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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA BEMPOSTA
Português – 7º Ano – 2012/2013
Conto Popular e Tradicional – Características
1
ORIGEM: Antigamente, as pessoas, nos seus serões, contavam
histórias irreais ou verídicas, pois não tinham outra diversão.
Geralmente essas histórias eram contadas à lareira.
O conto popular teve origem não nas camadas mais cultas da
sociedade, mas sim no povo. Talvez venha daí o facto de não ser
escrito, pois as pessoas, geralmente, não sabiam ler.
As pessoas mais velhas são os agentes de transmissão do conto.
São elas que, normalmente, transmitem esses contos aos seus
netos. Assim, o conto vai de geração em geração e muitas vezes é alterado, pois “Quem conta um
conto acrescenta um ponto”.
O conto é pois, uma narrativa com raiz na tradição oral. O seu relato ocorria, em geral, num
ambiente comunitário, ao serão.
CARACTERÍSTICAS: O conto prende-se pois, com o povo e com a população mais rural,
menos «letrada».
A estrutura, basicamente, desenvolvia-se em cinco momentos: a apresentação da
situação; o acontecimento perturbador; os acontecimentos e peripécias passados pelo herói; o
desaparecimento do motivo perturbador; a conclusão.
As personagens principais são, de um modo geral, anónimas e poucas, envolvendo
classes sociais diferentes; reduzem-se muitas vezes a três elementos: a heroína, o herói e o
elemento representativo do mal (fada, bruxa ou velha).
O espaço e o tempo são muito vagos ou quase nulos; são indefinidos e indeterminados.
O encantamento e a simbologia dos nomes e dos números impõem-se no evoluir das
histórias (é constante a referência ao número três). Uma das características do conto é a
presença do maravilhoso: é característico haver dragões, fadas, feiticeiras, bruxas...
Os contos também têm uma característica muito importante: a moralidade (que muitas
vezes pode ser expressa em provérbio). Nela assistimos sempre ao
triunfo do Bem sobre o Mal.
Os contos que, normalmente, são contados às crianças são
muito importantes, pois têm uma dupla função, lúdica e didáctica, ou
seja, elas podem divertir-se e aprender ao mesmo tempo.
Destinavam-se, sobretudo, a passar uma mensagem moralizadora,
mas também a divertir e entreter o núcleo familiar, os amigos e
vizinhos.
2
EVOLUÇÃO: O conto passa a ser reconhecido
literariamente como género narrativo bastante
tardiamente. Mas já no séc. XVI, em França, Perraut
reunira alguns contos tradicionais, passando-os às à
escrita. No séc. XIX, os Irmãos Grimm, em Inglaterra,
ou Teófilo Braga e Almeida Garrett, em Portugal,
fizeram o mesmo, publicando muitas histórias que até aí
não tinham sido escritas. No entanto, mantém características de conto popular como,
por exemplo, a curta extensão, o teor moralizante, a concentração do espaço e do tempo e o
número reduzido de personagens.
Proposta de trabalho:
Escolhe um conto popular, lê-o e analisa-o, preenchendo, posteriormente, o esquema
que se segue.
ESQUEMA PARA ANÁLISE DE UM CONTO
Nome e número do aluno
Título do Conto / Resumo do Conto
Estrutura
Personagens
Espaço
Tempo
Linguagem
Opinião Pessoal
3