafalda! A

senhora, ainda tão lúcida!”.

Que se arrume o que nos incomoda, mas dentro de alguma normalidade.

Deixem a gente ter o privilégio de envelhecer em paz, que a gente vai tentar

não ficar ainda por cima rabugenta. E quem sabe o rio do tempo desemboca

em algum mistério mais interessante do que nossas trapalhadas de agora?

©by

Lya

Luf

t

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52 5º. ano – Volume 2

3 No título, o leitor fica sabendo qual é, segundo a autora, a maneira ideal de envelhecer. Leia novamente o título da crônica.

Deixem a gente ter o privilégio de envelhecer em paz

1.º fato: a cronista menciona os muitos aniversários de setembro.

2.º fato: quando menina, foi dito à cronista que “agora” não existe.

• Na crônica, esses dois fatos levam a uma reflexão sobre

o envelhecimento. as atitudes das crianças.

5 Releia este trecho:

Iniciou-se um diálogo surreal: a menina curiosa e teimosa insistia em saber que história era aquela.

a) Entre quem ocorre o diálogo?

b) O que é “surreal”? Se necessário, pesquise o significado em um dicionário.

a) Como a cronista entende que deve ser o envelhecimento?

b) A quem a cronista se refere ao usar “a gente”?

c) A quem a autora se refere ao usar a forma verbal “deixem”?

4 No primeiro parágrafo da crônica, são relatados dois fatos:

iosa e teimosa insistia Iniciou-se um diálogo sem saber que história era aq

) d ál

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53Língua Portuguesa

c) Qual destas imagens é surreal? ©Shutterstock/Dotted Yeti ©Shutterstock/Daniel Eskridge

d) Por que é dito na crônica que o diálogo é surreal?

6 A cronista gostava de ser criança? Por quê?

7 A cronista afirma: “Eu não queria ser uma boa menina: queria ser a Emília do Monteiro Lobato”. Leia as informações a seguir antes de responder à ques-tão proposta.

Emília é uma personagem do Sítio do Pica-Pau Amarelo, obra de Monteiro Lobato. Essa boneca, feita de pano e criada pela tia Nastácia, ganha vida e pas-sa a ser o centro das aventuras vividas pelos outros personagens que moram no sítio. Sua principal característica é ser questionadora e buscar sempre uma nova forma de pensar sobre as situações do cotidiano.

• Ser questionador como a Emília é algo bom ou ruim? Discuta essa ques-tão com os colegas e o professor e, depois, anote a conclusão a que chegaram.

8 E quanto à velhice? Ela considera esse um bom momento da vida? Explique sua resposta.

8

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54 5º. ano – Volume 2

9 Em geral, o que as pessoas mais temem com o envelhecimento? Transcreva um trecho em que isso fica evidente.

10 A crônica expõe um modo pessoal de compreender o envelhecimento.

a) Qual é a opinião da cronista em relação ao fato?

b) Você concorda com essa ideia? Por quê? Converse sobre isso com os colegas e o professor e anote a conclusão a que chegaram.

Os fatos do dia a dia são a matéria-prima da crônica, texto em que o autor apresenta um ponto de vista particular sobre um fato.

É escrita, em geral, para ser publicada em jornais, mas também pode ser publicada em revistas, sites e livros (coletâneas de textos publicados em outros meios).

Há vários tipos de crônica: algumas se assemelham a um conto, por serem estruturadas na forma de uma narrativa curta, enquanto outras são mais reflexivas, analisando questões sociais que dizem respeito a to-dos.

Grandes escritores brasileiros também são considerados importantes cronistas: Lya Luft, Carlos Drummond de Andrade, Rubem Braga, Lygia Fagundes Telles e Clarice Lispector são alguns exemplos.

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55Língua Portuguesa

Iniciou-se um diálogo surreal: a menina curiosa e teimosa insistia em saber que história era aquela. Explicaram que o tempo passa constantemente, de modo que, quando pronunciamos a última letra da palavra “agora”, esse agora já é passado. Obstinada, várias vezes tentei pensar a palavra “agora” empilhando as letras numa coisa só – mas desisti.

Modo indicativo: pretérito

No capítulo anterior, você estudou o presente do indicativo. Estude, agora, dois outros tempos verbais: pretérito perfeito e pretérito imperfeito do indicativo.

1 Releia o trecho a seguir e observe as palavras destacadas.

a) Nesse trecho, a cronista relata um fato

que aconteceu durante a infância.

que acontece no mesmo momento da escrita do texto.

que ainda vai acontecer.

b) As formas verbais em destaque estão predominantemente no

passado.

iniciou-se

iniciou-se

presente.

insistia

insistia

futuro.

c) Releia apenas a primeira frase: “Iniciou-se um diálogo surreal: a menina curiosa insistia em saber que história era aquela”.

• Qual das formas verbais destacadas indica uma ação que se repetiu?

• Qual das formas verbais destacadas indica uma ação acabada?

amos a última letra da da, várias vezes tentei

coisa só – mas desisti.

Iniciou-se um diálogo sem saber que história eraconstantemente, de modo q

l “ ”

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56 5º. ano – Volume 2

• Leia as afirmativas a seguir. Anote A, se ela se referir apenas à frase A; B, se ela se referir apenas à frase B; e AB, se ela se referir a ambas as frases.

O fato ocorreu no passado.

O fato ocorreu de forma repetitiva, sem ser indicada sua conclusão.

O fato ocorrido foi concluído.

As formas verbais que indicam fatos passados acabados ou em andamento são conjugadas no pretérito.

• As formas verbais que indicam ações acabadas e concluídas no passado são conjugadas no pretérito perfeito do indicativo.

• As formas verbais que indicam ações não acabadas, que se repetiram no passado, são conjugadas no pretérito imperfeito do indicativo.

Há, ainda, o pretérito mais-que-perfeito do indicativo, que será estudado nos anos seguintes.

3 Complete as frases com verbos no pretérito perfeito.

a) Ontem eu com meu amigo. (conversar)

b) Ontem eu a tarefa. (fazer)

c) Ontem eu o professor. (ajudar)

d) Ontem eu a notícia. (ler)

e) Ontem eu o caderno. (abro)

f) Ontem eu meus materiais. (guardar)

g) Ontem eu meu lanche. (comer)

h) Ontem eu de esconde-esconde. (brincar)

2 Leia as duas frases e analise as formas verbais destacadas. Depois, faça o que se pede.

( A ) Naquela época, as garotas faziam manha.

( B ) Naquela manhã, as garotas fizeram manha.

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57Língua Portuguesa

4 Complete as frases com verbos no pretérito imperfeito.

a) Eu com meu amigo. (conversar)

b) Eu a tarefa. (fazer)

c) Eu o professor a arrumar a sala. (ajudar)

d) Eu as notícias todas as segundas-feiras. (ler)

e) Eu o caderno e minha irmã, a revista. (abrir)

f) Eu meus materiais em uma mochila velha. (guardar)

g) Eu meu lanche frio e ela esquentava o dela. (comer)

h) Eu de esconde-esconde no parque perto de mi-nha casa. (brincar)

5 Reescreva as orações colocando os verbos destacados no imperfeito do indicativo.

a) Eu dancei a noite toda e não cansei.

b) Tu insistes para todos viverem em paz.

c) Essas pessoas idosas gostaram de viver com amigos de mesma idade.

d) Nós estudamos até anoitecer.

dar)

er)

brir)

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58 5º. ano – Volume 2

Conjunções: tempo

6 Releia este trecho:

[...] quando pronunciamos a última letra da palavra “agora”, esse agora já é passado.

Observe que esse trecho pode ser dividido em duas partes:

Trecho 1 – “quando pronunciamos a última letra da palavra ‘agora’”

Trecho 2 – “esse agora já é passado”.

a) A palavra “quando” estabelece, entre essas partes, uma relação de

tempo. causa-consequência. finalidade.

b) Escolha uma palavra ou expressão do quadro para substituir a palavra “quando” sem alterar o sentido do trecho e reescreva-o.

assim que antes que enquanto

As conjunções e locuções conjuntivas que estabelecem uma relação de tempo são chamadas de conjunções ou locuções conjuntivas temporais.

Dê atenção aos idosos quando estiver ao lado deles. conjunção (ideia de tempo)

7 Leia as frases e sublinhe as conjunções ou locuções conjuntivas temporais.

a) Bebi o suco assim que ficou pronto.

b) Desde que comecei a estudar, gostei dessa matéria.

c) Enquanto você joga bola, eu pulo corda.

d) Antes que o prazo terminasse, nós entregamos o trabalho.

e) Comecei a chorar depois que li o livro.

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Lupe

. 201

9. D

igita

l.

59Língua Portuguesa

No texto oralizado, a entonação se faz necessária para dar vida ao que está sen-do dito/lido. A entonação contribui para marcar as pausas, destacar ideias ou infor-mações mais relevantes e expressar a emoção do texto.

Leitura oralizada

Reúna-se com um colega para gravar a leitura da crônica Deixem a gente ter o privilégio de envelhecer em paz ou outra de sua escolha (você pode escolher um texto de um dos cro-nistas citados na página 54).

1 Imagine que essa leitura possa ser transmitida em um podcast ou pelo rádio.

2 Ensaie a leitura da crônica prestando atenção à entonação.

5 Avalie sua participação e a de seu colega.

Você treinou a leitura oral da crônica?

Empregou a entonação adequada?

Realizou a gravação de sua leitura com a ajuda de um colega?

Ajudou o colega durante a gravação dele?

Ouviu com atenção a gravação feita pelo colega?

Comparou sua gravação com a do colega?

3 No dia previamente marcado pelo professor, grave sua leitura e ajude um colega a gravar a dele.

4 Ouça sua gravação e a feita pelo colega. Se possível, deixe o arquivo de áu-dio disponível no site da escola para que outros colegas possam ouvir.

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60

Peladas

Esta pracinha sem aquela pelada virou uma chatice completa: agora, é uma babá que passa, empurrando, sem afeto, um bebê de carrinho, e um par de velhos que troca silêncios num banco sem encosto.

E, no entanto, ainda ontem, isso aqui fervia de menino, de sol, de bola, de sonho: “eu jogo na linha! eu sou o Lula!; no gol, eu não jogo, tô com o joelho ralado de ontem; vou ficar aqui atrás: entrou aqui, já sabe”. Uma gri-taria, todo mundo se escalando, todo mundo querendo tirar o selo da bola, bendito fruto de uma suada vaquinha.

Oito de cada lado e, para não confundir, um time fica como está; o outro joga sem camisa.

Já reparei uma coisa: bola de futebol, seja nova, seja velha, é um ser mui-to compreensivo que dança conforme a música: se está no Maracanã, numa decisão de título, ela rola e quiçá com um ar dramático, mantendo sempre a mesma pose adulta, esteja nos pés de Gérson ou nas mãos de um gandula.

Em compensação, num racha de menino ninguém é mais sapeca: ela corre para cá, corre para lá, quiçá no meio-fio, para de estalo no canteiro, lambe a canela de um, deixa-se espremer entre mil canelas, depois esca-pa, rolando, doida, pela calçada. Parece um bichinho.

Aqui, nessa pelada inocente é que se pode sentir a pureza de uma bola. Afinal, trata-se de uma bola pro-fissional, uma número cinco, cheia de carimbos ilus-tres: “Copa Rio-Oficial”, “FIFA – Especial”. Uma bola

1 Leia a crônica de Armando Nogueira, que faz parte da coletânea Os melhores da crônica brasileira, a qual relata um fato cotidiano.

1

Lula: Luís Ribeiro Pinto Neto (1946), jogador de futebol que atuou, na década de 1970, como ponta-esquerda em grandes times, como o Internacional. quiçá: talvez, quem sabe. Gérson: Gérson de Oliveira Nunes (1941), também jogador, participou como meio-campista da conquista da Copa do Mundo de 1970, no México.

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assim, toda de branco, coberta de condecorações por todos os gomos (go-mos hexagonais!) jamais seria barrada em recepção do Itamarati.

No entanto, aí está ela, correndo para cima e para baixo, na maior farra do mundo, disputada, maltratada até, pois, de quando em quando, acer-tam-lhe um bico, ela sai zarolha, vendo estrelas, coitadinha.

Racha é assim mesmo: tem bico, mas tem também sem-pulo de craque como aquele do Tona, que empatou a pelada e que lava a alma de qualquer bola. Uma pintura.

Nova saída.

Entra na praça batendo palmas como quem enxota galinha no quintal. É um velho com cara de guarda-livros que, sem pedir licença, invade o uni-verso infantil de uma pelada e vai expulsando todo mundo. Num instante, o campo está vazio, o mundo está vazio. Não deu tempo nem de desfazer as traves feitas de camisas.

O espantalho-gente pega a bola, viva, ainda, tira do bolso um canivete e dá-lhe a primeira espetada. No segundo golpe, a bola começa a sangrar.

Em cada gomo o coração de uma criança.

condecorações: premiações. gomos hexagonais: gomos que têm seis lados.Itamarati: refere-se ao Palácio Itamaraty, ou Palácio dos Arcos, sede do Ministério das Relações Exteriores, situado em Brasília.zarolha: cega de um olho, estrábica, vesga.

NOGUEIRA, Armando. Peladas. Disponível em: <http://www.releituras.com/anogueira_peladas.asp>. Acesso em: 22 fev. 2019.

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O comentarista esportivo Armando Nogueira (1927-2010) nasceu na cidade de Xapuri, no Acre. Foi responsável pela implantação do jornalismo na emissora Rede Globo. Começou sua carreira como jornalista esportivo e se dedicou a ela durante muitos anos, tendo feito a cobertura de várias copas do mundo.

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62 5º. ano – Volume 2

peladaSubstantivo feminino. Bras.1. Jogo de futebol ligeiro, sem número certo de jogadores, em geral entre

garotos ou amadores, e que se realiza em campo improvisado. [Sin.: racha.]

2. Partida de futebol mal jogada ou sem maior interesse.

2 O assunto da crônica é revelado ao leitor pelo título Peladas. Leia dois signi-ficados dessa palavra disponíveis no dicionário.

PELADA. In: FERREIRA, Aurélio B. de H. Novo dicionário Aurélio. Disponível em: <http://aurelio.educacional.net/home.asp>. Acesso em: 12 mar. 2019.

a) Com qual dos dois significados a palavra foi empregada no texto? Sele-cione um trecho dele para justificar sua resposta.

b) Elabore uma frase com a palavra “pelada”, de modo que o outro signifi-cado se faça presente.

3 Releia este trecho do texto e circule palavras e expressões comuns em uma linguagem mais informal.

E, no entanto, ainda ontem, isso aqui fervia de menino, de sol, de bola, de sonho: “eu jogo na linha! eu sou o Lula!; no gol, eu não jogo, tô com o joelho ralado de ontem; vou ficar aqui atrás: entrou aqui, já sabe.”

• Esse tom informal aplicado ao texto tem a função de

a) evidenciar o assunto tratado no texto.

b) aproximar o leitor do texto.

c) facilitar a leitura para iniciantes.

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63Língua Portuguesa

4 O trecho “[...] todo mundo querendo tirar o selo da bola, bendito fruto de uma suada vaquinha” tem o mesmo significado que

todo mundo querendo tirar o selo da bola, objeto sem valor, obtido com a ajuda de colaborações anônimas.todo mundo querendo tirar o selo da bola, objeto sem valor, obtido por acaso em função de uma arrecadação feita sem muito esforço.todo mundo querendo tirar o selo da bola, objeto de valor de uma arrecadação coletiva feita com muito esforço.

5 Nessa crônica, o autor deixa claro que a bola “é um ser muito compreensivo que dança conforme a música”. O que isso significa?

6 Sobre o homem que invade a praça e acaba com a brincadeira da criançada, responda às questões a seguir.

a) Por que ele é chamado de “espantalho-gente”?

b) Em sua opinião, o que poderia ter motivado a atitude radical do ho-mem, já que espetou a bola com o canivete?

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64 5º. ano – Volume 2

7 Releia o trecho final da crônica.

[...] No segundo golpe, a bola começa a sangrar.

Em cada gomo o coração de uma criança.

a) A palavra em destaque foi utilizada com o sentido de

perder sangue. esvaziar. expandir-se.

b) O que você entende dessa última frase do texto?

8 Ao ler a crônica de Nogueira, você entra em contato com os sentimentos de saudade e perda de algo que alegrava e que era comum no cotidiano das crianças: jogar bola com os amigos em qualquer espaço da cidade ou do bair-ro. Como você deve ter notado, o cronista trata de um tema sério (o sentimento de perda e frustração durante a infância) de forma leve, envolvente e poética.

Tendo esse entendimento e essa percepção em mente, relacione as passa-gens do texto com os sentimentos do narrador ou o modo de expressar o fato.

(a) “Esta pracinha sem aquela pelada virou uma chatice completa: agora, é uma babá que passa, empurrando, sem afeto, um bebê de carrinho, e um par de velhos que troca silêncios num banco sem encosto.”

(b) “E, no entanto, ainda ontem, isso aqui fervia de menino, de sol, de bola, de sonho: ‘eu jogo na linha! eu sou o Lula!; no gol, eu não jogo, tô com o joelho ralado de ontem; vou ficar aqui atrás: entrou aqui, já sabe’. Uma gritaria, todo mundo se escalando, todo mundo querendo tirar o selo da bola, bendito fruto de uma suada vaquinha.”

(c) “Já reparei uma coisa: bola de futebol, seja nova, seja velha, é um ser muito compreensivo que dança conforme a música: se está no Maracanã, numa decisão de título, ela rola e quiçá com um ar dramáti-co, mantendo sempre a mesma pose adulta, esteja nos pés de Gérson ou nas mãos de um gandula.”

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65Língua Portuguesa

Apego e saudade de como ocorria uma pelada. Esses sentimen-tos são expressados com sensibilidade e humor (“bendito fruto de uma suada vaquinha”).Saudades de como era a praça. No passado, cheia de alegria e movimento. No momento da escrita da crônica, uma praça silen-ciosa, extremamente tranquila.Subjetividade ao expressar aspectos da bola. O cronista chega a humanizá-la, a vivificá-la, atribuindo-lhe comportamento e ações humanas.

aquele que participa da história e a relata em 1.ª pessoa, segundo sua visão dos fatos, evidenciando impressões pessoais e a visão parcial dos fatos.aquele que relata, em 3.ª pessoa, apenas o que pode observar, de ma-neira objetiva e sem sensibilidade.aquele que sabe e revela tudo sobre a trama e os personagens, sejam os pensamentos mais íntimos destes ou detalhes que até mesmo estes ignoram.

9 Após ler a crônica, você identifica o narrador como

10 De que atividade com amigos você mais gosta? Em que espaço essa ativi-dade acontece? Escreva o início de uma crônica expressando sua emoção em relação ao convívio com os amigos. Ao lado do texto, faça uma ilustra-ção representando esse sentimento.

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Crônica

Agora é sua vez de escrever uma crônica sobre um fato de seu coti-diano. Os textos vão ser reunidos e compor o livro As melhores crônicas da turma...

1 Escolha o tema de sua crônica, que deve estar relacionado com alguma situação de seu cotidiano. Registre o tema escolhido. 

2 Qual é sua intenção com essa crônica? Ou seja, qual é seu ponto de vista sobre o tema escolhido?

3 Antes de escrever o texto, planeje-o. Estabeleça, no quadro a seguir, um roteiro com as principais ideias.

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67Língua Portuguesa

6 Verifique o texto que você produziu.

A crônica apresenta um ponto de vista sobre uma situação cotidiana?

É possível perceber as emoções do cronista sobre a situação cotidiana em análise?

O texto está dividido em parágrafos?

Há um título?

Foi verificada a grafia das palavras?

4 Faça a primeira versão de seu texto. Sua crônica deve ter entre 15 e 20 linhas e será lida pelos colegas da turma.

Para a escrita, siga estas orientações:

• divida seu texto em parágrafos;

• crie um título atrativo para o leitor;

• use pronomes, a fim de evitar repetições desnecessárias;

• seja claro ao expor seu ponto de vista sobre a situação cotidiana;

• quanto à linguagem, leve em conta que seu texto será lido por outros alunos da turma.

5 Releia sua crônica buscando melhorá-la. Troque seu texto com um colega, para ele sugerir alterações tendo em vista o aprimoramento do texto. O professor também poderá solicitar ajustes.

5

6

7 Feitos os ajustes, escreva a versão final de seu texto numa folha avulsa. No verso, faça uma ilustração para a crônica.

8 Sob a supervisão do professor, a turma vai reunir todos os textos e montar o livro de crônicas. Em seguida, criem a capa e a contracapa.

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68 5º. ano – Volume 2

Conjunção: condição 1 Releia este outro trecho da crônica Peladas:

[...] se está no Maracanã, numa decisão de título, ela rola e quiçá com um ar dramático, mantendo sempre a mesma pose adulta, esteja nos pés de Gérson ou nas mãos de um gandula.

a) Qual é a condição para a bola rolar com pose adulta?

b) Que palavra deixa evidente essa condição?

se está Maracanã

para que porque caso

As conjunções e locuções conjuntivas que estabelecem uma relação de condição são chamadas de conjunções ou locuções conjuntivas condicionais. Se fizer uma boa refeição, ficará melhor.

conjunção (ideia de condição)

Condição Fato

Ter pensamento positivo Tudo dar certo

2 Escreva uma frase acrescentando uma conjunção ou locução conjun-tiva para unir a condição ao fato.

c) Escolha uma das conjunções ou locução conjuntiva para substituir, sem alterar o sentido, a palavra que você identificou e reescreva o tre-cho no caderno.

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69Língua Portuguesa

1 Recorte os quadros da página 3 do material de apoio e cole-os no Qua-dro das conjunções da página 1.

2 Junte as duas frases usando uma conjunção conforme a indicação entre pa-rênteses. Consulte o quadro do material de apoio sempre que necessário.

a) O pescador gostou de um barco. O pescador comprou o barco à pres-tação. (ideia de adição)

b) O menino estava agitado. Ele prestou atenção à palestra. (ideia de oposição)

c) Beatriz pegou o guarda-chuva. O dia estava ensolarado. (ideia de oposição)

d) Ficar atento. Não perder sua bagagem. (ideia de condição)

e) João parou de pular corda. Ele estava cansado. (ideia de tempo)

f) Flávia quer almoçar. Ela precisa ir ao mercado. (ideia de condição)

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70 5º. ano – Volume 2

g) Eu faço caminhadas. Não saio em dia de chuva. (ideia de oposição)

h) A esposa fez o churrasco. O marido comprou o refrigerante. (ideia de soma)

i) Não entendo sua fala. Não aprovo seu comportamento. (ideia de soma)

j) Vejo sua mensagem. Lembro de nossa infância. (ideia de tempo)

3 Assinale as frases em que a conjunção destacada estabelece uma relação de condição.

Eu paro de gritar se pegar a bola.

Os jogadores ganharão as camisas desde que joguem com raça.

Caso um gomo da bola seja cortado, a bola ficará murcha.

Contanto que eu ganhe o jogo, não importará se a bola for velha.

O Maracanã está lotado, mas a torcida permanece quieta.

Não ganhei o prêmio, contudo estou feliz pela participação no concurso.

or velha.

Ele pegou a bola e foi chamar o pessoal para o jogo.

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71Língua Portuguesa

4 Complete as frases com as conjunções seguintes.

soma

oposição

tempo

e entretanto se

a) A aula terminou todos fizeram as atividades.

b) Todos os bichos fugirão o portão estiver aberto.

c) Fez o que lhe pedi, o resultado não foi o espe-rado.

• Na alternativa , a conjunção estabelece uma relação de oposição.

• Na alternativa , a conjunção estabelece uma relação de condição.

• Na alternativa , a conjunção estabelece uma relação de soma.

5 Complete a frase inserindo conjunções que estabeleçam a relação de sen-tido indicada nos quadros.

Conversou com os amigos...

Condição Fato

Querer conversar. Ligar para mim.

6 Escreva uma frase acrescentando uma conjunção ou locução conjuntiva para unir a condição ao fato.

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Crônica é um texto em que o cronista expõe um ponto de vista sobre situa-ções do cotidiano. Pode ser considerado argumentativo quando há a defesa dessa forma particular de olhar o mundo. Há vários tipos de crônicas: algu-mas são narrativas, ou seja, contam uma história; outras são mais reflexivas, discutindo ideias.

No modo indicativo, os tempos pretérito perfeito e imperfeito referem--se a fatos no passado. O pretérito perfeito indica que a ação foi concluída, acabada, enquanto o imperfeito indica que a ação está inacabada.

Os meninos visitaram seus avós no feriado. pretérito perfeito do indicativo

Os meninos visitavam seus avós sempre aos domingos. pretérito imperfeito do indicativo

Há conjunções e locuções conjuntivas que estabelecem as seguintes relações de sentido: tempo e condição.

Quando leio livros, eu me divirto. conjunção (relação de tempo)

Se eu lesse livros, eu me divertiria. conjunção (relação de condição)

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Página 69 - Quadro das conjunções

Tipos de conjunção

Conjunções e locuções conjuntivas Exemplos

adição (aditivas)

oposição(adversativas)

condição(condicionais)

tempo(temporais)

ugues

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Monte o quadro a seguir. Depois, consulte-o sempre que precisar.

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e, nem, também, mas também, mas ainda, bem como

mas, porém, entretanto, todavia, senão, ao passo que, no entanto, apesar disso

se, caso, contanto que, salvo se, a menos que

quando, assim que, desde que, logo que, depois que, antes que, sempre que

Ontem joguei bola e saí com os amigos.

Não quero brincar nem estudar.

Gosto dessa pintura, mas não vou estudá-la.

Ficarei quieto, entretanto não concordo com suas ideias.

Se isso fosse fácil, eu já teria feito.

Caso estude bastante, será aprovado.

Quando eu falar com você, olhe para mim.

Antes que eu saia, diga- -me o que aconteceu.

Conjunções e locuções conjuntivas

Exemplos

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